há vida no ocenao

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Há vida no Oceano Escreveram e Ilustraram Alunos do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja

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Projeto desenvolvido pelas Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja (Oliveira de Azeméis). Este contou com a participação de todos os níveis de ensino e docentes de diferentes grupos discuplinares deste Agrupamento. Ano letivo 2011/12

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Page 1: Há Vida no Ocenao

Há vida no Oceano Escreveram e Ilustraram

Alunos do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja

Page 2: Há Vida no Ocenao
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TÍTULO

Há vida no oceano

TEXTO

Alunos do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja

(4.º ano—2011/2012)

ILUSTRAÇÕES

Alunos do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja

(Educação Pré-escolar—2011/2012)

CAPA E CONTRACAPA

Alunos do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja

(2.º Ciclo—2011/2012)

COORDENAÇÃO

Bibliotecas Escolares

Agrupamento de Escolas Bento Carqueja

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Agrupamento de Escolas Bento Carqueja

ANO

2012

Page 4: Há Vida no Ocenao

Há vida no Oceano Alunos do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja

Page 5: Há Vida no Ocenao

No tempo em que a Humanidade andava muito ocupada e bastante distraí-

da, um grupo de jovens cientistas e investigadores ocupava-se com a proteção

da Natureza.

Esse grupo tinha o nome de “CPN” (Clube dos Protetores da Natureza). Nes-

se grupo estavam o João, o Ricardo, a Marta e a Carolina. Estes quatro amigos

interessavam-se, particularmente, pelo oceano. Saíam várias vezes no seu bar-

co a motor para seguir algumas espécies marinhas, principalmente aquelas que

estavam ameaçadas pela poluição dos mares.

Numa dessas missões, chegados a alto mar, o barco dos quatro amigos pa-

rou inexplicadamente. Intrigados com o sucedido, pois o computador de bordo

não indicava qualquer avaria, tentaram comunicar com os colegas que ficaram

em terra. Mas, nenhum sinal!

Marta e Carolina vieram ao convés e nem queriam acreditar no que viam…

Ao redor do barco estavam cardumes de peixes, a perder de vista, liderados

por um golfinho e por uma baleia branca.

A baleia branca e o golfinho falavam, e disseram à Marta e à Carolina que,

devido a uma fuga num petroleiro, o mar estava a ser poluído.

- Já estamos fartos disto! – disse o golfinho com ar de quem não estava sa-

tisfeito.

- Vocês humanos deviam ter mais cuidado! – acrescentou a baleia.

Como estavam em alto mar, as meninas não podiam fazer coisas muito ar-

riscadas que as pusessem em perigo. Pensaram, pensaram até que surgiu uma

ideia vinda da Marta.

- Vamos mergulhar no mar, assim pode ser que os peixes nos sigam.

A Marta e a Carolina chamaram os seus amigos e contaram o que se estava

a passar.

Todos juntos vestiram os seus fatos de mergulho e mergulharam pelas pro-

fundezas daquele oceano. De imediato os peixes, o golfinho e a baleia branca

começaram a segui-los.

Page 6: Há Vida no Ocenao

Os jovens preocupados, levaram todos para bem longe do local poluído, para que não fossem mais prejudicados por toda aquela poluição.

Enquanto mergulhavam cada um destes jovens começaram a recordar a razão de tanto gostarem do oceano. O Ricardo por sua vez recor-

dou todas as aventuras que outrora o seu avô viveu no mar, na terra da Lenda das Sete Cidades. A Marta e a Carolina, além de serem grandes

amigas, são irmãs e partilham o gosto dos seus pais, que também são biólogos. O João desde pequeno tem a curiosidade pelas espécies maríti-

mas e gostava de explorar mais as existentes no oceano.

Satisfeitos por terem conseguido salvar estas espécies que podiam ter morrido, decidiram fazer alguma mais por elas.

Ao regressarem ao seu barco, passava perto deles um barco da polícia marítima, aos quais informaram o sucedido e estes por sua vez comu-

nicaram à capitania, para que tais situações não se repetissem e pudessem ser resolvidas.

No entanto, quando regressaram a terra reuniram-se todos (CPN, a polícia Marítima e o Ministério do Ambiente) para pensarem no que po-

diam fazer por todas as espécies marinhas ameaçadas e pelo Homem.

- Talvez consigamos desenvolver uma bactéria que se alimente do crude? – disse a Carolina.

- É isso e assim limpe todo o oceano e praias! – acrescentou a Marta.

- O melhor seria desenvolverem outra forma dos humanos deixarem de utilizar estes combustíveis fósseis que poluem o planeta e com estes

desastres ecológicos destruirão o planeta Terra! – retorquiu o João.

- Embora a poluição da água possa ser acidental, a maior parte das vezes tanto a poluição no mar como em terra depende de todos nós! –

comentou o Dr. Pedro (pai da Carolina e da Marta).

Page 7: Há Vida no Ocenao

O Dr. Fagundes, chefe da Polícia Marítima, interrompeu:

- Muito bem, meus senhores, muito bonito o discurso mas eu

penso que a menina Carolina é que tem razão. Vamos desenvolver

essa tal bactéria!

- A bactéria podia ter um produto que ajudasse todos os ani-

mais marinhos. - exclamou a Drª Helena, mãe da Marta e da Caroli-

na.

O Sr. Francisco, pai do João, do Ministério do Ambiente, achou

boa ideia. Dr. Pedro anuiu.

Então, o CPN (Clube dos Protetores da Natureza), a PM (Polícia

Marítima) e o MA (Ministério do Ambiente), assinaram um proto-

colo onde se comprometiam a colaborar para resolver este proble-

ma tão grave.

O pai do João, que trabalhava para o Ministério do Ambiente,

avisou:

- Com a crise económica não sei se iremos conseguir comprar o

material necessário para criar a bactéria.

- Não podia contactar o Primeiro Ministro? - questionou o Dr.

Fagundes.

- Talvez... - respondeu o Sr. Francisco, renitente.

A Drª Helena adiantou:

- Marca uma reunião! Tenho a certeza que ele vai ser sensível

ao problema.

-Talvez pudéssemos também falar com algumas empresas pe-

trolíferas. Certamente se mostrarão interessadas em desenvolver a

bactéria.- disse o Sr. Francisco com ar pensativo.

- Sim…Sim- concordou o Dr. Fagundes- Sempre que há derrame

de crude, as multas aplicadas às empresas não são nada suaves.

Entusiasmada com a ideia que de repente ganhava forma a Dr.

Helena acrescentou:

- Entretanto vou falar com alguns colegas, que trabalham em la-

boratórios….talvez possam ajudar-nos!

Depois de distribuídas as tarefas, colocaram mãos à obra com

empenho e entusiasmo.

Após alguns dias de espera, devido à agenda preenchida do Pri-

meiro Ministro, foram recebidos por ele no Palácio de Belém. Este,

ficou bastante impressionado com a ideia dos elementos do Clube

dos Protetores da Natureza, resolvendo ajudá-los, começando por

uma campanha de sensibilização “Para os animais ajudar…. nesta

campanha deveremos participar”.

Page 8: Há Vida no Ocenao

A ideia foi genial! Marta, elemento do CPN, sugeriu que a

campanha tivesse outro slogan ”Para o mar salvar… a poluição

deve acabar”.

Porém, Ricardo pediu uma explicação à Marta. Ela explicou

que devemos preocuparmo-nos, não só com os animais mari-

nhos, mas sim com o mar, pois se ele desaparecer não há vida

nele e, alem disso, as pessoas ficam tristes por não poderem

nadar, mergulhar,…

A Marta foi convincente e todos concordaram com a publica-

ção dos slogans.

O João lembrou-se que o tema do projeto Eco escolas é o

mar e podiam fazer um concurso intitulado ”Recicla resíduos do

mar em material escolar”. A informação circulará por e-mail pa-

ra todas as escolas.

Organizar o concurso nas férias de Natal era a prioridade dos

jovens. Encontraram-se numa tarde em casa de Marta e Caroli-

na e, bem dispostos, iniciaram o seu trabalho. Definiram objeti-

vos: “Salvar o mar”, ”Utilizar resíduos” e ” Ser criativo”.

O júri constituído por um biólogo, primeiro ministro e minis-

tra do ambiente, fará a avaliação dos trabalhos elegendo os me-

lhores.

Em janeiro o concurso decorrerá. O primeiro ministro apoia-

rá a comercialização da nova coleção de materiais escolares e

os fundos angariados servirão para criar a bactéria.

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As escolas ficaram todas muito entusiasmadas e aderiram com muito interessa ao projecto. Contudo, surgiu um problema que tinha a ver

com a forma como é que os resíduos chegariam às escolas. Os professores das várias escolas fizeram uma reunião para tentar resolver o proble-

ma e decidiram ir falar com a CPN. Este clube teve a ideia de pedir a colaboração dos pescadores. No dia seguinte marcaram uma reunião com

eles e fizeram-lhes a proposta. Os pescadores ficaram muito felizes pelo convite e por participarem em tão grandioso projeto. Na realidade o

mar é o seu único meio de subsistência.

Durante uma semana os pescadores fizeram essa recolha de resíduos e ficaram muito assustados porque, quando deram conta, já tinham um

armazém enorme, cheio desses mesmos resíduos. O representante dos pescadores foi de imediato falar com a Marta a contar-lhe o que tinha

sucedido. A Marta reunião com todos os elementos do CPN e resolveram falar com o júri do concurso sobre o que estava a acontecer e propor

que o concurso passasse a ser a nível nacional.

O primeiro ministro ficou entusiasmadíssimo, mandou alterar o concurso e fazer uma divulgação em todos os telejornais, para que todas as

escolas do país concorressem. Nesse mesmo dia as empresas de transportes telefonaram para as várias cadeias de televisão a oferecerem-se pa-

ra levar os resíduos às escolas. Estava lançado um desafio de uma dimensão inimaginável.

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Houve uma grande adesão por parte das escolas, a nível nacional. A todas elas foi enviado o

regulamento do concurso. Constava no mesmo, que todos os trabalhos seriam expostos num es-

paço público (a dar conhecimento posteriormente) no dia cinco de junho, por ocasião do Dia Mun-

dial do Ambiente e que o trabalho vencedor iria registar a patente.

Foram-se realizando debates e palestras pelas escolas, a fim de alertar para uma alteração do

comportamento em relação ao ambiente e proteção da natureza. Desses debates surgiram tam-

bém sugestões muito interessantes de como cada escola iria reciclar os resíduos recebidos.

Nas aulas de expressão plástica, os alunos começaram por fazer protótipos de mesas, cadeiras,

contentores, papeleiras e porta lápis com um design inovador e funcional. O Fradique, aluno do

Agrupamento Bento Carqueja, sugeriu que da reciclagem do plástico poder-se-ia fazer blocos lógi-

cos, barrinhas cuisenaire, dominós, geoplanos, sólidos geométricos e outro material para traba-

lhar a Matemática. Com os bocados de madeira seriam construídas as maletas para este material.

Como esta, surgiram outras ideias muito criativas para serem concretizadas.

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E enquanto este trabalho decorria, os elementos do CPN elabora-

ram vários cartazes, que espalharam por locais públicos, a lembrar a

importância do mar para todos os seres vivos e para a vida do planeta,

alertando para a sua preservação.

Todos trabalhavam arduamente e os elementos do CPN não eram

exceção. E foi numa das reuniões em que estavam a preparar o dia da

exposição que a Marta teve uma ideia:

- Como todos sabemos, esta campanha está a ser um sucesso, e a

publicidade nos meios de comunicação social teve um grande papel na

sua divulgação, por isso lembrei-me de fazermos um hino da campanha

para que possa “andar na boca de todos” e passar assim a mensagem,

de uma forma descontraída e divertida.

- Bem visto - concordou a Carolina - as músicas transmitem muitos

ensinamentos e além disso ficará no ouvido de todos, mesmo após a

campanha terminar.

Deitaram mãos à obra e puderam contar com a ajuda das professo-

ras de Educação Musical que fizeram uma música bem alegre para

acompanhar a letra:

“Há vida no oceano”

O oceano procura

Uma forma de sobreviver

Mas se não colaborarmos

Isso não irá acontecer

O mar não pode ser poluído

Como muita gente faz

Ele está a ser destruído

- Deixem as várias espécies em paz!

Com as ondas ele vai cantar

E acompanhar as algas a dançar

Os peixes ele quer aconchegar

Se o Homem não o incomodar

O dinheiro e a riqueza

Nunca vão poder comprar

O que temos de mais belo

Mas que pode acabar

Todos ficaram contentes com o resultado e estavam ansiosos pelo

dia da exposição.

Até que finalmente chegou o grande dia…

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No dia cinco de junho, dia anteriormente agendado para a exposição, havia uma grande azáfama junto ao Parque das Nações na cidade de

Lisboa, local escolhido por todos os participantes para a realização da mesma.

Esta exposição andava a ser noticiada em todas as redes sociais o que deixava Marta, Carolina, Ricardo e João verdadeiramente entusiasma-

dos e expectantes sobre o resultado do concurso.

Na porta do local do evento estava afixado o programa sobre as atividades que iam decorrer durante o dia, como forma de atrair pessoas a

participar e de mostrar a importância de uma água isenta de poluição para a prática de desportos náuticos.

Marta, Carolina, Ricardo e João, eufóricos com todas as atividades foram os primeiros a inscrever-se na canoagem. Até o ministro do ambien-

te quis participar na canoagem mostrando os seus dotes desportistas.

Ao local do evento afluíam centenas de pessoas no intuito de observarem os trabalhos expostos, participarem nas atividades propostas e vo-

tarem no potencial vencedor.

À medida que o dia avançava, os quatro amigos, mostravam-se mais excitados com a possibilidade da sua escola poder ser a vencedora. To-

dos se tinham empenhado bastante na execução de um eco-trabalho.

E eis chegado o momento mais solene do dia. O primeiro-ministro, o ministro do ambiente e um biólogo sobem ao palco para anunciar o

vencedor. Neste momento, todas as pessoas implicadas neste projeto cantam o hino como forma de relembrar a importância de preservar o

ambiente marinho.

O momento tão ansiosamente esperado chega. O Primeiro ministro retira do saco o bilhete com o nome da escola vencedora e diz:

- A escola vencedora é...

Page 13: Há Vida no Ocenao

Então uma salva de palmas entoou pelo recin-

to, enquanto era possível ver nos rostos das cri-

anças um misto de alegria e de tristeza. Alegria,

porque todas as escolas tinham uma relação de

amizade e reconheciam o trabalho demonstrado

por todos, mas uma tristeza momentânea por-

que todos aspiravam ao prémio. Enquanto se vi-

via este turbilhão de emoções o Primeiro Minis-

tro chamou ao palco o representante da escola

para receber o prémio e discursar.

Então o representante da escola agradeceu o

prémio e disse:

- O segredo do nosso trabalho passou pelo

empenho de todos e também pela simplicidade

das nossas ideias e ações. Se queremos proteger

o meio ambiente devemos começar pelo que es-

tá ao nosso alcance e só depois então pensar em

chegar mais longe.

Foi a vez do biólogo fazer o seu discurso:

- Antes de mais queria agradecer a presença

de todos pois sem vocês esta exposição não teria

sido um sucesso. Aproveito também para comu-

nicar que conseguimos juntar o dinheiro neces-

sário para construir a bactéria.

Os membros do CPN gritaram de alegria:

- E isto é só o princípio da luta contra a polui-

ção!

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