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Ano 2 - 2010 - Edição nº 9 - www.healthcarebrazil.com.br

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Revista bimestral sobre gestão hospitalar direcionada aos gestores hospitalares das principais instituições de saúde do Brasil.

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Ano 2 - 2010 - Edição nº 9 - www.healthcarebrazil.com.br

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CARTA AO LEITOR

Boa Leitura!Rose Rubini

Editora

PRESIDENTE EXECUTIVO

Edmilson Jr. Caparelli Novaes

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DIRETOR EXECUTIVO

Alessandro Alves

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CONSELHO ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO

Lucia Caparelli

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Maria Aparecida Rodrigues

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REDAÇÃO

Editora

Kelly de Souza

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INTERNACIONAL

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DEPARTAMENTO DE ARTE

Projeto Gráfico - Lucas Borges

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Marcio Cristiano

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Ivanildo Rodrigues

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Pesquisa

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ATENDIMENTO AO LEITOR

B2bmidia

Rua Antonio Manoel Moquenco Pardal, 1027

Ribeirânia - Ribeirão Preto – SP

55 + (16) 3236-0747

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de.com.br - Fone - 062 3275.7678 - 062 8121.8894

REPRESENTANTES

12.000 Exemplares

Discutir saúde pública é muito mais que se aprofundar nas questões sociais, qualidade dos serviços médicos, ou apontar alternativas para superar as constantes cri-ses financeiras que assolam as instituições médicas, principalmente as filantrópicas. O principal desafio é saber equacionar atendimento de qualidade, nível de in-

vestimentos e transparências nos processos de gestão administrativas. Somente através de um trabalho sério, focado em resultados, capacitação

técnica e investimentos maciços em medicina preventiva, poderemos superar as dificuldades e criar mecanismos para atender a população de forma digna e igualitária. Em busca destes parâmetros, a Health Care foi verificar como anda a saúde no Vale do Paraíba e encontrou em São José dos Campos, uma unidade que está mudando esta realidade.

Hospital de referência regional, a Santa Casa de Misericórida através de um trabalho sério, planejamento e ações contínuas transformou crise em qua-lidade de serviços. A humanização do atendimento médico, em todas as suas frentes e o grau de excelência em seus processos foi reconhecido pelo Minis-tério da Saúde por meio da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e tam-bém pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Um dos únicos hospitais que oferece diagnóstico de imagem, análises clí-nicas, hemodiálise, hemodinâmica, oncologia, acoplados em um só lugar. A Santa Casa foi uma das poucas instituições em todo o Estado de São Paulo que teve índice de aprovação total na pesquisa do avaliada pelo Cremesp acompa-nhada a pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo, para controle de infecção hospitalar. Pioneiro a implantar o setor de transplante de fígado, rins e córneas, na região, o hospital atua preferencialmente em defesa do Vale do Paraíba, com equipe de especialistas de renome internacional.

Com apoio da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, estreitou-se as relações junto aos governos estadual e federal e não pára de crescer. Ampliou o número de leitos para internação, maternidade e UTIs, oferece ali-mentação balanceada e de qualidade; programas de educação continuada para todos os funcionários; centro cirúrgico com capacidade para realizar até sete cirurgias simultâneas em todas as especialidades; pronto atendimento infantil; unidade especializada no tratamento de queimados, modelo no Brasil; instituto do coração, entre outros setores.

Medicina preventiva é levada a sério na unidade. Além de contar com um corpo clínico altamente especializado em todas as áreas da saúde, desenvolve várias campanhas para alertar a população sobre os benefícios dos exames preventivos, consultas médicas periódicas, bem como esclarecimentos sobre diversas doenças renais, câncer, hepatite, campanhas de doação de órgãos, contra queimaduras, mutirões preventivos para homens e mulheres.

A Health Care visitou os vários setores que compõem a unidade apresen-tada nessa edição para que o leitor possa conhecer um pouco mais sobre os serviços que a Santa Casa disponibiliza à população de São José dos Campos e toda região.

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EdIçãO Nº 8 - 2009

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EspEcial santa casaAo completar mais de um século de existência a Santa Casa de São José dos

Campos soube equacionar atendimento de qualidade, nível de investimentos e trans-parências nos processos de gestão administrativas. Hospital de referência regional, através de um trabalho sério, planejamento e ações contínuas transformou crise em qualidade de serviços. A humanização do atendimento médico, em todas as suas frentes e o grau de excelência em seus processos foi reconhecida pelo Ministério da Saúde por meio da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e também pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Um dos únicos hospitais que oferece diagnóstico de imagem, análises clínicas, hemodiálise, hemodi-nâmica, oncologia, acoplados num só lugar.

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16 TransplanTesDepois do sucesso na implantação de equipe médica e centro cirúrgico capacitado para realizar transplantes nas áreas de córneas e fígado, a Santa Casa de São José dos Campos acelera o processo de credenciamen-to também para o transplante renal. O cirurgião geral Itamar Coppio estima que o hospital atenda preferen-cialmente os pacientes do SUS cadastrados na fila do interior do estado.

28 DiagnósTico precoce é Decisivo para o TraTamenTo De Doenças De-generaTivasManter uma vida saudável podem retardar e até mes-mo prevenir doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson. É o que afirma o neurologista, dr. Mario Sil-va Jorge, responsável pela Central de Imagens da Santa Casa de São José dos Campos

18 insTiTuTo Do coraçãoUm dos mais avançados centros de diagnósticos e tratamento de doenças cardíacas, o Instituto do Coração da Santa Casa tem na cardiologia inter-vencionista seu maior diferencial. Ciro Jones Cardoso, cardiologista interven-cionista e responsável pela unidade diz que o Centro já realizou mais de 500 procedimentos, interno, externo e am-bulatorial.

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TA

edição

42 escola De enfermagemOrações, chorinho e o anúncio da implantação de cursos para formação de auxiliar e técnico de enfermagem marcaram a festa dos 110 anos do hospital. A novidade foi apresentada pelo provedor Luiz Roberto Porto.

22 uniDaDe De QueimaDos Reduzir os índices de vítimas de queimaduras, através de campanhas de prevenção é uma das principais metas da cirurgiã plástica Dra Gilka Barbosa Lima Nery, coordenadora da Unidade de Tratamento de Queimados da Santa Casa.

20 cuiDe Bem Do seu coração O médico cardiologista, responsável técnico pela UTI da Santa Casa de São José dos Campos e professor, dr. José Roberto Tavares, fala sobre as doenças cardiovasculares, responsáveis por 600 mil mortes no Brasil, todos os anos.

30 referência no TraTamenTo Do câncer A Oncologia da Santa Casa investe pesado no programa de combate ao câncer.São realizadas pesqui-sas, ações educativas e preventivas, tratamento e apoio ao paciente, como aponta dr. Carlos Frederico Pinto, oncologista clínico e responsável pelo setor na Santa Casa.

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A SANTA CASA

ExcElência médica com rEsponsabilidadE social

No momento em que a saúde pública brasileira é marcada por crises de diferentes proporções, abalando as mais tradicionais instituições médi-cas em todo o país, como o Sistema Único de Saúde (SUS), é raro encon-

trarmos exceções. Só através de um trabalho sério, focado em resultados e excelência no atendimento, com um corpo clínico de alto nível e equipe técnica capacitada, uma instituição consegue oferecer um serviço diferenciado, com a qualidade que a popula-ção espera e merece.

E foi exatamente na região do Vale do Paraíba,

especificamente em São José dos Campos, que a He-alth Care encontrou um ótimo exemplo: a Santa Casa de Misericórdia. Por meio de um bom planejamento e transparência nas ações continuadas ao longo de quase 20 anos, a instituição atinge o grau desejado no serviço médico atestado, não somente por órgãos técnicos competentes, mas principalmente pela po-pulação que aprova e comprova o nível de excelência oferecido pelo hospital.

Qualidade que está disponível aos munícipes de 39 cidades da região. O hospital oferece 182 leitos, Pron-to Atendimento Infantil, Pronto Socorro Adulto, consul-tórios ambulatoriais, cirurgias em praticamente todas

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as áreas médicas, com um corpo clínico de altíssimo padrão técnico. A equipe médica, formada por 681 profissionais, entre médicos, enfermeiros e equipe de apoio, são responsáveis por quase 170 mil atendimen-tos de emergência, 81 mil consultas ambulatoriais, 21 mil internações, 14 mil procedimentos cirúrgicos, quatro mil internações na UTI, além de outros 280 mil serviços auxiliares de terapia e diagnóstico, realizados todos os anos.

A Santa Casa oferece atendimento ambulatorial em todas as especialidades em outros dois endereços: no centro da cidade e no Jardim Satélite. Além da quali-dade do atendimento médico, a eficácia dos processos de trabalho, seja administrativo, médico-hospitalar, segurança, limpeza e higienização também são con-trolados e atestados por órgãos competentes, como o Cremesp, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde.

Aos 110 anos, o complexo hospitalar tem muitos motivos para comemoração. Estruturada em moder-nas instalações na rua Dolzani Ricardo, o hospital cria-do no dia 15 de agosto de 1899 para atender aos feridos da Revolução de 32 tem um crescimento cons-tante e os números se equiparam a grandes centros médicos de metrópoles como a capital paulista. Fun-dada por Cônego Lima, tem a frente de sua adminis-tração um grupo sério formado por 14 empresários, representantes de vários setores da sociedade.

Há 20 anos na coordenação da provedoria, o em-presário Luiz Roberto Monteiro Porto, junto com a Mesa Provedora, reergueu o hospital que hoje ofere-

ce serviços de alta complexidade, como transplantes de córneas, rins e fígado, hemodiálise, cirurgias em todas as especialidades, unidade para queimados, exames laboratoriais, central de imagens, entre mui-tos outros serviços. Com a missão de levar assistên-cia médica de forma igualitária à sociedade, a Santa Casa de São José dos Campos é hoje uma unidade de referência em assistência à saúde em toda região do Vale do Paraíba.

O trabalho humanizado exercido com respeito, in-tegridade e eficácia foi reconhecido através do Minis-tério da Saúde por meio da Organização Nacional de Acreditação (ONA), que atestou o grau de excelência não só pelos serviços, mas também pela sistemati-zação de trabalho, administração, normas técnicas, qualidade de atendimento e segurança exigidos. Em 2006 a Santa Casa foi a primeira em sua categoria a receber a certificação em Excelência Médica, man-tendo os padrões de qualidade que lhe renderam a recertificação este ano.

Outro dado positivo para pacientes e usuários do serviço médico oferecido pela Santa Casa, foi o resulta-do do estudo dos Programas de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) realizado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) por iniciativa do Ministério Público do Estado de São Paulo. Enquanto 92% dos hospitais não atendiam ao menos um dos itens obrigatórios de organização e funciona-mento previstos no PCIH, a Santa Casa de São José dos Campos foi aprovada em todos.

Atendimento ambulatorial em todas as especialidades

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A SANTA CASA

Visão futurista

Ao assumir a direção da provedoria da Santa Casa em 1989, o provedor e empresário da área de construção civil, Luiz Roberto Monteiro Porto arregaçou as mangas e em 20 anos de gestão transformou não só o prédio deteriora-

do, mas a forma de administrar a saúde pública na re-gião. Amparado por uma equipe de amigos e também empresários, com objetivo de oferecer saúde de quali-dade à população, transformou o sistema de gerencia-mento calcado na solidariedade e profissionalismo.

Com a missão de bem atender a todos que os pro-curam, o provedor garante que aplicar os recursos para aprimorar a qualidade da mão de obra disponível no hospital e ampliar a estrutura hoje existente são algumas das medidas que asseguram a qualidade do

atendimento da instituição. O gosto pela filantropia her-dou do pai, Mario Cesare Porto, também provedor da Santa Casa de 1963 a 64. Para ele, é mais do que uma satisfação pessoal. “Esta foi a forma que encon-trei de devolver à sociedade um pouco do que consegui conquistar ao longo da vida aqui em São José”, revela Luiz Roberto que dedica quatro horas diárias de traba-lho à instituição.

Para Porto, o paciente tem que ser bem atendido sempre. “Saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado”. Para gerenciar com eficiência este complexo, visitado pela Heath Care, a parceria com alguns em-preendedores locais, governos estadual e federal e os convênios é fundamental. Com a saúde financeira em dia, os investimentos são permitidos e vistos em todos os segmentos do hospital. O apoio da irmandade for-

Para Porto, saúde é um direito do cidadão

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mada por 175 representantes da sociedade, também é importante, segundo ele.

Ciente das dificuldades econômicas ele revela que necessitaria algo em torno de R$ 3 milhões para ter-minar as obras da nova maternidade. Crítico em re-lação às distorções políticas existentes, o provedor reclama da falta de linhas de crédito específica para a saúde. “Hoje temos recursos federais para diversas áreas, mas, se precisamos modernizar ou ampliar um hospital não podemos contar com o apoio do go-verno”, lamenta.

Além da expansão da estrutura física, o provedor antecipa que está ampliando o convênio para atendi-mento via SUS, hoje estipulado em torno de 60% do volume total dos procedimentos médicos. Os outros 40% resultam da iniciativa privada, através dos convê-nios, como o Santa Casa Saúde Assistência Médica, o plano de saúde da Santa Casa que hoje conta com mais de 40 mil usuários de toda a região.

COmPOSIçãO dA mESA PROvEdORA

Provedor - Luiz Roberto Monteiro PortoVice-provedor - Ivã Molina 1º secretário - Benjamin Augusto Baracchini Bueno2º secretário - Luiz Carlos de Oliveira1º tesoureiro - José Ribeiro Jordão2º tesoureiro - Péricles Santa Cruz Oliveira 1º procurador - Márcia Regina de Finis Rossetti 2º procurador - Juliano Braulino Marques de Melo

CONSELhO FISCAL Presidente - Angelo Scarpel Neto Vice-presidente - Gerson José Vieira Teixeira 1º conselheiro - José Ailton Puppio 2º conselheiro - Cássio da Costa Carvalho Filho 3º conselheiro - José Álvaro Gonçalves Moreira 4º conselheiro - Ailton de Souza

ExcElência médica

Formado por médicos de renome nacional e alguns internacionais, o corpo clínico da Santa Casa de São José dos Campos é composto por especialistas altamente ca-pacitados a oferecer atendimento médico e tratamento hospitalar de alta complexida-

de. Entre as mais de 60 áreas de atuação estão as ci-rurgias de cabeça, tórax, fisiatria, hemodinâmica, infec-tologia, oncologia, cardiologia, transplantes, mastologia, obstetrícia, queimaduras, pneumologia, reumatologia, gastroenterologia, neurologia, medicina nuclear.

Através do convênio firmado entre as instituições do meio acadêmico, a Santa Casa cede seu campo de ensino e pesquisa, ampliando a cooperação científica não só na área médica, de desenvolvimento de produtos, enferma-gem, psicologia, radiologia, administração, mas também na Engenharia Biomédica. Alguns dos parceiros são a Uni-versidade do Vale do Paraíba (Univap), Universidade Paulis-ta (Unip), Colégio Tableau, Universidade São Camilo, Escola de Enfermagem R. W. Johnson, Centro de Capacitação de Beleza e Saúde (CCB) e Senac.

O grau de excelência da equipe médica é reforçado por constantes investimentos em máquinas, equipamentos e instrumentação cirúrgica. Tecnologia de ponta, aplicada praticamente em todas as áreas de atuação do hospital,

oferece segurança no diagnóstico e no tratamento. Consul-tórios bem equipados, salas de exames completas, apare-lhos de última geração, trazem aos mais de 600 mil pacien-tes, atendidos todos os anos na unidade, a tranquilidade de um atendimento eficaz, com a mesma qualidade de cidades de países de primeiro mundo.

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ACREdITAçãO

primEira santa casa acrEditada do brasil

Concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), o selo de acreditação assegura aos pacientes a qualidade dos serviços médicos oferecidos

Desde o dia 6 de julho de 2006 o hospital se tornou a primeira Santa Casa do Brasil acreditada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), órgão vinculado ao Mi-nistério da Saúde. De acordo com a Enfer-meira Renata de Oliveira Rorato, supervi-

sora da Qualidade, o impacto interno foi positivo devido a melhorias implantadas em todos os serviços. Externamen-te, a divulgação na mídia teve reflexo direto na confiança da comunidade, com sensível aumento dos clientes, tanto operadoras de saúde quanto pacientes.

Para ela a qualidade é o ponto central da unidade. Foram criados novos departamentos com foco na segu-rança do cliente interno e externo para melhoria contínua na assistência. A política, segundo ela, visa promover a

manutenção e a melhoria contínua dos indicadores de qualidade em conformidade com o Manual Brasileiro de Acreditação, com o foco permanente dos recursos hu-manos visando à segurança da assistência prestada aos clientes do hospital. “O aumento da ocupação com base na conquista do certificado foi o reconhecimento dos nos-sos clientes no trabalho que desenvolvemos na unidade.”

Para se chegar ao selo, a supervisora lembra que foi realizada a descrição e padronização de todos os proces-sos da instituição, sempre focando a segurança e quali-dade na assistência. Além do investimento em Recursos Humanos, com contratações e treinamentos e aquisição de novos equipamentos. “Com isso, garantimos a realiza-ção de toda assistência de forma organizada e segura”, reforça Renata, lembrando que o envolvimento de toda equipe de profissionais atuantes em cada departamento facilitou a concretização do projeto e a sua manutenção.

De olho na qualidade dos processos e serviços, Renata diz que o treinamento e profissionais capacitados são muito importantes nesse momento. “Além de valorizarmos o de-sempenho de cada um durante o processo, as chances para chegarmos ao nosso objetivo aumenta.” A capacitação dos colaboradores com foco no uso das ferramentas da qualida-de além da busca de melhoria contínua na assistência com o apoio da educação continuada fez a diferença. “O processo de acreditação é contínuo e irreversível. Quando começamos a trabalhar com qualidade não tem como voltar atrás. É um trabalho intenso e árduo, mas que trás resultados bastante prazerosos e positivos à instituição”, aponta.

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INFECçãO hOSPITALAR

rEfErência Em controlE dE infEcção hospitalar

Dos 11 hospitais analisados no Vale do Paraíba, apenas a Santa Casa atende a todos os requisitos exigidos pelo Cremesp e Ministério Público

2008 e o resultado da pesquisa foi divulgado em abril desse ano.

Em todo o Estado o Conselho vistoriou 158 hospi-tais, sendo 56 na capital e outros 102 no interior. A intenção é verificar se as instituições públicas e priva-das oferecem estrutura e as condições de trabalho necessárias para o controle da infecção hospitalar. O resultado apontou que 92% dos PCIHs não atendiam a pelo menos um dos itens obrigatórios de organiza-

Enquanto 90% dos hospitais fiscalizados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), por ini-ciativa do Ministério Público do Estado de São Paulo, apresentaram alguma de-ficiência nos Programas de Controle de

Infecções Hospitalares (PCIH), a Santa Casa de São José dos Campos atendeu a todas as exigências téc-nicas. Na região, 11 hospitais foram vistoriados em

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ção e funcionamento. Quanto às Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), 82% não atendem a um dos itens avaliados.

Fonte constante de preocupação por parte das auto-ridades médicas e administradores, a infecção hospita-lar é toda infecção adquirida após a entrada do paciente no hospital e que se manifesta durante sua estadia ou até após a saída, desde que relacionada com a interna-ção ou com procedimentos hospitalares. O resultado da pesquisa demonstra que a Santa Casa caminha em busca de minimizar ao máximo os riscos de infecção em suas dependências.

Para isso segue a risca e com rigor cada item contido no Programa, como ressalta o infectologista e coordenador do CCIH, doutor José Marcos Mon-teiro Lemos. Medidas simples a cada procedimento médico até a modernização de equipamentos médico-hospitalar ou de setores como lavanderia, integram um extenso roteiro de ações, executadas por uma equipe altamente capacitada, vigilante e atenta a qual-quer alteração nos padrões ou processos previamen-te discriminados por meio de manuais.

Dr. Lemos explica que a atuação de uma CCIH se faz assegurando condições de higiene, de esteriliza-ção, de racionalidade nos fluxos de limpo e sujo, as-segurando a qualidade da água hospitalar, auxiliando na aquisição de equipamentos e nas reformas de área física. “Atua também de forma educativa assegurando a lavagem das mãos, reduzindo tempo de permanência de sondas e outros procedimentos invasivos, auxiliando na orientação de técnicas de curativos, entre outros procedimentos.”

Lemos explica que a CCIH da Santa Casa de São José é composta de dois grupos. A equipe consultora é ampla e tem a responsabilidade de definir diretrizes e de avaliar a atuação do grupo executor, que é o responsá-vel pela implementação das medidas de prevenção, pela detecção precoce de casos de infecção relacionada a assistência de saúde (Iras), e pelas intervenções neces-sárias para que novos casos não ocorram. São consulto-res a Superintendência do Hospital, as Diretorias Clínica

e Técnica, a Supervisão de Enfermagem, o engenheiro hospitalar, o responsável pelo Comitê de Qualidade, o farmacêutico, o microbiologista laboratorial, o médico infectologista e a enfermeira do Serviço de Controle de Infecções Hospitalares. A cada dois meses todos se re-únem para avaliar indicadores epidemiológicos e avaliar as estratégias.

De acordo com dr. Marcos, as buscas contínuas realizadas pelo CCIH são uma das principais estratégias para identificar situações de risco e adotar medidas para que não se transformem em infecções. “Focaliza-mos, sobretudo a busca ativa no paciente, identifican-do características individuais que possam favorecer a ocorrência de infecções, destaco as cirurgias de grande porte, os pacientes diabéticos e imunocomprometidos, os inconscientes, os pacientes em limites de idade e os pacientes com longa permanência ou ainda com múlti-plos procedimentos invasivos (acessos vasculares, di-álise, cirurgias, respirador mecânico, sondas, etc...)”, detalha Lemos.

O médico lembra que a Santa Casa é um hospital Acreditado. “Isto significa dizer que adotamos práticas adequadas e recomendadas pelo Ministério da Saúde e Associações Médicas, para evitar a ocorrência de eventos indesejáveis.” Lemos reforça que a lavagem das mãos antes e após tocar o paciente ou tocar qualquer coisa que o cerque é a principal estratégia de prevenção de infecção hospitalar. “Também conta-mos com a utilização de álcool gel para complementar a higienização. Os dispensers com o produto estão disponíveis em pontos estratégicos do hospital, princi-palmente nos setores críticos: UTI adulto e neonatal, Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização.

O infectologista reforça que os familiares do pacien-te podem auxiliar neste controle. A cama, a mesa de apoio e a poltrona são de uso exclusivo do paciente. Deve-se evitar se sentar e colocar bolsas na cama, são pequenas medidas, mas essenciais. O uso racional de antibióticos e o controle das prescrições destes agentes são feitos junto à farmácia.

hIgIENIzAçãO dAS mãOS é FuNdAmENTAL PARA EquIPE dO hOSPITAL E vISITANTES

“Elaboração do perfil microbiológico da insti-tuição para avaliação de possíveis alterações na microbiota hospitalar e do perfil de resistência destes germes aos antimicrobianos habitualmen-

te utilizados. Esta conduta auxilia na prevenção surtos em tempo hábil. Realizamos esta ativida-de em conjunto ao laboratório de microbiologia”, indica o dr. Marcos Lemos

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TRANSPLANTE

ExcElência Em transplantECapacitada para cirurgias de alta complexidade, Santa Casa contribui para amenizar as

filas e realiza o primeiro transplante de fígado da região

Resultado de um intenso trabalho preparató-rio iniciado em 2002, a Santa Casa possui equipe médica de excelência e centro cirúr-gico capacitado para realizar transplantes nas áreas de córneas, fígado e está se credenciando também para o transplante

renal. O primeiro transplante de fígado do Vale do Paraíba foi feito pela equipe médica da Santa Casa, coordenada pelo professor doutor Luis Augusto Carneiro D´Albuquerque, professor titular da Faculdade de Medicina da USP e chefe

da equipe de transplantes do Hospital das Clínicas (HC).O primeiro procedimento ocorreu no dia 19 de maio

e o beneficiado foi um paciente de 48 anos, morador de Atibaia, que sofria de cirrose hepática, em decorrência do vírus da hepatite C agravado por um tumor no fígado, como explica o cirurgião geral Itamar Coppio. O doador era de Ribeirão Preto e a captação foi feita pela equipe médica da Santa Casa, com apoio da Polícia Militar que cedeu o helicóptero Águia para o transporte do órgão.

Com a iniciativa a direção do hospital pretende atender

Cirurgia envolve mais de 20 especialistas

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preferencialmente os pacientes do SUS cadastrados na fila de espera do interior do estado e reduzir o número de quem aguarda por um transplante no eixo entre Rio e São Paulo.

Até a data, a cirurgia era feita apenas na capital e em Campinas. Agora estima-se minimizar cerca de 200 pesso-as que aguardam por um fígado novo na região do Vale do Paraíba, além de representar uma esperança a mais para mais de mil pessoas que estão na fila nacional de trans-plante.

Dr. Itamar explica que além dos investimentos em tecnologia para aparelhar o centro cirúrgico do hospital, investir no recurso humano através de parceria com mé-dicos da capital paulista foi essencial para o sucesso do programa. A Santa Casa foi credenciada para transplan-te de fígado pelo Ministério da Saúde em 2008, mas desde maio de 2002 implantou o serviço de diagnóstico e tratamento de doenças do fígado.

Coppio enfatiza que iniciativas como esta são im-portantes não só no sentido de ampliar o número de cirurgias, mas também para conscientizar os médicos sobre a melhor maneira de identificar a morte cerebral rapidamente, com o intuito de remover os órgãos com segurança e tempo hábil para o transplante. No caso do fígado, entre a declaração da morte do paciente, remo-ção do órgão e transplante, os tramites devem ocorrer em no máximo oito horas. “Preparar os hospitais, orien-tar os médicos, bem como investir em logística para o transporte é crucial para o sucesso da cirurgia.”

A equipe multidisciplinar envolve mais de 20 profissio-nais entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros. “Hoje o Brasil está entre os seis países do mundo que mais fazem transplantes de órgãos, mas temos tudo para che-gar ao topo do ranking.” O médico lembra que um dos maiores problemas que afetam o fígado e que compro-metem o sucesso de um transplante é o vírus da hepatite C. “Estima-se que cerca de 2% da população brasileira esteja infectada e não sabe. Isso representa mais de qua-tro milhões de pessoas.”

Se for identificado precocemente, quase 20% dos casos têm cura, outros 80% se tornam doentes crôni-cos. Sendo que 30% podem a ter sérias complicações de saúde e 10% dos casos viram câncer. Portanto, se-gundo ele, a prevenção e identificação do vírus são fun-damentais. Nesse sentido, mais uma vez a Santa Casa sai na frente e realizou um mutirão de exames e dire-cionamento das pessoas infectadas para o tratamento. Através da parceria com a Roche, indústria farmacêutica que doou os kits de exames para identificação rápida, a campanha realizou dois mil exames.

Itamar: “Em breve a Santa Casa está credenciada também para o transplante renal”

ÁLCOOL: PRINCIPAL INImIgO

A ingestão de mais de 10 cervejas ou mais de meio litro de bebida destilada por semana após cinco a dez anos pode comprometer seriamente o fígado, pâncreas e estômago. No caso das mulhe-res, a metade destas doses de álcool pode ser fa-tal. Pesquisadores indicam que de dez alcoólatras nove tem esteatose hepática, quatro vão evoluir para hepatite crônica e dois terão cirrose, doença que não tem cura.

A situação se agrava se estes etilistas forem por-tadores do vírus B, C ou D da hepatite, o número de cirróticos após dois a dez anos poderá ser de 40% do total. Além da cirrose e hepatite o órgão pode ser atacado por tumores, alterações metabólicas, fibro-ses, esteatose e os sintomas vão desde a icterícia, retenção de líquido, fadiga, tendência ao sangramen-to, fraqueza muscular, urina escura, náuseas e vômi-tos, fezes esbranquiçadas e confusão mental.

O vírus A de contaminação fecal-oral atinge crian-ças e jovens, porém não evolui para cirrose. O vírus B e C são transmitidos por sangue contaminado, sexo, agulhas contaminadas. Como não existe um remédio 100% eficaz na proteção do fígado, o melhor é pre-venir: bebendo menos, fazendo sexo seguro e princi-palmente se vacinando contra o vírus B e A.

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CARdIOLOgIA

tEcnologia a faVor do coração

Responsável por um terço do total de mortes em todo o mundo, as doenças cardíacas se tornaram um problema de saúde pública. Seja de origem circulatória ou coronária, problemas do coração poderiam ser evita-dos, mantendo sob controle um dos princi-

pais fatores de riscos: a obesidade, o tabagismo, o colesterol alto, o estresse, a hipertensão arterial, o diabetes. Além de cuidados com a dieta, exames preventivos são fundamentais para manter a saúde do coração em dia.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que no mundo ocorram mais de 15 milhões de mortes por

Um dos mais avançados centros de diagnósticos e tratamento de doenças cardíacas, o Instituto do Coração da Santa Casa tem na cardiologia intervencionista seu maior diferencial

ano, decorrente de problemas cardíacos. Desse total, 25% dos óbitos têm causas vasculares e outros 33% aterosclero-se coronária. Problemas facilmente identificados e tratados se diagnosticados precocemente, através de exames como o cateterismo ou o ecocardiograma.

Exames a alcance de todas as pessoas, independente da classe social, que estão disponíveis no Instituto do Coração. Dotado de setor multidisciplinar está capacitado para realizar exames cardiológicos e procedimentos com tecnologia digi-tal minimamente invasivas, com tudo o que a medicina tem de mais avançado. Radiografia digital de tórax, eletrocardio-grama digital, medicina nuclear, teste ergométrico digital de

“Sistema digital amplia a segurança do diagnóstico”, afirma dr. Ciro

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12 derivações, ecodopplercardiograma de última geração e cintilografia miocárdica completam a gama de serviços dis-poníveis na unidade.

Com equipe médica de ponta, formada por cardiologistas certificados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, técni-cos e enfermeiros especializados, a Santa Casa está capaci-tada para atendimento 24h por dia nas consultas, cirurgias e emergências. Conquista de toda a população, o Instituto do Coração tem no Centro de Hemodinâmica seu maior diferen-cial. Por meio da cardiologia intervencionista, mais conhecida como cateterismo, oferece diagnóstico preciso e rápido, tra-tamento para diversas doenças cardiovasculares como as anginas, doenças das valvas ou ainda as congênitas, como explica dr. Ciro Jones Cardoso, cardiologista intervencionista, responsável pelo Centro.

Enquanto os problemas vasculares e neurológicos repre-sentam juntos em torno de 30% do movimento da hemodi-nâmica na Santa Casa, os cardíacos chegam a 70%. Con-siderado o “termômetro do hospital”, segundo o especialista, o setor implantado há quase dois anos, já realizou mais de 500 procedimentos, interno, externo e ambulatorial. “Cerca de 80% dos exames são realizados via radial, por meio de

artérias localizadas nos pulsos e duram em média duas horas. Podem ser feitos também via femoral, no braço, da forma que for menos traumatizante para o paciente”, ressalta Cardoso.

Equipamentos de última geração, com recurso de sub-tração digital, proporcionam excelência de imagens para um diagnóstico seguro e o paciente tem o resultado disponibilizado em CD. Com capacidade instalada para realizar até 13 pro-cedimentos por dia, hoje o Centro de Hemodinâmica atende em média a cinco pacientes. Os equipamentos também dão suporte nas cirurgias cardíacas, como por exemplo, quando há necessidade do paciente receber um marca passo.

O Centro possui profissionais especializados em medici-na intervencionista. A equipe é composta por cardiologistas, neurologistas, clínico vascular, eletro fisiologista, que realiza estudos e tratamento de arritmias, entre outros profissionais de enfermagem e área técnica. “Com a tecnologia reduzimos sensivelmente o número de óbitos nos procedimentos de an-gioplastia. Com a adoção dos implantes de stents (estrutura metálica que dá sustentação à parede arterial), para a de-sobstrução das artérias, este número não chega a 1% do total de pessoas que dão entrada na urgência do hospital”, estima Cardoso.

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CARdIOLOgIA

cuidE bEm do sEu coração

Anualmente, as doenças cardiovascu-lares são responsáveis por aproxima-damente 600 mil mortes por ano no Brasil. As de maior incidência são o Infarto Agudo do Miocárdio - cerca de 300 mil - e o Acidente Vascular Cere-

bral (AVC) - 250 mil -, provocado principalmente pela Hipertensão Arterial, que acomete 15% da população brasileira. Ainda há a insuficiência cardíaca decorrente de doenças como Chagas, ou em pacientes que foram vítimas do Infarto do Miocárdio.

De acordo com o médico cardiologista, responsá-vel técnico pela UTI da Santa Casa de São José dos Campos e professor, dr. José Roberto Tavares, a Hi-pertensão Arterial, na maioria dos casos, provém da obesidade, ingestão excessiva de sal, consumo de ál-cool, tabagismo e colesterol elevado. “Esses também são os fatores de risco para o Infarto do Miocárdio”,

acrescenta o médico, Doutor pela Universidade Fede-ral do Estado de São Paulo (UNIFESP) e coordenador da Casa do Cardiopata.

O ataque cardíaco pode ocorrer em qualquer lugar, sendo os primeiros socorros imprescindíveis para a so-brevida do indivíduo. Por isso, existem campanhas em todo país com o objetivo de treinar a população para saber como agir em uma situação como esta. A maior causa de morte pelo Infarto Agudo é a arritmia car-díaca, daí a importância de equipamentos chamados desfibriladores cardíacos, havendo grandes mobiliza-ções para se equipar áreas de grande movimento nas cidades, como aeroportos, clubes, campos de futebol, shoppings centers, etc, o que seguramente reduzirá o número de mortes por infarto.

“A não disponibilidade deste equipamento dificulta o recurso dos primeiros socorros. Associado a isto, faz-se necessário educar a população para prestar os

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procedimentos iniciais no salvamento de vidas. Devem ser feitas manobras de reanimação, que consiste na massagem cardíaca (cem massagens por minuto e a cada intervalo de trinta massagens se deve fazer a respiração boca-a-boca).”

Os principais sintomas percebidos em um infarto são: forte dor no peito, suor frio, queda de pressão, arritmia (batedeira), náuseas, vômito e até perda de consciência (desmaio). Segundo o cardiologista, as do-enças cardiovasculares podem deixar seqüelas, como no caso do acidente vascular cerebral em que o indiví-duo pode sofrer paralisia dos membros superiores e/ou inferiores, dificuldade na fala e perda de visão tem-porária ou definitiva, dependendo da região afetada. Já se o indivíduo sofrer um infarto, ele pode ainda apre-sentar um quadro de insuficiência cardíaca, ou seja, ter o coração dilatado, perdendo a capacidade de con-tração normal do órgão, o que limita para atividades. “Sempre haverá necessidade do uso de medicamentos quer seja por via endovenosa ou mesmo por via oral”, ressalta o doutor.

Quando há crises hipertensivas graves (níveis de pressão arterial maior que 200 x 110 mmHg) poderá se fazer necessário o uso de medicação endovenosa em Pronto Socorro. No caso do infarto do miocárdio

o paciente deve ser levado imediatamente para a sala de hemodinâmica e ser submetido ao cateterismo na tentativa de salvar a artéria obstruída.

Na ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral o indivíduo deverá ser encaminhado à UTI imediata-mente. Com realização de exames por imagem (tais como tomografia, ressonância magnética, angiogra-fia), verifica-se magnitude do quadro, podendo ou não necessitar de uma cirurgia de urgência para retirada do coágulo no cérebro.

A insuficiência cardíaca pode ocorrer de forma agu-da em vigência de infarto agudo de miocárdio, necessi-tando de cuidados imediatos na UTI. Quando o paciente sobrevive a esta situação (casos de grandes infartos) poderá evoluir com insuficiência cardíaca crônica sen-do necessário um seguimento cardiológico rigoroso.

Para não ser acometido pelas doenças cardíacas, medidas simples quanto à saúde podem ser tomadas, como manter sempre o peso adequado, não fumar, evitar consumo exagerado do álcool em excesso e ten-tar diminuir a carga de estresse do dia-a-dia e o mais importante: manter a alimentação saudável com baixo teor de gordura e a prática regular de atividades físi-cas, ou seja, mudanças no estilo de vida faz bem ao seu corpo, consulte seu cardiologista.

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quEImAdOS

Especialista na área de queimados, a dra. Gilka Barbosa Lima Nery faz um alerta sobre as principais causas de queimaduras

cuidado rEdobrado

O trabalho de prevenção e educação é determinante para reduzir os índices de vítimas de queimaduras. Cirur-giã plástica, a doutora Gilka Barbosa Lima Nery, coordenadora da Unidade de Tratamento de Queimados da San-

ta Casa de Misericórdia, ressalta que em quase 80% dos casos as queimaduras poderiam ser evitadas com medidas simples, principalmente em casa, onde ocorre a maioria dos casos.

Longe de estar no seu ideal de conscientização da população, Gilka enfatiza que está à disposição da comunidade, poder público e classe empresarial para realizar palestras educativas sobre a questão. Segundo ela, em 100% dos casos de queimaduras registrados nas unidades de saúde, 49% são em crianças, vítimas mais vulneráveis aos acidentes, principalmente os domésticos. Apaixonada pela área, Gilka se dedica à especialidade há 45 anos e revela que a opção pela matéria foi decidida ainda durante o curso de Medicina.

Natural de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Gi-lka também criou e coordena o Programa de Aten-dimento aos Queimados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e assessora o Ministério da Saú-de para assuntos relacionados aos queimados. Para ela, os pais são os principais responsáveis pela se-gurança dos filhos e devem ficar atentos aos perigos existentes dentro de casa. As queimaduras por líqui-dos quentes, seguidas pelo álcool lideram os índices de ocorrências.

Incansável defensora da educação como forma de prevenção, Gilka diz que, em casa, é preciso re-dobrar o cuidado com qualquer tipo de objeto que represente risco à criança, principalmente os bebês

que começam engatinhar. “Pessoas idosas que per-deram a sensibilidade nos dedos não devem mexer com fogo”, aponta a médica, uma das primeiras mulheres a atuar em cirurgia plástica no Brasil.

O socorro rápido é fundamental para o sucesso do tratamento e tempo de recuperação do pacien-te. Quem estiver próximo à vítima deve lavar com água corrente o local atingido, não dar nada para a pessoa tomar e encaminhá-la o mais rápido pos-sível para o hospital. “Quanto mais rápido a equipe médica inicia o tratamento, melhor será o resultado final”, orienta a cirurgiã.

Considerada uma das patologias médicas mais graves, Gilka explica que o tratamento de queima-dos é um dos mais longos, de recuperação difícil e que exige um trabalho conjunto com profissionais de várias especialidades. Na unidade de Queimados a equipe é composta por médicos especialistas em cirurgia plástica, intensivistas, infectologista, enfer-meiros e técnicos de enfermagem, psicólogos, fisio-terapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, assistente social, entre outros.

Com ambiente 100% esterilizado, a unidade conta com 12 leitos de internação, sendo quatro de UTI, sala cirúrgica própria, sala de recreação, leitos especiais para internação infantil, Pronto Atendimento 24 horas. “Nossa estrutura foi cria-da para, em casos extremos, transformar todos os leitos em leitos de UTI”, acrescenta Gilka. Como a maioria dos atendimentos são considerados de alta complexidade, de recuperação lenta e demorados, a Unidade criou também a Casa de Apoio e Reabi-litação do Queimado, onde os pacientes recebem acompanhamento psicológico e fisioterápico como parte do tratamento.

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“Na unidade todos os médicos são especializados em cirurgia plástica” reforça a dra. Gilka

FIquE ATENTO!- Mantenha as crianças longe da cozinha e do fogão- Mantenha os cabos das panelas virados para trás - Evite carregar as crianças no colo enquanto mexe panelas no fogão ou manipula líquidos quentes - Fique longe das crianças, quando estiver tomando ou segurando líquidos quentes- Não use toalhas de mesa compridas ou jogos ame-ricanos- Na hora do banho do bebê verifique a temperatura da água com o cotovelo ou dorso da mão - Não deixe as crianças brincarem por perto quando você estiver passando roupa - Não largue o ferro elétrico ligado - Mantenha os fios dos eletrodomésticos no alto - Não deixe as crianças manusearem fogos de artifícios

COmO SOCORRER - se a queimadura for por produto químico, apenas lave o local com água fria corrente- se for elétrica e a vítima estiver grudada ao local do choque, procure afastá-la com um objeto não con-dutor de energia; desligue a energia e não toque na pessoa, se o choque for numa intensidade elevada, a musculatura contrai, nesse caso, não tente abrir sua mão ou movimentar alguma parte do corpo que esteja enrijecida, pois pode lesioná-la - se for por fogo ou objeto quente, abafe as chamas e envolva a vítima com um cobertor; retire suas rou-pas para evitar que o tecido grude na região lesiona-da; depois de controlar as chamas, jogue água fria em abundância e nunca use gelo; - se a queimadura for por frio intenso seque a área afetada, aqueça a vítima e ofereça líquidos quentes para beber - dispense o uso de qualquer tipo de curativo- não dê alimentos e se a pessoa comeu antes do acidente avise a equipe médica - nunca use óleo de cozinha, creme dental ou man-teiga, pois estes produtos degradam ainda mais a pele - as bolhas podem ser furadas para a liberação do líquido presente nelas, mas a pele morta não deve ser retirada, pois é importante para a cicatrização da lesão - feito os procedimentos de emergência, encaminhe a vítima ao hospital, para os cuidados necessários

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CENTRO CIRúRgICO

6.500 cirurgias/anoCentro Cirúrgico possui salas de tratamento e condicionamento de ar com pureza

compatível e pressão positiva, que impede a entrada indesejada de partículas que possam poluir o ambiente

Aberto a qualquer cirurgião que queira operar na Santa Casa de São José dos Campos, o Centro Cirúrgico é um dos mais modernos e funcionais da região. Sua estrutura possui sete salas alta-mente equipadas com aparelhos e ins-

trumentos de última geração, mais três para o Centro Obstétrico, uma para queimados e outra para procedi-mentos ambulatoriais. Apresenta ainda duas salas de apoio, farmácia satélite, recepção, sistema integrado, oito leitos de recuperação pós-anestesia.

Está capacitado para realizar cirurgias de alta com-

plexidade em todas as especialidades, adulto e infantil, transplantes de córnea e fígado e vídeo-cirúrgias. Um dife-rencial é o sistema de tratamento e condicionamento de ar com pureza compatível e pressão positiva, que impede a entrada indesejada de partículas que possam poluir o ambiente

O corpo clínico do hospital é formado por 318 cirurgi-ões, sendo 205 atuantes, mas está aberto a novas ade-sões. Com capacidade para realizar cerca de 30 cirurgias por dia, de acordo com estatísticas da Santa Casa, em média são 550 por mês e cerca de 6.500 cirurgias de pequeno, médio e grande porte por ano, discriminadas

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entre eletivas e de urgência. Para atender a toda demanda, um bom planejamento

é fundamental. Diretor técnico do hospital e responsável pelo Centro Cirúrgico, o anestesista dr. Fernando Martins Soares revela que os investimentos no setor não param. “A inovação tecnológica e melhoria contínua dos profissio-nais são uma constante aqui na Santa Casa. Tanto que já estamos planejando aumentar a equipe de anestesistas com a contratação de mais dois especialistas”, declara o doutor.

Investimentos em equipamentos, principalmente para os transplantes são foco por parte da direção do hospital. Um exemplo disso foi a aquisição de novos carros anestési-cos e mais um monitor, que asseguram a qualidade da ci-rurgia nos casos minimamente invasivos. Dr. Fernando, as-sim que terminou a faculdade, optou pela Santa Casa para iniciar a carreira médica. “Além de ser natural da cidade, ter minha família toda aqui, a qualidade técnica, operacional e administrativa do hospital me chamou a atenção, ante as outras opções que tinha na época”, reforça o anestesista.

Minimizando riscos – A proximidade do Centro Cirúr-gico à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) diminui os riscos de contaminação e focos de infecção, além de evi-tar que o paciente circule pelo hospital. Ambos estão no primeiro andar. Instalada através de um sistema móvel em formato de C a UTI possui 24 leitos, sendo quatro de isolamento, todos monitorados por uma equipe multidis-ciplinar, farmácia, posto de enfermagem, recepção, sala para limpeza dos materiais e corpo clínico formado por

cerca de 12 médicos, cinco enfermeiros, 36 técnicos de enfermagem.

Além de suas especialidades, todos da equipe são pe-ritos em terapia intensiva, como destaca o cardiologista Profº Dr.José Roberto Tavares, coordenador da UTI. O sistema em forma de ferradura, segundo ele permite um melhor monitoramento por parte da equipe médica, que centraliza as ações e a vigilância dos aparelhos. A divisão dos leitos possibilita um tratamento e acompanhamento individualizado, assegurando a individualidade do paciente. A sala de isolamento é dotada de TV, banheiro e sala para assepsia, tanto de equipe de enfermagem e médicos, como para os visitantes.

Através de um trabalho de humanização do tratamen-to, os pacientes recebem visitas três vezes ao dia. “Desta forma eles não se sentem desamparados e os familiares podem acompanhar o desenvolvimento do tratamento e também ter contato com o médico que acompanha o caso”, ressalta Dr. Tavares.

Por meio de um intenso trabalho político junto ao Go-verno do Estado, com apoio da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, composta por deputados da região, a Santa Casa está dobrando a capacidade de leitos em todas as UTIs. Recursos foram liberados pelo Governo do Estado para dar andamento às obras de adequação e ampliação das UTIs adulto, que terá um total de 24 leitos, maternidade com 22 vagas e a UTI neonatal, hoje com seis leitos, passará a ter 20.

Importante ferramenta de articulação política da re-gião a Frente Parlamentar é composta hoje pelos depu-tados estaduais José Afonso Lobato, conhecido como Padre Lobato (PV); Carlinhos Almeida (PT); Hélio Nishi-moto (PSDB); Mozart Russomanno (PP); Luís Carlos Gondim (PPS) e Said Mourad (PSC). Nomes importantes para a região já passaram pela comissão, como Antônio Carlos da Silva (PSDB); Marco Bertaioli (DEM) e Aloísio Vieira (PDT).

Centro cirúrgico: capacidade para sete cirurgias simultâneas

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ExAmES AgILIzAdOS

tEcnologia dE ponta Em diagnóstico por imagEm

Criada em 2001 a Central de Imagens da Santa Casa está equipada com tecnolo-gia de ponta e profissionais altamente capacitados para realizar exames nas áreas de radiologia e mamografia digi-tal, ultra-sonografia com Doppler Color,

densitometria óssea, tomografia Multislice, ressonân-cia magnética, Medicina Nuclear. Instalada em uma área de 1.205 metros quadrados, a clínica de exames oferece a segurança do atendimento diferenciado em salas equipadas com modernos aparelhos e equipa-mentos, que oferecem diagnósticos precisos e agilida-de nos resultados.

A integração da Central de Imagens ao hospital foi um avanço importante e a Santa Casa é o único serviço de apoio hospitalar que conta com todos os exames de

imagem e tecnologia de ponta, com plantão 24 horas, inclusive Medicina Nuclear. O corpo clínico é compos-to por radiologistas, ginecologista com especialização em diagnóstico por imagem em mama, radiologista com especialização em Medicina Nuclear; ginecologis-ta com especialização em Medicina Fetal, anestesista, nefrologista com atuação específica em biópsia renal, além de equipe de apoio e atendentes.

A unidade atende o paciente internado, urgências e os exames agendados, num total de mais de oito mil exames por mês. Entre os procedimentos mais re-alizados estão aqueles solicitados pelos médicos em consultas de rotina ou controle, tanto quanto aqueles relativos a doenças de inverno, como radiologia e ma-mografia digital e a ultra-sonografia.

Os investimentos são constantes para modernizar-

Qualidade das imagens oferece seguraça no diagnóstico

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ção do setor, que desde 2006 recebeu recursos da ordem de R$ 2,5 milhões que foram investidos na atualização dos equipamentos, melhoria do parque tec-nológico já existente, reciclagem de profissionais e melhorias na infraestrutura da unidade. “Além de equipamentos de alta tecnologia é necessário que os pro-fissionais atuantes na área médica e técnica sejam atualizados cientificamente, garantindo ao cliente a aplicação de técnicas e conhecimentos fiéis e eficazes. Equipe de atendimento treinada e voltada para a atuação humanizada também é importante”, ressalta Luciana Ribeiro, gerente geral da Central de Imagens.

Buscando promover melhores resultados, o hospital adquiriu o sistema de raio-x digital. O aparelho produz imagens de qualidade, contribuindo para o acerto dos diagnósticos do paciente.

Uma das últimas aquisições na unidade foi o tomógrafo com tecnologia Multslice, pioneira na instalação do centro de imagens dentro do hospital. A prática da medicina preventiva deu um passo muito importante. “Com este equipamento podemos realizar um estudo vascular seguro com resultado final em apenas 20 segundos”, exemplifica o radiologista dr. Claudio José Vieira de Salles Pupo.

Além do tomógrafo de última geração, a aquisição de novos equipamentos para mamografia digital, modernização do sistema de ressonância magnética e a ampliação do setor, estão entre os projetos futuros. “Vamos investir também na área de tecnologia da informação, com a aquisição de um sistema integrado de processamento e envio digital de imagens e laudos”, explica Pupo.

Os exames de imagem têm grande importância no diagnóstico de patolo-gias, no acompanhamento e na escolha da terapêutica mais adequada para cada caso. “Além da segurança do paciente, o médico assistente também é beneficiado com as ferramentas e os diagnósticos fornecidos pelos recursos tecnológicos dos equipamentos hoje no mercado”, reforça o radiologista.

Central interna agiliza os exames dos pacientes internados ou de urgência

Fax: (12) 3201-7357

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PREvENçãO

diagnóstico prEcocE é dEcisiVo para o tratamEnto dE doEnças dEgEnEratiVas

Manter uma vida saudável com ativi-dades físicas regulares, dietas ali-mentares equilibradas e principal-mente trabalhar a atividade mental podem retardar e até mesmo pre-venir doenças degenerativas como

Alzheimer e Parkinson. Em todo mundo, cerca de 25 milhões de pessoas sofrem do mal de Alzheimer, sendo 1,2 milhões, somente no Brasil. Detectar a doença em estágio inicial é fundamental para seu controle, já que a Ciência ainda não encontrou a cura, como aponta o neu-rologista, dr. Mario Silva Jorge, responsável pela Central de Imagens da Santa Casa de São José dos Campos.

Dr. Mário Jorge é mestre em Ciências da Saúde, mé-dico do grupo de Neurologia Cognitiva e de Comporta-mento do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina da USP, membro da Academia Brasileira de Neurologia e da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica. Es-pecialista e pesquisador da doença, ele foi convidado a participar do congresso internacional, que reuniu na Di-namarca autoridades médicas do mundo inteiro para dis-cutir os avanços da Medicina no controle do Alzheimer.

O médico explica que a doença ataca o cérebro lenta-mente e os sintomas vão de pequenas perdas da memó-ria até a incapacidade total. “Cerca de 4,5% da popula-ção entre 65 a 70 anos de idade podem ter Alzheimer. O percentual sobe para 5% a cada cinco anos a mais e

para 35%, em pessoas com mais de 85 anos”, estima dr. Mario Jorge. Segundo ele, o mal é o principal tipo de demência, sendo caracterizada por perda funcional e orgânica do Sistema Nervoso Central (SNC), ou seja, acontece a morte excessiva de neurônios, o que faz o pa-ciente ter perda progressiva do funcionamento cerebral.

O neurologista observa que a indústria farmacêutica realiza intensas pesquisas para encontrar um medica-mento capaz de bloquear esta perda de neurônios ace-lerada quando o indivíduo chega a uma idade avançada. Ele aponta que dois novos medicamentos devem entrar no mercado em 2010 ou 2011. Hoje as drogas dispo-níveis agem em três pontos importantes: melhora da cognição, retarda a evolução e trata os sintomas e as alterações de comportamento.

O médico alerta a população para a necessidade de uma avaliação neuropsicológica já nos primeiros sinto-mas. “É importante que o médico faça uma bateria de testes para detectar qualquer tipo de alteração nas fun-ções cerebrais e poder optar pela melhor forma de trata-mento caso apareçam qualquer tipo de alteração.”

Além do Alzheimer o mal de Parkinson pode ser con-siderado uma das mais complexas desordens neurológi-cas e atinge aproximadamente 1% da população mundial acima dos 60 anos. É uma doença do sistema nervoso central que afeta as zonas do cérebro encarregadas do controle e da coordenação do movimento, bem como do tônus muscular e da postura. A lentidão motora, diminui-ção de movimentos e tremor nas mãos são, de acordo com dr. Mario Jorge, alguns dos sintomas iniciais da do-ença. “Infelizmente como o processo neurodegenerativo é lento, quando a pessoa chega nesse estágio significa que a doença já avançou cerca 50%”, lamenta o médico.

Ele ressalta que a anomalia consiste numa perda de neurônios de uma área específica do cérebro que produz a diminuição de uma substância chamada dopamina, al-terando os movimentos chamados extrapiramidais (não voluntários). “A pessoa vai perdendo totalmente a coorde-nação motora.” Portanto para o sucesso do tratamento, quanto mais cedo foi identificado o problema, melhor as chances do paciente. “Manter uma vida saudável, com exercícios físicos e dieta equilibrada, também ajudam na prevenção”, orienta Mario Jorge.

“O tratamento consiste no uso de medicamentos, fisioterapia, psicoterapia e, em alguns casos sele-cionados, cirurgia”, indica dr. Mario Jorge

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TRATAmENTO dO CâNCER

oncologia dE pontaCorpo clínico renomado, programas de educação e tecnologia avançada fazem da Santa

Casa referência nacional e internacional na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer

Reconhecida em todo território nacional e fora do país pela qualidade do aten-dimento na área de oncologia, a Santa Casa de São José dos Campos investe em pesquisa e tecnologia de ponta na prevenção, diagnóstico e tratamento

do câncer. Terceira causa de morte no Brasil e a se-gunda causa de morte natural, a doença preocupa es-pecialistas do mundo inteiro. “Por isso é fundamental a presença de um serviço de oncologia dentro do hospi-tal para que a assistência possa ser de fato integral”, como aponta dr. Carlos Frederico Pinto, oncologista clínico e responsável pelo setor na Santa Casa.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) pro-jetam que até 2020 cerca de 17 milhões de pessoas recebam o diagnóstico da doença, contra 12 milhões em 2008. O estudo indica ainda que 30 milhões de

pessoas estejam convivendo com a doença e outros 10 milhões morrerão por sua causa. Para mudar este cenário a Oncologia da Santa Casa investe pesado no programa de combate ao câncer, que envolve ações educativas, preventivas, pesquisa, tratamento, apoio ao paciente, ao sobrevivente e ao necessitado de cui-dados de suporte.

O reconhecimento da qualidade do setor de Onco-logia do hospital é resultado do envolvimento direto de sua equipe médica em estudos e pesquisas supervi-sionadas por instituições como o laboratório interna-cional Novartis que selecionou a Santa Casa entre os 10 melhores hospitais do Brasil. A unidade também está entre as cinco selecionadas em todo o país para um trabalho científico auditado pela Food and Drug Ad-ministration (FDA). O tratamento oncológico oferecido pela Santa Casa foi atestado também pela Sociedade

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Para ele, organizações sociais, escolas, instituições privadas, indústrias ou mesmo o comércio hoje têm um compromisso legal quanto a promoção da saúde que pode ser cumprido através de programas ocupa-cionais e campanhas educativas no ambiente de traba-lho. “A proibição do fumo, por exemplo, é uma iniciativa fundamental para a promoção à saúde.”

Os serviços especializados de oncologia também contam com acompanhamento psicológico. Além do tratamento (quimioterapia, radioterapia, internações e cirurgias oncológicas) e aconselhamento, na Casa Recomeço, os pacientes carentes recebem refeição, cesta básica, transporte, terapia ocupacional, fisiote-rapia, serviço social, amparo jurídico e estadias em um centro de apoio e convivência.

Pesquisa em estágio avançado aponta um novo ca-minho para a prevenção do câncer por meio do Pro-jeto Genoma. Carlos Frederico antecipa que existem alguns tipos de câncer com “assinatura genética” que nos permite fazer o diagnóstico precoce ou mesmo prevenção. No entanto, menos de 10% de todos os casos podem ser diagnosticados assim. “O setor de Oncologia possui na sua equipe oncologistas treinados para o rastreamento e uma unidade de orientação e acompanhamento genético.”

O médico observa que o mais importante é a avaliação médica especializada. “Não há sentença de câncer para nin-guém, mas todos – de uma forma geral – estão sob o risco, alguns mais, outros menos. O importante é a avaliação do especialista, principalmente para pessoas em muitos casos, com parentes sanguíneos próximos (1º e 2º grau)”, conclui.

Americana de Oncologia, bem como foi um dos cinco únicos serviços de oncologia do Brasil, que participa-ram do projeto Genoma.

Doutor Frederico ressalta que nas mulheres os ti-pos mais comuns de câncer são os de mama, cólon, útero, e, “em crescimento vertiginoso, pulmão”. Já nos homens a maior incidência é o câncer de próstata, cólon, estômago e pulmão. Ele considera que houve uma significativa redução do preconceito. “Hoje pou-cas pessoas tratam o câncer como uma “doença im-pronunciável”, a informação está cada vez mais disse-minada e as pessoas estão cada vez mais confiantes de que, mesmo tratando de câncer, podem levar uma vida normal.”

O oncologista faz um alerta sobre a relação entre a qualidade de vida e a incidência do câncer. Segun-do ele, hábitos alimentares ruins, como o consumo de comida industrializada, ingestão reduzida de frutas, verduras e alimentos frescos, têm um impacto direto sobre o aparecimento da doença. “Tabaco, poluição ambiental, toxinas nos alimentos e no nosso dia a dia aumentam também a incidência.”

Ele explica que o cigarro é o principal agente cau-sador de câncer de boca, garganta, nariz, pulmão e estômago. A doença é associada a outros fatores e aumenta o risco nos casos de mama, bexiga, cólon, colo de útero, entre outros. “São mais de 40 tipos de câncer associados ao cigarro. Cerca de 30% a 40% dos pacientes têm o cigarro como causa direta ou indi-retamente”, estima o médico.

“Cigarro é um dos principais agentes causa-dores de cân-cer”, alerta dr. Frederico

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hEmOdIÁLISE | RIm

Prevenção Pode salvar o rim

Especialistas apontam que hoje, no Brasil, mais de 12.000 pacientes aguardam na fila de es-pera por um rim. Sendo que, só na unidade de Hemodiálise da Santa Casa, mais de 150 esperam pela doação do órgão. Em dois sim-ples exames de creatinina no sangue, e de

urina tipo I, é possível detectar problemas renais e adotar condutas médicas corretas para um tratamento adequa-do, evitando com isso a falência ou até perda precoce do órgão, como indica a nefrologista dra. Ivete Sattelmayer, responsável pelo setor de Hemodiálise da Santa Casa.

A prevenção segundo ela continua sendo a melhor forma para manter o bom funcionamento dos rins. “Para isso deve-mos ingerir muita água, pouco sal, ter uma dieta saudável e realizar exercícios rotineiramente”, indica a especialista. Res-ponsáveis por controlar a pressão arterial, glóbulos verme-lhos e ossos, os rins têm papel importante no estado geral de saúde da pessoa. Por isso, inchaço, hipertensão arterial, anemia, dores musculares e dores para urinar nos casos de infecção, são sinais claros e preocupantes que os rins não estão funcionando bem.

De acordo com a dra. Ivete a hemodiálise é indicada para os pacientes com insuficiência renal crônica, onde os rins já não funcionam mais, devido às doenças hereditárias, glome-rolopatias, e principalmente diabetes mellitus e hipertensão

arterial. “Todos os pacientes provenientes do SUS, como conveniados são atendidos igualmente. Damos assistência 24 horas com retaguarda da Santa Casa.”

Os pacientes ficam de três a quatro horas, três vezes por semana ligados à máquina que faz a filtragem do sangue. Devido a isso, são realizadas diversas atividades durante o ano junto à psicóloga e vários voluntários para entreter os pacientes. “Comemoramos o dia das mães, dos pais, carna-val, festas juninas e natalinas. Realizamos jogos como bingo, jogos de adivinhação e contamos com os voluntários para tocar e cantar”, aponta Ivete.

As hemodiálises são realizadas com máquinas de última geração e o tratamento de diálise peritonial ambulatorial (diá-lise realizada domiciliar) recebe o mesmo acompanhamento médico e da enfermagem. Com capacidade para atender 37 pessoas por turno, somente no primeiro semestre deste ano já passaram pelo setor 1.373 pacientes. Em 2008 fo-ram 2.564 pacientes atendidos ao longo de todo ano.

Em funcionamento desde 1991, a unidade é hoje a única responsável pelo atendimento gratuito via SUS, na cidade. Conta com equipe multidisciplinar de 44 pessoas, composta por seis médicos nefrologistas, uma nefrologista pediátrica, enfermeiros, auxiliares e pessoal administrativo. Os pacien-tes são acompanhados por nutricionistas e psicólogos.

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LAbORATóRIOS

análisE clínica 24 horasCentro de diagnóstico totalmente automatizado, urgência e mais de 30 mil exames/mês

realizados, sendo 10 mil só para pacientes internados

Contar com uma infraestrutura de primeira exige atenção multidiscipli-nar em todas as áreas de saúde. A Santa Casa deu mais um passo importante ao agregar unidade pró-pria para análises clínicas, instalada

nas dependências do hospital. Em sua estrutura o Laboratório conta com unidade de Hematologia e Bioquímica; Microbiologia e sala de esterilização e um moderno Laboratório de Urgência funcionando 24 horas internamente, apto a realizar todos os exames necessários aos pacientes internados.

O hospital dispõe de um Centro Técnico de Diagnóstico Laboratorial totalmente automatiza-do, único no Vale do Paraíba a realizar todas as dosagens hormonais e imunológicas, além dos marcadores tumorais. Unidades que demandaram investimentos da ordem de R$ 800 mil no novo Centro Técnico e cerca de R$ 200 mil no Labora-

tório de Urgência.Hoje cerca de 30.000 exames são realizados to-

dos os meses no hospital, sendo 10.000 exames por mês para pacientes internados e outros 20.000 para pacientes ambulatoriais. “São exames laborato-riais de todos os tipos, desde os mais simples como parasitológicos e urinários até os mais complexos como os hormonais”, ressalta o biomédico dr. José Plácido de Almeida Sgavioli, responsável pelo Labo-ratório.

Para manter esta estrutura, uma equipe nos pa-drões da Santa Casa e a qualidade dos serviços ofe-recidos, é formada por biomédicos, farmacêuticos, bioquímicos, biólogos, técnicos, enfermeiros, entre outros profissionais. Sgavioli destaca que o corpo técnico/científico é altamente especializado com certificados de pós-graduação em diversas áreas e títulos de especialista em Análises Clínicas expedidos pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e As-

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sociação Brasileira de Biomedicina. Para manter o grau de eficiência de processos

e resultados clínicos os profissionais seguem um programa de educação continuada, com treina-mentos especialmente montados para sua área de atuação, assim como participação em cursos e congressos. A equipe, segundo ele, responsável pela execução de exames e assinatura de laudos tem participação obrigatória no programa de edu-cação continuada da Sociedade Brasileira de Pato-logia Clínica/Medicina Laboratorial (PELM-SBPC). “Todos, no mínimo uma vez ao ano, passam por um processo de avaliação de desempenho, traçan-do metas para crescimento profissional.”

Sgavioli lembra que a área de análises clínicas passou por um processo de grande profissionaliza-ção nas duas últimas décadas, com investimento pesado em tecnologia, estrutura física, logística de atendimento e produção de exames, e principal-mente na formação de profissionais qualificados. “Neste panorama de investimentos, em que ab-sorvemos aumento no custo final dos exames, a tabela de remuneração destes pelo governo e até mesmo pelos convênios está estagnada há anos.”

Para agravar a situação econômica, a crise mundial refletiu principalmente no aumento do cus-to com os insumos, na grande maioria importada e atrelada ao dólar. Para ele o principal desafio do setor está em continuar encantando os pacien-tes, entregar resultados rápidos e confiáveis aos médicos, e ao mesmo tempo reduzir os custos de nossos processos.

Ele observa que antigamente só a capacidade técnica do laboratório e o tino para os negócios do proprietário às vezes bastava, mas hoje é ne-cessário utilizar ferramentas modernas e eficazes de gestão, não só pela diretoria, mas por toda a equipe. Para ter estas ferramentas, é importante seguir normas de certificação e acreditação, como a ISO 9001, PALC e ONA, que fornecem os requi-sitos e boas práticas para atingir a eficácia.

Segundo o especialista, para conseguir estas certificações, o laboratório passa por complexas auditorias, e isso indica ao paciente que o local segue rígidos padrões da qualidade na busca pela Excelência. “Gostamos de dizer que esta busca nunca terá fim, já que os processos devem ser melhorados continuamente.”

Exames seguem normas de certificação e acreditação internacionais

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mATERNIdAdE

unidadE matErno infantilNova unidade terá 13 novos apartamentos privativos com telefone, TV, frigobar, ar-

condicionado, cama para acompanhante e internet

Em fase final de construção, a nova unidade da Maternidade foi planejada para oferecer o mais completo atendimento do pré-natal ao parto, com segurança e conforto que as mães merecem nesse momento tão sublime em suas vidas. Para isso a Santa

Casa investe em tecnologia médica com atendimento humanizado. A unidade materno infantil terá UTI neo-natal, berçário patológico, pré-parto, centro obstétrico e internação. O projeto prevê a instalação de 22 apar-tamentos privativos equipados com banheiro, telefone, TV, frigobar, ar-condicionado, cama para acompanhan-te e internet. Deste modo, pacientes, familiares e ami-gos terão comunicação facilitada 24 horas.

A nova unidade terá capacidade para 49 leitos; sen-do 20 neonatais e 29 maternos; consultórios; salas de pré-parto; centro obstétrico na mesma ala dos quar-tos; salas de medicação; observação e exames; sala

de ordenha para coleta de leite materno; entre outras dependências. Através do Berçário Virtual, já disponível no site da instituição, os familiares podem conhecer o mais novo integrante da família por foto, e os pais têm acesso a amplo serviço de informações sobre os cuida-dos e dicas para que o recém-nascido tenha uma vida saudável desde os primeiros dias de vida. No site a fu-tura mamãe também encontra dicas importantes para manter sua saúde com mais qualidade de vida durante e após a gestação.

Toda arquitetura do prédio foi pensada para ofere-cer o máximo de segurança e conforto para mãe e filho. O sistema de trabalho é o alojamento conjunto, onde mãe e bebê permanecem juntos desde o nascimento. A estrutura conta ainda com um ambiente diferenciado, em que o bebê permanece aos cuidados da enferma-gem, para que a mãe possa utilizar quando precisar de descanso ou necessidade especial.

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Focado na humanização da assistência, o alojamento conjunto foi um grande passo para iniciar esse projeto. O bebê fica o tempo todo com a mãe desde o momento que nasce até a alta. Algumas orientações são feitas durante a internação para apoiar às mães no momen-to da amamentação, cuidados com o recém nascido e outras dúvidas comuns. Todo esse trabalho traduz uma forma de acolhimento à mãe, ao bebê e a família.

A unidade trabalha com foco na segurança e quali-dade no atendimento. Portanto o bebê é acompanhado pela enfermagem desde o momento que nasce e em todos os procedimentos que precise ficar longe da mãe. Além da identificação logo ao nascimento com números de controles registrados e verificados pelo familiar.

Na área externa, haverá mais facilidade no acesso de veículos e ambulâncias, com um local coberto que irá garantir praticidade e proteção às pacientes. O centro obstétrico, a UTI Neonatal e o berçário patológico terão os mais rígidos equipamentos no controle de infecção hospitalar.

A qualidade existente hoje na Maternidade já é re-conhecida e respeitada pela população de São José, e foi destaque nacional ao receber o Prêmio Hospital Best 2005 como Maternidade do Ano do Vale do Paraíba, ofe-recido pela Associação Brasileira de Marketing em Saúde (ABMS). O corpo clínico é composto por nove médicos, equipamentos e instrumentação de ponta, como berços aquecidos, bisturis elétricos, desfibrilador, entre outros aparelhos, que oferecem total segurança, tanto no cen-tro obstétrico como na UTI neonatal que hoje possui seis leitos. Cerca de 100 partos acontecem todos os meses na unidade.

Segurança compartilhada – A Santa Casa priori-za o nascimento de tal forma que a gestante já tem atenção especial ao longo de toda a gravidez. Além de atendimento médico altamente especializado, o hospital oferece cursos que incentivam a participação não só da futura mamãe, mas também do pai. Oferecidos gra-tuitamente, os cursos acontecem mensalmente e são ministrados por uma equipe composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeuta e nutricionista, com a participação do Serviço Social. Durante as aulas os participantes aprendem técnicas para cuidar da ges-tação e do bebê com toda segurança.

Dentre as orientações, são mostrados os benefícios do parto normal, o primeiro banho, a troca de fraldas, cuidados com o recém nascido e amamentação. Duran-te o curso os participantes podem colocar em prática atividades do dia a dia com a ajuda das enfermeiras.

Aspectos psicológicos, nutricionais, cuidados odontoló-gicos com o bebê, atividade física durante a gestação, são algumas das orientações que também são abor-dadas durante o curso, numa tentativa de orientar as gestantes para o auto cuidado e o cuidado com o recém nascido.

Atenção especial ao longo de toda a gestação

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CONFORTO E hIgIENIzAçãO

modErnização rEVoluciona concEito dE hotElaria hospitalar

Desde 2003 a direção da Santa Casa in-veste para oferecer aos pacientes e seus familiares a segurança, conforto e bem-estar e uma manutenção com perfeita instalação, que vai desde a criação do en-xoval de cama e banho, higienização dos

ambientes até a proteção do paciente. Organizado com a finalidade de reunir todos os serviços ligados à infraestru-tura do hospital, o setor de Hotelaria envolve os departa-mentos de higienização, lavanderia e acomodação.

A Santa Casa entende seus pacientes como hóspe-des enfermos, e procura tornar sua estadia no hospi-tal mais confortável possível. Seguindo esta linha toda

a rouparia de quarto e banheiro é criteriosamente pensada e confeccionada com todo cuidado e tecidos 100% de algodão. Para manter a qualidade das peças disponíveis nos quartos o enxoval completo é substitu-ído a cada seis meses. O hospital também controla a qualidade e uniformidade das roupas de alguns setores como o Centro Cirúrgico, com confecção própria de todas as roupas privativas.

Ao dar entrada no hospital o paciente recebe um kit de banho, contendo produtos para sua higiene pesso-al, destaca a enfermeira e responsável pela Hotelaria, Andrea Aparecida Castilho Caldas.

Especialista em infectologia, ela explica que os de-

Tecidos 100% algodão garantem a qualidade e conforto ao paciente

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partamentos exigem especial atenção e obedecem a rigorosos critérios e procedimentos de higienização. Eles respondem diretamente a superintendência e se-guem orientação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), que controla a escolha dos produ-tos, validação dos procedimentos de higienização das superfícies bem como a gestão de rouparia.

Para atender a uma demanda estimada em torno de 1.300 quilos de roupas para serem higienizadas todos os dias, a Santa Casa possui lavanderia própria. Moder-nas máquinas, lavam, secam e passam as peças, sem que as peças limpas e sujas tenham contato algum. A higienização das roupas é assegurada pelo processo de vapor a 75° associado ao uso eficiente de produtos quí-micos que eliminam as bactérias. Em seguida são emba-ladas individualmente e entregues aos setores, através de sistema de fichas de controle aos pacientes.

Andrea explica que este sistema, além de ser mais seguro, reduziu o volume de perdas do enxoval. Outro dado positivo foi a melhor distribuição e controle do material entregue. Para atender a demanda e manter os padrões de qualidades exigidos, a equipe conta com 22 funcionários altamente treinados.

Eficiência, também, na rotina de limpeza e higieni-zação de todo o prédio. Andrea observa que alguns de-partamentos passam por lavagem total periodicamente, enquanto outros têm nos produtos químicos importan-tes aliados no combate aos germes e bactérias pos-sam significar riscos de infecção hospitalar. “O Setor de Nutrição e Dietética (SND) é um exemplo disso e é lavado quinzenalmente”, aponta Andrea. Para manter os padrões de limpeza o hospital mantém equipe pró-pria composta por 42 funcionários e criou manual e rotinas de trabalho. Também foram criados programas de coleta seletiva e gerenciamento de resíduos.

Equipamentos de ponta na higienização de 1.300kg de roupas por dia

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NuTRIçãO

cardápio aproVadoEquipe da Health Care visita a cozinha da Santa Casa, prova e aprova o cardápio balanceado

servido aos pacientes e funcionários

Para saber como é preparada quase mil refeições por dia, a equipe da Health Care acompanhou de perto a movimen-tação do Serviço de Nutrição e Dietética (SND), da Santa Casa de São José dos Campos. Com praticamente 90% de

aprovação, por pacientes e funcionários, o cardápio é elaborado por nutricionistas e oferece opções diferen-tes todos os dias. Salada, arroz, feijão, carne branca e vermelha, massas e sobremesa integram a refeição servida no almoço e jantar, totalizando 18 mil refei-ções servidas por mês. Café da manhã e lanche da

tarde completam a alimentação diária, num total de 28 mil refeições por mês.

Sob o comando das nutricionistas Verônica Andréia Santana e Daniele Kneube o SND inspeciona periodica-mente os produtos junto aos fornecedores. “O cuidado é redobrado quando recebemos os alimentos, que são conferidos para checar sua qualidade”, aponta Verôni-ca. Além do cardápio geral, a alimentação diferenciada se divide em hipossódica, branda, leve ou pastosa, de acordo com a orientação médica, tanto para pacientes como funcionários, como explica Daniele.

No refeitório os mais de 600 colaboradores do hos-

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pital são servidos em bandejas estampadas, enquanto no quarto a refeição chega acondicionada em bande-ja térmica. O recipiente mantém a temperatura ade-quada oferece maior segurança em relação à higiene no transporte, entre a cozinha e o quarto, bem como eficiência na higienização do mesmo. A dedicação da equipe de 52 funcionários é integral e começa na noite anterior, com a seleção de alguns produtos, como os 45 quilos de arroz, 25 quilos de feijão ou cerca de 100 quilos de carnes, que serão preparados no dia seguin-te por oito cozinheiros.

Preocupadas com o grau de aceitação da alimenta-ção servida, as nutricionistas mantém um canal aberto de comunicação entre funcionário e paciente, através de pesquisa diária. No refeitório um painel eletrônico registra o índice de satisfação da equipe, enquanto os pacientes opinam através de um formulário específi-co. Um dos segredos desse resultado pode estar no tempero. “Entre os temperos e condimentos industria-lizados, optamos por usar produtos naturais e os mais tradicionais, como alho, cebola, cheiro verde, ceboli-nha, e algumas especiarias para diferenciar o sabor de alguns pratos”, confessa Verônica.

Além da cozinha o SND engloba também o preparo de sondas, armazenamento, copa, distribuição, lactá-rio, responsável em confeccionar fórmulas destinadas à alimentação infantil, a lanchonete. A busca pela qua-lidade de vida para o paciente, traçar objetivos para melhoria do serviço, criar projetos que beneficiem o paciente e o serviço geral são os principais desafios para Verônica e Danielle. “O fundamental para se ter um setor de nutrição e dietética de excelência é a qua-lidade do serviço prestado”, reforçam.

Em busca da excelência em processos de produ-ção e qualidade do produto servido diariamente, toda a equipe passa por programas de educação continuada. Constantes investimentos se fazem necessários para equipar a cozinha. Recentemente a Santa Casa adqui-riu uma balança de precisão para o lactário, batedeiras e utensílios de cozinha. Verônica explica que a informa-tização do setor permitiu um controle maior do almoxa-rifado e das dietas. A climatização com a instalação de aparelhos de ar-condicionado também contribui para a melhora das condições de trabalho.

Para Verônica, alimentação equilibrada é parte im-portante no tratamento dos pacientes. “Bem alimenta-dos eles se fortalecem, melhoram o sistema imunoló-gico e podem até sair do hospital mais rápido”, conclui a nutricionista.

Para Verônica uma dieta balanceada contribui na recuperação do paciente

Cozinho como se fosse para a minha família, diz a cozinheira Maria Dias de Moraes

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110 ANOS

do sonho à rEalidadESanta Casa investe na formação profissional e inicia primeira turma da escola de

enfermagem em março de 2010

Os 110 anos da Santa Casa de São José dos Campos foram festejados com ora-ções, chorinho e algumas novidades. En-tre elas, a implantação de cursos técnicos para formação de auxiliar e técnico de enfermagem que começará em março de

2010. A notícia foi antecipada pelo provedor Luiz Roberto Monteiro Porto, durante a cerimônia, que marcou os fes-tejos de aniversário, realizada no dia 18 de agosto.

Depois de superar as dificuldades econômicas impostas ao longo do ano, Porto revela que a instituição, que já cum-pre a missão de cuidar da saúde, agora se prepara para também oferecer formação profissional com a mesma qua-lidade. “E o melhor é que o curso será gratuito e os está-gios, realizados na própria unidade, serão remunerados.”

Marco histórico para uma unidade de saúde no Brasil, chegar aos 110 anos de vida, por si só já comprova que a

direção da Santa Casa de São José dos Campos está no caminho certo. O cerimonial aberto com um culto ecumê-nico teve a presença de diretores, médicos, funcionários, empresários, autoridades políticas da cidade e região, en-tre outros convidados.

Emocionados por testemunhar o dia a dia da institui-ção, o pastor Ildefonso Benedito de Souza e o diácono José Antonio Martinês, parabenizaram a direção do hospi-tal e sua equipe pelo amor, dedicação e ousadia em levar saúde com excelência de qualidade de forma indiscrimi-nada a toda população. Em seguida os presentes foram embalados ao som de Pixinguinha, tocado com maestria pelos músicos do Clube do Choro.

Vereadores e médicos parabenizam a intenção da Santa Casa de aumentar cada vez mais em restituir o convênio junto à Prefeitura para o atendimento via SUS da população local. O vereador Fernando Luiz Isoppo Petiti

Clube do Choro emociona com repertório bem brasileiro

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(PSDB) reforçou a importância da iniciativa da Santa Casa que realizou recentemen-te uma campanha regional para aplicação de testes que identificam a presença do vírus da Hepatite C. “Espero que o projeto de lei de minha autoria passe na Câmara e possamos ter uma data específica para a realização da campanha, com apoio do poder público e todas as instituições de saúde do município”.

Márcia Regina Daga de Souza fez questão de dar seu depoimento e parabenizar toda equipe do hospital, pelo carinho com que foi tratada quando chegou à unidade entre a vida e a morte. “Depois de uma séria hemorragia gástrica eu renasci aqui na Santa Casa, onde tive atendimento de qualidade e atenção de todos”, ressalta Márcia, que de forma indireta colabora com a instituição ao lado do marido, o pastor Ildefonso.

Integrante da irmandade há 14 anos, o cirurgião dentista Antonio Dutra de Cas-tro lembrou de quando precisou pela primeira vez da Santa Casa, depois de ter sido baleado. “Era apenas uma casa bem pequena e aqui, toda a minha família se cuidou, meu filho nasceu e hoje tenho o privilégio de poder retribuir um pouco do que recebi. A saúde tem que ser planejada para que não haja falhas e a direção da Santa Casa está de parabéns pelo trabalho que desenvolve e pela transformação que proporcionou ao hospital”, enfatiza Dutra, que se tornou membro da irmandade.

Para finalizar a cerimônia, os músicos convocaram os presentes a cantar Cari-nhoso, um clássico do choro brasileiro. Lembrando que o coração é a logo da Santa Casa, um coro de aproximadamente 100 pessoas acompanhou o grupo. Composto por Denizar Carlos dos Santos, João Roberto, José Cunha, José Braga, José Mar-tins e Antonio Aleixo, o Clube, que já tem 16 anos de existência na cidade, possui cerca de mil sócios, entre músicos ou não. “Precisamos manter acesa a chama do choro brasileiro”, observa Cunha, lembrando que a entidade prima pela orientação e formação dos adolescentes.

Porto anuncia que o hospital pretende absorver a mão de obra técnica da escola

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AdmINISTRAçãO

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110 anos sErVindo à

comunidadE

Ao chegar a marca de 110 anos, a Santa Casa de São José dos Campos atua regionalmente atendendo 39 cida-des da região de forma regulada pela central de vagas do Sistema Único de Saúde (SUS) da Diretoria Regional de

Saúde (DRS) de Taubaté, além de livre demanda para os casos de hemodiálise e queimados. Possui Plano de Saúde próprio e 25 outros convênios que operam no município. Ao longo dos anos, a maior dificuldade en-frentada se refere a mudança dos paradigmas e pro-moção da evolução da gestão.

Para Paulo César Amadeu, superintendente admi-nistrativo financeiro da instituição, todas as mudanças são muito difíceis, por isso houve um grande investi-mento em novas tecnologias, tanto na gestão como na assistencial, promovendo uma evolução considerável na qualidade. Fazendo uma retrospectiva da atuação, ele considera como algumas ações grandes marcos na história do hospital com início do tra-balho desta provedoria (1990).

Amadeu ressalta que a criação do plano de saúde próprio em 1994, possi-bilitou certa independência financeira. “A construção do prédio anexo permitiu a expansão e melhores condições do aten-dimento. Mas a Acreditação Hospitalar, em 2006 e a recertificação em 2008, foram importantes para a Santa Casa que teve seus processos, administrati-vos e médicos aprovados em sua tota-lidade e isto oferece segurança ao pa-ciente sobre a qualidade do atendimento oferecido pelo hospital.”

Para implementar a gestão hospita-

lar, modernizando as ações internas e viabilizando a comunicação entre todos os departamentos a implan-tação da tecnologia MV-2007 foi fundamental, lembra Maria Roseli Mendes, superintendente de serviços hospitalares. A adoção de Tecnologias da Comunica-ção e Informação (TICs) permitiu a implantação de um sistema modular em que são unificadas todas as in-formações clínicas, gerando confiabilidade, segurança, agilidade, com disponibilidade online.

Em 2008 foram quase 210 mil atendimentos nas mais diversas especialidades. Para atender a esta de-manda regional o orçamento gira em torno de R$ 62 milhões e a previsão para este ano é de que ultrapasse a casa dos R$ 70 milhões. Para expandir a receita, a provedoria está buscando junto ao Governo do Estado, a ampliação do convênio SUS, bem como ampliar o

Amadeu: “A criação do modelo de conselho gestor participativo viabiliza de forma eficiente as ações administrativas”

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convênio médico próprio.Amadeu destaca que hoje a Santa Casa oferece atendimento de aproxima-

damente 42 especialidades que vai desde alergia e imunologia a Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ). “Através da parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo implantar residência médica em algumas especialidades, logo após isso transformar-se em hospital de ensino”, antecipa o superintendente.

Com foco na gestão participativa e a qualidade do atendimento atestado pela eficiência e rigor dos processos adotados, Amadeu observa que a Acreditação é um método de consenso, racionalização e ordenação das organizações presta-doras de serviços de saúde, e principalmente, de educação permanente de seus profissionais. Ele explica que atualmente trabalham na capacitação e desenvolvi-mento dos gestores de unidades focando a otimização dos serviços.

Através de encontros semanais, a Superintendência dissemina e solidifica seus objetivos. “Trabalhamos também com foco no nível técnico operacional, onde há atuação da Educação Continuada, sempre com treinamentos teóricos, práticos e avaliações de desempenho. Dessa forma, trabalhamos os principais pontos da Gestão da Qualidade, que é a segurança, organização e educação.” A estrutura tecnologia da Santa Casa conta com equipamentos de ponta em res-sonância magnética, tomografia multislice, equipamentos de raio-X, radiologia digital, mamografia digital, densitometria óssea, ultrassonografia com Doppler Collor e medicina nuclear.

Amadeu destaca a adequação do RH pela demanda variável e a manutenção da evolução de parque tecnológico, como um dos principais desafios da atual gestão e antecipa que a ampliação dos leitos de alta complexidade, a sustenta-bilidade e a garantia de qualidade, são as principais metas para este ano.

AdmINISTRAçãO

Rosely: “Além de melho-rar a tomada de decisão a informatização do hos-pital reorganiza o atendi-

mento ao paciente”

Qualidade reconhecida

por quem não é especialista.

E comprovada por quem é.

JacarEí - SP • S.J.CAMPOS - SP

caÇaPaVa - SP • TAUBATÉ - SP

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CONvêNIO PRóPRIO

40 mil conVEniados

Quando se fala em excelência médica a Santa Casa de São José complemen-ta o atendimento com um diferencial: disponibiliza um serviço de medicina em grupo de altíssima qualidade que atende as necessidades médicas da

população de 39 cidades do Vale do Paraíba e Li-toral Norte. Com 15 anos de experiência, a Santa Casa Saúde conta com aproximadamente 40 mil as-sociados, que podem usufruir dos serviços médicos oferecidos, no hospital e também na Clínica Sul, ins-talada no Jardim Satélite e no ambulatório centro, especialmente montado e equipado para atender aos conveniados.

Marcos Hirata, gerente operacional do Santa

Casa Saúde lembra que o convênio atende tanto pes-soas físicas como jurídicas, com planos elaborados na medida certa do orçamento familiar ou das em-presas, a partir de R$ 31,00.

O plano oferece atendimento médico em rede própria ou nos consultórios de mais de 600 médicos conveniados em São José dos Campos, Jacareí, Tau-baté, Caçapava e cidades do Litoral Norte. “Caso a pessoa tenha interesse em conhecer nossos planos, mas não dispõe de tempo, mantemos três equipes de representantes que podem ir até ela, para apre-sentar as vantagens de ter um serviço de medicina em grupo, atestado pela experiência de 110 anos dedicados ao atendimento médico-hospitalar”, refor-ça Hirata.

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É um plano de saúde. Mas pode chamar de

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CAmPANhAS

mEdicina prEVEntiVaSanta Casa incentiva campanhas e envolve comunidade médica para identificar a hepatite C,

combater o câncer, queimaduras e hipertensão

Todos os anos milhares de pessoas morrem vítimas de doenças coronárias, câncer, pro-blemas renais, hipertensão ou mesmo na fila a espera de um doador de órgãos. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que as doenças cardiovasculares são as que

mais matam no mundo todo. Destaque também para os índices de pessoas hipertensas, que só no Brasil chega a 30% da população, segundo dados da Sociedade Brasilei-ra de Hipertensão.

A hipertensão é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25 % dos casos de insuficiência renal terminal. No entanto to-dos estes problemas podem ser evitados através de diag-nóstico precoce e maciços investimentos em medicina preventiva. A Santa Casa de São José dos Campos acre-dita que a prevenção é a grande aliada da cura. Ao longo do ano realizou várias ações junto à comunidade, levando

informação, dicas de saúde, através da distribuição de in-formativos e panfletos sobre os mais variados temas.

Com foco no bem-estar e qualidade de vida das pes-soas, a Santa Casa de São José dos Campos, através de mutirões, alerta a população contra queimaduras, câncer, prevenção de doenças renais, entre outros. É realizado também o mutirão do homem e da mamografia contabili-zando milhares de atendimentos. Um exemplo disso foi a campanha para identificar o vírus da hepatite C, um dos principais responsáveis por sérias doenças hepáticas e que acometem o fígado e o transplante desse órgão. Rea-lizada entre os dias 3, 4 e 5 de agosto, nas dependências do hospital, foram feitos mais de dois mil testes.

O evento contou com a parceria do laboratório Roche que doou os kits para os exames. No caso de identificação positiva do vírus, a pessoa foi encaminhada para o labo-ratório para a coleta de material e exame aprimorado e posteriormente encaminhada para tratamento adequado.

Prevenção: O grande aliado da cura

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Nos homens, o desconhecimento sobre a próstata é responsável por 40% dos diagnósticos em fase avança-da do câncer. E quando se fala em medicina preventiva a Santa Casa pensa na saúde de forma generalizada e o homem recebe atenção especial. Durante os mutirões de saúde mais de três mil homens já fizeram exames gratui-tos de sangue para o diagnóstico do câncer de próstata, diabetes, hipertensão e câncer bucal. Testes rápidos, com menos de cinco minutos de duração identificam o nível de PSA (Antígeno Prostático Específico) para verificar se há alguma alteração na próstata, medem os níveis de glice-mia, colesterol e pressão arterial.

INFORmAçãO SALvA vIdAS

Crianças vítimas de acidentes domésticos continuam liderando as estatísticas de aten-dimentos na Unidade de Tratamento de Quei-maduras da Santa Casa de São José. Aliado ao descuido dos pais, as brincadeiras ou o uso de álcool são responsáveis por sérios de-sastres. A falta de informação também causa muitos acidentes envolvendo queimaduras em crianças e adultos. Para reverter o quadro a Santa Casa em parceria com o Sesi realizam o Ação Global. O evento evolve médicos, entre outros profissionais, com o intuito de alertar e esclarecer a população sobre os riscos que os cercam dentro de casa, além de orientar nos primeiros socorros. As secretarias muni-cipais de Saúde, de Educação e do Bem Es-tar Social também participam de várias ações permanentes para a prevenção de acidentes.

Além de informação, a Unidade de Quei-mados realiza no fim do ano uma festa de confraternização entre os funcionários, as crianças atendidas no hospital e seus familia-res. O evento acontece na Casa de Reabilita-ção do Queimado.

PREvENçãO COmEçA Em CASAFuncionários e toda equipe de apoio que colaboram para manter

a infraestrutura do hospital também recebem atenção especial. Para assegurar a saúde de seus colaboradores, a Santa Casa implantou o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt). O setor desenvolve um programa de qualidade de vida com campanhas de hipertensão arterial; combate e prevenção ao diabetes; prevenção ao HIV; ao câncer de mama; a tuberculose e contra o tabagismo.

Com as campanhas de promoção à saúde os colaboradores se sentem mais motivados e isso interfere na qualidade do trabalho que tende a melhorar e o absenteísmo tende a cair. A Santa Casa estuda implantar outras atividades, entre elas a ginástica laboral nos setores mais críticos como enfermagem, nutrição higiene e limpeza, realizar campanha de prevenção ao colesterol, além de continuar com o pro-grama de qualidade de vida.

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PRONTO SOCORRO INFANTIL

crianças mErEcEm atEnção EspEcial

Um dos primeiros hospitais a ter um olhar diferenciado para o atendimen-to infantil, a Santa Casa de São José dos Campos inova mais uma vez com o Pronto Infância. Uma clínica médica diferente, com ambientes especial-

mente pensados e projetados para atender as necessi-dades dos pequenos. Alvo de constantes investimentos por parte das autoridades de saúde, a medicina infantil evolui na mesma velocidade.

Ter um serviço pediátrico, onde elas se sintam a vontade, minimiza os possíveis traumas durante o atendimento e passa tranquilidade para os pais, geral-mente fragilizados com a doença dos filhos. A possibi-lidade de brincar atenua o sofrimento, especialmente na infância, justificando-se os investimentos na estru-tura hospitalar, capaz de oferecer suporte integral no atendimento médico infantil.

Muito mais do que um hospital infantil o pronto atendimento reúne num só local Pronto-Socorro Infan-

til, Clínica Pediátrica e toda estrutura para exames, cirurgias e tratamentos. Por estar dentro da Santa Casa de São José, um hospital que dispõe dos mais avançados recursos tecnológicos, a equipe médica ob-tém o diagnóstico com mais rapidez e a criança acesso imediato a todas as especialidades.

Sua estrutura oferece atendimento pediátrico 24 horas, 10 leitos para internação, sala de emergência, quarto para observação, sala de vacinação, ambientes agradáveis totalmente decorados com temas e perso-nagens infantis, para tornar o procedimento menos traumático. Na brinquedoteca os pequenos podem se distrair brincando com os diversos brinquedos ou jo-gos, ou ainda ver TV.

O local conta ainda com fraldário, posto de enferma-gem, sala de emergência, todos equipados com apare-lhos e instrumentos de ponta. Inaugurado em 2004, o corpo clínico é composto por 41 médicos, além de toda equipe ser especializada também no atendimento infantil.

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PARCERIA RENOvAdA

atendimento sUsserá amPliado

Em constante processo de readequação em busca da excelência no atendimento geral e de alta complexidade a Santa Casa está ampliando o convênio junto ao Governo do Estado, por meio do SUS. Hoje pacientes de 39 cidades da região do Vale do Paraíba se

beneficiam com atendimento de ponta em todas as es-pecialidades médicas, oferecido gratuitamente. O volume representa um pouco mais de 30% de todo o atendimento do hospital, como mostra Paulo César Amadeu, superin-tendente financeiro.

Em 2008 o número de internações, procedimentos cirúrgicos, consultas, exames de diagnósticos, tratamen-to e partos realizados via SUS, totalizou 65.173 atendi-mentos. O montante, segundo Paulo, representa apenas 20% da receita da instituição. Para suprir a defasagem

orçamentária, o superintendente explica que é necessá-rio um controle rigoroso dos custos, para que pelo me-nos as variáveis sejam cobertas.

A receita é reforçada pelos atendimentos feitos através dos convênios de terceiros e também a San-ta Casa Saúde, bem como via parceria entre o setor público e privado, que Amadeu vê de forma positiva. “O atendimento ao setor privado da Santa Casa cor-responde a 80% do total sendo que desse percentual 30% é referente ao seu plano próprio. Desta forma, com recursos oriundos do setor privado, podemos me-lhorar o padrão de atendimento aos pacientes SUS.” Amadeu considera que o melhor seria receber o valor justo e condizente aos seus custos. “Pois certamente essa equação positiva traria benefícios de maior quali-dade aos pacientes SUS”, conclui.

Mais de 65.000 atendimentos em 2008

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SOCORRO INTEgRAdO

sEgurança 24 horas

Menina dos olhos da Santa Casa, desde 2006, a enti-dade investe para oferecer segurança aos pacientes através de um atendimento médico de qualidade e ágil.

Atendendo com a mais moderna tecnologia e equi-pe de ponta, o Socorro Integrado 24 horas possui excelência médica em todas as especialidades. Os pacientes ainda têm toda estrutura interna do hos-pital para exames complexos, centro cirúrgico e UTIs que evitam colocar suas vidas em risco, caso precisem de remoção para outros hospitais.

A vantagem de ter o sistema integrado é um dos diferenciais do Pronto Socorro. Além das áreas de atendimento geral, disponibiliza pronto atendimento cardíaco, ortopédico, maternidade e infantil 24 horas. O conforto no atendimento começa na recepção com guichês privativos, ar-

condicionado e TV em todos os ambientes. Possui consultórios clínicos e ortopédicos, sala de emer-gência, leitos para medicação, espaço para inala-ção, além de seis apartamentos com dois leitos cada, para os casos de internação ou observa-ção, quando o paciente necessitar permanecer na unidade por algum tempo.

Apresenta ainda sala para gesso, raio-X, far-mácia satélite. Modernos equipamentos cola-boram para a tranquilidade e sucesso do aten-dimento emergencial, como eletrocardiógrafo, ecocardiógrafo, monitor multiparamétrico, bom-bas de infusão, ventilador pulmonar, entre tantos outros. Além de ter à disposição toda a equipe de especialistas da Santa Casa, o Socorro Integrado tem sua equipe médica composta por mais de 32 especialistas de plantão permanente nas áreas de clínica geral, pediatria, ortopedia e cirurgiões.

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EquipE afinada com a missão do sErVir

Estrutura operacional de ponta exige profis-sionais com alto grau de especialização em constante aperfeiçoamento profissional. Na Santa Casa, os 641 funcionários estão afinados com a missão de prestar assis-tência à saúde com excelência técnica, hu-

mana, com pró-atividade, incorporando ações sociais e educativas desenvolvidas na unidade. São 308 pessoas que atuam diretamente na área clínica, 198 no apoio e outros 135 na administração, como aponta Milton de Fátima e Silva, gerente de Recursos Humanos.

O grau de informação técnica é mantido através do pro-grama de Educação Continuada com dois segmentos de atividades para o aprimoramento profissional. A primeira ligada diretamente aos profissionais da enfermagem e a segunda com o administrativo e o pessoal dos serviços de apoio. “A Educação Continuada tem uma enfermeira res-

ponsável e em conjunto com a Enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), desenvolvem treina-mentos focados no aprimoramento técnico assistencial, tais como o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt), Recursos Humanos e por meio de parcerias com universidades e colégios técnicos da cidade e região.”

Segundo ele em 2008 foram fornecidas bolsas de estu-do para 20% da turma do curso de pós-graduação do Cen-tro Universitário São Camilo em Administração Hospitalar para funcionários da Santa Casa, que é realizado na própria instituição. “Foram concedidas também 15 bolsas de estu-dos para cursos técnicos em enfermagem, dez vagas para cursos de capacitação profissional e apoio à participação de visitas técnicas em instituições, feiras e congressos na área da saúde”, ressalta Milton.

O programa de Educação Continuada visa capacitar o

RECuRSOS humANOS

Treinamentos focam no aprimoramento técnico assistencial

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profissional de todas as áreas para vencer os desafios que possam surgir no dia a dia de trabalho no hospital, tanto operacional como técnico junto a seus gestores. Respon-sável pelo setor, a supervisora Paula Oliveira Dutra ressalta que o treinamento começa quando o colaborador ingressa no hospital. “Ele passa por um treinamento onde conhecerá detalhadamente todos os setores, bem como os detalhes e ferramentas de onde irá atuar”, explica Paula.

Periodicamente os funcionários passam por avaliação de desempenho e seus indicadores. Também organizam grupos de estágios e eventos, para que eles tenham atua-lização constante sobre os equipamentos que manuseiam. “Se necessário o fabricante vem ao local ministrar a aula. Hoje a evolução tecnológica exige medidas sociais e metas institucionais para capacitar o profissional, para que seu desempenho atinja os níveis de exigência necessários”, ob-serva a supervisora.

Os cursos são gratuitos e ministrados no próprio hos-pital que disponibiliza um Centro de Estudos para este fim. Com capacidade para 60 pessoas é equipado com recur-sos áudios-visuais e transmissão simultânea. Entre os cur-sos na área médica destaque para a Atualização em Fi-sioterapia Hospitalar (20 horas), Auditoria Quali-quantitativa

em Enfermagem (16 horas), Humanização no Atendimento Hospitalar (oito horas) e Sistematização da Assistência de Enfermagem (16 horas).

O processo de atualização profissional é reforçado atra-vés de convênios de cooperação científica com a Univer-sidade do Vale do Paraíba (Univap), Universidade Paulista (Unip), Colégio Tableau, Escola de Enfermagem Johnson & Johnson, CCB, Senac, entre outras instituições de ensino e pesquisa. “Mantemos um cronograma sistemático e defi-nido além de implantação de normas, rotinas, por meio de manuais e protocolos”, aponta Paula.

Superando os constantes desafios da área de saúde pública o gerente de RH lamenta o déficit profissional em algumas áreas médicas e administrativas como En-genharia Clínica, Marketing, Gerência de Suprimentos e de Custos, Engenharia em Segurança do Trabalho, Ho-telaria e Qualidade com ênfase em processos. “Temos dificuldade para encontrar esses especialistas com per-fil e experiência na região. Por isso muitas vezes traze-mos profissionais com formação, mas, com experiência em outros segmentos como na indústria ou importando de outras regiões.”

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rEspEito E cidadania

A Santa Casa criou uma comissão coor-denada pela psicóloga Fátima A. Sinato, que mantém um contato direto com os usuários do hospital por meio da Pesqui-sa de Satisfação, feita após a utilização dos serviços. Para Fátima é essencial

que se invista na qualidade do relacionamento, cons-truindo um vínculo sólido, que dê sustentação para que esta relação seja duradoura. “Para isso é importante identificar o que o cliente espera. Procurando sempre adequações para um atendimento de excelência.”

Em média o setor faz 490 atendimentos por mês, sendo 360 feitos através de questionários, 70 presen-ciais e 60 por telefone. Como o Hospital tem a certi-ficação da qualidade, Fátima explica que os pacientes possuem uma expectativa muito elevada em relação ao atendimento. “Procuramos trabalhar as queixas e aten-der a solicitações relatadas em questionários, onde os clientes recebem um retorno dessas observações.”

O SAC é composto por uma ouvidora e a comissão que é representada por gestores dos seguintes depar-tamentos: Departamento Comercial, Enfermagem, Ho-telaria, Marketing, Nutrição, Qualidade, Serviço Social e Supervisão das Recepções. “De acordo com as solicita-ções e reclamações, o SAC desenvolve um plano estra-tégico para que não haja reincidências de qualquer tipo de problema apontado inicialmente”, reforça Fátima

Entre os pontos fundamentais para se ter um SAC de excelência no setor hospitalar a assistente social prioriza o atendimento humanizado, respeito e dedica-ção, para que se possam alcançar as expectativas dos pacientes. O hospital está em constante processo de investimento, como a reestruturação no Serviço Social e Psicologia, responsável pelo SAC, que aumentou a de-manda de atendimento e solicitações. “Agora estamos reformulando a metodologia de trabalho, para poder atender melhor as solicitações que chegam ao setor todos os dias”, finaliza Fátima.

Humanização é o objetivo central no atendimento

quALIdAdE dO RELACIONAmENTO

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A SANTA CASA

canal abErto com a comunidadE

A Santa Casa criou através do site www.santacasasjc.com.br, um canal permanente de comunicação entre os usuários do sistema de saúde, amigos e parentes dos internados. Com uma linguagem simples, direta e ferramen-

tas de fácil acesso, pode-se conhecer deta-lhadamente a estrutura médica do complexo de saúde Santa Casa, atra-vés de uma visita virtual ou ler as últimas notícias e dicas para manter cor-po e mente saudáveis.

Além de trazer da-dos sobre a história do hospital, o usuário pode-rá conhecer um pouco sobre a biografia e formação profissional dos médicos que integram sua equipe, saber quais convênios são atendidos pela unidade ou quais os documentos neces-sários na pré-internação e avisos de cirurgia. O Manual

do Paciente traz todas as informações sobre os pro-cedimentos internos, assistência médica, orientações de internações, entre outras dicas importantes sobre o sistema de atendimento Santa Casa.

No link Berçário Virtual, além de ver as notícias da maternidade, o internauta tem acesso à galeria

de fotos dos recém nascidos. O site traz a programação atualizada das atividades, cursos e eventos promovidos periodicamente junto à população, como as campanhas de saúde e é possível até enviar uma mensagem virtual para um amigo ou pa-rente que estiver inter-nado. Para completar o

canal de comunicação, no link Fale Conosco, o usuário poderá tirar suas dúvidas ou falar com alguns depar-tamentos através do Serviço de Atendimento ao Con-sumidor (SAC).

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