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1 Halitose Conceitos, causas e mecanismos. Prof. Dr. Ayrton De Magistris

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Halitose

Conceitos, causas e mecanismos.

Prof. Dr. Ayrton De Magistris

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Halitose

Conceitos, causas e mecanismos.

Prof. Dr. Ayrton De Magistris

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ÍNDICE Introdução .......................................................................................................................................... 5Prevalência ......................................................................................................................................... 5Conceitos patofisiológicos do hálito ............................................................................................... 6Causas fisiológicas e patológicas da Halitose ................................................................................. 6Mecanismos da Halitose secundária ou de causa fisiológica ...................................................... 6Processos necróticos bucais ............................................................................................................. 6Halitose da manhã ............................................................................................................................ 7Halitose da restrição alimentar ....................................................................................................... 7Halitose da desidratação .................................................................................................................. 7Halitose da xerostomia ..................................................................................................................... 7Halitose da língua saburrosa ........................................................................................................... 8Mecanismos das Halitoses secundárias ou por processos patológicos ...................................... 8Doença periodontal .......................................................................................................................... 8Halitose por cárie dentária ............................................................................................................... 8Halitose por cicatrização de feridas cirúrgicas ............................................................................ 10Halitose por estomatite ................................................................................................................... 10Halitose por amigdalite ................................................................................................................... 10Halitose por alterações fisiológicas e processos adaptativos ...................................................... 10

Halitose por substâncias voláteis ................................................................................................... 10 Halitose do tabagismo .............................................................................................................. 10 Halitose por medicamentos ..................................................................................................... 10 Halitose por ingestão de líquidos ou sólidos de odor intenso ............................................. 11 Halitose da menstruação .......................................................................................................... 12 Halitose por diminuição do nível glicêmico .......................................................................... 12

Halitose primária sistêmica ou por alteração patológica ........................................................... 12 Halitose por alteração gástrica ................................................................................................. 12 Halitose por alterações hepáticas ............................................................................................ 12 Halitose por alterações pulmonares ........................................................................................ 13 Halitose por alterações renais .................................................................................................. 13 Outras Halitoses ........................................................................................................................ 13

Síntese final ...................................................................................................................................... 14Resumo executivo ........................................................................................................................... 14

Produto – HALICAREPrólogo .............................................................................................................................................. 15Fatores microbianos que contribuem para a Halitose ................................................................ 15Conclusão ......................................................................................................................................... 16

Diagnóstico ...................................................................................................................................... 17 Diagnóstico e fundamentos de tratamento ........................................................................... 17 Conceitos básicos sobre o tratamento .................................................................................... 18O produto .......................................................................................................................................... 19Resultado ........................................................................................................................................... 19Resumo ............................................................................................................................................. 20Resultados clínicos .......................................................................................................................... 21Bibliografia ....................................................................................................................................... 22

Causas fisiológicas e patológicas da halitose

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Halitose

Conceitos, causas e mecanismos.

Prof. Dr. Ayrton De Magistris OD, MD, PhD

Col. Yone Yoshiko Yoshimine

INTRODUÇÃO

Certos aspectos do organismo têm implicações sociais. Os seres humanos são forçados a viver em estrei-to contato entre si; dessa maneira qualquer aspecto desagradável – que por ventura alguém possua – pode interferir em sua aceitação na sociedade. Dentre eles pode-se mencionar o mau odor, a percepção do qual pode ser detectado em graus variáveis em diferentes indivíduos. Desse modo, aquilo que poderia ser con-siderado como odor desagradável varia expressivamente. Nessas reações subjetivas perante qualquer tipo de odor corporal, deve-se estimar – pelo menos em parte – o aspecto cultural. Assim em países onde os problemas periodontais não forem frequentemente tratados e solucionados, o mau hálito, por ser comum, será socialmente mais aceitável.

A preocupação com o mau hálito não é recente, ao contrário, desde épocas remotas despertou inquie-tação. No papiro de Ebers (1.550 a.C.) identificaram-se várias substâncias aromáticas, como a mirra e o incenso, que poderiam ser utilizadas para combater o odor desagradável bucal. Plínio, o velho (13-79 d.C.) escreveu que na idade avançada, dentes estragados e determinados alimentos poderiam causar mau hálito.

A história antiga e a relativamente recente, às vezes, referem-se ao problema do mau hálito, também mencionada em comédias e tragédias mostrando a aflição que esse problema acarreta.

No entanto, só no final do século XIX é que o problema do mau hálito foi considerado como uma entida-de clínica e uma série de doenças de diferentes etiologias foram compreendidas por produzir distintamente diversos odores.

PREVALÊNCIA

A halitose é um problema frequente na população em geral, em torno de 50 a 60% dos indivíduos apre-sentam alguma forma de mau odor oral de maneira crônica. Um dos pioneiros na pesquisa sobre halitose foi Dr. Joe Tonzetich (1924-2000), o qual tem grandes méritos ao estudar os Compostos Sulfurados Voláteis (CSV). Foi ele quem inicialmente descreveu os vários fatos clínicos relacionados com o mau odor oral.

A halitose não é considerada uma doença por si, mas sim uma condição anormal do hálito, indicando um desequilíbrio local ou sistêmico, que precisa ser diagnosticado e tratado. A presença da halitose está invariavelmente relacionada com má higiene oral, porém pode também ser um indicativo de alguma do-ença bucal ou sistêmica, como por exemplo, periodontite ou diabetes (VER DETALHES A SEGUIR). A incidência do mau hálito na população brasileira é, segundo a ABPO (Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores Bucais), de 40% sendo 17% de zero a 12 anos, 41% de 12 a 65 anos, 71% acima de 65 anos, de-vido a redução da função das glândulas salivares. Os fatores orais da halitose, tais como a saburra lingual e as doenças periodontais, contribuem com 90% dos casos de halitose. O trato respiratório é responsável por 8% e o trato gastrintestinal por apenas 1% da incidência, Delange, G. et col. (1999) (22), existem mais de 50 causas da halitose, sendo a grande maioria (85%) de origem bucal, por redução do fluxo salivar ou xerosto-mia formando a saburra lingual (biofilme lingual). Fatores sistêmicos como problemas emocionais, renais, hepáticos, intestinais, sinusites, entre outros, também podem estar relacionados com a halitose.

Causas fisiológicas e patológicas da halitose

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CONCEITOS PATOFISIOLÓGICOS DO HÁLITO

O hálito é constituído pelo ar expirado após a hematose, somado ao conjunto de substâncias eliminadas por via pulmonar. Por sua vez, halitose (deriva do latim halitus, ar expirado e oses, processo) descreve uma condição anormal do hálito, do qual o odor emanado pela boca torna-se desagradável, tanto para as pessoas com as quais o paciente convive como para ele mesmo.

CAUSAS FISIOLÓGICAS E PATOLÓGICAS DA HALITOSE

Como já mencionado ut supra, existem duas possibilidades diversas para as halitoses: as que oriundam das alterações da cavidade bucal ou das vias aéreas superiores e aquelas de origem sistêmica. Estas últimas seriam consideradas como halitoses primárias, enquanto aquelas como halitoses secundárias.

Por outro lado, dado que existe decomposição orgânica (proteólise), proveniente de um processo de ne-crose, acompanhante de fenômenos patológicos, os tipos de halitose originados nessas circunstâncias deno-minam-se halitoses primárias ou de origem patológica. Deve-se também considerar que várias modificações fisiológicas ou processos adaptativos provocariam focos de necrose, produtores de moléculas orgânicas ou modificações do metabolismo sistêmico, induzindo halitose, a qual é referida como halitose secundária ou de origem fisiológica (vide Tabela 1).

MECANISMOS DA HALITOSE SECUNDÁRIA OU DE CAUSA FISIOLÓGICA

Calcula-se que por volta de 56 a 85% dos casos de halitose sejam devidos a problemas locais ou da cavidade bucal e, então o mau hálito poderia ser atribuído a vários fatores, como o acúmulo de detritos alimentares ou células epiteliais, talvez devido a uma diminuição do fluxo salivar. O material acumulado é um bom substrato para ação de bactérias orais de capacidade proteolítica, as quais liberam uma série de aminoácidos, entre os quais, alguns contendo enxofre, este per se, ou por modificação de sua estrutura-re-dução de grupos S-S a S-H, dão origem a produtos de mau odor que transmitem ao hálito um cheiro de ovo choco. O mesmo mecanismo explicaria porque, no caso do uso de água oxigenada diluída em boche-chos orais evita o mau hálito, porque a ação oxidante da água oxigenada oxida os grupos SH (sulfidrila) e grupos S-S (dissulfeto).

Existem também, normalmente na dieta, determinados alimentos que contêm proteínas sulfuradas (ovo, couve-flor) e, portanto, as estagnações desses restos alimentares produziriam mau hálito pelas razões acima mencionadas. Mesmo assim, sabe-se hoje que a principal fonte desse tipo de aminoácidos é a descamação das células epiteliais. O odor de certos alimentos, como o alho e, em menor grau, a cebola, deve-se a um alto teor de substâncias odoríficas e comunicam à boca um mau cheiro quando ingeridas.

Após o processo da mastigação, as substâncias odoríficas de origem alimentar são absorvidas e, ulterior-mente provocam uma halitose sistêmica quando eliminadas pela respiração.

PROCESSOS NECRÓTICOS BUCAIS

Nesses casos, o mecanismo enzimático proteolítico pode derivar das próprias enzimas proteolíticas teci-duais ou de enzimas hidrolisantes microbianas derivadas de bactérias patogênicas. A proteólise dá origem a diferentes aminoácidos aromáticos como ornitina, triptofano ou lisina, os quais por modificação da sua estrutura dão origem a produtos de mau odor (a descarboxilação da ornitina e lisina originam putressina e cadaverina; a descarboxilação e redução do triptofano dão origem a indol e escatol).

A saliva tem grande importância no desenvolvimento do mau hálito, já que determina um odor desagra-dável, quando incubada, seja pela produção de aminoácidos contendo enxofre ou pela suspensão de placa dental na saliva. O resultado é um mau odor, especialmente durante a respiração bucal, ou após períodos de

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Do exposto conclui-se que na halitose secundária por variações fisiológicas e processos adaptativos bu-cais, a origem do mau odor deve-se à produção na cavidade bucal de compostos voláteis que contém - basi-camente – enxofre na sua molécula.

HALITOSE DA MANHÃ

O mecanismo que explica esse tipo de halitose seria o seguinte: habitualmente acontece a nível bucal a descamação das células epiteliais, as quais durante o sono ficam retidas na parte dorsal posterior da língua, por precipitação da mucina que ocorre quando o fluxo salivar diminui. Resulta assim uma aderência maior de glicosaminoglicanos salivares que, retendo as células descamadas do epitélio, sofrem a ação bacteriana pela presença de bactérias ram negativa e ativação das enzimas proteolíticas, dando origem à produção de aminoácidos sulfurados, os quais junto à putrefação da saliva durante a noite, um ambiente ótimo – pH al-calino, umidade e temperatura adequada – resulta todo na produção de hálito desagradável ao acordar, cuja intensidade pode aumentar ou agravar-se com a presença simultânea de outros fatores produtores de mau hálito. É o caso da sinusite crônica, amigdalite e outros. O fator mau cheiroso da halitose matinal deve-se ao odor fétido produzido por metilmercaptanas e sulfidretos acumulados na cavidade oral. Quando são ex-cluídos outros fatores produtores de mau hálito, a higiene oral matinal e a ingestão de alimentos elimina a halitose junto com a função estomatognática normal.

HALITOSE DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR

É normal a percepção de mau odor na boca de um indivíduo que leva algum tempo sem ingerir alimen-tos (lapso interprandial prolongado ou jejum). Postura-se que nesses indivíduos o odor seja devido a putre-fação da secreção pancreática e, portanto, esse odor não seria decorrente da higiene bucal deficiente nem de tipo secundário.

Um fenômeno similar acontece naqueles indivíduos, submetidos a regimes alimentares severos. A falta de ingestão de alimentos, somada a alterações da composição do fluxo salivar provocado pela ação farmaco-lógica de determinados elementos anorexígenos induzem uma halitose, seria a produção excessiva de ácidos graxos voláteis consequentes da diminuição da glicemia e do consumo de glicose. Daí o efeito redutor da halitose por ingestão de alimentos deve-se a vários fatores: a mastigação provocaria uma ação detergente decorrente do aumento do fluxo salivar, além do aroma próprio do mesmo alimento ingerido ou dos tem-peros incorporados.

HALITOSE DE DESIDRATAÇÃO

A desidratação – embora sutil ou moderada – provoca halitose pela diminuição do fluxo salivar. Exis-tem diferentes causas que podem levar a essa desidratação: febre, exercícios físicos violentos, diarreias, entre outros. Nesses casos, a redução do fluxo salivar torna a saliva mais viscosa, o fluxo perde velocidade, favorecendo-se a precipitação de depósitos saburroides na língua – por uma parte – e o aparecimento de halitose – por outra.

HALITOSE DA XEROSTOMIA

A xerostomia, particularmente por psialoquese, causa halitose porque provoca a redução do fluxo salivar, age precipitando o material suburroide, além de facilitar a formação de saburra no dorso da língua.

A xerostomia pode ser provocada por diferentes mecanismos: entre outros, xerostomia medicamentosa; hiperestimulação adrenal (nervosismo); hipotrofia senil das glândulas salivares (embora, não esteja com-

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provado); aplasia salivar; síndrome de Sjogren; respiração bucal crônica (adenoides); fumo em excesso; menopausa, etc. Em todos os casos acima citados, a halitose pode ser corrigida combatendo o agente causal original, ou pelo menos, usando mecanismos, que de algum modo incrementem o fluxo salivar.

HALITOSE DA LÍNGUA SABURROSA

O acúmulo de células descamadas, resíduos alimentares, micro-organismos – como fungos e bactérias – e leucócitos, confere à língua uma cor esbranquiçada, conhecida por língua saburrosa. A saburra constitui a maior causa bucal de hálitos, aparecendo em indivíduos normais submetidos a jejum prolongado ou naque-les mantidos preferentemente com alimentação líquida ou pastosa.

Aliás, via de regra, elimina-se a saburra com alimentação sólida, que proporciona uma limpeza mecânica.

A língua saburrosa é frequente observar em pacientes com depressão psíquica, os quais queixam-se de boca amarga. Com frequência, a psicoterapia corrige tal transtorno. Naqueles pacientes com transtornos psicológicos – agitados, angustiados – é frequente a regurgitação, que acarreta o refluxo de resíduos alimen-tares, células epiteliais descamadas e micro-organismos, que se depositam sobre a língua juntamente com a mucina, aderindo-se firmemente, a decomposição, fermentação ou putrefação dos restos alimentares pelos micro-organismos locais provocam o mau hálito característico da língua saburrosa.

MECANISMOS DAS HALITOSES SECUNDÁRIAS OU POR PROCESSOS PATOLÓGICOS

As causas desse tipo de halitose estão representadas pela presença de focos de material necrosado ou de matéria orgânica em decomposição, que liberam substâncias voláteis, ao meio. Entre elas, sulfidreto, sulfeto de dimetila, indol, escatol, putrescina, cadaverina todas de mau odor. O processo acima mencionado pode acontecer na cavidade oral, nas vias aéreas superiores e nos seios nasais e paranasais. É o caso das halitoses secundárias a sinusite, rinite, faringite, amigdalite, tumores do nariz, abscessos dentários, paranasais ou amgdalianos, estomatite, necrose de neoplasias de cavidade bucal e faringeana, bem como, gengivite, úlceras e feridas cirúrgicas. (Tabela I).

DOENÇA PERIODONTAL

O sangramento de gengiva – até em indivíduos normais – leva a uma halitose frequente pela ação prote-olítica dos micro-organismos sobre o sangue coagulado, o que provoca um hálito muito fétido.

A doença periodontal crônica no adulto causa um hálito pútrido pela formação de produtos voláteis contendo enxofre malcheiroso nas bolsas periodontais.

Existem também o efeito decorrente do aumento de bactérias Gram negativa, que com pH salivar ade-quado leva à formação de metabólitos de mau odor (indol, escatol, cadaverina, putrescina).

O depósito de saliva e restos epiteliais na gengiva inflamada, junto ao aumento dos micro-organismos Gram negativa, leva à putrefação bacteriana dos substratos protéicos.

A gengivite crônica, particularmente com sangramento das gengivas, determina halitose com odor pun-gente e repulsivo. Halitoses similares acontecem em diferentes tipos de traumas bucais (hemorragia pós-a-migdalectomia, sangramento pós-exodôntica).

HALITOSE POR CÁRIE DENTÁRIA

A halitose causada por cárie dentária só é produzida quando estas forem extensas, profundas ou abertas.Deve-se à decomposição do material orgânico na cavidade cariósica, quando o processo de cárie houver

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atingido o nível proteolítico da lesão. Na pulpite a halitose é consequente da ação bacteriana sobre a polpa, provocando focos purulentos e putrefação pulpar.

TABELA 1 CLASSIFICAÇÃO DAS HALITOSES SEGUNDO GLEIN, N. J.ET AL

A- Conforme as causas Endógenas ou Processos metabólicos e sistêmicos Primárias Pele e mucosas Exógenas ou Bucais Saliva secundárias Língua Saburrosa Cáries dentais Doença periodontal Não bucais Amígdalas Adenoides Seios nasais e paranasais Pulmões Estômago

B - Conforme a origem Fisiológicas e Processos adaptativos Queda do fluxo salivar durante o sono Alimentos e bebidas Fumo Menstruação; Ovulação Gravidez Fome Xerostomia Jejum prolongado

Patológicas - Transtornos da cavidade oral Higiene insuficiente/ Placa dental/ Cárie dental Gengivite/ Estomatite/ Periodontite Carcinoma oral/ Língua saburrosa

- Distúrbios do trato respiratório superior Respiração bucal/ Sinusite crônica Corpos estranhos no nariz Rinite atrófica (destruição ciliar) Tuberculose nasal/ Granulomatose de Wegener Sífilis nasal/ Rinoscleroma/ Abcesso naso-faríngeo Adenoidite (respiração bucal e pus) Laringoscleronia/ Carcinoma laríngeo

- Distrúrbios do trato respiratório inferior Abcesso pulmonar/ Carcinoma pulmonar Bronquiectasia/ Enfisema pulmonar

- Perturbações gastrointestinais Neumonite necrotizante Disfunção salivar Desidração/ Drogas anticolinérgicos/ Radioterapia Abscesso, peritonsilar/ Abcesso retrofaringeano Tonsilopatia crônica/ Angina de Vincent Carcinoma tonsilar/ Carcinoma faríngeo Angina gangrenosa/ Divertículo de Zencker Fístula bronco-esofágica congênita Carcinoma gástrico/ Hérnia de hiato/ Estenose pilórica/ Infecções entéricas

- Desordens neurológicas Disosmia/ Deficiência de zinco/ Disgeusia

- Doenças sistêmicas Leucemia/ Agranulocitose/ Febre com desidratação Cetoacidose/ Insuficiência hepática/ Azotemia

- Drogas Sais de lítio/ Dismetilsulfoxida/ Tiocarbomida Gliseofulvina/ Penicilamina

-Problemas psíquicos Psicose/ Depressão

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HALITOSE POR CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CIRÚRGICAS

Trata-se nesses casos de halitose decorrente à decomposição do coágulo pós-cirúrgico (fibrinólise do coágulo). A halitose é temporária, desaparecendo espontaneamente com o processo de cicatrização ou pode ser mascarada pela medicamentação colutória.

HALITOSE POR ESTOMATITE

Nesses casos há ulceração na cavidade bucal com formação posterior de tecido necrótico. Leva ao odor metálico e fétido devido, não somente à putrefação do tecido necrosado, mas também à falta de uma higiene adequada da cavidade bucal.

HALITOSE POR AMIGDALITE

A inflamação amigdaliana, além da supuração, leva a uma estase de restos alimentares e de saliva. Todos esses fatores são causadores de halitose. Assim também no período pós-amigdalectomia, o tecido necrosado e a colonização de flora anaeróbica da região lesada levam também à produção de mau hálito. O apareci-mento de sinusite nos seios nasais e paranasais permite – com frequência – a retenção e decomposição de material orgânico, originando a halitose. Processo similar acontece na adenoide crônica onde, além de todos os fatores anteriores, a respiração bucal agrava o quadro de halitose.

Além de todos os fatores acima mencionados, uma série de outros fatores de origem bucal, na orofaringe ou rinofaringe levam também à ocorrência de mau hálito. É o caso, entre outros, da faringite, existência de corpos estranhos nas fossas nasais ou região aero digestiva e neoplasias.

HALITOSE POR ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E PROCESSOS ADAPTATIVOS

Esse tipo de halitose caracteriza-se por não estar relacionado com processos patológicos diretamente, mas sim com processos adaptativos que levam a eliminar – através da função pulmonar – substâncias volá-teis, odoríficas não produzidas na cavidade bucal ou nas regiões adjacentes.

Podem-se distinguir dois grandes grupos:

a) Halitose produzida por entrada de produtos no organismo que, através da sua metabolização, dão ori-gem a produtos voláteis de mau odor.

b) Halitose produzida pela diminuição de glicemia, Halitose por patologias sistêmicas (Tabela 2).

HALITOSE POR SUBSTÂNCIAS VOLÁTEIS

Halitose do tabagismo

É amplamente conhecido o fato de que o fumante inveterado de cigarro, charuto e cachimbo apresenta um hálito desagradável, principalmente quando fuma um grande número de cigarros por dia.

O fumante de cigarros apresenta um hálito fétido que estimula a língua pilosa, permitindo a retenção de restos alimentares e do odor de cigarro. Essa halitose é agravada pela diminuição do fluxo salivar, fato frequente determinado pelo tabaco.

Halitose por medicamentos

Uma série de medicamentos exalam um odor desagradável na boca, independentemente da via de ad-ministração. É o caso de determinados antibióticos, vitaminas do complexo B, sulfaminados etc. Alguns medicamentos, ao serem eliminados pela respiração, expelem odor pouco atrativo. Entre eles pode se mencionar o dinitrato de isordine.

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Há um outro grupo de medicamentos que produz halitose, especificamente por diminuição do fluxo salivar adicional, é o caso de drogas simpaticomiméticas, do metrotexato (droga antimitótica e imunossu-pressiva), e alguns antibióticos, como actinomicina D, adriamicina e bleomicina, a fenotiazina e derivados, usados como tranquilizantes e anti-histamínicos.

Halitose por ingestão de líquidos ou sólidos de odor intenso

Há no cardápio uma série de produtos que – uma vez ingeridos – provocam hálito forte, seja pelas subs-tâncias odoríficas que possuem na sua constituição ou devido à produção e degradação de derivados voláteis provenientes da sua metabolização. É o caso da ingestão de alimentos, tais como cebola, alho, couve-flor, rabanetes, ovos, azeitonas e condimentos, em geral. Deve ser mencionado nesse grupo, em especial, a inges-tão de bebidas alcoólicas.

Todas as substâncias acima mencionadas, antes ou após o processo digestivo, provocam halitose específi-ca que provêm da eliminação das substâncias odoríficas, com as mesmas características com que foram in-geridas (cebola, alho, rabanete, álcool) ou resultante das modificações metabólicas, produzindo-se compos-tos voláteis odoríficos que através do sistema sanguíneo são excretadas pela via respiratória. Um exemplo pode esclarecer essa aparente conclusão: se o indivíduo ingere frios temperados, observa-se, imediatamente após a mastigação, que a boca fica contaminada com odores específicos, por exemplo, especiarias. Porém, aproximadamente após uma hora, os odores somem da boca devido ao processo de absorção ulterior.

Por outro lado, a ingestão de cápsulas de alho (usados há alguns anos para diminuir a hipercolesterole-mia) mostra que o odor característico do alho só aparece no hálito certo tempo depois de sua ingestão, mos-trando que essas substâncias foram absorvidas, metabolizadas e gradualmente liberadas para a circulação sanguínea, para serem excretadas através dos pulmões.

TABELA 2 CLASSIFICAÇÃO DAS HALITOSES SEGUNDO O TIPO DE MECANISMO DETERMINANTE

A - HALITOSE POR SUBSTÂNCIAS VOLÁTEIS Halitose por tabagismo Halitose por uso de medicamentos voláteis: Vitaminas do complexo B Sulfonamidas Antibióticos: Bleomicina Actinomicina D Adriamicina Derivados da fenotiazina Drogas simpaticomiméticas Metrotexato Halitose por derivados metabólicos de alimentos Cebola; alho; azeitonas; gorduras Álcool Halitose de menstruação Derivados esteroidais Derivados de proteólise

B - HALITOSE POR VARIAÇÃO DOS NÍVEIS GLICÊMICOS Halitose por eliminação de ácidos graxos de cadeia curta Halitose por corpos cetônicos

C - HALITOSE POR FORMAÇÃO SISTÊMICA DE FOCOS DE NECROSE OU SIMILARES Halitose por alteração gástrica – Derivados com enxofre Halitose por transtornos hepáticos – Compostos sulfurados voláteis Halitose por processos patológicos pulmonares – Aminoácidos ou derivados Halitose por insuficiência renal – Compostos nitrogenados Halitose provocada por outras doenças sistêmicas

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No caso da ingestão de bebidas alcoólicas, o seu odor característico deixa um hálito que persiste por um tempo prolongado (whisky, gin, cerveja, por exemplo). Determinou-se que o álcool ingerido é absorvido em nível gástrico e intestinal; logo metabolizado em nível celular. O excesso de álcool leva a uma alteração da flora bacteriana intestinal aumentando o processo de fermentação e produzindo-se substâncias odoríferas voláteis capazes de produzir halitose.

Halitose da Menstruação

É conhecido o fato de que no período menstrual o hálito da mulher é diferente, peculiar. Muitas expli-cações tratam de justificar essa halitose. Para alguns, a presença do coágulo em decomposição, em contato com a mucosa uterina permite a absorção de substâncias odoríferas produzidas que, pela via sistêmica, são eliminadas através da hematose dos pulmões. Deve-se também considerar a geração das taxas hormonais esteroidais femininas que induzem edema e uma maior descamação no epitélio bucal e, consequentemente, possível mau hálito, decorrente da putrefação dessas células esfoliadas, e pelo acúmulo de detritos alimen-tares nas gengivas.

Halitose por diminuição do nível glicêmico

Os diversos regimes alimentares estruturados na exclusão de hidratos de carbono, bem como o aumento dos intervalos entre as refeições, o exercício físico exagerado e o diabético descompensado apresentam hali-tose peculiar, que pode ser explicada pela baixa glicemia que tem lugar nesses indivíduos.

Como já foi mencionado previamente, nesses casos, a halitose é consequência de uma diminuição das reservas de glicogênio e do aumento do catabolismo de gorduras e de ácidos graxos, entre eles, ácidos gra-xos de cadeia curta, assim como de proteínas, substâncias que são voláteis e mau cheirosas. Outro fator que contribui para essa halitose é a diminuição do fluxo salivar e os depósitos saburroides na língua.

No caso do diabético não compensado apresenta-se uma halitose pela presença excessiva de acetona ou corpos cetônicos, em geral, na circulação sanguínea. Daí, o hálito do diabético nessas condições apresentar características cetônicas.

HALITOSE PRIMÁRIA SISTÊMICA OU POR ALTERAÇÃO PATOLÓGICA

Tem-se conhecimento de uma série de alterações patológicas que provocam halitose pela formação de focos de necroses que agem através de produtos metabólicos de mau cheiro, voláteis, que são eliminados através da respiração. Os órgãos mais conhecidos capazes de provocar essa halitose sistêmica são estômago, intestino, fígado e pulmão.

Halitose por alteração gástrica

Nas dispepsias ou transtornos da função gástrica, em geral, é possível detectar a formação de derivados de enxofre de modo que, quando ocorre eructação, provocam um hálito com odor de ácido sulfúrico. No caso de determinadas patologias gástricas, como adenocarcinoma ou úlcera péptica, não existe halitose, ex-ceto quando da presença de focos necróticos ou infecção secundária. Nos pacientes com refluxo esofágico, muito frequente em paciente com alterações psicológicas, observa-se a queixa da sensação de queimação da língua e de mau hálito, que pode aumentar ainda mais pela escassa higiene bucal que o indivíduo apresenta em estado depressivo.

Halitose por alterações hepáticas

A arquitetura hepática permite-lhe exercer um papel fundamental no metabolismo intermediário ao captar, metabolizar e secretar, bem como excretar substâncias odoríferas. É por essas razões que o fígado é capaz de produzir grande quantidade de substâncias provenientes de moléculas maiores, que sendo menores e voláteis, quando formadas apresentam excreção pela via renal ou dérmica. As alterações hepáticas, portanto, impedem

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o processo de metabolização normal dessas substâncias, acumulam moléculas com características voláteis, que são facilmente eliminadas pela via do pulmão, favorecendo a produção de halitose sistêmica. É o caso do chamado mau odor hepático, próprio dos cirróticos com hipertensão portal ou encefalopatia hepática. O odor repugnante é definido como cheiro podre, de rato, de cadáver e outros odores similares. Entretanto, a causa dessa halitose sistêmica é proveniente da putrefação bacteriana intestinal sobre aminoácidos sulfurados e a incapacidade do fígado lesado em metabolizar e excretar essas substâncias. Os compostos sulfurados voláteis, associados com a insuficiência hepática são o ácido sulfídrico, metilmercaptano e dimetilsulfato.

Halitose por alterações pulmonares

Quaisquer tipos de focos necróticos presentes no pulmão, assim como secreção purulentas, provocam compostos voláteis, os quais são eliminados pelo ar expirado, provocando uma halitose sistêmica, na qual o hálito é putrefato (odor de carne em processo de putrefação). Os processos pulmonares, entre outros, capazes de provocar essa halitose são abcessos, empiemas, tumores necrotizantes, gangrena pulmonar, etc.

Halitose por alterações renais

Na insuficiência renal crônica há certa característica no odor oral, típica da uremia. As causas dessa halitose urêmica deve-se à incapacidade do rim de adequada depuração, principalmente de compostos ni-trogenados como ureia, amônia e cretinina. Esse substrato pode dar origem a substâncias voláteis, as quais produzem uma halitose sistêmica.

Outras halitoses

Há outras causas patológicas produtoras de halitose sistêmica. É o caso da febre, febre reumática, desor-dem neuro-psíquicas, determinadas desordens hematológicas, como policitemia vera, leucemia, mononu-cleose infecciosa, trombocitemia, hemofilia, doença de Von Willebrandt e outras moléstias raras.

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SÍNTESE FINAL

Como pode-se observar, a halitose é um importante sintoma e um sinal, ao mesmo tempo, e de maneira geral, pode ser devido a problemas benignos na cavidade bucal ou por processos severos sistêmicos. De fato, pode ser também a primeira manifestação de patologias mais severas, capazes de provocar a eliminação de odor característico através dos pulmões, havendo, portanto, necessidade de intensificar-se a procura da causa.

Hoje em dia, a atitude do público – no que diz respeito ao mau hálito – tem-se modificado notavelmente em relação à mesma de alguns anos atrás, tanto no que se refere às condutas quanto reações perante o mau odor bucal. Já um grande número preocupa-se com o mau hálito, embora uma minoria reconhecendo ter mau hálito não lhe confere a importância correspondente. Porém, sente-se repulsão e nojo quando percebe alguém com mau odor bucal. O desconforto é ligeiramente menor quando o indivíduo com mau hálito é parente próximo. A maioria costuma escovar os dentes, com o intuito de eliminar o odor mau cheiroso e utilizando o uso de cremes dentais ou colutórios aconselhados por avisos comerciais dos meios de comuni-cação. São de interesse esses dados, já que indicam que a educação da saúde dental, no que se refere ao mau hálito e higiene dental tem progredido notavelmente e será ainda de maior importância no futuro.

RESUMO EXECUTIVO

A halitose pode se explicar por exalação de compostos de enxofre voláteis, tais como metilmercaptanas, dimetilsulfetos e sulfidretos. A metilmercaptana e o sulfidreto são os principais responsáveis pelo hálito forte mais perceptível ao olfato humano. Estes compostos são liberados por proteólise a partir de restos alimentares, células sanguíneas e epiteliais estagnadas na boca, sob ação de bactérias gram negativas anaeró-bicas (principalmente Porphyromonas gingivalis, Fusobacterium nucleatum, entre outras). Esta ação prote-olítica é acentuada por um pH alcalino e uma redução de fluxo salivar. A saliva exerce papel importante na halitose, já que atua como um detergente natural da cavidade bucal. A redução de fluxo salivar favorece a maior formação de biofilme lingual. O estresse também é considerado um fator de importância devido ao aumento da liberação de adrenalina, que inibe o funcionamento das glândulas salivares, principalmente as parótidas, causando a redução do fluxo salivar em maior ou menor grau. Vários medicamentos (antiespas-módicos, antialérgicos, antiácidos, anorexígenos, diuréticos, laxantes, calmantes, soníferos, antidepressivos, sedativos, hipnóticos, hipotensores, antiparkinsonianos, antioneoplásicos, anticonvulsivantes, antieméticos, atropínicos, descongestionantes, analgésicos e narcóticos), têm como efeito colateral a redução do fluxo sali-var e xerostomia, colaborando também para a formação da saburra lingual e consequentemente da halitose. Pacientes respiradores bucais apresentam ressecamento da mucosa, gerando um excesso da descamação das células epiteliais da mucosa bucal que contém proteínas ricas em aminoácidos contendo enxofre (principal-mente cistina e cisteína) depositando-se sobre a língua e entrando em decomposição gerando os compostos sulfurados voláteis (parágrafo muito importante sob o ponto de vista de tratamento). Além dos fatores sociais (relacionamento conjugal, desenvolvimento profissional e rejeição social voluntária e involuntária) deve-se atentar para o potencial patogênico da halitose, uma vez que a cavidade bucal pode ser a principal porta de entrada para os microrganismos patogênicos.

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O PRODUTO: HALICARE - CONCEITO BÁSICO

PRÓLOGO

A fisiopatologia da halitose envolve múltiplos fatores causais, tais como o equilíbrio da flora bacteriana oral, imunidade celular do indivíduo, alimentação, higiene bucal e outras prováveis patologias sistêmicas como vimos no texto de introdução. O biofilme bucal, presente em todas as superfícies dos elementos anatô-micos da boca, têm um papel muito importante na halitose. Os principais nichos de instalação das bactérias responsáveis pela produção do mau odor oral estão nas fissuras linguais do dorso posterior da língua3,31. Podemos classificar a halitose por mais de um grupo de odorivetores, grupo de substâncias que se disper-sam no ar capaz de sensibilizar as células olfativas e é por esta razão que a anamnese é fundamental para o diagnóstico.1 Compostos Sulfurados Voláteis (CSV): sulfidreto, dimetilsulfeto e metilmercaptanas; Com-postos Orgânicos Voláteis (COV): Fenois, indol, escatol, putrescina, cadaverina, aminas, amônias e o hi-drocarboneto metano; Origem Metabólica: Odorivetores estão presentes na circulação sanguínea através da via pulmonar. Ex.: excesso de amônia, ureia e compostos nitrogenados, cetonas, cetoácidos, ácidos graxos, derivados do metabolismo de proteínas, lipídios, certos alimentos e/ou medicamentos de odor carregado, mas ainda assim a grande maioria vem da boca.

FATORES MICROBIANOS QUE CONTRIBUEM PARA A HALITOSE

O habitat da cavidade oral é formado pelo epitélio bucal, dorso da língua, superfície supragengival, su-perfície subgengival e epitélio do sulco gengival. Este ecossistema abriga cerca de 400-500 diferentes espécies de microrganismos. A quantidade de bactérias é de 1011 em 1g de biofilme dental. Fazem parte da ecologia oral microrganismos anaeróbios, aeróbios, facultativos e microaerofílicos31. A maioria dos casos de halitose desenvolve-se no dorso posterior da língua e no sulco gengival3. Na cavidade bucal, onde o ambiente interno e externo interagem, a colonização por inúmeras espécies também confere proteção contra microrganismos patogênicos e auxiliam nas fases iniciais de metabolização de algumas substâncias. As diferenças teciduais conferidas pela anatomia, fatores histológicos e fatores imunológicos, conferem a especialidade da micro-biota regional. O equilíbrio ecológico entre as espécies de microrganismos que fazem parte da microbiota oral, assim como outras regiões do organismo é um dos responsáveis pelo binômio saúde-doença oral. Es-tes microrganismos metabolizam substâncias que podem aumentar a permeabilidade ou mesmo destruir tecidos orais e induzir respostas imunológicas que nem sempre são eficazes na retomada deste equilíbrio. Alguns fatores do hospedeiro e/ou outros fatores associados aos microrganismos, podem levar ao dese-quilíbrio regional, aumentando a competição entre microbiota acidogênica e proteolítica, favorecendo o aumento do número de microrganismos e a patogenicidade de um destes grupos. Das 400-500 espécies bacterianas que habitam a cavidade oral, apenas um pequeno número está associado à halitose. Os mi-crorganismos anaeróbios proteolíticos Gram-negativos produzem metabólitos tóxicos capazes de destruir o epitélio oral e produzir o mau odor. Neste complexo ecossistema, as bactérias mais importantes associadas à halitose são as anaeróbias proteolíticas, Gram-negativas, principalmente, Porphyromonas gingivalis, Treponema denticola, Prevotella intermedia e Bacteroides forsythus, entre outras. Resultante do cresci-mento e metabolismo destes microrganismos, surgem compostos de enxofre denominados de Compostos Sulfurados Voláteis – CSV (metilmercaptana - CH3SH e gás sulfídrico - H2S), que são perceptíveis ao olfato humano. Existem ainda os compostos orgânicos voláteis (COV), metabólitos de substâncias de alto potencial de excitação olfativa como o indol, escatol, putrecina, cadaverina, aminas, amônias e o hidrocar-boneto metano. Destes compostos os mais ofensivos ao olfato humano são os CSV. O microecossistema oral é balanceado pelas exigências nutritivas e pelos fatores inibitórios que estão constantemente interagindo com os microrganismos. As exigências nutritivas de oxigênio, carboidratos e saliva, provêm do sinergismo entre as bactérias. Os subprodutos ácidos de alguns microrganismos podem ser utilizados por outro tipo

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deles, favorecendo sua colonização. Existem interações nutricionais que favorecem o estabelecimento dos microrganismos31. O exsudato do sulco gengival fornece outros tipos de nutrientes para as bactérias, for-mando então uma completa renovação. A dieta alimentar, a saliva, o fluido do sulco gengival, as células des-camadas, os subprodutos bacterianos e o fluido gengival de origem sérica são todos ricos em nutrientes para os diferentes tipos de bactérias. O pH salivar é um importante fator inibitório do crescimento bacteriano oral. Para existir um equilíbrio entre as espécies o pH ideal é entre 6,5 e 7,0. O aumento do pH para 7,5 ou mais está diretamente relacionado com o aparecimento de mau odor oral. Em pH ácido, há predominância de microrganismos acidogênicos, enquanto que em pH básico existe predomínio de proteolíticos2,31. O consumo de açúcar diminui o pH salivar inibindo a proliferação de microrganismos proteolíticos. A tensão de oxigênio é um dos fatores regulatórios. No ar atmosférico a pO2 é de aproximadamente 25%, enquanto que no espaço gasoso sobre a língua ela cai para 12 a 14%. Nas superfícies vestibulares dos dentes molares e na bolsa periodontal é de 1 a 2% e no biofilme supra-gengival é de 20%. É importante reconhecermos que em apenas 0.2mm de biofilme dental já se encontram condições para anaerobiose2,31, pois a microbiota oral associada à halitose é predominantemente anaeróbia Gram-negativa.

RESTOS ALIMENTARESMetionina Cisteína

METILMERCAPTANASCH3SCH

SULFETO DEHIDROGÊNIO H2S

DIMETILSULFETOCH3SCH3

BACTÉRIAS BANA+

EXSUDATO INFLAMATÓRIOSANGUE

CONCLUSÃO

Se atingíssemos o meio ambiente bucal com um agente líquido ou cremoso, que envolvesse toda a cavi-dade (recurso gargarejar) e que em sua composição o agente possuísse a capacidade de liberar oxigênio na forma ativa, com isso teríamos um duplo mecanismo:

a. As bactérias anaeróbicas seriam um alvo evidente (são as mais efetivas na proteólise e, portanto, nos sulforosos compostos liberados

b. Este mesmo oxigênio reativo, reduziria as moléculas voláteis, quebrando e, portanto, eliminando o odor já instalado

E que permanecesse liberando esta forma de oxigênio por pelo menos 6 a 8 horas ajudaria a manter o pH na faixa de 6 a 7, por ser volátil e depois de liberado teria uma meia vida muito curta, portanto prati-camente inócuo.

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DIAGNÓSTICO

Avaliação multidisciplinar psiquiátrica

Orientaçõesgerais

Otorrinolaringologistae odontólogo

Tratamentoespecífico

Causas orais(mais frequentes)

Causas extra-orais(pouco frequentes)

Halitose verdadeira HalotofobiaFisiológicaPseudo-halitose

Exame otorrinolaringológico e odontológico.Exames complementares: nasofibroscopia, halimetria, endoscopia digestiva, sangue e

radiografia de tórax.

HALITOSEAnamnese detalhada

Halitose indefinida

Diagnóstico e Fundamentos de Tratamento

O diagnóstico da halitose está relacionado com um minucioso exame clínico bucal, incluindo sondagem periodontal, anamnese, halimetria e sialometria (teste salivar). Porém não podemos perder de vista que a halitose é multifatorial e multidisciplinar. A anamnese e o exame clínico são de extrema importância para o diagnóstico e posterior tratamento, onde algumas características devem ser levadas em consideração: orien-tação do uso correto do fio dental, técnicas de escovação, orientação da dieta alimentar, hábitos alimentares, limpeza da língua para a remoção do biofilme lingual, sialometria, exame clínico e sondagem periodontal. Observar sítios de sangramento gengival, presença de cárie, peças protéticas porosas, anatomia lingual, exa-me de toda mucosa bucal e observar descamação bucal. O tipo de odor poderá orientar o diagnóstico, como o hálito cetônico refere à diabetes e, portanto, devemos levar em consideração o encaminhamento médico. Devido a etiologia da halitose se multifatorial e multidisciplinar, a anamnese é o primeiro passo para o tra-tamento. Ao ouvir o paciente, nenhuma informação deverá ser menosprezada, considerando-se que regu-larmente encontramos 3 tipos de pacientes: 1- O que apresenta halitose e não sabe, necessitando de alguém para lhe chamar atenção ao fato. Este paciente por fadiga olfatória, tem dificuldades de perceber o odor, até mesmo do próprio corpo, necessitado de um confidente, ou de uma pessoa de confiança para alertá-lo. Normalmente são indivíduos que não se preocupam com a higiene bucal e é comum encontrarmos doença periodontal associada, biofilme dental e lingual. 2- O paciente que apresenta halitose, sabe e se queixa dos problemas sociais e, portanto, tem iniciativa de procurar o profissional para tratamento. Normalmente são indivíduos cuidadosos com a higiene bucal, o teste salivar é muito importante, pois a redução de fluxo sali-var poderá contribuir para a formação de saburra lingual. 3- O Paciente que não tem halitose, mas acredita que apresenta mau odor oral. Em geral são indivíduos com mania de limpeza e higiene e podem apresentar sentimentos de repulsa até mesmo de sua própria saliva.

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Conceitos básicos sobre tratamento

O tratamento da halitose visa não somente controlar a microbiota bucal, como também melhorar outras condições de equilíbrio da microbiota oral.

O controle da microbiota bucal em relação à halitose pode ser verificado através de minucioso exame clínico bucal, incluindo a mensuração dos compostos sulfurados voláteis da cavidade oral (VIDE ESQUE-MA CAPÍTULO ANTERIOR), das narinas e do ar expelido pelos pulmões, com o auxílio do halímetro, um aparelho que mede a presença destes compostos em partes por bilhão (ppb).

Problemas periodontais precisam ser tratados imediatamente, pois a periodontite apesar de não ser uma condição necessária, é suficiente para causar halitose. O tratamento periodontal, inicia-se pela correta higie-ne bucal, com utensílios próprios para o controle do biofilme dental como fio dental e escovas interdentais e bitufo, como também a raspagem sub e supra gengival e cirurgia periodontal quando necessário. O trata-mento periodôntico é usualmente encarado pelo paciente como algo definitivo, isto é, após um tratamento ele está livre dos males que o acometiam e pode simplesmente esquecer tudo e voltar aos seus hábitos ante-riores31. A realidade é bem diferente. Um quadro de periodontite, não importando a gravidade, implica que o paciente já apresenta perdas parcialmente irreversíveis na integridade do conjunto osso-ligamento-gengi-va-dente. O principal objetivo do tratamento é estabilizar as perdas e assegurar que o trabalho conjunto do profissional e do paciente evite o retorno ou agravamento do quadro periodontal. Para que isso seja possível, é fundamental que o processo de higiene bucal seja feito rigorosamente. Mesmo assim, os pacientes de do-enças periodontais devem estar atentos às duas realidades: 1- A saúde bucal sempre necessitará de cuidado especial comparado ao paciente comum. 2- O acúmulo de placa bacteriana é particularmente grave para este quadro clínico.

Por estas razões, é fundamental que o paciente se conscientize que o tratamento periodontal exige dis-ciplina de hábitos, higiene bucal constante e revisões periódicas. O controle do biofilme lingual é feito com raspadores linguais, instrumental anatômico para limpeza da região posterior da língua. Os pacientes que utilizam próteses parciais fixas ou removíveis necessitam de instrução específica para higienização. Após sialometria, ou seja, o teste salivar, onde o valor normal é de 1.5 a 2.5 mL de fluxo salivar por minuto de salivação estimulada, detectando-se a redução de fluxo salivar, devemos lançar mão de sialogogos táteis ou gustatórios do tipo ameixa umebochi, gotas de limão sobre a língua ou frutas cítricas para se estimular o aumento do fluxo salivar. Caso seja desejável, a lubrificação imediata e controlável da mucosa bucal, está indicada a prescrição de UMA SALIVA ARTIFICIAL.

Conclusão, não devemos perder de vista que a halitose é multifatorial e multidisciplinar, portanto a im-portância da interação entre as especialidades médicas e odontológicas para o tratamento é fundamental. O diagnóstico bem elaborado e atento permite identificar causas e orientar o tratamento. A flora bacteriana bucal tem um papel importante na halitose, como produtora de compostos sensíveis ao odor humano, bem como também a saliva e suas várias funções, as doenças periodontais e os hábitos alimentares e de higiene. Todos os fatores devem ser considerados, para que se retorne ao equilíbrio do ecossistema bucal. Somente com um diagnóstico sistemático e tratamento individualizado, poderemos aumentar as chances de sucesso na abordagem da halitose.

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O PRODUTOO Projeto Halicare surge de um estudo de mais 20 anos sobre o tema halitose, com a maior especialista

no assunto no Brasil e a partir da conjunção de três fatores:

- O conhecimento de suas principais causas e de como combatê-la através de uma técnica padronizada.

- O desenvolvimento de um equipamento capaz de medir e detectar com precisão o local de onde estão os problemas envolvidos na halitose.

- A descoberta de um agente químico eficaz na eliminação das bactérias envolvidas na halitose:

• Toda a linha desenvolvida pela ODOMED, conta com um agente químico à base de Dióxido de Cloro e possui uma formulação inovadora e específica para o tratamento da halitose.

• A descoberta desta formulação mostrou-se eficaz na eliminação das bactérias envolvidas na halitose e foi um grande avanço nesse sentido. O dióxido de cloro dentro da formulação elaborada é um bacteri-cida que se revelou como altamente eficaz na prevenção e combate das infecções bucais e na eliminação das bactérias responsáveis pelos odores causados pela halitose. O agente químico impede a proliferação dos microrganismos, e o grande diferencial do produto, frente a outros bactericidas de uso bucal, é que não tem contraindicação de uso, possui efeito prolongado, pH balanceado (pH 6,9), ausência de coran-tes que mancham os dentes, não contém álcool, não irrita a mucosa, não contém agente carcinogênico, nem açúcar e não deixa resíduos que alteram o equilíbrio da flora bacteriana bucal, podendo ser usado como complemento da higienização bucal diária.

1. O princípio ativo é o Dióxido de Cloro ClO22. Na forma precursora de Clorito de Sódio NaClO23. No pH da cavidade bucal se ioniza conforme a reação abaixo: NaClO2 + 4 H+ 4 ClO2 + 2 H2O + NaCl + 4 Na+

clorito de sódio + íons H dióxido de cloro + água + cloreto de sódio + íons sódio ClO2 2 Cl2 + 4 O2 dióxido de cloro gás cloro + oxigênio

RESULTADOInibe a proliferação de microrganismos patogênicos

1. Anaeróbicos 2. Proteolíticos 3. Gram-negativos

Inibe a ação das Desulfidrases dos microrganismos1. Reduzindo a produção dos CSV2. Reduzindo a produção de odor

Reage com os CSV transformando-os em Sais 1. Remove os Odores do hálito2. Em cerca de dez minutos após a aplicação

Seus Efeitos Perduram por várias horas.

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RESUMO

1. Elimina os compostos sulfurados voláteis usando sua fórmula antibacteriana

2. Reduz a contagem de microrganismos anaeróbicos Gram-negativos (patogênicos)

3. Existem trabalhos científicos defendendo e comprovando sua eficácia e segurança (*)

4. Possui efeito prolongado

5. Possui pH balanceado (pH 6,9)

6. Não possui corantes que mancham os dentes

7. Não contém álcool

8. Não irrita a mucosa

9. Não contém agente carcinogênico

10. Não contém açúcar

11. Não deixa resíduos que alteram o equilíbrio da flora bacterina bucal

12. Podem ser utilizados diariamente como auxiliar de higiene bucal

APRESENTAÇÃO – idealizadas para atender as necessidades e praticidade, com o intuito de ser práti-co e, com isso, melhorar o compliance ao tratamento, foram desenvolvidos três formas de apresentação:

Frasco 300 mL Bucal Halicare

Foi desenvolvido especialmente para prevenir e combater a halitose, protegendo sua boca da ação das bactérias que causam o mau hálito, através de sua fórmula exclusiva à base de dióxido de cloro. Como não possui contraindicação de uso, é um eficiente complemento diário na higienização bucal. Graças a sua ação protetora contra bactérias tem se mostrado um agente importante em amigdalites, cáseos amigdalíticos, mucosites, lesões causadas por ressecamento bucal, assepsia em procedimentos pré e pós-clínicos e cirúrgi-cos na cavidade bucal.

O Halicare frasco possui tampa dosadora. Coloque de 5 a 10 mL na boca e faça vários gargarejos. Fazer gargarejos é muito importante para o processo de limpeza da língua e da garganta. O gargarejo e/ou bo-checho deve ser realizado durante um minuto. Ao final do procedimento cuspa o produto. Após realizar o procedimento, fique durante 30 minutos sem comer ou beber. Portanto, o frasco de 300 mL Halicare deve ser o último procedimento de sua higienização bucal. Ele protege sua boca em média por oito horas.

Halicare Spray

O Spray Halicare complementa a utilização do produto. Seu formato permite que ele seja levado a qual-quer lugar, na bolsa ou no bolso. Recomendamos que o intervalo entre uma aplicação e outra tenha no míni-mo 30 minutos, mesmo que não exista problema algum em ser utilizado em intervalos menores. A aplicação do Spray Halicare é realizada por um jato e spray diretamente na parte central da língua.

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Inibe a proliferação dos microrganismospatogênicos anaeróbios proteolíticos Gram Negativos.

Inibe a ação das desulfidrases (inibindo a produção de compostos sulfurados voláteis – CSV), reduzindo a produção de odor.

Reage com os compostos voláteis já formados transformando-os em sais (não voláteis), daíremove os odores bucais em cerda de 10 minutos após o uso, perdurando por pelo menos 8 horas.

Gel Umectante Halicare

O Gel Umectante Halicare possui o mesmo princípio ativo protetor do Enxaguante Halicare. Sua grande vantagem é que, além dos já mencionados benefícios, é um excelente lubrificante bucal, deixando a boca umedecida e refrescante. É indicado principalmente em casos de: dificuldade respiratória, amigdalites, cá-seos amigdalíticos, ressecamento bucal constante, pacientes de rádio e quimioterapias, pacientes que uti-lizam medicamentos regularmente (diabetes, hipertensão, emagrecimento, etc.), entre outros. Devem ser espalhados 2 a 3 gramas (g) do Gel Umectante Halicare por toda a boca, inclusive nos dentes. O Gel Umec-tante Halicare protege a boca também da desidratação e ressecamento noturno e da possível descamação da mucosa. Neste caso, esse procedimento deve ser realizado antes de dormir para que durante o sono o gel permaneça agindo na boca. Durante o sono o fluxo salivar é praticamente zero, compensado pela ação do Gel Umectante Halicare.

RESULTADOS CLÍNICOS

Como os produtos Halicare possuem em sua formulação o Dióxido de Cloro estabilizado, que é um an-tibacteriano de largo espectro, apresentam uma ação altamente eficaz na prevenção e combate às bactérias bucais, responsáveis pelo mau hálito e outras infecções.

Realizamos uma série de testes e pesquisas direcionadas conforme especificações da ANVISA, em fun-gos, vírus, esporos e nas principais bactérias causadoras da halitose, infecções bucais e sistêmicas. Os produ-tos agem no organismo por meio de três mecanismos diferentes.

A seguir apresentamos os principais resultados:

Além disso os produtos Halicare atingem especificamente as bactérias anaeróbicas, consideradas negati-vas para o organismo, respeitando a flora bacteriana positiva bucal, ou seja, seu efeito é seletivo.

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Gel Umectante 120 g

Posologia: Aplicar antes de dormir a quantidade suficiente para recobrir as gengivas a bochecha e língua incuindo os dentes.

Spray Antisséptico Bucal

Posologia: Aplicar diretamente na parte posterior da lingua, qualquer horário do dia complementando o enxaguante bucal.

Enxaguante Bucal 300 mL

Posologia: - 3x ao dia- Utilizar de 5 a 10 mL e fazerbochecho/gargarejo por 2 minutos.

* É importante não enxaguar a boca ou alimentar-se após o uso deHalicare por no mínimo 30 minutos.

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