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1 Guia do fellow sgb Programa Agente Social Good Brasil apresenta:

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Leadership & Management


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Page 1: Guia do Fellow SGB

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Guia dofellow sgbPrograma Agente Social Good Brasil

apresenta:

Page 2: Guia do Fellow SGB
Page 3: Guia do Fellow SGB

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ÍndiceAGRADECIMENTO

O QUE VOCÊS VÃO ENCONTRAR POR AQUI

SOBRE O SGB

CAPÍTULO 1 - O AGENTE SOCIAL GOOD BRASIL O QUE É O AGENTE SGB? OBJETIVO O QUE NOS MOTIVOU A CRIAR ESSE PROGRAMA?DIFERENCIALFORMATOPILARESFORMAÇÃO: ONLINE / PRESENCIALPARA QUEM O QUE É SUCESSO PARA O AGENTE SGB? A EDIÇÃO DO AGENTE SOCIAL GOOD EM 2017CALENDÁRIO: 1A EDIÇÃO / 2A EDIÇÃO

CAPÍTULO 2 - FELLOWS SGBO QUE É O PROGRAMA DE FELLOWSHIP SGB?PAPEL DOS FELLOWS SGBPROPOSTA DE VALOR PARA OS FELLOWS SGBCOMO ME PREPARAR? COMO ENGAJAR OS AGENTES SGB?COMO ORGANIZAR OS EVENTOS DE ABERTURA E ENCERRAMENTO DAS EDIÇÕES DO AGENTE SGB?COMO REALIZAR O ACOMPANHAMENTO DO GRUPO DE AGENTES EM SUAS AÇÕES DE MÃO NA MASSA?

CAPÍTULO 3 - ENGAJAMENTO, FACILITAÇÃO E LIDERANÇAENGAJAMENTOFACILITAÇÃO

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AGRADECIMENTO

Parcerias - é isso que buscamos fazer no dia-dia de trabalho e nos projetos do SGB. Buscamos sempre parceiros que possam somar suas expertises e transformar em algo novo, único e muito mais poderoso do que somente a soma das partes.

Agradecemos de coração a todos os Fellows SGB, que embarcaram neste sonho conosco e não mediram esforços para fazer parte da rede SGB como o 1o time no Programa de Fellowship. “Vocês são inspiradores e nos fazem acreditar no poder do protagonismo e inovação social para enfrentar os desafios sociais e ambientais que vivemos hoje em dia.

Fica aqui também um agradecimento especial ao casal Henrique e Florentine Vedana, fundadores da Manifesto 55 (conheça mais em www.manifesto55.com) que colaboraram conosco com inspirações sobre engajamento, facilitação e liderança para construir esse capítulo no guia <3

FLORENTINE VERSTEEG-VEDANA é facilitadora e empreendedora social. Nasceu na Holanda, mas vive no Brasil desde 2009. Co-fundou a Hub Escola enquanto esteve liderando projetos no Impact Hub São Paulo. Atua há mais de 10 anos no CISV, onde passou os últimos três anos no Time de Gestão Global da ONG. Co-fundadora do Manifesto 55.

HENRIQUE VERSTEEG-VEDANA é facilitador de processos de aprendizagem. Foi presidente nacional da ONG internacional AIESEC no Brasil. Depois de 3 anos de formação na Kaospilot, na Dinamarca, voltou ao Brasil e hoje atua em processos de cocriação, inovação organizacional e aprendizagem coletiva por todo o país. É co-fundador da Manifesto 55.

Page 5: Guia do Fellow SGB

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Neste Guia do Fellow SGB vocês vão encontrar um panorama geral do Programa Agente Social Good Brasil, nossa aceleradora de protagonismo social e um guia prático para que possam conduzir as ações dentro do Programa.

Como se preparar, engajar os agentes, organizar os eventos de abertura e encerramento das edições do agente SGB, realizar o acompanhamento do grupo de agentes em suas ações de mão na massa, como avaliar o que foi feito e analisar o impacto gerado, são alguns dos temas descritos neste material. Ainda exploramos aqui o universo da facilitação de grupos e a reflexão sobre a nova liderança que emerge nos dias atuais.

#partiu

O QUE VOCÊS VÃO ENCONTRAR POR AQUI:

Page 6: Guia do Fellow SGB

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SGB =TECNOLOGIA +

INOVAÇÃO

SOLUÇÕES P/PROBLEMAS

SOCIAIS

AUTO-REFLEXÃOE NOVOS MODELOS

MENTAIS

FOCO

NO

USU

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IO

E E

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TECNOLOGIACOMO FERRAMENTA

DE MUDANÇA

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EMPREENDEDORISMO DE IMPACTO(SGB LAB+BOOSTCAMP)

PLA

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INSP

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DO

RES

AGENTE SGB

SERVIÇOS

INSPIRAR

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CON

ECTA

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CRIA

R

COMPARTILHAR

COLA

BORA

R

DIVERSIDADECONECTADO

À R

EALIDADE

SOBRE O SGB

Nós do Social Good Brasil queremos fazer a diferença de forma diferente. E para isso criamos projetos que estimulam o comportamento inovador e o uso das tecnologias para contribuir com a solução de problemas da sociedade.

Page 7: Guia do Fellow SGB

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“O que somos juntos será sempre diferente e mais do que o que somos sozinhos.”Margaret Wheatley

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O agente socialgood brasil

Capítulo 1

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O Social Good Brasil adquiriu durante sua trajetória uma grande expertise em transformar ideias em projetos de sucesso. O Agente Social Good Brasil é mais uma dessas apostas.

Esse novo projeto estimula ambientes de inovação e de uso de tecnologia para impacto social, que o SGB opera há 4 anos nos seus projetos atuais, com foco nas pessoas como protagonistas e em todo o seu potencial humano e criativo.

Veja as principais informações sobre esse novo programa \0/

// O QUE É O AGENTE SGB?

É uma Aceleradora de Protagonismo Social, inspirada em aceleradoras de negócios e modelos de inovação, mas com foco nas pessoas como protagonistas para o compartilhamento, colaboração e criação de iniciativas sociais por todo o Brasil.

// OBJETIVO:

Sensibilizar e aumentar o engajamento dessa nova geração na transformação social para contribuir com os objetivos globais (www.globalgoals.org/pt/) de erradicação da pobreza, de combate a desigualdade, injustiça e de contenção das mudanças climáticas.

>> O QUE NOS MOTIVOU A CRIAR ESSE PROGRAMA?

Ainda segundo a pesquisa relacionada a política (http://sonhobrasileirodapolitica.com.br/o-projeto/) , apenas 16% desses jovens já estão engajados e criando novas formas de atuar para além do voto. Ao total, encontramos ainda 84% de jovens dizendo se sentir à parte ou à deriva da participação nas mudanças da sociedade, sem saber por onde começar ou sem ter ações concretas, mas que estão abertos para agir indo em busca de experiências realmente engajadoras e que promovam a colaboração.

“O Social Good Brasil está atento ao pedido dos mais de 26 mi-lhões de jovens brasileiros* que buscam fazer algo pelo coletivo no dia-dia que esteja alinhado a um propósito maior e impacto social. Os jovens querem fazer alguma coisa mas existe falta de conhecimento e oportunidades sobre como contribuir de forma mais ativa. Esses mesmos jovens são fluentes em mídias sociais e sabem aproveitar essas ferramentas para organizar, mobilizar, levantar recursos financeiros e se engajar com outros jovens.” *Dados: Box 1824 O Sonho Brasileiro e O Sonho Brasileiro na Política.

80% dos jovens sentem-se chamados a fazer algo pela

mudança mas para isso precisavam vencer 3 barreiras.

Não me sinto agente de

transformação (poder)

Dificuldade em identificar a causa

(propósito)

Difícil ver o resultado (futuro)

Capítulo 1 \ O Agente social good Brasil

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Queremos portanto acelerar um comportamento protagonista e de agentes livres de mudança nos jovens, mostrar (e experienciar) caminhos para ações de impacto social e diversas formas de atuação que estão mais alinhadas com os propósitos e valores das novas gerações.

Percebemos que esse público, 100% nativos digitais e novas mídias, buscam novas formas de ação para a transformação social, voltada a agentes livres, ativistas, líderes e mobilizadores. O comportamento desse público foi mudando e hoje querem assumir um protagonismo e uma co-responsabilidade por serem agentes da mudança que querem para o mundo.

// DIFERENCIAL:

Será pioneiro no Brasil ao usar o conceito dos Agentes Livres cunhado por Beth Kanter (www.bethkanter.org) ressignificando o conceito de voluntariado no mundo das novas tecnologias, da colaboração e da exponencialidade.

// FORMATO:

O Programa ASGB será realizado uma parte online e outra presencial, terá duas edições por ano, com duração de 8 semanas cada, incluindo conteúdos sobre as principais tendências de inovação social existentes e experiências práticas de mão na massa em causas sociais que vão inspirar e transferir de forma original e disruptiva algumas das tendências que estão mudando a forma de criar impacto social no mundo.

Serão realizados 2 encontros presenciais (no início e no fim do programa) organizados pelos Fellows SGB em suas cidades, onde cada núcleo poderá receber em média 20 Agentes SGB.

// PILARES:

Oferecemos uma formação prática presencial e online que abordará os quatro pilares:

* Todas as iniciativas apoiadas ou criadas serão categorizadas entre os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS), permitindo ser visível a contribuição dos agentes para tais objetivos globais.

autoconhecimento conexão entre pares conhecimento sobre inovação social

experiência mão na massa

Capítulo 1 \ O Agente social good Brasil

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// FORMAÇÃO:

O Agente Social Good Brasil trará uma soma das duas possibilidades de relacionamento com o público:

ONLINEO canal online permitirá o acesso, democratização, criação, escala e ampliação das diferentes vozes criando um ambiente (Plataforma EAD) para a troca de conhecimento sobre o campo social, as tecnologias e as diferentes possibilidades de atuação nesse campo. Como? com curadoria de conteúdos em diferentes formatos, espaço para interação e troca, bate papo com referências na área sobre os principais temas de negócios sociais, nova economia, liderança inovadora e formas de engajamento com o propósito de proporcionar mais clareza, skills, ferramentas e conhecimento sobre inovação social.

PRESENCIALOs encontros presenciais de abertura e encerramento do programa promovem uma conexão mais profunda entre as pessoas, fortalecendo os relacionamentos, a troca e o sentimento de pertencimento e de grupo, possibilitando os participantes criarem uma rede de apoio mútuo, colaboração e cocriação e aumentando a proposta de valor do projeto como um todo.

Já a experiência prática de mão na massa será focada em formas inovadoras e de alto impacto de atuação social, oportunizando criar ou apoiar iniciativas de impacto social, como por exemplo, criar microrrevoluções na sua cidade ou intervenções urbanas por meio de mutirões ou flashmobs, ser voluntário ou mentor de iniciativas sociais existentes, como ONGs, movimentos ou coletivos. A atuação é feita em equipes, os resultados são compartilhados e o feedback entre os participantes faz parte da metodologia.

// PARA QUEM:

O programa foi desenhado para pessoas que:

• querem ter acesso a conhecimento / conteúdo relevantes e atualizados sobre o campo social e suas possibilidades de atuação;• querem fazer a diferença no mundo através de um trabalho alinhado ao seu propósito no mundo e para isso precisam de • espaço e ferramenta de autoconhecimento e auto-realização;• querem ter conexões / relacionamento com outras pessoas protagonistas (expansão da rede de contatos);• querem ter oportunidade de fazer algo NA PRÁTICA impulsionando o mundo a ser um lugar melhor, podendo usar seus talentos e know-how para criar e/ou apoiar iniciativas sociais.

A inovação principal do projeto é instigar a todo o momento o comportamento inovador como ferramenta de mudança, a partir do despertar da confiança criativa e da empatia dos participantes, onde poderão ousar, cocriar e praticar tentativa e erro para propor novas soluções para aquilo que desejam transformar, com o objetivo de diminuir a distância entre as ideias e sua concretização no mundo real e a consequente geração de impacto social.

Capítulo 1 \ O Agente social good Brasil

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// O QUE É SUCESSO PARA O AGENTE SGB?

• Número de pessoas protagonistas em ações de transformação social• Número de pessoas atuando na área social (que não atuavam antes)• Número de iniciativas/projetos apoiados e criados• Se tornar uma referência de pessoas talentosas para organizações no campo social em busca de colaboradores/voluntários

// A EDIÇÃO DO AGENTE SOCIAL GOOD EM 2017 \0/

Em 2017 lançaremos oficialmente o programa em duas edições ao ano, uma no 1o e outra no 2o semestre com a duração de 8 semanas cada.

// CALENDÁRIO AGENTE SGB 2017

“Se você se vê parte da mudança,Quer criar ou apoiar um movimento, uma ONG, um coletivoAcredita que seu trabalho pode gerar impacto positivo no mundoE não tem medo de se desafiar …Vem viver e causar transformação \0/Vem ser um agente SGB.”

1ª EDIÇÃO

2ª EDIÇÃO

Inscrição na 1ª turma do ASGB 1ª turma do ASGB

1/02 a 31/03/2017 8/04 a 03/06/2017

08 ABR/17 03 JUN/17

Abertura Encerramento

Encontros Presenciais ASGB 2017 - 1ª turma:

Inscrição na 2ª turma do ASGB 2ª turma do ASGB

12/06 a 06/08/2017 19/08 a 14/10/2017

16 SET/17 11 NOV/17

Abertura Encerramento

Encontros Presenciais ASGB 2017 - 2ª turma:

* As datas das edições de 2017 poderão sofrer alterações e os Fellows serão informados com antecedência.

Capítulo 1 \ O Agente social good Brasil

Page 13: Guia do Fellow SGB

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“Não compare seu começo com o meio de ninguém. Mas comece, o mundo precisa e agradece.” Fernanda Cabral | Imagina.vc

Page 14: Guia do Fellow SGB

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Fellows sgb Capítulo 2

Page 15: Guia do Fellow SGB

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Capítulo 2 \ Fellows sgb

Para que essa formação se multiplique por todo o país a partir do próximo ano, criamos em 2016 o Programa de Fellowship do Social Good Brasil, selecionando um time composto por 15 lideranças brasileiras que participarão de um treinamento inspirador para se tornarem nossos representantes pelo Brasil afora \0/

Os Fellows SGB vão atuar no Programa Agente SGB e acompanhar o grupo de agentes na sua cidade, facilitando atividades práticas e inspiradoras e contribuindo na engajamento, interação, mobilização e acompanhamento do grupo em cada núcleo.

O Programa de Fellowship foi criado para pessoas que:

“Os Fellows SGB serão os nossos Guardiãos do propósito do Agente SGB.”

// O QUE É O PROGRAMA DE FELLOWSHIP SGB?

Um programa de desenvolvimento de liderança, protagonismo e impacto social para mobilização e transformação social, desenvolvido para aquelas pessoas que não operam mais no piloto automático. São transformadoras, inquietas, engajadas, com propósito, inspiradoras e idealistas <3

// OBJETIVO:

Identificar, capacitar e conectar pessoas de todo o Brasil para representar o SGB e engajar outras pessoas a serem protagonistas de novas maneiras de pensar e fazer a transformação social e ambiental na prática.

// PAPEL DOS FELLOWS SGB:

Envolvimento com o Social Good Brasil de novembro de 2016 à novembro de 2017.

• Os Fellows SGB 2016 comprometem-se durante o períodos de formação dos agentes SGB nas duas edições anuais:• Identificar e atrair agentes para o Programa Agente em 2017• Ser referência para os agentes como uma pessoa de apoio• Organizar a logística dos dois encontros presenciais por edição e facilitá-los• Dar feedback contínuo para a SGB sobre o Programa Agente SGB• Publicar regularmente posts na plataforma sobre o andamento do programa na sua região / comunidade (relatório / status report)

Queiram conhecer ou praticar processos de mudanças sistêmicas

Com interesse em desenvolver liderança

participativa

Queiram ser guiadas por propósitos individuais em harmonia com

propósitos coletivos

Querem ser parte da própria solução

Page 16: Guia do Fellow SGB

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• Realizar o monitoramento e controle dos projetos desenvolvidos pelos Agentes (gerenciamento dos grupos e dos projeto)• Realizar a avaliação dos agentes da sua região / comunidade• Responder os questionários de avaliação referentes ao desenvolvimento e impacto das iniciativas criadas e/ou apoiadas pelo grupo de agentes de seu núcleo.

* É importante destacar que o Social Good Brasil vai atuar fortemente no processo de comunicação e engajamento do público para participarem das duas edições no próximo ano, definindo os canais, desenvolvendo a campanha e estratégia de comunicação com foco no público-alvo e na proposta de valor, colocando a campanha na rua e fechando uma estratégia de mobilização da rede SGB para ajudar na divulgação da campanha em suas redes e ao final realizar processos de avaliação dos resultados (conversões). Contaremos, no entanto, com o apoio massivo dos Fellows SGB para colaborarem na comunicação e engajamento de suas redes locais para que possamos dar mais voz e acesso a todo o público brasileiro no programa Agente SGB.

// O QUE EU GANHO EM SER UM FELLOW SGB?

Além de atuar diretamente no programa Agente Social Good Brasil, para que sejam nossos representantes pelas cidades e comunidades em diferentes partes do Brasil, possibilitando que milhares de pessoas façam parte dessa aceleradora de protagonismo social, o que os Fellows ganham?

// COMO ME PREPARAR?

Para que os Fellows adquiram autonomia para representar o Agente SGB em suas cidades, desenhamos um treinamento exclusivo online e presencial (esse será junto ao Festival SGB) em liderança e inovação social, para fomentar o autodesenvolvimento, protagonismo e mobilização para transformação social. Será uma experiência incrível, de muitas trocas, reflexões e construção coletiva.

Fazer parte da rede SGB Ser referência / inspirarV isibilidade através da plataforma SGB

Receber um treinamento exclusivo sobre Liderança e

Impacto Social

Desenvolvimento de habilidades de liderança

Relacionar-se com coisas que realmente tenham

impacto positivo

Conectar-se com outras pessoas com as mesmas

causas

Ampliação da rede de contatos

Acessar conteúdos de ponta sobre inovação social, novos modelos mentais e comportamento inovador o

que os apoiará para suas escolhas futuras independente da carreira

Participar de todo o Festival SGB (palestras, workshops, momentos networking, acesso a painelistas e parceiros do SGB e bastidores)

Capítulo 2 \ Fellows sgb

Page 17: Guia do Fellow SGB

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O estímulo a atuação em rede também contribui para que os Fellows se apoiem mutuamente e compartilhem suas experiências e pedidos de ajuda.

// COMO ENGAJAR OS AGENTES SGB?

Será muito importante para o sucesso do Agente SGB ter o engajamento dos Fellows:• na pesquisa de interesse e engajamento das suas redes de contato para participarem do programa;• no apoio na divulgação, especialmente a nível local;• na mobilização de parcerias, para que possamos juntos construir o sonho desta aceleradora de protagonismo social em realidade.

Para engajar os agentes destacamos algumas sugestões:

8 semanas de conteúdos na

plataforma online

3 dias de treinamento + palestras + workshops + participação ativa no Festival SGB

“Ninguém empodera ninguém. O empoderamento vem de dentro, não de fora.O máximo que um agente externo pode fazer é facilitar conversas e criar ambientes que estimulem a reflexão - e a consequente mudança de consciência.Se você se coloca na posição de que empoderar o outro, você automaticamente cria uma (anacrônica) relação de poder. Tiago Mattos | Perestroika

Use suas redes sociais - diversifique os canais e procure “conversar” com os diferentes públicos;

Estabeleça parcerias com organizações ou pessoas para

ajudarem a disseminar o programa - ações conjuntas

sempre fortalecem e engajam mais;

Organize rodas de conversa, hangouts online, encontros presenciais, palestras em

universidades ou empresas para apresentar o

programa;

Use a criatividade, compartilhe boas

práticas e peça ajuda se precisar.

Capítulo 2 \ Fellows sgb

Page 18: Guia do Fellow SGB

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// COMO ORGANIZAR OS EVENTOS DE ABERTURA E ENCERRAMENTO DAS EDIÇÕES DO AGENTE SGB?

Antes de pensar em cada um dos eventos separadamente, veja algumas questões que valem tanto para o evento de abertura como para o de encerramento.

As habilidades que esperamos contribuir nos agentes que passarem pela formação são:

// PRÉ EVENTO:

Antes de chegar o dia do evento é necessário que algumas coisas estejam bem alinhadas e articuladas, realizar um check list e fazer uma agenda com a programação são pontos essenciais. Listamos alguns pontos que precisam estar ok para que o evento ocorra:

LOCAL: o local escolhido para o encontro precisa ter sido previamente fechado e acordado com o(a) proprietário(a). No dia é legal chegar cedo para abrir o espaço e organizar o ambiente. Verificar a disponibilidade de rede de internet, senhas, equipamentos de áudio e vídeo são algumas atitudes que são importantes checar antes da data do evento.

MATERIAIS: Liste tudo o que será necessário adquirir para realizar os eventos, realize uma pesquisa de locais e preços e adquira os materiais com antecedência. Em geral os itens mais utilizados para processos criativos com grupos são:• canetas• post its• papel A4• cartolina ou folhas de flip-chart

Autodesenvolvimento: comportamento inovador

Protagonismo e liderança Multiplicadores de ações de impacto positivo em

todos os setores

Pessoas com mais clareza, skills, ferramentas e conhecimento sobre

inovação social

Aumento de repertório sobre formas de engajamento e iniciativas de

impacto social

Rede colaborativa de Agentes Fortalecimento de uma nova cultura e comportamento de protagonismo em rede

para ações sociais transformadoras

Com o tempo e experiência, fui percebendo que o espaço físico também “facilita” o processo, ele induz comportamentos e atitudes. Um local bem arejado, bem iluminado, com cadeiras confortáveis e boa acústica traz bem-estar e favorece o aprendizado, as boas conversas e facilita os diálogos mais difíceis. Henrique Vedana | Manifesto 55

Capítulo 2 \ Fellows sgb

Page 19: Guia do Fellow SGB

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• hidrocor• barbante• cola• tesouras• revistas• computador• sistema de som• projetor

COFFE-BREAK: É importante se certificar que está tudo ok com os alimentos e bebidas para poder disponibilizar aos participantes:

1- Garantir que esteja tudo comprado para a data do evento ou se for entregue por um fornecedor, que o mesmo vai entregar na hora e local correto. 2- Mesmo que seja um lanchinho simples, com café, biscoitinhos e água, você pode definir se deixará o tempo todo servido ou se vai eleger um momento para colocá-los à mesa. 3- A pessoa de apoio para os eventos, será alguém importante para contribuir com a logística de servir e retirar o coffe, para não tirar o tempo do Fellow durante a facilitação do encontro.

// DURANTE O EVENTO:

RECEPÇÃO DOS PARTICIPANTES: Da mesma forma quando recebemos visita em nossas casas, os Fellows serão os anfitriões dos encontros e por isso devem se ligar:1- Ao recepcionar o grupo de agentes. Pode ser interessante e útil disponibilizar uma placa na porta da sala ou na entrada do local indicando que é o espaço onde vai acontecer o encontro para evitar que as pessoas fiquem perdidas, bem como enviar previamente informações sobre como chegar no local (incluindo informações sobre transportes públicos ou estacionamentos disponíveis) vão otimizar o tempo de chegada e bem estar de todos. 2- Na chegada procure acolher cada um que chegue, e pode ser disponibilizado um cantinho com materiais para que cada agente produza uma etiqueta ou crachá com o seu nome.

FORMATO DA SESSÃO: Os encontros de abertura e encerramento possuem objetivos diferentes, conforme mostraremos a seguir, no entanto, para qualquer um dos eventos, é possível “desenhar” uma sessão que contemple diferentes formatos:1- Usar parte do tempo no início para que os participantes se apresentem;2- Momento com informações ou teorias;3- Dinâmicas de grupos (mais ou menos corporais dependendo do intuito da dinâmica);4- Transmitir informações através de vídeos, utilizar músicas entre outros recursos são sempre bem vindos.

É importante ter a agenda previamente criada com o tempo previsto para cada momento. Nem sempre é possível realizar tudo o que se previu porque cada grupo tem uma característica própria e utilizam mais ou menos tempo para cada atividade, porém é papel do facilitador, cuidar e fazer a gestão do tempo sem interferir na qualidade da sessão.

Alerta: Outra questão que vale ser pensada SEMPRE é como fazer a gestão de risco. Ex: E se acabar a luz, como posso dar continuidade às atividades? Se foi prevista uma atividade na rua, se chover o que farei? Enfim, ter esses planos B em mente e entender que alguns improvisos fazem parte de processos de grupo.

Capítulo 2 \ Fellows sgb

Page 20: Guia do Fellow SGB

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//PÓS EVENTO:

CUIDADO COM O AMBIENTE: É muito importante agir com senso de comunidade e cuidar do espaço comum. Vale a pena envolver o grupo de agentes na co-responsabilização do cuidado com o espaço onde acontecerão os encontros. São atitude simples, como retornar as cadeiras para a configuração inicial, ajudar a guardar os materiais e etc.

DESPESAS: Alguns lugares que disponibilizam seu espaço free para a realização de eventos, pede uma taxa como ajuda de custo para a limpeza, verifique como é e quanto custa esse serviço e certifique-se que deixou tudo acertado!

AGRADECIMENTO: Um email de agradecimento, um abraço ao vivo, um arranjo de flores, seja o que for, pense como é bacana ser grato e reconhecer quem nos apóia <3

Relax: Os Fellows vão receber vales - limpeza, material e coffe-break em um valor estipulado para esses custos. O procedimento de reembolso será realizado via depósito bancário, mediante comprovante de pagamento / nota fiscal.

Capítulo 2 \ Fellows sgb

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// O ENCONTRO DE ABERTURA DO AGENTE SGB - PASSO A PASSO

OBJETIVO DESTE ENCONTRO:

• A apresentação inicial entre os participantes;• Orientação sobre o Programa Agente SGB;• Criação de um espaço de conexão e construção de rede de apoio e colaboração entre os agentes SGB;• Desenvolver a capacidade para que os agentes possam se organizar em equipes para criar ou apoiar iniciativas de impacto social.

Hora de acolher, de dar as primeiras orientações (agenda do dia), fazer os combinados (cumprimento dos horários, regras), estabelecimento de um campo de confiança no processo e alinhamento de expectativas.

Aqui é onde tudo começa, onde na maioria das vezes, as pessoas se vêem pela primeira vez. Uma vez que as pessoas estão reunidas, é útil sentar em círculo ( no chão ou em cadeiras) pois o círculo contribui para intensificar a energia do grupo, a cooperação e aproxima emocionalmente os participantes a se descobrirem a partir de uma conversa. Um gesto de boas vindas (pode ser um momento de silêncio, a leitura de um poema, uma música ou um toque de um sino), ajuda a mudar a intenção do grupo do espaço social para espaço de conselho. Uma ferramenta que contribui com o círculo é o bastão da fala, pode ser qualquer objeto. Enquanto alguém está com o bastão, ele tem a palavra e não é interrompido.

Nós vivíamos em pequenos grupos como nômades. O círculo se tornou a mãe de todas as nossas formas de organização - os humanos começaram a sentar-se em círculo assim que tiveram o fogo para estar ao redor. Nós contávamos histórias, realizávamos conselhos dos sábios e resolvíamos problemas dessa forma. Esta forma é muito útil para estimular a reflexão, contar histórias e estar juntos. O propósito está no centro - e é compartilhado. Trecho extraído do Art of Hosting: www.artofhosting.org/pt-br

1 Ponto de partida ou boas vindas

Capítulo 2 \ Fellows sgb

Page 22: Guia do Fellow SGB

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Check-in: É a porta de entrada do individual para o coletivo, esse momento garante que as pessoas estão verdadeiramente presentes, que chegaram e aterrissaram suas energias. O compartilhamento verbal, através de uma ou mais perguntas, ou de uma breve história, ajuda a tecer a rede interpessoal do círculo.

Algumas sugestões de perguntas para o check in:

Cada um diz seu nome, pode dizer onde mora ou onde nasceu e responde uma ou mais perguntas como apresentamos abaixo:• O que você traz para esse encontro• O que você veio buscar neste encontro?• Qual é a coisa mais importante que podemos fazer juntos para um mundo melhor?• O que te move?• O que te faz sentir vivo?

Você pode pensar em outras perguntas ou formas de realizar o check-in. O ideal é ter um tempo bom para esse momento. Porém, você deve achar um equilíbrio entre o quanto a pessoa fala e o tempo que ela utiliza. Dependendo do número de participantes esse tempo pode ser maior ou menor. Fique atento para a apresentação não consumir parte do tempo necessário para as outras atividades. Em caso de pouco tempo, é possível realizar a mesma proposta de check-in em pequenos grupos simultaneamente, em trios ou duplas. Ou pedir, nome, o que estuda ou trabalha e uma palavra para como está chegando, de forma mais objetiva.

Aqui nessa fase de preparação, é possível também utilizar alguma dinâmica de “quebra-gelo” para deixar os participantes mais soltos e com a energia alta. Danças, jogos e/ou brincadeiras são as atividades mais utilizadas.

AQUI VAI UMA SUGESTÃO DE ATIVIDADE DE AQUECIMENTO: Dança da cadeira colaborativa

Diferente da dança das cadeiras a qual estávamos acostumados a brincar na infância, a dança das cadeiras na versão cooperativa auxilia a despertar na equipe a união em prol de um objetivo comum, que nas organizações é o alcance da melhoria de resultados. Essa nova proposta foi desenvolvida pelo CDCC (Centro de Divulgação Científica e Cultural – USP): ao final da

2 Momento inicial de apresentações

3 Ponto de partida ou boas vindas

Capítulo 2 \ Fellows sgb

Page 23: Guia do Fellow SGB

23

música, ao invés de se tirar um participante que não tenha conseguido se sentar, retira-se uma cadeira, e todos continuam participando, sentando-se um no colo do outro.

Quando se propõe uma atividade colaborativa como essa, nota-se nos participantes uma mudança de comportamento: num primeiro momento eles são levados a identificar as atitudes individuais, para, na sequência, incorporar o comportamento colaborativo. A diferença na forma como esses comportamentos se manifestam durante o jogo é bastante evidente. Para explicar melhor, separamos os padrões de comportamento competitivo dos colaborativos e seus significados. Veja:

Padrões Competitivos

Ficar “colado” às cadeiras significa... visão de escassezIr todos na mesma direção significa... não assumir riscosFicar ligado na parada da música significa... preocupação / tensãoDançar travado significa... bloqueio da personalidadeTer pressa para sentar significa... medo de perder

Padrões Cooperativos

Ver as cadeiras como ponto de encontro significa... visão de abundânciaMovimentar-se em todas as direções significa... flexibilidade, auto-mútua-confiançaCurtir a música significa... viver plenamente cada momentoDançar livremente significa... ser a gente mesmo é LINDO!

Diferentemente de quando há um único ganhador, o único feliz com a vitória, a dança das cooperativa nos ensina que uma vitória compartilhada e desfrutada por todos é a verdadeira conquista. Ao incentivar o fortalecimento do sujeito como membro do grupo, é possível trabalhar o senso de pertencimento.

Com uma liderança colaborativa e com a promoção de vivências como a dança das cadeiras, é possível desafiar a lógica incômoda da competição antiética e estimular o alcance das metas a partir da cooperação. Parece difícil, né? Mas funciona e muito.

Alerta: Essa foi somente uma sugestão, sintam-se livres para buscar outras dinâmicas para utilizar para esse objetivo de quebrar as barreiras e conectar o grupo.

Relax: Vamos compartilhar alguns sites referências no final desse Guia que são boas fontes de ferramentas práticas para utilizar em facilitações de grupos.

Capítulo 2 \ Fellows sgb

Page 24: Guia do Fellow SGB

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Aqui você vai precisar de gogó, pois é o momento mais expositivo do dia, onde será necessário apresentar os principais conceitos e conduzir os participantes por uma discussão sobre o que significa ser um agente de transformação.

Esta etapa de um processo de facilitação de grupos requer do facilitador a observação do processo do grupo e manutenção da energia para adaptar o ritmo e vibração das atividades se for necessário. Ex: se o grupo parece cansado e com baixa energia, é possível trazê-los para uma participação mais interativa ou vibrante.

Alerta: gestão do tempo // esse cuidado é importante para não ficar extenso demais e muito cansativo.

Ao final faça uma rodada para tirar as principais dúvidas.

Relax: Os Fellows receberão do SGB esse material: apresentação + vídeo que chegará por email e será publicado na plataforma online de conteúdos, com tempo hábil para todos possam estudar o conteúdo e a apresentação e encontrar sua forma de transmiti-la.

Antes de apresentar a missão aos agentes é possível fazer uma rodada de brainstorm (tempestade de ideias) com a seguinte pergunta norteadora:

Que mudanças queremos para a cidade?

Alerta: Aqui serão trazidos o que querem e não o como fazer.

Dê uns minutos para que anotem as principais ideias em post-its. Peça para que falem alto o que escreveram e colem em um flip-chart.

4 Apresentação do Programa Agente Social Good Brasil

5 Entrega da missão:

Capítulo 2 \ Fellows sgb

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Dica: Você pode utilizar também um estacionamento de ideias para algumas falas bacanas que forem trazidas e que possam não estar contempladas nos post-its.

A partir das problemáticas levantadas, selecionem em temáticas, como por exemplo: mobilidade, pertencimento dos espaços públicos, limpeza das praias, empoderamento feminino … e eleja 5 temas que forem mais contemplados e escreva-os em folhas de flip-chart, posicionando cada um dos temas em locais diferentes da sala.

Agora convide os agentes para andarem pela sala, observando as temáticas e se posicionem em frente aquela que eles gostariam de criar ou apoiar uma ação.

A atividade só se encerra quando para cada uma das 5 temáticas tenham 4 agentes interessados em trabalhar naquele tema. Os agentes podem mudar de ideia, mudar de tema, negociar com outros agentes, até que democraticamente todos sintam-se confortáveis com o grupo / tema que ficaram.

AGORA COM OS GRUPOS FORMADOS, CHEGOU A HORA DE LANÇAR A MISSÃO AOS AGENTES: OS AGENTES TERÃO A MISSÃO DE CRIAR OU APOIAR UMA MOBILIZAÇÃO PARA IMPACTO SOCIAL! (5 grupos - 4 participantes)

#EUCRIO: os agentes identificarão algo que gostariam de melhorar ou resolver na sua comunidade, bairro, escola … e vão criar uma mobilização que possa impactar positivamente essa realidade.

#EUAPOIO: os agentes identificarão uma organização social, coletivo ou movimento que necessite de apoio e vão apoiar através de uma mobilização.

Atividade em grupo: Convide cada um dos grupos para discutir sobre o seu tema escolhido buscando o aprofundamento do PROBLEMA QUE QUEREM RESOLVER e iniciando os primeiros passos do planejamento para realizar a missão. Formato: é sugerido que eles trabalhem em mesas com folhas e canetas para deixarem a criatividade rolar e possam anotar os principais pontos da conversa.Tempo: 1 horaMaterial de apoio: Guia de Mobilização para Impacto Social // vídeos // Outros materiais trazidos pelos Fellows

Os grupos de agentes deverão entregar ao Fellow as informações referentes as iniciativas a serem criadas ou apoiadas: segue o endereço do formulário de inscrição para pedir que os agentes preencham durante este encontro. Link: bit.ly/agentesgb

Dica: Peça que definam a forma em que eles trabalharão juntos para organizar a missão, a frequência dos encontros … Sugira que cada grupo de agentes já saia com um canal definido e criado para a comunicação entre o grupo. Pode ser um grupo em alguma rede social ou aplicativo de comunicação, um grupo de emails - o que eles entenderem como mais eficaz para trabalharem em conjunto.

Alerta: Ao final da atividade é importante abrir espaço para o questionamento - Certifique-se que todos entenderam a demanda e que está claro os passos a serem seguidos dali em diante. De qualquer forma, mantenha-se aberto a contribuir com dúvidas e ser uma ponte com o SGB no andamento da organização das ações.

Capítulo 2 \ Fellows sgb

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Antes de encerrar pra valer promova mais um momento coletivo com todos os agentes juntos em círculo para que possam refletirem sobre o que aconteceu.

Check-out: É o momento de compartilhar os aprendizados e sentimentos de como estão saindo deste dia. Você pode realizar individualmente uma atividade de descarga mental, onde cada um escreve em um papel como esse encontro me desafiou, o que aprendi, o que ficou faltando. E após esse momento, você pode sugerir que cada um fale apenas uma palavra que represente seu sentimento naquele momento.

COMO REALIZAR O ACOMPANHAMENTO DO GRUPO DE AGENTES EM SUAS AÇÕES DE MÃO NA MASSA?

Mediar é diferente de ajudar - Mediar é incentivar, acompanhar isso promove a autonomia!

Você pode organizar interações online durante essas 8 semanas de formação para manter a interação do grupo de agentes e contribuir nas dúvidas de uma forma coletiva, aproveitando a inteligência coletiva e o que cada agente pode contribuir entre si.

Dica: Crie um grupo em alguma rede social ou aplicativo de comunicação para poder acompanhar o movimento. É muito importante não dar as soluções de ‘mão beijada’; pois faz parte do processo passar por ‘crises’. Mas é importante ter um canal para as trocas e interação entre todos os participantes, assim todos aprendem e evoluem juntos de forma colaborativa.

Alerta: Se a missão escolhida envolver uma comunidade local: é importante identificar lideranças locais que possam apoiar a intervenção e que possam fazer a ponte entre as pessoas do local e a equipe de agentes.

Você pode incentivar que os agentes busquem criar suas missões em datas que possibilitem a participação dos demais agentes dos outros grupos, no entanto, talvez muitos dos grupos vão realizar nos mesmos dias e horário. A sua participação nas execuções das missões também pode ser muito rica, sempre que possível.

6 Finalizando as atividades do dia / despedida:

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// O ENCONTRO DE ENCERRAMENTO DO AGENTE SGB - PASSO A PASSO

OBJETIVO DESTE ENCONTRO:

• Apresentação das iniciativas criadas ou apoiadas pelos agentes SGB;• Feedbacks das ações criadas, aprendizados e próximos passos;• Permitir uma avaliação da experiência e do programa como um todo;• Garantir um espaço para a celebração.

1. INÍCIO: Novamente é importante iniciar este encontro com um momento de boas vindas e uma atividade em círculo de check-in.

Algumas sugestões perguntas que podem ser utilizadas para este momento:

Como estou chegando para este encontro?Qual o sentimento mais presente em mim nesses 2 meses de formação?

2. APRESENTAÇÃO DAS INICIATIVAS CRIADAS: Os grupos dos agentes serão convidados neste momento a apresentarem (eles receberão um ppt padrão como modelo para inserir as informações) suas iniciativas para os demais.

Alerta: É importante que antes deste encontro os agentes já tenham enviado aos Fellows uma apresentação com o resultado das mobilizações.

Estrutura da Apresentação dos Projetos dos Agentes

•abertura: chamar atenção para o que vão apresentar• quem somos: equipe•o que queremos resolver: o problema identificado // quem sofre // qual ODS representa• descreva a solução: como resolveremos•evolução: estágio atual•projeção de impacto social: metas (médio prazo)• fechamento: próximos passos

Tempo para cada apresentação: 30 min de exposição + 15 min para perguntas e feedbacks.

Técnicas para feedbacks: Você pode eleger para cada grupo que se apresenta um outro grupo para dar feedback. Aqui deve-se ter cuidado para trazer pontos que sejam construtivos e não apenas criticar. Uma sugestão de formato para este feedback pode ser:

Pedir ao grupo que está avaliando que aponte para o grupo que se apresentou• Foi bom que (principais pontos positivos, o que foi muito legal)• Seria bom se (principais pontos que poderiam ter sido diferente)

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Dica: Ao final de todas as apresentações, não deixe de agradecer o empenho dos agentes e reforçar que estamos criando uma rede de protagonistas, pessoas de todo o Brasil que querem transformar o que não vai bem sem esperar que essa mudança necessariamente venha através do governo, das instituições …

3. AVALIAÇÃO E APRENDIZADOS: Aqui, o papel do facilitador é promover um espaço intencional para, junto daqueles que participaram da missão, dividir os principais aprendizados e para apreciar a experiência. A ideia é explorar não só as avaliações mentais, mas estimular a partilha dos sentimentos e sensações que brotaram durante o processo. Isso, somado à partilha das dificuldades e desafios que vivenciaram, fará com que essas informações sejam processadas em grupo e facilitará a incorporação dos aprendizados.

É imprescindível que este espaço acolha as expressões individuais resultantes da vivência; debates e questionamentos podem ser deixados para depois. Algumas perguntas que podem ajudar:

• O que mudou em vocês depois de cumprirem a missão?• O que foi mais surpreendente?• Como se sentiram durante o processo? • O que aprenderam com isso?• O que vão levar daqui pra vida?

Avaliação qualitativa: Ainda no intuito de avaliar o processo (aqui vale desde o coffe-break, a facilitação do Fellow, aos conteúdos, a experiência de mão na massa e etc) você pode deixar 3 envelopes médios colados nas paredes e em cada um escreva:

• Que bom • Que pena • Que tal

Convide os agentes a escreverem em papéis esses 3 pontos e colocarem nos envelopes. os agentes podem ou não se identificarem.

Avaliação quantitativa: E em um outro envelope será realizada a Avaliação NPS: NPS é a sigla para Net Promoter Score: uma metodologia criada em 2003 pela Bain & Company, para mensurar o quão bem as empresas estão lidando com seus clientes ou pessoas com as quais interage, sendo usado para medir a satisfação de um público específico.

De forma simplificada, a avaliação é baseada na pergunta:

Sempre medida em uma escala de 0 a 10: “O quanto você nos recomendaria este programa para um amigo?”

Convide os agentes a escreverem a nota e colocar no envelope, da mesma forma, não sendo necessário se identificarem.

Alerta: Os dados das duas atividades de avaliação serão compiladas pelos Fellows e enviadas para a coordenadora do Programa Agente SGB.

4.CELEBRAÇÃO: Tão importante quanto todos os processos anteriores, a celebração garante o nível de engajamento dos participantes e fecha as atividades com uma energia bem alta e positiva.

Pode ser uma música, uma roda (jogos cooperativos), um abraço coletivo, um grito de guerra.

Capítulo 2 \ Fellows sgb

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“Tem que fazer mais do que colocar a palavra social na frente das coisas para gerar uma mudança.” Kriss Degleimer

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ENGAJAMENTO, FACILITAÇÃO E LIDERANÇA

Capítulo 3

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// ENGAJAMENTOBaseado em manifesto55.com/engajamento-ou-falta-dele-nas-empresas-e-nas-escolas

Engajamento é compromisso, é uma chamada, é uma responsabilidade. No dicionário da língua portuguesa, o verbo se refere ao “ato de participar de modo voluntário para algum trabalho ou atividade”. Além de um compromisso, é algo que você escolhe assumir.

E por quê engajamento é tão essencial? Vamos dar uma olhada. Nos ambientes organizacionais (empresas, governos e organizações da sociedade civil), a situação não é nada animadora. Uma pesquisa global realizada pelo Grupo Gallup em 2011-2012 revelou que apenas 13% dos funcionários no mundo todo estão de fato engajados, comprometidos com o seu trabalho. No Brasil o número é um pouco maior, mas mesmo assim assustador, 27%.

Ou seja, mais de 70% dos trabalhadores no Brasil estão desengajados no seu dia-a-dia nas suas organizações. Isso significa que eles provavelmente só vão ao trabalho por causa do salário no final do mês, ou para não serem demitidos e perder a fonte de renda.

Segundo outro estudo, relevado em uma matéria recente da revista Exame, o engajamento foi apontado como melhor caminho para se conseguir bons resultados em uma empresa. Essa foi a conclusão de uma pesquisa com 400 entrevistados, entre eles muitos CEOs.

Engajamento nas escolas

Nos ambientes escolares, a situação não é muito diferente. A mais recente edição da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (TALIS) traz novamente a questão da indisciplina nos ambientes escolares. O Brasil é o país onde isso mais acontece, e o estudo aponta o maior engajamento dos alunos como caminho para resolver essa questão. É visível hoje em dia ver jovens indo para a escola porque se sentem obrigados a ir, fazendo o mínimo possível para passar de ano.

Engajamento nas organizações Engajamento nas empresas

Capítulo 3 \ engajamento, facilitação e liderança

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Voltando ao significado do dicionário, mencionado anteriormente, uma palavra se destaca: voluntário. Ou seja, fazer algo por motivações intrínsecas ao invés de extrínsecas. Para estarmos engajados em algo (trabalho, sala de aula, brincadeira com nossos filhos), precisamos nos comprometer com isso de forma voluntária. E aqui está a grande sacada, ou o detalhe que poucos pensam a respeito.

Quantos funcionários numa empresa vão trabalhar com o sorriso no rosto, na expectativa de um dia intenso e cheio de experiências desafiadoras, de forma ‘voluntária’? Quantos alunos curtem as aulas na escola ou na universidade sem pensar nas provas no final do semestre? Quantos de nós acordamos plenos de manhã cedo, sem precisar do despertador (e a função ‘soneca’)? O quão engajados estamos com o processo criativo de viver nossa própria vida?

Antes de fundarmos a Manifesto 55, tivemos experiências muito impactantes com trabalho voluntário em organizações não-governamentais (ONGs), tanto como voluntários em causas sociais e ambientais, mas também como gestores e líderes de organizações de voluntários em escala nacional e internacional. Ao entender o que motiva essas pessoas a dedicar seu tempo, energia, talento e recursos sem receber dinheiro em troca, fomos percebendo alguns padrões.

Acreditamos que o caminho para chegarmos ao engajamento passa pela conexão e autonomia.

A consequência desse engajamento são pessoas protagonistas, líderes de si, capazes de levar intenção e criatividade em tudo o que fazem.

Uma coisa é clara: pessoas desengajadas podem até ser responsáveis no seu cotidiano, conseguem fazer o que é esperado delas (explícita ou implicitamente) e algumas o fazem de forma bem feita. Mas apenas pessoas engajadas conseguem trazer curiosidade, dedicação e paixão para o seu dia-a-dia. Não apenas no trabalho ou na escola, mas em tudo o que fazem.

manifesto55.com/por-uma-educacao-mais-protagonistamanifesto55.com/aprendizagem-experiencial-por-que-e-tao-importante-para-adultos

As pessoas buscam hoje, mais do que nunca, um significado e uma relevância no que fazem, ao mesmo tempo querem contribuir e querem se desenvolver, querem liberdade e querem fazer parte de algo com propósito.

Capítulo 3 \ engajamento, facilitação e liderança

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// FACILITAÇÃOBaseado no artigo manifesto55.com/o-que-e-facilitacao-e-para-o-que-serve e publicado sob permissão da Manifesto 55.

A palavra ‘facilitação’ vem aparecendo cada vez mais, nos mais variados ambientes, desde empresas até projetos sociais, ou na área de educação. Como promovedor do engajamento, a facilitação é vista como um dos novos jeitos de liderar pessoas e ensinar. Significa que você, como professor ou gestor de equipes, organiza as conversas e aulas num jeito mais engajador ao fazer perguntas, estimular o diálogo, escutar com empatia, e pensar sobre atividades que deixam as pessoas refletirem e criarem as próprias respostas. Mas, facilitação é muito mais do que isso, é um jeito de lidar e pensar que trata com pessoas de um jeito inspirador, ao olhar com atenção o público que está facilitando.

Em um mundo cada vez mais complexo, é cada vez mais raro encontrar situações onde uma pessoa só tem todas as respostas, dando ‘ordens’ para o resto; seja um professor ou um chefe. Isso limita o crescimento da equipe e a qualidade das decisões acabam sendo prejudicadas. A participação de todos passa a ser necessária para criar soluções inovadoras e sustentáveis. Senso de propriedade e engajamento são necessários para estimular pessoas a fazer o trabalho e para aprender. O líder facilitador se coloca a serviço da equipe o do grupo.

Facilitação tem a ver com entender e guiar pessoas nos processos de aprendizagem e nos processos de tomada de decisão e resolução de problemas. Além disso, facilitação busca criar engajamento, inclusão, propriedade, troca de conhecimento e ajuda pessoas e grupos a crescerem. A facilitação incentiva a colaboração e mantém um grupo focado e engajado. O facilitador se posiciona como um igual, embora tenha um papel diferenciado, mas buscando entender e guiar as pessoas.

A facilitação também funciona de forma eficaz para conectar diferentes atores na busca de soluções para problemas complexos. Como por exemplo, como implementar em todos os municípios brasileiros a coleta de resíduos sólidos, ou como construir junto com os professores a nova Base Curricular Comum da Educação Brasileira?

Mas como explicar facilitação em uma frase só? O significado de facilitação no dicionário é algo assim: ação ou efeito de facilitar (descomplicar). Literalmente é isso mesmo, descomplicar conteúdo, conflitos, problemas e decisões para ajudar o processo de aprender, resolver e decidir. Mas facilitação é também um jeito de pensar e atuar. Facilitação é fazer as perguntas certas para as pessoas certas nos momentos certos.

As perguntas certasPerguntas formam a base de facilitação e são a ferramenta principal do facilitador. Uma pergunta certa guia reflexões e cria propriedade de conteúdo, aprendizagens e decisões. Como facilitador você oferece menos o conteúdo, e foca mais no processo de criação do conteúdo pelo grupo e estimula a participação, ao fazer as perguntas certas. O processo de criar boas perguntas é uma parte essencial da preparação de qualquer sessão facilitada.

Capítulo 3 \ engajamento, facilitação e liderança

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As pessoas certasAo dizer ‘pessoas certas’ não quer dizer que existem ‘pessoas erradas’, mas significa que tem-se que garantir que todos os envolvidos estejam representados na sala; os públicos diferentes que fazem parte de um conflito, as representes (os representantes) de grupos que estão envolvidos numa decisão, etc. Além disso é importante olhar para todas as pessoas presentes e entender bem o contexto e a realidade delas. Quais são suas histórias? Quais são os contextos? Como você pode lidar com isso? Facilitação é isso: olhar sempre, em primeiro lugar, para as pessoas presentes.

Os momentos certosTodos os grupos passam por um processo de desenvolvimento coletivo. Desde o primeiro contato até o momento de celebração ou encerramento. Além disso, cada grupo tem indivíduos com necessidades diferentes, que podem atrapalhar ou ajudar o processo. O papel da facilitação é olhar o momento do grupo e os momentos individuais das pessoas, para decidir quais ações podem ajudar melhor o processo, a cada momento.

QUATRO PASSOS PARA DESENHAR SESSÕES E INTERVENÇÕES:

Ao pensar em sessões facilitadas, treinamentos, ou mesmo encontros criativos, leve em consideração esses 4 passos:

Passo 1: o olhar-macro (comece sempre pelo porquê)

• Quais são as necessidades que tornam esse workshop/treinamento relevante? Por quê realizá-lo?• Qual o propósito desse workshop? Treinamento (transmissão de informações), tomada de decisão, resolução de um conflito ou gerar novas possibilidades (processo criativo)?• Quais os objetivos específicos e os resultados desejados?• Por fim, quem são os “atores” envolvidos e os participantes presentes?

Passo 2: os arcos de processo

Imagine que toda a intervenção, de uma forma geral, pode ser vista como um grande arco, composto de três estágios: preparação, sustentação e aterrissagem.

Preparação Aterrisagem

Sustentação

Capítulo 3 \ engajamento, facilitação e liderança

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Preparação: nessa fase inicial de qualquer processo, o objetivo é garantir clareza de propósito, definição de regras e combinados, gerar confiança no processo e alinhar expectativas.

Sustentação: nessa fase o facilitador está observando atentamente o grupo, gerindo o tempo disponível, mantendo a energia do grupo, fazendo ajustes e mudanças no seu estilo de facilitação, de acordo com o contexto e o grupo.

Aterrissagem: nessa fase final do processo, o importante é garantir que o grupo e os participantes “cheguem” ao destino, que eles tenham a sensação e a compreensão do que ocorreu e como eles saem do processo. Reflexão, avaliação, documentação dos resultados e aprendizagens, ancoragem e celebração são alguns elementos que

podem ajudar nesse objetivo.

Passo 3: escolha das ferramentas

Nesse momento (e não antes), abrimos nossa “caixa de ferramentas” e vemos o que temos no nosso portifólio, ou pesquisamos diferentes atividades e metodologias que podem nos apoiar.

Preparação: quebra-gelos (jogos, danças, brincadeiras), dinâmicas de apresentação ou check-in, exercícios de “clima” (respiração, meditação, reflexão) ou mesmo entrevistas prévias com os participantes.

Sustentação: ferramentas de diálogo (por exemplo World Cafe, painel, círculo, aquário, etc), jogos, simulações ou exercícios de role-play, metodologias específicas (como design thinking or democracia profunda), aporte de conteúdo e processos de votação.

Aterrissar: dinâmicas de feedbacks, avaliação (do resultado, do processo), colheita/facilitação gráfica, check-out.

Passo 4: os detalhes

Ao final, 4 pontos essenciais que pode fazer toda a diferença:

• Ter consciência do tempo disponível e planejar de acordo (com tempo de sobra);• Materiais de papelaria necessários para as atividades e o número de participantes• Espaço físico adequado e organização da mobília no espaço• Gestão de riscos (pensar no que pode dar errado e como proceder) / Planos B.

Capítulo 3 \ engajamento, facilitação e liderança

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