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Izabela Laurentino Rafael Sousa Guia Didático de Aves da Área de Proteção Ambiental BonfimGuaraíra/RN Lagoas do Junco, Arroz e Azul 2009

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Guia Didático de Aves da   Área de Proteção Ambiental Bonfim‐Guaraíra/RN Lagoas do Junco, Arroz e Azul Izabela Laurentino & Rafael Sousa 

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Page 1: Guia Didático de Aves da APA Bonfim-Guaraira RN

Izabela Laurentino Rafael Sousa 

       

Guia Didático de Aves da  Área de Proteção Ambiental Bonfim‐Guaraíra/RN 

 Lagoas do Junco, Arroz e Azul 

       

2009 

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2 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

                         

 

 

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Guia Didático de Aves |3  

Guia Didático de Aves da APA  Bonfim‐Guaraíra/RN 

     

Trabalho de Conclusão de Curso ‐ TCC UNP‐Universidade Potiguar 

Graduação em Ciências Biológicas     

Autores: Izabela Costa Laurentino 

Rafael Turíbio Moraes de Sousa     

Orientadora: Rosângela Lopes Dias 

   

2009 

 

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4 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

DIAGRAMAÇÃO Caule de Papiro  CAPA 

     

Divisão de Serviços Técnicos.  Catalogação da publicação na fonte.  IFRN / Biblioteca Sebastião Fernandes 

             

E24     

Guia Didático de Aves da Área de Proteção Ambiental Bonfim‐Guaraíra/RN Lagoas do Junco, Arroz e Azul . – Natal, 2009. 150 p. il. color. Contém Bibliografia.

ISBN: 978-85-89571-56-2 1. Educação popular - Saúde. 2. Movimento social. 3. Práticas populares de saúde – Rio Grande do Norte. I. Núcleo da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde. II. Título.

CDU 3:61

 

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Guia Didático de Aves |5  

 SUMÁRIO   Introdução ........................................................................................................................................9 Aves ................................................................................................................................................11 Aves do Brasil..................................................................................................................................17 Extinção no Brasil ...........................................................................................................................21 Aves do Nordeste.........................................................................................................................23 APA Bonfim‐Guaraíra.....................................................................................................................25 Táxons.............................................................................................................................................35 Guia Ilustrado das Aves da APA Bonfim‐Guaraíra ‐ Apodiformes Besourinho‐de‐bico‐vermelho ‐ Chlorostilbon lucidus ...................................................................45 Rabo‐branco‐rubro ‐ Phaethornis ruber .........................................................................................49 ‐ Cathartiformes Urubu‐de‐cabeça‐amarela ‐ Cathartes burrovianus .......................................................................51 Urubu‐de‐cabeça‐preta ‐ Coragyps atratus ....................................................................................53 Urubu‐de‐cabeça‐vermelha ‐ Cathartes aura .................................................................................55 ‐ Charadriiformes  Batuíra de Coleira ‐ Charadrius collaris ..........................................................................................57 Quero‐quero ‐ Vanellus chilensis ....................................................................................................59 ‐ Ciconiiformes  Garça‐branca‐pequena ‐ Egretta thula  ..........................................................................................61 Socozinho ‐ Butorides striata  .........................................................................................................63 ‐ Columbiformes  Juriri‐pupu ‐ Leptotila verreauxi .....................................................................................................65 Rolinha‐picuí ‐ Columbina picui ......................................................................................................67 ‐ Coraciiformes  Martim‐pescador‐pequeno ‐ Chloroceryle americana ...................................................................69 ‐ Cuculiformes  

 

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6 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Alma‐de‐gato ‐ Piaya cayana ..........................................................................................................71 Anú‐branco ‐ Guira guira ................................................................................................................73 Anú‐preto ‐ Crotophaga ani ...........................................................................................................75 ‐ Falconiformes  Caracará ‐ Caracara plancus ...........................................................................................................77 Gavião Carijó ‐ Rupornis magnirostris.............................................................................................79 ‐ Galbuliformes  Rapazinho‐dos‐velhos ‐ Nystalus maculatus ..................................................................................81 ‐ Passeriformes  Andorinha‐doméstica‐grande ‐ Progne chalybea ...........................................................................83 Balança‐rabo‐de‐chapéu‐preto ‐ Polioptila plumbea .....................................................................85 Bem‐te‐vi ‐ Pitangus sulphuratus ...................................................................................................87 Betevizinho‐de‐penacho‐vermelho ‐ Myiozetetes similis ...............................................................88 Choró‐boi ‐ Taraba major ...............................................................................................................91 Choca‐barrada‐do‐nordeste ‐ Thamnophilus capistratus ...............................................................93 Chorozinho‐da‐caatinga ‐ Herpsilochmus sellowi ...........................................................................95 Chorozinho‐de‐papo‐preto ‐ Herpsilochmus pectoralis ..................................................................97 Cambacica ‐ Coereba flaveola,........................................................................................................99 Corruíra ‐ Troglodytes musculus ...................................................................................................101 Fim‐fim ‐ Euphonia chlorotica .......................................................................................................103 Garrinchão‐de‐bico‐grande ‐ Cantorchilus longirostris ................................................................105 Guaracava‐de‐barriga‐amarela ‐ Elaenia flavogaster ...................................................................107 Guaracava‐de‐topete‐uniforme ‐ Elaenia cristata ........................................................................109 Lavadeira‐mascarada ‐ Fluvicola nengeta ....................................................................................111 Papa‐formiga‐pardo ‐ Formicivora grisea .....................................................................................113 Pardal ‐ Passer domesticus ...........................................................................................................115 Pipira‐preta ‐ Tachyphonus rufus .................................................................................................117 Pitiguari ‐ Cyclarhis gujanensis .....................................................................................................119 Sabiá‐barranco ‐ Turdus leucomelas .............................................................................................121 Saí‐azul ‐ Dacnis cayana ...............................................................................................................123 Saíra‐amarela ‐ Tangara cayana ...................................................................................................125 Sanhaço‐cinzento ‐ Thraupis sayaca ............................................................................................127 

 

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Guia Didático de Aves |7  

Sebinho‐de‐olho‐de‐ouro ‐ Hemitriccus margaritaceiventer........................................................129 Suiriri ‐ Tyrannus melancholicus ...................................................................................................131 Suiriri‐cavaleiro ‐ Machetornis rixosa ...........................................................................................133 Vite‐vite‐de‐olho‐cinza ‐ Hylophilus amaurocephalus ..................................................................135 ‐ Strigiformes  Coruja‐Buraqueira ‐ Athene cunicularia .......................................................................................137 Curiosidades.................................................................................................................................139 Referências...................................................................................................................................149                     

 

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INTRODUÇÃO 

 ste  Guia  tem  como  objetivo  de  utilizar  as  aves  no  processo  de conscientização ecológica e preservação da natureza. O grupo das aves, é sem dúvida, o grupo de animais que exerce maior atração 

sobre as pessoas, dessa  forma, podemos usá‐las em atividades  teórico/práticas nas escolas, sem exigir o uso de materiais e equipamentos caros. Podemos usar as aves na educação ambiental, com alunos de diversos níveis.   

O simples fato de observar esses animais em atividade na rua, em jardins ou  no  pátio  da  própria  escola,  rende  muita  discussão  e  aprendizado  aos participantes dessa  atividade. E o mais  importante, desperta nas pessoas uma vontade  de  proteger  e  preservar  o  que  ainda  nos  que  resta  de  áreas  verdes, fundamental para a manutenção da vida animal.   

Um educador, mesmo sem muita prática com aves, pode e deve trabalhar com as aves urbanas na escola. Com certeza, se o professor tiver conhecimentos práticos sobre o assunto, à atividade ficará muito mais rica. Tais conhecimentos provavelmente serão  indispensáveis para o trabalho com crianças mais velhas e adolescentes. Para isso, criamos um guia didático de observação de aves para ser realizada nas escolas, como complemento às aulas de Ciências e Biologia. 

    

E

 

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AVES  

 

s  florestas  tropicais  são  conhecidas  por  sua  alta  biodiversidade, são  os  biomas  mais  ricos  e  diversos,  apresentando  uma complexidade  estrutural  que  favorece  a  existência  de  muitos 

nichos ecológicos, porém, são pouco estudadas e sujeitas a várias ações naturais e não naturais.  Inúmeras  espécies diminuíram  rapidamente  sua  abundância,  e algumas até  foram extintas em conseqüência da caça predatória, destruição de habitats e ação de novos predadores e competidores.  

Tornando‐se  necessário  um  esforço  conjunto  para  inventariar  áreas remanescentes,  avaliar  a  possibilidade  de  proteção  e  manejo,  além  de fundamentar a conservação efetiva daquelas de maior valor biológico. Já que, a maioria  das  espécies  é  sensível  a  diversos  fatores  físicos,  como  temperatura, umidade,  vento  e  intensidade  luminosa,  e  biológica,  como  estrutura  da vegetação e disponibilidade de alimento. 

Se  considerarmos  a  grande  riqueza  em  espécies,  a  facilidade  de amostragem  e  a  sensibilidade  a  diversos  fatores  ambientais,  as  aves  são consideradas como espécies guarda‐chuva, apresentam mais exigências do que outros  grupos  que  vivem  no mesmo  habitat,  sendo  indicadas  para  avaliar  as diferenças ambientais entre diversos meios.  

“Contribuir para a preservação da diversidade biológica e  dos  ecossistemas  naturais;  propiciar  o  manejo 

A

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adequado  dos  recursos  da  fauna  e  flora;  incentivar  a pesquisa  científica  e  estudos  compatíveis  com  as características da área; propiciar educação ambiental; e garantir o monitoramento ambiental.” (IDEMA, 2006).  

   A mais de 50.000 espécies atuais de vertebrados habitam praticamente todas  as partes da  terra, enquanto outros  vertebrados, hoje extintos,  viveram em  habitats  que  não  mais  existem.  Métodos  de  classificação  dos  animais também  mudaram  sua  ênfase  ao  longo  do  século  XX,  e  a  classificação  que começou  como  uma  maneira  de  se  tentar  organizar  a  diversidade  dos organismos,  tem  se  tornado  uma  ferramenta  poderosa  para  gerar  hipóteses evolutivas  testáveis.  Tosos  os  vertebrados  tem  características  básicas  em comum,  as  são  produtos  de  sua  ancestralidade  comum  e  o  progresso  da evolução pode ser analisado pela seqüência das modificações destes caracteres.   

As aves compartilham com os mamíferos a distinção de serem  os  vertebrados  mais  recentes  a  habitarem  a terra. Estima‐se que 8.7000 espécies viventes estejam distribuídas pelo mundo desde o Ártico até a Antártida, tanto nos mares quanto nos continentes. (ORR,1961).   

As aves são de uma  linhagem de dinossauros que se desenvolveu o vôo durante a era Mesozóica. Diversificaram em mais de 9.100 espécies. As penas são as características distintivas das aves e asas com penas são as estruturas que permite que uma ave voe. Descobertas recentes de fósseis de dinossauros com estruturas semelhantes a penas poderiam  indicar que as penas evoluíram antes do vôo.  

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Tudo  começou há 210 milhões de anos  no  período  jurássico.  Nesta  altura aparece aquele que podemos considerar o ancestral  dos  pássaros  atuais:  o Archaeopteryx lithographica. Os primeiros vestígios  fósseis  desta  espécie  foram encontrados na Alemanha em 1861 por H. Von Meyer. Esta  foi descrita  como  tendo sido a primeira ave com penas e por  isso se  diz  que  as  atuais  aves  descendem  do Archaeopteryx.  Estas  primeiras  aves  de que  há  registro  paleontológico  possuíam ainda dentes e uma longa cauda.   

As  aves  são  animais  vertebrados,  voadores  e  bípedes.  Apresentam‐se como  a  evolução  de  répteis  sáurios  no  jurássico  cujas  patas  dianteiras  se transformaram em asas. De entre os animais de sangue quente são as aves que apresentam a temperatura mais alta que pode chegar aos 43.5ºC.  

Aves são conspícuas em nosso mundo por que estão ativas durante o dia (diurnos)  e  freqüentemente  atraem  a  atenção  por meio  de  alta  vocalizações, coloração brilhante e comportamentos vistosos. Como resultado disso, tem sido extensivamente  estudado  e  muita  de  nossas  informações  acerca  do comportamento e da ecologia de vertebrados terrestres baseia‐se em estudos de aves.  Como  classe,  as  aves  são  surpreendentemente  uniformes.  As características mais óbvias são as penas e o bico córneo. Entretanto, há muitas 

Archaeopteryx lithographica 

Fonte: W

ikipéd

ia 

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outras características, que as distinguem prontamente de outras formas de vida animal.  

A  pele  das  aves  apresenta  uma  glândula  única  –  o  uropígio  –  cuja secreção  funciona  como  impermeabilizante,  pois  repele  a  água.  A  substância córnea forma‐se nas penas, bico, tarsos, dedos e unhas. A muda de penas ocorre uma  vez  por  ano. As  patas  e  os  pés  são  revestidos  por  escamas  epidérmicas. Grande parte do esqueleto das aves é oco, o que lhes confere grande leveza, não deixando por isso de ser robusto e de apresentar grande flexibilidade.  

O  corpo  das  aves  está  coberto  de  plumas  e  penas  que,  por  um  lado, ajudam no vôo em termos de propulsão e estabilização do corpo, mas também o protegem  das  diferenças  térmicas bruscas,  para  além  de  serem  impermeáveis como  já  referimos. As penas  ajudam  ainda, nos  casos  em que  é necessário,  a flutuar  sobre  a  água e a manter uma  temperatura  ideal para  a  incubação dos ovos.    São  animais  amnióticos  e  põem  ovos  com  casca.  Fazem  respiração pulmonar e algumas espécies possuem um órgão – a siringe – que  lhes permite emitir sons. 

As  aves, entretanto,  são  chamadas de endotérmicas, porque produzem seu próprio calor. Além disso, são chamadas de homeotérmicas, porque podem manter a temperatura de seus corpos razoavelmente alta, ainda que constante. Isto não significa que a  temperatura do corpo de uma ave nunca varie:  tem‐se demonstrado que, em certas espécies, pode haver uma oscilação diária de vários graus. Durante a hibernação do curiango (Phalaenoptilus nuttallii), por exemplo, a temperatura do corpo pode cair de 8 graus centígrados, e certos beija‐flores, que estão  sujeitos  ao  torpor noturno,  apresentam uma  redução  acentuada da temperatura do corpo à noite devido a redução da produção de energia.  

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As aves modernas são fáceis de reconhecer – elas tem penas e a maioria delas  podem  voar.  Uma  terceira  característica  das  aves  é menos  visível, ma igualmente  importante:  elas  têm  altas  taxas metabólicas  e  altas  temperaturas corpóreas, isto é, elas não endérmicas. (F.Harvey Pough, 2003). 

  

                

 

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AVES DO BRASIL 

 

om quase 1.700 espécies, o Brasil é o  terceiro país do mundo em riqueza de aves, perdendo  apenas para  a Colômbia e o Peru. Boa parte da riqueza ornitológica brasileira é devida à presença de duas 

grandes formações vegetais: a floresta amazônica e a mata atlântica. 

A  avifauna  brasileira  não  é  apenas  rica,  mas  incluem  diversas exclusividades, espécies que não ocorrem em outros países e que são chamadas de endêmicas. Quase 200 espécies de aves  têm distribuição geográfica  restrita ao Brasil. Esse fato implica numa grande responsabilidade, pois significa que sua sobrevivência  depende  unicamente  do  esforço  conjunto  da  sociedade  e  do governo brasileiros para a conservação de nosso patrimônio natural. 

A  floresta  amazônica,  a maior  região  florestada  do  planeta,  existe  há milhões  de  anos,  e  o  longo  histórico  de  evolução  conjunta  resultaram  num ambiente de grande complexidade ecológica. Devido ao clima tropical, à grande extensão  e  à  diversidade  de  ambientes  de  que  se  compõe,  apresenta  uma riqueza incrível de recursos e de nichos a serem explorados, e é capaz de abrigar uma  variedade  imensa  de  aves.  Em  nenhum  lugar  do  mundo  vivem  tantas espécies,  muitas  delas  com  coloridos,  formas  e  comportamentos  únicos  e fascinantes. 

Também a mata atlântica tem uma avifauna riquíssima, constituindo uma das regiões de maior biodiversidade e maior grau de endemismo no mundo. No 

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passado,  estendia‐se  do  Rio  Grande  do  Norte  ao  Rio  Grande  do  Sul,  mas  a urbanização  e  a  ocupação  agropecuária  não  pouparam  sua  exuberância,  e  da grande  floresta  costeira  pouco  restou. Apenas  entre  o  Rio  de  Janeiro  e  Santa Catarina existem trechos de mata atlântica que ainda lembram a antiga grandeza desse ecossistema. 

Os  outros  domínios  naturais  brasileiros  podem  não  abrigar  tantas  aves quanto essas duas florestas, mas ainda assim sua fauna é rica se comparada com a maior parte dos ambientes no resto do mundo. 

Os  cerrados,  típicos  do  Brasil  central,  compõem‐se  de  uma  grande variedade  de  paisagens,  indo  do  campo‐cerrado,  uma  pradaria  natural,  ao cerradão, uma floresta baixa e densa. Nas margens dos rios ocorrem formações muito  típicas,  as  matas‐galeria  e  as  veredas  de  buritis.  Com  semelhante abundância de ambientes, é natural que a região dos cerrados seja habitada por um  grande número de  aves, que  inclui  algumas  espécies não  encontradas  em outros ecossistemas. 

A  caatinga  talvez  seja  o mais  brasileiro  de  todos  os  ecossistemas,  pois cresce  unicamente  no nordeste  do  país. Apesar  da  aridez,  essa  floresta  baixa, que durante boa parte do ano tem aparência seca e desolada, abriga uma fauna de aves rica e adaptada ao rigor climático, com vários endemismos interessantes.  

Já  o  Pantanal  quase  não  tem  espécies  exclusivas,  uma  vez  que  não  se trata de um ecossistema à parte, mas de um complexo formado pela mistura da fauna e da flora dos outros ecossistemas brasileiros. Esse complexo pantaneiro, porém, é especial e único, pois em nenhuma outra região do país é tão fácil ver 

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tantas espécies de aves tão espetaculares. Não é por acaso que o Pantanal atrai tanta gente apaixonada pela natureza, do Brasil e do exterior. 

Além dessas formações vegetais, muitas outras ainda ajudam a compor o diversificado  cenário  para  nossas  aves,  como  os  campos  sulinos,  a  floresta  de araucária, os manguezais e restingas, as ilhas oceânicas, os campos de altitude e os  banhados. Assim,  o  Brasil  deve  sua  grande  diversidade  em  aves  à  sua  não menos extraordinária riqueza paisagística. 

Tanto  nossa  avifauna  quanto  nossas  paisagens,  porém,  enfrentam grandes ameaças. A destruição ambiental afeta não só as florestas, mas também outros ecossistemas. Caatinga,  cerrados e  campos dão  lugar à agropecuária. A urbanização avança  sobre os ambientes  costeiros. Rios e banhados  recebem a poluição doméstica e  industrial. Até os ambientes criados pelo ser humano são afetados  por  queimadas,  poluição  e  implantação  de  rodovias,  que  criam barreiras  à  circulação  dos  animais.  As  agressões  aos  ambientes  resultam  na redução no número de espécies e de indivíduos. Para agravar a situação, muitas aves  são  perseguidas  por  passarinheiros  e  traficantes  de  animais,  estimuladas por um mercado ávido por bichos de estimação "exóticos", que existe tanto no Brasil  como  no  exterior.  Sem  falar  na  caça,  praticada  sob  várias  justificativas esporte, alimento, proteção da criação, superstição. 

Há muito a ser feito para garantir a preservação de nossas aves, por cada um de nós. Não se devem comprar animais silvestres, a menos que sua origem seja  legal  e  autorizada  pelo  IBAMA.  Em  caso  de  construções  residenciais,  por maior que  seja o desejo de viver em contato com a natureza, deve‐se evitar a compra de lotes em regiões florestadas ou recém‐desmatadas. Ao invés disso, o 

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melhor  é  criar  uma  nova  floresta:  reflorestar  com  plantas  nativas  as  áreas  de preservação  permanente  da  propriedade.  Artesanato  com  plumas  de  aves silvestres ou de madeiras  ameaçadas de extinção deve  ser desestimulado. E é sempre bom  visitar e  valorizar nossos parques nacionais e outras unidades de conservação, museus e instituições de pesquisa. 

Acima de tudo, é preciso estimular nas crianças a curiosidade, o interesse e o  carinho por nossa  natureza. O  caminho mais  eficiente para  a preservação ambiental passa pelo respeito e pelo amor, e a melhor forma de proteger nossas aves, em toda sua beleza e diversidade, é cuidar dos lugares onde elas vivem.                 

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EXTINÇÃO NO BRASIL 

 m dos motivos para preservar o que restou da Mata Atlântica é a rica biodiversidade, ou seja, a grande variedade de animais e plantas. Calcula‐se que nela existam dez mil espécies de plantas, 

sendo  76  palmeiras,  131  espécies  de mamíferos,  214  espécies  de  aves,  23  de marsupiais, 57 de roedores, 183 de anfíbios, 143 de répteis e 21 de primatas. 

Mas apesar da elevada diversidade de espécies e de endemismos, nem todos  os  dados  são  favoráveis.  Com  103  espécies  ameaçadas  de  extinção, ocupamos um triste segundo lugar nesse ranking, seguindo de perto a Indonésia, com 104, e estando pouco à frente da China, com 90. 

A extinção de espécies ocorre naturalmente quando existe desequilíbrio em um ecossistema ou habitat. Essas mudanças podem ser de caráter climático; temperatura, precipitação e vento; mudança no comportamento ou efetividade dos  predadores,  parasitas  e  doenças;  competição  entre  espécies  por suprimentos alimentares e limitação de recursos ambientais. 

Mas Nos últimos 100 anos, a maioria das extinções  relatadas, direta ou indiretamente,  foi devida às atividades humanas, como a destruição do habitat ou  desmatamento,  inundação,  drenagem,  envenenamento  pela  poluição, alteração das condições climáticas, competição, predação, parasitismo e doenças causados pela introdução de espécies, caça e colheita, dentre outros fatores.  

U

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Os  fatores  que  afetam  a  extinção  e  o  desaparecimento  de  variedades domésticas  são  os  mesmos  descritos  para  os  animais  selvagens.  Durante  a história  da  criação  de  animais  domésticos,  um  grande  número  de  raças  foi extintas. No  entanto, nas últimas décadas, houve uma  elevação  acentuada na taxa de extinção de raças e variedades que representam uma perda dramática de variabilidade genética no pool global de reservas genéticas domésticas. 

Portanto os fatores que ameaçam a biodiversidade são a caça predatória e  ilegal, a derrubada de  florestas, as queimadas, a destruição dos ecossistemas para loteamento e a poluição de rios. Outro problema grave que ameaça a fauna e a  flora brasileira é a chamada biopirataria, a saída  ilegal de material genético ou subprodutos de plantas e animais para pesquisas sobre novos medicamentos e  cosméticos  no  exterior  sem  o  pagamento  de  patentes.  A  única  legislação federal a respeito é a Lei 8.176, de 1991, que proíbe a retirada, sem autorização, de  qualquer material  genético  (animal  ou  vegetal)  das  terras  da  União  (que incluem as reservas indígenas).  

 

 

 

 

  

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AVES DO NORDESTE  

 

 diversidade  biológica  da  Mata  Atlântica  está  distribuída  preferencialmente  em,    pelo  menos,    cinco    centros    de  endemismos  e  duas  áreas  de  transição.  A Mata Atlântica  no  

Nordeste   cobria   uma   área   original   de   255.245   km²,ocupando   28,84%   do  seu    território.    Os  últimos  esforços  das  organizações  não  governamentais, Sociedade   Nordestina   de   Ecologia    (SNE),   Fundação   SOS   Mata Atlântica e parceiros governamentais para mapeamento da Mata Atlântica  indicam que   o  bioma    no    Nordeste    ocupa    hoje    uma    área    aproximada    de    19.427  km²,cobrindo  uma  área  total  de  2,21%  de  seu  território.   Mais  de  46%  dos remanescentes mapeados  estão  localizados  na  Bahia. Os  demais  sete  estados contam  com  14.520  km²  de  remanescentes  da  Mata  Atlântica  dispostos  em pequenos fragmentos. A Mata Atlântica no Nordeste se estendia por uma faixa contínua litorânea do Rio Grande do Norte até a Bahia e, nos Estados do Ceará e do Piauí, em áreas descontínuas sobre chapadas, serras, dunas e vales. 

Apesar de  considerado o grupo animal mais bem  conhecido no que diz  respeito  à  taxonomia,  à  distribuição  geográfica  e  à  história  natural,  é  ainda grandes lacunas sobre os dados relativos às aves. Para indicar áreas prioritárias a serem conservadas  foi analisada a distribuição das 348 espécies  registradas no bioma.  Mereceram  atenção  especial  os  táxons  endêmicos  e  as  espécies ameaçadas  de  extinção,  pois  essas  são,  de modo  geral,  as mais  vulneráveis  à atual expansão das atividades humanas no bioma. Um conjunto de 15 espécies e de 45 subespécies foi identificado como endêmico.  

A

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São  vinte  as  espécies  ameaçadas  de  extinção,  estando  incluídas  nesse conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do mundo: a ararinha‐azul (Cyanopsitta  spixii) e a arara‐azul‐de‐lear  (Anodorhynchus  leari). O processo de seleção  das  áreas  prioritárias  baseou‐se,  num  primeiro  momento,  na disponibilidade  de  dados  qualitativos  da  avifauna,  na  representatividade  dos inventários já feitos, e na existência de espécies endêmicas ou ameaçadas. Numa segunda etapa, a riqueza total de espécies, o grau de conservação e o nível de ameaça deter‐ minaram a ordem final das prioridades. O confronto dos critérios utilizados  permitiu  a  identificação  de  35  áreas  prioritárias  para  conservação, sendo 11 delas de extrema importância biológica, seis de muito alta importância, e cinco de alta importância. As 13 restantes foram indicadas principalmente para estudos básicos de  inventário, e  representam, portanto, 37% do  total de áreas sugeridas.  

As áreas prioritárias  formam um conjunto bem distribuído, do ponto de vista  de  sua  localização  geográfica,  e  bastante  heterogêneo.  Diversas  dessas áreas correspondem a unidades de conservação de proteção  integral ou de uso sustentado;  algumas  contemplam  regiões  para  as  quais  a  recomendação específica aponta a necessidade de criação de unidade de conservação, e outras regiões em que a realidade  local requer medidas diversas, tais como  inventário, intensificação de estudos,  implantação de zonas‐tampão, e estabelecimento de corredores de vegetação nativa e de áreas de recuperação e de manejo. 

 

 

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APA BONFIM‐GUARAIRA 

  – Ato de criação Decreto Estadual 14.369, de 22 de março de 1999.  – Superfície da UC 

 Aproximadamente 43 mil hectares.   

 – Perímetro Aproximadamente 136 km.  

– Coordenadas Geográficas  Latitude e Longitude:  

            ‐35º04’20’’ W e ‐6º28’50’’ S            ‐35º23’80’’ W e ‐5º95’70’’ S 

 – Objetivo de criação  

A  APA  Bonfim‐Guaraíra  tem  como  objetivo  ordenar  o  uso,  proteger  e preservar: 

a) O ecossistema dunar, Mata Atlântica e manguezal; b) Lagoas, rios e demais recursos hídricos; c) Espécies vegetais e animais. 

 

Fonte: Rafael Turíbio 

Lagoa do Junco 

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– Localização  

A APA Bonfim‐Guaraíra está localizada no litoral oriental do Estado do Rio Grande do Norte, ao sul de Natal, abrangendo porções territoriais dos municípios de Nísia Floresta, São José do Mipibú, Senador Georgino Avelino, Goianinha, Arês e Tibau do Sul. 

As Áreas de Preservação Ambiental surgem com o objetivo de proteção ambiental  e  biológica,  disciplinando  o  processo  de  ocupação  e  assegurando  a sustentabilidade  do  uso  dos  recursos  naturais,  o  bem‐estar  das  populações humanas e a conservação ou melhoria das condições ecológicas  locais. As APAs pertencem ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação – Lei 9.985 de 18 de julho de 2000. 

A  APA  Bonfim‐Guaraíra  foi  criada pelo  Decreto  Estadual  nº  14.369  de 22/03/99  –  IDEMA,  com  o  objetivo  de ordenar  o  uso,  proteger  e  preservar:  Os ecossistemas  dunar,  mata  atlântica, manguezal; lagoas, rios e demais recursos hídricos;  espécies  vegetais  e  animais. Permite  o  uso  diverso,  orientados  e estabelecidos a partir de um Zoneamento ambiental  e  Plano  de  Manejo.  A  sua implantação foi no início de 2005, constituição do conselho gestor e implantação do Plano de Manejo.  

Foto: R

afael Turíbio 

Vista panorâmica da área 

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– Clima e Vegetação  

A  APA  possui  um  clima  tropical  chuvoso  com  verão  seco  e  estação chuvosa  adiantando‐se  para  o  outono.  A  sua  formação  vegetal  é  de  floresta subperenifólia  (vegetação  constituída  por  árvores  sempre  verdes,  possuem grande número de folhas largas, troncos relativamente delgados, densa e o solo apresenta‐se  recoberto  por  uma  camada  de  húmus),  manguezal  (sistema ecológico costeiro tropical dominado por espécies vegetais, mangues e animais típicos,  aos  quais  se  associam  outras  plantas  e  animais,  adaptadas  a  um  solo periodicamente  inundado  pelas marés,  com  grande  variação  de  sanidade).  A formação  de  tabuleiros  litorâneos,  a  vegetação  é  encontrada  cobrindo  os tabuleiros costeiros, geralmente são áreas onde ocorreu intervenção humana. 

As  dunas  são  estabilizadas  ou  fixas  quando  cobertas  por  vegetação natural  e  denominada  reserva  ecológica,  sendo  assim  tendo  a  formação  de praias  e  dunas  nessa  vegetação  nativa  fixadora  de  areias.  Já  a  vegetação  que ocorre  nas  várzeas  úmidas  e  periferia  de  cursos  d’água,  constitui‐se principalmente, por espécies herbáceas da  família das gramíneas e  ciperáceas. Entre outras espécies destacam‐se a baronesa, junco e periperi.  – Metodologia de Estudo 

   Foi conduzido um  levantamento de espécies de aves em um  fragmento florestal na APA Bonfim‐Guaraíra de Janeiro de 2009 a setembro 2009. A região está inserida numa das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade do Rio  Grande  do  Norte,  Brasil,  a  Mata  Atlântica.  O  método  utilizado  foi  o  de 

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observação direta ao longo de transectos, capturas com redes de neblina, pontos de escuta e identificação a partir do uso de vocalizações. 

Foram registradas espécies de aves pertencentes 20 (vinte) famílias. Isso corresponde cerca de 14,6% das espécies registradas para o bioma local de Mata Atlântica. Constam nesta  lista 46 (quarenta e seis) espécies endêmicas da Mata Atlântica. Há 02 (duas) espécies estão ameaçadas de extinção.  

A  APA  Bonfim‐Guaraíra  abriga  uma  porção  significativa  de  avifauna  da Mata  Atlântica,  e  monitoramento  de  longo  prazo  irá  revelar  aspectos importantes  para  compreensão  do  mecanismo  de  extinção  e  colonização  da Mata Atlântica. Existem diversas maneiras de avaliar a avifauna de um bioma. As mais elementares podem procurar estabelecer o conjunto principal das espécies ocorrentes, as espécies endêmicas, as quase endêmicas e as mais características, a  distribuição  geral  das  espécies  pelo  bioma  e  a  associação  destas  com  os principais  hábitats  existentes.  Em  etapas  posteriores  se  pode  buscar  um efinamento  dessa  avaliação,  integrar  dados  de  outras  áreas  do  conhecimento relativas/ao  bioma  ou  às  espécies  componentes  e  por  fim  analisar  aspectos biogeográficos dessa avifauna. 

O  mais  elementar  dos  estudos  de  uma  avifauna  é  aquele  que  busca determinar  quais  são  as  espécies  que  a  constituem  uma  relação  sumária  e descritiva das aves que ocorrem num bioma, numa província, enfim em qualquer região delimitada por algum parâmetro geográfico, ecológico ou político. A partir desse conjunto inicial, outros aspectos acessórios, mas não menos interessantes a  uma  análise  biogeográfica,  podem  ser  acrescentados.  O  regime  de permanência  das  espécies  componentes  de  uma  avifauna  (p.ex.:  residentes  o 

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ano  inteiro,  visitantes  sazonais  ou  ocasionais)  exige  a  avaliação  de  dados levantados minimamente por cerca de um ano. 

O que aparentemente pode  ser  interpretado  como elementar, primário ou básico pode encerrar  complexidades não aparentes. O desenvolvimento do plano do levantamento da avifauna e da fauna terrestre na área de estudo para preservação  requer  investimentos  em  recursos  humanos  especializados  de forma  integrada, para que os resultados sejam confiáveis.   Em compasso com a própria história de ocupação e colonização, não é surpreendente que a avifauna da Mata Atlântica tenha sido a primeira a ser explorada no Brasil. Com a abertura dos  portos  às  nações  amigas,  em  janeiro  de  1808,  diversas  expedições  de viajantes‐  naturalistas  estrangeiros  iniciaram  suas  investigações  científicas, realizadas num primeiro esforço justamente pelas regiões litorâneas. 

A Mata  Atlântica  pode  ser  considerada  um  dos  biomas  com  o maior número de endemismos do planeta. Esse ecossistema apresenta muitas espécies endêmicas  de  vegetais,  insetos,  anfíbios,  aves  e  mamíferos.  Porém,  muitos desses  organismos  endêmicos  se  encontram  em  extinção,  pois  este  bioma  é considerado  um  dos  mais  fragmentados  e  ameaçados  do  globo.  O  mesmo acontece com sua avifauna, a qual é composta por 682 espécies, 199 das quais são  endêmicas,  e  destas,  144  estão  em  perigo  de  desaparecer  principalmente devido  à  destruição  do  seu  habitats. Mesmo  diante  desse quadro  devastador, pouco  se  conhece  sobre  a  avifauna  remanescente  nos  fragmentos  criados  e estabelecidos  nestes  últimos  anos. O  primeiro  passo  para  que  o  processo  de extinção  e  colonização  seja melhor  entendido,  é  o  levantamento  de  espécies nestes fragmentos. 

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Tratando‐se de um ensaio que pretende abordar o processo cumulativo do conhecimento qualitativo da avifauna vinculada ao bioma da APA, o método primordial utilizado foi a abrangente pesquisa bibliográfica e seu estudo crítico. 

De  forma  detalhada,  a  fim  de  reunir  subsídios  acerca  das  numerosas iniciativas pioneiras de  inventário e seus  impactos no avanço do conhecimento, foram  utilizados  os  seguintes  procedimentos de  pesquisa  bibliográfica  e  como auxiliares  de  instrumentos  de  pesquisas  foram  utilizados  pode‐se  citar:  binóculos,  redes  de  neblinas,  caderno  e  lápis  para  anotações, mapas  da  área, GPS,  máquina  fotográfica,  filmadora  e  um  questionário  para  avaliação  e conhecimento dos estudantes da localidade referente a APA. 

De acordo com a pesquisa em campo,  foram encontradas determinadas espécies, inclusive algumas em extinção. No quadro podemos ver as espécies:  

 Gênero 

 

 Família 

 Nome do Taxon 

 Nome Vulgar 

 English Name 

 Apodiformes Peters, 1940 

 Trochilidae Vigors, 1825 

Phaethornis ruber  (Linnaeus, 1758) 

Rabo‐branco‐rubro  Reddish Hermit 

Chlorostilbon lucidus  

(Shaw, 1812) 

Besourinho‐de‐bico‐vermelho 

Glittering‐bellied Emerald 

  

Cathartiformes Seebohm, 1890 

  

Cathartidae Lafresnaye, 

1839 

Cathartes aura  (Linnaeus, 1758) 

Urubu‐de‐cabeça‐vermelha 

Turkey Vulture 

Cathartes burrovianus  (Cassin, 1845) 

Urubu‐de‐cabeça‐amarela 

Lesser Yellow‐headed Vulture 

Coragyps atratus  (Bechstein, 1793) 

Urubu‐de‐cabeça‐preta  Black Vulture 

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 Charadriiformes Huxley, 1867 

 Charadriidae Leach, 1820 

Vanellus chilensis  (Molina, 1782) 

Quero‐quero  Southern Lapwing 

Charadrius collaris  (Vieillot, 1818) 

Batuíra de Coleira  Collared Plover 

 Ciconiiformes Bonaparte, 

1854 

 Ardeidae Leach, 

1820 

Butorides striata (Linnaeus, 1758) 

Socozinho  Striated Heron 

Egretta thula (Molina, 1782) 

Garça‐branca‐pequena  Snowy Egret 

 Columbiformes Latham, 1790 

 Columbidae Leach, 1820 

Columbina picui  (Temminck, 1813) 

Rolinha‐picuí  Picui Ground‐Dove 

Leptotila verreauxi  (Bonaparte, 1855) 

Juriri‐pupu  White‐tipped Dove 

Coraciiformes Forbes, 1844 

Alcedinidae Rafinesque, 

1815 

Chloroceryle americana (Gmelin, 

1788) 

Martim‐pescador pequeno 

Green Kingfisher 

  

Cuculiformes Wagler, 1830 

  

Cuculidae Leach, 1820 

Piaya cayana  (Linnaeus, 1766) 

Alma de gato  Squirrel Cuckoo 

Guira guira  (Linnaeus, 1758) 

Anú branco  Guira cuckoo 

Crotophaga ani  (Linnaeus, 1758) 

Anú preto  Smooth‐billed Ani 

 Falconiformes Bonaparte, 

1831 

Accipitridae Vigors, 1824 

Rupornis magnirostris 

 (Gmelin, 1788) 

Gavião Carijó  Roadside Hawk 

Falconidae Leach, 1820 

Caracara plancus  (Miller, 1777) 

Caracará  Southern Caracara 

Galbuliformes Fürbringer, 

1888 

Bucconidae Horsfield, 1821 

Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) 

Rapazinho‐dos‐velhos  Spot‐backed Puffbird 

      

     

Thamnophilidae 

Taraba major  (Vieillot, 1816) 

Choró‐boi  Great Antshrike 

Thamnophilus capistratus  

(Lesson, 1840) 

Choca‐barrata‐do‐nordeste 

Caatinga Antshrike 

Herpsilochmus  Chorozinho‐da‐ Caatinga Antwren 

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Passeriformes Linné, 1758 

                             

Swainson, 1824  sellowi  (Whitney & 

Pacheco, 2000) 

caatinga 

Herpsilochmus pectoralis  

(Sclater, 1857) 

Chorozinho‐de‐papo‐preto 

Pectoral Antwren 

Formicivora grisea  (Boddaert, 1783) 

Papa‐formiga‐pardo  White‐fringed Antwren 

   

Tyrannidae Vigors, 1825 

        

Tyrannidae Vigors, 1825 

Hemitriccus margaritaceiventer 

(d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) 

Sebinho‐de‐olho‐de‐ouro 

Pearly‐vented Tody‐tyrant 

Elaenia flavogaster  (Thunberg, 1822) 

Guaracava‐de‐barriga‐amarela 

Yellow‐bellied Elaenia 

Elaenia cristata Pelzeln, 1868 

Guaracava‐de‐topete‐uniforme 

Plain‐crested Elaenia 

Fluvicola nengeta  (Linnaeus, 1766) 

Lavadeira‐mascarada  Masked Water‐Tyrant 

Machetornis rixosa  (Vieillot, 1819) 

Suiriri‐cavaleiro  Cattle Tyrant 

Myiozetetes similis  (Spix, 1825) 

Betevizinho‐de‐penacho‐vermelho 

Social Flycatcher 

Pitangus sulphuratus  

(Linnaeus, 1766) 

Bem‐te‐vi  Great Kiskadee 

Tyrannus melancholicus  (Vieillot, 1819) 

Suiriri  Tropical Kingbird 

 Vireonidae 

Swainson, 1837 

Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) 

Pitiguari  Rufous‐browed Peppershrike 

Hylophilus amaurocephalus (Nordmann, 1835) 

Vite‐vite‐de‐olho‐cinza  Gray‐eyed Greenlet 

Hirundinidae Rafinesque, 

Progne chalybea  (Gmelin, 1789) 

Andorinha‐doméstica‐grande 

Grey‐breasted Martin 

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Guia Didático de Aves |33  

Passeriformes Linné, 1758 

1815  

Troglodytidae Swainson, 1831 

Troglodytes musculus 

(Naumann, 1823) 

Corruíra  Southern House‐Wren 

Cantorchilus longirostris (Vieillot, 

1819) 

Garrinchão‐de‐bico‐grande 

Long‐billed Wren 

Polioptilidae Baird, 1858 

Polioptila plumbea  (Gmelin, 1788) 

Balança‐rabo‐de‐chapéu‐preto 

Tropical Gnatcatcher 

Turdidae Rafinesque, 

1815 

Turdus leucomelas  Vieillot, 1818 

Sabiá‐barranco  Pale‐breasted Thrush 

Coerebidae d'Orbigny & Lafresnaye, 

1838 

Coereba flaveola  (Linnaeus, 1758) 

Cambacica, sibite  Bananaquit 

   

Thraupidae Cabanis, 1847 

Tachyphonus rufus  (Boddaert, 1783) 

Pipira‐preta  White‐lined Tanager 

Thraupis sayaca  (Linnaeus, 1766) 

Sanhaço‐cinzento  Sayaca Tanager 

Tangara cayana  (Linnaeus, 1766) 

Saíra‐amarela  Burnished‐buff Tanager 

Dacnis cayana  Linnaeus, 1766) 

Saí‐azul  Blue Dacnis 

Fringillidae Leach, 1820 

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) 

Fim‐fim  Purple‐throated Euphonia 

Passeridae Rafinesque, 

1815 

Passer domesticus  (Linnaeus, 1758) 

Pardal   House Sparrow 

Strigiformes Wagler, 1830 

Strigidae Leach, 1820 

Athene cunicularia  (Molina, 1782) 

Coruja‐buraqueira  Burrowing Owl 

 Total: 46 espécies identificadas 

 

 

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34 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

É grande a diversidade nos ambientes estudados, os registros de espécies de  aves  raras  ou  em  extinção  indicam  a  importância  de  áreas  nativas,  de preservação  permanente  e  reserva  legal  próxima,  para  a  preservação  e/ou conservação da avifauna em ambientes homogêneos. 

Segundo  o  IDEMA  foi  criado  uma  série  de  novas  áreas  de  proteção  e conservação ambiental nos últimos quatro anos, ampliando de 1,8% para 4% a área  preservada  do  Estado.  E  queremos  que  este  número  chegue  a  6%  nos próximos  anos.  Para  isso,  precisamos  contar  com  uma  eficaz  estrutura  de fiscalização  e  monitoramento  dessas  áreas,  evitando  degradação.  Tudo  isso aliado às ações de consciência ambiental. 

               

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Guia Didático de Aves |35  

TÁXONS 

 

ierarquia dos  táxons pertencentes à  classe Aves de  todas as aves do Brasil baseada na lista de aves do Brasil de outubro de 2008 CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico):  

 Reino: Animalia; Classe: Aves; Filo: Chordata. 

 Anseriformes  

• Ordem Anseriformes Linnaeus, 1758 ‐ Marrecos, patos, tachãs e afins o Família Anatidae Leach, 1820 ‐ Marrecos, patos e cisnes 

SubFamília Anatinae Leach, 1820 ‐ Patos  SubFamília Anserinae Vigors, 1825 ‐ Gansos e cisnes  SubFamília Dendrocygninae Reichenbach, 1850 ‐ Asa‐

branca e afins o Família Anhimidae Stejneger, 1885 ‐ Anhumas e tachãs 

 Apodiformes (GUIA) 

• Ordem Apodiformes Peters, 1940 ‐ Andorinhas e colibris o Família Apodidae Olphe‐Galliard, 1887 ‐ Andorinhões, taperuçus e 

afins o Família Trochilidae Vigors, 1825 ‐ Colibris, tesourões e afins 

SubFamília Phaethornithinae Jardine, 1833 ‐ Rabos‐brancos e afins 

H

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36 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

SubFamília Trochilinae Vigors, 1825 ‐ Beija‐flores  

Aprimulgiformes   • Ordem Caprimulgiformes Ridgway, 1881 ‐ Curiangos, Bacuraus e afins 

o Família Caprimulgidae Vigors, 1825 ‐ Bacuraus e afins o Família Nyctibiidae Chenu & Des Murs, 1851 ‐ Urutaus e afins o Família Steatornithidae Bonaparte, 1842 – Guácharo 

 Cathartiformes (GUIA) 

• Ordem Cathartiformes Seebohm, 1890 ‐ Urubus o Família Cathartidae Lafresnaye, 1839 – Urubus (GUIA) 

 Charadriiformes (GUIA) 

• Ordem Charadriiformes Huxley, 1867 ‐ Gaivotas, maçaricos e afins o SubOrdem Charadrii Huxley, 1867  

Família Burhinidae Mathews, 1912 ‐ Téu‐téu‐da‐savana  Família Charadriidae Leach, 1820 ‐ Quero‐quero e batuíras   Família Chionidae Lesson, 1828 ‐ Pomba‐antártica  Família Haematopodidae Bonaparte, 1838 ‐ Piru‐piru  Família Recurvirostridae Bonaparte, 1831 ‐ Pernilongos 

o SubOrdem Lari Sharpe, 1891   Família Laridae Rafinesque, 1815 ‐ Gaivotas  Família Rynchopidae Bonaparte, 1838 ‐ Talha‐mar  Família Stercorariidae Gray, 1870 ‐ Mandriões  Família Sternidae Vigors, 1825 ‐ Trinta‐réis 

o SubOrdem Scolopaci Steijneger, 1885   Família Glareolidae Brehm, 1831 ‐ Perdiz‐do‐mar 

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Guia Didático de Aves |37  

Família Jacanidae Chenu & Des Murs, 1854 ‐ Jaçanã  Família Rostratulidae Mathews, 1914 ‐ Narceja‐de‐bico‐

torto  Família Scolopacidae Rafinesque, 1815 ‐ Maçaricos e afins  Família Thinocoridae Sundevall, 1836  

 Ciconiiformes (GUIA) 

• Ordem Ciconiiformes Bonaparte, 1854 ‐ Cegonhas, garças e afins o Família Ardeidae Leach, 1820 ‐ Garças, socós e afins (GUIA) o Família Ciconiidae Sundevall, 1836 ‐ Tuiuiú e afins o Família Threskiornithidae Poche, 1904 ‐ Íbis 

Columbiformes (GUIA) • Ordem Columbiformes Latham, 1790 ‐ Pombas, rolas e dodôs 

o Família Columbidae Leach, 1820 ‐ Pombas e rolas  Coraciiformes (GUIA)   

• Ordem Coraciiformes Forbes, 1844 ‐ Martins‐pescadores e afins o Família Alcedinidae Rafinesque, 1815 ‐ Martins‐pescadores o Família Momotidae Gray, 1840 ‐ Juruvas e udus 

 Cuculiformes (GUIA) 

• Ordem Cuculiformes Wagler, 1830 ‐ Anus, almas‐de‐gato, sacis e afins o Família Cuculidae Leach, 1820 ‐ Anus, almas‐de‐gato, sacis e afins 

SubFamília Crotophaginae Swainson, 1837 ‐ Anus  SubFamília Cuculinae Leach, 1820 ‐ Alma‐de‐gato, papa‐

lagartas e afins 

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38 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

SubFamília Neomorphinae Shelley, 1891 ‐ Jacus‐estalo  SubFamília Taperinae Verheyen, 1956 ‐ Saci e afins   

Falconiformes (GUIA) • Ordem Falconiformes Bonaparte, 1831 ‐ Falcões, águias e gaviões 

o Família Accipitridae Vigors, 1824 ‐ Águias e gaviões o Família Falconidae Leach, 1820 ‐ Falcões e caracarás o Família Pandionidae Bonaparte, 1854 ‐ Águia‐pescadora 

 Galbuliformes (GUIA) 

• Ordem Galbuliformes Fürbringer, 1888  o Família Bucconidae Horsfield, 1821 ‐ Macucus, rapazinhos, chora‐

chuvas e  afins o Família Galbulidae Vigors, 1825 ‐ Arirambas e afins 

 Galliformes 

• Ordem Galliformes Linnaeus, 1758 ‐ Galos, faisões, perdizes e afins o Família Cracidae Rafinesque, 1815 ‐ Jacus, mutuns e afins o Família Odontophoridae Gould, 1844 ‐ Jacus, mutuns e afins 

 Gruiformes 

• Ordem Gruiformes Bonaparte, 1854 ‐ Grous, saracuras e bicos‐de‐enxó o Família Aramidae Bonaparte, 1852 ‐ Carão o Família Cariamidae Bonaparte, 1850 ‐ Seriema o Família Eurypygidae Selby, 1840 ‐ pavãozinho‐do‐pará o Família Heliornithidae Gray, 1840 ‐ Picaparra o Família Psophiidae Bonaparte, 1831 ‐ carão 

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Guia Didático de Aves |39  

o Família Rallidae Rafinesque, 1815 ‐ Galinhas‐d’água e saracuras  Opisthocomiformes 

• Ordem Opisthocomiformes Sclater, 1880  o Família Opisthocomidae Swainson, 1837 – Cigana 

 Passeriformes (GUIA) 

• Ordem Passeriformes Linné, 1758 ‐ Pássaros o SubOrdem Passeri Linné, 1758  

Parvordem Corvida Sibley, Ahlquist & Monroe, 1988   Família Corvidae Leach, 1820 ‐ Gralhas  Família Vireonidae Swainson, 1837 ‐ Vite‐vites, 

juruviaras e afins • Parvordem Passerida Linné, 1758  

o Família Cardinalidae Ridgway, 1901 ‐ Azulão, trinca‐ferro‐verdadeiro e afins 

o Família Coerebidae d`Orbigny & Lafresnaye, 1838 ‐ Cambacica o Família Donacobiidae Aleixo & Pacheco, 2006 ‐ Japacanim o Família Emberizidae Vigors, 1825 ‐ Canários, tico‐ticos, 

caboclinhos e afins o Família Estrildidae Bonaparte, 1850 ‐ Bico‐de‐lacre o Família Fringillidae Leach, 1820 ‐ Pintassilgos, gaturamos e afins o Família Hirundinidae Rafinesque, 1815 ‐ Andorinhas o Família Icteridae Vigors, 1825 ‐ Guaxe, japus e afins o Família Mimidae Bonaparte, 1853 ‐ Sabiás e afins o Família Motacillidae Horsfield, 1821 ‐ Caminheiros 

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40 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

o Família Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer, 1947 ‐ Pula‐pulas, mariquitas e afins 

o Família Passeridae Rafinesque, 1815 ‐ Pardal o Família Polioptilidae Baird, 1858 ‐ Balança‐rabos e afins o Família Thraupidae Cabanis, 1847 ‐ Saíras, saís, tiês, sanhaçus e 

afins o Família Troglodytidae Swainson, 1831 ‐ Garrinchas, uirapurus e 

afins o Família Turdidae Rafinesque, 1815 ‐ Sabiás 

• SubOrdem Tyranni Wetmore & Miller, 1926  • Parvordem Furnariida Sibley, Ahlquist & Monroe, 1988  

o Superfamília Furnarioidea Gray, 1840   Família Dendrocolaptidae Gray, 1840 ‐ Arapaçus  Família Formicariidae Gray, 1840 ‐ Tovacas e afins  Família Furnariidae Gray, 1840 ‐ Joões, limpa‐folhas e afins  Família Grallariidae Sclater & Salvin, 1873 ‐ Torons, 

tovacuçus e afins  Família Rhinocryptidae Wetmore, 1930 ‐ Tapaculos e afins  Família Scleruridae Swainson, 1827 ‐ Vira‐folhas e afins  Família Melanopareiidae Irestedt, Fjeldså, Johansson & 

Ericson, 2002 ‐ Tapaculo‐de‐colarinho o Superfamília Thamnophiloidea Swainson, 1824  

Família Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873 ‐ Chupa‐dentes 

Família Thamnophilidae Swainson, 1824 ‐ Chocas, formigueiros, chororós e afins 

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Guia Didático de Aves |41  

• Parvordem Tyrannida Wetmore & Miller, 1926  o Família Cotingidae Bonaparte, 1849  

SubFamília Cotinginae Bonaparte, 1849 ‐ Arapongas, anambés e afins 

SubFamília Phytotominae Swainson, 1837 ‐ Corta‐ramos  SubFamília Rupicolinae Bonaparte, 1853 ‐ Surás e galo‐da‐

serra o Família Pipridae Rafinesque, 1815 ‐ Uirapurus e afins o Família Tityridae Gray, 1840 ‐ Caneleiros, flautins, anambés e afins o Família Tyrannidae Vigors, 1825  

SubFamília Elaeniinae Cabanis & Heine, 1856 ‐ Piolhinhos, bico‐chatos, guaracavas e afins 

SubFamília Fluvicolinae Swainson, 1832 ‐ Lavadeiras, maria‐pretas, noivinhas e afins 

SubFamília Pipromorphinae Bonaparte, 1853 ‐ Marias, abre‐asas, ferreirinhos e afins 

SubFamília Tyranninae Vigors, 1825 ‐ Bem‐te‐vis, suiriris e afins 

 Pelecaniformes 

• Ordem Pelecaniformes Sharpe, 1891 ‐ Pelicanos, biguás e atobás o Família Anhingidae Reichenbach, 1849 ‐ Biguatinga o Família Fregatidae Degland & Gerbe, 1867 ‐ Biguatinga o Família Pelecanidae Rafinesque, 1815 ‐ Pelicanos o Família Phaethontidae Brandt, 1840 ‐ Rabos de palha o Família Phalacrocoracidae Reichenbach, 1849 ‐ Biguá o Família Sulidae Reichenbach, 1849 – Atobás 

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42 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Phoenicopteriformes • Ordem Phoenicopteriformes Fürbringer, 1888 ‐ Flamingos 

o Família Phoenicopteridae Bonaparte, 1831 ‐ Flamingos  Piciformes 

• Ordem Piciformes Meyer & Wolf, 1810 ‐ Pica‐paus, tucanos, arirambas e afins 

o Família Capitonidae Bonaparte, 1838 ‐ Capitões o Família Picidae Leach, 1820 ‐ Pica‐paus o Família Ramphastidae Vigors, 1825 ‐ Tucanos e araçaris 

 Podicipediformes 

• Ordem Podicipediformes Fürbringer, 1888 ‐ Mergulhões o Família Podicipedidae Bonaparte, 1831 ‐ Mergulhões 

 Procellariiformes 

• Ordem Procellariiformes Fürbringer, 1888 ‐ Petréis e albatrozes o Família Diomedeidae Gray, 1840 ‐ Albatrozes o Família Hydrobatidae Mathews, 1912 ‐ Painhos 

SubFamília Hydrobatinae Mathews, 1912   SubFamília Oceanitinae Forbes, 1882 ‐ Painhos 

o Família Pelecanoididae Gray, 1871  o Família Procellariidae Leach, 1820 ‐ Petréis e pardelões 

Psittaciformes • Ordem Psittaciformes Wagler, 1830 ‐ Araras, papagaios e periquitos 

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Guia Didático de Aves |43  

o Família Psittacidae Rafinesque, 1815 ‐ Araras, papagaios e periquitos 

Sphenisciformes • Ordem Sphenisciformes Sharpe, 1891 ‐ Pinguins 

o Família Spheniscidae Bonaparte, 1831 ‐ Pingüins  Strigiformes (GUIA) 

• Ordem Strigiformes Wagler, 1830 ‐ Corujas o Família Strigidae Leach, 1820 ‐ Corujas o Família Tytonidae Mathews, 1912 ‐ Coruja‐da‐igreja 

Struthioniformes • Ordem Struthioniformes Latham, 1790 ‐ Avestruzes 

o Família Rheidae Bonaparte, 1849 ‐ Emas 

Tinamiformes • Ordem Tinamiformes Huxley, 1872 ‐ Macucos, inhambus, perdizes, 

codornas e afins o Família Tinamidae Gray, 1840 ‐ Inhambus, codornas e afins 

 Trogoniformes 

• Ordem Trogoniformes A. O. U., 1886 ‐ Surucuás o Família Trogonidae Lesson, 1828 – Surucuás 

   

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44 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

                         

 

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Guia Didático de Aves |45  

Guia Ilustrado         

Aves encontradas Nas Lagoas do Junco, Arroz e Azul  

Área de Proteção Ambiental Bonfim‐Guaraíra/RN        

    

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46 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

                           

 

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Guia Didático de Aves |47  

    

 Nome Popular: 

 Besourinho‐de‐bico‐vermelho  Nome do Táxon:  

Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) English Name:  

Glittering‐bellied Emerald  Família: 

 Trochilidae (Vigors, 1825)         

 BESOURINHO‐DE‐BICO‐VERMELHO 

 O besourinho‐de‐bico‐vermelho é uma ave apodidae da família Trochilidae. Também conhecido como beija‐flor‐besourinho‐de‐bico‐vermelho, beija‐flor‐de‐bico‐ Vermelho, esmeralda‐de‐bico‐vermelho. Esta espécie era representada pelo nome científico de Chlorostilbon aureoventris.  

 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

Apodiformes (Peters, 1940) 

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48 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características:  Esse  beija‐flor  tem  8,5  centímetros  e  pesa  3,5  gramas.  Sua plumagem verde‐brilhante abrange as partes dorsal e ventral, apresentando um brilho dourado mais intenso na fronte e mais azulado na garganta. As penas da cauda  são  azuis.  A  fêmea  distingue‐se  por  uma  linha  curva  branca  atrás  dos olhos e pela ponta da cauda esbranquiçada. Som: Tem voz aguda, às vezes, a vocalização é quase inaudível para nós. Possui vozes diferentes para, freqüentemente entonadas em vôo. Alimentação: Alimenta‐se quase que exclusivamente em vôo e é adaptado para sugar o néctar das flores. Também come insetos e aranhas. Reprodução:  Pode  nidificar  em  diversos  locais:  nas  raízes  pendentes  dos barrancos das estradas; nos ramos de pequenos arbustos.  Hábitos: Vivem em  jardins e quintais  floridos,  capoeiras  ralas, áreas abertas e matas de  candeias  floridas. Toma banho na  chuva. Tem necessidade de  tanta limpeza devido, ao constante contato com o líquido viscoso das flores. Gosta de tomar  banho  de  sol  e  se  espreguiça  após  o  descanso. Dorme  de  bico  para  a frente,  a  cabeça  um  pouco  levantada,  posição  semelhante  a  que  assume durante a chuva e quando canta. Coloca  freqüentemente as asas por baixo da cauda. Pousa abertamente num galho fino para dormir. Distribuição Geográfica: Pode ser encontrado no Nordeste e, do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul. 

   

     

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Guia Didático de Aves |49  

   

 Nome Popular:  

Rabo‐branco‐rubro Nome do Táxon: 

 Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) English Name: 

 Reddish Hermit Família:  

Trochilidae (Vigors, 1825)   

       

RABO‐BRANCO‐RUBRO  

Um dos menores beija‐flores do Brasil, o Rabo‐branco‐rubro é conhecido também como Besourinho‐da‐mata. 

 

Apodiformes (Peters, 1940) 

Fonte: W

ikiaves 

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50 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede cerca de 8,6 cm de comprimento e pesa de 1,8 a 2,2 g. O macho apresenta as partes inferiores ferrugíneas com uma estreita faixa preta à altura do peito e a fêmea é de coloração mais pálida e não possui a faixa preta.  Alimentação: Alimenta‐se de néctar e de pequenos insetos.  Reprodução:  Faz  ninho  em  formato  de  bolsa,  utilizando  paina macia,  teias  de aranha  e  detritos  vegetais,  localizado  entre  1  e  3 m  de  altura  em  folhas  de palmeiras.  Põe  2  ovos  brancos,  incubados  por  cerca  de  15  dias.  Os  filhotes nascem com o bico curto e mole, como todos os beija‐flores, e deixam o ninho após 18 a 22 dias.  Hábitos:  Voa  baixo,  com  um  zumbido  agudo,  semelhante  ao  de  uma  grande abelha.  Habita  o  sub‐bosque  de  florestas  altas,  no  interior  e  nas  bordas, capoeiras e áreas arbustivas.  Distribuição  Geográfica:  Da  Amazônia  para  o  sul  até  São  Paulo.  Encontrado também das Guianas e Venezuela à Bolívia.   

            

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Guia Didático de Aves |51  

    

Nome Popular:  Urubu‐de‐cabeça‐amarela 

Nome do Táxon:  Cathartes burrovianus (Cassin, 1845) 

English Name:  Lesser Yellow‐headed Vulture 

Família:  Cathartidae (Lafresnaye, 1839) 

        

URUBU‐DE‐CABEÇA‐AMARELA  

O papel das aves comedoras de carniça no ambiente é de uma importância fundamental. A nossos olhos, essa adaptação é repugnante. Graças a elas, no entanto, há uma rápida reciclagem das carcaças e reincorporação ao sistema dos nutrientes. Reduzem ou dificultam o crescimento de bactérias nocivas, ao diminuírem a disponibilidade de tecido animal em decomposição, sendo 

altíssima sua capacidade de resistência a organismos infecciosos.  

Cathartiformes (Seebohm, 1890) 

Fonte: W

ikiaves 

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52 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: O urubu‐de‐cabeça‐amarela,  tem de comprimento 53 a 65 cm. Ostenta uma envergadura de 1,60m. A coloração do corpo e asas são  idênticas ao do urubu‐da‐mata. À distância, a cabeça parece amarelo clara, quase branca. O  juvenil  possui  a  cabeça  negra.  Também  possui  olfato  apurado  e  chega rapidamente  às  carniças, onde,  como o urubu‐de‐cabeça‐vermelha, é  afastado com a chegada de outras espécies de urubus. Alimentação: Alimenta‐se principalmente de pequenas presas ou de carniça. É um caçador ativo, capturando pequenos vertebrados em vôos rasantes.  Reprodução: Faz ninho em grandes  cavidades de árvores, pondo ovos branco‐amarronzados manchados de marrom. Nidifica em locais semelhantes e o filhote também  nasce  com  uma  plumagem  fina  e  branca,  mantida  nas  primeiras semanas.  Hábitos:  Habitam  beiradas  de  rios  e  lagoas  florestadas,  áreas  pantanosas  e campos.  Vive  normalmente  solitário  ou  em  grupos  de  alguns  indivíduos,  bem espaçados.  Paira  baixo  sobre  pantanais  ou  campos  alagados,  sendo  incomum encontrá‐lo  voando  alto.  Pousa  em  postes  baixos  e  cercas.  Possui  os mesmos hábitos  gerais  das  espécies  da  mesma  família,  às  vezes  usando  os  mesmos pousos noturnos.  Distribuição  Geográfica:  Encontrado  em  diversas  regiões  do  Brasil,  é  mais comum  no Nordeste  e  na  Amazônia,  sendo  ainda  o  urubu  predominante  nas restingas do Rio de  Janeiro. Presente  também desde o México  até o norte da Argentina e Uruguai.     

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Guia Didático de Aves |53  

  

  

Nome Popular:  Urubu‐de‐cabeça‐preta 

Nome do Táxon:  Coragyps atratus (Bechstein, 1793) 

English Name:  Black Vulture 

Família:  Cathartidae (Lafresnaye, 1839) 

  

URUBU‐DE‐CABEÇA‐PRETA  

O urubu‐de‐cabeça‐preta é conhecido também como urubu‐comum, corvo, urubu‐preto e apitã. 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

Cathartiformes (Seebohm, 1890) 

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54 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: O  urubu‐de‐cabeça‐preta,  possui  de  comprimento  62  cm  e  de envergadura  cerca  de  143  cm  com  peso  de  1,6  kg. Dentre  os  urubus,  é  o  de menor  envergadura.  Apesar  de  seu  tamanho,  é  o mais  agressivo  dos  urubus menores,  disputando  avidamente  uma  carcaça  com  as  outras  espécies.  Não possui  o  olfato  apurado  do  gênero  Cathartes,  localizando  a  carniça  pela  visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer. Costuma deslocar‐se  a  grande  altura,  usando  as  correntes  de  ar  quente  para  diminuir  o  custo energético do vôo. Sua visão é excepcional, tendo boa acuidade para objetos a grande distância.  Alimentação:  Alimenta‐se  de  carcaças  de  animais mortos  e  outros  materiais orgânicos  em  decomposição,  bem  como  de  animais  vivos  impedidos  de  fugir, como filhotes de tartarugas e de outras aves.  Reprodução: Faz ninho em ocos de árvores mortas, entre pedras e outros locais abrigados,  geralmente  com  incidência de  árvores. Põe 2 ovos branco‐azulados manchados com muitos pontos marrons. Bate as asas pesadamente, plana bem.  Hábitos:  No  ambiente  natural,  alimenta‐se  nas  mesmas  carniças  das  outras espécies.  Nas  proximidades  das  casas,  busca  restos  de  comida  e  partes  de animais domésticos abatidos. Acostuma‐se com a presença humana e, em alguns locais, circula até junto de galinhas e outras aves domésticas, quando sua forma peculiar  de  andar  bamboleando  chama  a  atenção,  popularmente  chamado  de passo do urubu malandro.  Distribuição Geográfica:  É uma das  aves mais  comuns  em qualquer  região do Brasil,  exceto  em  extensas  áreas  florestadas  com  pouca  presença  humana. Encontrado também desde a região central dos Estados Unidos à praticamente toda a América do Sul onde haja cidades, fazendas e áreas abertas.   

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Nome Popular:  Urubu‐de‐cabeça‐vermelha 

Nome do Táxon:  Cathartes aura (Linnaeus, 1758) 

English Name:  Turkey Vulture 

Família: Cathartidae (Lafresnaye, 1839) 

          

URUBU‐DE‐CABEÇA‐VERMELHA  

 O urubu‐de‐cabeça‐vermelha é uma ave Cathartiforme da família Cathartidae. 

Fonte: W

ikiaves 

Cathartiformes (Seebohm, 1890) 

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56 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

 Características: Possui longas asas que chegam a 1,80m de envergadura, sendo relativamente  finas e mantidas em  formato de “V”. Dessa  forma, aproveitam a menor brisa disponível para voar sobre a vegetação e o solo, às vezes a poucos metros do chão. Nessa busca de sustentação, mantém as asas rígidas e viram o corpo de lado a outro, parecendo um vôo errático, que não vai se manter. Muito raramente  batem  as  asas  e,  mesmo  assim,  só  para  iniciar  o  movimento. Alimentação:  Localiza as  carcaças pelo olfato, uma das poucas aves onde esse sentido  é  apurado. Graças  à  sua  capacidade  de  vôo  e  sensibilidade  do  olfato, costuma  ser  o  primeiro  urubu  a  chegar  na  carniça.  Nem  sempre  é  o  que  se banqueteia melhor, porque  logo é seguido pelas outras espécies e afastado por elas.  Muitas  vezes,  espera  as  demais  alimentarem‐se,  para,  então,  voltar  a comer.  De  forma  ocasional,  pode  capturar  e  matar  pequenos  vertebrados, apanhados nos vôos rasantes.  Reprodução:  Nidifica  no  solo  ou,  mais  raramente,  em  ocos  de  árvores.  Em qualquer caso, locais bem cobertos por vegetação e protegidos. Coloca dois ovos e a incubação dura de 38 a 41 dias. Quando nascem os filhotes, são alimentados de alimento regurgitado pelos pais. A partir dos 70 dias de vida, inicia seus vôos.  Hábitos:  Habita  Campos,  Matas  e  bosques.  À  noite,  dirige‐se  para  pousos tradicionais,  seja nas  árvores da mata  ribeirinha,  seja  em  capões nos  campos. Esses  pousos  são  comunais,  ocasionalmente  com  20  ou  30  urubus  de  várias espécies.  Distribuição Geográfica: Ocorre desde o Sul do Canadá até a América do Sul. Seu período migratório vai de julho a novembro.   

   

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 Nome Popular:  

Batuíra de Coleira Nome do Táxon:  

Charadrius collaris (Vieillot, 1818)  English Name:  Collared Plover 

Família:  Charadriidae (Leach, 1820) 

         

BATUÍRA DE COLEIRA  

A  Batuíra‐de‐coleira é conhecida também como batuíra, batuíra‐da‐costa, batuíra‐de‐colar‐simples, batuituí, coleirinho, ituituí, lulutinho, maçarico‐de‐coleira, maçarico‐

pequeno e tarambola. 

Charadriiformes (Huxley, 1867) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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58 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede cerca de 15 cm de comprimento.Alimentação: Alimenta‐se de  larvas e  insetos, pequenos moluscos e vermes que encontra na  lama e na areia.Reprodução:  Põe  2  ovos  de  cor  creme  com  manchas  e  pintas  pretas, diretamente na areia, sem preparar um ninho. Hábitos: É localmente comum em praias  arenosas  de  grandes  rios,  na  orla  marítima,  lamaçais  e,  com  menos freqüência,  em  campos  com  gramíneas  baixas.  Vive  geralmente  aos  pares durante todo o ano, embora possa haver vários em uma mesma praia.  Distribuição Geográfica: Todo o Brasil e também do México à Bolívia, Argentina e Chile. 

                  

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Guia Didático de Aves |59  

  

  

Nome Popular:  Quero‐quero 

Nome do Táxon:  Vanellus chilensis (Molina, 1782) 

English Name:  Southern Lapwing 

Família:  Charadriidae (Leach, 1820) 

       

QUERO‐QUERO  

O quero‐quero também conhecido por tetéu, téu‐téu, terém‐terém e espanta‐boiada. Muito popular no Brasil, vive em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, freqüentemente longe 

d'água. Seu nome é uma onomatopéia de seu canto.  

Charadriiformes (Huxley, 1867) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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60 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede 37  cm, peso  277  g.  Possui um  esporão pontudo, ósseo, com  1  cm  de  comprimento  no  encontro  das  asas,  uma  faixa  preta  desde  o pescoço ao peito e ainda umas penas  longas  (penacho) na  região posterior da cabeça, tem um desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem.  Som: “tero‐tero”. Esse som é emitido dia e noite.  Alimentação: O quero‐quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que  encontra  na  lama.  Para  capturá‐los,  ele  agita  a  lama  com  as  patas  para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.  Reprodução: Na primavera,  a  fêmea põe normalmente de  três  a quatro ovos. Nidificam em uma cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pêra,  forma  adequada  para  rolarem  ao  redor  de  seu  próprio  eixo  e  não lateralmente, sendo manchados, confundindo‐se perfeitamente com o solo.  Hábitos: Costuma viver em banhados e pastagens; é visto em estradas, campos de futebol e próximo a fazendas, freqüentemente longe d'água. O quero‐quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso invade seus domínios.  Distribuição  Geográfica:  O  quero‐quero  é  uma  ave  típica  da  América  do  Sul, sendo encontrado desde a Argentina e  leste da Bolívia até a margem direita do baixo  Amazonas  e  principalmente  no  Rio  Grande  do  Sul,  no  Brasil.  Habita  as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas.        

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Nome Popular:  Garça‐branca‐pequena 

 Nome do Táxon: Egretta thula (Molina, 1782) 

English Name:  Snowy Egret 

Família:  Ardeidae (Leach, 1820) 

        

 GARÇA‐BRANCA‐PEQUENA 

 A Garça‐branca‐pequena é conhecida também como Garcinha‐branca e Garça‐

pequena.   

Ciconiiformes (Bonaparte, 1854) 

Fonte: W

ikiaves 

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62 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede de 51 a 61 cm de comprimento. Esta espécie distingue‐se facilmente da garça‐branca‐grande (Ardea alba), não só pelo tamanho, mas por apresentar o bico e as pernas negros e os dedos dos pés amarelos. Nos jovens as pernas  e  os  pés  são  verde‐amarelados. Nesta  garça  as  egretas  aparecem,  nos indivíduos de ambos os sexos, no dorso, na cabeça e no peito durante o período de reprodução. Alimentação:  Alimenta‐se  de  peixes  e  invertebrados  aquáticos  de  forma bastante  ativa. Para pescar,  corre nas margens das  coleções de  água  atrás de cardumes de peixes ou move, rapidamente, um dos pés sob água para atrair suas presas. Reprodução:  Reproduz‐se  em  pequenas  colônias  exclusivas  ou  em  meio  a colônias  de  outras  espécies,  no  manguezal.  Os  ninhos  são  plataformas construídas de gravetos. Põe de 2 a 4 ovos azul‐esverdeados. Hábitos:  Comum  em manguezais,  estuários  e  poças  de  lama  na  costa,  sendo menos numerosa em pântanos e poças de água doce. Distribuição  Geográfica:  Todo  o  Brasil  e  desde  o  sul  dos  Estados  Unidos  e Antilhas à quase totalidade da América do Sul.            

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Guia Didático de Aves |63  

     

Nome Popular:  Socozinho 

Nome do Táxon:  Butorides striata (Linnaeus, 1758) 

English Name: Striated Heron 

Família:  Ardeidae (Leach, 1820) 

       

 SOCOZINHO 

 O Socozinho é um Ciconiiforme da família Ardeidae. Conhecido também como 

Socó‐estudante, Soco‐í e Socó‐mirim (Pará), Socó‐mijão e Socó‐tripa. 

Ciconiiformes (Bonaparte, 1854) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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64 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características:  Tem  cerca  de  36  centímetros.  É  inconfundível,  devido  às  suas penas curtas e amarelas e pelo seu andar agachado. Alimentação:  Alimenta‐se  com  peixes,  insetos  aquáticos  (imagos  e  larvas), caranguejos,  moluscos,  anfíbios  e  répteis.  Permanece  imóvel  por  longos períodos,  empoleirado  sobre  a  água  ou  em  suas  proximidades,  à  espera  de presas. Reprodução:  Solitário,  às  vezes nidifica em  colônias. Constrói  seu ninho  sobre árvores ou arbustos nos brejais. Os ovos são esverdeados ou verde‐azulados (às vezes brancos ou esbranquiçados), uniformes. Põe 3 ovos cinza‐esverdeados. A procriação procede geralmente no  início ou no  fim da estação  seca, quando o alimento para as aves aquáticas é normalmente mais farto. Hábitos: Qualquer  lugar que haja  água. Tanto no  interior do  continente  como nos manguezais. É migratório. Anda como se esgueirasse, a passos largos e como se  observasse  um  perigo  ou  uma  oportunidade.  Voa  devagar,  com  o  pescoço encolhido e as pernas esticadas. Para dormir, não volta a cabeça para trás, e sim mantém o bico dirigido para a frente. Costuma colocar o bico verticalmente para baixo de encontro ao peito dentre a plumagem, o qual oculta completamente. Gosta  de  dias  chuvosos  e  escuros,  sente‐se  à  vontade  tanto  com  espécies noturnas como diurnas.  Distribuição Geográfica: Presente em todo o Brasil e nas regiões de clima quente ao  redor  do  planeta,  na  América,  África,  Ásia,  Austrália  e  ilhas  do  oeste  do Oceano Pacífico.      

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Nome Popular:  Juriri‐pupu 

 Nome do Táxon: Leptotila verreauxi (Bonaparte, 1855) 

English Name:  White‐tipped Dove 

Família:  Columbidae (Leach, 1820) 

        

JURIRI‐PUPU  

A juriti‐pupu é uma ave conhecida também como pu‐pú. Muito arisca, logo voa e se esconde, sendo que na maioria das vezes notamos sua presença pelo canto característico que é melancólico e repetitivo: “pu… puuu”, de onde seu outro 

nome juriti‐pupu. 

Columbiforme (Latham, 1790) 

Fonte: W

ikiaves 

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66 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características:  Tem  29  centímetros  e  pesa  entre  160  e  215  gramas.  Sua plumagem  é  marrom,  com  peito  claro,  cabeça  cinzenta  com  alguns  reflexos metálicos na nuca e alto dorso. Possui ainda, uma  coloração azulada ao  redor dos olhos. Muito arisca,  logo voa e se esconde, sendo que na maioria das vezes notamos sua presença pelo canto.  Alimentação:  É  granívora  e  frugívora,  pois  come  grãos,  sementes,  frutas  e vegetais. Com um rápido movimento do bico vira as folhas mortas para descobrir sementes e frutos caídos, esse movimento também é utilizado para extração de sementes caídas em uma fenda, joga os grãos no chão para pegá‐los em seguida. Reprodução: Seu ninho é feito de pequenos gravetos, sem forro. É tão ralo que às vezes, os dois ovos de cor claro‐suja podem cair no chão. Pode nidificar em pés de café e na entrada de grutas calcárias, no interior da mata. Hábitos: Vive nas matas e ambientes bem arborizados, vindo freqüentemente ao chão à cata de grãos, de que se alimenta. Vive solitária ou aos pares. Alimenta‐se de sementes e frutos no chão. Quando perturbada, foge caminhando sem fazer barulho, ou voa, emitindo um som com as asas, até uma árvore próxima.  Distribuição Geográfica: Presente em quase todo o Brasil e também do sul dos Estados Unidos até a Argentina. 

         

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Guia Didático de Aves |67  

    

Nome Popular:  Rolinha‐picuí 

 Nome do Táxon:  Columbina picui (Temminck, 1813) 

English Name:  Picui Ground‐Dove 

Família:  Columbidae (Leach, 1820) 

         

 ROLINHA‐PICUÍ 

 A rolinha‐picuí é uma ave columbiforme da família Columbidae  

 

Columbiforme (Latham, 1790) 

Font

e: W

ikia

ves

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68 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características:  No  nordeste,  a  plumagem  é  toda  branca,  vindo  daí  um  dos nomes  comuns.  No  Pantanal,  domina  um  tom  pardo‐amarronzado.  Na  asa,  a listra escura (iridescente, sob ótimas condições de  luz) é característica. Ao voar, destaca‐se  a  grande  área  branca  da  asa  e  outra  área  branca  na  cauda.  Ao levantar  vôo,  tais  áreas  brancas  podem  confundi‐la  com  a  Fogo‐apagou.  Íris arroxeada, com uma fina listra escura até o bico.  Alimentação: Acostuma‐se com a presença humana e beneficia‐se de plantios de grãos, aumentando sua presença nas áreas de cultivo.  Reprodução: No período reprodutivo, constrói a pequena plataforma de galhos mal ajambrados característica da  família. Os machos cantam  intensamente e o som produzido é origem do  seu  segundo nome comum,  também originário do nordeste. Dois ovos são postos, chocados pelo casal, que alimenta os filhotes até depois de sua saída do ninho.  Hábitos: Vive em  casais ou pequenos  grupos,  algumas  vezes misturando‐se  às outras rolinhas. Ocupa ambientes abertos. Distribuição Geográfica: No Centro‐Oeste, Nordeste e Sul do Brasil.    

       

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Nome Popular:  Martim‐pescador‐pequeno 

 Nome do Táxon:  Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) 

English Name:  Green Kingfisher 

Família:  Alcedinidae (Rafinesque, 1815) 

    

  

MARTIM‐PESCADOR PEQUENO  

Ave da família Alcedinidae, o martim‐percador‐pequeno é o representante mais comum no Brasil. É conhecido também pelos nomes de ariramba‐pequeno, 

martim‐cachaça e martim‐pescador. Vive ao longo de rios, lagos e orla marítima, mangues, embocaduras de rios, em florestas ou áreas abertas, onde haja árvore 

para o pouso. 

Coraciiformes (Forbes, 1844) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características: Mede 19 cm. Partes superiores verde bem escuras contrastando com uma faixa branca saliente e sedosa que  liga a base do bico à nuca, onde é atravessada pelo penacho nucal; asas atravessadas por 3  linhas  transversais de manchas brancas; bases das  retrizes externas brancas. O macho  tem as partes inferiores  brancas  com  o  peito  castanho  e  a  fêmea  com  peito  amarelado  ou branco manchado de verde.  Som: “ta‐ta”; “ti‐ti” ( advertência ); “trr‐trr‐trr”; canto chilreado e uma seqüência descendente, “kli‐kli‐kli‐kli‐kli‐kli”. Alimentação: Para alimentar pousa na vegetação à beira d'água (entre 1 e 3 m de altura), de onde observa suas presas antes de mergulhar. Às vezes paira no ar antes de mergulhar. Come peixes de 3 a 5,5 cm e crustáceos, sendo uma espécie de hábitos alimentares mais generalista.  Reprodução: O casal constrói o ninho geralmente num barranco de rio, acima do nível da água. Escavam um túnel com cerca de 80 cm, podendo ou não camuflar a entrada do mesmo. Põe geralmente 3 a 5 ovos brancos, que medem em torno de  24  x  19 mm,  no  fundo  do  túnel.  A  incubação  noturna  cabe  à  fêmea, mas durante o dia ela se reveza com o macho.  Hábitos: É a espécie mais comum no Brasil. Habita os  lagos com rica vegetação aquática,  beira  de  rios  pequenos  e  grandes,  manguezais;  adapta‐se  até  em pequenas  coleções  d’água  tomada  por  vegetação  palustre  como  aguapés  e outras plantas aquáticas.  Distribuição Geográfica: Ocorre do Texas e México à Argentina; todo Brasil.     

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 Nome Popular:  Alma‐de‐gato 

 Nome do Táxon:  Piaya cayana (Linnaeus, 1766) 

English Name:  Squirrel Cuckoo 

Família:  Cuculidae (Leach, 1820) 

      

ALMA DE GATO  

A alma‐de‐gato é uma ave  conhecida também pelos nomes populares de alma‐de‐caboclo, alma‐perdida, atibaçu, atingaçu, atingaú, atinguaçu, atiuaçu, chincoã, crocoió, maria‐caraíba, meia‐pataca, oraca, pataca, pato‐pataca, piá, rabilonga, rabo‐de‐escrivão, rabo‐de‐palha, tincoã, tinguaçu, titicuã, uirapagé e 

urraca.  

Cuculiformes (Wagler, 1830) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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72 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede cerca de 50cm  (contando a cauda).Apresenta plumagem ferrugínea nas partes superiores, peito acinzentado, ventre escuro, cauda longa, escura  e  com  as  pontas  das  retrizes  claras,  bico  amarelo  e  íris  vermelha.  Sua cauda excepcionalmente grande a torna inconfundível.  Som: Seu canto se assemelha ao gemido de um gato, por isto é conhecida como alma de gato. Ainda, consegue imitar o canto de outras aves, especialmente o do bem‐te‐vi, que é de fato parecido com sua própria vocalização. Alimentação: Alimenta‐se basicamente de  insetos, principalmente  lagartas, que captura  ao  examinar  as  folhas,  inclusive  em  suas  partes  inferiores.  Também consome  frutinhas,  ovos  de  outras  aves,  motivo  pelo  qual  é  muitas  vezes afugentado  por  suiriris  e  outras  aves  que  estejam  com  ovos  e  filhotes  aves, lagartixas e pererecas. Reprodução: O ninho é em  forma de panela  rasa,  feito de galhos  frouxamente entrelaçados.  A  fêmea  bota  cerca  de  6  ovos,  que  possuem  uma  casca  com aspecto peculiar devido à aparência mineral.  Hábitos: Pula entre as ramagens com sua  longa cauda. Apesar de seu tamanho consegue  se  deslocar  sem  ser  facilmente  notado.  Ocorre  em  matas  ciliares, matas  secundárias,  capoeiras,  parques  e  bairros  arborizados  até  mesmo  das maiores  cidades brasileiras. Habita os estratos médio e  superior dessas matas, quase nunca descendo ao solo. Anda sozinho ou aos pares. Distribuição Geográfica: Ocorre em todo o Brasil.       

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Guia Didático de Aves |73  

  

  

Nome Popular:  Anú‐branco 

Nome do Táxon:  Guira guira (Linnaeus, 1758) 

English Name:  Guira cuckoo 

Família: Cuculidae (Leach 1820) 

   

      

ANÚ‐BRANCO  

O anu‐branco é também conhecido como rabo‐de‐palha e alma‐de‐gato.  

Cuculiformes (Wagler, 1830) 

Fonte: W

ikiaves 

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Características: Mede cerca de 38 cm. Corpo franzino, cauda comprida, graduada e  com  fita preta. Branco‐amarelado, bico  cor de  laranja  (cinzento no  indivíduo imaturo ). Bico forte e curvo. Quando empoleira arrebita a cauda e joga‐a até às costas. Anda sempre em bandos. São aves extremamente sociáveis.. Som: Sua vocalização é alta e estridente: “iä,  iä,  iä” (chamada e grito durante o vôo); “i‐i‐i‐i” (advertência); seqüência fortemente descendente e decrescendo de melodiosos “glüü” (canto); cacarejo baixo. Alimentação: São essencialmente carnívoros, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas,  miriápodes  etc.  Predam  também  lagartas  peludas  e  urticantes, lagartixas e camudongos. Cospem pelotas. Pescam na água rasa; periodicamente comem  frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca quando há escassez de artrópodes. Reprodução: Os seus ovos são relativamente muito grandes, tem de 17 a 25% o peso da  fêmea. A cor dos ovos é verde‐marinho, uma  rede branca calcária em alto relevo se espalha sobre toda a superfície. Tanto há ninhos individuais, como coletivos. A  fêmea que construiu um ninho e ainda não começou a pôr os seus ovos,  joga  fora  os  ovos  postos  ali  por  outras  fêmeas.  Joga  também  os  ovos, quando a  fêmea poedeira encontra o ninho onde quer pôr ocupado por outra ave.  Hábitos: Até certo ponto são beneficiados pelo desaparecimento da mata alta, pois vivem em campos, lavouras e ambientes mais abertos. Imigram em regiões onde  eram  desconhecidos  e  tornam‐se  as  aves  mais  comuns  ao  longo  das estradas. Devido as seu vôo  lerdo e fraco, são freqüentemente atropelados nas estradas  Distribuição Geográfica: Ocorre do sudeste do Amapá e do estuário amazônico à Bolívia, Argentina e Uruguai.  

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 Nome Popular:  

Anú‐preto  Nome do Táxon: 

 Crotophaga ani (Linnaeus, 1758) English Name: 

 Smooth‐billed Ani Família: 

 Cuculidae (Leach, 1820)  

  

     

ANÚ‐PRETO  Conhecido também como Anu‐pequeno e Anum. Comum em pastagens, 

campos, jardins, lavouras abandonadas e outras áreas abertas. Vive em bandos e é muito visto em regiões cultivadas. 

 

Cuculiformes (Wagler, 1830) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características: Corpo  franzino  ‐ 36  centímetros, preto uniforme, de bico  alto, forte e curto. Cauda comprida e graduada. Apesar de formar casais, vive sempre em  bandos,  ocupando  territórios  coletivos  durante  todo  o  ano.  São  aves extremamente  sociáveis.  Tem  grande  habilidade  em  pular  e  correr  pela ramagem.  Som:  Possui  mais  de  uma  dúzia  de  vozes  diferentes.  Eles  se  divertem cavaqueando baixinho, de modo bem variado, causando às vezes a impressão de estar tentando imitar a voz de outra ave. Alimentação: São essencialmente carnívoros, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas,  miriápodes  etc.  Predam  também  lagartas  peludas  e  urticantes, lagartixas e camudongos. Pescam na água  rasa, periodicamente comem  frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca quando há escassez de artrópodes.  Reprodução: Os ovos das  fêmeas do anu‐preto perfazem 14% do peso de  seu corpo.  É  de  cor  azul‐esverdeada. O  anu‐preto  costuma  trazer  comida  quando visita a fêmea no ninho. O macho dança em torno da fêmea, no solo. As fêmeas, embora possuam ninhos individuais, se associam mais freqüentemente a um ou dois casais do seu bando para construir ninho coletivo, pôr ovos e criar a prole juntas,  tendo  a  cooperação  de  machos  e  filhotes  crescidos  de  posturas anteriores. Hábitos: Vive em paisagens abertas com moitas e capões entre pastos e jardins; ao  longo das rodovias costuma ser quase a única que se vê, como habitante de lavouras abandonadas. Prefere lugares úmidos. Distribuição Geográfica: Ocorre da Flórida à Argentina e todo o Brasil.    

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Guia Didático de Aves |77  

  

  

Nome Popular:  Caracará 

 Nome do Táxon:  Caracara plancus (Miller, 1777) 

English Name:  Southern Caracara 

Família: Falconidae (Leach, 1820) 

        

CARACARÁ   

Também conhecido como carcará, carancho, caracaraí (Ilha do Marajó) e gavião‐de‐queimada, o caracará não é, taxonomicamente uma águia, e sim um parente distante dos falcões. Ocorre em campos abertos, cerrados, borda de matas e 

inclusive centros urbanos de grandes cidades. 

Falconiformes (Bonaparte, 1831) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características:  Medindo  cerca  de  56  cm  da  cabeça  a  cauda  e  123  cm  de envergadura, o caracará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de possuir  uma  espécie  de  solidéu  preto  sobre  a  cabeça,  assim  como  um  bico adunco e alto, que assemelha‐se à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. Alimentação:  É  onívoro,  alimentando‐se  tanto  de  animais  vivos  como mortos. Suas estratégias para obtenção de alimento são variadas: caça  lagartos, cobras, sapinhos  e  caramujos;  rouba  filhotes  de  outras  aves,  até  de  espécies  grandes como  garças,  colhereiros  e  tuiuiú;  arranha  o  solo  com  os  pés  em  busca  de amendoim e  feijão;  apanha  frutos de dendê;  ataca  filhotes  recém‐nascidos de cordeiros e outros animais. Pode ser visto facilmente voando ou pousado junto a urubus pacificamente. Reprodução: Constrói um ninho com galhos em bainhas de folhas de palmeiras ou em outras árvores. Usa ninhos de outras aves também. Os dois ovos brancos manchados de marrom‐avermelhado.  Hábitos: Vive  solitário,  aos  pares  ou  em  grupos.  Pousa  em  árvores  ou  cercas, sendo  freqüentemente  observado  no  chão,  junto  à  queimadas  e  ao  longo  de estradas. Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador, costuma acompanhar as correntes de ar ascendentes. Durante a noite ou nas horas mais quentes do dia, costuma ficar pousado nos galhos mais altos, sob a copa de árvores isoladas ou nas matas ribeirinhas.  Distriuição  Geográfica:  Possui  uma  distribuição  geográfica  ampla,  que  vai  da Argentina  até  o  Sul  dos  Estados  Unidos,  ocupando  toda  uma  variedade  de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes.Sua maior população se encontra no sudeste e nordeste do Brasil.  

 

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 Nome Popular:  Gavião Carijó  

Nome do Táxon:  Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) 

English Name:  Roadside Hawk 

Família: Accipitridae (Vigors, 1824) 

   

GAVIÃO CARIJÓ  

O gavião‐carijó é um gavião encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o Brasil. É a espécie predominante no Brasil. É o terror dos galinheiros. Também é conhecido pelos nomes de anajé, gavião‐

indaié, gavião‐pega‐pinto, inajé, indaié e pega‐pinto. Como toda ave de rapina tem um papel indispensável no equilíbrio da fauna como reguladores da seleção. Evitam uma superpopulação de roedores e aves pequenas (como é o caso dos ratos e pombos nos centros urbanos) além de eliminar indivíduos defeituosos e 

doentes. 

Falconiformes (Bonaparte, 1831) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características:  Asas  compridas  e  largas  de  "pontas  abertas",  tal  como  nos urubus,  cauda  curta,  conjunto  apropriado  para  planar  em  espaços  abertos. Macho e fêmea quase sempre se assemelham quanto ao colorido. Distinguem‐se geralmente  pelo  tamanho,  sendo  a  fêmea maior.  Voa  no  aberto,  aos  casais, batendo rapidamente as asas e descrevendo círculos chamando a atenção pela característica gritaria que produzem.. Alimentação:  Consome  desde  insetos  até  aves  e  lagartos.  Procura  os  abrigos diurnos de morcegos para atacá‐los enquanto dormem. Ataca ninhos de outras aves e por isso é ferozmente perseguido por suiriris e andorinhas. Reprodução: O gavião‐carijó vive em casais que constroem um ninho de gravetos revestido por  folhas, geralmente no  topo de uma árvore grande. A postura de em média 2 ovos geralmente manchados.  Hábitos: Costuma voar em  casais,  fazendo movimentos  circulares enquanto os dois vocalizam em dueto. Distribuição  Geográfica:  Ocorre  do  México  à  Argentina  e  em  todo  o  Brasil. Ocorrem também do México à Argentina e em todo o Brasil. É uma das espécies mais  comuns  de  nosso  país,  ocorre  em  todos  os  estados,  habitando  os mais variados  ambientes:  campos, bordas de mata,  áreas urbanas, etc.,  sendo mais raro em áreas densamente florestadas. Nas últimas décadas este gavião passou a se  tornar mais comum nos centros urbanos,  se adaptando com  sucesso a este ambiente,  pois  nas  cidades  a  oferta  de  presas  é maior  e  os  seus  predadores naturais (outras aves de rapina maiores) são escassos.       

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Nome Popular:     

Nome Popular:  Rapazinho‐dos‐velhos 

 Nome do Táxon:  Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) 

English Name:  Spot‐backed Puffbird 

Família:  Bucconidae (Horsfield, 1821) 

       

RAPAZINHO‐DOS‐VELHOS  

O Rapazinho‐dos‐Velhos também conhecido popularmente como Fura‐barreira, Macuru, Apara‐Bala e João‐Bobo. O nome se refere à sua “mansidão”, pois é capaz de ficar imóvel no meio da vegetação, observando tudo que se passa ao 

seu redor. Como o seu colorido e a sua forma lhe fornecem uma perfeita camuflagem, passa muitas vezes despercebido. 

Galbuliformes (Fürbringer,1888) 

Fonte: W

ikiaves 

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Características: Possui o bico avermelhado. A cabeça, entretanto, é toda escura, com um colar amarelado e uma mancha da mesma cor no peito. Tanto a barriga como o peito são todos salpicados de negro, em contraste com o cinza claro. A cabeça é grande e larga, desproporcional ao corpo.  Alimentação:  Fica  pousado  em  poleiros  à  espera  da  presa.  Decola  e  apanha insetos em vôo, voltando para devorá‐los no galho onde estava pousado. Além de insetos, come aranhas, escorpiões e pequenos vertebrados.  Reprodução: Cava um túnel que termina numa câmara num barranco ou até em terreno plano, onde põe de 2 a 3 ovos. O casal faz revezamento para cuidar do ninho, dos ovos e dos  filhotes, que nascem nus, cegos e com bico pequeno. A entrada  dos  ninhos  é  camuflada  pela  vegetação  ao  redor  e  pelo  hábito  de espalharem  a  terra  vinda da  escavação. Na  entrada da  galeria,  geralmente de formato  ovalado  como  um  buraco  de  lagarto,  é  possível  ver  o  rebaixamento produzido pelos pés das aves ao entrarem e saírem dos ninhos.  Hábitos: Costuma pousar em  fios ou galhos expostos ao Sol,  imóvel, confiando em sua camuflagem para evitar os predadores. Essa espécie aparece com maior freqüência no interior das matas secas e cerradões.  Distribuição Geográfica: O Rapazinho‐dos‐Velhos  ocorre  no Nordeste,  em  boa parte  da  região  Centro‐Oeste,  na  Argentina,  Bolívia  e  Paraguai.  Também  é encontrado ao norte do Amazonas, na região de Oriximiná e na  Ilha de Marajó, no Pará. Pela ampla área de distribuição e quantidade de indivíduos registrados, essa  espécie  é  considerada  como  Pouco  Preocupante  (LC)  de  extinção  na natureza.     

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Nome Popular:  Andorinha‐doméstica‐grande 

 Nome do Táxon:  Progne chalybea (Gmelin, 1789) 

English Name:  Grey‐breasted Martin 

Família:  Hirundinidae (Rafinesque, 1815) 

  

     

ANDORINHA‐DOMÉSTICA‐GRANDE   

A andorinha‐doméstica‐grande é uma ave passeriforme da família Hirundinidae. Conhecida nos diversos lugares por vários nomes populares, tais como: 

andorinha‐católica, andorinha‐da‐casa, andorinha‐grande, andorinha‐mestre e tapérá. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características:  Tem  asas  longas  e pontiagudas,  a  cauda  geralmente bifurcada em maior ou menor grau, o bico curto, chato e triangular, com ampla abertura bucal. Têm um  vôo  rápido e  ágil. Mede  cerca de 18  cm. Difere da  andorinha‐pequena‐de‐casa apenas no tamanho. Alimentação: Alimenta‐se de insetos capturados em vôo. Reprodução: Faz o ninho, em forma de tigela, com palha e fezes secas de gado, solidamente presas, forrado com penas  internamente. Os ninhos são colocados em  cavidades de pedras e  locais protegidos em edificações urbanas; neles  são postos 2 a 5 ovos brancos, que medem 23 x 16 mm. Como é  regra na  família, cabe à fêmea a maior parte de incubação e o casal participa do cuidado da prole. Costuma aproveitar o ninho do joão‐de‐barro.  Hábitos:  Habita  fazendas  e  cidades.  Formam  bandos  numerosos,  pousam  em árvores,  fios  de  eletrificação  e  também  no  solo.  As  espécies  que  residem  no Brasil Meridional  são migratórias  e  no  outono  partem  em  direção  ao  norte, embora nem todos os indivíduos de uma população migrem. Distribuição Geográfica: No nordeste e centro‐oeste do Brasil.            

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 Nome Popular:  

Balança‐rabo‐de‐chapéu‐preto  Nome do Táxon:  

Polioptila plúmbea (Gmelin, 1788) English Name:  

Tropical Gnatcatcher Família:  

Polioptilidae (Baird, 1858)     

      

BALANÇA‐RABO‐DE‐CHAPÉU‐PRETO  

O Balança‐rabo‐de‐chapéu‐preto é conhecido também como Miador. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características: Mede cerca de 11 cm de comprimento. O macho tem o alto da cabeça preto‐brilhante, o qual é cinza na fêmea. Alimentação:  Busca  insetos  diretamente  na  folhagem  e  em  ramos  pequenos. Freqüentemente acompanha bandos mistos de insetívoros. Reprodução: Faz ninho em formato de xícara, localizado em galhos entre 2 e 8 m de altura. Põe de 2 a 3 ovos brancos manchados de marrom. Hábitos:  Varia  de  incomum  a  localmente  comum  em  capoeiras,  bordas  de florestas, clareiras com árvores esparsas, caatingas e manguezais. Na Amazônia, habita  também  ilhas e as margens ao  longo dos  rios maiores. Vive  solitário ou aos pares, balançando constantemente a cauda. Distribuição  Geográfica:  Presente  na  maior  parte  da  Amazônia  brasileira, estendendo‐se para  leste até o Piauí e em direção sul até ao Nordeste e Minas Gerais. Encontrado também do México ao Panamá e em todos os demais países amazônicos ‐ Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.     

        

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Nome Popular: Bem‐te‐vi 

 Nome do Táxon:   Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) 

English Name:  Great Kiskadee 

Família:  Tyrannidae (Vigors, 1825) 

      

BEM‐TE‐VI   

O bem‐te‐vi é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos. Conhecido também como bem‐te‐vi‐de‐coroa e bem‐te‐vi‐verdadeiro, é provavelmente o 

pássaro mais popular de nosso país, podendo ser encontrado em cidades, matas, árvores à beira d'água, plantações e pastagens. Em regiões densamente 

florestadas habita margens e praias de rios.  

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características: Ave de médio porte, o bem‐te‐vi mede entre de 20,5 e 25 cm de comprimento  para,  aproximadamente,  60  gramas.  O  seu  canto  trissilábico característico lembra as sílabas BEM‐te‐VI, que dão o nome à espécie. Alimentação:  É  insetívoro,  podendo  devorar  centenas  de  insetos  diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs,  laranjas, pitangas e muitas outras), ovos de outros pássaros,  flores de  jardins, minhocas, pequenas cobras,  lagartos,  crustáceos, além de peixes e girinos de  rios e  lagos de pouca profundidade. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e eqüinos.  Reprodução:  Faz  ninho  grande  e  esférico,  com  capim  e  pequenas  ramas  de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas, com entrada lateral ou ninhos em formato de xícara aberta.  Põe de 2 a 4 ovos de cor creme com poucas marcas marrom‐avermelhadas. Hábitos:  São  agressivos,  ameaçam  até  gaviões  e  urubús  quando  esses  se aproximam  de  seu  “território”.  Costumam  pousar  em  lugares  salientes  como postes  e  topos  de  árvores.  Pode‐se  vê‐lo  facilmente  cantando  em  fios  de telefone,  em  telhados  ou  banhando‐se  nos  tanques  ou  chafarizes  das  praças públicas.  Distribuição  Geográfica:  É  uma  ave  típica  da  América  Latina,  com  uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina. Entretanto, pode também ser encontrada no sul do Texas e na ilha de Trinidad.        

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Nome Popular:  Betevizinho‐de‐penacho‐vermelho 

Nome do Táxon:  Myiozetetes similis (Spix, 1825) 

 English Name:  Social Flycatcher 

Família:  Tyrannidae (Vigors, 1825) 

       

BETEVIZINHO‐DE‐PENACHO‐VERMELHO  

O bentevizinho‐de‐penacho‐vermelho é uma ave  pequena, com pouco mais de 15 centímetros. Parte de seu nome 

científico significa similaridade e é alusivo à grande semelhança das cores de sua plumagem com as do bem‐te‐vi. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características: O  padrão  geral  da  coloração  da  plumagem  é  o  seguinte:  lado inferior  amarelo  com  a  garganta  branca,  dorso  e  asas  marrom‐esverdeados; acima dos olhos possui uma evidente faixa branca que se estende desde o bico até  a  nuca,  onde  é  interrompida;  bico  e  olhos  negros.  Com  esse  padrão  de plumagem, o bentevizinho‐de‐penacho‐vermelho poderia  ser  considerado uma miniatura do bem‐te‐vi, mas as  semelhanças  terminam por aí. O bentevizinho, que  também  é  chamado  de  bentevizinho‐topete‐vermelho,  em  virtude  da existência de um pequeno topete vermelho visto quando se olha a ave por cima, possui características ecológicas muito distintas. Alimentação: Alimenta‐se de  insetos  capturados durante pequenos  vôos, e de pequenas frutas. Reprodução:  Na  época  da  reprodução  constrói  um  ninho  de  capim  que  é colocado em uma  forquilha. Às vezes o ninho  fica  localizado em galhos sobre a água  ou  próximo  a  colmeias  e  formigueiros,  garantindo,  assim,  uma  proteção extra  contra  predadores.  A  fêmea  põe  de  dois  a  três  ovos  que  são esbranquiçados com pequenas pintas marrons. Hábitos: Ocorre  aos  pares  ou  em  pequenos  grupos  familiares,  que  são muito barulhentos.  Em  termos  de  ambiente,  prefere  matas  ou  capoeiras  mais conservadas, quase sempre próximo a algum curso d'água. Não se adapta muito às regiões campestres ou cidades pouco arborizadas. Distribuição Geográfica: Distribui‐se em grande parte do Brasil, em alguns países vizinhos  da  América  do  Sul  e  também  na  América  Central. Os  indivíduos  que ocorrem em  regiões  com  clima mais  severo  (Brasil meridional e países do  sul) podem realizar movimentos de migração para regiões mais quentes nas épocas de inverno.   

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Nome Popular:  Choró‐boi 

Nome do Táxon:  Taraba major (Vieillot, 1816) 

English Name:  Great Antshrike 

Família:  Thamnophilidae (Swainson, 1824) 

  

  

CHORÓ‐BOI   

O Choró‐boi é uma espécie comum, que habita a vegetação densa do estrato baixo de capoeiras, clareiras e bordas de florestas com vegetação arbustiva, 

tanto em regiões úmidas quanto secas. Vive geralmente aos pares, pulando em meio a emaranhados de cipós e arbustos a uma altura de 1 a 5 m, o que o torna difícil de ser observado. Seus nomes comuns são os mais variados: piorim, choca, 

choca‐boi, chororó‐olho‐de‐fogo, cã‐cã‐de‐fogo.  

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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Características: O macho é negro no dorso, em forte contraste com o branco da região  ventral.  Na  fêmea,  toda  a  plumagem  negra  é  substituída  por marrom avermelhada, sem haver o branco das asas e cauda. Nos dois sexos, destaca‐se o vermelho intenso dos olhos da ave adulta. Mede cerca de 20 cm. Alimentação: Vive no estrato baixo, caçando  invertebrados nos galhos e folhas. Raramente segue bandos mistos ou formigas‐de‐correição. Reprodução:  Constrói  um  ninho  com  fibras  e  raízes,  em  formato  de  bolsa pendente  de  uma  forquilha  horizontal,  característico  de  todas  as  aves  dessa família. Põe 2 ovos de cor creme, manchados de marrom e lilás. Macho e fêmea chocam os ovos e cuidam dos filhotes.  Hábitos: Muito presente nas matas ciliares dos rios, corixos e baías, bem como nos cerradões, cambarazais e matas secas. Pousa no chão ou em galhos caídos. Acostuma‐se  com  a  presença  humana,  usando  quintais  e  pomares  de  sítios  e fazendas onde não é perseguido ou não existam gatos domésticos. Seu canto é marca registrada, interpretado como cada um dos seus nomes comuns.  Distribuição Geográfica: Presente desde o extremo norte do País até o Estado do Paraná. Encontrado  também do México ao Panamá e em praticamente  toda a América do Sul, com exceção do Chile. 

       

  

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 Nome Popular:  

Choca‐barrata‐do‐nordeste  Nome do Táxon:  

Thamnophilus capistratus  (Lesson, 1840) English Name:  

Caatinga Antshrike Família:  

Thamnophilidae (Swainson, 1824)    

     

CHOCA‐BARADA‐DO‐NORDESTE   

 É uma espécie endêmica do nordeste do Brasil, proximamente associada ao bioma caatinga. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: W

ikiaves 

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Características:  Atinge  16  cm  de  comprimento.  Locomove‐se  pelos  galhos saltando e pulando. Normalmente é observado o casal. O macho é malhado em preto  e  branco  com  crista  uniforme  preta,  a  fêmea  é  castanha  e  barrada  na barriga com crista uniforme, porém, castanha.  Alimentação: Alimenta‐se de insetos e aranhas. Reprodução: Ninho em  forma de  copo em arbustos. Geralmente colocam dois ovos de cor branca cremoso com marcações  roxas. Ambos chocam durante 14 dias.  Hábitos:  Em muitas  aves,  algumas  particularidades,  como  a  biologia  de  seus hábitos, são pouco conhecidas.  Distribuição  Geográfica:  Vive  na  capoeira  rala,  e mata  de  várzea.  Ocorre  no Brasil do norte de Minas Gerais ao Ceará, no nordeste, no sul de Mato Grosso, em São Paulo e oeste do Paraná.                 

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Nome Popular:  Chorozinho‐da‐caatinga 

 Nome do Táxon:  Herpsilochmus sellowi  

(Whitney & Pacheco, 2000) English Name:  

Caatinga Antwren Família:  

Thamnophilidae (Swainson, 1824)  

      

CHOROZINHO‐DA‐CAATINGA (Extinção) 

 O Chorozinho‐da‐Caatinga é uma espécie endêmica do Brasil, ou seja, só 

existe no nosso país. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte Wikiaves 

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Características: O Chorozinho‐da‐Caatinga é um pássaro com cerca de 12 cm de comprimento, apresentando dimorfismo sexual. O macho é mais acinzentado no dorso, com uma coroa negra, rodeada por um supercílio branco. A região ventral é esbranquiçada. A fêmea tem o dorso oliváceo, com a região ventral amarelada. Tanto o macho quanto a  fêmea  têm uma pequena  faixa escura atrás do globo ocular. A vocalização é similar ao H. Pileatus, mas tem duas vezes mais notas e é um  pouco mais  alta  no  começo. O  Chorozinho‐da‐Caatinga  tem  um  bico mais curto e estreito que H. Pileatus. Alimentação: Como a maior parte dos Tamnofilídeos, o Chorozinho‐da‐Caatinga tem modo  de  alimentação  insetívoro.  Apesar  de  vocalizar  constantemente,  é uma  espécie  relativamente  difícil  de  se  observar,  mesmo  estando  a  poucos metros de distância, já que quase sempre está forrageando à procura de insetos na vegetação baixa fechada e em pequenos arbustos. Reprodução: Ninho de cesto baixo, câmara  incubatória desprovida de qualquer forração  especial,  construido  com  hifas  que  dão  a  estrutura  do  ninho,  como também possuem escapos, pedaços de  folhas de gramíneas, gavinha e  teia de origem animal. Reprodução no mês de  setembro na maioria das vezes. Ambos revezam  a  incubação,  isso  é  um  comportamento  comum  entre  a  família Thamnophilidae. Hábitos: Em ambos os sexos a cauda permanece quase sempre levantada. Distribuição Geográfica: O Chorozinho‐da‐Caatinga é encontrando no interior de todos os estados do Nordeste brasileiro, tendo sido descrito em Barra do Corda, na região central do Maranhão; na Chapada do Araripe e em Várzea Formosa, no Ceará; na  Serra do Cachimbo, no  sul do Pará; no norte de Minas Gerais e em algumas  localidades  nas  regiões  central  e  sul  da  Bahia.  É  uma  espécie  quase endêmica do Bioma Caatinga. Apesar da extensa área de distribuição, já que são relativamente poucos os locais onde essa espécie foi descrita.  

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Nome Popular:  Chorozinho‐de‐papo‐preto 

 Nome do Táxon:  Herpsilochmus pectoralis 

 (Sclater, 1857) English Name: 

 Pectoral Antwren Família:  

Thamnophilidae (Swainson, 1824)    

    

CHOROZINHO‐DO‐PAPO‐PRETO  (Extinção) 

  O Seu tamanho populacional está reduzido com probabilidade de extinção na 

natureza em pelo menos 10 por cento em 100 anos. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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98 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: O macho  tem  nódoa  negra  no  papo.  Asa:  5,5cm;  Cauda:  5,2; Fêmea:  cabeça  ocre.  Marcas  brancas  nas  coberteiras  caudais.  Voz:  "Cheia". Comprimento: 13cm a 11,7cm.  Alimentação: Se alimenta de insetos. Reprodução:  Ninho  em  forma  de  cesto  baixo  com  câmara  incubatória  sem forração,  constituído por  raízes e  folhas de gramíneas. Reprodução no mês de agosto  na  maioria  das  vezes.  Ambos  revezam  a  incubação,  isso  é  um comportamento comum entre a família Thamnophilidae. Hábitos: Em ambos os sexos a cauda permanece quase sempre levantada. Distribuição Geográfica: Matas de Galeria e Matas Secas do Maranhão; RN; Se e BA; É uma ave endêmica na região da caatinga. A possibilidade que essa espécie ocorra em toda região da Caatinga, do oeste e norte da Bahia estendendo‐se até o  Maranhão,  seguindo  o  padrão  de  outros  Passeriformes  encontrados  no Recôncavo baiano, ainda precisa ser conferida. 

             

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 Nome Popular:  

Cambacica, sibite  Nome do Táxon:  

Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) English Name:  

Bananaquit Família:  

Coerebidae  (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838) 

   

   

CAMBACICA   

O Cambacica é também conhecida como sibite (RN) mariquita, chiquita (RJ) caga‐sebo, sebito, papa‐banana (RS), saí e tem‐tem‐coroado (PA) e é comum em uma 

grande variedade de hábitats abertos e semi‐abertos onde existam flores, inclusive em quintais.  

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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100 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede  aproximadamente  10,8  cm  e  pesa  cerca  de  10g.  Tem  o dorso marrom, o peito e o abdome amarelos, o pescoço cinza e a cabeça listrada preta  e  branca,  não  apresentando  diferenças  na  plumagem  em  relação  aos machos e fêmeas.  Alimentação: Néctar  e  artrópodes. Para  coletar  alimento,  em qualquer  altura, agarra‐se firmemente à coroa das flores e com o bico curvo e pontiagudo perfura o  cálice,  atingindo  assim  os  nectários.  Visita  também  as  garrafas  de  água açucarada, destinadas a atrair beija‐flores.  Reprodução:  Põe  de  2  a  3  ovos  branco‐amarelados,  com  pintas  marrom‐avermelhadas. A incubação é feita exclusivamente pela fêmea. Hábitos: Vive solitária ou aos pares e é bastante ativa. Toma banho muitas vezes, por causa do contato com o néctar pegajoso. Seu canto é  relativamente  forte, simples e monótono, e emitido incansavelmente. Canta a qualquer hora do dia e em qualquer  época do  ano. A  fêmea  também  canta, mas pouco  e por menos tempo. Geralmente  está  no meio  das  folhas  e movimenta‐se  pelo  interior  da copa. Entretanto, voa bem e atravessa áreas abertas entre matas ou para visitar uma árvore  isolada e  florida em um campo. Também visita arbustos  isolados e próximos à mata. Adapta‐se facilmente a ambientes urbanos, sendo comum até em cidades do porte de São Paulo e Rio de Janeiro. Distribuição Geográfica: Ocorre  em  quase  todas  as  regiões  do  país,  podendo estar ausente de regiões extensivamente florestadas, como no oeste e centro da Amazônia. É encontrada desde o México, e em  todos os países da América do Sul, com exceção do Chile.     

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 Nome Popular:  

Corruíra Nome do Táxon:  

Troglodytes musculus  (Naumann, 1823)  English Name:  

Southern House‐Wren Família: 

Troglodytidae (Swainson, 1831)   

   

CORRUÍRA  

O corruíra possui diversos nomes populares, tais como: correte (Pará), cambaxirra, garrincha, cutipuruí (Pará, Amazonas), rouxinol (Maranhão), 

corruíra‐de‐casa, carriça, garriça, curuíra e coroíra. Habita aos arredores de casas e jardins, inclusive no centro de cidades, e ocupa ilhas na costa marítima, 

cerrados, a caatinga, borda de matas e margens de banhados. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: W

ikiaves 

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Características:  Mede  12cm.  de  comprimento.  Seu  canto  trinado,  alegre  e melodioso, é ouvido principalmente no começo da manhã. Enquanto ela se move sobre construções ou na vegetação, emite sem parar um crét crét, rouco e baixo. Bem pequena, pode ser escondida na palma da mão.  Alimentação: Come insetos pequenos (besouros, cigarrinhas, formigas, lagartas, vespinhas) e aranhinhas, e às vezes até  filhotes de  lagartixa. Captura as presas enfiando o bico em frestas e cavidades, tanto em construções humanas quanto sob a casca de plantas. Por alimentar‐se de pequenos insetos que procura entre a folhagem baixa e em todo lugarzinho escondido nos cantos dos jardins. Reprodução: Faz seu ninho em todo tipo de cavidade. É uma das aves que mais se aproveita dos ninhos artificiais disponibilizados pelos humanos, especialmente caixas  com  entrada  pequena..  No  local  em  que  são  depositados  os  ovos (câmara), ocorre o revestimento de penas de outras aves, pêlos provavelmente de bovino, suíno e eqüino e, grande quantidade de cabelos humanos. Os ovos, de  3  a  6,  vermelho‐claros,  densamente  salpicados  de  vermelho‐escuro,  com manchas cinza‐claras. Os pais se revezam nos cuidados com os filhotes. Hábitos:  A  corruíra  pode  destruir  ovos  de  outras  espécies  de  aves  sem  nem mesmo  alimentar‐se  deles.  Este  comportamento  pode  estar  relacionado  à eliminação de competidores de outras espécies. Distribuição Geográfica: Possui  ampla distribuição, ocorrendo desde o Canadá até o sul da Argentina, Chile e em todo o Brasil.       

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Nome do Popular:  Fim‐fim 

Nome do Táxon:  Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) 

English Name:  Purple‐throated Euphonia 

Família:  Fringillidae (Leach, 1820) 

         

FIM‐FIM  

O Fim‐fim é também conhecido como Fi‐fi‐verdadeiro e Vi‐vi. Habita a mata baixa e rala, o cerrado, a caatinga, cocais e matas serranas (região sudeste). 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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104 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede 9,5cm de comprimento e pesa cerca de 8g  (macho). Sua voz  pode  ser  facilmente  reconhecida:  “di‐di”,  “vi‐vi”  (chamada  de  ambos  os sexos). O canto é fraco, chilreado rápido podendo lembrar o de um pintassilgo. A fêmea é verde‐olivácea, de fronte amarelada e ventre esbranquiçado.  Alimentação: Frugívoro e insetívoro. Reprodução:  Atingem  a  maturidade  sexual  com  cerca  de  12  meses.  Cada ninhada  geralmente  tem  entre  2  e  5  ovos,  tendo  de  2  a  3  ninhadas  por temporada. Os filhotes nascem após 15 dias. Hábitos:  Habita  a  mata  baixa  e  rala,  o  cerrado,  a  caatinga,  cocais  e  matas serranas (região sudeste). Visita as áreas de vegetação mais densa na procura de insetos e  frutos, sempre na parte alta da árvore ou arbustos maiores. Costuma movimentar‐se no meio da folhagem das copas, não se aproximando do chão na parte interna da ramagem. Distribuição Geográfica: Em todas as regiões do Brasil. 

    

   

      

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Nome Popular:  Garrinchão‐de‐bico‐grande 

Nome do Táxon:  Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) 

English Name:  Long‐billed Wren 

Família:  Troglodytidae (Swainson, 1831) 

       

GARRINÇHÃO‐DE‐BICO‐GRANDE   

O garrinchão‐de‐bico‐grande é uma ave também conhecido como cambaxirra‐grande, corruíra‐açu, corruiraçu, coruuiruçu, framato(Ilha Grande, RJ), 

gambacheira‐grande, garrincha‐de‐bico‐grande, garrincha‐açu e rouxinol(BA).   

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: W

ikiaves 

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106 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características:  Tem  asas  e  cauda  finamente  barradas  de  negro  e  barriga avermelhada e um bico extremamente longo, 25 milímetros. Som:  Sonoro  “djip‐djíp  djó,  djó,  djó,  djó”  (canto  territorial). Macho  e  fêmea entoam  estrofes  ligeiramente  diversas.  Usa  “djo‐wíd”,  “dwo‐doid”  (chamada); “tcha‐tcha‐tcha”, “tcharrr” (advertência). Alimentação: É onívoro, em seu cardápio predominam artrópodes e suas larvas. Reprodução: Seu ninho é coberto, com acesso lateral e com um extenso puxado por  cima  da  entrada.  Além  do  ninho  utilizado  para  procriar,  constrói  uma cestinha menos profunda e sem o puxado.  Hábitos:  Vive  na  orla  da  mata,  densa  mata  secundária,  caatinga  e  também costuma freqüentar manguezais. É de  índole  inquieta. Locomove‐se às vezes no solo pulando através da  ramaria e da  folhagem. Trai  sua presença pelo  rumor que  faz remexendo e virando  folhas secas a baixa altura ou no solo. Dorme no próprio ninho, às vezes o casal junto e até a família toda. O indivíduo pode fazer um pequeno ninho para dormir sozinho.  Distribuição Geográfica: Ocorre do Nordeste, Piauí à Santa Catarina.      

      

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Guia Didático de Aves |107  

    

Nome Popular:  Guaracava‐de‐barriga‐amarela 

 Nome do Táxon: Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) 

English Name:  Yellow‐bellied Elaenia 

Família:  Tyrannidae (Vigors, 1825) 

   

GUARACAVA‐DE‐BARRIGA‐AMARELA  

Possui os nomes comuns de maria‐é‐dia (SP), maria‐já‐é‐dia, bobo (MT,MS), caracutada (PE), cucuruta, cucurutado, guaracava (SP), guaracava‐de‐crista‐branca (PE), maria‐acorda, maria‐tola (MG) e marido‐é‐dia.. Possui topete 

que só é eriçado quando a ave está excitada. Nem o topete nem a face apresentam faixas brancas. Seu canto lembra muito o do bem‐te‐vi e lhe dá nomes onomatopéicos como maria‐é‐dia e maria‐já‐é‐dia. Habitam quintais, 

pomares, cafezais, cerrados e bordas de mata de quase todo o país.  

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte:

Wik

iave

s

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108 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede  cerca  de  16  cm.  É  a  espécie mais  corpulenta  do  grupo, também a de comportamentos mais chamativos. Em tamanho, é quase o dobro das seguintes, uma sensação sublinhada pelo comprimento da cauda.  Alimentação:  Muito  ativas,  movimentam‐se  por  áreas  abertas  e  copas  das matas, buscando  invertebrados e pequenos  frutos. Alimenta‐se principalmente de pequenos frutos como amora, erva‐de‐passarinho, magnólia‐amarela e figos‐benjamim, mas  também  come  insetos  como  formigas,  besouros,  cigarrinhas  e cupins voadores. Reprodução: Seu ninho é em  forma de  tigela  funda de  fibras vegetais e  raízes finas, presa com firmeza sobre um galho horizontal e revestida por fora com uma camuflagem perfeita de líquens e cascas de árvores e a fêmea bota em média 2 ovos de cor creme com manchas vermelhas.  Hábitos: Raramente descem ao solo. Passam a maior parte do tempo subindo às copas  das  árvores.  Costumam  empoleirar‐se  em  locais  expostos,  vivendo  em casais  ou  pequenos  grupos  familiares.  Durante  o  dia,  possuem  um  canto característico, diferente das outras espécies desse gênero. Ele lembra o apito de um mestre de bateria de escola de samba. É emitido por uma das aves do casal e a outra imediatamente responde. Distribuição Geográfica: Ocorre do México à Bolívia e Argentina, e em todas as regiões do Brasil.        

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Guia Didático de Aves |109  

   

 Nome Popular:  

Guaracava‐de‐topete‐uniforme  Nome do Táxon:  

Elaenia cristata (Pelzeln, 1868) English Name: 

 Plain‐crested Elaenia Família: 

 Tyrannidae (Vigors, 1825)   

GUARACAVA‐DE‐TOPETE‐UNIFORME  

A guaracava‐de‐topete‐uniforme é uma ave que possui os nomes comuns de cocuruta, curucutado‐topetudo, guaracava‐de‐topete, maria‐é‐dia e papa‐

enxeico (PE). A guaracava‐de‐topete‐uniforme não chama a atenção das pessoas, por ter cor discreta e canto pouco melodioso. Embora existam várias outras 

espécies muito parecidas com ela, pode ser reconhecida pelo topete aparentemente “despenteado”, sempre erguido, e pelo canto alegre e 

barulhento, que embora bastante característico, é difícil descrever com palavras. É vista sozinha ou em casais, sempre agitada, entre a copa das árvores, em 

especial as que têm frutos. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Izabela Lauren

tino 

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110 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

  

Características:  Possui  uma  cauda  pequena,  o  que  aumenta  a  impressão  de corpulência. As penas do alto da cabeça são mais longas e pontiagudas, mantidas um pouco eretas, o que dá a impressão de estar “despenteadaNa frente do olho, uma pequena área clara, e nas asas duas faixas também mais claras. Alimentação: Alimenta‐se mesclando insetos e frutos. Reprodução: As estações reprodutivas foram do início de setembro a meados de dezembro,  com  pico  em  outubro.  Constrói  ninhos  abertos  em  forma  de  taça, com  ovos  branco  gelo. O  tamanho  principal  das  ninhadas  foi  de  dois  ovos. O tempo médio de incubação foi 15 dias e de permanência dos filhotes no ninho de 16 dias. Hábitos: Vive nos cerrados, também de difícil observação pelo comportamento reservado e movimentos por dentro dos arbustos. Camufla‐se com facilidade. Distribuição Geográfica: A ocorrência de E. cristata vai desde o norte da América do Sul até Mato Grosso e São Paulo. Parecem  ser parcialmente migratórias ou pelo menos nômades, porém há relatos de populações residentes durante todo o ano em áreas de cerrado.         

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Guia Didático de Aves |111  

    

Nome Popular:  Lavadeira‐mascarada 

 Nome do Táxon:  Fluvicola nengeta (Linnaeus, 1766) 

English Name:  Masked Water‐Tyrant 

Família:  Tyrannidae (Vigors, 1825) 

   

     

LAVADEIRA‐MASCARADA  

A lavadeira‐mascarada também conhecida como lavadeira, noivinha, maria‐branca, maria‐lencinho, bertolinha ou pombinho‐das‐almas é uma ave 

passeriforme sul‐americana pertencente a família dos tiranídeos. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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112 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede cerca de 16cm de comprimento. Sua coloração branca e preta é quase  inconfundível. O macho possui as costas  levemente mais escuras que  a  fêmea. A  única  outra  ave  que  ocupa  os mesmos  habitats  e  que  possui cores  semelhantes  é  a  freirinha, mas  esta  apresenta  a maior  parte  do  corpo negro com a cabeça branca e é também razoavelmente menor. Alimentação:  Alimenta‐se  de  pequenos  artrópodes  que  captura  na  lama  das margens de rios, açudes, brejos e possilgas, de onde raramente se afasta. Reprodução: Seu ninho é feito de gravetos que são geralmente amontoados em árvores próximas a água. É comum ver estas aves em casais. Hábitos:  O  seu  habitat  é,  preferencialmente,  junto  a  rios  ou  lagoas.  Vem frequentemente  ao  chão, mesmo  barrento,  em  busca  de  alimento.  É  ave  de espaços abertos. Distribuição Geográfica: A  distribuição  desta  ave  é  curiosa,  pois  existem  duas populações muito  distantes,  uma  no  leste  brasileiro  e  outra  no  noroeste  da América do Sul. A população brasileira, antigamente restrita a açudes e rios no Sertão e Agreste da  região nordeste, está em expansão. A Mata Atlântica, que aparentemente  representava  uma  barreira  natural  para  esta  espécie,  foi perdendo espaço para pastagens e  culturas que  se assemelham mais ao  semi‐árido  do  que  à  Floresta  Umbrófila,  possibilitando  assim  a  expansão  desta espécie. Outras explicações envolvem o aumento no número de rios represados no sudeste e mudanças climáticas. O  fato é que esta simpática ave está sendo registrada  cada  dia mais  ao  sul.  Na  década  de  90  foram  feitos  os  primeiros registros da espécie no  interior de  São Paulo e hoje em dia  já  são  registradas aves se reproduzindo em Santa Catarina.    

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Guia Didático de Aves |113  

   

 Nome Popular:  

Papa‐formiga‐pardo  Nome do Táxon:  

Formicivora grisea (Boddaert, 1783) English Name:  

White‐fringed Antwren Família:  

Thamnophilidae (Swainson, 1824)   

       

PAPA‐FORMIGA‐PARDO  

O Papa‐formiga‐pardo é uma ave conhecida também como  formigueiro‐pardo. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Font

e: W

ikiaves

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114 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede cerca de 12,5 cm de comprimento. A plumagem dos dois sexos difere quanto à cor da parte inferior: preta no macho e bege‐amarronzada na fêmea.  Alimentação: Procura insetos na folhagem da vegetação baixa.  Reprodução:  Faz  ninho  em  forma  de  xícara,  a  partir  de  gramíneas  trançadas, pendurando‐o pela borda em forquilhas. Põe 2 ovos brancos pontilhados de lilás e manchados de marrom.  Hábitos:  É  comum  em  capoeiras  novas  com  densos  emaranhados  de  cipós  e arbustos, campos sujos e bordas de florestas. Vive aos pares. Às vezes torna‐se difícil observá‐lo, por encontrar‐se em meio à vegetação densa.  Distribuição Geográfica: Presente em duas regiões separadas:   Na  Amazônia,  tanto  ao  norte,  no  Estado  do  Amapá,  quanto  ao  sul  do  Rio Amazonas, do Maranhão em direção oeste até o Rio Madeira e ao sul até Goiás e Mato Grosso e; No  leste do País, do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Encontrado também no Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas e Bolívia.             

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Guia Didático de Aves |115  

   

 Nome Popular:  

Pardal  Nome do Táxon:  

Passer domesticus (Linnaeus, 1758) English Name:  House Sparrow 

Família:  Passeridae (Rafinesque, 1815) 

   

 PARDAL 

 O pardal tem sua origem no Oriente Médio, entretanto este pássaro 

começou a se dispersar pela Europa e Ásia, chegando na América por volta de 1850. Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro proveniente de Portugal. Hoje, estas aves são encontradas em quase todos os países do mundo, o que lhe caracteriza como uma espécie 

exótica e bioinvasora. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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116 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

 Características:  Estas  aves medem  aproximadamente  15  cm  de  comprimento (entre 14 e 16 cm), sendo sua envergadura de 19‐25 cm.  Alimentação: Sua alimentação consiste de sementes,  insetos, brotos de árvores e restos de alimentos deixados pelos seres humanos.  Reprodução:  O  ninho  é  esférico  com  entrada  lateral,  feito  de  capins,  penas, papel,  algodões  e  outras  fibras,  excepcionalmente  feito  pelo  macho.  Ele  é construído  em  cavidades  e  fendas  afastadas  do  solo,  em  árvores,  telhados, postes  de  iluminação  pública  e  semáforos.  Ninhos  de  outras  aves  também podem ser utilizados. Os 4 ovos cinzentos manchados são  incubados pelo casal durante  12  dias.  Os  filhotes  são  alimentados  com  pequenos  artrópodes  e abandonam o ninho  com  cerca de 10 dias de  idade, quando passam por uma dieta  vegetariana.  Com  freqüência  os  filhotes  retornam  ao  ninho  para  nele dormir, durante algum tempo.  Hábitos: O pardal‐comum é bastante  abundante  ao  longo do  território,  sendo geralmente ubíquo em zonas humanizadas, tanto em grandes cidades como em lugarejos  habitados.  Ocorre  durante  todo  o  ano,  podendo  formar  bandos  de grandes dimensões, especialmente em zonas agricultadas ou em dormitórios de parques urbanos. Distribuição Geográfica: Em todo território nacional.        

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Guia Didático de Aves |117  

    

Nome Popular:  Pipira‐preta 

 Nome do Táxon:  Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) 

English Name: White‐lined Tanager 

Família:  Thraupidae Cabanis, 1847 

    

      

PIPIRA‐PRETA  

A Pipira‐preta é conhecida também como Encontro‐de‐prata. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: W

ikiaves 

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118 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características:  Mede  cerca  de  18  cm  de  comprimento.  O  macho  é  preto‐brilhante e a fêmea é marrom. A pipira é também conhecida como encontro‐de‐prata devido às manchas brancas, em forma de dragonas, que o macho tem sob as asas e que ficam à mostra durante o vôo. Os filhotes são marrons Alimentação: Alimenta‐se de frutinhas, folhas, botões de flor e néctar, às vezes vai também ao solo,  em  busca  de  insetos. Acompanha  bandos mistos  de  outros  pássaros  em busca de comida. Reprodução: Na época da reprodução, o macho exibe para a fêmea as manchas brancas que ele tem embaixo das asas, abrindo‐as e  fechando‐as diante de um rival.  Faz  um  ninho  grosseiro,  em  formato  de  xícara,  localizado  em  arbustos baixos. Põe de 2 a 3 ovos cor‐de‐ferrugem‐clara com pintas marrons chocados por  13  dias.  Tem  em  média  2  ninhadas  por  estação. Hábitos:  É  localmente  comum  em  clareiras,  bordas  arbustivas  de  florestas  e outros  locais  com  vegetação  arbórea,  principalmente  em  áreas  úmidas  e próximas à água,  longe das cidades. Vive quase sempre aos pares, nos estratos baixo  e  médio  da  vegetação,  raramente  juntando‐se  a  bandos  mistos.  Boa voadora, é capaz de pairar no ar para apanhar um frutinha ou um inseto. Distribuição Geográfica:  :  Presente  no  Estado  do Amapá  e  do  Rio  Tapajós  ao Maranhão, em  todo o Nordeste e, em direção  sul,  até o Mato Grosso do  Sul, Minas Gerais e São Paulo. Encontrada também na Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas e Peru. 

 

 

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Nome Popular: Pitiguari 

 Nome do Táxon:  Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) 

English Name:  Rufous‐browed Peppershrike 

Família:  Vireonidae (Swainson, 1837) 

     

PITIGUARI  

O pitaguari é uma ave também denominado popularmente de gente‐de‐fora‐vem, segundo a sonoridade de seu canto. Vive escondido na folhagem das árvores, sendo denunciado pela sua vocalização. Canta em todos os meses do ano, às vezes mais de uma hora seguida e, depois, cala‐se por algum tempo. Ocorre em grande parte do Brasil, exceto em pequena área da Amazônia 

Ocidental. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: W

ikiaves 

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120 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede cerca de 16,5 cm, tem cabeça e bico desproporcionais ao corpo. O bico é  todo acinzentado com  leve  tom  róseo, de aspecto poderoso e terminando com uma ponta fina, virada para baixo, parece um bico de uma ave de  rapina  em  um  pássaro.  As  cores  são  únicas,  com  a  cabeça  e  nuca acinzentadas,  uma  nítida  e  característica  faixa marrom  avermelhada  sobre  os olhos (laranja escuro nos adultos, marrom uniforme nos juvenis).  Alimentação: Alimenta‐se de  invertebrados  apanhados no meio da  vegetação, onde é surpreendente como esconde‐se bem. Vistoria as folhas cuidadosamente, às  vezes penetrando nos emaranhados mais densos. Apanha  lagartas  grandes, maiores do que se imaginaria, pelo seu porte. Mata as presas com o bico forte e batendo‐as contra os galhos. Ainda alimenta‐se de larvas e pequenos frutos.  Reprodução:  Vivem  em  casais,  os  machos  ligeiramente  maiores  do  que  as fêmeas, mas é necessário observá‐los juntos para conseguir determinar o sexo. O ninho é bem preso numa  forquilha de árvores com auxílio de  teias de aranha. Nele são postos os ovos branco‐avermelhados com salpicos roxos e brancos. O macho e a fêmea revezam‐se na incubação. Hábitos:  Vive  na  borda  de matas,  capoeiras,  capões  nas  caatingas,  parques  e jardins.  Fora  do  período  reprodutivo,  pode  passar  despercebido,  enquanto vistoria a folhagem. Pousa na parte externa das árvores, a plena  luz. Acostuma‐se a ambientes criados por ação humana.  Distribuição Geográfica: Do Nordeste ao Sul do Brasil.       

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Nome Popular:  Sabiá‐barranco 

 Nome do Táxon:  Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) 

English Name:  Pale‐breasted Thrush 

Família:  Turdidae (Rafinesque, 1815) 

  

     

SABIÁ‐BARRANCO  

O sabiá‐do‐barranco é o sabiá mais comum do interior do Brasil, especialmente em regiões de cerrado. Também chamado de sabiá‐barranqueira, capoeirão, sabiá‐pardo ou ainda sabiá‐branco. Vive à beira de matas, parques, matas de 

galeria, coqueirais e cafezais.  

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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122 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Pontos marrons no peito e barriga. Pontos marrons no peito e barriga. Mede cerca de 22‐23 cm. Não apresenta dimorfismo sexual, sendo sua diferenciação feita apenas pelo canto, que é característica dos machos.  Alimentação: Alimenta‐se, basicamente de minhocas e artrópodes. Assim como outros  sabiás  revira  as  folhas  caídas  em  busca  de  pequenos  invertebrados  e também se alimenta de pequenos frutos.  Reprodução:  Como  outros  sabiás,  constrói  um  ninho  apoiado  em  galhos  ou forquilhas, às vezes em alpendres e varadas de  casas, usando uma mistura de barro,  raízes  e  folhas  na  parte  externa.  Forma  uma  pequena  torre  e  na  parte superior fica a tigela funda de material vegetal mais macio. A fêmea choca de 2 a 4 ovos. O ninho é uma  tigela  funda,  feita com raízes entrelaçadas e com barro entre elas; na orla e no interior não é empregado o barro. Costuma ter de 4 a 4 ninhadas por temporada.  Hábitos:  Comum  em  todas  as  matas  ciliares,  matas  secas,  cambarazais  e cerradões. Utiliza os capões de cerrado e cruza áreas abertas em vôos diretos a meia  altura.  Acostuma‐se  com  ambientes  criados  pela  ação  humana,  como jardins, pomares e áreas urbanas bem arborizadas. Canta somente na primavera, época em que acasala. Durante o resto do ano só emite vocalizações de alerta, especialmente ao entardecer quando disputam os melhores poleiros para passar a noite.  Distribuição  Geográfica:  Região  Amazônica  e  também  Espírito  Santo,  Bahia  e Minas Gerais. No Rio de Janeiro é mais comum nas serras.      

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Guia Didático de Aves |123  

    

Nome Popular: Saí‐azul 

 Nome do Táxon:  Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) 

English Name:  Blue Dacnis 

Família:  Thraupidae (Cabanis, 1847) 

    

      

SAÍ‐AZUL  

O saí‐azul é uma ave também conhecido como saí‐bico‐fino e saí‐bicudo. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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124 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Mede  aproximadamente  13  cm  de  comprimento  e  pesa,  em média,  16  gramas. Apresenta  acentuado dimorfismo  sexual: o macho é  azul  e negro, com as pernas vermelho‐claras, enquanto a fêmea é verde, com a cabeça azulada e pernas alaranjadas. Seu canto é um gorjear fraco.  Alimentação: Alimenta‐se de néctar,  insetos e frutas. Aprecia os frutos da Tapiá ou Iricuruna (Alchornea glandulosa).  Reprodução: O ninho é uma taça profunda, feita de fibras finas, entre as folhas externas  de  uma  árvore.  A  construção  do  ninho  é  tarefa  da  fêmea,  que  é protegida pelo macho  contra  intrusos. Os  2  ou  3  ovos  são  esbranquiçados ou branco‐esverdeados  com  manchas  cinza‐claras  e  são  incubados  pela  fêmea. Durante  este  período  ela  é,  às  vezes,  alimentada  pelo macho. Os  filhotes  são alimentados pelo casal e permanecem no ninho cerca de 13 dias. Costuma ter de 2 a 4 ninhadas por temporada. Hábitos:  É  comum  em  bordas  de  florestas,  capoeiras  arbóreas,  campos  com árvores esparsas, florestas secas e de galeria. Vive normalmente aos pares ou em pequenos grupos, procurando  insetos ativamente na folhagem ou alimentando‐se de  frutos em  árvores e  arbustos. Vive  à beira da mata em  várias  altitudes, copas de mata alta.  Distribuição  Geográfica:  Ocorre  em  todas  as  regiões  do  Brasil.  Encontrado também de Honduras ao Panamá e em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai.       

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Guia Didático de Aves |125  

    

Nome Popular:  Saíra‐amarela 

 Nome do Táxon:  Tangara cayana (Linnaeus, 1766) 

English Name:  Burnished‐buff Tanager 

Família:  Thraupidae (Cabanis, 1847) 

  

       

SAÍRA‐AMARELA  

A Saíra‐Amarela é uma ave também é conhecida popularmente pelos nomes Saí‐de‐Asas‐Verdes, Saí‐Amarelo e Saíra‐Cabocla. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: W

ikiaves 

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126 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: O macho possui uma plumagem de coloração amarelo‐prateada e uma notável máscara negra, que se estende pela garganta e passa pelo meio de toda a barriga. A fêmea é mais pálida e não possui a máscara de cor negra. Em ambos os sexos as asas apresentam uma coloração verde brilhante. Pesa cerca de 20g e mede 15 cm.  Alimentação: Essa Saíra  se alimenta de  frutos e  insetos como cupins e vespas. Costuma freqüentar comedouros e árvores com frutos maduros, como a Aroeira‐Vermelha (Schinus terebinthifolia) e Magnólias (Magnolia spp).  Reprodução: O  ninho,  em  forma  de  taça  aberta,  é  feito  com  folhas,  raízes  e capins e envolto por  finas raízes. Ele é colocado em ramos com  folhas no solo, em árvores baixas e isoladas. A postura consta normalmente de 2 ou 3 ovos. Os ovos  são  esbranquiçados,  azul‐pálidos  ou  branco‐pardos  com manchas  pardas num  dos  pólos.  A  fêmea,  embora  auxiliada  pelo macho,  é  a  responsável  pela maior  parte  da  construção  do  ninho,  incuba  os  ovos  e  aquece  os  filhotes. Durante este período o macho permanece nas proximidades do ninho e alguns podem alimentar a fêmea. O macho auxilia também na alimentação dos filhotes.  Hábitos: Habita matas abertas e ciliares, áreas cultivadas, parques e jardins. Esta saíra vive aos pares ou em pequenos grupos. Distribuição Geográfica: A espécie é dividida em dois grupos: cayana e flava. O grupo cayana ocorre na região norte da Amazônia, nos seguintes paises: Brasil, Suriname, Guiana Francesa, Guiana, Venezuela e Colômbia. O grupo flava ocorre na maior parte do Brasil. É encontrado nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro‐Oeste. Também ocorre no Paraguai e no norte da Argentina. Ocorrem algumas populações  isoladas  no  Peru  e  na  Bolívia.    Pela  ampla  área  de  distribuição  e quantidade de  indivíduos  registrados, essa espécie é  considerada  como Pouco Preocupante (LC) de extinção na natureza.   

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Guia Didático de Aves |127  

    

Nome Popular:  Sanhaço‐cinzento  Nome do Táxon:  

Thraupis sayaca (Linnaeus, 1766) English Name: Sayaca Tanager 

Família:  Thraupidae (Cabanis, 1847) 

        

SANHAÇO‐CINZENTO  

O sanhaçu‐cinzento é uma ave também conhecido como sanhaçu‐do‐mamoeiro, é uma das aves mais comuns do país, conhecida pelo de realizar 

acrobacias quando na disputa por frutas com outros pássaros. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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128 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características:  Com  tamanho  aproximado  de  18  cm,  tem  o  corpo  cinzento, ligeiramente azulado, com as partes  inferiores um pouco mais claras. A cauda e as  pontas  das  asas  são  azuis‐esverdeadas,  porém  pouco  contrastantes.  Os imaturos  são  esverdeados.  Pode  ser  confundido  com  o  sanhaçu‐de‐encontro‐azul, porém o último é muito mais azulado, especialmente no encontro da asa e também possui o bico maior. É  sem dúvida o  sanhaçu mais  comum em nosso país. Tem um canto longo, entrecortado pelo som de notas altas e baixas. Alimentação: Frutos,  folhas, brotos,  flores de eucalipatos e  insetos, entre estes os alados de cupim (“aleluias” ou “sirirís”) capturados em vôo. Vive normalmente na copa das árvores em busca dos frutos maduros, mas é  intrépido o suficiente para apanhar também os caídos: preferindo até os que já estejam infestados de larvas; desfrutando‐os com outras aves, como saíra‐amarela e o sabiá‐da‐praia.  Reprodução:  O  ninho,  construído  pelo  casal  é  compacto,  feito  de  pequenas raízes, musgos e pecíolos foliares, com um diâmetro externo de cerca de 11 cm. Fica  escondido  na  vegetação  densa,  numa  forquilha  de  árvore,  em  alturas variáveis. A  fêmea põe de 2 a 3 ovos e é  responsável pela  incubação  . O casal alimenta os filhotes, que deixam o ninho após 20 dias de idade. Hábitos: Quando um macho apronta‐se para agredir outro,  seu canto  torna‐se rouco e monótono. Anda quase sempre em casais ou pequenos bandos. Também é  visto  junto  com  outra  espécie  de  sua  família,  como  o  sanhaçu‐do‐coqueiro, cujo canto é bem parecido.  Distribuição Geográfica: Ocorre  nas  regiões  tropicais  e  subtropicais  ao  sul  da Amazônia e a leste dos Andes.      

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Guia Didático de Aves |129  

   

 Nome Popular:  

Sebinho‐de‐olho‐de‐ouro  Nome do Táxon:  

Hemitriccus margaritaceiventer  (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) 

English Name:  Pearly‐vented Tody‐tyrant 

Família:  Tyrannidae (Vigors, 1825) 

        

SEBINHO‐DE‐OLHO‐DE‐OURO  

Pássaro pequeno do interior da vegetação arbustiva ou do subosque de matas ciliares, cerradões, matas secas e cerrados. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: W

ikiaves 

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130 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características:  Vive  solitário  ou  em  casais,  caçando  invertebrados  na  parte interna  das  galhadas  e  sob  as  folhas.  A  silhueta  destaca‐se  pela  cabeça relativamente  grande  em  relação  ao  corpo,  com  a  cauda  longa  e  fina. Muitas vezes está com as penas do corpo eriçadas, parecendo uma bola. Alimentação: Alimentam‐se de frutas e insetos. Reprodução:  Em  muitas  aves,  algumas  aparticularidades,  como  a  biologia reprodutiva, são pouco conhecidas.   Hábitos:  Florestas  secas  tropicais  ou  subtropicais,  florestas  subtropicais  ou tropicais húmidas de baixa altitude e matagal árido tropical ou subtropical. Distribuição Geográfica: Pode  ser  encontrada nos  seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Guia Didático de Aves |131  

   

 Nome Popular: 

 Suiriri  Nome do Táxon:  

Tyrannus melancholicus  (Vieillot, 1819) English Name:  

Tropical Kingbird Família:  

Tyrannidae (Vigors, 1825)    

   

SUIRIRI  

Quase tão conhecido como o bem‐te‐vi, é encontrado em todo o Brasil. Adapta‐se até aos maiores conglomerados urbanos, desde que haja alguma arborização. 

Seu nome popular, de origem onomatopéica,  origina‐se de sua vocalização “si‐ri‐ri”.  

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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132 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: Costuma ficar pousado em poleiros expostos, seja na parte alta da mata,  seja  em  arbustos. Usa  também  fios,  cercas  e estruturas  criadas pela ação humana. Abaixo do cinza, as penas do alto da cabeça são quase vermelhas, uma  característica  visível  só  quando  eriçam  o  topete  em  suas  disputas territoriais. O  canto mais  emitido  é  uma  forte  risada  aguda,  responsável  pelo nome comum.  Alimentação:  A  partir  do  poleiro,  realiza  um  vôo  de  poucos  até  dezenas  de metros, em todas as direções, apanhando a presa no ar. Classicamente, retorna ao  local de origem para consumi‐la, muitas vezes batendo fortemente no galho para matar ou estonteá‐la. Além de insetos, alimenta‐se de frutos, esses últimos muito consumidos por aves em migração.  Reprodução:  Em  muitas  aves,  algumas  particularidades,  como  a  biologia reprodutiva, são pouco conhecidas.  Hábitos:  Vive  solitário  ou  em  casais,  muito  agressivos  entre  si.  Cantam freqüentemente do final madrugada ao início da noite, geralmente pousados em fios,  antenas, mourões  de  cerca  ou  nos  galhos mais  altos  das  árvores,  o  que amplia seu campo de visão para a captura de insetos, defesa da prole, etc.  Distribuição  Geográfica:  A  população  argentina,  do  Uruguai,  grande  parte  do Paraguai, do extremo sudeste boliviano e do sul do Brasil é migratória, indo para a  Amazônia  a  partir  de  março/abril.  Retornam  em  outubro,  passando  pelo Pantanal em abril/maio e em setembro/outubro. Pode ser visto no meio de São Paulo ou Rio de  Janeiro, por exemplo. A população do sul do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (parte) é completa ou parcialmente migratória     

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Guia Didático de Aves |133  

   

 Nome Popular:  Suiriri‐cavaleiro 

 Nome do Táxon:  Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) 

English Name:  Cattle Tyrant 

Família:  Tyrannidae (Vigors, 1825) 

      

SUIRIRI‐CAVALEIRO  

O suiriri‐cavaleiro é uma ave que recebe também  os nomes comuns de bem‐te‐vi‐cabeça‐de‐estaca, bem‐te‐vi‐carrapateiro (BA), bem‐te‐vi‐coroa, bem‐te‐vi‐de‐coroa, bem‐te‐vi‐do‐gado, cavaleiro, monta‐cavalo, suiriri e suiriri‐do‐campo (RS). Vive em paisagens abertas, campos de 

cultura e parques nas cidades.  

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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134 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: O peito é amarelo, a garganta clara, a cabeça cinza e as partes superiores marrons. Mede cerca de 18cm.  Alimentação: Como o próprio nome diz, o  comportamento mais  conhecido do suiriri‐cavaleiro  é  o  seu  hábito  de  seguir  bois,  antas,  capivaras  e  outros mamíferos  grandes  para  capturar  carrapatos  e  outros  parasitas  sobre  estes animais ou para apanhar os insetos espantados por eles enquanto caminham.  Reprodução:  Constrói  um  ninho  de  gravetos  a  cerca  de  4  m  do  solo,  mas eventualmente  pode  ocupar  o  ninho  abandonado  do  joão‐de‐barro  (Furnarius rufus). Os ovos, brancos ou cor de creme, são incubados pelo casal.  Hábitos:  O  suiriri‐cavaleiro  é  fácil  de  ser  identificado  pelos  seus  hábitos, especialmente  por  passar  a maior  parte  do  tempo  no  solo,  andando  de  uma forma  que  lembra  muito  o  joão‐de‐barro  (família  Furnariidae),  enquanto  os outros tiranídeos com os quais pode ser confundido são mais arborícolas.  Distribuição Geográfica: Ocorre na região centro‐leste do Brasil, distribuindo‐se desde  a  Venezuela  até  a  Bolívia,  Argentina  e Uruguai.  É migratório  no  sul  do Brasil.              

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Guia Didático de Aves |135  

    

Nome Popular: Vite‐vite‐de‐olho‐cinza 

 Nome do Táxon:  Hylophilus amaurocephalus  

(Nordmann, 1835) English Name:  

Gray‐eyed Greenlet Família:  

Vireonidae (Swainson, 1837)   

      

VITE‐VITE‐DE‐OLHO‐CINZA  

 É um grupo de aves pequenas a médias onde que em muitas espécies, algumas particularidades são pouco conhecidas. 

Passeriformes (Linné, 1758) 

Fonte: W

ikiaves 

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136 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

 Características:  Peito  amarelado  com  dorso  esverdeado  e  no  topo  da  cabeça com de telha. Variam em torno de 10cm e 8 gramas. Alimentação:  Todos  os  membros  desta  família  comem  frutas,  mas principalmente  insetos  e  outros  artrópodes.  Pegam  suas  presas  em  folhas  e ramos e às vezes, em vôo, poucos pegam a partir do solo. Reprodução: Os ninhos normalmente são desconhecidos, os que são conhecidos, pendem dos galhos e as fêmeas fazem a maior parte da incubação.  Hábitos: São encontrados em florestas secas tropicais ou subtropicais, florestas subtropicais  ou  tropicais  húmidas  de  baixa  altitude, matagal  árido  tropical  ou subtropical e florestas secundárias altamente degradadas.  Distribuição  Geográfica:  Pode  ser  encontrada  nos  seguintes  países:  Bolívia  e Brasil.               

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Guia Didático de Aves |137  

  

  

Nome Popular:  Coruja‐buraqueira  Nome do Táxon:  

Athene cunicularia (Molina, 1782) English Name:  Burrowing Owl 

Família:  Strigidae (Leach, 1820) 

     

CORUJA‐BURAQUEIRA   

A Coruja‐buraqueira embora seja capaz de cavar seu próprio buraco, prefere os buracos abandonados de outros animais, é uma coruja terrícola e de hábitos diurnos embora tendam a evitar o calor do meio‐dia. Também são conhecidas pelos nomes de caburé‐de‐cupim, caburé‐do‐campo, coruja‐barata, coruja‐do‐

campo, coruja‐mineira, corujinha‐buraqueira, corujinha‐do‐buraco, corujinha‐do‐campo, guedé, urucuera, urucuréia e urucuriá. 

Strigiformes (Wagler, 1830) 

Fonte: Jo

rn Fjosne 

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138 | Área de Proteção Ambiental ‐ Bonfim‐Guaraíra/RN  

Características: A cabeça é redonda e os olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo plano. As sobrancelhas são brancas e os olhos amarelos. Ave de pequeno porte,  seu  tamanho médio  é  de  23  cm.  Vivem  no mínimo  9  anos  em  habitat selvagem e 10 em cativeiro. Alimentação: Alimenta‐se principalmente de  insetos, mas pode caçar pequenos roedores, répteis, anfíbios e até pássaros pequenos.  Reprodução:.O  casal  se  reveza,  alarga  o  buraco,  cava  uma  galeria  horizontal usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho com capim seco. As covas possuem, em torno de 1,5 a 3 m de profundidade e 30 a 90 cm de largura. Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos pelo cheiro. Botam, em média de 6 a 11 ovos. Hábitos:  Coruja  terrícola,  tem  hábitos  diurnos  e  noturnos,  mas  é  ativa, principalmente  durante  o  crepúsculo,  quando  faz  uso  de  sua  ótima  audição. Costumam  viver  em  campos,  pastos,  restingas,  desertos,  planícies,  praias  e aeroportos. Distribuição Geográfica: Ocorre do Canadá à Terra do Fogo, bem como em quase todo o Brasil com exceção da bacia Amazônica.            

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Guia Didático de Aves |139  

CURIOSIDADES 

 

As aves surgiram na época em que os dinossauros dominavam o planeta. Aliás, foi a partir de um grupo de dinossauros que elas evoluíram. 

 Existiam répteis voadores chamados pterodáctilos, mas não foram estes que 

deram origem às aves, mas sim um grupo que caminhava sobre o solo. 

 O fóssil do arqueoptérix (ave primitiva) representa a ave mais primitiva de que se 

tem conhecimento. 

 Metade ave, metade réptil, possuía o corpo recoberto por penas, sendo esta uma 

das características mais marcantes das aves. 

 Ele tinha características de répteis, como a boca com dentes, ossos pesados e 

uma longa cauda. 

 Durante a evolução do grupo das aves, foram surgindo adaptações específicas 

para o vôo, principalmente, tornando‐as mais leves. 

 Em todo o mundo existem mais de 8.500 espécies de aves. 

O Brasil possui mais de 1.500. 

  

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Nem todas as aves voam, algumas espécies como a ema e a avestruz, correm com muita velocidade. 

 Já o ganso e o cisne têm a capacidade de nadar. 

 A menor ave conhecida é o besourinho de Cuba, um colibri que pesa 1,6 gramas, 

e a maior é a avestruz que chega a pesar até 125 quilos. 

 Aves são animais vertebrados, com quatro membros, sendo assim considerados 

tetrápodes. 

 Os dois membros anteriores são modificados em asas, que são usadas para voar 

pela maioria dos grupos. 

 Os dois membros posteriores (pés) são utilizados para andar, correr e nadar. 

Por possuírem dois pés, são chamadas de bípedes. 

 Os pés normalmente apresentam quatro dedos que são recobertos por uma pele 

córnea. 

 Seus ossos são resistentes, mas delicados, sendo em alguns casos ocos e por isso 

chamados de pneumáticos. 

 A temperatura corporal é igual a dos mamíferos sendo chamados de 

homeotermos, que quer dizer “sangue quente”. 

 

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Os pássaros constroem seus ninhos de muitos modos diferentes e com todo tipo de material: palha, capim, gravetos, barro etc. Usam o bico como ferramenta pra construir. Escolhem os materiais e depois juntam tudo, fazendo um ninho bem 

aconchegante. 

 Um pássaro da orla marítima chamado Fulmar é capaz de cuspir um óleo amarelo e fedorento contra os intrusos no seu ninho. Este pássaro tem uma 

pontaria fenomenal até cerca de 1,5 metros do intruso. Os Fulmares até cheiram tão mal como o óleo que cospem. 

Os ovos de um Fulmar que se encontram num museu à mais de 100 anos, ainda contêm o seu cheiro. Os Fulmares vivem no Ártico, Inglaterra, Califórnia e no 

Japão. 

 O joão‐de‐barro aprende a identificar a direção do vento ao longo de sua vida. Na época de reprodução, o pássaro constrói seu ninho na direção contrária ao 

vento para que a fêmea e os filhotes fiquem protegidos da chuva e das ventanias. Constrói o seu ninho em 3 a 5 dias com barro e saliva, chegando a realizar de 500 

a 2000 viagens para carregar o material necessário. Mais de 3,5 milhões de pássaros morrem todos os anos ao chocarem contra 

janelas. 

 Foram os porcos que mataram e extinguiram o pássaro Dodo.O último Dodo 

morreu em 1681. 

 

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O pica‐pau não fica com dor de cabeça de tanto bicar as árvores, pois a cabeça dessa ave tem pequenas bolsas de ar que amortecem o impacto das batidas no 

crânio. 

 É capaz de dar 100 bicadas por minuto numa árvore e a velocidade do impacto alcança até 21 quilômetros por hora. Ele coloca a língua no buraco aberto para apanhar larvas de insetos embaixo da casca da árvore. Como seu ouvido é muito apurado, na maior parte das vezes localiza as larvas pelo som, furando a árvore 

no ponto certo. 

 A Amazônia contém cerca de 25% das espécies de pássaros existentes no mundo. 

 Provavelmente trouxeram o pardal de Portugal em 1908, pois nessa época havia 

uma epidemia de febre amarela no Brasil e acreditava‐se que essas aves comeriam os mosquitos transmissores da doença. Ainda não se sabia que eles comem apenas grãos e sementes. O pássaro se adaptou às cidades porque era 

onde havia mais comida. 

 As corujas são o único pássaro que consegue ver a cor azul, e também são os únicos com visão estereoscópica (capacidade de focar os dois olhos ao mesmo 

tempo num alvo). 

 No Pantanal existem cerca de 714 espécies de aves. Sendo considerado o 

ecossistema mais diversificado em aves no mundo. 

 

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Qual é a ave que só tem dois dedos? Porquê?  A Avestruz‐africana, porque é uma adaptação para correr. Todas as outras aves 

tem 3 ou 4 dedos.  

      Que ave pôs o maior ovo encontrado?  

A Ave‐elefante de Madagáscar, já extinta. Os seus ovos pesavam até 12.2 kg e mediam 38 x 30.4 cm.  

     Qual a ave que suporta temperaturas mais baixas?  

O Pinguim‐imperador. Durante o inverno a temperatura desce até ‐45ºC, mas pode descer muito mais se o vento for muito forte.  

 Qual a ave existente que tem a maior envergadura de asa?  

O Albatroz‐errante. A maior envergadura de asa é de 3.6 metros  

     Que ave tem o maior bico?  

O Pelicano‐branco australiano. O seu bico pode chegar aos 48.3 cm  

      Que ave nidifica mais perto do Pólo Norte?  

Provavelmente a Gaivota de marfim, que nidifica até à latitude 85ºN.   

  Qual é a ave que corre mais rápido?  

A Avestruz. A sua velocidade média é de 48 km/h, mas pode chegar facilmente até aos 73 km/h. Pequenas corridas até 97 km/h foram registadas.  

     

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Qual é a ave com mais penas?  O Cisne‐da‐tundra tem 25216 penas, 80% das quais na cabeça e pescoço.   

      Qual é a ave com menos penas?  

O Colibri‐de‐garganta rubi com 940 penas.  

 Que ave pôe o maior ovo relativamente ao seu tamanho?  

O Kiwi‐malhado‐pequeno da Nova Zelândia. O seu ovo de 255 g pesa 25% do peso da fêmea de 1.2 kg.  

     Que ave tem as penas mais longas?  

A Galinha‐de‐Yokohama. As penas de cobertura da cauda podem crescer até 10.7 m.  

  Quais os dois grupos de aves com os menores bicos?  

As andorinhas e os noitibós.  

 Que ave tem o menor bico?  

O bico da “Glossy Swiftlet” é o mais pequeno, com 4.0 mm.  

     As aves tem esqueletos que pesam menos que as suas penas?  

Sim, algumas espécies. A Águia‐careca tem um esqueleto de 275 g e 600 g de penas.    

 Que ave pôe o menor ovo em relação ao seu tamanho?  A Avestruz. O seu ovo é apenas 1.5% do peso da fêmea  

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Qual é a única ave que voa por cima do Pólo Sul?  O Moleiro‐do‐pólo‐sul.  

     Qual é a ave selvagem que vive mais tempo?  

Uma fêmea do Albatroz‐real‐do‐norte que foi anilhada como ave adulta a nidificar em 1937. Como estas aves só começam a nidificar com sete anos, em 

1990 já tinha um mínimo de 60 anos.  

       Que animal tem a mais longa migração anual?  

A Gaivina‐do‐ártico nidifica no Ártico e inverna na Antártida, fazendo uma viagem anual de 35.405km.  

   As Avestruzes adultas conseguem nadar?  

Sim  

      Que aves constroem os maiores ninhos no chão?  

Os megápodes do velho mundo. O maior ninho encontrado pesava cerca de 300 toneladas de resíduos de árvores, media 11 m e tinha 4.9 m de altura.  

      Que ave tem o maior bico em relação ao seu tamanho?  

Existe um colibri cujo bico tem mais de 10 cm de comprimento, sendo ainda maior do que o comprimento do corpo.  

 Qual é a mais pequena ave do Mundo?  

O macho do Colibri‐abelheiro, existe em Cuba e mede somente 5,7 cm de 

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comprimento e pesa 1,6 gramas.  

     Onde foi que o maior número de espécies de aves exóticas foi introduzido?  

Foi no Hawaii, onde pelo menos 162 espécies de aves exóticas foram introduzidas.  

      Que ave faz o seu ninho mais alto?  

A Gralha‐de‐bico‐amarelo existe na cordilheira dos Himalaias entre 4.572 e 6.069 metros durante todo o ano, mas já foi observada a 8.230 metros.  

 Qual foi a maior idade registada para uma ave?  

Uma cacatua macho foi adquirida pelo jardim zoológico de Londres em 1925, de um indivíduo que dizia a ter comprado no princípio do século, o que faz com que a ave tivesse 80 anos quando morreu em 1982. Um condor‐dos‐Andes no jardim 

zoológico de Moscovo morreu com 77 anos.  

     Excluindo espécies exóticas, qual é o pássaro que tem a maior distribuição?  

A Andorinha‐das‐chaminés.  

       Que aves têm o maior período de incubação dos seus ovos?  

Algumas espécies de albatrozes e o Kiwi‐castanho. Todos incubam os seus ovos durante 78‐85 dias. 

 

Os olhos das aves são ao lado da cabeça para que vejam rapidamente um possível predador. 

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 O pica‐pau pode dar cem bicadas por minuto numa árvore. 

A cabeça do pica‐pau tem pequenas bolsas de ar que amortecem o impacto das batidas no crânio. 

 O passarinho consegue sair do ovo porque ele nasce com um dentinho especial para quebrar a casca. Demora dois dias para ele quebrá‐la. Depois disso ele 

perde esse dentinho. 

 Os pássaros fazem uma formação em V no céu para economizar energia. Aqueles que estão na frente reduzem a resistência do ar para os outros. Quando o líder se 

cansa, ele é substituído por outro mais descansado. 

 O beija‐flor bate as asas noventa vezes por segundo, quatro vezes mais rápido que uma libélula. Ele voa de frente, de costas e até de ponta‐cabeça. Procura 

néctar em 2 mil flores todos os dias. 

 Ao nascer, o galo canta bem alto para avisar o galinheiro que continua vivo e no comando. O “cocoricó” tem a função de assustar qualquer desafiante. É o jeito que ele encontrou para controlar seu território. Geralmente, o galinheiro tem um 

único galo, pois só um sobrevive á disputa pela liderança. 

 Num único dia, uma andorinha come 2 mil moscas. 

 Os cisnes entrelaçam os pescoços quando estão namorando ou brigando. 

 

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A avestruz pode medir 1,80 a 2,50 metros de altura – o mesmo tamanho de um camelo. 

 A avestruz é uma ave corredora que vive na África. Faz 80km/h. Outras aves que 

não voam: ema, pingüim e casuar. 

 O maior ovo é o da avestruz, que mede de quinze a vinte centímetros, pesa 1,2 quilo, o equivalente a duas dúzias de ovos de galinha. O menor ovo é o do beija‐

flor que pesa 1,2 centímetro. 

 O vocabulário do papagaio nunca chega a ter mais do que vinte palavras. 

               

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