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Autores: Claudia Zuppini Dalcorso e Luciana Maria Allan Programa de Liderança: Reflexões e práticas para promover a gestão escolar com foco na melhoria da aprendizagem dos alunos GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO

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Page 1: Guia Lideranca 2012

Autores: Claudia Zuppini Dalcorso e Luciana Maria Allan

Programa de Liderança:Reflexões e práticas para promover a gestão escolar

com foco na melhoria da aprendizagem dos alunos

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO

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Programa de Liderança:Reflexões e práticas para promover a gestão escolar

com foco na melhoria da aprendizagem dos alunos

Autores: Claudia Zuppini Dalcorso e Luciana Maria Allan

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO

São Paulo

2011

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Ficha Técnica

Direção técnicaLuciana Maria Allan

Elaboração do conteúdoClaudia Zuppini Dalcorso

Luciana Maria Allan

Marina Iemini Atoji

Verônica Coelho

RevisãoRita de Souza

Projeto GráficoAraciara Teixeira

Programa de Liderança: reflexões e práticas para promover a gestão escolar com foco na melhoria da aprendizagem dos alunos / Claudia Zuppini Dalcorso,

Luciana Maria Allan. – São Paulo: Conselho Britânico/Instituto Crescer, 2011.

xxf. : il. (226 páginas)

1. Gestão escolar. 2. Planejamento estratégico. 3. Observação em sala de aula.

4. Uso das Tics pela equipe gestora escolar.

Claudia Zuppini Dalcorso: Professora Claudia Zuppini Dalcorso é mestre em educação formada pela PUC-SP, especializada em Gestão Escolar, pela PUC-SP e UFABC. Foi gestora de escola pública, na qual lhe foi conferido o Prêmio Escola Nota 10, concedido pela Fundação Victor Civita da Revista Nova Escola/Edito-ra Abril em 2007. Trabalhou como assessora de planejamento na Secretaria de Educação Municipal de Diadema. Atua como consultora educacional traba-lhando com projetos que envolvam formação de gestores educacionais e de professores, e produção de material didático. É professora da Universidade Anhembi- Morumbi.

Luciana Maria Allan: Doutora em Educação pela USP. Redatora dos PCN em Ação e PCN + Conceitos Estruturantes para o MEC. Atua há mais de 15 anos em projetos na área de educação, voltados à formação de profissionais da área de educação em parceria com Secretarias de Educação. Desde 2000, é diretora técnica do Instituto Crescer, onde lidera os processos envolvidos na concepção e implementação de projetos educacionais que visam promover o desenvolvimento humano, o exercício da cidadania e, como conseqüência, a inclusão social.

Participação especial na elaboração dos capítulos: Como aproveitar melhor as tecnolo-gias digitais para promover a gestão escolar.

Marina Iemini Atoji: Jornalista formada pela ECA-USP, é redatora no Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas e monitora de cursos on-line na Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Foi editora e redatora do projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil. Atuou como editora-chefe do portal do Programa Acessa São Paulo de Inclusão Digital, do governo do Estado de São Paulo.

Autoras:

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3Programa de Liderança

Apresentação

Planejamento estratégico e observação da prática docente são temas frequentes na pauta do Ministério da Educação acerca dos desafios que rondam a gestão escolar. O Programa de Liderança para Gestores, iniciativa do British Council, realizado em parceria com Secretarias Esta-duais e Municipais de Educação, tem como objetivo oferecer aos diretores da rede pública de ensino uma formação capaz de desenvolver as competências necessárias para o exercício pleno e efetivo dessa função, no intuito de promover mudanças significativas na forma como a liderança atua no espaço escolar.

O Programa teve início em 2006 e, desde então, vem atendendo diretores de todas as regiões do Brasil, fomentando discussões relevantes a respeito da rotina escolar. Em 2010 o Instituto Crescer – ONG reconhecida por sua atuação em projetos educacionais – foi convidado a inte-grar a equipe de profissionais do Programa, com a responsabilidade de qualificar ainda mais as estratégias pedagógicas utilizadas até então.

Dentre as contribuições mais importantes do Instituto Crescer ao Programa de Liderança para Gestores destaca-se a criação de um formato para os encontros presenciais, a elaboração de um protocolo de observação em sala de aula e uma proposta de planejamento estratégico alinhada com as diretrizes do Programa de Desenvolvimento Educacional-Escola (PDE – E), que culminaram na elaboração desse Guia de Implementação.

O Guia traz conceitos relevantes para o entendimento da proposta de gestão escolar focada na promoção de uma educação de qualidade, alinhada aos desafios para desenvolvimento de crianças e jovens contemporâneos, organizado em três capítulos. O primeiro versa sobre algo totalmente indispensável e necessário para os profissionais da Sociedade da Informação: a administração do tempo. Pretendemos amenizar a sensação de descontrole sobre a rotina diária, proporcionado uma reflexão sobre como podemos melhor organizá-la.

O segundo capítulo apresenta o Planejamento Estratégico como uma ferramenta na qual a equipe gestora pode se apoiar para organizar as ações que envolvem toda a rotina escolar. Como resultado, espera-se que os diretores elaborem um plano de ação que seja capaz de promover melhorias contínuas e significativas no processo de aprendizagem dos alunos.

Page 6: Guia Lideranca 2012

4 Programa de Liderança

Como organizar a observação em sala de aula é o tema do terceiro capítulo, que visa qualifi-car os gestores escolares para desenvolver novas habilidades e competências em seus pro-fessores, com foco no sucesso escolar. Por fim, em cada módulo há um capítulo que orienta os diretores a como aproveitar melhor as tecnologias e os recursos digitais para garantir uma gestão escolar mais eficiente.

Esperamos que o conteúdo descrito nesse livro possa subsidiar o trabalho da equipe gestora em seus desafios cotidianos. A elaboração desse material foi motivada na nossa crença de que a qualidade do ensino se fundamenta, prioritariamente, na competência profissional dos diretores escolares e na sua capacidade de orientar e liderar práticas voltadas para a promo-ção da aprendizagem e formação dos alunos. A construção de um país mais justo, solidário e produtivo baseia-se na garantia da educação de qualidade para todos, capaz de formar cida-dãos habilitados no conhecimento técnico-científico e preparados para atuar com eficiência numa sociedade cada vez mais exigente, sob todos os aspectos.

Page 7: Guia Lideranca 2012

5Programa de Liderança

Sumário

Módulo 1: Como administrar melhor o tempo da equipe de gestão escolar 11

Introdução 12

1. Autorreflexão 14

Refletindo sobre o tema 15

2. Conhecer as dimensões da sua função 16

Refletindo sobre o tema 20

3. Planejar 21

Refletindo sobre o tema 22

4. Registrar 23

Refletindo sobre o tema 24

Como aproveitar melhor as tecnologias digitais para administrar o tempo da equipe de gestão escolar 25

1. Blog 26

1.1. Dicas para a atualização do blog 26

a. Atualização é importante! 26

b. Divida a tarefa 27

c. O que postar? 28

1.2. Criar um blog 28

1.3. Personalizar blog 30

1.3.1.Configurações Gerais 31

1.3.2. Aparência 31

1.4. Postar em um blog 35

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6 Programa de Liderança

1.5. Páginas do blog 37

1.6. Inserir imagem em um post 39

1.7. Inserir vídeo em um post 42

1.8. Gerenciar os comentários 44

1.9. Dicas para gestão do blog 44

a. Comentários são sempre bem-vindos 45

1.10. Alguns exemplos 46

Conclusão 48

ANEXO 01 49

ANEXO 02 50

Módulo 2: Como fazer e colocar em prática um planejamento estratégico 51

1. O papel do gestor escolar na contemporaneidade 53

2. Liderança em uma perspectiva de gestão educacional 56

3. O Planejamento Estratégico 59

3.1. Diretrizes para elaborar um bom planejamento estratégico 61

3.2. Etapas para elaborar o planejamento estratégico 62

3.2.1. Identificar o perfil da realidade escolar 63

3.2.2. Avaliar os critérios da eficácia escolar 66

3.2.3. Fazer a avaliação estratégica 69

3.2.3.1. Fazer Análise FOFA 70

3.2.3.2. Avaliação estratégica da escola – Análise FOFA 72

3.2.4. Elaborar o plano de ação 75

4. Orientações para implementar o Plano de Ação 77

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7Programa de Liderança

Como aproveitar melhor as tecnologias digitais para promover o planejamento estratégico 78

1. Microsoft Excel: organize e registre dados 79

1.1. Ferramentas e funções básicas do Excel 2010 81

1.2. Formatação Condicional 86

1.3. Direção do texto 89

1.4. Formato de dados 90

1.5. Opções de exibição de dados 91

1.5.1. Ocultar e reexibir linhas e colunas 911.5.2. Congelar linhas e colunas 931.5.3. Filtros 94

1.6. Localizar dados 97

1.7. Tabelas dinâmicas 98

1.7.1. Construa uma tabela dinâmica 981.7.2. Altere a aparência da sua tabela dinâmica 102

1.8. Gráficos 103

1.8.1. Criar um gráfico 1031.8.2. Criar gráfico como uma nova planilha 1051.8.3. Editar o gráfico 1061.8.4. Criar e editar um gráfico a partir de uma tabela dinâmica 110

1.9. Imprimir 112

1.9.1. Visualizar impressão 1131.9.2. Orientação da página 1131.9.3. Posição na página 1141.9.4. Área de impressão 1141.9.5. Cabeçalho e rodapé 115

1.10. Organização e praticidade para a gestão escolar 117

2. Facebook 118

2.1. Criar uma página no Facebook 118

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8 Programa de Liderança

2.1.1. Adicionar detalhes à página 124

2.1.2. Administração da página 125

a. Incluir um administrador 126b. Restrições à publicação 127c. Ver estatísticas de visitação 128

2.2. Criar Grupos no Facebook 129

2.2.1. Funcionalidades de um grupo 131

a. Adicionar foto 131b. Adicionar amigos ao grupo 132c. Conversar com o grupo 133d. Criar documento 134e. Criar evento 136

5. Conclusão 139

Referências Bibliográficas 140

ANEXO 01 142

ANEXO 02 143

ANEXO 03 144

ANEXO 04 147

ANEXO 05 155

ANEXO 06 160

Módulo 3: Como promover observação em sala de aula 161

1. Aprender a olhar 162

2. O que é observar? 164

3. O foco da observação 165

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9Programa de Liderança

4.0 procedimento da observação 167

5. O registro da observação 168

5.1 Memorial do Itinerário de Formação (MIF) 169

5.2 Protocolo de Observação 169

6. A devolutiva para o professor (feedback) 172

6.1 Superando as dificuldades 173

6.2 Habilidades de comunicação 174

Como aproveitar melhor as tecnologias digitais para promover a observação em sala de aula 177

1. Google Docs 178

1.1. Criar documentos 179

1.2. Editar planilha 180

1.3. Compartilhar 182

1.4. Ver mudanças feitas e versões anteriores 185

1.5. Passar um arquivo do computador para o Google Docs 187

1.6. Coleções 190

1.7. Baixar arquivos que estão no Google Docs 191

2. Windows Movie Maker 192

2.1. Importar fotos e construir um vídeo a partir de uma sequência de imagens 193

2.2. Efeitos de transição de imagens 195

2.3. Inserir tela de título 197

2.4. Animação do título 200

2.5. Inserir legenda 201

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2.6. Inserir música 202

2.7. Importar um vídeo de seu computador 204

2.8. Cortar vídeos 205

2.9. Montar vídeo com várias partes diferentes 207

2.10. Salvar seu vídeo 208

2.11. Publicar vídeo na web 209

2.12. Inspirações 211

Conclusão 213

Referências bibliográficas 216

ANEXO 01 217

ANEXO 02 225

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11Programa de Liderança

Módulo 1:Como administrar melhor o tempo

da equipe de gestão escolar

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Introdução

É comum observarmos como as pessoas, e até nós mesmos, reclamamos da falta de tempo. Afinal, que bem é esse, tão valioso, que nos parece faltar a todo o momento?

Estamos no século da informação e essa sensação nos parece cada vez maior. A necessidade de “dar conta de tudo” o que nos acontece, com produtividade, é uma meta almejada por vários profissionais; um anseio que nos faz prometer, à cada início de ano que iremos organi-zar nosso tempo de forma a atender as necessidades que nos compete.

Organização seria, então, a palavra ideal para solucionar nossos problemas com a falta de tempo?

Talvez ‘solucionar’ não, mas, ‘ajudar’ sim.

A organização do tempo é uma meta complexa que não é possível solucionar com apenas uma ação. Como agimos no dia a dia tem a ver com nossa concepção de mundo, de seres humanos, nossos valores, nossa cultura. As dicas que possam surgir para nos ajudar nesta organização temporal podem colaborar, mas não solucionar, pois, cada um de nós apre-senta formas diferentes de agir no mundo e de aprender.

Alguns possuem facilidade de aprender ouvindo, outros fazendo, alguns lendo, entre outras formas. Somos tão diferentes e é isso que nos faz tão especial. Porém, o problema do tempo é comum para muitos de nós, diria que como cada um procede na sua organização diária diz um pouco da pessoa que ela é. Quais fatores da rotina diária nos chamam mais atenção? Quais nos causa maiores preocupações? Quais são as de maior importância? Essas são questões que respondidas com reflexão podem nos dizer como estamos organizando nossa rotina.

Sendo assim, a organização da rotina e do nosso tempo tem a ver com as nossas escolhas. Essas escolhas são subjetivas, e uma autorreflexão atenciosa pode colaborar para darmos um passo inicial para tomada de consciência da necessidade de organização da nossa rotina.

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O gestor escolar convive com muitas demandas profissionais, pois suas atribuições incluem várias dimensões dentro do ambiente escolar. Portanto, uma agenda ajustada e bem planeja-da é o ideal para que esse profissional consiga ter êxito em suas atribuições.

A tarefa de pensarmos sobre a organização do tempo, na rotina profissional de um gestor escolar, pode ser realizada em quatro etapas:

Refletir sobre como fazemos nossas ações cotidianas e como aprendemos (metacognição);

Compreender as dimensões do trabalho de um gestor e equilibrar a execução das obrigações inerentes à cada uma delas;

Planejar as ações do cotidiano escolar e as ações que remetem à organização pessoal do gestor, e

Registrar o planejamento das ações individuais e coletivas, e divulgar esse planejamento ao coletivo escolar, para que seja possível um acompanhamento efetivo dessas ações.

1.

2.

3.

4.

Autorreflexão Conhecer as dimensões da sua função

Planejar Registrar

1. 4.2. 3.

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De acordo com Flavell (1979 apud RIBEIRO, 2003), o conhecimento metacognitivo é o conheci-mento que se tem sobre o próprio conhecimento, que, por sua vez, pode ser sobre as pesso-as, as tarefas e as estratégias.

O gestor pode tomar consciência de seu processo cognitivo e, com isso, melhorar sua organi-zação profissional. Placco e Souza (2006, p. 59) afirmam que isso será possível se o sujeito:

Conhecer a si próprio como processador de informação, isto é, tiver consciência de �suas características de aprendiz;

Conhecer as finalidades e exigências específicas da tarefa a realizar; �

Escolher procedimentos, de acordo com as características, pessoais e da tarefa; �

Considerar o entorno, o outro e suas implicações afetivas. �

Em síntese o gestor deve conhecer a si mesmo, pela da autorreflexão; conhecer as dimensões e atribuições que envolvem a sua ação como gestor escolar e fazer escolhas a respeito dos procedimentos que irá utilizar para desenvolver suas atividades. Para isso, precisará de es-tratégias. Um bom planejamento deverá conhecer a realidade do local onde trabalha e, ainda, acrescentando-se a tarefa, não menos importante, de registrar suas ações e divulgá-las ao coletivo, estabelecendo uma boa comunicação.

A autorreflexão e a reflexão sobre quais ações fazem parte da nossa rotina, quanto tempo gastamos com cada uma delas, é necessária para iniciarmos nossa tarefa de organização do nosso tempo.

Conhecer as dimensões da sua função

Planejar Registrar

4.2. 3.Autorreflexão

1.

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No Relatório da Comissão Internacional sobre a Educação no Século XXI, da UNESCO, é propos-to que o ensino, se apóie em quatro pilares: aprender a conviver, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a aprender. Esse último pilar exige que as pessoas pensem sobre o próprio ato de aprender e, portanto, desenvolvam a noção de que não há apenas uma forma de aprender e apenas um tipo de conteúdo a ser aprendido. Ao descobrirem quais são as formas que faci-litam a sua aprendizagem e como são suas atitudes na sua rotina conseguem, assim, se co-nhecerem melhor e podem fazer ajustes nos comportamentos considerados indesejados, proporcionando melhor otimização e produtividade do seu tempo.

Vamos elencar alguns elementos que fazem parte da sua função como gestor para proporcionar uma reflexão sobre como está sua organização em relação: a sua sala, aos seus registros, ao seu espaço de formação e à sua interação com as novas tecnologias. Responda algumas questões relacionadas a esses ele-mentos e reflita se sua organização está, ou não, favorecendo a otimização do seu tempo. Essas questões encontram-se no Anexo 01.

Veja no que você pode melhorar. Talvez você gaste um tempo maior, inicialmen-te, com a sua organização pessoal, mas se fizer esta reflexão e se planejar melhor, terá mais tranquilidade no futuro e, o melhor, mais tempo.

NÃO ESQUEÇA: Quanto melhor for a organização das suas demandas mais tempo você terá para resolver os desafios do dia a dia.

Refletindo sobre o tema:

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Ter uma compreensão global de todas as dimensões do trabalho do gestor escolar é de gran-de relevância para uma boa organização da rotina.

Gerir uma escola, em toda sua complexidade, é uma tarefa desafiante que irá exigir do gestor uma visão coerente e atualizada ao seu tempo sobre educação; a gestão escolar e o seu papel profissional na liderança, e a organização da escola.

A superação desse desafio será alcançada quando o gestor adquirir competências específicas à sua função, como Heloísa Lück (2009) nos explica:

A superação de tais desafios demanda do diretor capacidade conceitual sobre a educação; a gestão escolar e seu trabalho, mediante visão de con-junto e perspectiva aberta e sólida sobre a natureza da educação; o papel educacional da escola e dos profissionais que nela atuam; a natureza e as demandas psico-socio-educacionais dos alunos; a relação da escola com a comunidade, dentre outros aspectos, incluindo, por certo, uma funda-mentação sobre as dimensões de gestão escolar.

Portanto, uma visão sistêmica da escola, integrando suas partes a um todo, é essencial para uma boa atuação.

Planejar Registrar

4.3.Conhecer as dimensões da sua função

2.Autorreflexão

1.

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Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo, enco-mendada pela Fundação Victor Civita (FVC), em 2007, intitulada Gestão Escolar e qualidade da Educação: um estudo sobre dez escolas paulistas revelou como o modelo de gestão e, sobretudo, o papel dos principais gestores têm um impacto significativo na aprendizagem e mesmo no ambiente educacional.

A � formação dos gestores;

A � capacidade do diretor de integrar todas as áreas de atuação no dia a dia;

A � atenção dedicada às metas de aprendizagem, medidas nas avaliações externas e

A � habilidade para criar um clima positivo de trabalho na escola.

O que nos interessa, aqui, para o desenvolvimento do tema Gestão do tempo diz respeito à visão sistêmica e integradora do gestor em relação às dimensões que envolvem o seu trabalho.

A pesquisa identificou quatro “segredos” de uma boa gestão:

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Gestão administrativa

Cabe à gestão administrativa administrar:

O patrimônio da escola; �

A documentação escolar (diários de �classe, memorandos, atas, arquivos, listagens etc.) e

Os recursos materiais. �

Além disso, cabe, também a ela:

Estabelecer regras, procedimentos e �rotinas para cumprir a legislação;

Formular normas de funcionamento �da escola.

Gestão pedagógica

Ao gerir ações pedagógicas na escola o gestor deve estar atento aos seguintes aspectos:

Gerir o projeto político pedagógico; �

Proporcionar um clima de alta expectati- �va de aprendizagem;

Promover a elaboração do currículo �escolar;

Propiciar acompanhamento da aprendi- �zagem dos alunos bem como o ajuste de ações para os alunos portadores de deficiências;

Acompanhar e orientar a melhoria do �processo de ensino e de aprendizagem;

Proporcionar a organização das ações da �rotina escolar para contribuir para uma boa otimização do tempo pedagógico.

Gestão financeira

Cabe à gestão financeira:

Decidir coletivamente, com a comuni- �dade escolar e seus colegiados, como deverão ser gastos os recursos financeiros que a escola recebe do poder público;

Providenciar a utilização de toda a �verba recebida;

Fazer a prestação de contas de forma �transparente.

Gestão da infraestrutura

Gerir toda infraestrutura da escola. Neste item estão os aspectos de:

Materiais pedagógicos; �

Manutenção predial; �

Bens permanentes e de consumo. �

Adaptadas da classificação feita por Heloisa Lück (2009), a pesquisa organizou estas dimen-sões da seguinte forma:

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Gestão da comunidade

A gestão da comunidade abrange os seguin-tes aspectos:

Envolver os pais na gestão da escola; �

Estimular a participação dos pais no �acompanhamento da aprendizagem dos seus filhos;

Manter uma comunicação fluida com a �comunidade escolar.

Gestão de relações pessoais

Gerir as relações pessoais envolve as seguintes ações:

Promover a organização do trabalho �coletivo;

Estabelecer um bom relacionamento �interpessoal e comunicação;

Estimular a troca de experiências; �

Organizar a formação continuada de �todos os funcionários e professores.

Gestão dos resultados escolares

Os resultados escolares podem ser geridos por meio das seguintes ações:

Promover um sistema de indicadores �educacionais;

Analisar comparativamente os resulta- �dos das avaliações externas (Como IDEB, SAEB etc.);

Acompanhar a aprendizagem dos �alunos;

Definir quais as expectativas de �aprendizagem devem ser atingidas por todas as turmas.

Gestão do relacionamento com a rede

Estar atento aos acontecimentos em seu entorno e os relativos às políticas educacio-nais da sua rede de ensino é essencial e, para isso, é importante:

Ter contato com as escolas vizinhas �proporcionando troca de experiências e ajuda mútua;

Estar atualizado com as políticas �públicas vigentes em sua rede de ensino;

Otimizar os serviços públicos oferecidos �em sua comunidade para o bem do aproveitamento educacional dos alunos;

Manter relacionamento com as organiza- �ções da comunidade de entorno da unidade escolar, para favorecer um bom entrosamento com a comunidade externa.

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Refletindo sobre o tema:

Esta classificação está bem completa e atende a qualquer unidade escolar pública brasileira, mesmo sabendo que é possível proporcionar mais exemplos em cada um dos itens listados acima, esses apenas são ilustrativos para exemplificar cada dimensão.

Até aqui fizemos uma explanação das principais dimensões que afetam a or-ganização do tempo e os elementos que corroboram para que tenhamos mais ou menos eficácia em nossas ações, sendo mais ou menos eficientes. Para ter uma ideia mais clara de como tem sido sua rotina, sugerimos um exercício, cujo modelo se encontra no Anexo 02.

Pensando em sua rotina e em todas as funções que você deve cumprir duran-te o ano, faça um tabela contemplando todas as dimensões e ordene, em co-lunas específicas, as tarefas da sua rotina relacionadas à cada uma dessas dimensões. Depois de preencher as colunas, observe qual delas ficou maior ou menor. Agora, analise: Como está o equilíbrio de suas tarefas? Está mais centralizada em uma dimensão do que em outra? Alguma dessas dimensões está passando despercebida em sua rotina?

Após a análise chega a hora de você se planejar. Ajustar suas tarefas de modo que as dimensões fiquem minimamente equilibradas. Você deve acrescentar ou tirar tarefas, provisionar o tempo que deverá ser despendido para cada uma delas. Feito isso, lembre-se que o gestor escolar não trabalha sozinho, ele conta com uma equipe que deve estar alinhada ao seu trabalho, tomando consciência de todas essas dimensões e tarefas. Agora é hora de distribuir as tarefas, marcar reuniões de acompanhamento e avaliação. Tudo isso se faz planejando. O ideal é que os membros da equipe também construam os seus quadros pessoais, dimensionando o tempo que cada um levará para executar cada tarefa.

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Registrar

4.

O planejamento é inerente ao trabalho do educador devido ao fato de que o objeto da sua ação é de grande complexidade: o cotidiano escolar.

Se o educador não planejar suas ações e tarefas de nada adiantará possuir uma excelente concepção e visão das necessidades da sua realidade escolar. O planejamento orienta, dá objetivos às nossas ações, traça metas e esclarece quais são os resultados pretendidos.

O planejamento propicia um compromisso com a ação, responsabiliza os agentes en-volvidos e deve ser contínuo para proporcionar uma ação coerente para alcançar os resultados esperados. O principal resultado esperado, no final, sempre deverá ser: o alcance da melhor aprendizagem para os alunos.

O gestor escolar tendo a posse do planejamento realizado coletivamente pela sua comunida-de escolar deve, agora, pensar como deverá acompanhar todos os processos. É neste ponto que ‘as coisas se complicam’, pois, se o gestor não estiver atento a todos os encaminhamen-tos para chegar aos objetivos traçados ele ‘pode ter dificuldades e não conseguir o sucesso. Decorre desse aspecto a sensação recorrente em nossos gestores, de atuarem como “bom-beiros”, aqueles que “apagam incêndios” o dia todo, que somente resolvem questões decor-rentes da desorganização do ambiente escolar e não conseguem evoluir na promoção do su-cesso escolar.

Essa sensação nos indica que a equipe precisa compartilhar tarefas e se organizar melhor no cumprimento delas. Quando um dos elementos está se sobrecarregando demais, outro está fazendo de menos.

Planejar

3.Autorreflexão Conhecer as

dimensões da sua função

1. 2.

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Refletindo sobre o tema:

Para que as funções estejam bem definidas e as expectativas sejam claras para todos é necessário haver um planejamento, por parte da equipe diretiva, indicando como cada ele-mento irá acompanhar o plano de ação traçado pela comunidade escolar e outro planejamen-to individual, onde cada membro da equipe irá se organizar da maneira que achar mais con-veniente para si.

É importante destacar que devem ser realizadas reuniões periódicas de acompanhamento para que a equipe diretiva controle as ações, pois são muitas variáveis que afetam o percur-so das mesmas e as mudanças de percurso são possibilidades muito comuns.

Vimos que planejar é essencial para o trabalho do gestor.

A Revista Nova Escola, em sua edição 002 de 2009, trás uma reportagem inte-ressante para reflexão do gestor escolar sobre “como anda” seu planejamento quanto à gestão do tempo.

Acesse o link abaixo e realize o teste:

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/voce-tem-tempo-tudo-476165.shtml

Faça uma análise do perfil de gestor que você mais se identificou e procure planejar sua rotina para conseguir ajustá-la com maior eficiência.

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O registro é uma questão muito importante no trabalho escolar. Existem vários ti-pos de registro na escola. Registros administrativos, como listagens, atas, planilhas etc., e registros pedagógicos, como atas de reuniões pedagógicas, acompanhamen-to de sala de aula, planos de ensino, conselho de classe, entre outros.

Como está organizada toda esta documentação é um fator importante para a rotina escolar. Além de ser uma necessidade essencial demonstra, também, a concepção que a equipe diretiva possui do que é uma escola pública, pois os documentos da escola não podem ser tratados como os documentos da nossa casa. A escola é um espaço público e este espaço deve ser entendido como um espaço a ser compartilhado onde as documentações devem ser socializadas e devem possuir um caráter de transparência, com responsabilidade e seriedade nas informações.

Essa organização normalmente é feita de acordo com as escolhas de cada escola. Não há um padrão único para isso, porém, a organização deve atender à premissa de que qualquer pes-soa que precise de uma documentação escolar consiga obtê-la sem ter a necessidade de perguntar para alguém onde o documento se encontra.

Os armários e pastas devem estar etiquetados indicando quais documentos e materiais es-tão arquivados neles.

Particularmente o diretor também terá uma forma de se organizar, com uma agenda, um ca-derno de anotações ou outro instrumento qualquer. O importante é que ele, com sua ação, dê exemplo para a equipe de como é importante o hábito de registrar. Para isso, além dele pró-prio apresentar este hábito, deve criar estratégias, para demonstrar para a equipe escolar, a utilidade que faz dos seus registros.

O uso de uma ferramenta da Web 2.0 para socializar informações é uma idéia muito produtiva como, por exemplo, a criação de um site, um blog ou um grupo de discussão.

Registrar

4.Autorreflexão Conhecer as

dimensões da sua função

Planejar

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Refletindo sobre o tema:

Pudemos perceber como o registro é importante para a organização do tempo, principalmente quando falamos do uso de uma agenda. Porém, outra questão muito importante para a função do gestor é a de proporcionar uma comunicação efetiva, clara e direta com a sua comunidade.

Essa comunicação, como a publicação dos resultados, a sistematização das me-todologias estudadas, planos de ensino, atas de reuniões e conselhos, prestação de contas, entre outras informações, deve estar acessível e organizada para toda comunidade escolar.

Uma estratégia eficaz é a publicação de toda a documentação elaborada, como comunicados, calendários, avisos e outros em um grupo virtual da instituição, onde cada funcionário da escola, ou membro da comunidade, em qualquer lugar que esteja, possa acessar as informações, facilitando assim a comunicação.

Esse procedimento possibilita, também, o arquivo desses documentos, sendo fá-cil recuperá-los, quando for necessário.

Reflita sobre as questões abaixo:

Sua escola possui uma comunicação eficiente? �

As informações estão organizadas, virtualmente ou não? �

Quais estratégias você já utilizou para aprimorar suas maneiras de �organizar as informações e socializá-las?

A sugestão é que se apropriem de algumas ferramentas da Web 2.0, que podem colaborar para organização dos registros e socialização das informações, como o Wordpress, Facebook e Windows Live.

Para isso, veja os capítulos: Como aproveitar melhor as tecnologias digitais... de cada módulo, que irão orientar como conhecer e usar cada uma dessas ferramentas:

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O compartilhamento de ações e decisões amplia a eficácia e a qualidade do trabalho de gestão, pois envolve a todos na busca por uma escola melhor. Além disso, é uma importante medida de transparência: é uma forma de prestar contas à sociedade sobre o que é feito na escola.

Uma das ferramentas tecnológicas que vão ao encontro das necessidades da equipe gestora é, sem dúvida, a Internet. Na última década, ela se tornou mais do que um meio de comunicação baseado no esquema tradicional emissor-receptor, e passou a mediar relações multilaterais.

É o que se chama de Web 2.0: o espaço está aberto para a participação de todos, para a troca de conhecimentos. Você pode não só consumir informa-ções, como também pode expressar sua opinião a respeito delas, debater com outros sobre o assunto que as envolve e compartilhá-las com pessoas próximas. E pode ir ainda mais além: produzir a sua própria informação para que outros consumam, opinem e compartilhem!

Neste capítulo, abordaremos os uso de blogs como uma das ferramentas que contribuem no processo de gestão escolar.

Como aproveitar melhor as tecnologias digitais para administrar o tempo da equipe de gestão escolar

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1. Blog Quando se pensa em criar um site na Internet, uma reação muito comum é imaginar que se trata de uma tarefa muito trabalhosa que exige conhecimento técnico. Há muito tempo, no entanto, o blog vem mudando essa história!

Desde que deixou de ser apenas uma plataforma para diários virtuais, o blog passou a ser uma opção rápida e prática para que as pessoas (e instituições) criassem seu próprio espaço na web, onde pudessem divulgar seu trabalho e suas ideias.

O princípio é básico: nele, é possível publicar textos, fotos e vídeos em ordem cronológica (do mais recente para o mais antigo). Atualmente, as opções de personalização de um blog são tantas que com um pouco de prática é possível deixá-lo parecido com os tradicionais sites de notícias que costumamos acessar.

Mais do que a publicação (postagem, no jargão da Internet), o blog possibilita a interação dire-ta entre produtor e consumidor de conteúdo, pois o público pode comentar aquilo que lê, fa-zendo críticas, elogios, sugestões ou pedindo mais informações.

No que diz respeito à gestão escolar, o blog é uma ferramenta para informar e envolver a comu-nidade no cotidiano da escola. Faz parte da prática de gestão compartilhada, abordada no Mó-dulo de Planejamento Estratégico.

Também pode auxiliar a intensificar a participação de professores e alunos no desenvolvimento de atividades dentro da escola, pois dá visibilidade a eles, ampliando a sensação de reconhecimento.

1.1. Dicas para a atualização do blog

Entre milhões de blogs que existem Internet afora, como fazer com que o de vocês seja atraente aos leitores e uma fonte confiável de informação? A seguir listamos algumas dicas.

a. Atualização é importante!

Criar um blog é fácil, como veremos nos tutoriais. A questão é: de que adianta abrir um blog se vamos deixá-lo acumulando poeira em meio a milhões e milhões de páginas que já existem na Internet?

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Manter o blog atualizado é essencial para determinar se ele realmente será um canal de comuni-cação com alunos, ex-alunos, pais, professores e comunidade. Não é preciso publicar algo todos os dias; afinal, a rotina de gestão escolar já é atribulada o suficiente.

Estabelecer um cronograma rotineiro de publicação de conteúdo ajuda a manter a chama acesa no blog. Reservar um dia da semana para produzir um post, pode ser uma boa estratégia para mantê-lo vivo!

b. Divida a tarefa

Você pode pedir que outras pessoas também dediquem um pouco do tempo delas para manter o blog vivo.

Forme um grupo de pessoas que deve cuidar da atualização do blog, recrutando membros na equipe gestora e entre professores, alunos e pais. Não se esqueça de variar os componentes do grupo periodicamente (a cada mês, por exemplo), para estimular a participação coletiva e o exercício da cidadania. Compartilhe com eles este material!

É possível adicionar autores ao blog; é só clicar em Adicionar Novo, no Menu Usuários, do Painel de administração.

Digite o Nome de usuário se o convida-do já possuir um cadastro no Word-Press. Não se preocupe se a pessoa não for membro ainda, digite um en-dereço de e-mail e ela receberá instru-ções para se cadastrar.

A escolha da Função deve ser feita com cuidado, porque determina o nível de acesso que este usuário terá às ferramentas do blog:

Administradores: � Tem controle total. Portanto é recomendado apenas um por blog;

Editores: � Gerenciam e publicam posts de autoria própria e de demais usuários;

Autores: � Gerenciam e publicam somente os posts de autoria própria;

Colaboradores: � Escrevem posts, mas não publicam;

Seguidores: � Recebem as novidades por e-mail, podem ler e comentar, não escrevem posts.

Basta clicar em Enviar Convite e um e-mail com o link para ativação será enviado ao novo usuário.

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c. O que postar?

Não é preciso escrever um tratado toda vez que for publicar no blog. Lembre-se que uma das grandes características da web é a rapidez, é o conteúdo sucinto (mas de qualidade)!

Vocês podem simplesmente contar o que aconteceu (ou vai acontecer) de bacana na escola naquela semana, compartilhar uma notícia sobre educação ou um conteúdo que possa ajudar a construir uma escola melhor.

Uma reunião de pauta semanal pode ajudar bastante nessa tarefa. Nela, pode-se levantar su-gestões entre os responsáveis pela atualização do blog e programar a cobertura dos eventos que irão acontecer naquele mês, por exemplo.

É um bom momento também para definir uma ordem para a publicação de conteúdo pelos au-tores. Por exemplo, determine que na primeira semana do mês a atualização será responsabi-lidade do representante dos professores; na segunda, ficará com o representante da equipe gestora, etc.

1.2. Criar um blog

Faça você mesmo! Passo 1Acesse o site do WordPress: http://pt-br.wordpress.com/

Passo 2Clique no link Comece por aqui para ir ao formulário de cadastro.

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Passo 3No primeiro campo, preencha com o endereço desejado para o blog. Confira se a opção .wordpress.com é a selecionada para criar um blog na versão gratuita. Que tal usar o próprio nome da escola?

Passo 4O Nome de usuário é criado automaticamen-te, mas você pode trocar por outro se prefe-rir. Este será o seu login para administrar o seu blog.

Preencha corretamente o campo de e-mail. É através dele que o blog será ativado!

Passo 5Confira se o idioma selecionado é o Portu-guês do Brasil e para finalizar clique no link Criar Blog.

Passo 6Uma nova página abrirá, mas não é preciso atualizar o perfil agora.

Para ativar o blog, abra sua conta de e-mail e clique no botão Ativar o Blog, na mensagem enviada pelo WordPress.

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Passo 7Com a ativação, se uma página de temas for apresentada, clique em Não obrigado, vou ficar com o tema padrão por enquanto, pois podemos definir o tema pelo painel de controle que será aberto a seguir.

Pronto! O blog foi criado com sucesso. Você pode ver a aparência atual acessando seu en-dereço cadastrado.

A seguir, veremos o painel de administração.

1.3. Personalizar blogO painel de administração é o local onde o blog é gerenciado e o WordPress oferece diversos recursos de personalização. Não é preciso ficar perdido com a quantidade de opções, os ini-ciantes podem começar pelas ferramentas mais básicas e, com o tempo, ir se aprofundando no assunto.

A seguir, apresentaremos algumas destas configurações básicas.

Saiba mais!O WordPress possui um blog de informações em português:

http://pt.blog.wordpress.com/

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1.3.1.Configurações Gerais

Faça você mesmo! Passo 1Se não estiver logado, entre com seu nome de usuário e senha cadastrados no link de Login no próprio blog. Você será direcionado para o painel de administração.

Passo 2No Menu vá em Configurações. Em Geral, iremos alterar o Título do site e o Slogan.

Passo 3Clique em Salvar alterações.

1.3.2. AparênciaO Tema é a parte visual do blog. Na versão gratuita do WordPress não é possível criar um visu-al totalmente personalizado. Em compensação, pelo próprio painel é possível escolher temas prontos para deixar o blog com a aparência que melhor combine com a escola.

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Passo 2Navegue e escolha um tema. Abaixo da imagem do tema escolhido, clique em Ver ao vivo.

Passo 3Uma página de demonstração é aberta. Na lateral esquerda da tela há um menu onde é possível fazer uma simulação das alterações possíveis para o tema.

Os temas possuem diferentes níveis de personalização. Em alguns é possível mudar mais cores, usar banners no cabeçalho, mudar a quantidade de colunas,etc., já outros são mais

Faça você mesmo! Passo 1No menu, clique em Aparência e abaixo clique em Temas.

No topo da tela é apresentado o tema atual. Abaixo são exibidos outros temas disponíveis para uso.

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restritos. Pesquise cada um para ver se permite fazer as alterações que você quer.

Se ficou satisfeito com o tema, clique em Salvar e Ativar, se não, clique em Cancelar e procure até achar o mais adequado.

Passo 5Após definido o tema (resolvemos manter o tema padrão do WordPress), ainda é possível fazer mais algumas alterações.

Acessse o link Cabeçalho do menu Aparência.

Passo 6Escolha uma imagem no seu computador clicando no botão Escolher arquivo.

Atenção para a proporção e altura! Se possível faça um recorte em um editor de imagem (como o Paint) para que a imagem não ocupe muito espaço na tela.

Clique no botão Enviar e a nova imagem vai aparecer como Imagens Carregadas.

Se preferir o blog sem imagem no topo, clique no botão Remover a imagem de cabeçalho.

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Passo 7Ainda nesta mesma página, vamos alterar a cor do Texto de Cabeçalho. Clicando em Escolher uma cor, esco-lha primeiro clicando no círculo ex-terno, e depois refine o tom clicando no quadrado.

Passo 8Clique em Salvar Alterações. Não se esqueça deste passo ou perderá as modificações feitas.

Passo 9Vamos alterar agora a cor de fundo. No menu Aparência clique em Fundo.

A escolha do fundo é o mes-mo processo da escolha do cabeçalho, é possível esco-lher uma cor ou imagem.

Clique em Salvar alterações.

Passo 10Por fim, podemos escolher o modo como o conteúdo ficará distribuído na página. Ainda no Menu Aparência clique em Opções do tema.

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Em Layout padrão, vemos as opções de layout para este tema. Optamos por manter o atual, com cabeçalho e duas colunas, que é uma configuração muito usada em blogs.

Se fizer alguma modificação, não se esqueça de clicar em Salvar alterações.

Dica!Cuidado com layouts que têm muitas colunas, isso pode confundir o leitor! Como diz o ditado, “menos é mais”. Então, dê preferência aos layouts com no máximo três colunas.

1.4. Postar em um blog

A parte menos complicada de fazer em um blog é publicar conteúdo. Por padrão o o tema vem com uma postagem de exemplo que será apagada. Você verá fazendo!

Faça você mesmo!

Passo 1Acesse Todos os Posts no menu Posts.

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Primeiro vamos apagar o post de exemplo. Cliquem no Post de título Hello World! Para abrir a janela de edição de post.

Passo 2Na lateral direita da tela localize a caixa Publicar e clique em Mover para a li-xeira.

Passo 3Agora é o momento de inserir o seu conteúdo: clique em Adicionar Novo no menu Posts.

Escrevam! O espaço para fazê-lo é bastante fami-liar: praticamente uma versão on-line do Micro-soft Word, sem muitos mistérios.

Passo 4Antes de publicar, é importante atribuir uma Categoria e Tags ao post. Localize as duas caixas na lateral direita, abaixo da caixa Publicar.

Você pode tanto criar uma categoria ou atribuir alguma já existente. Como ainda não existe nenhuma, clique em + Adicionar nova categoria, digite o nome da categoria e clique no botão Adicionar categoria.

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Na caixa de Tags, adicione as palavras-chave associadas ao conteúdo do post.

Saiba mais!Marcar cada post em Categorias organiza o blog, além de ajudar os usuários a encontrar determinados assuntos de seu interesse. Quando não se adiciona nenhuma, o post será publicado como “sem categoria”. Mas não queremos isso, queremos um blog organizado!Já as tags são palavras-chave usadas para agrupar os posts que tratem de um mesmo tema (por exemplo, eventos), e também ajudam na hora de buscar posts antigos.

Passo 5Na caixa Publicar, no topo à direta da tela, você pode Visualizar um post antes de publicá-lo, Salvar como racunho, ou clicar diretamente em Publicar.

Se mesmo depois de publicado for preciso corrigir ou alterar algo, é só localizar o post pelo Menu Todos os Posts, clicar no título e editá-lo novamente.

1.5. Páginas do blog

A última coisa que faltou na personlização do blog foi a edição da página que veio com o tema escolhido. Por padrão já existe uma página com o título About.

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Saiba mais!Você sabe a diferença entre página e post?

Os posts são artigos publicados periodicamente e que aparecem em ordem cronológica, geralmente na página inicial do blog. Com eles o leitor recebe um fluxo de atualizações, novidades ou assuntos de interesse. Já a página é um conteúdo estático que não preci-sa de atualização, geralmente contém informações sobre o autor ou o próprio blog. Exemplos: Sobre, Contatos, Localização, etc.

Faça você mesmo! Passo 1Clique no menu Páginas, e veja as páginas existentes. A edição de uma página é similar a de post. Clique no título da página existente About para editá-la.

Passo 2Podemos renomear a página e inserir um texto com o histórico da escola, ou algo parecido.

Passo 3Clique Atualizar na caixa Publicar.

Se não quiser nenhuma página no blog, clique em Mover para Lixeira e o blog terá apenas a página inicial (Início) que contém os posts.

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1.6. Inserir imagem em um postIlustrar posts é importante, principalmente na hora de contar aos leitores sobre eventos ou mesmo para mostrar a estrutura da escola.

Antes de qualquer coisa, no entanto, é essencial obter a autorização por escrito dos pais dos alunos antes de publicar qualquer imagem deles. Vocês podem pedir para que os pais assinem uma permissão válida para todas as fotos logo no início do ano. Vejam um exemplo de formulá-rio para autorização do uso de imagem: http://goo.gl/Qp5ho .

Saiba mais!A autorização dos pais para a publicação de imagens de crianças é obrigatória e está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente. Não seguir esta regra pode causar problemas legais.

Uma vez que vocês tenham tomado esse cuidado, colocar uma foto que está no computador é apenas uma questão de técnica – bastante simples, por sinal.

Faça você mesmo! Passo 1Edite ou crie um novo post. Clique no ícone para adicionar mídia ao lado do texto Inserir/Upload.

Passo 2Na janela clique na aba Do computador e depois no botão Selecionar arquivos.

Passo 3Então, selecione aquele que você deseja usar no post. Atenção aos formatos de arquivo permitidos!

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Passo 4A imagem será carregada abaixo ou pode ser acessada clicando na aba Galeria.

Em Título, digite um título que descreva a foto. Este é o único campo obrigatório, mas é inte-ressante atribuir outros dados à sua imagem, como Texto alternativo ou Legenda.

Dica!A imagem pode ser visualizada também pela aba Arquivos de mídia, ou depois acessan-do pelo próprio Menu Mídia no painel de administração.

Passo 5Ajuste o Alinhamento e o Tamanho da imagem.

Passo 6

Para finalizar, clique nos bo-tões Salvar todas as mudanças e Inserir no post .

Se for necessário, vocês também pode usar uma imagem que está em um site. E também aqui há um ponto bastante importante a ser considerado: direitos autorais.

Você deve sempre checar se a foto ou ilustração que pretende usar está protegida por leis de direito autoral (geralmente, aparecem as expressões All rights reserved ou Todos os direitos reservados). Esse tipo de conteúdo não pode ser usado sem expressa autorização do autor.

Existem conteúdos de uso livre, que não precisam de autorização para serem reproduzidos e

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até mesmo alterados. Só deve ser observada a seguinte exigência (que não deixa de ser uma questão de cortesia): mencionar sempre a fonte e o autor.

Dica!Recomendamos o Flickr (www.flickr.com/search) para a busca de imagens de uso li-vre. Basta selecionar a opção “The Com-mons” na lista abaixo da palavra Search.

Faça você mesmo! Passo 1Na página de edição de post, clique no ícone para adicionar mídia ao lado do texto Upload/Inserir.

Passo 2Na nova janela, selecione a aba De um URL. Verifique se a opção Imagem é a selecionada.

Passo 3Vá até o site onde está a imagem que quer usar. É só clicar sobre ela com o botão direito do mouse e escolher a opção Propriedades. Copie o endereço (URL) que aparece na janela que se abre.

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Passo 4Cole o endereço (URL) da ima-gem no campo correspondente.

Passo 5Clique no botão Inserir no post.

1.7. Inserir vídeo em um post

Se houver registros em vídeo feitos por vocês, ou até pelos alunos, é possível colocá-lo em um post do blog! Mas não se esqueçam: também é obrigatório ter a autorização dos pais para a di-vulgação da imagem do aluno. Vocês podem incluir este pedido no mesmo formulário de autori-zação para uso de imagem feito para as fotos (veja um exemplo: http://goo.gl/Qp5ho).

Diferentemente das imagens, o sistema de inserção de vídeo do WordPress não permite o uso de arquivos que estão no computador do usuário, a não ser através da compra de uma ferramenta de Video Upgrade. Mesmo assim, é possível incluir vídeos que estão no Youtube, Vimeo, etc.

Faça você mesmo! Passo 1Entre no Youtube www.youtube.com e encontre o vídeo quer incluir no blog.

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Passo 2Copie o endereço da página que aparece no topo de seu navegador.

Passo 3Da mesma forma que você inseriu uma imagem externa, você vai adicionar o vídeo. Volte ao painel de Administração e crie um novo post para inserir o vídeo.

Passo 4Cliquem no ícone para adicionar mídia ao lado do texto Upload/Inserir.

Passo 5Na nova janela, selecione a aba De um URL.

Passo 6Selecione a opção Áudio, Vídeo ou ou-tro arquivo.

Passo 7Cole o endereço copiado do Youtube no cam-po URL e clique no botão Inserir no post.

Passo 8Na caixa de Publicação, Clique em Visualizar alterações e se estiver tudo certo volte e clique em Publicar.

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1.8. Gerenciar os comentários

Vocês certamente já ouviram falar em spam, aqueles e-mails indesejados que chegam às dezenas em nossas caixas postais. Pois eles também aparecem nos comentários de nos-sos blogs.

Muitas vezes, empresas e pessoas postam spam em nossos posts, fazendo propaganda de remédios, jogos on-line ou colocando links maliciosos. E embora o WordPress tenha um filtro anti-spam para os comentários, um ou outro acaba driblando a proteção. Excluir um comen-tário spam ou comentários ofensivos é muito simples.

Faça você mesmo!

Passo 1Acesse Comentários no menu.

Ali, vocês poderão ver todos os comentários já postados no blog.

Passo 2Os comentários que aguardam aprovação antes de serem publicados aparecem em uma cor amarelada. Passe o mouse sobre ele para ver todas as opções e clique em Aprovar.

Se for algum comentário ofensivo ou spam, clique na opção adequada. Você também pode res-ponder a este comentário, editar ou verificar seu histórico.

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1.9. Dicas para gestão do blog

a. Comentários são sempre bem-vindos

Às vezes, podemos não ser tão claros quanto gostaríamos (ou imaginamos) ao escrever algo. Eventualmente, isso acontecerá nos posts da escola, e alguém deixará um comentário dizendo isso. Ou algum leitor deixará críticas ou elogios ao post e à própria escola.

Seja qual for o caso, é importante lembrar que essas pessoas usaram um pedacinho do tempo delas para não só ler o que você escreveu, mas também comentar!

Então, mesmo que vocês discordem do que foi dito, procurem não discutir com os leitores. Se for necessário, esclareçam o que vocês quiseram dizer. Se receberem uma crítica fundamenta-da, responda-a ou busque solução para o problema apresentado. É importante não deixar o leitor falando sozinho! b. Ninguém comenta meus posts. Significa que ninguém está lendo?

Mesmo que vocês não consigam os 100 comentários que estavam esperando, não significa que as pessoas não gostaram do post ou que elas não se importaram com ele; simplesmente sig-nifica que eles não tiveram nada a dizer inicialmente ou não puderam na hora.

No menu do WordPress, há um link para a seção Estatísticas, onde vocês podem acompanhar o número de acessos que o blog teve em um certo período de tempo. Veja como:

Faça você mesmo!

No menu, acesse Painel e depois Estatísticas do Site.

No gráfico, você poderá ver o número de acessos por dia, por semana ou mês.

No quadros menores, é pos-sível visualizar estatísticas específicas, posts, comentá-rios, termos de motor de busca, etc.

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1.10. Alguns exemplos

Em busca de inspiração? Vejam os blogs de algumas escolas do Brasil!

a. Escola Estadual de Educação Profissional Edson Queiroz (Cascavel – CE)

http://eeepedsonqueiroz.blogspot.com/

Pontos interessantes: o layout, apesar de ter uma imagem de fundo, é limpo e orga-nizado. O conteúdo institucional está organizado em abas (“Quem somos”, “Calen-dário 2011”, etc.), e as postagens são recentes.

Ponto a ser evitado: uso de termos técnicos, ou de conhecimento mais restrito ao gestor, como “Unidade executora”.

b. Escola Municipal Prefeito Nilson Wilson Bender (Joinville – SC)

http://emnilsonbender.blogspot.com/

Pontos interessantes: a página exibe um perfil da escola detalhando sua localização. Há uma lista de blogs de outras escolas, e outra com links de sites que a escola recomenda.

Ponto a ser evitado: o blog não é atualizado desde 2009.

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c. Escola Dr. Agostinho Monteiro (Belém – PA)

http://agostinhomonteiro.blogspot.com/

Pontos interessantes: conteúdo relativamente atualizado. O blog é usado para com-partilhar desde avisos a alunos, pais, professores e funcionários até notícias rela-cionadas à área da educação e dicas.

Ponto a ser evitado: a imagem animada no lado esquerdo da página pode desviar a atenção do conteúdo.

d. Escola Municipal Laís Netto dos Reis (Rio de Janeiro – RJ)

http://escola-lais-netto-dos-reis.blogspot.com/

Pontos interessantes: o conteúdo está bastante atualizado e conta com bastante conteúdo institucional (desde a localização da escola até a metodologia adotada).

Pontos a serem evitados: há excesso de imagens animadas e decorativas, que po-dem prejudicar a atenção ao conteúdo postado.

e. Escola Municipal de Ensino Fundamental Borges de Medeiros (Campo Bom – RS)

http://borgesmedeiros.blogspot.com/

Pontos interessantes: a aparência do blog é limpa e organizada, além de incluir o lo-gotipo da escola. O conteúdo é atualizado com frequência.

Ponto a ser evitado: há excesso de variação de cores no texto, o que prejudica a leitura.

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48 Programa de Liderança

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Conclusão

Estamos vivendo na Sociedade do Conhecimento, da Informação e as exigências em relação ao nosso desempenho profissional aumentaram fazendo-se necessário repensarmos nossas ações, adequando-as, da melhor maneira possível. Uma boa gestão do tempo colabora para atendermos à essas novas exigências.

Neste texto propusemos um trajeto para repensarmos nossa prática, partindo da autorrefle-xão sobre nossas ações, da compreensão das dimensões que envolvem nosso trabalho, do planejamento das nossas ações e, por fim, de como registramos e socializamos as demandas e informações da escola. Tudo isso para colaborar com o gestor escolar na sua organização pessoal e profissional.

Por acreditar na importância da função do gestor para viabilizar uma escola de qualidade é que se faz necessário um cuidadoso estudo sobre esse importante profissional colaborando para sua qualificação.

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49Programa de Liderança

SUA SALA Sim Às vezes Não

Você organiza sua mesa diariamente?

As demandas com e-mails, ofícios, relatórios e outras possíveis tarefas que chegam a você se encontram em lugar adequado, de fácil visualização e operacionalidade?

Você utiliza procedimentos de entrada e saída de documentação de sua responsabilidade?

Você organiza suas gavetas semanalmente?

Os materiais que estão nas gavetas são necessários e suficientes para o trabalho, sem excessos?

Você organiza seus armários quinzenalmente?

Toda documentação existente nos seus armários está catalogada e devidamente eti-quetada?

SEUS REGISTROS Sim Às vezes Não

Você possui o hábito de registrar suas ações?

Você organiza sua agenda e a consulta diariamente?

Você conseguiria produzir um relatório com os acontecimentos mais importantes das suas ações acontecidos há um mês?

Seus contatos estão organizados e são de fácil acessibilidade?

SEU ESPAÇO DE FORMAÇÃO Sim Às vezes Não

Você possui bibliografia para colaborar nos procedimentos da sua rotina como leis, estatutos, livros com embasamentos conceituais sobre educação, entre outros, para facilitar a produção de um texto informativo, formativo, resoluções etc.?

Esta bibliografia é de fácil acesso?

SUA INTERAÇÃO COM AS NOVAS TECNOLOGIAS Sim Às vezes Não

Você utiliza e-mail ou redes sociais para se comunicar com seus pares?

Você lê seus e-mails diariamente?

Você tem familiaridade com as novas tecnologias educacionais que podem colaborar no fortalecimento da qualidade educacional oferecida em sua escola?

Você conseguiria elencar pelo menos cinco delas e explicar como é sua utilização?

Como anda a sua organização?

ANEX

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Módulo 2:Como fazer e colocar em prática

um planejamento estratégico

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A verdadeira essência do líder atual encontra-se em algu-mas dimensões que vão além do cargo e responsabilidades que exercem, como por exemplo, comandar as pessoas como um ma-estro comanda uma orquestra, porém, comandar na direção cer-ta. Deve possuir características de um líder empreendedor, um líder executivo, com condições para liderar, além de ser um líder cidadão, sempre voltando suas ações para o bem de todos – or-ganização e comunidade. Enxerga, portanto, a liderança como uma grande causa, com um sentido de missão, pois não cumpre simplesmente tarefas. Muito acima disso, sente uma total res-ponsabilidade por sua missão e para isso envolve as pessoas. É aí que entra a característica de um líder maestro. Nunca é um líder sozinho, pois compartilha tudo com as pessoas, dominando a estrutura de poder, chamando para si a responsabilidade pelo alcance dos resultados, e compartilhando perdas e ganhos.

Liderar no século XXI passa por saber a importância do amor, não como um mero sentimento, mas a verdade que se encontra no coração das pessoas, pois a partir daí surgem aspectos como transparência, ética e o respeito, bases para o sucesso de lide-ranças nas organizações bem sucedidas. “

Maria do Rosário Martins Silva

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1. O papel do gestor escolar na contemporaneidade

Muitas são as ações dentro de um espaço escolar, um local destinado à aprendizagem, o qual envolve vários atores: alunos, pais, professores e funcionários, cada um desses com um papel e uma responsabilidade, mas todos com o mesmo foco: a formação e o desenvol-vimento do aluno.

O gestor escolar é responsável por orquestrar o pla-nejamento e a organização das ações que ocorrem dentro da escola. Independente da forma como faz a gestão, seu foco será sempre a busca pela qualida-de da educação.

A escola pública no Brasil não vem demonstrando bons re-sultados, conforme podemos observar pelos mecanismos de avaliação (nacionais e interna-cionais) como o ENEM1 , o IDEB2 , o PISA3 , o IDESP4 e afins, que têm evidenciado as dificulda-des e problemas da educação no país.

A Revista Nova Escola, da Editora Abril, na sua edição nº 20, de 09/2008, aborda este assunto trazendo o resultado do PISA e fazen-do o comparativo entre todos os países que participam desta avalia-ção. Pela pesquisa, podemos observar que a situação do Brasil é in-satisfatória para um país que almeja ter cada vez mais oportunidades no mercado mundial. Precisamos de cidadãos mais bem preparados e produtivos, pois a riqueza de uma nação está ligada ao conhecimento da sua população.

1 Exame Nacional do Ensino Médio2 Instituto de Desenvolvimento da Educação Básica 3 Programa Internacional de Avaliação 4 Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo

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* PISA: Programa Internacional de Avaliação Comparada.

** OCDE: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Fonte: Education at a Glance 2007. Dados de 2006.

Desempenho no PISA* (nota máxima 1000 pontos)

Portanto, é necessário analisarmos a partir do ponto de vista da gestão do espaço escolar quais são as melhores estratégias para atingir a melhoria na qualidade da educação. Sabe-mos que, de uma forma geral, há um esforço por parte dos governantes para que seus siste-mas de ensino tenham uma boa qualidade a fim de promoverem bons resultados, isto é, para que ao final de sua vida escolar os alunos estejam preparados para dar continuidade aos seus estudos e/ou ingressar no mercado de trabalho.

Uma das formas de conseguir melhorias educacionais é buscar aprimorar a gestão escolar. As atividades são de grande complexidade e o gestor deve se preocupar, em linhas gerais, com:

a formação dos alunos,

com a participação da comunidade,

com a melhoria dos processos administrativos e pedagógicos,

com a gestão dos recursos e

com a formação de professores e funcionários.

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Assim, uma das alternativas para viabilizar melhores práticas é a implementação de projetos específicos e bem definidos, que visem melhorar os processos internos críticos para a obten-ção de uma educação de qualidade.

Viabilizar tudo isso é um grande desafio, pois as escolas e suas equipes estão sobrecarregadas de atividades. No entanto, como nos diz Mário Persona (2009) sobre liderança eficaz, O desafio de um líder está sempre em: desafiar. Ele deve estar sempre colocando em questão os processos para fazer com que cada um dê o máximo de si.

Rubem Alves (2009) também nos lembra que o caminho das dúvidas e das in-certezas é o caminho das viagens por cenários desconhecidos. O caminho das certezas é o caminho das repetições. Por isso, entendemos que o gestor líder deve ter um espírito pioneiro que o leve a experimentar novos caminhos, en-corajar a inovação e apoiar pessoas que lhes tragam boas ideias.

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2. Liderança em uma perspectiva de gestão educacional

O líder tem um papel fundamental na organização como tomador de deci-sões além de uma responsabilidade muito grande no processo de desenvol-vimento da equipe. Liderar significa, muito mais do que atributos profissio-nais, possuir algumas características humanas, devendo fazer parte da vida dos liderados de uma forma diferente do que os chamados “chefes” exerce-ram durante muitos anos. Fazer parte da vida das pessoas para sempre, sendo lembrado como exemplo, modelo e, acima de tudo, estimular o cresci-mento das pessoas é a verdadeira essência da liderança atual.

Maria do Rosário Martins da Silva “

Na equipe gestora de uma instituição escolar, o diretor exerce um papel fundamental – é a expressão viva do projeto assumido coletivamente (VASCONCELOS, 2004). Cabe a ele buscar fundamentação teórica para se capacitar e o conhecimento para resolver os conflitos e desa-fios do cotidiano de maneira mais qualificada e produtiva.

Assim, de acordo com Severino (1992), o papel do diretor não se limita a um papel puramen-te burocrático-administrativo, mas de uma tarefa de articulação, de coordenação, de inten-cionalização, que, embora suponha o administrativo, o vincula radicalmente ao pedagógico. Portanto, o grande desafio do gestor escolar é fazer funcionar a escola pautada em um projeto coletivo com foco na qualidade da educação.

Transformando sua prática com uma concepção participativa, o gestor verá que ao dividir funções e responsabilidades, isto é, que ao descentralizar as ações, compartilha as respon-sabilidades da rotina tornando o trabalho mais produtivo. Para isso, esse profissional deve quebrar o paradigma da “perda de poder” para ingressar no conceito de “gestão participativa”;

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e isso vale não apenas para o gestor, mas para todos os profissionais da escola, que não de-vem se sentir invadidos no seu ato profissional. Nas palavras de Silva (2007), a liderança deixou de ser apenas o comando através do organograma, para uma relação de educação, orientação e compromisso com o desenvolvimento das pessoas. Com isso, entendemos que passamos do conceito de liderança conservadora, alicerçada numa relação de poder em que a hierarquia se sobrepõe ao relacionamento para uma liderança contemporânea, onde os líde-res se apoiam no respeito profissional, no reconhecimento de suas competências e na dele-gação de atividades para alcançar o sucesso.

Por vezes os funcionários e os professores podem achar que a presença da comunidade na escola e da participação mais efetiva do gestor no acompanhamento da aprendizagem dos alunos possa trazer embaraços para suas práticas. Não conseguem ver o valor agregado que estratégias como estas podem trazer para que os objetivos educacionais sejam alcançados. O papel do diretor é sensibilizar a comunidade escolar para essa mudança de paradigma que historicamente traçou um perfil autoritário e centralizador nos processos de decisões no in-terior da escola.

A gestão participativa não significa que todos farão tudo. Cada um continua tendo seu papel e responsabilidades, sendo ainda o diretor o responsável pela gestão, pela coordenação geral, pelo acompanhamento das operacionalizações das ações da escola. Silva (2007) aponta bem qual o papel de um líder, no nosso caso, o gestor,

O trabalho está muito presente na vida de todos para que não se reconhe-çam os momentos de realização. Um líder deve explorá-los tanto quanto possível, transformando-os em grandes feitos. Deve ser um especialista em construir a autoconfiança da equipe, por meio da promoção da motiva-ção, encorajamento, cuidados e reconhecimento. A autoconfiança energiza, dando ao pessoal a coragem para ousar, para assumir riscos e para superar os próprios sonhos. É o combustível das equipes vencedoras.

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Sendo assim, ao planejar ações de intervenção no ambiente escolar de maneira participativa, a escola ganha em aspectos psicológicos, epistemológicos, políticos e pedagógicos, como Vasconcelos (2004) elenca:

Psicológico envolvimento das pessoas no projeto, se reconhecendo como parte de um processo coletivo;

Epistemológico o sujeito se vê na condição de produtor de conhecimento e não apenas como reprodutor;

Político valoriza-se a cidadania no exercício da decisão coletiva;

Pedagógico criam-se oportunidades de aprendizagem por meio da participação coletiva.

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3. O Planejamento Estratégico

Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; para aquele que não conhece a si mesmo, mas conhece o inimigo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em to-das as batalhas.

(Sun Tzu)

As palavras acima são de Sun Tzu, um general chinês que viveu no século IV a.C e acumulou inúmeras vitórias à frente do exercito real da Dinastia Wu. Tendo profundo conhecimento de manobras militares, este estrategista escreveu um tratado de treze capítulos, em que abor-da um aspecto de estratégia de guerra em cada um deles, compondo um panorama dos even-tos e das estratégias que devem ser observados em um combate racional. Hoje, sabemos que seus princípios podem ser aplicados a praticamente todos os campos da atividade humana. Especialmente na área de administração de empresas, os princípios de Sun Tzu têm sido ex-plorados de maneira vasta e profunda.

Importa destacarmos que o vocábulo estratégia se origina do termo strategos (grego), que combina stratos (exército) e ag (liderar). Ou seja, strategos significa literalmente liderar o exército.

Como se aplica, então, este conceito à nossa realidade de liderança em gestão escolar? Que relação se pode estabelecer entre o principio de Sun Tzu e a gestão eficaz, efetiva e eficiente de uma escola? A rotina escolar é complexa e envolve várias ações e atores. Assim, é possível estabelecer uma analogia entre o general que conhece o inimigo e a si mesmo com o gestor que conhece seu ambiente escolar, interno e externo e seus recursos humanos, físicos e fi-nanceiros. O inimigo se apresenta como problemas, desafios, conflitos e demandas encontra-das no dia a dia. Se o gestor conhece estes e a si próprio, as chances de sucesso serão reais. No entanto, quando o gestor não conhece nem um nem outro, as derrotas são certas.

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Como é possível perceber, as variáveis são muitas e a essência do trabalho dentro de uma instituição escolar é o ser humano.

Para viabilizar uma gestão mais atenta a essas variáveis é essencial que procedimentos de-mocráticos sejam instituídos. A formação de um conselho escolar participativo é importante para que todos que fazem parte desta comunidade possam se sentir responsáveis pelas ações desenvolvidas.

Como nos ensina, ainda, Sun Tzu, o princípio de guerra da simplicidade é a pre-paração das ordens e planos. O melhor plano é aquele que, em todos os níveis de decisão, quer do planejamento quer da execução, evidencia concepções cla-ras e facilmente entendidas. E quando as pessoas se veem como parte de um “exército”, lutando pela mesma causa ou missão, é que essas concepções se tor-nam claras e simples.

Do conselho escolar fazem parte professores, alunos, funcionários, pais e a comunidade. Por-tanto, este grupo de pessoas, representando seus respectivos segmentos, deve estar atento e sentir-se ator e responsável pelas decisões tomadas e encaminhadas, tendo o gestor esco-lar função especial neste grupo. É ele quem tem uma visão geral de todos os processos e re-cursos da escola e das demandas provenientes da Secretaria de Educação, devendo direcionar as questões e avaliar as possibilidades de encaminhamentos.

Como exemplo, temos que os recursos de uma escola pública são providos pelo poder público, o qual acompanha e fiscaliza a aplicação dos recursos e resultados de aprendizagem assim como estabelece a participação da sociedade na gestão e fiscalização das escolas.

Com isso, a gestão se torna complexa para atender a tantas prioridades. Para ter sucesso no alcance de suas metas, é sugerido neste manual que o gestor tenha uma visão ampla da ro-tina escolar e consiga traçar ações estratégicas para atingi-las.

Propor a formação do conselho para a gestão participativa também se faz necessário e é uma estratégia eficaz. Apesar de ser proposta em toda a legislação educacional, tem-se muito a per-correr para que a gestão participativa seja eficiente e uma prática comum em todas as escolas.

Como recurso, o planejamento estratégico pode ser um forte aliado nesta missão, tanto para administrar questões rotineiras da escola como para direcionar projetos visando a melhorias específicas de médio e longo prazo.

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Para Peter Drucker (1984), considerado o pai da administração moderna, Planejamento estra-tégico é um processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as ativi-dades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas.

3.1. Diretrizes para elaborar um bom planejamento estratégico

O planejamento estratégico não pode gerar um documento apenas formal para cumprir uma obrigatoriedade administrativa. Ele deve ser um instrumento vivo na rotina escolar. Deve ser-vir de orientador para o trabalho do gestor e da sua comunidade. Nele devem estar contido as necessidades reais de quem ele representa.

Assim, para traçar um bom planejamento estratégico, com ações que realmente representem os desafios e a busca por soluções de curto, médio e longo prazo é necessário organizar e implementar algumas tarefas: analisar o perfil da realidade escolar em todos os seus aspec-tos: sociais, culturais, educacionais, estruturais, isto é fazer um levantamento de dados e informações sobre a escola e seu desempenho e adicionar a esta análise a avaliação dos cri-térios de eficácia escolar. Assim, será possível obter um panorama geral da realidade em que se deseja atuar.

É importante buscar um consenso entre os participantes sobre quais são os desafios e as ações necessárias para superá-los, sempre dando oportunidade para ideias novas e a participação de todos independente de seu nível de escolaridade e função, pois todos que estão presentes possuem um interesse em comum: a melhoria da qualidade da educação.

Também é de grande importância a divulgação do planejamento estratégico para toda a comuni-dade escolar, a fim de que todos identifiquem quais são as tarefas enunciadas e possam colabo-rar dentro de suas possibilidades, criando um clima de participação e desejo de sucesso.

A avaliação deve ser periódica e coletiva, feita com a intenção de corrigir percursos ou manter as propostas. É de grande importância para a reflexão do grupo envolvido na operacionaliza-ção das ações traçadas.

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A organização do tempo é primordial para a elaboração e desenvolvimento das ações de acor-do com os prazos estabelecidos.

3.2. Etapas para elaborar o planejamento estratégico

O planejamento estratégico pode conter aspectos já trabalhados no Projeto Político Pedagó-gico (PPP) da unidade escolar, uma vez que ele é um plano global da instituição, como explica Vasconcelos (2004), o PPP pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar, a partir de um posiciona-mento quanto á sua intencionalidade e de uma leitura da realidade. É um instrumento teóri-co-metodológico para transformar a realidade.

Sendo um instrumento de transformação da realidade, isto é, um plano para atingirmos nos-sos objetivos, de forma clara e precisa, deve ser concretizado em ações, pois sem ações não mudamos a realidade. A elaboração de um planejamento estratégico colabora muito para a concretização desses objetivos.

A fim de começar a elaboração do planejamento estratégico, a equipe gestora deve, primei-ramente, ter uma visão mais aprofundada da sua comunidade escolar para, apenas depois, transpor esses conhecimentos para ações efetivas, como na sequência demonstrada na fi-gura abaixo:

Identificar o perfil da realidade escolar

Avaliar os critérios da eficácia escolar

Fazer a avaliação estratégica

Elaborar o plano de ação

3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4

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Programa de Liderança

Avaliar os critérios da eficácia escolar

Fazer a avaliação estratégica

Elaborar o plano de ação

3.2.2 3.2.3 3.2.4

Existem várias maneiras de traçar o perfil da comunidade escolar como: por meio de entrevis-tas, questionários no momento do preenchimento da matrícula; em reuniões específicas para tal fim ou mesmo na reunião com os pais.

Todas estas estratégias geram dados que servirão para uma análise sobre o perfil social, cultural, físico e econômico da comunidade interna e externa à escola.

Vejamos um exemplo de um gráfico que mostra a porcentagem de alunos de uma escola por cor/raça, levantada através de autodeclaração feita no momento da matrícula:

Identificar o perfil da realidade escolar

3.2.1

Não declarada

Indígena Amarela Negra Parda Branca

5%0% 1%

5%

45% 44%COR / RAÇA 2008

Comparando este gráfico da escola com o gráfico a seguir, que representa a realidade cor/raça do Estado de São Paulo, levantada pelo IBGE 2003, é possível perceber que, no gráfico da es-

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3% 1%7% 5%

27%

45%

63%

44%

Indígena/Amarela Negra Parda Branca

COMPARATIVO

Estado Escola

cola, o número de alunos que se autodeclararam pardos e negros é maior que o número dos alunos que se autodeclararam brancos. Com isso, podemos concluir que a escola está locali-zada em uma região em que o número de pessoas afrodescendentes ainda é superior que na média estadual.

Feita esta análise, junto com o conselho escolar, o próximo passo é identificar os desafios encontrados neste levantamento. Ainda olhando para o nosso exemplo, veremos que ter vá-rios alunos afrodescendentes na comunidade não deve ser considerado um problema. O pro-blema, se houver, poderá se constituir na falta de projetos pedagógicos que tratem da cultu-ra e da história desse povo. Além de ser uma obrigatoriedade legal, na Lei 10.639/03, de 09 de janeiro de 2003, a qual estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na Educação do Ensino Fundamental e Médio, incorporar projetos desta natureza ao currículo escolar, valoriza as diferentes culturas que originam o povo brasileiro.

A apresentação deste exemplo reforça a importância de sempre levantarmos o perfil socioe-conômico da comunidade escolar, contribuindo para que sejam proporcionadas as melhores estratégias de aprendizagem, sempre acreditando que todos são capazes de aprender, prin-cipalmente quando se tem um olhar especial para seu contexto.

Como nos aponta Weisz (2002), o fato de acreditar que os alunos pensam que são capazes, é fundamental para que eles progridam, pois nos leva à respeitá-los e à apoiá-los.

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Para traçar o perfil da comunidade escolar, é possível utilizar várias estratégias. A esco-lha de alguma(s) dela(s) dependerá das condições de cada unidade escolar. Apresenta-mos como sugestão:

Questionários: questões impressas para que os familiares preencham dados que a escola considere relevante para a compreensão do seu contexto escolar. Podem ser dados cadastrais, como também relacionados à saúde, situação socioeconômica, preferências e desagrados do discente, expectativas dos pais quanto à escola etc. Alguns exemplos de questionários e planilha para sistematização encontram-se nos ANEXOS 1, 2 e 3.

Entrevistas: as entrevistas proporcionam um contato mais próximo e informal en-tre a equipe escolar, o educando e seus familiares permitindo que aquela conheça mais de perto a realidade do aluno e o seu contexto familiar. Talvez, esta seja a es-tratégia mais difícil de traçar um diagnóstico da comunidade, quando a escola é mui-to numerosa. Uma possibilidade é o próprio professor da turma fazer as entrevistas. Assim como no questionário, as questões devem privilegiar o que a escola necessita para traçar o perfil da sua comunidade.

Painéis de opinião: esta estratégia é interessante para que o gestor tenha res-postas acerca de questões mais abrangentes da comunidade, como por exemplo: expectativas em relação à escola, sugestões de melhorias diversas, identificação de problemas, entre outras. Estes painéis devem ser grandes e colocados em pontos de circulação dos pais para que estes possam escrever. Devem, ainda, ter uma caneta acoplada a eles. Neste procedimento, a opinião de quem escreve é anônima. Isto pode trazer alguns aspectos negativos, a se considerar, como a utilização de uma lingua-gem inadequada e a não totalidade de participação da comunidade em se manifestar sobre uma questão que requer um grupo significativo.

Meios virtuais: os recursos tecnológicos modernos são um grande aliado para a gestão participativa. A escola pode utilizar blogs, sites e redes sociais como o Orkut, Myspace, Twitter, Facebook, para se comunicar com seu público e opinar sobre ques-tões de interesse geral, quando solicitado.

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66 Programa de Liderança

A análise da caracterização da comunidade deve vir acompanhada da análise dos critérios de eficácia escolar, como atividades preliminares para desenhar um bom planejamento estratégico.

Para fazer uma análise da eficácia escolar, nos basearemos nos critérios de qualidade que o Ministério da Educação se pautou para desenvolver suas orientações para a execução do Pla-no de Desenvolvimento da Escola (PDE). São eles:

Fazer a avaliação estratégica

Elaborar o plano de ação

3.2.3 3.2.4

Avaliar os critérios da eficácia escolar

3.2.2

Identificar o perfil da realidade escolar

3.2.1

1 Ensino e aprendizagem: diz respeito à aquisição de conhecimentos e habilidades por par-te dos alunos, proposta pedagógica, planejamento pedagógico, método pedagógico, estra-tégias de ensino, práticas educacionais, avaliação da aprendizagem e do material didático.

2 Clima escolar: está relacionado com as condições observáveis de liderança, compromisso, motivação, disciplina, segurança da comunidade escolar, isto é, a atmosfera geral da escola.

3 Pais e comunidade: envolve a participação dos pais e da comunidade em geral no desem-penho da escola.

4 Gestão de pessoas: diz respeito à coordenação da equipe para que todos tenham um bom desempenho profissional.

5 Gestão de processos: está relacionada ao planejamento das ações da escola bem como ao gerenciamento delas.

6 Infraestrutura: são as condições materiais de funcionamento (instalações e equipamen-tos) para que o ensino-aprendizagem ocorra de maneira adequada.

7 Resultado: está relacionado com tudo que indica o desempenho geral da escola, como: taxa de aprovação, reprovação, abandono e distorção idade-série; satisfação dos alunos, pais, colaboradores e da sociedade; indicadores de melhoria das práticas de gestão e cum-primento das metas estabelecidas.

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Programa de Liderança

Ainda de acordo com o referencial do MEC, para cada critério de qualidade há requisitos que devem servir de apoio para a avaliação da eficácia escolar. Para cada requisito, por sua vez, há um conjunto de características que nortearão a análise e para cada característica, deve-se ter evidências que sustentem sua validade. Um documento com o quadro completo, contem-plando todos os aspectos para avaliação da eficácia escolar proposta pelo MEC está disponível no ANEXO 3.

Como estratégia para avaliação da eficácia escolar sugerimos a organização de grupos de trabalho com representantes de todos os seguimentos da comunidade escolar, tendo sempre um líder para moderar a reflexão. É importante destacar a atenção que este líder deve ter para os prováveis conflitos que poderão ocorrer no decorrer do processo.

Deve-se evitar que alguém ou um grupo imponha sua visão sobre o outro. A avaliação de uma característica deve ser negociada previamente, até haver consenso para depois ser levada a plenária final para construção de um consenso que terá como resultado o documento com uma avaliação da eficácia escolar.

Consideramos este momento como um excelente exercício de cidadania e democracia.

Para avaliar a eficácia escolar, neste documento, sugerimos o uso das cores verde, ama-relo e vermelho, tendo como significado:

Verde- para representar objetivo atingido, ou seja, a escola tem determinada carac-terística para atender a um requisito de qualidade;

Amarelo- para representar objetivo parcialmente atingido, ou seja, quando a escola tem alguns indícios que representam uma característica;

Vermelho- para objetivo não atingido, ou seja, não há indícios que representam uma determinada característica para atender a um requisito de qualidade.

Ao final, é possível observar, pela predominância das cores, o quanto a escola alcançou ou não seus objetivos em busca da qualidade da educação.

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68 Programa de Liderança

Como exemplo de aplicação, elegemos o CRITÉRIO Ensino e Aprendizagem, observando o RE-QUISITO Currículo Organizado e Articulado:

1. Ensino e aprendizagem (critério): AtingidaParcialmente

AtingidaNão Atingida

Requisitos Características Avaliação Evidências

1.1.

Curr

ículo

org

aniza

do e

art

icula

do

A escola possui e utiliza pa-râmetros curriculares.

Possui parâmetros, porém nem todos possuem co-nhecimento do mesmo.

A escola tem uma Proposta Pedagógica que orienta o processo de ensino e apren-dizagem.

A proposta pedagógica se encontra no PPP.

A escola tem objetivos e me-tas definidos na Proposta Pedagógica, para cada série ou ciclo e disciplina, de acor-do com os parâmetros curri-culares adotados.

Possui objetivos e metas, mas precisa afinar mais com os parâmetro curricu-lares.

Os professores definem com o diretor e supervisor/orien-tador pedagógico a metodo-logia de ensino a ser seguida na escola.

Os professores decidem pela sua metodologia.

Um modelo de planilha para avaliação da eficácia escolar está disponível no Anexo 4. O docu-mento descreve todos os critérios, requisitos e características. No entanto, as evidências devem ser preenchidas pelos grupos de trabalho, a partir da análise da cada realidade escolar. Outras características, identificadas como relevantes pelo grupo, também podem ser incor-poradas ao documento.

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Programa de Liderança

Elaborar o plano de ação

3.2.4

Fazer a avaliação estratégica

3.2.3

A avaliação estratégica é uma ferramenta de gestão – seja de pessoas, processos, produtos e/ou atividades – que propicia a reflexão com o intuito de melhorar as ações empreendidas. Sua eficácia está diretamente relacionada ao nível de comprometimento de todos os atores envolvidos, ou seja, é necessário que todos confiem no processo fazendo uma análise crite-riosa e honesta dos resultados. Agindo desta forma, a avaliação estratégica leva à tomada de decisões e ao comprometimento com as mudanças e/ou melhorias. Para ser eficaz, demanda conhecimento do processo e de suas implicações, bem como o uso de estratégias adequadas para lidar com cada situação.

Portanto, é preciso que a avaliação estratégica esteja amparada em pressupostos claros. Deve ser:

abrangente � , ou seja, deve permear toda a instituição (os processos in-ternos e ter um olhar para o ambiente externo);

construtiva � , isto é, visando identificar as potencialidades e deficiências;

renovadora � , com foco na busca de melhorias;

e � legítima, sendo compartilhada e aceita por todos os interessados nos resultados.

Identificar o perfil da realidade escolar

Avaliar os critérios da eficácia escolar

3.2.1 3.2.2

AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA

LegítimaRenovadoraConstrutivaAbrangente

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Nas instituições educacionais, permanece o desafio de se vincular o planejamento à avaliação, o que leva à definição dos objetivos, metas a serem atingidas a curto, médio e longo prazo e por quem serão gerenciadas. O resultado gera um novo olhar para o planejamento estratégi-co, que é reestruturado para atender a uma nova realidade, mapeada a partir dessa prática. Este processo torna-se um ciclo permanente de avaliar, planejar e implementar, o qual contri-buiu para a oferta de uma educação de qualidade.

AVALIAR IMPLEMENTAR

PLANEJAR

3.2.3.1 – Fazer Análise FOFA

Existem diferentes formas de se organizar um processo para promover a avaliação estratégi-ca. Uma delas, amplamente utilizada no ambiente corporativo, é a Análise FOFA ou Análise SWOT (em inglês) – uma ferramenta estrutural utilizada para a avaliação com o intuito de se formular estratégias. Atualmente é muito utilizada para fazer análise de um cenário ou am-biente como base para gestão e planejamento estratégico de uma organização ou, devido a sua simplicidade e manuseio, para qualquer tipo de análise.

Daqui para frente usaremos somente o termo Análise FOFA.

Nas palavras de Júlio Cezar Iacia (2009), “a Análise FOFA é um sistema simples para analisar o posicionamento ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em que ela estiver inserida”. A técnica é creditada ao professor Albert Humphrey, da Universidade de Stanford, que liderou o projeto de pesquisa nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores empresas do mundo.

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Muitos defendem que a Análise FOFA foi desenvolvida por dois professores da Harvard Busi-ness School (Kenneth Andrews e Roland Christensen), mas para a pesquisadora Kira Tarapa-noff a ideia já era utilizada há mais de três mil anos, considerando um conselho de Sun Tzu: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças” (SUN TZU, 500 a.C.). No entanto, apesar de ser bastante conhecida, citada por diversos autores e utilizada amplamente no ambiente corporativo por organiza-ções de várias naturezas, é difícil encontrar literatura que explicite com precisão a origem desta ferramenta.

A realização deste tipo de análise, na gestão escolar, contribui para que gestores visualizem um panorama geral da escola, buscando identificar o que ela tem de bom para alavancá-la rumo à uma educação de qualidade e atribuir novas perspectivas à comunidade, bem como os pontos que devem ser observados com cuidado para não levá-la ao fracasso.

O modelo da Análise FOFA constitui-se de um diagrama que facilita uma visão sistêmica: a visão do todo, a interação entre as partes e a relação entre cada um dos fatores.

Esta ferramenta divide o foco da avaliação em:

análise do ambiente interno, que permite a identificação das Forças e Fraquezas da instituição,

e,

análise do ambiente externo, ou seja, análise das Oportunidades e Ameaças para esta mesma instituição.

Forças e Fraquezas são fatores internos de criação (ou destruição) de valor, como: competên-cias ou recursos que uma organização tem à sua disposição para atingir seus objetivos exis-tenciais.

Oportunidades e Ameaças, por outro lado, são fatores externos de criação (ou destruição) de valor, os quais não são controlados pela organização, mas têm forte influência sobre esta. Emergem de fatores demográficos, econômicos, políticos, tecnológicos, sociais ou legais.

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INTERNA (organização)

EXTERNA (ambiente)

AJUDA F forças

O oportunidades

ATRAPALHA F fraquezas

A ameaças

3.2.3.2 – Avaliação estratégica da escola – Análise FOFA

Como comentado anteriormente, a análise FOFA é amplamente utilizada no ambiente corpora-tivo. No ambiente educacional, pode-se usar como suporte algumas questões, como as apre-sentadas abaixo.

Independente de quais sejam estas questões, é importante que todos os atores sejam envol-vidos e ouvidos neste processo. Considere a sua própria opinião bem como a dos membros que constituem o conselho escolar, de forma participativa e compartilhada. É importante que todos sejam honestos e realistas, pois as respostas a estas perguntas irão compor o discer-nimento da equipe quanto às ações definidas no planejamento estratégico. É importante, também, que todos se sintam confortáveis com relação a este levantamento e que entendam claramente o seu papel participativo.

O uso dos resultados da identificação do perfil da comunidade e eficácia escolar é fundamen-tal para promover uma análise adequada com suporte da ferramenta FOFA.

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Questões relacionadas às FORÇAS: Quais as maiores forças da escola em seu ambiente interno?

Quais são seus maiores bens?

Quais são suas mais expressivas competências?

Em que áreas a escola é bem sucedida e se destaca?

Questões relacionadas às OPORTUNIDADES:Quais as maiores oportunidades que se apresentam para a escola em seu ambiente externo?

Quais são os parceiros, os produtos, as tecnologias que podem beneficiar a escola?

Quais são as novas leis e diretrizes que podem beneficiar a escola?

Em que áreas estão as chances mais significativas de melhoria?

A identificação das oportunidades gera motivação para promover mudanças e construir um novo cenário. É, portanto, um momento de esperança quanto aos resultados que devem advir do planejamento estratégico. É, da mesma forma, uma etapa em que a participação de todos os atores pode se mostrar especialmente valiosa, uma vez que abre espaço para que todos tragam seus conhecimentos e apresentem suas ideias. Esta etapa promove a criatividade, a inovação e acolhe a contribuição dos membros da comunidade, os quais podem vislumbrar oportunidades relativas às instâncias locais – ou seja, quanto mais ampla for a discussão, mais possibilidades de melhorias serão identificadas.

Questões relacionadas às FRAQUEZAS:Quais as principais fraquezas da escola em seu ambiente interno?

Quais são suas maiores falhas?

Que recursos faltam para que a escola seja bem sucedida?

Em que áreas estão as falhas mais significativas?

Que conflitos internos põem o bom desempenho da escola em risco?

Quais seus pontos mais vulneráveis?

Novamente, é fundamental que a equipe seja realista neste momento e que se prepare para enfrentar os desafios

o mais cedo possível.

Questões relacionadas às AMEAÇAS:Quais as principais ameaças ou riscos que vêm do ambiente externo e que podem interferir no desempenho da escola?

Que mudanças educacionais, políticas e sociais ameaçam a escola de forma mais iminente?

Que novas expectativas se apresentam que podem por em risco a estrutura existente?

O processo de identificação das ameaças é análogo ao processo de análise das oportunidades no que diz respeito à valo-rização e acolhimento dos fatores identificados pelos múltiplos atores que compõem o conselho escolar. Igualmente, a diversidade de informações originárias dos vários ambientes em que vivem esses atores e da forma como eles interagem com o meio é de grande valor na identificação das ameaças para, então, traçar as ações que irão compor o plano de ação.

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Uma vez feita a Análise FOFA, a equipe deve marcar cada um dos fatores que emergiram da discussão da seguinte forma:

Questões que TÊM que ser abordadas imediatamente.

Questões que PODEM ser abordadas agora.

Questões que DEVEM ser investigadas mais profundamente.

Questões que PODEM ser planejadas no futuro.

Após cada uma das questões ter sido avaliada quanto a sua prioridade, cabe à equipe elaborar um plano de ação que vislumbre a solução para os problemas e desafios identificados, bem como para tirar melhor proveito das forças e oportunidades e mitigar as ameaças apontadas.

É importante reiterar que a Análise FOFA é uma ferramenta que auxilia na identificação des-sas questões; contudo, é o Plano de Ação que garantirá que os pontos fortes sejam mantidos e fortalecidos e que as oportunidades sejam abraçadas e exploradas, bem como que os pon-tos fracos sejam resolvidos ou superados e que os riscos e as ameaças sejam combatidos.

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Programa de Liderança

Elaborar o plano de ação

3.2.4

Identificar o perfil da realidade escolar

Avaliar os critérios da eficácia escolar

Fazer a avaliação estratégica

3.2.1 3.2.2 3.2.3

Depois de identificar o perfil da comunidade, fazer a avaliação da eficácia escolar e promover a avaliação estratégica, o gestor está pronto para conduzir a equipe à elaboração de um plano de ação norteado pelos critérios de qualidade a fim de propor:

Objetivos – ações que se espera promover para alcançar uma educação de qualidade.

Evidências (metas) – elencar indicadores dos resultados esperados.

Ações – atividades a serem desempenhadas para que os objetivos sejam atingidos.

Responsáveis – definir pessoas para liderar cada uma das ações.

Prazos – período de tempo (início - término) previsto para implementar as ações.

Avaliação – definir instrumentos de acompanhamento do desenvolvimento das ações.

Observações – incorporar quaisquer outros aspectos relevantes que não tenham sido contemplados nos demais itens.

Ao propor os objetivos, deve-se estar atento a coerência destes com os demais parâmetros que compõem o plano de ação, ou seja, deve-se olhar para aquilo que se almeja alcançar (ob-jetivos), como se pretende alcançar (ações), em que tempo (prazos) e quem liderará essas ações (responsáveis).

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Algumas questões que se deve ter em mente neste momento são:

Os objetivos são viáveis de serem atingidos? �

As evidências de fato indicam aonde devemos chegar para atingir �os objetivos?

As ações são possíveis de serem realizadas com a estrutura �existente na unidade escolar?

Os responsáveis escolhidos para organizar a execução das ações �possuem competência e governabilidade para agir?

O tempo destinado para tais ações são possíveis de serem �cumpridos?

A coerência estará nas condições efetivas de ser factível a execução do plano de ação. Só assim, evitaremos que este plano se torne mais um documento burocrático, desperdiçando todo o tempo e recursos destinados à sua elaboração, não servindo de fato para transformar a realidade existente em busca da qualidade da educação. Um modelo, com mais detalhes, para organizar um plano de ação encontra-se no Anexo 5.

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Programa de Liderança

4. Orientações para implementar o Plano de Ação

É importante que os objetivos estabelecidos no plano de ação sejam revisados periodicamen-te para que se possa identificar o que mudou, o que se apresentou como oportunidades ou ameaças e que desafios já foram sanados ou superados.

O gestor deve manter a equipe motivada e focada nas ações que levarão a esses resultados. De forma prática, deve agendar reuniões periódicas para avaliar o plano de ação. Este é o momento de corrigir o percurso, se assim for necessário, rever algum objetivo, ação, tempo ou responsável para que este instrumento se torne cada vez mais viável de se concretizar.

É muito importante que o plano de ação seja divulgado a toda a comunidade, bem como o resultado de todas as reuniões de avaliação que fazem parte da sua implementação. Assim, vai-se envolvendo as pessoas em um bem comum, envolvidas com as necessidades reais desta comunidade.

DIVULGAR AVALIAR

ACOMPANHAR

REESTRUTURAR OU MANTER AS PROPOSTAS DE

AÇÃO

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No planejamento estratégico, uma coisa é essencial: organização. Afinal, a quantidade de dados para armazenar e processar pode ser grande. Outro ponto importante é o contato com pessoas que compartilham os mesmos interesses.

A planilha eletrônica atende bem à necessidade de organização, com o bônus de agregar praticidade ao cotidiano da gestão escolar e auxiliar na produção de conhecimento a partir dos dados coletados. Falaremos do Microsoft Excel, um dos aplicativos de planilha eletrônica mais usados no mundo.

Falaremos também do Facebook que os ajudará a organizar grupos de traba-lho virtuais, para comunicação e troca de experiências entre a equipe gesto-ra e docente. Manter contatos através de redes sociais é mais uma das pos-sibilidades nos espaços da Web 2.0 para o promoção e compartilhamento de informações, o que colabora para promover uma educação de qualidade.

Como aproveitar melhor as tecnologias digitais para promover o planejamento estratégico

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1. Microsoft Excel: organize e registre dados

Antes de começar, veremos alguns conceitos importantes deste programa:

Pasta de Trabalho: é o nome dado ao arquivo do Excel que é formado por várias planilhas.

Planilha: é cada uma das folhas quadriculadas do Excel onde você pode inserir dados, montar tabelas ou gráficos.

Célula: cada “quadradinho” apresentado em uma planilha é chamado de célula. Ele tem uma referência que corresponde ao cruzamento de uma linha com uma coluna. Por exemplo, quando digo que uma informação está na célula C2, estou dizendo que esta informação encontra-se no cruzamento da coluna C com a linha 2. Em cada célula, você pode inserir uma informação numérica, alfanumérica (letras) ou uma fórmula, como veremos mais para frente.

Para visualizar outros conceitos importantes, dê uma olhada na janela do Excel 2010.

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Menu: É toda a parte superior da janela, onde ficam os comandos e recursos que o pro-grama oferece (criar novo documento, salvar, imprimir, trocar fonte e tamanho do texto, inserir imagem ou gráficos, etc.)

Barra de fórmulas: Local em que são inseridas funções, fórmulas para realizar opera-ções matemáticas ou o dado que deve aparecer na célula (seja ele número ou texto).

Abas de planilhas: Cada arquivo do Excel, chamado de Pasta de Trabalho, contém várias planilhas, identificadas por abas. É possível navegar por elas usando as setas que apa-recem ao seu lado . Para alterar o nome de uma planilha, basta clicar duas vezes seguidas sobre a aba. Para inserir uma nova planilha, clique sobre a última aba da direita (que exibe um pequeno retângulo) .

Modos de exibição: Área em que se pode alterar a maneira de ver a planilha e regular a quantidade de zoom sobre ela (botões + e -).

Dica!Para alterar o nome de uma planilha, basta clicar duas vezes seguidas sobre a aba que a identifica e escrever o novo nome.

Para inserir uma nova planilha, clique sobre a última aba da direita (que exibe um pequeno retângulo) .

Para excluir uma planilha, clique com o botão direito do mouse sobre a aba que a identifica e selecione a opção Excluir.

Para mudar a ordem em que as planilhas estão na pasta de trabalho, é só clicar sobre a aba daquela que você deseja mover e arrastá-la até a posição em que você quer que ela fique.

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1.1. Ferramentas e funções básicas do Excel 2010 Para começar a ver algumas aplicações do Excel no processo de gestão escolar, vamos re-lembrar alguns aspectos básicos do programa. Uma boa maneira de fazer isso é praticar: então, crie um novo arquivo do Excel (clique em Arquivo, e depois em Novo) e acompanhe o passo-a-passo a seguir. Ao final, teremos construído uma planilha de sistematização das condições das instalações da sua escola, como a proposta no Módulo de Planejamento Estra-tégico (Anexo 1).

Faça você mesmo!

Passo 1Insira os dados na planilha: Clique sobre a célula A1 e, então, digite o texto “Dependência”. Ao terminar de digitar, basta teclar Enter para que o dado seja registrado. Vá para a célu-la ao lado (B1) e digite o próximo texto “Quantidade”.

Após a inserção de todos os textos, a planilha terá aproximadamente esta aparência:

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Passo 2Perceba que é preciso ajustar a largura das colunas, para que as informações sejam vistas por completo. É bem simples fazê-lo: posicione o mouse sobre a li-nha entre os botões que identificam duas colunas e clique duas vezes seguidas:

O Excel fará o ajuste automático, tomando o texto mais comprido como referência:

Dica!Se quiser que a coluna seja menor e, assim, que o texto ocupe mais de uma linha, basta selecionar a coluna, cli-car com o botão direito do mouse sobre ela e escolher a opção Formatar células... . Acesse a aba Alinhamento e marque a opção Quebrar texto automaticamente.

A seguir, clique novamente na linha entre as colunas e arraste-a, deixando a coluna do tamanho que desejar. Experimente!

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Passo 3Na planilha proposta no Módulo de Planejamento Estratégico, as células “adequado” e “inade-quado” ficam sob a célula “Condições de utilização”:

Essa configuração é obtida com a função de mesclar células. Para usá-la, selecione a célula “Condições de utilização” e a cé-lula vazia ao lado:

Então, clique no botão Mesclar e centralizar, localizado na aba Página Inicial do Menu:

Pronto! Depois disso, você pode ajustar o tamanho das colunas “adequado” e “inadequado”.

Passo 4Faça o mesmo com as células “Dependências”, “Quantidade” e “O que está inadequado?”, uma por vez. Mas atenção: nestes casos, você deve selecionar as células abaixo das mencionadas:

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Ao final, a planilha terá esta aparência:

Dica!Para desfazer a mesclagem, basta selecionar a célula mesclada e clicar novamente no botão Mesclar e centralizar.

Passo 5Será necessário dar o mesmo alinhamento aos elementos da primeira linha da planilha. Para fazer este ajuste, selecione as células correspondentes.

Então, selecione uma das opções de ali-nhamento disponíveis na aba Página Inicial do Menu. Note que as opções lo-calizadas na parte superior se referem ao alinhamento vertical do conteúdo na célula, e as localizadas na parte inferior se referem ao alinhamento horizontal.

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No nosso caso, selecionamos o alinhamento centralizado horizontal e verticalmente. A planilha fica assim:

Passo 6Hora de mexer no visual da planilha! Afinal, um bom layout é fundamental para que os dados sejam mais do que visualizados, passando a ser apreendidos e a gerar conhecimento.

Comecemos pela fonte. Como os da-dos digitados na primeira linha são rótulos para outras informações, aplicamos negrito nas células. A op-ção está na Página Inicial do Menu:

Passo 7Também é possível alterar as cores a serem usadas no preenchimento das células para destacá-las, usando op-ções disponíveis na Página Inicial do Menu. Experimente! Coloque a pri-meira linha de uma cor diferente:

Passo 8Defina as bordas da planilha. Selecione as células e clique no botão localizado na Página Inicial do Menu, para sele-cionar onde e de que espessura as bordas serão:

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Dica!Para inserir uma linha diagonal dentro de uma célula, clique na opção Mais bordas... .

Não se prenda a estas sugestões de formatação! Experimente outras ideias, levando sempre em consideração que os dados devem aparecer de forma clara e ordenada. Pro-cure não exagerar nas cores e tipos de fonte, isso pode tirar a atenção do que realmen-te importa: a informação.

Passo 9Salve a pasta de trabalho. Vamos usá-la mais à frente, para mostrar outras funcionalidades do Excel.

Dica!Para salvar a pasta de trabalho, clique no ícone de disquete, localizado no canto superior esquerdo da janela.

Na janela que se abre, é só digitar um nome para o arquivo, escolher onde ele deve ser salvo e pronto!

1.2. Formatação Condicional Deixe o preenchimento de sua planilha mais inteligente e torne a visualização de dados mais prática usando a Formatação Condicional. Vejamos um exemplo concreto, a partir da planilha de sistematização das condições das instalações da sua escola que acabamos de criar.

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Nela, uma opção para marcar a condição de utilização de alguma dependência como “adequa-do” ou “inadequado” seria digitar um “x” na célula correspondente a cada uma, não é? Ou, quem sabe, preencher a célula com uma cor diferente – o que evidenciaria mais ainda qual foi a condição marcada na planilha.

A Formatação Condicional permite unir essas duas opções. Usando-a corretamente, você pode dizer à planilha: “quando eu digitar x em uma das células das colunas adequado ou inadequa-do, ela deve mudar de cor”.

Acompanhe o passo-a-passo a seguir para ver como funciona:

Faça você mesmo! Passo 1Selecione as duas colunas, clicando sobre os botões C e D que as identificam:

Passo 2Clique no botão Formatação Condicional, localizado na Página Inicial do Menu:

Passo 3Selecione, na lista, a opção Nova regra... .

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Passo 4Na janela que se abre, selecione o tipo de regra Formatar apenas células que contenham:

Passo 5Edite a descrição da regra. No segundo cam-po, selecione a opção É igual a. No terceiro campo, digite x.

Passo 6Clique no botão Formatar... . Na janela que se abre, clique sobre a aba Preenchimento e selecione uma cor de sua preferência e clique em OK:

Passo 7Clique em OK.

Passo 8Faça o teste: digite x em qualquer célula das colunas “adequa-do” ou “inadequado”, tecle Enter e veja o que acontece.

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Dica!Também é possível determinar outras características (estilo e cor da fonte, bordas) que a célula deverá ter sob determinadas condições.

Saiba mais! Veja outras opções de formatação condicional no vídeo: http://goo.gl/SGEdi

1.3. Direção do texto Em algumas situações, obter uma visualização clara de dados exigirá ajustes na posição em que eles serão exibidos, especialmente no caso de textos. Para esses casos, as opções de alinhamento podem não ser suficientes.

A ferramenta Direção do texto permite modificar a rotação do texto dentro da célula, deixan-do-o mais ou menos inclinado, até mesmo na vertical. Aplicamo-na em uma das células de nossa pla-nilha para demonstrar:

As opções de direções do texto estão na Página Inicial do Menu:

Esta opção será útil, por exemplo, na hora de montar a planilha de avaliação da eficácia esco-lar do planejamento estratégico da escola, ou para compor o histórico de colaboração que será usado pelos observadores para registrar suas impressões.

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1.4. Formato de dados Uma planilha pode conter diversos tipos de dados: texto, valores monetários, datas, números decimais, porcentagens, etc.. Informar ao Excel qual é o tipo de dado que se deseja inserir nas células é importante para agilizar o preenchimento da planilha e garantir que a informação seja exibida da maneira correta.

Quantas vezes, por exemplo, você já tentou inserir um número exten-so (código de matrícula, RG ou CPF) em uma célula e o Excel o exibiu como um periódico?

Para evitar esse tipo de surpresa desagradável, o ideal é usar a opção Formatar células, acessível a um clique com o botão direito do mouse.

Com ela, pode-se determinar que o Excel interprete a informa-ção digitada e a coloque no formato apropriado. Por exemplo, transformar o texto “1 setembro 2011” em “01/09/2011”.

Faça você mesmo! Passo 1Selecione uma célula, coluna ou linha da planilha e clique com o botão direito do mouse sobre ela. Clique na opção Formatar células... .

Passo 2Na janela que se abre, selecione Data, entre as Categorias listadas.

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Passo 3No lado direito da janela, escolha na lista o formato de data que você deseja usar. Dê OK.

Passo 4Faça o teste: digite “1 setembro 2011” e tecle Enter.

Dica!Se você digitar “1-9-11”, ou alguma outra opção semelhante, o Excel também fará a conversão para o formato escolhido.

1.5. Opções de exibição de dados Imagine que a planilha com as informações das dependências da escola tenha ficado muito grande (ou muito comprida ou muito larga), o que dificulta navegar sobre ela, ver todas as informações, preencher ou fazer alterações de alguns dados. Uma forma de solucionar este problema é usar o comando do Excel para congelar linhas ou colunas. Veremos a seguir como fazer isso!

1.5.1. Ocultar e reexibir linhas e colunas Não é sempre que precisamos ver todas as colunas (ou linhas) de uma planilha, ao consultá-la. Por exemplo, podemos querer ver apenas as condições de utilização de algumas depen-dências da escola, como as salas (de professores, de leitura, de aula, etc.). É possível ocultar as linhas indesejadas, sem apagá-las.

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Faça você mesmo! Passo 1Selecione as linhas que não interessam. Segu-re a tecla CTRL no teclado e clique, ao mesmo tempo, sobre o número das linhas correspon-dentes àquelas que você quer ocultar.

Passo 2Depois de selecionar todas, solte a tecla CTRL, clique com o botão direito do mouse sobre o botão que identifica qualquer uma das linhas selecionadas. Escolha, na lista, a opção Ocultar.

Pronto! Apenas as linhas referentes às salas aparecem.

Repare que, no lugar em que as linhas ocultas estariam, aparece uma linha preta mais grossa entre os botões de identificação. Além disso, a sequência de números que identifica as linhas é interrompi-da. Na imagem acima, da linha 2 pas-sa para a linha 5 e da linha 12 passa para a linha 14.

Passo 3Para reexibir as linhas ocultas, selecione suas vizinhas.

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Passo 4Clique com o botão direito do mouse sobre as linhas e escolha a opção Re-exibir, na lista.

1.5.2. Congelar linhas e colunas

Geralmente, a primeira linha de uma planilha é reservada aos rótulos de dados (cabeçalho) das colunas (algumas vezes, a primeira coluna também tem essa função).

Ao rolar a planilha para baixo ou para os lados, essa linha acaba sumindo de vista, e podemos perder a referência dos dados visualizados.

A ferramenta Congelar Paineis, localizada na aba Exibição do Menu, permite manter linhas e colunas referenciais (os cabeçalhos) sempre visíveis, independentemente da rolagem da pla-nilha.

Faça você mesmo! Passo 1Selecione as células abaixo dos rótulos da planilha.

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Passo 2Acesse a aba Exibição, do Menu.

Passo 3Clique no botão Congelar Paineis e selecione a primeira opção (Congelar Paineis).

Agora, é só rolar a planilha para baixo para ver que a primeira linha se mantém fixa.

Passo 4Para descongelar a linha, clique novamente no bo-tão Congelar Paineis e selecione a opção Desconge-lar Paineis.

1.5.3. Filtros

Os filtros do Excel ajudam a ordenar os dados, deixando sua exibição conveniente e prática. A lógica é parecida com a de um filtro da vida real: separar o que se quer daquilo que não é necessário.

Eles podem ser muito úteis para ordenar datas em um cronograma, por exemplo, ou facilitar o acompanhamento de processos, agrupando-os por grau de prioridade ou por responsável. Afinal, como já visto no Módulo de Gestão do Tempo, estar atento ao andamento das ações definidas no planejamento é essencial para que os resultados pretendidos sejam atingidos da melhor maneira.

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Os diversos tipos de fil-tro podem ser acessados na aba Página Inicial do Menu:

a. Classificar de A a Z

O próprio nome já diz: ordena os dados selecionados em ordem alfabética (no caso de nú-meros, em ordem crescente).

b. Classificar de Z a A

O oposto do filtro anterior, ou seja, ordena os dados selecionados em ordem decrescente.

c. Filtro

Aplica opções pré-definidas de filtro. Há outras três, além das apresentadas nos itens an-teriores:

Classificar por cor: ordena os dados de acordo com a cor da célula.

Filtros de números: opções para exibir dados em condições como “maior que”, “menor que”, “igual a”, etc.

Seleção: permite que você escolha apenas alguns dados para serem exibidos.

Quando você aplica um filtro a um grupo de dados, o Excel pergunta se você deseja “expandir a seleção”, ou seja, se os dados das demais colunas (ou linhas) devem acompanhar a filtra-gem feita.

Dica!Para aplicar filtros, não pode haver células mescladas na planilha.

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Faça você mesmo! Passo 1Selecione as células que contêm as dependências de sua escola, clicando no número que corresponde a cada uma das linhas para que a linha seja totalmente selecionada.

Cuidado! Se você não selecionar a linha toda (somente as células da primeira coluna, por exemplo), somente elas se-rão classificadas e as demais colunas não, misturando to-dos os dados.

Passo 2Clique no botão Classificar e filtrar e selecione Classificar de A a Z.

Passo 3O Excel perguntará se você deseja expandir a sele-ção. Mantenha a opção Expandir a seleção marcada e clique em Classificar.

Repare que as marcações feitas nas colunas “adequado” e “não adequado” também são reordenadas, para acom-panhar as dependências a que se re-ferem.

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Saiba mais!Veja, em um vídeo, opções avançadas de filtragem de dados: http://goo.gl/pzLJ2

1.6. Localizar dados Você pode encontrar rapi-damente um dado que es-teja em uma planilha com a ferramenta Localizar.

Selecione a opção Localizar... .

Preencha o campo Localizar com o dado que você deseja encontrar e clique em Localizar próxima. O Excel selecionará a célula que contém o dado.

Dica!Clique em Localizar todas para ver todas as ocorrências daquele dado na planilha.

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Faça você mesmo! Experimente localizar todas as linhas que contém a palavra “salas”.

1.7. Tabelas dinâmicas As tabelas dinâmicas são uma mão na roda para se lidar com uma grande quantidade de da-dos. Podemos dizer que são um tipo de filtro mais poderoso que, mais do que ordenar as in-formações contidas em uma tabela, ajuda a extrair conhecimento delas.

Elas podem ser muito úteis na hora de processar o resultado de uma pesquisa sobre o perfil dos alunos da escola, pois permitem comparar e cruzar dados rapidamente.

1.7.1. Construa uma tabela dinâmica A partir de informações fornecidas em fichas cadastrais (como as sugeridas no Módulo de Planejamento Estratégico), é possível elaborar uma tabela dinâmica por meio da qual podere-mos saber facilmente quantos alunos do período da tarde moram em um bairro mais distan-te, por exemplo. Ou seja, podemos cruzar dois ou mais dados para obter mais informações preciosas sobre o perfil da comunidade.

Faça você mesmo!

Passo 1Monte uma tabela com todos os dados da ficha cadastral que contém o perfil da sua comuni-dade escolar e preencha com todos os dados obtidos no momento da matrícula ou em outro momento que você organizou para levantar estas informações. Veja o exemplo a seguir.

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Para compor essa planilha, é preci-so cumprir duas exigências: todas as colunas devem ter um rótulo, ou seja, um título; e não pode haver células mescladas.

Passo 2Selecione qualquer uma das células que contêm os dados tabulados, como por exemplo, a célula C3.

Passo 3Acesse a aba Inserir, do Menu, e clique sobre o botão Tabela Dinâmica.

Passo 4Uma janela se abrirá, mostrando o conjunto de células com os dados que serão usados para compor uma tabela dinâmica. Esse conjunto, cha-mado de intervalo, compreende todas as células preenchidas da planilha. Não é necessário alterar esse dado, se você deseja usar toda a tabela.

Nessa janela, o Excel também pede que você determine onde a tabela dinâmica deverá ser inserida. O ideal é que ela seja colocada em uma nova planilha, para que não haja confusão na hora de visualizá-la.

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Clique em OK.

Aparecerá uma nova planilha, onde será construída sua tabela dinâmica. No lado esquerdo, o Excel mostra onde ela ficará; no lado direito, os campos que ela poderá ter.

Repare que esses campos corres-pondem aos rótulos das colunas da planilha com os dados dos alunos.

Passo 5Suponha que queiramos saber quantos alunos moram em cada bairro. Para isso, vamos preci-sar dos campos “Nome do Aluno” e “Bairro”.

Clique sobre o campo “Nome do Aluno” e arras-te-o para o quadro Valores.

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Agora, clique sobre o campo “Bairro” e arraste-o para o quadro Rótulos de Linha.

Passo 6Pronto! Repare que, agora, a tabela mostra o nú-mero de alunos por cada bairro.

Com esse dado, você consegue saber, por exem-plo, se os alunos demoram muito ou pouco para chegar à escola. Assim, é possível planejar o horário e a duração de atividades, ou mesmo ajustar o horário das aulas.

Passo 7Que tal irmos mais além? Vamos usar a tabela dinâ-mica para saber quantos alunos, por bairro, são do período da manhã e quantos são do período da tar-de. Para isso, precisaremos adicionar o campo “Perí-odo” em nossa tabela dinâmica.

Clique sobre ele e arraste para o campo Rótulos de Linha.

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Agora a tabela exibe o total de alunos por bairro e, dentro desse total, quantos deles são do período da manhã e quantos são do período da tarde. Deta-lhes a mais que colaboram em um planejamento ainda mais preciso e adaptado à realidade do corpo discente.

1.7.2. Altere a aparência da sua tabela dinâmica

Você deve ter notado que, ao criar uma tabela dinâmica, uma nova área aparece no Menu: Ferramentas de Tabela Dinâmica.

Com os instrumentos disponíveis na aba Design dessa área, é possível per-sonalizar a visualização da tabela es-colhendo um dos estilos listados.

Saiba mais!Veja em um vídeo o passo-a-passo de criação de uma tabela dinâmica: http://goo.gl/CwSB2

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1.8. Gráficos O ser humano tem alta sensibilidade ao estímulo visual, ou seja, uma informação que lhe chega pelo olhar tende a ser mais facilmente captada. Tendo isso em vista, o uso de gráficos amplia o potencial que os dados de sua planilha têm de transmitir conhecimento.

Por exemplo, na hora de compartilhar a evolução da eficácia escolar com a comunidade ou com o próprio corpo docente, pode ser interessante comparar a situação inicial com a alcançada até o momento. A variação poderá ficar mais evidente em uma representação pictográfica do que em valores ou porcentagem – e o impacto da visualização pode gerar mais entusiasmo no grupo para continuar o trabalho.

Outro exemplo do uso de gráficos para o planejamento estratégico é a ilustração do perfil dos alunos da escola, conforme mostrado na apostila do Módulo de Planejamento Estratégico.

1.8.1. Criar um gráfico

Gerar gráficos não é uma tarefa complicada. O Excel fornece diversos modelos e tipos deles, o que permite transformar dados em gráficos de aparência profissional em pouco tempo.

Para realizar o passo-a-passo a seguir, usamos uma planilha de avaliação de eficácia escolar como a apresentada no Anexo 5 do Módulo de Planejamento Estratégico. Como se trata de uma demonstração, utilizamos apenas a parte da planilha com informações acerca das práti-cas efetivas dentro da sala de aula.

Use os conhecimentos que você já adquiriu até agora e elabore uma planilha fictícia com es-ses dados, para acompanhar o passo-a-passo. Recomendamos usar uma planilha em branco da pasta de trabalho que você criou no início deste guia, para concentrar em um só arquivo as atividades desenvolvidas neste módulo.

Precisaremos de dados relativos a dois períodos diferentes. Aproveite para praticar o uso da Formatação Condicional vista no tópico 1.3: ela pode ser útil na hora de preencher a coluna “Avaliação”, para alterar a cor das células.

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Faça você mesmo!

Passo 1Monte uma tabela como a apresentada a seguir e contabilize a ocorrência dos conceitos de avaliação. Use um espaço na própria planilha.

Dica!Não precisa contar as células uma a uma; basta selecionar as que interes-sam (por exemplo, as que contêm o conceito “Parcialmente Atingida”) e ve-rificar a contagem no canto inferior di-reito da janela do Excel:

Passo 2Selecione as células com a contagem referente ao mês de maio. Não se esqueça de selecionar também as células com os concei-tos a que os números se referem!

Passo 3Acesse a aba Inserir, no Menu, e clique em uma das opções de gráficos. Em nosso caso, usa-remos Pizza, pois evidencia melhor a proporção de conceitos em relação ao todo.

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Passo 4Escolha o tipo de gráfico em pizza que você preferir.

Passo 5O gráfico será inserido na planilha, em um quadro:

Você pode mover esse gráfico pela planilha, ele não está fixo. Basta clicar sobre ele e arrastar para baixo da tabela, por exemplo.

Passo 6Repita os procedimentos anteriores, desta vez com os dados de agosto de 2011. Assim, você poderá apresentar a comparação entre os dois meses e demonstrar a evolução da qualidade!

1.8.2. Criar gráfico como uma nova planilha

Você pode pedir para o Excel criar o gráfico e disponibilizá-lo em uma nova planilha da pasta de trabalho, o que facilita a visualização.

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Faça você mesmo! Passo 1Selecione o gráfico e clique no botão Mover Gráfico, locali-zado na aba Design das Ferramentas de Gráfico.

Passo 2Selecione a opção Nova planilha. No cam-po ao lado dela, digite um nome para a planilha que o gráfico ocupará.

Clique em OK e pron-to! Uma nova planilha contendo o gráfico será acrescentada à pasta de trabalho.

1.8.3. Editar o gráfico

Note que, ao inserir o gráfico, uma nova área apareceu no Menu: Ferramentas de Gráfico.

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Nela, há três abas com ferramentas para alterar a aparência do gráfico (Design, Layout e For-matar). Ou seja, o Excel faz o trabalho duro (desenhar o gráfico), e permite que o usuário o personalize de acordo com suas próprias necessidades e conveniências!

É importante customizar o gráfico para que sua função (a de tornar os dados mais informati-vos) seja plenamente cumprida. Detalhes que à primeira vista podem parecer irrelevantes fazem toda a diferença na hora de apresentar resultados a coordenadores, professores, pais, alunos e comunidade.

Um bom exemplo são as cores: se a escola tem um logotipo colorido, ou uma combinação de cores que a caracteriza, é interessante aplicar esses tons num gráfico. Isso contribui para gerar identificação e aproximar os números da realidade cotidiana. Ao mesmo tempo, usar tons contrastantes ajuda a enfatizar as diferenças que o gráfico representa.

Dar um título adequado ao gráfico também é essencial, pois o insere em um contexto e ajuda o leitor a compreendê-lo de maneira rápida.

Com tudo isso em mente, que tal editar o gráfico criado no exercício anterior?

Faça você mesmo!

Passo 1Escolha um layout de gráfico, ou seja, o modo como as infor-mações serão disponibilizadas no quadro de gráfico. As opções estão na aba Design da área Ferramentas de Gráfico.

Clique sobre a seta no lado direito do campo Layout de Gráfico para ver todas as opções. Escolhemos o Layout 6, pois coloca título, legenda e valores em porcentagem (calculados automaticamente a partir dos dados usados como referência).

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Passo 2Dê título ao gráfico. Clique sobre o título para selecioná-lo (uma moldura aparecerá ao redor dele) e, então, clique duas vezes seguidas nele. Aí, é só digitar!

Passo 3Altere as cores. Suponha que o esquema de cores da escola seja amarelo, vinho e marrom. Vamos usar esses tons!

Clique sobre a pizza. Aparecerão alguns pontos no gráfico, in-dicando que ele foi selecionado.

Passo 4Clique duas vezes sobre um dos blocos da pizza. Na ja-nela que se abrirá, selecione a opção Preenchimento.

Passo 5Escolha uma das opções apresentadas. No caso, sele-cionamos Preenchimento sólido. Então, é só escolher a cor que se deseja usar e, depois, clicar em Fechar.

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Passo 6Repita os passos anteriores para os outros dois blo-cos da pizza. O gráfico fica com a seguinte aparência:

Passo 7Edite a maneira como a porcentagem é exibida no grá-fico, para que ela fique mais visível. Basta clicar sobre uma delas (uma moldura aparece ao redor de todas, indicando que foram selecionadas).

Passo 8Então, acesse a aba Página Inicial, no Menu, e selecione fonte, tamanho e cor.

Depois de formatar seu gráfico, ele está pronto para ser usado em uma apresentação de Po-werPoint ou em um documento do Word! É só copiá-lo e colá-lo.

Veja como o gráfico gerado evidencia que houve melhora no resultado da avaliação de eficácia escolar das práticas em sala de aula:

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Saiba mais! Escolher o tipo adequado de gráfico é importante para transmitir a informação eficien-temente. Você pode alterar a qualquer momento, mesmo depois de já ter escolhido um tipo. Basta clicar no botão Alterar Tipo de Gráfico, localizado na aba Design da área Fer-ramentas de Gráfico.

Agora, experimente! Veja o que dá a melhor leitura para as informações que você quer apresentar. Conheça mais sobre cada tipo para fazer sua opção no endereço: http://goo.gl/Dw0Mo.

1.8.4. Criar e editar um gráfico a partir de uma tabela dinâmica

Já vimos como uma tabela dinâmica pode fornecer dados interessantes. Ora, se são informa-ções dessa categoria, por que não produzir gráficos com elas também?

O procedimento de criação é o mesmo; a diferença está na hora da edição.

Faça você mesmo! Passo 1Selecione os dados a partir dos quais se deseja criar um gráfico.

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Passo 2Acesse a aba Inserir, do Menu, e selecione o tipo de gráfico adequado. Mais uma vez, em nosso caso, usaremos a pizza, pois queremos representar a distribuição dos alunos por bairro e por período.

Passo 3O gráfico será gerado normalmente, mas logo apa-recerá uma diferença: há alguns “botões” na área do gráfico.

Esses botões servem para filtrar os dados que aparecerão no gráfico, ou seja, selecionar o que deverá ser representado ali. Suponhamos que a equipe queira que a pizza exiba a distri-buição, por bairros, dos alunos do período da tarde.

Passo 4Clique sobre a seta ao lado do botão “Período”, na área do gráfico:

Passo 5No painel que se abre, desmarque a opção “Manhã”. Clique em OK.

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Pronto! O gráfico passa a exibir apenas os alunos da tarde, por bairro.

Passo 6Os botões podem prejudicar a boa apresentação do seu gráfico. Então, vamos tirá-los de vista: é só clicar neles com o botão direito do mouse e sele-cionar a opção Ocultar Todos os Botões de Campo no Gráfico.

Passo 7Agora, de volta ao procedimento já conhecido: personalizar o visual do gráfico (escolher um layout, alterar as cores, dar um título, etc.).

1.9. Imprimir Indiscutivelmente, a planilha eletrônica é uma opção prática para lidar com dados, pois permi-te editá-los rapidamente, ordená-los e reordená-los de diversas maneiras. Entretanto, em alguns casos é necessário ter a planilha fisicamente em mãos, seja para consultá-la, seja para distribuir a colegas, pais e comunidade.

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À primeira vista, a impressão não tem segredos: é só acessar a aba Arquivo do Menu, selecio-nar a opção Imprimir e pronto, certo? Na maioria das vezes, sim; no caso de planilhas, porém, é importante configurar as páginas para que a impressão reflita a organização dos dados.

1.9.1. Visualizar impressão

Para ver como a planilha ficará na página impressa, é só acessar a aba Arquivo, do Menu, e selecionar a opção Imprimir. A página é exibida no lado direito da janela.

1.9.2. Orientação da página

É comum fazermos planilhas mais largas do que compridas. Para que elas caibam em apenas uma página, deve-se alterar o formato da impressão para Paisagem (página “deitada”). Se não for o caso, pode-se manter o formato Retrato (página “em pé”).

A ferramenta para determinar a orien-tação da página está na aba Layout da Página, do Menu.

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1.9.3. Posição na página

É possível alterar as margens da página para ajustar a área da folha de papel que será usada na impressão. Assim, caso você tenha uma planilha que, por uma pequena sobra, ocupará duas páginas, você poderá reduzir as margens da página para que ela caiba em apenas uma.

Para fazer a modificação, clique no botão Margens, localizado na aba Layout da Página. Você pode escolher medidas pré-definidas pelo Excel ou criar as suas próprias, clicando em Mar-gens Personalizadas... .

Outra opção é configurar para que a planilha se ajuste a uma página. Para isso, na aba Layout da Página, clique na seta ao lado de Dimensionar para Ajustar.

Então, selecione a opção Ajustar para 1 pági-na de altura por 1 de largura e clique em OK.

1.9.4. Área de impressão

Às vezes, não queremos imprimir toda a pla-nilha, mas uma parte dela. Para isso, conta-mos com a ferramenta Área de Impressão, também localizada na aba Layout da Página.

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Basta selecionar o grupo de células que você deseja imprimir, clicar no botão Área de Impres-são e selecionar a opção Definir Área de Impressão.

Então, acesse a aba Arquivo, do Menu, e vá à opção Imprimir. Clique em Imprimir, e pronto!

Se mudar de ideia e quiser imprimir toda a planilha (ou um grupo de células diferentes), clique em Limpar Área de Impressão.

1.9.5. Cabeçalho e rodapé

Geralmente, indicam informações como número da página, título da planilha e data de impres-são. São importantes para manter a ordem do documento, mesmo se ele for folheado várias vezes. Terão a mesma informação em todas as páginas impressas. Pode-se também colocar uma imagem, como o logo da instituição.

Para inseri-los, acesse a aba Inserir e clique em Cabeçalho e Rodapé:

O Excel alterará o modo de exibição para Modo de Página, e será possível ver o cabeçalho e o rodapé.

Use os botões das Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé para inserir os elementos no local selecionado.

1.9.6. Quebras de página

Quebras de página são os pontos em que haverá troca de página. O Excel as insere automati-camente, mas você pode colocá-las onde quiser, para organizar o conteúdo das páginas.

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Esta ferramenta é útil quando não se quer que uma parte da planilha fique em uma página e a outra parte, na página seguinte. Como exemplo, va-mos usar nossa planilha com dados de alunos. Sua primeira página im-pressa ficaria assim:

Podemos usar a quebra de página para fazer com que a primeira página contenha apenas os alunos cujos nomes começam com a letra “A”. Basta selecionar a linha abaixo daquela que contém o último nome iniciado com “A”.

Então, clique no botão Quebras e selecio-ne a opção Inserir Quebra de Página. Uma linha pontilhada aparecerá na planilha, mostrando onde está a quebra.

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Para confirmar se está tudo certo, basta visualizar a impressão.

1.10. Organização e praticidade para a gestão escolar

Depois de serem apresentadas às funcionalidades do Excel, certamente você percebeu como essa ferramenta é importante para tornar a gestão escolar mais organizada, de uma maneira bastante prática.

À medida que ela for incorporada ao cotidiano da gestão, os processos se tornarão mais efi-cientes e rápidos. Assim, a equipe terá mais tempo para se dedicar a outras atividades no ambiente escolar, como ajudar a cuidar do blog da escola, administrar a página da escola no Facebook ou produzir um vídeo com as atividades desenvolvidas na escola – temas de nossos próximos capítulos!

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2. Facebook O Facebook (www.facebook.com) é uma rede social por meio da qual você pode, além de man-ter contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho, ficar informado a respeito dos assuntos que interessam a você e a essas pessoas.

Então, por que não incluir a escola nessa rede? Duas maneiras de fazer isso são os grupos e as páginas no Facebook.

2.1. Criar uma página no Facebook

Um modo de mostrar a todos o que anda acontecendo na escola é criar uma página no Face-book. Alunos, ex-alunos, pais e comunidade podem curtir a página, as notícias e novidades que você postar lá, além de compartilhá-las. É bem interessante também constituir um grupo de trabalho com representantes de alunos, pais e professores para atualizá-la. Pense nisso!

Dica!A diferença entre uma página e um grupo é que a página fica visível a todos os usuários do Facebook. Ou seja, a página da escola pode servir como referência para futuros alu-nos e para outras escolas!

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Faça você mesmo! Passo 1Acesse o site do Facebook.

Passo 2Clique no link Crie uma página, localizado logo abaixo do botão Cadastre-se:

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Passo 3Clique em Empresa, organização ou instituição.

Passo 4Clique no link Termos de páginas do Facebook e leia com atenção as informações.

Passo 5Se concordar com elas, marque a opção e preencha as informa-ções pedidas: escolha uma categoria (no nosso caso, Instituição de ensino) e digite o nome da escola.

Clique em Começar.

Passo 6Você será direcionado a uma página para criar uma conta no Facebook.

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Crie uma conta da escola. Basta preen-cher os campos e seguir as instruções que o Facebook dá.

Passo 7Vamos “rechear” a página da escola: comece pela foto do perfil. Pode ser a foto do prédio da escola ou o logotipo dela ou outra foto que vocês acharem interessante!

Clique no link Carregar uma imagem.

Passo 8Clique no botão Selecionar arquivo..., selecione a foto que vocês desejam usar e clique em Abrir.

Passo 9Após a imagem carregar, clique no botão Continuar.

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Passo 10Hora de divulgar a página da escola e atrair as pessoas para ela! Na hora de fazer isso, tenha em mente o público: pais, alunos e comunidade próxima.

Então, na hora de Convidar amigos, resista à tentação de recomendar a página a todos os seus contatos e contatos da equipe diretamente envolvida na atualização! Além de incomo-dar as pessoas que não necessariamente se interessam pela escola, vocês podem dar a sensação de que a página não é algo especial para a comunidade escolar, mas só mais uma representação dela.

Vocês também podem importar uma lista de contatos, ou seja, pedir que o Facebook envie convites a uma lista de e-mails que vocês criaram.

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Dica!Essas listas têm de estar no for-mato .csv , um tipo de arquivo que pode ser gerado pelo Excel. Basta fazer uma planilha com os e-mails dos pais, alunos e professores, por exemplo. Na hora de salvá-la, selecione o Tipo CSV (separado por vírgulas).

Passo 11Vocês podem publicar a página da escola no Mu-ral de cada integrante da equipe que atualiza a página da escola no Facebook, para que seus amigos possam vê-la (é diferente de convidar amigos – é menos invasivo, pois faz parte da dinâmica natural do Facebook, a de contar o que fazemos).

Clique em Continuar.

Passo 12Coloque o site da escola (pode ser o endereço do blog, que veremos como montar a seguir) e uma breve descrição dela. Se o blog ou o site da escola ainda não foi criado, vocês poderão fazer isso depois.

Clique em Continuar.

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Pronto! A página da escola no Facebook está pronta!

2.1.1. Adicionar detalhes à página

É importante colocar o máximo de detalhes possível na página da escola no Facebook, para que os usuários a conheçam (e reconheçam).

Faça você mesmo!

Passo 1Confirme a categoria da pá-gina. É só clicar no botão Atualizar categoria:

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Passo 2Dê informações detalhadas sobre a esco-la. Clique no link Editar informações e pre-encha o máximo de dados do formulário.

Dica!Repare que, conforme são digitadas as informações nos campos Página de comunidade e Cidade, uma lista vai aparecendo abaixo do campo. Isso acontece porque o Facebook alocará a página da escola em um grupo de páginas já existente na rede que pertence a determinada comunidade (Escolas públicas, por exemplo) e a determinada cidade/re-gião (São Paulo, por exemplo). Selecione uma das opções que aparecer na lista e que corresponda à sua escola.

Ao final, clique em Salvar alterações.

2.1.2. Administração da página

A função de um administrador de página é gerenciar as permissões de publicação (quem pode publicar no Mural da página e o quê), as informações a respeito da escola que constarão na página e verificar a evolução do acesso à página (quantos visitantes, qual o nível de inte-ração apresentado por eles, etc.), para definir estratégias de publicação.

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a. Incluir um administrador

Mais de uma pessoa pode administrar a página da escola no Facebook, além do criador. Isso é interessante por permitir a divisão de tarefas (assim, evita-se a sobrecarga de alguém) e por abrir espaço a múltiplas contribuições que, em última análise, fazem com que a página con-tenha visões variadas sobre a escola.

Dica!

Você pode formar um grupo de pessoas responsáveis pela atualização da página. Pro-cure montar uma equipe heterogênea, que tenha um membro da equipe gestora, um professor, um aluno e um pai, por exemplo.

É interessante também que esses representantes sejam rotativos, ou seja, não sejam sempre as mesmas pessoas. A troca periódica estimula a participação coletiva, o com-promisso com a escola e o exercício da cidadania.

Incluir um administrador é bastante simples.

Faça você mesmo!

Passo 1Clique no link Ver todos, localizado no campo Administradores.

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Passo 2Então, digite um nome ou e-mail no campo que aparece. Surgirão os nomes de seus colabora-dores; é só selecionar um deles!

Passo 3Clique em Salvar alterações e pronto! O novo administrador receberá uma mensagem infor-mando a inclusão dele como tal.

b. Restrições à publicação

Dependendo da função que vocês desejam atribuir à página da escola, será necessário impor algumas restrições à publicação de conteúdo nela.

Por padrão, qualquer usuário do Facebook pode publicar no Mural da página, além de adicio-nar fotos e vídeos e acrescentar marcações em fotos. No entanto, isso pode gerar o trabalho de remover conteúdos indesejados ou impróprios, como brincadeiras de mau gosto ou pro-pagandas.

Caso o propósito seja que a página da escola se constitua em um espaço institucional e de divulgação das ações tomadas dentro dela, é importante alterar estas configurações. Por outro lado, mantê-las pode dar um fim diferente à página: um espaço de expressão dos alunos, ex-alunos, professores e funcionários.

Discuta com a equipe quem poderá publicar o quê na página da escola.

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Faça você mesmo!

Passo 1Clique no botão Editar página, que fica no canto superior direi-to do site.

Passo 2Localize a opção Permissão para publicar e escolham quais opções devem ficar marcadas. Selecione, as opções Usuários podem es-crever ou publicar conteúdo no mural e Usuários podem adicionar marcações nas fotos de Escola Estadual Alberto Caeiro. Assim, a comunidade escolar pode interagir e participar da construção da página.

Mas cuidado! Essas opções exigem um constante monitoramento em relação ao que é publi-cado na página – pode acontecer de aparecer algum comentário maldoso, ou um conteúdo que não está relacionado à escola, e será necessário retirá-lo.

Passo 3Clique em Salvar alterações.

c. Ver estatísticas de visitação

O Facebook permite acompanhar o ritmo de visitas à página da escola e a frequência com que as pessoas interagem com o conteúdo postado. É só clicar no link Ver dados, localizado no menu lateral direito da página.

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Esses dados são importantes para que vocês saibam, aproximada-mente, o que mais atrai a atenção das pessoas que frequentam a pá-gina – e, assim, postar mais conte-údos desse tipo!

Saiba mais!Veja algumas páginas de escolas no Facebook: http://goo.gl/06wi3, http://goo.gl/PJlvV, http://goo.gl/QOEZl . É interessante ver o que outras pessoas estão fazendo em relação ao que queremos fazer. Assim, podemos identificar o que podemos oferecer de diferen-te e melhor!

2.2. Criar Grupos no Facebook

Uma das principais funções de um grupo no Facebook é ampliar a troca de informações entre as pessoas que fazem parte da escola: pais, alunos, comunidade, professores e gestores.

Cada grupo pode ser um canal de comunicação direto e exclusivo com cada uma dessas cate-gorias, pois o acesso ao grupo pode ser restrito a um grupo determinado de pessoas.

Vamos, por exemplo, criar um grupo para os pais de alunos, por meio do qual eles poderão entrar em contato direto com a administração escolar, comunicar-se entre si e saber dos prin-cipais eventos que os envolvem na escola, como reuniões com os professores.

Faça você mesmo!

Passo 1Acesse a conta da escola no Facebook.

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Passo 2No perfil da escola, clique no link Criar grupo... .

Passo 3Na janela que aparece, digite um nome para ele.

O ícone ao lado do campo para inserir o nome é usado para identificar o tema do grupo. Clican-do nele, vocês poderão modificá-lo, se quiser.

Passo 4Selecionem pessoas para incluir no grupo. Elas têm de estar na lista de amigos da escola.

Conforme é digitado um nome no campo, aparece uma lista de amigos cujos nomes tenham aquelas letras. Ao identificar aquele que vocês desejam incluir no grupo, basta clicar nele, não é necessário digitar até o fim.

Passo 5Defina o nível de acesso que o grupo terá.

Aberto: Todos os usuários do Facebook poderão vê-lo, ver a lista de membros e o que os membros do grupo escreverem.

Fechado: Todos os usuários do Facebook poderão vê-lo e ver a lista de membros, mas não terão acesso ao que os membros do grupo escreverem.

Secreto: Só os membros poderão vê-lo, ver a lista de membros e o que eles escreverem.

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Dica!A melhor opção, neste caso, é Secreto. Assim, não expomos os pais que participarem (deixando outras pessoas verem onde seus filhos estudam) nem a rotina da escola.

Passo 6Clique em Criar. A página do grupo será exibida.

Passo 7O Facebook se oferece para lhe apresentar o grupo. Se quiser, clique no botão Iniciar tour e aproveite a gentileza!

2.2.1. Funcionalidades de um grupo

Mesmo que o Facebook seja seu cicerone pela página do grupo, nós vamos fazer a nossa pró-pria introdução por aqui. A seguir, apresentamos as principais funcionalidades, e mais impor-tante: como elas podem ajudar no dia-a-dia da gestão escolar!

a. Adicionar foto

Compartilhar fotos de eventos e reuniões com o grupo é bastante simples: basta clicar no link!

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Então, escolham se querem enviar uma foto que está no computador, usar a webcam para tirar uma ou criar um álbum de fotos.

Dica!Se tiver mais de uma foto relacionada ao mesmo evento, é mais adequado criar um álbum!

Sempre que quiserem ver as fotos já adicionadas ao grupo, vocês podem cli-car no link Exibir fotos, localizado no lado direito da tela.

b. Adicionar amigos ao grupo

Vocês podem convidar pessoas para o grupo a qualquer momento. É só clicar no link localiza-do no lado direito da página:

Dica!Antes de aceitar uma pessoa no grupo, certifiquem-se de que é mesmo um pai de aluno da escola, e não alguém mal-intencionado que está se passando por um para acessar os dados de membros do grupo.

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Dica!Passe um comunicado aos pais informando sobre o grupo e seus objetivos. Convide-os a participar! Pense também em organizar uma oficina para ajudar aqueles que ainda não têm uma conta no Facebook, a se cadastrar, ou mesmo para que possam entender me-lhor como funciona esta ferramenta. É uma boa oportunidade de relacionamento com eles, promover atividades de inclusão digital e também de discutir o impacto desta ferramenta na formação de uma nova sociedade e na vida dos seus filhos. Pense nisso!

c. Conversar com o grupo

Clicando neste link, é possível realizar um chat entre os membros do grupo. Assim vocês po-dem, por exemplo, fazer uma sessão de perguntas e respostas dos pais para a direção, ou mesmo realizar reuniões virtuais!

Um pequeno quadro abrirá na parte inferior da janela, exibindo quem também está conectado. Então, é só digitar a sua mensagem na parte in-ferior do quadro e teclar Enter, para enviá-la. Ela aparecerá na janela de todos os membros do grupo que es-tiverem conectados.

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Dica!Para aproveitar bem as possibilidades que a ferramenta oferece, é importante agendar as conversas antes, para garantir que haja “público”. Mais adiante, veremos como criar um evento no grupo – o que pode ajudar bastante nessa tarefa.

d. Criar documento

Esta funcionalidade pode ser muito útil para criar atas de reuniões entre pais e direção, por exemplo. Assim, ao invés de este documento ficar arquivado na escola, ele se torna disponível para consultas rápidas e ajuda os pais que eventualmente não puderam ir a uma ou mais reuniões a se inteirarem do que está acontecendo.

Circulares e recados gerais aos pais também podem ser disponibilizados neste espaço.

Ao clicar no link, é exibido um quadro bem parecido com a janela de um processador de texto (como o Microsoft Word, por exemplo).

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Dica!O quadro tem opções para formatar o texto. Da esquerda para a direita: Negrito, Itálico, Adicionar marcador de nú-

mero e Adicionar marcador com pontos. Vocês também podem Inserir imagens.

Após criar o documento, basta dar um título a ele e clicar no botão Criar documento.

A criação do documento é pu-blicada no Mural do grupo e no Feed de notícias dos integran-tes, com o link para acessá-lo. Além disso, há a opção de Curtir e Comentar.

Os documentos criados ficam disponíveis também na barra la-teral direita da página do grupo.

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e. Criar evento

Use esta ferramenta para agen-dar reuniões (on-line ou presen-ciais), ou até mesmo para lembrar aos pais o dia daquela festa juni-na em que os alunos apresenta-rão uma quadrilha!

Após clicar no link, será necessá-rio fornecer os detalhes do even-to, como data, horário, nome do evento, etc.

Na hora de selecionar os convidados, é importante desmarcar a opção Qualquer pessoa pode ver e responder. Afinal, o grupo é privado.

Reparem que estão marcadas apenas as opções Convide pessoas do grupo Pais da E.E. Alberto Caeiro e Mostrar a lista de convi-dados na página do evento.

Dica!Vocês podem convidar só algumas pessoas específicas para o evento, clicando no botão Selecionar convidados.

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Vocês podem colocar também uma foto representando o evento, se quiser. Basta clicar no link Adicionar foto do even-to, localizado abaixo do ícone de calendário (no lado esquer-do da tela).

Quando o evento é criado, os membros do grupo (ou as pessoas convidadas) recebem um convite. Eles têm a opção de confirmar ou negar a participação – o que permite que vocês saibam, de antemão, se haverá bom quórum ou se é melhor alterar a data para garantir maior presença, por exemplo.

f. Enquete

Vocês também podem criar uma enquete para saber a opinião dos membros do grupo sobre algo (como data e horário de uma reunião). Outro uso para ela é o levantamento de dados que ajudem a traçar o perfil dos alunos – essenciais para a formulação do planejamento estraté-gico, conforme visto no Módulo I.

Basta clicar em Perguntar.

Digitem a pergunta no quadro que aparece.

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Então, cliquem no link Adicionar opções de enquete.

Digitem as opções nos espaços que aparecem.

Desmarquem a opção Per-mitir que qualquer pessoa adicione opções, para que vocês possam fechar a en-quete com tranquilidade. Então, cliquem em Publicar.

A enquete aparecerá no Mural do grupo e no Feed de notícias dos membros. Conforme eles responderem à pergunta, a porcentagem de votos para cada opção será exibida.

Dica!Estabeleçam um prazo para fechar a votação. Uma sugestão é mantê-la aberta durante uma semana.

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5. Conclusão

É um discurso unânime que a educação precisa melhorar sua qualidade.

Sabemos quantos desafios os educadores e a sociedade em geral deverão enfrentar para atender a estas novas exigências. Esta cartilha tem o objetivo de contribuir com os ges-tores de escola pública para refletirem sobre seu papel na contemporaneidade, traçarem caminhos e sustentarem as ações traçadas pela comunidade escolar.

Acreditamos que o gestor “sozinho” não consegue suprir todas as necessidades que uma escola possui. Para tal, compartilhar ações e decisões se faz necessário para um trabalho de qualidade.

O conceito de gestão participativa, defendida por tantos autores, também norteia este trabalho. A prática da gestão participativa, quando todos possuem um mesmo ideal: edu-cação de qualidade, além de colaborar com o trabalho do gestor, fortalece a comunidade escolar. Neste processo, todos sabem quais caminhos devem percorrer, como, quando e com quais recursos, fazendo da instituição escolar um ambiente saudável e promissor.

A escola deve compreender que a qualidade se faz a partir do seu interior, por seus inte-grantes, assumindo um compromisso claro com o sucesso.

Queremos uma escola para nosso país que atinja os diferentes indicadores de qualidade, colocando o Brasil em um novo patamar, sendo reconhecido pela qualidade intelectual do seu povo.

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Referências Bibliográficas

Alves, Rubem. BADULAQUES EDUCACIONAIS. Revista Educação Ano 13 – no. 153. São Paulo: Editora Segmento, 2010.

Drucker, Peter. INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO. São Paulo: Pioneira, 1984.

Freire, Madalena (org). ROTINA: CONSTRUÇÃO DO TEMPO NA RELAÇÃO PEDAGÓGICA. 2º ed. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1998.

Gianotti, Suzana Salvador Cabral. AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA: UM MODELO DE AVALIAÇÃO INTEGRA-DA À GESTÃO ESTRATÉGICA DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR. Porto Alegre: 2004.

Lerner, Delia. LER E ESCREVER NA ESCOLA: O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Armed, 2002.

MEC/FNDE/DIPRO/FUNDESCOLA - COMO ELABORAR O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA. Brasília: 2006.

Moreira, João Manoel Losada. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E GESTÃO DE PROJETOS EM ESCOLAS PÚ-BLICAS. In: Penteado, Claudio Luis de Camargo; Silva, Sidney Jard da (Orgs.). DIÁLOGO DE SABE-RES PARA A AÇÃO CIDADÃ. Santo André, SP: Ed. Escritório de Mídia - Pref. Municipal de Santo André, 2007, v. 1, p. 9-30.

Persona, Mario. COMO EXERCER A LIDERANÇA EFICAZ. In: <http://www.mariopersona.com.br/en-trevista_revista_mobile.html> (acessado em 03/05/2010).

Silva, Maria do Rosário Martins. O LÍDER DO SÉCULO XXI (LIDERAR OU GERENCIAR?), 2005. In: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-lider-do-seculo-xxi-liderar-ou-gerenciar/

11515/2005> (acessado em 02/05/2010).

___________. O LIDER NA VIDA DAS PESSOAS, 2007. In: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-lider-na-vida-das-pessoas/13221/> (acessado em 02/05/2010).

Vasconcelos, Celso dos Santos. COORDENAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: DO PROJETO POLÍTICO AO COTIDIANO DA SALA DE AULA. 5ª ed. São Paulo: Libertad, 2004.

Weisz Telma; Sanchez, Ana. O DIÁLOGO ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM. São Paulo: Ática, 2002.

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ANEXOS

ANEXO 1 - Planilha para sistematização das condições das instalações da escola. Sugestão apresentada pelo MEC.

ANEXO 2 - Ficha cadastral dos alunos que contribuem com a identificação do perfil da escola (Modelo 1).

ANEXO 3 - Ficha cadastral dos alunos que contribuem com a identificação do perfil da escola (Modelo 2).

ANEXO 4 – Critérios, requisitos e características.

ANEXO 5 - Planilhas de avaliação da eficácia escolar através de critérios de qualidade (Exem-plo de aplicação com o critério ensino e aprendizagem).

ANEXO 6 – Planilha modelo para PLANO DE AÇÃO.

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142 Programa de Liderança

Planilha para sistematização das condições das instalações da escola. Sugestão apresentada pelo MEC.

Dependências QuantidadeCondições de utilização

O que está inadequado?adequado inadequado

Diretoria

Secretaria

Sala de professores

Sala de coordenação pedagógica

Sala de orientação educacional

Sala de leitura ou biblioteca

Sala de TV e vídeo

Sala de informática

Sala de multimeios

Sala de ciências laboratório

Auditório

Sala de aula

Almoxarifado

Depósito de material de limpeza

Despensa

Refeitório

Recreio coberto

Quadra de esportes descoberta

Quadra de esportes coberta

Circulação interna

Cozinha

Área de serviço

Sanitários dos funcionários

Sanitários dos alunos

Vestuário dos alunos

Sanitário dos portadores de necessidades especiais

ANEX

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Ficha cadastral dos alunos que contribuem com a identificação do perfil da escola (Modelo 1).

FICHA CADASTRAL DO ALUNO - 2010

Ensino Fundamental 1º Ano (6 anos) 2º Ano (7 anos) 3º Ano (8 anos)

Turno: Manhã Tarde Integral

Nome do aluno(a):

Sexo: Data de Nascimento: / / Raça/Cor:

Endereço Residencial: Apto:

Bairro: CEP: Cidade: Estado:

Tel. Residencial: Tel. Urgência:

Naturalidade: Nacionalidade: Cor:

Pai:

CPF: RG: Celular:

Nível de Instrução: Profissão:

Local de Trabalho: E-Mail:

Endereço: Telefone Com.:

Mãe:

CPF: RG: Celular:

Nível de Instrução: Profissão:

Local de Trabalho: E-Mail:

Endereço: Telefone Com.:

Responsável Financeiro:

Tem irmãos? Quantos? Rejeita algum?

Esclarecer se os pais são casados, adotivos, falecidos ou separados:

Em caso de separação, a criança mora com:

Outras pessoas com quem convive em casa (nome / parentesco / função):

Como a criança reage aos limites impostos:

Como a criança reage a situações de briga / disputa:

Pessoas autorizadas a tirarem a criança da escola:

A criança é apegada a algum objeto? Qual?

Alimenta-se sozinha? Veste-se sozinha?

Já frequentou outra escola? Qual?

Períodos cursados:

Como era a rotina antes dela ingressar na escola?

Lanche: sim não Transporte: sim não

Autorizo o uso da imagem do meu filho(a) em toda a publicidade utilizada pela instituição, sem qualquer custo? sim não

Data da matrícula: / / Ass. Resp. Preenchimento:

____________________________________________________________

ANEX

O 02

Page 146: Guia Lideranca 2012

144 Programa de Liderança

Ficha cadastral dos alunos que contribuem com a identificação do perfil da escola (Modelo 2).

Nome do aluno Curso/Série Manhã

Tarde

Integral

Noite

Data de nascimento / /

Masculino

Feminino

RG Exped. Data Exped. / /

RA Religião

Certidão de nascimento Cidade de nascimento UF Nasc. Nacionalidade Segunda Nacionalidade

CPF Cor/Raça Endereço

Bairro Cidade CEP UF

Telefone E-mail

Pai do AlunoNome Data de nascimento

/ /Nacionalidade

Telefone Telefone celular CPF RG Profissão

Endereço Bairro CEP

Cidade Estado Empresa Telefone da empresa

E-mail

Mãe do Aluno

Nome Data de nascimento / /

Nacionalidade

Telefone Telefone celular CPF RG Profissão

Endereço Bairro CEP

Cidade Estado Empresa Telefone da empresa

E-mail

ANEX

O 03

Page 147: Guia Lideranca 2012

145Programa de Liderança

Estado civil dos pais Casados Solteiros Separados Mãe Viúva Pai Viúvo Nova união sim não

Nome do novo cônjuge

Data de nascimento / /

Nacionalidade Telefone Telefone Celular Profissão

Empresa Telefone da Empresa E-mail

Responsável financeiro pelo Aluno (Preencher abaixo se for outro) Pai Mãe Outro Aluno

Masculino

Feminino

Parentesco

Nome do Responsável Profissão

Telefone Telefone celular CPF RG E-mail

Endereço Bairro CEP

Cidade Estado Empresa Telefone empresa

Colégio anterior Última série cursada Cidade Estado

Com quem mora o aluno? Pais Pai Mãe Outro:

Como conheceu o colégio?

O aluno pode deixar o colégio sozinho?

Sim

Não

De que forma o aluno vem ao colégio?

a pé e sozinho de ônibus e sozinho transp. escolar alguém vem trazê-lo Metrô

O aluno pode esperar fora do colégio? Onde? Hora entrada Hora Saída

Pessoas autorizadas a retirar o aluno

Nome Parentesco Telefone RG

Nome Parentesco Telefone RG

Nome Parentesco Telefone RG

ANEX

O 03

Page 148: Guia Lideranca 2012

146 Programa de Liderança

Ficha médica

O aluno possui alguma alergia específica? Qual? Pode medicar?

Tipo de médico Nome do Médico

alopata homeopata Não informado

Endereço Telefone

O aluno possui alguma doença congênita? Qual?

Doenças ou problemas existentes

Hipertensão Hemofilia Necess. especiais Asma Epilepsia Defic. Visual

Convulsão Bronquite Diabete Dep. de Insulina

Doenças da infância já contraídas

Caxumba Sarampo Escarlatina Rubéola Catapora Coqueluche

Outras doenças / Comentários

O aluno está fazendo algum tratamento médico? Qual?

Acompanhamento Outros?

Médico Fonoaudiólogo Psicológico

O aluno está tomando alguma medicação específica? Qual?

Em caso de febre, qual o medicamento e dosagem indicada? Tipo sanguíneo?

O aluno possui algum plano de saúde? Qual?

Em caso de necessidade, o aluno deverá ser removido para qual Hospital ou Clínica? Telefone

Endereço do Hospital ou Clínica

Observações

Outros telefones para contato: Nome Telefone Detalhes

_____________________________________________ RG: ___________________________ CPF: ____________________________ Assinatura do responsável

ANEX

O 03

Page 149: Guia Lideranca 2012

147Programa de Liderança

Critérios: requisitos e características.

1. ENSINO E APRENDIZAGEM

Currículo organizado e articulado:A escola possui e utiliza parâmetros curriculares.

A escola tem uma Proposta Pedagógica que orienta o processo de ensino e aprendizagem.

A escola tem objetivos e metas definidos na Proposta Pedagógica, para cada série ou ciclo e disciplina, de acordo com os parâmetros curriculares adotados.

Os professores definem com o diretor e supervisor/orientador pedagógico a metodologia de ensino a ser seguida na escola.

Os conteúdos para cada disciplina e para cada série ou ciclo são organizados de forma sequencial.

Os professores sabem qual o conteúdo a ser trabalhado em cada série ou ciclo e em cada disciplina.

Os professores sabem qual o conteúdo trabalhado no ano anterior por outro professor.

As etapas e níveis de aprendizagem a serem alcançados pelos alunos estão claramente definidos.

Os objetivos de aprendizagem são cobertos e alinhados com as avaliações propostas.

A equipe escolar reúne-se para revisar o currículo a partir da avaliação, do monitoramento e da prática de cada professor.

Proteção do tempo da aprendizagemOs eventos escolares e os assuntos administrativos são organizados e tratados com um mínimo de interrupção das aulas.

O tempo previsto para cada matéria é claramente definido e seguido pelos professores.

Os professores começam e terminam as aulas pontualmente.

A interrupção de aula devido à ausência de professores, reuniões, recesso etc. sempre é mínima.

Os professores dispõem de um plano de aula pronto quando os alunos entram em sala de aula.

A transição entre atividades desenvolvidas em sala de aula é rápida.

A maior parte dos alunos na escola é dedicada a atividades de aprendizagem.

Durante o tempo dedicado às aulas, os professores se concentram nas atividades de ensino.

Práticas efetivas dentro de sala de aulaOs professores procuraram constantemente propor atividades que propiciem a prática de valores e atitudes almejados.

O ritmo de instrução é ajustado para atender aos alunos que aprendem com maior ou menor facilidade.

Os alunos que não terminam as atividades durante a aula recebem orientação especial, para que se mantenham no ritmo da turma.

As disciplinas críticas recebem maior atenção por parte da escola e dos professores.

Os professores conhecem a necessidade da turma e dão atenção individual e estímulos aos alunos com dificuldades.

Os professores explicam aos alunos os objetivos das lições e da matéria numa linguagem simples e clara.

ANEX

O 04

Page 150: Guia Lideranca 2012

148 Programa de Liderança

Os professores estabelecem uma relação entre as lições, assinalando aos alunos os conceitos ou habilidades-chave es-tudados anteriormente.

Os professores estimulam a curiosidade e o interesse dos alunos, relacionando o conteúdo da lição com coisas relevantes do dia a dia dos alunos.

Durante as aulas, os professores fazem perguntas sobre pontos-chave da lição para verificar a compreensão e estimular o raciocínio dos alunos.

Exercícios, tarefas e provas são corrigidos e devolvidos rapidamente, além disso, são usados para replanejar as atividades.

Os professores fazem elogios e críticas construtivas aos alunos em sala de aula.

Os professores evitam a ocorrência de interrupções em sala de aula, não desperdiçando o tempo de ensino e de apren-dizagem.

Os problemas de disciplina são resolvidos na sala de aula, sem necessidade de encaminhar os alunos à direção.

Estratégias de ensino diferenciadasOs professores usam e articulam técnicas variadas de ensino, incluindo tarefas e deveres individuais, discussão em sala, trabalho em grupo, exercícios e monitorias.

Os professores utilizam televisão, vídeo, computador e outros materiais interativos, quando necessário.

Os alunos são ativamente engajados nas atividades de sala de aula.

Os professores utilizam material de uso social nas práticas pedagógicas, estimulando os alunos a perceberem o vínculo entre as atividades escolares e extraescolares.

Os professores aproveitam os espaços externos para realizar atividades cotidianas como ler, contar, histórias, fazer de-senhos etc.

Os professores propõem atividades pedagógicas fora da escola, como passeios, excursões etc.

Deveres de casa frequentes e consistentesOs professores passam lição de casa sempre que necessário.

Os alunos fazem a lição de casa regularmente.

O conteúdo e a frequência do dever de casa são adequados à idade e ao ambiente familiar do aluno.

Os deveres de casa são passados em quantidade suficiente e em nível de dificuldade adequado para consolidar e ampliar o conhecimento do aluno.

O professor comenta com os alunos os deveres de casa realizados.

Disponibilidade e utilização de recursos didático-pedagógicosOs professores dispõem de materiais didáticos e pedagógicos adequados, que permitam atividades diversificadas dentro da sala de aula.

A equipe escolar conhece o material pedagógico e didático existente na escola, sabe onde está guardado e o utiliza quan-do necessário.

Os alunos podem identificar seus livros-texto e descrever seu conteúdo.

Os alunos podem identificar outros materiais de leitura.

Os alunos possuem caderno, lápis, borracha etc.

ANEX

O 04

Page 151: Guia Lideranca 2012

149Programa de Liderança

Avaliação contínua do rendimento dos alunosOs professores fazem uma avaliação diagnóstica no início de cada etapa de ensino, para que possam por em prática seu planejamento de forma adequada às características dos alunos.

Os professores monitoram continuamente o progresso dos alunos e sabem quantos e quais estão com dificuldade na disciplina/conteúdo.

Há coleta de dados, arquivos e relatórios sobre o desenvolvimento dos alunos.

A avaliação do desempenho dos alunos em todos os níveis está adequada aos objetivos de ensino.

A equipe escolar utiliza os resultados de testes e relatórios de avaliação para localizar problemas potenciais e propor soluções.

A equipe escolar utiliza informações para fazer revisões da forma como o currículo está organizado, articulado e é traba-lhando na escola.

A escola utiliza padrões de desempenho para avaliar a aprendizagem dos alunos com base nos parâmetros curriculares.

Os alunos têm clareza dos conteúdos e do grau de expectativa da aprendizagem que se espera deles nas avaliações.

Em momentos determinados, é delegada aos alunos a responsabilidade de se autoavaliarem.

São aplicados diferentes instrumentos de avaliação e proporcionadas várias situações de aprendizagem para possibilitar o desenvolvimento das capacidades dos alunos, integrar os conteúdos curriculares, contrastar os dados obtidos e obser-var a transferência das aprendizagens em contextos diferentes.

2. CLIMA ESCOLAR

Estabelecimento de altos padrões de ensinoOs professores têm claro os objetivos de aprendizagem que devem ser alcançados por todos os alunos.

O diretor e os professores são capazes de citar as metas e os objetivos curriculares da escola para pais de alunos e demais pessoas da comunidade escolar.

O diretor e os professores comunicam aos alunos as metas de aprendizagem e de comportamento estabelecidas.

Os alunos com dificuldades de aprendizagem recebem auxílio, estímulo e apoio para atingir o nível de aprendizagem esperado.

O diretor e os professores monitoram regularmente o desempenho dos alunos, identificando aqueles que estão em difi-culdades em cada disciplina.

O diretor acompanha, com frequência, o desempenho dos professores e o desenvolvimento de seus programas curriculares.

A escola dispõe de parâmetros e instrumentos que permitem acompanhar o desempenho de professores e alunos.

A escola estabelece uma relação clara entre os objetivos de aprendizagem, as atividades de ensino e a avaliação dos alunos.

A equipe escolar define padrões de desempenho para avaliar os alunos, com base nos parâmetros curriculares adotados.

A escola prevê apoio e orientação na implementação do currículo.

O professor planeja, no começo do ano, como trabalhará sua disciplina durante o ano letivo, informando os alunos sobre seu plano de trabalho.

O plano de curso do professor contém as informações necessárias sobre a matéria, como ensiná-la e como avaliá-la.

ANEX

O 04

Page 152: Guia Lideranca 2012

150 Programa de Liderança

Altas expectativas em relação à aprendizagem dos alunosNo contato com pais e alunos, diretor e professores expressam sua confiança na capacidade de aprendizagem dos alunos, independentemente da etnia, classe social ou outras características pessoais.

O diretor, no contato com professores, expressa sua confiança na capacidade de aprendizagem dos alunos.

A direção mantém o ensino e a aprendizagem como centro do diálogo e atenção de toda a equipe escolar.

Comunicação regular entre a equipe escolar, pais e a comunidadeO diretor promove reuniões frequentes com o corpo docente, com pauta antecipada.

A comunicação da escola com os pais e a comunidade é frequente.

Os pais entram em contato com o diretor por iniciativa própria.

O diretor envolve-se em atividades organizadas pela comunidade.

A escola promove eventos na escola de interesse da comunidade.

A direção da escola procura envolver os pais nas decisões relativas à melhoria da escola e enfatiza que a sua participação faz muita diferença no desempenho de seus filhos.

Toda a equipe escolar trabalha de forma cooperativa e harmoniosa.

Presença efetiva do diretorO diretor participa das assembleias escolares, supervisionando o bom andamento dos trabalhos.

O diretor é encontrado facilmente na escola, fora do seu gabinete.

O diretor permanece na escola durante o período de atividades escolares.

O diretor aumenta a frequência e a qualidade dos contatos informais entre os membros da equipe escolar quando necessário.

O diretor lidera o estabelecimento e a implementação de normas de comportamento entre os membros da equipe escolar.

O diretor está constantemente informado da eficácia das atividades de ensino desenvolvidas pelos professores.

Ambiente escolar bem organizado e agradávelA escola é limpa, organizada e tem aparência atrativa.

As aulas iniciam-se e terminam no horário.

As tarefas, os livros e os materiais a serem utilizados são preparados antes do início das aulas.

Os alunos são estimulados a participarem da organização, decoração, ordem e limpeza das salas de aula.

Normas e regulamentos escolaresA escola possui um código de conduta escrito que especifica as normas de comportamento para alunos e professores dentro e fora de sala de aula.

O código de conduta é amplamente divulgado e é conhecido por alunos, professores e pais.

As normas de disciplina são aplicadas pronta e integralmente para todos.

Os procedimentos de disciplinas são rotineiros e de fácil e rápida aplicação.

Há normas em relação a atrasos e faltas, tanto para professores quanto para alunos.

ANEX

O 04

Page 153: Guia Lideranca 2012

151Programa de Liderança

Confiança dos professores no seu trabalhoOs professores consideram-se capazes de ensinar bem.

Os professores sentem-se à vontade com os materiais de aprendizagem, integrando-os às tarefas de sala de aula e têm ideias criativas sobre como ensinar.

Os professores acham seu trabalho significativo.

Compromisso e preocupação da equipe escolar com os alunos e com a escolaOs alunos confirmam que os professores estão comprometidos com o ensino e se preocupam com eles.

Os professores estabelecem altos padrões de trabalho e comportamento dos alunos.

A equipe escolar e os pais referem-se à escola como um lugar onde há atenção e cuidado com os alunos.

O absenteísmo e a falta de pontualidade dos professores são vistos como um problema na escola.

Trabalho em equipeOs professores planejam as atividades de ensino de forma cooperativa.

Os professores trocam ideias entre si.

Os professores, o diretor e a equipe técnica trabalham em conjunto para tratar de questões de interesse da escola.

3. PAIS E COMUNIDADE

Apoio material da comunidadeA comunidade contribui voluntariamente com a escola, para garantir a manutenção e a melhoria das condições de aten-dimento aos alunos e funcionários.

A equipe escolar e os pais dos alunos reúnem-se para discutir as necessidades materiais da escola e as maneiras de atendê-las.

Comunicação frequente entre corpo docente e paisA escola promove eventos que permitem contato entre pais e professores.

Os professores comunicam-se frequentemente com os pais.

Os pais comparecem e participam das reuniões para as quais são convidados.

Participação da comunidade na gestão escolarOs pais têm participação nas reuniões do Colegiado.

Os pais sabem quem é o seu representante no Colegiado.

Envolvimento dos pais na aprendizagemOs pais participam de reuniões de avaliação da escola.

Os pais acompanham os deveres de casa dos filhos.

Há evidências de leitura, conversações e brincadeiras dirigidas no lar.

A equipe escolar incentiva os pais a acompanharem o progresso de seus filhos.

ANEX

O 04

Page 154: Guia Lideranca 2012

152 Programa de Liderança

4. GESTÃO DE PESSOAS

Gestão do pessoal docente e não docenteA direção tem claramente definidas as funções e atribuições de todo o pessoal da escola e expressa qual a sua expecta-tiva em relação à equipe escolar.

A direção monitora e avalia as atividades desenvolvidas por todos os colaboradores da escola.

A direção identifica necessidades de aperfeiçoamento de toda a equipe escolar para a melhoria de suas habilidades pro-fissionais.

A direção organiza espaço e tempo para que os membros da equipe escolar se reúnam, troquem experiências, estudem, planejem etc.

A direção providencia atualização para o pessoal docente, técnico e administrativo, com a frequência necessária.

Os colaboradores são valorizados por meios de mecanismos de profissionalização e responsabilização.

A escola adota medidas de promoção do bem-estar para auxiliar os colaboradores a atingir as metas.

A escola acompanha o nível de satisfação, participação e bem-estar dos colaboradores.

Formação e desenvolvimentoOs professores conhecem metodologias de avaliação e usam esse conhecimento para desenvolver avaliações coerentes e consistentes.

Os professores demonstram ter domínio da matéria que ensinam.

Os professores participam, com frequência, de cursos de atualização, demonstrando empenho no seu desenvolvimento profissional.

A direção da escola identifica necessidades de aperfeiçoamento de pessoal docente e não docente para a melhoria de suas habilidades profissionais.

A direção da escola define anualmente um programa de desenvolvimento do pessoal docente e não docente.

Os professores utilizam abordagens pedagógicas atualizadas.

A equipe escolar (docentes e não docentes) aceita inovações e se mostra envolvida em processos de mudança.

Os professores têm informações atualizadas sobre tecnologia e recursos educacionais.

Experiência apropriada do professorOs professores são experientes no manejo de turmas e no acompanhamento do trabalho individual e de grupos.

O desempenho do professor dentro da sala de aula é avaliado.

Compromisso da equipe escolar com objetivos e metas da escolaOs professores e funcionários são comprometidos com os objetivos e metas da escola.

Os professores e funcionários conhecem os objetivos e metas da escola.

Os supervisores ou coordenadores pedagógicos orientam os professores para o alinhamento entre suas práticas docen-tes e os objetivos e metas da escola, prestando assistência sempre que necessário.

A equipe escolar avalia o desempenho de seu pessoal e o da escola como um todo, bem como o seu esforço para mudança.

Docentes e não docentes demonstram entusiasmo no desempenho de suas funções.

ANEX

O 04

Page 155: Guia Lideranca 2012

153Programa de Liderança

5. GESTÃO DE PROCESSOS

Conselho escolar atuanteA escola dispõe de um Colegiado ou Conselho Escolar com funções e atribuições bem definidas.

O Colegiado ou Conselho funciona de maneira permanente.

O Colegiado ou Conselho realiza reuniões sistemáticas.

As reuniões do Colegiado ou Conselho são marcadas com antecedência, em horário que todos possam participar e com divulgação prévia da pauta.

Os segmentos representantes da comunidade interna e externa à escola têm participação efetiva no Colegiado ou Conselho.

Os processos de ensino, aprendizagem e gestão participativa da escola atendem ao que foi definido e validado pelo Cole-giado ou Conselho.

Utilização e controle dos recursos financeirosA direção é capaz de demonstrar que os insumos escolares adquiridos com os recursos provindos do governo, da comu-nidade e dos pais são alocados de acordo com as necessidades detectadas pela escola.

A direção tem objetivos claros para a aplicação dos recursos financeiros disponíveis, efetuando os gastos de acordo com os procedimentos legais.

A direção submete o planejamento para a aplicação dos recursos financeiros ao Colegiado ou Conselho Escolar, bem como a prestação de contas dos gastos efetuados.

A direção controla e registra de forma apropriada os gastos efetuados pela escola.

Planejamento das açõesA escola define conjuntamente seus objetivos, metas e estratégias e o plano de ação para alcançá-los.

O diretor e os professores tomam decisões conjuntas relativas ao horário escolar, aos livros-texto e demais recursos utilizados.

O currículo escolar é discutido e definido por toda a equipe escolar, com validação do Colegiado ou Conselho.

Os processos críticos da escola são gerenciados com auxílio de indicadores de desempenho com vistas à realização de melhorias.

Objetivos clarosOs objetivos da escola são claramente definidos e aceitos pela comunidade escolar.

Os profissionais da escola sabem o objetivo do seu trabalho e estão mobilizados para a análise e melhoria dos processos.

A escola tem autonomia para decidir sobre horários escolares, metodologias adotadas, equipamentos e materiais neces-sários.

A escola dispõe de critérios e instrumentos para determinar a eficácia escolar.

A escola estabelece metas de excelência.

ANEX

O 04

Page 156: Guia Lideranca 2012

154 Programa de Liderança

Rotina organizadaA escola dispõe de procedimentos administrativos bem definidos e padronizados e os utiliza.

As pessoas na escola conhecem e utilizam todos os procedimentos disponíveis para executar bem o seu trabalho.

Cada profissional da escola sabe medir e avaliar o resultado de seu trabalho.

Os dados necessários ao gerenciamento da escola são levantados de forma competente.

Os problemas que surgem na escola são comunicados à direção.

As atividades e processos desenvolvidos na escola são documentados e otimizados.

As informações circulam de maneira rápida e correta entre os diversos setores e colaboradores.

6. INFRAESTRUTURA

Instalações adequadas da escolaO prédio e o pátio escolar são bem conservados e têm aparência atrativa.

Os banheiros são limpos e mantidos em condições adequadas de uso.

A escola possui um espaço disponível para atividades de leitura e pesquisa.

As salas de aula, laboratórios e biblioteca estão em boa condição de uso.

As salas de aula, laboratórios, bibliotecas etc. são utilizados de forma adequada.

Os alunos têm consciência de sua participação na conservação do patrimônio escolar.

7. RESULTADOS

Desempenho acadêmico dos alunosOs históricos acadêmicos recentes mostram evolução favorável em relação às médias nacionais/estaduais/regionais.

Os dados de desempenho demonstram elevação na taxa de aprovação em todas as séries e disciplinas, a qual está situ-ada, atualmente, em patamares de excelência.

A taxa de abandono tem diminuído consistentemente a cada ano.

A média de aprovação dos alunos em Português e Matemática tem aumentado a cada ano e situa-se, atualmente, em patamares de excelência.

A distorção idade-série tem diminuído consistentemente a cada ano.

Desempenho geral da escolaHá evidências de que todas as metas estabelecidas no Plano de Ação da escola são integralmente cumpridas.

Os resultados da escola indicam tendência crescente no nível de satisfação da equipe escolar, dos pais e da comunidade em relação aos serviços prestados.

Há evidências de tendência de melhoria na qualidade dos processos de gestão e serviços da escola.

ANEX

O 04

Page 157: Guia Lideranca 2012

155Programa de Liderança

Planilhas de avaliação da eficácia escolar através de critérios de qualidade (Exemplo de aplicação com o critério ensino e aprendizagem)

PLANILHA DE AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE QUALIDADE Critérios de qualidade: Requisitos, Características, Avaliação e Evidências

Nome da escola

Município Estado

Diretor Coordenador

Data

Datas Participantes

ANEX

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Page 158: Guia Lideranca 2012

156 Programa de Liderança

1. Ensino e aprendizagem Atingida Parcialmente Atingida Não Atingida

Requisitos Características Avaliação Evidências1.

1 - Cu

rrícu

lo or

ganiz

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A escola possui e utiliza parâmetros curriculares;

A escola tem uma Proposta Pedagógica que orienta o processo de ensino e aprendizagem;

A escola tem objetivos e metas definidos na Proposta Pedagógica, para cada série ou ciclo e disciplina, de acordo com os parâmetros curricula-res adotados;

Os professores definem com o diretor e supervisor/orientador pedagó-gico a metodologia de ensino a ser seguida na escola;

Os conteúdos para cada disciplina e para cada série ou ciclo são organi-zados de forma sequencial;

Os professores sabem qual o conteúdo a ser trabalhado em cada série ou ciclo e em cada disciplina;

Os professores sabem qual o conteúdo trabalhado no ano anterior por outro professor;

As etapas e níveis de aprendizagem a serem alcançados pelos alunos estão claramente definidos;

Os objetivos de aprendizagem são cobertos e alinhados com as avalia-ções propostas;

A equipe escolar reúne-se para revisar o currículo a partir da avaliação, do monitoramento e da prática de cada professor.

Requisitos Características Avaliação Evidências

1.2 -

Prot

eção

do te

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Os eventos escolares e os assuntos administrativos são organizados e tratados com um mínimo de interrupção das aulas;

O tempo previsto para cada matéria é claramente definido e seguido pelos professores;

Os professores começam e terminam as aulas pontualmente;

A interrupção de aula devido à ausência de professores, reuniões, recesso etc. sempre é mínima;

Os professores dispõem de um plano de aula pronto quando os alunos entram em sala de aula;

A transição entre atividades desenvolvidas em sala de aula é rápida;

A maior parte do tempo dos alunos na escola é dedicada a atividades de aprendizagem;

Durante o tempo dedicado às aulas, os professores se concentram nas atividades de ensino.

ANEX

O 05

Page 159: Guia Lideranca 2012

157Programa de Liderança

1. Ensino e aprendizagem Atingida Parcialmente Atingida Não Atingida

Requisitos Características Avaliação Evidências

1.3 -

Prát

icas e

fetiv

as de

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la de

aula

Os professores procuraram constantemente propor atividades que propiciem a prática de valores e atitudes almejados;

O ritmo de instrução é ajustado para atender aos alunos que aprendem com maior ou menor facilidade;

Os alunos que não terminam as atividades durante a aula recebem orientação especial, para que se mantenham no ritmo da turma;

As disciplinas críticas recebem maior atenção por parte da escola e dos professores;

Os professores conhecem a necessidade da turma e dão atenção individual e estímulos aos alunos com dificuldades;

Os professores explicam aos alunos os objetivos das lições e da matéria numa linguagem simples e clara;

Os professores estabelecem uma relação entre as lições, assinalan-do aos alunos os conceitos ou habilidades-chave estudados ante-riormente;

Os professores estimulam a curiosidade e o interesse dos alunos, relacionando o conteúdo da lição com coisas relevantes do dia a dia dos alunos;

Durante as aulas, os professores fazem perguntas sobre pontos-chave da lição para verificar a compreensão e estimular o raciocínio dos alunos;

Exercícios, tarefas e provas são corrigidos e devolvidos rapida-mente, além disso, são usados para replanejar as atividades;

Os professores fazem elogios e críticas construtivas aos alunos em sala de aula;

Os professores evitam a ocorrência de interrupções em sala de aula, não desperdiçando o tempo de ensino e de aprendizagem;

Os problemas de disciplina são resolvidos na sala de aula, sem necessidade de encaminhar os alunos à direção.

ANEX

O 05

Page 160: Guia Lideranca 2012

158 Programa de Liderança

Requisitos Características Avaliação Evidências

1.4 -

Estra

tégia

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Os professores usam e articulam técnicas variadas de ensino, in-cluindo tarefas e deveres individuais, discussão em sala, trabalho em grupo, exercícios e monitorias;

Os professores utilizam televisão, vídeo, computador e outros materiais interativos, quando necessário;

Os alunos são ativamente engajados nas atividades de sala de aula;

Os professores utilizam material de uso social nas práticas peda-gógicas, estimulando os alunos a perceberem o vínculo entre as atividades escolares e extraescolares;

Os professores aproveitam os espaços externos para realizar atividades cotidianas como ler, contar, histórias, fazer desenhos etc.;

Os professores propõem atividades pedagógicas fora da escola, como passeios, excursões etc.

Requisitos Características Avaliação Evidências

1.5 -

Deve

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Os professores passam lição de casa sempre que necessário;

Os alunos fazem a lição de casa regularmente;

O conteúdo e a frequência do dever de casa são adequados à ida-de e ao ambiente familiar do aluno;

Os deveres de casa são passados em quantidade suficiente e em nível de dificuldade adequado para consolidar e ampliar o conhe-cimento do aluno;

O professor comenta com os alunos os deveres de casa reali-zados.

1. Ensino e aprendizagem Atingida Parcialmente Atingida Não Atingida

ANEX

O 05

Page 161: Guia Lideranca 2012

159Programa de Liderança

Requisitos Características Avaliação Evidências

1.6 -

Dispo

nibilid

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utiliz

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Os professores dispõem de materiais didáticos e pedagógicos adequados, que permitam atividades diversificadas dentro da sala de aula;

A equipe escolar conhece o material pedagógico e didático exis-tente na escola, sabe onde está guardado e utilizam-no quando necessário;

Os alunos podem identificar seus livros-texto e descrever seu conteúdo;

Os alunos podem identificar outros materiais de leitura;

Os alunos possuem caderno, lápis, borracha etc.

Requisitos Características Avaliação Evidências

1.7-

Avali

ação

cont

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os

Os professores fazem uma avaliação diagnóstica no início de cada etapa de ensino, para que possam por em prática seu planeja-mento de forma adequada às características dos alunos;

Os professores monitoram continuamente o progresso dos alu-nos e sabem quantos e quais estão com dificuldade na disciplina/conteúdo;

Há coleta de dados, arquivos e relatórios sobre o desenvolvi-mento dos alunos;

A avaliação do desempenho dos alunos em todos os níveis está adequada aos objetivos de ensino;

A equipe escolar utiliza os resultados de testes e relatórios de avaliação para localizar problemas potenciais e propor soluções;

A equipe escolar utiliza informações para fazer revisões da forma como o currículo está organizado, articulado e é trabalhando na escola;

A escola utiliza padrões de desempenho para avaliar a aprendiza-gem dos alunos com base nos parâmetros curriculares;

Os alunos têm clareza dos conteúdos e do grau de expectativa da aprendizagem que se espera deles nas avaliações;

Em momentos determinados, é delegada aos alunos a responsa-bilidade de se autoavaliarem;

São aplicados diferentes instrumentos de avaliação e propor-cionadas várias situações de aprendizagem para possibilitar o desenvolvimento das capacidades dos alunos, integrar os con-teúdos curriculares, contrastar os dados obtidos e observar a transferência das aprendizagens em contextos diferentes.

1. Ensino e aprendizagem Atingida Parcialmente Atingida Não Atingida ANEX

O 05

Page 162: Guia Lideranca 2012

160 Programa de Liderança

Planilha: Plano de Ação

Data

Esta

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Coord

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ANEX

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Módulo 3:Como promover observação

em sala de aula

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1. Aprender a olhar

Depurar o olhar é uma tarefa necessária em várias áreas das ciências humanas. O educador em especial, que convive com a interação entre seres humanos a todo tempo, precisa ter um “olhar” apurado do cotidiano escolar.

Esse olhar focado e direcionado é chamado de obser-vação e ele faz parte de um exercício metodológico sistematizado que se constitui em “fazer ciência”: ob-servar, registrar, refletir, avaliar e planejar.

Nosso olhar de todos os dias tende a enxergar apenas estereó-tipos que não nos permite ver a realidade. Para isso, é necessário Aprender a olhar, de modo sensível e instigador que nos leve a refletir sobre a realidade.

Este olhar envolve: atenção, presença, ver e ouvir. Madalena Freire (1996) nos explica que: “A ação de olhar e escutar é um sair de si para ver o outro e a realidade segundo seus próprios pontos de vista, segundo sua história”.

Este guia tem como objetivo orientar a equipe gestora para aprender a olhar situações peda-gógicas envolvidas na prática docente, sem deixar de considerar todas as variáveis que fa-zem parte daquele ambiente de trabalho. Por exemplo, ao observar um professor que tem uma turma com 40 alunos, não podemos querer que ele tenha a mesma prática se ele tivesse um grupo de 25 alunos. Temos que entender este contexto e dar feedbacks pertinentes à esta realidade.

O objetivo central de uma escola é fazer com que seus alunos aprendam. A observação da sala de aula (lugar privilegiado da aprendizagem) e o posterior feedback para os professores, tem a intenção de colaborar com a qualidade da educação, permitindo que seja elaborado um pla-nejamento da formação dos professores e da equipe docente a partir dos fatos observáveis, das discussões e estudos sobre os problemas, da busca de soluções e de novas estratégias para promover uma aprendizagem mais eficaz.

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Esta prática minimiza o desconforto dos professores ao se depararem com formações em serviço descontextualizadas da prática e que não atendem às suas expectativas. Ao serem analisados os fatos observados na aula, trazemos à tona as fragilidades, sendo possível de-senhar estratégias para superá-las.

Não há uma estratégia única para promover a observação em sala de aula. O mais importante é que a observação e o posterior feedback para o professor sejam caracterizados como ações de colaboração à sua aula.

Com o passar do tempo e a observação em sala de aula passando a fazer parte da cultura da es-cola, podemos aprimorar esta iniciativa, passando para uma estratégia de formação mais enri-quecedora, que é a Tematização da Prática, onde se propõe que este mesmo feedback seja com-partilhado com a equipe de professores e que se transforme em tema para formação em serviço.

A Tematização da Prática consiste em apresentar uma amostra do registro realizado em sala de aula, em vídeo ou por escrito, fruto da prática de um professor, para uma análise coletiva do grupo docente, tornando-se um objeto de estudo e aprimoramento, sendo possível entender a complexidade do objeto que se deseja estudar, sobre a concepção de ensino e aprendizagem que estão por trás das atividades propostas.

Esta é uma estratégia riquíssima de formação, pois ao distanciarmos da situação consegui-mos vê-la por outras perspectivas e, juntamente com a equipe docente e gestora, propor melhores ou diferentes situações de aprendizagem.

Para viabilizar uma ação como esta é necessário certo amadurecimento da equipe, ou seja, um amadurecimento tanto do observador, que deve ter competência para fazer registros re-levantes no ato de observar, quanto do observado, que deverá agir com naturalidade ao expor sua prática ao grupo.

Sabemos que se esse procedimento não é comum nas escolas, então um bom começo é iniciar as observações envolvendo somente observador e observado com feedbacks individuais para que o professor se sinta mais à vontade para receber críticas e sugestões de encaminhamen-tos. Com o tempo, a equipe vai sendo preparada para promover formações em serviço com feedbacks coletivos, adquirindo know-how que possibilite sustentar esta formação.

Neste guia trataremos da observação da sala de aula e do feedback individual para os profes-sores. A tematização da prática, fruto da discussão coletiva que poderá ser feita a partir destas observações, merece um detalhamento que não será explorado neste momento.

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2. O que é observar?

Observação é o exercício de um dos sentidos ou da integração de dois ou mais sentidos, com o objetivo de “perceber” o que existe, o que se passa no contexto, os movimentos dos ele-mentos da natureza, os componentes de um fato ou situação, a ordem de eventos, a comuni-cação entre as pessoas etc.

Observar não é apenas olhar, contemplar, senão ver e entender o que se vê. É uma capacidade da inteligência que pode ser desenvolvida, educada e utilizada para o bem próprio e coletivo. É necessário olhar, ver, entender e fazer um bom uso do que se aprendeu.

Uma observação, qualquer que seja o seu objetivo e as suas finalidades, deve inicialmente con-templar, como sugerem Selltiz et. al. (1967), quatro importantes questões:

O que deve ser observado? �

Quais os procedimentos a utilizar para garantir a validade das observações? �

Como registrar as observações? �

Que tipo de relação estabelecer entre o observador e o observado? �

Ao analisarmos as quatro questões que Selltiz coloca como essenciais para organizar a ação da observação, fazemos uma analogia em situações de observação de sala de aula, e propo-mos neste guia, os quatro marcos importantes, adaptados para a realidade escolar:

3.A devolutiva para o professor (feedback)

0 registro da observação

O foco da observação

0 procedimento da observação

4. 5. 6.

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A devolutiva para o professor (feedback)

0 registro da observação

0 procedimento da observação

4. 5. 6.3.O foco da observação

Madalena Freire nos ajuda a pensar sobre a ação do observador no ambiente escolar quando nos diz: “Observar uma situação pedagógica não é vigiá-la mas sim, fazer vigília por ela, isto é, estar e permanecer acordado por ela, na cumplicidade da construção do projeto, na cumplicida-de pedagógica”.

Ao cuidar da situação pedagógica, a equipe gestora demonstra seu foco na meta principal: fazer com que os alunos aprendam.

É na situação pedagógica que acontecem os principais momentos do aprendizado, então é ela que deve ser o foco de observação e cuidado da equipe gestora.

Podemos focar a observação em três direções e exemplificamos com alguns indicadores que podem ser contemplados em cada uma delas:

1 – Na aprendizagem individual e/ou coletiva:

A percepção do(s) educando(s) sobre o que aprendeu(ram); �

A percepção do que foi mais significativo; �

O entendimento das lacunas de aprendizagem etc. �

2 – Na dinâmica da sala de aula:

As relações estabelecidas entre os elementos do grupo e o objeto de conhe- �cimento;

Os momentos de tensão e caos; �

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Os momentos de relaxamento e ordem; �

Os grupos estabelecidos; �

As conversas e silêncios estabelecidos; �

O cumprimento dos objetivos da aula, bem como a possibilidade de observar �se houve um planejamento prévio dos objetivos a serem alcançados;

A organização da sala etc. �

3 – Na coordenação dos trabalhos

O trabalho do professor para contemplar as diferenças de aprendizagem e rit- �mos em sala de aula;

As estratégias do professor para lidar com os conflitos; �

As estratégias do professor para organizar e articular os conteúdos; �

A organização do tempo para a aprendizagem etc. �

No documento elaborado pelo Ministério da Educação em 2006, que explica o passo a passo de como fazer o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), em uma das suas etapas, sugere critérios de avaliação para verificar a eficácia escolar. Reconhecendo sua relevância, propomos o uso deste documento como base para definir os indicadores que farão parte do foco de observação.

O importante é que os indicadores sejam elencados antes de se entrar em sala de aula e que esta escolha seja discutida com os professores.

O documento do MEC deve servir apenas como sugestão. Novos focos surgirão a partir do exercício feito junto com os professores, olhando para a realidade da comunidade escolar e, também, na própria sala de aula, da interação que se estabelece entre o observador, o obser-vado e o próprio objeto que está sendo estudado, abrindo-se assim possibilidades de novos focos observáveis.

Um quadro completo com os indicadores de eficácia escolar pode ser visto no ANEXO 1 e mais detalhes de como organizar o instrumento de observação vai ser apresentado a posteriori.

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A devolutiva para o professor (feedback)

0 registro da observação

5. 6.0 procedimento da observação

4.3.O foco da observação

O como começar não é uma tarefa simples, portanto devemos estar atentos e cautelosos para a implementação dessa nova prática na escola. De início, é necessário definir de maneira mui-to clara o papel do observador na sala de aula. O observador deve encontrar um campo espe-cífico de interesse, observar o fluxo de informações, sem influenciar demasiadamente nos mesmos, sem se tornar cúmplice dos fatos observados ou mesmo promover distorções nos eventos. Ou seja, o foco do observador deve ser observar um evento e registrar o que real-mente ocorre. Deve cuidar para não fazer juízo de valor em sua descrição e sim em descrever os fatos observáveis de acordo com o foco escolhido.

Neste processo, muitas vezes os professores se sentem invadidos na presença de um obser-vador em sala de aula. Esta situação pode ser amenizada se, inicialmente, o observador en-trar na sala de aula no papel de um colaborador como, por exemplo, alguém que irá acompa-nhar algum aluno com dificuldade, ajudar em alguma tarefa específica, isto é, ser mais um para apoiar a aula. Qualquer que seja a estratégia para promover a observação em sala de aula, esta decisão deve ser negociada junto aos professores. Pode ser, inclusive, que na dis-cussão com a equipe, defina-se que a melhor estratégia é o observador não se envolver com a dinâmica da aula e isso deve ser respeitado.

Além do procedimento ter um combinado anterior entre o observador e o observado, deve-se também fazer combinados com o foco observável, ou seja, com os alunos. A presença inesperada da equipe gestora na sala de aula, sem um planejamento prévio, traz um clima de desconfiança e certa desorganização que não colabora com a implantação da prática de observação.

Outros procedimentos podem ser implementados para minimizar este desconforto como, por exemplo, ocultar o instrumental e o próprio observador, fazendo uso de uma câmera. Se essa solução não for viável, procura-se fazer com que o acompanhamento do observador desperte o mínimo de atenção possível e que sua presença passe a ser parte da rotina da sala de aula.

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A devolutiva para o professor (feedback)

6.0 registro da observação

5.3.O foco da observação

0 procedimento da observação

4.

O registro sistematizado deste processo é fundamental. É ele que irá validar a observação em sala de aula como um instrumento de qualificação da prática do professor.

No momento em que o observador está em sala de aula, ele está envolvido na situação, o que dificulta uma análise mais apurada da relação daquele professor com o grupo e todas as im-plicações envolvidas. O registro colaborará para que, posteriormente, ele resgate o que foi o processo daquele professor com o grupo e elabore uma proposta de feedback.

O registro e a observação podem vir juntos ou o registro pode ocorrer a posteriori, dependen-do da dinâmica estabelecida entre observador e observado. Se o observado entrou em sala de aula com uma função específica de colaboração, dificilmente ele conseguirá fazer isso conco-mitantemente.

No caso em que o registro não for feito de imediato, é importante que seja feito assim que possível para que não se percam detalhes importantes observados.

Sabemos que escrever não é fácil. É uma tarefa difícil, porque compromete mais do que falar, deixa marca, registra o pensamento. Mas também organiza e articula o pensamento na busca de conhecer o outro, a si e o mundo. É uma prática que deve ser valorizada não só nas atividades de observação em sala de aula, mas em diversos momentos da rotina escolar, contribuindo com a melhoria da qualidade contínua, rumo à uma Nova Educação, onde o foco é o desenvolvimento do aluno.

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Algumas sugestões de recursos para organizar os MIFs:

5.1 Memorial do Itinerário de Formação (MIF)

O registro da observação em sala de aula e das devolutivas para os professores fará parte do que aqui chamaremos de Memorial do Itinerário de Formação (MIF), um dossiê que será orga-nizado ao longo desta trajetória, com o objetivo de constituir a memória do processo de de-senvolvimento profissional e colaborar com o bom desempenho das atividades que ocorrem na sala de aula. O MIF é constituído por um conjunto de relatórios, planos de aula, fotos, víde-os, devolutivas ou qualquer outro instrumento que tenha relação com a atividade de obser-vação em sala de aula. Poderá possuir formas distintas de registro e armazenagem, desde que atenda às necessidades do grupo, constitua a memória desta ação e seja de fácil acesso a todos os envolvidos.

Uma pasta com plásticos, onde serão armazenados todos os documentos, fotos etc;

Um blog que, além de permitir a ar-mazenagem dos documentos acima, pode incluir material multimídia e permitir uma relação mais constante entre observador e observado.

5.2 Protocolo de Observação

O documento mais importante do MIF é o Histórico de Colaboração, um instrumento que tem como objetivo ser um guia de observação e fonte para registrar a prática do professor duran-te a atividade de observação.

Para que este documento seja legítimo, enfatizamos novamente a necessidade de ser cons-truído a partir de uma análise criteriosa dos focos de observação, envolvendo a equipe ges-tora e os professores.

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É importante destacar também que é necessário escolher os focos de observação antecipa-damente, pois o improviso não colabora com o bom desempenho da observação.

Para auxiliá-los neste desafio, neste guia sugerimos a organização do protocolo de observação contemplando as seguintes informações:

Eixos de observação: � na aprendizagem, na dinâmica e na coordenação;

Indicadores: � a serem escolhidos a partir do instrumento de análise da efi-cácia escolar (disponível no PDE) e no ANEXO 1 deste documento ou a partir de outros interesses da equipe docente ou, ainda, a partir da relação que se estabelece entre observador, observado e foco observável (alunos);

Fato Observado: � este campo deve ser assinalado com uma evidência no mo-mento da observação ou logo após o término da atividade para que não se perca nenhum detalhe;

Fato Não observado: � este campo deve ser assinalado caso não seja possível observar um fato durante a observação em sala de aula. Atenção: o fato de não ter sido possível observar um indicador não significa uma situação ne-gativa e sim apenas um fato, pois a observação é um recorte que se faz em um contexto de uma aula que não consegue abranger toda a complexidade de todas as situações presentes na sala de aula no dia a dia;

Destaque: � neste campo o observador deverá registrar pontos de atenção sobre os fatos observados para posterior reflexão e sugestão de encami-nhamentos. Deve ser preenchido, com calma, depois que for feita a refle-xão sobre o fato observado;

Encaminhamento inicial: � após a reflexão, o observador propõe um enca-minhamento inicial que será apresentado ao observado no momento do feedback;

Encaminhamento acordado: � no momento do feedback, o observador e o ob-servado deverão acordar se o encaminhamento inicial sugerido é pertinen-te ou não. Caso não seja, registrar neste campo o encaminhamento acorda-do entre ambas as partes.

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Percepção de aprendizagem dos alunos.

Organização e articulação dos conteúdos.

Aula de Ciências: os alunos demonstra-ram interesse pelo assunto.

Aulas expositivas e com textos de apoios.

Observei que os alunos estavam mui-to interessados na atividade de Ciên-cias proposta, sinal que o conteúdo está sendo bem trabalhado. Podemos aproveitar este entusiasmo e propor uma experiência que propicie uma ati-vidade empírica do conceito abordado. Na área de Ciências o procedimento de realizar experiências ajuda o aluno a se aproximar do conteúdo estudado tornando-o mais significativo. Sabe-mos, que, na idade em que se encon-tram, para se apropriarem de conteú-dos procedimentais próprios da área estudada, necessitam construir com-parações e discussões poderá partir de elementos e modelos, frutos da moderação feita pelos professores.

A seguir apresentamos, em mais detalhes, um exemplo da estrutura proposta do proto-colo de observação, no Anexo 2, disponibilizamos o modelo em formato editável para que possa ser preenchido ou adaptado pela equipe gestora junto com os professores, no mo-mento do planejamento desta ação.

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A devolutiva para o professor (feedback)

6.3.0 registro da observação

O foco da observação

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4. 5.

O feedback é uma palavra inglesa traduzida para o português como realimentação ou retroa-limentação.

Consiste em uma prática importante, pois é através dele que o gestor pode explicar ao profes-sor como aprimorar sua prática pedagógica, definir estratégias de desenvolvimento profissio-nal, corrigir desvios de comportamento e de atividades; reforçar as ações corretas; promover a motivação e autoestima e orientar sobre o que é esperado, metas e objetivos a alcançar.

Ao elaborar o feedback deve-se atentar para começar o diálogo elencando os pontos positi-vos e, a partir deles, trazer à tona os pontos a melhorar para que se qualifiquem.

Segundo Fela Moscovici (1997), o feedback se torna útil quando consegue atender as seguin-tes características:

Ser descritivo ao invés de apenas avaliativo, isto é, quando não há julgamento apenas, mas o relato com exemplos dos eventos;

Ser específico ao invés de generalizado. Deve-se procurar focar em comportamen-tos e atitudes específicas;

Ser compatível com as necessidades do observador e do observado. Quando atende só a necessidade do observador, costuma ser destrutivo. Deve-se levar em con-ta a necessidade do observado;

Ser dirigido para comportamentos que o observado possa modificar, pois se não for assim, ao considerar falhas em algo que não se consegue mudar, cria-se uma situ-ação muito frustrante e não construtiva;

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Ser solicitado ao invés de imposto. Quando o observador já possui um combinado anterior com o observado fica mais fácil sua execução;

Ser oportuno em relação ao tempo da devolutiva, pois se passar muito tempo entre o ato de observar e o feedeback perde-se o sentido do mesmo, tanto em relação ao elogio, quanto a crítica. Não guarde por meses algo importante a dizer. Faça o mais breve possível, estando atento ao local adequado e pessoas envolvidas;

Ser esclarecedor, assegurando uma comunicação precisa, por isso o uso de um pro-tocolo de observação combinado anteriormente com o grupo é essencial.

Contemplar todas essas características para um bom feedback não necessariamente garante o sucesso da prática de observação em sala de aula, pois, embora compreendidos e aceitos, não são fáceis de serem seguidos e nem recebidos.

Para quem recebe é difícil aceitar suas fraquezas e admiti-las para outra pessoa. O que está em questão é o profissionalismo do observado e isto pode afetar sua imagem ou status, deixando-o preocupado com que os outros dirão ou pensarão.

Para quem dá a devolutiva é fácil cair na armadilha de ver somente o comportamento do ob-servado, tornando-se muito avaliativo sem considerar o contexto geral da situação.

Quando o observado não estiver preparado para a devolutiva, a insistência só trará mais resis-tência, negando os procedimentos de validação e impedindo seu êxito. Será um esforço em vão!

6.1 Superando as dificuldades

Será natural surgirem dificuldades na implementação desta prática em Educação, pois não é comum em nossa cultura escolar, apesar de se acreditar na sua importância para estabelecer uma corresponsabilidade entre o professor e sua equipe gestora, assim como promover a melhoria da qualidade educacional e apoio aos profissionais para lidarem com as dificuldades da rotina de sala de aula.

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Portanto, algumas dicas são importantes de serem compartilhadas:

Estabeleça uma relação de confiança entre observador e observado para dimi- �nuir as barreiras;

Promova o reconhecimento de que a prática de observação em sala de aula é um �processo de avaliação conjunta entre os envolvidos no contexto, com foco na melhoria da qualidade da Educação;

Aprenda a ouvir e a receber, sem reações emocionais intensas, análises críticas �dos observados. Conduza de maneira que eles procedam da mesma forma;

Seja habilidoso ao falar sem utilizar palavras de duplo sentido que possam pro- �vocar ruído na comunicação. Uma estratégia interessante é, após a conversa, retomar os pontos principais evidenciados e os combinados.

6.2 Habilidades de comunicação

O tipo de relação que se estabelece entre o observador e o observado é extremamente in-fluenciada pela qualidade da comunicação constituída.

Além de levar em consideração as dicas já apresentadas no Guia do Planejamento Estratégico para promover uma boa comunicação, o gestor deve desenvolver habilidades específicas para organizar devolutivas aos professores, ou seja, feedbacks. Como habilidades de comunicação fundamentais, para atividades de feedback, elencamos o uso de paráfrases, perguntas es-clarecedoras e perguntas de sondagem.

A paráfrase consiste em dizer, com suas próprias palavras, o que disse outra pessoa, com o objetivo de verificar se há entendimento do que o outro falou.

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Exemplos de uso de paráfrase:

Pelo que entendi, a dificuldade para organizar grupos de trabalho com os alunos desta classe está relacionada aos problemas de relações interpessoais existen-tes entre eles. É isso mesmo?

Então você quer dizer que o desafio para promover uma pesquisa mais aprofunda-da sobre este tema está relacionado à falta de tempo e a necessidade de cumprir com todos os outros conteúdos estipulados para este bimestre. É isso mesmo?

Deixa eu ver se ficou claro... você está pensando em organizar uma visita ao cam-po com o objetivo de ampliar a visão dos alunos sobre a degradação do meio ambiente. É este mesmo o objetivo?

Como podemos ver neste exercício, a pessoa que fez o relato inicial (o observado) já tem a possibilidade de refletir sobre o que foi dito e avaliar se é pertinente ou não.

Caso não reconheça no discurso do observador sua fala original, expõe novamente suas ideias de outra forma. Uma frase clássica presente neste momento é: “Não é exatamente isso que eu quis dizer. Na verdade, a situação é essa, essa e essa...”.

Para realizar o uso de paráfrase deve-se ter habilidade de atenção, escuta ativa e empatia. Como resultado temos um entendimento melhor do discurso e transmite-se um sentimento de interesse pelo outro.

As perguntas esclarecedoras conduzem a uma imagem clara de uma situação específica apresentada ou ideia, sem fazer julgamento de valor ou generalizações. Estão sempre ligadas aos fatos, são rapidamente respondidas e são usadas para reunir informações. Exemplos de perguntas esclarecedoras:

Quando ocorreu o fato? �

Quantas pessoas estiveram envolvidas? �

O que aconteceu? �

Aonde aconteceu? �

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As perguntas de sondagem são aquelas elaboradas após o uso de perguntas esclarecedoras e paráfrases. São perguntas que levam o observado à reflexão sobre o fato ocorrido ou ideia. Tem como principal objetivo levar a pessoa diretamente envolvida na ação a refletir sobre o ocorrido e pensar em possíveis encaminhamentos. É uma estratégia muito interessante, pois tira do observador a responsabilidade de trazer respostas para os desafios encontrados na prática de sala de aula, levando o próprio observado a buscar soluções dentro da sua realida-de e competência. Isso não quer dizer que o gestor não pode colaborar com ideias. Mas, a primeira percepção de encaminhamento surge do próprio observado, tendo mais significado e relevância para ele. Neste movimento, o gestor é um moderador deste processo de reflexão e desenvolvimento profissional, exercendo seu papel de acordo com o que se espera de um lí-der contemporâneo.

Como exemplos de perguntas de sondagem podemos citar:

O que você sugere para superar este desafio? �

Que outra estratégia você já pensou para promover a aprendizagem? �

Qual outro encaminhamento poderíamos dar para este assunto? �

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A Web 2.0 além facilitar o compartilhamento de processos e de resultados da gestão escolar, também pode contribuir no geren-ciamento de atividades conjuntas.

Ações conjuntas envolvem pessoas e metas diferentes e, portanto, ritmos de trabalho distintos. Por isso, é importante usar ferramentas que adaptem os procedimentos a tais diferenças, sem que isso signifique perda de tempo ou eventual bloqueio de alguma etapa de trabalho. Com o Google Docs é possível colocar arquivos on-line e compartilhá-los com um grupo de pessoas, que po-dem editá-los a qualquer hora. Assim, evitam-se aquelas inúmeras trocas de versões de arquivos por e-mail, que acabam gerando mais confusão do que con-trole. Permite também que todos os documentos estejam disponíveis e de fácil acesso a todos, a qualquer hora e de qualquer lugar, colaborando para melhor gestão do conhecimento.

Como aproveitar melhor as tecnologias digitais para promover a observação em sala de aula

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1. Google Docs

Além de facilitar o compartilhamento de processos e de resultados da gestão escolar, a Web 2.0 também pode contribuir no gerenciamento de atividades conjuntas.

Tais ações envolvem pessoas e metas diferentes e, portanto, ritmos de trabalho distintos. Por isso, é importante usar ferramentas que adaptem os procedimentos a tais diferenças, sem que isso signifique perda de tempo ou eventual bloqueio de alguma etapa.

Imagine, por exemplo, que você e sua equipe elaboraram um plano de ação para a escola, no qual cada um assume uma tarefa. Como vimos no Módulo de Planejamento Estratégico, o acompanhamento da implementação do plano de ação é essencial para que os objetivos nele traçados sejam atingidos. Como fazer esse acompanhamento, sem depender apenas de reu-niões ou de cobranças presenciais?

Como ter um lugar em que os membros da sua equipe possam colocar os avanços que tive-ram, as dificuldades que enfrentam e as novas ideias para que todos os diretamente envolvi-dos possam acompanhar (quase) em tempo real?

Bem, ele existe: no Google Docs (http://docs.google.com), é possível colocar arquivos on-line e compartilhá-los com um grupo de pessoas, que podem editá-los a qualquer hora (e ao mes-mo tempo!). Assim, evitam-se aquelas inúmeras trocas de versões de arquivos por e-mail, que acabam gerando mais confusão do que controle.

Saiba mais!Conheça um pouco mais do Google Docs nesta página: http://goo.gl/Gb8Gc

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1.1. Criar documentos

No capítulo em que aprendemos a criar e gerenciar um blog, foi necessário criar uma conta no Google, lembra-se? Você, como gestor da instituição, usará aqueles dados para acessar o Google Docs, no endereço http://docs.google.com.

Para explorar essa nova ferramenta, que tal começarmos criando uma planilha on-line? Em termos de acompanhamento de tarefas, ela é uma excelente solução.

Faça você mesmo!

Passo 1Clique em Criar e escolha o tipo de documento que a equipe deseja criar. Em nosso caso, será a Planilha.

Passo 2Uma nova janela (ou aba) de seu navegador será aberta, com a planilha on-line pronta para ser editada. Repare que ela é muito parecida com a planilha eletrônica que vocês já estão acostumados (as) a usar!

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la 1.2. Editar planilha

Vamos criar a planilha para acompanhamento das tarefas previstas em um plano de ação. Usamos dados hipotéticos apenas para ilustrar nosso exercício, mas que tal fazer uma plani-lha para valer, com as metas e tarefas do plano de ação da equipe?

Faça você mesmo!

Passo 1Dê um nome à planilha. Basta clicar na aba Pági-na 1, localizada no canto inferior esquerdo da tela e escolher a opção Renomear... .

Passo 2Coloque o nome de um dos responsáveis por uma (s) das ações de seu plano. Cada planilha do docu-mento corresponderá a um responsável.

Passo 3Preencha a primeira linha da planilha com os itens Ação, Descrição, Prazo previsto, Situação atual e Observações. É simples: faça como você faria no Excel.

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Passo 4Nas linhas seguintes, insira os dados referentes às tarefas que estejam sob a responsabili-dade da pessoa que dá nome à planilha (no nosso exemplo, Roberto). Por exemplo: “Renovar equipamentos da sala de informática”, “Modernizar ambiente administrativo”, etc.

Passo 5Crie outras planilhas (no mesmo documento) para os outros responsáveis. Basta clicar no símbolo “+” que aparece no final da página:

Não se esqueça de renomear as planilhas com o nome dos responsáveis!

Passo 6A primeira linha de todas as planilhas deve ser a mesma.

Passo 7Salve a planilha, clicando no link Iniciar autosalvamento (no canto inferior direito da tela).

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la 1.3. Compartilhar

Você já deve ter notado que a palavra mais frequente neste Módulo é compartilhamento. Isso não é à toa!

Como vimos no capítulo sobre Facebook e blogs, compartilhar é importante para dar transpa-rência às atividades desenvolvidas na escola, e para estreitar os laços com pais, alunos, pro-fessores e comunidade. No caso de arquivos no Google Docs, além do compartilhamento, a palavra é colaboração.

O compartilhamento envolve a equipe no processo como um todo (seja ele o desenvolvimento do plano de ação, a elaboração de uma apresentação ou de um documento), pois promove a disseminação de um conhecimento que normalmente fica restrito às esferas de gestão.

Quando aliado à colaboração, ele faz com que os membros da equipe enxerguem o impacto da contribuição de cada um para alcançar o objetivo final. Consequentemente, estimula-se a par-ticipação. Em suma, é um processo que se retroalimenta.

É essencial, portanto, haver uma boa conversa com a equipe envolvida e deixar isso claro. Afinal, uma ferramenta passa a ser útil quando se compreende a importância de usá-la e o objetivo de fazê-lo. E um documento colaborativo só fará sentido se todos participarem, inse-rindo suas contribuições.

Dica!Comece compartilhando os conhecimentos adquiridos no decorrer deste capítulo. Que tal realizar um workshop com os membros da equipe, para ensiná-los a usar o Google Docs?

Com estes aspectos alinhados, é hora de ver como permitir que outras pessoas acessem e editem um documento da escola no Google Docs. Em nosso exemplo, abriremos a planilha de acompanhamento do plano de ação para que os envolvidos insiram seu progresso.

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Dica!Você também pode usar a opção de abrir para colaboração de outras pessoas na hora de criar uma apresentação de PowerPoint sobre o progresso na qualidade do ensino (peça para que outros membros da equipe acrescentem seus próprios dados) ou quando for produzir a ata de uma reunião (solicite aos participantes que ajudem a construi-la).

Faça você mesmo!

Passo 1Clique no botão Compartilhar, localizado no canto superior direito da tela.

Passo 2Clique no campo Adicionar pessoas:

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la Passo 3Digite o e-mail dos responsáveis en-volvidos no plano de ação. Separe os endereços com ponto-e-vírgula.

Mantenha a opção Pode editar marca-da, para que os responsáveis possam inserir seus progressos.

Passo 4Mantenha a opção Notificar pessoas por e-mail marcada. Assim, o Google Docs enviará um e-mail para as pessoas dizendo que você compartilhou um documento com elas, com o link para que elas possam acessá-lo.

Passo 5Se quiser, você pode escrever uma mensagem explicando do que se trata ou dando instru-ções de preenchimento. É só clicar em Adicionar mensagem.

Passo 6Clique em Compartilhar e Salvar. Pronto! Agora sim, a planilha on-line da escola passará a poupar encontros presenciais e tornar o pro-cesso de gestão mais prático! Os responsáveis por cada etapa do plano de ação poderão colo-car na planilha seus avanços (ou dificuldades) para que todos possam acompanhar o anda-mento do plano de ação.

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Dica!As pessoas com as quais você compartilhar um documento também precisarão ter uma conta no Google Docs para poderem acessá-lo e editá-lo.

Saiba mais!Você também pode abrir o acesso a um documento só para ser visualizado (não edita-do), ou deixá-lo público na Internet, para que qualquer pessoa possa editar. Veja todas as possibilidades de compartilhamento no Google Docs aqui: http://goo.gl/DtDEa

1.4. Ver mudanças feitas e versões anteriores

Em um documento colaborativo, é importante ter uma noção de quais alterações foram feitas, e por quem.

Faça você mesmo! Passo 1Clique na opção Arquivo, do Menu.

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la Passo 2Clique em Ver histórico de revisões.

O Google Docs mostra, em uma barra lateral à di-reita da tela, as modificações já feitas no docu-mento. Cada autor é identificado por uma cor, que é usada na planilha para marcar a mudança feita.

Passo 3Ao clicar em um histórico, a modificação é exibida na planilha, identificada pela cor do autor da mudança.

Passo 4Para sair do histórico de revisões, clique no “x” localizado no canto superior direito da barra lateral que o exibe.

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Dica!É possível reverter o documento para uma versão anterior, clicando na opção Restaurar esta revisão. Ela aparece quando se clica sobre um dos históricos.

Dica!Também é possível ver quem foi o último a fazer alterações em um documento na lista de documentos na página inicial do Google Docs.

1.5. Passar um arquivo do computador para o Google Docs

Embora a mobilidade da Internet já seja uma realidade em boa parte do país (com a conexão via celular e as redes sem fio), nem sempre é possível estar conectado para elaborar um do-cumento ou uma planilha on-line. Por isso, o Google Docs disponibiliza a função de fazer uplo-ad de um arquivo de seu computador.

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la Com ela, você pode carregar um arquivo (planilha, documento de texto, apresentação) feito no programa de sua preferência para o Google Docs, para então abri-lo à colaboração de outras pessoas.

Faça você mesmo!

Passo 1Clique no botão ao lado de Criar.

Passo 2Clique em Arquivos... .

Passo 3Navegue pelas pastas em seu computador e escolha o arquivo que deseja subir para o Google Docs (extensões: .doc, .docx, .ppt, .pptx, .xls, .xlsx e outros).

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Passo 4Escolha as opções para o carregamento. Como desejamos compartilhar o documento com ou-tros para que eles possam colaborar na elaboração dele, mantenha marcada a opção Conver-ter documentos, apresentações, planilhas e desenhos nos formatos correspondentes do Google Docs e clique em Iniciar upload.

Passo 5Aparecerá um quadro no canto inferior direito da tela, mostrando o progresso do carregamento do arquivo para o Google Docs. É só aguardar que ele se comple-te e fechar o quadro.

O documento aparecerá na sua lista de documentos do Google Docs

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la Passo 6Para compartilhá-lo, selecione-o.

Passo 7Clique no botão que aparece no topo da tela.

Passo 8É só seguir os passos do compartilhamento de um documento criado no Google Docs!

1.6. Coleções

No computador, é possível organizar seus ar-quivos em pastas, certo? No Google Docs, é possível agrupá-los em coleções. Para criar uma, basta clicar no botão Criar e selecionar a opção Coleção.

Para colocar um documento em uma coleção, é só fazer como no computador: arrastá-lo até a coleção em que se deseja que ele fique.

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1.7. Baixar arquivos que estão no Google Docs

Assim como é possível carregar arquivos no Google Docs, é possível baixá-los para o seu computador. Este é um recurso interessante para salvar a versão final de um relatório conjun-to, do andamento do plano de ação e de outros documentos no computador.

Faça você mesmo! Passo 1Na lista de documentos, selecione aquele que será baixado.

Passo 2Clique no botão Mais e selecione a opção Fazer download... .

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la Passo 3Será aberto um quadro para escolher o formato no qual se quer baixar os dados: se em uma planilha do Excel, documento do Word, apresentação do PowerPoint, do Open Office ou em PDF. Depois de selecionar o tipo de arquivo desejado, clique em Fazer download.

2. Windows Movie Maker

O compartilhamento de vídeos é um dos serviços mais usados na Internet atualmente, seja para informar, divertir ou registrar momentos em família e com os amigos. Isso se explica, em boa parte, pelo fato de o ser humano ser mais sensível às informações audiovisuais.

Diante disso, a produção e a publicação de vídeos é uma opção para compartilhar, de forma atraente, o que acontece no ambiente escolar. Os próprios alunos podem tomar parte dessa tarefa, na forma de uma atividade extracurricular!

Afinal, o crescimento da troca de conteúdo audiovisual alimentou a ampliação do acesso a dispositivos para produzi-lo: celulares, câmeras fotográficas digitais e filmadoras digitais es-tão ao alcance de boa parte da população. Em consequência, os recursos para trabalhar a produção feita por meio desses equipamentos também se tornou acessível.

O Windows Live Movie Maker se insere nesse contexto. É uma opção para realizar a edição básica de vídeos, sem que isso signifique necessariamente qualidade de produção domésti-ca. Por isso, oferecemos neste capítulo noções básicas do aplicativo, suficientes para começar a colocar a mão na massa!

A produção de vídeos no Movie Maker pode ser feita a partir de gravações feitas em vídeo di-gital ou também com base em uma coletânea de fotos. A seguir, iremos explorar a construção de vídeos com ambos os recursos.

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2.1. Importar fotos e construir um vídeo a partir de uma sequência de imagens

Uma maneira rápida, prática e econômica de produzir um vídeo é usar uma sequência de fo-tos. Afinal de contas, hoje em dia é possível tirar uma foto a qualquer momento – seja com a câmera do celular, seja com as câmeras digitais cada vez mais compactas.

Faça você mesmo!

Passo 1Acesse o Menu Iniciar, clique em Todos os programas e acesse o Windows Live Movie Maker.

Passo 2Clique na área indicada para selecionar as fotos escolhidas para compor o vídeo.

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la Dica!Procure envolver professores e alunos na escolha das fotos para montar o vídeo! Uma ideia é montar um painel na escola com as fotos e pedir que votem naquelas que eles acham mais bacanas para usar no vídeo.

Passo 3Selecione, dentre os arquivos da escola, as fotos escolhidas para compor o vídeo. É possível escolher várias fotos de uma vez: basta clicar sobre elas mantendo a tecla CTRL pressionada.

No lado esquerdo da janela, aparece uma tela em que você pode ver a primeira das fotos es-colhidas para formar o vídeo. No lado direito, a sequência completa de fotos selecionadas, na ordem em que aparecerão no vídeo.

Repare que, no início da sequên-cia de fotos, há uma barrinha preta. Se você arrastá-la ao lon-go da sequência, poderá avançar ou retroceder a uma das fotos.

Passo 4Hora de definir a ordem em que as imagens aparecerão. É possível alterar a sequência das fotos: basta clicar sobre uma delas e arrastá-la para a posição em que se deseja que ela apareça. Use a barrinha preta mencionada acima como referência, para saber aonde a foto será movida.

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Passo 5Pode-se mudar o tempo pelo qual uma imagem será exibida. Clique sobre a imagem cujo tempo de exi-bição se deseja aumentar ou encur-tar. Então, acesse a aba Editar, da área Ferramentas de vídeo. Escolha a Duração (em segundos) e pronto!

2.2. Efeitos de transição de imagens

A entrada em cena das fotos escolhidas pode ser mais do que uma mudança brusca: pode ser animada! A troca pode ser feita de um jeito mais suave, por meio de figuras geométricas ou efeitos de zoom.

Faça você mesmo! Passo 1Acesse a aba Animações, no Menu.

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la No lado esquerdo da aba, estão as Transições disponíveis. Passe o mouse sobre uma delas e fique de olho na tela localizada no lado esquerdo da janela para ver o que cada uma faz. Para ver todas as Transições, clique na seta ao lado direito da lista (circulada em vermelho).

No lado direito da aba, estão os “efeitos de câmera” disponíveis (Panorâmica e zoom). Eles aplicam movimentos à imagem, como se fosse uma câmera de vídeo (zoom, movimento as-cendente ou descendente, giros, etc.). Para ver todos os efeitos, clique na seta ao lado direito da lista (circulada em vermelho).

Dica!Se optarem por usar transições, não usem “efeitos de câmera”, e vice-versa. Combinar os dois tipos de efeito acrescenta informação demais ao vídeo e pode ficar cafona.

Passo 2Selecione a imagem sobre a qual o efeito será aplicado, clicando sobre ela.

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Passo 3Clique sobre a animação que desejam usar.

Dica!No caso de uma Transição, é possível definir também a Duração (em segundos).

Dica!Para aplicar a mesma animação a todas as imagens, use o botão Aplicar a todos.

2.3. Inserir tela de título

Em qualquer filme, mesmo nos mais curtinhos, é importante exibir o título. Assim, o espec-tador já tem uma ideia do que esperar (e do que não esperar também)!

No Movie Maker, é possível criar uma tela com o título do filme da escola de maneira bastan-te prática.

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la Faça você mesmo! Passo 1Clique no botão Título, localizado na aba Início, do Menu.

Um quadro aparece no lado esquerdo da janela, para colocar o texto do título escolhido.

Repare no lado direito da janela: a tela de título será inserida an-tes da sequência de fotos.

Passo 2Digite o título do vídeo da escola no quadro. É bastante simples, faça como se editasse um slide do PowerPoint!

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Passo 3Edite a tela de título: escolha a cor de fundo e as configurações de fonte. Basta usar as Ferra-mentas de Texto que aparecem no Menu.

Passo 4Defina o tempo pelo qual o texto de título aparecerá. Use o campo Duração do texto: . Recomendamos usar 3 segundos para um título curto.

Passo 5Determine o tempo pelo qual o plano de fundo do título aparecerá. Para isso, será preciso acessar a aba Ferramentas de Vídeo. Então, use a opção Dura-ção: e configure para o mesmo tempo aplicado ao texto de título (em nosso exemplo, 3 segundos).

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la Passo 6Quer ver como está ficando? Clique no botão de Play localizado abaixo do quadro no lado esquerdo da janela!

Dica!É importante incluir a equipe e os alunos que participam do vídeo na escolha do título e das configurações (cores, fontes, tempo de duração, etc.). Afinal, é uma produção con-junta: mesmo que só uma pessoa tenha filmado, o conteúdo (uma apresentação dos alunos, ou mesmo uma aula) foi feito por um grupo de pessoas!

2.4. Animação do título

A abertura dos filmes não é apenas mostrar o título, certo? A maneira como ele entra na cena também faz diferença: pode aumentar a disposição do público para assistir ao vídeo da esco-la ou dar a impressão de que se trata de algo tedioso.

Faça você mesmo!

Passo únicoEscolha a animação do título, entre as opções disponíveis na aba Formato do Menu. É só clicar sobre uma das opções para ver o efeito correspondente.

Para ver todas as opções de efei-to disponíveis, clique nas setas localizadas no lado direito do quadro em que elas estão.

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Dica!Tome cuidado para não exagerar nos efeitos! Muita pirotecnia também pode afastar o público, ao dar a impressão de que não se trata de algo muito sério.

2.5. Inserir legenda

No caso de algumas fotos, é interessante colocar uma legenda para detalhar o que está sen-do retratado. As legendas também podem servir para transmitir informações complementa-res (como é feito nos telejornais, quando exibem o nome e o cargo dos entrevistados, por exemplo) ou imprimir sentimentos (como era feito na época do cinema mudo).

Faça você mesmo!

Passo 1Posicione a linha preta que aparece junto à sequência de imagens no ponto que se deseja inserir a legenda (pode ser logo nos primeiros momentos em que a imagem aparece, ou um pouco depois).

Passo 2Clique no botão Legenda, localizado na aba Início, do Menu.

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la Passo 3Escrevam a legenda! Tal como no caso da tela de título, basta fazer como se fosse uma apresenta-ção de PowerPoint.

Passo 4Use os conhecimentos já adquiridos ao inserir uma tela de início no vídeo e personalize as configurações de aparência e duração da legenda na tela.

2.6. Inserir música

A trilha sonora pode agregar tanta informação e sentimento a um vídeo quanto uma legenda. Prova disso é que as premiações de audiovisual têm categorias específicas para esse aspecto das produções!

Acrescentar uma música ao vídeo da escola é bastante simples, como veremos em tutorial mais adiante. O que vai exigir mais atenção é a escolha do áudio, pois é preciso observar a questão dos direitos autorais.

O serviço de compartilhamento de vídeos na Internet mais usado no mundo, o YouTube, tem por política remover vídeos que usem, sem autorização, conteúdo protegido por leis de direi-tos autorais (músicas, fotos, trechos de vídeos). Por isso, apesar de ser tentador, pode não ser legal colocar a música favorita de alguém em um vídeo, caso ela esteja protegida.

Geralmente, esse tipo de conteúdo protegido vem marcado com as expressões em inglês Copyright ou All rights reserved. Em português, usa-se a frase Todos os direitos reservados.

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Mas calma, nem tudo está perdido: alguns compositores e artistas abrem mão dos direitos autorais e disponibilizam sua produção na Internet para ser usada livremente. Assim, ela pode ser remixada, aplicada a um vídeo, usada como se bem entender.

Para identificar esse conteúdo livre caso não haja uma autorização expressa do artista, veja se ele está marcado com a licença Creative Commons. Ela é uma autorização para reutilização e reprodução de materiais (fotos, músicas, textos, etc.).

Dica!Sugerimos o site Jamendo (http://www.jamendo.com/br/) para encontrar e baixar gratuitamente músicas cujo uso é liberado pelos compositores e músicos. Há bastante coisa de qualidade! Pode-se encontrar o que precisa filtrando por estilos de música ou pelos mais populares.

Faça você mesmo!

Passo 1Clique no botão Adicionar uma música e escolha a opção Adicionar uma música... .

Passo 2Localize o arquivo de música que desejam usar como trilha sonora e selecione-o.

Aparecerá uma faixa sobre a linha do tempo (lado direito da janela), indicando que a música foi inserida e em que trechos do vídeo ela será reproduzida.

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la 2.7. Importar um vídeo de seu computador

O MovieMaker também pode ser usado para editar filmagens. Uma vez que você tenha passa-do sua gravação de vídeo da câmera para o computador, é bem fácil colocá-la no programa para fazer as mudanças desejadas.

Faça você mesmo!

Passo 1Clique na área indicada para se-lecionar o vídeo escolhido.

Passo 2Selecione, dentre os arquivos da escola, o vídeo escolhido para ser editado. Atenção! Ele só pode estar nos formatos citados na lista: http://goo.gl/yqkvh.

No lado esquerdo da janela, aparece uma tela em que você pode ver o vídeo escolhido para ser editado. No lado direito, uma fila de imagens do vídeo, chamada linha do tempo.

Repare que, no início da linha do tem-po, há uma barrinha preta. Se você arrastá-la ao longo da linha do tem-po, poderá avançar ou retroceder a trechos específicos do vídeo.

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Saiba mais!Também é possível importar um vídeo diretamente de uma câmera. Veja como fazer aqui: http://goo.gl/39dm9

Dica!O procedimento de inserir títulos, legenda e música a um vídeo é o mesmo usado para a sequência de fotos.

Dica!Você pode controlar o volume da música para deixá-la apenas como fundo, sem interfe-rir no áudio original do seu vídeo. Basta acessar a aba Ferramentas de Música e usar o botão Volume da música.

Isso é muito útil para quando há alguém falando durante o vídeo, por exemplo.

2.8. Cortar vídeos

Como já é de conhecimento geral, os vídeos produzidos para serem publicados na Internet são tradicionalmente curtos. A maioria dos serviços de compartilhamento desse tipo de conteúdo, inclusive, estabelece limites para o tamanho das produções que serão postadas neles.

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la Assim sendo, quase sempre será preciso que vocês selecionem apenas alguns trechos das suas filmagens para compartilhar na web. Não é muito difícil fazê-lo no Movie Maker. Acompa-nhe o passo-a-passo a seguir para comprovar!

Faça você mesmo!

Passo 1Acesse a aba Ferramen-tas de Vídeo e selecione a Ferramenta de corte.

O Menu do Movie Maker dará lugar às opções de corte.

Passo 2Use as barras que aparecem abaixo da tela de exibição do vídeo para determinar que partes a equipe escolheu para dexiar de fora. Arraste a barra da esquerda até o ponto que vocês desejam que o vídeo comece. Faça o mesmo com a barra da direita, para determinar onde foi decidido que ele deve terminar.

A linha azul que aparece entre as barras indica o que restará do vídeo após o corte.

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Passo 3Salve o corte, clicando no botão cor-respondente.

Dica!Se mudar de ideia e não quiser mais aplicar o corte, basta usar a opção ao lado (Cancelar).

2.9. Montar vídeo com várias partes diferentes

Você pode usar esse conhecimento de corte para montar um vídeo com várias partes diferen-tes da filmagem ou juntando pedaços de produções distintas.

Faça você mesmo! Passo 1Após realizar o corte do primeiro trecho, acesse a aba Início do Menu e clique em Adicionar vídeos e fotos.

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la Passo 2Se a intenção for montar um vídeo com várias partes da mesma filmagem, selecione o arquivo correspondente a ela. Se a ideia for montar um vídeo com partes de outra produção, selecione o arquivo correspondente a essa outra filmagem.

Ele será acrescentado à linha do tempo:

1. Trecho de vídeo resultante do primeiro corte

2. Vídeo adicionado

Passo 3Aplique o corte escolhido no trecho adicionado!

2.10. Salvar seu vídeo

Depois de terminar a edição, é hora de salvar o vídeo. As opções estão no botão Salvar filme, localizado na aba Início do Menu.

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Se quiser salvar a edição para continuar mais tarde, selecione a opção Salvar projeto, locali-zada na Barra de acesso rápido (canto superior esquerdo da janela):

2.11. Publicar vídeo na web

Voltemos à palavra-chave deste módulo: compartilhamento. O grande objetivo de produzir um vídeo que mostre alguma atividade realizada na escola ou mesmo seu cotidiano é mostrar isso aos pais, à comunidade e aos próprios personagens do vídeo (alunos, funcionários e professores).

Assim como acontece com os posts do blog, um vídeo pode mostrar visões diferentes de uma mesma realidade e promover um maior envolvimento de todos com a escola. A qualidade da educação ali oferecida só tem a ganhar com isso.

Como o YouTube é o site de compartilhamento de vídeos mais popular atualmente, nosso foco estará voltado à publicação nessa plataforma.

Dica!Não esqueça de que é preciso ter autorização de imagem de todas as pessoas que apa-recem no vídeo antes de publicá-lo na Internet!

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la Faça você mesmo!

Passo 1Acesse o site www.youtube.com.

Passo 2Clique em Fazer login.

Passo 3Use os dados de uma conta Google para entrar.

Passo 4Clique em Enviar vídeos.

Passo 5Clique em Enviar vídeo e selecione o arquivo que será publicado. Aguarde o fim do upload e do processamento.

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Passo 6Preencha as informações sobre o vídeo. Embora elas não sejam todas obrigatórias, procurem fornecer a maior quantidade delas: são importantes para facilitar a localização do vídeo quan-do alguém fizer uma busca! E, claro, para que o público saiba do que se trata.

Quando terminar, clique em Salvar alterações.

Passo 7Pronto! O vídeo da escola está na rede. Pegue o link na parte superior do site e espalhe por aí! Não se esqueça de que ele também pode ser publicado no blog da escola!

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la 2.12. Inspirações

Veja alguns vídeos que podem lhe inspirar na hora de produzir os da escola em que você trabalha!

Festa Junina E. M. Cecília Meireles 2010

http://youtu.be/BfaQ_l30hI0

Une trechos diferentes de uma mesma filmagem, recurso que você aprendeu a usar neste capítulo, e tem uma solução interessante para a trilha sonora: são os próprios alunos da escola que cantam!

Projeto: Identidade – Escola Centro Oeste – Goiânia

http://youtu.be/VoWSmbz34yE

Mostra uma alternativa para quem não tem condições de filmar as atividades da escola: unir fotos em um vídeo. O procedimento de montagem desse tipo de vídeo no Movie Maker é o mesmo de um filme convencional. É só escolher fotos ao invés de vídeos, quando for adicionar arquivos à linha do tempo. Atenção, porém, à trilha sonora. Neste exemplo, foi usada uma música que tem os direitos autorais protegidos.

O melhor lugar para se aprender e conviver na Escola

http://youtu.be/U-G8dohFbRs

A edição é simples e direta, o que favorece o cumprimento do objetivo do vídeo: trans-missão de conhecimento adquirido em atividade escolar. Nota-se que a elaboração con-tou com a participação ativa dos estudantes (provavelmente, incluindo a roteirização). Só é preciso tomar cuidado na captação do áudio – neste vídeo, às vezes é difícil enten-der o que está sendo dito.

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Programa de Liderança

Conclusão

Sendo o sucesso escolar a meta principal da escola e de sua comunidade, a utilização da prá-tica de observação em sala de aula e a elaboração de um feedback apresentado neste guia, contribui para fazer do momento de ensino e aprendizagem um objeto de estudo que permi-te refletir sobre ele e superar suas fragilidades.

Sabemos que este instrumento de intervenção não é o único responsável pela boa qualidade de ensino oferecida; o cotidiano escolar é repleto de vida e compõe uma imensa complexidade de ações e interações que merecem ser detalhadamente analisadas. Acreditamos que a esco-la deva investir em sua qualificação analisando os aspectos do seu interior e, a partir daí, analisar os aspectos exteriores que influenciam em sua qualidade. Nesse pressuposto, este instrumento de observação consegue atender a necessidade de um olhar mais atento para dentro das escolas, portanto importante para a melhoria dos processos internos da mesma.

A cooperação da equipe diretiva com a ação do professor propõe um clima positivo de colabo-ração e corresponsabilidade com o sucesso escolar.

Todos os agentes de atuação de uma escola devem estar motivados e empenhados em busca de sua qualificação e é a equipe gestora que irá proporcionar este clima de atuação positiva entre as pessoas. Daí sua grande responsabilidade em administrar processos internos e ex-ternos que tragam ao seu grupo esse sentimento de comprometimento.

O trabalho em grupo não é tão simples, trazer todos em torno de uma tarefa com um único objetivo exige empenho e qualificação da equipe gestora. Fortalecida poderá ampliar este sentimento de cooperação com toda a sua comunidade.

Para ilustrar a importância do trabalho em grupo colocamos uma bela poesia de Madalena Freire que esclarece o quanto o sentimento de empatia favorece a acei-tação do outro e colabora com a realização da tarefa e, por consequência, com o sucesso em seus objetivos traçados.

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214 Programa de Liderança

EU NÃO SOU VOCÊ, VOCÊ NÃO É EU

Eu não sou você

Você não é eu.

Mas foi vivendo minha solidão

Que conversei com você

E você, conversou comigo na sua solidão?

Ou fugiu dela, de mim e de você?

Eu não sou você

Você não é eu

Mas sou mais eu, quando consigo lhe ver.

Porque você me reflete

No que eu ainda sou

No que já sou e

No que quero vir a ser…

Eu não sou você

Você não é eu

Mas somos um grupo, enquanto somos capazes de, diferenciadamente,

eu ser eu, vivendo com você e

você ser você, vivendo comigo.

(Madalena Freire)

Eu não sou você

Você não é eu

Mas sei muito bem de mim

Vivendo com você.

E você, sabe muito de você vivendo comigo?

Eu não sou você

Você não é eu.

Mas encontrei comigo e me vi

Enquanto olhava pra você

Na sua, minha insegurança

Na sua, minha desconfiança

Na sua, minha competição

Na sua, minha birra infantil

Na sua, minha omissão

Na sua, minha firmeza

Na sua, minha impaciência

Na sua, minha prepotência

Na sua, minha fragilidade doce

Na sua, minha mudez aterrorizada

E você se encontrou e se viu, enquanto olhava pra mim?

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Programa de Liderança

Segue um quadro síntese dos passos que compõe um planejamento para a observação em sala de aula:

Definir o foco da abservação.

Definir os professores que serão observados.

Legitimar sua presença na sala de aula.

Observar e registrar os fatos relevantes observáveis sobre o foco escolhido.

Gerenciar possíveis crises que possam ocorrer.

Saber retirar-se da sala de aula.

Analisar os dados.

Elaborar o feedback.

Dar a devolutiva para o professor.

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216 Programa de Liderança

Referências bibliográficas

FREIRE, Madalena. Observação, registro, reflexão: instrumentos metodológicos I. São Paulo: Espaço Pedagógico, Série Seminários, 1996.

__________________. Grupo indivíduo, saber e parceria: malhas do conhecimento. São Paulo: Espaço Pedagógico, Série Seminários, 1997.

MEC/FNDE/DIPRO/FUNDESCOLA. Como elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola. Brasília: 2006.

MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal, treinamento em grupos. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1997.

Revista Gestão Escola – Ano II – nº 8 – junho/julho 2010 – Editora Abril – Fundação Victor Civita.

VIANNA, Heraldo Marelim. Pesquisa em educação: a observação. Brasília: Liber Livro, 2007.

SELLTIZ, Claire; JAHODA, Maire; DEUTSCH, Morton; COOK, Stewart W. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder/Edusp, 1967.

WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. 2ª ed, São Paulo: Ática, 2000.

Anexos

ANEXO 1 - Indicadores para análise da eficácia escolar

ANEXO 2 - Modelo de Histórico de Colaboração

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217Programa de Liderança

ANEX

O 01

ANEXO 1 – Indicadores para análise da eficácia escolar

ENSINO E APRENDIZAGEMCurrículo organizado e articulado:

A escola possui e utiliza parâmetros curriculares.

A escola tem uma Proposta Pedagógica que orienta o processo de ensino e aprendizagem.

A escola tem objetivos e metas definidos na Proposta Pedagógica, para cada série ou ciclo e disciplina, de acordo com os parâmetros curriculares adotados.

Os professores definem com o diretor e supervisor/orientador pedagógico a metodologia de ensino a ser seguida na escola.

Os conteúdos para cada disciplina e para cada série ou ciclo são organizados de forma sequencial.

Os professores sabem qual o conteúdo a ser trabalhado em cada série ou ciclo e em cada disciplina.

Os professores sabem qual o conteúdo trabalhado no ano anterior por outro professor.

As etapas e níveis de aprendizagem a serem alcançados pelos alunos estão claramente definidos.

Os objetivos de aprendizagem são cobertos e alinhados com as avaliações propostas.

A equipe escolar reúne-se para revisar o currículo a partir da avaliação, do monitoramento e da prática de cada professor.

Proteção do tempo da aprendizagem:

Os eventos escolares e os assuntos administrativos são organizados e tratados com um mínimo de interrupção das aulas.

O tempo previsto para cada matéria é claramente definido e seguido pelos professores.

Os professores começam e terminam as aulas pontualmente.

A interrupção de aula devido à ausência de professores, reuniões, recesso etc. sempre é mínima.

Os professores dispõem de um plano de aula pronto quando os alunos entram em sala de aula.

A transição entre atividades desenvolvidas em sala de aula é rápida.

A maior parte do tempo dos alunos na escola é dedicada a atividades de aprendizagem.

Durante o tempo dedicado às aulas, os professores se concentram nas atividades de ensino.

Práticas efetivas dentro de sala de aula

Os professores procuraram constantemente propor atividades que propiciem a prática de valores e atitudes almejados.

O ritmo de instrução é ajustado para atender aos alunos que aprendem com maior ou menor facilidade.

Os alunos que não terminam as atividades durante a aula recebem orientação especial, para que se mantenham no ritmo da turma.

As disciplinas críticas recebem maior atenção por parte da escola e dos professores.

Os professores conhecem a necessidade da turma e dão atenção individual e estímulos aos alunos com dificuldades.

Os professores explicam aos alunos os objetivos das lições e da matéria numa linguagem simples e clara.

Os professores estabelecem uma relação entre as lições, assinalando aos alunos os conceitos ou habilidades-chave estuda-dos anteriormente.

Os professores estimulam a curiosidade e o interesse dos alunos, relacionando o conteúdo da lição com coisas relevantes do dia a dia dos alunos.

Page 220: Guia Lideranca 2012

218 Programa de Liderança

Durante as aulas, os professores fazem perguntas sobre pontos-chave da lição para verificar a compreensão e estimular o raciocínio dos alunos.

Exercícios, tarefas e provas são corrigidos e devolvidos rapidamente, além disso, são usados para replanejar as atividades.

Os professores fazem elogios e críticas construtivas aos alunos em sala de aula.

Os professores evitam a ocorrência de interrupções em sala de aula, não desperdiçando o tempo de ensino e de aprendizagem.

Os problemas de disciplina são resolvidos na sala de aula, sem necessidade de encaminhar os alunos à direção.

Estratégias de ensino diferenciadas

Os professores usam e articulam técnicas variadas de ensino, incluindo tarefas e deveres individuais, discussão em sala, trabalho em grupo, exercícios e monitorias.

Os professores utilizam televisão, vídeo, computador e outros materiais interativos, quando necessário.

Os alunos são ativamente engajados nas atividades de sala de aula.

Os professores utilizam material de uso social nas práticas pedagógicas, estimulando os alunos a perceberem o vínculo entre as atividades escolares e extraescolares.

Os professores aproveitam os espaços externos para realizar atividades cotidianas como ler, contar histórias, fazer dese-nhos etc.

Os professores propõem atividades pedagógicas fora da escola, como passeios, excursões etc.

Deveres de casa frequentes e consistentes

Os professores passam lição de casa sempre que necessário.

Os alunos fazem a lição de casa regularmente.

O conteúdo e a frequência do dever de casa são adequados à idade e ao ambiente familiar do aluno.

Os deveres de casa são passados em quantidade suficiente e em nível de dificuldade adequado para consolidar e ampliar o conhecimento do aluno.

O professor comenta com os alunos os deveres de casa realizados.

Disponibilidade e utilização de recursos didático-pedagógicos

Os professores dispõem de materiais didáticos e pedagógicos adequados, que permitam atividades diversificadas dentro da sala de aula.

A equipe escolar conhece o material pedagógico e didático existente na escola, sabe onde está guardado e o utiliza quando necessário.

Os alunos podem identificar seus livros-texto e descrever seu conteúdo.

Os alunos podem identificar outros materiais de leitura.

Os alunos possuem caderno, lápis, borracha etc.

ANEX

O 01

Page 221: Guia Lideranca 2012

219Programa de Liderança

ANEX

O 01

Avaliação contínua do rendimento dos alunos

Os professores fazem uma avaliação diagnóstica no início de cada etapa de ensino, para que possam por em prática seu planejamento de forma adequada às características dos alunos.

Os professores monitoram continuamente o progresso dos alunos e sabem quantos e quais estão com dificuldade na disciplina/conteúdo.

Há coleta de dados, arquivos e relatórios sobre o desenvolvimento dos alunos.

A avaliação do desempenho dos alunos em todos os níveis está adequada aos objetivos de ensino.

A equipe escolar utiliza os resultados de testes e relatórios de avaliação para localizar problemas potenciais e propor soluções.

A equipe escolar utiliza informações para fazer revisões da forma como o currículo está organizado, articulado e é traba-lhando na escola.

A escola utiliza padrões de desempenho para avaliar a aprendizagem dos alunos com base nos parâmetros curriculares.

Os alunos têm clareza dos conteúdos e do grau de expectativa da aprendizagem que se espera deles nas avaliações.

Em momentos determinados, é delegada aos alunos a responsabilidade de se autoavaliarem.

São aplicados diferentes instrumentos de avaliação e proporcionadas várias situações de aprendizagem para possibilitar o desenvolvimento das capacidades dos alunos, integrar os conteúdos curriculares, contrastar os dados obtidos e observar a transferência das aprendizagens em contextos diferentes.

CLIMA ESCOLAR

Estabelecimento de altos padrões de ensino

Os professores têm claro os objetivos de aprendizagem que devem ser alcançados por todos os alunos.

O diretor e os professores são capazes de citar as metas e os objetivos curriculares da escola para pais de alunos e demais pessoas da comunidade escolar.

O diretor e os professores comunicam aos alunos as metas de aprendizagem e de comportamento estabelecidas.

Os alunos com dificuldades de aprendizagem recebem auxílio, estímulo e apoio para atingir o nível de aprendizagem esperado.

O diretor e os professores monitoram regularmente o desempenho dos alunos, identificando aqueles que estão em dificul-dades em cada disciplina.

O diretor acompanha, com frequência, o desempenho dos professores e o desenvolvimento de seus programas curriculares.

A escola dispõe de parâmetros e instrumentos que permitem acompanhar o desempenho de professores e alunos.

A escola estabelece uma relação clara entre os objetivos de aprendizagem, as atividades de ensino e a avaliação dos alunos.

A equipe escolar define padrões de desempenho para avaliar os alunos, com base nos parâmetros curriculares adotados.

A escola prevê apoio e orientação na implementação do currículo.

O professor planeja, no começo do ano, como trabalhará sua disciplina durante o ano letivo, informando os alunos sobre seu plano de trabalho.

O plano de curso do professor contém as informações necessárias sobre a matéria, como ensiná-la e como avaliá-la.

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220 Programa de Liderança

Altas expectativas em relação à aprendizagem dos alunos

No contato com pais e alunos, diretor e professores expressam sua confiança na capacidade de aprendizagem dos alunos, independentemente da etnia, classe social ou outras características pessoais.

O diretor, no contato com professores, expressa sua confiança na capacidade de aprendizagem dos alunos.

A direção mantém o ensino e a aprendizagem como centro do diálogo e atenção de toda a equipe escolar.

Comunicação regular entre a equipe escolar, pais e a comunidade

O diretor promove reuniões frequentes com o corpo docente, com pauta antecipada.

A comunicação da escola com os pais e a comunidade é frequente.

Os pais entram em contato com o diretor por iniciativa própria.

O diretor envolve-se em atividades organizadas pela comunidade.

A escola promove eventos na escola de interesse da comunidade.

A direção da escola procura envolver os pais nas decisões relativas à melhoria da escola e enfatiza que a sua participação faz muita diferença no desempenho de seus filhos.

Toda a equipe escolar trabalha de forma cooperativa e harmoniosa.

Presença efetiva do diretor

O diretor participa das assembleias escolares, supervisionando o bom andamento dos trabalhos.

O diretor é encontrado facilmente na escola, fora do seu gabinete.

O diretor permanece na escola durante o período de atividades escolares.

O diretor aumenta a frequência e a qualidade dos contatos informais entre os membros da equipe escolar quando necessário.

O diretor lidera o estabelecimento e a implementação de normas de comportamento entre os membros da equipe escolar.

O diretor está constantemente informado da eficácia das atividades de ensino desenvolvidas pelos professores.

Ambiente escolar bem organizado e agradável

A escola é limpa, organizada e tem aparência atrativa.

As aulas iniciam-se e terminam no horário.

As tarefas, os livros e os materiais a serem utilizados são preparados antes do início das aulas.

Os alunos são estimulados a participarem da organização, decoração, ordem e limpeza das salas de aula.

Normas e regulamentos escolares

A escola possui um código de conduta escrito que especifica as normas de comportamento para alunos e professores dentro e fora de sala de aula.

O código de conduta é amplamente divulgado e é conhecido por alunos, professores e pais.

As normas de disciplina são aplicadas pronta e integralmente para todos.

Os procedimentos de disciplinas são rotineiros e de fácil e rápida aplicação.

Há normas em relação a atrasos e faltas, tanto para professores quanto para alunos.

ANEX

O 01

Page 223: Guia Lideranca 2012

221Programa de Liderança

Confiança dos professores no seu trabalho

Os professores consideram-se capazes de ensinar bem.

Os professores sentem-se à vontade com os materiais de aprendizagem, integrando-os às tarefas de sala de aula e têm ideias criativas sobre como ensinar.

Os professores acham seu trabalho significativo.

Compromisso e preocupação da equipe escolar com os alunos e com a escola

Os alunos confirmam que os professores estão comprometidos com o ensino e se preocupam com eles.

Os professores estabelecem altos padrões de trabalho e comportamento dos alunos.

A equipe escolar e os pais referem-se à escola como um lugar onde há atenção e cuidado com os alunos.

O absenteísmo e a falta de pontualidade dos professores são vistos como um problema na escola.

Trabalho em equipe

Os professores planejam as atividades de ensino de forma cooperativa.

Os professores trocam ideias entre si.

Os professores, o diretor e a equipe técnica trabalham em conjunto para tratar de questões de interesse da escola.

PAIS E COMUNIDADE

Apoio material da comunidade

A comunidade contribui voluntariamente com a escola, para garantir a manutenção e a melhoria das condições de atendi-mento aos alunos e funcionários.

A equipe escolar e os pais dos alunos reúnem-se para discutir as necessidades materiais da escola e as maneiras de atendê-las.

Comunicação frequente entre corpo docente e pais

A escola promove eventos que permitem contato entre pais e professores.

Os professores comunicam-se frequentemente com os pais.

Os pais comparecem e participam das reuniões para as quais são convidados.

Participação da comunidade na gestão escolar

Os pais têm participação nas reuniões do Colegiado.

Os pais sabem quem é o seu representante no Colegiado.

Envolvimento dos pais na aprendizagem

Os pais participam de reuniões de avaliação da escola.

Os pais acompanham os deveres de casa dos filhos.

Há evidências de leitura, conversações e brincadeiras dirigidas no lar.

A equipe escolar incentiva os pais a acompanharem o progresso de seus filhos.

ANEX

O 01

Page 224: Guia Lideranca 2012

222 Programa de Liderança

GESTÃO DE PESSOAS

Gestão do pessoal docente e não docente

A direção tem claramente definidas as funções e atribuições de todo o pessoal da escola e expressa qual a sua expectativa em relação à equipe escolar.

A direção monitora e avalia as atividades desenvolvidas por todos os colaboradores da escola.

A direção identifica necessidades de aperfeiçoamento de toda a equipe escolar para a melhoria de suas habilidades profis-sionais.

A direção organiza espaço e tempo para que os membros da equipe escolar se reúnam, troquem experiências, estudem, planejem etc.

A direção providencia atualização para o pessoal docente, técnico e administrativo, com a frequência necessária.

Os colaboradores são valorizados por meios de mecanismos de profissionalização e responsabilização.

A escola adota medidas de promoção do bem-estar para auxiliar os colaboradores a atingir as metas.

A escola acompanha o nível de satisfação, participação e bem-estar dos colaboradores.

Formação e desenvolvimento

Os professores conhecem metodologias de avaliação e usam esse conhecimento para desenvolver avaliações coerentes e consistentes.

Os professores demonstram ter domínio da matéria que ensinam.

Os professores participam, com frequência, de cursos de atualização, demonstrando empenho no seu desenvolvimento profissional.

A direção da escola identifica necessidades de aperfeiçoamento de pessoal docente e não docente para a melhoria de suas habilidades profissionais.

A direção da escola define anualmente um programa de desenvolvimento do pessoal docente e não docente.

Os professores utilizam abordagens pedagógicas atualizadas.

A equipe escolar (docentes e não docentes) aceita inovações e se mostra envolvida em processos de mudança.

Os professores têm informações atualizadas sobre tecnologia e recursos educacionais.

Experiência apropriada do professor

Os professores são experientes no manejo de turmas e no acompanhamento do trabalho individual e de grupos.

O desempenho do professor dentro da sala de aula é avaliado.

Compromisso da equipe escolar com objetivos e metas da escola

Os professores e funcionários são comprometidos com os objetivos e metas da escola.

Os professores e funcionários conhecem os objetivos e metas da escola.

Os supervisores ou coordenadores pedagógicos orientam os professores para o alinhamento entre suas práticas docentes e os objetivos e metas da escola, prestando assistência sempre que necessário.

A equipe escolar avalia o desempenho de seu pessoal e o da escola como um todo, bem como o seu esforço para mudança.

Docentes e não docentes demonstram entusiasmo no desempenho de suas funções.

ANEX

O 01

Page 225: Guia Lideranca 2012

223Programa de Liderança

GESTÃO DE PROCESSOS

Conselho escolar atuante

A escola dispõe de um Colegiado ou Conselho Escolar com funções e atribuições bem definidas.

O Colegiado ou Conselho funciona de maneira permanente.

O Colegiado ou Conselho realiza reuniões sistemáticas.

As reuniões do Colegiado ou Conselho são marcadas com antecedência, em horário que todos possam participar e com divul-gação prévia da pauta.

Os segmentos representantes da comunidade interna e externa à escola têm participação efetiva no Colegiado ou Conselho.

Os processos de ensino, aprendizagem e gestão participativa da escola atendem ao que foi definido e validado pelo Colegia-do ou Conselho.

Utilização e controle dos recursos financeiros

A direção é capaz de demonstrar que os insumos escolares adquiridos com os recursos provindos do governo, da comunida-de e dos pais são alocados de acordo com as necessidades detectadas pela escola.

A direção tem objetivos claros para a aplicação dos recursos financeiros disponíveis, efetuando os gastos de acordo com os procedimentos legais.

A direção submete o planejamento para a aplicação dos recursos financeiros ao Colegiado ou Conselho Escolar, bem como a prestação de contas dos gastos efetuados.

A direção controla e registra de forma apropriada os gastos efetuados pela escola.

Planejamento das ações

A escola define conjuntamente seus objetivos, metas e estratégias e o plano de ação para alcançá-los.

O diretor e os professores tomam decisões conjuntas relativas ao horário escolar, aos livros-texto e demais recursos utilizados.

O currículo escolar é discutido e definido por toda a equipe escolar, com validação do Colegiado ou Conselho.

Os processos críticos da escola são gerenciados com auxílio de indicadores de desempenho com vistas à realização de melhorias.

Objetivos claros

Os objetivos da escola são claramente definidos e aceitos pela comunidade escolar.

Os profissionais da escola sabem o objetivo do seu trabalho e estão mobilizados para a análise e melhoria dos processos.

A escola tem autonomia para decidir sobre horários escolares, metodologias adotadas, equipamentos e materiais necessários.

A escola dispõe de critérios e instrumentos para determinar a eficácia escolar.

A escola estabelece metas de excelência.

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224 Programa de Liderança

Rotina organizada

A escola dispõe de procedimentos administrativos bem definidos e padronizados e os utiliza.

As pessoas na escola conhecem e utilizam todos os procedimentos disponíveis para executar bem o seu trabalho.

Cada profissional da escola sabe medir e avaliar o resultado de seu trabalho.

Os dados necessários ao gerenciamento da escola são levantados de forma competente.

Os problemas que surgem na escola são comunicados à direção.

As atividades e processos desenvolvidos na escola são documentados e otimizados.

As informações circulam de maneira rápida e correta entre os diversos setores e colaboradores.

INFRAESTRUTURA

Instalações adequadas da escola

O prédio e o pátio escolar são bem conservados e têm aparência atrativa.

Os banheiros são limpos e mantidos em condições adequadas de uso.

A escola possui um espaço disponível para atividades de leitura e pesquisa.

As salas de aula, laboratórios e biblioteca estão em boa condição de uso.

As salas de aula, laboratórios, bibliotecas etc. são utilizados de forma adequada.

Os alunos têm consciência de sua participação na conservação do patrimônio escolar.

RESULTADOS

Desempenho acadêmico dos alunos

Os históricos acadêmicos recentes mostram evolução favorável em relação às médias nacionais/estaduais/regionais.

Os dados de desempenho demonstram elevação na taxa de aprovação em todas as séries e disciplinas, a qual está situada, atualmente, em patamares de excelência.

A taxa de abandono tem diminuído consistentemente a cada ano.

A média de aprovação dos alunos em Português e Matemática tem aumentado a cada ano e situa-se, atualmente, em pata-mares de excelência.

A distorção idade-série tem diminuído consistentemente a cada ano.

Desempenho geral da escola

Há evidências de que todas as metas estabelecidas no Plano de Ação da escola são integralmente cumpridas.

Os resultados da escola indicam tendência crescente no nível de satisfação da equipe escolar, dos pais e da comunidade em relação aos serviços prestados.

Há evidências de tendência de melhoria na qualidade dos processos de gestão e serviços da escola.

FONTE: MEC/FNDE/DIPRO/FUNDESCOLA. Como elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola. Brasília: 2006.

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225Programa de Liderança

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ANEXO 2 - Modelo de Histórico de Colaboração.Pr

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