hempa e hidroponia

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Hempa e Hidroponia Hidroponia é o método de cultivo sem a utilização de terra, em vez disso utiliza-se um meio de pedrinhas de argila expandida, bloco de lã ou uma mistura de perlita e vermiculita. O tipo de meio escolhido dependerá do tipo de sistema que você escolheu para cultivar suas plantas. Alguns métodos não usam meio nenhum. Existem muitas vantagens em se usar o método hidropônico. Em primeiro lugar, o crescimento é mais rápido, já que está se provendo os elementos exatos que sua planta precisa, em segundo, geralmente as raízes não se embaraçam ao procurar por nutrientes, já que eles são fornecidos diretamente. Como as coisas ocorrem mais rapidamente no cultivo hidropônico, você deverá fazer visitas diárias ao seu jardim para verificar o que está ocorrendo com suas plantas. Olhe, ouça e aprenda. Como não se utiliza terra, nós devemos fornecer os elementos que a planta precisa, geralmente deve-se usar um alimento hidropônico específico, porém qualquer alimento a base de sais minerais deverá funcionar. Lembre-se de utilizar os nutrientes de acordo com as instruções do fabricante, já que as plantas não irão crescer de forma mais rápida se você alimentá-las em excesso. Os nutrientes são

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Hempa e Hidroponia

Hidroponia é o método de cultivo sem a utilização de terra, em vez disso utiliza-se um meio de pedrinhas de argila expandida, bloco de lã ou uma mistura de perlita e vermiculita. O tipo de meio escolhido dependerá do tipo de sistema que você escolheu para cultivar suas plantas. Alguns métodos não usam meio nenhum. Existem muitas vantagens em se usar o método hidropônico. Em primeiro lugar, o crescimento é mais rápido, já que está se provendo os elementos exatos que sua planta precisa, em segundo, geralmente as raízes não se embaraçam ao procurar por nutrientes, já que eles são fornecidos diretamente. Como as coisas ocorrem mais rapidamente no cultivo hidropônico, você deverá fazer visitas diárias ao seu jardim para verificar o que está ocorrendo com suas plantas. Olhe, ouça e aprenda.

Como não se utiliza terra, nós devemos fornecer os elementos que a planta precisa, geralmente deve-se usar um alimento hidropônico específico, porém qualquer alimento a base de sais minerais deverá funcionar. Lembre-se de utilizar os nutrientes de acordo com as instruções do fabricante, já que as plantas não irão crescer de forma mais rápida se você alimentá-las em excesso. Os nutrientes são

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geralmente vendidos como concentrados que deverão ser diluídos em água, nunca coloque-os diretamente nas suas plantas por serem concentrados fortes demais. De um modo geral você deverá enxaguar as suas plantas uma vez por mês para remover o excesso de salinidade que se forma. A medição do Ph é muito importante em sistemas hidropônicos, um aparelho de medição eletrônico se faz necessário para sistema ativos, porém em sistemas passivos, um kit para teste de Ph em aquários, poderá ser uma solução mais barata.

O alvo é manter o Ph entre 5.5 e 6.1 o tempo todo em sistemas hidrôponicos. No período vegetativo procure manter a solução mais ácida em 5.5 e no período de florescimento aumente até ficar entre 5.9 e 6.1, para que a planta absorva todos os nutrientes necessários. Para baixar o Ph deixando a solução mais ácida, use Ácido Fosfórico ou aumente o Ph para uma solução mais alcalina usando Hidróxido de Potássio, disponíveis em lojas de jardinagem ou produtos agropecuários. A concentração de nutrientes é verificada por um medidor de partículas (PPM) disponível em lojas de produtos hidropônicos. Os iniciantes podem simplesmente seguir as instruções do fabricante de sua solução de nutrientes.

Existem dois tipos de Sistemas Hidropônicos, Passivo e Ativo:

Sistemas Passivos - São simples e de mais fácil utilização, além de mais baratos. Você pode adquirir um pote de 4 cm de profundidade, uma mistura de perlita e vermiculita, uma pequena lâmpada fluorescente e você já estará plantando. Algumas pessoas podem cultivar em ambientes externos usando esse método e obter o mesmo tipo de resultado. Métodos passivos de cultura utilizam granulados de perlita e vermiculita como meio ou ainda qualquer outro material do gênero. A planta deverá ser regada manualmente quando a mistura estiver seca 2cm abaixo da superfície. Você poderá testar colocando o dedo e verificando a humidade. Outro método passivo simples, é o sistema de pavios (panos retorcidos), consistindo de um pote colocado sobre uma pequena bandeja de nutrientes, os pavios saindo do fundo do pote até a bandeja, mantendo a mistura húmida e fornecendo nutrientes o tempo todo. Outra opção e uma bacia dentro de outra bacia. Faça buracos no fundo da bacia superior e passe os pavios por eles até tocar os nutrientes na bacia inferior. Coloque uma mistura de perlita e vermiculita na bacia superior e você já estará plantando. A solução, nesse tipo de método, deverá ser trocada a cada 3 ou 4 dias por uma nova solução

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Um sistema de bloco de lã simples pode ser feito utilizando-se uma bandeja, como as utilizadas para manter areia para gatos. Corte um bloco de lã ao meio e ponha no meio da bandeja, em seguida encharque-o com uma solução de nutrientes com Ph ajustado para 5.5 e deixe por 24 horas. A vantagem da lã é que pode-se comprar pequenos cubos feitos para plantar sementes, ou preparar clones, e em seguida abrir um buraco no bloco de lã, colocando um cubo dentro, as raízes sairão do cubo e passarão para o bloco. Você precisará fazer um buraco no fundo da bandeja para permitir que o bloco seja drenado, mantendo-o apenas húmido. Para drenar o bloco basta inclinar a bandeja. Lembre-se de enxaguar o bloco de lã com pelo menos 20 litros de água a cada 2 semanas.

Sistemas ativos - São os que utilizam bombas para de um certo modo fazer com que os nutrientes circulem, isso pode ser tão simples quanto um reservatório de 40 litros com nutrientes no fundo, em cima, uma bandeja acomodando 6-7 potes. Um tubo preso à bomba e saindo do fundo do reservatório se conecta à mangueira ou cano que distribui a solução para cada um dos vasos. Um buraco no fundo da bandeja permite que o excesso de solução volte para o reservatório. Todos os sistemas ativos tem boa performance, porém são mais caros no início, a vantagem é que os nutrientes são continua ou periodicamente bombeados e distribuidos às plantas, resultando em crescimento/florescimento rápido. Esses sistemas exigem um maior trabalho diário porém não são difíceis de se dominar com paciência e prática.

Cultura em Água Profunda (Deep Water Culture) é um sistema onde os potes ou cestas são suspensos 2 cm acima do nível da solução de nutrientes, e uma bomba de ar de aquário é colocada no fundo para que as bolhas renovem o ar da solução que alimenta as plantas, enquanto constantemente nutridas o crescimento pode ser extremamente rápido. A versão de alta performance desse sistema se chama Sistema Aeropônico. Sistemas Aeropônicos costumam ter pequenos potes de 4 cm, furados como cestas e enchidos com argila expandida ou cascalho arredondado, para que as raízes desçam pelos buracos do pote até tubos ou reservatórios opacos, enquanto pequenos aspersores borrifam gotas microscópicas da solução de nutrientes para serem absorvidas pelas plantas. Pode-se comprar pequenas bombas de ar de aquários com mangueiras de plástico para arejar a solução de nutrientes e mantê-las balanceadas. Uma outra opção é usar aquecedores de aquário para manter a água aquecida por volta de 21 graus Celsius.

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Não importando o método escolhido para cultivar a planta ou plantas, existem pequenas coisas que nós devemos lembrar sobre hidroponia: O meio utilizado para as plantas nunca deve ser saturado por um período muito longo, isso é especialmente importante em blocos de lã ou potes com perlita/vermiculita, água em excesso pode afogar a planta. Não é preciso superalimentar as plantas para fazer com que elas desenvolvam "camarões" maiores. A planta de Cannabis só absorve o que ela precisa, não podendo ser alimentada à força, excesso de nutrientes só significarão folhas queimadas e saúde fraca. Mantenha suas plantas saudáveis, removendo folhas mortas e prevenindo o surgimento de pragas. Algas verdes poderão surgir no meio escolhido por você, para evitar o inconveniente, cubra o bloco de lã ou os potes e o reservatório com plástico preto para impedir a entrada de luz.

Em breve na seção Técnicas Avançadas, tutoriais de construção de sistemas ativos.

Nutrientes Orgânicos

A primeira razão para se utilizar nutrientes orgânicos em vez de químicos, é porque a chance de se queimar as plantas (superfertilização causando problemas ou morte) é quase zero. Ao alimentar com substâncias orgânicas, a planta só absorverá o que ela necessita, deixando o resto no solo. Adicionalmente, fertilizantes orgânicos são quebrados lentamente por microorganismos do solo, o que assegura um suprimento constante para suas plantas; além disso, ter muitos microorganismos presentes no solo é benéfico para o solo e consequentemente para suas plantas também.

Fertilizantes químicos, por outro lado, são altamente solúveis e geralmente encontrados com uma maior concentração do que fertilizantes orgânicos. Após aplicados no solo, eles são rapidamente absorvidos pelas raízes. Por sua alta concentração, essa ação rápida irá causar uma dosagem tóxica dos nutrientes, se for usado em excesso, levando a problemas ou até a morte da planta. Ainda por cima, fertilizantes químicos deixam resíduos salinos no solo. Se a planta não for enxaguada periodicamente (cada 1-2 meses), esses sais podem se acumular em níveis perigosos para a planta. (Nota – Se o solo não for enxaguado um pouco antes da colheita, o gosto de seu fumo será afetado negativamente.) Finalmente, fertilizantes químicos tem um efeito devastador nos microorganismos do solo, incluindo minhocas.

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Além das questões de química do solo e da absorção de nutrientes, existe pouco o que questionar sobre o benefício da utilização de substâncias orgânicas ao meio ambiente, mesmo plantando em estufa. Fertilizantes orgânicos tais como, farinha de osso, emulsão de peixe, esterco, húmus, etc, são renováveis. O petróleo, de onde os fertilizantes químicos são sintetizados, não é.

Para o cultivador ao ar livre, a opção do tipo de fertilizante tem um efeito ainda mais profundo. A chave do sucesso de um plantio bem sucedido e a saúde do solo. Fertilizantes químicos tem um efeito adverso na vida do solo, diminuindo a biodiversidade e a força do solo, e por serem muito mais solúveis do que os orgânicos, são frequentemente enxaguados pela água da chuva ou excesso de água ao regar. Além de serem perigosos para suas plantas, causam problemas de poluição em potencial, por exemplo, as algas tóxicas que surgem em lagos e lagoas são constantemente associadas com fertilizantes químicos que "vazam" para o lençol freático atingindo córregos e nascentes.

Fertilizantes orgânicos também tem o seus senões, especialmente para o cultivo em lugares fechados. Alguns deles, como a emulsão de peixe em particular, tem um odor forte que pode incomodar narizes delicados. (Muito embora, medidas de segurança envolvendo filtro de ar e ionizadores devam manter os cheiros em seus devidos lugares...). Além disso, por desenvolverem a vida orgânica do solo, podem ocorrer problemas com insetos e particularmente fungos. Finalmente, alimentos orgânicos requerem uma maior dedicação de tempo e esforço por parte do usuário. A grande vantagem dos químicos é a praticidade.

Notas sobre alguns fertilizantes orgânicos mais comuns:

Farinha de Sangue: 13 - 0 - 0

Possui uma das maiores concentrações de Nitrogênio de todos os fertilizantes orgânicos, e por isso se constitui na melhor escolha para o crescimento vegetativo. Em sua forma de ação seca e lenta, pode ser misturada ao solo na proporção de 1 a 2 colheres de sopa por 4 litros de solo. Sua versão solúvel é a mais utilizada, por sua ação rápida sem o risco de se queimar as plantas como os fertilizantes químicos. Para fazer o chá de farinha de sangue, deixe uma colher de sopa de molho em 4 litros de água, por 5 ou 7 dias. Quanto mais tempo maior a

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concentração de N. Agite bem, coe o resíduo sólido, e regue suas plantas.

Farinha de Ossos: 1 - 11 - 0

Por sua alta concentração de fósforo, é mais indicada para o período de florescimento, porem por ser de lenta dissolução, é recomendado que seja adicionado ao solo ainda na fase vegetativa. (Talvez o melhor seja misturar somente no solo do último transplante.) Um dos cuidados com a farinha de ossos, especialmente na Europa, é o medo de contágio da doença da vaca louca. Muito embora ainda não tenha sido provado, vale ter isso em mente.

Emulsão de Peixe: 5 - 1 - 1

É uma solução liquida feita de peixe decomposto e as vezes outros ingredientes. É um fertilizante extremamente gentil e a melhor escolha como o "primeiro fertilizante" para se usar em plantas jovens. Sua taxa de NPK é ideal para o estágio vegetativo. Pode ser diluído em água na proporção de 1 a 3 colheres de sopa por 4 litros de água.

Húmus: 0.5 - 0.5- 0.3

Também conhecido como o bom e velho cocô de minhoca, talvez seja o melhor fertilizante orgânico no cômputo geral. Apesar do baixo nível relativo de nutrientes, húmus por alguma razão tem um excelente efeito no vigor das plantas, tendo seu efeito reconhecido por todos que o utilizam. Por ser bastante gentil, pode ser usado em plantas recém germinadas por também conter micronutrientes. Pode ser misturado ao solo na proporção de 15% do volume total ou feito chá (1 parte de húmus para 5 partes de água.) e aplicado no solo ou fertilizante foliar.

Composto de Algas Marinhas: 1 - 0.5 - 2.5

Fornece cerca de 60 tipos de elementos, além de hormônios de promoção de crescimento e enzimas. É usado para assegurar que a planta está conseguindo os micronutrientes necessários. Pode ser misturado ao solo (1-2 colheres de sopa por 4 litros de água) ou feito chá na mesma proporção.

Guia de Resolução de Problemas - Enfermaria

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Os problemas mais comuns são, o excesso de água e de fertilizantes, seguidos de perto por pH incorreto e raízes emaranhadas. Antes que quaisquer tentativas de remediar sejam tomadas, esses fatores deverão ser considerados.

* Deficiência de Nutrientes – Raramente acontecem nos jardins modernos. O que as pessoa vêem como deficiência de nutrientes, 9 em cada 10 vezes é problema de pH. Um pH muito alto ou muito baixo trava a capacidade da planta de absorver os nutrientes, por isso elas aparentam estar deficientes, quando na verdade existem nutrientes em quantidade mais do que suficientes na solução/solo. Adicionar nutrientes só piora a situação, desregulando o pH ainda mais e aumentando a quantidade de partículas no meio. Solução - O melhor a fazer, caso seja detectada qualquer forma de deficiência de nutrientes, é medir e ajustar o pH.

* Excesso de Água – Sinais de excesso de água incluem: Folhas murchas, curvadas e amarelando. Também uma boa indicação é o constante cheiro de terra molhada em sua estufa/jardim. Solução – Aumente a temperatura e o fluxo de ar para evaporar o excesso de água. Você pode também adicionar h2O2 (Água Oxigenada) para ajudar as raízes a receberem oxigenação. Apenas não regue em excesso, somente quando o solo/meio estiver seco. Se o seu solo estiver encharcado, transplante sua planta para um novo vaso com solo seco e fresco.

* Excesso de Fertilizante – Sinais de excesso de fertilizante incluem: Folhas queimadas/ mortas nas pontas/laterais e curvadas para baixo. Solução – Verifique e ajuste para o pH desejado. Enxágue e diminua o nível de fertilizante/nutrientes.

* pH Incorreto – Problemas com pH podem se manifestar de diferentes formas, desde deficiência de nutrientes até excesso de fertilizante e folhas queimadas. Solução – A única forma de saber é medindo e ajustando o nível do pH.

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* Raízes Emaranhadas – Veja abaixo na seção Problemas com Raízes

* Estresse por Calor – Sinais de estresse por calor se assemelham muito a queimaduras por nutrientes, exceto que elas ocorrem no topo da planta, próxima das lâmpadas. O amarelar das folhas superiores é causado normalmente por proximidade das lâmpadas HID. Solução – Uma forma de saber se as suas plantas estão muito próximas é colocar as costas da mão entre elas e a lâmpada, por alguns minutos. Se você sentir uma sensação de desconforto é porque elas estão muito próximas e a lâmpada deverá ser ligeiramente afastada.

Problemas nas Folhas

* Amarelar - Acontece por falta de clorofila. Possíveis causas podem ser, drenagem insuficiente do solo, raízes danificadas, raízes compactadas, alta alcalinidade e deficiência de nutrientes. Solução – Mais uma vez lembre-se de checar o pH.**Nota – Nas últimas semanas de florescimento um amarelar nas folhas é completamente normal, pois a planta usa todos os nutrientes estocados.

* Amarelar nas Folhas Inferiores e Medianas – Esse amarelar nas folhas mais antigas é possivelmente um sinal de deficiência de Nitrogênio (N). Como esse é um nutriente transferível (quer dizer que a planta pode movê-lo quando necessário), se uma planta não está recebendo Nitrogênio suficiente das raízes então ele será "roubado" das folhas mais antigas. Plantas com deficiência de Nitrogênio geralmente demonstram falta de vigor e crescimento pobre, resultando numa planta fraca e atrofiada. Em Sistemas Hidropônicos normalmente o pH está muito alto travando a absorção do Nitrogênio disponível na solução. Em solo, amarelar também pode ser indicação de raízes emaranhadas. Solução – Primeiro verifique e ajuste o pH. O pH correto para a cannabis é 6.3 – 6.8 quando em solo e 5.5 – 6.1 quando em Sistema Hidropônico. Segundo, certifique-se de estar fornecendo a quantidade/tipo correto de fertilizante/nutriente. Para o estágio

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vegetativo a cannabis precisa de um alimento rico em Nitrogênio, na taxa NPK de 2-1-1 ou (20-10-10)

* Amarelar nas Folhas Superiores – O amarelar nas folhas novas pode ser um sinal de deficiência de Enxofre (S). Essa deficiência é bastante rara mas começa com o amarelar de uma folha nova por inteiro, incluindo as veias. Outros sinais são, raízes alongadas, galhos rígidos e a ponta das folhas enroladas pra baixo. **Nota – Na maioria dos caso o amarelar nas folhas superiores e causado por proximidade das lâmpadas. Solução – Verifique e ajuste o Ph, além do nível de fertilizante/nutriente para se certificar de estar fornecendo o tipo/quantidade corretos para o seu estágio de crescimento. Faça o teste da mão e veja se está muito quente.

* Folhas Enrolando pra cima – Pode ser sinal de deficiência de Magnésio (Mg) causada por um nível de pH baixo. A falta de Magnésio pode ainda gerar amarelamento (com posterior escurecimento e folhas secas) e amarelamento entre as veias, começando nas pontas das folhas mais antigas e progredindo para o centro. Pode ser também um sinal de excesso de calor e humidade dentro da estufa. Solução – Verifique e ajuste o pH, já que fora do nível ideal a planta de marijuana perde a capacidade de absorver os elementos essenciais requeridos para um crescimento saudável. Se você estiver cultivando em solo, o Magnésio começará a ser travado com um pH de 6.5 ou inferior, em hidroponia começa com 5.8 ou inferior. Se o pH for o correto, então adicione ¼ de colher de chá de Sulfato de Magnésio Heptahidratado (Epsom Salt) por litro de água. Ou para nutrição foliar, dilua a dose anterior com 2 partes de água e borrife periodicamente nas folhas. **Nota – Se a água da torneira tiver acima de 200 PPM o Magnésio será travad por excesso de cálcio (Ca) na água. Magnésio pode ser travado por excesso de Ca, de Cloro (Cl) ou Nitrogênio Amoníaco (NH4+). Se esse for o seu problema use água mineral.

* Folhas Enrolando pra baixo – Quando isso ocorre, associado com

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pontas e margens queimadas é costumeiramente um sinal de que o nível de nutrientes está alto demais. Solução – Verifique e ajuste o pH. Enxague e diminua o nível de nutrientes.

* Folhas Murchando – Geralmente ocorre por excesso/falta de água ou pouca luz. Solução – Quando em solo, primeiro coloque o dedo ou um medidor de humidade alguns centímetros abaixo do solo e verifique se está seco ou húmido. Se excesso de água for o seu problema, aumente a temperatura e a circulação de ar em sua estufa para evaporar um pouco do excesso. Adicione h2o2 (Água Oxigenada) diluída em água.**Aviso! – Excesso de água crônico pode levar a raízes podres/estagnadas e solo enlameado. Caso você detecte esse problema, transplante para um vaso novo com terra fresca e seca. Em Sistemas Hidropônicos, verifique se o meio está húmido ou seco, antes de adicionar água ou ligar a bomba. Se o meio ainda estiver muito húmido, ou muito seco, você precisará verificar seu jardim com mais frequência para checar a disponibilidade de água em seu sistema. Por último, se falta de luz for seu problema, adicione mais luz.

Problemas com Raízes

* Raízes Emaranhadas – Isso ocorre quando as raízes crescem mais do que o pote em que elas estão contidas. Plantas cujas raízes estão emaranhadas exibem um crescimento atrofiado, fino, lento e com produção de "camarões" pequenos, folhas murchas facilmente queimadas por nutrientes, necessitando de água constantemente. O amarelar das folhas antigas progressivamente subindo até que todas as folhas sequem e morram, é um sinal significativo desse problema. Solução – Transplante imediato para um vaso maior. A receita de bolo é, 4 litros de solo para cada 30 cm de altura, exceto em clones que podem utilizar uma medida menor. Ao delicamente retirar a massa de raízes, inspecione e veja se as raízes formam um círculo fechado em volta da massa, em caso positivo, tente muito gentilmente desprender essas raízes da massa de terra. Se as raízes estiverem muito emaranhadas então você poderá cortar algumas fatias de 1 cm em torno da massa com um instrumento afiado e esterilizado, antes de colocar a planta em seu

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novo vaso. **Nota – Não compacte o novo solo no fundo do novo pote, deixe-o aerado porém ser bolsas de ar, para que as raízes penetrem facilmente.

* Raízes Atrofiadas – Ou crescimento lento ou nenhum de novas folhas podem ser devido a deficiência de cálcio (Ca), intoxicação por Alumínio (Al), Cobre (Cu), pH Ácido ou tóxinas no solo. Solução – Como sempre, verifique e ajuste o pH. Se houver qualquer tipo de intoxicação do solo, então você precisará enxaguá-lo completamente.

Problemas nos Galhos

* Quebra de Galho ou Caule – Isso poderá ocorrer mais cedo ou mais tarde com qualquer um. Isso pode ocorrer por tentativa de treinar a planta, animais derrubando vasos ou refletores caindo em cima, etc Não importa como aconteceu, só não há motivo para pânico. Solução – Consertar não é problema, faça talas com palitos de sorvete e prenda com fita crepe ou esparadrapo. Um canudo do Mc Donald’s cortado ao longo pode ser um ótimo método de "engessar" o caule/galho. Dê uma semana para que a planta se recupere e volte a crescer

Para determinar o quanto de luz você precisa em watts: A regra geral para definir a quantidade de luz para uma área, é um mínimo de 30 watts por pé quadrado. 50 watts por pé quadrado e ideal. Você pode determinar a quantidade luz para a sua área usando essa fórmula: 30 watts (ou 50) X ? (sua área) em pés quadrados. Exemplo: Você tem uma área de 10 pés quadrados 30w X 10 s.f. = 300 watts/por pé quadrado ou 50 watts X 10 s.f. = 500 watts por pé quadrado (ideal). Lembre-se que lâmpadas fluorescentes são mais fracas e emitem menos luz que as HID. Isso significa que você precisará 5 vezes mais watts para igualar uma lâmpada HID. Então, 30 watts de HID seriam iguais a 150 watts de fluorescentes. Por isso é advertido que se utilize o mínimo de 30 watts por pé quadrado para luzes HID e um mínimo de 150 watts para Fluorescentes.

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Isso tudo é muito importante pois a intensidade da luz irá afetar diretamente a qualidade e a produção de sua colheita. Se você tiver menos do que o ideal, sua colheita e potência serão reduzidas e os "camarões" não serão tão densos. Essa questão nunca é de mais repetir. Você deve ter a quantidade de luz certa para o seu espaço, para poder colher "camarões" de alta qualidade. A questão as vezes pode ser, "Posso ter luz demais?" A resposta básica é não. De acordo com a lei de retornos minorados, você poderia teoricamente alcançar um ponto onde as plantas não conseguiriam mais absorver a luz, porém seria impossível ter essa quantidade de luz em seu espaço. O calor se tornaria um problema bem antes de você atingir esse ponto. Então use quantas lâmpadas puder, apenas controle o calor.

Experimentação é o único método para determinar a melhor solução para cada planta. Se a planta não estiver recebendo luz suficiente, ela começará a crescer de forma desproporcional como se estivesse se esticando para buscar luz e a folhagem se torna verde pálida. Ou, se elas necessitam ser movidas para perto da luz, ou aumentado o período de exposição à luz, elas podem ter problemas como folhas e flores descolorindo ou queimadas. Folhas poderão se tornar super compactas e enroladas nas pontas.

Germinação

Então você está com as sementes em mãos. Agora você se pergunta o que fazer para começar o plantio. Se você comprou sementes de um banco reconhecido então você pode ter certeza que elas estão prontas para germinar, já que todas passam por um processo de seleção. Porém, se você descolou sementes que vieram no seu bagulho prensado, você deverá fazer algumas verificações simples para saber se as sementes são viáveis ou não. Uma forma de testar, é gentilmente apertar a semente entre o seu dedo indicador e o polegar. Se ela desmanchar, então não está boa. As brancas e secas estão imaturas e quebrarão com facilidade. As sementes verde escuro, verde ou marrom são mais aptas a germinar. Você não poderá destinguir o sexo da planta apenas olhando a semente. Existem algumas teorias por aí, porém não existe nenhum sinal físico característico nas sementes para se distinguir machos de fêmeas.

Alguns gostam de germinar usando métodos como o do papel toalha, antes de colocar no vaso. Isso é para assegurar que as sementes estão no ponto, mas se você desejar poderá plantá-las direto no solo. Para

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germinar em papel toalha, simplesmente coloque a semente entre duas folhas de papel toalha embebidas em água mineral ou destilada, dentro de um Tupperware ou recipiente com tampa. Deixe o recipiente em um lugar que aja propagação de calor, como em cima da geladeira ou do monitor do computador. Verifique varias vezes por dia e veja se as sementes estão rachadas e uma pequena raiz branca começou a surgir.

Após a germinação você verá uma pequena raiz branca saindo do meio da semente. Cave um buraco pequeno no solo (use um lápis para fazer um pequeno buraco). Quando estiver plantando a semente tenha certeza de que a profundidade do buraco não ultrapassa meio centímetro e só então coloque a semente dentro. Assegure-se que a raiz ou o lado pontudo da semente está apontando para o fundo ao colocar no solo. Cubra o buraco com terra solta (Não achate!) e mantenha a terra húmida (Não encharque!). Você deverá permitir pelo menos 10 cm de espaço vertical no fundo para a raiz crescer. Coloque uma semente por copo de 500ml ou vaso de 4 litros, e coloque-o embaixo das luzes. Comece com um ciclo de luz de 24/7 (24 horas ligada por 7 dias da semana). Você deverá ver os brotos de 2 a 14 dias dependendo das suas condições individuais e método de uso. Para resultados mais rápidos tente manter a temperatura em 26 graus Celsius. Você verá uma taxa de germinação menor com 21 graus Celsius, porém ainda assim é aceitável, a semente só levará mais tempo para brotar.

O broto emergirá com duas folhas primordiais (cotilédones). Essas folhas são pequenas, lisas e arredondadas e serão seguidas de um par de folhas serradas individuais. A distância da luz dependerá de qual tipo esta sendo usado por você. Se for fluorescente, coloque de 3 a 5 cm de distância de seu broto. Se for HPS ou MH ajuste de acordo com a temperatura, fazendo o teste da mão. Esses tipos de luzes costumam secar o solo rapidamente, fique de olho.

Atenção! Não coloque adubo ou fertilizante durante os primeiros estágios de crescimento. (primeiras 3 semanas) Esses estágios são muito frágeis, e não precisa muito para se cometer um erro fatal. Lembre-se assim como na sua vida, as plantas também precisam lidar com uma série de coisas ao mesmo tempo, quanto menos coisas você tiver que lidar menor a chance de problema. Mantenha a filosofia de menos é mais.

Crescimento Vegetativo e Florescimento

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Assim que sua luz estiver ajustada e as folhas começarem a surgir, você estará entrando no período vegetativo. Só regue a planta quando o solo estiver totalmente seco até o fundo do vaso. Você poderá checar colocando o dedo em um dos buracos de drenagem no fundo, sentindo se está húmido, ou usando um medidor de humidade. Um palitinho de comida chinesa serve para teste improvisado, coloque-o até o fundo do vaso próximo a lateral para não acertar nenhuma raiz, e retire-o em seguida. Se a ponta que tocou o fundo voltar suja, ainda existe humidade no vaso. Deixe secar mais um pouco antes de regar novamente.

Talvez o melhor método seja esperar a planta dizer que quer água. As folhas ficam meio murchas com aparência de "sede". A razão deste método ser preferido, tem duas partes: 1- Você estará seguro de não "afogar" a planta e 2- Esperando o solo secar até o fim, você estimulará o desenvolvimento das raízes à procura de água. Mais raízes = planta maior e mais forte = mais e melhores "camarões".

Provavelmente o erro mais comum entre iniciantes é "afogar" a planta. Regando em excesso causará à planta um crescimento pobre e se continuado pode levar ao apodrecimento da raiz e morte. Tome cuidado se você está começando com um pote muito grande. Ao regar em excesso um planta pequena em um pote grande, ela não conseguirá absorver toda a água, o solo poderá parecer seco na superfície, porém no fundo pode estar se formando lama, levando ao apodrecimento da raiz. Uma planta que não é regada o suficiente é muito mais saudável do que uma regada em excesso. Também é mais difícil recuperar uma planta "afogada" do que uma com "sede".

Como regra deve se usar 2 cm de cascalho ou outra mistura apropriada de alta drenagem, no fundo para evitar o afogamento da planta. É recomendável que se coloque um ventilador em cima da planta assim que ela sair do solo, isso simula o vento e estimula o fortalecimento do caule levando a uma planta mais vigorosa que aguentará o seu próprio peso no período de florescimento. Caules grandes e fortes = planta grande e forte = mais e melhores "camarões".

A temperatura poderá ficar entre 21 e 30 graus Celsius sem danificar a planta. Para o solo, o Ph deverá variar entre 6.3 e 6.8, geralmente. A humidade relativa deverá ficar por volta de 60% no período vegetativo. Durante este período alimente sua planta com um fertilizante rico em Nitrogênio (N). Existem vários produtos ricos em Nitrogênio, comece utilizando ¼ da dosagem recomendada pelo fabricante aumentando

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gradativamente na medida que a planta responde ao crescimento. Entupir de fertilizante não fará a planta crescer mais rápido e sim poderá queimá-la. Procure fertilizantes com uma taxa de NPK de 2-1-1. NPK é o padrão em embalagens de fertilizante com a taxa dos três maiores nutrientes necessários à planta: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). Para esse período da planta procure um fertilizante com o dobro de N em relação a P e K. Assim que a sua planta chegar por volta dos 30 cm ou 4 a 6 semanas de idade, você poderá começar a notar a alternância de folhas dos nós (junção dos galhos e o caule). Quando os galhos superiores começarem a alternar é um sinal que a planta atingiu a maturidade e está pronta para o florescimento.

Se você optou por deixar a planta no ciclo 24/7, deixe a planta crescer pelo tempo que você desejar. Uma planta costuma duplicar, triplicar e até quadruplicar de tamanho no período de florescimento. Sativas costumam quadruplicar enquanto Indicas geralmente duplicam de tamanho. Algumas espécies de marijuana precisam de 8 semanas de crescimento vegetativo. Sua altura, colheita e potência dependerão do tipo e da forma de crescimento. Como o nosso objetvo é a flor ou "camarão", evite criar muitas plantas ao mesmo tempo, a não ser que você tenha luz suficiente para todas elas. Dessa forma elas não ficarão com caules alongados e "camarões" somente na parte superior.

Lembre-se, você só pode conseguir flor ou "camarão" de uma planta fêmea, então mantenha seu foco nas "minas". Para poder descobrir o sexo da planta, consiga um timer e coloque as luzes em um ciclo de 12 horas ligadas e 12 horas apagadas. Utilizando um timer é muito mais simples controlar o ciclo do que manualmente, além de mais preciso. Assegure-se de que sua planta receba 12 horas completas de escuridão nesse estágio. Qualquer interrupção poderá adiar o descobrimento do sexo por dias ou até semanas e afetar a sua produção severamente. O período de florescimento pode levar de 2 a 3 meses.

Durante o período de florescimento, sua planta necessita de nutrientes com alto teor de Fósforo (P). Existem vários produtos com alto teor de P, geralmente comece diluindo ½ da dosagem recomendada pelo fabricante. A humidade relativa ideal é entre 40 e 55% para esse estágio.

Por volta de 14 dias no ciclo 12/12, você pode começar a procurar por pequenos pistilos ou "pêlos" brancos (indicativo de fêmea) ou pequenas bolas (indicativo de macho) crescendo na base de cada nó. Os pistilos crescem até 0,5 cm, sendo facilmente visíveis, aparecendo aos pares um de cada lado do nó. As bolas crescem também na base de cada galho,

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aos grupos, parecendo pequenas cornetas, antes da forma final arredondada. Nas bolas está o pólen. Assim que você identificar um macho, remova-o de sua área, para permitir as fêmeas mais espaço e mais luz. É nesse estágio que se formam os "camarões", e a medida que o tempo passa eles vão aumentando de tamanho e necessitando de mais fertilizante. É altamente recomendável que se pare de usar fertilizantes 2 semanas antes da colheita. Para assegurar que toda a química dos produtos já foi absorvida pela planta. Se uma planta ainda estiver com química no período de colheita, o fumo será muito amargo e áspero na garganta. Para evitar essa aspereza, enxague a planta com água corrente, na medida de 4 vezes a capacidade de seu vaso, 2 semanas antes da colheita. Exemplo: Um vaso de 4 litros pode ser enxaguado com 16 litros de água.

Você pode tentar fumar uma planta macho, ou fazer óleo de haxixe, porém o objetivo principal é a flor ou "camarão" rico em THC e agradável de fumar. Em pouco tempo você estará colhendo sua planta, quando ela atingir o ponto onde o crescimento pára, começando a inchar e amadurecer.

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