guia do censo 2010 para jornalistas

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Coordenação de Comunicação Social Guia do para Jornalistas

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Coordenação de Comunicação Social

Guia do

para Jornalistas

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoPaulo Bernardo Silva

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE

PresidenteEduardo Pereira Nunes

Diretor-ExecutivoSérgio da Costa Côrtes

ÓRGÃO ESPECÍFICOS SINGULARES

Diretoria de PesquisasWasmália Socorro Barata Bivar

Diretoria de GeociênciasLuiz Paulo Souto Fortes

Diretoria de InformáticaPaulo César Moraes Simões

Centro de Documentação e Disseminação de InformaçõesDavid Wu Tai

Escola Nacional de Ciências EstatísticasSérgio da Costa Côrtes (interino)

UNIDADE RESPONSÁVEL

Presidência

Coordenação de Comunicação SocialSilvia Maia Fonseca

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Caro jornalista,

Em 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizará o Censo 2010. Este trabalho, que envolverá centenas de milhares de pessoas, pretende trazer ao conhecimento da sociedade, dos órgãos públicos e privados, o retrato mais fiel de nosso povo e da realidade nos cerca de 58 milhões de domicílios do país.

É através do Censo 2010 que saberemos quantos e como somos e de que forma vivemos. Enfim, informações que levam a uma infinidade de pautas e boas matérias!

Este Guia, elaborado pela Coordenação de Comunicação Social do IBGE*, pretende ajudá-lo a se preparar para tais oportunidades de cobertura, trazendo as principais informações sobre o Censo: a abrangência da pesquisa, a logística na preparação do trabalho e os temas abordados nos questionários que o IBGE levará a campo entre 1º de agosto e 31 de outubro.

Por fim, propomos uma parceria: para que o IBGE consiga tirar a “fotografia” mais nítida o possível do Brasil, é preciso informar ao público em geral sobre a importância de abrir as portas aos recenseadores – com segurança - e de que forma os resultados da pesquisa contribuirão para o exercício da cidadania. Contamos com sua ajuda na divulgação do Censo 2010. E estamos à sua disposição para quaisquer esclarecimentos.

Coordenação de Comunicação Social do IBGE.

* Com a organização do jornalista Paulo Maurício Schueler da Encarnação

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ApresentaçãoO que é o Censo?

A palavra censo vem do latim census e quer dizer “conjunto dos dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação”. O Censo é a única pesquisa que visita todos os domicílios brasileiros (cerca de 58 milhões espalhados por 8.514.876,599 km²). Para conhecer a situação de vida da população em cada um dos 5.565 municípios do país. Um trabalho gigantesco, que envolve cerca de 230 mil pessoas, bem diferente da pesquisa amostral, que, como o próprio nome indica, investiga uma amostra da população e, a partir de modelos estatísticos, chega à representação do todo.

Para que serve o Censo?

O Censo é a principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades. São coletadas informações para a definição de políticas públicas em nível nacional, estadual e municipal. Os resultados do Censo também ajudam a iniciativa privada a tomar decisões sobre investimentos. Além disso, a partir deles, é possível acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução de outras características da população ao longo do tempo.

Que políticas públicas podem ser geradas a partir dos resultados do Censo?

Através do Censo, o poder público pode identificar áreas de investimentos prioritárias em saúde, educação, habitação, saneamento básico, transporte, energia, programas de assistência à infância e à velhice. E também selecionar locais que necessitam de programas de estímulo ao crescimento econômico e desenvolvimento social.

O Censo interfere nos repasses de verbas públicas?

Ao contar a população, o Censo produz resultados que servem de parâmetro para saber quanto cada cidade receberá de repasse federal. São os resultados do Censo que fornecem as referências para as estimativas populacionais realizadas nos anos seguintes, com base nas quais o Tribunal de Contas da União (TCU) define as cotas do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios. Além de fornecer informações imprescindíveis para a distribuição orçamentária das pastas da Educação, Cultura, Saúde e Infraestrutura, baseadas no número e distribuição da população.

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O Censo interfere na representação política?Sim. São os resultados do Censo que fornecem as referências para as

estimativas populacionais, com base nas quais é definido o número de deputados federais, estaduais e vereadores de cada estado e município.

Como a iniciativa privada utiliza os dados do Censo?Os dados do Censo fornecem parâmetros para as decisões de investimentos

do setor privado, como a seleção de locais para a instalação de fábricas, shopping centers, escolas, creches, cinemas, restaurantes etc.

Como os censos surgiram no Brasil?Antes de 1870, as estatísticas sobre a população brasileira eram

conjecturais, destinadas a atender aos interesses de nossa então metrópole, Portugal. Sob recomendação da coroa portuguesa, autoridades eclesiásticas no Brasil contaram a população em 1776, e estimou-se que no Brasil viviam 1.900.000 “almas”.

Quando ocorreu o primeiro Censo no Brasil?O IBGE considera que o primeiro Censo Demográfico do Brasil foi realizado

em 1872, época em que o país era uma monarquia governada pelo imperador D. Pedro II. Além de perguntas sobre sexo, idade, escolaridade e estado civil, religião e deficiência física, o questionário incluía a pergunta se a pessoa era livre ou escrava. Já o primeiro Censo a ser realizado pelo IBGE foi o de 1940.

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Quantos Censos já ocorreram no Brasil?Já ocorreram 11 Censos no Brasil1. Na tabela abaixo, você encontra os anos

em que eles ocorreram e qual foi a população do Brasil apurada nessas ocasiões.

Por que os Censos são realizados de dez em dez anos?Os Censos têm ocorrido decenalmente em quase todo o mundo. Entre os

especialistas é inquestionável a importância de se respeitar o intervalo de dez anos, pois a recomposição de uma população nacional com base em Censos posteriores ou anteriores não é tarefa fácil, nem em países com população estável. Além disso, trata-se de uma operação dispendiosa e que necessita de grande preparo logístico. O Censo brasileiro é realizado a cada década e é um dos maiores do mundo.

Outros países realizarão Censos em 2010?Sim. Em 2010, outros 67 países – além do Brasil – farão censos demográficos,

incluindo alguns dos mais populosos das Américas (EUA, México, República Dominicana, Costa Rica, Panamá, Argentina, Venezuela, Bolívia e Uruguai) e da Ásia (China, Indonésia, Paquistão, Japão, Filipinas, Tailândia e Coreia do Sul), além da Rússia, Suíça, Finlândia, Cabo Verde, Costa do Marfim, Zâmbia e Papua / Nova Guiné, entre outros. Considerando-se as informações

1 Além da realização dos 11 Censos Demográficos, o IBGE também realizou, nos anos de 1996 e 2007, Contagens Populacionais cujo objetivo foi aprimorar a qualidade das estimativas anuais da po-pulação, uma vez que, de acordo com o Artigo 102 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992, o IBGE deve encaminhar ao Tribunal de Contas da União – TCU, até o dia 31 de outubro de cada ano, a relação das populações por Estados e Municípios para que o TCU possa determinar a distribuição dos recursos do Fundo de Participação Municipal - FPM.

Censo de 1872 10.112.061 habitantes.

Censo de 1890 14.333.915 habitantes.

Censo de 1900 17.318.556 habitantes.

Censo de 1920 30.635.605 habitantes.

Censo de 1940 41.165.289 habitantes.

Censo de 1950 51.941.767 habitantes.

Censo de 1960 70.070.457 habitantes.

Censo de 1970 93.139.037 habitantes.

Censo de 1980 119.002.706 habitantes.

Censo de 1991 146.825.475 habitantes.

Censo de 2000 169.799.170 habitantes.

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populacionais da ONU a respeito desses 68 países (incluído o Brasil), quase a metade (46,8%) da população mundial será recenseada em 2010.

Todas as pessoas são entrevistadas no Censo?O censo é uma pesquisa domiciliar e seria uma operação logística

extremamente complexa e demorada ter de entrevistar os cerca de 190 milhões de brasileiros, um a um. Portanto, a partir de 1º de agosto, o IBGE visita todos os domicílios do País – cerca de 58 milhões de domicílios - e, dentre seus moradores, um ou mais moradores respondem ao recenseador e prestam informações sobre todos os que ali moram.

Se nascem e morrem pessoas todos os dias, como o Censo chega a um número de habitantes em determinado ano?

É por isso que os censos precisam ter uma data de referência. No Censo 2010, essa data de referência será a noite do dia 31 de julho para 01 de Agosto. Assim, devem ser recenseadas todas as pessoas que moravam habitualmente no domicílio nesta data. Ou seja, as pessoas que nasceram depois de 31 de julho de 2010 não são recenseadas; e as pessoas que faleceram depois de 31 de julho de 2010 devem ser contadas, pois faziam parte do domicílio na data de referência e, portanto, estão incluídas no Censo 2010.

E por que foi escolhida a data de 31 de julho?O melhor período para a realização do Censo é aquele no qual o

movimento da população é o menor possível, e a grande maioria das pessoas está presente em seus domicílios. Dois outros aspectos importantes: as condições climáticas durante o período da coleta de dados e a programação do Censo com o ano fiscal, pois operações censitárias requerem liberação de recursos e contratações, ambas em grande escala.

A escolha da data de referência também causa impactos na precisão e comparabilidade dos dados apurados. Levando-se em conta que a data de referência do último Censo foi o dia 1º de agosto de 2000, a comparabilidade com as informações anteriores não será prejudicada.

Como garantir que o IBGE não passará as informações de uma pessoa para órgãos públicos ou privados, como a Receita Federal e empresas de telemarketing, por exemplo?

O Censo Demográfico 2010 será realizado com respaldo na legislação que rege os levantamentos das estatísticas nacionais. A legislação é rigorosa e clara nesse

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sentido, determinando tanto a obrigatoriedade da prestação de informações ao IBGE quanto o caráter sigiloso das informações individualizadas coletadas, que devem ser utilizadas exclusivamente para fins estatísticos.

As estatísticas são construções baseadas na agregação de informações individuais, retirando-lhes a individualidade e a identidade, para a construção de resumos das características relevantes da coleção de indivíduos, firmas, entidades, produtos etc. Por conseguinte, os “fins estatísticos” são aqueles que não demandam a disponibilização de informações individualizadas e quando o IBGE divulga os resultados de suas pesquisas preserva a individualidade e a identidade de seus informantes.

E quais são essas normas legais?Abaixo seguem duas normas que garantem a confidencialidade dos dados

prestados ao IBGE.

• Decreto nº 73.177, de 20 de novembro de 1973 – regulamenta a Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, modificada pela Lei nº 5.878, de 11 de maio de 1973, que dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação de informações ao Plano Nacional de Estatísticas Básicas e ao Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas. Esse decreto estabelece quem está obrigado a prestar as informações solicitadas pelo IBGE e o caráter sigiloso que resguarda as informações prestadas.

• Decreto nº 74.084, de 20 de maio de 1974 – aprova o Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas, assegura, em seu Artigo 8º, a proteção, pelo sigilo, das informações previstas no plano e, em seu Artigo 9º, prevê a divulgação de informações e dados, bem como sua entrega ao público através de anuários, relatórios, sinopses e publicações especializadas.

A sociedade no Censo

O IBGE conta com algum tipo de ajuda para realizar o Censo?Sim. Devido ao porte dessa operação, o IBGE procura envolver a sociedade

no Censo. E isso ocorre de diversas formas: desde o apoio que busca na imprensa, para a divulgação de todas as etapas de planejamento e da coleta dos dados, até o envolvimento de esferas de governo e entidades representativas da

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sociedade civil em cada um dos 5.565 municípios do país. Não à toa, o IBGE institui as Comissões Censitárias Estaduais (CCEs), Comissões Municipais de Geografi a e Estatística (CMGEs) e, em algumas localidades, as Comissões Censitárias Locais (CCLs).

O IBGE vai mobilizar a sociedade para participar do Censo?

A própria existência das CCEs e CMGEs é uma iniciativa do IBGE de mobilizar a sociedade a participar do Censo. Essas Comissões representam mais um canal de participação, dando transparência e retorno dos investimentos feitos pelo Governo e dos resultados esperados para a sociedade. Além disso, será feita campanha publicitária nacional sobre a operação censitária.

O que são as CCEs, CMGEs e CCLs?São comissões que, presididas por um representante

do IBGE, estabelecem parcerias entre o Instituto e a sociedade para a realização do Censo. Participam dessas comissões entes de governo, da iniciativa privada e da sociedade local em geral. Elas representam mais um instrumento de garantia da transparência do trabalho feito pelo IBGE.

Quantas pessoas/entidades estão envolvidas nas CCEs, CMGEs e CCLs?Cerca de 60 mil pessoas/entidades já estão envolvidas nas CCEs, CMGEs

e CCLs, podendo esse número ainda ser maior com a chegada de novos participantes. Desde maio de 2009, esse contingente se reúne para acompanhar os trabalhos do Censo, desde a sua preparação até a divulgação dos dados.

As CCEs, CMGEs e CCLs debatem que assuntos?Em reuniões já ocorridas, as comissões já debateram a atualização dos mapas

da Base Territorial que o IBGE usa como parâmetro para organizar o território. Antes da coleta, contribuem na montagem dos cerca de sete mil postos de coleta espalhados em todo território nacional. No período de coleta de dados, as Comissões terão reuniões de acompanhamento dos trabalhos. Após a coleta dos dados tomarão conhecimento dos resultados preliminares e, quando for o caso, poderão levantar questões pertinentes sobre a coleta.

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As CCEs, CMGEs e CCLs funcionarão após o Censo?Abrindo um novo canal de comunicação mais direto e de maior interação

entre o IBGE e as sociedades locais, as CMGEs terão caráter permanente, ou seja, continuarão a existir mesmo depois de terminada a Operação Censitária de 2010. Já as CCEs e CCLs têm caráter provisório, ou seja, existirão somente durante o Censo 2010.

Como no IBGE é escolhida a agência de publicidade que faz a campanha do Censo?

Através de licitação pública, conforme determina a legislação vigente. A verba destinada a este fi m é de cerca de R$ 30 milhões.

O que é o projeto “Vamos Contar”?O projeto “Vamos Contar” tem como alvo os alunos e professores de

cerca de 250 mil escolas públicas e particulares do país. Trata-se de uma iniciativa do IBGE cuja intenção é fazer com que os estudantes, esclarecidos sobre a importância do Censo, estimulem seus pais e responsáveis a receber o recenseador e responderem corretamente ao questionário. E, também, que os professores saibam utilizar os dados levantados no Censo em sala de aula, estimulando a cidadania e o conhecimento do Brasil.

Instituições internacionais se envolvem com o Censo?O IBGE tem estabelecido parcerias nos âmbitos da ONU, Escritório de

Estatísticas da União Européia (EUROSTAT), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e MERCOSUL para aprimorar o conhecimento sobre questões relacionadas à garantia de qualidade do Censo, como avaliação, crítica, imputação e validação dos resultados.

Instituições acadêmicas se envolvem com o Censo?

A preparação do Censo envolveu consultas às comunidades de especialistas, centros de pesquisa e universidades e, em especial, aos pesquisadores das áreas da Demografi a, Educação, Saúde, Trabalho e Rendimento, entre outras.

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O que é e qual o papel da Comissão Consultiva do Censo?A Comissão Consultiva do Censo 2010 é composta por 12 membros,

selecionados pelo IBGE em função de seu notório saber ou de sua atuação nos temas, métodos e técnicas que estão sendo discutidos para a operação censitária. Ao grupo compete fornecer subsídios e assessorar o IBGE na definição do conteúdo dos questionários, no uso da amostragem e na definição de métodos de apuração dos dados, entre outros itens.

Quem são os participantes da Comissão Consultiva?Participam da Comissão Consultiva os Especialistas e Pesquisadores

abaixo listados:

• Claudio Antonio Gonçalves Egler, geógrafo e atua nas áreas de Geoeconomia e Desenvolvimento Regional. Professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, atualmente trabalha como colaborador voluntário da UFRJ e também como pesquisador do CNPq.

• Eduardo Luiz Gonçalves Rios Neto, professor titular do Departa-mento de Demografia e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais. É presidente da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento.

• Elza Salvatori Berquó, especialista na área de Demografia, com ênfase em Saúde Reprodutiva, e professora titular aposentada da Universidade de São Paulo (USP). Elza é coordenadora da área de População e Sociedade do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP).

• José Alberto Magno de Carvalho, professor e pesquisador em Demografia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (CEDEPLAR – FACE - UFMG).

• Maria Martha Malard Mayer, economista. Atualmente trabalha como consultora independente, sempre em projetos relacionados à atividade estatística. Martha foi Diretora de Pesquisas do IBGE de janeiro de 1999 a março de 2004.

• Ricardo Paes de Barros, coordenador de Avaliação de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O economista conduz pesquisas no campo de desigualdade social, educação, pobreza e mercado de trabalho no Brasil e na América Latina.

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• Simon Schwartzman atua nas áreas de Sociologia e Políticas Sociais do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), no Rio de Janeiro. Simon foi presidente do IBGE de abril de 1994 a janeiro de 1999.

• Tania Bacelar de Araújo, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Socióloga e doutora em Economia, é especialista na área de Desenvolvimento Regional e Urbano. Tania é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.

• Wanderley Guilherme dos Santos, cientista social. Suas áreas de ensino e pesquisa são Teoria Política, Política Comparada e Política Brasileira. Professor titular aposentado da UFRJ, atualmente trabalha na Universidade Candido Mendes.

• Wasmália Socorro Barata Bivar é a presidente da Comissão Consultiva do Censo 2010. A economista trabalha no IBGE desde 1986, e está no cargo de Diretora de Pesquisas do Instituto há cinco anos.

• Wilson Suzigan, pesquisador nas áreas de Economia Brasileira, História Econômica do Brasil, Desenvolvimento Industrial e Política Industrial/Tecnológica do Instituto de Geociências do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Unicamp.

• Wilton de Oliveira Bussab, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV – EAESP). Atua na área de amostragem e dedica-se à aplicação dos métodos estatísticos principalmente nas áreas de ciências humanas.

Contratações

Por que o IBGE tem que fazer contratações para o Censo?Os cerca de sete mil servidores do quadro permanente do IBGE em todo o

país não seriam suficientes para realização do Censo em todo Brasil. Portanto, é necessário contratar pessoal, em regime de trabalho temporário.

Quantas pessoas, e para que funções, o IBGE contratou?Para a realização do Censo foram contratados 332 analistas censitários, 33.012

agentes censitários e serão contratados 191.972 recenseadores. Os analistas estão

envolvidos no planejamento do Censo; os agentes, na organização logística e acompanhamento da coleta; e os recenseadores realizarão a coleta de dados.

Ao todo, quantas pessoas trabalharão no Censo?A operação censitária envolverá cerca de 230 mil pessoas espalhadas em todo

o país, incluídos os servidores permanentes do IBGE e o pessoal temporário selecionado por processos seletivos simplifi cados.

Todos os profi ssionais foram contratados ao mesmo tempo?Foram realizados três processos seletivos distintos. Os analistas censitários

começaram a trabalhar em março de 2009, os agentes censitários em fevereiro de 2010, e os recenseadores começarão a trabalhar em julho de 2010.

Todos foram contratados por concurso público?Os chamados “processos seletivos simplifi cados” se assemelham aos concursos

públicos: há lançamento de edital e realização de prova para a seleção de pessoal.

Como o IBGE treina o pessoal contratado?Mais de três mil servidores do IBGE e analistas censitários já participaram

do Programa de Certifi cação do Censo 2010, da Escola Virtual do IBGE. O objetivo é qualifi car os envolvidos na operação censitária, fornecendo uma visão abrangente de todo o processo, por meio do ensino a distância - EAD.

Além dos processos de auto-instrução, os agentes censitários e recenseadores também assistem a treinamentos presenciais, especialmente elaborados para prepará-los para o desempenho de suas funções durante a coleta de dados. O treinamento dos recenseadores, por exemplo, ocorrerá em julho e será feito em duas etapas. Na primeira etapa, eles recebem material de estudo para leitura e, na segunda, o treinamento é presencial. É quando eles tomam contato com o computador de mão – PDA (Personal Digital Assistant) - que será o instrumento de coleta de dados que vão utilizar durante as entrevistas. Nessa etapa, também são testados os conhecimentos – conceitos e aplicação – adquiridos com a leitura do material didático e treinamentos presenciais.

de estudo para leitura e, na segunda, o treinamento é presencial. É quando eles tomam contato com

Personal Digital ) - que será o instrumento de coleta

de dados que vão utilizar durante as

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Conceituação

Quem é contado no Censo?O Censo brasileiro adota

o conceito de população residente ou “de direito”; ou seja, a população é enumerada no seu local de residência habitual. Outra alternativa, seria o levantamento da população “de fato”, ou seja, no local em que se encontrava na data de referência do Censo. Devido às características continentais do Brasil, aconselha-se o uso da primeira alternativa.

Quem NÃO é contado no Censo?Por representarem território estrangeiro, as embaixadas, legações –

representações diplomáticas de categoria inferior a embaixadas – ou consulados, ainda que estejam servindo de residência, não terão seus moradores recenseados, ou seja, contados.

O Censo conta os presos nos presídios, crianças que vivem em orfanatos, pessoas internadas em hospícios ou que moram em asilos e em situação de rua?

O Censo engloba as pessoas que residem em estabelecimento ou instituição onde a relação entre os habitantes é restrita a normas de subordinação administrativa. Esses locais recebem o nome de domicílio coletivo e, entre eles, estão: hotéis, pensões, presídios, penitenciárias, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, hospitais e clínicas - com internação - motéis, campings etc.

O IBGE ainda investiga os moradores dos domicílios particulares improvisados ocupados, que são aqueles que, embora não construídos com a finalidade de servir de moradia, estavam sendo utilizados como tal. Alguns exemplos: estabelecimentos não residenciais (bares, lojas etc.), grutas, galpões, tendas, barracas em acampamentos, habitações improvisadas sob pontes, viadutos etc.

Frequentemente, a denominada população em situação de rua possui algum local de moradia, não obstante nele não esteja presente todos os dias. Algumas situações mais comuns: a pessoa passa o dia na rua e se recolhe à noite em albergues ou instituições similares. A pessoa tem sua família residindo

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em um domicílio, quase sempre na periferia da cidade, para o qual retorna periodicamente nos fins de semana ou quinzenalmente. A pessoa utiliza algum tipo de domicílio improvisado (conforme definido acima). Em quaisquer das situações descritas, ela será recenseada no domicílio que utiliza habitualmente.

Qual a definição de domicílio para o IBGE?Para o IBGE, domicílio é o “local estruturalmente separado e independente,

que se destina a servir de habitação a uma ou mais pessoas, ou que esteja sendo utilizado como tal. Os critérios essenciais desta definição são os de separação e independência. Entende-se por separação o local de habitação limitado por paredes, muros ou cercas, coberto por um teto, permitindo a uma ou mais pessoas que nele habitam isolar-se das demais, com a finalidade de dormir, preparar e/ou consumir seus alimentos e proteger-se do meio ambiente, arcando, total ou parcialmente, com suas despesas de alimentação ou moradia. Por independência se entende quando o local de habitação tem acesso direto, permitindo a seus moradores entrar e sair sem necessidade de passar por locais de moradia de outras pessoas. Só caracteriza-se corretamente domicílio quando forem atendidos simultaneamente os critérios de separação e independência”.

Além disso, o Censo 2010 traz inovações no detalhamento para identificação dos domicílios coletivos (asilo, hotel, penitenciária etc.) e características do entorno (existência de iluminação elétrica, identificação do logradouro, pavimentação etc.). No Glossário em anexo, você pode conferir as caracterizações que o IBGE dá aos domicílios.

Questionários

Que temas são investigados no Censo?O Censo investiga temas para domicílios e moradores. Acerca dos domicílios,

temos, por exemplo: iluminação, abastecimento de água, saneamento, existência de computador com acesso a Internet etc. Já os moradores são questionados acerca de escolaridade, trabalho e rendimento, idade, cor/raça, deficiência etc. Para conhecer todas as variáveis investigadas, os questionários do Censo estão disponibilizados no site do Censo no portal do IBGE na Internet (www.censo2010.ibge.gov.br).

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Quais os critérios que pesam na escolha dos temas investigados no Censo?Para a seleção dos tópicos a serem investigados no Censo 2010, foram

considerados vários fatores: as consultas aos usuários do Censo, a revisão dos tópicos investigados tradicionalmente, a reavaliação das necessidades de manter série histórica, a avaliação de novas necessidades de dados e se havia alternativas disponíveis de obtenção dos dados, sempre observando-se as recomendações internacionais. Ressalte-se ainda o tempo de resposta que, devido ao tamanho da operação, não deveria ficar acima do que os testes demonstraram.

Há alguma determinação legal para que determinados temas constem nos questionários do Censo?

O artigo 17 da Lei Federal nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, criou a obrigatoriedade de incluir nos Censos Demográficos questões específicas sobre pessoas portadoras de deficiência, com o objetivo de quantificar esse grupo e conhecer sua realidade social e econômica.

Existem quantos questionários?Existem dois tipos: o “básico” e o “da amostra”. Todas as perguntas do

questionário básico também estão contidas no questionário da amostra, de forma que essas variáveis comuns são investigadas censitariamente, ou seja, para todos os domicílios e pessoas. Isto permite que os registros dos dois tipos de questionários formem o conjunto Universo, ou seja, informações básicas para a totalidade da população recenseada.

Onde é possível ter acesso aos questionários do Censo 2010?Os questionários do Censo 2010 podem ser encontrados no portal do IBGE,

no qual há link para o site do Censo 2010 (www.censo2010.ibge.gov.br).

Por que existem os dois questionários?Aplicar um questionário extenso em todos os domicílios do País não é uma

alternativa viável diante dos custos envolvidos e do prazo que seria necessário para liberar os resultados. Assim, a opção foi investigar, para a totalidade dos domicílios, as variáveis que constam do questionário básico e, para uma amostra de domicílios, proceder a uma investigação mais detalhada, com o questionário da amostra (lembrando que todas as perguntas do questionário básico também estão contidas no questionário da amostra).

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Como é feita a escolha de quem vai responder ao Questionário da Amostra?Primeiro, é importante lembrar que o Censo é uma pesquisa domiciliar e

que o IBGE visita todos os domicílios do País, onde um ou mais moradores respondem ao recenseador e prestam informações sobre todos os que ali moram. A seleção dos domicílios para a amostra (o que significa definir qual tipo de questionário será aplicado em um determinado domicílio) será feita automaticamente, no computador de mão (PDA). Os domicílios são cadastrados no PDA e fazem parte de uma lista da qual os domicílios que farão parte da amostra serão sorteados. A seleção é aleatória, independente em cada setor censitário, de acordo com a fração amostral definida para o município, e de forma que seja espalhada geograficamente por toda a extensão do setor censitário.

Quantos domicílios vão responder ao Questionário da Amostra?Aproximadamente 11% dos domicílios (cerca de 6,4 milhões) responderão

ao questionário da amostra. E para poder fornecer informação com maior precisão para os municípios de menor porte, o Censo 2010 irá aplicar cinco frações amostrais diferentes, de acordo com o tamanho do município em termos de população estimada para 2009. A fração amostral em municípios pequenos tem de ser maior para que a amostra tenha um tamanho adequado a fim de garantir a qualidade das estimativas do Censo. No quadro abaixo você pode conferir as frações amostrais:

Os resultados obtidos na amostra representarão as características do conjunto total da população e dos domicílios?

Os totais municipais são estimados atribuindo pesos aos domicílios e pessoas investigados na amostra. O que está por trás desse peso é a fração amostral usada para o município (vide quadro acima). Assim, por exemplo, de forma bem simplificada, nos municípios entre 20.000 até 500.000 habitantes, onde é usada

Habitantes no Município Domicílios Questionário Amostra Nº de Municípios

Até 2.500 50% 260

Mais de 2.500 até 8.000 33% 1.912

Mais de 8.000 até 20.000 20% 1.749

Mais de 20.000 até 500.000 10% 1.604

Mais de 500.000 5% 40

Total 11% 5.565

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a fração amostral de 10%, cada domicílio investigado vale por 10, ou seja, vale por ele mesmo e por mais outros nove que ele representa. Chega-se, assim, a estimativas para o total da população e dos domicílios. Importante destacar que as frações amostrais foram definidas tendo em vista a qualidade dessas estimativas, de tal forma que os totais municipais divulgados para as variáveis investigadas somente na amostra tenham precisão aceitável. Para transparência dos resultados, o nível de precisão de cada variável é também divulgado pelo IBGE.

Existem novas perguntas no Censo 2010?Sim. Abaixo segue listagem com as principais inclusões:

Em relação aos domicílios, o IBGE investigará:Uso de medidor e disponibilidade de energia elétrica; existência de

telefone celular, motocicleta, acesso à Internet; emigração internacional; e responsabilidade compartilhada do domicílio (podendo ser indicados um ou mais responsáveis);

Em relação aos moradores, o IBGE investigará: Para a população indígena, a etnia ou povo a que pertence e a língua falada;

existência de registro de nascimento para os moradores com até dez anos; migração interna de última etapa; inclusão de curso de especialização de nível superior como o mais elevado que frequenta ou frequentou; identificação de rendimentos provenientes de programas sociais; se trabalha em um só local e tempo habitual de deslocamento de casa para o trabalho, arranjo familiar de cônjuges do mesmo sexo.

Como o IBGE investiga a cor das pessoas no Censo?De forma autodeclaratória. O método da autodeclaração é consagrado

internacionalmente e foi ratificado na Declaração de Durban (Relatório da Conferência Mundial Contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata2). O recenseador pergunta ao entrevistado qual a cor ou raça deste, e ele pode optar entre as opções: “Branco”, “Preto”, “Amarelo”, “Pardo” ou “Indígena”.

2 De 31 de agosto a 7 de setembro de 2001, organizada pela ONU, foi realizada a III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intole-rância, em Durban, na África do Sul, conhecida como Conferência de Durban. Na Declaração de Durban, a autodeclaração é mencionada no artigo 92 do capítulo 2 “Políticas e práticas: Coleta e disseminação de dados, pesquisas e estudos”.

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Como o IBGE investiga a deficiência no Censo?De forma autodeclaratória. No Glossário deste Guia, você encontra todas as

definições que englobam o tema deficiência.

A tecnologia

Existe algum site sobre o Censo?O site do Censo 2010, disponível

no portal do IBGE na Internet, detalha todas as etapas dessa grande operação. Acesse www.censo2010.ibge.gov.br.

É possível responder o Censo pela Internet?

O questionário poderá ser preenchido pela Internet. Nesse caso, o morador, após ter sido visitado pelo recenseador, e manifestar seu desejo de responder pela Internet, tendo em vista sua absoluta impossibilidade de responder diretamente ao recenseador, receberá um envelope contendo e-tickets (códigos de acesso) que lhe darão acesso ao questionário num site específico, com segurança atestada por autoridade certificadora, garantindo a criptografia e o sigilo das informações prestadas. O questionário não estará na homepage do IBGE, e não será possível acessá-lo sem antes receber a visita do recenseador. Importante alertar que o IBGE não enviará nenhum e-mail solicitando preenchimento de questionários.

E se os moradores não responderem?Caso o morador que tenha se comprometido a responder pela Internet não

o faça em dez dias, o sistema de acompanhamento do Censo atesta o fato e o recenseador deverá retornar quantas vezes se fizer necessário ao domicílio em questão para realizar a entrevista.

Como é feito o acompanhamento da coleta de dados?O acompanhamento da coleta do Censo 2010 pelo IBGE será realizado

em tempo real. As informações de campo são transmitidas a um sistema que permite o acompanhamento da evolução dos trabalhos, oferecendo relatórios e gráficos que demonstram a situação do andamento da coleta de dados, ou

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seja, os setores censitários em andamento, paralisados, concluídos etc.; e as quantidades de domicílios e pessoas já recenseadas. Desta forma, o sistema integra os vários conjuntos de informações e recortes de interesse dos diferentes níveis de gestão do Censo, municipal, regional, estadual e nacional, faz críticas imediatas, identifica eventuais falhas de cobertura e automatiza o fechamento da coleta nos municípios e a liberação do pagamento dos recenseadores quando concluída sua tarefa (fechamento do setor censitário).

E como é feita a transferência dos dados dos PDAs dos recenseadores para o IBGE?A transmissão de dados para o IBGE é feita dos cerca de 7.000 postos de

coleta que serão instalados em todo o país, e também pela Internet (no caso dos questionários respondidos por este meio).

O IBGE usará esses aperfeiçoamentos após o Censo?O Censo 2010 é o maior projeto da Instituição e permitirá ao IBGE oferecer

a seus usuários retratos cada vez mais interativos e espacializados, culminando na disseminação de informações numa base digital, parte fundamental da construção da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais e Estatísticos (INDE) – aproximando as áreas de Geografia e Estatística.

No âmbito interno, todas as inovações tecnológicas, as melhorias nos processos de trabalho e os produtos gerados – como a Base Territorial em plataforma digital associada ao Cadastro de Endereços – deixarão enormes ganhos de qualidade e eficiência para outras pesquisas e projetos da Instituição, como, por exemplo, as demais Pesquisas Domiciliares.

Operação Censitária

Quanto custa realizar o Censo?O orçamento do Censo está calculado em R$ 1, 677 bilhão. O Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é uma instituição da administração pública federal, vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e as atividades censitárias são previstas no Orçamento da União.

Como o orçamento do Censo foi calculado?Um Censo é um empreendimento dispendioso em qualquer país, ainda mais

no caso do Brasil com seus 8.512.000 km2 de território heterogêneo e, muitas

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vezes, de difícil acesso. O valor foi calculado levando em conta os investimentos necessários em infraestrutura de comunicação, aquisição de equipamentos, campanha publicitária, gastos com pessoal e custeio da operação.

Desse valor, 67% serão gastos com pessoal, 19% com custeio e 14% com investimentos. O orçamento prevê ações entre 2008 e 2011, mas 70% do valor será gasto apenas durante os três ou quatro meses de coleta.

Desde quando o IBGE se prepara para o Censo?O IBGE começou a preparação do Censo em 2007, e os trabalhos começaram

a se intensificar em 2008.Abaixo segue, de forma simplificada, o cronograma de ações que envolvem

o Censo.• 2007: início do planejamento do Censo 2010;• Agosto de 2008: início da transformação da Base Territorial de meio

analógico para digital;• Junho de 2008 a fevereiro de 2009: realização de testes e provas-

piloto de questionário e sistemas;• Setembro de 2009: Censo Experimental;• Agosto de 2009 a fevereiro de 2010: aquisição de equipamentos

complementares para a coleta do Censo (computador de mão) e outros;• Outubro de 2009 a março de 2010: recrutamento e seleção de

pessoal temporário;• Março a julho de 2010: treinamento das equipes de coleta e supervisão;• 1º de agosto de 2010: início da coleta de dados (período de coleta:

aproximadamente três a quatro meses);• Dezembro de 2010: divulgação dos primeiros resultados.

O IBGE realizou algum tipo de “teste” para o Censo?Para realizar o Censo, é preciso se preparar com antecedência, planejar

e testar os procedimentos para que na operação tudo funcione como esperado. No planejamento do Censo 2010, foram realizadas avaliações e análises dos censos anteriores, Testes Cognitivos e Provas-Piloto para temas específicos, como: Pessoas Portadoras de Deficiência e Populações Indígenas, entre outros.

O que é o “Censo Experimental”?O Censo Experimental é uma espécie de ensaio geral do que ocorrerá no Censo

Demográfico, sendo uma etapa crucial do planejamento para avaliar, aperfeiçoar e

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corrigir, se necessário, os procedimentos previstos. O Censo Experimental foi realizado no Município de Rio Claro (SP), nos Distritos sedes de Santo Antonio do Tauá (PA), Guaporé (RS), Fazenda Nova (GO) e o Distrito de Bonfi m da Feira do Município de Feira de Santana (BA), além de um setor de terra indígena (Aldeia Velha, localizado em Porto Seguro-BA), entre setembro e novembro de 2009, tendo como data de referência a noite de 31 de julho para 1º de agosto de 2009. Foram testados os questionários (entendimento da população às perguntas) e os itens logísticos (armazenamento e transmissão de dados, por exemplo).

Como foi escolhida a cidade na qual seria realizado o Censo Experimental?Rio Claro (SP) foi a cidade escolhida para receber o Censo Experimental

por possuir uma economia diversifi cada (agropecuária, indústria, comércio e serviços) e dispor de ensino superior, fatores que permitem ao IBGE testar os questionários em temas que se referem a trabalho, rendimento e educação.

O que é a Base Territorial?O IBGE chama de Base Territorial o conjunto de mapas, com endereços,

nomes das localidades, imagens de satélite e outros elementos que representam o espaço que o recenseador percorrerá para coletar os dados. O projeto de atualização da Base Territorial para o Censo 2010 começou com a digitalização dos mapas utilizados no Censo 2000, seguida pela integração das bases urbana e rural. Após a aquisição de imagens do Google Earth, do satélite japonês ALOS, ortofotos (fotos aéreas com alta defi nição), teve início a atualização da base propriamente dita.

A tarefa de associar os endereços aos mapas coube à rede de agências do IBGE, nos municípios com até 20 mil habitantes. Foram contratadas empresas de roteamento para associar mapas e endereços nos municípios com mais de 20 mil habitantes. O trabalho envolve equipes multidisciplinares do IBGE. A conferência da Base foi feita em abril e maio, durante a fase de pré-coleta.

O que é “setor censitário”?O setor censitário é a unidade territorial estabelecida para fi ns de controle

cadastral, formado por área contínua, situada em um único quadro urbano ou

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rural, com dimensão e número de domicílios que permitam o levantamento por um recenseador. Assim sendo, cada recenseador procederá à coleta de informações tendo como meta a cobertura do setor censitário que lhe é designado.

Existem quantos setores censitários no Brasil?Para o Censo 2010, foi construída a Base Territorial, acima mencionada, a

partir da qual o País foi dividido em cerca de 314 mil setores censitários.

Como o IBGE chega aos endereços das pessoas?Durante a coleta do Censo, o recenseador percorre todos os caminhos do

setor censitário, construindo a listagem dos endereços encontrados, que vai atualizar o chamado Cadastro de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE).

O que é a chamada pré-coleta e por que o IBGE a realiza?A pré-coleta é o período durante o qual mais de 20 mil supervisores fazem

a listagem dos endereços das unidades residenciais e não residenciais e a coleta das características do entorno - das quadras e faces, por exemplo, pavimentação, iluminação e arborização etc. Essas listagens serão associadas aos mapas dos setores censitários – posteriormente digitalizados, o que permitirá aos recenseadores conhecer com antecedência os endereços que terão de visitar. Esse trabalho ocorreu a partir de 12 de abril, nos municípios com mais de 1.500 domicílios urbanos; e 07 de maio, nos municípios com menos de 1.500 domicílios urbanos.

O IBGE respeita que definição de limites entre municípios?Os limites entre os municípios são definidos pelos legislativos estaduais.

Assim, a população recenseada residente em uma área em disputa entre municípios será incluída naquele município que, por lei estadual, abrange tal área.

O IBGE respeita que definição de limites intramunicipais?Os limites intramunicipais (bairros, distritos) são definidos pelos legislativos

municipais. Assim, naqueles municípios para os quais será possível ter dados intramunicipais, o IBGE o fará respeitando a legislação vigente.

Existem quantas coordenações de área e subárea?Para cobrir cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território

brasileiro e seus 5.565 municípios, para fins da operação censitária, o IBGE criou 1.283 subáreas (agrupamento, em média, de cinco municípios), distribuídas em

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222 áreas. Cada uma dessas subáreas terá uma Coordenação que se reportará à sua respectiva Coordenação de Área. Cada Coordenação terá um profissional do IBGE como responsável durante os trabalhos do Censo.

Como garantir que o recenseador visite a área que lhe é devida e não a de outro recenseador?

Os aparelhos nos quais os dados serão armazenados utilizam a tecnologia Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês), o que permite ao IBGE assegurar que todo o conjunto do território nacional será recenseado e que cada um dos recenseadores visitará a área que lhe é devida, já que cada um dos aparelhos estará programado para funcionar no local previamente estabelecido, além do acompanhamento permanente das equipes de supervisores responsáveis pelo trabalho de coleta dos recenseadores.

Como saber se o recenseador efetivamente aplicou os questionários nos domicílios que deveria visitar?

O acompanhamento do trabalho do recenseador será realizado em tempo real. As informações por ele coletadas serão baixadas no Posto de Coleta para um sistema de indicadores que permite o acompanhamento da evolução do trabalho. A partir daí é feita uma análise que permite avaliar se as informações coletadas estão de acordo com intervalos de valores esperados e se o prazo previsto está sendo cumprido. Além disso, há um plano de supervisão para acompanhamento e monitoramento do trabalho do recenseador, onde é avaliada também a correta aplicação dos questionários.

Que tipo de domicílio o recenseador tem mais dificuldade de visitar?O IBGE supõe que os moradores de condomínios de luxo e de áreas violentas

sejam os mais difíceis de serem recenseados. Os primeiros, pelas restrições impostas à presença de pessoas estranhas ao dia-a-dia dos condomínios; os segundos, pela dificuldade de garantir a segurança do recenseador. E, em ambos os casos, devido à dificuldade de encontrar os moradores em seus domicílios nos horários habituais de trabalho.

Como o IBGE se preparou para lidar com as dificuldades de recensear os moradores de condomínios?

O IBGE preparou uma campanha de divulgação voltada para as administradoras de condomínios, síndicos e porteiros, com explicações sobre a importância do Censo. Tal material também traz informações sobre como os

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recenseadores podem ser identificados – garantindo a segurança dos moradores de cada condomínio e/ou casa independente.

Como o IBGE se preparou para lidar com as dificuldades de recensear os moradores de áreas violentas?

Para o recenseamento da população que vive em áreas urbanas com altos índices de violência, o IBGE coloca em prática algumas iniciativas. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, foram criados pólos de trabalho específicos para os moradores desses locais se inscreverem no Processo Seletivo de recenseador.

Como o recenseador poderá ser identificado?O recenseador poderá ser identificado através de sua vestimenta (colete

e boné do Censo 2010), pelo aparelho de coleta de dados (PDA) e por seu documento de identidade (com nome e foto). O IBGE dispõe de um número de telefone gratuito (0800-7218181) para o qual a população poderá ligar para conferir se a pessoa é mesmo o recenseador do IBGE.

O recenseador pode fazer visitas durante os finais de semana e noites?Sim. É o recenseador que organiza seu horário de trabalho a fim de conseguir

recensear todos os domicílios de seu setor censitário. Caso ele não consiga encontrar moradores durante o horário comercial, poderá ter que fazer as visitas no horário noturno ou mesmo durante os finais de semana.

O recenseador precisa entrar na casa do entrevistado para aplicar o questionário?

Não. Caso o morador se sinta mais confortável/seguro em responder na parte externa do domicílio, poderá fazê-lo.

O IBGE exige documentos que comprovam as informações fornecidas pelos entrevistados? Como saber se elas são verdadeiras?

Não, o IBGE não exige documentos que comprovem a veracidade das informações prestadas. Não à toa, o Instituto desenvolve várias iniciativas de esclarecimento da população acerca da importância de responder corretamente ao questionário.

As pessoas são obrigadas a responder o Censo?Fazer o Censo 2010 é uma responsabilidade do IBGE e também da

sociedade que, ao colaborar com o recenseamento, cumpre seu papel de cidadã. A Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, dispõe sobre a

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obrigatoriedade de prestação de informações estatísticas. O texto do Art. 1º estabelece que toda pessoa natural ou jurídica de direito público ou de direito privado que esteja sob a jurisdição da lei brasileira é obrigada a prestar as informações solicitadas pelo IBGE, visando à execução do Plano Nacional de Estatística (Decreto-Lei nº 161, de 13 de fevereiro de 1967, Art. 2º., § 2º.).

Se alguém não quiser responder, será alvo de alguma sanção/ punição? De acordo com a Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, a “não prestação

de informações nos prazos fixados” gera multa de até 10 (dez) vezes o maior salário mínimo vigente no país. O pagamento da multa não exonera o infrator da obrigação de prestar as informações e fica dispensado do pagamento da multa o infrator primário que prestar as informações no prazo fixado no auto de infração. Todavia, o IBGE compreende que as informações prestadas são parte do processo de cidadania e que os dados fornecidos pela compreensão da importância desse trabalho para o planejamento e desenvolvimento da nação serão sempre mais úteis.

Divulgação

Quando os resultados do Censo 2010 serão divulgados?Os primeiros resultados, sobre a população de cada município brasileiro, serão

encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU) em 27 de novembro. A população por sexo (número de homens e mulheres) e a situação do domicílio (quantos moram em áreas urbanas e rurais) será divulgada em dezembro de 2010. A partir de 2011, o IBGE divulgará as outras informações.

Onde as informações apuradas pelo Censo estarão disponíveis?Além de publicações que serão impressas, todo e qualquer veículo de imprensa

poderá ter acesso às informações do Censo 2010, sem distinção e ao mesmo tempo, através do site do IBGE e dos releases e coletivas que serão programadas para divulgar os resultados. Os contatos da assessoria de imprensa constam no Expediente deste Guia. Já a sociedade terá acesso aos dados do Censo através das Supervisões de Disseminação de Informações (SDIs), que existem em cada uma das Unidades da Federação, e no próprio site do IBGE.

Qualquer pessoa poderá ter acesso aos dados do Censo?Sim, através do site do IBGE será possível a qualquer um ter acesso às

informações divulgadas do Censo 2010.

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Grandes Números

O quadro a seguir traz a informação de quantos recenseadores vão trabalhar no Censo Demográfico 2010, por UF e total Brasil.

UF Municípios Recenseadores

Acre 22 678

Alagoas 102 3.033

Amapá 16 602

Amazonas 62 2.771

Bahia 417 14.449

Ceará 184 7.774

Distrio Federal 1 2.820

Espírito Santo 78 3.387

Goiás 246 5.825

Maranhão 217 6.005

Mato Grosso 141 2.772

Mato Grosso do Sul 78 2.237

Minas Gerais 853 19.075

Pará 143 6.121

Paraíba 223 3.784

Paraná 399 11.162

Pernambuco 185 8.187

Piauí 224 3.253

Rio de Janeiro 92 17.251

Rio Grande do Norte 167 2.724

Rio Grande do Sul 496 12.558

Rondônia 52 1.497

Roraima 15 479

Santa Catarina 293 6.739

São Paulo 645 43.634

Sergipe 75 1.894

Tocantins 139 1.261

Brasil 5.565 191.972

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Glossário de termos relacionados ao Censo

Aglomerado rural - Agrupamento de população considerado a partir de um conjunto de edificações adjacentes (50m ou menos de distância entre si) e com características de permanência, situado em área legalmente definida como rural.

Aglomerado subnormal (favelas e similares) - Conjunto constituído por no mínimo 51 unidades habitacionais (barracos, casas etc.), ocupando – ou tendo ocupado – até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular); dispostas, em geral, de forma desordenada e densa; e carentes, em sua maioria, de serviços públicos e essenciais.

Áreas urbanizadas de cidade ou vila - Áreas legalmente definidas como urbanas e caracterizadas por construções, arruamentos e intensa ocupação humana; áreas afetadas por transformações decorrentes do desenvolvimento urbano e aquelas reservadas à expansão urbana.

Áreas não-urbanizadas de cidade ou vila - Áreas legalmente definidas como urbanas, mas caracterizadas por ocupação predominantemente de caráter rural.

Áreas urbanas isoladas - Áreas definidas por lei municipal e separadas da sede municipal ou distrital por área rural ou por outro limite legal.

Deficiência - Foram investigadas: deficiência mental permanente, deficiência física permanente (tetraplegia, paraplegia, hemiplegia, falta de membro ou de parte dele), deficiência auditiva, visual e motora.

Deficiência auditiva - Incapacidade auditiva (mesmo com o uso de aparelho auditivo, se a pessoa usá-lo) dividida em: Incapaz de ouvir (pessoa se declara totalmente surda), Grande dificuldade permanente de ouvir (pessoa declara ter grande dificuldade permanente de ouvir, ainda que usando aparelho auditivo) ou Alguma dificuldade permanente de ouvir (pessoa declara ter alguma dificuldade permanente de ouvir, ainda que usando aparelho auditivo).

Deficiência física - Foram consideradas deficiências físicas a Tetraplegia (paralisia permanente total de ambos os braços e pernas), Paraplegia (paralisia permanente das pernas), Hemiplegia (paralisia permanente de um dos lados do corpo) ou Falta de membro ou de parte dele (falta de perna, braço, mão, pé ou do dedo polegar ou a falta de parte da perna ou braço).

Deficiência mental permanente - Retardamento mental resultante de lesão ou síndrome irreversível, que se caracteriza por dificuldades ou limitações intelectuais associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal, autodeterminação, cuidados com saúde e segurança, aprendizagem, lazer, trabalho etc. Não foram consideradas deficiências mentais perturbações como autismo, neurose, esquizofrenia e psicose.

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Deficiência motora - Incapacidade motora (mesmo com o uso de prótese, bengala, ou aparelho auxiliar, se a pessoa usá-los) dividida em: Incapaz de caminhar ou subir escadas (pessoa se declara incapaz de caminhar ou subir escadas sem ajuda de outra pessoa, por deficiência motora), Grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas (pessoa declara ter grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas sem ajuda de outra pessoa, ainda que usando prótese, bengala ou aparelho auxiliar) ou Alguma dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas (pessoa declara ter alguma dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas sem ajuda de outra pessoa, ainda que usando prótese, bengala ou aparelho auxiliar).

Deficiência visual - Incapacidade visual (mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato, se a pessoa usá-los) dividida em: Incapaz de enxergar (pessoa se declara totalmente cega), Grande dificuldade permanente de enxergar (pessoa declara ter grande dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes de contato); ou Alguma dificuldade permanente de enxergar (pessoa declara ter alguma dificuldade de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes de contato).

Distritos - São unidades administrativas dos municípios. Sua criação, desmembramento ou fusão se faz por lei municipal, observada a continuidade territorial e os requisitos previstos em lei complementar estadual. Podem, a depender da legislação estadual, ser subdivididos em subdistritos, regiões administrativas, zonas e similares.

Domicílio - Local estruturalmente separado e independente que se destina a servir de habitação a uma ou mais pessoas, ou que esteja sendo utilizado como tal. Os critérios essenciais desta definição são os de separação e independência. Entende-se por separação o local de habitação limitado por paredes, muros ou cercas, coberto por um teto, permitindo a uma ou mais pessoas que nele habitam isolar-se das demais, com a finalidade de dormir, preparar e/ou consumir seus alimentos e proteger-se do meio ambiente, arcando, total ou parcialmente, com suas despesas de alimentação ou moradia. Por independência se entende quando o local de habitação tem acesso direto, permitindo a seus moradores entrar e sair sem necessidade de passar por locais de moradia de outras pessoas. Só caracteriza-se corretamente domicílio quando forem atendidos simultaneamente os critérios de separação e independência.

Domicílio coletivo - É o domicílio em que a relação entre as pessoas que nele habitam é restrita a normas de subordinação administrativa, como hotéis, pensões, presídios, penitenciárias, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, hospitais e clínicas (com internação), alojamento de trabalhadores, motéis, campings etc.

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Domicílio fechado - É o domicílio particular ocupado cujos moradores estavam temporariamente ausentes durante todo o período da coleta.

Domicílio improvisado - É o domicílio localizado em unidade não-residencial (loja, fábrica etc.) ou com dependências não destinadas exclusivamente à moradia, mas que na data de referência estava ocupado por morador. Exemplos: prédios em construção, vagões de trem, carroças, tendas, barracas, grutas etc. que estavam servindo de moradia na data de referência foram considerados domicílios particulares improvisados.

Domicílio particular - É o domicílio em que o relacionamento entre seus ocupantes é ditado por laços de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência.

Domicílio particular permanente - É o domicílio construído para servir exclusivamente à habitação e que, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas.

Domicílio de uso ocasional – É o domicílio particular permanente que na data de referência servia ocasionalmente de moradia. Ou seja, são aqueles usados para descanso de fins de semana, férias ou outro fim, mesmo que, na data de referência, seus ocupantes ocasionais estivessem presentes.

Domicílio vago - É o domicílio particular permanente que não tinha morador na data de referência, mesmo que, posteriormente, durante o período da coleta, tivesse sido ocupado.

População recenseada - São as pessoas que tinham o domicílio como local de residência habitual e se achavam presentes na data de referência (moradores presentes), as pessoas que tinham o domicílio como local de residência habitual e que, na data de referência, estavam ausentes por período não superior a 12 meses em relação a essa data (moradores ausentes).

População residente - São os moradores do domicílio na data de referência, quer estivessem presentes ou ausentes. As pessoas moradoras do domicílio que estavam ausentes foram recenseadas desde que sua ausência não tenha sido superior a 12 meses em relação àquela data, pelos seguintes motivos: viagens, internação em estabelecimento de ensino ou hospedagem em outro domicílio, detenção sem sentença definitiva declarada, internação temporária em hospital ou estabelecimento similar e embarque a serviço (marítimos).

Povoado - Aglomerado rural isolado sem caráter privado ou empresarial, não vinculado a um único proprietário do solo. Caracterizado pela existência de serviços para atender aos moradores do próprio aglomerado ou de áreas rurais próximas

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Atendimento a mídia nos estados

Acre Felippe Ferreira NeryTel: (68) 3224-6236/ 1490E-mail: [email protected] End.: R. Benjamin Constant, 907, Centro - Rio Branco. CEP: 69900-160

AlagoasAlberto Jorge Cavalcanti FerreiraTel: (82) 2123-4205/ 4235E-mail: [email protected].: Pça. dos Palmares, s/nº, 2° andar, edf. Palmares, Centro – Maceió. CEP: 57020-150

AmazonasAdjalma Nogueira JaquesTel: (92) 3633-2433/ 2969E-mail: [email protected].: R. Quintino Bocaiúva, 122, 2° andar, Centro – Manaus. CEP: 69005-110

AmapáJoel Lima da SilvaTel: (96) 3223-2696, ramal 206E-mail: [email protected].: R. São José, 2.342, Centro – Macapá. CEP: 68900-110

Bahia Joilson Rodrigues de SouzaTel: (71) 2105-8668/ 8664/ 8625E-mail: [email protected].: Av. Castelo Branco, 750, térreo, edf. Central Valle, Nazaré – Salvador. CEP: 40050-900

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Ana Maria Loureiro PereiraTel: (71) 2105-8668/ 8664/ 8625E-mail: [email protected].: Av. Castelo Branco, 750, térreo, edf. Central Valle, Nazaré – Salvador. CEP: 40050-900

Ceará Nilo Sérgio Albuquerque de CastroTel: (85) 3464-5367/ 5369/ 3283-6294E-mail: [email protected].: Av. 13 de Maio, 2.901, Benfica – Fortaleza. CEP: 60040-531

Distrito FederalSonia Baena MacielTel: (61) 3319-2157/ 2149E-mail: [email protected].: Av. W3 Sul, quadra 509, bloco A, lojas 1/5, Asa Sul – Brasília. CEP: 70360-510

Gabriela Chagas DornellesTel: (61) 3319-2157/ 2149E-mail: [email protected].: Av. W3 Sul, quadra 509, bloco A, lojas 1/5, Asa Sul – Brasília. CEP: 70360-510

Espírito Santo Shella Bodart Ramalhete GameiroTel: (27) 3324-4016, ramal 122E-mail: [email protected].: Av. Nossa Senhora dos Navegantes, 675, 9º andar, edf. Palácio do Café, Enseada do Suá – Vitória. CEP: 29050-912

Goiás Marília Tandaya GrandiTel: (62) 3223-3121E-mail: [email protected].: Av. 85, nº 759, edf. Felicidade, Setor Sul – Goiânia. CEP: 74080-010

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Maranhão Leide Carvalho FreitasTel: (98) 2106-6018/ 6019/ 6044/ 6016 E-mail: [email protected].: R. de Nazaré e Odyllo, 49, Centro – São Luís. CEP: 65010-410

Raquel Elisa de Araújo MarrocosTel: (98) 2106-6018/ 6019/ 6044/ 6016 E-mail: [email protected].: R. de Nazaré e Odyllo, 49, Centro – São Luís. CEP: 65010-410

Minas Gerais Marcelo Augusto GomesTel: (31) 2105-2406/ 2411E-mail: [email protected].: R. Oliveira, 523, 1° andar, Cruzeiro – Belo Horizonte. CEP: 30310-150

Fabiana Paula Moreira do CarmoTel: (31) 2105-2406/ 2411E-mail: [email protected].: R. Oliveira, 523, 1° andar, Cruzeiro - Belo Horizonte. CEP: 30310-150

Mato Grosso do SulIsabel de Paula CostaTel: (67) 3320-4264E-mail: [email protected].: R. Barão do Rio Branco, 1.431, Centro - Campo Grande. CEP: 79002-174

Mato GrossoMaria do Carmo Silva SigariniTel: (65) 3623-0573/ 7316E-mail: [email protected] End.: Av. Tenente-coronel Duarte, 407, 1° andar, Centro – Cuiabá. CEP: 78005-500

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Tiago Monteiro de AssunçãoTel: (65) 3623-0573/ 7316E-mail: [email protected].: Av. Tenente-coronel Duarte, 407, 1° andar, Centro – Cuiabá. CEP: 78005-500

Pará Maria Ivone MacielTel: (91) 3202-5600/ 5601/ 5602/ 5604/ 5605E-mail: [email protected].: Av. Serzedelo Corrêa, 331/337, edf. Felizardo Dias, Nazaré – Belém. CEP: 66035-400

Kelvin Santos de SouzaTel: (91) 3202-5600/ 5601/ 5602/ 5604/ 5605E-mail: [email protected].: Av. Serzedelo Corrêa, 331/337, edf. Felizardo Dias, Nazaré – Belém. CEP: 66035-400

Paraíba Lamartine Candeia de AndradeTel: (83) 2106-6669/ 6668/ 6670/ 6671E-mail: [email protected].: R. Irineu Pinto, 94, Centro - João Pessoa. CEP: 58010-100

PernambucoJáiniton FilhoTel: (81) 3272-4095/ 4096/ 4093 E-mail: [email protected].: Pça. Ministro João Gonçalves de Souza, s/nº, 4S, 087, edf. Sudene, Engenho do Meio – Recife. CEP: 50670-900

35

Guilherme GuimarãesTel: (81) 3442-0285 E-mail: [email protected].: Pça. Ministro João Gonçalves de Souza, s/nº, 4S, 087, edf. Sudene, Engenho do Meio – Recife. CEP: 50670-900

Piauí Pedro Soares SilvaTel: (86) 2106-4172/ 4173E-mail: [email protected].: R. Simplício Mendes, 436, Norte, Centro – Teresina. CEP: 50670-900

Paraná Yara Araujo Siqueira CeccattoTel: (41) 3595-4441/ 4442/ 4443/ 4440E-mail: [email protected].: Al. Dr. Carlos de Carvalho, 75, Centro – Curitiba. CEP: 80410-180,

Manuela Bergamim de OliveiraTel: (41) 3595-4441/ 4442/ 4443/ 4440E-mail: [email protected].: Al. Dr. Carlos de Carvalho, 75, Centro – Curitiba. CEP: 80410-180

Rio de JaneiroSede do IBGE. Av. Franklin Roosevelt, 166, sala 900 – Rio de Janeiro. CEP 20021-120

Silvia FonsecaTel: (21) 2142-4506E-mail [email protected]

36

Mariana Vieira ViveirosTel: (21) 2142-0882E-mail [email protected]

Adriana Gonçalves SaraivaTel: (21) 2142-0919E-mail: [email protected]

Luiz d’Albuquerque BelloTel: (21) 2142-0890E-mail: [email protected]

Paulo Mauricio Schueler da EncarnaçãoTel: (21) 2142-0985E-mail: [email protected]

Sara Regina Santos SampaioTel:(21) 2142 8792E-mail: [email protected]

Diana Paula de SouzaTel: (21) 2142 8786E-mail: [email protected]

Claudio Faria MarquesTel: (21) 2142 3203E-mail: [email protected]

Luiz Eduardo Neves PeretTel: (21) 2142 0986E-mail: [email protected]

Cláudia Chagas da Silva Tel: (21) 2142-4841E-mail: [email protected].: Av. Beira Mar, 436, 2° andar, Castelo - Rio de Janeiro. CEP: 20021-060

37

Rio Grande do Norte Ivanilton Passos de OliveiraTel: (84) 3203-6184/ 3025E-mail: [email protected]: Av. Prudente de Morais, 161, Petrópolis – Natal. CEP: 59020-400

RondôniaMaria do Socorro CastroTel: (69) 3221-3658/ 3077E-mail: [email protected]: R. Duque de Caxias, 1.223, Centro – Porto Velho. CEP: 78900-040

Roraima Nathalia dos Santos VerasE-mail: [email protected]: (95) 3263-9370 / 3623-9399, ramal 2025End: Av. Getúlio Vargas, 5.795, Centro – Boa Vista. CEP: 69301-030

Rio Grande do Sul Ademir Barbosa KoucherTel: (51) 3778-5112E-mail: [email protected]: Av. Augusto de Carvalho, 1.205, térreo, Praias Belas - Porto Alegre. CEP: 90010-390

Norma Lucia SouzaTel: (51) 3778-5125E-mail: [email protected]: Av. Augusto de Carvalho, 1.205, térreo, Praias Belas – Porto Alegre. CEP: 90010-390

38

Santa Catarina Sueni Juraci de Mello dos SantosTel: (48) 3212-3090E-mail: [email protected]: R. João Pinto, 60, Centro – Florianópolis. CEP: 88010-420

SergipeVinicius Andrade de Carvalho RochaTel: (79) 3217-0634E-mail: [email protected] End: Av. Francisco Porto, 107, Jardins – Aracaju. CEP: 49025-230

São Paulo Wagner Martins Magalhães da SilveiraTel: (11) 2105-8281/ 8210E-mail: [email protected]: R. Urussuí, 93, 3° andar, Itaim Bibi - São Paulo. CEP: 04542-050

Adelina BraccoTel: (11) 2105-8210E-mail: [email protected] End: R. Urussuí, 93, 3° andar, Itaim Bibi - São Paulo. CEP: 04542-050

TocantinsPaulo Ricardo da Silva Amaral JesusTel: (63) 3215-1907, ramal 214/ 215Email: [email protected]: 108 Norte, alameda 4, lote 38, Centro – Palmas. CEP: 77006-100

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