guia plástico sul 12/13

60
sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs << 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 3

Upload: editora-melina

Post on 25-Mar-2016

235 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 3

Page 2: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 4 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Page 3: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 5

Page 4: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 6 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Os empresários do setor plástico são em sua maioria guerreiros e batalhadores. Não desistem facilmente frente aos inúmeros

obstáculos que enfrentam nem do lado de dentro, nem do lado de fora do balcão. Há anos com os mesmos desafios, como car-ga tributária elevada, problemas logísticos e juros altos, este setor amarga margens apertadas, mas não se entrega ao desâni-mo. Luta, disputa, se faz ouvir tanto da esquina, quanto de Brasília.

Em partes parece que tais atitudes até que enfim surtiram efeito. O Palácio do Planalto mostrou que está entenden-do o recado dos industriais. Mas ainda são muitos os entraves que há anos per-seguem a cadeia produtiva. Queixas que levam à perda de competitividade são temas discutidos, lembrados e relatados em diversos editoriais deste anuário, bem como nas revistas Plástico Sul e Plástico Nordeste. Buscamos sempre fa-zer a nossa parte para contribuir com os leitores, fabricantes de plásticos deste Brasil a fora. Tentamos assiduamente ser porta-vozes das condições vividas pe-los empresários do setor. Incentivamos

o debate, publicamos as reivindicações. Vamos atrás das informações.

Os empresários por sua vez, em sua maioria, também fazem sua parte. A cada dia que passa investem mais e mais em tecnologia e capacitação profissional. Os sindicatos realizam palestras e reuniões, sempre buscando soluções para os proble-mas de seus associados.

Mas não basta nosso empenho. É pre-ciso ir além. E como é ruim quando fize-mos a nossa parte e precisamos depender dos outros para que as coisas dêem certo. Sofremos com problemas de infraestrutura logística, tributos, burocracias que só en-travam o caminho de quem quer crescer. Precisamos de um sistema econômico com-patível com o século em que estamos. Não podemos continuar assim.

O ano de 2013 precisa ser diferente, precisamos de um PIB mais decente, de es-tradas adequadas e é necessário que não se tome medidas paliativas para frear as importações de transformados plásticos: deve-se cortar o mal pela raiz.

Caso contrário ficamos sempre com discursos repetitivos e mostrando mais, do mesmo. Boa leitura!

Mais do mesmoConceitual - Publicações Segmentadaswww.plasticosul.com.brAv. Ijuí, 280CEP 90.460-200 - Bairro PetrópolisPorto Alegre - RSFone/Fax: 51 3062.4569Fone: 51 [email protected]ção:Sílvia Viale SilvaEdição:Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844Redação: Brigida Sofia e Gilmar BitencourtConsultor de Redação: Júlio SorticaDepartamento de Marketing:Izabel VissotoDepartamento Financeiro:Rosana MandrácioDepartamento Comercial:Débora Moreira e Magda FernandesDesign Gráfico& Criação Publicitária:José Francisco Alves (51 9941.5777)Capa: foto divulgaçãoPlástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral.Opiniões expressas em artigos assina-dos não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacionaldas Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

Expediente

Marca Registrada:

Editorial

Melina Gonçalves / [email protected]

Div

ulga

ção

06 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

GUIA PLÁSTICO SUL - 2012 / 2013

Page 5: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 7

Page 6: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 8 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Diversos foram os pontos econô-micos que impactaram o setor plástico brasileiro em 2012. No contexto externo, a recessão eu-

ropeia, a desaceleração chinesa e a lenta recuperação americana foram pontos cha-ves que refletiram em diversas indústrias em âmbito global. . No cenário nacional, a invasão dos importados (apesar da alta do dólar), as dificuldades da indústria ma-nufatureira, a desaceleração dos investi-mentos do setor privado foram entraves que aliados às dificuldades das estatais de por seus planos de investimento em an-

damento e a lentidão das reformas, prin-cipalmente a tributária, afetaram o setor de transformação no país. “Não podemos classificar o ano de 2012 como um de-sastre total, como foi 2009. Mas foi um ano longe do que poderia ter sido se ti-véssemos uma infraestrutura pronta, um sistema tributário mais inteligente e uma burocracia compatível com o século XXI”, afirma Otávio Carvalho, sócio-diretor Ma-xiquim, consultoria de mercado.

Apesar disso, o consultor analisa que o setor petroquímico teve alguns investimentos importantes maturando

em 2012, como a nova planta de PVC e a expansão da produção de butadieno. Já para 2013 há a partida da planta de PET da Petroquímica Suape. “Mas para frente, temos apenas o Comperj no horizonte, com talvez uma ou outra pequena expan-são nas atuais plantas. E esse horizonte vai até 2018, com magros investimentos pelo lado da oferta”. Para Carvalho está relacionado com a nova situação da pe-troquímica global, com os EUA voltando a liderar os investimentos em novas plan-tas por conta da competitividade que o gás natural lhes proporciona.

O alerta continua

Apesar de alguns avanços, terceira geração petroquímica ainda sofre com baixa competitividade enquanto espera avanços como reforma tributária e melhor infraestrutura logística.

Balanços & Perspectivas Transformação

DIV

ULG

AÇÃO

>>>>

Page 7: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 9

>>>>

Page 8: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 10 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Para Carvalho, da Maxiquim, ano poderia ter sido melhor se houvesse sistema tributário inteligente e burocracia compatível com o século XXI

Em geral, essa conjuntura exter-na afeta a indústria de transformação de plásticos brasileira, já que os americanos têm seu raio de atuação natural nas Amé-ricas. Com isso, o consultor explica que o Brasil terá cada vez mais dificuldade em competir com produtos importados no futuro, caso mantenha a situação como está, não somente no que diz respeito a questões empresariais, mas também nos fundamentos da falta de competitividade estrutural da indústria brasileira, que afe-ta praticamente todos os setores.

A receita da competitividade não é tão fácil de praticar e tão pouco depende apenas do empresário. “Repensar a ques-tão tributária seria um passo importantís-simo. O setor produtivo precisa de mui-to mais infraestrutura logística, estradas adequadas, portos que funcionem mais rápido, ferrovias. Os empresários também têm seu tema de casa, mas é da porta para fora que estão escancaradas as ineficiên-cias da indústria brasileira”.

Otávio Carvalho não arrisca fa-zer projeções para o ano de 2013, mas aceita falar sobre os seus desejos. “Que o PIB desse ano seja um PIBÃO. Que a Petrobras, a Braskem e as demais em-presas petroquímicas tenham melhores vendas e margens. Que os transforma-dores possam comprar muita resina para produzir muito mais artefatos para fa-cilitar a vida das pessoas, conseguindo gerar valor para seus negócios”, finali-za o diretor da Maxiquim.

Rio Grande do SulO ano de 2012 serviu de alerta para

acender a luz vermelha do setor. A indús-tria de transformação de produtos plásti-cos do Rio Grande do Sul apresentou um crescimento negativo de 2% em volume de resinas transformadas, passando de 511 mil toneladas para 501 mil toneladas e um aumento de faturamento de apenas 3%, frente ao crescimento dos custos de matérias-primas, que foi superior a 25%, ao aumento do custo de mão-de- obra, e ao custo elevado da energia e de logística.

Conforme Edilson Luiz Deitos, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), para 2013 a tendência é do setor continuar apresentando quedas de 2% devido à perda de competitividade frente aos produtos transformados plásti-cos importados e de outros Estados que possuem incentivos superiores ao do Rio Grande do Sul, estão mais próximos dos polos de consumo e possuem custo de energia elétrica menor. “Além da necessi-dade de repassar no mínimo em 15% os au-mentos de custo de 2012 e os anunciados para fevereiro de R$ 200,00 por tonelada, corremos o risco de perda de mercado. No momento não vejo outra alternativa para sobrevivência do setor a não ser o repasse de aumentos”, lamenta.

Além destas questões específicas do setor, Deitos também alerta para o fato de que soluções do Governo Fede-ral são paleativas e não resolvem a raiz

dos problemas. “Um setor que necessita sobretaxar as importações das matérias--primas e materiais transformados é si-nal de que ‘o paciente está na UTI e está sendo tratado com aspirina’”.

Para o dirigente é necessário dar oxigênio, buscando competitividade na produção de matérias-primas (Governo Fe-deral, Petrobras e Braskem), aumento de produtividade (dever de casa dos trans-formadores com o auxílio dos Sindicatos) e uma definição por parte do Governo do Estado de que realmente quer aumentar os índices de transformação das matérias--primas produzidas no Polo de Triunfo, en-frentando o aumento do custo dos trans-portes via um crédito presumido de parte dos 12% do ICMS para as vendas interes-taduais a exemplo do que foi dado recen-temente ao setor calçadista. “Não adianta os Secretários de Fazenda simularem arre-cadação de 12% nas vendas interestaduais sobre bases zero....”, avalia.

Fortemente influenciada pelo de-sempenho dos demais setores industriais, em especial do automotivo, a atividade de transformação de plástico do Nordeste Gaúcho fechou o ano de 2012 com cres-cimento não superior a 1,5% na compa-ração com o exercício anterior, que apre-sentara resultado positivo. Mas quando computada a inflação anual, na casa de 5%, o setor consolidou queda próxima aos 3%. “O resultado de 2012 foi negati-vo em receita e rentabilidade,” sintetiza Orlando Marin, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás). Em razão do recuo a média de uso da capacidade ins-talada caiu de 80% para 70% em 2012.

Marin observa que a retração teve como causa principal a antecipação de compras de caminhões e ônibus no final de 2011 em razão da legislação Proconve P7, também conhecida por Euro 5, que passou a vigorar em janeiro de 2012 e elevou os preços de venda dos veículos. A expecta-tiva era de recuperação ainda no primeiro semestre, mas o setor automotivo só come-çou a reagir, ainda assim lentamente, em

Balanços & Perspectivas Transformação

DIV

ULG

AÇÃO

>>>>

Page 9: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 11

Page 10: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 12 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

outubro. “Acreditamos que a retomada será consistente a partir do início do segundo trimestre de 2013.” O presidente do Sim-plás projeta alta de 5% a 7% na atividade produtiva do setor em 2013, índice que so-mente irá cobrir as perdas do ano passado.

Mas ele adverte que o setor continu-ará tendo problemas com a rentabilidade diante da expectativa de que os preços das resinas sofrerão novos aumentos, as-sim como ocorreu em 2012, quando tive-ram majoração na ordem de 15% a 20%. “O fornecimento está 75% concentrado numa empresa e as resinas são commo-dities, com preços atrelados ao mercado internacional.” Uma alternativa, segundo ele, é a manutenção dos volumes de im-portação, algo próximo a 1 milhão de to-neladas em todo o Brasil, e respondendo por 25% do total processado.

O dirigente revela ainda os desafios gerais para 2013. “Devemos continuar a mobilização junto ao Governo Federal na equalização do IPI de nossos produtos, pois uma alíquota única é benéfica para o setor. O custo da energia elétrica, mesmo com a redução divulgada a nível Federal, ainda está entre os mais caros do mundo. Necessitamos de uma redução muito maior para toda a indústria, em especial o seg-mento plástico”, explica Marin.

Plastech O ano de 2013 também terá a rea-

lização de mais uma edição da Plastech

no período de 27 a 30 de agosto. Or-lando Marin projeta aumento de 20% na área de exposição em relação ao evento de 2011, que atraiu 250 participantes do Brasil e do Exterior. O presidente do Simplás, entidade promotora da feira, estima que a Plastech já seja a segun-da maior do Brasil e ocupe a terceira ou quarta no ranking da América Latina.

Santa CatarinaImportante estado do sul do país,

Santa Catarina tem pouco a comemo-rar em relação ao desempenho do setor plástico em 2012. “Havia demanda, mas as margens foram apertadas”, revela o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Santa Catarina (Simpesc), Alfredo Schmidt. Ele revela que alguns dos segmentos mais impor-tantes, como descartáveis, apresentaram bom desempenho, enquanto embalagens e produtos para construção civil ficaram aquém do esperado.

O custo de produção, principalmen-te no que se refere a preços de energia e das resinas, foi um tema recorrente no ano. “Mais uma vez sofremos com margens apertadas, principalmente nos segmentos mais ‘commoditizados’”, diz Schmidt, afirmando que ainda não há os números de 2012, mas tudo indica certa estabilidade nos volumes e tímida ex-pansão do valor da produção, algo como 3 a 4% sobre 2011.

Já 2013 tende a ser de bons resul-tados para o setor de plásticos. O presi-dente do Simpesc espera que o mercado siga em crescimento, pois há diversos fatores que contribuem: os juros são os mais baixos da curta história de esta-bilidade econômica, o desemprego está em queda, há expansão da classe média e uma inflação relativamente contida. “Nossa preocupação segue na linha da competitividade com relação a produtos importados, que aqui chegam custando menos que as matérias-primas que utili-zamos para produzi-los”, destaca.

ParanáEm 2012, o setor plástico no Para-

ná, de uma forma geral, apresentou um crescimento próximo à 1%, só não foi negativo devido as empresas fornecedo-ras de componentes plásticos da indús-tria automobilística e construção civil. O ano de 2012 foi marcado por grandes ad-versidades para o setor; como o aumento da alíquota de importação das resinas e um reajuste médio de 20% do insumo nacional. Houve o incentivo do programa de desoneração da folha de pagamento, mas que diante do cenário enfrentado pelo setor foi insuficiente para alavan-car um maior crescimento das indústrias de transformação. Para 2013, o SIM-PEP – Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná - acredita que o setor atinja um crescimento na faixa de 3% a 4% pois espera-se que o recém divulgado pacote de redução de custos de matérias primas para as indús-trias químicas (ampliação de crédito de PIS/COFINS), reflita em toda a cadeia de transformação, trazendo redução dos custos e maior competitividade.

Já para a reciclagem, o sindicato está bastante otimista e acredita que o plano nacional de resíduos sólidos con-tribua para o desenvolvimento deste segmento e que medidas de incentivo para este setor devem ser anunciadas em 2013. O setor de transformação do plás-tico conta com 950 empresas no Paraná e emprega 25 mil pessoas.

Balanços & Perspectivas Transformação

Schmidt, do Simpesc, afirma que apesar da boa demanda, margens ficaram apertadas

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 11: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 13

Page 12: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 14 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

O ano de 2012 foi marcado por uma série acontecimentos no cenário econômico nacional e internacional que afetaram o

desempenho do setor de transformados plásticos. O Presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abi-plast), José Ricardo Roriz Coelho, faz uma avaliação do período e projeta para 2013 um ano melhor.

Guia Plástico Sul - Quais os principais pontos econômicos nacionais e interna-cionais que impactaram o setor plástico brasileiro em 2012?José Ricardo Roriz Coelho - No cená-rio nacional, o ano de 2012 foi marcado por um fraco desempenho da produção industrial brasileira, principalmente no 1º semestre do ano, afetando diretamente os resultados do setor de transformados plásticos, já que esses produtos são uti-lizados predominantemente como insumo nos mais diversos setores. O segundo se-mestre de 2012 esboçou sinais de recu-peração, porém no acumulado do ano o desempenho da produção da industria da transformação brasileira ficou 2% abaixo do volume registrado em 2011.Ao longo de 2012 também houve uma mu-dança no patamar do câmbio, passando de R$1,60 para R$2,08 e que tem reflexos negativos e positivos para o setor. O pre-ço das resinas por exemplo, é formado a partir do preço praticado no mercado in-ternacional mais os custos de internação e por conta disso, a alta no câmbio refletiu também no preço praticado na matéria--prima doméstica. Por outro lado, um ní-

vel de câmbio mais adequado para com-petitividade industrial brasileira reflete-se positivamente com o ganho de dinamismo da produção doméstica e incremento da demanda por transformados plásticos.Em se tratando do preço de matérias pri-mas plásticas, o aumento da alíquota de importação de 14% para 20% dos polie-tilenos (resinas que representam 43% do consumo de matérias-primas plásticas no Brasil, utilizadas na fabricação de em-balagens para alimentos, para produ-tos agrícolas, produtos para indústria eletroeletrônica,automotiva, entre outros) com inclusão desses produtos na lista de elevação temporária da TEC no segundo semestre de 2012 foi mais um fator de apreciação do preço dessas resinas no mercado doméstico, já que esse aumento impacta no preço de internação que com-põe a precificação dessas matérias primas no mercado doméstico.

GPS - Qual foi a participação do Governo na tentativa de melhora do setor? Roriz Coelho - No ano passado também acompanhamos o esforço do Governo em melhorar a competitividade da indús-tria brasileira, por meio do “Plano Brasil Maior”, que dentre uma série de incenti-vos e programas de financiamento também ampliou a “Desoneração da Folha de Paga-mentos”, incluindo a partir de agosto de 2012 os produtos transformados plásticos. Aliado a isso tivemos o esforço da autori-dade monetária em reduzir a taxa de juros básica da economia que saiu de 11,25% a.a em janeiro e encerrou o ano 7,25%, com perspectivas de que se mantenham

nesse patamar ao longo de 2013. Ambas ações são importantes para o aumento da competitividade da indústria brasileira, porém os efeitos dessas medidas ainda não puderam ser plenamente computados.

GPS – Como o senhor vê o mercado ex-terno? Roriz Coelho - No cenário internacional, em função da crise, convivemos com uma situação de um menor nível de consumo internacional, principalmente no mercado Europeu e nos EUA. Já os grandes produto-res globais, que tradicionalmente tinham como mercado alvo para suas exportações a Europa e EUA estão redirecionando seus excedentes para os mercados consumi-dores emergentes como o Brasil, e essa concorrência se dá no mercado interno (através das importações brasileiras),bem como na concorrência em mercados onde o Brasil tem potencial exportador. GPS – Quais os reflexos das medidas econômicas adotadas pelo governo Dilma, como redução de IPI para linha branca e para o setor automotivo, além da redução de imposto para as mon-tadoras que utilizarem mais peças na-cionais, entre outras? Comente sobre o assunto?Roriz Coelho - As medidas de estimulo a indústria brasileira foram e são importan-tes para manter o fôlego de determinados setores, como automotivo e linha branca, os quais mantiveram pedidos e evitaram um desempenho ainda pior do setor de transformados plásticos em 2012.O Inovar Auto, programa que concede uma

Projeções positivas

Balanços & Perspectivas Transformação

Entrevista

DIV

ULG

AÇÃO

Page 13: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 15

redução de 30p.p no IPI para importação de veículos desde que a empresa invista na fabricação e no desenvolvimento de P&D e cadeia de fornecedores nacional, é visto como uma ótima oportunidade pela industria produtora de componentes au-tomotivos plásticos, porém ainda é muito recente para que se faça uma prospecção nos resultados da indústria.Ressaltamos que o Inovar Auto foi ela-borado não para apenas privilegiar o uso de conteúdo local e associa também as metas a serem cumpridas pelas monta-doras com o investimento em pesquisa e desenvolvimento, em engenharia, em tecnologia industrial básica e na capaci-tação de fornecedores, e na melhoria do desempenho dos automóveis com redução de consumo e melhorias tecnológicas. São essas preocupações manifestadas nas me-tas do programa que deixa mais otimista a indústria fornecedora de componentes plásticos para indústria automotiva, para que realmente ocorra investimento e esse seja convertido em um salto tecnológico e consequente aumento de competitividade. GPS – O que o setor realmente precisa para se tonar mais competitivo?Roriz Coelho - A melhora na competiti-vidade da indústria brasileira de transfor-mados plásticos passa prioritariamente por uma redução nos altos custos de se produ-zir no Brasil, começando pelo acesso a re-sinas termoplásticas a preços competitivos. As resinas termoplásticas comercializadas no mercado brasileiro têm um preço 35% mais alto do que o praticado no mercado internacional, o que já torna mais difícil a concorrência do produto fabricado no Brasil frente ao concorrente internacional.O Brasil já passou ao status de um dos principais países produtores de petróleo e conta com uma indústria petroquímica consolidada e com atuação global e seria mais interessante para o Brasil e para pró-pria cadeia petroquímica o estabelecimen-to de uma estratégia que contemplasse o fortalecimento e o aumento da compe-titividade de toda a cadeia, ao invés de manter uma lógica simplista de maximizar o ganho sobre o preço da matéria prima vendida no mercado brasileiro e manter grandes volumes de exportações (a preços internacionais). Essa forma de atuação aliada a instrumentos de defesa comercial

(elevação temporária na alíquota de im-portação para PE e direitos antidumpings em vigor para PP e PVC) concentra o valor no inicio da cadeia produtiva e mantém uma situação de consistente redução de competitividade nos setores a jusante, sendo que a agregação de valor com a eração de soluções para sociedade e de empregos ocorre com mais intensidade a partir da transformação do plástico. GPS – A questão tributária também freia a competitividade?Roriz Coelho - A alta carga tributária e a complexidade do sistema tributário são outros fatores que reduzem a competiti-vidade da indústria e no caso dos trans-formados plásticos,esses produtos não contam com uma situação isonômica em relação às matérias-primas, o que causa uma série de distorções e acúmulos de cré-ditos tributários ao longo da cadeia.A complexa e custosa necessidade de sistemas e especialistas para gerir cor-retamente os recolhimentos tributários também afetam negativamente a compe-titividade do produto brasileiro, pois esses custos devem compor o preço dos produ-tos. Em estudo realizado pela FIESP sobre o tema, estima-se que esse impacto pode ser de até 2% no preço de um produto in-dustrializado.Ainda no tema tributário, os impostos são recolhidos antes do recebimento das ven-das realizadas pela indústria e esse desca-samento entre pagamento e recolhimento

impacta no fluxo de caixa das empresas, que precisam usar seus recursos para rea-lizar esse pagamento.Os altos preços de energia elétrica bem como os altos custos com logística e infra estrutura também impactam diretamente a competitividade da indústria brasileira.Estamos otimistas que as ações atual-mente adotadas pelo governo para reduzir os preços da energia elétrica, bem como a criação da Empresa de Planejamento e Logística e os planos de melhoria para im-plementação a partir de 2013 tenham im-pactos positivos na melhoria do ambiente competitivo da indústria brasileira. GPS - Como pode ser analisado o ano de 2012 para a cadeia produtiva do plás-tico?Roriz Coelho - O ano de 2012 foi um ano de estagnação na produção para a indús-tria de transformados plásticos. Tivemos um 1º semestre fraco, apresentando uma recuperação no segundo, mas que não elevou a produção aos níveis observados em 2011, o que atrelado a um cenário de alta nos custos de suas principais matérias primas, impulsionada por fatores como o aumento na proteção tarifária para essas matérias primas,determinaram esta es-tagnação. Observou-se iniciativas gover-namentais como bjetivo de reverter esse quadro e aumentar a competitividade da indústria como um todo, mas que ainda não surtiram o efeito esperado. GPS - Quais as perspectivas para 2013?Roriz Coelho - Mais positivas, com um crescimento na produção de transformados plásticos. A produção física terá um avanço de 1% frente a 2012, e o percentual de au-mento do consumo aparente estimado em termos nominal será de 7,8%, com avanço de 13% nas importações de transformados plásticos. O setor de transformados plástico gerará cerca de 10 mil novos postos de tra-balho em 2013 encerrando o ano com370 mil trabalhadores empregados nesta indús-tria. Os investimentos continuarão no mes-mo patamar do observado em 2012.

Para Roriz, da Abiplast, a melhora na competitividade do setor passa por uma redução nos custos de produção

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 14: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 16 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Faturamento da indústria química atinge US$ 153 bilhões em 2012

Falta de competitividade afeta indústria química

Balanço divulgado pelo vice-presiden-te do Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria Química (Abi-quim), Marcos De Marchi, revelou

que a indústria encerrou 2012 com o déficit comercial de US$ 28,1 bilhões. De acordo com os dados da entidade, o faturamento da indústria química no ano foi de US$ 153 bi-lhões. No entanto, o balanço é negativo: as exportações caíram para US$ 15,1 bilhões, enquanto que as importações subiram para US$ 43,1 bilhões. Para combater esse défi-cit comercial e o risco de desindustrialização estão programados investimentos de US$ 22 bilhões até 2016.

Segundo De Marchi, a insuficiên-cia da competitividade tem sido um dos principais fatores dos números atuais da indústria química brasileira. Porém, o executivo salientou que “as demandas do setor, acordadas com o Conselho de Com-petitividade do Plano Brasil Maior, estão mais atuais e necessárias do que nunca, o que leva ao restabelecimento da competi-tividade e atração de investimentos”.

O presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Henri Slezynger, declarou que 2012 foi um ano difícil para a economia mundial e também para a indústria química, preju-dicada principalmente pelo câmbio valori-zado. “Não podemos continuar assistindo o crescimento contínuo do déficit comercial do setor químico, que vem desde 2001, e atingirá uma cifra de aproximadamente US$

50 bilhões se não forem tomadas medidas estruturais”, destacou.

Durante o evento, representantes de entidades da cadeia produtiva de con-sumidores finais de produtos químicos - o presidente da ABIA (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), Edmundo Klotz, o diretor superintendente da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção), Fernando Pimentel, o assessor econômico da ABINEE (Associação Brasilei-ra da Indústria Elétrica e Eletrônica), Carlos Cavalcanti, o presidente executivo da ABRA-MAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), Walter Cover, e o vice-presidente da ANFAVEA (Associação Na-cional dos Fabricantes de Veículos Automo-tores), Luiz Moan Yabiku Júnior - discutiram os desafios de cada setor, as tecnologias e inovações da química que contribuem para seu desenvolvimento, além das oportunida-des futuras que reforçam a parceria com a indústria química.

O ex-ministro Delfim Netto destacou a importância da parceria entre indústria e

governo para o bom desempenho da econo-mia mundial e brasileira. “O governo acha os senhores muito ruins e os senhores acham o governo muito ruim. Nenhum dos dois tem razão. A confiança é a roda dentada que faz o Estado e o setor privado trabalharem juntos, para produzir o desenvolvimento”, disse.

O diretor de abastecimento da Petro-bras, José Carlos Cosenza, apresentou o pla-nejamento estratégico da empresa para os próximos anos. “O plano está fortemente alicerçado na análise de desempenho, ou seja, metas físicas e financeiras para cada empreendimento, disciplina de capital, ga-rantia de que os negócios estejam alinhados a financiabilidade, além de buscar o óleo que está disponível”, afirmou Cosenza. Ainda de acordo com o diretor, atualmente, a produ-ção de petróleo é de 2 milhões de barris/dia, e para 2020 a estimativa é de 4,2 milhões de barris/dia.

Balança comercialO déficit na balança comercial de pro-

dutos químicos atingiu US$ 28,1 bilhões em 2012, o maior já registrado na história, confirmando as previsões da Abiquim, divul-gadas em outubro do ano passado. O valor representa um aumento de 6,2 % em relação a 2011, quando o déficit em produtos quími-cos foi de US$ 26,5 bilhões.

Em 2012, as importações de produtos químicos foram de US$ 43,0 bilhões, equiva-lente a um crescimento de 1,5% em relação a 2011. Já as exportações, de US$ 14,8 bilhões, tiveram uma queda de 6,3% na comparação com o ano anterior. As compras externas de intermediários para fertilizantes, principal item da pauta de importações químicas, al-

A insuficiência de competitividade foi apontada como um dos principais fatores para o resultado do déficit registrado em US$ 28,1 bilhões.

Balanços & Perspectivas Química e Petroquímica

DIV

ULG

AÇÃO

>>>>

Page 15: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 17

Page 16: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 18 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

cançaram US$ 8,2 bilhões, valor 6,1% menor do que o registrado no ano de 2011.

De acordo com a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Na-ranjo, o avanço acelerado do déficit nos últi-mos anos pode ser explicado, em parte, pelo fato de o aumento da demanda interna por produtos químicos ser cada vez mais atendi-do por importações e pelo aumento signifi-cativo das importações de produtos de uso final. “O déficit em produtos químicos obser-vado em 2012 é o maior da história, apesar das medidas que o governo tem tomado em defesa da indústria nacional. Representa um crescimento de 6,2% em relação ao ano de 2011, até então o maior valor registrado, e acumula avanço de mais de 346,0% nos úl-

timos dez anos.”, destaca Denise, para quem a retomada de investimentos associados à substituição de importações e à ampliação das exportações é condição indispensável para a superação do crônico déficit do País em produtos químicos.

AdirplastA Associação Brasileira dos Distribui-

dores de Resinas e Bobinas Plásticas de BOPP e BOPET (Adirplast) projeta em 428.000 to-neladas os volumes comercializados pelo seu setor em 2012. O saldo perde para as 505.000 toneladas do pente fino de 2011 e o período passado foi marcado por alta geral nos preços. No âmbito dos volumes vendidos em 2012, polietilenos (PE) mantiveram sua

larga dianteira com participação de 51,4% (51,3% em 2011). Bons degraus abaixo, vie-ram polipropileno (PP), com 26,5% (29,6% em 2011); especialidades, com 11,7% (11,2% em 2011); poliestireno (PS), com 9,4% (7,5% em 2011) e PVC, com 0,5% (0,3% em 2011). “ Nossa perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano é em torno de 3%. Justificamos nossas projeções com base na dificuldade apresentada pelas indústrias e pela econo-mia brasileira em deslanchar durante todo o ano 2012”, afirma Laercio Gonçalves, presi-dente da entidade. O executivo acredita que 2013 apresentará um crescimento tímido em relação ao ano que passou sem grandes im-pactos com relação à questão cambial.

Vendas de resinas da Braskem crescem 10%

Em um ano especialmente desafia-dor, influenciado pelo agravamento da crise internacional que impactou tanto o setor petroquímico global quanto a indús-tria brasileira, a Braskem obteve avanços importantes relacionados aos seus planos de crescimento, internacionalização e me-lhoria de competitividade, além de manter o foco na sua eficiência operacional. Em 2012, a companhia alcançou um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, deprecia-ção e amortização) de R$ 4 bilhões, alta de 6% sobre 2011, apesar da redução das margens internacionais do setor, causada pela baixa demanda por produtos petroquí-micos nos países desenvolvidos – levando ao deslocamento de produtos para merca-dos emergentes e desfavorecendo a indús-tria nacional.

Esses efeitos negativos foram parcial-mente compensados por resultados extra-

ordinários obtidos pela Braskem e relacio-nados a recebimento de indenizações por quebra de contrato por terceiros, desconto referente à antecipação de pagamentos de tributos parcelados (Refis) e, principalmen-te, pela venda de ativos não estratégicos. Tal conjunto de fatores foi responsável por R$ 860 milhões do valor total de EBITDA gerado.

Apesar do cenário de incertezas eco-nômicas, a companhia manteve seu com-promisso com o desenvolvimento da ca-deia produtiva da química e dos plásticos no Brasil e investiu R$ 1,7 bilhão, com a inauguração da nova unidade de produção de PVC em Alagoas – com capacidade anual de 200 mil toneladas; e uma de butadieno, matéria-prima para a indústria da borracha, no Rio Grande do Sul, que adicionou 100 mil toneladas de capacidade anual.

Os esforços em favor do aumento da competitividade, como a busca do aumento de produtividade e maior foco em inovação, permitiram à Braskem suavizar os impactos do agravamento da crise internacional, que contraiu a demanda por produtos e a rentabilidade do setor. “Com essas ações conseguimos manter nosso direcionamento estratégico e sustentar nosso programa de investimentos, com a confiança na recupe-ração do mercado petroquímico internacio-nal e no crescimento do mercado doméstico em médio e longo prazos”, destaca Carlos Fadigas, presidente da Braskem.

A receita bruta registrada pela em-presa no ano alcançou R$ 42,1 bilhões e a receita líquida, R$ 35,5 bilhões, um crescimento de 8% e 9%, respectivamen-te, na comparação com 2011. Maiores volumes de venda de resinas e de petro-químicos básicos e a depreciação do real impulsionaram o faturamento, compen-sando a redução dos preços médios prati-cados no mercado internacional.

À medida que o mercado brasileiro das resinas termoplásticas polietileno, polipropileno e PVC cresceu 2%, em re-lação a 2011, num total de 5 milhões de toneladas, a Braskem cresceu 10% no mesmo período, totalizando a venda de 3,5 milhões de toneladas. Esse desem-penho foi proporcionado pela expansão da participação da Braskem no mercado local para 70%, com recuo das importa-ções. Entre os fatores que influenciaram a redução do volume do material importa-do estão a depreciação do real, a adoção de medidas governamentais em defesa da indústria nacional e a expansão da produ-ção de PVC pela companhia em Alagoas.

“A perspectiva de maior crescimen-to do PIB nacional em 2013 permite pre-ver uma elevação mais forte da demanda por resinas no mercado interno e é fun-damental que essa expansão beneficie a cadeia produtiva da petroquímica e dos plásticos no Brasil e não o produtor fora do país. Isso impactará especialmente a

Maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, empresa divulga seus resultados e prevê uma elevação mais forte da demanda por resinas no mercado interno em 2013.

Balanços & Perspectivas Química e Petroquímica

Page 17: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 19

indústria de transformação plástica, já beneficiada em 2012 pela desoneração de encargos trabalhistas, mas que pre-cisa seguir recuperando sua competitivi-dade, capacidade de investir e de gerar empregos”, pondera Fadigas.

Na frente internacional, a gradual mas consistente reativação da economia norte--americana refletiu-se no crescimento firme dos volumes de polipropileno comerciali-zados nos Estados Unidos pela companhia, que ampliou seu market share em 2% num mercado cuja expansão não chegou a 1% e ainda segue com margens pressionadas. Já na Europa, a estagnação da economia manteve a demanda reprimida e reduziu o volume de vendas da companhia em 1%, enquanto o mercado como um todo caiu 3%, mas o alto custo da matéria-prima afe-tou a rentabilidade da operação.

No México, o projeto Etileno XXI teve progressos relevantes tanto na sua implantação física quanto na sua equação financiamento. Foi concluída a estrutura-ção do project finance no valor de US$

3,2 bilhões, por um pool internacional de bancos, e as obras de engenharia prosse-guem dentro do cronograma, que prevê início de operação do complexo, com três plantas de polietileno integradas à pro-dução de eteno a partir de gás competiti-vo, em meados de 2015.

A desvalorização cambial de 9% no período afetou negativamente o resultado financeiro em R$ 1,7 bilhão e acarretou prejuízo de R$ 738 milhões à Braskem. Esse resultado, entretanto, não tem impacto imediato sobre o caixa da companhia. O valor representa o efeito contábil da varia-ção cambial, principalmente sobre o endivi-damento da Braskem, cujo prazo médio de vencimento é de 15 anos.

A estratégia da companhia para 2013 permanece pautada no fortalecimento do negócio e elevação da sua competitivi-dade, com a ampliação do market share local; no apoio ao desenvolvimento da cadeia petroquímica e de plásticos brasi-leira, inclusive pela viabilização e implan-tação do Comperj em bases competitivas;

na busca de eficiência operacional, com a manutenção das altas taxas de operação e redução de custos fixos; na criação de valor das capacidades adicionais de PVC e butadieno; na diversificação da matriz de matéria-prima pelo avanço do projeto Eti-leno XXI (México) e pelos novos contratos de acesso a matéria-prima nos EUA.

Assim como em 2012, a Braskem se-gue com o compromisso de crescimento e desenvolvimento sustentável. “Conti-nuaremos a agir proativamente em busca das melhores oportunidades, visando criar valor para nossos clientes, acionistas e a sociedade, aumentando a competitividade em toda a cadeia produtiva da petroquí-mica e dos plásticos, sem perder o foco na disciplina financeira”, reforça Fadigas. “Nesse contexto, a aprovação do Regime Especial da Indústria Petroquímica – REIQ pelo governo será da maior importância para o setor, permitindo que a desone-ração das matérias-primas e dos investi-mentos ajude a indústria a superar o atual cenário de dificuldades”, conclui. PS

Quer assinar a revista?Maiores informações com

a nossa redação?Sugestões ou reclamações?

Ligue agora: 51 3062.4569

Ou acesse www.plasticosul.com.br

Page 18: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 20 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Importações e exportações aumentam em 2012

O faturamento bruto real do setor de máquinas e equipamentos, em 2012, foi de R$ 80 bilhões, representando uma queda de

3,0% (-3,0%) sobre o resultado auferi-do em 2011. O resultado real de R$ 6,9 bilhões apresentado em dezembro ficou 7,9% superior o de novembro, embora me-nor em 5,3% (-5,3%) quando comparado ao mesmo mês do ano anterior.

De acordo com Luiz Aubert Neto, presidente da ABIMAQ, a balança comer-cial de máquinas e equipamentos fechou o ano de 2012 com um déficit de US$ 16,8 bilhões, 5,9% inferior (-5,9%) ao observado no ano anterior. Este resultado reflete o aumento de 11,2% das exporta-ções, que alcançaram o montante de US$ 13,2 bilhões, e o contínuo crescimento anual das importações, que chegaram ao total de US$ 30 bilhões, um crescimento de 0,9% sobre o ano de 2011.

O consumo aparente real em de-zembro de 2012 ficou em R$ 9,7 bilhões, 17,2% superior em relação a novembro e acumulando no ano um resultado de

R$ 109,5 bilhões, +2,9% acima do ano anterior. Mesmo com o aumento do fa-turamento interno o market share da produção nacional, continua abaixo das vendas dos produtos de importados, 22,9% em dezembro.

A média anual do nível de utiliza-ção de capacidade instalada (NUCI) caiu para 75,6% em 2012, apresentando que-da de 5,2p.p (-5,2p.p) em comparação com o ano anterior.

O número médio de semanas para atendimento dos pedidos em carteira no ano teve uma queda de 1,9p.p (-1,9p.p) fechando em 15 semanas, mantendo as-sim sua tendência de queda. O emprego na indústria de bens de capital mecânico registrou alta de 0,4% no mês de dezem-bro em relação ao mês anterior, fechan-do esse mês com 255,834 trabalhadores. No acumulado no ano, o setor apresen-tou queda de 1,3% (-1,3%).

Balanços & Perspectivas Máquinas

Balança comercial de máquinas e

equipamentos fecha 2012 com um déficit de

US$ 16,8 bilhões

DIV

ULG

AÇÃO

>>>>

Page 19: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 21

>>>>

Page 20: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 22 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Guia Plástico Sul - Como pode ser analisado 2012, quais as principais dificuldades e conquistas?Luiz Aubert Neto - Em 2012 a indústria andou de lado, os resultados foram mui-to ruins e fechamos o ano com um nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) de 75,6%, este é o pior resultado dos últimos 40 anos.O faturamento bruto dos fabricantes nacionais recuou 3% em relação ao ano de 2011. Foi a primeira queda nessa série desde o tombo provocado pela crise, em 2009.Encerramos 2012 com a esperança, mais uma vez, de que 2013 seja o ano da re-cuperação e do crescimento.

GPS - Quais as perspectivas e ten-dências do setor para 2013? Quais os principais obstáculos a serem venci-dos no período? Neto - A expectativa para 2013 é de crescimento no faturamento do setor de 5 a 7% Os principais obstáculos a serem vencidos são a carga tributária e impor-tação predatória.

GPS - Quais os reflexos das medidas adotadas pelo governo federal, como

a desoneração da folha de pagamento, plano Inovar Auto, redução do valor da energia, entre outras, para o setor de transformação de plásticos em 2013?Neto - As últimas medidas tomadas pelo governo (a desoneração do INSS patro-nal na folha de pagamento, a constante redução da taxa básica de juros, o pro-grama PSI-FINAME, com taxas de juros de 2,5% ao ano) já estão ajudando o

setor. Mas é preciso caminhar para a re-alização de reformas estruturais, como por exemplo, a tributária e a redução do Custo Brasil. Também, o governo precisa focar na implementação de medidas de defesa comercial e combater o tripé do mal, câmbio, juros e tributos.

GPS - O que mais gostaria de acres-centar?Neto - As medidas implementadas es-tão longe do mínimo necessário para se restabelecer a competitividade, mas é certo que estamos deixando de ser uma economia especulativa para nos tornar-mos uma economia produtiva e cabe a nós agora cobrar, mas também dar todo o apoio necessário para que o governo possa promover as transformações que tanto o país necessita. Contudo, mais uma vez, encerramos o ano com a esperança de que as me-didas citadas possam, efetivamente, produzir resultados no ano de 2013. Também, a intenção do governo em fo-car as ações na realização e estímulo aos investimentos, fundamental para o crescimento e recuperação do país, podem recolocar a nossa indústria no caminho da recuperação.

Na esperança de um 2013 melhorLuiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, avalia o ano de 2012 e afirma que é necessário uma retomada da indústria, que sofre com o tripé câmbio, juros e tributos.

Balanços & Perspectivas Máquinas

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 21: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 23

Page 22: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 24 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Importação de bens de capital cai 20% em 2012

O s importadores de máquinas--ferramenta e equipamentos industriais, que compõem o grupo dos chamados bens de

capital, movimentaram cerca de US$ 2 bilhões em 2012, com uma queda de 20% sobre o ano anterior. O resultado coloca a atividade no mesmo patamar negocia-do em 2007, ano em que a economia estava aquecida e preparava o boom vi-vido pelo setor industrial em 2008. Na prática, corresponde a um retrocesso de cinco anos no ritmo da atividade. “É la-mentável que um setor tão importante para o crescimento do país tenha que amargar este resultado”, afirma Ennio Crispino, presidente reeleito da ABIMEI (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas-Ferramenta e Equipamentos Industriais).

O baixo ritmo da atividade indus-trial é apontado como o principal fator para este fraco desempenho. “O nível de confiança do empresariado permaneceu baixo durante todo o ano, afastando os investimentos”, diz Crispino. De fato, a

última pesquisa de Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que só em outu-bro a produção ultrapassou a média dos 50 pontos (nível que indica evolução po-sitiva, segundo a metodologia adotada) ficando em 54,9 pontos. Mas isto ainda não foi suficiente para elevar o otimis-mo dos empresários. O indicador de ex-pectativa em relação à demanda caiu de 56,9 pontos para 55,7 pontos, de acor-do com a pesquisa. “Empresário receoso não investe, apesar dos incentivos dados pelo Governo ao setor de bens de capital fabricados no país”, afirma Crispino.

O setor continua em cautela com relação à expectativa para 2013. Para o presidente da ABIMEI, embora o presi-dente do Banco Central, Alexandre Tom-bini, negue uma alta do dólar no ano que vem, os sinais indicam a intenção do Governo de rever a banda cambial, para um patamar em torno de R$ 2,10, o que tornaria o produto importado qua-se 17% mais caro, em relação a 2011, quando o dólar estava em torno de R$

1,80. “Só com a alta do dólar, o produ-to nacional ficou 5% mais competitivo, nenhuma melhoria de processo consegue dar este ganho”, salienta Crispino.

A ponta de confiança vem com a expectativa de que as obras de infra-estrutura saiam realmente do papel em 2013, devido à proximidade dos eventos esportivos mundiais, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, além da escala de incentivos que o Governo prevê até 2017, com o novo regime automotivo: “São medidas de longo prazo, mas se co-meçarem a acontecer efetivamente, po-derão dar novo fôlego à indústria”.

Ennio Crispino faz questão de sa-lientar o papel regulador desempenhado pelos bens de capital importados. “É uma atividade fundamental para equilibrar a oferta de máquinas operatrizes e equipa-mentos industriais no país. Com a opção dos importados, o empresário brasileiro consegue comparar custo x benefício, prazo de entrega e tecnologia ao comprar uma máquina para ampliar ou modernizar o seu parque industrial”.

Comissão dePlástico e Papel

A entidade irá reunir a recém-cria-da Comissão de Máquinas para Plástico e Papel com o objetivo de organizar uma agenda semestral de atividades para o setor. A nova Comissão foi oficializada em encontro que contou com a presença de membros da diretoria e empresas im-portadoras de máquinas, equipamentos e acessórios para a transformação ter-moplástica e de papel.

A nova Comissão nasce do plano de desenvolvimento da ABIMEI formulado para o período 2013-2017, que prevê a abertura da associação para todos os segmentos industriais que se utilizam de máquinas e equipamentos importados. À frente da nova Comissão estão Roberto Guarnieri, profissional com mais de 25 anos de experiência no setor, e pelo di-retor financeiro da ABIMEI, Christopher Mendes, diretor comercial e de marke-ting do Grupo Brasia.

“Vamos elaborar um plano de ações para debater e dar maior visibilidade às necessidades específicas dos importado-res de bens de capital e de meios de pro-dução voltados para a indústria termo-plástica e de papel. A ABIMEI quer ser a porta-voz deste segmento, colaborando para levar os seus pleitos e demandas até as instâncias capazes de apresentar as soluções que irão desenvolver o setor como um todo, em benefício do próprio país”, afirma Mendes.

Balanços & Perspectivas Máquinas

PS

24 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Page 23: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 25

Page 24: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 26 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Embalagens: tempo de mudanças

Dentro do setor plástico, as em-balagens ocupam uma fatia muito grande. Na vida das pes-soas também, por estarem liga-

das ao consumo de praticamente todos os produtos, inclusive os não duráveis, de uso contínuo, como alimentos e hi-giene. Neste sentido, o crescimento eco-nômico da classe média vem abrindo um amplo mercado, pois as pessoas podem consumir maiores quantias ou mesmo itens até então considerados supérflu-os. É preciso, no entanto, ficar atento a limitação natural dessa situação. O consumo cresce até atingir um limite e se estabilizar, o que já acontece em pa-íses desenvolvidos. Em outras palavras, mesmo uma pessoa que nunca tenha consumido iogurte ou condicionador de cabelo acessará esses produtos até uma determinada quantidade, que supra suas necessidades por dia/semana/mês. Por outro lado, o setor se prepara para lidar com os desafios da logística reversa, im-posta pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, tendo que assumir sua respon-sabilidade no destino final de cada em-balagem colocada no mercado.

A ABRE - Associação Brasileira de Embalagem divulgou o Balanço Setorial de Embalagem através do Estudo Macro-econômico da Embalagem ABRE/FGV. De acordo com o estudo, a produção físi-ca de embalagens decresceu 1,19%, em 2012. A previsão inicial era de cresci-mento de 1,6%, revista para queda de 1% no balanço do 1º semestre divulgado em agosto. Esses números se devem à atividade industrial brasileira que teve um primeiro semestre de quedas genera-lizadas, principalmente entre os bens de capital e os bens de consumo duráveis, enquanto bens de consumo semi e não duráveis, principais usuários de produ-tos de embalagem, alternaram ganhos e perdas de pequena grandeza.

Esse desempenho instável refletiu negativamente sobre a produção de em-balagem que registrou queda de 4% em relação ao 1º semestre de 2011. Já no segundo semestre, a produção reagiu, apresentando expansão de 1,6%, em

EmpregosDe março a outubro de 2012, o

nível de emprego na indústria de em-balagem permaneceu abaixo do de 2011, fechando o 1º semestre com uma diferença de -0,35%, mediante o mesmo período do ano anterior. Já no 2º semestre, o emprego acompanhou o aumento da produção, superando a mesma posição de 2011 em 0,08%.

relação ao mesmo período de 2011. Os estímulos governamentais como as de-sonerações tributárias e ampliação do crédito foram um dos principais motivos para a recuperação do consumo no seg-mento de bens de consumo duráveis.

Outros estímulos como a queda dos juros, a contínua criação de empregos e a elevação do salário real também per-mitiram a expansão do consumo, fazendo com que a indústria nacional recuperas-se parte da competitividade frente aos produtos importados após a desvaloriza-ção cambial ocorrida durante o segundo trimestre de 2012.

Diante deste cenário, a indústria de embalagem de plástico obteve o melhor desempenho em produção físi-ca (aumento de 0,44%), seguida pela indústria de embalagens de papel, pa-pelão e cartão (retração de 0,97%), e metal (retração de 1,13%). Os setores usuários de embalagem que apresenta-ram melhor desempenho em volume de produção foram a indústria de perfu-maria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (3,32%), bebidas (1,32%) e farmacêutica (0,52%).

O valor da produção física de em-balagem atingiu 46,9 bilhões de reais em 2012, segundo a ABRE. A partici-pação por setor neste faturamento é de 37,8% dos materiais plásticos, seguido pelo setor de celulósicos com 34,47%, somados os setores de papelão ondu-lado com 18,75%, cartolina e papel--cartão com 9,50% e papel com 6,22%, e metálicos com 16,79%.

Já o nível de utilização da capaci-dade instalada aumentou se compara-da ao mesmo período do ano anterior, fechando 2012 em 86,1 %. No meio do ano houve um aumento chegando a marca de 89,4% da utilização da ca-pacidade instalada, o que possibilitou esta recuperação.

PerspectivasApesar do começo de ano pouco

animador, com o avanço da inflação, e consequentemente do adiamento das decisões e da retração da confiança do consumidor, a produção de embalagem deve crescer até 2%, em 2013. O nível de emprego na indústria de embalagem deverá prosseguir em expansão mo-derada, chegando a cerca de 230 mil postos, no final de 2013. A receita dos fabricantes de embalagem deve ser pró-xima a R$ 48 bilhões, superando os R$ 46,1 bilhões, gerados em 2012.

Embalagens

Produção física de

embalagens decresceu

1,19% em 2012

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 25: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 27

Page 26: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 28 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Faturamento do setor de embalagens plásticas flexíveis cresce 7,5%

Apesar de 2012 ter sido um ano de muita instabilidade para o setor de transformação de plás-ticos, o segmento de embala-

gens plásticas flexíveis registrou aumento no faturamento em 7,5% com relação ao ano anterior, segundo estudo da Maxiquim solicitado pela Associação Brasileira da In-dústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief). Em 2011, o segmento faturou R$ 11,2 bilhões. Já no ano seguinte, o fatura-mento registrado foi de R$ 12 bilhões.

O volume de produção também cres-ceu em 2012. Em 2011, a produção foi de 1.779,19 mil toneladas de embalagens fle-xíveis contra 1.813 mil toneladas em 2012, ou seja, crescimento de 1,9%. Apesar des-tes números positivos, o setor sofreu com a volatilidade dos custos, principalmente no que tange ao aumento dos preços das matérias-primas superior aos demais cus-tos de produção e ao consequente aumento nas importações de produtos acabados.

O estudo da Maxiquim mostrou que as importações de embalagens flexíveis cresceram 11,5% em valores (de US$ 573 milhões, em 2011, para US$ 639 milhões, em 2012) e 12,8% em volume (de 120 mil toneladas, em 2011, para 136 mil tonela-das em 2012), ou seja, o déficit da balança comercial do setor foi o maior dos últimos oito anos, atingindo US$ 453 milhões no ano de 2012.

Mostrou ainda que as exportações ca-íram no período. Em valores, a queda foi de 14,0% (de US$ 217 milhões, em 2011, para US$ 186 milhões, em 2012) e 14,7% em volume (de 62 mil toneladas, em 2011, para 53 mil toneladas em 2012).

Em outras palavras, o ano de 2012 apresentou números positivos em relação a faturamento (crescimento 7,5%) e volu-me de produção (aumento de 1,9%), no entanto as importações de embalagens flexíveis cresceram, em valores e volume, e as exportações caíram. “O volume de produção cresceu basicamente acompa-nhando o crescimento do mercado inter-no, mais especificamente de setores como

alimentos. Já o crescimento do faturamen-to se deveu basicamente a um ainda de-ficitario repasse de preços pela indústria de embalagens frente ao grande aumento de custos sofridos em 2012, com destaque para os custos das matérias primas. Este mesmo aumento de custos no mercado interno é a justificativa para o déficit da balanca comercial do setor.”, avalia Sergio Carneiro Filho, presidente da Abief.

Ele diz que maior volume dentre as embalagens flexíveis no mercado nacional é representados por filmes de PE (polietileno) e PP (polipropileno), dentre eles destaque especial para embalagens para alimentos. “Se partirmos destes, poderíamos desta-car o avanço de alguns nichos; desde os mais commodities, como o strech (filmes esticáveis para paletização), decorrente da otimização da logística no país, até alguns mais sofisticados, como os stand up pou-ch (embalagens, normalmente laminadas multicamadas, com formato específico para exposição direta no ponto de venda), ten-dência mundial que já marca sua presença também no Brasil”, afirma.

Para o executivo, o ano de 2012 foi especialmente desafiador para o setor, os custos, com destaque para a escalada dos preços das matérias primas, dificultaram bastante a obtenção de margens satisfa-tórias pelas empresas, mas o ano de 2013 apresentou um início bem mais animador. “A redução dos custos da energia elétrica, a manutenção da disponibilidade de recursos para novos investimentos pelo BNDES, a momentânea nova estabilidade dos custos das matérias-primas e a concretização de negociações ao longo da cadeia, tudo isso em conjunto mostra um ano mais otimista para a indústria de embalagens plásticas flexíveis. Diante desse cenário, a Abief se-guirá atuando no sentido de promover com-petitividade à indústria, tanto no mercado interno quanto para exportação”, garante.

SetorA Abief é a entidade que há 35 anos

representa o mercado nacional de embala-

gens plásticas flexíveis, correspondente a cerca de 40% da produção do setor, com uma diversa gama de embalagens plásti-cas, para as mais diversas finalidades, tais como filmes monocamada, coextrusados e laminados; filmes de PVC e de BOPP; sacos e sacolas; sacaria industrial; filmes shrink (encolhíveis) e stretch (estiráveis); rótulos e etiquetas; stand up pouches (SUP) e em-balagens especiais.

Sacolas plásticasUm tema em constante debate é o das

sacolas plásticas. A experiência mostrou que a tentativa de eliminá-las se mostrou ineficiente, como aconteceu nos merca-dos de São Paulo, que foram obrigados a oferecê-las novamente aos clientes. “Em todo o Brasil a discussão ainda é ampla, mas a Abief trabalha para promover ações de educação, consumo responsável, redu-ção do desperdício e descarte adequado”, diz o presidente da entidade. O Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, que a entidade e promo-ve em parceria com a Plastivida Instituto Socio Ambiental dos Plásticos e Instituto Nacional do Plástico (INP), mostra que é possível ser sustentável sem que se fale em banimento de nenhum produto. Com o Programa, mais de 800 milhões de sacolas plásticas deixaram de ser desperdiçadas no varejo brasileiro, em 2012.

“Os dados mostram que o Programa permitiu uma redução acumulada de 5,8 bilhões de sacolas plásticas no Brasil, nos últimos cinco anos, quando foi criado. A marca representa 32,4% de redução em comparação com o volume de sacolas plás-ticas produzidas em 2007, ou seja, maior que a meta estipulada pelo Programa, que era de 30% em cinco anos”, afirma o di-rigente. “Ou seja, acreditamos na cons-cientização e não na proibição, no uso responsável e não em banimento, e que indústria, varejo, associações de defesa do consumidor e do meio ambiente e governo devem atuar em conjunto para benefício da sociedade e do meio ambiente”.

Embalagens

PS

Page 27: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 29

Page 28: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 30 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Logística Reversa – um dever conjunto

Um tema muito importante e que talvez não esteja recebendo a devida atenção dos empresários do setor é o da logística reversa,

instituída pela Política Nacional de Resídu-os Sólidos (PNRS, Lei 12.305/2010) que dá a responsabilidade compartilhada entre os membros do ciclo de vida de um produto (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos - prefeituras -, pelo descarte correto dos resíduos.

A PNRS reúne o conjunto de princí-pios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento am-bientalmente adequado dos resíduos sóli-dos. A lei contempla a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos pro-

dutos e reconhece o resíduo sólido reutili-zável e reciclável como um bem econômi-co e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.

O Ministério do Meio Ambiente pu-blicou o edital de chamamento para pre-paração/apresentação de acordo setorial relativo a Embalagens em julho de 2012 e em dezembro uma coalizão empresarial, da qual a ABIPLAST faz parte, formada por 22 entidades de classe de representação nacional abrangendo fabricantes de em-balagens, usuários de embalagens, dis-tribuidores/atacadistas, supermercados e comércio levou à ministra Isabela Teixeira um modelo de Acordo Setorial que propõe utilizar os Sistemas de Logística Reversa e iniciativas do setor privado já existentes no País com a participação das coopera-tivas de catadores que serão aperfeiçoa-das e expandidas inicialmente nas cidades sede da copa e a partir de 2015 para todo o território nacional. A inclusão de cata-

dores é uma exigência da legislação. “Temos uma meta para redução de 22%

em peso de embalagens depositadas em ater-ros para 3 anos (2012, 2013 e 2014). Nós consideramos esta meta desafiadora, porém se cada integrante do sistema cumprir com a sua obrigação na responsabilidade comparti-lhada, acreditamos que a cumpriremos. Essa meta será de 28% em 2019, 34% em 2023, 40% em 2027 e 45% em 2031”, diz Gilmar do Amaral, da Abiplast.

A Abiplast realizou um encontro em São Paulo onde todos os executivos dos Sindicatos patronais foram convidados para conhecer o Acordo Setorial. Depois disso, foi convidada pelos sindicatos para apresentação aos seus associados, o que aconteceu em cidades por todo o país. Num dos encontros, Amaral comentou que alguns empresários se mostram resistentes ou incrédulos diante das exigências da le-gislação. Ele lembra, no entanto, que não é o momento da discussão, pois a lei já

Embalagens

DIV

ULG

AÇÃO

>>>>

Page 29: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 31

Page 30: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 32 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

foi aprovada, é preciso pensar maneiras de cumprí-la.

A PNRS diz, por exemplo, que “a con-tratação de serviços de coleta, armazena-mento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas da respon-sabilidade por danos que vierem a ser pro-vocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos”.

Outro ponto importante diz que “Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redu-ção, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”. Além disso, por ter de pensar no destino final de cada embalagem, imagina-se que as empresas reduzirão tamanhos, quanti-dade, o que pode ter reflexos negativos na indústria de embalagens.

Para Amaral, isso não deve aconte-cer. “A PNRS não vai reduzir a produção do setor de embalagem, mas acreditamos que haverá uma mudança sensível em design, surgirão novos materiais e novas tecnolo-gias que possibilitarão a sua adequação aos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar)”.

Mesma opinião do presidente da

Abief, Sergio Carneiro Filho. “A perspec-tiva não é de redução, mas de racionali-zação das embalagens, principalmente no que tange ao descarte. As práticas de co-leta seletiva, reutilização, reciclagem vão garantir que o uso dos plásticos seja cada vez mais sustentável, sem que o consu-midor deixe utilizar a embalagem que o favorece na durabilidade do produto, na manutenção de sua integridade no trans-porte e de sua qualidade”, afirma.

Ele diz que desafio será grande para a indústria de embalagens, da mesma forma como o será para todos na ca-deia produtiva, ao mesmo tempo que, “inquestionavelmente se trata de uma necessária providência para direciona-

mento deste grande assunto”. Para o pre-sidente, “tanto é desafiador que o acor-do foi apresentado por uma coalizão de 22 entidades. Acordo este elogiável por representar uma iniciativa factível pelas entidades signatárias”, afirma.

Desafio grande e abrangente. “O Edi-tal de Chamamento nº 02/2012 foi dire-cionado aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de emba-lagens e de produtos comercializados em embalagens. Com relação aos demais pro-dutos, entendemos que serão tratados em edital de chamamento específico. A Abi-plast esta acompanhando e estará orien-tando e defendendo os interesses dos seus Associados”, diz Amaral.

EmbalagensEntidades não acreditam em

redução da produção, mas mudanças

importantes virão

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 31: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 33

ProdutosA Braskem lançou no mercado o novo

grade Pluris4301, polietileno de baixa densidade linear desenhado especifica-mente para atender o segmento de filmes higiênicos. A nova resina proporciona um bom balanço entre processabilidade e de-sempenho, além de apresentar melhoria na selabilidade em relação ao portfólio atual. Os filmes higiênicos são produzidos para confecção de embalagens de papel higiênico, papel toalha e guardanapos, segmento que tem apresentado forte cres-cimento por conta do aumento da renda média da população brasileira. Nesta apli-cação, os principais pré-requisitos são a rigidez, responsável pela estabilidade di-mensional da embalagem, e as proprieda-des óticas, que proporcionam uma melhor visibilidade do produto na gôndola.

Para atender o segmento de bobinas técnicas, a empresa colocou no mercado a resina LF1020/21AF, um polietileno de bai-xa densidade linear desenhado para ofere-cer um melhor balanço de processabilidade e desempenho, com destaque para sua sol-dabilidade. Pode ainda ser combinada com resinas octeno ou metalocênicas, conforme

necessidade da aplicação. As bobinas téc-nicas são muito utilizadas em processos de empacotamento automático para uso como embalagem de cereais, açúcar, massas etc. Por se tratar da apresentação e armazena-mento do produto, é um dos segmentos mais competitivos e exigentes em termos de qualidade e desempenho.

Por conta de rígidos requisitos, é ne-cessário que os filmes plásticos tenham algumas características específicas como brilho e transparência, para aumentar o destaque do produto na gôndola; resistên-cia mecânica, capaz de manter a integri-dade do produto envasado durante todo o manuseio e suportar eventuais quedas; e boa produtividade e soldabilidade, com-patível com a crescente velocidade das linhas de ensaque ou envase, garantindo competitividade do produto acabado.

“Durante os últimos meses, esta nova resina tem sido testada e utilizada por di-versos clientes. Seu desempenho foi apro-vado e comprovado no mercado nacional, aumentando o leque de opções de resinas no portfólio Braskem”, declarou José Au-gusto Viveiro, líder comercial do segmento de bobinas técnicas da Braskem. PS

Page 32: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 34 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

As embalagens no combate ao desperdício

Por Alfredo Schmitt*

A s embalagens têm papel funda-mental no combate ao desper-dício. Desde o início, a evolução das embalagens acompanhou o

desenvolvimento humano: inicialmente da simples necessidade de armazenar manti-mentos e água; mais tarde, de conservar por mais tempo esses produtos para consu-mo posterior e comercialização. Essa tam-bém é uma das vocações do plástico. O seu uso na agricultura permite maior produti-vidade, faz com que se evitem perdas por alterações no clima, promove maior tempo de vida aos alimentos e a garantia de esto-cagem de qualidade.

Com o gigantesco potencial agrícola do país, aliado à uma cultura de combate ao desperdício, o Brasil tem potencial para contribuir na redução de um dos maiores problemas mundiais: a fome. E a contribui-ção das embalagens plásticas nesse proces-so é fundamental.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimenta-ção (FAO), cerca de três bilhões de pessoas, que representam quase metade da popula-ção do planeta, sofrem hoje de fome. O mais alarmante é que a comida necessária para alimentar toda essa gente existe e é jogada fora todos os dias por alta de um acondicionamento adequado.

Dados do relatório Global “Food: wa-ste not, want not”, divulgado pelo Institu-to de Engenheiros Mecânicos (Imeche) do Reino Unido, mostra que, de 30% a 50% dos alimentos produzidos anualmente no mundo nunca são ingeridos. A porcentagem representa de 1,2 a 2 bilhões de toneladas de comida, que têm o lixo como destino.

Entre as principais causas do des-

perdício de alimentos foram listados pelo relatório fatores como a infraestrutura ina-dequada de transporte e armazenamento (é o motivo da perda no plantio de arroz em regiões do Vietnã, por exemplo, que chega a 80%) e as exigências de que os produtos sejam visualmente perfeitos nas pratelei-ras. As promoções do tipo ‘compre um, leve dois’ também estimulam o desperdício. As pessoas compram mais do que precisam e muita comida acaba no lixo.

Hoje a embalagem é fundamental na proteção do alimento, para seu melhor acondicionamento no transporte, na ga-rantida de sua maior durabilidade e, ainda, como fator de decisão de compra, resultan-do em economia e competitividade. As em-balagens evoluíram ao ponto de conferirem identidade ao produto, referenciar sua ori-gem e reforçar sua marca e suas qualidades. São fundamentais na logística: são essen-ciais para disponibilizar as mercadorias no

tempo certo, nas condições adequadas, ao menor custo possível, principalmente na distribuição internacional.

A indústria de embalagens plásticas flexíveis, que atua fortemente no setor de alimentos, investe cada vez mais em tec-nologia no desenvolvimento de embalagens inteligentes, capazes de garantir maior tempo de vida aos produtos nas prateleiras e que os alimentos estejam cada vez mais protegidos no transporte.

O segmento de embalagens plás-ticas flexíveis faz parte da indústria de transformação plástica brasileira que é a responsável por mais de 350 mil empre-gos diretos no Brasil, em mais de 11 mil empresas. O setor investe em tecnologia para se aliar cada vez mais ao segmento agrícola, com plenas condições de mini-mizar as perdas de alimentos, garantir valor agregado ao produto e sua marca, qualidade, durabilidade.

Soma-se a isso o esforço dessa cadeia para criar no país a cultura das boas práti-cas de consumo, como por exemplo, os 3R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), partindo do próprio plástico, que é 100% reciclável, e extrapolando para o consumo de modo ge-ral. Acreditamos que unindo esses pontos, o Brasil tem condições de dar mais um pas-so em direção ao desenvolvimento, contri-buindo de forma efetiva e global.

*Empresário e diretor da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens

Plásticas Flexíveis (Abief)

Artigo

Para Schmitt hoje a embalagem é fundamental na proteção do alimento

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 33: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 35

Page 34: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 36 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Mais do que brincadeira

Nem todo mundo sabe, mas o ato de brincar não é apenas uma ati-vidade de distração, uma maneira de unir pais e filhos ou mesmo dis-

trair as crianças para que os adultos possam ter uma folga. Assim como estudar, brincar é um ato de aprendizado e desenvolvimento. Nesse sentido, além da economia a indústria brasileira de brinquedos também tem um papel social importante. Neste ano, empre-sários do setor comemoraram a 30ª edição ABRIN - Feira Brasileira de Brinquedos, prin-cipal evento do setor na América Latina e o terceiro maior no mundo, entre os dias 23 e 26 de abril no Expo Center Norte, em São Paulo. Os negócios realizados na feira repre-sentam cerca de um terço do faturamento.

A Abrinq diz que tem motivo de sobra para celebrar o balanço de 2012 e o cená-rio para este ano, depois de muito trabalho nesse período: crescimento de 14%, diante de um PIB quase zero, e faturamento de R$ 4 bilhões de vendas ao varejo, que repre-sentam na ponta para o consumidor algo como R$ 7,5 bilhões. O presidente da enti-dade, Synésio Batista da Costa, acredita que o mercado pode crescer ainda mais com a tomada de espaço dos chineses e o trabalho incessante junto ao Governo.

Além da proteção às vagas nacionais, o Poder Público pode ser um importante parceiro ao equipar creches e pré-escolas com bons brinquedos. Sabe-se que as mães operárias fazem grande uso desse sistema e para algumas destas crianças o ambiente escolar pode ser o único com brinquedos de qualidade e origem comprovadas. O Gover-no Federal, que segundo editores é o maior comprador de livros, tem como bandeira o maior acesso à educação infantil, como dito várias vezes pela presidente Dilma. Compro-

misso este ratificado este ano com a sanção em abril da lei 12.796 que determina a ma-trícula de crianças a partir de quatro anos, obrigatória a partir de 2016.

As prefeituras já vêm se adequando, mesmo que não com a rapidez necessária. Nesse cenário, o plástico tem grande espa-ço, é fácil enumerar características favorá-veis como leveza, flexibilidade de design, re-sistência, fácil higienização e etc. A Abrinq destaca inclusive que o uso de polímeros na fabricação deixaram os brinquedos mais le-ves e baratos a partir dos anos 1990.

Considerando o que aconteceu no mundo com a indústria de brinquedos após a entrada dos chineses no mercado, a entidade destaca que o tamanho do parque produtivo nacional é no mínimo razoável: 500 fábri-cas, 25 mil postos de trabalho e faturamento de R$ 4 bilhões. Esse perfil só foi possível, lembra Synésio Batista da Costa, a partir de medidas conquistadas com muito empenho, como o controle das fronteiras e o fim da guerra dos portos.

Na opinião do presidente da Abrinq, o fim da guerra dos portos, por meio da Resolução 13 do Senado Nacional e em vigor desde 1º de janeiro deste ano, “é fundamental para assegurar a isonomia competitiva entre produtos nacionais e importados, eliminando o subfaturamen-to”. Assim como o maior rigor nas fron-teiras, assegura, diminui o contrabando. A Receita Federal tem algo como 1.500 con-tainers de brinquedos apreendidos.

A desoneração do INSS da folha de pagamentos, de 20% da folha mensal para 1% do faturamento limpo do mês, é outra das conquistas ressaltadas por ele. “Vai significar uma economia para o setor em dois anos”.

O leque de vitórias da Abrinq em bus-ca do crescimento da indústria brasileira de brinquedos não para por aí. Synésio Batista da Costa enumera as compras governamen-tais pelo MEC-FNDE, que representam um novo nicho de mercado para os fabricantes (como já dito); a queda de 3,8% nas impor-tações em 2012, e outros presumíveis 5% para este ano e o próximo, com negócios en-tre membros do Mercosul; além da elevação do PIS/COFINS em 1% sem direito a crédito nas importações de brinquedos.

Há, ainda, a questão de partes e peças para importação neste e no próximo ano, mantidas em 2%, contra 35% sobre impor-tações de produtos acabados. A prorroga-ção no MVA do ano passado para janeiro de 2013, sem prejuízo para o terceiro trimestre. E mais o controle da Norma da ABNT, a cargo da Abrinq via comitê do brinquedo; e a reu-nião da ISO TC 181 para São Paulo, depois de evento no Japão.

O calendário deste ano da Abrinq, se-gundo o presidente, inclui ampliar a lista de partes e peças para todas as posições, a ampliação do prazo de pagamento de tribu-tos federais e estaduais, ações em relação à importação de brindes e à imunidade dos livros-brinquedos, maior controle nos portos e a questão do Refis nacional e paulista para brinquedos, entre outros temas.

Na agenda pessoal de Synésio Batista da Costa, figuram temas espinhosos como li-derar o Mercosul na complementação indus-trial produtiva, acordos comerciais com Es-tados Unidos, Comunidade Europeia e Ásia, o combate à informalidade e a criação de curso de design de brinquedos.

Três décadas de ABRINDurante a ABRIN, 180 fabricantes

Brinquedos

>>>>

Page 35: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 37

>>>>

Page 36: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 38 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

brasileiros apresentam em torno de 1,5 mil lançamentos em brinquedos em geral e pe-dagógicos, puericultura leve e pesada, jogos eletrônicos, pelúcias, miniaturas, fantasias e outros artigos que vão abastecer o varejo du-rante todo o ano, especialmente nas princi-pais datas do setor – Dia dos Namorados, Dia das Crianças e Natal. O público estimado da esição 2013 era de 20 mil profissionais do se-tor, a maioria de lojistas do Brasil e exterior.

Nos 30 anos da ABRIN, a Abrinq reme-mora o que aconteceu em termos de eco-nomia, mercado e preferência das crianças. É interessante notar que o gosto infantil segue tendências previsíveis, como influên-cia da TV e atração por novidades tecnológi-cas. Quem não lembra dos Tamagochis? No entanto, algumas vezes são os brinquedos mais simples que viram febre.

Na década de 1980, o Brasil es-tava com um modelo econômico esgotado e a classe média perdia o poder de compra. Para as classes mais baixas, o acesso aos brinquedos era ainda mais difícil. Graças à influência da televisão, as poucas fábricas nacionais em funcionamento investiam em personagens consagrados para atrair a aten-ção das crianças. Sem concorrência externa, os preços eram altos.

Década de 1990Houve maior penetração de tecnolo-

gia embarcada nos brinquedos, com desta-que para os eletrônicos. Com o desenvol-vimento da tecnologia foram introduzidos

materiais sintéticos na fabricação das bolas e outros. É uma década com muitos brin-quedos de sucesso. Curiosamente, alguns que se tornaram “febre” entre as crianças não têm tecnologia embarcada: Cubo Mági-co e Pirocóptero, por exemplo.

A abertura comercial do mercado bra-sileiro fez com que a indústria nacional enfrentasse vários desafios. Com o câmbio favorável, as importações de brinquedos au-mentaram em níveis muito altos.

Vindos principalmente de países asiáti-cos a partir de 1995, os importados provoca-ram a desestruturação do parque industrial brasileiro. A espionagem industrial e a fal-sificação se intensificaram, agravando ainda mais os problemas. O uso de polímeros na fa-bricação deixaram os brinquedos mais leves e baratos. Alguns brinquedos se destacaram neste período; entre eles, a “febre” da Mola-mania, dos Tazos e do Tamagochi.

Anos 2000A implantação de salvaguardas aumen-

tou a alíquota de importação de 20% para 70%. Como consequência, ocorreram au-mento da produção de brinquedos no Brasil e queda das importações. A partir das novas condições, a indústria passou a investir ain-da mais na modernização tecnológica e na regulamentação técnica de seus produtos.

A partir do ano 2000, em função da melhoria do quadro geral e da evolução da indústria de brinquedos, governo e fabrican-tes estabeleceram uma série de objetivos e metas visando a contribuir para a Política In-

dustrial, Tecnológica e de Comércio Exterior.O licenciamento tornou-se fator pre-

ponderante no desenvolvimento de produ-tos. Estima-se que 80% dos brinquedos este-jam ligados a algum personagem ou marca.

Atualmente, a produção brasileira de brinquedos apresenta o seguinte perfil:

• Brinquedosgenéricos ou tradicio-nais que se caracterizam por uma concor-rência que leva em conta apenas o preço, descartando o fator marca;

• Brinquedos eletrônicos com es-treita dependência da indústria eletrônica e microeletrônica, tendo como fator prepon-derante a tecnologia do produto;

• Videogame, que também desen-volve forte dependência da indústria micro-eletrônica, apresentando concentração da indústria em nível mundial, com padrão de oligopólio.

O destaque fica para os brinquedos tecnológicos: carros e helicópteros radio-controlados (inclusive por dispositivos mó-veis como celulares e tablets), bonecas e pe-lúcias que interagem com as crianças ou que apresentam o conceito de “realidade aumen-tada” pela interação com computadores e Internet. Os videogames são marcados pela alta tecnologia nos gráficos e nos sensores, e a interação com outros jogadores pela In-ternet. Com a proliferação de celulares in-teligentes e tablets, surge o fenômeno dos aplicativos, jogos que podem ser baixados para estes dispositivos.

ChinaPara a Abrinq, a China começa a perder

competitividade no cenário internacional. Mudanças estruturais nas relações de traba-lho – como o aumento de salários em 20% nos últimos três anos e pagamento de leis sociais – e fatores como a valorização da moeda local, mais a desaceleração da eco-nomia nos EUA e Comunidade Europeia, vêm aumentando o preço dos produtos chineses e tornando as importações menos atrativas.

Os fabricantes nacionais se beneficiam desse quadro, já que o Brasil é um dos pou-cos países no mundo a manter seu parque fabril de brinquedos em plena atividade.

BrinquedosFunção pedagógica, como no relançado Genius, coloca poder público também como cliente

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 37: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 39

Indústria concorre com outras atividades

A Brinquedos Estrela, uma das marcas mais conhecidas do Bra-sil, preparou 225 lançamentos para 2013, espalhados nas dive-

ras categorias, jogos, pré- escolar, veícu-los controlados e etc. O diretor de marke-ting Aires Leal Fernandes diz que 2012 foi produtivo, com crescimento de 5%. “A Estrela teve um ano bastante feliz, acer-tou alguns lançamentos, performance. Tivemos o brinquedo do ano, eleito por votação direta dos varejistas, o Cupcake Surpresa, com quase 1 milhão de unida-des”, comenta. A empresa também apos-tou em relançamentos de sucesso dos anos 1980, quando muitos pais de hoje eram acrianças, como Genius e Boca Rica.

No Genius, os jogadores devem repe-tir as sequências de luzes e sons. São três jogos diferentes e quatro níveis de difi-culdade, com cinco maneiras diferentes de jogar. No Boca Rica, os jogadores recebem fichas que vão sendo inseridas no cofre. O jogador que com sua ficha conseguir abrir a porta da barriga do cofrinho (Boca Rica) ganha tudo o que estiver lá dentro. Para isso acontecer é preciso sorte, pois nunca se sabe quando a portinha será aberta. O grande vencedor é aquele que tiver acu-mulado mais moedas ao longo das rodadas.

“Resgatar estes produtos é uma ho-menagem que fazemos aos consumidores. O Genius tem uma imagem muito forte na lembrança de quem foi criança nos anos 1980. O Boca Rica também tem muitos fãs. Reeditar e revigorar clássicos de nosso

portifólio é uma estratégia que temos ado-tado e que tem funcionado muito bem”, diz o executivo.

Outro destaque de 2012 foi a linha Carrossel com as bonecas da novela do SBT. A boneca, de forma geral, é, aliás, o brinquedo de maior sucesso, segundo a Abrinq. Fernandes enumera duas razões para a permanência desta peça tão anti-ga e tradicional no topo. “Meninos são mais atingidos pelas brincadeiras virtuais; lutas, corridas e jogos são reproduzidos de forma virtual, nos games. O brinquedo da menina se mantém, pois o instinto mater-nal pede o contato fisico, pentear, trocar de roupa, alimentar”, afirma.

No cenário nacional, o executivo aponta como conquistas a desoneração da folha, a redução da energia elétrica, a certificação do brinquedo (todo e qualquer brinquedo impoprtado também tem que ter certificação de laboratório nacional credenciado ao Inmetro) e apoio da Re-ceita e Polícia Federais coibindo entrada de importados contrabaneados. Seguem as bandeiras da desoneração tributária. “Mais de 50 % é imposto. O brinquedo auxilia no desenvolvimento da criança, tem função poedagógica clara”, comenta. No âmbito internacional, ele diz que o grande vilão segue sendo a China, “com custo baixo, há desoneração para exportação e benefício e a mão de obra barata”.

Para Fernandes, existem dois cami-nhos para a indústria de brinquedos hoje: Itens pré- escolares, sendo que o consumi-

dor médio está em fase de compreeensão da importância do brinquedo, pensa que é entretenimento. Já o Governo “compra alguma coisa, os Municípios, não há poli-tica clara, poderia estar em cumplicidade com industria nacional”. E jogos de tabu-leiros ou ação (jogos plásticos) em con-traponto a jogos eletrônicos que, segundo Fernandes, são solitários, pois é a criança contra ela mesma ou contra a maquina. Já os jogos físicos aproximam, na opinião do executivo.

Sabe-se que a indústria tem brin-quedos tem um percentual pequeno de participação no setor plástico. Em con-trapartida, o plástico grande papel para a indústria de brinquedos. “A grande maioria (dos brinquedos) vem do termoplastico, é uma grande indústria, com vários insumos. O termoplastico é a alma dos nossos brin-quedos, a materia que permite transformar sonho, fantasia e magia”, diz Fernandes.

Menos crianças? O diretor de marketing da Estrela Aires Leal Fernandes diz que vê a redução de filhos por família “de forma preocupante”, pois “Nos anos 1950 a média era de cinco por mulher e o Brasil tem descrésimo, as crianças hoje não tem nem um irmão para brincar, pois é 1,8 filho. A criança está confinada, so-litária, com agenda repleta de atividades, (sendo) treinada para ser competitiva”, diz. Nesse sentido, com a falta tempo para brincar a indústria de brinquedos compete com outras atividades sociais. PS

Page 38: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 40 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Os brinquedos seguros são muito mais divertidos

(*) Por Robério Esteves

A indústria de brinquedos é, tradicio-nalmente, uma das grandes consumidoras de plásticos. Trata-se de um insumo impor-tante tanto para a confecção de brinque-dos 100% em plástico como para produ-tos com peças fabricadas neste material. No Brasil, monitoramento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) referentes a 2011 estima a exis-tência de 523 fábricas que empregam mais de 25 mil trabalhadores e que atendem cerca de 50 milhões de crianças. Ou seja, é um universo imenso que tem critérios muito rígidos para atender as expectativas de consumidores extremamente exigentes.

Os brinquedos devem aliar o alto valor de diversão para as crianças, que devem ter vontade de se entreter com eles por muito tempo, à atenção máxima para a segurança. É fundamental que os brinquedos sejam seguros e atóxicos para que esta indústria possa cumprir o seu papel de se contribuir para o bem-estar dos pequenos e exigentes consumidores.

Para este segmento, a indústria de plás-tico deve pautar o desenvolvimento e as novas tecnologias para evitar que qual-quer criança se machuque ao brincar. Mas outros fatores também são importantes, como a qualidade do material empregado e o cuidado com os processos industriais para a produção de peças com capacidade resistência e encaixe.

Neste setor, quando se trata o consu-midor com a atenção e o respeito que ele merece, a resposta do mercado é sempre positiva. A dinamarquesa LEGO, por exem-plo, apresenta crescimento contínuo em todo o mundo. Em 2012, quando come-morou 80 anos de história, o faturamento da companhia bateu em US$ 4,11 bilhões, uma alta de 17% sobre o ano anterior, quando a receita foi de US$ 3,5 bilhões, e 156% superior aos US$ 1,6 bilhão de 2007 (cinco anos antes). O resultado do ano passado colocou a LEGO na segunda posi-ção entre os maiores fabricantes mundiais de brinquedos, mesmo atuando apenas na categoria “brinquedos de montar”, da qual é a líder absoluta.

Artigo

DIV

ULG

AÇÃO

Page 39: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 41

No Brasil, o crescimento da marca é igualmente expressivo. Em 2012, a LEGO registrou alta de 50% no mercado nacio-nal; em 2011, o crescimento local havia sido de 22%. Além das questões ligadas à aliança da alta qualidade, segurança e alto valor de diversão, vale citar que também contribuem para os resultados no Brasil o grande número de lançamentos, investi-mentos em comunicação, amadurecimento da marca e a conquista de novos clientes.

Na história da marca no mercado bra-sileiro, outro ponto importante é a par-ceria com a M.Cassab que, desde 2004, é a sua distribuidora oficial no País. Por aqui, desde o início da parceria, é cada vez maior o número de crianças que brin-cam com os blocos de montar e, ao mesmo tempo, são estimuladas em questões como coordenação motora, desenvolvimento de raciocínio lógico e criatividade.

A longa história da LEGO com as crian-ças de todo o mundo gerou curiosidades in-teressantes e números impressionantes. Em mais de 130 países, mais de 400 milhões de crianças brincam com os blocos de montar da marca. Outro dado interessante é que a empresa já produziu mais de 36 bilhões de elementos (peças) nas fábricas instaladas na Dinamarca, República Tcheca, Hungria e México, um volume que representa a produ-ção aproximada de 68 mil peças por minu-to, ou 1.140 por segundo. Se juntássemos as peças LEGO comercializadas em um ano, por exemplo, e as colocássemos uma atrás da outra, seria possível dar mais de cinco voltas ao redor do planeta.

Para a indústria de plástico, um dos dados interessantes da LEGO é o fato de a coleção de brinquedos da marca contar com mais de 4,2 mil elementos diferen-tes, que exige, consequentemente, um número equivalente de moldes; estas pe-ças são produzidas em 58 cores distintas. Desta forma, diante de tanta variedade, estima-se que as crianças de todo o mun-do aproveitem mais de 5 bilhões de horas por ano brincando com os blocos de mon-tar da LEGO, construindo e reconstruindo a realidade em que vivem ou até mesmo os seus maiores sonhos, onde elas podem construir o mundo que desejarem.

(*) Diretor de operações da LEGO no Brasil, é formado em design e marketing,

com especialização em administração.

PS

Page 40: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 42 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Automóveis: cresce o mercado, crescem oportunidades de aplicações

A despeito do trânsito difícil e da disputa por espaço entre motoristas, pedestres e ci-clistas, questões de primeira

ordem nas cidades médias e grandes, o automóvel vem ganhando cada vez

mais lugar no Brasil. Por muito tempo sonho de consumo de grande parte da população, agora plenamente realizá-vel, e apoiado pelo Governo por razões econômicas, mas também de afinidade – todos sabem da ligação do ex-presi-

dente Lula com o setor e o papel que este teve em sua ascensão política e, assim, de sua sucessora – o carro e sua indústria registram bons números se-guidamenete. As vendas de automóveis cresceram em 2012 e seguem crescendo

Dow oferece o Engage XLTA solução Engage XLT faz parte da nova linha de elastômeros da Dow. Com alta eficiência, a solução amplia a elaboração de peças

mais finas que ajudam a aumentar a velocidade de produção, reduzindo tempo de esfriamento e o coeficiente de expansão, além de trazer dois benefícios relevantes ao produto final: redução do consumo de combustível, já que contribui para a diminuição de peso do veículo; e design mais criativo, uma vez que ao manter um elevado índice de fluidez nos compostos consegue-se melhorar o enchimen-to dos moldes mais complexos. Com a nova solução, a injeção de peças internas ou externas pode ser feita com redução da massa do produto, o que resulta em peças com alta absorção de impacto, moldabilidade e qualidade no acabamento.

Automóveis

DIV

ULG

AÇÃO

>>>>

42 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Page 41: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 43

>>>>

Page 42: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 44 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

em 2013. O balanço de 2012, no entan-to, indica queda na produção.

Uma análise das vendas de veículos divulgada em maio pela Federação Na-cional da Distribuição de Veículos auto-motores (Fenabrave) mostrou o melhor abril da história e o melhor mês até en-tão para o setor neste ano. Em abril, os emplacamentos somaram 333,7 mil veí-culos, entre automóveis, comerciais le-ves, caminhões e ônibus, representando um crescimento de 29,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Na com-paração com março, a alta foi de 17,6%. Nos quatro primeiros meses do ano, os brasileiros compraram 1,16 milhão de veículos, uma alta de 8,2%.

Por outro lado, um balanço da As-sociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divul-gado em janeiro mostrou que a venda de veículos cresceu 4,6% no ano de 2012, chegando a 3.802.071 unidades, mas a produção caiu 1,9%, com 3.342.617 novas unidades saindo das montadoras, enquanto em 2011 esse número chegou a 3.407.861. As exportações também re-gistraram queda de 20,1%.

O plástico já tem grande pre-sença nesta indústria com benefícios econômicos e ambientais, na redução de peso, e mesmo vitais, no caso de acidentes. O Inovar Auto, regime auto-motivo do Governo Federal lançado em 2012 e que passou a valer este ano, deve ampliar os investimentos em ve-ículos leves e que tenham a mão bra-sileira envolvida, pois há benefícios fiscais atrelados a isso. O produto pode estar em locais de visão nula, como motores, ou nas mais visíveis, pois es-teticamente não deixa a desejar.

Um estudo da fabricante química Lanxess, realizado em conjunto com ins-

tituições internacionais e divulgado em 2011, mostrou que a demanda por plás-ticos de engenharia no setor deve cres-cer a um ritmo de 7% ao ano até 2020 e a produção global de veículos leves vai aumentar 30% até 2015.

Tendência já consolidada global-mente, a substituição de insumos como aço e ferro fundido por polímeros será impulsionada pela necessidade de auto-nomia dos carros que utilizam fontes al-ternativas de energia e deve resultar na concepção de peças que também serão utilizadas nos veículos convencionais, segundo a Lanxess.

Dos coletores e cárter, aos rola-mentos do motor e lataria, esse plás-ticos de alta tecnologia passaram a ser parte integrante dos veículos moder-nos. Os plásticos têm um sexto do peso do aço e proporcionam uma excelente combinação entre resistência ao calor, condutividade térmica, rigidez e baixa tendência à deformação. Com fácil ma-nutenção e conserto, e sem riscos de corrosão, os polímeros asseguram uma montagem simples e são fáceis de serem trabalhados. Não é apenas o processo de fabricação que é mais rápido, mas os acessórios e componentes podem ser in-tegrados aos moldes de plástico. A Lan-xess apostou na tecnologia que combina as propriedades dos plásticos com o me-tal, híbrida, proporcionando ao material uma maior resistência ao mesmo tempo em que são mais leves do que os seus equivalentes em metal.

A aplicação é global e, com uma classe média em crescimento, com disponibilidade maior de renda, o Brasil tornou-se um dos maiores e mais promissores mercados de auto-móveis do mundo. Mercado para to-dos os bolsos, basta lembrar a vinda

da BMW para Santa Catarina, oficiali-zada no mês de abril.

MVCA MVC, líder brasileira no desen-

volvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertencente às Empresas Artecola e a Marcopolo, anunciou em 2012 o fornecimento de componentes em compósitos (plástico de engenharia) para modelos de veícu-los das marcas Mitsubishi, Nissan, Su-zuki, Scania, Volvo, Iveco e Volare, além de peças para implementos rodoviários da Randon e Guerra. Para atender o ele-vado padrão de qualidade do segmento automotivo, a empresa desenvolve pro-dutos pelos processos RTM-S e VFC Li-ght, que proporcionam grande redução de peso e vantagens para a preservação ambiental e redução de emissões, além de outros benefícios para o cliente e para o usuário final.

Segundo Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, a empresa está atenta à con-tínua evolução da indústria automobi-lística brasileira. “O setor automotivo é dinâmico e tem seu foco no melhor de-sempenho, na redução de peso, consu-mo de combustível e emissões, estética e na sustentabilidade. Para cada cliente e para cada aplicação o nosso departa-mento de engenharia desenvolve novos materiais e processos para as diversas aplicações”, ressalta o executivo.

Entre os lançamentos para 2013, o utilitário Suzuki Jimny equipado com para-choques dianteiro e traseiro, as saias laterais, os conjuntos de fender flare dianteiro e traseiro, splash shield e protetor frontal fabricados pelos pro-cessos Vacuum Forming, com plástico de engenharia de alta resistência mecâni-ca. As peças são produzidas em termo-

ABS: demanda de 80 mil toneladas/anoA demanda brasileira de ABS (Acrilonitrila-Butadieno-Estireno) atualmente é de cerca de 80 mil toneladas por ano, e segue sendo

suprida exclusivamente por importações, informa a MaxiQuim. Os projetos para instalação de uma planta de ABS no país estão todos em stand by, o que indica que as importações devam continuar crescendo. Estima-se que a demanda de ABS no Brasil cresça a uma taxa anual de 4% a 5% nos próximos cinco anos. O setor automobilístico é um dos principais demandantes de ABS, junto ao eletroe-letrônico, com 33% e 30% de participação, respectivamente. OS consumidores estão situados principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Norte do país.

O Brasil é responsável por aproximadamente 90% da demanda de ABS na América do Sul, diz a MaxiQuim. Em outros países da região a mesma situação de déficit é observada, por falta de produção. A Ásia é a região que mais exporta ABS para a América do Sul, sendo responsável por cerca de 80% do total.

Automóveis

44 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Page 43: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 45

plástico de alto impacto pelo processo a vácuo, já pintadas na cor do veículo e entregues diretamente na linha de mon-tagem da montadora.

A MVC também fornece o painel de instrumentos completo e o revestimento interno do teto (forro), que terá como di-ferenciais alto desempenho, acabamento e redução de peso. O forro é produzido em duas diferentes configurações, para versões com teto solar e revestimento de vinil e de tecido na padronagem da mon-tadora. O inovador processo VFC Light (combinação das tecnologias a vácuo e compressão) proporciona maior estabili-dade térmica, rigidez, redução de peso e melhor padrão de acabamento aos com-ponentes automotivos.

Para os modelos da Mitsubishi, a MVC fornece para-choques, para-lamas, porta pacote, revestimentos internos fabricados pelos processos Vacuum Forming, com plás-tico de engenharia de alta resistência mecâ-nica. O processo é composto por polímeros mais leves e com alta absorção de impacto.

“Desenvolvemos os para-choques e protetores para a L200 Triton Savana. A partir de 2013, também forneceremos para a Mitsubishi tapetes e carpetes em cinco diferentes modelos para a L200 Triton e Pajero Dakar. Eles serão fabri-cados por um novo sistema automático de corte a jato d’água”, explica Gilmar Lima, diretor-geral da MVC.

Este novo sistema de corte com jato d’água é realizado por um robô, que executa a operação de recortes e fura-ções, com alta pressão, nos cinco eixos superficiais do produto. Proporciona ele-vada precisão dimensional do produto e melhor acabamento superficial, com ganhos de produtividade em relação ao processo atual.

“Além da aplicação do sistema de corte a jato d’água para a linha de tape-tes e carpetes dos modelos Mitsubishi, também forneceremos para a Pajero TR4 o forro de teto, fabricado em Superlite, novo material que consiste em um polí-mero reforçado com fibras longas de vi-

dro e proporciona baixíssimo peso e alto desempenho térmico e acústico”, afirma Luis Carlos Baptista Jr, gerente da uni-dade MVC GO, em Goiás.

Pesados

Para o segmento de veículos co-merciais, como caminhões, ônibus e implementos rodoviários, a MVC forne-ce componentes fabricados pelo pro-cesso de RTM-S, em substituição ao RTM Light. A tecnologia RTM-S - Resin Transfer Molding - Surface, desenvolvi-da 100% no Brasil, patenteada e lan-çada no final de 2010 pela empresa, é uma combinação de materiais e proces-sos termofixos e termoplásticos.

“O RTM-s proporciona grandes vantagens em relação à qualidade de superfície, produtividade, eficiência e também na preservação ambiental, como a redução de peso dos veículos e a maior velocidade para mudanças de design e atualização de produtos. A Iveco, a Randon e a Volare possuem

Plástico verde no capaceteO trânsito pesado exige cuidado extremo em relação à segurança, especialmente daqueles que estão nos veículos mais leves. Sa-

be-se do sucesso das motos no Brasil, até pelo seu preço bem inferior a um carro. Pois a aplicação do plástico verde chegou ao mercado dos capacetes. A empresa MSA, especialista na fabricação de equipamentos de segurança, é a primeira a produzir um EPI (Equipamento de Proteção Individual) feito a partir do Plástico Verde da Braskem, fonte 100% renovável derivada da cana-de-açúcar, informou a petroquímica. A empresa lançou recentemente no mercado o V-Gard, primeiro capacete sustentável do planeta. Sua fabricação possui a vantagem de contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa, pois cada unidade produzida captura CO² da atmosfera.

A qualidade técnica do novo capacete é garantida por se utilizar dos mesmos processos e maquinários industriais já existentes na MSA para os equipamentos feitos de PE tradicional. O equipamento conserva as características funcionais, o desempenho técnico. Após sua vida útil, o material poderá ser reaproveitado para a geração de outros produtos por ser 100% reciclável.

>>>>

Page 44: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 46 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

peças com elevada exigência de acaba-mento superficial – com ou sem pin-tura – e resistência estrutural. Para a Volare, produzimos o capô interno do motor. Para a Randon, a porta do baú frigorífico e, para a Iveco, o colarinho do caminhão Stralis NR, peça de gran-des dimensões e de elevado padrão de acabamento e resistência mecânica”, conta Gilmar Lima.

O novo conceito resulta em uma solução que alia maior resistência me-cânica e acabamento superficial de alta qualidade, com foco na sustentabilidade e na preservação do meio ambiente. En-tre as vantagens ambientais estão a re-dução ou até eliminação de preparação de pintura e de gel coat, o que resulta em menor emissão de monômero de es-tireno. Como o RTM-S permite suprimir algumas etapas do processo produtivo, há menos consumo de energia elétrica e, devido à inserção de materiais termo-plásticos, facilita a reciclagem.

Outra grande vantagem é que o RTM-S possibilita a fabricação de peças coloridas, quando se utilizam termoplás-ticos especiais desenvolvidos para esta finalidade, com acabamento final de alto desempenho e durabilidade, dispensan-

do a pintura final, o que representa significativa redução de custos e ainda colabora para a preservação ambiental.

Projeto SofiaEm março de 2013, a MVC apre-

sentou no Simpósio Mundial de RTM e Infusão, realizado na cidade de Saint--Avold, na França, o Projeto Sofia, um novo conceito de fabricação de carro-cerias automotivas. O produto utiliza vários materiais e processos combina-dos, com destaque para os novos RTM-T e RTM-TS, que são utilizados nos prin-cipais componentes estruturais da car-roceria, que proporcionam redução de peso entre 30 e 40%, comparado com o sistema tradicional de fabricação de carrocerias de veículos, a redução de custo total em até 15%; desempenho superior (mecânico, qualidade aca-bamento superficial e durabilidade); simplicidade no processo, baixo inves-timento e materiais compósitos reciclá-veis e diferenciados.

O novo conceito tem como foco os segmentos automotivo e ferroviá-rio para a fabricação de carrocerias de ônibus, automóveis, vagões de trens, vans, caminhões frigoríficos, trailers e furgões. Inovador, totalmente susten-tável e desenvolvido 100% em plástico de engenharia, o produto final é um kit que pode ser montado em poucas horas e sem grandes investimentos em ferra-mental e meios de produção.

MVC torna veículos mais leves, sustentáveis e econômicos, sem interferir na estética

Automóveis

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 45: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 47

“A inovação como estratégia para o crescimento contínuo”

Gilmar Lima*

Em 2012, a indústria automotiva brasileira teve um excelente de-sempenho devido a fatores como a redução de impostos para veícu-

los novos e também à mudança do perfil do consumidor brasileiro, que cada vez mais dispõe de poder de compra para aquisição de bens duráveis, como auto-móveis. Esse cenário contribuiu para que as montadoras lançassem novos carros, investissem em novas plantas no país e passassem a fabricar localmente mode-los que antes eram importados.

A indústria de plástico para a en-genharia também registrou crescimento em 2012. A MVC Soluções em Plásticos, empresa reconhecida internacionalmente como inovadora, de grande capacidade de aplicação de novos processos e mate-riais e pertencente às Empresas Artecola e à Marcopolo, registrou aumento de 26%, conquistados com a ampliação do forneci-mento aos clientes atuais, além do ingres-so em novos segmentos.

Um dos destaques no crescimento é a oferta de soluções integradas, como no caso dos veículos da Mitsubishi, que recebem os painéis de instrumentos já montados e seqüenciados na unidade da MVC de Catalão, para a inserção na linha de produção da montadora, sendo aplica-dos diretamente no automóvel. Diferen-tes modelos de utilitários esportivos da marca recebem os painéis, compostos por 38 a 40 itens, como o Pajero Dakar, Paje-ro TR4 e a picape Triton.

Em 2013, a MVC comemora dez anos de parceria com a Mitsubishi. O Pajero TR4, por exemplo, é um modelo de sucesso da aplicação crescente de plásticos de enge-nharia pelas montadoras de veículos auto-motores, que permite a modernização con-tínua do design, redução de peso, redução de emissões e preservação ambiental, com processos de fabricação de componentes mais sustentáveis. Ao longo desses dez

anos, o veículo passou por diversas atuali-zações e, a cada mudança, a MVC ampliou o fornecimento de componentes internos e externos, demonstrando a constante de inovação do setor de plásticos para en-genharia automotiva e acompanhando a evolução do setor automotivo. Destaque para o forro de teto para três modelos do veículo, fabricado em VFC Light que con-siste em um polímero reforçado com fibras longas de Fibra de vidro e proporciona um produto com baixíssimo peso e alto de-sempenho térmico e acústico.

Outro grande cliente é o Jimny da Su-zuki, que recebe para-choques dianteiro e traseiro, acabamento frontal em polipropi-leno para a versão off-road, além do forro de teto em VFC Light. Os forros de teto têm como diferenciais alto desempenho, acaba-mento e redução de peso e é produzido em duas diferentes configurações, para versões com teto solar e revestimento de vinil e de tecido na padronagem da montadora.

Para o segmento de veículos comer-ciais, como caminhões, ônibus e imple-mentos rodoviários, a MVC fornece compo-nentes fabricados pelo processo de RTM-S, em substituição ao RTM Light. A tecnolo-gia RTM-S - Resin Transfer Molding - Sur-face, desenvolvida 100% no Brasil, pa-tenteada e lançada no final de 2010 pela empresa, é uma combinação de materiais e processos termofixos e termoplásticos.

A tecnologia tem foco na sustentabi-lidade e na preservação ambiental. Entre as vantagens estão a redução ou até eli-minação de preparação de pintura e de gel coat, o que resulta em menor emissão de

monômero de estireno. Como o RTM-S per-mite suprimir algumas etapas do processo produtivo, há menos consumo de energia elétrica e, devido à inserção de materiais termoplásticos, facilita a reciclagem.

Outro exemplo de inovação é o Pro-jeto Sofia - novo conceito de fabricação de carrocerias para ônibus, automóveis, vagões de trens, vans, caminhões fri-goríficos, trailers e furgões, lançado em fevereiro deste ano. Totalmente sustentá-vel e desenvolvido 100% em plástico de engenharia, o produto final é um kit que pode ser montado em poucas horas e sem grandes investimentos em ferramental e meios de produção. O projeto já recebeu o prêmio de “Design e Inovação” e foi o vencedor da categoria Termoplásticos na JEC Innovation Awards Europe 2013, rece-bidos, em março, na França.

A MVC vai além de simplesmente substituir materiais convencionais pelos plásticos de engenharia e compósitos, ela inova também nas próprias aplica-ções, com foco no melhor desempenho, na redução de peso e na sustentabilida-de. Esta atitude demonstra um movimento forte para oferecer sempre a solução mais adequada para cada aplicação e para o momento que o mercado vive, com nova legislação e com o acirramento da compe-titividade internacional.

Apesar de todos esses esforços e investimentos para estar sempre na li-derança e vanguarda mundial, o futuro da indústria e a competitividade nacio-nal são, a todo o momento, colocados em cheque. O custo Brasil ainda preo-cupa e muito. A necessidade de rever a tributação com foco em toda cadeia de geração de valor e não somente nas montadoras, desoneração da folha e po-lítica mais acessível de investimentos são premissas básicas para continuarmos nos desenvolvendo e mostrando a força da indústria automotiva brasileira.

*Diretor-geral da MVC

Artigo

PS

Page 46: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 48 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Construir, crescer, desenvolver

O setor de construção é um dos principais símbolos do desene-volvimento do Brasil nos últimos anos. Além de atender uma de-

manda social fortíssima, o direito a uma mo-radia digna, movimenta vários mercados. As empresas tem verficado bom crescimento no todo , especialmente em regiões específi-cas, mas o setor não escapou das quedas na economia brasileira e na indússtia de modo geral. Em abril, a Confederação Nacional da Indústria escanacrou um dado forte em rela-ção à construção: um ano sem crescimento.

A atividade na indústria da construção completou em março de 2013 um ano sem crescimento. O nível de atividade do setor caiu pelo quinto mês consecutivo, com in-dicador de 48,9 pontos no mês passado, puxado pelas pequenas e médias empresas. As informações são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em abril. Os indicadores variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 indicam queda da atividade ou atividade abaixo do usual.

De acordo com a pesquisa, o desaque-cimento da indústria da construção fica cla-ro no indicador de atividade em relação ao usual, que está abaixo dos 50 pontos desde maio de 2012 e, em março último, atingiu 45,2 pontos, o menor nível da série. “O seg-mento claramente não passa ileso à desa-celeração da economia brasileira”, assinala a Sondagem. “Para os próximos meses, o cenário é incerto, e não há sinais claros de reversão.”

A utilização da capacidade de operação (UCO), que mede o volume de recursos, mão de obra e maquinário usado pelas empresas, ficou estável nos 70%, o mesmo nível de março do ano passado. Segundo a pesquisa, essa estabilidade na UCO, combinada com a queda na atividade, se explica pela redução nos fatores de produção, como máquinas, equipamentos e empregados. O indicador

de número de empregados vem mostrando redução desde novembro de 2012.

O preço das matérias-primas aumentou no primeiro trimestre em comparação ao úl-timo de 2012. Além disso, o acesso ao cré-dito foi considerado difícil pelos empresários nos primeiros três meses do ano. Entre as principais dificuldades assinaladas pelo se-tor está a elevada carga tributária, a falta de trabalhador qualificado e o alto custo da mão de obra.

Sem surpresasA situação já tinha sido indicada pela

CNI em janeiro deste ano quando divulgou que a indústria da construção fechou 2012 com um fraco desempenho. O indicador de nível de atividade do setor caiu em dezem-bro e ficou em 45,8 pontos. A queda foi maior nas médias empresas, em que o in-dicador foi de 44,6 pontos. O nível de ativi-dade em relação ao usual para o último mês do ano também recuou para 46,5 pontos, in-formou a Sondagem Indústria da Construção na ocasião.

Com a queda na atividade, a utilização da capacidade de operação da indústria da construção caiu de 71% em novembro para 69% em dezembro, o menor nível registra-do desde janeiro de 2012, quando começou a série histórica. A queda foi mais intensa nas médias empresas, em que a utilização da capacidade de operação recuou de 73% em novembro para 67% em dezembro. Além disso, as empresas reduziram o número de trabalhadores.

O estudo da CNI mostrou na ocasião que o segmento de serviços especializa-dos, que inclui empresas de assentamento de azulejos, instalação de redes elétrica e hidráulica, marcenaria e outros, foi o que teve o pior desempenho em dezembro. O in-dicador de evolução do nível de atividade no setor alcançou 42,9 pontos e a utilização da capacidade de operação teve a queda mais

intensa: recuou de 75% em novembro para 70% em dezembro.

OtimismoMesmo com a queda na atividade e as

dificuldades enfrentadas no ambiente de ne-gócios, a indústria da construção manteve em abril deste ano a expectativa de cresci-mento. Esse otimismo, contudo, está menos disseminado, com indicadores inferiores aos do início de 2012. Neste mês, o indicador das perspectivas para nível de atividade re-gistrou 58,7 pontos, ante 60,3 pontos em abril de 2012. Em relação a novos empre-endimentos e serviços, o indicador ficou em 59,2 pontos, abaixo dos 60,5 pontos de abril do ano passado.

Reflexo no setorde materiais

O ano de 2012 foi um ano de baixo crescimento para a indústria de materiais, atingindo um crescimento de apenas 1,4%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). A in-dústria vende para três segmentos do merca-do: o varejo, o imobiliário e a infraestrutura. O segmento que teve melhor desempenho foi o varejo, que é fortemente influenciado pelo consumo das famílias, renda, emprego e credito. O segmento imobiliário teve baixo crescimento. Já o da infraestrutura recuou com relação a 2011.

Os materiais de acabamento tiveram um crescimento melhor, de 3,8%, uma vez que sua venda é feita predominantemente pelo varejo. Os materiais de base, que têm presença maior no imobiliário e infraestrura, cresceram bem menos. “Há uma tendência forte no mercado para produtos que ofere-çam praticidade, segurança no uso e econo-mia de água e de energia. Essa tendência será acentuada com a implantação em julho próximo (2013) da Norma de Desempenho para as construções”, diz o presidente da

Construção

Page 47: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 49

Abramat Walter Cover. O primeiro trimestre do ano se mostrou

muito parecido com o ano anterior, diz o dirigente. A diferença é que começa a ha-ver um crescimento gradual no segmento de infraestrutura, em função do programa do governo federal de novas concessões em lo-gística, rodovias, ferrovias, portos e aeropor-tos. A expectativa da ABRAMAT em relação ao restante de 2013 é de um crescimento maior, em torno de 4%. “Para tanto será pre-ciso manter a política de incentivo ao con-sumo das famílias, acelerar as licitações das novas concessões e aprofundar o processo de desoneração do setor - tanto no que se refere aos impostos como também da folha de pagamento - e outros encargos como PIS--COFINS”, diz o presidente da entidade.

Ele tem notado um maior interesse em investir por parte da indústria de materiais de acabamento. “Com o fim da chamada Guerra dos Portos que favorecia demasiada-mente as importações, haverá um aumento de venda de produtos nacionais, reforçado pelo aumento de reformas nas moradias por parte do enorme contingente de famílias que foram incorporadas ao mercado de consumo nos últimos anos”, comenta.

Alguns setores são chave para o merca-do da Construção, como moradias populares, obras para Copa/Olímpiadas, saneamento, mobilidade urbana. “O governo já entregou mais de um milhão de casas no programa Minha Casa Minha Vida e pretende entre-gar outro milhão até 2014. Por si só é um mercado importante para materiais, além do que em muitas dessas moradias sempre há um desejo de acrescentar um toque pessoal, com reformas”, pontua.

Em relação às obras da Copa, ele diz que estão atrasadas “de um lado”, mas como o evento se aproxima elas deverão ter uma aceleração nos próximos 10-12 meses. Em relação à mobilidade, uma questão muito séria em várias regiões devido ao boom do setor automobilístico, também está ligado à questão moradia, pois as pessoas perdem horas preciosas nos deslocamentos diários. “Os prefeitos eleitos, principalmente nas grandes metrópoles, têm se mostrado muito sensíveis para encontrar soluções para o pro-blema crônico da mobilidade urbana. Em São Paulo, por exemplo, os governos municipal e estadual firmaram um compromisso de dis-ponibilizar 20.000 novas moradias no centro da cidade”, afirma Walter Cover. PS

Page 48: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 50 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Construção sustentável: ficou mais barato ser verde

Todo mundo sabe que produtos verdes cobram seu preço. Ser amigo da natureza é mais caro, mas a boa notícia é que esse

preço vem caindo. Dados divulgados recentemente pela revista Exame, re-ferência em negócios, apontam que a primeira edificação verde no paíscustou 30% mais que as tradicionais, mas hoje esta diferença é de 7%. Tudo graças ao desenvolvimento de um cadeia de fornecedores – de pequenos negócios a multinacionais – que passou a oferecer novas tecnologias a preços acesíveis, conforme informou à publicação Marcos Casado, diretor do Green Building Coun-cil Brasil. A concorrência, naturalmen-te, derrubou os preços também.

Fatos como a transformação de edi-fícios regulares em ecológicos e mesmo a instalação de estrutura verde em mora-dias populares (reduzindo sensivelmente as contas de pessoas humildes) eviden-ciam isso. Muitas vezes a mudança inde-pende de investimento diferenciado. Sa-be-se que a posição das janelas em uma residência influencia a circulação de ar e, consequentemente , o resfriamento ou não das peças (o que pode dispensr o ar condicionado sem sofrimento).

Além das moradias, a cultura ver-

de tem bom espaço na empresa. De acordo com a revista Exame, metade dos imóveis corporativos que serão entregues até o final do ano na capi-tal paulista, no Rio de Janeiro e em Curitiba será de edifícios erguidos se-guindo padrões de sustentabilidade. Algumas prefeituras também fazem sua parte aprovando incentivos fiscais para quem entrar na onda verde.

A Basf atua na área verde com diferentes produtos e em maio vai inaugurar a Casa E em São Paulo, um showroom de novos produtos, como as paredes de blocos de poliestireno expandido (isopor), que funcionam como isolantes térmicos e podem ge-

rar economia de energia de até 70%. A empresa alemã aposta no sucesso da adaptação de mercado: produtos que na Europa esquentam ambientes aqui vão resfriá-los.

As adaptações ecológicas podem ser feitas em construções do teto ao subterrâneo, passando pelas paredes. As funções são variadas: painéis iso-lantes térmicos e instalações quebra--sol nas janelas; atualmente o calor faz a possibilidade de redução ou des-ligamento do ar condicionado ser zero no verão escaldante; tijolos feitos de materiais de demolição ou reciclados, como o plástico; calhas para o reapro-veitamento de água.

Dow aponta como tendência instalações subterrâneasA instalação elétrica subterrânea, já bastante utilizada na América do Norte e Europa, é cada vez mais comum no Brasil, informa

a Dow. O sistema, além de ser considerado mais seguro, uma vez que evita que os fios e cabos expostos possam ser rompidos ou atin-gidos causando danos à rede elétrica, é também esteticamente mais agradável.

Entre as soluções para cabos subterrâneos de transmissão e distribuição, a Dow desenvolveu a tecnologia de isolação de polieti-leno reticulado com retardante à arborescência (TR-XLPE) que minimiza as perdas de energia, confere até duas vezes mais durabilidade e proporciona melhor custo-benefício ao longo de toda a cadeia, reduzindo o impacto ao meio ambiente. De acordo com estudos em campo, estes cabos podem operar por mais de 40 anos ininterruptamente.

Com mais fornecedores

focados na tecnologia,

custos caíram

Construção

DIV

ULG

AÇÃO

PS

50 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Page 49: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 51

Page 50: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 52 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Novidades na área de PVCO Instituto do PVC diz que o ano de 2013 se inicia como um

momento decisivo para o Brasil se firmar como um país inovador e competitivo. “O futuro é de oportunidades e desafios. Os ad-ventos dos jogos esportivos e das grandes obras de infraestrutura necessárias ao país contarão com o produto para que o legado, após esses eventos, seja benéfico à sociedade. Grandes obras te-rão que ser realizadas não só nos estádios, mas também na parte de infraestrutura para que as cidades que sediarão os jogos pos-sam atender aos milhares de turistas que virão ao país”, diz o presidente do instituto do PVC, Miguel Bahiense.

Construção de hotéis, melhorias no saneamento básico, re-des viárias e aeroportuárias são apenas alguns exemplos. Além disso, a demanda por materiais que atendam aos conceitos do desenvolvimento sustentável será um fator primordial em projeto e atividades. “O PVC será, seguramente, utilizado em diversos momentos. Uma aplicação há de se destacar que é na parte de instalações hidráulicas, por exemplo, seja para o saneamento bá-sico, distribuição de água dos estádios, irrigação de gramados, etc.”, afirma Bahiense.

A principal bandeira do Instituto para 2013 é promover o uso do PVC destacando sua vocação sócio-ambiental. Em relação a tendências, o presidente do instituto do PVC, Miguel Bahiense, diz que o mercado de perfis de PVC tem se mostrado, nos últimos anos, um segmento de forte crescimento, assim como o de jane-las, mas sem dúvida o sistema concreto/PVC tem grandes chances de começar a ser visto de forma mais consistente em termos de novidades no setor nacional.

Antecipando a obrigação de uma nova legislação, Braskem e a Mul-tinova oferecem as mantas expan-didas de polietileno produzidas

com tecnologia italiana, solução inova-dora para reduzir a transmissão de ruídos entre os andares dos edifícios e conferir ainda mais qualidade em obras. O produto se apresenta como uma excelente alterna-tiva para atendimento à norma ABNT NBR 15575-3:2013, que entra em vigor em julho

e estabelece requisitos mínimos de desem-penho acústico em edificações.

Antecipadamente, as mantas de po-lietileno enquadram-se às novas regras estabelecidas, pois seguem um rigoroso controle de qualidade e têm sua eficiência comprovada através de ensaios técnicos realizado no IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas e também em institutos inde-pendentes italianos.

Com cinco ou dez milímetros de es-

pessura, as mantas de polietileno são apli-cadas entre a laje e o contra piso, o que proporciona redução de ruídos entre os andares, já que ela pode ser aplicada com qualquer tipo de piso e contempla também os rodapés. O produto é feito em polietile-no expandido, o que o torna mais leve, com maior durabilidade e menor custo. Com es-tas características, serão evitados barulhos que causam incômodo aos moradores como crianças brincando, passos e animais.

Isolamento acústico entre andares tem tecnologia da Braskem

Construção

PS

Page 51: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 53

Page 52: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 54 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Balanços

Mexichem Brasil: desempregobaixo estimula o setor

As vendas líquidas da Mexichem Brasil tiveram um cresci-mento estimado de 8% em 2012, sendo que o crescimento apenas da marca Amanco foi de 11,9%. Todas as marcas e segmentos de atuação da empresa (predial, infraestrutura e irrigação) apresen-taram expansão, sendo que o de irrigação (marca Amanco) cres-ceu mais do que os demais, por conta da expansão dos cultivos e secas apresentadas no país.

Maurício Harger, Presidente Mexichem Brasil, diz que um fator positivo em relação a 2012 foi a queda na taxa de desem-prego, que influencia diretamente na segurança do trabalhador em contratar dívida e/ou começar uma reforma/ampliação de sua casa. “Um contraponto negativo é a questão da infraestrutura e

Corr Plastik: reforçonas vendas e na marca

A Corr Plastik, um dos três maiores produtores de tubos e conexões em PVC do país, tem forte atuação no Nordeste. Com capacidade produtiva de mais de 100.000 toneladas anuais, em suas duas plantas in-dustriais, Cabreúva/SP e Marechal Deodo-ro/AL, a Corr Plastik pode atender a 25% da demanda total do mercado brasileiro de tubos e conexões em PVC.

Atuando em vários segmentos como: Saneamento( água e esgoto ); Irrigação; Predial e Elétrica; Telefonia; Geotecnia (captação de água em poços profundos) e Gás; a Corr Plastik possui um amplo portfólios de produtos para o mercado brasileiro.

A empresa afirma que desde que inaugurou a Unidade em Marechal Deo-doro/AL em 2009, o desempenho no Nor-deste tem sido extremamente positivo e crescente a cada ano. Em 2012, o cresci-mento foi de 20 % sobre 2011 e planeja crescer mais 15% em 2013. Estes números somente foram possíveis pelo crescimento da linha predial, tubos e conexões desti-nados a atacadistas e distribuidores, lojas de materiais de construção e construtoras.

Para 2013, estão projetados novos investimentos que somam R$ 40 milhões, visando à modernização de equipamentos e infraestrutura. No processo de expansão, está prevista uma nova planta em Cabre-úva/SP com 22 mil m2 contemplando um novo CD e uma nova unidade de conexões

conformadas e nova área de estocagem de tubos.

Na Unidade Cabreúva/SP, serão lan-çados 50 novos itens de conexões injeta-das, novos silos para estocagem de resina e novas linhas de extrusão. Na unidade de Marechal Deodoro/AL, novas linhas de ex-trusão que aumentarão a capacidade pro-dutiva e, possibilitarão fazer tubos de até 500 mm de diâmetro. Um novo CD e uma nova unidade de conexões conformadas.

Para 2013, também está programado o crescimento da Marca Corr Plastik atra-vés do patrocínio do Santos Futebol Clube, do técnico Muricy Ramalho e do Capitão Edu Dracena, que possibilitarão um grande oportunidade de exposição e divulgação da marca em todos os veículos de mídia.

logística, que ainda são um gargalo para o crescimento no país. A Mexichem Brasil tem adotado medidas que visam otimizar seu processo logístico, como a adoção de novas tecnologias para roteirização, que permitem carregar a maior quantidade de peso em um caminhão para aproveitar melhor o frete, e a utilização de circuitos (o caminhão leva o produto acabado até o cliente e recolhe matéria-prima com fornecedor)”. A empresa também investe na intermodalidade.

Em 2013, a Mexichem Brasil pretende investir R$ 131 mi-lhões, um aumento de 15% em relação a 2012. O valor inclui aumento na capacidade de produção das fábricas, desenvolvi-mento de novos produtos, comunicação das marcas comerciais na mídia e nos pontos de venda do varejo da construção e capacitação profissional.

ConstruçãoD

IVU

LGAÇ

ÃO

PS

54 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Page 53: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 55

Por Paulo Cardozo*

O mercado da construção civil no Brasil pode ser considerado um importante termômetro da economia. Se está aquecido é

porque as pessoas estão consumindo mais, os juros estão mais baixos, o nível de em-prego está mais estável e a oferta de cré-dito acelerada. Porém, se está em queda, significa que as pessoas estão agindo com mais cautela em relação à aquisição de um bem durável, aumenta o índice de inadim-plência, entre outros.

Se analisarmos o mercado de cons-trução civil de 2009 para cá, houve uma variação de -0,3% a 0,9%, passando por um pico em 2010 de 11,6%, segundo o IBGE. Alguns podem afirmar que cresceu pouco, mas se considerarmos uma média de desempenho desses últimos anos, o setor da construção esteve muito bem, acima inclusive do PIB nacional. Isso é o retrato de uma economia que esteve bem, apesar de todo o impacto causado por cri-ses financeiras internacionais. O Brasil é ainda considerado por analistas como um importante e rentável mercado para inves-

tir e tem conseguido conquistar seu espa-ço no cenário mundial.

No ano passado um dos principais motivos pelos quais o setor de construção sofreu queda foi o desaquecimento do mer-cado imobiliário e baixo ritmo das obras de infraestrutura. O mercado imobiliário esteve mais focado na comercialização dos empre-endimentos remanescentes, enquanto que o nível de inadimplência também foi gran-de. A indústria também registrou números fracos em 2012, porém foi o período que o governo lançou medidas de incentivos, visto que seus efeitos surtirão neste ano. Para a indústria, o segundo semestre costuma ser o mais rentável, porém o primeiro trimestre de 2013 já foi bom e vai ao encontro das expec-tativas da nossa Presidenta, que espera um crescimento mais pujante.

Para 2013, seguindo a previsão da ABRAMAT (Associação Brasileira da Indús-tria de Materiais de Construção), o setor imobiliário deve retomar os investimentos e as obras de infraestrutura devem ace-lerar, especialmente no segundo semestre com os programas de novas concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos e também os eventos esportivos. O setor

espera fechar o ano com crescimento de 4,5%, em relação ao ano passado.

Para que fique ainda melhor, é funda-mental que o governo também cumpra com seu papel e estimule o mercado, a exemplo do que tem feito com incentivos fiscais e facilidade para o crédito, acelere os proces-sos de concessões, licitações e investimen-tos para a infraestrutura. O Programa Minha Casa Minha Vida é o maior exemplo. Essa ação teve um papel fundamental para que as pessoas acreditassem que é possível ter uma casa própria, impactando diretamente a pro-dução industrial. A política de desoneração fiscal também ajudou para o aumento da for-malização do trabalho, melhor arrecadação de tributos e melhoria nas vendas.

Tenho a convicção que estamos no caminho certo para isso. Como membro de entidades de classe do setor, vejo planos de investimentos da indústria e, claro, muito otimismo.

*Paulo Cardozo é diretorcomercial de Tubos e Conexões da Tigre

no Brasil e diretor da ASFAMAS –Associação Nacional dos Fabricantes de

Materiais para Saneamento.

Otimismo em 2013Artigo

PS

DIV

ULG

AÇÃO

Page 54: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 56 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Quando pensamos nas perdas da indústria nacional em função das importações predatórias, um se-tor logo vem à mente: Calçados.

Como não lembrar as mudanças ocorridas neste segmento nos últimos anos, como a força do sapato chinês entre os consumido-res e mesmo as mudanças de produção in-ternas, que alteraram a economia de regiões brasileiras que haviam feito sua marca com base neste produto? O ano de 2012 foi mais uma vez desafiador para a indústria de Cal-çados Brasileira, mas o mercado global, por outro lado, oferece suas oportunidades.

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) prepara a divul-gação de seu balanço 2012, mas dados pre-liminares da entidade apontam que o ano apresentou desafios ao setor. A produção de calçados em 2012 caiu 3,3% em relação a 2011; os dados da exportação 2012 são US$ 1,09 bilhão (15,7% menos que 2011) e 113,27 milhões de pares (0,3% mais que 2011) – o pior resultado desde 1987, segun-do a Abicalçados; os dados de importação são US$ 508,56 milhões (19% mais que 2011) e 35,6 milhões de pares (5% mais que 2011). Houve queda no número de em-pregados; a indústria calçadista terminou o ano empregando 330,8 mil pessoas, sete mil postos a menos do que no mesmo período de 2011, uma queda de 2%.

Para o presidente-executivo da Abi-calçados, Heitor Klein, os números seguem na direção prevista. “As sucessivas quedas nas exportações, nefastamente combinadas com o aumento nas importações de calçados prontos e desmontados indicam claramente a possibilidade de, ainda este ano, o setor calçadista brasileiro apresentar balança co-mercial no mínimo nula, se não deficitária”, disse o executivo em uma divulgação de re-sultados já em 2013.

Para quem investe, conciliar merca-

do local e global parece ser a solução para ganhar nesta indústria. Atualmente a Dow participa no mercado de calçados com Elas-tômeros de polieolefinas (etileno-octeno e etileno-buteno) com a marca ENGAGE e mais recentemente com os inovadores copolíme-ros olefínicos em blocos da linha INFUSE. Eles são usados principalmente como mo-dificador de EVA em entresolas de tenis es-portivos e casuais e também em solados de sandálias e chinelos. Possuem o objetivo de trazer ganhos como processabilidade, redu-ção de peso, permitindo maior incorporação de material reciclado na formulação e um toque mais emborrachado às formulações 100% EVA, o que proporciona melhor per-cepção de conforto quando existe contato direto com os pés.

André Menezes, gerente de marke-ting de Elastômeros para a América Latina da Dow, diz que o setor de calçados fechou 2012 com resultados não muito positivos e 2013 começou com pouco otimismo, mas “Com forte busca por maior competitividade e a Copa do Mundo se aproximando, 2014 pode começar a trazer oportunidades interes-santes para algumas companhias desde já”.

Existe uma ideia geral dos benefícios do mega eventos esportivos no país e um dos tantos setores premiados seria o esporti-vo, com a ampliação da cultura da atividade física, que de certa forma já aumentou nos últimos tempos pelo menos em algumas re-giões/grupos de pessoas, a busca pela saúde.

De concreto, sabe-se que os níveis de sedentarismo são altos e que a população brasileira está acima do peso. Ao mesmo tempo, a prática de corrida, especificamente, parece ter aumentado, assim como o número de ciclistas. Também há quem adote o estilo esportivo no dia a dia (se a ideia nem sempre chega ao exercício, a identificação é forte).

Para Menezes, ainda não é conhecido o real retorno dos jogos para os produtos.

“Realmente há maior interesse por espor-tes como corrida e ciclismo pelo brasileiros como é possível ver aos fins de semana em São Paulo, por exemplo, com ruas e parques muito mais cheios de pessoas praticando al-gum tipo de atividade. Porém, ainda não é possível saber o impacto dos grandes even-tos nesta demanda”, diz .

Sobre mercado interno/externo, neste momento a Dow está empenhan-do esforços em desenvolvimentos de alta tecnologia na Ásia. “Isso ocorre especial-mente devido ao interesse e forte deman-da desta região na indústria de calçados. Esforços pontuais no mercado nacional brasileiro também ocorrem, adequando--se à atual agenda do setor focada em

Calçados: atuação global como solução

Calçados

Marco Aurélio Rufato , da Chem-Trend: Manutenção da economia aquecida vai aumentar média de calçados per capita

beneficiando a produção local em função da sobretaxa para asiáticos

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

Page 55: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 57

redução de custos”, diz o executivo. O mercado calçadista tem uma partici-

pação expressiva nas vendas da Chem-Trend não somente no Brasil, mas também global-mente, pois a empresa possui plantas nos cinco continentes, bem como escritórios e distribuidores em praticamente todos os pa-íses e também nos locais em que o merca-do calçadista está presente. “Hoje, atuamos no mercado de solados em termoplásticos (TPU, TPE’s, TR, PVC, outros) e no mercado de solados em termofixos (PU, EVA, borracha e outros). Estamos constantemente aprimo-rando nossa linha de produtos incorporando tecnologias mais avançadas, normalmente com produtos ambientalmente corretos”, diz o gerente de vendas Marcos Aurélio Rufato.

A Chem-Trend também possui uma série de produtos auxiliares para o pro-cesso de injeção de solados termoplás-ticos, visando aumentar a produtividade, reduzir custos e melhorar acabamento. Assim, a linha de agentes de purga e pro-tetivos de moldes têm sido inserida neste mercado de forma positiva.

“O ano de 2012 foi excelente para a Chem-Trend e para o setor calçadista tam-bém, pois apesar de algumas áreas calça-distas apresentarem uma produção menor, como foi o caso das exportações, a moda utilizou solados mais sofisticados com aca-bamentos mais criteriosos, em que a utili-zação de produtos de alta tecnologia eram muito importantes. Ou seja, em 2012 a moda nos ajudou”, avalia Rufato. “Para 2013, a perspectiva que temos para a produção de calçados é a que sejam mantidos os mesmos volumes de 2012, mas é claro, que depen-

dendo de qual será a moda, e o consequente uso de solados, é que será definido se o ano será bom ou não para a área de termoplásti-cos. Mas pelo que está sendo lançado agora na Europa, que é a moda verão e que virá para Brasil no segundo semestre, espera-se um volume positivo na área de solados em termoplásticos e PU”.

Rufato diz que é importante avaliar os movimentos e sua duração. “Se observarmos o mercado calçadista de solados, e os mate-riais utilizados, podemos verificar que este mercado vive de ciclos. Assim, tivemos no início desta indústria o ciclo dos solados em couro, que passou após pelo ciclo dos sola-dos em borracha, pelos de termoplásticos, pelos de PU, pelos de EVA, e que agora ainda não tem definido qual será o próximo. Nós da Chem-Trend acreditamos que, pelo fato do mercado estar cada vez mais preocupado com o meio ambiente, e com a utilização de produtos recicláveis, a utilização de mate-riais termoplásticos crescerá, e acreditamos também que o próximo ciclo de material usado para a produção de solados esteja re-lacionado com o uso deles”, opina.

Na área de calçados esportivos, não são grandes as expectativas no momento, “até mesmo pelos números que o mercado esta mostrando, e onde não esperamos au-mentos significativos”. Para o executivo, o mercado esportivo cresceu muito nos últi-mos anos e isto pode ser verificado pelo número de pares produzidos e pelas marcas que são produzidas hoje no Brasil. Entre-tanto, no último ano foi percebida uma re-dução destes números.

“Uma parte disso se deve à produção

que foi transferida para países vizinhos. A outra parte se deve a importação que au-mentou não somente dos calçados prontos, mas também de seus componentes (solados, cabedais, etc...). Este é um mercado que continua crescendo, mas onde o peso dos importados ainda é grande. Existem proje-tos de entidades do setor que buscam um desenvolvimento de componentes nacionais, com custos competitivos, para tentar trans-ferir parte desta produção para o Brasil, mas estes trabalhos ainda estão em uma fase ini-cial”, contextualiza.

Como a Chem-Trend tem atuação global com vendas em todos os países, as transferências de produções do Brasil para a Ásia significam uma redução de vendas aqui, mas um incremento nos outros paí-ses. “Entretanto, para o mercado local isto tem sido uma penalização grande, não somente pela produção que foi transferi-da para a Ásia, mas também pela que foi transferida para a América Central e para a Argentina. Hoje, grande parte do que era produzido para exportação, esta sendo produzida nestes dois locais”, diz Rufato.

Ao mesmo tempo, sabe-se que a média brasileira de sapatos per capita ainda é bai-xa e, com a manutenção de uma economia aquecida, este número irá aumentar, fazendo com que a produção local de componentes e calçados aumente, pois a sobretaxa hoje existente para calçados asiáticos ajuda a manter parte da produção no Brasil, diz Ru-fato. “Assim, ainda vale a pena investir aqui e, principalmente, buscar tecnologias avan-çadas que permitam reduzir custos e ganhar competitividade”, garante o executivo. PS

Page 56: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 58 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

No setor calçadista, a Braskem lançou uma resina de EVA (co-polímero de etileno e acetato de vinila) que permite a confecção

mais rápida e sustentável dos sapatos, extinguindo o processo de cura na cola-gem de solas, o que elimina a emissão de ozônio e reduz em até 26% o custo desta etapa de produção. O produto integra o portfólio do selo Braskem Maxio®, criado para identificar resinas que oferecem uma maior eficiência à cadeia do plástico e re-duzem o impacto ambiental no processo de transformação.

Nesse segmento, a colagem das en-tressolas à base de EVA é uma etapa im-portante do processo, pois a durabilidade de um calçado está diretamente vinculada à qualidade de aderência dos seus compo-nentes após o processo de cura. A resina VA3010A, desenvolvida pela Braskem, per-mite que o processo de colagem ocorra sem

a necessidade da etapa de cura U.V. (irra-diação de luz ultravioleta). Esta mudança dispensa a utilização do equipamento de cura ultravioleta, que exige constante ma-nutenção e controle de processo, e ainda é emissor de ozônio, um gás nocivo à saúde humana e ao meio ambiente. Além disso, com a resina, há redução no consumo de energia no processo produtivo, tornando a confecção dos calçados mais segura e o processo mais sustentável.

A economia gerada pode proporcio-nar uma redução de custo de até 26% na

etapa de colagem do processo produtivo do calçado, além de permitir designs mais diferenciados na confecção da entressola. O tamanho desta redução depende do tipo de calçado e da configuração de cada linha de produção. A resina possibilita ainda ga-nho na qualidade dos solados, o que resul-ta na redução da devolução de calçados por conta de defeitos, e por consequência custos ainda menores aos transformadores.

Para alcançar este resultado, foi desenvolvido junto com a empresa Killing (www.killing.com.br), parceira da Braskem, um novo primer aplicado a frio que complementa a colagem da resina em diferentes substratos como borracha, PVC e couro sintético, substituindo a solução com o primer antigo. A solução baseia--se em um conceito em que os dois no-vos componentes são necessários para a aderência, tanto o EVA, quanto o primer, sendo esta tecnologia patenteada.

Braskem: produção mais rápida e sustentável

Calçados

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Quer assinar a revista?Maiores informações com

a nossa redação?Sugestões ou reclamações?

Ligue agora: 51 3062.4569

Ou acesse www.plasticosul.com.br

Page 57: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 59

Plast Mix

Page 58: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 60 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>

Miguel Bahiense*

A preservação ambiental está na pauta mundial hoje, seja do poder público, seja da iniciati-va privada, assim como da po-

pulação de modo geral. E o cuidado com o meio ambiente é um dos pilares do tripé que forma o conceito do Desenvol-vimento Sustentável. Modismos à par-te, quem atua seriamente com projetos sustentáveis sabe que, somente com a equalização dos benefícios sociais, eco-nômicos e ambientais é que se consegue efetivamente alcançar resultados efeti-vamente sustentáveis e práticos para as gerações atuais e futuras.

Nos últimos anos, o perfil da po-pulação consumidora mudou muito no País e hoje já são mais de 40 milhões de brasileiros fora da linha de pobre-za. Dados do IBGE mostram que, em dez anos, o acesso à educação também mudou e que a quantidade de crianças matriculadas em escolas ou creches passou de 51,4% para 80,1%.

Soma-se a isso um movimento de democratização da informação. É muito maior o número de pessoas com acesso à internet, o que hoje abre portas para que a população pesquise sobre produ-tos e serviços, compare preços e decida o que consumir e o que não consumir. Isso porque a informação, positiva ou negativa, circula rapidamente pela rede, formando opinião.

Esse novo papel do consumidor tem despertado o interesse e a atenção de empresas, investidores, governos e estu-diosos. No dia 15 de março, por exemplo, a presidente Dilma Rousseff lançou o a Plano Nacional de Consumo e Cidadania

e afirmou que o governo pretende trans-formar a defesa do consumidor em uma política de Estado. Ou seja, estão sendo criados mecanismos para que a relação entre indústria, varejo e consumidor seja cada vez mais transparente e saudável. Na indústria do plástico não é diferente. O respeito ao consumidor e ao meio am-biente é a bandeira do setor. A atuação da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos em prol da sustentabilidade sempre contemplou a questão do custo--benefício e do bem estar social, a partir do uso adequado dos plásticos.

Economia, bem-estar e proteção ambiental são o que os plásticos ofere-cem em suas diversas aplicações na área médica, na produção, armazenagem e transporte de alimentos e água, na in-dústria automotiva, agricultura, cons-trução, saneamento, entre tantas outras áreas importantes da economia.

Atuamos para derrubar mitos e achis-mos infundados, dando à população aces-so a estudos, dados científicos e pesquisas que mostram a realidade dos plásticos e sua importância no dia–a-dia das pessoas, assim como para promover a educação am-biental, consumo e descarte adequados, reutilização e reciclagem.

Muitos desconhecem que 100% dos plásticos são recicláveis e que a reci-clagem hoje é uma fonte de trabalho e renda no Brasil. E se o país ocupa a oi-tava posição mundial entre os países que mais reciclam plásticos (22%, sendo que a Suécia, que ocupa a primeira coloca-ção, recicla 35%), é porque muito se tem avançado na questão da informação sobre a reciclagem, por exemplo.

Temos trabalhado para envolver a indústria, o varejo, o governo e a popu-

lação no processo de educação ambiental. Um exemplo é o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásti-cas, que tem mobilizado todo o Brasil na redução do desperdício e nas boas práticas de descarte das sacolas.

Ao criarmos uma cultura de consu-mo adequado, embasada em informações científicas, corretas portanto, formamos uma sociedade mais crítica e responsá-vel, que fará a sua parte no combate ao desperdício e na preservação ambiental com coerência e discernimento, mas que também estará apta para reivindicar pro-dutos de qualidade e serviços efetivos. E o melhor, com respeito aos seus direitos de consumidores.

*Presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos e do

INP – Instituto Nacional do Plástico

A sustentabilidade e o direito do consumidor

Sustentabilidade

DIV

ULG

AÇÃO

PS

Page 59: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs

<< 2012 / 2013 < Guia Plástico Sul < 61

Page 60: Guia Plástico Sul 12/13

sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 62 > Guia Plástico Sul > 2012 / 2013 >>