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1 Nº 90 Ano 8/2020 1ª Edição HABILIDADES MANUAIS Ministério dos Desbravadores Igreja Adventista do Sétimo Dia MÚSICA BÁSICA HM - 004

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Page 1: HABILIDADES MANUAIS · e da época, mas gosto muito da seguinte definição: música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. Essa é uma definição

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Nº 90Ano 8/20201ª Edição

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Ministério dos DesbravadoresIgreja Adventista do Sétimo Dia

MÚSICA BÁSICAHM - 004

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SALVE Desbravadores! Meu nome é Matheus Ramos Soares, Líder de desbravadores e Diretor do Clube Adventure da Associação Norte Paranaense-USB! Sou engenheiro eletricista de formação e técnico em música com ênfase em violão erudito. Cuido da parte de edição de vídeo do ME, então se inscreva no nosso canal! Um abraço a todos e MARANATA!

Sou Vinícius Dias Kümpel e você já me viu aqui em outros guias. Sou Líder Master Avançado de Desbravadores, Regional na Associação Norte Paranaense-USB. Sou engenheiro biotecnológico e mestre em biociências, mas também sou pianista e saxofonista, recém começando a aprender violão. Sou formado em piano pelo Instituto de Educação Musical Solar do Som.

1ª Edição: Disponível em www.mundodasespecialidades.com.br Direção Geral: Pedro PazRossalles FreitasVictor Ariel Diagramação e Edição:Leonardo AndradeCoord. de Guias das Especialidades: Gabriel Silveira Editoração e Revisão: Camila Perrud Autoresv: Matheus Ramos e Vinícius Kümpel

SITE MUNDO DAS ESPECIALIDADES Telefones:(81) 9 9835-8482 E-mail:[email protected] Site: www.mundodasespecialidades.com Facebook:Facebook.com/mundodasespecialidades

DIREITOS RESERVADOS: A reprodução deste material seja de forma total ou parcial de seus textos ou imagens é permitida, desde que seja referenciado o Mundo das Especialidades e seus autores pela nova autoria ao fi m de seu material. Todos os direitos reservados para Mundo das Especialidades

UNIÃO LESTE BRASILEIRAUNIÃO NORDESTE BRASILEIRA UNIÃO SUL BRASILEIRA

IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES Recife, PE, Junho de 2020

EXPEDIENTE

mundodasespecialidades

@mundodasespecialidades

[email protected]

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Antes de falar de música, temos que responder a uma pergunta: o que é música? Essa é uma pergunta muito complexa, pois música, apesar de ter elementos exatos, varia muito dependendo da percepção da cultura e da época, mas gosto muito da seguinte definição: música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. Essa é uma definição genérica, que conseguimos aplicar às diferentes formas de fazer música pela história! Aliás, desbravador, você sabe quem é o primeiro músico da Bíblia? Se não sabe, procure em Gênesis 4:21 que você vai descobrir!

Mas o que é ritmo, melodia e harmonia? Vamos fazer uma analogia pra facilitar a explicação. Você já deve ter visto uma prova de 100 metros rasos nas Olímpiadas. O ritmo é a velocidade em que cada nadador nada, a melodia é cada nadador em sua raia e a harmonia é quando a câmera mostra todos os nadadores em sua raia, cada um em sua velocidade, mas todos caminhando, ou melhor, nadando para o mesmo objetivo. Esses três elementos que temos na música funcionam de forma muito parecida com a natação.

A melodia é a sucessão de notas e pausas dispostas ritmicamente de forma que agradem o ouvido, dando sentido a quem ouve. É fácil identificar uma música apenas assoviando sua melodia. Em músicas que têm letra, a melodia determina os sons que cantamos. A melodia também é determinada pela altura da nota. Não, não tem nada a ver com uma mais crescidinha que a outra. Falamos que uma nota é mais alta quando ela é mais aguda (“fininha”) e à medida em que tocamos notas cada vez mais graves (“grossas”), estamos “abaixando” a melodia.

A altura de um som musical depende das vibrações que se propagam pelo ar. As vibrações mais rápidas produzem sons mais

agudos e as mais lentas, sons mais graves. São essas vibrações que definem cada uma das notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si; assim, a velocidade da onda sonora determina a altura do som, por isso cada nota tem sua frequência (número de vibrações por segundo).

O som ainda pode ser forte ou fraco. Chamamos isso de sonoridade, o que mede a intensidade ou a força do som. É uma propriedade do som que permite ao ouvinte distinguir se o som é fraco (baixa intensidade) ou se o som é forte (alta intensidade) e ela está relacionada à energia de vibração da fonte que emite as ondas sonoras. Ao se propagarem, as ondas sonoras transmitem energias que se espalham em todas as regiões. Quanto maior é a energia que a onda transporta, maior é a intensidade do som que o nosso ouvido percebe.

Essa especialidade tem requisitos teóricos e práticos, sendo necessário que você tenha um instrutor capacitado para avaliar suas atividades!

O que é Música?

LEMBRETE

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Já a harmonia é a composição de várias melodias soando juntas e de forma agradável. Chamamos isso de acompanhamento musical (se estivermos falando de instrumentos) ou de divisão de vozes (se estivermos falando de um grupo de cantores). Sons que se harmonizam são aqueles que formam um conjunto agradável de ouvir ou cantar, como se eles se encaixassem perfeitamente, sem distorções. Se, no meio de um acorde com harmonia correta, surgir um som estranho que te faz apertar os olhos, franzir as sobrancelhas e tapar os ouvidos, então temos uma dissonância musical.

E o ritmo? É o que determina quanto tempo cada nota deve durar, ditando se a nota deve ser tocada por um tempo mais longo ou mais curto, bem como a alternância entre sons fortes e fracos, com uma acentuação característica que divide a música em pequenos espaços de mesma duração: o

compasso. Por isso, ao “contar o tempo” num compasso de 3 tempos, você pode facilmente perceber que o 1º tempo é mais forte e os outros dois são mais fracos. Procure na internet a valsa Danúbio Azul, de Johann Strauss, e conte junto comigo: UM, dois, três, UM, dois, três...

Ainda falamos que o som possui outro elemento: o timbre. É por meio dele que conseguimos distinguir qual instrumento ou voz está produzindo uma determinada nota. Isso acontece pois os instrumentos são feitos de materiais diferentes, produzindo assim ondas sonoras de formatos diferentes que são únicas. Por isso é fácil distinguir uma flauta de um clarinete, mesmo ambos sendo instrumentos de sopro e com notas de mesma altura, ou se quem canta é um tenor ou uma soprano, ou ainda se quem te chama é o seu pai, sua mãe ou seu irmão.

Para facilitar a vida dos músicos e para que eles não precisem decorar milhares de músicas, foi desenvolvida a escrita musical! Existem diversas formas de transcrever a música paro papel, porém a mais usada e a mais completa é a partitura. Veja a partitura do Hino dos Desbravadores completa em sua Bíblia do Desbravador.

“Lendo” a Música

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Cada um dos elementos da partitura é muito importante. Vamos começar primeiramente pelo pentagrama. Ele é composto por cinco linhas e quatro espaços, nos quais serão escritos todos os símbolos musicais. Em cada linha ou espaço é escrita uma nota diferente.

A seguir temos a clave, que determina uma nota base para seguirmos, ou seja, serve para dar nome e altura à nota. Já existiram diversas claves durante a história da música, mas geralmente usamos apenas três tipos: Clave de Sol, Clave de Fá e Clave de Dó.

Cada uma dessas claves tem um uso particular. Para sons mais agudos, usa-se a Clave de Sol. Para sons graves, utiliza-se a Clave de Fá. A Clave de Dó é uma intermediária entre outras duas, poucos instrumentos a utilizam (viola clássica e alguns registros para partes agudas de trombone e violoncelo).

Agora que já sabemos esses elementos mais básicos da partitura, vamos escrever as notas no pentagrama. Antes, vamos relembrar as sete notas musicais!

Observem o seguinte: ao desenhar a clave de sol, começamos na segunda linha e seguimos conforme as setas do desenho.

Agora podemos escrever notas acima e abaixo do Sol, usando os espaços e linhas. Vamos escrever as sete notas musicais e, para isso, vamos seguir a famosa sequência que você já conhece: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI. Usando essa sequência, sabemos que logo após a nota SOL vem a nota LÁ e depois a nota SI; assim podemos escrevê-las acima da nota SOL.

Como a clave de sol começa na segunda linha, é logico que pensar que a nota que será escrita na segunda linha será o .......? Isso mesmo, o sol!

Clave de Sol

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SÍ

Clave de Fá Clave de Dó

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Continuando, vamos escrever as notas abaixo da nota SOL, usando a sequência de notas, vemos que logo abaixo de SOL temos a nota FÁ, MI, RÉ e DÓ.

Observe que as notas DÓ e RÉ saíram do pentagrama, pois são notas mais graves do que a clave de Sol suporta, isso é muito comum quando escrevemos música, quando temos que usar espaços ou linhas a mais das que já temos. Chamamos elas de linhas

Lembre-se da dica: na clave de Sol, começamos a escrever a clave na segunda linha, logo na segunda linha temos a nota SOL. Na clave de fá, começamos a escrever a clave na quarta linha, logo na quarta linha teremos a nota FÁ. Na clave de dó, começamos a escrever a clave na terceira linha, logo na terceira linha teremos a nota DÓ. Agora é com você, consegue escrever as 7 notas musicais nas três claves?

ou de espaços suplementares, podendo ser inferiores (abaixo do pentagrama) ou superiores (acima do pentagrama).

Então toda nota SOL vai ser colocada na segunda linha do pentagrama, certo? ERRADO! Como vimos na explicação das claves, cada uma delas nos dará uma nota base, que é a mesma nota que dá o nome à clave e é por onde começamos o desenho.

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Você já se deparou com um piano e viu que ele estava cheio de teclas, algumas brancas e outras pretas; ou ainda um violão que tinha várias casas? Esses dois instrumentos mostram muito bem um conceito musical muito importante, que são os intervalos musicais. Por meio deles conseguimos despertar diversos tipos de sentimentos! Para quem é fã de matemática, saiba que os intervalos são definidos por uma relação matemática, como o intervalo de oitava, que é de 2:1, enquanto o intervalo de quinta é de 3:2. É legal falar de matemática, pois curiosamente os sons mais harmônicos, aqueles mais agradáveis, possuem intervalos com razões mais simples.

Deixando um pouco de lado o matematiquês, podemos dizer que os intervalos são os espaços que existem entre cada nota, como se disséssemos que é o quanto temos que andar para chegarmos de uma nota a outra. Para expressar esses intervalos usamos os termos TOM e SEMITOM (ou MEIO TOM), já que um tom é composto por 2 semitons. Em uma escala completa, de uma nota dó até a próxima, por exemplo, temos 12 partes iguais: 12 semitons. Para entendermos melhor isso, vamos olhar o piano e o violão.

Vamos observar primeiro o piano. Em algumas teclas (normalmente de uma branca para outra branca) temos um intervalo de 1 TOM e em outras (normalmente de uma branca para uma preta e vice-versa) temos um intervalo de MEIO TOM. Mas você reparou que em dois lugares as teclas brancas não tem uma tecla preta no meio? Isso ocorre entre as notas MI-FÁ e entre as notas SI-DÓ, os chamados semitons naturais.

Já no violão, a representação é diferente. Quando mudamos de uma casa para outra, andamos somente MEIO TOM. Todos os instrumentos (ocidentais) e vozes trabalham nesse sistema métrico, andando de meio em meio tom, isso se chama cromatismo.

Agora, sabendo que o intervalo é o quanto precisamos andar para chegar de uma nota a outra, vamos definir os intervalos que existem nas sete notas musicais. Vamos dar um exemplo utilizando a nota DÓ como a primeira nota, assim vamos chamá-la de TÔNICA. Em seguida, vamos contar quantas notas levamos para chegar até as demais, e nessa conta, vamos incluir o mesmo dó. Veja:

Agora é a sua vez. Consegue encontrar a sexta de DÓ? Se estiver com dúvidas, pode olhar no esquema abaixo!

Qual o intervalo entre o DÓ e o RÉ?🡺Contamos o Dó e o Ré. São duas notas,

então o intervalo é de 2ª.Qual o intervalo entre o DÓ e o MI?

Contamos o DÓ, o RÉ e o MI. São três notas, então o intervalo é de 3ª. Qual o intervalo entre o DÓ e o SOL?

🡺Contamos: DÓ, RÉ, MI, FÁ e SOL. São 5 notas, então o intervalo é de 5 ª.

Hora do intervalo!!!

MI

SOL

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Essa regra se aplica para qualquer nota, em qualquer tonalidade. Podemos começar definindo a nota FÁ como TÔNICA e então contar, mas não se esqueça de incluir o próprio fá na conta: FÁ, SOL, LÁ, SI e DÓ. Logo, temos que a terceira nota depois de FÁ é LÁ e a quinta de FÁ é a nota DÓ.

Existe um intervalo diferente quando chegamos na sétima nota, qual será a próxima nota? Se você falou que a oitava nota é igual a primeira acertou em cheio! A nota será a mesma, porém ela será uma oitava acima, ou seja; será a mesma nota que a primeira só que mais aguda, veja só no piano!

Outro elemento importantíssimo para a música e presente na partitura é a Armadura de Clave, que não a prepara para a guerra, mas mostra para o músico qual o tom em que a música está sendo tocada, como o Dó Maior, por exemplo. Na Armadura de Clave são escritos os sustenidos (“jogos da velha” ou “hashtags”) e bemó is (um b meio esquisito) que orientarão toda a música.

Sempre que vir um sustenido (#), pode saber que a nota tocada será um pouco mais alta (mais aguda), mas se vir um bemol ( 🡺) saiba que a nota será um pouco mais grave. Dependendo da harmonia, algumas notas deverão ser elevadas (sustenido) ou abaixadas (bemó is). Por exemplo, uma música em Ré Maior terá necessariamente o Fá# e o Dó#, e as demais serão normais, ou naturais. Já uma música em Lá Bemol Maior terá o Sí🡺, o Mi🡺, o Lá🡺 e o Ré🡺. Isso é o que chamamos de notas acidentadas e o sustenido e o bemol são os acidentes.

Este é o momento de lembrar dos tons e semitons, pois o sustenido aumenta o som em 1 semitom, enquanto o bemol abaixa o som também em 1 semitom. Por isso, no piano, normalmente as teclas pretas são os sustenidos e bemóis.

Às vezes, ao criar uma música, o compositor pode intencionalmente adicionar um acidente em uma nota diferente do que já está registrado na armadura de clave e para isso basta adicionar o símbolo # ou , como preferir, para formar a harmonia desejada. Há ainda a possibilidade de cancelar um acidente determinado pela armadura de clave e voltar a tornar a nota natural.

Para isso acrescenta-se outro símbolo,

o bequadro ( )

Veja como são as armaduras de clave dos diferentes tons utilizados nas composições:

Observe que o primeiro DÓ foi colocado num azul mais escuro e depois de passarmos por todas as sete notas chegamos novamente no DÓ, porém em um azul mais claro. Na música é da mesma forma, o DÓ azul escuro é mais grave que o DÓ azul claro, isso está relacionado com o conceito de altura da nota que vimos anteriormente! Assim esse intervalo é chamado de oitava.

Pronto para a guerra! SQN!

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Em alguns casos os acidentes “brincam” com a gente e podem dar nomes diferentes às mesmas notas. Quando eu aumento o DÓ em um semitom (sustenido) ou abaixo o RÉ em um semitom (bemol) chego exatamente na mesma nota em ambos os casos, logo o DÓ e o RÉ são precisamente a mesma nota. O ideal é reparar no que está acontecendo com a harmonia. Se

is, damos preferência a utilizar o RÉ neste caso.

Observe neste desenho as cores de cada nota. No violão, você observará notas com um tom de azul mais escuro, isso se dá pois são notas mais graves. Outras notas terão a mesma cor, tanto no piano quanto no violão, isso mostra que elas têm a mesma altura, porém cada qual com seu timbre característico.

Agora que conhecemos a escala cromática e sabemos que cada intervalo tem MEIO TOM, vamos formar a escala de DÓ MAIOR. Toda escala maior seguirá uma mesma fórmula para sua construção. Fixamos a nota DÓ como TÔNICA e aplicamos a seguinte fórmula: TOM, TOM, MEIO TOM, TOM, TOM, TOM, MEIO TOM. As notas circuladas formam a escala de DÓ MAIOR.

O que chamamos de escala cromática é a sucessão de todas as notas, as naturais e as acidentadas, num total de 12 notas.

Vejam no piano e no violão o cromatismo que os instrumentos têm.

Montando a escala!

♯ ♭

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Vamos construir mais uma para fixar? Vamos definir agora a nota MI como tônica e aplicar a fórmula das escalas maiores: TOM, TOM, MEIO TOM, TOM, TOM, TOM, MEIO TOM. As notas circuladas formam a escala de MI MAIOR.

Uma das formas mais legais de se fazer música é através da orquestra! Esta é uma formação instrumental bem antiga, mas a orquestra sinfônica atual segue a formação estabelecida no final do século 18. Dependendo da peça a ser executada, pode ter mais de 100 instrumentistas, além de coro e até vozes solistas. UAU!

A orquestra é dividida em quatro naipes (famílias) de instrumentos, conforme a produção do som. São eles: cordas, madeiras, metais e percussões.

Isso é uma orquestra!

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Família das Cordas: É o maior grupo de instrumentos de uma orquestra. O violino, graças à sua versatilidade e alcance, é a principal voz da família e fica com a maior parte das melodias. Divide-se em duas seções, ou vozes: primeiros e segundos violinos. O spalla, o músico líder do naipe, sempre faz parte do grupo dos primeiros violinos. É o responsável por comandar a afinação dos demais instrumentos da orquestra e pode até comandá-la na ausência do maestro. Fazem parte dessa família: violino, viola, violoncelo e contrabaixo.

Família das Madeiras: Dão “cor” ao som da orquestra, ou seja, são fundamentais para preencher a harmonia do conjunto. A flauta, apesar de ser feita de metal, faz parte da família. Sua variação, o flautim (ou piccolo), apresenta o som mais agudo entre todos os instrumentos da orquestra. Fazem parte dessa família: clarinete, requinta, clarone, flauta, picollo, corne inglês, oboé, fagote e contrafagote.

Família dos Metais: Eles são os responsáveis pela avalanche sonora da orquestra, conferindo a dramaticidade e a grandiosidade que a obra pede em determinados momentos. A trompa e o trompete imprimem agilidade sonora, enquanto o trombone e a tuba soam de maneira majestosa. Fazem parte dessa família: trombone, trompete, trompa e tuba.

Família das Percussões: Além de ritmo, os instrumentos de percussão pontuam e destacam trechos da peça em execução, além de fazer a orquestra vibrar. Fazem parte dessa família instrumentos com altura indefinida, como triângulos, woodblock, matraca e bombo, e instrumentos com altura definida como tímpano, sinos, gongo, marimba, carrilhão, xilofone, glockenspiel, entre outros.

Outros instrumentos: Outros instrumentos como piano, teclados, celesta órgão, cravo, harpa e violão são de difícil classificação, pois às vezes têm características simultâneas de dois naipes, como o piano, que às vezes é classificado como percussão, às vezes como corda ou ainda pela maneira como o som é produzido, como a harpa e o violão, que são de corda, mas o som se faz por dedilhamento e não por fricção de um arco. Parece uma questão simples, mas na prática ainda há outras questões a serem resolvidas. Alguns instrumentos mais modernos, como o saxofone, não são incluídos na orquestra sinfônica tradicional por não fazerem parte dessa formação mais adotada.

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Quando utilizados junto com uma orquestra, eles aparecem mesmo separados dos demais naipes.

Outra forma muito comum são os conjuntos de câmara, que são pequenos grupos musicais, como duos, trios, quartetos, quintetos e assim por diante, até as orquestras de câmara, que podem chegar a 30 ou 40 músicos. O quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo) e o trio (piano, violino e violoncelo) são as formas mais comuns. Originalmente executada em salas de palácios ou, a partir de fins do século 18, em casas particulares, a música de câmara vem sendo apresentada em grandes auditórios desde o início do século passado, só conservando de câmara o nome.

Uma das partes mais importantes da orquestra é o maestro ou regente, pois ele conduz toda a orquestra. Nas orquestras antigas, esse papel era exercido pelo cravista ou pelo primeiro violinista, substituídos, no início do século passado, pelo maestro. Sua função vai muito além de coordenar os músicos e manter o andamento. É o regente quem pensa na música e faz a orquestra tocar de um ou outro modo, acentuando determinadas notas, definindo o que deve soar mais alto ou mais baixo etc., de acordo com sua interpretação pessoal. Cabe ao regente também a identidade expressiva do que está sendo tocado e o grau de envolvimento dos músicos na performance, desde os ensaios até as apresentações e gravações.

Agora é com você!

Com o conhecimento que adquirimos até aqui, já somos capazes de entender muito da leitura de partitura! Espero que você use esse conhecimento para louvar e engrandecer o nome de Deus, assim como diz o salmista: “Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!” (Salmo 15 0:6)

MARANATA!

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Referências:https://www.freepik.es/home

MED, Bohumil. Teoria da Música. 4ed. rev. e ampl. Brasília, DF: Musimed, 1996.

PRIOLLI, Maria Luísa de Mattos. Princípios Básicos da Música para a Juventude. 1. vol., 8 ed. rev. e melhorada. Rio de Janeiro: Editora Casa Oliveira de Música, 1968.

PRIOLLI, Maria Luísa de Mattos. Princípios Básicos da Música para a Juventude. 2. vol., 10 ed. rev. e melhorada. Rio de Janeiro: Editora Casa Oliveira de Música, 1980.

BENNET, Roy - Elementos Básicos da Música. Cadernos de Música da Universidade de Cambridge. Rio de Janeiro:Jorge Zahar, 1993.

BENNET, Roy - Instrumentos de Orquestra. Cadernos de música da Universidade de Cambridge. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988

BENNET, Roy - Uma Breve História da Música. Cadernos de música da Universidade de Cambridge. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986

BONA, Pasquale; Método Completo de Divisão Musical. São Paulo: Ricordi, s.d.

CARDOSO, Belmira; MASCARENHAS, Mário. Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo. 1.v. 12.ed. São Paulo: Irmãos Vitale, 1973

LACERDA, Osvaldo. Curso Preparatório de Solfejo e Ditado Musical. 6.ed. São Paulo: Ricordi Brasileira, 1964.

Necessário acompanhamento de Instrutor Músico!1. Qual a definição de música básica?2. Explicar o que é harmonia, melodia e ritmo.3. O que é Clave? Escrever uma escala completa (de Dó a

Dó, por exemplo) nas claves de Sol, Fá e Dó.4. Definir o que é timbre, altura, duração e intensidade de

um som.5. Saber o que significa a palavra “Intervalo” na música.

Explique o seguinte.a) Um intervalo de meio tomb) Um intervalo de um tomc) Um intervalo de uma terçad) Um intervalo de uma quintae) Um intervalo de uma oitava6. Conhecer os tons e semitons naturais. Com auxílio de

uma partitura, ser capaz de reconhecer as notas de um verso ou coro de um hino da sua igreja.

7. Definir o que é uma orquestra e citar, pelo menos, 2 instrumentos de cada classe de instrumentos usados em uma orquestra (Cordas, madeiras, metais, percurssão e teclas).

8. Tocar ou cantar, com ou sem auxílio de partitura, um hino da sua igreja ou música sacra e apresentar satisfatoriamente para um grupo de pessoas.

9. Fazer um resumo bibliográfico de um famoso compositor de hinos e apresente em forma de palestra para um grupo de pessoas.

Requisitosacompanhe seu desenvolvimento

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