DEZ TOQUES PARA A SABEDORIA

Há dentro de nós um espaço de luz, ocupado por Deus que mora em nós. Esta área é intocável. Não foi contaminada pelo pecado de Adão. Esta área de luz, ou seja, a presença divina em nós pode curar todo o nosso ser, libertar-nos de todas

as prisões. A alma é território do divino.

Nossas dificuldades não são boas nem más. Tudo depende da atitude que tomamos diante delas. Podemos transformar o mal em bem, o inimigo em

amigo, o amargo em doce, as feridas em oportunidades de crescimento, e vice e versa.

A força do inconsciente vem do Criador. Somos imagem de Deus. Nosso inconsciente quer e tudo faz para nos libertar do mal, quer destruir o mal e

reforçar a luz, o bem, a verdade que está em nós.

Não somos obrigados a ser dependentes de vícios, paixões, sentimentos e emoções. Nossa liberdade de escolha, nossa capacidade de decisão e de opção,

com a ajuda da graça de Deus nos confere a possibilidade de libertação.

A nossa alma, nosso espírito, nossa força interior, portanto nossa espiritualidade comandada pelo poder da fé são capazes de fazer-nos felizes, realizados, alegres, positivos. Não é preciso depender dos prazeres, emoções,

paixões, porque o lado espiritual é mais forte.

Ninguém é vítima do destino, nem obrigado a depender das influencias espirituais, psicológicas, morais do passado. Pela fé, pelo perdão, pelo amor, pela oração podemos cortar as influências do passado e até das gerações.

Podemos ser recriados, regenerados e adquirir uma nova identidade, um novo ser, viver outro estilo de vida, pela força da graça.

Cada pessoa é reflexo da beleza, da sabedoria, do amor de Deus que está em todas as criaturas. É o amor que move o mundo. Os amados mudam. Os

amados amam. Nossa realidade última é o amor do Criador. Deus é o centro do homem e o homem é o centro de Deus. Existimos porque somos amados. Não

devemos ter olhar de urubu, mas, de garimpeiro. Somos a alegria de Deus.

Somos únicos, originais, ou seja, eu não sou o meu pai, eu não sou minha mãe. Eu sou eu. Deus me ama, Deus cuida de mim e me aceita como eu sou. Eu não

sou os outros. Eu sou eu mesmo, existo para os outros e pertenço a Deus. Precisamos aceitar e respeitar nossa identidade, nossa originalidade.

O mal está sempre em segundo lugar. O primeiro lugar é do bem. O mal será derrotado. O bem vence e vencerá. O reino do bem é mais forte que o império do

mal. O amor, a verdade, a justiça, a luz, o bem vencerão. Não morrem.

Não devemos parar de lutar, pelo contrário, é possível recomeçar e remar contra corrente, ir além, superar-se. Faz bem a gente repetir com convicção: sou sábio,

sou sadio, sou confiante, sou feliz. Ainda mais: posso ser santo. Há em nós a tendência para a animalidade e para a santidade. Reforcemos a santidade com a

força da alma, da fé em Deus e a convicção da eternidade gloriosa e feliz.

Texto - Dom Orlando BrandesArcebispo de LondrinaFolha de Londrina, 8 de novembro de 2014Recebido por e-mail de: Ir. Zuleides Andrade, ASCJComunicação para a pastoralhttp://www.apostolas-pr.org.br

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Música - Esta entre nós – J. Antonio - Sax

Formatação - Graziela