guia prÁtico - doença

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Manual de

GUIA PRTICOSUBSDIO DE DOENAINSTITUTO DA SEGURANA SOCIAL, I.P

ISS, I.P. Departamento/Gabinete

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Guia Prtico Subsdio de Doena

FICHA TCNICA

TTULO Guia Prtico Subsdio de Doena (5001 v4.17)

PROPRIEDADE Instituto da Segurana Social, I.P.

AUTOR Instituto da Segurana Social, I.P.

PAGINAO Gabinete de Comunicao

CONTACTOS Telefone: 808 266 266 (n. azul), dias teis das 08h00 s 20h00. Estrangeiro: (+351) 272 345 313 Site: www.seg-social.pt, consulte a Segurana Social Directa.

DATA DE PUBLICAO Fevereiro 2011

ISS, I.P.

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Guia Prtico Subsdio de Doena

NDICE A O que ? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4 B1 Quem tem direito? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4 B2 Qual a relao desta prestao com outras que j recebo ou posso vir a receber? ----------------------- 7 C Como posso pedir? C1 Que formulrios e documentos tenho de entregar? -------------------------------- 7 D Como funciona esta prestao? D1 Quanto e quando vou receber? ----------------------------------------11 D2 Como posso receber? -----------------------------------------------------------------------------------------------------14 D3 Quais as minhas obrigaes? -------------------------------------------------------------------------------------------15 D4 Por que razes termina?--------------------------------------------------------------------------------------------------16 E Outra Informao. E1 Legislao Aplicvel -------------------------------------------------------------------------17 E2 Glossrio ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------18 Perguntas Frequentes ------------------------------------------------------------------------------------------------------------19

A informao contida neste guia prtico no dispensa a consulta da lei.

ISS, I.P.

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Guia Prtico Subsdio de Doena

A O que ?

um apoio pago em dinheiro para compensar a perda de rendimentos do trabalhador que no pode trabalhar temporariamente por estar doente.

B1 Quem tem direito?

Quem tem direito ao subsdio de doena Quem no tem direito ao subsdio de doena Quais as condies necessrias para ter acesso ao subsdio de doena Qual o prazo de garantia Qual o ndice de profissionalidade O que conta para o ndice de profissionalidade

Quem tem direito ao subsdio de doena? Trabalhadores por conta de outrem (a contrato) a descontar para a Segurana Social, incluindo os trabalhadores do servio domstico. Trabalhadores independentes (a recibo verdes ou empresrios em nome individual), desde que at 31 de Dezembro de 2010 estivessem no esquema de proteco alargado.

Nota: A partir de 1 Janeiro de 2011, todos os beneficirios abrangidos pelo regime de segurana social dos trabalhadores independentes passam a estar abrangidos na proteco na doena. No entanto, os beneficirios que estavam abrangidos pelo esquema obrigatrio tm de estar seis meses inscritos e com descontos efectivos no novo regime para terem direito ao subsdio de doena. Assim, os beneficirios que estavam abrangidos pelo esquema obrigatrio em Dezembro de 2010, s tm direito ao subsdio de doena se a data do incio da incapacidade ocorrer a partir de Julho de 2011. Beneficirios do Seguro Social Voluntrio que: o Trabalhem em navios de empresas estrangeiras (trabalhadores martimos e vigias nacionais) o Sejam bolseiros de investigao cientfica

Beneficirios a receberem indemnizaes por acidente de trabalho ou doena profissional que estejam a trabalhar e a fazer descontos para a Segurana Social e desde que o valor da indemnizao seja inferior ao subsdio de doena (O subsdio de doena igual diferena entre o valor do subsdio e o valor da indemnizao).

Beneficirios a receberem penses por acidente de trabalho ou doena profissional desde que estejam a trabalhar e a fazer descontos para a Segurana Social.

ISS, I.P.

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Beneficirios a receberem penses com natureza indemnizatria desde que estejam a trabalhar e a fazer descontos para a Segurana Social. Beneficirios em situao de pr-reforma que estejam a trabalhar e a fazer descontos para a Segurana Social. Trabalhadores no domcilio, que at 31 de Dezembro de 2010 tivessem optado pelo esquema de proteco alargado.

Nota: A partir de 1 Janeiro de 2011, todos os trabalhadores no domiclio passam a estar abrangidos pela proteco na doena. No entanto, os beneficirios que estavam abrangidos pelo esquema obrigatrio tm de estar seis meses inscritos e com descontos efectivos no novo regime para terem direito ao subsdio de doena. Assim, os beneficirios que estavam abrangidos pelo esquema obrigatrio em Dezembro de 2010, s tm direito ao subsdio de doena se a data do incio da incapacidade ocorrer a partir de Julho de 2011.

Quem no tem direito ao subsdio de doena? Trabalhadores na pr-reforma que no trabalhem nem descontem para a Segurana Social Pensionistas a receber Penso de Velhice ou Penso de Invalidez Quem estiver a receber Subsdio de Desemprego ou Subsdio Social de Desemprego

Quais as condies necessrias para ter acesso ao subsdio de doena? 1. Ter um Certificado de Incapacidade Temporria (CIT) para o trabalho passado pelo mdico do Servio Nacional de Sade (baixa).

2. Ter os descontos para a Segurana Social em dia at ao fim do 3. imediatamente anterior quele em que teve incio a incapacidade, se for trabalhador independente (a recibos verdes ou empresrio em nome individual) ou estiver abrangido pelo seguro social voluntrio.

Nota: A situao contributiva irregular determina a suspenso do pagamento do subsdio de doena a partir da data em que o mesmo devido. Porm, o beneficirio readquire o direito ao subsdio desde que regularize a situao contributiva nos 3 meses subsequentes ao ms em que tenha ocorrido a suspenso. Se a situao contributiva no for regularizada no referido prazo, o beneficirio perde o direito s prestaes suspensas. Caso regularize a situao contributiva fora do prazo, mas dentro do perodo de concesso do subsdio, retoma o direito ao subsdio a partir do dia seguinte quele em que ocorra a regularizao da situao contributiva.

3. Cumprir o prazo de garantia.

ISS, I.P.

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4. Cumprir o ndice de profissionalidade (esta condio no se aplica aos trabalhadores independentes e aos trabalhadores martimos.) Importante 1: Os trabalhadores por conta de outrem (contrato) para terem direito ao subsdio de doena, para alm de terem de apresentar o Certificado de Incapacidade Temporria para o trabalho (CIT), tem de ter cumprido em simultneo o prazo de garantia profissionalidade. e o ndice de

Qual o prazo de garantia? Para ter direito ao subsdio de doena, no dia em que deixa de trabalhar por doena, tem de ter trabalhado e descontado durante seis meses (seguidos ou no) para a Segurana Social ou outro sistema de proteco social que assegura um subsdio em caso de doena.

Nota: Os beneficirios que descontam pela primeira vez para a Segurana Social, tm de ter seis meses efectivos de descontos ou seja, se a data do incio da incapacidade ocorrer no 6. ms de descontos, o beneficirio no tem direito ao subsdio de doena. Se o beneficirio tiver seis meses seguidos sem descontos ou se tiver esgotado o perodo mximo de concesso do subsdio de doena, necessrio que cumpra novo prazo de garantia (descontar novamente durante 6 meses, seguidos ou no) para voltar a ter direito ao subsdio de doena. O novo prazo de garantia comea a contar a partir da data em que ocorra um novo desconto.

Qual o ndice de profissionalidade? Para ter direito ao subsdio de doena tem de ter trabalhado pelo menos 12 dias nos primeiros quatro meses dos ltimos seis. Estes seis meses incluem o ms em que deixa de trabalhar por doena. Os 12 dias de trabalho podem verificar-se num s ms ou resultarem da soma dos dias de trabalho ocorridos durante os 4 meses imediatamente anteriores ao ms que antecede o da data de incio da baixa.

Nota: Se o beneficirio tiver uma nova incapacidade e se no tiverem decorrido 60 dias desde o fim da baixa anterior, no precisa de trabalhar 12 dias para ter direito a novo subsdio de doena.

O que conta para o ndice de profissionalidade? Dias de trabalho Dias de baixa (se esta tiver comeado nos 60 dias a seguir ao final da baixa anterior). Dias em que esteve a receber subsdio por proteco na parentalidade, no mbito da eventualidade de maternidade, paternidade e adopo do sistema previdencial.

ISS, I.P.

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B2 Qual a relao desta prestao com outras que j recebo ou posso vir a receber?

No pode acumular com Pode acumular com Outros produtos relevantes

No pode acumular com: Penso de Invalidez Penso de Velhice Subsdio de Desemprego Subsdio Social de Desemprego Subsdios por proteco na parentalidade, na eventualidade de maternidade, paternidade e adopo, no mbito do sistema previdencial e do subsistema de solidariedade. Prestaes do subsistema de solidarieade, com excepo do rendimento social de insero.

Pode acumular com: Prestao compensatria dos subsdios de frias e natal Rendimento social de insero

Outros produtos relevantes Subsdio de Doena por Tuberculose - em caso de tuberculose.

Doena Profissional - certificao em caso de doena profissional.

Subsdio parental, parental alargado, por adopo, para assistncia a filho com deficincia ou doena crnica - em caso de doena do beneficirio, a concesso destes subsdios pode ser suspensa e atribudo o subsdio de doena, desde que haja comunicao segurana social e apresentao de certificao mdica.

Subsdio parental inicial e por adopo em caso de internamento do progenitor ou da criana, a concesso destes subsdios pode ser suspensa e atribudo o subsdio de doena ou o subsdio por assistncia a menores doentes, consoante o caso, desde que haja comunicao segurana social e apresentao de certificao do hospital.

C Como posso pedir? C1 Que formulrios e documentos tenho de entregar?Formulrios Documentos necessrios Quem pode passar o CIT

ISS, I.P.

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O que fazer com as 3 cpias do CIT Algumas situaes especficas At quando se pode pedir

Formulrios 141.10 - CIT Certificado de Incapacidade Temporria para o Trabalho por Doena (baixa) E115 Pedido de subsdio para os trabalhadores migrantes E116 Relatrio mdico RP5003 Requerimento de prestaes compensatrias (ver Prestaes compensatrias do subsdio de frias, Natal ou outros semelhantes) GIT37-DGSS -Declarao de Acidente - Subsdio de Doena

Documentos necessrios Certificado de Incapacidade Temporria para o Trabalho por Doena (CIT), que pode ser emitido pelos Servios de Sade electronicamente ou em papel. O Certificado de Incapacidade Temporria (CIT) o documento passado pelo mdico que, alm de confirmar a incapacidade do beneficirio e a natureza da doena, indica tambm se se trata de uma baixa inicial (incio da incapacidade) ou de uma prorrogao (prolongamento) da baixa.

Quem pode passar o CIT Centros de Sade do Servio Nacional de Sade Hospitais (excepto servios de urgncia) Servios de atendimento permanente (SAP) Servios de preveno e tratamento da toxicodependncia

O que fazer com as trs cpias do CIT O original em papel, depois de autenticado pelos servios de sade, enviado pelo beneficirio para a Segurana Social. No caso de emisso electrnica, o CIT enviado pelos servios de sade Segurana Social. O duplicado fica com o beneficirio, como prova da situao de incapacidade e para ser apresentado nos servios de sade, se precisar de prolongar a baixa. O triplicado entregue pelo beneficirio aos seus empregadores, para justificar a baixa.

Nota: Os Certificados de Incapacidade enviados (electronicamente) pelos Centros de Sade para os Centros Distritais, s dada uma via ao beneficirio para este a entregar entidade empregadora. Assim, caso o beneficirio queira ficar com um comprovativo do CIT pode fazer uma cpia.

ISS, I.P.

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Algumas situaes especficas Se ficou doente fora de Portugal

Num pas que no pertence Unio Europeia ou Islndia, Noruega, Listenstaina e Sua O certificado de doena tem de ser autenticado pelos servios consulares portugueses ou seguir um modelo que seja vlido tambm em Portugal (definido por legislao internacional).

Num pas da Unio Europeia, Islndia, Noruega, Listenstaina e Sua No caso da doena ocorrer durante uma curta estada noutro Estado-Membro O trabalhador deve pedir ao mdico do servio de sade que passe um certificado comprovativo da sua incapacidade para o trabalho com indicao da sua durao provvel. O trabalhador deve enviar esse certificado, directamente, ao Centro Distrital com indicao do n NISS, no prazo de cinco dias teis a contar do incio da incapacidade para o trabalho. O trabalhador deve tambm comunicar, imediatamente, a baixa por doena entidade patronal. Em caso de estada prolongada/ residncia noutro Estado-Membro, o servio de sade faz o acompanhamento e o controlo da incapacidade para o trabalho e transmite a informao directamente ao Centro Distrital em Portugal.

Num pas com o qual existe uma Conveno/ Acordo bilateral que regula a concesso de subsdio de doena (Brasil, Cabo Verde, Marrocos, Tunsia)

O trabalhador deve contactar o servio de sade que comprova a sua incapacidade para o trabalho e faz o controlo das baixas. Deve indicar o n NISS da segurana social portuguesa para que a instituio de segurana social do pas em causa transmita os atestados ao Centro Distrital em Portugal. Se trabalhador martimo e ficou doente a bordo dum navio (com uma bandeira que no seja de um pas que pertence Unio Europeia, ou da Noruega, Islndia, Listentaina e Sua ou de outro pas com o qual existe uma Conveno/ Acordo bilateral - Andorra, Argentina, Austrlia, Brasil, Cabo Verde, Canad (e Canad-Quebeque), Chile, Estados Unidos da Amrica, Marrocos, Reino Unido (Jersey, Guernesey, Alderney, Herm, Jethou e Man - Ilhas do Canal); Tunsia; Venezuela e Uruguai ) o empregador que tem de enviar o documento mdico que certifica a doena.

Se a incapacidade for resultante de acidente de trabalho Se for trabalhador por conta de outrem (a contrato) a descontar para a Segurana Social, incluindo os trabalhadores do servio domstico e ainda administradores,

ISS, I.P.

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directores e gerentes de empresas (quando remunerados), a responsabilidade pelo pagamento das indemnizaes da companhia de seguros, onde o empregador tenha os seus trabalhadores segurados. No caso da entidade empregadora no ter seguro, da sua responsabilidade o pagamento das respectivas indemnizaes aos trabalhadores.

Se for trabalhador independente (a recibos verdes ou empresrio em nome individual), a responsabilidade pelo pagamento das indemnizaes da companhia de seguros onde se encontre segurado.

Nota: A Segurana Social pode, provisoriamente, pagar subsdio de doena enquanto no se encontra reconhecida a responsabilidade de quem deve pagar a indemnizao. No entanto, logo que seja reconhecida a responsabilidade pelo pagamento da indemnizao ou esta seja paga, cessa o pagamento provisrio do subsdio e a segurana social tem direito ao reembolso do que pagou com o limite do valor da indemnizao. No caso de trabalhadores independentes, a concesso provisria do subsdio de doena depende da existncia de seguro vlido de acidentes de trabalho.

Ateno: Sempre que os beneficirios estejam a receber indemnizaes das companhias de seguros, por perda de rendimento de trabalho, durante o tempo que esto de baixa, devem ser enviadas Segurana Social as respectivas declaraes com o valor(es) recebido(s), para que se no verifiquem falhas no seu perodo contributivo.

Se a incapacidade foi resultante de acto da responsabilidade de terceiro (ex.: acidente de viao, atropelamento, agresso, etc.) A responsabilidade pelo pagamento da indemnizao ao beneficirio da pessoa causadora do acidente ou da companhia de seguros para a qual tenha transferido a responsabilidade do mesmo.

Nota:. A Segurana Social pode, provisoriamente, pagar subsdio de doena enquanto no se encontra reconhecida a responsabilidade de quem deve pagar a indemnizao. No entanto, logo que seja reconhecida a responsabilidade pelo pagamento da indemnizao ou esta seja paga, cessa o pagamento provisrio do subsdio e a segurana social tem direito ao reembolso do que pagou com o limite do valor da indemnizao.

ISS, I.P.

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Ateno: Os perodos de incapacidade por acto de responsabilidade de terceiro com direito a indemnizao consideram-se equivalentes entrada de contribuies, havendo lugar ao registo de remuneraes por equivalncia durante esses perodos.

At quando se pode pedir O CIT tem de ser enviado Segurana Social no prazo de 5 dias teis a contar da data em que passado pelos servios mdicos.

Nota: Caso o beneficirio entregue o CIT fora de prazo, no perde o direito ao subsdio de doena. No entanto, o subsdio s pago a partir da data em que o CIT foi enviado para os servios de segurana social e at ao final do perodo de incapacidade fixado no CIT, deduzido o perodo de espera. O perodo de espera para os trabalhadores por conta de outrem de trs dias, para os trabalhadores abrangidos pelo regime geral de segurana social dos trabalhadores independentes e regime de inscrio facultativa (inscritos martimos e bolseiros de investigao) de 30 dias.

D Como funciona esta prestao? D1 Quanto e quando vou receber?

Quanto se recebe? Como se calcula o valor do subsdio Durante quanto tempo se recebe? A partir de quando se tem direito a receber? Quando se recebe o primeiro pagamento?

Quanto se recebe? Depende da durao da doena.

Durao da doena At 90 dias De 91 a 365 dias Mais de 365 dias

Recebe 65% da remunerao de referncia 70% da remunerao de referncia 75% da remunerao de referncia

Nota: Em caso de tuberculose, recebe outros valores.

No mnimo recebe: 4,19 por dia (30% do valor dirio do Indexante dos Apoios Sociais - IAS - fixado para 2010) ou 100% da remunerao de referncia lquida (se este valor for inferior a 4,19).

ISS, I.P.

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Outros limites ao valor do subsdio Se acumular subsdio de doena com indemnizaes por doena profissional ou acidente de trabalho, o valor das indemnizaes descontado ao valor do subsdio.

Como se calcula o valor do subsdio 1. Soma todas as remuneraes dos primeiros 6 meses dos ltimos 8 a contar do ms anterior quele em que teve de deixar de trabalhar (excepto os subsdios de frias e Natal). Por exemplo, se ficou doente a 7 de Agosto de 2008, somar as remuneraes de 1 de Dezembro de 2007 a 31 de Maio 2008. 2. Divide o total da soma por 180. Este valor a remunerao de referncia (R/180). Nota: O montante dirio do subsdio de doena no pode, em qualquer caso, ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia que serviu de base de clculo. O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS. 3. Multiplica o valor obtido por 0,65 (ou 0,70 ou 0,75, conforme a durao da doena) e obtm o montante dirio de subsdio (quanto recebe por dia).

Se no tiver 6 meses de descontos na Segurana Social e tiver estado abrangido por outro sistema de proteco social obrigatrio (nestes casos, contam para o prazo de garantia os perodos em que esteve a descontar para outro sistema de segurana social) 1. Soma todas as remuneraes registadas no sistema de segurana social desde o incio do perodo de referncia at ao incio do ms em que fica doente (excepto os subsdios de frias e Natal). 2. Divide-as por 30 x n (n de meses a que as mesmas se referem). Este valor a remunerao de referncia (R/30 x n). 3. Multiplica o valor obtido por 0,65 (ou 0,70 ou 0,75, conforme a durao da doena) e obtm o montante dirio de subsdio (quanto recebe por dia).

Se for profissional de espectculos 1. Soma todas as remuneraes dos primeiros 12 meses dos ltimos 14, a contar do ms anterior quele em que ficou doente (excepto os subsdios de frias e Natal). 2. Divide o total da soma por 360. Este valor a remunerao de referncia (R/360). 3. Multiplica o valor obtido por 0,65 (ou 0,70 ou 0,75, conforme a durao da doena) e obtm o montante dirio de subsdio (quanto recebe por dia).

Se for profissional de espectculos e estiver inscrito h menos de 1 ano ou tiver tido uma interrupo nos seus descontos para a Segurana Social de 6 meses ou mais

ISS, I.P.

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1. Soma todas as remuneraes registadas desde a data de incio ou reincio dos descontos (excepto os subsdios de frias e Natal). 2. Divide-as por 30 x n (n de meses desde essa data). Este valor a remunerao de referncia (R/30 x n). 3. Multiplica o valor obtido por 0,65 (ou 0,70 ou 0,75, conforme a durao da doena) e obtm o montante dirio de subsdio (quanto recebe por dia).

Durante quanto tempo se recebe?Trabalhadores por conta de outrem (a contrato) Trabalhadores martimos e vigias nacionais que trabalhem em barcos de empresas estrangeiras Trabalhadores independentes (a empresrios em nome individual) Bolseiros de investigao cientfica Baixa por tuberculose Sem limite de tempo recibo verde ou Podem receber at 365 dias Podem receber at 1095 dias

A partir de quando se tem direito a receber?Trabalhadores conta de outrem (a contrato) A partir do 4 dia em que no possa trabalhar

Certificado de Incapacidade Temporria (CIT) traga a indicao de que se trata de uma baixa inicial, o Subsdio de Doena s pago a partir do 4. dia. No entanto, receber o Subsdio de Doena desde o primeiro dia de incapacidade nas seguintes situaes: internamento hospitalar, tuberculose, cirurgia de ambulatrio ou doena que comece quando ainda se encontra a receber Subsdio Parental e ultrapasse o termo deste perodo. Trabalhadores independentes (a recibo verde ou empresrios em nome individual) Beneficirios do seguro social voluntrio A partir do 31 dia em que no possa trabalhar

Nota: Sempre que o Certificado de Incapacidade Temporria (CIT) traga a indicao de que se trata de uma baixa inicial, o Subsdio de Doena s pago a partir do 31. dia. No entanto, receber o Subsdio de Doena desde o primeiro dia de incapacidade nas seguintes situaes: internamento hospitalar, tuberculose, cirurgia de ambulatrio ou doena que comece quando ainda se encontra a receber Subsdio Parental e ultrapasse o termo deste perodo. Tuberculose Internamento hospitalar

Cirurgia de ambulatrioDoena que comea quando est a receber o subsdio parental e vai alm deste perodo Se no entregar o CIT no prazo dos 5 dias teis

A partir do 1 dia em que no possa trabalhar

A partir da data em que o CIT foi enviado para a Segurana deduzido o perodos de espera.

ISS, I.P.

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Se pagar as contribuies em dvida nos 3 meses, seguintes ao ms em que ocorreu a suspenso do subsdio: o A partir do 31 dia em que deixou de trabalhar por doena o A partir do 1. dia em que

Se for trabalhador independente (a recibo verde ou empresrio em nome individual) ou

estiver abrangido pelo seguro social voluntrio e no tiver a situao contributivaregularizada at ao termo do 3. ms imediatamente anterior ao ms em que teve incio a doena.

deixou de trabalhar por doena se se tratar de tuberculose, internamento hospitalar, cirurgia de ambulatrio ou doena que comea quando est a receber o subsdio parental e vai alm deste perodo. Se pagar as contribuies em dvida depois de terem passado 3 meses aps o ms em que teve incio a suspenso do subsdio,

mas ainda dentro do concesso do subsdio:o

perodo

de

O subsdio s pago a partir do dia seguinte quele em que ocorra a regularizao da situao contributiva

D2 Como posso receber?

Transferncia bancria. Cheque no ordem

Nota Importante: A Segurana Social alterou o modo de pagamento dos subsdios sociais de cartacheque para cheque no ordem

O cheque no ordem: No pode ser endossado (passado ou transmitido) a terceiros (qualquer pessoa diferente do prprio beneficirio); S pode ser levantado pelo prprio ou depositado numa conta do prprio.

Para maior comodidade e segurana adira ao pagamento dos subsdios por transferncia bancria. O dinheiro entra directamente na sua conta bancria e fica disponvel de imediato. A Segurana Social garante um pagamento mais rpido, mais seguro, sem atrasos e extravios.

Como aderir ao pagamento por transferncia bancria Pela Internet, no servio Segurana Social Directa: o o Aceda ao site da Segurana Social em www.seg-social.pt; Clique em: Segurana Social Directa Aceda aqui

ISS, I.P.

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o o o

Digite o NISS (Nmero de Identificao de Segurana Social) e a Palavra-Chave; No menu Servios Disponveis, clique em Alterao de NIB Indique o seu NIB

Preenchendo o modelo RP 5046DGSS, disponvel para impresso na Internet em www.seg-social.pt, Formulrios, seleccionar Pagamento de Prestaes por Depsito em Conta Bancria, clicar em Ver (link directo em http://www.seg-

social.pt/preview_formularios.asp?r=2233&m=PDF ) . 1. Junte um dos seguintes documentos comprovativos do seu NIB Declarao bancria onde conste o seu NIB; Fotocpia da primeira folha da caderneta bancria; Fotocpia de um cheque em branco.

2. Junte tambm fotocpia de documento de identificao civil vlido que tenha a sua assinatura (carto de cidado, bilhete de identidade, passaporte) para se verificar a autenticidade da assinatura. 3. Envie o formulrio e os documentos (NIB e identificao) pelo correio para o Centro Distrital da Segurana Social da sua rea de residncia ou entregue-os directamente num dos Servios de Atendimento ao pblico. Em www.seg-social.pt/atendimentos, consulte o mapa da rede de servios de atendimento pblico. Pode tambm obter o formulrio nos Servios de Atendimento da Segurana Social.

D3 Quais as minhas obrigaes?

1. S sair de casa: para fazer tratamentos mdicos ou das 11h s 15h e das 18h s 21h, se o mdico o autorizar no CIT (Certificado de Incapacidade Temporria). 2. Apresentar-se aos exames mdicos para que seja convocado pelo Servio de Verificao de Incapacidades (SVI) 3. Comunicar Segurana Social no prazo de 5 dias teis: se estiver a receber a pr-reforma, penses, indemnizaes por acidente de trabalho (deve indicar quanto recebe e quem lhe paga) a identificao do responsvel e do valor da indemnizao, nos casos em que houve pagamento provisrio do subsdio por acidente de trabalho ou acto de responsabilidade de terceiro se mudar de morada se trabalhar, mesmo que no seja pago

ISS, I.P.

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se for preso qualquer outra situao que faa com que deixe de ter direito ao subsdio de doena.

Nota: Os 5 dias teis so contados da data de incio da doena ou da ocorrncia do facto, se este ocorrer mais tarde.

A comunicao de qualquer daqueles factos deve ser efectuada pelo prprio ou por quem o represente, atravs da entrega de documento escrito com indicao da data da ocorrncia do mesmo.

A entrega do referido documento pode ser feita pessoalmente em qualquer Centro de Atendimento da Segurana Social ou enviada por correio para a morada do Centro Distrital da Segurana Social da sua rea de residncia.

D4 Por que razes termina?

O pagamento do subsdio de doena suspenso se O subsdio de doena termina definitivamente se

O pagamento do subsdio de doena suspenso se: Estiver a receber subsdio de parental ou por adopo Sair de casa, fora dos perodos previstos, sem autorizao expressa do mdico Faltar a um exame mdico pedido pelo Servio de Verificao de Incapacidades (SVI) A comisso de verificao de incapacidades considerar que j no est doente For trabalhador independente (a recibos verdes ou empresrio em nome individual) ou estiver abrangido pelo regime do seguro social voluntrio e no tiver a situao contributiva regularizada at ao termo do 3. ms anterior ao da incapacidade.

O subsdio de doena termina definitivamente se Terminar o perodo indicado no certificado de incapacidade temporria para o trabalho (CIT) Os servios de sade ou a comisso de reavaliao considerarem que j no est doente indevido o valor do subsdio de doena que tenha sido pago ao beneficirio, respeitante ao perodo a seguir data em que o Servio de Verificao de Incapacidades declarou que j no est doente. Por esta razo o beneficirio pode ser notificado para proceder sua devoluo. Regressar ao trabalho por se sentir capaz de trabalhar Tiver trabalhado durante a baixa, mesmo que no haja provas de ter sido pago

ISS, I.P.

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No apresentar uma justificao para ter sado de casa fora dos perodos previstos ou ter faltado a um exame mdico para o qual tenha sido convocado No pedir a reavaliao da deciso da comisso de verificao de no lhe manter a baixa. For trabalhador independente (a recibos verdes ou empresrio em nome individual) ou estiver abrangido pelo seguro social voluntrio e tiver a situao contributiva irregular at ao termo do 3. ms imediatamente anterior ao ms em que teve incio a doena e no a regularizar nos 3 meses seguintes ao ms em que tenha ocorrido a suspenso do subsdio de doena.

E Outra Informao. E1 Legislao Aplicvel

Decreto Regulamentar n. 1-A/2011, de 3 de Janeiro Regulamentao do Cdigo dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurana Social.

Lei n. 55-A/2010, de 31 de Dezembro Oramento do Estado para 2011.

Portaria n. 1458/2009, de 31 Dezembro Mantm, em 2010, o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS) fixado em 2009

Lei n. 110/2009, de 16 de Setembro Cdigo dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurana Social.

Lei n. 105/2009, de 14 de Setembro (artigos 17. a 24.) e art. 254., n. 3, do Cdigo do Trabalho aprovado pela Lei n. 7/2009, de 12 de Fevereiro

Portaria n. 1514/2008, de 24 Dezembro Actualiza o Indexante de Apoios Sociais (IAS), para o ano 2009.

Portaria n. 91/2007, de 22 de Janeiro Procedimentos de verificao da incapacidade por doena, por iniciativa da entidade empregadora

Lei n. 53-B/2006, de 29 de Dezembro Indexante dos Apoios Sociais (IAS), regras da sua actualizao e das penses e outras prestaes sociais do sistema de segurana social.

Decreto-Lei n. 98/2005, de 16 de Junho Proteco na doena para os trabalhadores no domiclio.

ISS, I.P.

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Portaria n. 337/2004, de 31 de Maro Regulamenta o regime de proteco social na doena.

Decreto-Lei n. 28/2004, de 4 de Fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n 146/2005, de 26 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n 302/2009, de 22 de Outubro Regime jurdico de proteco na doena.

E2 Glossrio

Certificado de Incapacidade Temporria (CIT) o documento passado pelo mdico que tem de enviar Segurana Social para ter direito ao subsdio de doena. Certificado de Incapacidade Temporria (CIT), alm de confirmar a incapacidade do beneficirio e a natureza da doena, indica tambm se se trata de uma baixa inicial (incio da incapacidade) ou de uma prorrogao (prolongamento) da baixa.

ndice de profissionalidade O nmero mnimo de dias que tem de ter trabalhado nos ltimos meses para ter direito ao subsdio de doena (12 dias nos primeiros quatro meses dos ltimos seis, a contar do incio da baixa). Estes seis meses incluem o ms em que deixa de trabalhar por doena).

Meses Civis So os meses do ano (Janeiro, Fevereiro, etc.).

Prazo de garantia o perodo mnimo de trabalho com descontos para a Segurana Social que necessrio para ter acesso a um subsdio.

Remunerao de referncia Geralmente, quanto a entidade empregadora declarou Segurana Social, em mdia por dia nos primeiros 6 meses dos ltimos 8 (a contar do ms anterior quele em que deixou de trabalhar por estar doente).

Remunerao de referncia lquida Remunerao de referncia menos os descontos para a Segurana Social e o IRS.

Empresrio em nome individual Pessoa que o nico proprietrio de uma empresa

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Perguntas Frequentes

1. Para ter direito ao subsdio de doena basta-me ter seis meses de descontos para a Segurana Social em qualquer altura? R: No. Se quando comeou a baixa, j no descontava h seis meses seguidos para a Segurana Social, necessita de cumprir novo prazo de garantia, que comea a contar a partir da data em que ocorra um novo desconto e, em simultneo, ter trabalhado 12 dias (ndice de profissionalidade), nos 4 meses imediatamente anteriores ao ms que antecede o da data da baixa. Ex: Um beneficirio iniciou uma incapacidade em 01/02/2009. No ano de 2008, tm contribuies nos meses de Janeiro/2008 a Maio/2008, e s volta a descontar em 1 Dezembro de 2008. Como decorreu um perodo de seis meses, consecutivos, sem descontos, o beneficirio no tm direito ao subsdio de doena, porque necessita de cumprir novo prazo de garantia, Se continuasse a descontar normalmente de Dezembro/2008 a Maio/2009, teria direito a subsdio de doena, se a incapacidade ocorresse em Junho/2009.

2. Se estiver com baixa e for trabalhar porque me sinto melhor, mas, se houver um agravamento no meu estado de sade, tenho de descontar mais seis meses para ter direito ao subsdio de doena? R: S tm de descontar mais seis meses, se tiver esgotado o perodo mximo de concesso do subsdio de doena (1095 dias para trabalhadores contratado, 365 dias se for trabalhador independente. Nas outras situaes, apenas precisa de ter trabalhado 12 dias (ndice de profissionalidade), nos 4 meses imediatamente anteriores ao ms que antecede o da data da baixa. No entanto, se no tiverem decorridos 60 dias entre as duas baixas, no precisa de trabalhar 12 dias para ter direito ao novo subsdio de doena.

3. Se tiver vrias baixas, somam-se os dias de todas as incapacidades at atingir o perodo mximo de concesso (1095 dias ou 365, se for independente do regime alargado), do subsdio de doena? R: Sempre que entre duas incapacidades no tiverem decorrido 60 dias, somam-se, sempre, o nmero de dias da baixa anterior com o nmero de dias da nova baixa, contando o total para a atribuio do limite mximo de pagamento de subsdio de doena. Desde que decorram mais de 60 dias entre as duas baixas, inicia-se um novo perodo de contagem. A atribuio de subsdio parental ou por adopo suspende a contagem do perodo mximo de concesso do subsdio de doena. Ou seja, os dias em que estiver a receber subsdio parental ou por adopo no so considerados para efeitos da contagem do perodo mximo de concesso do subsdio de doena (Artigo 23. Decreto-Lei n. 28/2004 de 4 Fevereiro).

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4. Se eu estiver de atestado (baixa) para prestar assistncia minha me, pai, cnjuge ou companheiro(a), tenho direito a receber subsdio da segurana social? R: No. Quando os beneficirios esto com baixa para assistncia a familiares, se se tratar de um ascendente ( por exemplo av, av, pai, me, sogro, sogra, padrasto ou madrasta) ou em 2. linha colateral (irmos, irm, cunhado ou cunhada) ou para assistncia a cnjuge ou companheiro(a), o certificado de incapacidade para o trabalho apenas tm como finalidade a justificao de faltas junto da entidade patronal, no havendo direito a qualquer subsdio da segurana social.

5.

Durante o perodo em que estou a receber prestaes de desemprego h registo de remuneraes por equivalncia entrada de contribuies, ou seja, contam como dias em que descontei para a Segurana Social para efeitos de proteco na doena? R: Sim. Os dias em que est a receber prestaes de desemprego tambm contam como dias em que descontou para a Segurana Social, sendo relevantes para efeitos de prazo de garantia e clculo do subsdio de doena, mas no relevam para ndice de profissionalidade, uma vez que para o ndice de profissionalidade tm de ter 12 dias de trabalho efectivamente prestado nos primeiros quatro meses dos ltimos seis anteriores do incio da baixa.

6. Os valores que recebo da Segurana Social a ttulo de Subsidio de doena devem ser declarados para efeitos de IRS? R: No. Presentemente, os valores recebidos a ttulo de subsdio de doena no so declarados para IRS.

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