guia farmaceutico 2013

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Universidade Federal do Ceará - Hospitais Universitários - Guia Farmacoterapêutico - 2013-2014 1

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  • Universidade Federal do Cear - Hospitais Universitrios - Guia Farmacoteraputico - 2013-2014

    1

  • Universidade Federal do Cear - Hospitais Universitrios - Guia Farmacoteraputico - 2013-2014

    2

    Lembre-se sempre de olhar as coisas de uma outra maneira, o mundo parecer diferente.

    Se no acreditar; veja. Quando pensar que sabe algo, olhe de outra forma.

    Mesmo que parea tolo ou errado, deve tentar. Nunca considere s o que pensa o autor do escrito,

    considere o que voc pensa. Tente encontrar a sua prpria voz.

    Quanto mais demorar para procurar, mais improvvel ser que encontre.

    No se resigne. Liberte-se. No fique num canto, olhe a sua volta.

    Ouse ir buscar novos campos

    Sociedade dos Poetas Mortos

  • Universidade Federal do Cear - Hospitais Universitrios - Guia Farmacoteraputico - 2013-2014

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    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao

    Universidade Federal do Cear

    Biblioteca de Cincias da Sade

    U51g Universidade Federal do Cear. Comisso de Farmcia e Teraputica HUWC/MEAC. Guia farmacoteraputico : 2013-2014 HUWC-MEAC / organizao, Eugenie Desire Rabelo N-

    ri, Tatiana Amancio Campos, Helaine Cristina Alves de Vasconcelos. 2. ed. Fortaleza : [s.n.], 2013.

    150 p. : il.

    1. Preparaes Farmacuticas . 2. Teraputica. 3. Segurana. I. Comisso de Farmcia e Te-

    raputica HUWC/MEAC. II. Nri, Eugenie Desire Rabelo. III. Campos, Tatiana Amancio. IV. Vasconcelos,

    Helaine Cristina Alves de. V. Ttulo.

    CDD: 615.1901

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR HOSPITAIS UNIVERSITRIOS

    Jesualdo Pereira Farias

    Reitor da Universidade Federal do Cear

    Florentino de Arajo Cardoso Filho

    Superintendente dos Hospitais Universitrios da UFC

    Eugnio Lincoln Campos Maia Diretor Assistencial do HUWC/HUs

    Carlos Augusto Alencar Jnior Diretor Assistencial da MEAC/HUs

    Adolfo Bruno Frrer Bezerra de Menezes Diretor Administrativo Financeiro dos HUs

    Eugenie Desire Rabelo Nri Diretora de Servios Tcncicos Compartilhados dos HUs

    Renan Magalhes Montenegro Jnior Coordenaode Ensino e Pesquisa dos HUs

    Rita Paiva Pereira Honrio Diviso de Enfermagem dos HUs

    Maria Airtes Vitoriano Assessoria Tcnica da Diretoria Assistencial do HUWC

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    ELABORAO Comisso de Farmcia e Teraputica e Ncleo de Avaliao de Tecnologias em Sade da UFC

    ORGANIZAO Eugenie Desire Rabelo Nri

    Presidente da Comisso de Farmcia e Teraputica e Gerente de Risco do HUWC/HUs

    Tatiana Amancio Campos

    Coordenadora do Ncleo de Avaliao de Tecnologias em Sade-NATS/HUs

    Helaine Cristina Alves de Vasconcelos

    Residente de Farmcia Hospitalar rea de concentrao Farmcia Hospitalar

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    COMISSO DE FARMCIA E TERAPUTICA HUWC/MEAC

    Presidente: Eugenie Desire Rabelo Nri

    Membros:

    Representantes da: Comisso de Controle de Infeco Hospitalar HUs/UFC Clnica mdica - HUWC/UFC Unidade de Terapia Intensiva - HUWC/MEAC/UFC Pediatria - HUWC/UFC Unidade de Neonatologia Servio de Ginecologia e Obstetrcia Cirurgia HUWC/UFC Diviso de Farmcia Diviso de Suprimentos

    NCLEO DE AVALIAO DE TECNOLOGIAS EM SADE Membros do Ncleo Executivo:

    Tatiana Amancio Campos Coordenadora

    Eugenie Desire Rabelo Nri

    Alberto Farias Filho

    Membros do Ncleo Consultivo:

    Cludia Regina Fernandes

    Antnia Rocivnia Arajo Llis

    Jorge Luis Nobre Rodrigues

    David Guabiraba Abitbol de Menezes

    Renan Magalhes Montenegro Jnior

    Adriana Nascimento Rats e Silva

    Alberto Hill Furtado Jnior

    Josenlia Maria Alves Gomes

    Francisco Edson de Lucena Feitosa

    Francisco das Chagas Medeiros

    Eveline Campos Monteiro

    Eloah De Paula Pessoa Gurgel

    Simone Maria Pinheiro Meireles

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    Colaborao Carlos Augusto Alencar Jnior Mdico Obstetra, Diretor Assistencial da ME-

    AC/HUs

    Joo Evangelista Holanda Neto

    Farmacutico HUs

    Carlos Tiago Martins Moura

    Farmacutico da Farmcia Ambulatorial HUs

    Marta Maria de Freitas

    Enfermeira da Comisso de Controle de Infeco

    Hospitalar HUWC/HUs

    Francisco Edson de Lucena Feitosa Mdico Obstetra da MEAC/HUs

    Paulo Pacelli Bezerra Filizola Torres

    Farmacutico da Central de Misturas Intraveno-

    sas HUWC/HUs

    Edna Maria Lima Gonalves

    Farmacutica do HUWC/HUs

    Thalita Rodrigues de Souza

    Residente de Farmcia Hospitalar rea de

    concentrao Transplante

    Eliana de Goes Resende

    Enfermeira da Unidade de Pediatria HUWC/HUs

    Valeska Queiroz de Castro

    Farmacutica coordenadora da Farmcia Ambu-

    latorial HUWC/HUs

    Elizabeth Ribeiro Yokobatake Souza

    Farmacutica HUs

    Vera Lcia Cndido Rocha

    Enfermeira da Unidade de Pediatria HUWC/HUs

    Hannah Iorio Dias

    Farmacutica HUs

    Giovany Gomes Capistrano

    Mdico da Clnica Mdica

    Jos Martins de Alcntara Neto

    Residente Mutiprofissional em Terapia Intensiva

    Jorge Luiz Rodrigues Nobre

    Mdico da Comisso de Controle de Infeco

    Hospitalar HUWC/HUs

    Helaine Cristina Alves de Vasconcelos

    Residente Mutiprofissional em Oncohematologia

    Walcia Diana Gadelha Maia

    Farmacutica HUs

    Danielle Vieira Menezes Leal

    Farmacutica HUs

    Giovanni Montini Andrade Fidlis

    Residente Mutiprofissional em Terapia Intensiva

    Arnaldo Aires Peixoto Jr

    Mdico Terapia Intensiva

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    SECRETARIA Aline Maria Caetano

    Auxiliar Administrativo HUWC/HUs

    EDITORAO Liana de Oliveira Costa

    Acadmica de Publicidade e Marketing da UFC Gerncia de Riscos HUWC/HUs

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    SUMRIO

    I. AGRADECIMENTOS ....................................................................................................... XIV

    II. APRESENTAO ........................................................................................................... XV

    III. PREFCIO .................................................................................................................... XVI

    IV. ABREVIATURAS ......................................................................................................... XVII

    V. COMO USAR ESTE GUIA ........................................................................................... XVIII

    1. ASSISTNCIA FARMACUTICA NOS HOSPITAIS UNIVERSITRIOS DA UFC ........... 19

    2. AVALIAO DE TECNOLOGIAS EM SADE ................................................................ 35

    3. GERNCIA DE RISCOS SANITRIO HOSPITALAR: ..................................................... 40

    4. MEDICAMENTOS SELECIONADOS NOS HOSPITAIS UNIVERSITRIOS DA UFC ...... 44

    4.1 POR NOME GENRICO EM ORDEM ALFABTICA .................................................... 45

    4.2 PADRONIZAO DOS MEDICAMENTOS POR CLASSE TERAPUTICA, PRODUTOS

    GERMICIDAS E DIAGNSTICO ................................................................................................ 72

    4.2.1 ANALGESIA E ANESTESIA ....................................................................... 72

    4.2.1.1 Analgsicos e Antitrmicos ............................................................... 72

    4.2.1.2 Hipnoanalgsicos .............................................................................. 72

    4.2.1.3 Anestsicos Gerais ........................................................................... 72

    4.2.1.4 Anestsicos Locais ........................................................................... 72

    4.2.1.5 Antiespasmdicos e Anticolinrgicos ................................................ 73

    4.2.1.6 Antiinflamatrios No Esteroidais, Anti-reumticos e Anti-gotosos .... 74

    4.2.1.7 Bloqueadores Neuromusculares ....................................................... 74

    4.2.2 APARELHO CARDIOVASCULAR .............................................................. 74

    4.2.2.1 Antiarrtmicos ...................................................................................... 74

    4.2.2.2 Antagonistas de Canais de Clcio ....................................................... 75

    4.2.2.3 Betabloqueadores ............................................................................... 75

    4.2.2.4 Inibidores ECA .................................................................................... 75

    4.2.2.5 Antagonistas de Receptores de Angiotensina ..................................... 75

    4.2.2.6 Diurticos ............................................................................................ 75

    4.2.2.7 Bloqueadores Adrenrgicos ............................................................. 76

    4.2.2.8 Ativao dos Receptores Adrenrgicos Centrais.............................. 76

    4.2.2.9 Cardiotnicos Digitlicos ..................................................................... 76

    4.2.2.10 Simpatomimticos e Hipertensores ................................................... 76

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    4.2.2.11 Hipolipemiantes................................................................................. 76

    4.2.2.12 Vasodilatadores Coronarianos .......................................................... 77

    4.2.2.13 Vasodilatadores Arteriais e Venosos ................................................. 77

    4.2.2.14 Vasodilatadores Perifricos e Cerebrais............................................ 77

    4.2.3 APARELHO DIGESTIVO, NUTRITIVO E METABLICO ............................. 77

    4.2.3.1 Antiulcerosos / Inibidor de H2.............................................................. 77

    4.2.3.2 Antiulcerosos / Inibidor de Bomba de Prtons ..................................... 77

    4.2.3.3 Anticidos / Neutralizante .................................................................... 78

    4.2.3.4 Antifisticos / Digestivo ....................................................................... 78

    4.2.3.5 Antidiarricos ...................................................................................... 78

    4.2.3.6 Laxantes ............................................................................................. 78

    4.2.3.7 Vitaminas e Suplementos Minerais ..................................................... 78

    4.2.3.8 Antiemticos e Procinticos ................................................................ 79

    4.2.3.9 Outros Produtos com Ao no Aparelho Digestivo .............................. 79

    4.2.3.10 Repositores Hidroeletrolticos Orais .................................................. 79

    4.2.3.11 Repositores Hidroeletrolticos Parenterais/diluentes/conservantes .... 79

    4.2.4 APARELHO RESPIRATRIO ...................................................................... 81

    4.2.4.1 Antitussgenos .................................................................................... 81

    4.2.4.2 Broncodilatadores e Antiasmticos ..................................................... 81

    4.2.4.3 Descongestionantes Nasais ................................................................ 81

    4.2.4.4 Expectorantes / Mucolticos ................................................................ 81

    4.2.4.5 Surfactantes ........................................................................................ 81

    4.2.4.6 Vasodilatatdor Pulmonar ..................................................................... 81

    4.2.5 SISTEMA ENDCRINO ................................................................................ 81

    4.2.5.1 Antidiabticos ...................................................................................... 81

    4.2.5.2 Antiosteoporticos ............................................................................... 82

    4.2.5.3 Corticosterides .................................................................................. 82

    4.2.5.5 Hormnios sexuais .............................................................................. 82

    4.2.5.6 Hormnios tireoidianos e Anti-tireoidianos .......................................... 82

    4.2.5.7 Estimulantes uterinos .......................................................................... 83

    4.2.5.5 Outros Produtos com Ao Hormonal ................................................. 83

    4.2.6 IMUNOTERAPIA E ALERGIA ....................................................................... 83

    4.2.6.1 Anti-histaminicos ................................................................................. 83

    4.2.6.2 Retinides ........................................................................................... 83

    4.2.6.3 Imunossupressores ............................................................................. 84

    4.2.6.4 Imunoglobulinas e Agentes Imunoestimulantes .................................. 84

    4.2.7 NEUROLOGIA .............................................................................................. 85

    4.2.7.1 Antiepilpticos ..................................................................................... 85

    4.2.7.2 Antimiastnicos e Colinrgicos ............................................................ 85

    4.2.7.3 Antiparkinsonianos .............................................................................. 85

    4.2.7.4 Inibidores de Colinesterase ................................................................. 86

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    4.2.8 PSIQUIATRIA ............................................................................................... 86

    4.2.8.1 Ansiolticos .......................................................................................... 86

    4.2.8.2 Antipsicticos ...................................................................................... 86

    4.2.8.3 Antidepressivos Tricclicos .................................................................. 87

    4.2.8.4 Antidepressivo Inibidores Seletivos de Recaptao de Serotonina ..... 87

    4.2.8.5 Hipnticos e Sedativos ........................................................................ 87

    4.2.8.6 Outros Produtos .................................................................................. 87

    4.2.9 OFTALMOLOGIA E OTOLOGIA .................................................................. 87

    4.2.9.1 Agentes Diagnsticos ......................................................................... 87

    4.2.9.2 Anestsicos ......................................................................................... 87

    4.2.9.3 Antinfecciosos e Antinflamatrios ........................................................ 87

    4.2.9.4 Miticos, Midiaticos e Cicloplgicos .................................................... 88

    4.2.9.5 Protetores Oculares ............................................................................ 88

    4.2.9.6 Antinfecciosos de Uso Otolgico ......................................................... 88

    4.2.10 PELE E MUCOSAS .................................................................................... 88

    4.2.10.1 Antinfecciosos Tpico ....................................................................... 88

    4.2.10.2 Antisspticos Bucais ......................................................................... 89

    4.2.10.3 Antiparasitrios e Fungicidas Tpicos ............................................... 89

    4.2.10.4 Cicatrizantes e Regeneradores de Tecidos ....................................... 89

    4.2.10.5 Corticosteides Tpicos .................................................................... 89

    4.2.11 PRODUTOS, ANTDOTOS, ANTAGONISTAS E ABSORVENTES ............ 89

    4.2.12 PRODUTOS DIAGNSTICOS ................................................................. 90

    4.2.12.1 Agentes de Diagnsticos ..................................................................... 90

    4.2.12.2 Contrastes Radiolgicos Inicos .......................................................... 90

    4.2.12.3 Contrastes Radiolgicos No Inicos .................................................. 90

    4.2.12.4 Metais Pesados................................................................................... 90

    4.2.13 QUIMIOTERAPIA SISTMICA ................................................................... 90

    4.2.13.1 Antibacterianos ................................................................................. 90

    4.2.13.1.1 Aminoglicosdeos .............................................................. 90

    4.2.13.1.2 Anfenicois .......................................................................... 90

    4.2.13.1.3 Carbapenmicos ............................................................... 91

    4.2.13.1.4 Cefalosporinas .................................................................. 91

    4.2.13.1.5 Glicopeptdeos .................................................................. 91

    4.2.13.1.6 Macrolideos e Lincosamidas ............................................. 91

    4.2.13.1.7 Tuberculostticos .............................................................. 91

    4.2.13.1.8 Hansenostticos ................................................................ 92

    4.2.13.1.9 Penicilinas ......................................................................... 92

    4.2.13.1.10 Polimixinas ...................................................................... 92

    4.2.13.1.11 Quinolonas ...................................................................... 93

    4.2.13.1.12 Sulfonamidas ................................................................... 93

    4.2.13.1.13 Tetraciclinas .................................................................... 93

    4.2.13.1.14 Imidazlicos ..................................................................... 93

    4.2.13.1.15 Monobactmicos ............................................................. 93

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    12

    4.2.13.2 Antifngicos ...................................................................................... 93

    4.2.13.3 Antineoplsicos ................................................................................ 94

    4.2.13.3.1 Agentes Alquilantes ........................................................... 94

    4.2.13.3.2 Antimetablitos .................................................................. 94

    4.2.13.3.3 Alcalides da vinca e anlogos.......................................... 94

    4.2.13.3.4 Antibiticos antitumorais .................................................... 95

    4.2.13.3.5 Diversos ............................................................................ 95

    4.2.13.4 Antiparasitrios ................................................................................ 96

    4.2.13.4.1 Anti-helmnticos ................................................................. 96

    4.2.13.4.2 Antimalricos ..................................................................... 96

    4.2.13.4.3 Antiprotozorios ................................................................ 96

    4.2.13.4.4 Leishmanicidas .................................................................. 96

    4.2.13.5 Anti-retrovirais ................................................................................... 96

    4.2.13.6 Antivirais ........................................................................................... 97

    4.2.14 SANGUE E HEMATOLOGIA ...................................................................... 98

    4.2.14.1 Hemostpticos ................................................................................... 98

    4.2.14.2 Fibrinolticos ...................................................................................... 98

    4.2.14.3 Antianmicos .................................................................................... 98

    4.2.14.4 Anticoagulantes e Antitrombticos .................................................... 98

    4.2.14.5 Substitutos de sangue e Expansores Plasmticos ............................ 98

    4.2.14.6 Antiagregantes Plaquetrio ............................................................... 98

    4.2.14.7 Estimulantes da Hematopoese .......................................................... 98

    4.2.14.8 Coagulantes e Hemostticos ............................................................. 99

    4.2.14.9 Outros produtos com Ao Antitrombtica ou Anticoagulante ........... 99

    4.2.15 ANTICONCEPTIVO .................................................................................... 99

    4.2.16 GERMICIDAS ............................................................................................. 99

    4.2.17 ESTERILIZANTES QUMICOS ................................................................. 100

    4.2.18 NUTRIO/DIETAS/FRMULAS INFANTIS ........................................... 100

    5. MANIPULAO DE PRODUTOS PELA FARMCIA DOS HOSPITAIS UNIVERSIT-

    RIOS DA UFC .......................................................................................................................... 104

    6.1 Produtos manipulados pelo HUWC/MEAC ............................................................... 105

    6.2 Processos em Quimioterapia e Nutrio Parenteral Total NPT ............................. 107

    6.3 Instrues para o Preenchimento da Prescrio de Nutrio Parenteral .................. 111

    6. DISPENSAO AMBULATORIAL DE MEDICAMENTOS DO COMPONENTE ESPE-

    CIALIZADO E ESTRATGICO DA ASSISTNCIA FARMACUTICA .................................... 113

    6.1 Normas para Dispensao Ambulatorial de Medicamentos do Componente Especializado

    da Assistncia Farmacutica do HUWC ......................................................................... 114

    6.2 Normas para autorizao e dispensao .................................................................. 115

    6.3 Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas ........................................................... 122

    6.4 Instrues para o prenchimento dos Formulrios (LME) .......................................... 127

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    13

    7. INFORMAES ADICIONAIS ........................................................................... 128

    7.1 Dicas para uma boa Prescrio ............................................................................... 129

    7.2 Normas para dispensao de alguns Antimicrobianos ............................................. 132

    7.2.1 Normas para dispensao de Anfotericina B .......................................... 132

    7.2.2 Normas para dispensao de Antiretrovirais .......................................... 138

    7.4 Tabela de Diluio/Estabilidade ................................................................................ 142

    7.5 Frmulas Para Clculos ........................................................................................... 143

    7.6 Orientaes sobre a Utilizao de Medicamentos .................................................. 146

    7.7 Relao de abreviaturas padronizadas ................................................................... 150

  • Universidade Federal do Cear - Hospitais Universitrios - Guia Farmacoteraputico - 2013-2014

    14

    AGRADECIMENTOS

    Superintendncia dos Hospitais Universitrios por ampliar as fronteiras das institui-

    es que fazem os Hospitais Universitrios do UFC.

    administrao superior do Hospital Universitrio Walter Cantdio e Maternidade Es-

    cola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Cear, pelo apoio as diversas aes

    da Comisso de Farmcia e Teraputica e Ncleo de Avaliao de Tecnologias em Sade

    que possibilitaram a execuo desse guia.

    Aos coordenadores, membros das Comisses, Colaboradores, Revisores, Auxiliar

    Administrativo e Diagramadora, pelo trabalho dedicado e cuidadoso.

    Aos profissionais de sade que diariamente prestam assistncia aos pacientes do

    HUWC e MEAC.

    A todos que direta ou indiretamente colaboraram para a elaborao desse Guia.

  • Universidade Federal do Cear - Hospitais Universitrios - Guia Farmacoteraputico - 2013-2014

    15

    APRESENTAO O Guia Farmacoteraputico dos Hospitais Universitrios da Universidade Federal

    do Cear 2013/2014, em sua 2 edio, traz a relao de medicamentos padronizados pelos Hospi-tais Universitrios compostos pelo Hospital Universitrio Walter Cantdio e Maternidade Escola Assis Chateaubriand, representando um importante passo para a unificao de aes em prol da busca da excelncia da assistncia, ensino, pesquisa e extenso, e consecuo de suas misses institucio-naismais.

    Este Guia fruto do trabalho dedicado de profissionais das instituies e tem por objetivo

    orientar a equipe multiprofissional de sade e em especial aos mdicos com relao aos medicamen-tos disponveis, padronizar as condutas e ser instrumento do uso seguro e racional de frmacos nos hospitais do Complexo Hospitalar Universritrio.

    A partir dessa edio, a cada dois anos o Guia ser atualizado. No espao de tempo en-

    tre as edies, as atualizaes do Guia sero disponibilizadas no site do HUWC e MEAC Parabns a todos os que fazem os Hospitais Universitrios da UFC.

    FLORENTINO DE ARAJO CARDOSO FILHO

    Superintendente dos Hospitais Universitrios da UFC

  • Universidade Federal do Cear - Hospitais Universitrios - Guia Farmacoteraputico - 2013-2014

    16

    PREFCIO Apresentar o Guia Farmacoteraputico dos Hospitais Universitrios-HUs da Universidade

    Federal do Cear uma grande satisfao. tambm, ver a concretizao de um sonho. Desde as mais antigas civilizaes, os medicamentos so utilizados em diferentes formas

    no cuidado sade. As mltiplas facetas apresentadas pelos frmacos, utilizados para curar, atenuar e diagnosticar doenas, tambm trazem consigo riscos. Conhecer bem os medicamentos utilizados e os pacientes que os utilizam, so estratgias relevantes para a promoo do uso seguro e racional de medicamentos. Este Guia um dos produtos estratgicos para a adequada utilizao dos medi-camentos e rene importantes informaes sobre os processos hospitalares aplicveis ao ciclo do medicamento nos hospitais do Hospitais Universitrios da UFC, pretendendo contribuir para a pres-crio, dispensao, administrao e monitoramento do uso dos medicamentos.

    Esta edio composta por listas de medicamentos, com denominao genrica, em or-

    dem alfabtica e classificao teraputica, dicas para uma boa prescrio hospitalar, informaes sobre assistncia farmacutica (prescrio e dispensao ambulatorial e durante internamento), ge-renciamento de riscos e avaliao de tecnologias em sade nos Hospitais Universitrios da UFC, utilizao de medicamentos e lista dos produtos manipulados intra-hospitalar.

    Conhecedores do elevado nmero de novos medicamentos que so introduzidos anual-

    mente no mercado farmacutico, e que muitos no significam, necessariamente, melhores opes, mas que certamente agregam maiores custos, bem com riscos desconhecidos, este Guia apresenta um novo fluxo para a incorporao de tecnologias nos hospitais do HUs. Esse fluxo passa pelos pa-receres da Gerncia de Risco Sanitrio Hospitalar-GR e do Ncleo de Avaliao de Tecnologias em Sade- NATS/UFC, em atendimento a orientao do Departamento de Cincia e Tecnologia do Mi-nistrio da Sade e Anvisa, e atende ao que preconiza a OMS e OPAS, no tocante ao uso seguro e racional de medicamentos. A GR e NATS/UFC reuniro as evidncias cientficas disponveis sobre os medicamentos, de forma a subsidiar a deciso da Comisso de Farmcia e Teraputica no pro-cesso de padronizao.

    Profissionais, professores, alunos e gestores, que atuam nos Hospitais Universitrios da

    UFC tem agora uma importante ferramenta para auxiliar no imenso desafio cotidiano do uso seguro e racional de medicamentos.

    Desejo sucesso a todos, na utilizao das informaes desse Guia, para tornar melhor a

    vida dos nossos pacientes.

    EUGENIE DESIRE RABELO NRI Presidente da Comisso de Farmcia e Teraputica

    dos HUs/UFC

    Gerente de Risco Sanitrio Hospitalar dos HUs/ UFC

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    ABREVIATURAS E SIGLAS AA Aminocido ac. - cido amp ampola Bis - bisnaga ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria APAC Autorizao de Procedimento de Alta Complexidade ARV Antiretrovirais ATB Antimicrobiano ATS Avaliao de Tecnologias em Sade Ca clcio CAf Central de Abastecimento Farmacutico cap cpsula CCIH Comisso de Controle de Infeco Hospita-lar CFM Conselho Federl de Medicina CFT - Comisso de Farmcia e Teraputica COASF Coordenadoria de Abastecimento Far-macutico COFATE Comisso de Farmcia e Teraputica CONITEC Comisso Nacional de Incorporao de Tecnologias CRF Conselho Regional de Farmcia CID Classificao Internacional de Doenas cm - centmetro CNS - Carto Nacional de Sade Col - colher Comp - comprimido COMP. Sbl Comprimido sublingual CPTC - Comisso de Parecer Tcnico e Cientfico DCB Denominao Comum Brasileira DCI Denominao Comim Internacional Drg - drgea DST Doena Sexualmente Transmissvel E.P.I - Equipamento de proteo individual ELET - Eletrlitos Env - envelope EV - endovenoso FA Fator de Atividade Famp frasco ampola Fr - Frasco G - grama Gts. Gotas GEB Gasto Energtico Basal GM Gabinete do Ministro GR Gerncia de Riscos HUWC Hospital Universitrio Walter Cantdio HUs Hospitais Universitrios K - potssio

    Kcal - Quilocaloria Kg - quilograma L - litro Labma Laboratrio de Menipulao LME - Mcg - microgramas MEAC Maternidade Escola Assis Chateaudbriand mEq Mg - Magnsio mg - miligrama min - minuto ml - mililitro mOsmol/L MS Ministrio da Sade N Nitrognio Na - sdio NATS Ncleo de Avaliao de Tecnologias em Sade NP No padronizado NPT Nutrio Parenteral OMS Organizao Mundial da Sade OPAS Organizao Panameriana de Sade OLIG Oligolementos PCDT Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputi-cas PO Fosfato REBRATS Rede Brasileira de Avaliao de Tec-nologias em Sade RDC Resolio da Diretoria Colegiada SAE Servios de ateno especializada SAI Sistema de Informaes Ambulatoriais SESA Secretaria de Estado da sade SICLOM Sistema de Controle Logstico de Medi-camentos SINAN Sistema de Informao de Agravos de Notificao SIRS Sndrome de Resposta Inflamatria Sist-mica SNC Sistema Nervoso Central Sol. - soluo SUS Sistema nico de Sade Susp- suspenso Tb - tubo UD - Unidade Ui unidades internacionais Unid. Unidades UFC Universidade Federal do Cear VISA Vigilncia Sanitria VIT - Vitamina VO - via oral

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    COMO USAR ESTE GUIA O Guia Farmacoteraputico HUs/UFC 2013/2014 traz a relao de medicamentos padroni-

    zados para uso nos hospitais do Hospitais Universitrios da UFC. A lista encontra-se no captulo Medicamentos Padronizados no Complexo Hospitalar da UFC, organizado em ordem alfabtica por nome genrico, segundo as normas da Denominao Comum Brasileira DCB. Neste mesmo cap-tulo tambm apresentada a lista por classe teraputica, contendo para cada medicamento apresen-tado descries sobre: princpio ativo, concentrao, forma farmacutica e apresentao.

    Os captulos seguintes trazem informaes sobre Assistncia Farmacutica no Comple-xo Hospitalar, Manipulao de Produtos pela Farmcia do HUs, Dispensao Ambulatorial de Medicamentos do Componente Especializado e Estratgico da Assistncia Farmacutica, Dicas para uma boa prescrio Hospitalar e Informaes teis.

    No captulo Assistncia Farmacutica nos Hospitais Universitrios so apresentadas as unidades de trabalho das Farmcias do HUWC e MEAC, bem como as atividades desenvolvidas jun-to comunidade cientfica e os servios prestados ao paciente.

    No captulo sobre Manipulao de produtos pela Farmcia do HUs foi includa a lista de produtos manipulados para o atendimento individualizado do paciente internado, tais como, dose unitria da pediatria, rotinas de nutrio parenteral e quimioterapia e instrues direcionadas aos residentes e internos de medicina, de como preencher a prescrio de nutrio parenteral.

    No Captulo Dispensao Ambulatorial de Medicamentos do Componente Especializado e Estratgico da Assistncia Farmacutica constam os medicamentos, para dispensao ambulato-rial, baseado na Portaria No 2.981/2009 do Ministrio da Sade e suas atualizaes, alm de uma relao dos protocolos existentes e procedimentos/documentos necessrios para solicitao dos medicamentos de alto custo.

    O ltimo captulo Informaes teis versa sobre assuntos variados: Dicas para uma boa Prescrio, Normas para dispensao de Antimicrobianos, Tipos de Receiturio dos medicamentos Sujeitos ao Controle Especial, Tabela de Diluio e Estabilidade, Frmulas Para Clculos e Orienta-es sobre a Utilizao de Medicamentos. No final de cada captulo foram citadas as referncias uti-lizadas em sua elaborao e aps o ltimo captulo foi includo ndice remissivo, que propicia a busca dos medicamentos por denominao genrica.

    A verso eletrnica do Guia Farmacoteraputico do HUs 2013/2014 pode ser consulta-da pela internet no site dos hospitais universitrios. Em caso de dvidas, sugestes ou comentrios envie um email para [email protected].

    A todos uma excelente leitura!!

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    ASSISTNCIA FARMACUTICA NOS HOSPITAIS UNIVERSITRIOS DA UFC

    Eugenie Desire Rabelo Nri Tatiana Amncio Campos

    Gislei Frota Arago Helaine Cristina Alves de Vasconcelos

    Hannah Iorio Dias Edna Maria Lima Gonalves

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    A Farmcia dos Hospitais Universitrios da Universidade Federal do Cear composta por unidades situadas no Hospital Universitrio Walter Cantdio e Maternidade Es-cola Assis Chateaubriand, e desenvolvem atividades clnicas, tcnicas, administrativas, edu-cacionais e consultivas.

    O corpo tcnico da Farmcia composto por farmacuticos e auxiliares que fazem

    com que as rotinas caminhem rumo ao cumprimento da sua misso que Prestar assistn-cia farmacutica de qualidade aos clientes internos e externos do HUs, promovendo o uso seguro e racional de medicamentos e produtos para a sade, bem como atividades de ensi-no, pesquisa e extenso.

    A assistncia farmacutica desenvolvida nas Farmcias nos mbitos ambulatorial, diagnstico e de internamento, envolvento o controle e dispensao de medicamentos e produtos para sade.

    As Farmcias funcionam de forma ininterrupta durante os trs turnos do dia, todos os

    dias do ano, para atender as necessidades dos pacientes no tocante a medicamentos e pro-dutos para sade, dispensando-os atravs dos sistemas individual e unitrio para 24h. O ponto de partida para as atividades farmacuticas a prescrio.

    Entende-se a prescrio como a rdem escrita, em formulrio da instituio, devendo

    conter a identificao completa do paciente (nome completo, nmero de pronturio, leito, servio e clnica), procedimentos e medicamentos escritos com o nome genrico (utilizando a Denominao Comum Brasileira-DCB ou, em sua ausncia, a Denominao Comum Inter-nacional-DCI), em letra legvel e em portugus. Admite-se somente o uso de abreviaturas padronizadas e descritas nesse guia (pgina 149). As prescries podem ser manuscritas ou impressas, devendo ser devidamente datadas, assinadas, contendo o nmero do registro profissional ou carimbo do prescritor (com o nmero do registro).

    Nos hospitais do HUs somente so aviadas e dispensadas prescries elaboradas por

    mdicos e odontlogos.

    1. ASSISTNCIA FARMACUTICA NO HUs A assistncia farmacutica nos HUs desenvolvida desde a seleo de medicamen-

    tos e produtos para sade at a monitorizao do uso destes produtos pelos pacientes. A atividade de seleo realizada pela Comisso de Farmcia e Teraputica, que

    conta com a participao de trs farmacuticos. Essa atividade subsidiada por ampla bus-ca de registro de evidncias cientficas e discusses, nas quais a efetividade, custo, autori-zao da Anvisa para ser comercializado no Brasil, existncia de similares teraputicos pa-dronizados e facilidade na aquisio, so tambm considerados.

    A programao e aquisio so atividades coordenadas pela Central de Abasteci-mento Farmacutico-CAF, que, tomando como base a relao de produtos padronizados e informaes de consumo, oriundas do sistema informatizado da instituio, elabora as plani-lhas de solicitao de compras, acompanhando e gerenciando todos os processos dessa etapa. As aquisies so, em sua maioria, realizadas atravs de licitaes. Nos HUs/UFC, o farmacutico atua como membro da Comisso de Parecer Tcnico e como Pregoeiro.

    Na Farmcia dos HUs so manipulados medicamentos para uso pelos pacientes inte-nados nos hospitais, sendo esta atividade desenvolvida pelos setores de Manipulao de

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    Misturas Intravenosas (Manipulao de Antineoplsicos e Nutrio Parenteral) e Laboratrio de Manipulao Magistral e Oficinal - LABMA. O LABMA realiza manipulao magistral e oficinal de medicamentos e doses unitrias. As doses unitrias manipuladas pelo LABMA atendem principalmente s prescries da pediatria.

    O recebimento e armazenamento so atividades desenvolvidas pela Farmcia do HUs e que impactam diretamente sobre a qualidade dos produtos adquiridos. Mensalmente os estoques so vistoriados e inventariados, com acompanhamento dos indicadores de di-vergncia financeira e quantitativa do estoque, bem como outros indicadores tais como giro e anti-giro. So realizados tambm, os controles de temperatura, umidade, lote e validade. A poltica de aquisio das instituies define a reposio de estoque baseada no consumo mdio mensal dos ltimos seis meses, com aquisio de quantitativo para 30 dias.

    A prescrio do paciente realizada exclusivamente por mdicos ou odontlogos e as segundas vias das mesmas so encaminhadas Farmcia para dispensao. A dispen-sao ocorre para pacientes ambulatoriais e internados, tendo caractersticas diferentes. A dispensao ambulatorial realizada mediante o cumprimento dos protocolos clnicos defini-dos pelo Ministrio da Sade, com elenco definido pelo Ministrio da Sade e Comisso de Padronizao de Medicamentos da Secretaria da Sade do Estado do Cear-SESA/Ce. Os medicamentos so fornecidos ao HUs atravs da Coordenao de Assistncia Farmacuti-ca-COASF da SESA/Ce e sua dispensao gera uma Autorizao de Procedimento de Alta Complexidade-APAC. O HUs atende a cinco Programas Estratgicos do Ministrio da Sa-de: Tuberculose, Hansenase, HIV/AIDS, Diabetes e Componente Especializado da Assis-tncia Farmacutica- CEAF (medicamentos de alto custo).

    A dispensao para pacientes internados realizada mediante a segunda via das prescries, encaminhada Farmcia, sendo atendida para um perodo de 24h, atravs do sistema individual ou unitrio. A dispensao para pacientes em procedimento (cirrgico, exames ou hospital-dia) realizada mediante o envio de comandas por paciente, relao de exames agendados ou pedidos por centro de custo.

    Nas Farmcias dos HUs, os cuidados farmacuticos so realizados para pacientes ambulatoriais e internados.

    Para os pacientes ambulatoriais os cuidados iniciam na anlise da prescrio, com i-dentificao dos elementos necessrios, cumprimento de protocolos do Ministrio da Sade (com conferncia da relao medicamento - CID-10, dose, exames necessrios, etc) e escla-recimentos de eventuais dvidas com o prescritor. Em seguida os pacientes so orientados individualmente, por farmacuticos, sobre: seu tratamento, como armazenar os medicamen-tos em domiclio, as principais reaes adversas, como tomar seus medicamentos e cuida-dos de sade, relevantes para sua condio.

    Para os pacientes internados os cuidados farmacuticos so realizados no momento da anlise da prescrio e aps a dispensao dos medicamentos, atravs de aes de far-mcia clnica, com o acompanhamento do uso dos medicamentos e produtos para sade, motivos das devolues, reaes adversas, necessidade de adaptao de formulaes, a-companhamento de parmetros clnicos e laboratoriais que subsidiam as decises de per-manncia ou interrupo do tratamento e evoluo do paciente. Os farmacuticos participam regularmente de visitas e sesses clnicas multidisciplinares.

    As atividades de ensino, pesquisa e extenso so desenvolvidas nas Farmcias do HUs, em sintonia com as demandas da Universidade Federal do Cear, pois campo per-manente de ensino para acadmicos de Farmcia, sob a forma de disciplinas prticas e in-ternato (416h). Oferece tambm programa de residncia multiprofissional, nas reas: terapia intensiva, transplante e onco-hematologia.

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    2. UNIDADES DE TRABALHO

    Farmcia Central HUWC 3366 8151 Horrio de Funcionamento: 24h [email protected]

    Farmcia Satlite do Centro Ci-rrgico do HUWC

    3366 8378 Horrio de Funcionamento: 24h

    Farmcia Central MEAC 3366 8540 Horrio de Funcionamento: segunda a sexta: 7-19h

    Farmcia Satlite do Centro Ci-rrgico MEAC

    3366 8551 Horrio de Funcionamento: 24h

    Farmcia Satlite 2 andar MEAC 3366 8541 Horrio de Funcionamento: 24h

    Fracionamento HUs 3366 8151 Horrio de Funcionamento: segunda a sexta: 8-12h/13-17h.

    Laboratrio de Manipulao HUs 3366 8151 Horrio de Funcionamento: segunda a sexta, de 8-12/13-17h

    Central de Misturas Intravenosas HUs

    3366 8151 Horrio de Funcionamento: segunda a sexta: 7-13/13-19h Sbados, domingos e feriados: 7-13 [email protected]

    Farmcia Ambulatorial HUs 3366 8220 Horrio de Funcionamento: segunda a sexta: 7-12/13-17h

    Central de Abastecimento Farma-cutico HUWC

    3366 8152/ FAX 3366 8134 Horrio de Funcionamento: segunda a sexta: 8-12/13-18h [email protected]

    Central de Abastecimento Farma-cutico MEAC

    3366 8550 Horrio de Funcionamento: segunda a sexta: 7-13/13-17h [email protected]

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    Unidade (HUWC) Horrio mximo de chegada da prescri-o

    UTI 09:30

    Pediatria 10:00

    Postos Cirrgicos 10:00

    Transplante 12:00

    Clnica I 12:00

    Clnica III 12:00

    Clnicas IIA e IIB 12:00

    Prescries de QT 09:00

    (encaminhadas para o Hemoce)

    Unidade (MEAC) Horrio mximo de chegada da prescri-

    o

    1 Andar

    2 andar

    Uti Adulto

    Uti Neonatal

    3. ROTINA DE AQUISIO DE MEDICAMENTOS NO PADRONIZADOS

    A aquisico de medicamentos e de produtos para sade pela Farmcia dos HUs re-alizada somente para pacientes internados, atravs de licitao (para os itens padronizados) e da compra direta (para itens que no so padronizados, e que foram autorizados pelo Dire-tor Assistencial para atender a uma condio especfica de algum paciente). Os medicamen-tos dispensados pela Farmcia Ambulatorial so adquiridos pela COASF/SESA/CE.

    A aquisio de medicamentos no padronizados nos HUs prtica entendida como excesso, sendo rigorosamente avaliada, antes da autorizao. Essa prtica pode ter, basi-camente, duas finalidades: o atendimento a uma condio especfica de um paciente ou a incorporao de tecnologias no arsenal teraputico dos HUs. Tendo a primeira finalidade, a aquisio avaliada em no mximo 2 dias teis. J para incorporao de tecnologias o pro-cesso mais demorado em virtude da necessidade de ampla coleta de evidncias cientfi-cas, discusses, pareceres e definio de oramento para a aquisio.

    A solicitao de compra de medicamento no padronizado dever ser encaminhada pelo prescritor, via eletrnica (www.huwc.ufc.br/nats) ou manual em formulrio prprio dispo-nvel nas unidades (figura 1), para a Farmcia que atende suas prescries, aps identificar a necessidade de um medicamento no disponvel no Guia Farmacoteraputico dos HUs, e sem equivalentes teraputicos padronizados.

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    As solicitaes de compra de medicamentos no padronizados, devidamente preen-chidas e justificadas, so avaliadas previamente pela Farmcia quanto a disponibilidade de alternativas teraputicas e em seguida encaminhada para a Comisso de Farmcia e Tera-putica-COFATE.

    Quando do recebimento de solicitao de compra de medicamentos no padroniza-dos, o farmacutico deve verificar se os dados: nome do paciente, prontuario, leito, clinica, nome do medicamento (DCB ou DCI) e comercial, posologia, durao de tratamento e justifi-cativa esto presentes. Em seguida, o farmacutico deve verificar o estoque, registrar na solicitao o saldo disponivel, e, caso no exista saldo, encaminhar imediatamente para a COFATE, para anlise e providncias. Caso exista o medicamento solicitado em estoque, ou seu equivalente teraputico, o farmacutico entrar em contato com o prescritor, informando-o e registrar o contato, bem como as decises tomadas no formulrio devolvendo-o para encaminhamentos pela COFATE.

    Aps essa anlise, a COFATE realizar a anlise dos registros da Farmcia e delibe-rar. As solicitaes no aprovadas so comunicadas ao solicitante, bem como a justificativa para a no autorizao. Caso o medicamento solicitado seja antimicrobiano, a COFATE con-sulta a Comisso de Controle de Infeco Hospitalar-CCIH. As solicitaes aprovadas so encaminhadas para a Diretoria Assistencial para homologao e em seguida CAF para aquisio. Esse processo pode durar no mximo 2 dias teis.

    Caso a solicitao seja para incorporar o produto padronizao, a aprovao passa necessariamente por parecer do Ncleo de Avaliao de Tecnologias em Sade NATS/UFC e COFATE, devendo ser homologada pelo Superintendente dos Hospitais Uni-versitrios. Esse processo poder durar entre 2 e 6 meses. Esta solicitao dever ser envi-ada obrigatoriamente atravs da via eletrnica.

    O NATS/UFC fornece parecer tcnico que d suporte ao parecer final da COFATE pa-ra a incorporao de tecnologias nos HUs/UFC.

    Os medicamentos sujeitos a controle especial (Portaria 344/98-MS e RDC 58/07-Anvisa), so adquiridos, quando autorizados, mediante o envio, pelo mdico assistente, do receiturio especfico devidamente preenchido, o farmacutico deve realizar a conferncia de todos os campos do formulrio. Em caso de no conformidade o farmacutico deve entrar em contato com o prescritor e solicitar a resoluo desta.

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    FIGURA 1: Formulrio de Solicitao de Produtos No Padronizados.

    3. DISPENSAO DE MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL

    Atravs da Portaria 344/98-MS e da RDC 58/07-ANVISA, a venda de medicamen-

    tos sujeitos ao controle especial foi regulamentada, envolvendo prescrio e dispensao dos seguintes grupos de medicamentos: entorpecentes, psicofrmacos, antiretrovirais, reti-nides de uso sistmico, imunossupressores e anabolizantes. Os entorpecentes e psicofr-macos so tambm conhecidos como psicotrpicos. Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), psicotrpicos so substncias que agem no sistema nervoso central (SNC), produzindo alteraes de comportamento, humor e cognio, possuindo grande propriedade reforadora, sendo, portanto, passveis de autoadministrao, o que caracteriza a idia de drogas que levam dependncia. Esse gupo de frmacos frequentemente utilizado nos HUs.

    A dispensao hospitalar dos medicamentos pertencentes aos grupos de frma-cos supracitados feita mediante prescrio em receiturio prprio do hospital, em duas vi-

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    as, sendo a segunda via encaminhada Farmcia para dispensao e registro do consumo do medicamento no sistema informatizado, o qual utilizado para gerar relatrios para a Vi-gilncia Sanitria.

    A dispensao ambulatorial destes medicamentos exige as notificaes de recei-tas especficas.

    So padronizados na Farmcia do HUs/UFC os medicamentos sujeitos a controle especial, descritos no quadro 1.

    QUADRO 1: Medicamentos sujeitos a controle especial padronizados na Farmcia do HUs.

    A seguir so apresentados os modelos de receiturios utilizados para a prescrio ambulatorial de medicamentos sujeitos a controle especial, de acordo com sua classificao.

    Lista A1: Substncias entorpecentes (receita cor amarela). Lista A2: Substncias entorpecentes, de uso permitido somente em concentra-

    es especiais (receita cor amarela).

    Lista A1 Lista A2 Lista B1 Lista C1

    Alfentanila Fentanila Metadona Morfina Remifentanila Petidina Sufentanila

    Codena Nalbufina Tramadol

    Clonazepam Diazepam Midazolam Tiopental Fenobarbital

    cido valprico Amitriptilina Carbamazepina Cetamina Clorpromazina Droperidol Etomidato Fenitoina Fluoxetina Flumazenil

    Gabapetina Haloperidol Hidrato de cloral Isoflurano Lamotrigina Levomepromazina Naloxona Propofol Sevoflurano Bupropriona

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    Lista B1: Substncias psicotrpicas (receita cor azul).

    Lista C1: Outras substncias sujeitas ao controle especial (receita cor branca).

    Formulrios de Notificao de Receita A, de cor amarela, so fornecidos, de forma

    numerada e controlada, pela Vigilncia Sanitria Estadual, por solicitao individual do pres-critor. A quantidade mxima que pode ser prescrita neste receiturio corresponde a 30 dias

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    de tratamento, no podendo conter mais que cinco ampolas no caso de medicamento para uso injetvel.

    Formulrios de Notificao de Receita B, de cor azul, so de responsabilidade do profissional, hospital ou ambulatrio, com numerao fornecida pela Vigilncia Sanitria Mu-nicipal. Nos HUs, o receiturio fornecido pela instituio. A quantidade mxima que pode ser prescrita corresponde a 60 dias de tratamento, no podendo conter mais que cinco am-polas no caso de medicamento para uso injetvel.

    Sempre que for necessrio realizar a compra de medicamentos no padronizados, da Portaria No 344/98 MS, o prescritor deve enviar o receiturio para a Farmcia, contendo todos os itens devidamente preenchidos com informaes do prescritor e do paciente de forma legvel, sendo a quantidade em algarismos arbicos e por extenso, sem emendas ou rasuras. 4. DISPENSAO DE ANTIMICROBIANOS

    A prescricao de Antimicrobianos-ATB dever seguir os protocolos de uso de antimi-crobianos da instituio, disponvel no site do HUWC (rea biblioteca cientfica) ocorrendo mediante o envio, para a Farmcia, da Ficha de Antimicrobianos (Figura 1).

    A solicitao de antimicrobianos est normatizada e a forma de solicitao foi resumi-da no quadro 2.

    O medicamento ser dispensado quando: atender ao protocolo estabelecido ou a-companhado de parecer da CCIH (formalizado atravs da assinatura na ficha de controle de antimicrobiano ou em documento encaminhado separadamente).

    Todos os campos da ficha de ATB devem ser preenchidos, de forma a nortear o a-companhamento do uso destes frmacos na instituio. Quando do recebimento desta Fi-cha, a Farmcia avalia se o quantitativo de ATB suficiente para o atendimento da solicita-o para tratamento de 10 dias, fazendo a reserva do mesmo, nominal ao paciente. Um se-gundo tratamento somente poder iniciar, quando o quantitativo em estoque for suficiente para assegurar o perodo mnimo, sem interrupo do mesmo.

    A Farmcia deve verificar o diluente e volume no qual os ATB diludo e a velocidade de infuso, objetivando previnir erros que levem a ocorrncia de eventos ou reaes adver-sas, podendo-se exemplificar essa ao com a vancomicina. Caso a vancomicina esteja prescrita sem velocidade de infuso definida ou que resulte em infuso em menos de 2 ho-ras, o farmacutico no dispensar o medicamento e contactar com o prescritor para corre-o. No quadro 3 so fornecidas algumas dicas para a prescrio de antimicrobianos.

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    Figura 2. Ficha de Solicitao de Antimicrobianos

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    QUADRO 2: Como solicitar antimicrobianos no HUWC e MEAC.

    1. Solicitar culturas com antibiograma (hemocultura, urinocultura, ponta de catter, secre-es de feridas, escarro). Nos casos em que houver diarria, devem-se coletar fezes para pesquisa de toxina A e B do Clostridium difficile (caso disponvel) e coprocultura para pesquisa de E.Coli, Shigella, Salmonella e Campilobacter;

    2. Iniciar antibitico emprico considerando, entre outros fatores: protocolos institucionais,

    relato de reaes adversas a antimicrobianos especficos/relatos de alergias e antece-dentes infecciosos do paciente (agentes isolados em episdios prvios de infeco e esquemas antimicrobianos previamente utilizados);

    3. Prescrever o antimicrobiano de forma legvel sem abreviaturas no nome do frmaco,

    anotando necessariamente o dia de utilizao e previso de tratamento (por exemplo D1/14 ou D1/21), forma de administrao (EV bolus, EV infuso gravitacional, EV infu-so BIC ou IM). Nos casos de infuso indicar o volume e tipo de soluo para adminis-trao, bem como o tempo de infuso;

    4. Preencher obrigatoriamente todos os campos da Ficha de Solicitao de Antimicrobia-

    nos, de forma legvel, sem rasura, datando-a, carimbando-a e assinando-a. O carimbo poder no ser utilizado se o prescritor assinar de forma legvel e registrar seu nmero de registro profissional;

    5. A Ficha de Solicitao de Antimicrobianos dever ser preenchida sempre em casos de

    incio ou troca de tratamento, ajuste de dose (aumento ou diminuio), adio de outros antibiticos, antifngicos e antivirais ou mudana de forma farmacutica para adminis-trao;

    6. A Ficha de Solicitao de Antimicrobianos dever acompanhar obrigatoriamente a se-

    gunda via da prescrio enviada Farmcia. Prescrio de ATB sem o envio da ficha no ser dispensada;

    7. O Servio de Farmcia somente poder liberar o medicamento mediante apresentao

    da ficha de solicitao de antimicrobianos devidamente preenchida e anexada pres-crio;

    8. Para os seguintes antimicrobianos, necessrio a liberao por senha informada pela

    CCIH. A senha dever estar informada na Ficha de Solicitao de Antimicrobianos: Ampicilina + Sulbactam, Anfotericina B Lipossomal, Caspofungina, Imipenem, Linezoli-da, Meropenem, piperacilina + Tazobactam, Polimixina B e E, Teicoplanina, Tigeciclina, Vancomicina, Voriconazol.;

    9. Aps resultados dos antibiogramas ajustar/alterar tratamento emprico, se necessrio,

    seguindo as mesmas orientaes constantes nos itens 3 a 6 desse quadro.

    Fonte: Adaptado de Giro. E, et al, Protocolos de Utilizao de Antimicrobianos. Universidade Federal do Cear. Hospital Universitrio Walter Cantdio. Comisso de Controle de Infeco Hospitalar. 2009.

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    QUADRO 3: Dicas para a prescrio de antimicrobianos.

    No utilize abreviaturas no nome dos antimicrobianos;

    Sempre especifique a concentrao, forma farmacutica, dose, posologia (frequncia do uso), como a diluio deve ser realizada, reconstituinte/diluente: tipo e volume e velocidade de infuso.

    Os aminoglicosideos (amicacina, gentamicina), a lincosamida (clindamicina), as peni-cilinas (penicilina cristalina, oxacilina), cefepime, piperacilina+tazobactam, devem ser diluidos no volume minimo de 100 mL, independentemente da concentrao do medi-camento, respeitando suas incompatibilidades; Em paciente com restrio hdrica, es-sa recomendao deve ser reavaliada.

    A vancomicina dever ser prescrita com velocidade de infuso igual ou superior a 2 horas, em volume mnimo de 200ml.

    Fonte: Adaptado de Giro. E, et al, Protocolos de Utilizao de Antimicrobianos. Universidade Federal do Cear. Hospital Universitrio Walter Cantdio. Comisso de Controle de Infeco Hospitalar. 2009.

    5. DISPENSAO DE MEDICAMENTOS EM DOSE UNITRIA

    A dose unitria um sistema seguro e racional de dispensao de medicamentos, que proporciona a oferta de doses prontas para serem administradas ao paciente, de acordo com a prescrio mdica. A utilizao deste sistema de distribuio est associada ao au-mento da segurana na administrao de medicamentos aos pacientes.

    Na apresentao unitria, cada dose do medicamento acondicionada em embala-gem descartvel, contendo a dose exata prescrita. A embalagem do medicamento propor-ciona administrao direta ao paciente, sem necessitar que o mesmo seja transferido pela enfermagem antes da administrao.

    Cada dose identificada com nome do paciente, nome do medicamento, concentra-o (expressa na relao volume/volume:Xml/Yml, peso/volume: Xg/ml ou pe-so/peso:Xg/Yg), forma farmacutica (soluo, suspenso, xarope, entre outras), quanti-dade, via de administrao, lote, validade, nome do farmacutico responsvel pela manipu-lao com nmero da identificao profissional e orientaes quanto ao armazenamento (guardar em geladeira, guardar ao abrigo da luz, entre outros).

    A forma como o medicamento chega ao paciente, dispensa o preparo do medicamen-to pela equipe de enfermagem, liberando-a para atividades de cuidado ao paciente.

    A dose unitria proporciona ainda, ao mdico, a flexibiidade da prescrio em concen-traes e apresentaes indisponveis no mercado, personalizando a teraputica, adequan-do-a s necessidades do paciente, em em casos como os da pediatria, humanizando o a-tendimento, pois, atravs da farmacotcnica, a Farmcia disponibiliza medicamentos com maior palatabilidade, melhorando a adeso ao tratamento.

    Para facilitar o processo de prescrio foram padronizadas concentraes para medi-camentos em apresentao unitria, estando as mesmas descritas na pgina 103.

    6. DISPENSAO DE PRODUTOS PARA SADE

    Muitos produtos para sade so dispensados diariamente para atender as unidades do HUs. Esse grupo de produtos inclui agulhas, seringas, gazes, equipos, sondas, apsitos, entre outros e perpassa quase a totalidade dos procedimentos realizados nos hospitais. A

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    dispensao desse grupo de produtos se faz por paciente, por procedimento (Kit) ou por centro de custo, sempre utilizando o sistema informatizado. A adequada gesto farmacutica desses produtos, com controles to amplos como os dos medicamentos (lote, validade, tem-peratura, umidade, entre outros), e o papel destes no processo assistencial, coloca-os em posio estratgica no processo do cuidar.

    A padronizao do tempo de permanncia dos referidos produtos atividade relevan-te sob a tica da gesto de riscos, controle de infeco hospitalar, controle de custos e ges-to da teraputica, impactando diretamente sobre a qualidade do processo assistencial. Ba-seado nessas premissas, a Comisso de Controle de Infeco Hospitalar normatizou o tem-po de permanncia para alguns produtos (Quadro 4).

    QUADRO 4: Padronizao do tempo de permanncia de produtos para sade padronizados

    no HUWC.

    PRODUTO PARA SADE TEMPO DE PERMANNCIA OBSERVAO

    Cateter Vascular Central (CVC)

    Sem troca programada Retirar em caso de hipe-remia local, secreo no stio de insero do cate-ter ou febre sem foco de-finido.

    Cateter Venoso Perifrico (CVP)

    Adultos: Scalp: 72 horas Cateter intravenoso: 72 horas Crianas: trocar o cateter a-penas se ocorrer complicao.

    Quando inserido em situ-ao de emergncia, a troca dever ocorrer em at 48 horas.

    Cateter arterial perifrico 5 dias Retirar no quinto dia

    Cateter venoso para hemo-dilise

    Sem troca programada Retirar em caso de hipe-remia local, secreo no stio de insero do cate-ter ou febre sem foco de-finido.

    Cateter de Tenkoff Sem troca programada Trocar apenas em caso de sinais de peritonite, obstruo ou mau funcio-namento.

    Cateter de Swan Ganz 5 a 7 dias

    Cateter Peridural 48 horas

    Equipo (macrogotas e para bomba infusora), dupla via e torneirinhas.

    A cada 72 horas Trocar em intervalo me-nor se houver sujidade visvel.

    Equipo para administrao intermitente de medicamen-tos (ex. antibiticos)

    A cada 24 horas

    Equipo para administrao de solues lipdicas ou hemoderivados

    Aps cada infuso

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    PRODUTO PARA SADE TEMPO DE PERMA-NNCIA

    OBSERVAO

    Equipo para dieta enteral A cada 24 horas

    Equipo para bomba infusora de dieta parenteral

    A cada 24 horas

    Curativo de acesso vascular profundo Micropore e Gaze: a cada 24h Filme transparente: trocar a cada 7 dias

    Ambos devero ter suas trocas anteci-padas em caso de apresentar sujidade, m aderncia ou es-tiver mido.

    Circuito do ventilador e sistema de aspirao fechado

    Trocar sempre que hou-ver sujidade visvel

    Frasco de Aspirao Trocado a cada paciente Entre um paciente e outro os frascos de-vem sofrer desinfec-o.

    Ambu Trocar em caso de suji-dade visvel

    Entre um paciente e outro, os ambus de-vem sofrer esteriliza-o ou desinfeco de alto nvel.

    Sonda Nasogstrica (SNG) 14 dias (dar preferncia introduo de SNE)

    Recomendao do fabricante.

    Sonda Nasoentrica (SNE) 06 meses Recomendao do fabricante.

    Sonda Vesical de Demora (SVD) No h indicao de tro-ca

    Proceder a troca de todo sistema caso haja vazamento ou obstruo

    Coletor urinrio sistema aberto Desprezar aps o uso.

    Macronebulizador 24 horas Trocar na presena de sujidade.

    Kit para aerossol 24 horas

    Bolsa de colostomia tipo karaya 07 dias Antecipar a troca se houver falha na ade-sividade da bolsa

    Bolsa de colostomia - simples Trocar a cada evacua-o.

    Fonte: Freitas, M.M.C., Rodrigues, J. L. N., Pedrosa, E. H. Universidade Federal do Cear. Hospital Universitrio Walter

    Cantdio. Comisso de Controle de Infeco Hospitalar. Ofcio circular, de 09 de agosto de 2010.

    REFERNCIAS

    1. Brasil. Resoluo da Diretoria Colegiada (RDC)/ANVISA 58, de 5 de setembro de 2007, aperfeioa o controle e a e fiscalizao de substncias psicotrpicas anorexgenas. e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio, Poder Executivo, Braslia, DF. 06 de set. 2007.

    2. Brasil. Resoluo da Diretoria Colegiada (RDC)/ANVISA 63, de 27 de setembro de 2007. Publica a atua-lizao do Anexo I, Listas de Substncias Entorpecentes, Psicotrpicas, Precursoras e Outras sob Con-trole Especial, da Portaria SVS/MS n.344, de 12 de maio de 1998. Dirio Oficial da Unio, Poder Execu-tivo, Braslia, DF.28 de set. 2007.

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    3. Pinheiro, A. N.; Holanda Neto; J. E. De; Neri, E.D.R.; Campos, T.A, et al. Manual de Boas Prticas em A-viamento de prescries e Dispensao de Medicamentos. Universidade Ferderal do Ceara, Hospital U-niversitrio Walter Cantidio, 2009. 48p. Disponvel em: http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/1264185187_52_0.pdf. Acesso em 12/08/10.

    4. Giro E. S., de Holanda Neto, J. H., Rodrigues, J. L. N, Machado, O. V. O. Protocolos de Utilizao de Antimicrobianos. Universidade Federal do Cear. Hospital Universitrio Walter Cantdio. Comisso de Controle de Infeco Hospitalar. 2009. 58p. Disponvel em: http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/1258741539_15_0.pdf. Acesso em: 12/08/10.

    5. Freitas, M.M.C., Rodrigues, J. L. N., Pedrosa, E. H. Universidade Federal do Cear. Hospital Universi-trio Walter Cantdio. Comisso de Controle de Infeco Hospitalar. Ofcio circular, de 09 de agosto de 2010.

    6. Nri, E.D.R. Org. Padronizao de doses unitrias orais na Pediatria do HUEC/UFC. Universidade Fe-deral do Cear. Hospital Universitrio Walter Cantdio. Servio de Farmcia do HUWC/UFC. Folder. Disponvel em: http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/1187722942_50_0.pdf. Acesso em: 13/08/10.

    7. Cassiani, S. H de B. org. Hospitais e medicamentos: impacto na segurana dos pacientes. So Caeta-no do Sul, SP. Editora Yendis, 2010.

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    NCLEO DE AVALIAO DE TECNOLOGIAS EM SADE DOS HUs

    Eugenie Desire Rabelo Nri

    Marcelo Alcntara Holanda

    Alberto Farias Filho

    Tatiana Amancio Campos

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    O uso de tecnologias no processo assistencial cotidiano. Entende-se por tec-nologias em sade os medicamentos, equipamentos e procedimentos tcnicos, sistemas organizacionais, educacionais, de informao e de suporte e os programas e protocolos as-sistenciais, por meio dos quais a ateno e os cuidados com a sade so prestados popu-lao (Brasil, 2009a; Brasil, 2009b). As tecnologias em sade so classificadas quanto a na-tureza material, propsito, e estgio de difuso (quadro 5) e sua gesto deve utilizar as evi-dncias cientficas, considerando os atributos de eficcia, efetividade, eficincia, segurana e impactos econmicos, ticos, sociais e ambientais da tecnologia em questo (Brasil, 2006; Brasil 2009a).

    A grande diversidade de produtos oferecidos no mercado e a quantidade de informa-es, provenientes das mais variadas fontes, coloca o profissional de sade e os gestores em dificuldades no momento da escolha da tecnologia. Convivem neste cenrio as tecnolo-gias cujo uso baseado em evidncias, ao lado de outras cujo uso no encontra fundamen-tao, ou que possuem evidncias contrrias a seu uso, ou que comprovadamente no pos-suem o efeito esperado, e aquelas utilizadas em condies para as quais no esto indica-das, Tudo isso, em uma efervescncia tecnolgica, geralmente associada a custos elevados para o sistema de sade.

    A incorporao de tecnologias e seu impacto na sade uma preocupao mundial, sendo registrado ao longo da histria graves eventos adversos envolvendo tecnologias e suas conseqncias, tais como a focomelia causada pelo uso da talidomida e fibroplasia re-trolental decorrente de hiperoxigenao em incubadora (Brasil, 2009a).

    No dia-a-dia das instituies no fcil ter acesso a informaes baseadas em evi-dncias, bem como informaes desprovidas de interesses comerciais, e que considere, a-lm da efetividade da tecnologia, questes como cultura local, custo da tecnologia para o Sistema nico de Sade, impacto tico, social e legal do uso da tecnologia entre outros as-pectos. Segundo o Ministrio da Sade brasileiro (Brasil, 2009a), ano a ano, a dificuldade de fornecer ao usurio do Sistema nico de Sade - SUS a tecnologia mais eficiente e efetiva, perpassa por obstculos como a escassez de recurso financeiro, a qualificao dos profis-sionais das instituies, as adaptaes dos instrumentos de regulao e certificao e inves-timentos na infraestrutura fsica. Todos esses fatores, associados s presses dos fabrican-tes, distribuidores, mdia e associaes (tcnicas e de usurios), entre outros, fazem com que o processo de seleo da tecnologia necessite de suporte especializado. A avaliao de tecnologias surge, portanto, com o objetivo de subsidiar as resposta dos gestores s de-mandas e presses supracitadas.

    O Gestor de sade, no meio pblivo, deve atender aos princpios do SUS, construindo o processo de regulao, incorporao e utilizao de tecnologias, de forma transparente, permitindo o olhar da sociedade e o amplo exerccio do controle social. Diante do exposto, se faz necessria a definio e sistematizao de instrumentos, metodologia de busca e anlise das informaes, bem como participao ativa de diferentes atores, tornando claros os critrios adotados na incorporao da tecnologia. Diante do exposto os gestores necessi-tam de informaes clara, desprovidas de interesses comerciais e fundamentadas, sobre os benefcios e riscos advindos do uso da tecnologia, bem como o impacto da mesma sobre a assistncia sade, de forma a permitir a melhor tomada de deciso. (Brasil, 2009b)

    A Avaliao de Tecnologias em Sade praticada em todo o mundo, sendo conduzi-da por diversas entidades, includo agncias governamentais, companhias de seguro, inds-tria mdica, associaes profissionais, hospitais, entre outros. No Brasil, as primeiras iniciati-vas datam de 1980, entretanto, somente a partir de 2003 quando o Ministrio da Sade, por meio do Departamento de Cincia e Tecnologia da Secretaria de Ciencia e Tecnologia e In-

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    sumos Estratgicos, organiza uma oficina para elaborar uma proposta para ATS no ambito do SUS, que as aes se iniciam, com a criao do Conselho de Cincia, Tecnologia e Inovao do Ministrio da Sade (Portaria MS No 1.418, de 24/07/2003) e criao do Grupo de Trabalho de Avaliao de Tecnologias em Sade. Paralelamente, a Secretaria de Assis-tncia Sade e a Anvisa, implementaram diferentes aes de capacitao, fomento pes-quisa e criao da Rede de Hospitais Sentinelas, o que possibilitou a melhoria do processo de utilizao das tecnologias. As aes de consolidao da rede de laboratrios de pesquisa clnica e o movimento de sade baseda em evidncias, tambm se configuram como aes de apoio ATS (Brasil, 2009).

    Quadro 5: Classificao das tecnologias em sade:

    Quanto natureza do material:

    Medicamentos;

    Equipamentos e suprimentos: ventilador, marcapassos cardacos, Luvas cirrgicas, kits de diagnstico, etc.;

    Procedimentos mdicos e cirrgicos;

    Sistemas de suporte: banco de sangue, sistemas de pronturio eletrnico, etc.;

    Sistemas gerenciais e organizacionais: sistemas de informao, sistemas de garantia de qualidade, etc.

    Quanto ao propsito:

    Preveno: visa proteger os indivduos contra uma doenaou limitar a extenso de uma sequela (exemplo: imunizao, controle de infeco hospitalar, etc.);

    Triagem: visa detectar a dorna, anormlidade, ou fatores de risco de pessoas assin-tomticas (mamografia, exame de Papanicolau);

    Diagnstico: visa identificar a causa e natureza ou extenso de uma doena em pes-soas com sinais clnicos ou sintomas (eletrocardiograma, raios X para detectar fratu-ras sseas);

    Tratamento: visa melhorar ou manter o estado de sade, evitar uma deteriorao maior ou atuar como paliativo;

    Reabilitao: visa restaurar, manter ou melhorar a funo de uma pessoa com uma incapacidade fsica ou mental.

    Quanto ao estgio de difuso:

    Futura: em estgio de concepo ou nos estgios iniciais de desenvolvimento;

    Experimental: quando est submetida a testes em laboratrio usando animais ou ou-tros modelos;

    Investigacional: quando est submetida a avaliaes clnicas iniciais (em humanos);

    Estabelecida: considerada pelos provedores como um enfoque-padro para uma condio particular e difundida para uso geral;

    Obsoleta/abandonada/desatualizada: sobrepujada por outras tecnologias ou foi de-mosntrado que so inefetivas ou prejudiciais.

    Fonte: Brasil, Ministrio da Sade. Secretaria Executiva. rea de Economia da Sade e Desenvolvimento. Avaliao de

    Tecnologias em Sade: ferramentas para a Gesto do SUS. Srie A, Normas e Manuais Tcnicos. Editora do Minis-trio da Sade. 2009, p. 21.

    Como resposta ao estmulo gerado pelo Departamento de Cincia e Tecnologia/MS e

    Anvisa, o Ncleo de Avaliao de Tecnologias em Sade - NATS UFC, foi criado. A portaria de criao data do dia 06 de maio de 2010 (Portaria No 21/2010).

    A experincia principal do NATS UFC com avaliao da tecnologia Medicamento, tendo experincia na pesquisa e capacitao de recursos humanos para uso racional desta

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    tecnologia, tendo por misso cooperar para a institucionalizao da avaliao de tecnologias no SUS, fornecendo ferramentas aos gestores para a tomada de deciso.

    As aes do NATS inicialmente sero dirigidas aos Hospitais Universitrios da UFC e em seguida se ampliar, de forma a se tornar referncia para os gestores locais de sade em ATS. Para a consecuo dessa misso o NATS UFC trabalha de forma integrada aos outros NATS do Brasil, atravs da sua insero na Rede Brasileira de Avaliao de Tecnolo-gias em Sade REBRATS; possui interface na internet, proporcionando o rpido acesso s informaes sobre ATS comunidade e um sistema de gerenciamento de demandas para incorporao de tecnologias nos HUs(www.huwc.ufc.br/nats).

    Alm da REBRATS, o NATS UFC faz parte da rede de parceiros da Comisso Nacio-nal de Incorporao de Tecnologias no SUS, vinculada ao Ministrio da Sade. Esta comis-so responsvel pela avaliao da incluso de novas tecnologias a serem disponibilizadas aos usurios do Sistema nico de Sade.

    O NATS atua tambm disseminando, junto aos gestores e profissionais de sade do Cear, a importncia da avaliao das tecnologias como ferramenta de deciso, atravs da produo e divulgao de informes sobre ATS e a promoo de treinamento profissional, em carter permanente, em avaliao de tecnologias e sade baseada em evidncias para o SUS.

    O NATS desenvolve parececeres a partir de demandas da comunidade dos Hospitais

    Universitrios da UFC, encaminhadas atravs do seu site; a partir de demandas advindas

    dos gestores, da Gerncia de Riscos e comunidade, seguindo uma escala de priorizao. De

    posse da demanda, elaborada a pergunta norteadora da pesquisa (PICO: Populao, In-

    terveno, Controle e Desfecho (do ingls Outcome)) e iniciada a busca de evidncias. Essa

    busca segue as diretrizes metodolgicas para elaborao de Parecer Tcnico-cientfico do

    Ministrio da Sade (Brasil, 2009b). Aps a busca, selecionado no corpo tcnico do HUs

    ou da UFC um profissional especialista na rea para analisar as evidncias coletadas e emi-

    tir um parecer. Todas as informaes (busca e parecer) so discutidas em reunio ordinria

    do NATS e aprovados, antes do retorno da resposta ao demandante. O resultado da busca

    poder ser disponibilizado no site do NATS para conhecimento da comunidade.

    NATSUFC NCLEO DE AVALIAO DE TECNOLOGIAS EM SADE NATS Hospital Universitrio Walter Cantdio Universidade Federal do Cear Fortaleza, Cear, Brasil

    Rua Capito Francisco Pedro, 1290 Rodolfo Tefilo, Fortaleza, Cear, Brasil CEP: 60 430-372 FONE/FAX: 55 85 3366 8606 e-mail: [email protected] internet: www.huwc.ufc.br/nats

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    REFERNCIAS

    Fonte:Rebrats http://200.214.130.94/rebrats/index.html, acesso em 09/06/10

    Brasil, Ministrio da Sade. Secretaria Executiva. rea de Economia da Sade e De-

    senvolvimento. Avaliao de Tecnologias em Sade: ferramentas para a Gesto do SUS.

    Srie A, Normas e Manuais Tcnicos. Editora do Ministrio da Sade. 2009..

    Brasil, Portaria No 1.418, de 24 de julho de 2003. Institui o Conselho de Cincia, Tec-

    nologia e Inovao do Ministrio da Sade, Braslia.

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    GERNCIA DE RISCOS SANITRIO HOSPITALAR

    Eugenie Desire Rabelo Nri

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    O que A Comisso de Risco Sanitrio Hospitalar dos Hospitais Universitrios da

    Universidade Federal do Cear responsvel pela monitorizao ps-comercializao, de medicamentos, produtos para sade, saneantes, hemocomponentes, equipamentos e kits para laboratrio, identificando e notificando eventos adversos, neles includas as reaes adversas e problemas com produtos.

    Durante o processo de trabalho da Comisso, so realizadas a identificao, a anlise e a documentao do problema, sendo seguido de contato, caso necessrio, com o notificador, o surio, o fabricante, e rgo sanitrio (Visa e Anvisa).

    Sua criao foi oficializada pela Portaria n03/2002 e ocorreu em responta a criao do Projeto Hospitais Sentinelas da Anvisa. Essa comisso foi instituda para atuar no Hospital Universitrio Walter Cantdio, em mbito hospitalar e ambulatorial e rgo assessor da diretoria Geral.

    A Comisso de Riscos Hospitalares formada pelas sub-comisses de : farmacovigilncia, tecnovigilncia, hemovigilncia e os Ncleo de Estudos sobre Segurana do Paciente e Ncleo de Avaliao de Tecnologias em Sade- NATS.

    A sub-comisso de Farmacovigilncia tem por objetivos realizar atividade destinadas a identificar, quantificar e informar os efeitos indesejveis decorrentes do uso agudo e crnico dos medicamentos, sobretudo as reaes adversas previamente desconhecidas, identificando seus riscos, tomando medidas reguladoras a respeito e informando aos profissionais de sade do HUWC, fornecedores, VISA e Anvisa sobre estas questes.

    A sub-comisso de Tecnovigilncia, tem por objetivo identificar, analisar e prevenir

    eventos adversos relacionados ao uso de equipamentos, saneantes, produtos para sade e kits laboratoriais durante a prtica clnica.

    A sub-comisso de Hemovigilncia realiza coleta de notificaes, avaliao e

    encaminhamento de informaes Anvisa, com o objetivo de contribuir para a compreenso do problema dos efeitos indesejveis ou inesperados da utilizao de hemocomponentes, bem como cooperar para a preveno do aparecimento ou recorrncia desses efeitos. Essa sub-comisso tem sido responsvel, em parceria com o comit transfusional, por monitorar a utilizao dos hemocomponentes, as reaes e controlar desperdcios destes, tendo

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    reduzido substancialmente a perda de hemocomponentes no HUWC, bem como elaborar protocolos de utilizao.

    As notificaes so encaminhadas em fichas disponibilizadas em

    toda a instituio em fichrios em acrlico, tendo cores padronizadas (amarelo- farmacovigilncia, azul- tecnovigilncia e rosa-hemovigilncia) ou atravs do site.

    O Ncleo de Estudos Sobre a Segurana do Paciente tem por objetivo conduzir

    pesquisas envolvendo processos que impactam direta e indiretamente sobre a segurana do paciente assistido no HUWC, sugerindo estratgias, protocolos e alteraes de conduta que minimizem o risco de dano aos clientes. Este ncleo desenvolve pesquisas para a Anvisa, tendo publicado duas dissertaes de mestrado, e dois artigos em vias de publicao em revista indexada B1 nacional. Atualmente desenvolve um estudo multicntrico, no qual esto envolvidos todos os hospitais sentinela do Cear.

    A Comisso de Riscos participa de Aes regulares da Anvisa a saber: Programa

    Sentinelas em Ao (teras-feiras), Curso Sade Baseada em Evidncias (Anual), encontros nacionais de gerentes de risco, entre outros. A Comisso de Riscos participa dos principais congressos das reas vinculadas a mesma, no Brasil, enviando trabalhos, e seus membros so frequentemente convidados para proferir palestra sobre experincias vivenciadas na instituio.

    MISSO E VISO

    A Comisso de Riscos tem por misso: Realizar identificao, anlise, avaliao, tratamento e monitora-

    mento contnuo de riscos sanitrios, visando criar mecanismos

    corporativos para minimizar ameaas vida, e maximizar as opor-

    tunidades de incremento da segurana, cooperando assim para o

    aumento da qualidade da assistncia, ensino e extenso pratica-

    dos nos hospitais do complexo hospitalar da UFC.

    Tem como viso: Se tornar referncia brasileira em gerenciamento de risco sani-trio hospitalar at 2018.

    Para a consecuo dessa misso e viso, a Comisso de Risco se baseia no princpio hipocrtico da no maleficncia (primim non nocere primeiro no cause mal) e se alicera nos seguintes valores: Respeito a vida; tica; integridade; responsabilidade; busca con-tnua da excelncia cientfica; criatividade, compromisso institucional e trabalho em equipe.

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    COMPOSIO

    A Comisso de riscos composta por um quadro efetivo e membros consultivos, sendo multiprofissional.

    Seu quadro efetivo composto de uma gerente de risco, atualmente farmacutica e uma enfermeira, sendo responsveis por toda a operacionalizao das aes da Comisso de Riscos. Como membros consultivos, fazem parte das sub-comisses: dois farmacuticos, um engenheiro clnico e um mdico. Os ncleos so formados por Professores de Medicina e Farmcia, farmacuticos, enfermeiros e acadmicos de farmcia, medicina, enfermagem, engenharia e publicidade.

    A Anvisa estabelece que cada hospital integrande da rede sentinela deve possuir um

    gerente de risco sanitrio hospitalar, designado pela diretoria para atuar como elemento de ligao com a Anvisa. O gerente o responsvel por coordenar a equipe de gerenciamento de risco sanitrio hospitalar do servio de sade. A atual gerente de risco a farmacutica Eugenie Desiree Rabelo Nri, farmacutica, CRF 2028, devidamente nomeada por portaria

    institucional (n069/2008).

    Para a Anvisa, Gerente de Risco definido como um gerente de informao para o Hospital e para o Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria de Produtos de Sade Ps-Comercializao, devendo articular as diversas reas de apoio assistncia (Farmcia, En-genharia Clnica e Manuteno, Servio de Hemoterapia, Comisso de Controle de Infeco Hospitalar- CCIH, e outras), prevenindo eventos adversos advindos do uso de produtos de sade, com ganho de qualidade e segurana para procedimentos e terapias.

    Compete funo de Gerente de Risco Sanitrio Hospitalar (Anvisa, 2009):

    Desenvolver e estimular aes de Vigilncia Sanitria Hospitalar, com conhecimen-to para auxiliar a seleo, o planejamento e a gerncia dos produtos para sade;

    Auxiliar a identificar, investigar e enviar as notificaes de eventos, incidentes, rea-es adversas, ou queixa tcnicas associados aos medicamentos, sangue e hemode-rivados, equipamentos e artigos de uso mdico, reagentes para diagnstico de uso in vitro e materiais para desinfeco e esterilizao em ambiente hospitalar com suspei-ta de envolvimento de produtos para a sade Anvisa;

    Coordenar as aes requeridas em Tecnovigilncia, Farmacovigilncia e Hemovi-gilncia e Vigilncia de Saneantes de Uso Hospitalar;

    Participar da formao, disseminao dos conhecimentos e atualizao de recur-sos humanos em Tecnovigilncia, Farmacovigilncia, Hemovigilncia e materiais pa-ra desinfeco e esterilizao em ambiente hospitalar;

    Coordenar a elaborao e implantao de Planos de Melhoria, produtos do contrato firmado entre a Anvisa e hospitais sentinela.

    ANVISA. Perfil do gerente de risco. Disponvel em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/hsentinela/gerente_risco.htm. Acesso em 18/09/09.

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    MEDICAMENTOS SELECIONADOS NOS HOSPITAIS UNIVERSITRIOS DA UFC

  • Universidade Federal do Cear - Hospitais Universitrios - Guia Farmacoteraputico - 2013-2014

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    PADRONIZAO DOS MEDICAMENTOS POR ORDEM ALFABTICA Abacavir 300mg comp (AMB)

    Acetato de Ciproterona 50mg comp (AMB)

    Acetato de leuprorrelina 11,25mg seringa preenchida (AMB)

    Acetato de leuprorrelina 3,75mg famp (AMB)

    Acetato de potssio 2meq/ml amp com 10ml

    Acetato de sdio 2meq/ml amp com 10ml

    Acetilcistena 10mg/ml + sulfato de tiaminoeptano 5mg/ml soluo nasal fr com 12ml

    Acetilcisteina oral 600mg p granulado, envelope com 5g (H)

    Aciclovir 200mg comp (H)

    Aciclovir 250mg famp (H)

    cido actico 2% fr com 100ml (M)

    cido actico 5% fr com 100ml (M)

    Acido Acetil Saliclico 100mg comp

    Acido psilon Aminocaprico 50mg/ml famp com 20ml

    Acido Flico 0,4mg/ml sol oral fr com 30ml (M)

    Acido Flico 5mg comp

    cido folnico 15mg comp

    cido folnico 50mg famp

    cido gadotrico 0,5 mmol/ml sol FA com 10 ou 15ml

    cido Peractico 0,09% a 0,2% com componente ativador galo com 5000ml

    cido Tranexmico 250mg comp

    cido Tranexmico 50mg/ml amp com 5ml

    cido Tricloroactico 85% fr com 50ml (M)

    cido Ursodesoxiclico 150mg comp

    Acitretina 10mg caps (AMB)

    Acitretina 25mg comp (AMB)

    Adalimumabe 40mg (AMB)

    Adalimumabe 40mg seringa preenchida com 0,8