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Ano I • Abril de 2012 • distribuição gratuita apresenta patrocínio principal Tudo o que precisas de saber para o teu ERASMUS! apoio apoio

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Ano I • Abril de 2012 • distribuição gratuita

apresenta

patrocínio principal

Tudo o que precisas de saberpara o teu ERASMUS!

apoio apoio

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EDITORIAL*

GUIAdaGERAÇÃOERASMUS* 3

patrocínio

é evidente que o Programa ERASMUS mudou a vida de centenas de milhares de jovenseuropeus que experimentaram, na prática, a essência do espírito europeu. Uma ideia re-lativamente simples mexeu com uma geração que hoje percebe — como ninguém — queas fronteiras antigas podem ser ultrapassadas e que as diferenças dentro da Europaconstituem uma riqueza. Para eles, o sonho europeu faz sentido.

A mobilidade de estudantes entre instituições de ensino superior fez fluir culturas e cons-truir pontes entre pessoas e comunidades. Foi nascendo uma Geração ERASMUS. Aocontrário de muitas outras dimensões da construção europeia que são burocráticas edistantes, este Programa é percebido por todos os europeus e tem crescido a olhos vis-tos. O ERASMUS fez mais pela construção da Europa junto dos seus cidadãos que milfundos estruturais. Nunca o génio dos líderes europeus teve o sucesso que este pro-grama evidencia. Dessa forma, percebe-se o entusiasmo de alargar, em 2014/2020, oselo de ERASMUS a muitos outros programas, no pacote “ERASMUS PARA TODOS”.

Para Portugal, os resultados são também muito claros, quer em termos quantitativos(dos 25 estudantes iniciais até aos actuais 6.000 muito caminho foi percorrido) quer emtermos qualitativos (recorrentemente, os ex-Erasmus referem a participação no programacomo uma experiência fantástica). De igual forma, como destino de estudantes estran-geiros, Portugal está muito bem cotado, com um 9º lugar entre os países participantes.Quer para os que vão, quer para os que chegam, ERASMUS em português é sinónimode algo brilhante.

Por tudo isso, celebrar os vinte e cinco anos do Programa ERASMUS é fundamental.Num tempo de crise europeia é uma oportunidade única de sublinhar o sentido profundodeste projeto. Este Guia, conjuntamente com o Portal e os Happy-hours, é uma das for-mas de celebrar este sucesso, incentivando cada vez mais estudantes portugueses afazer esta experiência. Todos temos a ganhar.

Rui MarquesDirector-geral Forum Estudante

Vinte e cinco anos depois,Edição especial da RevistaFORUM ESTUDANTE

WWW.FORUM.PT

PROPRIEDADE E PRODUÇÃO DEPress Forum, Comunicação Social, SACAPITAL SOCIAL 60.000,00¤NIF: 502 981 512PERIODICIDADEAnualDEPÓSITO LEGAL N.º 510787/91Isento de registo ao abrigo do DecretoRegulamentar n.º 8/99 de 9 de Junho,artº 12ª, nº 1 a)

SEDETv. das Pedras Negras, nº 1 - 4º1100-404 LisboaTel.: 21 885 47 30 - Fax: 21 887 76 66

DIREÇÃO Gonçalo Gil

EDIÇÃOCaroline Pimenta (coordenadora)

DESIGN Miguel Rocha

ILUSTRAÇÃO Odeley

PUBLICIDADETel.: 218 854 730Vanessa Neto [email protected] Fidalgo Marques [email protected]

MARKETING&COMUNICAÇÃOElisabete Vila Viç[email protected]

DISTRIBUIÇÃOVitor [email protected]

PRODUÇÃOAgenda ComumRua do Caseiro, 91 - vilar3810-175 aveiroTel.: 234343876 - FAX: 234347945 [email protected]

TIRAGEM20.000 ex.

FICHATÉCNICA

04 Erasmo de Roterdão06 Programa Erasmus:

o que é e o que podes fazer08 Informação Prática 10 Entrevista a Filipe Araújo,

Embaixador Erasmus12 Experiências Erasmus18 De partida para Erasmus20 O programa em números22 Bolsas Erasmus24 Destinos de eleição26 Visão dos especialistas

SUMÁRIO32 Entrevista a Isabel Duarte,

diretora da PROALV34 Encontro Nacional dos

Gabinetes de Mobilidade36 Erasmus para Todos38 Erasmus Mundus40 Erasmus para Empreendedores42 Programa Erasmus comemora

25 anos44 Directório de contactos46 Check list do estudante Erasmus

Esta publicação foi produzida com o apoioda Agência Nacional para a Gestão do Pro-grama Aprendizagem ao Longo da Vida (ANPROALV), estrutura de missão criada pelaResolução do Conselho de Ministros n.º67/2007, de 9 de maio, alterada pela Reso-lução do Conselho de Ministros n.º 22/2008,de 7 de fevereiro. A informação nela contidavincula exclusivamente os seus autores, nãosendo a AN PROALV responsável pela utili-zação que dela possa ser feita.

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*BIOGRAFIA

4 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Erasmo de Roterdão

Um estudante pela Europa

Erasmo… na HolandaErasmo nasceu em Roterdão, nos PaísesBaixos, por volta do ano de 1467. Os seuspais deram-lhe a melhor educação que po-dia ter na altura. Começou por estudar emGouda e depois em Deventer, a melhorescola de latim da Holanda. Os seus es-tudos em Deventer são interrompidosabrutamente com a morte dos pais, vítimasda peste que atingiu a Holanda em 1483.Nessa altura, Erasmo é enviado para ummosteiro Agostiniano em Steyn para setornar Monge. Mesmo sem sentir vocaçãopara a vida monástica, Erasmo é pressio-nado a cursar o seminário e em 1492torna-se padre. No ano seguinte sai domosteiro em missão temporária e nuncamais regressa.

De França a Inglaterra e...de novo a FrançaDepois de deixar o mosteiro, Erasmo vaiestudar Teologia na escola mais rigorosada Universidade de Paris: o Collège deMontaigu. Nessa altura, recebia um subsídiode Henry de Bergen, bispo de Cambrai,mas o subsídio acaba por não ser sufi-ciente. Para se sustentar, começa a traba-lhar como tutor de jovens estudantes e aproduzir versões simples de livros da época.Essas versões simplificadas acabaram porfazer sucesso em toda a Europa.Em 1499 vai para Inglaterra a convite deum dos seus alunos de Paris. Em Inglaterraexperimenta a vida da corte e contactacom intelectuais e humanistas ingleses. Em 1500 regressa a Paris e começa aaprender Grego.

Erasmo em ItáliaEm 1506 tem a oportunidade de viajarpara Itália como tutor de dois jovens queforam estudar para a Universidade de Bo-lonha. Em Itália publica obras traduzidaspara o Grego, que fazem grande sucesso,e estabelece a sua reputação de grandeerudito clássico.

..de regresso a InglaterraApesar de trabalhar para se sustentar, odinheiro não é suficiente e Erasmo continuaa ter que pedir apoio para os seus estudosa patronos ricos. É com uma promessa deapoio financeiro do arcebispo de Canter-bury, Warham que Erasmo regressa, em1509, a Londres. Como o apoio nuncachegou, Erasmo acaba por ir para a Uni-versidade de Cambridge trabalhar comoprofessor de Grego e de Teologia.

Erasmo… na Suíça (comsaltos até à Holanda,Alemanha...)Em 1514, quando decide deixar Inglaterra,recebe uma carta do Mosteiro de Stein

ordenando-lhe que regresse e retome asua vida como monge. Erasmo recusa-see parte para Basileia, na Suíça. Nessa al-tura, Erasmo ainda não era próspero masjá era famoso. Antes de chegar a Basileiafoi recebido e homenageado em diversascidades por líderes humanistas. Estabe-lece-se na Basileia e trabalha com o maisimportante editor da Suíça, Johann Froben.Passa as décadas seguintes entre Louvain(Holanda), Freiburg (Alemanha) e Basileia.São décadas conflituosas marcadas pelonascimento da Reforma Protestante.Em 1536 Erasmo regressa a Basileia ondemorre nesse ano e deixa a maior parte dosseus bens para apoiar os estudantes daUniversidade da Basileia.

Contributo intelectualErasmo foi um dos humanistas mais influentes do Renascimento na Europa. Foi umescritor relevante em diversos géneros e destacou-se sobretudo nas áreas daEducação e da Teologia. Escreveu 5 tratados sobre Teoria Educacional Humanista ediversos livros didáticos que foram publicados em toda Europa. O seu ensaio “Oelogio da loucura” é ainda referência intelectual essencial para os nossos tempos.

O programa ERASMUS tem o nome do filósofo, teólogo e humanista Erasmo de Roterdão. Erasmoviajou por toda a Europa em busca do conhecimento e de perspetivas que só o contacto com outrospaíses poderia trazer. Foi um best-seller do seu tempo e nunca deixou de estudar ao longo da sua vida.

E se fosse hoje?Nos dias de hoje, Erasmo de Roterdão seria um trabalhadorestudante que, órfão de pais, teve que “fazer pela vida”.Seria alguém que, através do mérito académico, conseguiubolsas para estudar em alguns países da Europa e que teveque aprender línguas com poucos recursos financeiros.

Um homem, mil mundosErasmo foi um monge talentoso e obscuro naHolanda, poeta e estudante pobre em Paris, convidadoda corte e tradutor em Inglaterra, doutor “honoriscausa” em Turim, autor em Veneza, professor emCambridge e escritor famoso na Suíça.

Ilustração: Odeley

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*AABRIR

6 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Já alguma vez pensaste em estudar numaUniversidade estrangeira, fazer amigos in-ternacionais e aprender uma nova língua?Mal entraste na faculdade disseste “querofazer ERASMUS!”. Sim? Não? Seja qualfor a resposta este guia é para ti. Se sim,vamos dizer o que podes fazer em ERAS-MUS, se não, vamos dizer o que o ERAS-MUS poderia fazer por ti.ERASMUS é o mais conhecido dos pro-gramas de intercâmbio da União Europeiana área da educação e está acessível aosestudantes do ensino superior (licencia-tura, mestrado e doutoramento), bemcomo a pessoal docente e não docente deinstituições de ensino superior. Os estu-dantes ERASMUS podem passar um pe-ríodo de estudos de três a 12 meses numa

Certamente já ouviste falar do Programa ERASMUS. Estudar, viajar, experimentar a vida e a culturade um outro país europeu... sim, isso e um pouco mais, digamos que também pode... mudar a tuavida e dar-te uma experiência única de cidadania europeia.

Ser cidadão da EuropaDa mobilidade nasce uma outra identidade…

MAIS DE 4.000INSTITUIÇÕES DEENSINO SUPERIOR DE33 PAÍSES PARTICIPAMNO PROGRAMAERASMUS. 2,2 MILHÕESDE ESTUDANTES JÁTIVERAM UMAEXPERIÊNCIA ERASMUS.

universidade de outro país da União Euro-peia, sem terem que pagar propinas nessainstituição e com equivalência das cadei-ras realizadas. Isso mesmo, podes passarum período fora sem perder o semestre natua faculdade.

O que podes fazer em ERASMUS

Actualmente podes fazer diversas ativida-des ERASMUS, das quais destacamos:Mobilidade de Estudantes para Estudos(Student Mobility for Studies - SMS) e Mo-

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AABRIR*

GUIAdaGERAÇÃOERASMUS* 7

patrocínio

bilidade de Estudantes para Estágio Pro-fissional (Student Mobility for Placements– SMP). Em alguns países os estudantespodem fazer, antes do início das aulas / es-tágio, um Curso Intensivo de LínguasERASMUS.

O que o ERASMUS podefazer por ti

Para além de te dar uma oportunidade deviver no estrangeiro, o programa vai fazera diferença no teu currículo. Já está maisdo que visto que o “canudo” por si só nãote garante o emprego e aqui podes teruma oportunidade de ganhar experiênciae habilitações que são muito valorizadasno mercado de trabalho: competências lin-guísticas, conhecimento de novos méto-dos de trabalho, crescimento pessoal eintelectual, maior capacidade de adapta-ção e autonomia. Estudos da UE mostramque os estudantes que fizeram ERASMUStêm uma maior empregabilidade, quer nomercado de trabalho nacional quer no in-ternacional.

Quanto custa

Temos boas e menos boas notícias. Asboas são as bolsas de mobilidade ERAS-MUS e estares isento de pagar propinasna instituição de acolhimento. As menosboas são que as bolsas não cobrem todasas despesas de estudar fora e tens decontinuar a pagar as propinas da tua insti-tuição de origem. As bolsas de mobilidadeERASMUS servem para te ajudar nas des-pesas relacionadas com a viagem (passa-gens, seguros, vistos, etc) e na diferençado custo de vida entre países. Isso querdizer que terás que continuar a suportar asdespesas que tens normalmente: aloja-mento, alimentação, transportes, livros, fo-tocópias, etc.

25 Anos a mudar vidas

O Programa ERASMUS foi estabelecidoem 1987 e recebeu o nome do filósofo,teólogo e humanista holandês, Erasmo deRoterdão. O ERASMUS foi incorporadoem 1995 no programa Sócrates (em ho-menagem ao filósofo grego, é favor nãoconfundir com o nosso antigo primeiro mi-nistro) que foi substituído em 2000 peloprograma Sócrates II. Este por sua vez foisubstituído pelo Programa de Aprendiza-gem ao Longo da Vida (PROALV) em2007.Até 1996 apenas os estudantes universi-tários podiam participar no programa. No

ano seguinte a participação foi alargadaaos professores e funcionários do ensinosuperior. Desde a sua criação, já participa-ram no programa mais de 2.2 milhões deestudantes.

Quem organiza e promoveo ERASMUS?

A Comissão Europeia é responsável portoda a implementação do programaERASMUS e a Direção Geral para a Edu-cação e Cultura coordena as diferentesatividades. Em Portugal, é a Agência Na-cional PROALV – Programa Aprendiza-gem ao Longo da Vida quem administra epromove a mobilidade individual.

Onde obter Informações

› Gabinete de Relações Internacionais ouGabinete de ERASMUS da tuainstituição de ensino superior (verpágina 44). No gabinete poderás obterinformações como condições e prazosde candidatura e quais são asinstituições estrangeiras com as quais atua instituição de ensino tem acordos.

› Site da Comissão europeiahttp://ec.europa.eu/education/lifelong-learning-programme/erasmus_en.htm› Site da Agência Nacional PROALVhttp://proalv.pt

Qual o significado?

A sigla ERASMUS também pode ser lidacomo European Region Action Schemefor the Mobility of University Students (Es-quema de Acção da Comunidade Euro-peia para a Mobilidade dos EstudantesUniversitários)

Onde posso fazerERASMUS?

Nos 27 países da União Europeia: Alema-nha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca,Espanha, Finlândia, França, Grécia, Ir-landa, Itália, Luxemburgo, Países Baixos,Portugal, Reino Unido, Suécia, Eslováquia,Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituâ-nia, Polónia, República Checa, Chipre,Malta e Roménia e, ainda, na Turquia,Suíça, Croácia, Islândia, Liechtenstein eNoruega.

O que podes fazer?

Atividade ERASMUS

Mobilidade de Estudantes

Mobilidade de Pessoal

Programas Intensivos (IP)

Cursos Intensivos de LínguasERASMUS (EILC)

Quem faz?

Estudantes do ensinosuperior (licenciatura,mestrado e doutoramento)

› Pessoal docente e nãodocente de instituições deensino superior› Pessoal de uma empresaestrangeira.

Estudantes em conjuntocom pessoal deinstituições de ensinosuperior

Estudantes selecionadospara fazer ERASMUS.

O que pode fazer?

› Realização de um período de estudos numainstituição de ensino superior de outro paíseuropeu participante (SMS). › Realização de um período de estágioprofissional numa empresa ou organizaçãode outro país europeu (SMP).

Os professores podem lecionar numainstituição de ensino superior de outro paíseuropeu participante. O pessoal não docentepode receber formação noutra instituição ouempresa estrangeira. O pessoal de empresaspode lecionar como professor visitante numainstituição parceira no estrangeiro.

Programas de estudos de curta duração quereune estudantes e pessoal de instituições deensino superior de pelo menos 3 paísesparticipantes.

Cursos especializados das línguas menosutilizadas e ensinadas na União Europeia.

Período

De 3 a 12 meses

Até 6 semanas

De 2 a 6 semanas

De 2 a 6 semanas

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LATERRAZA

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*ENTREVISTA

10 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Filipe Araújo foi escolhido pela ComissãoEuropeia para representar Portugal nascomemorações dos 25 anos do programaERASMUS, como embaixador da mobili-dade de estudantes. Filipe fez ERASMUSem 1999 quando era estudante de Comu-nicação Social e Cultural na UniversidadeCatólica Portuguesa de Lisboa e jornalistado jornal A Capital. Ansioso por estudarfora, Filipe tinha-se preparado para passar6 meses em Roma na universidadeLUMSA, mas acabou por prolongar a mo-bilidade por mais 6 meses. Foi um ano in-

Filipe Araújo, “embaixador” da mobilidade dos estudantes.

“O Erasmus devia “O ACASO RARAMENTE FAZ VISITAS AO DOMICÍLIO”

“NÃO PODIA ESTARMAIS DE ACORDO COMUMBERTO ECO: O ERASMUS DEVIA SEROBRIGATÓRIO. PARAESTUDANTES, TAXISTASE CANALIZADORES.”

tenso na sua vida: fez estágio na RAI, tra-balhou como jornalista correspondente,entrou como repórter no set do realizadorGiusepe Tornatore, fez amigos para a vidae ganhou uma identidade europeia.Hoje Filipe é realizador, guionista, produtorindependente e professor na UniversidadeCatólica Portuguesa.

Quanto se candidatou aoprograma ERASMUS em1999/2000, quais eram assuas expectativas?

Apesar do inevitável “nó no estômago” queaperta sempre antes do derradeiro passopara um novo desafio, as minhas expecta-tivas só podiam ser altas. Afinal de contas,a oferta era imbatível: quem, no seu per-feito juízo, pode dizer “não” a um ou doissemestres académicos no coração deRoma, com a Europa enquanto grupo deamigos e um mundo de coisas novas paraexplorar? Acresce que exatamente um ano

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ENTREVISTA*

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patrocínio

ser obrigatório”antes da minha partida, aproveitando osofá livre de três colegas em Erasmus, játinha tido a oportunidade de viver de pertoo espírito do Programa. Foi uma semana deférias intensa. Levaram-me a todo o lado eaté em aulas alheias me infiltraram. Tenhoa ideia de que foi por esses dias que sentina pele as primeiras vantagens da mobili-dade Erasmus. Faltava-me contudo experi-mentar ainda o efeito da perspectiva que oinevitável melting-pot de culturas concen-tradas e a distância física nos trazem alongo prazo...

E sentiu-se diferentequando regressou aPortugal?

“Diferente” é pouco para explicar o queaconteceu durante aqueles 11 meses. Naverdade, nunca mais fui o mesmo. Se pre-ferir, voltei de Roma outra pessoa. Alguémnovo que, curiosamente, também se cha-mava Filipe Araújo. Pegando, por exemplo,no plano pessoal, não escondo que oErasmus me trouxe uma confiança e umespírito de iniciativa que até então desco-

nhecia. Chamemos-lhe a compensação re-troactiva por se sair da zona de conforto...Poderosa, mesmo: de forma concentradae quase indolor, fez-me trocar uma visão“umbiguista” e fechada de bairro por umaperspectiva integrada do mundo - e a fer-ramenta que isso é...Já a nível profissional, valeu-me um estágio

na televisão pública italiana, várias corres-pondências como jornalista e, talvez maisimportante do que tudo, o passaporte parapisar, pela primeira vez, um set de cinema,durante a rodagem de um filme do realiza-dor do Cinema Paraíso. Como se isso fossepouco, ofereceu-me ainda dos melhoresamigos que uma pessoa pode desejar, pôs-me a falar uma língua “bellìssima” sem es-forço e tornou-me um europeísta convicto.Não podia estar mais de acordo com Um-berto Eco: o Erasmus devia ser obrigatório.Para estudantes, taxistas e canalizadores.

Foi escolhido para ser oembaixador dosestudantes portuguesesporque, de alguma forma, oprograma ERASMUSmudou a sua vida.Consegue dizer onde equando isso aconteceu?

Acontece todos os dias! Como explicar...Uma vez terminada a minha permanênciaem Roma, deixei de olhar para o Erasmusapenas como uma das mais importantes

iniciativas de Bruxelas para fazer dele todauma filosofia de vida. Parece de doidos, eusei. Mas praticamente sem dar por isso,acabei por encarnar o próprio Programa.Não será por acaso que, durante pratica-mente cinco anos, dei por mim a viverentre duas capitais europeias, num es-quema de partilha de casas e fazendo do

avião o meio de deslocação mais fre-quente, ou que, em 2005, com outros trêssócios, tenha montado a Blablabla Media- uma produtora independente com sedefiscal em Lisboa, escritório em Tallinn ebase operativa em Madrid. Não vamosmais longe: arranquei o meu ano de 2011a realizar uma ficção na Geórgia e termi-nei-o a rodar um videoclip na Estónia. Seisto não é mobilidade...

Actualmente está a trabalharnum documentário inspiradono programa ERASMUS…

É uma longa-metragem documental para2014, que planeio filmar em co-produçãointernacional com Itália e um terceiro paísmais lá para o norte, ainda por fechar. Emtraços muito gerais, acompanha uma aven-turosa road-trip pela Europa de um ex-es-tudante Erasmus que, ao fim de 15 anos,decide procurar todos os seus antigosamigos de Programa para ver o que é feitodaquelas vidas, sonhos e projectos. Emplano cruzado, uma estudante do interiorde Portugal dará corpo a uma segundanarrativa: uma experiência Erasmus vividaem tempo real, algures entre as Beiras e aEscandinávia. No fundo, é a desculpa per-feita para fazer o meu próprio hino à mobi-lidade e tentar desconstruir o que foi, é epoderá vir a ser (ou não) a nossa Europa.Como olhar de duas gerações, com aperspetiva do tempo...

Que pistas gostaria dedeixar para os próximosestudantes ERASMUS?

Apesar de ter feito Erasmus numa épocaem que as viagens ainda se pagavam emcontos e o Google era um bebé com umano, há coisas que não mudam: entreguem-se, vivam, aproveitem! Mas, sobretudo, nãose fechem. Misturem-se e queiram apren-der. Sejam curiosos. Não se agarrem maisde 10 minutos por dia ao Skype nem apa-nhem o primeiro voo low-cost que encon-trarem só para matar saudades de casa.Aproveitem para explorar novas geogra-fias! Se preferirem, lembrem-se antes deuma coisa que tenho vindo a aprendersobre a sorte: o acaso raramente faz visi-tas ao domicílio, OK?

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*AMINHAEXPERIÊNCIAERASMUS

12 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Em 1995 a Internet aindadava os primeiros passos,não havia Google ouSkype... como fez na alturapara obter informações eorganizar a sua estadia emHamburgo?

Na Universidade de Hamburgo tínhamosas coisas mais ou menos bem organizadasatravés da nossa professora, Fátima Brauer,e a parte da organização não foi muito com-plicada. Portanto não andei à procura decasa. Eu sabia para onde ia. Aliás, estivenuma residência que era uma metáfora da-quilo que é o ERASMUS, chamava-se Eu-ropahaus - Casa da Europa e estava divi-dida em apartamentos com seis quartos.Dois deles eram ocupados permanente-mente por alemães e os outros por pessoasde outras nacionalidades. (...) Mas em rela-ção à tecnologia, escrevíamos muito. Es-crevíamos muitas cartas, todos os dias pú-nhamos cartas no correio; guardo muitascartas dessa altura (...)

Como foi a sua experiênciaERASMUS?

Foi fantástica! Eu tive a oportunidade dedurante aquele período poder trabalhar naUniversidade como monitora dos cursos delíngua portuguesa em articulação com aprofessora Fátima Brauer. Tive oportunidadede viajar porque Hamburgo é muito centrale as amizades que eu fiz em 95/96 aindase mantêm. (…) No ano passado fui passarférias a França a casa de uma amiga queconheci em ERASMUS e que já não via há6 anos, mas continua a haver uma solida-riedade que foi forjada nessa experiênciamuito forte.

Quais foram os momentosmais marcantes?

O primeiro momento importante foi o diaem que cheguei. Chovia muito... fiz um voomuito difícil, fui por Londres. (…) Ia com amala carregadíssima. Cheguei a Hamburgoa chover torrencialmente já no final da tardee quando fui buscar a minha mala encon-trei-a toda partida! Tinha caído ao chão... ti-nha toda a minha roupa revolvida e molhada.Naquele momento tive de decidir que não

Inês Espada Vieira fez ERASMUS na Universidade de Hamburgo, na área de Línguas, no ano lectivode 1995/1996. Nessa altura, estava a frequentar a licenciatura em Línguas Estrangeiras Aplicadas,na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa. Depois de algumas voltas,Inês é hoje coordenadora precisamente do curso que estava a tirar.

Inês Espada Vieira, ex-estudante ERASMUS na Alemanha

podia ter um ataque de choro (risos) e tinhaque ser prática! Porque estava sozinha numpaís cuja língua falava mal. Tinha 20 anos,nunca tinha saído de casa assim “à grande”e naquele momento tive que ser diferente.Tive de decidir «espera lá, vamos resolveristo». (…) Mesmo do ponto de vista visual,era a minha vida toda ao contrário, portantofoi muito simbólico (risos)! Outra coisamuito marcante, foi ter sido alunade Herta Müller, prémio Nobelda Literatura em 2009, emHamburgo. Há estas coi-sas interessantes na vida,

de que nós não temos noção no momento!Outro exemplo: fui almoçar com um grupoe nesse grupo estava o escritor Luis Se-púlveda, fiquei ali frente-a-frente com ele aconversar. Na minha santa ignorância dos20 anos, em 1995, não me apercebi dequem era! Ele lá me disse que era escritore que era chileno e que era isto e aquilo eeu «sim, sim, muito bem» (risos). Hoje emdia tenho vergonha (risos) e acho que foium desperdício não ter aproveitado bem,mas para mim era só um almoço simpáticocom uma série de pessoas que me estavama ajudar, a acolher no circuito. Depois, omais marcante… eu acabei por casar comum namorado que tive em Hamburgo. Omeu marido é espanhol, conhecemo-nos lá,ele era amigo de uns amigos que viviam nomeu apartamento. Na altura eu não tiveessa noção mais foi de facto um momentoabsolutamente importante na minha vida.

O ERASMUS trouxe-lheuma nova visão da Europa?

Penso que quando saímos pela primeiravez de Portugal e temos uma experiência

tão marcante como é a experiência ERAS-MUS - positiva, intensa, variada e radicalem todos os aspectos - nunca mais conse-guimos voltar a ficar no mesmo sítio. E voltara ficar no mesmo sítio não tem a ver comuma questão física, tem a ver com esseapelo, com esse interesse, com essa parti-lha do resto, com a sensação de que há

um destino comum para o qual to-dos podemos contribuir por-que entendemos que, em-bora com característicasespecíficas de cada na-ção, mas mais do quecomo cada Nação,como cada indivíduo,entendemos que temos

algo em comum. A expe-riência ERASMUS faz comque um italiano, uma irlan-desa, um polaco, um norue-guês, um português, tenha amesma experiência da Eu-ropa. A mesma, exatamente

a mesma! Faz com que sejamos, num de-terminado momento, absolutamente com-panheiros. Entendemos que a Europa nãoé um mito, não é um conceito dos livros,não é só um espaço geográfico, é tambémum espaço mental, nós sentimos muito isso.

Gostaria de deixar umamensagem de incentivopara os alunos que pensamem fazer ERASMUS?

O ERASMUS deveria ser obrigatório. Achoque é uma experiência de vida, uma expe-riência de estudo, uma experiência humanaabsolutamente insubstituível e que marcaas pessoas para sempre, mesmo! Põe-nosnuma idade muito jovem a ter de ser muitoautónomos. (…) É muito bom aproveitar oERASMUS e mesmo quando nem semprese consegue do ponto de vista académicofazer exactamente as cadeiras que erampara fazer, mesmo que qualquer razão deequivalência obrigue os alunos a estudarmais um semestre para acabar o curso, umsemestre na nossa vida não é nada. E nãoé nada principalmente se compararmoscom aquilo que estamos a ganhar. Pode-mos “perder” um semestre, mas ganhamoscoisas que não se ensinam em nenhum li-vro.

“Uma experiência fantástica!”

Inês Espada Vieira com o marido e amigasErasmus, em 2011

Em 1995, Inês(à esquerda)com NadiaSenet, emfrente àresidênciaEuropahaus

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A chegada

A faculdade aqui pôs-me em contacto coma faculdade lá e fui tratando todo o meuprocesso… Tinha um problema: eu não sa-bia falar inglês, nem francês, nem holan-dês… só sabia falar português! Mas tinhauma vontade imensa de fazer ERASMUS.(…) Então comecei aqui a minha relaçãocom a escola e surgiu a oportunidade de irtrabalhar com refugiados. O que eu penseifoi, “como eu não sei falar nada, e os refu-giados também não, vai ser mais interes-sante a minha integração porque partilha-mos a dificuldade da língua”. (…) Então eufui para Bélgica… quando entrei no aviãoa tripulação só falava francês e inglês e eunão entendia nada! Então comecei mesmoa perceber «eu não sei falar! O que é queeu vou fazer?!». Quando chegamos, saí doavião e comecei a ficar aflita! Voltei para oavião e fui pedir socorro a um passageiro,um senhor que falava um pouco de portu-guês. Então o senhor foi comigo, ligou paraa escola, fez o itinerário para eu chegar lá,ajudou-me a comprar os bilhetes… até foifalar com o condutor do autocarro! (risos)Lá consegui chegar a Geel.

O estágio

Fiz o estágio na Cruz Vermelha Belga. Saíade Geel e apanhava um comboio. Depoistinha que fazer o resto do percurso de bi-cicleta. Eram muitos quilómetros e eu nãoestava habituada a andar de bicicleta. Paramim foi um sofrimento porque era inverno,chovia… eu chorava todos os dias… masadorava o estágio. Adorava mesmo! O es-tágio foi uma experiência espetacular! Eutrabalhava numa casa de acolhimento derefugiados. (…) Os funcionários falavamholandês mas os utentes da casa erampessoas de todo o mundo com históriasmuito fortes. (…) O estágio foi muito inte-ressante porque eu fiz um percurso muitorápido de aprendizagem. Eu acabei porconseguir ser responsável de partes degestão da casa e até fiquei responsávelpor alguns processos. (…) Depois deram-me o projecto da loja social que foi muito

difícil de gerir. As pessoas que entravamna casa tinham direito a “x” peças da lojae eu não podia dar mais que isso. As pes-soas ficavam chateadas comigo e furavamo pneu da minha bicicleta! Lá tinha eu quevoltar para casa a puxar a bicicleta… euchorava, esperneava… (risos) foi o meudrama! Mas eu acabei por contribuir paracasa com alguns projectos. Eu percebique havia um senhor muçulmano do Sudãoque sabia dança do ventre… então eu pro-pus-lhe que desse aulas só a mulheres.Foi uma actividade muito interessante por-que as mulheres, mesmo não falando a lín-gua umas das outras, começaram a rela-cionar-se e a criar afecto. O sucesso foitanto que começou a ser tradição da casaas aulas de dança do ventre. (…)

A integração

Foi muito difícil integrar-me, os belgas erammuito fechados… o ambiente de trabalhoestava a funcionar mas «trabalho é trabalho

e conhaque é conhaque». Por isso, ali nãotinha uma rede de suporte, mas eu precisavadela! Então falei com o meu coordenadorERASMUS e disse que precisava de ami-gos. E o professor disse: «eu conheço umaspessoas interessantes, mas tu vais lá pro-curá-los. Eles estão na residência “x”». Fuilá, toquei a campainha e disse «boa noite,vocês não me conhecem, o meu nome é Fi-

lomena, estou cá a fazer ERASMUS e pre-ciso de amigos. Queria saber se vocês tam-bém precisam de amigos… eu sou uma boaamiga, sou divertida e estou sempre prontapara festas!» (risos). Eles começaram-se arir… acharam imensa piada à minha “lata”de ir lá. Então a partir daí eu só andava comos belgas… o que foi muito bom porqueconheci bem a cultura. Eu ia às festas deles,eles me levavam para a casa deles…viaja-vam comigo, não me deixavam sozinha…para o que eu precisasse eles estavam lá.

Uma experiênciapara a vida

Quando eu estava cá, a “Europa” para mimera uma coisa muito longe. Depois de euter feito ERASMUS, mudou essa perspec-tiva. Mesmo culturalmente não somos tãodistantes. Fiz amigos e passei a ter umacasa em vários pontinhos da Europa.Para mim o ERASMUS foi um marco muitoimportante na minha vida. Foi uma expe-

riência muito feliz em todos os níveis. OERASMUS deu-me autonomia, aquelesentimento de não ter medo e também umsentimento de que a Europa é para todos.Adorei o trabalho que fiz, aprendi imensoenquanto profissional. Vivi as aventuras deuma miúda de 19 anos que se lança paraEuropa… quer descobrir o mundo e achaque tem lá lugar.

A Europa é para todosFilomena fez ERASMUS em 2004. Estudante de Serviço Social, decidiu fazer estágio na Cruz Ver-melha Belga. Teve a coragem de sair de Portugal sem falar nenhuma língua estrangeira e viveu amaior aventura da sua vida. Foi uma história fantástica que ouvimos de uma assentada. Infelizmenteaqui só cabe um pequeno resumo...

Filomena Djassi, ex-estudante ERASMUS na Bélgica

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Como foi a tua experiênciaERASMUS na Finlândia?

Foi sem dúvida a melhor experiência daminha vida: a nível académico, pessoal ecultural. Foi muito divertido tentar aprenderfinlandês (apesar de ter aprendido cincopalavras), tentar fazer compras, orientar-me com a bicicleta, perder-me no meio daneve numa zona onde todas as casas sãoiguais, as saídas com os amigos e apren-der novas técnicas a nível profissional.

Em relação aos estudos,houve aproveitamento? Em que língua eramleccionadas as aulas?

Sim, fiz uma mobilidade de estudos na Fin-lândia, no Hospital de Oulu, em estágio. Aequipa que me acompanhava falava inglês ecomo fui direcionada para vários departa-mentos tive sempre alguém que me ensinouas técnicas realizadas no laboratório. Foimuito importante para mim ver outras técni-cas e aprender coisas novas com os meusorientadores. Ainda tive a oportunidade defazer um Finnish survival course para apren-der um bocadinho de finlandês e um cursode genética com os alunos da universidade.

Se pudesses voltar atrás, o que farias diferente?

Ficava mais meses, e comprava roupa mais

indicada para a neve. A experiência foi únicae se há coisa de que me arrependo é nãoter ficado mais tempo! Em todos os depar-tamentos por onde passei aprendi muito ecomo estive pouco tempo fiquei com a sen-sação que podia ter feito mais.

Conseguiste ver eexperienciar a “identidadeeuropeia”?

Sim, tive a oportunidade de viver na resi-dência de estudantes e conviver com umgrupo muito internacional. Dividi o quartocom uma francesa, uma alemã, uma ho-landesa e - por um mês - com uma japo-nesa! Na residência, muitos estudanteseram provenientes de diferentes paíseseuropeus e outros estudantes vinham doJapão, Coreia, Turquia, Índia, China, Ca-nadá, Estados Unidos. Foi muito engra-çado confrontar ideias, aprender palavrasem outras línguas e eliminar alguns este-reótipos. Posso dizer que esta experiênciaajudou-me imenso pois contactei com pes-soas de diferentes nacionalidades, melho-rei o meu inglês, aprendi as tradições ereceitas de diferentes países e fiz amizadespara toda a vida.

Quando voltaste sentiste-tediferente?

Sim, que saudades! Quando chegamos aum país que não é o nosso temos a ten-

dência de dizer em Portugal fazemos as-sim, os portugueses fazem isto e aquilo…como um mecanismo de defesa a uma rea-lidade que não é o nosso ambiente natural.Mas quando passamos por uma experiên-cia marcante como o Erasmus e convive-mos com pessoas diferentes, aprendemosuma nova língua, convivemos com a nevee sobrevivemos ao frio, vemos a auroraboreal, experimentamos as quedas em bi-cicleta, a risota e as festas com o nosso“international gang”… e depois regressa-mos a casa, o que acontece nos primeirosdias é lágrimas a correr pelo rosto. As sau-dades são cada vez maiores e quando vol-tamos a casa falamos tanto da Finlândiaque a família e os amigos já não podemouvir nem mais uma palavra. Tanto falei daFinlândia que a minha irmã acabou por irem Erasmus para a mesma cidade o anopassado. A minha visão do mundo mudoumuito e cresci muito como pessoa. Esperoque a mesma oportunidade que tive possaser vivida por outros estudantes portugue-ses.

Recomendarias a cidade ea Universidade de Oulu aoutros estudantes?

A todos os estudantes que gostam de no-vas experiências, de fazer novos amigos,de aprender com uma cultura completa-mente diferente da nossa, que gostem dodesafio... Oulu highly recommended!

Quando Nancy decidiu fazer Erasmus em 2008 não imaginava que novos caminhos se iriam abrir e quehoje estaria a viver em Trieste, Itália. Nancy era estudante de Análises Clínicas e Saúde Pública no InstitutoPolitécnico de Castelo Branco quando partiu para um período de estudos em Oulu, Finlândia. A experiênciafoi tão marcante que decidiu fazer novamente ERASMUS, desta vez para um período de estágio em Trieste.

“Arrependo-me de não Nancy Reis, ex-estudante Erasmus em Oulu

Nancy na Finlândia

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Que tal é a comida do país?

A comida não é assim tão variada. Os fin-landeses condimentam pouco a comida eé tudo à base de batatas. Recomendo acarne de rena, o korvapuusti, e as batatascom carne e molho de mirtilos!!! Os finlan-deses são fãs da cozinha internacional eencontram-se restaurantes internacionaisem cada esquina.

Depois fizeste mais umERASMUS, desta vez paraestágio. Como é que foiessa experiência?

Há três anos que estou na cidade deTrieste. Quando estava a acabar o cursoem Análises Clínicas decidi pedir umacordo com a Universidade de Trieste.Estava interessada nisso porque o meunamorado é proveniente desta cidade eporque é uma das cidades de Itália maisdesenvolvidas a nível de investigaçãoacadémica. No inicio não foi muito fácil porque o tutordo meu curso em Itália nunca tinha rece-bido alunos do programa Erasmus e nãosabia como tratar a papelada e comquem contactar. Em relação à mobilidadeSMS foi um bocadinho mais difícil. Omeu programa era um Erasmus Place-ment e a universidade e o gabinete derelações internacionais decidiu que tinha

que tratar diretamente com os meus pro-fessores e não com eles. Afinal a profes-sora responsável pelo meu curso decidiutratar tudo o que era necessário para omeu estágio, seguro de saúde, aloja-mento na residência de estudantes, e en-sinar-me onde eram os departamentosonde depois fui estagiar.Fui em estágio curricular através da Uni-

versidade de Trieste para o Hospital deCattinara e para o Hospital Infantil Burlo.Neste programa de mobilidade que durou3 meses pedi que fosse inserida em de-partamentos onde normalmente o meucurso não oferecia estágios. Aproveiteiesta oportunidade para completar o meuprograma académico em Virologia, Bio-logia Molecular e Genética, e depois es-tive num departamento de investigaçãopara ver como faziam as pesquisas labo-ratoriais. O acolhimento por parte de to-dos foi muito bom, eram todos curiososporque vinha de Portugal e ainda tive umatutora argentina que falava espanhol co-migo e outra que falava comigo em por-tuguês porque fez um intercâmbio comum hospital do Brasil.

Em Itália qual foi a maiordificuldade?

A maior dificuldade é a língua, pois ositalianos não falam inglês e estando numacidade que para além do italiano se falao dialeto triestino foi um bocadinho difícil.No meu segundo estágio tive uma res-ponsável que falava italiano e foi muitodivertido tentar percebê-la porque falavamuito mal o inglês. No final tive uma es-tudante de doutoramento a orientar-meporque senão não entendia nada do queme estavam a explicar. O meu namoradoe os meus amigos italianos incentiva-

ram-me a aprender italiano e com muitapaciência e muitos erros gramaticaisaprendi a falar italiano.Depois tomei conhecimento que a uni-versidade estava a oferecer um mestradointernacional em neurociências em inglêse decidi inscrever-me. Depois de todasas aventuras para inscrever-me, de co-nhecer novas pessoas e aprender uma

nova língua, neste momento estou a pre-parar a minha tese de mestrado em neu-rociências.

E Trieste vale a pena?

Apaixonei-me por esta cidade! À primeiravista não parece uma cidade italiana jáque foi ocupada diversas vezes ao longoda história. Caminhando pela cidade po-demos observar a herança deixada peloImpério Austro-Húngaro (Trieste era oprincipal porto), e respirar história portoda a cidade. Trieste foi uma cidademuito importante na I e II Guerra mundiaise foi centro de muitos confrontos. Aindahoje se podem observar os monumentos,o crematório e a vala comum (Foiba deBasovizza) onde muitas pessoas forammassacradas pelo regime nazi. Um dosmonumentos mais bonitos é sem dúvidao castelo de Miramare que foi construídopelo Arquiduque Ferdinando Maximilianoe a sua mulher Carlota da Bélgica. Éuma cidade multicultural e a comida re-gional tem uma grande influência eslava,italiana e austríaca.

Balanço final da tuaexperiência Erasmus…

Estas experiências de mobilidade foramfundamentais para mim e não me arre-pendo um segundo por ter escolhido este

caminho. Muita coisa ficou por dizer, enão nego que tive saudades da minhafamília e amigos em Portugal, que choreiuma vez ou outra, que tive dificuldadeslinguísticas algumas vezes, que muitasvezes estiquei o dinheiro para chegar aofim do mês, e que errei algumas vezes...mas estas experiências fizeram de mimaquilo que sou hoje.

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o ter ficado mais tempo”

Nancy em Trieste

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Quando decidiu fazerERASMUS em 1992, o quesabia sobre o programa?

Penso que sabia o fundamental sobre o“espírito do programa Erasmus” e estavamaravilhada… Aliás, mantém-se o entu-siasmo; sou uma defensora convicta desteprograma de mobilidade – o que me muitomotivou a exercer a função de coordena-dora institucional no ISEG-UTL… Todavia,na minha altura, há 20 anos, os procedi-mentos inerentes à mobilidade estavamclaramente menos formalizados. Não haviaum “learning agreement”, por exemplo…Queixamo-nos da burocracia, mas partedos documentos que hoje circulam entreuniversidades, e que acompanham o per-curso de cada estudante, visam introduzirmais justiça, rigor e até transparência…Servem também para proteger os/as es-tudantes. Ainda assim, penso que reuniaa informação essencial, num contexto emque a mobilidade era pouco praticada eas rotinas eram claramente mais informais.

Como foi a sua experiênciaERASMUS?

Foi uma experiência marcante, que teveos seus momentos difíceis, mas que avaliocomo muito positiva. Aliás, recomendo atodas e a todos os meus alunos que nãodesperdicem a oportunidade. E penso quese deve partir sem contar com zonas de

Sara Falcão Casaca, ex-estudante ERASMUS no Reino Unido

No ERASMUS devehaver tempo para tudoSara era estudante de sociologia quando fez ERASMUS, em 1992. Concorreu à única vaga queexistia para a Universidade de Warwick, no Reino Unido, e foi selecionada. Os 11 meses que estevea estudar no estrangeiro abriram-lhe portas importantes para o seu percurso profissional. Hoje é pro-fessora universitária no ISEG-UTL onde integra o Departamento de Ciências Sociais. Vinte anos de-pois a experiência ERASMUS continua a ser um marco na sua vida.

conforto, isto é, com o sentido mais ge-nuíno de descoberta, sozinhas ou sozi-nhos. Observo que muitos alunos e alunaspreferem candidatar-se às universidadesparceiras que são também selecionadaspor outras amigas ou amigos candidatos.Será certamente uma experiência gratifi-cante, mas, a meu ver, também mais limi-tadora do desafio… Foi um período da mi-nha vida em que cresci muito, amadureci,pus à prova algumas das minhas capaci-dades, desenvolvi outras, desde uma ver-tente mais humana (o valor da solidarie-dade, da entreajuda, da tolerância, dorespeito pela diversidade) até à consciên-cia de um amplo enriquecimento do pontode vista académico.

Qual era a sua visão daUnião Europeia na altura?

Percebi muito claramente que um dos ob-jetivos centrais do programa era (e é) apromoção da tolerância, da partilha, da so-lidariedade e do diálogo intercultural. Nofundo, dimensões fundamentais de umadesejável cidadania europeia. Trata-se,sem dúvida, de valores e atitudes que to-dos e todas as estudantes Erasmus sãoestimuladas a viver e a praticar no seu quo-tidiano.

De alguma forma a suaexperiência ERASMUSinfluenciou a sua vidaprofissional?

A carta de recomendação que chegou deWarwick e a clarificação do meu desejode seguir a carreira académica foram de-terminantes. Antes de ser presidente daCIG já era professora no ISEG-UTL - ondeestou a dar aulas desde 1998 -, e foi nesseâmbito que fui também coordenadora ins-titucional do programa Erasmus. As maté-rias que leciono são aquelas em que maisinvesti durante a minha experiência Eras-mus e que, depois, tive oportunidade deaprofundar. Antes de 1998, ainda acumulei

as atividades de investigação com a fun-ção de consultora da empresa AutoEu-ropa, onde estive como facilitadora de co-municação. Na altura, a fábrica ainda nãoestava em laboração, mas a formar as fu-turas chefias e os/as trabalhadores/as.Como o objetivo era implementar o traba-lho em equipa, fui trabalhar como asses-sora de um diretor. Era esperado que faci-litasse a comunicação entre pessoas depaíses e culturas diferentes, promovendoo entendimento/consenso em torno deuma nova forma de organização do traba-lho. É claro que além de ser socióloga ede ter uma especialização na área do tra-balho/organizações, muito contou o “back-ground Erasmus”. Acredito que este fatorfoi decisivo na seleção para o cargo. A ad-ministração entendeu que eu deveria reuniras competências necessárias para promo-ver o diálogo e a cooperação entre pes-soas que detinham experiências laboraise culturais diversas.

Gostaria de deixar umamensagem de incentivopara os estudantes quequerem fazer ERASMUS?

Penso que cada aluno ou aluna Erasmusdeve aproveitar todas as dimensões que oprograma permite: há tempo para consoli-dar laços e para conviver (aliás, as redesde sociabilidade satisfazem necessidadeshumanas de pertença, reconhecimento, en-treajuda, integração, mas são também muitoimportantes para o futuro ‘networking’ pro-fissional), assim como há tempo para a di-versão, para alguns itinerários turísticos …. e para tirar muito partido da vertente aca-démica. Uma experiência de mobilidade quenão conjugue tudo isto com sentido de res-ponsabilidade, inteligência e bom senso pa-rece-me claramente empobrecedora. Acre-dito que se trata de um programa valiosopara o enriquecimento da formação tantono plano académico como pessoal.Lê a entrevista completa em www.eras-mus.forum.pt

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Depois fizeste mais umamobilidade, desta vez paraestágio através doprograma Leonardo DaVinci. Como foi essaexperiência?

Considero que esta foi esta a experiênciaque mudou a minha vida. Candidatei-mepara estagiar na Unilever R&D Vlaardingenna Holanda, pois trabalhar aqui estava nosmeus sonhos. Tudo começou por quererreviver, noutro país, a boa experiência quetinha tido na Polónia e sobretudo trabalharem investigação novamente.Tentei a minha sorte em váriasempresas mas sempre coma Unilever no meu pensa-mento «se eu conseguisse…». Entre outras repostas posi-tivas, recebi o tão sonhado«sim» da Unilever. Comecei aestagiar em Abril 2011 numprojecto do Chá verde para aLipton. O acolhimento porparte da empresa foi exce-lente. Tive um excelente su-pervisor que me acompanhouem tudo e os meus colegasde trabalho são hoje meus

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Alexandra Ginja, ex-estudante Erasmus na Polónia

“Senti-me capazde voar sozinha”Alexandra sempre procurou fazer parte de projetos internacionais. Participou no programa de inter-câmbio Comenius e esteve envolvida com o Parlamento Europeu dos Jovens. Quando começou afrequentar o curso de Engenharia Biológica e Alimentar, no Instituto Politécnico de Castelo Branco,não perdeu a oportunidade de se candidatar ao programa ERASMUS. A experiência de fazer estágiona Polónia foi tão marcante que Alexandra decidiu fazer outro intercâmbio. Através do programa Leo-nardo Da Vinci, esteve a estagiar na Unilever R&D Vlaardingen, na Holanda, onde hoje trabalha comofood product developer.

Como foi a tua experiênciana Polónia em 2010?

A experiência foi simplesmente muito boa.Conheci um país fantástico (quem não oconhece teima em achá-lo cinzento e de-sinteressante) e com uma cultura particu-larmente interessante. Considero quemuito da experiência positiva se deveu aogrupo de trabalho fantástico onde estive.

Foram bastante calorosos e acolhedores.Além do mais, a cidade onde estive, Poz-nan, é bastante desenvolvida e não tive di-ficuldades em encontrar sempre alguémque falasse inglês.

Quando voltaste sentiste-tediferente?

Senti-me mais independente e capaz devoar sozinha para uma outra qualquer partedo mundo, sem necessitar de companhia.

amigos. Devido a sua dimensão global, aUnilever é uma empresa multicultural. Tra-balham aqui 900 pessoas de 40 nacionali-dades diferentes. Obviamente, a língua ofi-cial é o inglês. Aqui tive a possibilidade desaber o que é viver num mundo global. Nomeu grupo de amigos pode-se encontraruma heterogeneidade cultural fascinante:da Malásia aos E.U.A, saltando da Ingla-terra até a Índia e por aí fora. Foi aqui tam-bém que desenvolvi bastante a minhafluência em inglês. Adoro viver aqui, pelopaís e pela cidade onde estou: Roterdão.Esta é uma cidade altamente multicultural,

Alexandra Ginja em Poznan

Com amigos em Roterdão

Com amigos em Roterdão

o que não me faz sentir de todo estran-geira. A Holanda é um país que reúne omundo numa rua. Podemos encontrar umrestaurante do Suriname a dividir vizi-nhança com uma loja de roupa Indiana,com um Cabeleireiro do Brasil, com umIrish pub e uma loja de queijos franceses.Ah! E claro, uma oficina de bicicletas!!! Vi-ver aqui faz-me sentir mais europeia doque nunca.

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*DEPARTIDA

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São seis e representam bem a geraçãoErasmus. Dizem-se “ansiosos” para levan-tar voo e ficar pelo estrangeiro duranteseis ou doze meses. Os ingleses chamar-lhes-iam easy going, nós por cá chama-mos-lhes bem dispostos, cheios de ener-gia e à-vontade para trocar umas quantaspalavras com alguém que esteja ao seulado, mesmo que se conheçam há cincominutos. Entusiasmados por terem sido seleciona-dos pelas suas faculdades (Faculdade deLetras, Instituto Superior de PsicologiaAplicada e Universidade Lusófona) paraviver fora de Portugal durante alguns me-ses, os seis jovens jantaram com a ForumEstudante para falar de expetativas, pre-parativos e motivações. Fica a conhecermelhor a Irina, o Fábio, a Catarina, o Tiago,o Álvaro e a Margarida e descobre o queleva um jovem como tu a decidir zarpar naexperiência Erasmus.

Jovens prontíssimospara viver o Erasmus!A experiência Erasmus também se faz de preparativos e da ânsia pelo momento da partida. É preci-samente esse momento que alguns jovens estão a viver. A Forum dá-te a conhecer alguns dos jovensque, durante o próximo ano, estarão a estudar por essa Europa fora.

ram muito. Investiguei também o site dafaculdade e tenho andado à procura dealojamento, que é uma das coisas mais di-fíceis de arranjar, porque temos de ser nós,estudantes, a tratar de tudo.”

Tiago Corona vai estudarum semestre em Barcelona(Espanha)

“Vou porque preciso de independência ede liberdade, preciso de conhecer mais,preciso de estar por mim e desenrascar-me mais. Levar-me ao limite, talvez. Só es-

Irina Bukoya, vai paraNottingham (Inglaterra)durante um semestre

“Quis fazer Erasmus porque penso que éuma experiência nova e deve ser interes-sante, por aquilo que tenho ouvido. Masacima de tudo porque é uma ideia interes-sante. Em Inglaterra, espero conhecergente nova e descobrir uma cultura dife-rente. E em termos de estudos, sempreme interessei por aquele país, portanto es-pero que tudo corra bem. Estive a falarcom alguns colegas que já fizeram Eras-mus em Inglaterra e eles dizem que gosta-

Irina Bukoya

Inglaterra

Álvaro Magalhães

Espanha

Tiago Corona

Espanha

Catarina Camacho

Itália

Fábio Dias

Itália

Margarida Chambel

Espanha

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DEPARTIDA*

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pero surpresas. Não tenho muitas expeta-tivas sobre o que posso vir a encontrar.Espero que seja tudo uma surpresa, atéporque ainda não procurei demasiado paraa viagem, nem em termos de alojamentonem de contactos académicos. Mas maisdo que conhecer pessoas novas, esperoconhecer novas pessoas. Os únicos pre-parativos que tenho feito têm sido ver inú-meras imagens da cidade e alguns sitesoficiais. Só depois é que vou procurar maisdo que isso.”

Catarina Camacho estaráum ano em Torino (Itália)

“Vou em Erasmus porque quero aventura.Ir para um sítio, descobrir, estar por mimsem ninguém a ajudar-me e também por-que quero conhecer outras pessoas, outracultura, aprender uma nova língua… Acimade tudo, vai ser positivo em todos os as-petos. Já estou à espera que vá estar muitofrio [risos]. Mas também estou à esperade encontrar a Julia, que é uma amiga queeu fiz cá em Lisboa (ela esteve cá a fazerErasmus) e que vai ser uma grande ajudapara mim. Acho que, em princípio, só vouencontrar coisas boas. Eu vou com um co-lega para Torino, por isso já vou ter algumapoio da parte dele, até porque vamos vi-ver juntos, se correr tudo bem. Mas aindanão fizemos muitos contactos. Acho quevai ser chegar lá e logo se vê. Na aventura![risos]”

Durante um semestre, oÁlvaro Magalhães seráestudante em Madrid(Espanha)

“Decidi candidatar-me porque acho queErasmus é uma aventura, mas além dissoé uma experiência enriquecedora para a

nossa vida, tanto a nível pessoal comoacadémico. É um sítio onde aprendemosmuitas coisas, em que estamos longe dosamigos, da família, longe de tudo! E issofaz com que tenhamos de ter mais cuidadoconnosco próprios. Não tenho grandes ex-petativas. Vou naquela da aventura, de ten-tar encontrar coisas novas, fazer novascoisas e novos amigos. Além disso, vouver como me comporto sozinho sem nin-guém por perto, apesar de ir com um co-lega meu. Sinceramente ainda não fiz pre-parativos nenhuns. Só vi mesmo o queposso visitar na cidade e tenho aperfei-çoado a língua castelhana. Até agora temsido só isso.”

Fábio Dias vai estudar emPádua (Itália) durante doissemestres

“Quero ir de Erasmus, basicamente, paraconseguir conhecer outra cultura. Pensoque somos muito fechados em Portugal eé uma boa oportunidade de ver uma por-ção do resto do mundo. Para além de co-nhecer uma nova cultura e uma nova lín-gua, também quero saber como é o meucurso lá fora. Essas são para mim as coi-sas mais importantes. Como já conhecia

gente que foi para lá, já tenho alguma ba-gagem sobre o local. Caso seja impor-tante, hei-de conhecer pessoas daquelazona ou mesmo tirar um curso de línguas,se for preciso.”

Margarida Chambel vai um semestre para Madrid(Espanha)

“Escolhi fazer Erasmus porque quero alar-gar as minhas competências, não só pes-soais como profissionais, conhecer outrasculturas, outros modos de vida, outras pes-soas e outros modos de trabalho. Esperoencontrar pessoas com vontade de co-nhecer e descobrir coisas novas, culturasdiferentes – não só de gente de Madrid,mas de pessoas de outros estudantes deErasmus -, formas diferentes de ver a vida.Espero crescer com tudo isso, enquantopessoa e enquanto profissional. Em rela-ção a preparativos, ainda não pensei muitonisso. Ainda falta algum tempo, é só parao ano, e não tenho pensado muito nisso.A única preparação que tenho feito – nemsei se se pode chamar assim – foi visitaruma amiga que está a fazer Erasmus, vero espírito que se vive e perceber como éinteragir com pessoas e hábitos comple-tamente diferentes dos nossos.”

Os futuros ERASMUS estiveram à conversa com a FORUM ESTUDANTE no restaurante Chili's em Telheiras

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*ESTATÍSTICAS

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Erasmus em númerosO ERASMUS também é feito de números. Sabias que no início eram menos de 30 estudantes porano que faziam o Programa? E que os estudantes das áreas de Gestão e Administração são hoje amaioria? Ou que o país de destino de eleição é... Espanha? Fica a par dos números e dos "tops"!

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*APOIOSFINANCEIROS

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Fazer ERASMUS tem custos, como é óbvio. Bolsas até há, mas não para tudo, nem para todos. Irásaqui descobrir que apoios existem para os estudantes e como podes candidatar-te. Mas mesmo sembolsa, há quem não perca a oportunidade de fazer ERASMUS pelos benefícios que recolherá da ex-periência.

Bolsas ErasmusUm apoio para a tua mobilidade

Quando te candidatas ao ProgramaERASMUS ainda não sabes se vais ter di-reito ou não a uma bolsa. Deves portantoencarar a tua decisão de fazer intercâmbiocomo um investimento no teu percursoacadémico, pessoal e profissional, consi-derando desde o início a possibilidade denão receberes uma bolsa.

A AGÊNCIA NACIONAL PARA A GESTÃO DO PROGRAMAAPRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA (PROALV) É AESTRUTURA EM PORTUGAL RESPONSÁVEL PELA GESTÃODOS FUNDOS COMUNITÁRIOS DESTINADOS AO PROGRAMAERASMUS (VER ENTREVISTA PÁGINA 32).

TERÁS QUE DEVOLVER A TOTALIDADE DA BOLSA ERASMUSSE DESISTIRES DA MOBILIDADE OU SE NÃO FORESAPROVADO EM PELO MENOS UMA CADEIRA NAINSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO.

As bolsas são pagas pela Agência Nacio-nal PROALV através da instituição de ori-gem do estudante. Habitualmente, opagamento é feito em duas parcelas: 80%do valor total no início da mobilidade e20% no regresso, depois do estudante en-tregar toda a documentação final obriga-tória. É melhor não te distraíres pois sótens até 15 dias depois do regresso parao fazer!

As bolsas ERASMUS não são bolsas deestudo, ou seja, não cobrem a totalidadedas tuas despesas referentes aos estudos/ estágios no estrangeiro. São bolsas demobilidade que visam apenas auxiliar nasdespesas extraordinárias como viagem,seguros, vistos, diferença do custo devida, etc. O valor das bolsas é definidoanualmente e tem em conta o país de des-tino e a duração da mobilidade.

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APOIOSFINANCEIROS*

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ínio

Bolsa de MobilidadeERASMUS

› Destina-se aos estudantes que foram se-lecionados para fazer um período de es-tudo ou de estágio ERASMUS.

› A candidatura é feita na instituição de ori-gem do estudante. Em algumas institui-ções a candidatura à bolsa é feitaautomaticamente, ou seja, ao candidata-res-te ao Programa ERASMUS estarástambém a candidatar-te a esta bolsa e,nesse caso, os resultados sairão em simul-tâneo. Noutras instituições a candidatura àbolsa é feita separadamente logo após asaída dos resultados para o período demobilidade. Informa-te no Gabinete de Re-lações Internacionais / ERASMUS da tuaescola.

Bolsa SuplementarERASMUS para estudantescom necessidadesespeciais

› Destina-se aos estudantes que foram se-lecionados para fazer um período de mo-bilidade ERASMUS, para participar numPrograma Intensivo, ou num Curso Inten-sivo de Línguas ERASMUS que tenhamnecessidades especiais físicas, mentaisou de saúde.

› A candidatura deve ser entregue no Ga-binete de Relações Internacionais /ERASMUS da tua instituição. Terás queentregar um atestado médico, uma decla-ração da universidade / empresa de aco-lhimento e um formulário de candidatura.Pede ajuda ao teu Gabinete para preen-cheres o formulário de candidatura poiseste é bastante detalhado e terás quefazer um orçamento para os gastos.

Bolsa SuplementarERASMUS

› Só se podem candidatar os estudantesque recebem bolsas do Serviço de AcçãoSocial e que também foram selecionadosreceber a bolsa de mobilidade ERASMUS.

› A candidatura deve ser entregue no Gabi-nete de Relações Internacionais / ERAS-MUS logo após o resultado da Bolsa deMobilidade ERASMUS.

› O valor da bolsa é definido de acordo como escalão do agregado familiar e a duraçãoda mobilidade. O valor mínimo da bolsa su-plementar para o ano letivo de 2011/2012é de 100€ por mês.

› Continuas a receber a bolsa da Ação So-cial enquanto estiveres fora. Poderás por-tanto acumular a Bolsa da Ação Socialcom a bolsa de mobilidade e a bolsa su-plementar.

› Descobre mais sobre a bolsa suplementarem http://proalv.pt

SE TENS UMA BOLSA DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA SUA UNIVERSIDADE, PODES CONTINUAR A RECEBÊ-LAJUNTAMENTE COM A BOLSA DE MOBILIDADE ERASMUS E AINDA CANDIDATAR-TE A UMA BOLSA SUPLEMENTAR.

OS ESTUDANTES ERASMUS COM OU SEM BOLSA ESTÃOISENTOS DE PAGAR PROPINAS NA UNIVERSIDADE DEACOLHIMENTO, MAS TÊM QUE PAGAR AS PROPINASHABITUAIS NA SUA UNIVERSIDADE DE ORIGEM.

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*DESTINOSERASMUS

24 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

França

AlojamentoResidências universitárias: o Centre Na-tional des Oeuvres Universitaires et Sco-laires – CNOUS, administra 590 residên-cias universitárias em França. Consultatoda a informação em http://cnous.frResidências privadas: são mais caras queas universitárias, mas estão instaladas emimóveis de construção recente e oferecemum grande número de serviços. Algunsexemplos: Facotel, Eurostudiomes, ResideEtudes, Associação Fac-Habitat, GestrimCampus.Arrendamento: para arrendar apartamen-tos em França, é necessário ter um fiadorfrancês. Pode também ser necessário pa-gar uma caução que corresponde ao valortotal da renda durante o período de arren-damento. Caso o estudante não tenha fia-dor, poderá obter auxílio junto à l'ActionLogement (http://actionlogement.fr).

As universidades e escolas francesasfiguram no topo das classificações anível mundial. Para além da qualidadedo ensino, França é muito procuradapela sua oferta cultural, localizaçãogeográfica central e pela beleza naturale arquitetónica.

Espanha

Residências em casas de família: em Parisexiste uma agência que oferece alojamen-tos em casas de família. Saiba mais emhttp://atomeparis.comPodes também encontrar informações sobrealojamento nos sites das Câmaras Munici-pais. Consulta a lista das Câmaras Munici-pais francesas no site http://facilement.com

AlimentaçãoUma refeição completa nas cantinas univer-sitárias, “Restos U”, custa 3,05€. Alguns“Restos U” abrem à noite e aos fins-de-se-mana. Se optares por comer fora das canti-nas, fica a saber que: um "restaurant" serverefeições, uma "brasserie" serve refeiçõesrápidas e bebidas quentes e frias, e os "ca-fés" servem essencialmente bebidas.

Campus France Portugalhttp://portugal.campusfrance.orgNeste site poderás encontrar informaçõese ferramentas importantes como:› As universidades e as escolas superioresfrancesas (públicas e privadas) e os seusrespetivos cursos.› Ofertas de bolsas de estudos, cursos es-peciais e eventos relacionados com osestudos em França.› Uma secção detalhada sobre alojamento,incluindo os apoios locais que existempara os estudantes estrangeiros.

É o primeiro país de destino dos es-tudantes erasmus portugueses, aco-lhendo 25 por cento do total deestudantes. O custo de vida seme-lhante ao de Portugal e a língua sãoos principais factores de atração. Ascidades que receberam o maior nú-mero de alunos portugueses no anoletivo 2010/2011 foram Barcelona,Salamanca e Madrid.

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DESTINOSERASMUS*

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patrocínio

Custo de vidaO custo de vida mensal de um aluno na Po-lónia varia em média entre 300 e 600 euros.A moeda do país é o Zloty (PLN). Para te fa-miliarizares com os valores, consulta as taxasde câmbio antes da tua partida.

AlojamentoO preço do alojamento nos dormitórios uni-versitários varia entre 100 e 200 euros pormês para um quarto individual e entre 75 a100 euros por mês para um quarto partilhado.

Seguro de saúdeOs estudantes portugueses têm acesso gra-tuito aos serviços de saúde pública polaco.Basta levares o teu Cartão Europeu de Se-guro de Doença (CESD).

TransportesTodos os estudantes menores de 26 anostêm direito a um desconto de 50% nos trans-portes urbanos e 37% nos transportes ferro-viários nacionais.

IntegraçãoTornares-te membro da Erasmus StudentNetwork na Polónia pode ser uma mais valiapara a tua integração. Consulta toda a infor-mação em http://esn.pl e vê, na caixa à direita,algumas dicas de uma das Erasmus EstudantNetwork (ESN) da Polónia.

Nos organismos oficiais do Governo deEspanha não há informações relevan-tes para os estudantes estrangeiros.Há, no entanto, muitas informações anível local nas universidades que rece-bem alunos Erasmus. Podes consultara lista das instituições de ensino supe-rior em Espanha em:www.universidad.es/ universities/spains_universities

Links úteisMadrid: http://esnucm.orgBarcelona: http://uab.esnuab.org/Salamanca: http://sou.usal.es/index.phpSantiago de Compostela:www.usc.es/en/goberno/vrrelins/por-tal_internacional/serv_visitantes.html

PolóniaÉ o terceiro destino preferido dos estu-dantes portugueses. O custo de vida ea diferença cultural são os grandesatrativos.

ESN - BialystokUniversity of Technology

Quais são as principais atividadesda ESN Bialystok?No ESN PB Bialystok, organizamosuma série de eventos para os nossosalunos Erasmus. Viagens, festas, diasde orientação na nossa cidade, activi-dades desportivas (futebol, ginástica,basquetebol, etc), aulas de polaco,etc.

Que dicas podem dar aos estudan-tes portugueses que vão para Bia-lystok?A coisa mais importante é entraremem contacto com o Gabinete de Re-lações Internacionais da nossa univer-sidade. Nós fornecemos mentoresque entrarão em contacto com os es-tudantes Erasmus antes de chegaremao país. É crucial manterem o con-tacto com o mentor, porque ele / elafornecerá informações importantes.Outro conselho é trazerem algumasroupas quentes para o semestre de in-verno. Também é importante saberemcomo ir do aeroporto de outra cidadeaté Bialystok.

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*ESPECIALISTAS

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“Mais tempo de ERASMUSe maiores bolsas”José Ribeiro e Castro, Deputado e Presi-dente da Comissão Parlamentar de Edu-cação. Ex-Eurodeputado.

“Eu gosto muito dessa ex-pressão Geração ERAS-MUS. Acho que é uma ex-pressão muito feliz e quetraduz uma Geração quetem sido beneficiada e pri-vilegiada nos últimos 20

anos com uma experiência única. O pro-grama ERASMUS marca uma diferençaqualitativa muito sensível na juventude por-tuguesa. As gerações que passam pelo

O olhar externo sobre o sucesso deste programa

Geração ErasmusERASMUS vêm dessa experiência mais ma-duras. Amadurecem do ponto de vista pes-soal, abrem horizontes e também aprendema ter dupla cidadania: somos cidadãos na-cionais, mas também europeus. É umaaprendizagem que se faz ao vivo.É a experiência mais popular no quadroda União Europeia (UE) e também comuma grande atração fora da UE. O pro-grama ERASMUS está hoje em 33 esta-dos, portanto está à frente da Europa, poissomos 27 estados membros. É um pro-grama de grande sucesso, vamos a cami-nho do estudante “três milhões”, que atin-giremos provavelmente no ano 2015. Quando o programa começou em 1987,em toda a Europa, movimentaram-se três

mil e poucos estudantes. Hoje movimen-tam-se por ano 250.000 estudantes. Tam-bém Portugal tem essa experiência decrescimento. Quando o programa come-çou, 25 estudantes beneficiaram do pro-grama ERASMUS. Hoje, movimentam-semais de 5.000 estudantes portuguesesque todos os anos podem ter uma fre-quência de seis meses a um ano de estu-dos superiores na sua área de especiali-dade. É também uma experiência de ida evolta, nós enviamos e recebemos estudan-tes. Somos, aliás, um país com saldo lí-quido positivo: são mais os estudantesque nos procuram (mais de 6 mil por anoatualmente) do que portugueses que vãolá fora.

1º Devemos continuar a captar estudantes estrangeiros quevêm às nossas instituições de ensino superior. Isso é sinal dasua qualidade e também permite que a juventude portuguesabeneficie desse influxo de estudantes que aqui vêm estudar econviver connosco. E temos também que melhorar a estratégiade integração desses alunos. É preciso que os nossosestudantes os acolham quer no espaço de convívio e decirculação, quer na estratégia de trabalho académico, nostrabalhos de grupo, na consolidação de amizades e de relações.Isso é muito importante, faz parte da estratégia da GeraçãoERASMUS essa criação de relações.

2º Aumento da duração média dos estudos. Nesta altura, estána média dos seis meses e eu creio, da minha própria experiênciapessoal, com filhos meus, que esse «choque de amadurecimento»que é uma experiência ERASMUS é muito melhor se for num anoescolar e não apenas num semestre. Portanto, parece-meindispensável que nós consigamos que a UE desenvolvaestratégias que permitam anualizar a experiência de mobilidade.3º Melhoria dos apoios financeiros e uma melhoria dacapacidade de oferta. Portanto, mais gente todos os anos emmobilidade ERASMUS, com um valor mais elevado das bolsas. O valor médio das bolsas na UE é insuficiente.

4º Cruzar a estratégia europeia com a estratégia CPLP nessaárea. Devemos levar por arrasto para o programa ERASMUS,irmãos nossos da CPLP permitindo-lhes beneficiar desse grandeprograma europeu. Podemos ser seus cicerones em línguaportuguesa deste projecto europeu. Creio que isso é muitoimportante, o cruzamento de estratégias europeias com aestratégia CPLP deve ser uma constante nas diferentesestratégias de afirmação portuguesa e creio que aqui tambémdeve ter uma «tradução».

O QUE DEVEMOS MELHORAR?

“O espírito da Europa e a diferenciação para a empregabilidade”Bernardo Ivo Cruz, ex-Sub-Secretário deEstado dos Negócios Estrangeiros

A Geração ERASMUSé talvez a geração maisimportante dos últimostempos na Europa e emPortugal. É importantena Europa desde logoporque é o espírito daEuropa: uma geração

que se conhece entre si, que viaja, quetroca experiência, que fala línguas, quepercebe as diferenças e as aceita. É im-

portante em Portugal porque é a geraçãoque está mais preparada, que teve cora-gem de sair da sua zona de conforto parair visitar outros países, para ir conheceroutras culturas, para aprender novas lín-guas, para ganhar experiências. Ser parte da Geração ERASMUS, é tam-bém ter uma diferenciação absolutamentefundamental hoje em dia para o seu própriofuturo profissional. Ter a experiência da lín-gua, ter a experiência da mobilidade, saberque o mundo é diferente, mostrar que estápreparado para enfrentar o mundo en-quanto aldeia global, para sair da nossacasa, dos nossos amigos, daquilo que co-nhecemos. Isto é um grande diferenciadorpara qualquer processo de empregabili-

dade. Um membro da Geração ERAS-MUS tem de demonstrar para o mercadode trabalho e para as empresas que é di-ferente. Hoje em dia, com 35% de desem-pregados jovens em Portugal, é precisoser diferente e fazer parte da GeraçãoERASMUS é ser completamente diferente. A maioria dos jovens desempregados an-daram na faculdade, têm habilitações for-mais mas não é isso que lhes garante oemprego. O que lhes garante o empregoé terem experiências diferentes, é teremexperiências que mostram que são capa-zes de enfrentar os riscos sem medo de ofazer, bem como não ter medo de sobrevi-ver à falta de conforto e de apoio. E oERASMUS dá isso.

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ESPECIALISTAS*

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“Erasmus e a educaçãopara a globalização”Jorge Marrão, Projecto Farol – Delloite

“A Geração ERASMUS éum exemplo para o país,por diversas ordens de ra-zão. Talvez a mais rele-vante seja a capacidadeque essa geração tem deapreender o mundo global

como ele é hoje. Apreender as diferençasculturais, as características de cada país,o modo de comportamento de cada povonas suas mais diferentes funções. Tudoisso é relevante porque dá aos nossos jo-vens a capacidade de apreender essemundo.”«A globalização ou nos absorve ou nosexclui. Ou se está no sítio certo com ascredenciais adequada ou o movimentonos atropela.». Isso para nós foi o essen-cial do projeto FAROL. A globalização éa capacidade que os indivíduos, os cida-dãos, as pessoas, as empresas têm defalar com o mundo. Isso é muito impor-tante e isso é cultural. Nós temos que ar-ranjar uma forma do sistema educativoproduzir essas pessoas que nascem na-turalmente globais.”

“A construção da UniãoEuropeia baseia-se namobilidade.”Paulo Sande, Director do Gabinete doParlamento Europeu em Portugal

“A Geração ERASMUSé a geração dos jovensque cresceram comeste mundo novo que éo nosso mundo dos últi-mos 20 anos. O mundoem que tudo se trans-formou, em que toda a

gente tem telemóveis, acesso a uma In-ternet com informação acessível naponta dos dedos. E neste mundo emque tudo mudou, existe uma geração,um conjunto de gente circulando, po-dendo estudar, formar-se ao longo davida em países que não são o seu,criando uma maior capacidade compe-titiva. A Geração ERASMUS é aquelaque cresceu com essa nova realidade,com a mudança do paradigma da nossa

organização social e, ao mesmo tempo,se vai tornando cada vez mais qualificadapara ser também competitiva nestemundo.A construção da União Europeia baseia-se na mobilidade. Desde o início, quandonos anos 50 se começou a construir aComunidade Europeia, a ideia era cons-truir um mercado comum, ou seja, umaliberalização da circulação dos fatores:de mercadorias, de prestações de servi-ços, de capitais, mas sobretudo de cir-culação das pessoas. Desde essa altura,e de forma muito marcada na última dé-cada, a grande aposta da União Euro-peia foi na circulação das pessoas, namobilidade em particular dos jovens edos formadores. Toda essa política demobilidade se foi tornando cada vez maiscentral na construção europeia. E tãocentral é, que a próxima mudança dosmodelos de apoio a mobilidade, o“ERASMUS para Todos”, a partir de2014, irá concentrar todos os progra-mas.”

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*ERASMUS

28 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

PUBLIREPORTAGEM

PROGRAMA ERASMUSUm dos principais desafios de hoje é, exatamente, o de diagnosticar e ultrapassar bloqueios ao cres-cimento efectivo da mobilidade Erasmus, já que ela continua a ser reconhecida como um instrumentofundamental de internacionalização das instituições de ensino superior e um recurso insubstituívelna promoção da mobilidade dos seus estudantes.

Portugal participa no programa setorialErasmus desde a sua implementação pelaComissão Europeia em 1987, conhe-cendo, desde então, uma adesão cres-cente por parte dos jovens inseridos noensino superior. Nos últimos anos, estecrescimento fica a dever-se fundamental-mente à adesão à mobilidade para realiza-

ção de estágios, modalidade enquadradano Erasmus desde a sua integração noPrograma Aprendizagem ao Longo daVida (2007/2013).Apesar de as verbas disponíveis para fi-nanciamento destas mobilidades seremclaramente insuficientes face ao númerode mobilidades solicitadas pelas institui-ções de ensino superior, verifica-se atual-mente uma tendência de estagnação aonível da capacidade de crescimento dasmobilidades para estudos efectivamenterealizadas, realidade a que não serãoalheias razões de ordem económica, cul-tural ou mesmo institucional.

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ERASMUS*

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PUBLIREPORTAGEM

O número de estudantes que todos osanos aderem à “experiência Erasmus” ex-prime o reconhecimento deste programasetorial junto da população estudantilcomo uma componente fundamental noseu percurso académico, bem como umaexperiência internacional que valoriza oexercício ativo da cidadania europeia. As avaliações do período Erasmus porparte dos estudantes são, disso, demons-trativas: mais de 96% avalia a sua expe-riência de mobilidade, nas dimensõespessoal e social, como “Positiva” ou“Muito Positiva”, e 78% atribui a mesmaclassificação à componente académica.No que diz respeito aos estágios Erasmus,os estudantes portugueses são unânimesquando se trata de avaliar o potencial im-pacto da sua experiência em termos decarreira profissional: as competências ad-quiridas em estágio permitem, à vastamaioria dos participantes, perspetivaremum impacto positivo e facilitador na sua in-tegração profissional, bem como na(re)formulação das suas expectativas pro-fissionais – são muitas as portas que seabrem para um futuro trabalho, nomeada-mente no estrangeiro. Quando questionados se, no futuro, volta-riam a realizar um período de mobilidadeno estrangeiro, 83% destes estudantesresponderam que sim. (Fonte: Relatórios Finais dos Estudantes Eras-mus 2009/10)

PROGRAMA ERASMUS – MOBILIDADE DE ESTUDANTES

99% DOS ESTUDANTES PORTUGUESES RECOMENDARIAA UM AMIGO, COLEGA OU FAMILIAR A REALIZAÇÃODE UM PERÍODO DE MOBILIDADE ERASMUS

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*ERASMUS

30 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

PUBLIREPORTAGEM

A mobilidade de pessoal para um pe-ríodo de ensino ou formação tem co-nhecido um crescimento gradual aolongo dos anos no nosso país, comuma taxa de crescimento de cerca de7% entre 2007/08 e 2008/09 e de 4%entre 2008/09 e 2009/10.A procura é claramente superior ao nú-mero de bolsas financiadas, facto quese deve não só à insuficiente disponi-bilidade financeira do subprograma em

termos globais, mas também a umaclara opção política de investimentoprioritário das verbas disponíveis na pro-moção da mobilidade de estudantes.No caso do pessoal docente, apesardo reconhecimento da importância doseu envolvimento na mobilidade Eras-mus, reconhece-se também a existên-cia de outras fontes de financiamentoque suportam as suas possibilidadesde mobilidade. Já no caso específico

do pessoal não docente, a sua partici-pação nas ações de mobilidade Eras-mus têm vindo a ser progressivamentereconhecidas como um importantecontributo para a estratégia de inter-nacionalização das instituições de en-sino superior. Em 2009/10 cada participante rece-beu, em média, uma bolsa Erasmus de742,91 euros, num total de 685.707,24euros atribuídos.

PROGRAMA ERASMUS – MOBILIDADE DE PESSOAL DOCENTE E NÃO-DOCENTE

ENTRE 2007/08 E 2009/10 MAIS DE 2.600 DOCENTES E NÃODOCENTES PORTUGUESES REALIZARAM UM PERÍODO DE MOBILIDADENO ESTRANGEIRO AO ABRIGO DO SUBPROGRAMA ERASMUS

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ERASMUS*

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PUBLIREPORTAGEM

PROGRAMA ERASMUS – CURSOS INTENSIVOS DE LÍNGUAS ERASMUS

PORTUGAL É O TERCEIRO PAÍS COMMAIOR NÚMERO DE ESTUDANTESEILC ACOLHIDOS!

Dados dos relatórios finais dos estudantesque frequentaram um curso EILC no nossopaís no ano académico 2009/10 corrobo-ram os níveis elevados de satisfação já ve-rificados em anos anteriores. Numa amostrade participantes, 93% revelou-se satisfeitaou muito satisfeita com a formação obtida.Para a maioria destes estudantes, a possi-bilidade de estudar a língua e a cultura dopaís onde irão viver e estudar/estagiar du-rante meses revela-se essencial para o seuprocesso de integração e para a aquisiçãode competências linguísticas básicas quecontribuirão para a qualidade do períodode mobilidade. Os impactos e as mais-valias da sua fre-quência associam-se às diferentes dimen-sões da mobilidade – contactos quotidia-nos, compreensão das notícias, actividadesacadémicas, questões culturais –, conquis-tando, todas elas, nota positiva por partedestes estudantes.

(Fonte: Relatórios Finais dos Estudantes EILC incoming2009/10 – amostra constituída por 80 relatórios)

PROGRAMA ERASMUS – PROGRAMAS INTENSIVOS

Tendo por base e sentido a promoção do ensino especializado e da cooperação académica e cien-tífica a um nível multinacional, a acção Programas Intensivos Erasmus tem contribuído para a inter-nacionalização das instituições de ensino superior portuguesas através da constituição de parceriascom instituições congéneres europeias para o desenvolvimento de actividades em áreas de espe-cialização inovadoras.

Para além da diversidade de produtos finaisresultantes destes projectos – materiaisdidácticos ou audiovisiuais, website, ar-tigos científicos e outras publicações, pla-taformas de e-learning, apresentaçõespúblicas, entre outros – grande parte dosIP executados em 2009/10 deram origema novas disciplinas académicas ou uni-dades curriculares nas instituições parcei-ras, a novos projectos de investigaçãocientífica, ou à criação de graus acadé-micos conjuntos (nomeadamente cursosde Mestrado - Joint Master).Os resultados enunciados decorrem do de-senvolvimento e/ou criação de instrumentos

de aprendizagem e de formação vários ecom impacto relevante nas comunidadesacadémicas e nos públicos envolvidos, bemcomo no estabelecimento de parcerias eredes mais alargadas de cooperação (eg.redes temáticas), cujos efeitos ultrapassam,em muitos casos, o período de implemen-tação dos Programas Intensivos. O incremento da cooperação académica ecientífica, quer por via do intercâmbio depessoal docente e não docente das uni-versidades, quer pela planificação de novosprojectos de parceria, particularmente liga-dos à investigação, ou ainda pela partici-pação em grupos de trabalho e congressos

internacionais, são impactos transversaisrelatados pela maioria das instituições por-tuguesas coordenadoras de IP no ano emapreço.Em 2009/10, 89% de uma amostra de es-tudantes classificaram a sua participaçãonos IP como Boa ou Excelente, revelando-se, particularmente satisfeitos com os pro-fessores, a qualidade do ensino, os resul-tados e aprendizagens obtidos e asatividades realizadas em geral.

(Fonte: Relatórios Finais dos Programas Inten-sivos 2009/10 – amostra constituída por 100relatórios individuais)

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*ENTREVISTA

32 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Como é que avalia estaexperiência de 25 anos dePrograma ERASMUS?

A avaliação do ERASMUS ultrapassatudo aquilo que possa ter sido dito atéagora, porque é um símbolo enorme daousadia, da capacidade de empreendere da capacidade de arriscar por partedos nossos jovens. Ninguém podeesquecer que há 25 anos, meia dúzia dejovens teve a coragem de se aventurarpor essa Europa fora sem saberemminimamente o que iria acontecer. Desdeentão, foi um crescendo. Nestemomento, asseguramos anualmente mais

de cinco mil bolsas para períodos deestudo ou de estágio. Foi uma adesãoabsolutamente extraordinária. Nós temoscontribuído para o programa ERASMUSde uma forma muito positiva e continua ahaver mais procura do que capacidadede resposta, ou seja, mais verba

Isabel Duarte – Diretora da PROALV

Com a perspectiva privilegiada de quem conhece por dentro os últimos anos da vida do ProgramaERASMUS, Isabel Duarte, Directora da Agência Nacional para a Aprendizagem ao longo da vida,partilha um olhar positivo sobre o passado e de esperança para o futuro deste Programa.

tivéssemos nós, mais mobilidadespoderíamos financiar.

Nestes 25 anos, quaisacha que são os pontosessenciais do sucesso doERASMUS?

Antes de mais, o contributo directo doERASMUS para o Processo de Bolonhae para a concordância entre as diferentesinstituições de ensino superior a nível dosistema de ECTS (European Credit Trans-fer System). Esse é um contributo in-equívoco: permitiu acelerar o Processo deBolonha. Estou convencida de que, de

outro modo, não teria tido o mesmo anda-mento. Simultaneamente, a internacional-ização das nossas instituições de ensinosuperior. Por via do envio e do acolhimentode estudantes, docentes e pessoal das in-stituições de ensino superior, há umprocesso de internacionalização in-

equívoco. É uma abertura ao exterior quepermite o contacto com aquilo que de mel-hor se faz na Europa e também uma opor-tunidade de mostrar aos outros aquilo quede melhor se faz em Portugal.

Que impactos tiveram nonosso país esses 25 anosde ERASMUS?

Teve impacto nas instituições de ensino su-perior, pelo aumento das interações comoutras entidades congéneres. Também teveimpacto na nossa afirmação enquanto indi-víduos com competências capazes de seafirmarem e de competirem no mercado eu-ropeu. Porque é no confronto com a difer-ença que nós somos capazes de reconheceras nossas próprias potencialidades. (…) To-dos esses jovens adquirem graus de confi-ança e capacidade de afirmação, que semessa experiência, demorariam muito maistempo a atingir. (...) Isso acontece desde oprincípio, há 25 anos que há histórias queprecisam de ser contadas e histórias de mu-dança de vida. A grande maioria dos jovensque participam afirmam que voltariam a repe-tir a experiência e recomendam mesmo quequalquer jovem do ensino superior deveriapassar por essa experiência, . Estamos por-tanto a falar duma satisfação generalizada,satisfação com impacto no próprio, pela suaaprendizagem pessoal, pela sua capacidadede afirmação perante o outro. Mas, obvia-mente, existe também uma mais-valia para opaís, no sentido em que se tornam recursoshumanos mais capacitados, ousados e em-preendedores.

A Europa tem razões parater esperança nessaGeração ERASMUS naquiloque diz respeito àconstrução do projectoeuropeu?

Estou convicta de que não pode deixar depassar por aí. Há com certeza outros ele-

A PRESENÇA NA EUROPADE ALUNOS PORTUGUESES ERASMUS,PERMITE POSICIONAR PORTUGAL ASUA CULTURA E IDENTIDADE, COMO“UM ENTRE PARES”

“DO PONTO DE VISTA FINANCEIRO HÁ MUITA COISAPARA FAZER: TORNAR A OPORTUNIDADE ERASMUS,UMA VERDADEIRA OPÇÃO PARA TODOS!”

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ENTREVISTA*

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mentos que facilitem, contribuam para oprojeto Europa, mas este não pode, nemdeve deixar de contar com o ERASMUS.O ERASMUS é uma peça chave para aconstrução da cidadania europeia, para apartilha do sentimento de solidariedade naEuropa e para o entendimento do “outro”.A presença na Europa de alunos por-tugueses Erasmus, permite posicionarPortugal e a sua cultura e identidade, como“um entre pares”. Essa é uma imagem quedificilmente nós conseguiríamos atravésda emigração clássica.

Com 25 anos vamosaprendendo o que há paramelhorar. Que desafiostemos pela frente?

Muitos, muitos desafios. Primeiro, porqueapesar de todo o apoio dado aos estu-dantes com dificuldades socioeconómicas,continua a ser um programa que deixa defora um grupo significativo de alunos quenão tem efectivamente condiçõeseconómicas para sair. Portanto, o ERAS-MUS ainda é uma opção para um grupo,

enfim, cada vez mais alargado de jovens,mas ainda não é para todos, porque asbolsas ERASMUS não são concebidaspara financiar os custos da mobilidade,são concebidas para apoiar os custos damobilidade. Significa que quem tem as-sumido grande parte dos custos destasmobilidades é a família. Num momento decrise, importa questionar a sustentabili-dade desse modelo. Portanto, do pontode vista financeiro há muita coisa parafazer. Tornar a oportunidade ERASMUSuma verdadeira opção para todos, nãopassa só pelo acesso dos jovens a modal-idades alternativas de financiamento di-recto, mas também pelo controlo dos cus-tos indirectos. Está tudo por fazer a essenível. Com tantas cidades geminadas, porexemplo, é possível com certeza encontraralternativas para o acolhimento dos jovensa custos controlados, não a custos de mer-cado. É preciso encontrar parcerias, fazerprotocolos com estratégias alternativas deacolhimento, para minimizar os custos dealojamento, transportes e alimentação.

Que mensagem é quegostava de transmitir aosjovens que estão departida nessa altura?

Costuma-se dizer que os nossos jovensvão para o estrangeiro fazer tudo menosaprender. Eu não partilho de todo dessaopinião. Acho que os jovens vão aprenderem diferentes dimensões da sua vida.Acho que a dimensão académica é tão im-portante quanto as outras dimensões queconstituem o ser humano e a aprendiza-gem pessoal, relacional, que acontecenuma experiência ERASMUS é, do meuponto de vista, tão importante quanto aaprendizagem académica. É exactamenteno confronto com a diferença entre pares,na coabitação entre diferentes línguas, cul-turas, formas de ser e de estar, que estesnossos jovens do ensino superior crescem,como nunca cresceriam se não saíssemdo seu espaço. Obviamente que é funda-mental que esses alunos se afirmem tam-bém como bons aprendizes e como bonsestudantes do ensino superior. Sem dúvidanenhuma que a capacidade de conju-garem todas essas dimensões faz da ex-periência ERASMUS uma experiênciamuito mais rica. O ERASMUS é um es-pírito de aprendizagem, mas aprendizagemno sentido lato do termo. Aprendizagemno sentido do Homem no seu todo e nãosó na dimensão académica.

O ERASMUS É UM ESPÍRITO DE APRENDIZAGEM,MAS APRENDIZAGEM NO SENTIDO LATO DO TERMO.APRENDIZAGEM NO SENTIDO DO HOMEM NO SEUTODO E NÃO SÓ NA DIMENSÃO ACADÉMICA.

32a33 entrevista Isabel Duarte_Layout 1 4/4/12 1:20 PM Page 33

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*GABINETESDEMOBILIDADE

34 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Os Gabinetes de Mobilidade são uma peçafundamental do programa ERASMUS. Re-cebem e gerem as candidaturas, acolhemos estudantes internacionais e resolvem re-motamente os problemas dos estudantesportugueses no estrangeiro. Ciente da im-portância destes gabinetes, a Forum Estu-dante promoveu um encontro nacional paradebater, com quem “anda no terreno”, tudosobre o programa ERASMUS. Durante doisdias estivemos na Foz do Arelho a discutiro passado, o presente e o futuro do pro-grama que este ano completa 25 anos. Es-tiveram presentes seis oradores principaise 21 representantes de Gabinetes de Mo-bilidade. Foi uma jornada de trabalho, departilha e de aprendizagem. Os frutos desteencontro são informações preciosas quepartilhamos contigo ao longo deste Guia.E porque fazer parte da “Geração ERAS-MUS” é fundamental, deixamos o testemu-nho de quem lida de perto com o assunto.

Raquel MoreiraFaculdade de Letras -Universidade de Lisboa

“Para mim a Geração ERASMUS é uma ge-ração que procura o desafio e a aventura. Semdúvida que é uma Geração, um movimento dealunos, que tem mudado e muda diariamentee todos os anos a nossa instituição.”

Teresa SilvaUniversidade de Coimbra

“Para mim a Geração ERASMUS é o re-sultado dos 25 anos de exercício deste

Encontro Nacional de Gabinetes de Mobilidade

Ao serviço dos estudantesMelhor que ninguém, quem está no terreno vê o impacto do Programa Erasmus nos estudantes quedele beneficiam. A Forum Estudante reuniu durante dois dias os principais protagonistas da gestãoda mobilidade dos estudantes, em busca de novos caminhos de cooperação e trabalho em rede.

programa. Hoje, aqueles que iniciaram oprograma são adultos que por sua vez tam-bém já têm filhos que estão a passar pelamesma experiência e o resultado de todasessas experiências, tem transformado anossa sociedade e a minha instituição tam-bém. A dimensão internacional e a nossaposição face ao mundo e aquilo que nóssomos, é diferente neste tipo de experiên-cias e é isso que nós desejamos para osjovens.”

Susana DuarteUniversidade de Aveiro

“A Geração ERASMUS é a geração me-lhor preparada para os desafios da globa-lização. O programa ERASMUS hoje emdia não é apenas conhecer um país, umacidade estrangeira ou mesmo frequentardeterminadas cadeiras no estrangeiro, émais do que isso, é melhorar os processosde aprendizagem, é conhecer outrasideias, é ter outras perspetivas, é ter opor-tunidade de estagiar ou trabalhar em con-textos que nunca seriam possíveis se nãofosse o programa ERASMUS.”

Susana CaravanaInstituto Politécnico do Cávadoe do Ave

“A Geração ERASMUS, no nosso enten-der, é uma geração que vai dar um grandecontributo para mudar o mundo. É umageração que já não encara um período deestudos ou de estágio só na sua própriainstituição de ensino superior. É uma ge-

ração que está aberta para o mundo e estádentro do mundo. Esta geração vai adquirirconhecimentos muito úteis para a sua for-mação profissional no futuro mas, também,um grande enriquecimento curricular epessoal. Tudo isto junto irá fazer grandesempresários, grandes políticos,… uma ge-ração que nós esperamos venha a mudarda melhor forma o mundo.”

Sónia SimasInstituto Politécnicode Viana do Castelo

“Acho que a Geração ERASMUS é o fu-turo. Se calhar, hoje em dia, o ERASMUSestá a ser mais procurado dado o contextosócio-económico nacional. As pessoas co-meçam a ter uma grande preocupaçãocom a mobilidade e acho que o ERAS-MUS está a ser o trampolim para a procuradesta mobilidade. Foi uma geração quecomeçou com poucos alunos: a mobili-dade era algo que há uns anos atrás preo-cupava os alunos e os pais. A afluênciaera em número reduzido mas, hoje em dia,está a mudar. A procura do ERASMUS éuma procura de alternativas para o futuro.”

Sónia DominguesInstituto Superior de Economiae Gestão - UniversidadeTécnica de Lisboa

“Para nós a Geração ERASMUS deve serdas gerações mais significativas dos últi-mos anos. Há uma aposta fortíssima nes-tas gerações e é uma oportunidade única,

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GABINETESDEMOBILIDADE*

GUIAdaGERAÇÃOERASMUS* 35

patrocínio

exclusiva. Portanto, para esses alunos anossa mensagem é: agarrem essa opor-tunidade, não a percam porque é uma va-lorização pessoal e académica única e ex-celente.”

Gil GonçalvesInstituto Politécnico de Bragança

“A Geração ERASMUS é uma geraçãoque tem as suas raízes na Europa, não épropriamente portuguesa mas sim euro-peia. Os alunos quando entram para o en-sino universitário, a ideia deles não passapor um país mas sim por toda a Europa,absorvem toda a cultura e tentam sempreestar um passo mais além. Creio que essaé a definição da Geração ERASMUS.”

Conceição CatrogaInstituto Politécnico de Tomar

“A Geração ERASMUS no Politécnico... éengraçado porque, coincide os 25 anosdo Instituto Politécnico de Tomar com os25 anos do programa ERASMUS e esseprograma foi o início da internacionalizaçãono Politécnico. Neste momento, o pro-grama ERASMUS é uma pequena fatia danossa internacionalização e hoje a nossageração de estudantes é realmente umageração de mobilidade que já vai para alémdo ERASMUS.”

Joana FerreiraEscola Universitária Vasco daGama

“Quando falamos nessa Geração, dizerERASMUS acaba por ser um pleonasmoporque a mobilidade é o futuro, está a

acontecer agora e a tendência é que sejacada vez maior. A nossa instituição é muitopequena e isso inevitavelmente reflete-seem termos de mobilidade. Não obstante,o que eu noto é que os alunos no regressoestão seguramente mais maduros, maisautónomos e com a maior das facilidadesconseguem viajar e ultrapassar os medos.Em suma, parece-me que basta dizer novageração e tudo o resto está associado au-tomaticamente.”

Isabel NogueiraEscola Superior de Educaçãode Paula Frassinetti

“A Geração ERASMUS para mim e paranós escola, é a geração que faz sentidopara os dias de hoje.Temos tido vários docentes e imensos alu-nos envolvidos em atividade de mobilidadee a mais valia dessa mobilidade tem sidoóbvia, tem sido muito evidente para os pró-prios alunos, para o seu crescimento pes-soal, académico e cultural. Para a escola,tem trazido experiências e formas de ver eestar na educação que tem obviamentecontribuído para a melhoria das atividadesque nós desenvolvemos.”

Magda FerroUniversidade CatólicaPortuguesa - Porto

“Eu acho que a Geração ERASMUS é ver-dadeiramente a primeira geração de nacio-nalidade europeia, ou seja, são jovens quecompreendem a diversidade cultural que é aEuropa e simultaneamente conseguem sen-tir-se cidadãos da mesma. O impacto dessaGeração para a universidade é enorme por-que ajudou a universidade a abrir-se e clara-mente teve um impacto em toda a comuni-dade académica porque os estudantes quevão fazer Erasmus, quando regressam, aca-bam por ter uma influência no meio que osrodeia e simultaneamente, o acolhimento deestudantes de outros países ajuda aquelesque ficam a irem para fora cá dentro.”

Conceição BaptistaInstituto Politécnico de CasteloBranco

“Através do sucesso do programa ERAS-MUS e Leonardo Da Vinci, o Instituto temtido histórias de sucesso de alunos que fize-ram mobilidade. Cerca de 80% dos nossosalunos que realizaram mobilidade têm, depoisdo seu regresso, uma oferta de emprego.Por isso a Geração ERASMUS para nós éessencialmente uma geração de sucesso,de jovens empreendedores, jovens motivadose jovens com um futuro para além do nossomercado de trabalho tradicional nacional.”

Anabela PiresInstituto Politécnico da Guarda

“O que é a Geração ERASMUS? É um pas-saporte para o futuro. Mais do que nunca,em vez de nos conformarmos com fazer partedo problema, é a solução para o problema.Os jovens podem encontrar aqui a sustenta-bilidade onde colocar os seus alicerces paraabrirem novos horizontes, terem um empregolá fora e terem novas oportunidades que cadavez são mais necessárias.”

Mafalda Homem de Melo IADE

“Penso que a Geração ERASMUS é umageração que tem consciência de que a mo-bilidade é hoje fundamental, condição sinequa non para ser cidadão da Europa e domundo. A mobilidade foi um fator chave naconstrução da Europa. Hoje em dia se es-tende para lá da Europa e os jovens hojetem consciência que a mobilidade é uma ex-periência fundamental de aprendizagem cul-tural que é claramente diferenciadora no mer-cado de trabalho. “

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*ERASMUSPARATODOS

36 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

O programa ERASMUS faz parte do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida que acaba em 2013.E a seguir, o que irá acontecer ao ERASMUS? Tudo indica que será integrado no novo programa“Erasmus para Todos”, que está neste momento em fase de discussão no Parlamento Europeu.

A pensar nos objetivos da Estratégia Eu-ropa 2020, a Comissão Europeia apresen-tou uma nova proposta para os modelosde apoio à mobilidade na educação. Essaproposta, designada “Erasmus para To-dos”, pretende juntar os atuais sete pro-gramas de mobilidade para a educação,formação, juventude e desporto (ver caixa).

Os objectivos serão os mesmos: melhoraras competências dos indivíduos e moder-nizar os sistemas de educação. As princi-pais ações dos programas existentes irãocontinuar, abrangendo os mesmos benefi-ciários e países participantes. No fundo, acentralização dos programas trata poucasmudanças, mas algumas delas, como o

aumento do número de bolsas, serão sig-nificativas. A proposta foi apresentada noParlamento Europeu em Novembro do anopassado e encontra-se em fase de discus-são. Ainda não se sabe quando será vo-tada pelos eurodeputados, mas tudo in-dica que esse será o modelo de apoio amobilidade que teremos em 2014.

ERASMUS para todos

O que é o “Erasmus para Todos”?É o novo programa proposto pela Comissão Europeia para aeducação, formação, juventude e desporto. Este programa irásubstituir os sete programas hoje em dia existentes e nestemomento está a ser discutido no Parlamento Europeu. Caso sejaaprovado, entrará em vigor em 2014 e terá um orçamento de 19mil milhões de euros para um período de sete anos.

Que Programas farão parte do “Erasmus para Todos”? • Aprendizagem ao Longo da Vida: Erasmus, Leonardo da Vinci,Comenius e Grundtvig.

• Programa para a Cooperação com os Países Industrializados• Juventude em ação• Erasmus Mundus• Tempus• Alfa• Edulink

Um dos grandes desafios de qualquer projeto é a suaplena adequação a todos os cidadãos, tendo particularatenção aos que têm necessidades especiais.Actualmente, o Programa ERASMUS já contempla umaabertura especial para os estudantes que necessitam deum apoio adicional para a sua mobilidade, mas espera-seque o ERASMUS PARA TODOS possa ainda reforçar essesmecanismos.Um exemplo atual dessa mobilidade de estudantes comnecessidades especiais é José Rocha. Aluno de Ciências daEducação na Faculdade de Psicologia e Ciências daEducação da Universidade do Porto, enfrentou um duplodesafio de mobilidade. Com incapacidade motora, decorrentede paralisia cerebral, movendo-se em cadeira de rodas etrabalhando com discover switch no computador, quebroufronteiras. Apesar das enormes dificuldades a ultrapassar,com a sua força de vontade conseguiu rumar a Barcelona.Questionado quanto às suas expectativas e receios, deixauma resposta clara: “Expectativas tinha várias, ganhar autonomia nas relaçõesinterpessoais, adquirir coesão social, cidadania europeia,desfrutar da cultura catalã na sua plenitude, poder

usufruir das aulas dadas noutro contexto diferente,desenvolver uma aprendizagem de qualidade ao longo damobilidade que se repercuta na minha vida, fazer umaaprendizagem linguística diferente, apesar das minhasnaturais limitações, explorar sítios culturais diferentes,com resultados e produtos inovadores, etc.

Receios também eram vários, não ser bem compreendidoem termos de comunicação, pois além das dificuldadeslinguísticas que tenho pela minha incapacidade, ser umalíngua diferente, não encontrar as adaptações necessárias

para a minha condição física, ficar desiludido com acidadania catalã, não aguentar as saudades provocadaspela distância, etc.”

DA SUA EXPERIÊNCIA, SUBLINHAMOMENTOS MARCANTES:

“Positivamente: Quando nevou, poder “escrever” onome da minha namorada na neve, fotografar eoferecer-lhe a foto no dia dos namorados, já que esteano passamos este dia afastados e como no Porto nãoneva foi um episódio engraçado.Negativamente: Quando estava numa aula o professorfez uma atividade pedagógica interessante esimplesmente eu não participei como o resto dosestudantes, fiquei simplesmente a observar aatividade.”

Nas dificuldades, José Rocha sublinha que as despesasque um estudante com necessidades especiais tem sãomuito superiores ao valor da bolsa (mesmo reforçada) eisso constitui um obstáculo difícil de superar.

ESTUDANTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

O que muda?• Regras de candidatura e os procedimentos mais simples.• Será criado um sistema de empréstimo para osestudantes de mestrado.

• O número médio anual (dos últimos sete anos) deestudantes com bolsas irá duplicar.

• Serão estabelecidas 400 parcerias entre instituições deensino superior e empresas.

Quais são os objetivos?• Integrar todos os programas de mobilidade da UniãoEuropeia num só

• Melhorar a empregabilidade e competências dosestudantes

• Alargar a mobilidade além das fronteiras da UniãoEuropeia

• Tornar o ensino superior europeu mundialmente atrativo

Porquê a marca Erasmus? Para o novo programa integrado foi escolhido o nomeErasmus porque é o que está mais fortemente associado àaprendizagem no estrangeiro. No novo programa a Comissãovai deixar de usar nomes conhecidos como Leonardo DaVinci, Comenius e Grundtvig. Para além de evitar múltiplosnomes, a intenção é popularizar a marca Erasmus.

Que países participam?• Todos os Estados-Membros da União Europeia (UE)• Islândia, Liechtenstein, Noruega, Suíça• Países candidatos à UE que beneficiem de uma estratégiade pré-adesão

• Alguns países dos Balcãs Ocidentais

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ERASMUSPARATODOS*

GUIAdaGERAÇÃOERASMUS* 37

patroc

ínio

“O “ERASMUS PARA TODOS” DUPLICARÁO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS.”O “ERASMUS para Todos” terá uma do-tação muito superior àquela que têmatualmente os programas de mobili-dade. Aquilo que está previsto é que adotação deste novo programa seja de19 mil milhões de euros, para o períodode 2014 a 2020. Essa dotação permitiráquase que duplicar o número de bene-ficiários devendo chegar aos cinco mi-lhões de pessoas.”

“Este programa vai apoiar três tipos deações: oportunidades de aprendizagempara pessoas dentro e fora da União Eu-ropeia, cooperação institucional e a re-forma das políticas nos estados membros.Esses serão os três domínios que já hojeem dia estão cobertos por este conjuntode programas e que se manterão reforça-dos por uma dotação complementar nonovo programa e que apresenta dois ele-mentos novos: um é o sistema de garantiasde empréstimos para estudantes de mes-trados e outro é a criação daquilo queneste programa a Comissão chama de«alianças de conhecimento e alianças com-petências de sector».”“A fase em que estamos é uma fase deaprovação da adoção desse programa. Oprograma ainda não está finalizado, es-tando nesse momento no Parlamento Eu-ropeu em fase de discussão pelos depu-tados europeus. O Parlamento Europeutem que aprovar o programa para que elese possa tornar legislação europeia. Aindaé possível que haja alterações, mas emtodo caso esse é o programa que se prevêque venha a ser aprovado e a entrar em vi-gor em 2014.”“Por outro lado, é um programa que estáligado à estratégia 2020 da União Euro-peia. A estratégia 2020 da UE é a respostaà necessidade que a Europa tem de cres-cer. A qualificação dos europeus atravésdesse tipo de programa faz parte inte-grante dessa estratégia de desenvolvi-mento das economias europeias e do re-forço da sua integração.”“Este novo programa continua a apoiar asmesmas iniciativas. Não há uma novidadeabsoluta, é apenas um reforço da eficáciaem relação a três tipos de ações, com no-vos instrumentos, que a partir de 2014tenderão a incrementar, desenvolver eaprofundar esta ideia da mobilidade naUE com uma dimensão sistémica que aprópria concentração de programas per-mite.”

Paulo Sande,Gab. Parlamento Europeu

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*ERASMUSMUNDOS

38 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

À descoberta do mundoGostarias de estar preparado para competir no mercado global da sociedade do conhecimento?Então tens um “Mundus” de oportunidades para explorar neste programa de mobilidade mundial.Descobre aqui algumas informações sobre o programa que te pode abrir portas em todo o globo.

Mobilidade universitária a nível global

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ERASMUSMUNDOS*

GUIAdaGERAÇÃOERASMUS* 39

patrocínio

Criado em 2004, este Programa promovea mobilidade dos melhores estudantes domundo sem limites de idade. Os estudantesselecionados para participar no programapodem usufruir de uma bolsa para fazerMestrado, Doutoramento ou um período deestudo no estrangeiro. Os estudantes de

› Programas Conjuntos de Mestrado e Doutoramento (Ação 1)› Parcerias ERASMUS Mundus (Ação 2)› Projetos de Promoção do Ensino Superior Europeu (Ação 3)

Candidato Alvo

Objetivos

Entidade GestoraInternacional

Entidade GestoraLocal

Implementação

Bolsas

Estudantes europeus

Promover a mobilidade de estudantesdo ensino superior na Europa.

Programa Aprendizagem ao Longo daVida (PROALV). http://ec.europa.eu/education/lifelong-learningprogramme

Agência Nacional para o ProgramaAprendizagem ao Longo da Vida(PROALV). http://proalv.pt

Os estudantes de Licenciatura ouMestrado fazem um período deestudos de três a 12 meses numainstituição de outro país europeu.

Os estudantes podem candidatar-se auma bolsa de mobilidade para ajudarnas despesas da deslocação (viagem,seguros, vistos, diferença do custo devida, etc).

Estudantes europeus e de países terceiros

Promover a mobilidade de estudantes do ensino superior entre aEuropa e países terceiros.

Agência Executiva relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura.http://eacea.ec.europa.eu

Direcção Geral do Ensino Superior (DGES)http://www.dges.mctes.pt

PROGRAMA ERASMUS PROGRAMA ERASMUS MUNDUS

Ação 1 Ação 2

Os estudantes fazem umMestrado ou Doutoramentoinserido num programaconjunto entre vários países. Osestudantes terão que frequentarperíodos de estudo em pelomenos dois países europeus.

Os alunos de Licenciatura,Mestrado, Doutoramento fazemum período de estudos de trêsa 34 meses numa instituiçãode um país terceiro.

Os estudantes podem candidatar-se a bolsas de estudos queincluem ajudas de custos (propinas, deslocação, alojamento, etc)e um subsídio.

Valores:- Mestrado (duração um – doisanos): 10.000€/ anocategoria B; 24.000€ / anocategoria A.- Doutoramento (duração trêsanos): de 61.200€ a129.900€ pelos três anos.

Valores: - Licenciatura e Mestrado:1.000€/ mês. - Doutoramento: 1.500€/ mês

SE...› Já és licenciado› Queres estudar em duas ou mais Instituições de EnsinoSuperior europeias e internacionais durante um períodode um a dois anos.

› Estás à procura de cursos superiores multidisciplinarese com diploma reconhecido nos países envolvidos.

› Estás interessado em viver em contextos multiculturaise multilinguísticos.

Mestrado ou Doutoramento ERASMUSMundus (Ação 1)

ENTÃO...› Deves escolher um dos 28 consórcios de que Portugalfaz parte. (ver lista emwww.dges.mctes.pt/erasmusmundus)

› Deves procurar informação informação prática no sitede uma das Universidades do consórcio e fazer a tuacandidatura on-line.

O PROGRAMA ERASMUS MUNDUSAPOIA TRÊS TIPOS DE AÇÕES:

ERASMUS X ERASMUS MUNDUS

países fora da União Europeia (UE) podemobter qualificações na União Europeia e osalunos europeus podem fazer mobilidadepara países de fora da UE.O Programa funciona através de parceriasestabelecidas entre as instituições de en-sino superior chamadas consórcio. É o con-

sórcio quem recebe as candidaturas e faza seleção dos participantes. No site da Di-reção Geral do Ensino Superior podessaber quais os consórcios que existem emPortugal e todas as actividades que o pro-grama promove. Mas para já, ficas com aslinhas gerais sobre o ERASMUS Mundus.

SE...› Estás a tirar uma licenciatura, mestrado oudoutoramento.

› Queres estudar numa instituição de ensino superioreuropeia ou internacional durante um período de três a34 meses.

› Está interessado em viver em contextos culturalmente esocioeconomicamente muito diferentes

Parceria ERASMUS Mundus(Ação 2)

ENTÃO...› Deves escolher uma das 20 parcerias em que Portugalparticipa. (ver lista emwww.dges.mctes.pt/erasmusmundus)

› Deves procurar informação no site de uma dasUniversidades parceiras.

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*INFORMAÇÃOPRÁTICA

40 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Direto ao assunto {Língua

Cada professor decide em que língua irá le-cionar as suas aulas e fazer os exames. Podeser em inglês ou na língua oficial do país. In-forma-te no Gabinetes ERASMUS / Rela-ções Internacionais da instituição deacolhimento, sobre a língua em que serãoleccionadas as cadeiras que pretendes fazer.

Cursos de línguasAlgumas instituições de acolhimento oferecem aos alunosestrangeiros um curso de preparação linguística. Neste caso,as inscrições são feitas directamente nas instituições deacolhimento. Paralelamente, existem os Cursos Intensivos deLínguas ERASMUS – EILC. Os EILC são organizados apenasem países onde a língua em causa é uma das menosutilizadas ou ensinadas na União Europeia (exemplo:Finlândia, Hungria, Polónia, República Checa, Grécia, etc). OsEILC são gratuitos e as vagas são limitadas. As inscrições sãofeitas directamente nas entidades organizadoras. Podesconsultar a lista das instituições organizadoras e osrespectivos prazos de candidatura, nos sites das AgênciasNacionais para o Programa Aprendizagem ao Longo da Vidade cada País: http://ec.europa.eu/education/lifelong-learning-programme/ doc1208_en.htm

Cultura

A mudança para um país e uma cultura di-ferentes pode produzir efeitos inespera-dos. O choque cultural pode não serfacilmente ultrapassado e pode surgir umsentimento de rejeição. Procura descobriro que aquela cultura pode acrescentar à tua vida. Conhecer a Universidade, a ci-dade e o país de destino é essencial paraa tua integração. A falta de determinadoselementos de referência da cultura estran-geira pode originar frustração e corrompera tua experiência ERASMUS. Podes obterinformações sobre o teu país de destinonas embaixadas desses países em Portu-gal. Consulta os sites ou escreve um e-mail a pedir conselhos. Aqui ficam doislinks com muita informação sobre os paí-ses da União Europeia:http://ec.europa.eu/ploteushttp://europa.eu/eu-life/travel-tourism

Quem

Podem fazer ERASMUS os alunos matri-culados numa instituição de ensino supe-rior, em cursos de Licenciatura, Mestradoe Doutoramento. Para fazer a Mobilidadede Estudantes para Estudos (SMS), oaluno tem que estar matriculado pelomenos no segundo ano dos estudos su-periores. A Mobilidade de Estudante paraEstágio (SPM) pode ser feita a partir doprimeiro ano.

Como

As candidaturas são feitas no GabineteERASMUS / Relações Internacionais dainstituição em que o aluno estiver matricu-lado. Os prazos e as condições de candi-datura são estabelecidas por cada gabi-nete. Os alunos só podem candidatar-sea instituições estrangeiras com as quais asua instituição possui um acordo bilateral.Regra geral, candidatam-se a três institui-ções por ordem de preferência. Emborasó possam fazer ERASMUS para estudos(SMS) os alunos que estejam matriculadosno segundo ano, as candidaturas podemser feitas quando ainda estão a frequentaro primeiro ano. A aprovação da candida-tura fica, nesse caso, dependente da con-clusão do primeiro ano. Habitualmente, oscritérios de seleção são o aproveitamentoescolar (as notas) e o número de cadeirasem atraso.

Equivalência

O pleno reconhecimento académico éuma das condições do programa ERAS-MUS e pressupõe que o período de estu-dos no estrangeiro substitua um períodode estudos, comparável, na instituição deorigem. Após ser conhecida a instituiçãode acolhimento, o estudante deve prepa-rar, em conjunto com o coordenadorERASMUS, o seu plano de estudos. Paraisso, o estudante deve procurar, no site dainstituição de acolhimento, quais são asunidades curriculares disponíveis. Se a in-formação não estiver disponível no site,deve entrar em contacto com o GabineteERASMUS / Relações Internacionaisdessa instituição. As cadeiras que o estu-dante deverá fazer no exterior ficam defini-das no Contrato de Estudos. O Contratode Estudos é a garantia que o estudantetem do pleno reconhecimento académicodos créditos obtidos no estrangeiro. Aten-ção: quando chegares à instituição deacolhimento, deves verificar se de facto ascadeiras escolhidas serão as cadeiras afrequentar. Para além de poderem existiralterações das cadeiras, pode haver so-breposição de horários ou outros fatoresque levem a alterar o que estava definidono Contrato de Estudos. Se isso aconte-cer, tens até 30 dias após a chegada parafazeres as alterações.

Informações práticas sobre o ERASMUS

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INFORMAÇÃOPRÁTICA*

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patr

ocín

io

Para quem quer saber o essencial,desde o “quem” ao “como”,passando pelas viagens,seguros e equivaléncias.{

Viagem

Marca a viagem com antecedência paraaproveitar as tarifas mais económicas egarantir o teu lugar. Tem em atenção os se-guintes aspetos:› quantidade de bagagem que podes levar

e o limite de peso de cada bagagem.› se a tarifa permite alteração das datas de

viagem.› planeia chegar num dia de semana. Viajar

num fim-de-semana pode implicar quenão tenhas nenhum apoio, caso seja ne-cessário.

› faz uma lista do que transportas na tuabagagem, para o caso de extravio e deteres que fazer uma reclamação ou pediruma indemnização.

Se quiseres ir de carro, a carta de condu-ção e o certificado de matrícula do carroemitidos em Portugal, são válidos emtodos os países da União Europeia. Aten-ção! Se levares um carro que esteja regis-tado no nome de outra pessoa, deverás tercontigo uma declaração de cedência doveículo assinada pelo proprietário.

Verifica quais são os documentos neces-sários para a sua viagem. Se fores viajarpara países que fazem parte do EspaçoSchengen basta teres um bilhete de iden-tidade (ou cartão do cidadão) válido. Sefores para um país que não faça parte doEspaço Schengen, terás que ter um pas-saporte e um visto de estudos.

Países participantes do ProgramaERASMUS que não pertencem ao Es-paço Schengen:Bulgária, Chipre, Croácia, Irlanda, Romé-nia, Reino Unido, Turquia.

Saúde

Se fores para um país da União Europeia(UE), deves pedir um Cartão Europeu deSeguro de Doença – CESD. O CESD égratuito e deve ser pedido na SegurançaSocial pelo menos dois meses antes deviajar. Esse cartão dá-te o direito de ace-der, gratuitamente, aos serviços públicosde saúde nos Estados Membros. Se viaja-res para fora da UE, deves arranjar um se-guro de saúde privado. Nesse caso, é datua responsabilidade procurar, escolher ecustear esse seguro. Caso tenhas quelevar medicamentos sujeitos a receita mé-dica, deves levar uma declaração do mé-dico, preferencialmente em inglês, e cópiada receita.

Dinheiro

Se o país de acolhimento não estiver nazona euro, informa-te sobre a moeda oficiale o seu respectivo câmbio. Lembra-te queirás pagar taxas para levantares dinheirono exterior. Pede informações no teubanco sobre qual é a melhor maneira deefectuar transferências internacionais ouqual é o procedimento para abrires umaconta no estrangeiro.

Alojamento

O alojamento é da inteira responsabilidadedo estudante. Cabe-te procurar e decidironde vais ficar a morar durante o períodode mobilidade. Algumas instituições ofere-cem vagas para estudantes estrangeirosnas suas residências. Essas vagas sãomuito concorridas. Se quiseres uma,deves fazer a candidatura mal saibas qualserá a tua instituição de acolhimento. Asopiniões sobre alojamento divergem. Unsdefendem que é melhor ir já daqui comtudo acertado. Outros preferem ter umalojamento provisório para a primeira se-mana e deixar para escolher o alojamentodefinitivo quando chegar à cidade de des-tino. Assim podem ver pessoalmente olugar onde vão morar.

Aspetos que deves ter em atenção quandoprocurares alojamento:› Localização: onde ficar? Perto da faculdade ou do centro

da cidade? Que transportes há? › Casa / quartos: tem despesas incluídas? Tem acesso à

internet? Quantos quartos e quantas casas de banho há?› Residências: quais são as regras e as condições? O

quarto é individual? Tem cozinha, lavandaria e Internet?Que despesas estão incluídas na mensalidade? Quais sãoos transportes para a Universidade?

› Bairro: é calmo ou tem muito movimento? É perigoso paraandar fora de horas? Tem comércio (supermercado, cafés,serviços, etc)?

Onde podes procurar alojamento:› Site da Instituição de acolhimento. Se a informação não

estiver disponível no site, pergunte no Gabinete ERASMUS / Relações Internacionais dessa instituição, setem uma lista de alojamentos privados que recomendam.

› Site do Erasmus Estudant Network – ESN: http://esn.org. › Painéis de anúncio da tua instituição de acolhimento.› Sites de associações de estudantes. Alarga a busca às

associações de estudantes de todas as instituições deensino superior que existam na cidade.

› Sites de imobiliárias locais.

40a41 Informação prática_Layout 1 4/3/12 3:51 PM Page 41

Page 42: Guia Erasmus Web

*25ANOS

42 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Início do programa ERASMUS. 11 países participantes.3.244 estudantesem mobilidade

1987Incorporação no programa Sócrates

1995Início da Mobilidade de Pessoal (professores e pessoal não docente do ensino superior)

1997Início da atividade

Programas Intensivos - IP

Início da atividade Cursos Intensivos de Línguas ERASMUS - EILC

2000

7819

em mobilidade estudantes443.2

participantes.S. 11 países UMSRAE

Início do programa

ASRE estudantes

S. 11 países Início do programa

S UMS

9519

Sócratesno programa Incorporação

MS TI

no programa Incorporação

7919

do ensino superior)pessoal não docente (professores e

essoal de PInício da Mobilidade

NLIEM

2000

SRAEde Línguas Cursos Intensivos Início da atividade

PIntensivos - IProgramas

atividade Início da

EN

2000

CLIS - EUMSde Línguas Cursos Intensivos Início da atividade

2

25 anos do programa ERASMUS

Vinte e cinco anos a mudar vidas

O principal programa europeu de mobilidade de estudantes completa, em 2012, vinte e cinco anos.É um sucesso que já registou quase 3 milhões de histórias, encontros e descobertas.

A Comissão Europeia apoiou intercâmbiospiloto durante seis anos antes de lançar oprograma ERASMUS, em 1987. Nesseano, 3.244 estudantes beneficiaram da ex-periência de estudar num dos 11 paísesque inicialmente faziam parte do programa.Nos últimos 25 anos, o programa registouum aumento constante do número de es-tudantes e de atividades. Este ano, 250mil estudantes irão fazer a mobilidade numdos 33 países participantes. Os destinosmais populares atualmente são Espanha,França, Reino Unido, Alemanha e Itália.

Comemorações

Durante todo o ano irão ter lugar eventosde celebração dos 25 anos do programa.O slogan escolhido, “Vinte e cinco anos amudar vidas e a abrir o espírito”, repre-senta aquilo que o ERASMUS tem feito navida dos 3 milhões de participantes, desde1987. Uma equipa de 66 “EmbaixadoresERASMUS” irá representar o programadurante as celebrações. Os “embaixado-res” escolhidos para representar Portugalforam: Filipe Araújo, antigo estudanteERASMUS da Universidade Católica Por-tuguesa e José Marat-Mendes, professorda Universidade Nova de Lisboa.

«O programa ERASMUS teve um im-pacto enorme não apenas nos estudan-tes, mas em toda a economia europeia.Através do apoio a um ensino de ele-vada qualidade e à criação de um sis-tema moderno de ensino superior, comlaços mais estreitos entre o mundo aca-démico e os empregadores, este pro-grama tem ajudado a ajustar as com-petências ao mercado de trabalho. Temtambém dado confiança e capacidadeaos jovens para trabalharem noutrospaíses, onde podem existir empregosmais adequados, ajudando-os dessaforma a superar as barreiras geográfi-cas.»(Durão Barroso – Presidente daComissão Europeia. Bruxelas, 30 deJaneiro de 2012)

«O programa Erasmus é um dos gran-des êxitos da União Europeia: é o nossoprograma mais conhecido e mais po-pular. Os intercâmbios Erasmus permi-tem aos estudantes melhorar os seusconhecimentos de línguas estrangeirase desenvolver determinadas competên-cias, como a capacidade de adaptação,que melhoram as suas perspetivas decarreira. Constitui igualmente uma opor-tunidade para os professores e outropessoal educativo, verem de que formafunciona o ensino superior noutros paí-ses e trazerem para casa as melhoresideias. Em muitos países, a procura ex-cede largamente os recursos disponí-veis, razão pela qual tencionamos alar-gar as oportunidades de estudo e deformação no estrangeiro no quadro donovo programa para a educação, a for-mação e a juventude “Erasmus para To-dos”.»(Androulla Vassiliou – Comissáriada Educação, Cultura,Multilinguismo e Juventude.Bruxelas, 30 de Janeiro de 2012)

e a abrir o espírito

42a43 Erasmus 25 anos_Layout 1 4/2/12 10:49 AM Page 42

Page 43: Guia Erasmus Web

25ANOS*

GUIAdaGERAÇÃOERASMUS* 43

patr

ocín

io

GUIAdaGERAÇÃOERASMUS* 43

Incorporação previstano programa “Erasmus para Todos”

2014Incorporação no programa Sócrates II

2000Celebração dos 25 anos do programa.33 países participantes, cerca de 215 mil estudantes em mobilidade

2012Início da Mobilidade de Estudantes para Estágios

Incorporação no programa

Aprendizagem ao longo da vida

2007

EE

2000

Sócrates Ino programa Incorporação

MASRE

2000

ISócrates Ino programa Incorporação

ao longo da vidaprendizagem A

no programa Incorporação

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7200

ao longo da vidaprendizagem

no programa Incorporação

EstágiosEstudantes para Mobilidade de Início da

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1220

em mobilidadecerca de 215 mil estudantes 33 países participantes,

.25 anos do programaCelebração dos

ENLIE

1420

odos”para T Todos”“Erasmus no programa

aIncorporação previst

cerca de 215 mil estudantes

E

“Erasmus

PORTUGAL EM NÚMEROS*80 INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR 29 CURSOS CURSOS INTENSIVOS DE LÍNGUAS ERASMUS – EILC15 PROGRAMAS INTENSIVOS - IP5.390 ESTUDANTES EM MOBILIDADE 923 DOCENTES E NÃO DOCENTES EM MOBILIDADE

EM PORTUGALPortugal participa no programa ERASMUS desde a sua implementação. No primeiro ano, 25 estudantes participaram no programa. No anoletivo de 2010/2011, 5.966 estudantes puderam realizar um período de mobilidade no estrangeiro.

*Ano académico 2009/2010

42a43 Erasmus 25 anos_Layout 1 4/2/12 10:49 AM Page 43

Page 44: Guia Erasmus Web

*DIRETÓRIODECONTACTOS

44 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Instituição de Ensino Superior

Cooperativa de Ensino Superior Egas MonizCooperativa de Ensino Superior de Serviço SocialCooperativa de Ensino Superior Politécnico e UniversitárioEscola Superior Agrária de CoimbraEscola Superior de Artes Decorativas Fundação Ricardo Espírito Santo da SilvaEscola Superior de Arte e DesignEscola Superior Artística do PortoEscola Superior de Educação Almeida GarrettEscola Superior de Educação de CoimbraEscola Superior de Educação de Paula FrassinettiEscola Superior de Educação de Santa MariaEscola Superior de Educadores de Infância Maria UlrichEscola Superior de Enfermagem de CoimbraEscola Superior de Enfermagem de LisboaEscola Superior de Enfermagem do PortoEscola Superior de Enfermagem S. Francisco das MisericórdiasEscola Superior GallaeciaEscola Superior de Hotelaria e Turismo do EstorilEscola Superior de Saúde da Cruz Vermelha PortuguesaEscola Superior de Saúde do AlcoitãoEscola Superior de Saúde Ribeiro SanchesEscola Superior de Tecnologia da Saúde de CoimbraEscola Universitária das Artes de CoimbraEscola Universitária Vasco Da GamaInstituto de Artes Visuais, Design e MarketingInstituto de Estudos Superiores de FafeInstituto PiagetInstituto Politécnico de BejaInstituto Politécnico de BragançaInstituto Politécnico de Castelo BrancoInstituto Politécnico do Cávado e do Ave Instituto Politécnico de CoimbraInstituto Politécnico da GuardaInstituto Politécnico de LeiriaInstituto Politécnico de LisboaInstituto Politécnico de PortalegreInstituto Politécnico do PortoInstituto Politécnico de SantarémInstituto Politécnico de SetúbalInstituto Politécnico de TomarInstituto Politécnico de Viana do CasteloInstituto Superior Autónomo de Estudos PolitécnicosInstituto Superior Bissaya - BarretoInstituto Superior de Ciências da AdministraçãoInstituto Superior de Ciências EducativasInstituto Superior de Ciencias Empresariais e do TurismoInstituto Superior de Ciências do Trabalho e da EmpresaInstituto Superior de Contabilidade e Administração de CoimbraInstituto Superior de Comunicação EmpresarialInstituto Superior de Engenharia de CoimbraInstituto Superior de Entre Douro e VougaInstituto Superior de EspinhoInstituto Superior de GestãoInstituto Superior de Línguas e Administração de LisboaInstituto Superior de Línguas e Administração de Vila Nova de Gaia Instituto Superior da Maia

Telefone

212946713229577210224157200239802940218814696229578750223392130218862042239793160225573423223745730213929560239487200218912200226073500217120913251794054210040731256661430214607450218621060239802430239497400239444444213939600253509000218316500284314400273330690272339600253802260239791250271220140244830010217101217245339400225571000243309520265790000249346363258809610218610360239800494213261440219347135222053685217903209239802000213474283239790205256377550227322624217513700808203544223772980229866022

e-mail

[email protected]@[email protected]

[email protected]@[email protected]@esap.pt

[email protected]@esec.pt

secretaria(@)[email protected]

[email protected]@esenfc.pt

[email protected]@esenf.pt

[email protected]@esg.pt

[email protected] [email protected]

[email protected]@[email protected]

[email protected][email protected]

[email protected]@[email protected]

[email protected]@[email protected]@[email protected]@ipg.pt

[email protected]@sc.ipl.pt

[email protected]@ipp.pt

[email protected]@cimob.ips.pt

[email protected]@[email protected]

[email protected]@iscad.pt

[email protected]@[email protected]@iscac.pt

[email protected]@isec.pt

[email protected]@isesp.pt

[email protected]@lx.isla.pt

[email protected]@ismai.pt

web

http://erasmus.egasmoniz.edu.pt

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www.esad.pt/pt/internacional

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www.esepf.pt/a_en_es/en_es.html

http://erasmus.ispgaya.pt/escola-superior-de-educacao-de-santa-maria-esesm

www.eseimu.pt/page.php?goTo=descricaoParticipacaoProjectos

www.esenfc.pt/esenfc/site/index.php?target=showContent&id=275&menu=145

www.esel.pt/ESEL/PT/ESEL/Intercambio/GRI/Apresentacao/apresentacao.htm

http://portal.esenf.pt/www/pk_menus.v_menu?sessionid=&cmenu=16946

http://enfermagem.edu.pt

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www.eshte.pt

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www.essa.pt

www.erisa.pt

www.estescoimbra.pt/menus/subsubmenu/id/5/idioma/PT

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www.ipcb.pt

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www.gri.ipt.pt

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www.ipa.univ.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=11&Itemid=41&lang=pt

www.isbb.pt/gri

www.iscad.pt

http://isce.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=71&Itemid=29

www.iscet.pt/pages/informações

www.iscte.pt

www.iscac.pt/index.php?m=12_63&lang=PT

https://www.iscem.pt

www.isec.pt/servicos/ri

www.isvouga.pt/?pg=59

www.isesp.pt

www.isg.pt

www.isla.pt

www.gaia.unisla.pt

www.ismai.pt/NR/exeres/A179305E-EAC5-4144-8077-9C6A474A1B25,frameless.htm

Gabinetes de ErasmusAqui podes encontrar o contacto dos Gabinetes de Erasmus de todas as instituições,

o caminho mais rápido para ires estudar para o estrangeiro.

44a45 Contactos_Layout 1 3/30/12 7:28 PM Page 44

Page 45: Guia Erasmus Web

DIRETÓRIODECONTACTOS*

GUIAdaGERAÇÃOERASMUS* 45

patr

ocín

io

Instituição de Ensino Superior

Instituto Superior Manuel Teixeira GomesInstituto Superior Miguel TorgaInstituto Superior das Novas ProfisõesInstituto Superior de Psicologia AplicadaInstituto Superior Politécnico de GaiaInstituto Superior Politécnico do OesteInstituto Superior Politécnico de ViseuInstituto Superior de Saúde do Alto AveInstituto Universitário Dom Afonso IIIUniversidade AbertaUniversidade dos AçoresUniversidade do AlgarveUniversidade AtlânticaUniversidade Autónoma de LisboaUniversidade de AveiroUniversidade da Beira InteriorUniversidade Católica PortuguesaUniversidade Católica Portuguesa - PortoUniversidade de CoimbraUniversidade de ÉvoraUniversidade Fernando PessoaUniversidade de Lisboa

Faculdade de Ciências, ULFaculdade de Belas Artes, ULFaculdade de Direito, ULFaculdade de Farmácia, ULFaculdade de Letras, ULFaculdade de Medicina Dentária, ULFaculdade de Psicologia, ULFaculdade de Medicina, ULInstituto de Educação, ULInstituto de Geografia e Ordenamento do Território, UL

Universidade Nova de LisboaFaculdade de Ciências Sociais e Humanas, UNLInstituto Superior de Estatística e Gestão de Informação, UNLFaculdade de Ciências Médicas, UNLInstituto de Tecnologia, Química e Biologia, UNLFaculdade de Ciências e Tecnologia, UNLFaculdade de Direito, UNL

Universidade Técnica de LisboaFaculdade de Medicina Veterinária, UTLInstituto superior de Agronomia, UTLInstituto Superior de Economia e Gestão, UTLInstituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, UTLInstituto Superior Técnico, UTLFaculdade de Motricidade Humana, UTLFaculdade de Arquitectura, UTL

Universidade LusíadaUniversidade Lusófona de Humanidades e TecnologiaUniversidade Lusófona do PortoUniversidade da MadeiraUniversidade do MinhoUniversidade do PortoUniversidade Portucalense Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Telefone

282450430239488037217515500218811700223745730261316104232480738253639800289420480300007259296650800289800003214398200213177632234370064275242056217214000226196286239857003266740800225071349210113460217500000213252116217984600217946400217920061217922626217943655217985111217943600210443000213715621217908332213828610218803067214469316212947820213847400218811900213652823213653401213922737213600497218417362214149270213615080213611624217515500222073230291209471253604505220408161225572000259350000

e-mail

[email protected]@ismt.pt

[email protected]@ispa.pt

[email protected]@[email protected]@isave.pt

[email protected]@[email protected]

[email protected] [email protected]

[email protected]@[email protected]

[email protected]@porto.ucp.pt

[email protected]@[email protected]@reitoria.ul.pt

[email protected]@[email protected]@[email protected]

[email protected]@fp.ul.pt

[email protected] [email protected]@[email protected]

[email protected]@[email protected]

[email protected] [email protected]

[email protected]@[email protected]

[email protected]@[email protected]

[email protected]@fmh.utl.pt

[email protected]@[email protected]

[email protected]@uma.pt

[email protected]@[email protected]

[email protected]

web

www.ismat.pt

http://docentes.ismt.pt/~griweb/contactos.html

www.inp.pt

www.ispa.pt/ISPA/vPT/Publico/Gabinete+de+Mobilidade+Académica

http://erasmus.ispgaya.pt

www.ispo.pt

www.ipv.pt/ri

www.isave.pt/index.php?op=10&id=16

www.inuaf-studia.pt

www.uab.pt/web/guest/organizacao/servicos/gderi/internacional/mobilidade-erasmus

www.gri.uac.pt

www.ualg.pt

www.uatlantica.pt

www.universidade-autonoma.pt/Erasmus-p167.html

www.ua.pt/erasmus

https://www.ubi.pt/Entidade.aspx?id=Erasmus

www.ucp.pt/site/custom/template/ucptplportalpag.asp?SSPAGEID=3492&lang=1&artigo=3701&artigoID=3730

www.porto.ucp.pt

www.uc.pt/driic/mobilidade

www.uevora.pt/estudar/mobilidade_e_relacoes_internacionais/alunos/proalv_programa_sectorial_erasmus

http://outgoing.ufp.edu.pt/

www.internacional.ul.pt

http://cooperacao.fc.ul.pt/?page=geri

www.fba.ul.pt/portal/page?_pageid=401,831773&_dad=portal&_schema=PORTAL

www.fd.ul.pt/Erasmus.aspx

www.ff.ul.pt/ensino/mobilidade/programa-erasmus

www.fl.ul.pt/ure-proginter-erasmus/apresentacaoprograma-erasmus

www.fmd.ul.pt/portal/page?_pageid=408,1372002&_dad=portal&_schema=PORTAL

www2.fp.ul.pt/programas-de-mobilidade-mobility-programmes

www.fm.ul.pt/index.html#3937%C2%A0

www.ie.ul.pt/portal/page?_pageid=406,1032313&_dad=portal&_schema=PORTAL

www.igot.ul.pt

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www.fcsh.unl.pt/aluno-internacional/erasmus-student

www.isegi.unl.pt/Estudantes/erasmus.asp

www.fcm.unl.pt/main/index.php?option=com_content&task=view&id=163&Itemid=282

www.itqb.unl.pt/education/academic-services

www.fct.unl.pt/estudante/acolhimento-e-mobilidade

www.fd.unl.pt

www.utl.pt/pagina.php?area=677

www.fmv.utl.pt

www.isa.utl.pt

www.iseg.utl.pt

www.iscsp.utl.pt

www.ist.utl.pt

www.fmh.utl.pt

www.fa.utl.pt

www.lis.ulusiada.pt/old/apoio/socrateserasmus/default.htm

www.ulusofona.pt

www.ulp.pt/index.php/servicos/relacoes-internacionais/erasmus-o-que-e.html

http://gpc.uma.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=181&Itemid=113&lang=pt

www.uminho.pt

http://sigarra.up.pt/up/web_base.gera_pagina?p_pagina=1001845

www.uportu.pt/site-scripts/pagina.asp?p=28&lang=

www.utad.pt/pt/eventos/erasmus/index.html

44a45 Contactos_Layout 1 3/30/12 7:28 PM Page 45

Page 46: Guia Erasmus Web

*CHECKLIST

46 *GUIAdaGERAÇÃOERASMUS

Check List Vital!

Documentos

B.I. (cartão de cidadão) para países do Espaço Schengen. Passaporte com visto de estudo para países fora do Espaço Schengen.Cartão Europeu de Seguro de Doença para os países da União Europeia (solicitado na Segurança Social pelo menos dois meses antes de viajar). Seguro de saúde privado parapaíses fora da UE (opcional mas recomendado).Carta de Aceitação da instituição de acolhimento.Morada e contatos do gabinete Erasmus na instituição de acolhimento.Declaração da instituição de origem a certificar que o aluno é um estudante ERASMUS (este documento não é obrigatório para todas as Universidades).Learning Agreement (Contrato de Estudos). O learning agreement é um contrato que tem que ser acordado e assinado por três partes: o estudante, a instituição de origem e ainstituição de acolhimento.Duas ou três fotos tipo-passe.Curriculum Vitae (modelo Europass em inglês) – caso não o tenha enviado quando fez a candidatura.Certificate of Arrival Carta de Estudante ERASMUS (um folheto que contém os teus direitos e obrigações enquanto estudante ERASMUS).Relação das disciplinas já frequentadas (histórico escolar) – caso não o tenha enviado quando fez a candidatura. Bilhete de avião.Morada do alojamento

Preparativos:

Reunir informações sobre o país e a cidade de acolhimento (clima, moeda e aspetos culturais).Procurar alojamento (responsabilidade do aluno).Tratar da viagem (ter atenção ao limite de peso de bagagem e se a tarifa permite alterações de datas).Preparar uma lista com os nomes, endereços e telefones dos teus contactos no país de acolhimento (em papel, no telemóvel e no e-mail). Levar contigo as indicações para chegar ao destino. Ter uma declaração do médico (de preferência, em inglês) e cópia da receita, caso tenhas que levar algum medicamento. Levar informações sobre alergias.Levar um montante em dinheiro para as primeiras despesas.Fazer uma agenda. Utiliza o calendário do teu e-mail para tomares nota de todos os prazos que tens que cumprir nas instituições de origem e de acolhimento. Deixar na tua instituição de origem uma procuração para que possas estar legalmente representado durante o período em que estiveres fora.

Documentos

Cópia da inscrição na instituição de acolhimento.Certificate of Arrival – enviar à instituição de origem, assinado e carimbado pelo gabinete ERASMUS da instituição de acolhimento.Registo nos Serviços de Estrangeiros ou na Polícia (informa-te sobre o procedimento na instituição de acolhimento)Plano de Estudos. Tens até 30 dias, após a chegada na instituição de acolhimento, para confirmares ou alterares o teu Learning Agreement. Não esquecer que o learning agreementé um contrato que tem que ser acordado e assinado por três partes: O estudante, a instituição de origem e a instituição de acolhimento! Pedido de prolongamento. O prazo para a solicitação do prolongamento varia de universidade para universidade. Anotar na tua agenda, todos os prazos para a solicitação ouapresentação de documentos da tua instituição.

ANTES DE IR

DURANTE A MOBILIDADE ERASMUS

Documentos

Entrega, no gabinete ERASMUS da tua instituição de origem, do Certificate of Attendance. Este documento deve estar assinado e carimbado pela instituição de acolhimento.Relatório Final. Irás receber no teu e-mail um login e uma password para preencheres o teu relatório final de mobilidade. Tens até 15 dias para preencheres esse relatório. Apóseste prazo, a password expira. Inquérito de Avaliação.

→ Atenção! Se não entregares estes documentos, podes ficar sem receber a última parcela da bolsa ou mesmo seres obrigado a devolver a totalidade da subvenção.

NO REGRESSO

Prepara com cautela o teu Erasmus. Aqui fica a lista que tensde verificar para não teres problemas antes, durante e no re-gresso da tua aventura.

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