henrique dantas, diretor de filhos de joão - caderno 2 de a tarde

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SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 6/6/2011 3 2 HENRIQUE DANTAS Antes de virar cineasta, ele fez administração, belas artes e música ENCONTRO COM O CINEMA APÓS TENTAR VÁRIOS CAMINHOS LEONARDO LEÃO Premiado por seu trabalho à frente do documentário Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano, Henrique Dantas, 39 anos, começou sua relação com o cinema praticamente por acaso. Na sua infância e ado- lescência em Ilhéus, onde foi morar aos 7 anos de idade, o seu grande interesse era a música. Não que ele tocasse algum instrumento. Era apenas um grande fã de Janis Joplin, The Doors, Mutantes, Raul Seixas e Novos Baianos, para ele, a me- lhor coisa da música brasileira. De volta a Salvador no final dos anos 1980 para concluir o ensino médio e prestar vesti- bular, entrou em um dilema. “Fiz um teste de aptidão que indicou 14 coisas diferentes. Eu não tinha a menor condição de decidir para onde ir”, diz. Para aplacar a ansiedade dos pais, preocupados com o futuro do filho, decidiu por uma fa- culdade de administração, se- gundo ele, “aquele curso que as pessoas fazem quando não sa- bem o que fazer”. Encarando a carreira de ad- ministrador, trabalhou em ban- co e acabou chefiando o setor de trainee da extinta rede de lojas Mesbla. “Era horrível. Vivia com os botões da camisa abotoados de forma errada”, lembra. Mila Cordeiro / Ag. A TARDE Foi nesta época que outros ares lhe sopraram. A mãe de sua namorada na época era amiga de artistas como Juarez Paraíso e Tuna Espinheira. De tanto es- cutar conversas sobre arte, com- prou uma tela, pegou algumas tintas com uma prima e decidiu pintar. “Aquilo me envolveu tan- to que decidi fazer Belas Artes”, conta, destacando que sua na- morada, amigos e familiares não entenderam a decisão. “Meu pai ficou cinco anos sem falar comigo e dizia aos meus amigos que era uma fase, que eu iria voltar ao ‘normal’”. Munda Mundista Em 1994, formado em admi- nistração e ainda na faculdade de Belas Artes da Ufba, Hen- rique ingressou na banda Mun- da Mundista, como o “ser per- formático-dançante-musical” batizado de Urubatuba. “Foi a primeira vez que pensei em so- breviver de arte”, ressalta. Com o fim da banda em 1995, Henrique decidiu se dedicar apenas às artes plásticas. No ano seguinte, foi morar na Es- panha, onde viveu por seis me- ses, fez apenas uma exposição e se sentiu mal tratado. “Voltei de lá como o imigrante que deu errado. Com raiva da Europa”. Mais uma vez de volta a Sal- vador, meio perdido, inscre- veu-se em um workshop de ví- deo que deu origem ao seu pri- meiro curta: BAbaVIda – A Ci- dade de Cabeça para Baixo, de 1997. Depois disso, entrou de cabeça no audiovisual, atuando como diretor de arte em curtas e longas como Na Terra do Sol, de Lula Oliveira, Estranhos, de Paulo Alcântara, e Trampolim do Forte, de João Rodrigo Mattos, até lançar seu próprio longa. Planos Casado, pai de um menino de 5 anos e uma menina de 3 meses, Henrique salienta que nunca fez planos de ter uma casa, uma família, uma carreira. “Tudo aconteceu muito rápido”, ava- lia, revelando que seus novos projetos são um longa e um cur- ta sobre Olney São Paulo, fa- lecido cineasta baiano persegui- do pela ditadura militar, e um curta infantil que terá o cineasta Edgard Navarro como ator. TRABALHO INDIVIDUAL, SEM INTERFERÊNCIAS “O filme foi todo feito ‘da cabeça’ dele, uma cabeça de fã dos Novos Baianos, sem a interferência dos próprios Novos Baianos. A maneira como ele editou foi a partir da visão dele sobre o grupo e aquele período da história brasileira. Se cada um de nós fizesse um filme, seriam completamente diferentes. Contando a história do grupo e repassando a história do País, o trabalho de Henrique, além de matar a saudade dos que viveram aquela época, vai aguçar o interesse da geração 2.000 para a música dos Novos Baianos e para os ‘anos de chumbo’ pelos quais passava o Brasil”. UM ARTISTA POLÊMICO, INQUIETO E PROVOCADOR “Henrique é extremamente criativo, múltiplo, um artista plástico que passeia pela música e desemboca no cinema. Ele não trabalha com a estética pura. Tem uma preocupação estética muito grande, mas vai além. Seus trabalhos sempre têm uma visão política, extrapolam a criação e nos levam a pensar sobre o cotidiano, a vida. Ele é polêmico, quer provocar o tempo inteiro, tirar as pessoas da zona de conforto, o que desagrada há algumas pessoas. É um empreendedor inquieto. Estar perto dele é sempre um desconforto, a gente não se acomoda quando ele está por perto”. ARTES PLÁSTICAS ALIADAS AO AUDIOVISUAL “Trata-se de uma pessoa versátil, que possui um trabalho muito bem cuidado, em todos os detalhes, muito apurado tecnicamente. Para realizar algo, Henrique Dantas pesquisa bastante antes. Ele possui uma estética bem estruturada, pensada. Desenha muito bem, é muito bom na pintura e consegue explorar todo o seu talento, sua formação de artista plástico quando trabalha com audiovisual. Afinal, no cinema, o que ele faz, na verdade, é dar movimento às imagens que cria na cabeça. Realmente, Filhos de João é uma melhores coisas que eu vi nos últimos tempos”. “Um dos cineastas mais criativos de sua geração. Fico feliz em participar de seu novo curta” EDGARD NAVARRO, cineasta Margarida Neide / Ag. A TARDE Henrique Dantas se apaixonou pelos Novos Baianos desde a adolescência, que viveu em Ilhéus Fernando Vivas / Ag. A TARDE Rejane Carneiro / Ag. A TARDE / 4.7.2008 LANÇAMENTO Santeiros da Bahia são tema de livro e de uma exposição que será aberta no MAB CÁSSIA CANDRA Arte e devoção guiam os arte- sãos baianos em um ofício que celebra o encontro de duas im- portantes matizes da nossa cul- tura: a cristã ocidental, com foco no catolicismo lusitano, e a afri- cana, fundamentada no can- domblé. Essa produção, seus autores, técnicas e linguagens artísticas integram o conteúdo de Santeiros da Bahia – Arte popular e devoção (Caleidoscó- pio), que será lançado amanhã, às 18 horas, no Museu de Arte da Bahia, onde será aberta uma exposição sobre o tema. Os autores da publicação – a socióloga Flávia Martins e o doutor em Comunicação Rogé- rio Luz, responsáveis pela con- cepção, pesquisa e texto – reu- niram trabalhos de 23 santeiros baianos de diferentes regiões do Estado. Eles são apresenta- dos por meio de entrevistas que revelam sua formação, técnicas e matéria-prima, mas principal- mente a experiência e as ideias que os norteiam. “Não se trata de uma simples descrição factual, nem de um estudo explicativo de tipo so- ciológico. Mais importante é o conhecimento do artista como parte essencial do trabalho”, ex- plica Flávia. “Os artistas são os sujeitos da pesquisa – eles se expressam, falam, criam e pen- sam”, complementa Rogério Pesquisa A ideia de reunir os santeiros em uma publicação nasceu de uma pesquisa de três décadas que resultou no livro O Reinado da lua – Escultores populares do Nordeste (já na quarta edição), do qual Flávia Martins é uma das autoras. “Sabíamos da riqueza do acervo cultural do povo da Bahia no cruzamento entre a fé católica e a crença afro-brasi- leira”, conta a socióloga. Além dos textos, o livro apre- senta um rico conteúdo imagé- tico, mostrando “os artistas em seu ambiente de trabalho, as peças e o contesto geográfico”, diz o fotógrafo Celso Brandão. SANTEIROS DA BAHIA / LANÇAMENTO DO LIVRO E ABERTURA DA EXPOSIÇÃO: AMANHÃ, 18 H / MUSEU DE ARTE DA BAHIA / AV. SETE DE SETEMBRO, 2.340, VITÓRIA / INFORMAÇÕES: (71) 3117-6902 / GRÁTIS Celso Brandão / Divulgação Leandro Pereira Reis, um dos santeiros abordados pelo livro CENA Festival das Artes Caldeirão Cultural mobiliza Plataforma com várias atrações EDUARDA UZÊDA O V Festival das Artes Caldeirão Cultural, que reúne cerca de 30 grupos de diferentes estéticas, movimenta o Centro Cultural Plataforma, Subúrbio Ferroviá- rio de Salvador, até o próximo dia 19. “A grade de programação, além de espetáculos de música, e dança-teatro, também con- templa cinema, oficinas, semi- nários e debates“, informa o jor- nalista Márcio Bacelar, um dos integrantes da coordenação do evento. Hoje, às 15 horas, se apresenta a Orquestra Sambo- ne. Amanhã, às 20 horas, será a vez do espetáculo Transmetró- polis, que discute a sexualidade de gêneros. V FESTIVAL DE ARTES CALDEIRÃO CULTURAL/ ATÉ O DIA 19/ CENTRO CULTURAL PLATAFORMA ( 3117 8106) / PRAÇA SÃO BRÁS S/N, PLATAFORMA/ R$ 4 E R$ 2 (MEIA), R$ 2 E R$ 1 (MEIA) E GRÁTIS SANTEIROS DA BAHIA - ARTE POPULAR E DEVOÇÃO / FLÁVIA MARTINS, ROGÉRIO LUZ Caleidoscópio/ 178 p./ R$ 90/ [email protected] Paulinho Boca de Cantor, vocalista dos Novos Baianos Lula Oliveira, cineasta e sócio da produtora DocDoma Rita Câmara, produtora cultural e consultora de arte

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SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 6/6/2011 32HENRIQUE DANTAS Antes de virar cineasta,ele fez administração, belas artes e música

ENCONTRO COMO CINEMA APÓSTENTAR VÁRIOSCAMINHOSLEONARDO LEÃO

Premiado por seu trabalho àfrente do documentário Filhosde João, O Admirável MundoNovo Baiano, Henrique Dantas,39 anos, começou sua relaçãocom o cinema praticamente poracaso. Na sua infância e ado-lescência em Ilhéus, onde foimoraraos7anosde idade,oseugrande interesse era a música.

Não que ele tocasse alguminstrumento. Era apenas umgrande fã de Janis Joplin, TheDoors, Mutantes, Raul Seixas eNovos Baianos, para ele, a me-lhor coisa da música brasileira.

De volta a Salvador no finaldos anos 1980 para concluir oensino médio e prestar vesti-bular, entrou em um dilema.“Fiz um teste de aptidão queindicou 14 coisas diferentes. Eunão tinha a menor condição dedecidir para onde ir”, diz.

Para aplacar a ansiedade dospais, preocupados com o futurodo filho, decidiu por uma fa-culdade de administração, se-gundo ele, “aquele curso que aspessoas fazem quando não sa-bem o que fazer”.

Encarando a carreira de ad-ministrador, trabalhou em ban-co e acabou chefiando o setor detrainee da extinta rede de lojasMesbla. “Era horrível. Vivia comos botões da camisa abotoadosde forma errada”, lembra.

Mila Cordeiro / Ag. A TARDE

Foi nesta época que outrosares lhe sopraram. A mãe de suanamorada na época era amigade artistas como Juarez Paraísoe Tuna Espinheira. De tanto es-cutar conversas sobre arte, com-prou uma tela, pegou algumastintas com uma prima e decidiupintar. “Aquilo me envolveu tan-to que decidi fazer Belas Artes”,conta, destacando que sua na-morada, amigos e familiaresnão entenderam a decisão.“Meu pai ficou cinco anos semfalar comigo e dizia aos meusamigos que era uma fase, queeu iria voltar ao ‘normal’”.

Munda MundistaEm 1994, formado em admi-nistração e ainda na faculdadede Belas Artes da Ufba, Hen-rique ingressou na banda Mun-da Mundista, como o “ser per-formático-dançante-musical”batizado de Urubatuba. “Foi a

primeira vez que pensei em so-breviver de arte”, ressalta.

Com o fim da banda em 1995,Henrique decidiu se dedicarapenas às artes plásticas. Noano seguinte, foi morar na Es-panha, onde viveu por seis me-ses, fez apenas uma exposição ese sentiu mal tratado. “Voltei delá como o imigrante que deuerrado. Com raiva da Europa”.

Mais uma vez de volta a Sal-vador, meio perdido, inscre-veu-se em um workshop de ví-deo que deu origem ao seu pri-meiro curta: BAbaVIda – A Ci-dade de Cabeça para Baixo, de1997. Depois disso, entrou decabeça no audiovisual, atuandocomo diretor de arte em curtase longas como Na Terra do Sol,de Lula Oliveira, Estranhos, dePauloAlcântara,eTrampolimdoForte, de João Rodrigo Mattos,até lançar seu próprio longa.

PlanosCasado, pai de um menino de 5anos e uma menina de 3 meses,Henrique salienta que nunca fezplanos de ter uma casa, umafamília, uma carreira. “Tudoaconteceu muito rápido”, ava-lia, revelando que seus novosprojetos são um longa e um cur-ta sobre Olney São Paulo, fa-lecido cineasta baiano persegui-do pela ditadura militar, e umcurta infantil que terá o cineastaEdgard Navarro como ator.

TRABALHO INDIVIDUAL,SEM INTERFERÊNCIAS

“O filme foi todo feito ‘dacabeça’ dele, uma cabeça defã dos Novos Baianos, sem ainterferência dos própriosNovos Baianos. A maneiracomo ele editou foi a partirda visão dele sobre o grupo eaquele período da históriabrasileira. Se cada um de nósfizesse um filme, seriamcompletamente diferentes.Contando a história do grupoe repassando a história doPaís, o trabalho de Henrique,além de matar a saudade dosque viveram aquela época,vai aguçar o interesse dageração 2.000 para a músicados Novos Baianos e para os‘anos de chumbo’ pelos quaispassava o Brasil”.

UM ARTISTA POLÊMICO,INQUIETO E PROVOCADOR

“Henrique é extremamentecriativo, múltiplo, um artistaplástico que passeia pelamúsica e desemboca nocinema. Ele não trabalha coma estética pura. Tem umapreocupação estética muitogrande, mas vai além. Seustrabalhos sempre têm umavisão política, extrapolam acriação e nos levam a pensarsobre o cotidiano, a vida. Eleé polêmico, quer provocar otempo inteiro, tirar aspessoas da zona de conforto,o que desagrada há algumaspessoas. É um empreendedorinquieto. Estar perto dele ésempre um desconforto, agente não se acomodaquando ele está por perto”.

ARTES PLÁSTICAS ALIADASAO AUDIOVISUAL

“Trata-se de uma pessoaversátil, que possui umtrabalho muito bem cuidado,em todos os detalhes, muitoapurado tecnicamente. Pararealizar algo, Henrique Dantaspesquisa bastante antes. Elepossui uma estética bemestruturada, pensada.Desenha muito bem, é muitobom na pintura e consegueexplorar todo o seu talento,sua formação de artistaplástico quando trabalha comaudiovisual. Afinal, nocinema, o que ele faz, naverdade, é dar movimento àsimagens que cria na cabeça.Realmente, Filhos de João éuma melhores coisas que euvi nos últimos tempos”.

“Um dos cineastasmais criativos desua geração. Ficofeliz em participarde seu novo curta”EDGARD NAVARRO, cineasta

Margarida Neide / Ag. A TARDE

Henrique Dantasse apaixonoupelos NovosBaianos desde aadolescência, queviveu em Ilhéus

Fernando Vivas / Ag. A TARDE Rejane Carneiro / Ag. A TARDE / 4.7.2008

LANÇAMENTO

Santeiros da Bahia são tema de livro e deuma exposição que será aberta no MABCÁSSIA CANDRA

Arte e devoção guiam os arte-sãos baianos em um ofício quecelebra o encontro de duas im-portantes matizes da nossa cul-tura: a cristã ocidental, com focono catolicismo lusitano, e a afri-cana, fundamentada no can-domblé. Essa produção, seusautores, técnicas e linguagensartísticas integram o conteúdode Santeiros da Bahia – Artepopular e devoção (Caleidoscó-pio), que será lançado amanhã,às 18 horas, no Museu de Arteda Bahia, onde será aberta umaexposição sobre o tema.

Os autores da publicação – asocióloga Flávia Martins e odoutor em Comunicação Rogé-rio Luz, responsáveis pela con-cepção, pesquisa e texto – reu-niram trabalhos de 23 santeirosbaianos de diferentes regiõesdo Estado. Eles são apresenta-dos por meio de entrevistas querevelam sua formação, técnicase matéria-prima, mas principal-mente a experiência e as ideias

que os norteiam.“Não se trata de uma simples

descrição factual, nem de umestudo explicativo de tipo so-ciológico. Mais importante é oconhecimento do artista comoparte essencial do trabalho”, ex-

plica Flávia. “Os artistas são ossujeitos da pesquisa – eles seexpressam, falam, criam e pen-sam”, complementa Rogério

PesquisaA ideia de reunir os santeiros emuma publicação nasceu de umapesquisa de três décadas queresultou no livro O Reinado dalua – Escultores populares doNordeste (já na quarta edição),doqualFláviaMartinséumadasautoras. “Sabíamos da riquezado acervo cultural do povo daBahia no cruzamento entre a fécatólica e a crença afro-brasi-leira”, conta a socióloga.

Além dos textos, o livro apre-senta um rico conteúdo imagé-tico, mostrando “os artistas emseu ambiente de trabalho, aspeças e o contesto geográfico”,diz o fotógrafo Celso Brandão.

SANTEIROS DA BAHIA / LANÇAMENTO DO

LIVRO E ABERTURA DA EXPOSIÇÃO:

AMANHÃ, 18 H / MUSEU DE ARTE DA BAHIA

/ AV. SETE DE SETEMBRO, 2.340, VITÓRIA /

INFORMAÇÕES: (71) 3117-6902 / GRÁTIS

Celso Brandão / Divulgação

Leandro Pereira Reis, um dos santeiros abordados pelo livro

CENA

Festival das ArtesCaldeirão Culturalmobiliza Plataformacom várias atrações

EDUARDA UZÊDA

O V Festival das Artes CaldeirãoCultural, que reúne cerca de 30grupos de diferentes estéticas,movimenta o Centro CulturalPlataforma, Subúrbio Ferroviá-rio de Salvador, até o próximodia 19.

“A grade de programação,além de espetáculos de música,e dança-teatro, também con-templa cinema, oficinas, semi-nários e debates“, informa o jor-nalista Márcio Bacelar, um dosintegrantes da coordenação doevento. Hoje, às 15 horas, seapresenta a Orquestra Sambo-ne. Amanhã, às 20 horas, será avez do espetáculo Transmetró-polis, que discute a sexualidadede gêneros.

V FESTIVAL DE ARTES CALDEIRÃO CULTURAL/

ATÉ O DIA 19/ CENTRO CULTURAL

PLATAFORMA ( 3117 8106) / PRAÇA SÃO

BRÁS S/N, PLATAFORMA/ R$ 4 E R$ 2

(MEIA), R$ 2 E R$ 1 (MEIA) E GRÁTIS

SANTEIROS DA BAHIA - ARTE POPULAR E

DEVOÇÃO / FLÁVIA MARTINS, ROGÉRIO LUZ

Caleidoscópio/ 178 p./ R$ 90/[email protected]

Paulinho Boca de Cantor,vocalista dos Novos Baianos

Lula Oliveira, cineasta e sócioda produtora DocDoma

Rita Câmara, produtora culturale consultora de arte