guia odm - o que são

23

Upload: oikos-cooperacao-e-desenvolvimento

Post on 14-Jul-2015

525 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Guia informativo sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, complementar ao conjunto de Exposições itinerantes da Oikos "Mostra ODM" - Cenários de Futuro.

TRANSCRIPT

Page 1: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 1/23

Page 2: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 2/23

Ficha Técnica (provisória)

Coordenação

Armindo Gregório, Cristina Peixinho e Joana Dias

AutoresOIKOS – Cooperação e Desenvolvimento

Design

Maria João Barbosa

Apoio: IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento)

Edição: Oikos- Cooperação e Desenvolvimento

GráficaGrafilinha

N.º de Exemplares:3000

Depósito Legal:

ISBN:

Junho 2010

1

Imagine um futuro em que...... não exista pobreza nem fome.

... todas as mães tenham saúde, as crianças não morramdesnecessariamente e doenças como a tuberculose, amalária e o VIH/SIDA não existam.

... todos os meninos e meninas completem o ensinobásico e todos os homens e mulheres tenham oportuni-dades iguais.

... o ambiente esteja recuperado de longos anos deexploração e poluição e os pais tenham orgulho de o en-tregar aos seus filhos.

... a família global de nações e instituições esteja unidae em paz e as pessoas trabalhem em parceria, comeficiência e solidariedade, para eliminar a injustiça e osofrimento do mundo.

Declaração do Milénio das Nações Unidas (Adaptado)

978-972-8446-10-9

Page 3: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 3/23

“O problema não é que tenhamos tentado erradicar a pobrezaglobal e alhado, mas que jamais uma tentativa séria e arti-culada tenha sido eita”.

James Grant, ex-director da UNICEF.

“No passado, as Nações Unidas lidavam apenas com governos.Sabemos agora que a paz e a prosperidade não podem ser alcan-çadas sem a parceria de governos, organizações internacionais,iniciativa privada e sociedade civil.

No mundo de hoje, dependemos uns dos outros.”

Kof Annan, Fórum Económico Mundial (1999).

Não pouparemosesorços para libertaros nossos seme-lhantes, homens,mulheres e crianças,das condições indi-gnas e desumanasde extrema pobreza,às quais estão sub-metidos actualmentemais de mil milhõesde seres humanos.

Estamos empe-nhados em azer dodireito ao desenvolvi-mento uma realidadepara todos e libertartoda a humanidadeda escassez de recur-sos.

Declaração do Milénio das Nações Unidas (2002)

“Reorçando a carta das Nações Unidas e conando nos va-lores da Declaração do Milénio, comprometemo-nos a pro-mover os sistemas económicos nacionais e globais baseadosnos princípios da justiça, equidade, democracia, participação,transparência, responsabilidade e inclusão.”

Consenso de Monterrei da ONU (Março 2002).

2 3

Como surgiram os ODM? Quantos são os ODM?

Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio nasceram das grandes conerên-cias internacionais dos anos 90 sobre População, Ambiente, Género, DireitosHumanos e Desenvolvimento Social.

O seu grande mérito é integrar os compromissos assumidos nessas conerênciasnuma grande agenda mundial de desenvolvimento, denindo metas claras eprazos nos quais devem ser cumpridas.

Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) – contemplam a redução da

pobreza, a luta contra a ome, a redução das mortalidades inantil e materna, aquestão de género, a reversão da propagação do VIH/SIDA e a sustentabilidadedo ambiente.

Os ODM são uma oportunidade de conseguir um mundo melhor e mais justopara todos

Existem oito Objectivos de Desenvolvimento doMilénio (ODM), associados a dierentes Metas emais de quarenta Indicadores que descrevem oque é necessário para reduzir a pobreza e atingiro desenvolvimento sustentável em 25 anos (de1990 a 2015).

Embora muitos países estejam a cumprir asmetas para atingir os objectivos traçados, muitos

outros não o zeram.

Erradicar a pobreza é um desao grandioso queenvolverá um amplo conjunto de pessoas na rea-lização de esorços coordenados a nível interna-cional, regional, nacional, municipal, comunitárioe, ainda, amiliar e individual.Não podemos deixar tudo nas mãos de políticos eagentes governamentais.

Todos devemos participar!

Page 4: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 4/23

4 5

Quais são os Objectivos e Metas de Desenvolvimento do Milénio?

Objectivos Metas para 2015

1. Erradicar a pobrezaextrema e a ome.

1. Reduzir para metade a percentagem de pessoas que vivemcom menos de $1,25 por dia.2. Reduzir para metade a percentagem de pessoas vítimas daome.

2. Alcançar a EducaçãoPrimária Universal

3. Assegurar que todas as raparigas e rapazes requentem econcluam com sucesso o ensino primário.

3. Promover a igualdade

entre os géneros e aautonomia da mulher.

4. Eliminar as disparidades de género a nível da educação

primária e secundária até 2005 e em todos os níveis de educa-ção até 2015.

4. Reduzir a mortali-dade inantil.

5. Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças com menosde cinco anos.

5. Melhorar a saúdematerna. 6. Reduzir em três quartos o índice de mortalidade materna.

6. Combater o VIH/SIDA, a malária e outrasdoenças.

7. Parar e inverter a propagação do VIH/SIDA.8. Parar e inverter o processo de propagação da malária e out-ras doenças graves até 2015.

7. Assegurar a susten-tabilidade ambiental.

9. Integrar os princípios da sustentabilidade ambiental naspolíticas e programas governamentais e inverter a perda dosrecursos ambientais.10. Reduzir para metade a proporção da população sem acessosustentado a água potável e saneamento básico.

11. Melhorar as condições de vida de, pelo menos, 10 milhões demoradores de bairros da lata.

8. Desenvolver umaparceria global para odesenvolvimento.

12. Atender às necessidades especiais dos países menos desen-volvidos, dos países situados no interior e “estados – ilha” emdesenvolvimento.13. Intensicar o desenvolvimento de um sistema comercial enanceiro aberto, regulado, previsível e não discriminatório.14. Lidar, globalmente e de orma integrada, com a dívida dospaíses em desenvolvimento.15. Desenvolver e implementar, em cooperação com os paísesem desenvolvimento, estratégias orientadas para o trabalhodigno e produtivo dos jovens.16. Disponibilizar, em cooperação com o sector privado, as novastecnologias, especialmente as de inormação e comunicação.

Por que precisamos de Objectivos?

Quem decidiu quais deveriam seros objectivos?

Considera-se que: “Se não soubermos para onde vamos não saberemos quecaminho seguir”.Falhámos no passado, pois não sabíamos claramente onde queríamos chegar.Hoje, a maioria das pessoas concorda que objectivos e metas ajudam indi-víduos, grupos, nações e organizações internacionais a trabalhar juntos e demaneira mais concertada e coordenada.O ideal é estabelecer uma breve lista de objectivos e metas com a qual amaioria das pessoas concorde e que possibilite um oco inicial para as acções.

Outra vantagem em ter objectivos e metas claras é que estes podem serutilizados para medir progressos. Torna-se mais ácil realizar um processo deavaliação de acordo com os planos traçados e também, saber a quem recorrer,

caso os mesmos não cumpram o que oi planeado.Existem oito Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM) associados adierentes metas e a mais de quarenta indicadores. Muitos dos mais impor-tantes decisores mundiais estiveram envolvidos na sua denição e concor-daram em trabalhar no sentido da sua implementação. Tais objectivos sãoresultado de muita refexão, mas podem ainda vericar-se pequenos ajustes.

Desde 1990 a ONUtem organizado umasérie de conerên-

cias mundiais paraestabelecer o quedeve azer parte daagenda do desen-volvimento. Tal oinecessário por se terchegado à conclusãoque a pobreza estavaa aumentar e quea alta de recursosnão era a únicaexplicação para esteaumento.

1990 Pataia Educação para Todos

1990 Nova Iorque Crianças

1992 Rio de Janeiro Ambiente e Desenvolvimento1994 Cairo População e Desenvolvimento

1995 Pequim Mulheres

1995 Copenhaga Desenvolvimento Social

1996 Istambul Aglomerados Urbanos- Habitat

1998 Lisboa Juventude

1999 Maputo Minas Terrestres

2000 Nova Iorque Cúpula do Milênio

2001 Bruxelas Países Menos Desenvolvidos

2002 Monterrei Financiamento para o Desenvolvimento

2002 Joanesburgo Desenvolvimento Sustentável

Conerências Mundiais sobre o Desenvolvimento

Page 5: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 5/23

“Pobreza é ome. Pobreza é alta de abrigo. Pobreza é estar doente enão ter condições de ir ao médico. Pobreza é não ter condições de irà escola e não saber ler. Pobreza é não ter um emprego, é temer o u-turo, viver um dia de cada vez. Pobreza é perder uma criança devido auma doença causada pela água poluída. A pobreza, geralmente, tem aace de uma mulher. Pobreza é a alta de poder, alta de representaçãoe de liberdade.”

Banco Mundial “Voices o the Poor”.

“Qual é o melhor governo? Aquele que nos ensina como nos devemosgovernar”

Johann Wolgang von Goethe (1749-1832). Poeta alemão.

Toda a amília ONU de EstadosMembros, organizações interna-cionais, undos, agências, pro-gramas, sector privado e socie-dade civil devem unir-se paracumprir os compromissos expres-sos na Declaração do Milénio.

O Sucesso requer solidariedade!

Roteiro de Metas da ONU (Setembro de 2001)

“Enquanto os governos orga- nizam a estrutura de operação,espera-se que as empresas, por sua vez, possam atrair parceiros sérios e consistentes para oprocesso de desenvolvimento.É necessário sensibilizar estas empresas a ter em conta não ap- enas os aspectos económicos ou

 fnanceiros, mas também o seu

compromisso com o desenvolvim- ento, com a igualdade de géneroe com o ambiente (responsabili- dade social)”.

Consenso de Monterrei da ONU (Março de 2002)

6 7

No nal dos anos 90, uma lista de Metas Internacionais de Desenvolvimento deuorigem aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

A lista completa dos Objectivos, Metas e Indicadores de Desenvolvimento doMilénio surgiu pela primeira vez em Setembro de 2001, no documento da ONU“Roteiro de Metas para a Implementação da Declaração do Milénio das NaçõesUnidas”. A Declaração oi aprovada em Setembro de 2001. O conteúdo dos documentos das Nações Unidas oi aprovado pelos 147 cheesde Estado e de Governo e 191 Estados Membros, que adoptaram a Declaração doMilénio. O trabalho técnico de unicar as listas oi realizado pelo Secretariadodas Nações Unidas, que actuou em conjunto com os representantes do FundoMonetário Internacional (FMI), da Organização para a Cooperação e Desenvolvi-mento Económico (OCDE) e do Banco Mundial.

Embora em grande parte elaborado em sessões internacionais, este trabalho tevepor base ideias provenientes de cada um dos países que desenvolveram as suaspróprias estratégias de combate à pobreza.

O novo ênase colocado no estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento(ODM 8) signica que, no uturo, toda a amília das Nações Unidas, organizaçõesinternacionais, undos, agências, programas, sector privado e sociedade civil tra-balharão em conjunto para vencer os desaos inscritos na Declaração do Milénio,em geral e nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, em particular.

Quem defne os planos para atingiros objectivos?A tarea é ambiciosa. Muitas pessoasterão que ser envolvidas de dierentesmaneiras.

Os Objectivos dão um sentido denalidade e direcção comuns aoprocesso de desenvolvimento, porémé necessária uma orte base de apoioe uma campanha coordenada paraagregar mais pessoas nessa tarea. A

nível global, regional e nacional, teráque se atigir um grau de apoio ecazpara o desenvolvimento e erradicaçãoda pobreza. A nível nacional, munici-pal, comunitário, amiliar e individual,importa assegurar que sejam planea-das, implementadas e monitorizadasactividades adequadas.

As tentativas para reduzir a pobrezaeitas no passado deram-nos muitaslições. Por exemplo, a necessidade deenvolver a iniciativa privada, gruposda sociedade civil e os media no pro-cesso de planeamento, implementaçãoe monitorização a todos os níveis (do

global ao local). Também se tornanecessária a consciencialização doscustos sociais de quaisquer planos,que devem ser elaborados de modo anão causar demasiada pressão sobreas pessoas mais vulneráveis.

Desde 1990 que muitos países em de-senvolvimento têm implementado es-tudos sobre estratégias para a reduçãoe erradicação da pobreza.Em muitos desses países, tais documentos são considerados de grande im-portância e, como tal, devem incluir um plano mais ou menos detalhado paraatigir os ODM.

Page 6: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 6/23

“Os recursos para com-bater a pobreza existem”.O mundo tem os recursospara reduzir mortes pordoenças que podem serprevenidas, e para tratar adesnutrição, porém essesundos estão concentradosem poucos países.

Em 1960, os 20% maisricos do planeta eram 30vezes mais ricos que os20% mais pobres. Em1998, essa proporção au-mentou para 83 vezes.

World Vision (2002)

“Os ODM continuam sem sercumpridos, mas também continu-am viáveis e acessíveis”.

Se o legado de nossa geraçãopretende ser mais do que umasérie de promessas quebradas, énecessário trazer de volta a dire-ção para o caminho dos ODM,

através de:• uma liderança comprometida;• parcerias mais fortes;• recursos adicionais;• maior participação da popula-ção carente.

“Não é demasiado tarde pararealizar o sonho até 2015.”

PNUD & UNICEF (Junho de 2002)

Possíveis recursos para alcançar os ODM:

•Concessão de ajudas diversas;•Alívio de dívidas;•Investimentos do sector privado;•Empréstimos bancários a juros baixos;•Condições mais justas de comércio;

•Melhor governança;•Sistemas tributários mais ecientes e justos;•Melhores políticas (incluindo as macroeconómicas);•Administração mais eciente;•Melhor utilização de recursos.

8 9

Quanto custará a implementação dosObjectivos e quem os fnanciará?

Quem executará os planos?

Além dos níveis correntes de auxílio, para quesejam alcançados os objectivos globais são ne-cessários entre 40 e 100 mil milhões de dólarespor ano.

Em 1970, os países mais ricos do mundo,através da Assembleia Geral das NaçõesUnidas, comprometeram-se a destinar 0,7%dos seus rendimentos nacionais para a AjudaPública ao Desenvolvimento (APD). Se todos

tivessem cumprido essa promessa, 114 mil mi-lhões de dólares estariam disponíveis em cadaano para apoio aos países em Desenvolvi-mento.

Os programas de alívio de dívidas dos PaísesPobres Muito Endividados (PPME), ligados aoEstudo de Estratégias de Redução da Pobreza(EERP) desde 1999, estão a começar a produzirimpactos, porém há ainda muito mais a azer.

Hoje, a maioria das pessoas concorda quese pretendermos atingir um desenvolvi-mento sustentável e de longo prazo, énecessário que as comunidades locais se-jam envolvidas nos processos de criação,planeamento, execução e monitorizaçãopolítica.

As pessoas têm o direito de controlar oque acontece nas suas vidas e necessitam

de inormações sobre todas as alternativaspossíveis, podendo agir de orma maisecaz quando participam em organiza-ções baseadas no interesse comum, queconstituem a sociedade civil.

Hoje, é consenso geral que as organiza-ções do sector privado desempenham umpapel bastante importante. Entre estasorganizações, através das quais se produzriqueza e se geram empregos, incluem--se tanto as grandes transnacionais, queactuam globalmente, como

Um dos principais desaos para o uturo é o de ajudar as populações pobres atrabalhar com mais eciência e a receber melhor remuneração pelo seu trabalho,o que está ligado a ideias mais amplas sobre a equidade em relação à criação edistribuição da riqueza.

Em muitos países, só o dinheiro não é uma resposta.

Mesmo que um país disponha de recursos sucientes, boas políticas e um sistemaeciente de serviços, a pobreza poderá continuar a atingir a população.

Vivemos num mercado global, onde as regras são pouco justas. Para a erradicaçãoda pobreza é necessário combater as suas causas.

as pequenas e médias empresas, que actuam localmente, oerecendo um espaçonatural para as pessoas dotadas de espírito empreendedor. Porém, as organizaçõesdo sector privado devem ter em mente o respeito pelo ambiente em que actuam e apromoção da responsabilidade social.

Muitos dos problemas que atingem as pessoas comuns são de origem tecnicamentecomplexa, devendo ser enrentados à escala global.

Ao longo dos anos, criaram-se organizações internacionais para tratar das questõesdo desenvolvimento internacional, comércio e nanças.

A ONU assumiu o desao de azer com que um grande número de pessoas trabalhede orma conjunta e coordenada.

A Campanha do Milénio das Nações Unidas criou uma coligação para a acção atravésdos países desenvolvidos e em desenvolvimento, o que ajudará a construir uma

Page 7: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 7/23

10 11

poderosa rede de organizações da sociedade civil, parlamentos e agentes governa-mentais de norte a sul. A campanha também elevará a consciência global, mobili-zando o apoio e a acção política, populares, para alcançar os Objectivos de Desen-volvimento do Milénio.

Como serão monitorizados e avaliados os planos?

Os 8 Objectivos de Desenvolvimento doMilénio (ODM) e os Direitos Humanos

As Metas e os Indicadores dos Objectivos são uma realidade. A ecácia dos mes-mos pode ser analisada através de registos e estatísticas.

O Grupo de Desenvolvimento da ONU actuará como analista de indicadores(scorekeeper), produzindo anualmente relatórios especiais sobre o progressoglobal, e relatórios mais abrangentes de cinco em cinco anos. Esses relatóriosarão lembrar ao mundo que as coisas estão a uncionar e indicarão quais asáreas que precisam de ser melhoradas.

O Grupo de Desenvolvimento das Nações Unidas também ajudará cada um dospaíses a elaborar regularmente os seus próprios relatórios acerca dos ODM. Essesrelatórios deverão ser curtos, inormativos, ilustrados e de ácil leitura, am decaptar a atenção dos líderes e decisores políticos e ajudar a mobilizar as comuni-dades, a sociedade civil, o público em geral e os média.

Saber é poder! Se as pessoas pobres tiverem acesso a mais e melhor instrução,maiores serão as possibilidades de melhorar as suas condições de vida.

Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, as metas e os indicadores podemser poderosas erramentas para moldar o uturo do mundo. Os decisores políticosprometeram cumprir esses objectivos.

Compete-nos a nós reunir essas inormações e azê-los cumprir as suas promes- sas.

Em 2008, assinalou-se o 60º aniversário da Declaração Universal dos DireitosHumanos.Apesar de terem decorrido seis décadas de grande crescimento económico edesenvolvimento, a injustiça, a pobreza e a desigualdade continuam a existir nonosso planeta. Neste sentido, qualquer resposta que pretenda contribuir paraultrapassar esta situação deve ter em conta a integração de uma abordagembaseada nos direitos humanos e a denição de metas que contribuam para aconcretização dos ODM.Os direitos humanos e os ODM têm muito em comum. Partilham princípios deorientação tais como a participação, o “empoderamento”, e a apropriação lo-cal; possibilitam uma base mais sólida para a prestação de contas por parte dosgovernos e das organizações; e, mais importante, conjugam-se na promoção dodesenvolvimento humano sustentável.

Page 8: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 8/23

12 13

Como serão monitorizados e avaliados os planos? Trabalho Decente e Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

Objectivos de Desenvolvimento do Milénio Direitos Humanos Fundamentais

ODM 1: Erradicar a pobreza extrema e a omeDeclaração Universal dos Direitos Humanos,art.º 25(1); ICESCR art.º 11.

ODM 2: Alcançar a educação primária universalDeclaração Universal dos Direitos Humanos,artº 25(1); ICESCR, art.º 13 e 14; CRC, artº 28(1)(a); CEDAW, artº 10; CERD artº 5(e)(v).

ODM 3: Promover a igualdade entre os génerose a autonomia da mulher

Declaração Universal dos Direitos Humanos,art.º2; CEDAW; ICESCR, art.º 3; CRC, art.º 2.

ODM 4: Reduzir a mortalidade inantilDeclaração Universal dos Direitos Humanos,art.º 25;CRC, art.º 6, 24(2)(a); ICESCR, art.º 12(2)(a).

ODM 5: Melhorar a saúde materna

Declaração Universal dos Direitos Humanos,art.º 25;CEDAW, art.º 10(h), 11(f), 12, 14(b); ICESCR, art.º12; CRC art.º24(2) (d); CERD, art.º 5(e)(iv).

ODM 6: Combater o VIH/SIDA, a malária eoutras doenças

Declaração Universal dos Direitos Humanos,art.º 25; ICESCR, art.º12; CRC, art.º24; CERD,art.º 5(e)(iv).

ODM 7: Assegurar a sustentabilidade ambientalDeclaração Universal dos Direitos Humanos,art.º 25 (1); ICESCR, art.º11(1) e 12; CEDAW, art.º12(2)(h); CRC, art.º24; CERD, art.º 5(e)(iii).

ODM 8: Desenvolver uma parceria global parao desenvolvimento

Artigos da Carta 1(3), 55 e 56; DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos, art.º22 e 28;ICESCR, art.º 2(1), 11(1), 15(4),22 e 23; CRC, art.º4,24(4) e 28(3).

Elementos da Agenda Globaldo Emprego

Normas e Reerenciais Relevantes

- Emprego produtivo paraa erradicação da pobreza edesenvolvimento;- Políticas activas para o em-prego, redução da pobreza,segurança e equidade;- Comércio e investimentopara um emprego produtivo eacesso aos mercados para ospaíses em desenvolvimento;- Mudança tecnológica paraum aumento de produtivi-dade, criação de emprego emelhoria dos padrões devida;- Política macroeconómicapara o crescimento e em-prego;- Emprego digno através doempreendedorismo;- Empregabilidade através damelhoria dos conhecimentose competências.

- Declaração da OIT acerca dos Princípios e Direitos Funda-mentais no Trabalho, refectindo os valores das oito principaisconvenções:

• Liberdade de associação e reconhecimento efectivo do direitoà negociação colectiva;

• Eliminação de todas as formas de trabalho forçado;• Abolição do trabalho infantile;• Eliminação da discriminação no emprego e ocupação.

- Convenção sobre Segurança Social (Padrões Mínimos), 1952(Nº102);- Convenção sobre as Políticas de Emprego, 1964 (N.º122) e Reco-mendação, 1984 (N.º169);- Convenção acerca das Organizações dos Trabalhadores Rurais,1975 (Nº141);- Convenção acerca do Desenvolvimento dos Recursos Huma-nos, 1975 (Nº142) e Recomendação, 2004 (Nº195);- Convenção acerca da Segurança e Saúde no Trabalho, 1981(Nº155);- Convenção acerca dos Povos Indígenas, 1989 (Nº169);- Criação de Emprego nas Pequenas e Médias Empresas. Re-comendação, 1998 (Nº189)- Promoção das Cooperativas. Recomendação, 2002 (Nº193).

Elementos da Agenda Globaldo Emprego

Normas e Reerenciais Relevantes

- Eliminação do trabalhoinfantil;- Promoção do trabalhodigno e ormação ao longoda vida.

- Convenção acerca da Idade Mínima, 1973 (Nº138) – estabele-ce que a idade mínima para o emprego não deve ser ineriorà idade de conclusão do ensino obrigatório e, em nenhumacircunstância inerior aos 15 anos (ou, quando assim denido, 14anos);- Convenção acerca das Piores Formas do Trabalho Inantil, 1999(Nº182) – apela à eectiva eliminação das piores ormas de traba-lho inantil, tendo em consideração a importância da educaçãobásica para todos;- Convenção acerca dos Povos Indígenas, 1989 (Nº169);- Convenção acerca da Segurança e Saúde no Trabalho, 1981(Nº155).

ICESCR – Protocolo Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais.ICCPR – Convenção Internacional dos Direitos Civis e PolíticosCDR - Convenção dos Direitos da CriançaCEDAW - Convenção Internacional Para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contraa MulherCERD – Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.

Deste modo, cumprir os ODM não é meramente a concretização de um compromis-so assumido na Declaração do Milénio por 189 Estados; cumprir os ODM é dar umimportante passo na protecção e respeito pelos direitos humanos. Os ODM podemuncionar como um reerencial, acilmente mensurável, do eectivo empenho dosEstados e de toda a Comunidade Internacional no respeito pelos direitos humanos.

ODM 1: Erradicar a Pobreza Extrema e a Fome

ODM 2: Alcançar a Educação Primária Universal

Page 9: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 9/23

14 15

Elementos da Agenda Global do Emprego Normas e Reerenciais Relevantes

- Promoção da igualdade de oportunidadesno acesso ao emprego, actividades gerado-ras de rendimento e de activos de educaçãoe formação;- Intervenções especicamente orientadaspara as questões de género e dirigidas ahomens e mulheres;- Iniciativas de protecção social;- Empoderamento (empowerment) das mul-heres através de organizações de emprega-dores e trabalhadores;- Diálogo social e negociação colectiva paraa equidade de género;- Promoção do respeito pelos direitos enormas internacionais do trabalho.

- Convenção sobre a Igualdade na Remuneração,1951 (Nº 100);- Convenção sobre a Discriminação (Emprego eOcupação), 1958 (Nº 111);- Convenção e Recomendação sobre os Trabalha-dores com Responsabilidades Familiares (Nº 156);- Convenção acerca da Protecção da Maternidade;- Convenção sobre o Desenvolvimento de Recur-sos Humanos, 1975 (Nº 142) e Recomendação,2004 (Nº 195).

Elementos da Agenda Global do Emprego Normas e Reerenciais Relevantes

- Acesso aos cuidados de saúde amiliar eoutras medidas de segurança social dis-poníveis para as famílias;- Investimento em recursos humanos einraestruturas no âmbito dos serviços desaúde;- Protecção da maternidade para todas asmulheres trabalhadoras durante a gravidez,

parto e aleitamento;- Boas condições de saúde, higiene e segu-rança no trabalho;- Políticas de conciliação do trabalho e daamília, que permitam aos país a prestaçãode cuidado adequado aos lhos;- A eliminação das piores ormas do traba-lho inantil.

- Convenção acerca da Protecção da Maternidade(Nº 183) e Recomendação (Nº 191), 2000;- Convenção acerca da Segurança e Saúde noTrabalho, 1981 (Nº 164);- Convenção sobre os Trabalhadores com Respon-sabilidades Familiares (Nº 156) e Recomendação(Nº 165) 1981;

- Convenção acerca das Piores Formas do TrabalhoInfantil, 1999 (Nº 182);- Convenção da Idade Mínima, 1973 (Nº 138);- Convenção da Segurança Social (Padrões Míni-mos), 1952, (Nº 102);- Convenção acerca dos Cuidados Médicos eBeneícios em Situação de Doença, 1969 (Nº 130).

Elementos da Agenda Global doEmprego

Normas e Reerenciais Relevantes

- Protecção da maternidade paratodas as mulheres trabalhadorasdurante a gravidez, o parto e oaleitamento;- Investimento em recursoshumanos e inraestruturas noâmbito dos serviços de saúde;- Alargamento do acesso a ser-viços de saúde e esquemas desegurança social;- Direitos e condições de trabalho

dignas para os trabalhadores dasaúde;- Acesso das mulheres trabalha-doras a serviços de prevenção etratamento do VIH/SIDA;- Melhoria na educação, empre-go e estatuto das meninas emulheres.

- A Convenção de Protecção da Maternidade, 2000 (Nº 183)abrange:

• Acesso a cuidados médicos, incluíndo pré-natal e pós--parto, além de cuidados hospitalares quando necessário;

• Licença de maternidade;• Benefícios nanceiros durante a licença de maternidade;• Protecção na saúde – o direito da mulher grávida ou em

aleitamento a não realizar trabalhos perigosos para a suasaúde ou saúde da criança;

• Protecção do emprego – o direito a regressar ao posto de

trabalho, ou a uma posição equivalente, no nal da licençade maternidade;• Não-discriminação – a maternidade não deve ser uma

onte de discriminação em matéria de emprego.- Convenção da Segurança Social (Padrões Mínimos), 1952,(N 102);- Convenção acerca dos Cuidados Médicos e Beneícios emSituação de Doença, 1969(Nº 130).

Elementos da Agenda Globaldo Emprego

Normas e Reerenciais Relevantes

- Protecção dos direitos dostrabalhadores;

- Prevenção do VIH/SIDAatravés da educação, pro-gramas de sensibilização, eapoio prático à mudança decomportamentos;- Apoio e cuidado, incluindoacesso a beneícios sociais,acomodação razoável das tare-as no local de trabalho, bemcomo o tratamento em ambi-entes onde os sistemas locaisde saúde são insucientes.

- Convenção da Segurança Social (Padrões Mínimos), 1952, (N102);- Convenção acerca dos Cuidados Médicos e Beneícios emSituação de Doença, 1969 (Nº 130) e Recomendação (Nº 134),1969;- Convenção acerca da Discriminação no Emprego e Ocupação,1958 (Nº 111);- Convenção acerca dos Serviços de Saúde Ocupacional, 1985(Nº 161);- Convenção acerca das Piores Formas do Trabalho Inantil, 199(Nº 182);- Convenção sobre a Protecção da Maternidade, 200 (Nº 183).

De destacar ainda o Código de Práticas da OIT acerca do VIH/SIDA e o Mundo do Trabalho.

ODM 3: Promover a igualdade entre os géneros e a autonomia da mulher

ODM 4: Reduzir a Mortalidade Inantil

ODM 5: Melhorar a Saúde Materna

ODM 6: Combater o VIH/SIDA, a Malária e outras doenças

Page 10: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 10/23

16 17

Elementos da AgendaGlobal do Emprego

Normas e Reerenciais Relevantes

- Maior coerência entreas políticas económicas,sociais e ambientais;

- Promoção de modelosde desenvolvimento que

garantam igualdadede oportunidade paratodos, expandam osmeios de subsistên-cia sustentáveis e oemprego, e reduzam asdesigualdades

- Convenção sobre Políticas de Emprego, 1964, (Nº122) e Recomenda-ção, 1984 (Nº169);- Convenção sobre o Desenvolvimento de Recursos Humanos, 1975(Nº142) e Recomendação, 2004 (Nº195);- Convenção acerca do Ambiente de Trabalho (Poluição do Ar, Ruído eVibração) (Nº148) e Recomendação (Nº156), 1977;- Convenção acerca da Saúde e Segurança no Trabalho, 198 (Nº155);- Convenção sobre os Povos Indígenas, 1989 (Nº169);- Convenção acerca dos Produtos Químicos (Nº170) e Recomendação(Nº177), 1990;

- Convenção acerca dos Asbestos, 1986 (Nº162) e Recomendação(Nº172), 1986;- Convenção sobre a Prevenção de Grandes Acidentes Industriais, 1993(Nº174);- Convenção acerca da Segurança e Saúde nas Minas, 1995 (Nº176);- Convenção acerca da Segurança e Saúde na Agricultura,2001(Nº184);- Recomendação acerca da Criação de Postos de Emprego em Peque-nas e Médias Empresas, 1998 (Nº189);- Declaração da OIT acerca dos Princípios e Direitos Fundamentais noTrabalho.

Elementos da Agenda Global do Emprego Normas e Reerenciais Relevantes

- Promover o trabalho digno enquanto objec-

tivo global para uma globalização justa;- Encorajar o emprego através da mudançatecnológica;- Monitorização directa e promoção da metade emprego dos jovens;- Capacitação das Organizações de emprega-dores e trabalhadores para uma participa-ção ecaz nas agendas de desenvolvimentonacionais.

- A Agenda Global para o Emprego, promovidapela OIT assinala prioridades chave para oemprego de jovens. Este tema tem uma íntimaarticulação com as questões da igualdade deoportunidades, desenvolvimento de recursoshumanos e eliminação do trabalho infantil;- Declaração da OIT acerca dos Princípios eDireitos Fundamentais no Trabalho.

ODM 7: Assegurar a Sustentabilidade Ambiental

ODM 8: Desenvolver uma Parceria Global para o Desenvolvimento

Os 8 ODM em detalhe

Erradicar a pobreza extrema e a ome

OBJECTIVO 1:

Combater a pobreza extrema e a ome é o primeiro dos Objectivos do Milénio.A ome aecta um terço da população mundial. É uma vergonha para a humani-dade que, no início do século XXI a ome e a pobreza sejam os problemas maisgraves com que se conronta. Na verdade, apesar da tecnologia e capacidadepara produzir alimentos sucientes para toda a humanidade, a ome e a desnu-trição aectam ainda uma parte importante da população mundial.É evidente que, dada a dimensão do problema da ome e da pobreza extrema,se não se conseguir avançar neste terreno, muitas outras propostas carão porconcretizar.

Page 11: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 11/23

18 19

ODM 1A que se deve a ome e a pobreza extrema?

- A ome deve-se em grande medida aos baixos rendimentos e à desigualdadeno acesso a recursos como a terra, a água, o crédito, os mercados e a tecnologia.

- Tradicionalmente e até aos anos 80, a ome estava relacionada apenas com aescassez de alimentos. No entanto, cou comprovado que a questão está maisrelacionada com a distribuição dos alimentos existentes do que com a produçãoou abastecimento à escala nacional.

- A pobreza é determinada pela ausência de rendimentos mínimos (um quarto dapopulação mundial sobrevive com menos de um dólar por dia), mas é tambémcausada por actores como o analabetismo, a alta de acesso à água ou a alta deassistência sanitária.

• A fome é evitável. A capacidade que temos de produzir alimentos daria paraalimentar o dobro da actual população mundial. Desde 1970 que a produçãoalimentar nos países em desenvolvimento triplicou, superando o aumento de-mográco.

• Desde 1990 que se vericam progressos importantes na luta contra a pobreza ea ome em várias regiões do mundo: países árabes, Ásia e Pacíco, América La-tina e Caraíbas. A percentagem de pessoas a viver em extrema pobreza diminuiude cerca de um terço para menos de um quinto entre 1990 e 2004. As regiões

onde aconteceram os maiores retrocessos são a Árica Subsariana e os países daantiga União Soviética.

• Em 1990, 71% da população mundial tinha acesso à água potável. Passados dezanos já se tinha alcançado os 78%.

• Constatou-se que a pobreza tem maior repercussão nas mulheres que assumema responsabilidade das amílias. Estão a ser desenvolvidos muitos programasespecícos dirigidos a mulheres, através de soluções como microcréditos, criaçãode cooperativas ou ormação.

• Dos 6.000 mil milhões de pessoas que vivem na Terra, 4.500 milhões vivem àbeira da subsistência; destas, 2.000 milhões passam fome diariamente e maisde 850 milhões vivem com uma alta extrema de alimentos. No mundo, uma emcada três pessoas passa ome diariamente e duas em cada três vivem em situaçãode pobreza extrema.

• Na África Subsariana, 35% das pessoas sofrem de desnutrição. Na zona da Ásiae Pacíco quase chegam aos 20%. Na América Latina e nas Caraíbas supõe-seque atinjam os 10%.

• 75% das pessoas que passam fome vivem nas zonas rurais. Os alimentosexistem mas as pessoas mais pobres é que não os podem adquirir por alta deposses. A solução está na distribuição de alimentos à escala nacional e mundial.

• A pobreza não é algo exclusivo dos países em desenvolvimento. Nos paísesconsiderados “desenvolvidos” subsistem importantes bolsas de pobreza eenormes desigualdades. Existem países, como é o caso dos Estados Unidos, cujascamadas sociais mais pobres não podem custear os gastos essenciais com asaúde.

• Inorme-se se no seu bairro, na sua povoação ou reguesia em colectividadesou associações que trabalhem para ajudar os mais pobres, tanto na sua própriazona (a pobreza também está entre nós, como já vimos) como noutras regiões domundo. Colabore e comprometa-se na medida do possível.

• Pode realizar uma campanha contra a ome e a pobreza na sua escola ouaculdade. Pode propor aos proessores e aos alunos, por exemplo, as seguintesactividades: elaboração de contos, desenhos, exposições, peças de teatro e colo-cação de cartazes alusivos a este tema na entrada da escola.

• Participe como voluntário em acções contra a ome promovidas pelas ONGD eorganizações mais activas nesta causa.

• Fale com a sua autarquia, junta de reguesia e associações juvenis, desportivasou culturais para que colaborem na diusão da Campanha PobrezaZero.

• Experimente o “truque” na sua escola ou no seu bairro. Criar uma pequenacooperativa de troca não é assim tão complicado. Pode ampliar o seu círculo deamigas e amigos numa actividade que não implica o consumo ou gastar dinhei-ro, através da partilha de objectos que já não têm serventia, trocando assimcapacidades, saberes e eectuando doações.

• Consuma responsavelmente contrariando o consumismo que nos rodeia. açauma simples refexão: ainda que o possamos pagar, não é melhor pensar duasvezes antes de trocar, por exemplo, de telemóvel?

Qual é a situação actual?

Contudo …

Que posso eu azer?

Page 12: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 12/23

20 21

Alcançar o ensino primário universal

OBJECTIVO 2:

Ainda que em muitas partes do mundo tenha aumentado a taxa de escolariza-ção das crianças, há que redobrar esorços se realmente quisermos alcançar oobjectivo de uma escolarização universal plena.A alta de ormação básica, quer nas comunidades, quer nos países, impede aqualicação prossional dos cidadãos, minando a estrutura económica e sociale impossibilitando o m da pobreza. Um sistema democrático também não sepode consolidar com uma percentagem tão elevada de população analabeta eque, consequentemente, não pode exercer os seus plenos direitos.O baixo índice de matrículas e, sobretudo, o abandono escolar precoce, estãoortemente relacionados com a pobreza. A sua erradicação depende, em boamedida, de se conseguir uma educação básica para todos e de aumentar osesorços na escolarização das raparigas, que apresentam maiores índices deexclusão e de abandono dos estudos.

ODM 2Quais os principais obstáculos para se alcançar o ensinoprimário universal?

- O trabalho inantil, sob a orma de servidão ou escravatura que não permite àscrianças irem à escola, nem lhes dá tempo suciente para brincar, ainda atingemuitos países. Muitas multinacionais estão envolvidas no trabalho e exploraçãoinantil que se calcula atinja 218 milhões de crianças entre os 5 e os 17 anos, dasquais 126 milhões realizam trabalhos perigosos.

- As guerras e as consequentes deslocações de população são um actor deexploração dos mais débeis - as crianças - provocando o inevitável desmem-bramento amiliar, assim como a paralisação de qualquer processo educativo emcurso.

- A alta de dinheiro dos estados mais pobres diculta a contratação de proesso-res em condições dignas assim como a melhoria das inraestruturas.

- As crianças são vitimas directas das situações de pobreza, das pandemias(SIDA, malária, entre outras), e das situações dramáticas de alta de água e ali-mentos.É evidente que, quando alta o básico, a educação é considerada um luxo.

• Durante os anos 90, o número de matrículas na educação primária cresceu emtodas as regiões do mundo. Na Ásia Oriental e no Pacíco, na Europa Oriental e

países da antiga União Soviética e na América Latina e Caraíbas, mais de 90%das crianças oram matriculadas na escola primária. Na Ásia Meridional orammatriculadas 79% e nos países árabes a percentagem oi de 77%.

• Em 2005 cerca de 72 milhões de crianças, em idade escolar, não frequentavamo ensino primário.

• 781 milhões de adultos não sabem ler nem escrever – dois terços destes sãomulheres.

Qual é a situação actual?

Page 13: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 13/23

22 23

• O aumento da escolarização das crianças é muito lento. Uma em cada cinco cri-anças no mundo (114 milhões) não está matriculada na escola. Hoje em dia, maisde 100 milhões de crianças, 60% das quais são meninas, não vão à escola.

• Na África Subsariana, ainda que na década de 90 a taxa de escolarização tenhaaumentado em 3%, o número de matrículas continua a ser muito baixo, ineriora 60%. A isto há que acrescentar um índice de abandono escolar muito alto (sóuma em cada três crianças acaba a escolaridade primária). Há progressos emmuitos países, como o Senegal, o Mali, o Togo e o Ruanda, mas os retrocessostambém são muitos noutros países, casos da Namíbia, da República Democráticado Congo ou da Tanzânia. Há países, como a Nigéria, onde apenas 26% dascrianças vão à escola.

• As inscrições no ensino primário aumentaram de 80% em 1991 para 88% em2005. Esta evolução vericou-se, principalmente, a partir de 1999. Apesar detudo, regiões como a Árica Subsariana, o sudeste asiático e a Oceânia estãoainda longe de atingir a meta traçada.

• Na Ásia Oriental e Pacíco, que constituem uma percentagem muito importanteda população mundial, o número de crianças que vai à escola tem diminuído,principalmente na China e nas Filipinas.

• A precaridade do sistema educativo nos países pobres pode ilustrar-se com umexemplo: na Serra Leoa, o país mais pobre do mundo, o vencimento mensal deum proessor em 2003 era de 38 euros.

• Entre em contacto com entidades que trabalhem na promoção da educação nomundo e colaborar como voluntário/a.

• No caso de ser estudante, promova uma campanha de sensibilização na suaprópria escola. Pode começar por conhecer as experiências pessoais dos seus co-legas: como são as escolas dos países de origem e como eram as dos seus pais?A partir daí pode organizar uma exposição com desenhos, otograas, vídeos,montagens digitais, etc.

• Procure conhecer em pormenor uma zona carenciada do mundo e tente envol-ver a escola do seu bairro num projecto concreto de colaboração. Pode conheceriniciativas e recolher ideias na página web da oikos em www.oikos.pt.

Contudo …

Que posso eu azer?

Promover a igualdade entre os sexos e aautonomia da mulher

OBJECTIVO 3:

A discriminação das mulheres está enraizada em muitas sociedades. Chega a ser

considerado algo normal e em muitas ocasiões este grave problema não é en-tendido como tal. Pensa-se que o natural é um estado de coisas que az com queas mulheres estejam subordinadas aos homens, tenham menos direitos, cobremsalários ineriores por um mesmo trabalho ou possam ser agredidas pelos seusmaridos.Muitas mulheres em todo o mundo trabalham há décadas para conseguir a igual-dade de direitos, lutando ao mesmo tempo por um mundo mais justo e solidário.Já se realizaram cinco reuniões mundiais (como as de Pequim e Nova Iorque) nasquais se zeram ouvir as vozes de mulheres dos cinco continentes. Ainda quemuitas coisas estejam a mudar, como temos podido constatar na nossa própriasociedade nos últimos 30 anos, os progressos não são iguais em todo o mundo.Em termos gerais, as dierenças de género são mais signicativas nas regiões doMédio Oriente, Ásia Meridional, Árica do Norte, Árica Ocidental e Central.

Page 14: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 14/23

24 25

ODM 3Que consequências tem a desigualdade entre homens emulheres?

- Não podemos atingir o ensino primário universal sem uma maior participaçãodas raparigas. Assim, os Objectivos 2 e 3 estão inter-relacionados.As meninas e as jovens têm muito mais diculdades em estudar e completaros estudos que os seus companheiros masculinos. O abandono escolar precocetambém aecta mais as raparigas que os rapazes, porque é às mulheres que seatribui, quase exclusivamente, a tarea de cuidar dos lhos e da amília.

- Está comprovado que uma rapariga não escolarizada tem muito mais possibi-lidades de viver na pobreza, casar-se ainda adolescente, ter muitas gravidezesseguidas, morrer durante o parto ou perder os seus lhos por doença.

- O analabetismo, grande obstáculo para barreira para sair da pobreza, atingemuito mais as mulheres que os homens – dois terços da população adulta anal-abeta são mulheres.

- Muitas vezes as mulheres têm acesso limitado aos serviços de saúde, o queaumenta os riscos decorrentes da maternidade e, consequentemente, os índicesde mortalidade inantil.

• A diferença entre ambos os sexos no que se refere à educação primária temvindo a ser reduzida sistematicamente desde 1980.

• Apesar das diculdades, a presença da mulher na esfera pública aumentousignicativamente nos últimos 20 anos. São vários os actores determinantes darepresentação política das mulheres, entre eles a vontade política, a orça dosmovimentos emininos nacionais e a ênase continuada da comunidade interna-cional na igualdade de género e ortalecimento do poder das mulheres. Porém, oactor mais decisivo é o sistema de quotas. Em 2006, os países em que existe estesistema quase duplicaram o número de mulheres eleitas, em comparação compaíses em que tal sistema é inexistente.

Qual é a situação actual?

• Metade da população é constituída por mulheres, proporção igualitária quenão é respeitada em todos os campos. Dois dos aspectos que ilustram a dimen-são do problema são o acto de 70% das pessoas que vivem com menos de umdólar por dia serem mulheres e, no que respeita à propriedade, só 1% da terrapertencer directamente a mulheres.

• Aproximadamente 860 milhões de pessoas com mais de 15 anos, em todo omundo, são analabetas. Destas, duas em cada três são mulheres.

• Existem regiões do globo onde ainda se verica um alto índice de falta deescolarização mas onde ainda é possível mudar o destino de muitas meninas.A situação é especialmente grave na Ásia Meridional e na Árica Subsariana,regiões onde a situação é agravada pelos altos índices populacionais. A nível da

educação, embora tenham havido progressos em relação à desigualdade, emmais de metade dos países do mundo há estagnação. Ainda assim, mais de 60países – em 156 com inormação disponível – têm revelado algum progresso.

• Realize uma campanha na escola do seu bairro sobre sensibilização e preven-ção da violência sobre as mulheres. Pode pedir apoio a organizações que tenhameditado materiais e que o (a) possam aconselhar.

• Se for estudante, peça aos professores e à direcção da escola que promovamjunto dos alunos uma ormação sobre as relações aectivo-sexuais, assim comoorientação para o emprego numa perspectiva não sexista.

• Zele para que os direitos das suas colegas de trabalho ou de escola sejam res-peitados em todos os domínios. Denuncie todas as situações que atentem contraa dignidade das meninas ou das raparigas.

• Se for estudante, acolha e acompanhe as meninas de origem estrangeira na suaprópria escola: aça com que se sintam como em sua própria casa.

• Solicite aos professores e à direcção da sua escola que se uti lize uma lingua-gem não sexista que dê visibilidade à presença eminina. Por exemplo: alunas ealunos.

• Na Holanda, está a ser levada a cabo uma iniciativa que consiste em convidarmulheres que trabalham em ambientes laborais não eminizados e que ocupamcargos de responsabilidade para relatarem nas escolas a sua experiência aosalunos, como orma de contribuição para a erradicação de estereótipos e papéisaprendidos.

  É uma ideia que podemos seguir.

Contudo …

Que posso eu azer?

Page 15: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 15/23

26 27

Reduzir a mortalidade inantil

OBJECTIVO 4:

As elevadas taxas de mortalidade inantil são um drama para os países pobres.Quase 50% dessas mortes acontecem na Árica Subsariana, enquanto quenos países mais ricos tal percentagem não ultrapassa 1%. Este acto dá-nosuma percepção da dimensão da crise humanitária que se vive nesta parte domundo.Também nos países mais desavorecidos, os mais pobres são os que maissorem: as possibilidades de uma criança morrer antes dos 5 anos aumentamsignicativamente quanto maior or o nível de pobreza da amília.Uma vez mais, a pobreza é o denominador comum desta tragédia. Permanece,no entanto, a esperança ao sabermos que esta situação pode ser invertida,apenas através de uma distribuição mais equitativa da riqueza.

ODM 4Que soluções para reduzir a mortalidade inantil?- As soluções centram-se no acesso gratuito das mães, crianças, e amílias aosserviços de saúde, à educação básica, aos recursos nutricionais básicos (alimen-tação) e acesso a água potável.

- São também determinantes a alta de inormação e de serviços de assistênciacomunitários.Exemplo disto é a aleitação materna: apesar de todas as recomendações da Or-ganização Mundial de Saúde a seu avor, muitos países pobres continuam a pro-mover a aleitação articial (que apresenta muitos problemas higiénico-sanitá-rios), provocando inecções e morte em muitas crianças. Na verdade, nestespaíses, para além de não se terem em conta as propriedades imunológicas doleite materno, a situação é agravada pela impossibilidade de esterilizar correcta-mente os biberões, já para não alar da alta de meios para aquisição dos pro-dutos.

- A educação das mães constitui também uma orma de solucionar o problema:garantir um nível de educação básico às mães e o seu acesso à inormação estádirectamente relacionado com a redução da mortalidade dos menores de cincoanos, que dependem — em muitas ocasiões quase exclusivamente — das mães.Como vemos, todos os objectivos ormulados se encontram em interligação. As-sim, lutar pela igualdade de género pressupõe lutar pela vida das crianças.

• Os progressos médicos e a produção de alimentos no mundo permitem reduzirsubs-tancialmente a mortalidade inantil em todo o planeta.

• Ainda que o progresso seja considerado lento, existe à escala mundial um ritmode evolução na luta contra a mortalidade inantil. Rera-se que, mantendo-seo ritmo actual, o objectivo previsto na Declaração do Milénio só se cumprirá em2045 (30 anos após a data proposta).

• Na década de 1990, as mortes por diarreia na infância foram reduzidas em 50%.Morrem anualmente quase 11 milhões de crianças com menos de cinco anos –mais de 1 200 por hora – a maior parte delas devido a situações que podiam tersido pre-venidas e tratadas. 90% destas mortes são devidas a: diarreia, pneumo-nia, sarampo, malária, VIH/SIDA e problemas neo-natais.

• A Direcção-Geral da Saúde de Portugal publicou os números referentes às taxasde mortalidade inantil no período 2001/2005. Esta taxa, que já apresentavavalores notavelmente positivos, melhorou ainda mais, passando de 4,9 em 2001para 3,5 em 2005, o que coloca Portugal nos primeiros lugares a nível mundial,

Qual é a situação actual?

Page 16: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 16/23

bem à rente de países muito mais desenvolvidos, como a Inglaterra e os Esta-dos Unidos da América.

28 29

• Na luta contra a mortalidade infantil (11 milhões de crianças por ano), existemregiões onde não se vericam progressos ou, inclusivamente, onde têm ocor-rido retrocessos: 1% das crianças que morrem antes de atingir os 5 anos vive empaíses ricos, enquanto que cerca de 50% são habitantes Árica Sub.

• Nos países empobrecidos, 9% das crianças morrem antes de atingir os 5 anos.

• A guerra e a pobreza estão na origem de todas estas mortes: a maioria dospaíses onde uma em cada cinco crianças morre antes de atingir os cinco anos,soreu um confito armado desde 1999. Nos países onde, desde 1999, existem ou

existiam confitos armados, 1 em cada 5 crianças morre antes de completar cincoanos.

• A mortalidade infantil está directamente relacionada com a desigualdade degénero: comprova-se que os lhos de mulheres sem ormação têm pior quali-dade de vida e correm maior risco de morrer.

• Entre em contacto com organizações que trabalhem para erradicar a fome.Colabore e comprometa-se o mais possível. Pode participar como voluntário/aem acções contra a ome organizadas por ONGs e organizações da plataorma“PobrezaZero”. • Se está numa escola ou faculdade, organize uma actividade para que os seuscolegas e proessores conheçam esta realidade e desenvolvam debates nas aulas.

Também pode promover exposições temáticas que lhe sejam cedidas por algumaorganização, ou propor actividades artísticas (desenho, teatro, cinema, música,literatura, etc.) que conduzam à refexão.

• Difunda a campanha “PobrezaZero” entre os seus colegas, amigos e familiares.

• Informe-se sobre as possibilidades de colaborar voluntariamente com organiza-ções locais da sua localidade ou bairro, as quais desenvolvam actividades a avordas crianças que necessitam de ajuda: associações, paróquias, serviços sociaismunicipais, entre outros.

Contudo …

Que posso eu azer?

Melhorar a saúde materna

OBJECTIVO 5:

Entende-se por saúde materna a assistência sanitária e a assistência comunitáriaespecíca a prestar às mães ou uturas mães.Os Objectivos do Milénio propõem reduzir em três quartos a taxa de mortalidadematerna até 2015.Em muitos países do mundo, a gravidez e o parto implicam um grave risco paraas mulheres. Situações que, só no início do século XX, se vericavam na Europa(por exemplo, o parto como um episódio de risco para as mães), são ainda hojecomuns nos países pobres, com expressão mais dramática na região da ÁricaSubsariana.Mas a assistência sanitária ao parto, apesar de muito importante, não é o únicoproblema existente - as mães precisam da ajuda da comunidade antes e depoisdos partos, já que as crianças são totalmente dependentes das mães duranteanos. Para assegurar a saúde materna é determinante tirar da pobreza as amíliasque dela padecem e dotar a população de serviços comunitários gratuitos.

Page 17: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 17/23

30 31

ODM 5Quais são os elementos determinantes para assegurar asaúde materna?

- Coincidem em muitos aspectos com o mencionado no Objectivo 4 (reduzir amortalidade inantil). A pobreza e a alta de serviços comunitários põem emperigo tanto a vida das mães como a dos lhos.

- A assistência na gravidez, durante o parto e após o parto, tanto no que se reerea serviços médicos como também a serviços educativos e inormativos ornecidosde orma acessível e gratuita, é ainda um objectivo a alcançar relativamente àmaioria das mulheres do mundo. Não nos devemos esquecer que apenas umaminoria dos países no mundo possuem estes serviços generalizados.

- Além disso, a educação para a maternidade, a universalização da educação,a inormação e educação sexual e a inormação preventiva para evitar doençastransmissíveis sexualmente, são ainda desaos para a maioria dos países. Atítulo de exemplo podemos reerir o uso do preservativo que é considerado oúnico meio que pode prevenir a expansão da SIDA. No entanto, em muitos paísespobres e em desenvolvimento, as crenças religiosas ou os preconceitos aindaimpedem ou dicultam o seu uso e distribuição.

A partir os anos 90 têm-se vericado progressos na assistência especializadaà gravidez e parto em várias regiões do mundo (Ásia Oriental, Estados Árabes,América Latina e Caraíbas).

Qual é a situação actual?

• A maioria das mulheres que morrem de parto ou por complicações durante agravidez encontra-se nos países pobres. Mais de meio milhão de mulheres mor-rem anualmente ao dar à luz. Muitos milhões mais sorem consequências inca-pacitantes e irreversíveis.

• Na África Subsariana mantém-se a mesma proporção de partos assistidosdesde há décadas e na região da Ásia Meridional, com uma população enorme, oprogresso é muito escasso.

• O VIH/ SIDA está a afectar gravemente as mulheres nos países pobres. Na ÁfricaSubsariana, a taxa de inecção de mulheres jovens é seis vezes maior do que a

que se verica entre os homens. Os lhos destas mulheres têm grandes probabi-lidades de serem seropositivos ao nascer.

• A saúde materna não consiste só nos cuidados médicos. O apoio comunitário àsmães em situação desavorecida é determinante. Assim, pode ajudar as organiza-ções que, na sua região ou cidade, apoiam as mães com diculdades económicase de integração, em tareas educativas com as suas crianças.

• Ofereça a sua colaboração a associações locais de imigrantes que trabalhemcom mulheres e mães. Poderá ajudar, dentro da sua comunidade, no ensino dalíngua portuguesa, já que esta é uma erramenta imprescindível para a integra-ção de imigrantes.

• Colabore com as organizações internacionais que trabalham em programas desaúde comunitária em todo o mundo, eectuando donativos, recolhendo undos,promovendo pequenas campanhas de consciencialização na sua comunidadeescolar, no seu bairro ou no seu local de trabalho.

• Informe-se e apoie as campanhas que se realizam a favor dos direitos sexuaise reprodutivos e contra o enómeno da mutilação genital eminina, aspectos queaectam tantas mulheres no mundo.

Contudo …

Que posso eu azer?

Page 18: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 18/23

ODM 6Podemos travar a SIDA e as principais pandemias?- Pela incidência destas doenças, apercebemo-nos que as mesmas se desen-volvem mais acilmente nas pessoas mais pobres e vulneráveis e nas zonas maisempobrecidas (não necessariamente pobres) do planeta. A ausência de recursoseducativos, preventivos, de assistência sanitária e a alta de acesso à água e ali-mentação adequadas estão na origem da propagação destas doenças. O acesso aestes recursos assegura que, mesmo que não seja possível eliminar as doenças,pelo menos podem ser controladas, evitando contágios maciços.

- Assim sendo, não estamos perante nenhum desastre natural que ocorre em de-terminados países ou regiões do mundo. Conrontamo-nos sim com uma simples

e dura situação de injustiça a nível planetário.

• Em 1977 erradicou-se a varíola, onze anos após ter sido denido este objectivo.

• Os avanços no tratamento com medicamentos retrovirais fazem com que o VIH/SIDA se possa considerar já uma doença crónica (e não necessariamente mortal),nos países cuja população pode pagar os tratamentos.

• As medidas preventivas (e principalmente o uso generalizado de preservativos)demonstraram ecácia na contenção da epidemia do VIH/ SIDA.

• Há progressos na investigação da prevenção e tratamento de doenças como amalária.

Qual é a situação actual?

32 33

Combater o VIH/SIDA, a maláriae outras doenças graves

OBJECTIVO 6:

O objectivo 6 visa parar e começar a reduzir a propagação do VIH/SIDA, assimcomo diminuir signicativamente a incidência da malária e da tuberculose.Estas doenças, por aectarem signicativamente amplos sectores da populaçãomundial, independentemente dos países, regiões do mundo ou continentes,são consideradas pandemias.O paludismo ou malária, o VIH/SIDA e outras epidemias aectam particular-mente os países pobres e travam as suas possibilidades de desenvolvimento. Osepisódios de tuberculose ou de malária na Europa e nos EUA são uma raridade,e os casos de VIH/SIDA estão a diminuir.

•Nos países em desenvolvimento a maioria da população não pode pagar osmedicamentos que tornam possível controlar ou tratar doenças tão graves como aSIDA. Cerca de 90% da investigação armacêutica dedica-se a combater as doen-ças soridas por apenas 10% da população mais rica do planeta. É um exemplopalpável de que os progressos na investigação médica devem ser acompanhadosde medidas sociais, se queremos que sirvam à maioria da humanidade.

• O VIH/SIDA é a principal causa de morte na África Subsariana, onde a esperan-ça média de vida é de 47 anos. Sem o VIH/SIDA este índice rondaria os 62 anos.Há, no entanto, países cuja esperança de vida não supera os 33 anos.

• O VIH/SIDA é uma das quatro principais causas de mortalidade em todo omundo. Morrem por dia 8.000 pessoas vítimas desta doença. Em 2005 o númerode pessoas inectadas ultrapassava os 40 milhões.

Contudo …

Page 19: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 19/23

34 35

• Nos países desenvolvidos também se regista uma tendência preocupante emrelação ao VIH/SIDA, a percepção de que esta gravíssima doença não é necessa-riamente mortal está a causar alguma negligência e descuido nas medidaspreventivas. Em Portugal a estimativa da UNAIDS aponta para cerca de 43.000pessoas inectadas. O total acumulado de casos de inecção pelo VIH/SIDA conhe-cidos em Portugal é de 25.968. Destes: 

- 47,6% em utilizadores de drogas por via endovenosa- 34,5% por transmissão heterossexual- 11,7% por transmissão homossexual masculina- 6,2% por outras ormas de transmissão

• O paludismo (malária) afecta, em cada ano, 500 milhões de pessoas e causaum milhão de mortes. Esta doença aecta, em média, 149 em cada 1000 pessoasnos países em desenvolvimento

• A tuberculose, já extinta na maioria dos países ricos, acaba com a vida de mi-lhões de pessoas por ano nos países empobrecidos e este número está a crescer,nomeadamente em Portugal.

• A Hepatite C é uma doença viral do fígado causada pelo vírus HCV. É a maistemida e perigosa de todas as hepatites virais. Há quase 200 milhões de portado-res ou doentes crónicos de hepatite C no mundo. Esta doença mata mais pessoasque o VIH/SIDA.

• Proteja-se e contribua para travar a expansão do VIH/SIDA. O uso do preserva-tivo é o único método eectivo para evitar contágios. Procure a inormação básicapara se proteger e viver a sexualidade com liberdade, mas sem riscos.

• Se é estudante colabore, dentro do seu agrupamento escolar, com as entidades

de saúde que promovem o uso do preservativo, que prestam inormação e orma-ção sem preconceitos sobre sexualidade e sobre precauções perante as doençassexualmente transmissíveis.

• Colabore com as entidades que trabalham em cooperação internacional, natentativa de travar a expansão do VIH/ SIDA, da malária, da tuberculose e dahepatite C nos países mais pobres do mundo.

• Com o envolvimento da direcção do agrupamento escolar da sua zona, convidepessoas que, na sua cidade, integrem associações de doentes aectados pelo VIH/SIDA ou pela Hepatite C para prestar o seu depoimento à escola. Convide os seuscolegas e proessores a conhecerem, na primeira pessoa, os problemas de saúdee de discriminação soridos pelos seropositivos e vítimas de outras doençasinecto-contagiosas.

Que posso eu azer?

Garantir a sustentabilidade do meio ambiente

OBJECTIVO 7:

Hoje as questões ambientais já não são uma preocupação exclusiva de gruposminoritários, como no início da década de 70, quando nasceu o movimento

ecologista.A comunidade cientíca alerta para o acto de estarmos num momento crítico,em que os eeitos da acção humana sobre o ambiente estão já a aectar as nos-sas vidas no presente e com tendência para se agravar no uturo.A Avaliação dos Ecossistemas do Milénio é um relatório elaborado por mais de1.300 especialistas de 95 países, a pedido do Programa das Nações Unidas para oMeio Ambiente, no sentido de orientar os responsáveis pelas tomadas de decisãoa nível mundial. Este relatório adverte para o acto de que, nos últimos 50 anos,os seres humanos alteraram os ecossistemas de um modo mais rápido e intensodo que em qualquer outra etapa da história humana. “Qualquer progresso quese alcance na consecução dos Objectivos de erradicar a pobreza e a ome, me-lhorar a saúde e proteger o ambiente, pode não ser sustentável se a maioriados recursos dos ecossistemas, dos quais depende a Humanidade, continuar adegradar-se”.

Page 20: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 20/23

36 37

ODM 7Que signifca sustentabilidade ambiental?

- A palavra “sustentabilidade” reere-se à capacidade de algo permanecer aolongo do tempo. Desde há alguns anos, as advertências para a impossibilidadedo planeta continuar a satisazer as exigências do nosso modelo de vida chama-ram a atenção para o termo: sustentabilidade ambiental. È este o desao quetemos à nossa rente - preservar o bem-estar das pessoas e o uncionamento dossistemas naturais de que dependemos, tendo em vista não só a nossa geraçãocomo também as gerações uturas.

- A sustentabilidade ambiental implica mudanças muito importantes: por um

lado, é imprescindível satisfazer as necessidades dos que não têm o mais básico;por outro, o mundo rico deve modicar o seu modelo de desenvolvimento, quese apropria dos recursos naturais mundiais e os usa como se ossem innitos.Só um desenvolvimento que respeite as capacidades da natureza e permita umapartilha justa da riqueza é “sustentável”, quer dizer, viável a longo prazo.

• O Protocolo de Quioto (1997) foi o primeiro grande acordo internacional a fazerrente ao grave problema das mudanças climáticas. Actualmente, 129 países jáo raticaram, comprometendo-se a reduzir a emissão de gases que provocam oaquecimento da atmosera. A maioria dos cientistas especializados em questõesclimáticas a nível mundial, está de acordo sobre a urgência de reduzir drastica-mente as emissões de CO2 e outros gases de eeito estua, apesar da negação dasevidências das alterações climáticas por parte de grandes empresas e governos(como os Estados Unidos).

• Desde os anos 90 (a partir da Conferência do Rio de Janeiro, de 1992) que setem tentado impulsionar programas de sustentabilidade ambiental em todo omundo, especialmente através das chamadas ‘Agendas 21 Locais’. Estas ini-ciativas, mais do que uma lista de boas intenções, ajudam as autarquias e oscidadãos a refectir e a tomar decisões sobre a maneira como tornar as cidades eoutros aglomerados populacionais mais “amigos” da população, tendo em contao respeito pelo ambiente.

Qual é a situação actual?

• Calcula-se que, nos últimos vinte anos, um terço da biodiversidade desapare-ceu. Para além disso, há outros problemas que teremos de enrentar - o esgota-mento das reservas pesqueiras, o consumo excessivo de madeira e outros com-bustíveis, a perda de bosques, a deserticação, a degradação dos ecossistemasmarinhos e a diminuição da qualidade da água doce.

• Os países e os indivíduos mais ricos têm uma grande responsabilidade nummundo em que 20% da população concentra 80% da riqueza de todos. Emalgumas regiões da Árica Subsariana o abastecimento de água, para usar comoexemplo uma necessidade básica, apenas alcança 44% da população.

• As questões relacionadas com a sustentabilidade ambiental são mais directa-mente sentidas pelos mais carenciados. Em regiões como a Árica subsariana,onde se prevê uma diminuição crescente da precipitação devido às alteraçõesclimáticas, as consequências serão a diminuição das colheitas, o declínio da

quantidade de alimentos, de materiais para abrigo e de água potável.

No mundo actual, a luta contra a degradação ambiental não é só uma questãode governos e de organismos internacionais, ela compromete-nos a todos. Cadaum deve lutar pelo que lhe está mais próximo, em primeiro lugar, e depois apoiariniciativas globais ou de outras regiões.

• Crie um grupo ecologista no seu bairro ou na sua escola, para analisar o queocorre ao seu redor e denunciar os atentados contra o meio ambiente e a quali-dade de vida: destruição de parques, abusos do uso do automóvel, poluição,despejos ilegais, consumo irresponsável (começando, por exemplo, pela quanti-dade de papel que se utiliza na sua própria escola).

• Junte-se a um grupo local ou regional que esteja activo e participe nas suasactividades.

• Promova uma campanha de reexão ou debate no seu meio mais próximo(escola, bairro, etc.) sobre qualquer questão ambiental premente, seja local(imaginemos algo tão habitual como destruir um bosque para azer 300 bunga-lows) ou global (mudança climática, espécies ameaçadas, etc.).

• Promova iniciativas de redução de consumo energético na sua própria escola.Incentive a sua escola a aderir à rede de eco-escolas.

• A nível individual recorde algo simples: reutilizar, recuperar, reciclar, partilhar eprolongar a vida dos produtos que utilizar.

Contudo …

Que posso eu azer?

• Muitos países, entre os quais Portugal, não estão a cumprir os seus compromis-sos de redução de emissão de gases; por outro lado, contaminadores tão impor-tantes como os Estados Unidos e a Austrália continuam a opor-se ao Protocolode Quioto.

Page 21: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 21/23

38 39

Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento

OBJECTIVO 8:

No início do século XXI, a humanidade dispõe de recursos económicos e tec-nológicos sucientes para solucionar, num curto período de tempo, o problemada ome no mundo. Possui ainda recursos para combater a pobreza e mitigar oimpacto maciço de doenças que estão a dizimar a população em muitos países.O Objectivo 8 concentra-se na criação e omento de iniciativas de apoio inter-nacional - a implementação de medidas para solucionar o problema da dívidaexterna dos países pobres; o aumento da ajuda pública ao desenvolvimento eo desenvolvimento da comunicação e da cooperação entre os dierentes países,de modo a conseguir enrentar os desaos de corrigir a desigualdade, au-mentando os níveis de ecácia das emergências humanitárias de que sorem,recorrentemente, as regiões mais pobres do planeta.

ODM 8Para que serve a ajuda ao desenvolvimento?Como se pode melhorar a cooperação internacional parao desenvolvimento?- A ajuda ao desenvolvimento procura transerir recursos de países desenvolvidospara países em desenvolvimento, tendo em vista um maior desenvolvimento eprogresso destes últimos países.

- É do conhecimento geral que a humanidade possui recursos sucientes paraacabar com a pobreza. Porem a maioria dos países não contribui sequer com ostão solicitados 0,7% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a ajuda ao desen-

volvimento. Na maioria dos casos, a contribuição tem sido metade ou menos demetade dessa quantia.

- Não se trata apenas de uma questão de recursos. A pobreza anda requente-mente de mãos dadas com a guerra e, em muitos países onde se vive na mi-séria, os governantes orientam grande parte dos orçamentos de estado para nsmilitares, na maioria dos casos, para combater inimigos internos. Nos países emconfito, a canalização e gestão da ajuda é muito complicada, exigindo grandeesorço de mediação. É de salientar ainda o acto de muitos países ricos sãoexportadores de armas e muitas das suas empresas lucram com as exportaçõespara países pobres e em situação de confito bélico.

• Estar consciente da desigualdade ajuda a combatê-la: a consciência mundial

sobre a desigualdade aumentou nos últimos anos e, a cada dia que passa, crescea contestação social ao liberalismo económico que não contempla as necessi-dades das pessoas, mas apenas o beneício empresarial.

• Desde o ano 2000 que se têm vericado tímidos avanços na condenação àcobrança da dívida dos países mais pobres. Graças a organismos nanceiros quecontrolam a economia mundial, como o Fundo Monetário Internacional ou oBanco Mundial, estamos mais conscientes de que, para muitos países, é impos-sível pagar a dívida, a médio ou mesmo a longo prazo.

Qual é a situação actual?

Page 22: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 22/23

40

• Os países mais pobres encontram-se numa situação de grande desvantagem nocomércio internacional: por exemplo, os países ricos protegem os seus produtosalimentares através de leis, porém exigem aos países pobres que abram incondi-cionalmente as suas ronteiras à importação.

• Os recursos para gastos militares continuam a aumentar no mundo, enquantoos recursos destinados à cooperação internacional se mantêm inalteráveis. Éparadoxal que, ao mesmo tempo que aumenta a consciência da desigualdade nomundo, os poderes económicos perpetuam a situação de poder decisivo, regen-do-se exclusivamente pelo conceito de lucro. Isto explica que países com demo-cracias consolidadas e tradição de respeito pelos direitos humanos não ponhamm à exportação de armas.

Entre 2000 e 2003, em todo o mundo, aumentaram os gastos militares em 118.000milhões de dólares. Se esta quantia tivesse sido aplicada em ajuda humanitária,signicaria, hoje, cerca de 0,7% do Orçamento Nacional Bruto (ONB) dos paísesricos (a média na Europa era de 0,35% em 2003) e uma redução substancial dapobreza e da morte pela ome no mundo (dados de Arquitectos sem Fronteiras ePrograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

• Apesar do empenho renovado dos países doadores, a ajuda ao desenvolvi-mento está em declínio. Eectivamente, em 2006 oram doados 103,9 mil milhõesde USD contra os 106,8 mil milhões doados em 2005.

Fontes

www.educacionenvalores.org/objetivosdelmilenio

www.pnud.org.br/odm

www.pobrezazero.org

http://www.cnasti.pt

Human Rights and the Millennium Development Goals. Making the Link. Dis-ponível em: www.undp.org/oslocentre/fagship/huritalk.html (última consultaMaio de 2010)

 ILO (2007). Toolkit for Mainstreaming Employement and Decent Work. Disponívelem: www.ilo.org/public/english/bureau/pardev/relations/multilateral/toolkit.htm Human Rights and the Millennium Development Goals. Making the Link. Dis-ponível em: www.undp.org/oslocentre/fagship/huritalk.html (última consultaMaio de 2010) Relatório do Conselho Económico e Social para 2006 (A/61/3) www.oikos.pt

• Torne-se um consumidor responsável. Para reequilibrar o mundo, o que demais importante se pode azer nos países desenvolvidos é, simplesmente, con-sumir menos: Partilhe ou troque a sua roupa usada. Observe as etiquetas dosprodutos e dê preerência aos produtos locais, aos do comércio justo e aos que

não agridem o meio ambiente. Prolongue a vida das suas máquinas: do seutelemóvel, computador, etc. Participe em iniciativas de troca. Compre em peque-nos estabelecimentos comerciais. Desloque-se em transportes públicos, renunci-ando a viajar de automóvel sempre que não seja imprescindível.

• Conheça e participe em iniciativas de organizações locais ou internacionais.Colabore com entidades que trabalhem pelos direitos humanos, pela solidarie-dade internacional ou com pequenas organizações locais – de cidade, de bairro,de povoação, uma vez que todas estão comprometidas internacionalmente comgrupos e zonas do mundo desavorecidas.

• Chegue ao global trabalhando no local. Defenda, por exemplo, o direito a umahabitação digna para os imigrantes no seu bairro e estará a azer um exercício decidadania internacional.

Contudo …

Que posso eu azer?

Page 23: Guia ODM - o que são

5/12/2018 Guia ODM - o que s o - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/guia-odm-o-que-sao 23/23