hannah arendt e um julgamento político em jerusalém - carta maior

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09/01/2015 Hannah Arendt e um julgamento político em Jerusalém Carta Maior http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Cultura/HannahArendteumjulgamentopoliticoemJerusalem/39/28317 1/3 SextaFeira, 09 de Janeiro Login Carta Maior Boletim Carta Maior Pes Política Economia Movimentos Sociais Cidades Internacional Meio Ambiente Mídia Cultura Direitos Humanos Educaçã Editoriais Blog do Emir Primeiros Passos Colunistas Opinião Fóruns Especiais Principios Fundamentais Quem Somos Home > Cultura > Hannah Arendt e um julgamento político em Jerusalém 08/08/2013 Copyleft Hannah Arendt e um julgamento político em Jerusalém Tweetar 0 6 3 A A+ Hannah Arendt, considerada como uma das mais importantes pensadoras do século XX, possui uma história de vida que se confunde com as suas obras mais notáveis, como ‘As Origens do Totalitarismo’, ‘Homens em tempos sombrios’ e, sobretudo, ‘Eichmann em Jerusalém – relatos sobre a banalidade do mal’. Foi exatamente por isso que o filme, dirigido por Margarethe von Trotta, priorizou parte da vida da professora e filósofa enquanto correspondente da revista ‘New Yorker’ em Jerusalém, durante o julgamento do nazista Otto Adolf Eichmann no Tribunal de Israel, em 1960. Antes de ser instaurado o tribunal em Jerusalém, o sequestro de Eichmann em Buenos Aires, em maio de 1960, feito pelo serviço secreto de Israel, Mossad, é descrito por muitos juristas como um ato de violência contra a Argentina, isso porque o ato em si representou uma violação à soberania da Argentina, do ponto de vista do Direito Internacional. É possível visualizar alguns debates acerca da legalidade do Tribunal de Israel, entre os professores alemães e o seu marido, Heinrich, que, assim como ela, refugiouse nos Estados Unidos na década de 1950. E, mesmo não tendo formação jornalística, foi a partir de seus relatos sobre as diversas sessões do julgamento que foram suscitadas reflexões históricas, filosóficas e jurídicas, como noções de culpa e de responsabilidade no Estado burocrático moderno. Além das análises acerca do holocausto nazista e que a tragédia serviu para reformar o conceito usual de soberania e as relações entre os Estados. Na obra, Arendt relatou os esforços do juiz Landau para evitar que o julgamento se tornasse um episódio sensacionalista, como fora o comportamento, desde o início, adotado pelo promotor frente ao auditório lotado. Tanto no livro como no filme, por sua vez, foi demonstrado que as pessoas presentes se posicionavam como se fossem assistir a um espetáculo (semelhante ao julgamento de Nuremberg), só que dessa vez a preocupação central seria tão somente a tragédia do judaísmo como um todo. Muito embora os crimes cometidos por Eichmann não tivessem sido somente voltados contra o povo judeu, mesmo assim o promotor em seu discurso de abertura não se refutou em dizer: “não fazemos distinções étnicas” (ARENDT, p. 16). Era acreditado, no entanto, que somente por meio de um tribunal judeu se poderia fazer justiça de forma concreta. Por isso, a hostilidade quase que generalizada em Israel refrente à possibilidade de instauração de uma Corte Internacional a qual pudesse julgar devidamente Otto Adolf Eichmann pelos crimes contra a humanidade e não pelos crimes “contra o povo judeu”, conforme foi largamente mencionado. Ao longo dos trabalhos no julgamento, houve uma demasiada exposição de detalhes violentos, como o fato de muitas vítimas terem de cavar as suas próprias valas para, em seguida, posicionarse e serem imediatamente fuziladas. Mesmo diante de tantas atrocidades apresentadas “ao público”, a defesa aparentemente teria preferido que o réu se declarasse inocente, com base em que Eichmann não havia feito nada de errado, uma vez Luciana Garcia de Oliveira Mais Lidas Editorial Blog do Emir Leia Mais 1 Recomendar A descoberta de um autêntic nazista na Alemanha A verdade das máscaras O esvaziamento crítico de "Ninfomaníaca" ‘Amistad’: O navio negreiro liberalismo Em O Capital (2012), adapta francesa, CostaGavras acer vez Blue Jasmine, de Woody Al Realidade é comer pizza ven Em entrevista, professores c romance histórico "O Home os Cachorros", da editora B Azul é a cor mais quente (20 Abdellatif Kechiche: nasce u brilhante Estudar, vigiar e punir 'Entr da escola' Trem noturno para Lisboa, d August: pequena filosofia em A saúde, a saúva e a virtud Máfias não se reproduzem por geraç espontânea. A interatividade entre o e o lucro chegou a tal ponto que uma obriga farmacêuticas a relacionarem oficial os médicos que aceitaram pag presentes, bem como as quantidade sua alegada finalidade. Eis aí uma fe que a indignação seletiva dos advers Médicos' poderia abraçar. 2015, ano da Pale Falta um elo para que se caminho de negociações cumprimento da decisão sobre o direito à existênc palestino: um interlocutor Selma e os gritos que ainda ruas americanas Sobre o Deus que precisamos p atravessarmos o milênio Publicidade: o 'photoshop' d capitalismo contemporâneo Karajan, um símbolo para s polêmico

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Page 1: Hannah Arendt e Um Julgamento Político Em Jerusalém - Carta Maior

09/01/2015 Hannah Arendt e um julgamento político em Jerusalém  Carta Maior

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08/08/2013  Copyleft

Hannah Arendt e um julgamento político emJerusalém

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Hannah Arendt, considerada como uma das mais importantespensadoras do século XX, possui uma história de vida que seconfunde com as suas obras mais notáveis, como ‘As Origens doTotalitarismo’, ‘Homens em tempos sombrios’ e, sobretudo,‘Eichmann em Jerusalém – relatos sobre a banalidade do mal’. Foiexatamente por isso que o filme, dirigido por Margarethe von Trotta,priorizou parte da vida da professora e filósofa enquanto

correspondente da revista ‘New Yorker’ em Jerusalém, durante o julgamento do nazista OttoAdolf Eichmann no Tribunal de Israel, em 1960. 

Antes de ser instaurado o tribunal em Jerusalém, o sequestro de Eichmann em Buenos Aires,em maio de 1960, feito pelo serviço secreto de Israel, Mossad, é descrito por muitos juristascomo um ato de violência contra a Argentina, isso porque o ato em si representou umaviolação à soberania da Argentina, do ponto de vista do Direito Internacional. É possívelvisualizar alguns debates acerca da legalidade do Tribunal de Israel, entre os professoresalemães e o seu marido, Heinrich, que, assim como ela, refugiouse nos Estados Unidos nadécada de 1950. 

E, mesmo não tendo formação jornalística, foi a partir de seus relatos sobre as diversassessões do julgamento que foram suscitadas reflexões históricas, filosóficas e jurídicas,como noções de culpa e de responsabilidade no Estado burocrático moderno. Além dasanálises acerca do holocausto nazista e que a tragédia serviu para reformar o conceito usualde soberania e as relações entre os Estados. 

Na obra, Arendt relatou os esforços do juiz Landau para evitar que o julgamento se tornasseum episódio sensacionalista, como fora o comportamento, desde o início, adotado pelopromotor frente ao auditório lotado. Tanto no livro como no filme, por sua vez, foidemonstrado que as pessoas presentes se posicionavam como se fossem assistir a umespetáculo (semelhante ao julgamento de Nuremberg), só que dessa vez a preocupaçãocentral seria tão somente a tragédia do judaísmo como um todo. Muito embora os crimescometidos por Eichmann não tivessem sido somente voltados contra o povo judeu, mesmoassim o promotor em seu discurso de abertura não se refutou em dizer: “não fazemosdistinções étnicas” (ARENDT, p. 16). 

Era acreditado, no entanto, que somente por meio de um tribunal judeu se poderia fazerjustiça de forma concreta. Por isso, a hostilidade quase que generalizada em Israel refrente àpossibilidade de instauração de uma Corte Internacional a qual pudesse julgar devidamenteOtto Adolf Eichmann pelos crimes contra a humanidade e não pelos crimes “contra o povojudeu”, conforme foi largamente mencionado. 

Ao longo dos trabalhos no julgamento, houve uma demasiada exposição de detalhesviolentos, como o fato de muitas vítimas terem de cavar as suas próprias valas para, emseguida, posicionarse e serem imediatamente fuziladas. Mesmo diante de tantasatrocidades apresentadas “ao público”, a defesa aparentemente teria preferido que o réu sedeclarasse inocente, com base em que Eichmann não havia feito nada de errado, uma vez

Luciana Garcia de Oliveira

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que todas aquelas acusações perpetradas não poderia ser considerado como sendo crimes,mas “atos de Estado”. 

Apesar de todos os protestos, Eichmann alegava que a acusação de assassinato estariaequivocada, uma vez que, segundo ele, nunca havia matado nenhum ser humano. Assim, sópoderia ser acusado de “ajudar a assistir” toda a aniquilação do que, para ele, foi “um dosmaiores crimes da história da humanidade”. E, independentemente dos fatos entãoapresentados em pleno tribunal, a verdade era que Eichmann iria ser enforcado pelos fatosque já estavam estabelecidos. 

Por outra parte, Hannah Arendt levanta algumas considerações importantes, como o fato deo acusado ter sido empregado no transporte e não diretamente no extermínio. Assim,Eichmann realmente sabia o que estava fazendo? Além disso, outra questão não poderia damesma forma ser omitida: ele seria responsável para julgar a enormidade de seus atos? 

O auge do espetáculo no julgamento, segundo a obra, foi o momento em que a acusaçãochamou testemunha por testemunha para narrar suas impressões pessoais sobre o episódiodo levante do gueto de Varsóvia e outras tentativas semelhantes em Vilma e Kovno(assuntos pelos quais Arendt fez questão de enfatizar que não havia nenhuma relação comos crimes do acusado). 

No filme, a intenção política do governo israelense foi nitidamente demonstrada, aoapresentar toda a resistência ao Reich, como sendo unicamente proveniente do movimentosionista. No entanto, a obra detalha que essas intenções não foram de fato bem sucedidas,uma vez que todas as testemunhas arroladas eram sinceras ao dizer à corte que o papel daresistência não deveria de maneira nenhuma ser distinguida entre sionistas e nãosionistas,mas entre povo organizado e desorganizado. 

Outra circunstância no julgamento, com destaque na obra e no filme, foi o momento que seapresentou uma testemunha que aceitou corajosamente relatar sobre a relação decooperação entre os governantes nazistas e alguns líderes judeus, o que impulsionou sériosincidentes na plateia, como algumas manifestações em voz alta que fizeram com que asessão fosse interrompida por alguns momentos. 

Alguns depoimento testemunhais apresentados no filme são bastante semelhante a um outrocaso, apresentado na obra, em um dado momento do julgamento em que é apresentada aúnica testemunha alemã (não judia), o pastor Grüber, a qual pertencia à um gruponumericamente pequeno de indivíduos que se opuseram a Hitler. Segundo as palavras deArendt, seu testemunho foi extremamente vago, e ele já não se lembrava de quando haviafalado com Eichmann. Um dos poucos instantes que se recordava foi o momento que haviaviajado à Suíça durante a guerra, com o intuito de contar aos seus amigos cristãos sobre agrave situação da Alemanha e insistir para que houvesse mais oportunidade de imigração. 

O testemunho do pastor Grüber, em suma, não contribuiu em praticamente nada para osignificado legal e histórico do julgamento. Em seu depoimento, demonstrou estar cheio depreconceitos sobre Eichmann, denotado em algumas expressões como: ele era como um“bloco de gelo”, como “mármore”, um “Landsknechtsnatur”, “um ciclista” (expressãoidiomática alemã para alguém que abaixa a cabeça para seus superiores e chuta seussubordinados). Tais declarações e interpretações normalmente seriam descartadas emqualquer tribunal, porém em Jerusalém tiveram grande relevância (ARENDT, p. 147). 

Diante das alegações, a defesa não perdeu a oportunidade de formular algumas questõespertinentes: “O senhor tentou influenciálo? Tentou, como religioso, apelar para ossentimentos dele, fazer um sermão para ele e lhe dizer que sua conduta era contrária àmoralidade? (ARENDT, p. 148).

O pastor inquirido não havia feito nada disso, continuou, por sua vez, expressandose comclichês, sem nenhuma relação com a realidade daquela situação. Por meio do depoimento dopastor Grüber, segundo Arendt, mais parecia que buscava a isenção do sofrimento paraalgumas ‘categorias’ de judeus, considerados bem estabelecidos, como foi o caso dos judeusalemães (acima dos judeus poloneses) e judeus veteranos de guerra (acima dos judeuscomuns). O que, para ela, fora o começo do grande colapso da respeitável comunidadejudaica até então. 

Inevitavelmente e, muito devidamente à grande repercussão da obra ‘Eichmann emJerusalém’, de acordo com o filme, Hannah Arendt sofre muitas retaliações da opinião públicainternacional, na comunidade judaica nos Estados Unidos, do Movimento Sionista da Europae de seu círculo de amizades mais próximas. Recebe uma grande quantidade de cartasinconformadas com o seu texto, acusam de “sair em defesa de Eichmann”. 

Muito além dos leitores incomodados, o conselho da universidade em que lecionava passa apressionála a deixar o cargo, diante da má reputação instalada. Ainda, alguns líderessionistas europeus viajam aos Estados Unidos na tentativa de interromper a impressão dolivro sobre o julgamento em Jerusalém. “Vocês proíbem livros e pedem para eu ter bom

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senso?”, indaga, inconformada com a perseguição, de uma análise política e acadêmica deum julgamento de um indivíduo que, para ela, “era uma pessoa assustadoramente normal”. 

O filme soube retratar o grande legado da vasta obra de Hannah Arendt resumida naseguinte expressão: “tentar entender não quer dizer perdoar”. Somente a compreensão doschamados “homens supérfluos” que se poderá evitar, ou ao menos amenizar, a extensão da“banalidade do mal” nas mais diversas sociedades. 

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6 Comentários

Marcia Eloy  15/08/2013Gostei muito do filme e da independência do pensamento desta filósofa que não conhecia. É muito difícil sercontra a maioria, não se banal, nem medíocre. Defender um pensamento acima de raça. religião é quaseimpossível. E ela conseguiu. A audácia desta mulher foi fantástica.

Rodrigo Luis Carvalho  11/08/2013Eu já li o livro de Arendt. Nunca tinha lido até agora uma interpretação tão antissemita e desprezível. Não que euseja um entusiasta do pensamento de Arendt, que escolheu o dinheiro na sua carreira acadêmica. Mas éimpressionante o trabalho do artigo para medíocrizar o seu livro e todo seu pensamento.

Roberto N  09/08/2013Dispensável. O verdadeiro legado de Arendt é seu pensamento ultra conservado. Financiada pelo Departamentode Estado Americano, foi porta voz do "american way of the life", a versão bonita do pior imperialismo assassinodo século XX. Judia, teve estreita relação afetiva e intelectual com o notório nazista, o pseudo filósofoirracionalista Heidegger. Apenas a decadência do pensamento crítico, social e progressista pode explicar por queas idéias desta senhora tem voz na academia.

orlando f filho  09/08/2013Marx disse que a "história quando se repete, repetese como farsa". Hoje, Israel aprisiona os palestinos emguetos e, pior, construiu dois campos de concentração, Shabra e Shatila onde cristãos maronitas, aliados deIsrael, assassinaram dezenas de mulheres, crianças, homens, idosos aprisionados naquele lugar de horrores.Trabalhei com uma pessoa descendente de israelenses que morava no Brasil e seu ódio aos palestinos era algoincontrolável. Nós sempre esperamos que os povos aprendam as lições da história, mas parece que Israel estámais interessado em ser a ponta de lança dos eua no oriente médio do que na justiça.

Mardones  09/08/2013Eu assisti na segundafeira ao filme e sabia que ia gostar. O fato da Hannah ter dado um aspecto filosófico aotexto escrito à New Yorker foi certamente o que causou maior espanto num público que aguardava acondenação sumário do julgado pela autora judia. É um filme para quem se interessa por história, direitoshumanos e filosofia. O que resulta em pouco apelo comercial. Aqui em Curitiba, apenas dois cinemas exibem ofilme. Um pecado. E só deve ficar em cartaz por uma semana. O mesmo que aconteceu com Dossiê Jango, queeu perdi.

paulo sergio rangel  09/08/2013A importância dos fatos narrados no filme, tornase importante quando comparamos o Estado Nazista com asgrandes Corporações e as relações de trabalho contemporâneas, suas chefias que banalizam a maldade econsequentemente engrossam as estatisticas do assédio moral e do adoecimento.

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