guia de recursos para pessoas com deficiÊncia...

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Dezembro de 2012 ezembro de 2012 ezembro de 2012 ezembro de 2012 GUIA DE RECURSOS PARA PESSOAS COM GUIA DE RECURSOS PARA PESSOAS COM GUIA DE RECURSOS PARA PESSOAS COM GUIA DE RECURSOS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA DEFICIÊNCIA DEFICIÊNCIA DEFICIÊNCIA CON CON CON CONCELHO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO CELHO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO CELHO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO CELHO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

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DDDDezembro de 2012ezembro de 2012ezembro de 2012ezembro de 2012

GUIA DE RECURSOS PARA PESSOAS COM GUIA DE RECURSOS PARA PESSOAS COM GUIA DE RECURSOS PARA PESSOAS COM GUIA DE RECURSOS PARA PESSOAS COM

DEFICIÊNCIA DEFICIÊNCIA DEFICIÊNCIA DEFICIÊNCIA

CONCONCONCONCELHO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIOCELHO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIOCELHO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIOCELHO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

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Guia de Recursos para Pessoas com Deficiência – Vila Real de Santo António 2012201220122012

1

"Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza, temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza".

Boaventura de Sousa Santos

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Guia de Recursos para Pessoas com Deficiência – Vila Real de Santo António 2012201220122012

2

INDÍCE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4

REFERÊNCIAS DE BASE .......................................................................................................................... 6

PROTECÇÃO SOCIAL/SEGURANÇA SOCIAL ............................................................................................ 9

1- RESPOSTAS SOCIAIS ...................................................................................................................... 9

2- PRESTAÇÕES SOCIAIS/ FAMILIARES ............................................................................................ 13

SAÚDE ................................................................................................................................................. 17

1 – AVALIAÇÃO MÉDICA DA INCAPACIDADE .................................................................................. 17

2 – ISENÇÃO DE TAXAS MODERADORAS ........................................................................................ 17

3 – TRANSPORTE PARA TRATAMENTOS ......................................................................................... 19

4 – ASSISTÊNCIA MÉDICA NO ESTRANGEIRO .................................................................................. 19

5 – DIREITO DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR À PESSOA COM DEFICIÊNCIA HOSPITALIZADA .. 20

6 – VISITA DOMICILIÁRIA DO MÉDICO ............................................................................................ 20

7 – PRINCIPIOS GERAIS DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL .............................................................. 20

8 – GRUPO DE APOIO À SAÚDE MENTAL INFANTIL – CENTRO DE SAÚDE DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO ......................................................................................................................................... 20

EDUCAÇÃO .......................................................................................................................................... 22

1 – DECLARAÇÃO DE SALAMANCA.................................................................................................. 22

2 – EDUCAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................................ 23

3 – EDUCAÇÃO ESPECIAL NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D.JOSÉ I ............................................ 24

3 – INTERVENÇÃO PRECOCE ........................................................................................................... 25

FORMAÇÃO E EMPREGO..................................................................................................................... 27

1 – MEDIDAS ................................................................................................................................... 27

2 – QUOTA DE EMPREGO ................................................................................................................ 32

AUTARQUIA......................................................................................................................................... 34

1 - SERVIÇO DE INFORMAÇÃO E MEDIAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (SIM-PD) ............ 34

2 – TERAPIA DA FALA ...................................................................................................................... 35

3 – PROJETO “LAZER E TEMPOS LIVRES PARA CIDADÃOS COM MOBILIDADE REDUZIDA – PRAIA ACESSÍVEL: UMA PRAIA PARA TODOS” ........................................................................................... 35

4 – HIDROTERAPIA .......................................................................................................................... 36

5 – BANCO DE AJUDAS TÉCNICAS ................................................................................................... 36

6 – PASSES SOCIAIS ......................................................................................................................... 37

7 – TRANSPORTE DA POPULAÇÃO COM DEFICIÊNCIA PARA A FUNDAÇÃO IRNE ROLO ................. 37

8 - TRANSPORTES ESCOLARES DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ....................................................... 37

9 – PLANO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA ACESSIBILIDADE ......................................................... 38

10 – DESPORTO ............................................................................................................................... 38

FISCALIDADE ....................................................................................................................................... 39

1 – IRS – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DE PESSOAS SINGULARES: ......................................... 39

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3

2 – IMPOSTO SOBRE VEÍCULOS ...................................................................................................... 40

3 - IVA – IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO .................................................................... 43

4 – IUC – IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO ................................................................................... 44

5 – CONTAS BANCÁRIAS ................................................................................................................. 44

HABITAÇÃO ......................................................................................................................................... 45

1 – HABITAÇÃO PRÓPRIA ................................................................................................................ 45

2 – HABITAÇÃO SOCIAL ................................................................................................................... 46

3 – ARRENDAMENTO ...................................................................................................................... 46

PRODUTOS DE APOIO (AJUDAS TÉCNICAS)......................................................................................... 47

1 – DEFINIÇÃO ................................................................................................................................. 47

2 - SISTEMA DE ATRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE APOIO(SAPA)....................................................... 47

OUTRAS INFORMAÇÕES ...................................................................................................................... 49

1 – CARTÃO DE ESTACIONAMENTO ................................................................................................ 49

2 – LUGARES DE ESTACIONAMENTO .............................................................................................. 49

3 – ADAPTAÇÕES NA VIATURA ....................................................................................................... 50

OUTROS APOIOS ................................................................................................................................. 51

1 – MOVIMENTO PAIS EM REDE ..................................................................................................... 51

2 – ASSOCIAÇÃO GINÁSIO DE LETRAS ............................................................................................. 51

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A qualidade de vida e as oportunidades das pessoas designadas por pessoas com deficiência

refletem não só as condições gerais de vida e as políticas socioeconómicas que têm

caracterizado as diferentes épocas ao longo da história, como também as representações e

construções sociais que vigoram acerca da deficiência.

Em termos culturais, sociológicos e políticos, o problema da deficiência não diverge em

muito dos problemas que se têm colocado em relação ao género, à cor da pele ou à

discriminação de certas minorias de que a história está repleta de exemplos, a não ser na

forma particular, como até certa altura, as próprias pessoas com deficiências e as suas

famílias viviam aquela idiossincrasia como sendo uma fatalidade e com algum sentimento de

culpa associado.

O intenso e alargado movimento social que tem sido levado a cabo, assim como as diversas

iniciativas em favor do valor da pessoa e dos direitos humanos, do respeito pela diversidade,

da luta contra a discriminação, o progressivo avanço dos conhecimentos científicos e

tecnológicos e da investigação, bem como a crescente consciência social e responsabilidade

politica e a progressiva participação das pessoas com deficiência, em muito têm contribuído

para que profundas mudanças se tenham processado nas últimas décadas, promovendo o

efetivo bem-estar e o pleno exercício dos seus direitos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, “considera-se pessoa com deficiência aquela

que, por motivo de perda ou anomalia congénita ou adquirida, de estrutura ou função psicológica,

intelectual, fisiológica ou anatómica susceptível de provocar restrições de capacidade, pode estar

considerada em situação de desvantagem para o exercício de atividades consideradas normais,

tendo em conta a idade, o sexo, e os fatores socioculturais dominantes.”

A deficiência representa qualquer perda ou alteração de uma estrutura ou de uma função

psicológica, fisiológica ou anatómica. Estas perdas ou alterações podem ser temporárias ou

permanentes, representando a exteriorização de um estado patológico e, em princípio,

refletem perturbações a nível orgânico. Neste sentido, pode-se mencionar que a deficiência

pode refletir-se numa incapacidade, ou seja, na restrição ou falta de capacidade para

realizar uma atividade dentro dos limites considerados normais para o ser humano.

A expressão “pessoa com deficiência” pode ser atribuída a pessoas portadoras de qualquer

tipo de deficiência, nomeadamente de locomoção, perceção, pensamento ou relação social.

A tipologia das deficiências e a variedade dos graus de incapacidade provocadas por estas,

tornam a temática da deficiência, num sentido amplo, uma área de intervenção complexa.

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No concelho de Vila Real de Santo António, os cidadãos com deficiência são uma

preocupação, no sentido de que possam ter uma maior qualidade de vida; ter condição de

expressar as suas capacidades e as suas expectativas; partilhar as suas necessidades;

sociabilizar os seus problemas; ou seja, exercer a sua cidadania plena.

Desta forma, após a realização do Diagnóstico Municipal da Deficiência (2010) surgiu a

necessidade de estruturar um Guia de Recursos para Pessoas com Deficiência e suas

famílias, como meio de facilitar o acesso, em igualdade de oportunidades, à informação.

A estrutura deste documento operacionaliza-se em onze capítulos designados por:

referências de base; proteção social/segurança social; saúde, educação; formação e

emprego; autarquia; fiscalidade; habitação; produtos de apoio (ajudas técnicas); outras

informações; outros apoios.

Cada um destes domínios nomeia informação útil sobre o tema e legislação relevante. No

entanto, não é apresentado só como um documento finalizado mas como um instrumento

em construção, sentido como útil e necessário por todos.

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1 - O artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem proclama que “todos os seres

humanos são livres e iguais em dignidade e direitos”.

2 - Constituição Portuguesa

«Os cidadãos portadores de deficiência física ou mental gozam plenamente dos direitos e estão

sujeitos aos deveres consignados na Constituição, com ressalva do exercício ou do cumprimento

daqueles para os quais se encontrem incapacitados.»

3 – Pessoa com deficiência:

“As pessoas com deficiência incluem aqueles que têm incapacidades duradouras físicas, mentais,

intelectuais ou sensoriais, que em interação com várias barreiras podem impedir a sua plena e

efetiva participação na sociedade em condições de igualdade com os outros” – Convenção sobre

os Direitos das Pessoas com Deficiência (artigo 1.º).

4 - Classificação Internacional da Funcionalidade e Incapacidade (CIF):

Protagoniza um novo sistema de classificação multidimensional e interativo com especial

destaque para a influência do meio ambiente como elemento facilitador ou como barreira no

desenvolvimento, funcionalidade e participação da pessoa com incapacidade.

5 - Princípios consignados na Lei de Bases da Prevenção, Habilitação, Reabilitação e

Participação da Pessoa com Deficiência (Decreto-Lei n.º38/2004 de 18 de Agosto):

Princípio da singularidade Princípio da singularidade Princípio da singularidade Princípio da singularidade

À pessoa com deficiência é reconhecida a singularidade,

devendo a sua abordagem ser feita de forma

diferenciada, tendo em consideração as circunstâncias

pessoais.

Princípio da cidadaniaPrincípio da cidadaniaPrincípio da cidadaniaPrincípio da cidadania

A pessoa com deficiência tem direito ao acesso a todos

os bens e serviços da sociedade, bem como o direito e o

dever de desempenhar um papel ativo no

desenvolvimento da sociedade.

Princípio da não discriminaçãoPrincípio da não discriminaçãoPrincípio da não discriminaçãoPrincípio da não discriminação

A pessoa não pode ser discriminada, direta ou

indiretamente, por ação ou omissão, com base na

deficiência.

A pessoa com deficiência deve beneficiar de medidas

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de ação positiva com o objetivo de garantir o exercício

dos seus direitos e deveres corrigindo uma situação

factual de desigualdade que persista na vida social.

Princípio da autonomiaPrincípio da autonomiaPrincípio da autonomiaPrincípio da autonomia

A pessoa com deficiência tem o direito de decisão

pessoal na definição e condução da sua vida.

Princípio da informaçãoPrincípio da informaçãoPrincípio da informaçãoPrincípio da informação A pessoa com deficiência tem direito a ser informada e

esclarecida sobre os seus direitos e deveres.

Princípio da participaçãoPrincípio da participaçãoPrincípio da participaçãoPrincípio da participação

A pessoa com deficiência tem o direito e o dever de

participar no planeamento, desenvolvimento e

acompanhamento da política de prevenção, habilitação,

reabilitação e participação da pessoa com deficiência.

Princípio da globaliPrincípio da globaliPrincípio da globaliPrincípio da globalidadedadedadedade A pessoa com deficiência tem direito aos bens e serviços

necessários ao seu desenvolvimento ao longo da vida.

Princípio da qualidadePrincípio da qualidadePrincípio da qualidadePrincípio da qualidade

A pessoa com deficiência tem o direito à qualidade dos

bens e serviços de prevenção, habilitação e reabilitação,

atendendo à evolução da técnica e às necessidades

pessoais e sociais.

Princípio do primado da Princípio do primado da Princípio do primado da Princípio do primado da

responsabilidade públicaresponsabilidade públicaresponsabilidade públicaresponsabilidade pública

Ao Estado compete criar as condições para a execução

de uma política de prevenção, habilitação, reabilitação e

participação da pessoa com deficiência.

Princípio da transversalidadePrincípio da transversalidadePrincípio da transversalidadePrincípio da transversalidade

A política de prevenção, habilitação, reabilitação e

participação da pessoa com deficiência deve ter um

carácter pluridisciplinar e ser desenvolvida nos

diferentes domínios de forma coerente e global.

PrincípiPrincípiPrincípiPrincípio da cooperaçãoo da cooperaçãoo da cooperaçãoo da cooperação

O Estado e as demais entidades públicas e privadas

devem atuar de forma articulada e cooperar entre si na

concretização da política de prevenção, habilitação,

reabilitação e participação da pessoa com deficiência.

Princípio da solidariedaPrincípio da solidariedaPrincípio da solidariedaPrincípio da solidariedadededede

Todos os cidadãos devem contribuir para a prossecução

da política de prevenção, habilitação, reabilitação e

participação da pessoa com deficiência.

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6 – Lei Anti – Discriminação (Lei n.º 46/2006, de 28 de Agosto):

“Prevenir e proibir a discriminação, direta ou indireta, em razão da deficiência e da existência de

risco agravado de saúde, sob todas as suas formas, e sancionar a prática de atos que se traduzam

na violação de quaisquer direitos fundamentais, ou na recusa ou condicionamento do exercício de

quaisquer direitos económicos, sociais, culturais ou outros, por quaisquer pessoas, em razão de

uma qualquer deficiência”.

7 – I Plano de Ação para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade (2006 a

2009) – define um conjunto de medidas de atuação dos vários departamentos

governamentais, bem como metas a alcançar no período compreendido entre 2006/2009

com vista a criar uma sociedade que garanta a participação efetiva das pessoas com

deficiência.

8 – Estratégia Nacional para a Deficiência (2011-2013) – focaliza-se em cinco grandes áreas

de intervenção, configuradas em eixos estratégicos, nomeadamente: Deficiência e

multidiscriminação; Justiça e exercício de direitos; Autonomia e qualidade de vida;

Acessibilidades e design para todos; Modernização administrativa e sistemas de informação.

9 – INR – Instituto Nacional para a Reabilitação

Os princípios que norteiam a atuação deste instituto são a garantia de igualdade de

oportunidades, o combate à discriminação e a valorização das pessoas com deficiência,

numa perspetiva de promoção dos seus direitos fundamentais.

10 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência - 3 de Dezembro

CONTACTOSCONTACTOSCONTACTOSCONTACTOS

INR – Instituto Nacional para a Reabilitação

Av. Conde de Valbom, 63 - 1069-178 Lisboa

Telefone: 217 929 500

Fax: 217 929 596

LINHA DIRECTA CIDADÃO/ DEFICIÊNCIA: (+351) 21 795 95 45

Email: [email protected]

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A Ação Social tem como objetivos fundamentais prevenir e reparar situações de carência e

desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção, de exclusão ou

vulnerabilidades sociais, bem como promover a integração comunitária das pessoas e o

desenvolvimento das respetivas capacidades. Destina-se, ainda, a assegurar proteção

especial às pessoas e grupos mais vulneráveis, designadamente crianças, jovens, pessoas

com deficiência e idosos.

1- RESPOSTAS SOCIAIS

Conjunto de respostas de apoio social para pessoas com deficiência em situação de carência

e desigualdade sócio-económica, dependência e vulnerabilidade social. Têm por objetivos

promover a autonomia, a integração social e a saúde.

POPULAÇÃO POPULAÇÃO POPULAÇÃO POPULAÇÃO

ALVOALVOALVOALVO TIPO DE RESPOSTATIPO DE RESPOSTATIPO DE RESPOSTATIPO DE RESPOSTA OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

ENQUADRAMENTO ENQUADRAMENTO ENQUADRAMENTO ENQUADRAMENTO

LEGALLEGALLEGALLEGAL

Crianças e Crianças e Crianças e Crianças e

Jovens com Jovens com Jovens com Jovens com

DeficiênciaDeficiênciaDeficiênciaDeficiência

Colónia de Férias Colónia de Férias Colónia de Férias Colónia de Férias –––– equipamento

ou serviço que proporciona

atividades de lazer a crianças e

jovens com deficiência. Esta

estadia é essencial para o

equilíbrio físico, psicológico e

social dos utentes.

Esta resposta é dirigida a todas

as pessoas com deficiência e as

suas famílias

*Proporcionar aos utentes

estadias fora da sua

rotina e contatos com

pessoas e espaços

diferentes;

*Estimular o espirito de

interajuda;

*Estimular a criatividade

e o espirito de iniciativa.

Intervenção Precoce Intervenção Precoce Intervenção Precoce Intervenção Precoce –––– serviço

de apoio integrado no âmbito da

educação, saúde e ação social

que assegura condições

facilitadoras do

desenvolvimento das crianças

até aos 6 anos de idade, com

deficiência ou em risco de

atraso grave de

*Facilitar o

desenvolvimento global

da criança com

deficiência ou em risco de

atraso grave de

desenvolvimento,

*Minimizar as

consequências dos seus

problemas;

Decreto-Lei

n.º281/2009 de 06 de

Outubro

Despacho Conjunto

n.º891/99 de 19 de

Outubro

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10

desenvolvimento, potenciando a

melhoria das interações

familiares.

Esta resposta é dirigida a

crianças até aos 6 anos de idade,

especialmente doa 0 aos 3 anos,

com deficiência ou em risco de

atraso grave de

desenvolvimento.

*Melhorar a interação da

família com a criança;

*Tornar as famílias mais

capazes de usar os seus

recursos e os da

comunidade para lidar

com os problemas

associados à deficiência.

Lar de Apoio Lar de Apoio Lar de Apoio Lar de Apoio –––– equipamento

social que proporciona

alojamento temporário a

crianças e jovens dos 6 aos

16/18 anos que necessitem de

apoios específicos não

existentes nos seus locais de

residência ou para apoio

temporário dos respetivos

familiares.

*Dar à criança ou jovem

um alojamento que se

aproxime, tanto quanto

possível, do ambiente

familiar;

*Facilitar a integração da

criança ou jovem na

família e na sociedade;

*Garantir condições de

bem-estar e qualidade de

vida adequadas às

necessidades da criança

ou jovem;

*Reforçar a autoestima e

a autonomia pessoas e

social da criança ou

jovem.

Despacho Normativo

n.º28/2006 de 3 de

Maio

Transporte de Pessoas com Transporte de Pessoas com Transporte de Pessoas com Transporte de Pessoas com

Deficiência Deficiência Deficiência Deficiência –––– serviço de

transporte e acompanhamento

personalizado, para todas as

crianças, jovens e adultos com

deficiência.

*Garantir o transporte e o

acesso aos serviços de

reabilitação e saúde;

*Facilitar a integração da

criança ou jovem com

deficiência.

Pessoas Pessoas Pessoas Pessoas

Adultas com Adultas com Adultas com Adultas com

DeficiênciaDeficiênciaDeficiênciaDeficiência

Apoio Domiciliário Apoio Domiciliário Apoio Domiciliário Apoio Domiciliário –––– serviço que

presta cuidados individualizados

no domicilio a pessoas com

deficiência que não possam

*Melhorar a qualidade de

vida das pessoas e

famílias;

*Garantir cuidados físicos

Despacho Normativo

n.º62/99 de 12 de

Novembro

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Guia de Recursos para Pessoas com Deficiência – Vila Real de Santo António 2012201220122012

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assegurar, temporária ou

permanentemente, a satisfação

das suas necessidades básicas

e/ou as atividades da vida diária.

e apoio psicossocial;

*Ajudar nas tarefas

básicas do dia-a-dia,

como fazer compras,

limpar a casa, cozinhar as

refeições e tratar da

roupa;

*Incentivar as relações

familiares;

*Assegurar o acesso a

cuidados de saúde;

*Evitar ou adiar ao

máximo o internamento

em instituições;

*Prevenir situações de

dependência, promover a

autonomia.

Acolhimento Familiar Acolhimento Familiar Acolhimento Familiar Acolhimento Familiar ––––

integração temporária ou

permanente, em famílias

consideradas idóneas, de

pessoas adultas com deficiência,

quando não possam manter-se

no seu domicilio, por ausência

de enquadramento familiar

*Acolher pessoas com

deficiência;

*Garantir à pessoa

acolhida um ambiente

familiar e afetivo

apropriado, que satisfaça

as suas necessidades

básicas, respeitando a sua

identidade, personalidade

e privacidade;

*Facilitar a relação com a

comunidade, para

integrar as pessoas com

deficiência;

*Reforçar a autoestima e

a autonomia pessoal e

social;

*Evitar ou retardar ao

máximo o internamento

em instituições.

Despacho Conjunto

n.º727/99 de 23 de

Agosto

Decreto-Lei n.º391/91

de 10 de Outubro

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Centro de Atividades Centro de Atividades Centro de Atividades Centro de Atividades

Ocupacionais Ocupacionais Ocupacionais Ocupacionais –––– equipamento

social onde se desenvolvem

atividades ocupacionais para

jovens e adultos com deficiência

grave e/ou profunda, a partir

dos 16 anos, com vista a

estimular e facilitar o

desenvolvimento das suas

capacidades.

*Estimular e facilitar o

desenvolvimento das

capacidades;

*Reforçar a autoestima e

a autonomia pessoal e

social;

*Privilegiar a relação com

a família e com a

comunidade para integrar

socialmente as pessoas

com deficiência;

*Encaminhar, sempre que

possível, para programas

de integração social e

profissional.

Despacho n.º

52/SESS/90 de 16 de

Julho

Decreto-Lei n.º18/89

de 11 de Janeiro

Centro de Centro de Centro de Centro de

AtenAtenAtenAtendimento/Acompanhamento dimento/Acompanhamento dimento/Acompanhamento dimento/Acompanhamento

e animação para Pessoas com e animação para Pessoas com e animação para Pessoas com e animação para Pessoas com

Deficiência Deficiência Deficiência Deficiência –––– serviço prestado

em espaço polivalente,

destinado a informar, orientar e

apoiar as pessoas com

deficiência, promovendo o

desenvolvimento das

competências necessárias à

resolução dos seus próprios

problemas bem como atividades

de animação sociocultural.

*Informar, apoiar e

orientar as pessoas com

deficiência e suas famílias

na resolução dos seus

problemas;

*Reconhecer às pessoas

com deficiência o direito

de participar na tomada

de decisões;

*Promover o convívio

entre as pessoas através

de atividades sócio-

culturais, recreativas e de

lazer, a fim de reforçar a

autoestima e a motivação,

favorecendo a integração

social;U

*Informar/sensibilizar a

comunidade em geral

para as problemáticas da

deficiência, promovendo

uma mudança de atitude.

Transporte de Pessoas com Transporte de Pessoas com Transporte de Pessoas com Transporte de Pessoas com

Deficiência Deficiência Deficiência Deficiência –––– serviço de

*Garantir o transporte e o

acesso aos serviços de

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Guia de Recursos para Pessoas com Deficiência – Vila Real de Santo António 2012201220122012

13

transporte e acompanhamento

personalizado, para todas as

crianças, jovens e adultos com

deficiência.

reabilitação e saúde;

*Facilitar a integração da

criança ou jovem com

deficiência.

Colónia de Férias Colónia de Férias Colónia de Férias Colónia de Férias –––– equipamento

ou serviço que proporciona

atividades de lazer a pessoas

adultas com deficiência.

*Proporcionar aos utentes

estadias fora da sua

rotina e contactos com

pessoas e espaços

diferentes;

*Estimular o espírito de

interajuda;

*Estimular a criatividade

e o espírito de iniciativa.

Lar residencial Lar residencial Lar residencial Lar residencial –––– equipamento

socia para pessoas com

deficiência, a partir dos 16 anos,

que se encontrem impedidos

temporária ou prolongadamente

de residir no seu meio familiar

normal.

*Disponibilizar

alojamento permanente

ou temporário a jovens e

adultos com deficiência;

*Garantir as condições de

bem-estar e qualidade de

vida adequadas às

necessidades dos utentes;

*Reforçar a autoestima,

autonomia pessoal e

social dos utentes;

*Privilegiar a relação com

a família e com a

comunidade, para

integrar as pessoas com

deficiência.

Despacho Normativo

n.º28/2006 de 3 de

Maio

2- PRESTAÇÕES SOCIAIS/ FAMILIARES

As prestações sociais, atribuídas como direitos, no âmbito do Sistema Publico de Segurança

Social, destinam-se a compensar o acréscimo de encargos familiares resultantes da situação

de deficiência.

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2.1 2.1 2.1 2.1 ---- Bonificação por Deficiência Bonificação por Deficiência Bonificação por Deficiência Bonificação por Deficiência

Valor que é adicionado à prestação do Abono de Família das crianças ou jovens portadores

de deficiência, com o objetivo de compensar as sua s famílias dos encargos resultantes da

sua situação. Para usufruir deste apoio, a criança/jovem deve reunir as seguintes condições:

� Ter idade inferior a 24 anos e estar a cargo do beneficiário (de quem é

descendente);

� Frequente ou esteja internado em estabelecimento especializado de reabilitação ou

esteja em condições de frequência ou de internamento;

� Necessite de apoio individualizado pedagógico e/ou terapêutico específico.

De realçar que embora os agregados familiares colocados nos anteriores 4.º, 5.º ou 6.º

escalões de Abono de Família, não recebam qualquer valor no âmbito dessa prestação,

podem ainda ter direito a receber Bonificação por Deficiência, desde que preencham as

referidas condições de atribuição.

2.2 2.2 2.2 2.2 –––– Subsídio Mensal Vitalício Subsídio Mensal Vitalício Subsídio Mensal Vitalício Subsídio Mensal Vitalício

Atribuído aos descendentes de beneficiários, maiores de 24 anos, portadores de deficiência

de natureza física, orgânica, sensorial, motora ou mental, que os impossibilite de assegurar a

sua subsistência através do exercício de uma atividade profissional.

2.2.1 2.2.1 2.2.1 2.2.1 –––– Complemento extraordinário de solidariedadeComplemento extraordinário de solidariedadeComplemento extraordinário de solidariedadeComplemento extraordinário de solidariedade

É uma prestação pecuniária, mensal, concedida por acréscimo ao montante do subsídio

mensal vitalício, e cujo valor varia consoante a idade:

Grupos EtáriosGrupos EtáriosGrupos EtáriosGrupos Etários Montante do CESMontante do CESMontante do CESMontante do CES

Menos de 70 anos 17,32€

Igual ou superior a 70 anos 34,63€

2.32.32.32.3 –––– Subsídio por Assistência de 3ª PessoaSubsídio por Assistência de 3ª PessoaSubsídio por Assistência de 3ª PessoaSubsídio por Assistência de 3ª Pessoa

Verba atribuída aos descendentes de beneficiários (1) que:

� Sejam titulares do Abono de Família para Crianças e Jovens, com BONIFICAÇÃO por

deficiência ou do Subsídio Mensal Vitalício;

� Dependam e tenham efetiva assistência de 3ª pessoa de, pelo menos, 6 horas diárias,

para assegurar as suas necessidades básicas. 1 Quando pensionistas que reúnam as condições de atribuição do Complemento por Dependência e do Subsídio

por Assistência de 3ª Pessoa, podem optar por uma destas prestações.

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15

Este subsídio não é atribuído nos casos em que a assistência permanente seja prestada em

estabelecimentos de saúde ou de apoio social, oficial ou particular sem fins lucrativos,

financiados pelo Estado ou por outras pessoas coletivas de direito público ou de direito

privado e de utilidade pública.

2.4 2.4 2.4 2.4 –––– Subsídio por Frequência de Estabelecimento de Educação EspeSubsídio por Frequência de Estabelecimento de Educação EspeSubsídio por Frequência de Estabelecimento de Educação EspeSubsídio por Frequência de Estabelecimento de Educação Especialcialcialcial

Atribuído aos descendentes de beneficiários, portadores de deficiência, com idade inferior a

24 anos, que necessitem de medidas específicas de educação especial, e se encontrem numa

das seguintes situações:

� Frequentem estabelecimentos de educação especial, particulares, com ou sem fins

lucrativos ou cooperativos, tutelados pelo Ministério da Educação e que impliquem o

pagamento de mensalidade;

� Tenham apoio educativo individual por entidade especializada;

� Necessitem de frequentar estabelecimento particular de ensino regular, após

frequência de ensino especial;

� Frequentem creche ou jardim-de-infância normal, como meio específico de superar

a deficiência e de obter, mais rapidamente, a integração social.

De seguida apresenta-se um quadro resumo dos montantes atribuídos por tipo de subsídio:

Tipo de SubsídioTipo de SubsídioTipo de SubsídioTipo de Subsídio Montante atribuídoMontante atribuídoMontante atribuídoMontante atribuído (valores de 2011)(valores de 2011)(valores de 2011)(valores de 2011)

Bonificação por Deficiência 2

Até aos 14 anos – 59,48€

Dos 14 aos 18 anos – 86,62€

Dos 18 aos 24 anos – 115,96€

Subsídio Mensal Vitalício 176,76€

Subsídio por Assistência de Terceira Pessoa 88,37€

Subsídio por Frequência de Estabelecimento

de Educação Especial

Variável em função de3:

• Mensalidade do estabelecimento; Rendimento

e n.º de pessoas do agregado familiar;

Despesas com a habitação

2 Se viver com um único adulto (família monoparental) tem direito a receber mais 20%

3 No caso de frequência de estabelecimento: igual ao valor definido pelo governo para as mensalidades dos estabelecimentos de educação especial menos o valor da comparticipação familiar. Nos restantes casos, igual à diferença entre o custo do apoio e a comparticipação familiar (não pode ultrapassar o valor do externato, atualmente fixado em 293,45€).

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16

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Instituto de Segurança Social – Serviço local de Vila Real de Santo António

Morada: Rua Dr. Oliveira Martins, nº 4 - 1.º

Telefone: 281 530 560

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1 – AVALIAÇÃO MÉDICA DA INCAPACIDADE

(Decreto-Lei n.º291/2009 de 12 de Outubro)

A avaliação de incapacidade é calculada de acordo com a Tabela Nacional de Incapacidades

por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais (Decreto-Lei n.º352/2007 de 23 de

Outubro), por uma Junta Médica, cujo Presidente passará o respetivo Atestado Médico de

Incapacidade obedecendo aos princípios gerais de utilização da referida Tabela.

Esta avaliação também designada por "certidão multiusos" serve para efeitos de acesso às

medidas e benefícios previstos na lei (a partir do mínimo de 60% de incapacidade

permanente) para facilitar a sua plena participação na comunidade.

Os requerimentos de avaliação das incapacidades das pessoas com deficiência são dirigidos

ao adjunto do delegado regional de saúde e entregues ao delegado de saúde da residência

habitual do interessado, devendo ser acompanhados por relatório médico e dos meios

auxiliares de diagnóstico complementares que o fundamentam.

Local para requerimento da avaliação:

Unidade de Saúde Pública de Vila Real de Santo António

Morada: Centro de Saúde de Vila Real de Santo António – Avenida Ministro Duarte Pacheco

8900 – Vila Real de Santo António

Telefone: 281 530 270

Relativamente aos munícipes abrangidos por subsistemas de saúde (ADSE, SAD, SAMS, entre

outros) o procedimento adequado é estabelecer contacto com os respetivos serviços

médicos.

2 – ISENÇÃO DE TAXAS MODERADORAS

(Decreto-Lei n.º113/2011, de 29 de Novembro)

Nos termos do disposto no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de Novembro, estão

isentos do pagamento de taxas moderadoras:

� As grávidas e parturientes;

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� As crianças até aos 12 anos de idade, inclusive;

� Os utentes com grau de incapacidade igual ou superior a 60%;

� Os utentes em situação de insuficiência económica, bem como os dependentes do

respetivo agregado familiar, nos termos do artigo 6.º;

� Os dadores benévolos de sangue, nas prestações em cuidados de saúde primários;

� Os dadores vivos de células, tecidos e órgãos, nas prestações em cuidados de saúde

primários;

� Os bombeiros, nas prestações em cuidados de saúde primários e, quando

necessários em razão do exercício da sua atividade, em cuidados de saúde

hospitalares;

� Os doentes transplantados;

� Os militares e ex-militares das Forças Armadas que, em virtude da prestação do

serviço militar, se encontrem incapacitados de forma permanente.

Ao abrigo do novo regime de taxas moderadoras, os utentes com grau de incapacidade igual

ou superior a 60% devem apresentar, junto da sua unidade de saúde familiar ou unidade de

cuidados de saúde personalizados (centros de saúde), para efeitos de registo, um atestado

médico de incapacidade válido à data da avaliação ou reavaliação da incapacidade, o qual

ateste um grau de incapacidade igual ou superior a 60%.

Nos casos de incapacidade permanente (não sujeita a nova avaliação, revisão ou

reavaliação), o utente deve apresentar junto da respetiva unidade de saúde familiar ou

unidade de cuidados de saúde personalizados (centros de saúde) um atestado médico de

incapacidade válido à data de avaliação da incapacidade, sem aposição de data de

reavaliação e que ateste um grau de incapacidade igual ou superior a 60%.

A substituição dos atestados médicos de incapacidade de modelo anterior ao atualmente em

vigor (Despacho n.º 26432/2009, de 20 de novembro) deverá ocorrer, apenas, nos casos em

que o prazo de validade caduque até essa data.

Para a obtenção do grau de incapacidade, o utente deve dirigir-se à respetiva unidade de

saúde familiar ou unidade de cuidados de saúde personalizados (centros de saúde) da área

de residência requerendo ao adjunto do delegado regional de saúde a convocação de uma

Junta Médica para avaliação do seu grau de incapacidade e emissão do respetivo atestado

médico de incapacidade que adquire uma função multiusos, para efeitos de acesso às

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medidas e benefícios previstos na lei. Deverá, ainda, juntar ao referido requerimento os

relatórios médicos e meios auxiliares de diagnóstico de que disponha. O adjunto do delegado

regional de saúde convocará a Junta Médica e deverá notificar o requerente da sua

realização, no prazo de 60 dias, após a data de entrada do requerimento.

Caso pertença às Forças Armadas, Polícia de Segurança Pública ou Guarda Nacional

Republicana, o utente deve dirigir-se aos Serviços Médicos respetivos. As entidades públicas

ou privadas, a quem sejam exibidos os atestados médicos de incapacidade multiusos,

deverão proceder à respetiva devolução aos interessados ou seus representantes, sem

prejuízo de extração de fotocópia sobre a qual deverão anotar a conformidade com o

original.

3 – TRANSPORTE PARA TRATAMENTOS

É gratuito desde que a pessoa seja utente do Serviço Nacional de Saúde e poderá ser

disponibilizado mediante apresentação de prescrição médica, credencial do transporte e do

comprovativo da realização dos tratamentos.

4 – ASSISTÊNCIA MÉDICA NO ESTRANGEIRO

A pessoa com deficiência, à semelhança dos demais utentes do Serviço Nacional de Saúde,

tem direito a cuidados de saúde, nas situações de doença não esperada, quando em viagem

temporária por qualquer dos países da União Europeia, devendo solicitar nessa situação o

Cartão Europeu de Seguro de Saúde, ao Centro Distrital de Segurança Social ou ao Centro de

Saúde em que se encontrar inscrito. Também poderá ter direito a assistência médica de

grande especialização no estrangeiro desde que para o tratamento proposto não existam, no

País, recursos técnicos.

Nesta circunstância deverá submeter o pedido à apreciação do Diretor Geral de Saúde a

quem compete coordenar todo o processo de deslocações ao estrangeiro para fins de

assistência médica.

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5 – DIREITO DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR À PESSOA COM DEFICIÊNCIA

HOSPITALIZADA

Toda a pessoa com deficiência internada em estabelecimento hospitalar ou unidade de

saúde, tem direito ao acompanhamento familiar permanente de ascendente, descendente,

cônjuge ou equiparado.

6 – VISITA DOMICILIÁRIA DO MÉDICO

É possível quando a pessoa se encontre em situação de doença súbita, por incapacidade

crónica ou por velhice e impossibilitado de se deslocar ao Centro de Saúde onde se encontre

inscrito. Esta assistência deverá ser solicitada ao referido Centro de Saúde.

7 – PRINCIPIOS GERAIS DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL

A prestação de cuidados de saúde mental é promovida prioritariamente a nível da

comunidade, por forma a evitar o afastamento dos doentes do seu meio habitual e a facilitar

a sua reabilitação e inserção social.

8 – GRUPO DE APOIO À SAÚDE MENTAL INFANTIL – CENTRO DE SAÚDE DE

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

As equipas multidisciplinares dos Grupos de Apoio à Saúde Mental Infantil (GASMI),

constituídas por psicólogos, médicos de família, enfermeiros, assistentes sociais, e

terapeutas nos Centros de Saúde, desenvolvem um trabalho integrante naquelas entidades

de saúde, que se iniciou em 2001 através de um protocolo de colaboração com o

Departamento de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital Pediátrico de Dona

Estefânia, promovendo o desenvolvimento de programas de prevenção e promoção,

dirigidos a famílias de risco com crianças pequenas, utilizando visitas domiciliárias e

centrados na promoção de competências parentais em todo o território algarvio.

Este protocolo veio colmatar a inexistência de qualquer serviço ou unidade de psiquiatria da

infância e da adolescência nas unidades hospitalares algarvios e permitiu criar equipas

multidisciplinares de primeira linha, supervisionadas por um consultor de psiquiatria da

infância e da adolescência, de modo a permitir a triagem, a avaliação e o atendimento de

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casos de crianças/famílias de risco com psicopatologia ligeira, encaminhando as situações

de psicopatologia mais complexa para Hospital Pediátrico de Dona Estefânia.

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Centro de Saúde de Vila Real de Santo António

Morada: Avenida Ministro Duarte Pacheco

Telefone: 281 530 270

Fax: 281 512 645

Email: [email protected]

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Sendo a educação um direito de todos os indivíduos, encontrando-se reconhecido na

Declaração Universal dos Direitos do Homem, torna-se premente garantir a educação das

crianças, jovens e adultos com necessidades educativas especiais (NEE) no quadro regular

de ensino.

1 – DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Em Junho de 1994 foi realizada um Conferencia, promovida pelo Governo de Espanha em

colaboração com a UNESCO, na qual foi adotada a Declaração de Salamanca sobre os

Princípios, a Política e as Práticas na área das Necessidades Educativas Especiais e um

Enquadramento da Ação. Este documento está inspirado pelo princípio da inclusão e pelo

reconhecimento da necessidade de atuar com o objetivo de conseguir “escolas para todos” –

instituições que incluam todas as pessoas, aceitem as diferenças, apoiem a aprendizagem e

respondam às necessidades individuais.

Assim, de acordo com a Declaração de Salamanca:

� Cada criança tem o direito fundamental à educação e deve ter a oportunidade de

conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem;

� Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de

aprendizagem que lhe são próprias;

� Os sistemas de educação devem ser planeados e os programas educativos

implementados tendo em vista a vasta diversidade destas características e

necessidades;

� As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às

escolas regulares, que a elas se devem adequar através duma pedagogia centrada na

criança, capaz de ir ao encontro destas necessidades;

� As escolas regulares, seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios

capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e

solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos;

além disso, proporcionam uma educação adequada à maioria das crianças e

promovem a eficiência, numa ótima relação custo - qualidade, de todo o sistema

educativo.

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2 – EDUCAÇÃO ESPECIAL

(Decreto-Lei n.º3/2008 de 7 de Janeiro)

Os alunos com deficiências ou incapacidades que frequentam a educação pré-escolar e os

ensinos básico e secundário dos setores público, particular, cooperativo ou solidário, têm

direito a adequações no processo educativo de acordo com as suas necessidades educativas

especiais.

A legislação que visa a criação de condições para a adequação do processo educativo às

necessidades educativas especiais dos alunos com deficiências ou incapacidades é o

Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro. Este diploma define como objetivos da educação

especial a inclusão educativa e social, o acesso e o sucesso educativos, a autonomia, a

estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades, a

preparação para o prosseguimento de estudos ou para uma adequada preparação para a

vida profissional. Define a participação dos pais e encarregados de educação, determina os

apoios especializados a prestar e estabelece as medidas educativas de educação especial.

A população alvo da educação especial é constituída pelos alunos com limitações

significativas ao nível da atividade e da participação, num ou vários domínios de vida,

decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caráter permanente, resultando em

dificuldades continuadas ao nível da comunicação, aprendizagem, mobilidade, autonomia,

relacionamento interpessoal e participação social.

A fim de apoiar a adequação do processo de ensino e de aprendizagem dos alunos com estas

problemáticas, o Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro, prevê a criação de modalidades

específicas de educação, nomeadamente:

� Unidades de ensino estruturado para a educação de alunos com perturbações do

espectro do autismo;

� Unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e

surdocegueira congénita;

� Rede de escolas de referência para o ensino bilingue de alunos surdos;

� Rede de escolas de referência para o ensino de alunos cegos e com baixa visão;

� Agrupamentos de referência para a intervenção precoce na infância;

� Centros de recursos em tecnologias de apoio para a Educação Especial.

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Os alunos com Necessidades Educativas Especiais poderão usufruir de materiais adaptados

às suas necessidades, nomeadamente manuais escolares/livros em Braille, manuais

escolares /livros com caracteres ampliados, manuais escolares/livros em formato daisy,

materiais em PDF, figuras em relevo, entre outros.

3 – EDUCAÇÃO ESPECIAL NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D.JOSÉ I

No âmbito da Educação Especial e numa perspetiva formativa, as práticas educativas

levadas a cabo pela equipa de educação especial do Agrupamento de Escolas D. José I

enquadram-se num leque de iniciativas que visam contribuir para assegurar, de forma

progressiva e sustentada, respostas diferenciadas ao nível da intervenção com alunos com

necessidades educativas especiais (NEE), numa vertente inclusiva, pressupondo

individualização e personalização para todos.

Desta forma, o objetivo é dar resposta às necessidades educativas dos alunos com NEE de

uma forma diversificada, criando oportunidades diferentes para cada criança, de modo a

contribuir para uma formação autónoma e social. O trabalho desenvolvido vai desde o apoio

individualizado, sempre que se justifique, apoio em sala de aula, frequência da UEE (Unidade

de Ensino Estruturado) até à integração do aluno em contexto de trabalho

A equipa de Educação Especial entende a sua participação como a oportunidade de fazer

parte de um processo construtivo dando sequência a uma aprendizagem que, para dar

verdadeiramente os seus frutos, dependerá sempre da dedicação de cada um dos seus

elementos e da utilização consistente das estratégias e ferramentas utilizadas quer na escola

quer em casa, solicitando sempre uma participação ativa da família.

É nesta perspetiva que se enquadra o trabalho desenvolvido na Unidade de Ensino

Estruturado, situada na Escola Caldeira Alexandre.

Esta Unidade tem como principal objetivo dar resposta a um grupo específico de alunos com

Perturbação do Espectro do Autismo, sempre numa perspetiva de Inclusão. Neste sentido,

cada um desses alunos está integrado numa turma do ensino regular, que frequenta

diariamente.

A sala está estruturada de acordo com o Modelo TEACCH, que pressupõe a divisão deste

espaço em diversas áreas, nomeadamente as áreas “Reunião”, “Aprender”, “Trabalhar”,

“Trabalho de grupo”, “Brincar” e de “Transição”. Assim sendo, procede-se a uma

organização do espaço que contempla atividades adequadas e rotinas rígidas, com recurso

fundamentalmente a estruturas visuais. Tal permite uma previsibilidade do meio e,

consequentemente, uma diminuição dos problemas comportamentais. O estabelecimento de

rotinas através de um horário individual, visa organizar o quotidiano de cada criança. Desta

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forma pretende-se que estas crianças se tornem mais autónomas perspetivando uma melhor

integração social.

3 – INTERVENÇÃO PRECOCE

(Decreto-Lei n.º281/2009 de 6 de Outubro)

O Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI) consiste num conjunto

organizado de entidades institucionais e de natureza familiar, com vista a garantir condições

de desenvolvimento das crianças com funções ou estruturas do corpo que limitam o

crescimento pessoal, social, e a sua participação nas atividades típicas para a idade, bem

como das crianças com risco grave de atraso no desenvolvimento.

O SNIPI é desenvolvido através da atuação coordenada dos Ministérios do Trabalho e da

Solidariedade Social, da Saúde e da Educação, com envolvimento das famílias e da

comunidade.

O SNIPI abrange as crianças entre os 0 e os 6 anos, com alterações nas funções ou estruturas

do corpo que limitam a participação nas atividades típicas para a respetiva idade e contexto

social ou com risco grave de atraso de desenvolvimento, bem como as suas famílias.

O SNIPI tem os seguintes objetivos:

� Assegurar às crianças a proteção dos seus direitos e o desenvolvimento das suas

capacidades, através de ações de Intervenção Precoce na Infância em todo o

território nacional;

� Detetar e sinalizar todas as crianças com risco de alterações ou alterações nas

funções e estruturas do corpo ou risco grave de atraso de desenvolvimento;

� Intervir, após a deteção e sinalização nos termos da alínea anterior, em função das

necessidades do contexto familiar de cada criança elegível, de modo a prevenir ou

reduzir os riscos de atraso no desenvolvimento;

� Apoiar as famílias no acesso a serviços e recursos dos sistemas da segurança social,

da saúde e da educação;

� Envolver a comunidade através da criação de mecanismos articulados de suporte

social.

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26

CONTACTOSCONTACTOSCONTACTOSCONTACTOS::::

Direção Regional de Educação do Algarve

EN125, Sítio das Figuras, 2.º Andar

8000-761 FARO

Telefone: 289 893 900

Fax Geral: 289 893 929

E-mail Geral: [email protected]

Agrupamento de Escolas D. José I

Morada: Rua de Santo António de Arenilha

8900 Vila Real de Santo António

Telefone:281 510 150

Email: [email protected]

Agrupamento de Escolas de Vila Real de Santo António

Rua Dr. José Campos Coroa

8900-210 Vila Real de Santo António

Telefones: 281 511 563 / 281 511 573

Telemóveis 966635456

Fax:281 512899

Email: [email protected] / [email protected]

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27

1 – MEDIDAS

O IEFP disponibiliza um conjunto de medidas, no âmbito do emprego e da formação

profissional, direcionados para os diversos tipos de público.

MEDIDAMEDIDAMEDIDAMEDIDA OBJETIVOOBJETIVOOBJETIVOOBJETIVOSSSS DESTINATÁRIOSDESTINATÁRIOSDESTINATÁRIOSDESTINATÁRIOS ENQUADRAMENTO ENQUADRAMENTO ENQUADRAMENTO ENQUADRAMENTO

LEGALLEGALLEGALLEGAL

Informação, Informação, Informação, Informação,

Avaliação e Avaliação e Avaliação e Avaliação e

OrientaçãoOrientaçãoOrientaçãoOrientação

Apoiar as pessoas com

deficiências e incapacidades na

tomada de decisões

vocacionais adequadas,

promover a avaliação da sua

funcionalidade e incapacidade

e a determinação dos meios e

apoios considerados

indispensáveis à sua inserção.

Pessoas com

deficiência com

idade igual ou

superior a 16 anos.

Decreto-Lei n.º

290/2009, de 12 de

Outubro.

Apoio à ColocaçãoApoio à ColocaçãoApoio à ColocaçãoApoio à Colocação Promover a inserção no

mercado de trabalho das

pessoas com deficiências e

incapacidades através de um

processo de mediação entre as

pessoas e as entidades

empregadoras.

Pessoas com

deficiências e

incapacidades,

desempregadas ou

empregadas,

inscritas nos

Centros de

Emprego.

Acompanhamento Acompanhamento Acompanhamento Acompanhamento

Pós ColocaçãoPós ColocaçãoPós ColocaçãoPós Colocação

Apoiar a manutenção no

emprego e a progressão na

carreira das pessoas com

deficiências e incapacidades.

Trabalhadores com

deficiências e

incapacidades, por

conta própria ou de

outrem.

Estágio de Estágio de Estágio de Estágio de

Inserção para Inserção para Inserção para Inserção para

Pessoas com Pessoas com Pessoas com Pessoas com

Deficiências e Deficiências e Deficiências e Deficiências e

IncapacidadesIncapacidadesIncapacidadesIncapacidades

Complementar e aperfeiçoar as

competências de pessoas com

deficiências e incapacidades e

potenciar o seu desempenho

profissional, de forma a facilitar

o seu recrutamento e

integração no mercado de

trabalho.

Pessoas com

deficiências e

incapacidades,

desempregadas ou à

procura de 1.º

emprego, inscritas

nos Centros de

Emprego, que

Decreto-Lei n.º

290/2009, de 12 de

Outubro, com as

alterações

introduzidas pela Lei

n.º 24/2011, de 16 de

junho.

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28

tenham

anteriormente

frequentado

formação

profissional, em

qualquer

modalidade e que

confiram qualquer

nível de

qualificação, e sem

qualquer limite

temporal relativo à

data da sua

conclusão.

Os destinatários que

frequentem ou

tenham frequentado

um estágio

profissional

financiado por

fundos públicos, só

podem frequentar

um novo estágio,

caso entretanto

tenham adquirido

um novo nível de

qualificação.

Despacho Normativo

n.º 18/2010, publicado

no Diário da República,

2ª série, n.º 124, de 29-

06-2010

Portaria n.º 92/2011,

de 28 de Fevereiro

Contrato Contrato Contrato Contrato

EmpregoEmpregoEmpregoEmprego----

Inserção para Inserção para Inserção para Inserção para

Pessoas com Pessoas com Pessoas com Pessoas com

Deficiências e Deficiências e Deficiências e Deficiências e

IncapacidadIncapacidadIncapacidadIncapacidades es es es

Promover e apoiar a sua

transição para o mercado de

trabalho através da

participação das pessoas com

deficiências e incapacidades

em atividades socialmente úteis

com vista a reforçar as suas

competências relacionais e

pessoais, valorizar a

autoestima, bem como

estimular hábitos de trabalho.

Pessoas com

deficiências e

incapacidades,

desempregadas ou à

procura do 1.º

emprego, inscritas

nos Centros de

Emprego.

Decreto-Lei n.º

290/2009, de 12 de

outubro, com as

alterações

introduzidas pela Lei

n.º 24/2011, de 16 de

junho

Despacho Normativo

n.º 18/2010, publicado

no Diário da República,

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29

2ª série, n.º 124, de 29-

06-2010

Portaria n.º 128/2009,

de 30 de janeiro,

republicada pela

Portaria n.º 164/2011,

de 18 abril

Readaptação ao Readaptação ao Readaptação ao Readaptação ao

trabalhotrabalhotrabalhotrabalho

Proporcionar às pessoas com

deficiência condições e

processos de adaptação e

compensação das suas

limitações funcionais que lhes

possibilitem um desempenho

de tarefas mais fácil a partir do

aproveitamento da sua

experiência profissional.

Pessoas com idade

legal para o

trabalho, que

tenham adquirido

deficiência durante

a sua vida

profissional.

Decreto-Lei nº 247/89

de 05 de Agosto

Formação Formação Formação Formação

ProfissionalProfissionalProfissionalProfissional

Dotar as pessoas com

deficiência de conhecimentos e

capacidades que permitam a

obtenção de qualificação

profissional adequada para

alcançar e/ou manter o

emprego e progredir

profissionalmente no mercado

normal de trabalho.

Pessoas com

deficiência com

idade igual ou

superior a 16 anos.

Decreto-Lei n.º

213/2007, de 29 de

Maio.

Subsídio de Subsídio de Subsídio de Subsídio de

CompensaçãoCompensaçãoCompensaçãoCompensação

Compensar as entidades

empregadoras do menor

rendimento que as pessoas com

deficiência possam apresentar

durante o processo de

adaptação ou readaptação ao

trabalho em relação à média

dos outros trabalhadores da

mesma categoria.

Pessoas com

deficiência com

idade legal para o

trabalho

Decreto-Lei n.º

247/89 de 5 de AGO;

Despacho normativo

n.º 99/90 de 6 SET;

Despacho n.º

12008/99 de 23 de

JUN.

Subsídio de Subsídio de Subsídio de Subsídio de

Eliminação de Eliminação de Eliminação de Eliminação de

Barreiras Barreiras Barreiras Barreiras

Compensar as entidades

empregadoras dos custos com

a eliminação das barreiras

Pessoas com

deficiência com

idade legal para o

Decreto-Lei n.º

290/2009, de 12 de

outubro

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30

ArquitetónicasArquitetónicasArquitetónicasArquitetónicas arquitetónicas que dificultem

ou impeçam o acesso ao local

de trabalho das pessoas com

deficiência que contratem ou

dos trabalhadores dos seus

quadros que tenham adquirido

deficiência.

trabalho. Despacho normativo

n.º 18/2010, publicado

no Diário da República,

2ª série, n.º 124, de 29-

06-2010

Subsídio de Subsídio de Subsídio de Subsídio de

Adaptação do Adaptação do Adaptação do Adaptação do

Posto de TrabalhoPosto de TrabalhoPosto de TrabalhoPosto de Trabalho

Compensar as entidades

empregadoras dos custos

relativos às adaptações

necessárias ao exercício da

atividade profissional das

pessoas com deficiência que

contratem ou dos

trabalhadores dos seus quadros

que tenham adquirido

deficiência. O valor do subsídio

será até 12 vezes o Salário

Mínimo Nacional.

Pessoas com

deficiência com

idade legal para o

trabalho.

Decreto-Lei n.º

247/89 de 5 de AGO;

Despacho normativo

n.º 99/90 de 6 SET;

Despacho n.º

12008/99 de 23 de

JUN.

Subsídio de Subsídio de Subsídio de Subsídio de

Acolhimento Acolhimento Acolhimento Acolhimento

PersonalizadoPersonalizadoPersonalizadoPersonalizado

Possibilitar o acompanhamento

e apoio da pessoa com

deficiência no seu processo de

integração socio-profissional,

de adaptação ao processo

produtivo e ao posto de

trabalho.

Pessoas com

deficiência com

idade legal para o

trabalho.

Decreto-Lei n.º

247/89 de 5 de AGO;

Despacho normativo

n.º 99/90 de 6 SET;

Despacho n.º

12008/99 de 23 de

JUN.

Prémio de Prémio de Prémio de Prémio de

InteInteInteIntegraçãograçãograçãogração

Incentivar a celebração de

contratos de trabalho sem

termo com pessoas com

deficiência.

Pessoas com

deficiência com

idade legal para o

trabalho

Despacho Normativo

n.º 99/90 de 6 SET

Instalação por Instalação por Instalação por Instalação por

Conta PrópriaConta PrópriaConta PrópriaConta Própria

Apoiar técnica e

financeiramente pessoas com

deficiência que pretendam criar

o seu próprio emprego.

Pessoas com

deficiência com

idade legal para o

trabalho

Decreto-lei n.º 247/89

de 5 AGO-

Prémio de Mérito Prémio de Mérito Prémio de Mérito Prémio de Mérito

25252525

Premiar as entidades que em

cada ano se distingam na

celebração de contratos de

trabalho sem termo com

Entidades

empregadoras e

Pessoas com

deficiência.

Decreto-Lei n.º

290/2009, de 12 de

Outubro

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31

pessoas com deficiência e as

pessoas com deficiência que se

destaquem na criação do seu

próprio emprego.

Regulamento do

Prémio de Mérito,

Anexo II do Despacho

normativo n.º 18/2010,

publicado no Diário da

República, 2.ª série, n.º

124, de 29-06-2010.

Despacho n.º

12008/99 (II Série) de

23 JUN-

TeletrabalhoTeletrabalhoTeletrabalhoTeletrabalho Dotar as pessoas com

deficiência e habilitação

profissional suficiente para o

exercício de uma profissão, dos

conhecimentos e competências

necessárias para a utilização

das tecnologias de informação

e comunicação por forma a

potenciar a criação de novas

oportunidades de emprego.

Pessoas com

deficiência e

habilitação

suficiente para

aceder ao mercado

de trabalho e

interesse, motivação

e autodisciplina para

desenvolver uma

atividade

profissional em

regime de

teletrabalho.

Decreto-Lei n.º247/89

de 5 de Agosto

Emprego Emprego Emprego Emprego

ProtegidoProtegidoProtegidoProtegido

Assegurar o exercício de uma

atividade remunerada e a

correspondente valorização

pessoal e profissional das

pessoas com deficiência,

facilitando a sua transferência,

quando possível, para o

mercado normal de trabalho.

Modalidades:

A) Centro de Emprego

Protegido – unidade de

produção ou de prestação de

serviços que assegure às

pessoas com deficiência o

exercício de uma atividade

remunerada, bem como a

Pessoas com

deficiência com

idade legal para o

trabalho e que não

reúnam condições

para integrar o

mercado normal de

trabalho.

Decreto-Lei n.º

290/2009, de 12 de

outubro, com as

alterações da Lei n.º

24/2011, de 16 de

junho.

Despacho normativo

n.º 18/2010, publicado

no Diário da República

2.ª Série, n.º 124, de 29

de junho.

Decreto-Lei 40/83, de

25 de Janeiro

Decreto-Lei 194/85,

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32

possibilidade de formação e/ou

aperfeiçoamento profissional

que permita sempre que

possível a sua transição para o

mercado normal de trabalho;

B) Enclaves – grupo de pessoas

com deficiência que exerçam a

sua atividade em conjunto, sob

condições especiais, num meio

normal de trabalho.

de 24 de Junho

Decreto Regulamentar

nº 37/85, de 24 de

Junho

2 – QUOTA DE EMPREGO

(Decreto-Lei n.º29/2001 de 3 de Fevereiro)

Na legislação está prevista uma quota de emprego até 2% do total de trabalhadores nas

empresas e de 5% na Administração Pública.

Na Administração Pública beneficiam do sistema de quotas as pessoas com deficiência

(orgânica, motora, visual, auditiva, mental ou de paralisia cerebral) com um grau de

incapacidade igual ou superior a 60%, que possam exercer, sem limitações funcionais, a

atividade a que se candidatam, ou que embora apresentem limitações funcionais, sejam

superáveis através da adequação ou adaptação do posto de trabalho e ou de ajuda técnica.

Onde se aplica?

Aos concursos para integração de trabalhadores nos serviços e organismos da administração

central e local, bem como nos institutos públicos que revistam a natureza de serviços

personalizados do Estado ou de fundos públicos, que no aviso de abertura devem mencionar

o número de lugares a preencher por pessoas com deficiência.

Também se aplica aos processos de seleção de pessoal que se destinem à celebração de

contratos administrativos de provimento e contratos de trabalho a termo certo.

As empresas estão obrigadas a contratar até 2% de pessoas com deficiência sem indicação

da deficiência ou grau de incapacidade., sendo que a obrigatoriedade de contratação deve

ter em conta a dimensão da empresa.

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33

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Centro de Emprego e Formação Profissional de Vila Real de Santo António

Morada: Rua Catarina Eufémia, 53-A Vila Real Santo António

Telefone: 281510940

Fax: 281510952

Email: [email protected]

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34

1 - SERVIÇO DE INFORMAÇÃO E MEDIAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

(SIM-PD)

Procurado apostar na melhoria das condições de vida das pessoas com deficiências ou

incapacidade e das suas famílias através da promoção da igualdade de oportunidades e da

plena participação social e económica, a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e o

Instituto Nacional para a Reabilitação estabeleceram um protocolo de cooperação com o

objetivo de criar um Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (SIM-

PD).

O Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (SIM-PD) é um serviço

que se propõe prestar às pessoas com deficiências ou incapacidade e suas famílias uma

informação acessível, personalizada, global e integrada sobre os seus direitos, benefícios e

recursos existentes, apoiando-as na procura das soluções mais adequadas à sua situação

concreta e fortalecendo as suas capacidades para assumirem, nas respetivas comunidades,

os direitos e deveres cívicos inerentes a qualquer cidadão.

Os objetivos do Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (SIM-PD)

são:

Atender os cidadãos com deficiência ou incapacidade e respetivas famílias;

� Prestar informação sobre os direitos, benefícios e recursos existentes;

� Proceder ao seu correto encaminhamento e desenvolver uma função de mediação

junto dos serviços públicos e entidades privadas, que poderão responder às suas

questões;

� Desenvolver e valorizar as parcerias locais para encontrar soluções mais eficazes,

que respondam às suas necessidades;

� Divulgar boas práticas de atendimento do cidadão com deficiência ou incapacidade;

� Recolher informação que permita produzir diagnósticos de caracterização local da

situação das pessoas com deficiência ou incapacidade, identificar os principais

problemas existentes e promover soluções adequadas.

Ao Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência (SIM-PD) podem

recorrer:

� Pessoas com deficiências ou incapacidade e respetivas famílias;

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� Técnicos que intervêm na área da prevenção, reabilitação e integração comunitária

das pessoas com deficiência ou incapacidade;

� Instituições e serviços que desenvolvam qualquer tipo de atividade no domínio da

prevenção, habilitação, reabilitação e integração das pessoas com deficiências ou

incapacidades;

� Qualquer cidadão que necessite de informação nas áreas referidas.

2 – TERAPIA DA FALA

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António tem vindo a prestar apoio a pessoas,

portadoras de deficiência ou em situações de risco biológico, munícipes do concelho de Vila

Real de Santo António, que apresentam carência económica comprovada e que justifiquem

através de avaliação médica a necessidade de obter apoio na área de Terapia da Fala,

nomeadamente através da frequência de sessões específicas e adequadas a cada

problemática.

Neste sentido foi estabelecido um contrato de prestação de serviços com o Centro Médico e

Reabilitação, no qual foi estabelecido que a autarquia atribuiria ao centro um subsídio

mensal de valor idêntico ao número de sessões realizadas por cada um dos utentes

encaminhados.

3 – PROJETO “LAZER E TEMPOS LIVRES PARA CIDADÃOS COM MOBILIDADE

REDUZIDA – PRAIA ACESSÍVEL: UMA PRAIA PARA TODOS”

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, desde 2001, tem vindo a desenvolver o

projeto “Lazer e Tempos Livres para Cidadãos com Mobilidade Reduzido – Praia Acessível –

Uma Praia para Todos” em quatro praias do concelho, nomeadamente Praia de Santo

António, Monte Gordo, Lota e Manta Rota.

Este projeto visa harmonizar diversas iniciativas locais já empreendidas para tornar

acessíveis as praias às pessoas com mobilidade condicionada, criando uma resposta social,

de utilização temporária, fornecendo conforto para pessoas com mobilidade reduzida,

fomentando o convívio e proporcionalmente a animação cultural e a ocupação do tempo

livre.

Nas quatro praias acessíveis do concelho os utilizadores podem encontrar Serviços de apoio

(toldos, estacionamento ordenado e reservado, rampas de acesso e passadeiras até à zona

de toldos); Instalações sanitárias para o cidadão portador de mobilidade condicionada, em

adequadas condições de higiene e de funcionalidade; vigilância durante a permanência do

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36

utente no projeto (presença de nadadores salvadores com formação específica e existência

de postos de primeiros socorros). Nas referidas praias estão, ainda, disponíveis

equipamentos para facilitar o acesso aos banhos, os Tiralós (Amphy Buggies), podendo

também os utentes realizar um pequeno passeio, quando possível, pela baixa-mar.

4 – HIDROTERAPIA

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António tem vindo a apoiar pessoas com

deficiência ou em situações de risco biológico, munícipes do concelho de Vila Real de Santo

António, que apresentam carência económica comprovada e que justifiquem através de

avaliação médica a necessidade de obter apoio na área de Hidroterapia e/ou Reabilitação.

As sessões desenvolvem-se nas Piscinas Municipais com acompanhamento de profissionais

especializados (fisioterapeutas).

5 – BANCO DE AJUDAS TÉCNICAS

O Banco de Ajudas Técnicas do Município de Vila Real de Santo António, pretende dar

resposta às pessoas cuja situação de saúde imponha a utilização de serviços, produtos,

dispositivos, equipamentos ou sistemas de produção especializado, atenuando as

dificuldades de mobilidade e facultando uma melhoria de cuidados e qualidade de vida.

O Banco de Ajudas Técnicas do Concelho de Vila Real de Santo António destina -se a todas as

pessoas em situação de dependência, residentes no concelho de Vila Real de Santo António e

que pertençam a agregados familiares com dificuldades financeiras. Destina-se, ainda, a

IPSS’s ou Associações, que comprovem a necessidade do equipamento para o melhor

funcionamento das valências que possuem.

Os objetivos deste apoio são:

� Proporcionar apoio a pessoas em situação de dependência permanente ou

temporária, cuja situação de saúde requeira a utilização de ajudas técnicas;

� Minorar as dificuldades de mobilidade;

� Melhorar os cuidados na dependência de terceiros;

� Envolver a família e a comunidade através da doação de material relativo aos

cuidados de dependência e/ou mobilidade, cuja utilização deixou de ser uma

necessidade.

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6 – PASSES SOCIAIS

Apoio no pagamento de passes sociais para munícipes oriundos de Vila Real de Santo

António, portadores de deficiência, que frequentem a Fundação Irene Rolo e a ASMAL.

7 – TRANSPORTE DA POPULAÇÃO COM DEFICIÊNCIA PARA A FUNDAÇÃO

IRNE ROLO

A autarquia assegura a viagem entre o município e a instituição, em Tavira, numa carrinha

que a própria Fundação cedeu à Câmara Municipal para o efeito, suportando os custos com

combustível e de manutenção da viatura e disponibilizando um motorista.

No entanto, como os lugares disponíveis nesta carrinha se tornaram insuficientes para

transportar todos os munícipes que frequentam a Fundação, a autarquia paga aos

Bombeiros Voluntários a deslocação diária de 6 pessoas.

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Câmara Municipal de Vila Real de Santo António – Divisão de Ação Social

Morada: Praça Marquês de Pombal – Vila Real Santo António

Telefone: 281 510 000

Fax: 281 510 003

Email: [email protected]

8 - TRANSPORTES ESCOLARES DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

Os alunos do ensino pré-escolar, básico ou secundário, em situação de doença ou deficiência

que condicione a sua mobilidade no percurso casa-escola e que não possam utilizar

transportes públicos, têm direito a beneficiar de um meio de transporte adequado à sua

condição, desde que a mesma seja devidamente comprovada por relatório médico.

COCOCOCONTACTOS:NTACTOS:NTACTOS:NTACTOS:

Câmara Municipal de Vila Real de Santo António – Divisão de Educação

Morada: Praça Marquês de Pombal – Vila Real Santo António

Telefone: 281 510 000

Fax: 281 510 003

Email: [email protected]

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9 – PLANO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA ACESSIBILIDADE

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António aderiu ao projeto Rede Nacional de

Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, o qual tem como objetivo adequar e planear as

cidades e vilas a todos os cidadãos, definindo, em concreto, ações pontuais ou estruturais,

que clara e decisivamente contribuam para a construção de cidades e vilas para todos.

Neste sentido foi construído o Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade, o qual

apresenta sugestões de melhoria das acessibilidades para todos, em cinco áreas temáticas

fundamentais, nomeadamente espaço público, edificado, transportes, comunicação e

infoacessibilidades.

Este plano conduziu à implementação do Projeto “Passo a Passo”, o qual pretende

operacionalizar as sugestões apresentadas no presente documento.

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Câmara Municipal de Vila Real de Santo António – Divisão de Gestão de Espaços Públicos

Morada: Praça Marquês de Pombal – Vila Real Santo António

Telefone: 281 510 000

Fax: 281 510 003

Email: [email protected]

10 – DESPORTO

As pessoas com deficiência podem realizar qualquer tipo de desporto, desde que a sua

condição o possibilite.

UO Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António possui um conjunto de espaços

desportivos que permitem a realização de treinos de diversas modalidades e que se

encontram adaptados às pessoas com deficiência.

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Câmara Municipal de Vila Real de Santo António – Divisão de Desporto

Morada: Complexo Desportivo de Vila Real Santo António

Telefone: 281 510 960

Fax: 281 510 965

E-mail: [email protected]

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1 – IRS – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DE PESSOAS SINGULARES:

(Lei nº 53-A/2006 de 29 de Dezembro de 2006)

Artigo 47.º

Aditamento ao Código do IRS

É aditado ao Código de IRS, aprovado pelo Decreto-Lei nº 422-A/88 de 30 de Novembro, o

artigo 87.º, com a seguinte redação:

“Artigo 87º.”

Dedução relativa às pessoas com deficiência.

1.São dedutíveis à coleta por cada sujeito passivo com deficiência uma importância

correspondente a três vezes a retribuição mínima mensal e por cada dependente com

deficiência, bem como por cada ascendente com deficiência que seja nas condições da

alínea e)do nº 1 do artigo 79º., uma importância igual à retribuição mínima mensal.

2.São, ainda, dedutíveis à coleta 30% da totalidade das despesas efetuadas com a educação

e reabilitação do sujeito passivo ou dependentes com deficiência bem como 25% da

totalidade dos prémios de seguros de vida que garantam exclusivamente os riscos de morte,

invalidez ou reforma por velhice, neste último caso desde que o benefício seja garantido

após os 55 anos de idade e 5 anos de duração do contrato, e em que eles figurem como

primeiros beneficiários, nos termos e condições estabelecidas no nº 1 do artigo 86º do

Código do IRS.

3.A dedução dos prémios de seguros a que se refere o número anterior não pode exceder

15% da coleta de IRS.

4.Considera-se pessoa com deficiência, aquela que apresente um grau de incapacidade

permanente, devidamente comprovado mediante atestado de incapacidade multiuso

emitido nos termos da legislação aplicável, igual ou superior a 60%

5.É dedutível à coleta, a título de despesas de acompanhamento, uma importância igual à

retribuição mínima mensal por cada sujeito passivo ou dependente, cujo grau de invalidez

permanente, devidamente comprovado pela entidade competente, seja igual ou superior a

90%.

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40

6.Por cada sujeito passivo deficiente das Forças Armadas abrangido pelos Decretos-Leis

nº43/76, de 20 de Janeiro, e 314/90, de 13 de Outubro, que beneficie da dedução prevista no

anterior nº1, é, ainda, dedutível à coleta uma importância igual à retribuição mínima mensal.

As deduções previstas nos nº1, 5 e 6 são cumulativas.

2 – IMPOSTO SOBRE VEÍCULOS

(Lei n.º 22-A/2007, de 29 de Junho)

Artigo 54.º

Conteúdo da isenção

1 - Estão isentos do imposto os veículos destinados ao uso próprio de pessoas com

deficiência motora, maiores de 18 anos, bem como ao uso de pessoas com multideficiência

profunda, de pessoas com deficiência que se movam exclusivamente apoiadas em cadeiras

de rodas e de pessoas com deficiência visual, qualquer que seja a respetiva idade, e as

pessoas com deficiência, das Forças Armadas.

2 - A isenção é válida apenas para os veículos novos que possuam nível de emissão de CO2

até 160 g/km, não podendo a isenção ultrapassar o montante de 7800 €.

3 - Quando o sujeito passivo com deficiência reúna todas as condições para beneficiar da

isenção, com exceção da carta de condução, sendo tal falta devida exclusivamente à

circunstância de inexistir veículo adaptado ao tipo de deficiência em que possa efetuar a

aprendizagem e exame de condução, a isenção do imposto pode ser concedida para o

veículo a adquirir, na condição de que seja prestada garantia do imposto sobre veículos e do

imposto sobre o valor acrescentado, devendo o interessado, no prazo de um ano, provar a

obtenção da mesma, sob pena de ser acionada a garantia.

4 - O limite relativo ao nível de emissão de CO (índice 2) estabelecido no n.º 2 não é aplicável

aos veículos especialmente adaptados ao transporte de pessoas com deficiência que se

movam apoiadas em cadeira de rodas, tal como estas são definidas pelo artigo seguinte,

sendo as emissões de CO (índice 2) aumentadas para 180 g/km, quando, por imposição da

declaração de incapacidade, o veículo a adquirir deva possuir mudanças automáticas.

Artigo 55.º

Condições relativas ao sujeito passivo

1 – Para efeitos do reconhecimento da isenção prevista no artigo anterior, considera-se:

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a) «Pessoa com deficiência motora», toda aquela que, por motivo de alterações na estrutura

e funções do corpo, congénitas ou adquiridas, tenha uma limitação funcional de carácter

permanente, de grau igual ou superior a 60%, e apresente elevada dificuldade na locomoção

na via pública sem auxílio de outrem ou recurso a meios de compensação, designadamente

próteses, ortóteses, cadeiras de rodas e muletas, no caso de deficiência motora ao nível dos

membros inferiores, ou elevada dificuldade no acesso ou na utilização dos transportes

públicos coletivos convencionais, no caso de deficiência motora ao nível dos membros

superiores;

b) «Pessoa com multideficiência profunda», a pessoa com deficiência motora que para além

de se encontrar nas condições referidas na alínea anterior, tenha uma ou mais deficiências,

das quais resulte um grau de incapacidade igual ou superior a 90%, que implique acentuada

dificuldade de locomoção na via pública sem auxílio de outrem ou sem recurso a meios de

compensação, ou no acesso ou utilização dos transportes públicos coletivos convencionais, e

que esteja comprovadamente impedido de conduzir automóveis;

c) «Pessoa com deficiência que se mova apoiada em cadeira de rodas», a pessoa com

deficiência de origem motora ou outra, de carácter permanente, com grau de incapacidade

igual ou superior a 60%, cuja locomoção se faça exclusivamente através do recurso a cadeira

de rodas;

d) «Pessoa com deficiência visual», a pessoa que tenha uma alteração permanente no

domínio da visão de 95%;

e) «Pessoa com deficiência, das Forças Armadas», a pessoa que seja considerada como tal

nos termos do Decreto-Lei n.º 43/76, de 20 de Janeiro, e tenha um grau de incapacidade

igual ou superior a 60%, independentemente da sua natureza.

2 – A percentagem de deficiência é fixada nos termos da Tabela Nacional de Incapacidades

que esteja em vigor na data da sua determinação pela respetiva junta médica.

Artigo 56.º

Instrução do pedido

1 – O reconhecimento da isenção prevista no artigo 54.º depende de pedido dirigido à

Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, anterior ou

concomitante à apresentação do pedido de introdução no consumo, acompanhado de

declaração de incapacidade permanente emitida há menos de cinco anos, nos termos do

Decreto-Lei n.º 202/96, de 23 de Outubro, ou de declaração idêntica emitida pelos serviços

da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública ou das Forças Armadas,

das quais constem os seguintes elementos:

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a) A natureza da deficiência, tal como qualificada pelo artigo anterior;

b) O correspondente grau de incapacidade, nos termos da tabela referida no n.º 2 do artigo

anterior, exceto no que se refere aos deficientes das Forças Armadas, relativamente aos

quais o grau de incapacidade é fixado por junta médica militar ou pela forma fixada na

legislação aplicável;

c) A comprovação da elevada dificuldade de locomoção na via pública ou no acesso ou

utilização dos transportes públicos coletivos convencionais;

d) A inaptidão para a condução, caso exista.

2 – Sempre que no decurso da instrução se suscitem dúvidas fundamentadas quanto ao grau

de incapacidade dos requerentes, os serviços aduaneiros podem obrigar à submissão das

pessoas com deficiência em nome de quem foram emitidas as declarações de incapacidade

a uma junta médica de verificação, notificando-os dessa intenção.

3 – Com a notificação referida no número anterior, devem os interessados ser informados de

que, caso queiram ter acesso imediato ao benefício antes de serem conhecidos os resultados

da junta médica de verificação, pode o mesmo ser reconhecido condicionalmente, desde que

fique garantido o montante do imposto do veículo a legalizar, até que a Direcção-Geral da

Saúde ou as autoridades regionais de saúde comuniquem o respectivo resultado.

4 – Dentro do prazo de caducidade do direito à liquidação do imposto, sempre que a

Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo venha a dispor de

informação nova e relevante que não tenha sido considerada no acto de reconhecimento da

isenção, pode notificar as pessoas com deficiência em nome de quem foram emitidas as

declarações de incapacidade referidas nos números anteriores para se submeterem a nova

junta médica, considerando-se haver introdução ilegal no consumo em caso de recusa não

fundamentada.

Artigo 57.º

Condução do automóvel

1 – É permitida a condução do veículo da pessoa com deficiência, mediante pedido dirigido à

Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo:

a) Independentemente de qualquer autorização, pelo cônjuge, desde que com ele viva em

economia comum, ou pelo unido de facto;

b) Pelos ascendentes e descendentes em 1.º grau que com ele vivam em economia comum e

por terceiros por ele designados, até ao máximo de dois, desde que previamente autorizados

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pela Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, e na

condição da pessoa com deficiência ser um dos ocupantes.

2 – A restrição à condução a que se refere a alínea b) do número anterior, no que respeita à

presença da pessoa com deficiência, não é aplicável às pessoas com multideficiência

profunda, às pessoas com deficiência motora cujo grau de incapacidade permanente seja

igual ou superior a 80% ou, não a tendo, se desloquem em cadeiras de rodas, e às pessoas

com deficiência visual, quando as deslocações não excedam um raio de 60 quilómetros da

residência do beneficiário.

3 – Em casos excecionais devidamente fundamentados, pode ser autorizada a deslocação

sem a presença da pessoa com deficiência por distância superior à referida no número

anterior, emitindo a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o

Consumo uma guia de circulação para o trajeto e tempo necessários.

4 – No caso dos ascendentes e descendentes do beneficiário do regime serem pessoas com

deficiência motora, ou a elas equiparados, habilitados com a declaração a que se refere o n.º

1 do artigo 56.º podem também eles conduzir o veículo sem quaisquer restrições, desde que

devidamente autorizados pela Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais

sobre o Consumo e fazendo-se acompanhar de documento comprovativo dessa autorização.

3 - IVA – IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

(Decreto-Lei n.º 102/2008,de 20 de Junho)

As pessoas com deficiência beneficiam também de isenção de IVA sobre a aquisição de

automóveis.

Para esse efeito, têm de a requerer nas sedes das alfândegas, tal como sucede quanto à

isenção do imposto automóvel, podendo o pedido ser formulado conjuntamente com o

relativo a este imposto.

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4 – IUC – IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO

(Lei n.º 22-A/2007, de 29 de Junho)

Estão isentos de IUC, as pessoas com deficiência cujo grau de incapacidade seja igual ou

superior a 60% em relação a veículos das categorias A, B e E e nas condições previstas no n.º

5 (A isenção só pode ser usufruída por cada beneficiário em relação a um veículo e é

reconhecida, anualmente, em qualquer serviço de finanças, salvo se a informação relativa à

incapacidade for já do conhecimento da administração tributária, através do cumprimento

de outras obrigações declarativas ou comprovativas realizado há menos de dois anos).

5 – CONTAS BANCÁRIAS

Com base no Estatuto dos Benefícios Fiscais, as pessoas com um grau de incapacidade,

permanente, igual ou superior a 60% podem beneficiar do regime fiscal das contas

poupança reformados, ficando isentos de imposto os juros de contas cujo saldo não

ultrapasse o limite máximo legal de € 10 500.

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Serviço de Finanças de Vila Real de Santo António

Rua de Angola, 39 – 1º

8900 Vila Real de Santo António

Telefone: 281 530 880

Fax: 281 530 898

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1 – HABITAÇÃO PRÓPRIA

A pessoa com deficiência pode requerer ao crédito para aquisição de habitação própria,

desde que possua rendimentos que lhe possibilitem o seu pagamento.

Quem tem benefícios? As pessoas com deficiência com um grau de incapacidade igual ou

superior a 60% e os deficientes das Forças Armadas com um grau de incapacidade igual ou

superior a 30% podem usufruir de empréstimos nas mesmas condições dos trabalhadores

das instituições de crédito nacionalizadas.

Documentos necessários

Contrato Promessa de Compra e Venda;

Registo Provisório da Conservatória de Registo Predial (da zona do imóvel);

Certidão passada por Junta Médica constituída na Sub-Região de Saúde da sua residência,

comprovando o grau e o tipo de deficiência;

Declaração de rendimentos;

Celebrar até à data da escritura um seguro de vida (seguro de renda certa).

A pessoa com deficiência não tem isenção ou redução de pagamento do Imposto Municipal

sobre Transmissões Onerosas de Imóveis, da escritura notarial e registos na Conservatória

de Registo Predial, estando isenta do pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis pelo

período de dez anos, tal como os restantes cidadãos. Poderá, como qualquer outro cidadão,

abater a nível de IRS a amortização da dívida contraída com a aquisição, assim como com a

construção ou beneficiação de imóveis para a habitação.

Adaptações na Habitação

Se se tratar de prédio, terá que sujeitar-se à lei geral do condomínio, em termos de espaços

comuns; se se tratar de habitação individual, poderá fazer as adaptações necessárias sem ter

que pedir autorização.

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Legislação

Decreto-Lei n.º 230/80, de 16 de Julho

Decreto-Lei n.º 541/80, de 10 de Novembro

Decreto-Lei n.º 98/86, de 17 de Maio

Decreto-Lei n.º 77/89, de 3 de Março

Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis

Código do Imposto Municipal sobre Imóveis

Estatuto dos Benefícios Fiscais

Código do IRS

2 – HABITAÇÃO SOCIAL

A pessoa com deficiência pode candidatar-se a Concursos Públicos para Atribuição de Fogos

de Habitação Social, dentro do prazo fixado no aviso de abertura do concurso publicado nos

jornais de maior circulação e se reunir as condições expressas no edital de abertura do

concurso.

Para apresentar candidatura deverá dirigir-se à Camara Municipal do local de residência,

preencher o formulário de candidatura e fazer prova da documentação solicitada no edital

do concurso.

3 – ARRENDAMENTO

A pessoa com deficiência pode celebrar um contrato de arrendamento, se não for menor ou

for declarado interdito (incapaz de governar a sua pessoa e os seus bens) ou inabilitado

(incapaz de reger o seu património).

Benefícios

Poderá pedir um subsídio de renda no caso de não possuir rendimentos suficientes e

descontar a renda paga no IRS. O montante do subsídio de renda varia de acordo com o seu

rendimento e a renda que paga ou irá pagar.

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Despacho n.º894/2012 de 23 de Janeiro

Despacho n.º6133/2012 de 10 de Maio

Despacho n.º3520/2012 de 9 de Março

1 – DEFINIÇÃO

São considerados Produtos de Apoio, os produtos, dispositivos, equipamentos ou sistemas

técnicos de produção especializada ou disponível no mercado destinados a prevenir,

compensar, atenuar ou neutralizar limitações na atividade ou as restrições na participação

das pessoas com deficiência.

2 - SISTEMA DE ATRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE APOIO(SAPA)

É composto por entidades prescritoras, entidades financiadoras e uma entidade gestora

(Instituto Nacional de Reabilitação).

Integram o SAPA as estruturas adequadas do Ministério do Trabalho e Segurança Social, do

Ministério da Saúde, do Ministério da Economia e do Emprego e do Ministério da Educação e

da Ciência, as quais financiam os produtos de apoio.

Aplica-se a todas as pessoas com deficiência, da seguinte forma:

� Pessoas internadas requerem no Hospital;

� Pessoas reformadas ou pensionistas e/ou estudantes (ajudas técnicas fora do

estabelecimento de ensino) requerem no Instituto de Segurança Social – serviço

local;

� Pessoas a trabalhar ou em formação profissional requerem nos Centros de Emprego

ou aos Centros Especializados e Centros de Reabilitação Profissional;

Os produtos de apoio e respetivas entidades prescritoras encontram-se hierarquizados por

níveis, nomeadamente:

Nível 1 – Centros de Saúde e Hospitais

Nível 2 – Hospitais Distritais

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Nível 3 - Hospitais Centrais, Centros Especializados com equipa de reabilitação constituída

por médico e pessoal técnico especializado de acordo com a tipologia da deficiência e

Centros de Emprego do IEFP com serviços de medicina do trabalho. A prescrição é feita em

formulário próprio.

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Instituto de Segurança Social – Serviço local de Vila Real de Santo António

Morada: Rua Dr. Oliveira Martins, nº 4 - 1.º

Telefone: 281 530 560

Centro de Saúde de Vila Real de Santo António

Morada: Avenida Ministro Duarte Pacheco

Telefone: 281 530 270

Fax: 281 512 645

Email: [email protected]

Centro de Emprego e Formação Profissional de Vila Real de Santo António

Morada: Rua Catarina Eufémia, 53-A Vila Real Santo António

Telefone: 281510940

Fax: 281510952

Email: [email protected]

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1 – CARTÃO DE ESTACIONAMENTO

(Decreto-Lei n.º 307/2003 de 10 de Dezembro)

O Cartão é reconhecido pelos estados-membros da União Europeia, garantindo aos seus

titulares, quando estes se desloquem aos mesmos, idênticas facilidades de estacionamento

que os seus nacionais.

O Cartão é concedido independentemente da titularidade ou propriedade do veículo,

podendo ser requerido por qualquer pessoa com deficiência, condicionada na sua

mobilidade, facilitando o seu transporte em veículo de outrem. Este Cartão garante o

estacionamento da sua viatura ou da de outrem onde se faz transportar, não só nos locais

reservados para o efeito, como permite ainda o estacionamento em outros locais, em

situações de absoluta necessidade e por curtos períodos de tempo desde que não prejudique

a normal e livre circulação de peões e de veículos.

O Cartão, tem a duração de cinco anos e só pode ser utilizado em veículo que transporte

efetivamente a pessoa com deficiência.

Para requerer o Cartão de Estacionamento, deverá ser apresentado requerimento junto da

Direção Regional de Viação da área de residência, devendo ser anexada a seguinte

documentação: identificação do requerente e atestado médico de incapacidade multiuso.

2 – LUGARES DE ESTACIONAMENTO

Toda a pessoa deficiente motora com grau de incapacidade igual ou superior a 60% ou

multideficiente profundo com grau de incapacidade igual ou superior a 90%, tem direito a

requerer um lugar de estacionamento junto da sua habitação ou do seu local de trabalho,

devidamente sinalizado.

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Para obter estes lugares de estacionamento junto da sua habitação ou do seu local de

trabalho, deverá ser apresentado requerimento junto da Câmara Municipal do concelho

onde reside.

3 – ADAPTAÇÕES NA VIATURA

As adaptações têm que ser efetuadas através de prescrição médica e tem que ser verificadas

e autorizadas pelas entidades competentes - Direção Geral de Viação. O IEFP financia estas

adaptações desde que o veículo seja considerado imprescindível para se deslocar ao

emprego ou formação profissional. A ADSE também comparticipa estas adaptações.

CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:CONTACTOS:

Direção Regional de Mobilidade e Transportes do Algarve

Morada: R. Aboim Ascensão, 10/14

8004-025 FARO

Telefone: 289 870 130 / 28 989 51 80

Fax: 289 805 608 / 28 989 51 90

Email: [email protected]

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1 – MOVIMENTO PAIS EM REDE

Movimento cívico, de âmbito nacional, constituído por uma rede de famílias e amigos,

organizado em núcleos distritais e concelhios, cujo objetivo é promover a realização e

inclusão das pessoas portadoras de deficiência.

Os objetivos desta instituição são:

U Criar uma rede de suporte centrada na família

U Incentivar o desenvolvimento de competências parentais

U Encontrar soluções práticas para os problemas das pessoas incapacitadas

No concelho de Vila Real de Santo António, este movimento foi criado a 15 de Abril de 2010.

CONTACTOCONTACTOCONTACTOCONTACTO

Pais em Rede - Baixo Guadiana

Morada: Sítio do Malhão - Cx. 266 M.

8950 Castro Marim

2 – ASSOCIAÇÃO GINÁSIO DE LETRAS

A Associação Ginásio de Letras (AGL) é uma associação sem fins lucrativos de carácter

público criada a 14 de Outubro de 2009. Desta surgiu a sua valência (Re)Habilitar, criada

com a finalidade de intervir na população de todas as faixas etárias a nível da prevenção,

reabilitação, habilitação, participação, inclusão social, promovendo a sua autonomia e

sucesso e ainda apoio familiar de acordo com o diagnóstico de cada utente. Os serviços

prestados por esta instituição são ao nível do apoio:

� Educativo extracurricular

� Psicologia

� Terapia da Fala

� Reabilitação Psicomotora.

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� Terapia Ocupacional

� Hipoterapia

CONTACTOCONTACTOCONTACTOCONTACTO

Associação Ginásio de Letras

Morada: Rua 1.º de Maio

8900 Vila Real de Santo António

Telefone:281544023/ 961059203/ 968055681

Email: [email protected]