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Actualização Curricular GUIA METODOLÓGICO DO PROFESSOR HISTÓRIA 5ª CLASSE Ensino Primário

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Page 1: GUIA METODOLÓGICO DO PROFESSOR - Instituto Nacional de ... · 7.1- O Desenvolvimento do Nacionalismo 7.2- Os Movimentos de Libertação nacional 7.3 – A luta armada de libertação

Actualização Curricular

GUIA METODOLÓGICO

DOPROFESSOR

HISTÓRIA 5ª CLASSE

Ensino Primário

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FICHA TÉCNICA

TítuloGuia Metodológico do Professor História 5ª Classe - Ensino Primário (Actualização Curricular)

Coordenação Geral Manuel Afonso José Amândio F. Gomes João Adão Manuel

Coordenação Técnica Maria Milagre L. Freitas Cecília Maria da Silva Vicente Tomás

AutoresPedro Nsiangengo (coordenador)Rebeca SantanaRebeca HelenaBento KianzowaVita Gouveia

Editora Mensagem EditoraRua 1.º Congresso do MPLA, 36 Luanda

Pré impressão, impressão e acabamento

Ano/ Edição2019 1ª Edição

Tiragem

Revisto e aprovado peloInstituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Educação (INIDE) – Ministério da Educação

Reservados todos os Direitos.É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimen-to escrito do INIDE abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações, e o arranjo gráfico . a violação destas regras será passível de procedimento judicial de acor-do com o estipulado no código dos direitos de autores.

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História 5ª classe

Índice1- inTrodução ........................................................................................... 5

2- Tema 1 - o Tempo ................................................................................... 6

1.1- O Correr do Tempo

1.2- A História e a Vida das Gerações

1.3- Como Contamos o Tempo

1.4- Aspectos comparativos da vida da geração do aluno e dos seus ascendentes mais próximos

Tema: 2 – a vida no passado e no presenTe ................................10

2.1 - Habitação

2.2 - Alimentação

2.3 - Vestuário

2.4 – As comunicações;

2.5- Os transportes

Tema 3 - aspecTos HisTóricos da nossa localidade

objecTivo geral .................................................................................... 19

3.1 - Os Monumentos e sítios

3.2 - Os Museus e Arquivos

3.3 - As Vias de Comunicação

Tema 4 – angola Há muiTos anos aTrás ........................................ 23

4.1- Os primeiros habitantes do território angolano foram os Pigmeus

os Khoissan, os Vátuas e os Kuisses;

4.2 - A chegada dos Bantu e a ocupação do território

4.3- Os Primeiros Reinos

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Tema 5 : angola na era do Tráfico de escravos

objecTivo geral .................................................................................... 27

5.1 - A Expansão Marítima Portuguesa

5.2- As primeiras relações entre portugueses e africanos (Kongo e

Ndongo)

5.3- início do tráfico de escravo

5.4- A Extensão progressiva dos portugueses ao longo da costa

5.5- Os reinos do interior - suas relações com os portugueses

Tema 6 - ocupação do TerriTório .................................................... 33

6.1- As campanhas de ocupação efectiva

6.2 – Resistência à ocupação colonial

6.3- Manifestações contra as medidas de administração colonial

Tema 7- a luTa de liberTação nacional ......................................... 38

7.1- O Desenvolvimento do Nacionalismo

7.2- Os Movimentos de Libertação nacional

7.3 – A luta armada de libertação nacional

TEMA 8 - As CONquisTAs DA iNDEPENDêNCiA ..................................... 42

8.1 – O País.

8.2- cultura e desporto

8.3- Economia

noTa do ediTor:

Os conteúdos, objectivos específicos, sugestões metodológi-cas, planificação de um tema e avaliação, encontram-se inseri-dos em cada um dos temas e subtemas.

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História 5ª classe

inTrodução

O presente Guia Metodológico é um documento de consulta que poderá ajudar o professor da 5ª classe na preparação das suas aulas de História, de forma a que o seu desempenho esteja em conformidade com os prin-cípios didáctico-pedagógicos e metodológicos do processo de ensino e aprendizagem.

A sua elaboração tem a fi nalidade de proporcionar ao professor (orienta-ções) e sugestões metodológicas na utilização do programa e de outros matérias curriculares, o que certamente despertará um maior interesse nos alunos pela disciplina de História.

As orientações e sugestões metodológicas contidas neste guia, vão permi-tir ao professor desenvolver os conteúdos do Programa de acordo com os objectivos que se pretende atingir em cada uma das suas aulas. Porém, estas orientações e sugestões instam o professor a pôr em prática o seu espírito de iniciativa, inovação e criatividade. Neste sentido, as orientações e sugestões aqui apresentadas devem ser aplicadas tendo em conta o contexto do meio social, da escola, da sala de aulas, e do colectivo de alunos, ou seja, as condições em que decorreram as aulas bem como as condições próprias do meio em que os alunos vivem.

O professor deve avaliar continuamente os seus alunos através de activi-dades realizadas dentro ou fora da sala de aulas, assim como toda partici-pação registada no decorrer da aula, incluindo o comportamento do próprio aluno.

A avaliação ao serviço das aprendizagens deve incluir a avaliação forma-tiva e sumativa, pois o seu cumprimento e aplicação ajudará a melhorar o processo de ensino-aprendizagem e a elevar o nível de aprendizagem dos alunos.

O Guia está organizado da seguinte forma:

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Guia Metodológico do Professor

Tema 1 - o Tempo

objecTivo geral

Compreender que com o decorrer do tempo as sociedades humanas passam por diversas mudanças.

subTemas:1. O Correr do Tempo 2. A História e a Vida das Gerações 3. Como Contamos o Tempo

Objectivos Específicos:

Demonstrar que com o correr do tempo tudo se modifica;

Reconhecer que a mudança das épocas históricas altera os lugares e sítios;

Explicar que o estudo a História permite conhecer a vida das gera-ções;

Consolidar as noções de tempo presente, passado e futuro;

Reconhecer que tudo o que existe tem uma história;

Distinguir as diferentes formas que o homem utilizou para contagem do tempo;

Explicar que o tempo pode ser contado por segundos, minutos, ho-ras, dias, meses, anos, décadas, séculos, milénios;

Reconhecer a importância do relógio e do calendário.

Sugestões Metodológicas

O Professor (a) pode utilizar os método explicativo-dialógado e explicativo-interrogativo como meio de motivar os alunos.

O professor (a) dialoga com os alunos explorando seus conhecimentos e suas vivências, levando-os à construção de conceitos a serem operados durante a aula, deixando claro que o tempo é um meio indefinido e homo-géneo no qual se desenrolam sucessivamente os acontecimentos.

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História 5ª classe

O professor (a) parte de exemplos concretos da vida do próprio aluno para demonstrar que com o passar do tempo tudo muda, tudo se modifi ca.

Como meios de ensino poderá utilizar fotografi as do próprio aluno quando mais pequeno, jornais e revistas que mostram como eram, por exemplo, as cidades de Luanda, Huambo, uíge e outras e o bairro ou a aldeia do aluno há algum tempo atrás.

Ao trabalhar este tema, o professor (a) deve consolidar as noções de tem-po passado, tempo presente e futuro e reforçar a percepção de um século, uma geração, uma década, um ano, um mês, uma semana, um dia, uma hora, um minuto e um segundo.

quanto à História e à vida das gerações, o professor (a) pode começar a aula dialogando e questionando os alunos sobre suas próprias histórias de vidas e de suas famílias. E concluir que todos temos uma história que pode ser conhecida e contada. Os nossos pais, avós, assim como todos os nossos familiares mais velhos, podem contar como era a vida há anos atrás, no tempo colonial, naquele tempo em que as crianças angolanas não tinham quase direitos nenhuns:

Não havia escolas, nem hospitais, nem nada para a maioria das crianças nativas. No tempo colonial as pessoas começavam a traba-lhar desde muito cedo.

A geração do aluno é uma geração muito recente, formada por todas as crianças da sua idade, umas mais jovens e outras mais velhas; uma gera-ção é um período de vinte e cinco anos. As crianças de uma geração ves-tem-se, dançam e brincam da mesma maneira e frequentam as mesmas escolas ao mesmo tempo.

quanto à contagem do tempo, o professor deve consolidar nos alunos as noções de que antigamente os homens contavam o tempo de maneira di-ferente como: a presença diária do sol, observando o regresso das chuvas, a regularidade das fases da lua. Todas estas observações permitiam medir o tempo e dividir o ano em períodos; o dia, as fases da lua e a repetição das estações do ano permitiram durante séculos situar no tempo alguns factos que ocorriam.

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Guia Metodológico do Professor

Todas estas contagens e medições têm o seu valor e algumas ainda são utilizadas em certas sociedades nos nossos dias.

A maior parte dos povos têm como ponto de referência o nascimento de Jesus Cristo (já os árabes têm como referência a fuga de Maomé de Meca para Medina em 622 depois de Cristo (d.C.)

1.4 - Aspectos comparativos da vida da geração do aluno e dos seus ascendentes mais próximos

1.4.1 - Geração dos Alunos;

1.4.2 - Geração dos Pais;

1.4.3 - Geração dos Avós;

1.4.4 - Geração dos Bisavós.

Objectivos Específicos

Elaborar gráficos do tempo que espelhem aspectos da vida do aluno;

Comparar algumas formas de vida actual e as formas de vida das gerações passadas (pais, avós e bisavós);

Recolher informações de anciãos sobre alguns aspectos da vida do passado;

Desenhar a árvore genealógica da geração dos alunos.

Sugestões Metodológicas

Ao leccionar estes temas o professor pode utilizar os métodos explicativo – dialogado e interrogativo de forma a desenvolver nos alunos a prática do diálogo, através da comunicação aberta, recolha de informação e ca-pacidade de análise comparativa. O professor deve explicar aos alunos que dentro da linhagem de ascendentes e descendentes de uma pessoa, uma geração é o conjunto de pessoas da mesma época, com mais ou menos a mesma idade. Por isso a geração dos filhos, dos pais e dos avós é diferente.

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História 5ª classe

Orientar os alunos a elaborarem um cartaz com as fotos de toda a turma, e a sua árvore genealógica, para mostrar que a geração deles é a mais re-cente. É composta por todas as crianças da mesma idade, umas um pouco mais velhas, outras um pouco mais novas.

Levar a compreensão dos alunos com exemplos concretos e comparativos, que quando os seus pais nasceram, há mais ou menos quarenta anos, a vida era diferente. Na maior parte das cidades do nosso país não havia sinais luminosos, havia poucos autocarros e automóveis. A agricultura não era tão mecanizada, quer dizer, quase não utilizavam máquinas nem trac-tores. Não havia televisão, os aviões eram de hélice e as locomotivas do comboio funcionavam a carvão ou lenha.

O professor pode orientar os alunos a trazerem relatos e narrativas que explicam como era o tempo dos avôs, deve explicar que nessa época a forma de viver era muito diferente da actual. As estradas eram estrei-tas e de terra batida, as pontes eram feitas de troncos de árvores ou de madeira e nelas circulavam os poucos automóveis, muito vagarosos, de modelo antigo.

Nesse tempo as pessoas deslocavam-se a pé. Os avós e bisavós eram obrigados a trabalharem nas roças de café, nas fazendas de algodão e de sisal e ninguém podia recusar trabalhar nas plantações. Todo esse traba-lho era chamado de “trabalho forçado”. A vida era extremamente difícil e o sofrimento era muito grande.

Ao falar da geração dos bisavós, o professor deve fazer compreender os alunos que os bisavós deles viveram mais ou menos 70, 80 ou 90 anos. Nessa época Angola era uma colónia de Portugal.

Foi a partir dos teus bisavôs que nasceu verdadeiramente o mundo mo-derno. Algumas das invenções feitas nesta época revolucionaram o mun-do. Exemplo: a máquina a vapor, o gás para iluminação, a invenção do cinema e da fotografi a.

O professor deve orientar os alunos a elaborarem gráfi cos do tempo sobre aspectos da sua própria vida, da sua escola ou do seu bairro.

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Guia Metodológico do Professor

Tema: 2 – a vida no passado e no presenTe

objecTivo geral:

Conhecer aspectos da vida do passado e do presente;

.

subTemas

2.1 - Habitação

2.2 - Alimentação

2.3 - Vestuário

2.4 – As comunicações;

2.5- Os transportes.

objecTivos especÍficos

Descrever as primeiras habitações feitas pelo homem;Demonstrar como viviam os primeiros homens;Explicar como o homem foi melhorando a sua habitação;Descrever o tipo de alimentação dos primeiros homens;Explicar a importância da descoberta do fogo; Comparar o vestuário usado pelos primeiros homens com os ac-

tuais. Sugestões Metodológicas

O professor (a) pode utilizar os métodos explicativo-dialogado, expositivo, interrogativo e comparativo.

quanto à habitação, o professor pode preparar uma aula prática com uma exposição fotográfica, de gravuras ou audiovisual, para mostrar e explicar que o homem sempre teve necessidade de abrigar-se para se proteger dos perigos, da chuva, sol, vento, animais ferozes e outros. Para isso construiu grutas, cavernas, abrigo nas rochas e troncos. Com o pas-sar do tempo o homem foi melhorando cada vez mais os seus abrigos, tornando-os mais confortáveis.

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História 5ª classe

Orientar os alunos a debruçarem-se sobre os vários tipos de habitação existentes no nosso país e explicar que os materiais utilizados na sua construção variam segundo a região e as condições geográfi cas existen-tes. Demonstrar que actualmente nas cidades do nosso país encontramos grandes prédios e vivendas confortáveis, mas nas zonas rurais e periféri-cas das cidades ainda existem casas de madeira, chapa, adobe, pau - a - pique e de capim.

Ao falar da alimentação o professor deve explorar nos alunos conhecimen-tos sobre as primeiras formas de alimentação do homem primitivo, para ex-plicar que nos primeiros tempos da sua existência o homem não cultivava, não produzia nada para a sua sobrevivência, porque era nómada, andava de um lugar para o outro à procura de alimentos, vivia da recolecção, da caça, da pesca e de frutos silvestres.

Com o passar do tempo tornou-se sedentário, começou a viver em grupos, organizando-se através da divisão social do trabalho.

O professor deve ainda mostrar aos alunos que para se defenderem dos animais ferozes, os primeiros homens criaram alguns instrumentos de pe-dra, de osso e de madeira.

induzir os alunos a questionarem como os primeiros homens confecciona-vam os alimentos antes de conhecerem o fogo, para explicar a importância da descoberta do fogo e sua utilidade, e demonstrar que com a descoberta do mesmo passaram a cozer os alimentos e a afugentar as feras iluminan-do as cavernas e as grutas.

O professor deve explorar a vivência dos alunos, valorizando e consoli-dando o conhecimento empírico, explicar que o fogo surgiu pela fricção de duas pedras e que existiram guerras entre povos e tribos para obten-ção do fogo.

Realçar que a descoberta do fogo trouxe grandes mudanças, porque co-meçaram a transformar o ferro em instrumentos de trabalho como enxa-das, foices e outros e para a guerra, como arcos, fl echas, lanças e outros, sublinhando que a fabricação destes instrumentos de trabalho permitiu ao homem aumentar a produção e a população.

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Guia Metodológico do Professor

O professor deve orientar os alunos a elaborarem uma exposição de gra-vuras ou fotografias sobre diferentes tipos de roupa das várias regiões de Angola. Explicar que desde os tempos remotos o homem sempre teve necessidade de cobrir o seu corpo, no entanto, o vestuário dos primeiros seres humanos era muito rudimentar, usavam folhas de árvores, peles de animais e cascas de árvores fibrosas, para cobrirem as partes essenciais do corpo, deixando o resto do mesmo descoberto. Com o passar do tempo, o homem passou a vestir-se de maneira diferente e ainda hoje podemos encontrar em algumas regiões do nosso país, pessoas que vestem de ma-neira tradicional e outros de maneira europeia. É importante respeitar as nossas tradições, porque o nosso país é multicultural.

Caracterização Metodológica do Tema 2- A Vida no Passado e no Presente

Subtema: 2.1- A HABITAÇÃO

A Habitação – Desde os primórdios que o homem sentiu necessidade de se abrigar do sol, das chuvas, dos animais ferozes e das tempestades. Por isso usou da sua inteligência e escavou montanhas, troncos de árvores, nas rochas.

Com o passar do tempo o modelo de construção de casas evoluiu bastan-te. Na nossa realidade angolana, ainda temos casas de adobe, pau-a-pi-que, madeira e casas feitas com tijolo, blocos e cimento e outros materiais, que melhoram cada vez mais o tipo de habitação. O conjunto de casas numa determinada área forma um bairro e para a construção de um bairro é necessário ter-se em conta aspectos geográficos, climáticos e sociais.

Objectivo Geral

Conhecer os vários tipos de habitação que existem no nosso país;

Objectivos Específicos

Caracterizar as primeiras habitações feitas pelo homem;

Identificar os diversos tipos de material, usados pelo homem na cons-trução das habitações;

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História 5ª classe

Relacionar vários tipos de casas, o material e o meio onde elas estão construídas em cada localidade;

Vínculo com outras disciplinas:Deve dizer-se que a construção de habitações está directamente li-gada à matemática, geografi a, educação visual e plástica, formação manual politécnica e ciências da natureza.

Horas de Aula- 45 minutos, tipo de aula – nova

Actividades experimentais / Práticas

Para esta actividade o professor(a), pede aos alunos o material e em con-junto elaborarem um quadro do bairro em que vivem ou onde a escola estiver localizada, para os alunos observarem as diferenças das casas.

Subtema: 2.2- A ALIMENTAÇÃOOs primeiros humanos alimentavam-se de frutos silvestres, carne e pei-xe cru. A sua condição de nómadas obrigava-os a deslocarem-se de um lugar para outro à procura de alimentos e melhores condições de vida. Mais tarde, já na condição de sedentários, vivendo em grupos tiveram a necessidade de se organizarem através da divisão social do trabalho. Com a descoberta do fogo, começaram a cozer os alimentos, afugentavam as feras, iluminavam as cavernas e as grutas e melhoraram os instrumentos de caça e agricultura.

Objectivo Geral

Compreender que a descoberta do fogo esteve na base da melhoria da alimentação e dos meios de produção.

Objectivos Específi cos

Explicar as várias fases de evolução dos primeiros homens até à descoberta do fogo;

Identifi car o tipo de alimentos consumidos pelos primeiros homens;

Demonstrar a função da alimentação para saúde dos seres humanos;

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Guia Metodológico do Professor

Vínculo com outras disciplinas

A alimentação está relacionada com as seguintes disciplinas: ciên-cias da natureza, geografia e matemática.

Horas de aulas - 45 minutos, aula nova

Actividades experimentais/Práticas

Na organização para esta actividade o professor(a) deve organizar visita de estudo a uma fazenda ou quinta onde haja árvores de frutos, animais, lagos e outros.

Subtema: 2.3 - O VESTUÁRIO

O Vestuário dos primeiros seres humanos era muito rudimentar. Era feito de folhas de árvores, peles de animais e cascas de árvores fibrosas que cobriam apenas as partes intimas do corpo. Mais tarde, o homem come-çou a cobrir-se de acordo com o clima, o meio geográfico e os aspectos sócio-culturais da sua região.

Objectivo Geral

Conhecer o tipo de vestuário utilizado pelos primeiros habitantes do nos-so país.

Objectivos Específicos

Reconhecer a importância do vestuário na vida do homem ;

Explicar as mudanças ocorridas no vestuário ao longo tempo;

Demonstrar as diferenças existentes entre o vestuário em cada época;

Vínculo com outras disciplinas

O tipo e o uso do vestuário está relacionada com as ciências da natureza , história, educação visual e plástica e com a matemática.

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História 5ª classe

Horas de aulas – 45 minutos , aula nova

Actividades Experimentais/ Práticas

Para esta actividade o professor (a) deve criar um programa, em coorde-nação com a direcção da escola para criarem condições de visitarem fei-ras de vestuário, boutiques, fábrica de têxteis e de confecções.

Subtema: 2.4- AS COMUNICAÇÕES

Comunicar-se é uma necessidade básica e primária dos seres humanos. Nos primeiros tempos a comunicação era muito difícil, os primeiros ho-mens careciam de meios para comunicar-se e faziam-no de forma natural, através de mensagens a curta distancia, de gestos e de linguagem. Estas mensagens eram feitas através de batimentos de tambores, instrumentos de sopro, sinais de fumo, refl exos de espelho e tochas acesas em lugares elevados, etc. Mais tarde surgiram os telégrafos e o telefone. Com o surgi-mento da escrita os homens começaram a utilizá-la para o envio de cartas, mensagens e foi evoluindo até aos nossos dias.

Objectivo Geral

Avaliar a necessidade natural do homem em comunicar-se;

Objectivos específi cos

Identifi car os meios de comunicação e sua importância na evolu-ção da sociedade;

Descrever a forma como os primeiros homens faziam as transmis-sões das suas mensagens;

Comparar as várias formas de transmissão de mensagens utiliza-das pelos primeiros homens;

Descrever a comunicação entre os primeiros homens;Avaliar a transmissão de mensagens a longa distancia;Explicar a evolução da comunicação ao longo dos temposHoras de aula – 45 minutos;Tipo de aula – nova.

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Guia Metodológico do Professor

Sugestões Metodológicas

Neste subtema o professor pode usar o método explicativo – dialogado e o expositivo – interrogativo para propiciar um espaço de comunicação aberta e levar à compreensão dos alunos que a comunicação é a primeira neces-sidade social do homem. Explorar as vivências comunicativas dos alunos. O professor deve orientar os alunos a produzirem desenhos e gravuras que retratem os meios de comunicação antigos e modernos, transportes antigos e modernos. O professor deve animar o debate realçando que des-de o primeiro tempo da sua existência, o homem sempre teve necessidade de comunicar-se, mas nem sempre teve grande diversidade de meios de comunicação.

Debater com os alunos as diferentes formas de comunicação utilizadas ao longo dos tempos, e sublinhar que no início de uma forma natural, só se transmitiam mensagens a curta distância, utilizando gestos e a linguagem. Com o passar do tempo a transmissão da mensagem a longa distância era feita por batimentos de tambores, instrumentos de sopro, sinais de fumo, reflexos de espelhos, tochas acesas em lugares elevados. Só mais tarde é que apareceram os telégrafos e os telefones.

Valorizar e distinguir outros meios utilizados pelo homem para o envio de mensagens através dos mensageiros, “homens de recados” que se deslo-cavam a pé, de camelos ou cavalos para transmitirem ordens ou notícias. Actualmente temos meios mais rápidos e sofisticados que permitem trans-mitir ou receber mensagens num curto espaço de tempo.

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História 5ª classe

Subtema: 2.5 - OS TRANSPORTES

Existem três tipos de meios de transporte: terrestres. aquáticos e aéreos.

O Homem sempre sentiu necessidade de deslocar-se de forma mais rápi-da. A descoberta da roda e a domesticação de animais revolucionaram os transportes que foram sendo cada vez mais aperfeiçoados.

A máquina a vapor foi aplicada ao carro e aos comboios rolando sobre os carris de ferro. O motor de explosão permitiu o fabrico de automóveis, como camiões, tractores e outros veículos.

Os transportes marítimos como a canoa, jangada, veleiro e barcos mo-dernos, foram evoluindo com o passar do tempo. Finalmente surgiram os transportes aéreos: o avião, o helicóptero e outros. O uso da tecnologia, a criatividade e a capacidade de inovação e invenção, permitiram aumen-tar a rapidez, o conforto e a segurança dos transportes.

Na abordagem sobre os transportes o professor orienta aos alunos carac-terizar um meio de transporte conhecido ou utilizado por ele e compara-los às imagens das páginas 29, 30 e 31, do seu livro.

Através do método interrogativo-dialogado, baseando-se na exploração das gravuras, o professor vai demonstrando que o homem sempre teve necessidade de deslocar-se de um sítio para o outro de uma forma mais rá-pida, transportando cada vez mais cargas pesadas. Explicar a importância do surgimento da roda e da domesticação de animais e como tudo facilitou a movimentação de pessoas e bens.

Explicar e ilustrar através de fotos ou gravuras que antes destas desco-bertas, o homem deslocava-se a pé levando as cargas às costas ou aos ombros e que os chefes eram transportados em tipoias carregados por es-cravos ou carregadores das comunidades. Com a domesticação dos ani-mais o homem começou a usar a força do boi, do burro e do cavalo para transportar pessoas ou produtos e foi assim que surgiu a “zorra”. Realçar a importância da criatividade como factor de mudança, transformação e

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Guia Metodológico do Professor

desenvolvimento para mostrar que com o passar do tempo o homem foi melhorando os sistemas de transporte. Depois da invenção da roda surgi-ram os carros puxados por bois, burros ou cavalos.

O professor promove o debate sobre invenção de técnicas, para elevar a compreensão do aluno sobre o processo de evolução dos meios de trans-porte. Referir a importância da aplicação da máquina a vapor ao carro e ao comboio.

A piroga foi o primeiro meio de transporte aquático. Mais tarde, construí-ram-se barcos a remo e depois à vela. Nos nossos dias, existem navios pesados com motores a óleo que são mais rápidos e económicos.

O dirigível foi o primeiro meio de transporte aéreo inventando há quase um século e aperfeiçoando as tecnologias inventou-se o avião e o helicóptero.

Objectivo Geral

Conhecer a utilidade dos meios de transporte;

Objectivos Específicos

Caracterizar as dificuldades enfrentadas pelos homens antes da modernização dos transportes;

Identificar os meios de transporte mais usados na localidade;Descrever a evolução verificada nos meios de transporte até à

época moderna;Vínculo com outras disciplinas

O fabrico, o uso e o tipo de transporte estão relacionados com as seguintes disciplinas: educação visual e plástica, matemática, geo-grafia, etc.

Horas de aulas - 45 minutos;Tipo aula - novaActividades experimentais / práticas

Para esta actividade o professor(a) deve orientar os alunos para a reali-zação de uma exposição sobre os meios de transporte.

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História 5ª classe

Tema 3 - aspecTos HisTóricos da nossa localidade

objecTivo geral :

♦ Conhecer os principais factos históricos ocorridos na nossa localidade;

subTemas:

3.1 - Os Monumentos e sítios

3.2 - Os Museus e Arquivos;

3.3 - As Vias de Comunicação;

objecTivos especÍficos

Localizar os sítios mais importantes da minha localidade;

Identifi car os locais e marcos mais antigos das comunidades;

Reconhecer os vestígios do passado recente existente nas locali-dades.

Reconhecer a importância dos Museus e Arquivos;

Mencionar alguns Museus e Arquivos existentes no país;

Descrever as principais actividades desenvolvidas nos museus e arquivos;

Reconhecer a importância das vias de comunicação.

Citar as primeiras vias de comunicação utilizados pelo homem.

Sugestões Metodológicas

O professor pode usar os métodos: explicativo-dialogado, expositivo e in-terrogativo. Ao abordar os monumentos e sítios, deve explorar o conhe-cimento e a vivência dos alunos sobre o Tema, questioná-los acerca das construções antigas ou vestígios deixados pelos nossos antepassados, para explicar que, quando reconhecidos, chamamos de monumentos his-tóricos; cada um destes monumentos retrata factos da nossa história.

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Guia Metodológico do Professor

Os monumentos são estruturas construídos por motivos simbólicos e/ou comemorativos, ou ainda, obras sócias antigas que serviram de institui-ções como:

igrejas, antigos templos, fortalezas, estátuas, muralhas e outros.

O professor deve orientar os alunos a fazerem um levantamento fotográfico ou escrito dos principais monumentos e sítios históricos de Angola. Consolidar o conhecimento teórico retratado no nosso país com a existência de monumentos e sítios históricos, como por ex: Mbanza Kongo, na província do Zaire onde se encontram as ruínas das igrejas de são salvador do Kongo, construída pelos portugueses em 1501, e o cemitério dos antigos reis do Kongo e conhecidas como Kulumbimbi.

No soyo encontra-se o padrão de são Jorge colocado na foz do rio Zaire pelo navegador Diogo Cão em 1482, hoje chamado “padrão do soyo”.

Na cidade de Luanda, como monumentos mais antigos destacam-se as igrejas do Carmo, da Nossa senhora Nazaré, Nossa senhora dos Re-médios, o palácio de Dona Ana Joaquina e o Palácio de Ferro construído por Eiffel.

O professor deve explicar aos alunos que as estátuas constituem também monumentos históricos. Na cidade de Luanda, por exemplo, podemos en-contrar a estátua das heroínas, a estátua do primeiro presidente de Angola António Agostinho Neto, a estátua dos heróis do 4 de Fevereiro. Em todas as províncias do nosso país existem edifícios, estátuas, bustos, ruínas e cemitérios que retratam o passado longínquo e recente de certas localida-des e que são monumentos históricos.

Ao referir-se aos museus e arquivos o professor deve questionar os alu-nos sobre o conhecimento destes espaços, suas características e suas funções, como meios de socialização e promoção da cultura geral e sua importância como recursos de estudos, explicando as diferenças entre am-bos. O museu é um local onde são guardados e conservados objectos

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História 5ª classe

autênticos que permitem conhecer aspectos da vida passada, tais como: Jóias, moedas, armas, objectos de cerâmica, máscaras e outros. O arquivo serve para guardar documentos escritos que retratam as histórias do pas-sado, como mapas, diários da República, revistas, jornais, livros e outros.

questionar os alunos sobre os arquivos existentes em Angola, designa-damente o caso do Arquivo Nacional de Angola em Luanda e do Arquivo Provincial de Benguela.

quanto às vias de comunicação, o professor deve dialogar e indagar os alunos sobre a utilidade das vias de comunicação para o desenvolvimento social e económico das pessoas e das sociedades. Demostrar que estas sempre foram importantes na vida dos seres humanos.

3.4 -SUBTEMAS: 3.4.1 - Aspectos culturais da localidade

3.4.2 – Origem da população e do nome da localidade;

3.4.3 – As lendas e tradições das principais línguas e as actividades

objecTivos especÍficos:

Caracterizar geografi camente a nossa localidade;

Identifi car a origem da população e o nome da nossa localidade;

Recolher as lendas, tradições e as principais línguas faladas na nossa localidade;

indicar as principais actividades desenvolvidas na nossa localida-des;

Reconstituir a história local da comunidade.

Sugestões Metodológicas

No tratamento deste tema o professor pode usar os métodos expli-cativo-dialogado, expositivo, interrogativo, preparar aulas práticas, traba-lhos de grupo, e usar pessoas adultas (um membro da comunidade, autori-

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Guia Metodológico do Professor

dade local, agente cultural) para partilharem com os alunos conhecimentos históricos e culturais dessas comunidades. Explicar aos alunos que muitas vezes os nomes de algumas localidades têm a ver com os acontecimentos do passado que tenham marcado a vida da comunidade. Por exemplo: com a fuga das populações durante o período de guerra que assolou o país, muitas pessoas refugiaram-se em Luanda e foram formando bairros com os nomes das províncias de origem ex: Bairro uíge, Bairro Huambo, Bairro Malangino e outros.

Ao referir-se às lendas e tradições, o professor deve explicar aos alunos que existe muita diversidade cultural no nosso país, que cada região pos-sui um conjunto de lendas e tradições que se foram acumulando ao longo dos tempos e transmitidas de geração em geração e que essas tradições têm a sua origem nos antepassados e estão ligados a diversas actividades.

As lendas podem ser narradas ou contadas e geralmente terminam com uma lição moralizadora e educativa. As lendas e as tradições de um povo constituem a sua sabedoria popular. Destacar o papel que os mais velhos têm na educação das novas gerações. O mais velho é consi-derado uma biblioteca viva, o que conserva conhecimentos, lendas e tradições de um povo.

O professor deve aproveitar a composição da turma e explorar a questão da diversidade etnolinguística, para valorizar a identidade de cada aluno. Explicar que em Angola existem vários lugares que identificam a origem de cada um dos seus povos cujas línguas são por exemplo: umbundu, Kim-bundu, Fiote, Kikongo, Tchokwe, Ngangela dentre outras.

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História 5ª classe

Tema 4 – angola Há muiTos anos aTrás

objecTivo geral:

Conhecer os primeiros habitantes do território angolano

subTemas

4.1 – Os primeiros habitantes do território angolano foram os Pig-meus os Khoissan, os Vátuas e os Kuisses;

4.2 - A chegada dos Bantu e a ocupação do território.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS.

Identifi car os povos mais antigos que habitaram o actual território angolano;

Descrever as principais características desses povos;

Caracterizar as manifestações artísticas desses povos;

Argumentar as razões das migrações bantu para o território ango-lano;

Avaliar algumas razões que estiveram na origem do povoamento Bantu;

Caracterizar os diferentes Grupos Etno-linguísticos que formaram o povo angolano.

conteúdo:

Principais aspectos da vida dos Khoissan.

Manifestações Artísticas;

Migrações;

Grupos Etno-linguísticos Bantu;

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Guia Metodológico do Professor

Sugestões Metodológicas

Para a abordagem deste tema o professor pode usar o método explicati-vo-dialogado e audiovisual. Através de ilustrações partilhar conhecimentos acerca dos vários povos que habitaram o território de Angola, explicar que o povo mais antigo que habitou o actual território angolano foi o povo khoissan. Viviam em tribos sobre a forma de comunidade primitiva na zona da savana, própria à sua subsistência.

Algumas partes do actual território norte e nordeste de Angola (Cabinda, Zaire, uíge e Lunda Norte) foram habitadas por pigmeus. Os Khoisan são um povo não-Bantu que apresentam as seguintes características:

Pele castanha avermelhada ou amarelada, molares salientes, olhos oblí-quos (rasgados), nariz achatado, cabelo grão de pimenta, estatura média 1,52 m.

importa referir a existência de outros povos também mais antigos: os Vá-tua (kwepes e Kuisses) que falam uma língua do grupo Khoissan.

Ao referir-se ao modo de vida dos Khoissan, o professor deve mostrar o valor social e económico do trabalho deste grupo que sobrevive da caça e recolecção de frutos. Os khoissan faziam pinturas e esculturas nas ro-chas nas quais retratavam cenários de guerra, caça, dança e cerimónias religiosas.

O professor deve orientar os alunos a elaborar mapas de localização e de movimentação dos povos em estudo e a definição de conceitos como mi-grações para se chegar ao entendimento de que são grandes deslocações realizadas por um povo inteiro, de um lugar para outro à procura de melho-res condições de vida. Explicar ainda, que as migrações podem ter causas naturais, sociais, políticas e económicas como a desertificação de uma região, fome, lutas internas e a procura de melhores condições de vida.

Caracterizar e situar geograficamente as migrações Bantu que começa-ram a dirigir-se para o actual território de Angola antes de 1.200 e que as

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últimas migrações ocorreram em 1.800. Explicar aos alunos que as popu-lações de origem Bantu formaram em Angola 9 Etnias ou Povos: Bakon-go, Ngangela, Nyaneka-humbe, Herero, Kioko (Côcwe), Ambó, Ambundu, Ovimbundu e Xindonga já possuíam técnicas de trabalho com ferro e pra-ticavam agricultura.

Durante a explicação o professor (a) deve fazer recurso ao mapa para localizar actualmente as principais regiões etno-linguistica, de Angola; o professor deve referir que o primeiro grupo Bantu, em Angola é o grupo Bakongo que atravessou o rio Nzadi em 1.200 e que outros povos foram chegando: Ngangela em 1.300; Nyaneka em 1.400; Cokwe em 1.500 e 1.600; Ovambus entre 1.700 e 1.800 e fi nalmente, entre 1.800 e 1.900, o último, o povo Ovokuangali.

4.3- Os Primeiros Reinos

Kongo;

Ndongo;

População e economia;

Organização política e social;

Objectivos Específi cos

Identifi car os primeiros reinos de Angola conhecidos pelos portu-gueses;

Caracterizar a organização politica e social desses reinos;

Descrever as principais actividades económicas desenvolvidas nesses reinos.

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Conteúdo: Os Primeiros Reinos

O Reino do Kongo;

O Reino do Ndongo;

População e Economia;

Organização política e social.

Sugestões Metodológicas

Ao leccionar estes subtemas, o professor(a) pode utilizar os métodos expli-cativo-dialogado, expositivo e interrogativo.

O professor (a) deve trabalhar com os alunos fazendo recurso ao mapa de África para assinalar as rotas percorridas pelos Bantu até chegarem ao território actual de Angola, os Bantu formaram vários reinos, mas o primei-ro reino bantu a ser formado na costa ocidental da África foi o Reino do Kongo e o seu fundador foi Nimi-a-Lukeni, no período compreendido entre 1200 e 1300.

A capital do Reino do Kongo era Mbanza Kongo, actual capital da província do Zaíre.

Com ajuda do mapa de Angola e de África o professor orienta os alunos a localizarem os limites do Reino do Kongo. Explicar que este reino era poderoso e bem organizado do ponto de vista administrativo, militar e reli-gioso. Valorizar as principais actividades desenvolvidas no reino, o uso da moeda, o Nzimbo, apanhada na ilha de Luanda que era considerada “ban-co” do rei do Kongo, porque a sua exploração apenas pertencia a ele, o rei.

O declínio do Reino do Kongo teve início depois da Batalha de Ambuíla, em 1665 quando o Rei Vita Nkanga foi vencido e morto pelos portugueses.

O Reino do Ndongo

O professor começa por orientar os alunos no trabalho com o mapa. Reco-nhecer os limites geográficos do Reino do Ndongo e identificar as provín-cias actuais situadas nessa região. O Reino do Ndongo localizava-se a sul

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do Reino do Kongo e a oeste o império Luba- Lunda., fundado por Ngola Mbandi ou Ngola inene, tinha como capitais Ngoleme e Kabassa (Mbanza-ia-Kabassa) situada perto do actual munícipio do Dondo, na província do Cuanza Norte.

A moeda que circulava neste Reino era o sal-gema, chamado de Njimbu que vinha das minas da Kissama. quanto à organização do reino do Ndon-go, o professor deve orientar os alunos a comparar os Reinos do Kongo e do Ndongo, para assinalar, que havia semelhança na organização, mas a propriedade comunitária tinha mais força no reino do Ndongo.

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Tema 5 : angola na era do Tráfico de escravos

objecTivo geral

Conhecer as causas do início do tráfico de escravos em África.

subTema:

5.1 - A Expansão Marítima Portuguesa.

Objectivos Específicos

Argumentar sobre as verdadeiras causas da expansão europeia;

Destacar algumas razões que levaram os portugueses a chegar à Angola;

indicar o ponto do território angolano onde chegaram os primeiros portugueses.

Conteúdo – A Chegada dos portugueses ao Reino do Kongo.

Sugestões Metodológicas

O professor pode utilizar os métodos explicativo-dialogado, expositivo e interrogativo e usar o mapa de Angola para ajudar os alunos a localizar a parte do território angolano, onde chegaram os primeiros portugueses. O professor deve destacar as razões que levaram os portugueses a chega-rem ao Reino do Kongo, sublinhando a necessidade de obterem os produ-tos preciosos que vinham da Índia e chegavam à Europa a preços muito elevados. uma frota comandada pelo Capitão Diogo Cão, ao contornar a costa africana atlântica para chegar à Índia onde eram adquiridos os pro-dutos orientais de alto valor comercial, chegou ao Reino do Kongo, isto é, a foz do rio Zaire em 1482.

Diogo Cão colocou ali o seu primeiro padrão, denominado s.Jorge, assi-nalando deste modo a presença portuguesa naquela parcela do território angolano, começando assim a expansão europeia. Nzinga Nkuvu foi o rei que recebeu os primeiros portugueses. Os primeiros contactos entre os portugueses e kongueses foram de natureza comercial e de amizade.

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História 5ª classe

O professor pode orientar os alunos para elaborarem uma árvore de sa-beres e destacar os aspectos relevantes do encontro entre kongueses e portugueses.

5.2- As primeiras relações entre portugueses e africanos (Kongo e Ndongo).

Objectivos Específi cos

Caracterizar a natureza das primeiras relações estabelecidas entre portugueses e africanos;

Identifi car as autoridades portuguesas e konguesas que estabele-ceram as primeiras relações;

Classifi car a evolução das relações entre portugueses e africanos (Kongo e Ndongo).

Conteúdo - A Expansão marítima portuguesa.

Sugestões Metodológicas

O professor pode utilizar o método dialogado-interrogativo recapitulando a aula anterior, aproveitando as respostas dos alunos para esclarecer dúvi-das e consolidar a aula anterior. Destacar ainda que depois do Rei Nzinga Nkuvu ter recebido os portugueses e com eles estabelecer relações de amizade, sucederam trocas de presentes entre os representantes de Por-tugal e o Kongo, bem como trocas de embaixadas entre si.

5.3 – INÍCIO DO TRÁFICO DE ESCRAVOS

Objectivos Específi cos

Identifi car as razões que estiveram na base do início do tráfi co de escravos;

Descrever os processos de aquisição de escravos por parte dos portugueses;

Identifi car os efeitos do tráfi co de escravos em Angola.

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Conteúdo: Início do tráfico de escravos.

Sugestões Metodológicas

O professor (a) pode utilizar os métodos explicativo-dialogado, expositivo e interrogativo.

Ao abordar o início do tráfico de escravos, o professor deve referenciar a escravatura patriarcal praticada em África antes da chegada dos euro-peus, onde o escravo era considerado como membro da família. Porém, com a chegada dos portugueses e outros europeus à África e a desco-berta do continente americano e a necessidade de mão-de-obra barata para trabalharem nas minas e nas grandes plantações, iniciou-se o co-mércio de escravos.

O professor deve continuar a ajudar os alunos a manusear o mapa para assinalar os pontos geográficos afectados pelo tráfico, destacando que o tráfico de escravos iniciou-se na ilha de Luanda e no porto de Mpin-da. Os escravos começaram a ser transportados para s. Tomé e para as Américas. Referir que com o povoamento da ilha de s. Tomé, os portugueses conseguiram manter contactos permanentes com a costa africana. Explicar aos alunos que era nas guerras de kuata-kuata que alguns escravos eram apanhados por grupos de portugueses armados que assaltavam de surpresa as aldeias, por vezes com a conivência de alguns chefes tradicionais.

O professor e os alunos podem demonstrar simulações de como era fei-to o “Comércio Triangular“; sublinhar o papel desempenhado pelos três continentes, a África, a América e a Europa; ressaltar as consequências desastrosas que o tráfico de escravos causou ao continente africano em geral e em particular a Angola.

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5.4- A EXTENSÃO PROGRESSIVA DOS PORTUGUESES AO LONGO DA COSTA.

Objetivos Específi cos:

Explicar as razões da extensão progressiva dos portugueses ao longo da costa marítima;

Justifi car as razões da fundação da capitania de Luanda;

ilustrar as acções dos portugueses relativas à extensão progressiva ao longo da costa marítima.

Conteúdo: Fundação da Capitania de Luanda

Sugestões metodológicas

Tendo em conta o carácter deste subtema, o professor deverá utilizar o mé-todo explicativo-dialogado.. O professor deve ajudar os alunos a relacionar a fundação da capitania e os interesses coloniais em s. Tomé e salientar que o objectivo dos portugueses era adquirir cada vez mais escravos para levá-los para aquela ilha.

Por essa razão, fundaram a Capitania de Luanda e intensifi cam a conquis-ta ao longo da costa.

Em 1575 Paulo Dias de Novais funda a Colónia de Angola e iniciou-se a construção de um forte. Dizer ainda que depois de se terem instalado em Luanda, os portugueses começaram com a preparação para a guerra que viria a culminar com o processo de penetração no interior. Paulo Dias de Novais iniciou a guerra; durante este período, a actividade dos portugue-ses era a captura de escravos. Para o transporte de escravos utilizavam muitas rotas, uma delas era o rio Cuanza.

Explicar aos alunos as causas que levaram à destruição dos reinos do Kongo e do Ndongo e que à medida que iam avançando com a conquista, os portugueses foram construindo fortes ao longo do rio Cuanza. Os fortes de Calumbo, Muxima, Massangano, Cambambe, Ambaca e Mpungo - a - Ndongo são exemplos disso.

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5.5- Os Reinos do Interior – Suas relações com os portugueses

Objetivos Específicos

Reconhecer os reinos do interior de Angola;

Caracterizar as relações entre os reinos do interior de Angola e os portugueses;

Justificar as razões da fundação da Capitania de Benguela;

Conteúdo- A fundação de Benguela.

Sugestões Metodológicas

O professor pode utilizar o método explicativo-dialogado, para recapitular e consolidar noções sobre os reinos do Kongo e Ndongo, o início do tráfico de escravos e a evolução da presença portuguesa em Angola

O professor deve explicar e trabalhar com os alunos na localização geo-gráfica das regiões em estudo através do uso do mapa. Levar a com-preensão dos alunos que depois dos portugueses terem se instalado em Luanda construíram um forte e começaram a chegar homens e munições, porque o objectivo principal de Paulo Dias de Novais era prosseguir com o processo de penetração para o interior.

Depois da destruição dos reinos do Kongo e Ndongo devido a captura de-senfreada de escravos, os portugueses iniciaram a progressão militar ao longo do rio Cuanza, em direcção ao planalto Central. Para a efectivação deste processo, os portugueses foram construindo fortes ao longo do rio Cuanza, como já referimos anteriormente, tal como em direcção ao Planal-to Central, como os da Hanha e Caconda.

O professor deve referir que os portugueses tentaram dominar a população africana ao sul do rio Cuanza a partir de Benguela-à-Nova até Caconda, onde construíram o primeiro forte. Depois da construção deste a pressão sobre os povos do planalto intensificou-se devido à fixação das forças mi-litares e pombeiros.

Realçar que a fundação de Benguela permitiu aos portugueses a conquista dos reinos do Centro e sul.

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Tema 6 - ocupação do TerriTório

Objectivo Geral:

Conhecer as diferentes formas de acção utilizadas pelos portugueses du-rante a ocupação efectiva do território angolano.

Subtema: 6.1- As campanhas de ocupação efectiva

Objectivos Específi cos:

Descrever as diferentes formas de acção utilizadas pelos portu-gueses na ocupação efectiva do território angolano;

Argumentar as razões da ocupação efectiva do território;

Demonstrar as consequências da ocupação efectiva.

Conteúdo - As campanhas de ocupação efectiva.

Sugestões Metodológicas

Para este tema, o professor (a) pode utilizar o método explicativo-dialo-gado, valorizando a narrativa. Através de pequenas narrativas históricas o professor e os alunos constroem conhecimentos acerca das palavras-chave do tema: Campanhas, Ocupação Efectiva para ajudá-los na com-preensão da matéria. Deve demonstrar com a ajuda do mapa e ilustrações a forma faseada como foi ocupado o território de Angola.

Explicar como os portugueses intensifi caram os confl itos armados que cul-minaram com a ocupação ao longo da costa marítima. Referir ainda que a ocupação do território em 1575 não foi fácil, pois o rei do Ndongo sem-pre resistiu à ocupação estrangeira. Ngola Kiluanje chegou mesmo a reter Paulo Dias de Novais por cinco anos no Ndongo. Após a sua libertação regressou a Portugal e propôs ao rei de Portugal o uso da força para a colonização do reino do Ndongo. Para efectivação desta proposta, foram enviadas para Angola cerca de quatro centenas de soldados e uma cente-na de famílias portuguesas.

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O professor (a) deve orientar os alunos a desenharem um mapa de Ango-la para localizar os fortes construídos pelos portugueses ao longo do Rio Cuanza e da costa marítima.

Referir que a capitania de Luanda era protegida por um forte, a fortaleza de s. Miguel, (onde funciona actualmente o Museu Nacional de História Mili-tar) e que as relações entre a população africana e os colonialistas eram meramente comerciais, como a troca de produtos e escravos e que muitas vezes os portugueses praticavam assaltos e conflitos à mão armada para obterem cada vez mais escravos que era um negócio extremamente lucra-tivo para eles. Realçar que à medida que os portugueses iam conquistando mais terras também foram construindo vários fortes ao longo do rio cuan-za e em direcção ao Planalto Central. Foi a partir desses fortes que eles criaram uma linha ofensiva e defensiva para concretizarem as guerras de Kuata – Kuata para obtenção de mais escravos.

Esclarecer os alunos que era a partir dos fortes e dos presídios que se exercia o poder colonial, mas de uma forma instável; às vezes avançavam e outras recuavam conforme a resistência encontrada por parte da popu-lação africana.

6.2 – Resistência à ocupação colonial

Objectivos Específicos

Reconhecer as diferentes formas de resistência à ocupação colo-nial;

Caracterizar as formas de resistência utilizadas pelos africanos em geral e os angolanos em particular;

Descrever alguns heróis de resistência em Angola;

Explicar as causas que levaram à derrota dos movimentos de re-sistência à ocupação colonial portuguesa.

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Conteúdo: A resistência à Ocupação Colonial.

Sugestões Metodológicas

Para este subtema o professor deve utilizar o método explicativo-dialogado e narrativo.

O Professor (a) deverá desenvolver a aula em forma de narrativa histórica, destacando os vários heróis da resistência, valorizando seus feitos e suas virtudes como a coragem, inteligência, bravura, solidariedade e as distintas formas de resistência anti-colonial.

sublinhar que até 1900, Portugal não tinha ainda ocupado algumas re-giões de Angola, devido à resistência que as sociedades tradicionais ofe-reciam aos colonialistas. sobre a resistência armada o professor pode dar o exemplo de Ngola Kiluanji, Bula Matadi, Nzinga Mbandi, Ekuikui ii, Mutu-ya-Kevela. Destacar que foi na batalha de Angoleme-ya–Kitambu que os portugueses enfrentaram um exército de coligação de vários povos (Mbun-du, Imbangala e Bakongo) chefi ados por Ngola Kiluanji e que através desta coligação, Ngola Kiluanji e os seus aliados conseguiram limitar as posições portugueses aos fortes da Muxima, Massangano e Luanda.

As revoltas mais conhecidas foram as dos sobados da quissama, dos Dembos, do Ndongo, da Matamba, do Kongo, do Planalto Central e do sul de Angola. Ao falar da “Resistência à Ocupação Colonial,” o professor deve com ajuda dos alunos mapear estas regiões e fazer alusão à invasão do sul de Angola pelos colonialistas portugueses e alemães.

6.2.1- A administração colonial;6.2.2- A economia colonial;

Sugestões Metodológicas.Para estes subtemas, o professor (a) pode utilizar o método explicativo-dialogado. O professor deve adaptar o diálogo, a sua linguagem e a forma de trabalhar com os alunos, os dados fundamentais da matéria e a sua compreensão.

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É importante dizer que o sistema colonial em Angola foi concebido para fornecer à Europa matérias-primas a baixo preço, em troca de mercadorias manufacturadas na Europa.

Ao referir-se à economia colonial, o professor deve explicar aos alunos a necessidade que os colonialistas tiveram de desenvolver a economia. Para isso, precisavam de encontrar mercados regulares e seguros para escoar os seus produtos e obter matérias-primas para as suas industrias, sendo as suas fontes as colónias africanas.

sublinhar o valor do subsolo e das terras férteis de Angola, tanto para a economia colonial, como para a actual. Orientar os alunos a desenharem mapas com estes recursos, para levá-los à compreensão de como era feita a exploração destes produtos e minérios, as plantações de café, algodão e sisal e que o governo português instituiu o contrato e o trabalho forçado, com os quais os angolanos eram obrigados a trabalhar horas e horas.

O professor (a) pode convidar alguns anciãos da comunidade (pessoas recurso) para contarem aos alunos algumas histórias marcantes da épo-ca colonial.

6.3- Manifestações contra as medidas de administração colonial.

Objectivos Específicos:

Caracterizar o sistema colonial nos seus aspectos principais;

ilustrar algumas manifestações realizadas contra as medidas de administração colonial;

Relacionar a resistência à ocupação colonial e as formas de admi-nistração colonial.

Sugestões Metodológicas

O professor (a) pode usar o método explicativo-dialogado e narrativo-in-terrogativo. Orientar os alunos a trabalharem com o mapa como recurso e mencionarem os principais recursos agrícolas e minerais que se podem

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explorar em Angola actualmente. Levar ao entendimento dos alunos as causas que levaram Angola a tornar-se fonte de matérias-primas baratas para os países imperialistas.

O professor deve fazer referência a alguns chefes angolanos da época que conduziram revoltas contra o trabalho forçado, envio de contratados, expropriação de terras e gado, captura clandestina de escravos que são:

Mutu-ya-Kevela,1901-1902-Ovimbundu;

Kazuangongo,1908- Dembos;

Tulante Buta -1913 -Bakongo;

Outros, de 1917- 1948, Amboim, Ambriz e Cubal.

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Tema 7- a luTa de liberTação nacional

Objectivo Geral:

Conhecer as causas que estiveram na origem das primeiras revol-tas contra a opressão colonial.

Subtema:

O Desenvolvimento do Nacionalismo

• Objetivos Específicos

Reconhecer as principais formas de manifestação do nacionalismo angolano;

interpretar os primeiros contactos existentes entre os angolanos e outros africanos no desenvolvimento do nacionalismo;

Descriminar algumas condições da época colonial que levaram à formação das primeiras organizações nacionalistas;

ilustrar algumas dessas organizações.

Conteúdo: O Desenvolvimento do Nacionalismo

7.1.1- O Nacionalismo Angolano:

As associações culturais;

As primeiras organizações nacionalistas.

Sugestões Metodológicas

Para o tratamento deste tema, o professor pode utilizar o método explicativo-dialogado e através do diálogo narrativo estimular a participação dos alunos.

O professor deve fazer uma retrospectiva histórica e narrar o sofrimento que os angolanos passaram durante a administração colonial como: con-trato, pagamento de impostos, trabalho forçado e outros.

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História 5ª classe

Estimular a compreensão dos alunos e explicar que a resistência demons-trada pelos africanos à presença europeia constituiu o primeiros sinai de nacionalismo e que foi devido à insistência do regime colonial em não que-rer libertar o povo angolano que os nacionalistas numa primeira fase foram criando associações culturais como a Anangola, a Liga Africana, o Grémio e tantas outras, onde se juntavam para manifestarem as suas ideias e criarem algumas estratégias para o surgimento das lutas de libertação. É importante destacar e valorizar a acção social e política das primeiras organizações nacionalistas que surgiram a partir de 1950, tais como o Par-tido da Luta unida por Angola (PLuA em 1953), a união das Populações do Norte de Angola (uPNA), o Movimento pela independência de Angola (MiA), Movimento para a independência Nacional de Angola (MiNA). subli-nhar que como as medidas da administração colonial eram muito duras e severas, obrigavam alguns angolanos a abandonaram o território nacional para se fi xarem em países vizinhos.

7.2- Os Movimentos de Libertação Nacional

Objectivos Específi cos

Identifi car os primeiros movimentos de libertação nacional;

Caracterizar a actuação dos primeiros movimentos de libertação;

Reconhecer em traços gerais o sistema colonial português nos seus aspectos mais marcantes.

C onteúdo: Os Movimentos de Libertação Nacional.

Orientações Metodológicas.

O professor pode começar a aula consolidando a aula anterior, utilizando os métodos dialogado e interrogativo para reforçar e usar os conhecimen-tos, e para introduzir e fazer a conexão sobre organizações nacionalistas que se transformaram em movimentos de libertação.

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Guia Metodológico do Professor

Destacar os três movimentos de libertação que lutaram pela independên-cia do povo angolano e os seus líderes.

O Movimento Popular de libertação de Angola. (MPLA) liderado pelo DR. António Agostinho Neto, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), liderada por Holden Roberto e a união Nacional para independência Total de Angola (uNiTA), liderada por Jonas Malheiro savimbi.

O professor pode organizar palestras, visitas de estudo a lugares históri-cos ligados a luta de libertação e convidar alguns anciãos da comunidade (pessoas-recurso) para contarem aos alunos como eram organizados as manifestações culturais e o seu impacto na sociedade angolana.

7.3 – A luta armada de libertação nacional

Objectivos Específicos

Descrever as causas do início da luta armada de libertação nacio-nal;

Valorizar a acção heróica dos vários nacionalistas de 4 de Feverei-ro e 15 de Março de 1961;

Demonstrar como os colonialistas reprimiram a acção heróica dos nacionalistas angolanos;

Reconhecer como o Golpe de Estado de 25 de Abril de 1974, em Portugal contribuiu para as independências das colónias portugue-sas em África;

Destacar a importância do 11 de Novembro de 1975, na vida dos angolanos.

Conteúdo: - A repressão colonial.

O Golpe de Estado de 25 de Abril de 1974 em Portugal.

O 11 de Novembro de 1975.

Sugestões Metodológicas

O professor pode utilizar os métodos explicativo-dialogado e interrogativo e promover a interacção entre os alunos e o professor.

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História 5ª classe

Durante a aula o professor (a) deve utilizar uma linguagem simples e aces-sível à compreensão dos alunos.

O professor (a) pode começar a aula conversando com os alunos sobre os acontecimentos de 1961 em forma de narrativa histórica. Destacar a importância histórica da data para os angolanos e realçar que o ano de 1961 constituiu um marco histórico no nosso país, porque ocorreram vários acontecimentos que culminaram com a independência nacional. Destes acontecimentos sublinhar o levantamento popular da Baixa de Cassanje, em 4 de Janeiro de 1961 cuja reação do regime colonial fi cou conhecida como o massacre da Baixa de Cassanje, o 4 de Fevereiro de 1961, ataque à cadeia de s. Paulo em Luanda, para a libertação dos presos políticos e a 15 de Março de 1961, ataque às fazendas dos colonos no norte de Angola pela uPA.

O professor deve explicar aos alunos que diante das actividades destas organizações politicas, as autoridades coloniais reforçaram e intensifi ca-ram os serviços secretos, iniciando deste modo um período de repres-são, com detenções, julgamentos e deportações de um grande número de nacionalistas.

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TEMA 8 - AS CONqUISTAS DA INDEPENDêNCIA.

Objectivo Geral:

Compreender a importância das conquistas alcançadas com a indepen-dência nacional.

Subtema:

8.1 – O País.

Objectivos Específicos:

Avaliar a importância das conquistas alcançadas com a proclama-ção da independência nacional;

Reconhecer a soberania do território angolano;

Descrever como foi constituído o primeiro Governo da República de Angola;

Reconhecer a trajectória do primeiro Presidente de Angola;

conteúdo: o país

Território

Governo

Os símbolos

Sugestões Metodológicas

O tratamento do tema sugere a realização de uma aula teórico-prática, onde o professor (a), com ajuda dos alunos, traz para a aula o mapa de An-gola, a nossa bandeira, a moeda nacional e a insígnia nacional ilustrada, como recursos de ensino a serem explorados na aula. inculcar nos alunos valores patrióticos e cívicos, atitudes de respeito pelos símbolos da pátria, amor e defesa do seu país.

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História 5ª classe

O professor explora o mapa com os alunos para localizarem e descreverem a situação geográfi ca do país e constatar que Angola é um imenso território situado na costa Ocidental da África. utilizando o mapa, os alunos sublinham e localizam as fronteiras, assinalando-as: a norte com a República Demo-crática do Congo e Congo Brazzaville, a leste com a República da Zâmbia, a sul com a República da Namíbia e a oeste com Oceano Atlântico.

Orientar os alunos a descreverem a extensão da fronteira de Angola que é de 2.500km, a saber que o país possui uma superfície de 1.246.700 km2 e que a sua linha costeira com o Oceano Atlântico é de 1.600km. O território angolano está dividido em 18 províncias.

Durante o estudo deste tema o professor deve despertar nos alunos senti-mentos de patriotismo, cidadania, civismo, respeito pelo valor da liberdade e a importância do hino nacional, e o respeito que devemos ter ao ouvir entoar o Hino Nacional e pelo içar da Bandeira da República.

8.2- Cultura e Desporto

Objectivos Específi cos:

Valorizar a cultura angolana após a independência;

Reconhecer a massifi cação do desporto após a independência;

Identifi car algumas acções levadas a cabo no desenvolvimento da ciência.

Conteúdo: Cultura e Desporto

Ciência

Sugestões Metodológicas

O professor (a) pode preparar uma aula prática utilizando os métodos explicativo-dialogado, expositivo e interrogativo. Orientar os alunos a tra-zerem gravuras, cartazes, recortes de revistas e jornais com símbolos da cultura angolana para serem explorados durante a aula e elaborarem vá-rios materiais ilustrativos.

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O professor deve explicar aos alunos que a conquista da independência permitiu que os angolanos divulgassem os seus valores culturais, partici-pando em eventos regionais, continentais e mundiais. Orientar os alunos a fazerem demonstrações culturais, como exibirem algum objecto que sim-bolize a sua cultura ou identidade cultural da sua família, cânticos, danças, histórias, roupas, comidas, etc

Demonstrar através de exemplos concretos que a diversidade da cultura angolana conduziu o país nas últimas décadas a notáveis conquistas in-ternacionais, quer a nível cultural como desportivo. Referenciar também alguns escritores angolanos agraciados com prémios internacionais pelas suas obras e destacar o livro sagrada Esperança, de Agostinho Neto pri-meiro Presidente de Angola.

8.3- Economia

Objectivos Específicos:

Descrever o estado da economia angolana após a independência;

Identificar a causa da estagnação da indústria angolana em 1974;

Identificar algumas ações que têm sido levadas a cabo para o de-senvolvimento da industria angolana.

Conteúdo: Economia

Agro-pecuária

indústria: extractiva e transformadora

Sugestões Metodológicas

Através dos métodos oral-dialogado o professor (a) explica aos alunos que no passado colonial, Angola produzia grande variedade de matérias-primas, porém esses produtos serviam para desenvolver as indústrias estrangeiras.

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Mostrar aos alunos que com o alcance da paz, o nosso Governo tem feito um grande esforço na revitalização das indústrias extractivas e transforma-doras para o desenvolvimento do país. A agricultura e a pecuária são ou-tros sectores importantes e garantem a segurança alimentar da população.

O professor e os alunos podem elaborar uma lista com as principais indús-trias que existem actualmente em Angola e destacar o papel das mesmas no desenvolvimento sócio-económico do país. uma visita de estudo a al-gumas fabricas ajudaria a consolidar os conhecimentos adquiridos e a ligação da teoria à prática.

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