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40
Hábitos e determinantes do consumo de pescado em profissionais ligados à saúde ……………………………………………………………………………………………….. Habits and determinants of seafood consumption on health related professionals Heloísa Maria da Silva Maia Orientado por: Dr.ª Susana Montenegro Trabalho de Investigação 1.º Ciclo em Ciências da Nutrição Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto Porto, 2012

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Hábitos e determinantes do consumo de pescado em profissionais ligados à

saúde

………………………………………………………………………………………………..

Habits and determinants of seafood consumption on health related

professionals

Heloísa Maria da Silva Maia

Orientado por: Dr.ª Susana Montenegro

Trabalho de Investigação

1.º Ciclo em Ciências da Nutrição

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Porto, 2012

i

Resumo

Introdução: O pescado fornece proteínas de alto valor biológico, vitaminas,

minerais e ácidos gordos polinsaturados. Sabe-se que tem efeito protetor em

várias patologias e benefícios no desenvolvimento cerebral e visual da criança.

Objetivo: Determinar fatores que influenciam o consumo de pescado em

profissionais ligados à saúde e frequência de consumo. Metodologia: Foi

utilizado um questionário de avaliação dos determinantes de consumo de

pescado, conhecimentos e frequência de consumo. Na análise estatística utilizou-

se o SPSS. Resultados: Os 93 profissionais eram na maioria do sexo feminino e

tinham, em média, 44,9 ±8,4 anos. A maioria era enfermeiro ou médico. A maioria

era casado/união de facto, tinham filhos, preparava as refeições sozinho e fazia a

aquisição de pescado em super/hipermercado. Os fatores que condicionam a

escolha/consumo de pescado mais referidos foram preço, preferência pessoal,

origem e facilidade de aquisição. Nos conhecimentos 36,7% respondem

acertadamente a todas as questões. A mediana de consumo de pescado foi 5

vezes por semana, peixe 4 vezes por semana e peixe gordo 2 vezes por semana.

Verificou-se maior consumo de pescado nos enfermeiros (p <0,05). Outras

variáveis mostram tendências, sem significado estatístico, para um maior

consumo de pescado, como o sexo feminino, idade inferior, estarem

casados/união de facto e quem escolhe a alimentação com o objetivo de se

manter saudável. Conclusões: Vários estudos mostram os benefícios de

consumo de peixe. Foi assim importante perceber quais são os determinantes

que influenciam o consumo, mas também avaliar conhecimentos e conhecer os

hábitos de quem recomenda, de forma a melhorar o incentivo ao consumo de

pescado na população.

ii

Palavras-Chave: Pescado, profissionais de saúde, consumo semanal

Abstract

Background: Seafood provides protein of high biological value, vitamins, minerals

and polyunsaturated fatty acids. Known to have protective effects in several

pathologies and benefits in the brain and visual development of the child.

Objective: To determinate factors that influence the consumption of seafood on

health related professionals and frequency of consumption. Methodology: A

questionnaire was used for evaluating the determinants of seafood consumption,

knowledge and frequency of consumption. Statistical analysis used the SPSS.

Results: The 93 professionals were mostly female and had, on average, 44.9 ±

8.4 years. Most were nurses or doctors. The majority were married / life partners,

had children, prepared meals alone and made the purchase of seafood in super /

hypermarket. The factors that influence the choice/consumption of seafood most

commonly reported were cost, personal preference, origin and ease of acquisition.

In knowledge 36.7% respond correctly to all questions. The average consumption

of seafood was 5 times per week, 4 times a week fish and oily fish two times per

week. It was observed a higher consumption of seafood in nurses (p <0,05). Other

variables show trends, without statistical significance, for higher seafood

consumption, such as being female, less age, being married / life partners and

who choose food in order to stay healthy. Conclusions: Several studies show the

benefits of fish consumption. It was important to understand what are the

determinants that influence consumption, but also to assess knowledge and know

the habits of those who recommended, in order to improve the incentive to

seafood consumption in the population.

Keywords: seafood, health professionals, weekly intake

iii

Lista de abreviaturas

ACES BM2 - Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego 2

INE - Instituto Nacional de Estatística

OMS - Organização Mundial de Saúde

SPSS – Statistical Package for the Social Sciences

VET - valor energético total

iv

Índice

Resumo ............................................................................................................... i

Abstract .............................................................................................................. ii

Lista de abreviaturas .......................................................................................... iii

Introdução........................................................................................................... 1

Objetivos............................................................................................................. 2

Metodologia ........................................................................................................ 2

Resultados .......................................................................................................... 5

Discussão ........................................................................................................... 7

Conclusão........................................................................................................... 9

Agradecimentos .................................................................................................. 9

Referências Bibliográficas ................................................................................ 10

Índice de Anexos .............................................................................................. 14

1

Introdução

O pescado é fonte de proteínas de alto valor biológico e rico em vitaminas do

complexo B e minerais como o iodo, fósforo, sódio, potássio, ferro e cálcio. É rico

em ácidos gordos polinsaturados e contém baixa proporção de ácidos gordos

saturados(1).

Os ácidos gordos polinsaturados, especialmente o ácido docosahexaenóico

(DHA), conferem benefícios no desenvolvimento do sistema cerebral e visual em

crianças e reduz o risco de certas formas de doença cardíaca em adultos(2). Há

evidências de que o consumo de ácidos gordos n-3 do peixe reduz as taxas de

mortalidade cardíaca, por morte súbita e possivelmente enfarte, diminui a

incidência de diferentes cancros (mama, colo-retal, próstata), de asma, da doença

inflamatória do intestino, de artrite reumatoide e de osteoporose(3-5). Os ácidos

gordos n-3 são também de extrema importância durante a gravidez para o

desenvolvimento neurológico do feto(6). Em adultos, o défice de ácidos gordos n-3

foi identificado como fator que contribui para desordens de humor (depressão e

desordens bipolares)(7, 8).

Estudos indicam que populações com um maior consumo de peixe têm menor

incidência de doenças ateroscleróticas e trombóticas e condições inflamatórias(9).

Uma dieta saudável deverá ser composta por, pelo menos, consumo de peixe

duas vezes por semana uma das quais deverá ser peixe gordo(10). Estimativas de

risco mostram que comer peixe pelo menos uma vez por semana diminui em 15%

o risco de doença coronária(11). Outra meta análise mostrou que comer peixe 2 a 4

vezes por semana reduz o risco de enfarte em 18% comparado com um consumo

de menos de uma vez por mês(12). Um aumento modesto do consumo de peixe

2

para 1 a 2 vezes por semana poderá reduzir a mortalidade por doença coronária

em 36% e mortalidade por todas as causas em 17%(13).

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a contribuição das

proteínas (animais e vegetais) para o valor energético total (VET) do dia alimentar

em Portugal é de 13%, ou seja, encontra-se dentro do intervalo de valores

recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é 10 a 15% do

VET. Relativamente à origem destas proteínas, apenas 12% são provenientes do

pescado, contribuindo as carnes e miudezas com 32%(14).

Pelo valor nutricional do pescado e pelos benefícios já expostos, é importante

incentivar o seu consumo.

Objetivos

Este estudo visa determinar os fatores que influenciam o consumo de pescado

em profissionais ligados à saúde, e a frequência de consumo.

Metodologia

1. Participantes e seleção da amostra

Neste estudo participaram 93 profissionais ligados à saúde a exercerem funções

no Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Mondego 2 (ACES BM2).

A recolha de dados foi realizada entre 16 de maio e 8 de junho de 2012 após a

respetiva aprovação pelo Diretor Executivo do ACES BM2 (ANEXO A).

Antes de iniciar o estudo foram explicados os objetivos do mesmo e garantido o

anonimato a todos os participantes.

3

Foram excluídos os que manifestaram ter alterado recentemente os seus hábitos

alimentares (há menos de um ano) e com questionários mal preenchidos. Dos

266 questionários enviados foram incluídos 93 na amostra final.

A amostra estudada foi de conveniência, constituída pelos profissionais que

constavam na lista de contatos do ACES BM2.

2. Material

- Questionário de avaliação dos determinantes de consumo de pescado,

conhecimentos e frequência alimentar (pescado) (ANEXO B)

- SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences) versão 19.0. para a

Microsoft Windows®

3. Métodos

3.1 Questionário de avaliação

Este questionário, de administração direta, foi enviado por correio eletrónico e

teve como objetivo avaliar os hábitos e determinantes do consumo de pescado.

A inexistência de um questionário validado, que se adequasse aos objetivos deste

trabalho, levou à criação de um novo com base em outros estudos. O questionário

era constituído por 4 partes, com um total de 21 questões, 15 fechadas e 6

abertas (ANEXO B).

3.1.1 Características sociodemográficas da amostra

A primeira parte do questionário continha questões sociodemográficas como o

sexo, idade, habilitações académicas, categoria profissional, estado civil, número

de filhos, tamanho do agregado familiar, naturalidade, local de residência e

categoria do local de residência(15-19).

3.1.2 Fatores que poderão condicionar o consumo de pescado

4

Na segunda parte, para aferir o que poderia condicionar o consumo de pescado,

era perguntado onde é feita a aquisição dos géneros alimentícios, onde é feita a

aquisição de pescado e de entre uma lista de possíveis fatores que influenciam o

consumo, era pedido que fossem indicados os três mais determinantes. Foi ainda

pedido aos participantes que indicassem a sua ideologia quando toca à escolha

dos alimentos(16-20).

3.1.3 Avaliação de conhecimentos sobre pescado

Na terceira parte do questionário eram colocadas quatro questões acerca do

peixe(18), com o objetivo de fazer uma escala de conhecimentos. Para tal, na

codificação, cada questão errada contou como zero pontos e cada certa como um

ponto.

3.1.4 Avaliação da frequência de consumo de pescado

Na quarta parte do questionário era avaliada a frequência de consumo de

pescado através da utilização do questionário de frequência alimentar do Serviço

de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do

Porto(21).

3.2 Análise estatística

Para a construção da base de dados e consequente análise estatística foi

utilizado o programa SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences) versão

19.0. para a Microsoft Windows®. Foi realizada estatística descritiva global:

números, percentagens, frequências e medidas de tendência central. Foi aplicado

o teste de Kolmogorov-Smirnov para avaliar a normalidade das distribuições. O

coeficiente de correlação de Spearman para medir a intensidade da relação entre

variáveis ordinais. O teste de Mann-Whitney e o teste de Kruskal-Wallis para

5

comparar ordens médias de amostras independentes. Para todas as análises

considerou-se um nível de significância p <0,05.

Resultados

i. Caracterização da população em estudo

Dos 93 profissionais da amostra, 8 eram do sexo masculino e 85 do sexo

feminino. As idades estavam compreendidas entre os 28 e os 63 anos, sendo a

média de 44,9 ±8,4 anos. Em termos de habilitações académicas 6,5% tinham o

9º ano de escolaridade, 17,2% o 12º ano, 5,4% bacharelato, 64,5% licenciatura e

6,5% mestrado. No que toca à categoria profissional 44,4% eram enfermeiros

25,6% médicos, 25,6% assistentes técnicos e 4,4% técnicos superiores. Dos

participantes 76,9% eram casados ou viviam em união de facto e 23,1% não

tinham companheiro (aqui incluídos solteiros, viúvos e divorciados). 84,6% dos

inquiridos tinham filhos. O agregado familiar tinha uma média de 3,1 ±1,1

pessoas, com uma mediana de 3 pessoas. 48,4% dos inquiridos reside em cidade

28% em aldeia, 23,7% em vila.

ii. Avaliação dos fatores que poderão condicionar o consumo de

pescado

Na preparação das refeições verificou-se que ao almoço 45,2% dos inquiridos

preparam a sua refeição e em 24,7% dos casos são ambos os cônjuges que

preparam. Ao jantar estes valores são semelhantes com 58,2% a preparar o

próprio jantar e com 30,8% a preparar em conjunto. Desta população 75,3%

fazem a aquisição de pescado em super/hipermercados, 5,4% em

minimercados/mercearias, 24,7% no mercado, 20,4% compram a vendedores

6

ambulantes e 4,3% diretamente na lota. Para os locais de aquisição de géneros

alimentícios foram obtidos valores semelhantes. Foi também visto, dentro de cada

profissão, qual o local onde adquirem o pescado, verificando-se percentagens

semelhantes às da amostra total (ANEXO C). Como fatores que condicionam a

escolha/consumo de pescado foi pedido para indicarem dentro de uma lista as 3

razões que mais influência têm, em que se obteve uma percentagem de 63,4 para

o preço, 43% por preferência pessoal, 36,6% pela origem do pescado, 35,5% pela

facilidade para adquirir pescado perto da residência, 23,7% pela dificuldade de

preparação, 21,5% por dificuldade em avaliar a frescura do pescado, 19,4% por

influências familiares e 1,1% por problemas de saúde. Não foram encontradas

diferenças com significado estatístico quando comparados estes fatores

condicionantes por classes de profissão (ANEXO D). Nesta amostra, quando se

trata da alimentação 88,2% faz as suas escolhas com o objetivo de se manter

saudável e 11,8% sentir prazer.

iii. Avaliação dos conhecimentos sobre pescado

Quando aplicadas as questões de conhecimentos acerca do pescado 36,7% dos

inquiridos acertou à totalidade de questões, 40% responderam acertadamente a

três das questões, 21,1% a duas questões e 2,2% a apenas uma questão.

iv. Avaliação da frequência de consumo de pescado

Esta população consome pescado em média 5,9 ±4,7 vezes por semana com

uma mediana de 5 vezes por semana, sendo o consumo de peixe em média 5,2

±4,5 por semana com uma mediana de 4 vezes por semana. Se analisarmos

apenas o consumo de peixe gordo obtemos uma frequência média de 2,7 ±3,7

com uma mediana de 2 vezes semanais.

7

Ao realizar testes estatísticos entre as várias variáveis e a frequência de

consumo, apenas se obteve relação com significado estatístico para a profissão (p

<0,05), em que os enfermeiros são quem consome mais, seguindo-se os médicos

e depois os assistentes técnicos. Não foi encontrado significado estatístico entre o

consumo de peixe e pescado para as variáveis sexo (ANEXO E), faixa etária

(ANEXO F), estado civil (ANEXO G) e ideologia quando toca à escolha de

alimentos (ANEXO H).

A totalidade de médicos e de enfermeiros recomendam o consumo de pescado

aos seus utentes.

Discussão

Qualidade, sabor, facilidade de preparação, disponibilidade, valor nutricional e

preço foram identificados como fatores importantes que condicionam a aquisição

de peixe na Malásia. Segundo o mesmo autor, quando o tamanho do agregado

familiar aumenta, a aquisição de peixe aumenta também, casados têm maior

probabilidade de comprar pescado do que solteiros e as características que mais

aumentam o consumo são o seu nível nutricional e o sabor (22).

Segundo Sayin et al (2010)(16) o tamanho do agregado familiar e a idade

representativa do mesmo ser jovem, tem um efeito negativo no consumo de

peixe. Segundo o mesmo autor, o facto de ser casado e a existência de crianças,

aumentam a probabilidade de consumo.

8

Na Turquia, a maior razão para o não consumo é o odor e o sabor. A frequência

de consumo aumenta proporcionalmente à idade dos consumidores e, aumenta

também, com o nível de educação(23).

De acordo com Myrland et al (2000)(20) com o aumento da faixa etária, há um

aumento significativo no consumo de pescado, pelo menos entre os 31 e os 44

anos. As habilitações académicas, o tamanho do agregado familiar parecem ter

um efeito positivo no consumo de pescado. A presença de crianças poderá ter um

efeito negativo.

Neste estudo, apesar de não se ter verificado diferenças com significado

estatístico, observou-se tanto no peixe como no pescado, um menor consumo no

sexo masculino (ANEXO E), no que toca às idades observou-se um maior

consumo na faixa etária dos 36 aos 45 anos e dos 46 aos 55 anos (ANEXO F) e

os casados ou que vivem em união de facto também têm um maior consumo

(ANEXO G). Há também um maior consumo, naqueles que escolhem a sua

alimentação com o objetivo de se manterem saudáveis (ANEXO H).

Sendo esta uma população ligada à saúde, pela sua localização geográfica e

tradições de consumo, esperava-se um consumo elevado de pescado, o que

acabou por se confirmar. Com um consumo médio de 5,9 ±4,7 vezes por semana

de pescado, esta população vai de encontro ao que se recomenda como benéfico

para a saúde(10).

Ao efetuar o estudo nestes parâmetros acabei por condicionar o tamanho e o tipo

da amostra a que me propus, o que levou a resultados pouco expressivos em

relação aos condicionantes nesta área e população. Adicionalmente também

resultou numa dificuldade em encontrar estudos semelhantes para comparação e

conclusões mais objetivas.

9

Conclusão

Vários estudos mostram os benefícios de consumo de peixe. Mais estudos

deverão ser feitos neste tipo de amostra e na população em geral, no entanto foi

importante perceber alguns dos determinantes que influenciam o consumo, mas

também avaliar conhecimentos e conhecer os hábitos de quem recomenda, de

forma a melhorar o incentivo ao consumo de pescado na população.

Agradecimentos

À Dr.ª Susana pela disponibilidade e revisão científica do trabalho.

Ao Dr. Rui Poínhos, pelo apoio na análise estatística.

A todos os envolvidos na realização deste estudo, sem os quais tal não teria sido

possível.

Aos meus pais que tanto me apoiam.

Às minhas amigas, por toda a paciência e por estarem sempre presentes.

10

Referências Bibliográficas

1. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge CdSAeN, editor. Tabela da Composição de Alimentos. 1.ª ed. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação; 2007. 2. Mahaffey KR, Sunderland EM, Chan HM, Choi AL, Grandjean P, Marien K, et al. Balancing the benefits of n-3 polyunsaturated fatty acids and the risks of methylmercury exposure from fish consumption. Nutr Rev. 2011; 69(9):493-508. 3. Candela CG, López LMB, Kohen VL. Importance of a balanced omega 6/omega 3 ratio for the maintenance of health. Nutritional recommendations. Nutrición Hospitalaria. 2011; 26(2):323-29. 4. Simopoulos AP. The Importance of the Omega-6/Omega-3 Fatty Acid Ratio in Cardiovascular Disease and Other Chronic Diseases. Experimental Biology and Medicine. 2008; 233:674-88. 5. Chenchen Wang, William S Harris, Mei Chung, Alice H Lichtenstein, Ethan M Balk, Bruce Kupelnick, et al. n−3 Fatty acids from fish or fish-oil supplements, but not α-linolenic acid, benefit cardiovascular disease outcomes in primary- and secondary-prevention studies: a systematic review. The American Journal of Clinical Nutrition. 2006; 84 (1):5-17. 6. Greenberg JA, Bell SJ, Ausdal WV. Omega-3 Fatty Acid Supplementation During Pregnancy. Obstetrics & Ginecology. 2008; 1(4):162-69. 7. Parker G, Gibson NA, Brotchie H, Heruc G, Rees A-M, Hadzi-Pavlovic D. Omega-3 Fatty Acids and Mood Disorders. The American Journal of Psychiatry. 2006; 163:969-78. 8. Hegarty BD, Parker GB. Marine omega-3 fatty acids and mood disorders – linking the sea and the soul. Acta Psychiatrica Scandinavica. 2011; 124:42-51. 9. Woods RK, Stoney RM, Ireland PD, Bailey MJ, Raven JM, MD FCT, et al. A valid food frequency questionnaire for measuring dietary fish intake. Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition. 2002; 11(1):56-61. 10. Perk J, Backer GD, Gohlke H, Graham I, Reiner Ž, Verschuren M, et al. European Guidelines on cardiovascular disease prevention in clinical practice (version 2012). European Heart Journal. 2012; 33:1635-701. 11. He K, Song Y, Daviglus ML, Liu K, Horn LV, Dyer AR, et al. Accumulated Evidence on Fish Consumption and Coronary Heart Disease Mortality. Circulation. 2004; 109:2705-11 12. He K, Song Y, Daviglus ML, Liu K, Horn LV, Dyer AR, et al. Fish Consumption and Incidence of Stroke: A Meta-Analysis of Cohort Studies. Stroke. 2004; 35:1538-42. 13. Mozaffarian D, Rimm E. Fish intake, contaminants, and human health: evaluating the risks and the benefits. JAMA. 2006; 296(15):1885-99. 14. INE. Balança Alimentar Portuguesa 2003-2008. 2010. Disponível em: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=83386467&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt. 15. Li H-s, Houston JE, Wang S-m, Lee H-j. Factors Affecting Consumer Preferences for Fish in Taiwan. 2000 16. Sayin C, Emre Y, Mencet MN, Karaman S, Tascioglu Y. Analysis of Factors Affecting Fish Purchasing Decisions of the Household: Antalya District Case. Journal of Animal and Veterinary Advances. 2010; 9(12):1689-95.

11

17. Altintzoglou T, Vanhonacker F, Verbeke W, Luten J. Association of health involvement and attitudes towards eating fish on farmed and wild fish consumption in Belgium, Norway and Spain. Aquaculture International. 2011; 19( 3):475-88. 18. Pérez-Cueto F, Pieniak Z, Verbeke W. Attitudinal determinants of fish consumption in Spain and Poland. Nutricion Hospitalaria. 2011; 26(6):1412-9. 19. Pieniak Z, Verbeke W, Scholderer J, Brunsø K, Olsen S. How do affective health-related and cognitive determinants influence fish consumption? : a consumer survey in five European countries. In: Mathijs E, Verbeke W, Frahan BHd, editores. 12th Congress of the European Association of Agricultural Economists (EAAE 2008) : People, food and environments : global trends and European strategies; Ghent, Belgium. European Association of Agricultural Economists (EAAE); 2008. 20. Myrland Ø, Trondsen T. Determinants of Seafood Consumption in Norway: Lifestyle, revealed preferences, and barriers to consumption. Food Quality and Preferences. 2000; 11(3):169-88. 21. Lopes C. Alimentação e enfarte agudo do miocárdio: estudo caso-controlo de base comunitária [Tese de doutoramento]. Porto: FCNAUP. 2000 22. Ahmed AF, Mohamed Z, Ismail MM. Determinants of Fresh Fish Purchasing Behavior Among Malaysian Consumers. Journal of Social Science 2011; 3(2):126-31. 23. Erdogan BE, Mol S, Cosansu S. Factors Influencing the Consumption of Seafood in Istanbul, Turkey. Turkish Journal of Fisheries and Aquatic Sciences. 2011; 11:631-39.

12

13

Anexos

14

Índice de Anexos

ANEXO A – Aprovação do Diretor Executivo do ACES BM2 para aplicação do

inquérito……………………………………………………………………....................15

ANEXO B – Inquérito “Hábitos e determinantes do consumo de pescado”….......17

ANEXO C – Tabela1: Local de aquisição do pescado por profissão……………...23

ANEXO D – Figura 2: Percentagem de profissionais que apontam cada

condicionante como mais influente na escolha de pescado…………………..……25

ANEXO E - Tabela 2: Consumo médio de peixe e pescado por sexo……..……..27

ANEXO F - Tabela 3 : Consumo de peixe e pescado por classes de idade…..…29

ANEXO G - Tabela 4: Consumo de peixe e pescado por estado civil………...…..31

ANEXO H - Tabela 5: Consumo de peixe e de pescado quando as escolhas

alimentares se baseiam em sentir prazer ou em manter-se saudável………..…..33

15

ANEXO A

Aprovação do Diretor Executivo do ACES BM2 para aplicação do inquérito

16

17

ANEXO B

Inquérito “Hábitos e determinantes do consumo de pescado”

18

19

20

21

22

23

ANEXO C

Tabela1: Local de aquisição do pescado por profissão

24

Tabela: 1 Local de aquisição do pescado por profissão

Profissão

Onde fazem a aquisição de pescado

super/

hipermercado

minimercado/

mercearia mercado

vendedor

ambulante

diretamente

na lota

Médico 73,9% 8,7% 26,1% 26,1% 4,3%

Enfermeiro 77,5% 2,5% 22,5% 17,5% 5,0%

Técnico

superior 75,0% 0,0% 25,0% 25,0% 0,0%

Assistente

técnico 69,6% 8,7% 30,0% 21,7% 4,3%

25

ANEXO D

Figura 1: Percentagem de profissionais que apontam cada condicionante como

mais influente na escolha de pescado

26

Figura 1: Percentagem de profissionais que apontam cada condicionante como

mais influente na escolha de pescado

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

Preço preferência pessoal

origem do pescado

facilidade para

adquirir pescado perto da

residência

dificuldade de

preparação

dificuldade em avaliar a frescura

do pescado

influências familiares

Médico

Enfermeiro

Técnico superior

Assistente técnico

27

ANEXO E

Tabela 2: Consumo médio de peixe e pescado por sexo

28

Tabela 2: Consumo médio de peixe e pescado por sexo

Peixe Pescado

Masculino

Média± d.p. 4,6±3,4 5,3±3,5

Mediana 3,00 4,3

Feminino

Média± d.p. 5,3±4,6 5,9±4,8

Mediana 4,0 5,0

p NS (p = 0,794)* NS (p = 0,832)*

*Teste não paramétrico de Mann-Whitney para amostras independentes

29

ANEXO F

Tabela 3 : Consumo de peixe e pescado por classes de idade

30

Tabela 3 : Consumo de peixe e pescado por classes de idade

Peixe Pescado

25-35 anos

Média±d.p. 4,9±5,7 5,5±5,5

Mediana 3,0 4,0

36-45 anos

Média±d.p. 6,0±5,4 6,6±5,6

Mediana 4,3 4,8

46-55 anos

Média±d.p. 5,4 ± 3,0 6,1±3,2

Mediana 5,5 6,5

56-65 anos

Média±d.p. 3,3±3,6 4,4±4,0

Mediana 2,0 3,0

p NS (p=0,347)* NS (p=0,385)*

* Coeficiente de correlação de Spearman para medir a intensidade da relação entre variáveis ordinais

31

ANEXO G

Tabela 4: Consumo de peixe e pescado por estado civil

32

Tabela 4: Consumo de peixe e pescado por estado civil

Peixe Pescado

Casado/

união de

facto

Média±d.p. 5,5±4,8 6,1±5,0

Mediana 4,5 5,0

Não tem

companheiro

Média±d.p. 4,5±3,6 5,3±3,4

Mediana 3,0 4,0

p NS (p=0,340)* NS (p=0,699)*

*Teste não paramétrico de Mann-Whitney para amostras independentes

33

ANEXO H

Tabela 5: Consumo de peixe e de pescado quando as escolhas alimentares se baseiam em sentir prazer ou em manter-se saudável

34

Tabela 5: Consumo de peixe e de pescado quando as escolhas alimentares se

baseiam em sentir prazer ou em manter-se saudável

Peixe Pescado

Sentir prazer

Média±d.p. 3,7±2,40 4,3±2,7

Mediana 3,00 3,0

Manter-se

saudável

Média±d.p. 5,4±4,7 6,1±4,9

Mediana 4,3 5,0

p NS (p=0,250)* NS (p=0,178)

*Teste não paramétrico de Mann-Whitney para amostras independentes