guia de propagacao de arvores e arbustos ribeirinhos

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  • 5/23/2018 Guia de Propagacao de Arvores e Arbustos Ribeirinhos

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    Branca

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    GUIA DE PROPAGAO DE RVORESE ARBUSTOS RIBEIRINHOS

    Um Contributo para o Restauro de Rios na Regio Mediterrnica

    Editores

    Mara Arnzazu Pradaand Daniel ArizpeCIEFBanc de Llavors Forestals

    Conselleria de Medio Ambiente, Agua, Urbanismo y Vivienda, Generalitat Valenciana

    Avenida Comarques del Pas Valenci 114

    46930 Quart de Poblet, Valencia, Espaa

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    200 A Press

    textos, ilustraes e figuras:os autores

    Ttulo original:

    Ilustraes: Faustino DezA no ser especificao em contrrio

    Emilio LagunaClematis flammula, Coriaria myrtifolia, Dorycnium rectum,

    Flueggea tinctoria, Lonicera implexa

    Mara Arnzazu PradaLiquidambar orientalis, Myrtus communis, Populus orientalis,

    Salix amplexicaulis, Salix pedicellata e capa

    Figuras: Gabriel SegarraMoraguesSalix plates

    ISBN:9789728669416Depsito Legal:

    Design e Layout:Essncia ROFFdesign (http://essencia.roff/pt)Impresso:EuroReviso e Traduo da edio portuguesa:Carla Faria, Maria Helena Almeida, Antrio Correia, Ana Mendes

    Agradecimentos a Antnio Albuquerque, a Patrcia Gonzalez e a Antnio Ramos Gomes pelo contributo prestado na edio portuguesa

    GUIA DE PROPAGA O DE RVORES E ARBUSTOS RIBEIRINHOSUm Contributo para o Restauro de Rios na Regio Mediterrnica

    V38782/

    dois, Andr Fabio

    9I S

    321134 10

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    Prefcio

    Os rios tero sido possivelmente dos habitats maisintensamente modificados pelo homem, facto quetive a oportunidade de constatar nas vrias visitasque fiz a zonas riprias portuguesas procura de umrouxinol bravo ou de um guardarios. Esta situaodesencadeou em mim a vontade de dar um pequenocontributo, na recuperao destes ambientes degra

    dados para a natureza e para o homem, e em suma,contribuir para a preservao da biodiversidade.

    Esta preocupao comeou a tomar forma ao entrarem contacto com o mundo da restaurao ecolgicade rios no Instituto Superior de Agronomia, da Universidade Tcnica de Lisboa. Este acontecimentolevoume a lanar um projecto que permitisse estabelecer um grupo de trabalho com outras instituies europeias, que partilhassem da mesmapreocupao. Apresentado em Abril de 2003 e aprovado no final desse mesmo ano, o Projecto Ripidurable foi estruturado com o objectivo de criar um

    frum de comunicao e de colaborao entre osresponsveis da gesto e da restaurao de reas ribeirinhas e as instituies acadmicas e de investigao com experincia nestes habitats. Este grupopoderia partilhar as problemticas detectadas, osaber existente que contribusse para a sua soluoe as ferramentas especficas que poderiam ser disponibilizadas sociedade, atravs da implementao de casos prticos.

    Um dos aspectos que mais chamou a minha ateno,foi a enorme dificuldade que as instituies e as empresas, que se dedicam recuperao de ecossiste

    mas riprios, tm na obteno de plantas adequadaspara este fim. As empresas que comercializam asplantas no dispem geralmente de material de reproduo apropriado para efectuar estas intervenes, tanto do ponto de vista da sua qualidadeexterna como da sua adaptabilidade. Por tal, a soluo ter passado, inevitavelmente, por adquirir plantas originrias de outros pases, e em muitos casos,variedades seleccionadas com fins ornamentais ouprodutivos.

    Prefcio

    A edio deste guia de propagao de espcies ribeirinhas pretende afirmarse como uma ferramentaque ajude a solucionar esta situao e a estimular aproduo de plantas a partir de material de provenincia local. A equipa do Banco de Sementes Florestais da Comunidade Valenciana contribuiu deforma decisiva para que este guia se tornasse reali

    dade. Ao esforo e ao trabalho rigoroso uniuse alarga experincia deste Centro na gesto de germoplasma e no seu uso eficaz a curto prazo, alm dovalor do trabalho desenvolvido na conservao alongo prazo, um legado para as geraes futuras.

    A equipa que produziu este guia deixa uma contribuio significativa para que os conhecimentoscientficos e tcnicos apresentados, obtidos a partirda experincia adquirida ao longo do tempo ou resultantes de uma seleco rigorosa de ampla bibliografia, possam ser, agora, utilizados pelas empresase instituies que pretendam produzir plantas para

    a grande ambio que efectuar uma adequada recuperao dos ecossistemas riprios.

    Segundo a Directiva Quadro da gua, em 2015, osrios devero estar includos na categoria de bomestado ecolgico, de acordo com as condies dereferncia. nosso profundo desejo que este guiapossa contribuir para que essa situao seja realizada dentro dos perodos previstos e com a qualidade que a natureza merece: a produo de plantasde qualidade com a salvaguarda do patrimnio gentico das espcies.

    Um enorme agradecimento para os autores desteguia que, atravs dos seus textos, partilharam a suaexperincia e os seus conhecimentos com todos ns.Os editores, Arantxa Prada e Daniel Arizpe, merecemum particular agradecimento pelo empenho colocado neste projecto e pela perseverana demonstrada ao trazerem este livro luz do dia.

    Ana MendesCoordenadora do Projecto Ripidurable

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    Colaboradores

    Neus Albert

    CIEFBanc de Llavors Forestals, rea de Gestin de Recursos Forestales y ConservacinAmbiental, Conselleria de Medio Ambiente, Agua, Urbanismo y Vivienda,Generalitat Valenciana,AvenidaComarquesdel Pas Valenci 114, 46930 Quart de Poblet, Valencia, Espanha

    Maria Helena Almeida

    Universidade Tcnica de Lisboa, Instituto Superior deAgronomia, Centro de Estudos Florestais, Tapada daAjuda, 1349017 Lisboa, Portugal

    Jos Vicente Andrs

    Avenida Salvador Allende 75, esc. 14, 4D, 50015Zaragoza, Espanha

    Juan Abarro

    Viveros Fuenteamarga SL, polgono 7, parcela 18,47260 Cabezn de Pisuerga, Valladolid, Espanha

    Daniel Arizpe

    CIEFBanc de Llavors Forestals, rea de Gestin de Recursos Forestales y ConservacinAmbiental, Conselleria de Medio Ambiente, Agua, Urbanismo y Vivienda,Generalitat Valenciana,AvenidaComarquesdel Pas Valenci 114, 46930 Quart de Poblet, Valencia, Espanha

    Antonio del Campo

    Dep. Ingeniera Hidrulica y Medio Ambiente, EscuelaTcnica Superior de Ingenieros Agrnomos, Universidad Politcnica de Valencia, Cam de Vera s/n,46002 Valencia, Espanha

    Esperanza Campos

    CIEFBanc de Llavors Forestals, rea de Gestin de Recursos Forestales y ConservacinAmbiental, Conselleria de Medio Ambiente, Agua, Urbanismo y Vivienda,Generalitat Valenciana,AvenidaComarquesdel Pas Valenci 114, 46930 Quart de Poblet, Valencia, Espanha

    Carla Faria

    Universidade Tcnica de Lisboa, Instituto Superior deAgronomia, Centro de Estudos Florestais, Tapada daAjuda, 1349017 Lisboa, Portugal

    Cndido Glvez

    Semillas Silvestres S.L., Carretera de Santa Mara deTrasierra km 2, 14012 Crdoba, Espanha

    Colaboradores

    Jose Luis Garca Caballero

    Junta de Castilla y Len, Servicio Territorialde MedioAmbiente Len, Avenida Reyes Leoneses 145C(Edificio Europa), 24071 Len, Espanha

    Pablo Jimnez

    Universidade Tcnica de Lisboa, Instituto Superior deAgronomia, Centro de Estudos Florestais, Tapada daAjuda, 1349017 Lisboa, Portugal

    Fernando Martnez SierraJunta de Castilla y Len, Servicio Territorialde MedioAmbiente Len, Avenida Reyes Leoneses 145C(Edificio Europa), 24071 Len, Espanha

    Eduardo PrezLahorga

    rea de Gestin de Recursos Forestales y Conservacin Ambiental, Conselleria de Medio Ambiente,Agua, Urbanismo y Vivienda,Generalitat Valenciana,Calle Francisco Cubells 7, 46011 Valencia, Espanha

    Mari Carme Picher

    CIEFBanc de Llavors Forestals, rea de Gestin de Recursos Forestales y Conservacin Ambiental, Conselleria de Medio Ambiente, Agua, Urbanismo y Vivienda,Generalitat Valenciana,AvenidaComarques delPas Valenci 114, 46930 Quart de Poblet, Valencia, Espanha

    Mara Arnzazu Prada

    CIEFBanc de Llavors Forestals, rea de Gestin deRecursos Forestales y Conservacin Ambiental, Conselleria de Medio Ambiente, Agua, Urbanismo y Vivienda, Generalitat Valenciana, Avenida Comarquesdel Pas Valenci 114, 46930 Quart de Poblet,Valencia, Espanha

    Jess Rueda

    Junta de Castilla y Len, DireccinGeneral delMedioNatural, Calle Rigoberto Cortejoso 14, 47071 Valladolid, Espanha

    Pilar Ventimilla

    CIEFBanc de Llavors Forestals, rea de Gestin deRecursos Forestales y Conservacin Ambiental, Conselleria de Medio Ambiente, Agua, Urbanismo y Vivienda, Generalitat Valenciana, Avenida Comarquesdel Pas Valenci 114, 46930 Quart de Poblet,Valencia, Espanha

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    ndice

    11 Introduo

    17 Fichas das espcies(M. Arnzazu Prada, Daniel Arizpe, Juan Abarro, JessRueda, Neus Albert, Esperanza Campos, Mari Picher, PilarVentimilla, Cndido Glvez, Carla Faria, Pablo Jimnez)

    19 Contedo das Fichas das Espcies

    22 Alnus glutinosa(L.) Gaertn.27 Arbutus unedoL.30 Celtis australisL.33 Cercis siliquastrumL.36 Clematis flammulaL. y C. vitalbaL.40 Coriaria myrtifoliaL.43 Cornus sanguinea L.46 Crataegus monogynaJacq.50 Dorycnium rectum(L.) Ser.53 Flueggea tinctoria(L.) G.L. Webster55 Frangula alnusMill.59 Fraxinus angustifoliaVahl.

    63 Hederasp.67 Humulus lupulusL.70 Laurus nobilisL.73 Ligustrum vulgareL.76 Liquidambar orientalisMill.79 Lonicera etruscaG. Santi yL. implexaAiton83 Myrtus communisL.87 Nerium oleanderL.90 Pistacia lentiscusL.94 Platanus orientalisL.97 Populus albaL.

    101 Populus nigraL.105 Populus tremulaL.109 Prunus mahalebL.113 Prunus spinosaL.116 Rubus ulmifoliussp.119 Salixsp.124 Sambucus nigraL.127 Tamarixsp.130 Ulmus minorMill.135 Viburnum tinusL.138 Vitex agnuscastusL.141 Vitis viniferasubsp.sylvestris(C.C. Gmelin) Hegi

    ndice

    147 Anexos

    149 Variao e adaptao(Helena Almeida, Carla Faria)

    152 Manipulao de sementes(M. Arnzazu Prada)

    158 Produo em viveiro(Antonio del Campo)

    162 Estacaria(Daniel Arizpe, M. Arnzazu Prada)

    165 Parques de plantasme(Jos Luis Garca Caballero,Fernando Martnez Sierra, Jess Rueda)

    169 Certificado padro(M. Arnzazu Prada)

    171 Passaporte fitossanitrio(Eduardo PrezLahorga)

    172 Populussp. (caractersticas de identificao)(Jos Vicente Andrs, M. Arnzazu Prada)

    174 Salixsp. (distribuio e caractersticas deidentificao)(Jos Vicente Andrs, M. Arnzazu Prada)

    190 Tamarixsp. (distribuio e caractersticas deidentificao)(Jos Vicente Andrs, M. Arnzazu Prada)

    195 Glossrio

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    Introduo1

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    Introduo

    Os sistemas fluviais da regio mediterrnica, com a

    sua dinmica particular e com condies ambien

    tais menos extremas que as dos sistemas circun

    dantes, albergam um mosaico de habitats de grande

    biodiversidade e so uma via de migrao de muitas

    espcies de flora e fauna; alm de desempenharem

    um papel fundamental na vida do homem que apro

    veita os seus recursos e os utiliza como espao decio.

    A vegetao ripria possui um elevado interesse

    ecolgico devido funo que desempenha em nu

    merosos processos relacionados com a qualidade do

    meio fsico e com os ciclos de vida das espcies da

    fauna aqutica e terrestre prprias dos sistemas flu

    viais, interligando diferentes habitats e melhorando

    a qualidade dos sistemas adjacentes, tanto terres

    tres como aquticos como da costa martima.

    Na Regio Mediterrnica os sistemas riprios tm

    sofrido muitas alteraes por aco do homem, jque os seus leitos e ribeiras foram transformados em

    terrenos de uso agrcola e, mais recentemente, em

    solo urbano; o homem tambm regularizou os cau

    dais, a canalizao de alguns troos destruram a in

    terligao entre os cursos de gua e as plancies

    aluviais, e as guas superficiais e subterrneas esto

    sobreexploradas. Estas alteraes tm afectado di

    recta ou indirectamente a vegetao natural rip

    ria, reduzindo a sua biodiversidade, fragmentando

    as populaes e, em casos extremos, fazendoa de

    saparecer completamente em grandes extenses dos

    rios.

    O restauro dos ecossistemas fluviais atravs da re

    cuperao do sistema hdrico natural apresentase

    como uma tarefa inadivel devido sua deteriora

    o generalizada. Entre estas intervenes pode ser

    necessrio efectuar plantaes como forma de re

    cuperao da vegetao ripria no curto prazo. Ou

    tros objectivos especficos podem passar pelo

    enriquecimento da composio florstica ou pela in

    troduo de espcies que podero ter desaparecido

    devido a presses antropognicas ou que desempe

    nhem um papel fundamental nas interaces

    plantaanimal. Alm disso, podese tentar criar um

    coberto arbreo que compita e elimine as espciesinvasoras. Tambm pode ser recomendada a planta

    Introduo

    o de indivduos que aumentem a base gentica

    das populaes, particularmente quando estas so

    freram uma diminuio no nmero de efectivos ou

    uma reduo nas taxas de fluxo gentico por razes

    antropognicas, ou quando no passado se fez um

    uso inadequado dos materiais florestais de reprodu

    o, especialmente nas espcies que se propagam

    por via vegetativa. Apesar disso, deve ser enfatizadoque numa fase posterior a este tipo de intervenes,

    ser o prprio rio, a longo prazo, que vai modelar a

    estrutura e a dinmica da vegetao ripria.

    Em qualquer caso, a produo de materiais de re

    produo a serem utilizados na requalificao das

    ribeiras deve respeitar a sustentabilidade das novas

    populaes, sem causar efeitos negativos nos recur

    sos genticos j existentes. Este objectivo conse

    guido, em primeiro lugar, mediante a adequada

    seleco das espcies a produzir fomentando dentro

    do possvel as espcies autctones, j que no se

    trata de plantaes de produo, atravs da utilizao de material de origem local. Alm disso, devese

    procurar utilizar material de reproduo com uma

    base gentica o mais ampla possvel, em funo dos

    recursos disponveis, para promover a adaptabilidade

    das novas populaes. Devese evitar em particular

    a introduo de espcies com carcter invasor, al

    gumas j naturalizadas em cursos de gua da Re

    gio Mediterrnica, ou outras espcies que podem

    hidridar com as espcies locais.

    Este guia foi concebido como uma ferramenta de

    apoio aos viveiristas e s pessoas que, sem serem es

    pecialistas, lidam com a actividade de produo deplantas de espcies ribeirinhas destinadas utiliza

    o em actividades de restaurao hidrolgicas. Dis

    ponibilizamse dados teis para a produo de

    sementes, partes de plantas e plantas de um con

    junto de espcies arbreas, arbustivas e lianas po

    tencialmente utilizadas nos sistemas riprios da

    regio mediterrnica. Foi includa informao rela

    tiva a espcies dominantes nesses sistemas desta re

    gio, espcies interessantes a propagar pela sua

    interaco com a fauna e espcies tradicionalmente

    utilizadas em restauros hidrolgicos. Incluramse

    algumas espcies que no so especficas de siste

    mas de ribeira mas que so prprias dos matos ebosques mediterrnicos, mas que encontram nestes

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    Introduo

    ambientes condies propcias para o seu desenvolvimento, particularmente em zonas com uma aridezmarcada.

    A informao colhida foi estruturada em fichas, nasquais se incluem dados relevantes para a produodos materiais de reproduo, desde a sua colheitaat sua conservao, sobre as caractersticas fsicas das sementes e sobre os mtodos mais adequados para a obteno das plantas, seja pela viaseminal seja pela via vegetativa. Tambm se dispo

    nibiliza informao geral sobre a espcie: a suadistribuio geogrfica, a sua ecologia, as caractersticas relevantes utilizadas na sua classificao taxonmica e a sua biologia reprodutiva. Nas fichasincluramse outros dados considerados de interessepara uma melhor gesto do material de reproduo;particularmente, e quando possvel, disponibilizase alguma informao sobre a variabilidade intraespecfica e sua implicao na colheita e no uso dosmateriais com o objectivo de promover a conservao dos recursos genticos.

    Nos anexos apresentamse alguns temas especficos

    directamente relacionados com a produo e uso dosmateriais florestais de reproduo, como a variabilidade gentica intraespecfica e a sua importnciana adaptabilidade das populaes, os aspectos prticos da produo e conservao das sementes e partes de plantas e a regulamentao europeia a aplicarna produo, mobilidade e comercializao de algumas espcies includas neste guia.

    Assim, tambm como anexo, incluemse tabelas efiguras que tm como objectivo facilitar a identificao das espcies dos gneros Populus, TamarixeSalixque podem ser encontradas na regio medi

    terrnica europeia. Considerouse til incluir umglossrio com os termos cientficos e tcnicos queaparecem neste guia e de uso pouco frequente nombito a que este se dirige.

    Esperamos que este guia resulte num manual tilpara o produtor de plantas e que contribua para aconservao e melhoria do estado dos nossos sistemas riprios mediterrnicos como parte do nossopatrimnio natural e cultural.

    Queremos agradecer a Christine Fournaraki (Mediterranean Agronomic Institute of Chania, Grcia),Isabel Montvez (Intersemillas SA, Espanha), FabioGorian (CFSCentro Nazionale per lo Studio e laConservazione della Biodiversit Forestale, Itlia),Despina Paitaridou (Ministry of Rural Developmentand Food, Grcia), Jess Martnez e Sisco Bosch(Banco de Semillas Forestales da Generalitat Valenciana, Espanha), Ana Santos e Filipa Pais (Cmara Municipal de MontemoroNovo, Portugal),Jos Luis Garca Caballero (Junta de Castilla y Len,

    Espanha) e Valeria Tomaselli (CNR Istituto di Genetica Vegetale, Itlia) pela contribuio com valiosos dados includos nas fichas; a FranciscoSnchez Saorn, Miguel Cnovas e Manuel Balsalobre (Regin de Murcia, Espanha), Pedro SnchezGmez (Universidad de Murcia, Espanha), BegoaAbellanas (Universidad de Crdoba, Espanha) e Isabel Butler (Universidad de Huelva, Espanha) pelasua ajuda na obteno de material grfico de salgueiros. O nosso agradecimento para Esther Tortosa, Jess Rueda e para Ana Puertes pela revisoe correco lingustica do texto original, em castelhano.

    Tambm queremos agradecer a Antoni Marzo porternos dado a oportunidade de participar no projecto Ripidurabe e a todos os colegas do Banc deLlavors Forestals da Generalitat Valenciana que, directa ou indirectamente, nos apoiaram nesta misso, particularmente a Raquel de Miguel e GloriaOrtiz. Queremos expressar um agradecimento especial a Esther Tortosa, j que sem o seu entusiasmo eprofissionalismo teria sido impossvel levar este trabalho a bom termo.

    Finalmente, queremos expressar o nosso carinho,

    agradecimento e satisfao a todos os colegas doRipidurable por terem partilhado conhecimentos einformao e por terem proporcionado um ambiente caloroso desde o incio do projecto, com odesejo de continuarmos a colaborar no futuro emprojectos relacionados com a conservao da biodiversidade.

    Os editores

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    Introduao

    (...Paidgame o quefizeram ao rioque j no canta.

    Deslizacomo um barbo mortodebaixo de um palmode espuma branca.

    Paio rio j no o rio.Paiantes que venha o Veroesconda tudo o que est vivo...). ...

    Pare

    digueume qu

    li han fet al riuque ja no canta.

    Rellisca

    com un barb

    mort sota un pam

    descuma blanca.

    Pare

    que el riu ja no s el riu.

    Pare

    abans que torni lestiu

    amagui tot el que s viu.

    ...

    Joan Manuel Serrat(Pare)

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    Fichasdas Espcies

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    Contedo

    das

    FichasdasEspcies

    Contedo das Fichas das Espcies

    Foi elaborada uma ficha descritiva para cadataxon, estruturada de forma a facilitar o acesso rpido informao. Incluemse, alm do nome cientfico, os nomesvulgares em diferentes idiomas.

    Distribuio e EcologiaO mapa disponibilizado mostra a distribuio do taxonna Europa e em pases asiticos e africanos da baciamediterrnica, tomando com referncia base as cartografias disponibilizadas por Bols e Vigo (1989), Charco(2001), Hultn e Fries (1986) e o Atlas da Flora Europeia, assim como tambm a base de dados onlinePrograma Anthos. A distribuio natural de algumasespcies muito difundidas pelo Homem difcil de precisar; por tal, os mapas apresentados para Cercis siliquastrum, Laurus nobilis, Platanus orientalis, SalixfragilisouVitis viniferasubsp. sylvestrisdevem ser considerados apenas como orientadores.

    O mapeamento das tamargueiras com distribuio noleste mediterrnico teve como base a monografia do

    gnero de Baum (1978), completada nalguns casos cominformao obtida noutras obras, como Boratynski etal.(1992), Pignatti (1982) e Zohary (1972). Estes mapasdevem ser considerados apenas como uma aproximao grosseira devido falta de informao precisasobre a corologia destas espcies em alguns pases doleste europeu.

    A distribuio geral do taxonindicase de modo esquemtico, sendo mencionadas as regies onde est presente, de acordo com a diviso estabelecida porBrummitt (2001) e independentemente da sua abundncia. Tambm so referenciados os pases da bacia mediterrnica com reas de clima mediterrnico nas quais a

    espcie est presente. Esta informao foi basicamenteobtida a partir de duas bases de dados online: a base dedados extrada da verso digital da Flora Europaea, paraa distribuio europeia; e da Germplasm Resources Information Network (GRIN) para o resto do mundo.

    A ecologia da espcie indicada de uma formaresumida e simples, para facilitar a sua interpretao.

    Caractersticas de identificaoDisponibilizase informao de uma forma concisasobre as caractersticas mais importantes a considerarno reconhecimento da espcie. So referenciadas as diferenas que as permitem distinguir de outras espcies

    com as quais podem confundirse com facilidade, emparticular se forem simptricos. Tornase impossvelevitar a terminologia botnica na descrio das espcies; o seu significado pode ser consultado no glossrio incluido no final do livro.

    Para uma descrio mais detalhada das espcies,podem ser consultadas obras de referncia como aFlora Europaeaou outras floras de carcter nacional ouregional.

    Biologia reprodutivaSo indicados de uma forma esquemtica os dadosmais relevantes relativamente fenologia da reproduo e aos sistemas de reproduo dotaxon, como causadeterminante na configurao gentica das populaes. Esta informao de grande importncia na delineao de uma correcta estratgia de colheita demateriais de reproduo, assim como tambm na criao de novas populaes e na sua posterior gesto.

    Os perodos de florao e maturao dos frutos indicados so necessariamente muito amplos j que se produzem importantes variaes interanuais e entre reasde distribuio, em particular nas espcies com umaampla distribuio que se desenvolvem em condiesclimticas diversas.

    So referenciados os principais agentes polinizadorese de disperso, embora em muitos casos seja possvel aexistncia de outras alternativas responsveis pelofluxo gentico. Esta situao muito comum em espcies ribeirinhas, nas quais a gua pode actuar comoum agente dispersor secundrio.

    Variao e HibridaoSo disponibilizadas observaes de carcter taxonmico como a existncia de subespcies ou a referenciao da existncia de variedades e de hbridosnaturais. Para algumas espcies tambm so disponibilizados resultados de estudos genticos, como formade promover uma melhoria na manipulao dos materiais de reproduo, e consequentemente na conservao dos recursos genticos.

    Propagao seminal indicada a tolerncia dessecao, aspecto que condiciona em grande medida o tratamento a que um lote

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    Contedo

    das

    FichasdasEspcies

    de sementes pode ser submetido. incluida informaoprtica sobre a apanha, manipulao e conservao dassementes. tambm indicada, de uma forma concisa,a sequncia de limpeza a adoptar, de acordo com aspossibilidades de procedimentos descritos no anexo referente manipulao de sementes. As condies deconservao recomendadas: temperatura (T), contedode humidade (CH) e tipo de embalagem, so as convencionais na manuteno dos materiais a curto ou amdio prazo, segundo o tipo de sementes.

    So indicados os tratamentos utilizados mais comunse que se mostraram serem os mais efectivos a estimular a germinao. Os perodos de durao dos mesmosso orientadores, dado que podem variar em funo daprovenincia das sementes. Contudo, deve ser mencionado que algumas das espcies includas neste guiatm sementes de difcil germinao, mesmo que submetidas a um tratamento prvio.

    Considerouse interessante disponibilizar informaosobre as condies ptimas para a germinao das sementes, que podem ser obtidas se houver disponibilidade de cmaras que possibilitem o controlo de certosfactores ambientais. indicada a temperatura ptima,

    que pode ser varivel num perodo de 24 horas (porexemplo, 30/20 C), ou contnua (20 C). As sementes dealgumas espcies germinam bem sob diferentes condies de temperatura, que so indicadas como alternativas possveis. No caso de temperaturas alternadas, atemperatura mais baixa pode manterse durante 16horas e a mais alta durante as 8 horas restantes. Assementes de muitas espcies podem germinar tantocom luz como no escuro. No entanto, recomendvela aplicao de um fotoperodo de pelo menos 8 horasdirias, o que normalmente coincide com o ciclo detemperatura mais alta no caso de temperaturas alternadas. Nalgumas espcies, a luz estimula a germinao; neste caso, esta necessidade expressamente

    mencionada.

    Deve ser enfatizado que os dados disponibilizados soorientadores, j que podem variar significativamenteem funo da qualidade da manipulao, limpeza e dascondies de conservao, alm das caractersticasprprias de cada lote de sementes, que dependem dosgentipos colhidos, da provenincia e das condiesclimticas de cada ano.

    Produo em viveiro

    Na produo massiva de plantas em viveiro, indicado

    o perodo mais adequado para a sementeira e se sonecessrios tratamentos prvios para estimular a ger

    minao. Tambm so dadas orientaes sobre o volume dos contentores e do nmero de anos necessrios para a obteno de plantas com um sistemaradicular bem desenvolvido, que suporte o transplantee seja capaz de penetrar no solo rapidamente aps aplantao. Os contentores recomendados nas fichasdevem ter um sistema que impea o enrolamento dasrazes; relativamente aos vasos de maior tamanho (3,5litros), recomendase que estes tenham uma base emrede e que se mantenham elevados relativamente aonvel do solo para facilitar o transplante das razes. O

    nmero de anos de produo indicado da seguinteforma: 1/0 = 1 ano de produo; 2/0 = 2 anos de produo; 1/1= 1 ano de produo em contentor de 300cm3 + 1 ano de produo em vaso de 3,5 l. No se recomenda a utilizao de plantas com mais de dois anos,evitandose que superem em todos os casos 150 cm dealtura. De uma forma aproximada, indicado o perodode emergncia, que variar segundo o lote, o tipo deproduo, a localizao do viveiro e as condies climticas do ano.

    Nalgumas espcies so indicados alguns dados relativos sua produo em raiz nua (densidade de sementeira, dimenses), embora esta tcnica de produo

    tradicional tenha sido substituda pela produo emcontentores que permite ampliar o perodo de plantao no campo. As dimenses indicadas para as plantasde raiz nua (permetro do caule e altura total) so valores mximos.

    Propagao vegetativa

    disponibilizada informao sobre a propagao vegetativa das espcies por estacaria. Esta tcnica amais utilizada na produo de plantas para restauraes e florestaes de Tamarix,Salix,Populuse de algumas outras espcies lianides. A produo de plantasdas restantes espcies includas neste guia fazse normalmente pela via seminal e no pela vegetativa; peloque a informao relativa sua multiplicao vegetativa tem, na maioria dos casos, um carcter experimental ou surge no mbito da produo de cultivaresornamentais.

    indicado o tipo de material mais adequado: a parte doramo ou vara que manifesta ter uma maior facilidadeem enraizar; o nmero de entrens ou o tamanho queas estacas devem ter; e a melhor poca para a sua colheita. Disponibilizamse dados relativos concentrao de cido indolbutrico na sua forma de sal solvelem gua (KAIB), com um tempo de imerso de 1 a 5

    minutos imediatamente antes da estaca ser colocadano substrato. Estas concentraes devem ser conside

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    Contedo

    das

    FichasdasEspcies

    Bibliografia

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    Bols O, Vigo J (1989) Flora dels Pasos Catalans. Editorial Barcino, Barcelona

    Boratynski A, Browicz K, Zielinski J (1992) Chorology oftrees and shrubs in Greece. Sorus, Poznan

    Brummitt RK (2001) World Geographical Scheme forRecording Plant Distributions. Plant Taxonomic Database Standards No. 2. Edition 2, August 2001. TDWG(online URL http://www.tdwg.org)

    Charco J (2001) Gua de los rboles y arbustos del norte

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    Flora Europaea. Royal Botanic Garden Edinburgh (online URL http://rbgweb2.rbge.org.uk/FE/fe.html)

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    Programa Anthos. Fundacin Biodiversidad, Ministeriode Medio Ambiente Real Jardn Botnico de Madrid,

    CSIC (online URL http://www.anthos.es/)

    Zohari M (1972) Flora palaestina. Part two. Text. TheIsrael Academy of Sciences and Humanities, Jerusalem

    radas como orientadoras e como ponto de partida paraajustar um protocolo de enraizamento. Seguindo as indicaes de Mac Crthaig e Spethmann (2000), as espcies foram divididas em quatro grupos relativamente facilidade na formao de razes: aquelas que nonecessitam de tratamento, aquelas que necessitamapenas deste para acelerar o processo (< 0,5%), aquelas que tm uma dificuldade mediana (0,5%) e aquelasque so muito difceis de propagar (1%).

    Para a produo de plantas atravs da propagao ve

    getativa, recomendase a utilizao do mesmo tipo decontentor indicado na tabela de produo em viveiropara plantas obtidas a partir de sementes.

    No faz parte dos objectivos deste guia disponibilizarinformao precisa sobre a produo de plantas utilizando a micropropagao. Este tipo de tcnica relativamente complexa e onerosa e no parece que o seu

    uso se justifique na produo de plantas para restauraes hidrolgicas. No entanto adicionada bibliografia relacionada que permitir aprofundar este tema.

    Bibliografia

    Para facilitar a leitura, evitouse incluir no texto a bibliografia bsica consultada de forma sistemtica paraa descrio de espcies e taxaintraespecficos. Damesma forma, evitouse a incluso das referncias sobras de carcter geral das quais foram extrados os

    dados das tabelas de propagao. Todas estas referncias so mencionadas na bibliografia, sob o ttulo deBibliografia geral. Outros estudos que disponibilizaram informao complementar sobre diferentes aspectos, a maioria destes publicados em revistas, socitados expressamente no texto, e so includos comobibliografia especfica, para que os leitores possamaprofundar o tema se assim o desejarem.

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    Alnusglutinosa

    EN: black alder, common alderEL:, ES: aliso, alnoFR: aulne glutineux, aulne noirIT: ontano neroPT: amieiro

    Betulaceae

    Alnus glutinosa uma rvore caduciflia de tamanho

    mdio que no ultrapassa os 25 m de altura, com umacasca fendilhada de cor castanho escura. Distinguese da espcie Alnus cordata, originria da Albnia,Crsega e Itlia pela forma das folhas. Na primeira soobovadas a suborbiculares, raramente elpticas, obtusasou retusas, duplamente dentadas, enquanto que na segunda, as folhas so suborbiculares a cordiformes, geralmente agudas e serruladas. Em ambas as espcies,

    as folhas so normalmente glabras mas podem apre

    sentar conjuntos de plos nas axilas das nervuras. Odimetro do pednculo da infrutescncia menor na A.glutinosa(0,51 mm) do que na A. cordata(23 mm).Tambm se pode distinguir da Alnus incana, com umarea de distribuio que engloba o centro, nordeste enorte da Europa, porque esta tem folhas acuminadas,puberulentas ou tomentosas pelo menos enquanto so

    jovens, alm de ter infrutescncias ssseis.

    rea de distribuio natural: Sudoeste, Sudeste, Centro, Norte e Este da Europa, Cucaso, Oeste e Centroda sia, Sibria, Norte de frica.

    Distribuio na regio mediterrnica: Portugal, Espanha, Frana (incl. Crsega), Itlia (incl. Sardenha e Siclia), Crocia, BsniaHerzegovina, Montenegro, Albnia,Grcia, Turquia, Lbia, Tunsia, Arglia, Marrocos.

    O amieiro desenvolvese em climas temperados a frescos, se tiver disponibilidade hdrica suficiente suporta

    tambm climas mais quentes. Cresce em solos argilosos, limoargilosos, arenosos ou aluviais, requerendohumidade permanente. Apesar de se desenvolver emsolos de pH varivel, prefere os solos cidos e neutros.Os ndulos das suas razes, em simbiose com bactrias,so fixadores efectivos de azoto atmosfrico, possibilitando a ocupao de solos pobres. Encontrase emmargens de rios, nas bases dos vales, em bosques mistos de caduciflias, reas inundveis e margens hmidas, em indivduos dispersos ou formando pequenaspopulaes.

    Alnus glutinosa

    (L.) Gaertn.

    Distribuio e Ecologia

    Caractersticas de identificao

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    Alnusglutinosa

    Expresso sexual Florao Polinizao Frutificao Maturao

    Na Alnus glutinosaparecem manifestarse dois sistemas de incompatibilidade no processo de polinizao:quando existe plen disponvel pertencente a indivduos vizinhos, a fertilizao ocorrida com plen que

    provem do prprio indivduo ocorre com menor expressividade; quando no h competio, em indivduosisolados, a fertilizao dos vulos difcil (Steiner eGregorius, 1999).

    Biologia Reprodutiva

    A espcieAlnus glutinosapode ser polinizada porAlnuscordata. No entanto, verificaramse apenas hbridosnaturais (A. xelliptica) na Crsega (Pratetal., 1992). Oseu cruzamento com Alnus incana (A. x pubescensTausch) pode ser frequente nas zonas em que ambas as

    espcies convivem. Este hbrido apresenta amentilhosfemininos com pednculos curtos e folhas com umacombinao de caractersticas das espcies que lhederam origem.

    A distribuio tpica da espcie, em populaes isoladas de pequeno tamanho numa rea de distribuioalargada, permitiu a observao de diferenas muitomarcadas entre provenincias e indivduos relativamente a caractersticas quantitativas ou de importncia adaptativa (Weisgerber, 1974; DeWald e Steiner,1986; Krstini , 1994; Baliuckas et al., 1999). Estudosefectuados utilizando marcadores moleculares permi

    tiram definir uma estruturao geogrfica da variaogentica observada (King e Ferris, 2000). A nvel local,foi estimada uma baixa variao gentica dentro daspopulaes devido a endogamia (Kajba e Gra an,2003), que poderia terse acentuado pelo facto doamieiro ser uma espcie que rebenta por toia muitofacilmente, particularmente nas idades mais jovens.Apesar de terem obtido nveis de diversidade intrapo

    pulacional elevados, Gmry e Paule (2002) obtiveramum padro gentico espacial nas populaes deamieiro, causado provavelmente pela disperso limitada das sementes, originando uma maior proximidadeda descendncia relativamente aos seus progenitores.

    A estruturao geogrfica da variao gentica destaespcie torna recomendvel o uso das populaes locais, como fonte de material de reproduo a usar nosprojectos de restaurao; alm disso, consideraseaconselhvel promover a variabilibidade gentica dasnovas populaes, colhendo material de um nmeroalargado de indivduos de diferentes reas dentro deuma mesma regio de provenincia (Kajba e Gra an,2003), procurando tambm que o material colhido pertena a indivduos de uma mesma populao separadospor dezenas de metros.

    A existncia de uma variao gentica alargada paracaractersticas de interesse produtivo, deve ser aproveitada no estabelecimento de programas de melhoramento, pelo que foram seleccionados gentiposconsiderados superiores para as caractersticas consideradas e instalados em pomares de sementes (Krstinie Kajba, 1991)

    Variao e Hibridao

    monoecia amentilhos masculinospndulos, amentilhosfemininos erectos

    de Fevereiro a Junho,antes do desenvolvimentodas folhas

    anemfilaauto

    incompatibilidade

    infrutescncialenhificada, negra,persistente depoisda deiscncia

    1025 x 712 mm

    de Setembroa Novembro

    dispersopelo vento

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    Alnusglutinosa

    O amieiro produz sementes todos os anos, emboraocorra frutificao com maior abundncia em cada perodo de 23 anos. A frutificao muito influenciadapelas condies climticas ocorridas na Primavera,assim como tambm pelas condies do Vero do anoanterior, poca durante a qual teve lugar a iniciaofloral (Suszka et al., 1994).

    A colheita ocorre quando os primeiros frutos comeam a abrir. As sementes obtidas a partir de frutos

    verdes necessitam de vrios meses de maturao apsa colheita para haver germinao (McVean, 1953). Opeso baixo das sementes de amieiro dificulta a eliminao das sementes vazias. Se a abertura dos frutosocorrer numa estufa, a temperatura de 35C no deveser superada para que as sementes no percam a viabilidade.

    Tratamentos prgerminativos Condies Germinao Viabilidade

    Germinao em condies controladas

    frescas: sem tratamentodesidratadas: estratificao em frio

    (38 semanas)

    30 / 20 C; 25 C 3070%

    A qualidade dos lotes de sementes e a capacidade germinativa podem ser muito baixas devido dificuldadeem separar as sementes viveis das vazias.

    poca de sementeira Modalidade de produo Emergncia

    Produo em viveiro

    Outono ou incio da Primavera,sem tratamento; ou na Primavera,com tratamento

    raiz nua: 1020 g/m2; permetrodo caule at 46 cm ou alturatotal at 100150 cm

    alvolo florestal 300 cm3: 1/0vaso 3,5 l: 1/1

    na primeira Primavera,completase em 35 semanas

    A produo em alvolo florestal ou em vaso permite ainoculao das plantulas com a actinobacteriaFrankia,assegurando a existncia de ndulos antes da sua plan

    tao (Berry e Torrey, 1985), obtendose plantas comum melhor desenvolvimento (Simon et al., 1985).

    Tolerncia dessecao:ORTODOXA

    Propagao seminal

    Obteno e conservao de sementes

    Apanha Limpeza Peso de 1.000 sementes Conservao

    de Setembroa Novembro

    apanha manual a partirdo solo, uso de escaladaou uso de ferramentasde longo alcance

    metodologia utilizadaem frutos deiscentes

    peso das sementes / kgfruto: 30260 g

    pureza: 4190%

    12 g Temp.: 5 C a 4 CHumidade: 48%recipiente

    hermeticamentefechado

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    Alnusglutinosa

    Bibliografia geral

    Ball PW (1993)AlnusMiller.In: Tutin TGet al. (eds). Flora Europaea. Vol 1. 2nd edn. Cambridge University Press, Cambridge

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    Mac Crthaigh D, Spethmann (Hrsg.) W (2000) KrssmannsGehlzvermehrung. Parey Buchverlag, Berlin

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    Piotto B, Di Noi A (eds.) (2001) Propagazione per seme di alberi e arbusti della flora mediterranea ANPA, Roma

    Rocha Alfonso ML (1990) AlnusMiller.In: Castroviejo Set al.(eds). Flora Ibrica. Vol 2. CSIC, Madrid

    Young JA, Young CG (1992) Seeds of woody plants in NorthAmerica. Dioscorides Press, Portland

    Bibliografia especfica

    Baulickas V, Ekberg I, Eriksson G, Norell L (1999) Genetic variation among and within populations of four Swedish hardwood species assessed in a nursery trial. Silvae Genetica48:1725

    Berry AM, Torrey JG (1985) Seed germination, seedling inoculation and establishment of Alnus spp. in containers ingreenhouse trials. Plant and Soil 87:161173

    DeWald LE, Steiner KC (1986) Phenology, height incrementand cold tolerance ofAlnus glutinosapopulations in a common environment. Silvae Genetica 35:205211

    Fayle DCF (1996) Sugar maple, black spruce and tamarack donot reproduce vegetatively from roots. Forestry Chronicle72:283285

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    Good JE, Bellis JA, Munro RC (1978) Clonal variation in rooting of softwood cuttings of woody perennials occurring naturally on derelict land. International Plant Propagators SocietyCombined Proceedings 28:192201

    Bibliografia

    No caso de se utilizar ortetos adultos, recomendase aaplicao de tratamentos de rejuvenescimento paraaumentar a percentagem de enraizamento, embora os

    resultados sejam muito condicionados pela idade daplantame (Krstini , 1994; Martin e Guillot, 1982;Psota, 1987). Existe tambm uma grande variao clonal na capacidade de enraizamento (Good et al., 1978).Kruger (1982) obteve elevadas percentagens de enraizamento, sobrevivncia e a formao de razes demuito boa qualidade utilizando estacas lenhosas dotipo talo. As estacas so produzidas normalmente emcontentores florestais, com sistema de rega do tipo nebulizao (Martin e Guillot, 1982).

    A capacidade de rebentao da raiz e, como consequncia a possibilidade de propagao desta espciemediante a utilizao de estacas de raiz no foi pro

    vada ainda. Alguns autores (McVean, 1953; Krstini ,1994) sugerem que o amieiro tem esta capacidade,ainda que no seja muito frequente. Fayle (1996) peesta possibilidade em dvida, dado que este comportamento nunca foi confirmado em trabalhos de campo.

    Existem diversas referncias a ensaios de propagaoinvitroque apresentam bons resultados (Garton et al.,1981; Lallet al., 2005; Perinet e Tremblay, 1987; Vergnaudet al., 1987).

    Propagao vegetativa

    Tipo de estaca Posio no caule N de entrens poca de colheita Concentrao Tamanho de auxinas

    lenhosa, de talosemilenhosa

    basalterminal

    25 cm10 cm

    InvernoVero

    0,5%0,5 1%

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    Alnusglutinosa

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    Krstini A (1994) Genetics of black alder (Alnus glutinosa(L.)Gaertn). Annales Forestales 19:3372

    Krstini A, Kajba D (1991) Possibilities of genetic gain for vig

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    Kruger H (1982) Vegetative vermehrung von Nadel und Laubhlzen. Allgemeine Forstzeitschrift 910:243244

    Lall S, Mandegaran Z, Roberts AV (2005) Shoot multiplicationin cultures of mature Alnus glutinosa. Plant Cell Tissue andOrgan Culture 83:347350

    Martin B, Guillot J (1982) Quelques essais de bouturage delaulne. Revue Forestire Francaise 34:381391

    McVean DN (1953) Biological flora of the British Isles:Alnusglutinosa(L.) Gaertn. (A. rotundifolia Stokes). Journal of Ecol

    ogy 41:447466

    Prinet P, Tremblay FM (1987) Commercial micropropagationof fiveAlnusspecies. New Forests 3:225230

    Prat D, Leger C, Bojovic S (1992) Genetic diversity amongAlnus glutionosa (L.) Gaertn. populations. Acta Oecologica13:469477

    Psota V (1987) Rhizogenesis of stem cuttings in Alnus glutinosa(L.) Gaertn. and Quercus roburL. species as related todormancy and plant growth regulators. Acta UniversitatisAgriculturae, Facultas Agronomica 35:2744

    Simon L, Stain A, Cte S, Lalonde M (1985) Performance ofinvitropropagatedAlnus glutinosa(L.) Gaertn. clones inoculatedwithFrankiae. Plant and Soil 87:125133

    Steiner W, Gregorius HR (1999) Incompatibility and pollencompetition inAlnus glutinosa: evidence from pollination experiments. Genetica 105:259271

    Suszka B, Muller C, BonnetMasimbert M (1994) Graines desfeuillus forestiers, de la recolte au semis. INRA, Paris

    Vergnaud L, Chaboud A, Rougier M (1987) Preliminary analysis of root exudates of in vitromicropropagated Alnus glutinosaclones. Physiologia Plantarum 70:319326

    Weisgerber H (1974) First results of progeny test with AlnusglutinosaGaertn. after controlled pollination. En: Proceedingsof the Join IUFOR Meeting, SO2.04.13. Session VI, Stockholm

  • 5/23/2018 Guia de Propagacao de Arvores e Arbustos Ribeirinhos

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    Arbutusunedo

    Ericaceae EN: strawberry treeEL:ES: madrooFR: arbousierIT: corbezzoloPT: medronheiro

    O medronheiro um arbusto ou pequena rvore quepode atingir 4 a 7 m de altura. As suas folhas so alternas e lanceoladas. Diferenciase do Arbutus andrachne, com o qual pode partilhar territrio na reaoriental da sua distribuio, no seguinte: tem umacasca fissurada de cor acastanhada, que se desprende

    em pequenas escamas; os seus ramos mais jovens socom frequncia glandulosos e setosos; floresce no Outono; e os frutos apresentam papilas cnicas. Enquantoque o A. andrachnetem uma casca de cor laranja eavermelhada brilhante, que se desprende em forma depapirus e floresce na Primavera.

    rea de distribuio natural: Sudoeste e Sudeste daEuropa, Oeste da sia, Norte de frica

    Distribuio na regio mediterrnica: Portugal, Espanha (incl. Baleares), Frana (incl. Crsega), Itlia (incl.Sardenha e Siclia), Crocia, BsniaHerzegovina, Albnia, Grcia (incl. Creta), Chipre, Turquia, Lbano, Tunsia,Arglia, Marrocos

    Esta espcie tipicamente mediterrnica prefere solostendencialmente frescos e no suporta frios intensos eprolongados. Nas zonas mais baixas e quentes da suarea de distribuio, prefere as ensombradas. mais

    abundante em solos siliciosos, mas tambm aparece emsubstratos calcrios. Tem a capacidade de rebentar portoia aps um fogo ou corte.

    O medronheiro desenvolvese em bosques de Quercusspp. e dePinusspp. ou em matos altos em mistura comoutras espcies tpicas do maquis mediterrnico. Embora no seja uma espcie prpria da vegetao ripria, a necessidade que esta tem de vegetar em solostendencialmente frescos e a sua interaco com os animais possibilita a extenso do seu uso a zonas de transio entre a vegetao ripcola e a climatfila.

    Distribuio e Ecologia

    Caractersticas de identificao

    Expresso sexual Florao Polinizao Frutificao Maturao

    Biologia reprodutiva

    monoicia flores brancas,agrupadas

    em panculasde Outubro a Dezembro

    entomfila baga globosa,vermelha

    ou alaranjada2025 mm

    de Outubro a Dezembrodisperso

    por vertebradosfrugvoros

    Arbutus

    unedoL.

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    Arbutusunedo

    A formao de hbridos entre A. unedoe A. andrachne(A. x andrachnoides Lint.) pode ser frequente em reasonde habitam ambas as espcies. Resulta um hbridofrtil que tem uma casca com a colorao mais exuberante da A. andrachnee alguns plos glandulosos nos

    ramos jovens. Da mesma forma, tambm possvelreconhecer o A. androsterilis Salas, Acebes &Arco,hbrido com A. canariensis(Salas Pascual et al., 1993)em resultado de simpatria artificial.

    O medronheiro apresenta uma grande variao inter

    anual na produo dos frutos (Herrera, 1988), a quantidade e a qualidade da semente muito afectada pela

    intensidade e durao de seca estival (Chiarucci et al.,

    1993).

    Variao e Hibridao

    Tolerncia dessecao: ORTODOXA

    Propagao seminal

    Obteno e conservao das sementes

    Apanha Limpeza Peso de 1.000 sementes Conservao

    de Outubroa Dezembro

    colheita manuala partir do solo

    metodologia parafrutos carnudos

    g semente / kgfruto: 614 g

    pureza: 7097%

    23 g Temp.: 4 CHumidade: 48%recipiente

    hermeticamentefechado

    Tratamentos prgerminativos Condies Germinao Viabilidade

    Germinao em condies controladas

    estratificao no frio (412 semanas) 15 a 20 C 8099%

    As sementes de medronho germinam bem sem tratamento, mas convm efectuar uma estratificao no friopara acelerar e homogeneizar a emergncia.

    poca de sementeira Modalidade de produo Emergncia

    Produo em viveiro

    Outono, sem tratamento;ou Primavera, com tratamento

    alvolo florestal 300 cm3: 1/0vaso 3,5 l: 1/1

    na primeira Primavera,completase em 34 semanas

    As plntulas de medronho so muito delicadas, peloque nesta fase dever evitarse a sua exposio a geadas e a surtos de calor.

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    Arbutusunedo

    Propagao vegetativa

    Tipo de estaca Posio no caule N de entrens poca Concentrao Tamanho de colheita de auxinas

    semilenhosa terminal 2 Junho 1%

    Os resultados obtidos com a propagao vegetativa demedronheiro so muito irregulares. No se conseguiram obter percentagens de enraizamento superiores a50% (Crobeddu e Pignatti, 2005; Pignatti e Crobeddu,

    2005). Segundo Pignatti e Crobeddu (2005), fundamental utilizar material obtido em plantasme jovens,previamente submetidas a repetidas podas para estimular uma rebentao vigorosa; no caso de no se utilizar este tipo de material a probabilidade de obter

    estacas enraizadas parece ser nula. O momento maisadequado para se fazer a colheita do material no finaldo perodo de crescimento; uma vez passado essemomento, a capacidade de formar razes diminui em

    1020% (Cervelli, 2005).

    O medronheiro propagase com xito por cultura invitro(Giordani et al., 2005; Mereti et al., 2002; Morinie Fiaschi, 2000; Rodrigues, 2001).

    Bibliografia geral

    Cataln G (1991) Semillas de rboles y arbustos forestales. Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentacin. ICONA, Madrid

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    Nicols JL, Iglesias S, Ala R (2001) Fichas descriptivas de especies. In: Garca del Barrio JM et al., (coord) Regiones deidentificacin y utilizacin de material forestal de reproduccin. Ministerio de Medio Ambiente, Madrid

    Piotto B, Di Noi A (eds.) (2001) Propagazione per seme di alberi e arbusti della flora mediterranea ANPA, Roma

    Villar L (1996)ArbutusL. In: Castroviejo S. et al. (eds). FloraIbrica. Vol 4. CSIC, Madrid

    Webb DA (1972) ArbutusL. In: Tutin TG et al. (eds). Flora Europaea. Vol 3. Cambridge University Press, Cambridge

    Bibliografia especfica

    Cervelli C (2005) Le specie arbustive della macchia mediterranea. Un patrimonio a valorizzare. Sicilia Foreste n 26 (supplemento)

    Chiarucci A, Pacini E, Loppi S (1993) Influence of temperature

    and rainfall on fruit and seed production ofArbutus unedoL.Botanical Journal of the Linnean Society 111:7182

    Crobeddu S, Pignatti G (2005) Propagazione per talea di speciemediterranee. Prove di substrato. Sherwood Foreste ed AlberiOggi 114:2731

    Giordani E, Benelli C, Perria R, Bellini E (2005) In vitro germination of strawberry tree (Arbutus unedoL.) genotypes: establishment, proliferation, rooting and callus induction.Advances in Horticultural Science 19:216220

    Herrera CM (1998) Longterm dynamics of Mediterranean frugivorous birds and fleshy fruits: a 12yr study. EcologicalMonographs 68:511538

    Mereti M, Grigoriadou K, Nanos GD (2002) Micropropagationof the strawberry tree, Arbutus unedoL. Sciencia Horticulturae93:143148

    Morini S, Fiaschi G (2000) In vitro propagation of strawberrytree. Agricoltura Mediterranea 130:240246

    Pignatti G, Crobeddu S (2005) Effects of rejuvenation on cutting propagation of Mediterranean shrub species. Foresta2:290295 (online URL http://www.sisef.it/)

    Rodrigues AP, Sergio.PM, Teixeira MR, Pais MS (2001) In vitrobreak of dormancy of axillary buds from woody species (Perseaindicaand Arbutus unedo) by sectioning with a laser beam.Plant Science 161:173178

    Salas Pascual M, Aceves Ginovs JR, del Arco Aguilar M (1993)Arbutusx androsterilis, a new interespecific hybrid betweenA. canariensisand A. unedofrom the Canary Islands. Taxon42:789792

    Bibliografia

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    Celtisaustralis

    EN: European hackberry,European nettletree

    EL:ES: almezFR: micocoulierIT: bagolaroPT: ldobastardo, ginjinhadorei

    Ulmaceae

    timo um arbusto ou pequena rvore que no ultrapassa os 6 m, com endocarpo com quatro cristas e comfolhas que tm um comprimento inferior ao dobro dalargura. As diferenas morfolgicas relativamente aoCeltis caucasica, cuja distribuio ocorre na Bulgria,na rea correspondente antiga Jugoslvia e no oesteda sia, so menos evidentes, j que esta ltima espcie tambm atinge um porte arbreo, embora as folhastenham a forma de cunha na base e o fruto tenha umacor castanhoamarelada aps maturao.

    rea de distribuio natural: Sudoeste e Sudeste daEuropa, Oeste da sia, Norte de frica

    Distribuio na regio mediterrnica: Portugal, Espanha, Frana (incl. Crsega), Itlia (incl. Sardenha eSiclia), Crocia, BsniaHerzegovina, Montenegro,Albnia, Grcia, Chipre, Turquia, Sria, Lbano, Tunsia,Arglia, Marrocos

    Devido s suas mltiplas utilizaes, o lodobastardofoi amplamente cultivado desde a antiguidade na zonamediterrnica, pelo que se torna difcil estabelecer os

    limites exactos da sua rea de distribuio natural.Surge muitas vezes associado actividade agropecuria, junto a habitaes rurais, a canais de irrigaoe nas bordaduras de reas de cultivo.

    Distribuise de uma forma espontnea em rvores isoladas, em pequenos bosquetes puros ou em misturacom outras folhosas, em bosques, barrancos e encostasrochosas e sombrias, em ambientes semiridos e subhmidos. Prefere os solos frescos, soltos e pedregosose lhe indiferente o tipo de pH do solo. Rebenta detoia ou de raiz aps corte ou passagem de um fogo.

    Distribuio Ecolgica

    Caractersticas de identificao

    Celtis

    australisL.

    Esta espcie caracterizase por ser uma rvore caduciflia que pode atingir 30 m de altura, com casca acinzentada e lisa. As folhas so marcadamente serradas,arredondadas a cordadas na base, normalmente soduas a trs vezes mais compridas do que largas. Os frutos so globosos, com endocarpo muito reticulado e rugoso.

    Distinguese doCeltis tournefortii, com distribuio nosul da Europa, desde a Siclia Crimeia, porque este l

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    Celtisaustralis

    Expresso sexual Florao Polinizao Frutificao Maturao

    Biologia reprodutiva

    andromonoicia flores pequenase inconspcuas,geralmentesolitrias

    de Maro a Maio

    anemfila drupa esfrica,de cor negra

    812 mm

    desde Outubro,podem permanecerna rvore at aofinal do Inverno

    disperso porvertebradosfrugvoros

    No existe informao sobre variao intraespecficae hibridao para este taxon.

    Variao e Hibridao

    Tolerncia dessecao: ORTODOXA

    Propagao seminal

    Obteno e conservao das sementes

    Apanha Limpeza Peso de 1.000 sementes Conservao

    desde Novembro at aofim do Inverno

    colheita por escalada,com uso de ferramentasde longo alcance ou porvarejo dos ramos

    metodologia utilizadaem frutos carnudos

    peso das sementes / kgfruto: 320400 g

    pureza: 95100%

    100260 g Temp.: 4 CHumidade: 48%recipiente

    hermeticamentefechado

    Tratamentos prgerminativos Condies Germinao Viabilidade

    Germinao em condies controladas

    estratificao em frio (812 semanas) 20 / 10 C 4096%

    O lodobastardo apresenta dormncia, requerendouma estratificao em frio.

    poca de sementeira Modalidade de produo Emergncia

    Produo em viveiro

    Outono, sem tratamento ou naPrimavera, com tratamento

    raiz nua: permetro do cauleat 46 cm ou altura total at100150 cm

    alvolo florestal 300 cm3

    : 1/0vaso 3,5 l: 1/1

    na primeira Primavera

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    Celtisaustralis

    Propagao vegetativa

    Tipo de estaca Posio no caule N de entrens poca de colheita Concentrao Tamanho de auxinas

    lenhosasemilenhosa

    basal ou intermdiabasal ou intermdia

    20 cm10 cm

    Janeiro a MaroJulho

    0,5 1%0,5 1%

    conveniente efectuar podas de rejuvenescimento nasplantasme (Butola e Uniyal, 2005; Puri e Shamet,1988). O tratamento com auxinas com elevadas con

    centraes indispensvel para garantir resultados superiores a 50% (Shamet e Naveen, 2005). No entanto,

    de acordo com as experincias efectuadas por Puri eShamet (1988), a concentrao de cido indolbutricopode ser reduzida para 0,01%, se o perodo do trata

    mento for aumentado para 24 horas.

    Bibliografia geral

    Cataln G (1991) Semillas de rboles y arbustos forestales.Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentacin. ICONA, Madrid

    GarcaFayos P (coord.) (2001) Bases ecolgicas para la recoleccin, almacenamiento y germinacin de semillas de especies de uso forestal en la Comunidad Valenciana. Banc deLlavors Forestals, Generalitat Valenciana, Valencia

    Navarro C, Castroviejo S (1993) CeltisL.In: Castroviejo S et al.(eds). Flora Ibrica. Vol 3. CSIC, Madrid

    Nicols JL, Iglesias S, Ala R (2001) Fichas descriptivas de especies. In: Garca del Barrio JM et al., (coord) Regiones deidentificacin y utilizacin de material forestal de reproduccin. Ministerio de Medio Ambiente, Madrid

    Piotto B, Di Noi A (eds.) (2001) Propagazione per seme di alberi e arbusti della flora mediterranea ANPA, Roma

    Tutin TG (1993) CeltisL. In: Tutin TG et al. (eds) Flora Europaea. Vol 1. 2nd edn. Cambridge University Press, Cambridge

    Bibliografia especfica

    Butola BS, Uniyal AK (2005) Rooting response of branch cuttings of Celtis australisL. to hormonal application. Forests,Trees and Livelihoods 15:307310

    Puri S, Shamet GS (1988) Rooting of stem cuttings of somesocial forestry species. International Tree Crops Journal5:6369

    Shamet GS, Naveen CR (2005) Study of rooting in stem cuttings of Khirk (Celtis australisLinn.). Indian Journal of Forestry28:363369

    Bibliografia

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    Cercissiliquastrum

    Fabaceae

    Cercis siliquastrum uma rvore caduciflia, de 5 a 10m de altura, com tronco de casca lisa. As folhas sosimples, alternas, orbiculares e cordiformes na base. Asflores so de cor rosada ou prpura e saem directamente do tronco e dos ramos. Pode ser facilmente con

    fundida com outros Cerciscomo aC. canadensisou aC. chinensisque so utilizados com fins ornamentais, aprimeira tem folhas com pice agudo, na segunda asfolhas so profundamente acuminadas na base.

    A anlise das protenas de reserva obtidas em lotes de

    sementes de diferentes rvores indicou que na olaia apolinizao principalmente autogmica, havendo

    menos de 5% de fecundao cruzada (Gonzlez e Hen

    riquesGil, 1994).

    rea de distribuio natural: Sudoeste e Sudeste daEuropa, Oeste da sia

    Distribuio na regio mediterrnica: Frana, Itlia(incl. Siclia), Crocia, BsniaHerzegovina, Montenegro, Albnia, Grcia (incl. Creta), Turquia, Sria, Lbano,Palestina

    A olaia cresce normalmente em encostas ridas ouao longo das margens dos rios, em solos de naturezacalcria, ainda que possa tolerar solos de natureza moderadamente cida. No suporta perodos de frio prolongado.

    Distribuio Ecolgica

    Caratersticas de identificao

    Expresso sexual Florao Polinizao Frutificao Maturao

    Biologia reprodutiva

    hermafrodita flores rosadoprpuras,agrupadas em rcimosque saem directamentedos ramos

    de Maro a Maio, antesdo desenvolvimento dasfolhas

    entomfilaautocompatvel

    vagem avermelhadaa castanho escuro

    60100 mm decomprimento

    em Julho,permanecendona rvore vriosmeses

    disperso porgravidade

    EN: Judas tree, lovetreeEL: ES: rbol del amor, rbol de JudasFR: arbre de Jude, gainierIT: albero di Giuda, siliquastroPT: olaia, rvoredeJudas

    Cercis

    siliquastrumL.

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    Cercissiliquastrum

    A subespcieC.siliquastrum subsp.hebecarpa(Bornm.)Yalt., existente na Asia Menor e Iro, apresenta clice,

    pedicelos e vagens no glabros.

    As vagens podem ser colhidas em qualquer momento,sempre que tenham uma colorao mais escura e assementes tenham uma cor castanha. Apesar destas poderem permanecer na rvore durante vrios meses sem

    haver abertura, conveniente efectuar a colheita omais cedo possvel, para evitar perdas na produo ocasionadas por ataques de insectos.

    Variao e Hibridao

    Tolerncia dessecao:ORTODOXA

    Propagao seminal

    Obteno e propagao de sementes

    Apanha Limpeza Peso de 1.000 sementes Conservao

    desde o final doVero

    colheita manual apartir do solo ou porvarejo dos ramos

    metodologia utilizadaem frutos deiscentes

    peso das sementes / kgfruto: 300450 g

    pureza: 9598%

    2035 g Temp.: 4 CHumidade: 48%recipiente

    hermeticamentefechado

    Tratamentos prgerminativos Condies Germinao Viabilidade

    Germinao em condies controladas

    escarificao mecnicaescarificao mecnica +

    estratificao em frio (412 semanas)imerso em gua a ferver (1 minuto)imerso em gua inicialmente a 80 C

    deixando arrefecer durante 24 hescarificao com cido sulfrico

    concentrado (3060 minutos)

    30 / 20 C 7090%

    As sementes da olaia apresentam dormncia devido aoendosperma e ao tegumento impermevel (Riggio Bevilacquaet al., 1985, 1988) e necessitam de escarificao e estratificao em frio para poderem germinar. Adurao da escarificao com cido deve ser definidaem ensaios prvios, para cada lote de sementes. A apli

    cao de cido giberlico pode romper a dormncia emsementes previamente embebidas, mas uma estratificao durante 16 semanas a 4 C tem um efeito maiseficiente (Gebre e Karam, 2004), alm disso a sua aplicao pode ter consequncias negativas no desenvolvimento posterior da plntula (Rascio et al.,1998).

    poca de sementeira Modalidade de produo Emergncia

    Produo em viveiro

    Primavera, com tratamento raiz nua: permetro do caule at 46 cmou altura total at 100150 cm

    alvolo florestal 300 cm3: 1/0vaso 3,5 l: 1/1

    na mesma Primavera,24 semanas depois

    da sementeira

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    Cercissiliquastrum

    Propagao vegetativa

    Tipo de estaca Posio no caule N de entrens poca de colheia Concentrao Tamanho de auxinas

    semilenhosa terminal 23 Vero (Julho) 1%

    A olaia no se propaga facilmente por estacaria. A zonada copa da qual se obtm as estacas e a poca de colheita influenciam significativamente o xito do processo de enraizamento (Karam e Gebre, 2004).

    A micropropagao da olaia foi testada com algumxito com a utilizao de gomos axilares (Bignami,1984).

    Bibliografia geral

    Ball PW (1968) CercisL. In: Tutin TG et al. (eds). Flora Europaea. Vol 2. Cambridge University Press, Cambridge

    Cataln G (1991) Semillas de rboles y arbustos forestales.Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentacin. ICONA, Madrid

    Chamberlain DF, Yaltirik F (1970) CercisL. In: Davis PH (ed).

    Flora of Turkey and the Eastern Aegean Islands. Vol 3. University Press, Edinburgh

    Mac Crthaigh D, Spethmann (Hrsg.) W (2000) KrssmannsGehlzvermehrung. Parey Buchverlag, Berlin

    Piotto B, Di Noi A (eds.) (2001) Propagazione per seme di alberi e arbusti della flora mediterranea ANPA, Roma

    Young JA, Young CG (1992) Seeds of woody plants in NorthAmerica. Dioscorides Press, Portland

    Bibliografia especfica

    Bignami C (1984) Prove di micropropagazione diCercis sili

    quastrumL.. Informatore Agrario 40:103105

    Gebre GH, Karam NS (2004) Germination of Cercis siliquastrum seeds in response ti gibberellic acid and stratificationSeed Science and Technology 32:255260

    Gonzlez C, HenriquesGil N (1994) Genetics of seed storageproteins in the love tree Cercis siliquastrum L. (Fabaceae). Theoretical and Applied Genetics 89:895899

    Karam NS, Gebre GH (2004) Rotting of Cercis siliquastrumcuttings influenced by cutting position on the branch and in

    dolebutyric acid. Journal of Horticultural Science andBiotechnology 79:792796

    Rascio N, Mariani P, Dalla Vecchia F, La Rocca N, Profumo P &Gastaldo P. (1998) Effects of seed chilling or GA3 supply ondormancy breaking and plantlet growth in Cercis siliquastrumL. Plant Growth Regulation 25: 5361

    Riggio Bevilacqua L, Roti Michelozzi G, Serrato Valenti G(1985) Barriers to water penetration in Cercis siliquastrumseeds. Seed Science and Technology 13:175182

    Riggio Bevilacqua L, Profumo P, Gastaldo P, Barella P (1988)Cytochemical study on the dormancyimposing endosperm ofCercis siliquastrum. Annals of Botany 61:561565

    Bibliografia

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    C.vitalba.C.flammula

    EN: clematis, travellersjoyEL:ES: clemtideFR: clmatiteIT: clematidePT: clematis

    Ranunculaceae

    ClematisvitalbaL

    .

    Clematisflam

    mulaL

    .

    C. vitalba:rea de distribuio natural: Sudoeste, Sudeste, Centro, Norte e Este da Europa, Cucaso, Oeste da sia,Norte de frica

    Distribuio na regio mediterrnica: Portugal, Espanha, Frana (incl. Crsega), Itlia (incl. Sardenha eSiclia), Crocia, BsniaHerzegovina, Montenegro, Albnia, Grcia, Turquia, Sria, Lbano, Arglia

    C. flammula:rea de distribuio natural: Sudoeste e Sudeste daEuropa, Cucaso, Oeste da sia, Norte de frica

    Distribuio na regio mediterrnica: Portugal, Espa

    nha (incl. Baleares), Frana (incl. Crsega), Itlia (incl.

    Sardenha, Siclia), Crocia, BsniaHerzegovina, Montenegro, Albnia, Grcia (incl. Creta), Turquia, Chipre,Sria, Lbano, Israel, Lbia,Tunsia, Arglia, Marrocos

    A Clematis vitalbae a C. flammulapodem fazer partedas trepadoras que integram a vegetao ripria. A C.vitalbanecessita de maiores nveis de humidade, sendofrequente em bosques de folhosas e em reas de matosconstitudos por arbustos e pequenas espinhosas e caduciflios em ambientes eurosiberianos, embora tambm se encontre em zonas sombrias e frescas da regiomediterrnica. A C. flammula uma espcie mais termfila cuja distribuio restringese ao litoral mediterrnico, encontrandose tambm em sebes, matos ebosques, em zonas abertas e ensolaradas.

    Clematis vitalbaL.Clematis flammulaL.

    Distribuio e Ecologia

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    C.vitalba.

    C.

    flam

    mula

    AClematis vitalbae a C. flammulaso lianas de folhacaduciflia, com caule lenhoso pelo menos na parte inferior, ao nvel do solo. A primeira espcie diferenciasepor ter folhas 1penatissectas, com foliolos ovados, cordiformeovados ou ovallanceolados, enquanto que naC. flammula, as folhas so na sua maioria bipenatissectas, s vezes tripenatissectas, com fololos ovais, lanceolados ou lineares. Na C. flammula, as peas doperianto so brancas e glabras na face interna, sendo as

    da C. vitalbade uma cor brancoesverdeada e pubescentes em ambas as faces.

    Alm destas duas espcies, na regio mediterrnicaexistem com menor frequncia outras Clematistrepadoras, como a C. viticellaL. e a C. campanifloraBrot.que tm flores de cor violeta, esta ltima est restringida ao centro e oeste da Pennsula Ibrica; ou aClematis cirrhosaL., com flores isoladas ou em gruposcom duas a quatro e com as bractolas soldadas formando um invlucro debaixo da flor.

    Caractersticas de identificao

    Expresso sexual Florao Polinizao Frutificao Maturao

    Biologia reprodutiva

    hermafrodita flores agrupadas emcachos paniculiformes

    de Maio a Agosto, svezes mais tarde

    entomfila aqunio com umestilete compridoplumoso, persistente

    23 mm (comprimentodo estilete: at 3,5 cm

    naC. flammula; at5,5 cm na C. vitalba)

    de Setembro aNovembro

    disperso pelovento

    No existe informao sobre variao intraespecficae hibridao para estes taxa.

    As sementes no se costumam extrair dos aqunios.

    Variao e Hibridao

    Tolerncia dessecao:ORTODOXA

    Propagao seminal

    Obteno e conservao de sementes

    Apanha Limpeza Peso de 1.000 sementes Conservao

    de Outubro aDezembro

    colheita manuala partir do solo

    frico paraeliminao do estileteplumoso

    pureza: 99100%

    57 g C. flammula(aqunios)

    13 g C. vitalba(aqunios)

    Temp.: 4 CHumidade: 48%recipiente hermeticamentefechado

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    C.vitalba.C.flammula

    As sementes de Clematisapresentam uma dormnciamorfofisiolgica e necessitam de uma estratificaoem frio para germinar. A estratificao em frio por um

    perodo de 8 a 12 semanas parece ser adequada paraestimular a germinao das sementes deClematis vi

    talba(Bungard et al., 1997). A estratificao em friopode ser substituda pela aplicao de temperaturasalternadas de 5 C (12 horas) e de 15 C (12 horas) em

    cmara de germinao (Vinkleret al.,2004).

    poca de sementeira Modalidade de produo Emergncia

    Produo em viveiro

    Outono ou incio da Primavera,sem tratamento; ou Primavera,com tratamento

    alvolo florestal 300 cm3:1/0ou 2/0

    na primeira Primaverae pode completarse noOutono seguinte

    Tratamentos prgerminativos Condies Germinao Viabilidade

    Germinao em condies controladas

    extraco manual das sementes ouescarificao mecnica + estratificaoem frio (824 semanas)

    20 / 10 C; 20 C 6595%

    Propagao vegetativaTipo de estaca Posio no caule N de entrens poca de colheita Concentrao

    Tamanho de auxinas

    semilenhosaou herbcea

    indiferente 12 Vero sem ou < 0,5%

    No gnero Clematis, a estacaria realizase no Verocom material formado na Primavera do mesmo ano.Recomendase a utilizao de estacas herbceas comum par de folhas. Mnster (2000) recomenda fazer umcorte nos 2 cm inferiores da estaca que permita deixar vista o cmbio, para acelerar a formao de razes.Podese retirar uma das folhas para libertar espao eevitar infeces com fungos do gnero Botrytis. Outraforma de propagao o chamado mtodo japons,que utiliza tambm estacas com um gomo mas somais compridas e vigorosas, j que os cortes efectuamse nos entrens imediatamente superior e inferior.Neste mtodo, a probabilidade de que os fungos al

    cancem os gomos muito menor que no mtodo convencional; no entanto, tem a desvantagem de ocuparmais espao e de se obter menos material por cadaplantame (Gunn, 2005). Kreen et al. (2002) recomendam a utilizao de perlite como substrato e a utilizao de uma rega por nebulosidade durante operodo de enraizamento.

    O enraizamento das microestacas obtidas mediantepropagaoin vitroparece ser mais eficaz que o tratamento tradicional utilizando estacas herbceas (Kreenet al., 2002).

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    C.vitalba.

    C.

    flam

    mula

    Bibliografia geral

    Fernndez Carvajal MC (1986) ClematisL. In: Castroviejo S etal. (eds). Flora Ibrica. Vol 1. CSIC, Madrid.

    Mac Crthaigh D, Spethmann (Hrsg.) W (2000) KrssmannsGehlzvermehrung. Parey Buchverlag, Berlin

    Strid A (1967) ClematisL. In: Stris A, Tan K (eds.) Flora Hellenica. Vol 2. ARG Gantner Verlag KG, Ruggell

    Tutin TG and Akeroyd JR (1993) ClematisL. In: Tutin TG et al.(eds). Flora Europaea. Vol 1. 2nd edition. Cambridge UniversityPress, Cambridge

    Young JA, Young CG (1992) Seeds of woody plants in NorthAmerica. Dioscorides Press, Portland

    Bibliografia especfica

    Bungard RA, Daly GT, McNeil DL, Jones AV, Morton JD(1997) Clematis vitalbain a New Zealand native forest remnant: does seed germination explain distribution? NewZealand Journal of Botany 35:525534

    Gunn S (2005) Clematisfrom cuttings. Plantsman 4:8183

    Kreen S, Svensson M, Rumpunen K (2002) Rooting of Clema

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    Mnster K (2000) Clematis. en: Mac Crthaigh D, SpethmannW (eds) Krssmans Gehlzvermehrung. Parey/Blackwell Wissenschaftsverlag, Berlin

    Vinkler I, Muller C, Gama A (2004) Germination de la Clmatite (Clematis vitalbaL.) et perspectives de matrese prventive au fort. Revue Forestire Franaise 56:275286

    Bibliografia

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    40

    Coriaria

    myrtifolia

    EN: coriariaEL: ,

    ES: emborrachacabras, garapaloFR: corroyre, redoulIT: coriaria, sommacco provenzalePT: coriaria

    Coriariaceae

    Esta espcie um arbusto semicaduciflio que pode alcanar 1 a 2 m de altura, com folhas opostas, simples,inteiras. O seu fruto muito apelativo, no s pela sua

    forma como pela sua cor, embora seja muito txicopara o homem.

    Apesar de haver autocompatibilidade nesta espcie, ocruzamento entre indivduos favorecido porque num

    mesmo indivduo (ou planta) as flores masculinas aparecem antes das hermafroditas (Thompson e Gornall,

    1995). Desta forma, os frutos colhidos numa plantame tendem a resultar da polinizao de diferentes

    indivduos.

    rea de distribuio natural: Sudoeste e Sudeste daEuropa, Norte de frica

    Distribuio na regio mediterrnica: Espanha (incl.Baleares), Frana, Itlia, Arglia, Marrocos

    ACoriaria myrtifolia uma espcie que necessita desolos moderadamente hmidos, indiferente ao tipo

    de substrato, uma espcie de luz ou de meia sombra.Encontrase na regio mediterrnica desde o litoral ats zonas montanhosas, nas margens de linhas de gua,barrancos, matos densos e sebes hmidas. Possui umforte sistema radicular em simbiose com bactrias quelhe permitem a fixao de azoto atmosfrico, pelo quepodem vegetar em terrenos pobres em nutrientes.

    Distribuio e Ecologia

    Caractersticas de identificao

    Coriaria

    myrtifoliaL.

    Expresso sexual Florao Polinizao Frutificao Maturao

    Biologia reprodutiva

    andromonoicia flores esverdeadas,agrupadas emcachos

    de Maro a Junho

    anemfilaautocompatvel

    aqunio negro, rodeadopor estrutura carnudaem forma de quilha,inicialmente avermelhadas,negras quando maduros

    uns 4 mm

    de Julhoa Setembro

    disperso porvertebradosfrugvoros

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    Coriaria

    myrtifolia

    Coriaria o nico gnero dentro dasCoriariaceae, famlia com uma distribuio mundial marcadamente

    disjunta (Yokoyamaet al., 2000), sendo a C. myrtifoliaa nica espcie presente na Europa.

    Num contexto de produo massiva em viveiro pos

    svel reduzir o tratamento a uma escarificao mecnica e a uma sementeira no Outono ou mais cedo naPrimavera, embora a germinao possa ser lenta. A

    inoculao com microorganismos fixadores de azoto

    melhora consideravelmente o desenvolvimento dasplantas (MartnezSnchez et al., 1997; Caizo et al.,1978).

    Variao e Hibridao

    Tolerncia dessecao: ORTODOXA

    Propagao seminal

    Obteno e conservao de sementes

    Apanha Limpeza Peso de 1.000 sementes Conservao

    desde os finais doVero ao princpiodo Outono

    colheita manuala partir do solo

    metodologia utilizadaem frutos carnudos

    peso das sementes / kgfruto: 1034 g

    pureza: 99100%

    1113 g Temp.: 4 CHumidade: 48%recipiente hermeticamente

    fechado

    poca de sementeira Modalidade de produo Emergncia

    Produo em viveiro

    Primavera, com tratamento alvolo florestal 300 cm3: 1/0vaso 3,5 l: 1/1

    ainda durante a Primavera ecompletase num a dois meses

    Tratamentos prgerminativos Condies Germinao Viabilidade

    Germinao em condies controladas

    escarificao mecnica + imersonuma soluo de cido giberlicoa 550 ppm (4 dias) + estratificaoem frio (4 semanas)

    25 / 20 Cluz

    8099%

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    C

    oriaria

    myrtifolia

    Propagao vegetativa

    Tipo de estaca Posio no caule N de entrens poca de colheita Concentrao Tamanho de auxinas

    semilenhosa basal ou intermdia 10 15 cm Outono Inverno sem ou < 0,5%

    Na propagao vegetativa de Coriaria myrtifoliaobtmse melhores resultados quando se utilizam estacas semilenhosas colhidas na poca de paragem decrescimento vegetativo (OutonoInverno); o enraiza

    mento nesta poca do ano deve fazerse em ambienteprotegido, mantendose uma temperatura de 20 C(Melgares de Aguilar et al., 2005). Se no for possvel

    cumprir estas condies, recomendase que o material seja colhido no princpio da Primavera, quando atemperatura ambiente comear a aumentar. Melgaresde Aguilar et al., (2005) obtiveram taxas de sobrevi

    vncia de 85% em estacas colhidas na Primavera, emoposio a uma taxa de 100%, obtida com materialcolhido no Outono.

    Bibliografia geral

    Webb DA (1968) CoriariaL. In: Tutin TG et al.(eds). Flora Europaea. Vol 2. Cambridge University Press, Cambridge

    Bibliografia especfica

    Caizo A, Miguel C, RodrguezBarrueco C (1978) The effect ofpH on nodulation and growth of Coriaria myrtifolia L. Plantand Soil 49:195198

    MartnezSnchez JJ, Orozco E, Selva M, Gilabert J (1997) Obtencin de planta de Coriaria myrtifolia L. en vivero. Ensayosde induccin a la nodulacin en sustrato estril. Montes50:4044

    Melgares de Aguilar J, Gonzlez D, Navarro A, Ban S, Garca F (2005) Influencia de la estacionalidad en el enraizamiento de esquejes de Coriaria myrtifolia L. V CongressoIbrico de Cincias Hortcolas ; IV Congresso Iberoamericanode Cincias Hortcolas Vol 1:457461. Asociacin Portugesa

    de Ciencias Hortcolas, Porto

    Thompson PN, Gornall PN, Gornall FLS RJ (1995) Breedingsystems in Coriaria(Coriariaceae). Botanical Journal of theLinnean Society 117:293304

    Yokoyama J, Suzuki M, Iwatsuki K, Hasebe M (2000) Molecular phylogeny ofCoriaria, with special emphasis on the disjunct distribution. Molecular Phylogenetics and Evolution14:1119

    Bibliografia

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    Cornus

    sanguinea

    Cornaceae

    ACornus sanguinea um arbusto caduciflio, de 1,5 a6 m de altura, com raminhos avermelhados e folhasopostas, ovadas ou elpticas, inteiras. As flores, com ptalas de cor branca ou creme, aparecem depois do de

    senvolvimento das folhas, ao contrrio do que acontece com a Cornus mas, espcie amplamente distribudano oeste da sia e na Europa, que apresenta flores decor amarela ou esverdeada.

    rea de distribuio natural: Sudoeste, Sudeste, Centro, Norte e Este da Europa, Cucaso, Oeste de sia

    Distribuio na regio mediterrnica: Portugal, Espanha, Frana (incl. Crsega), Itlia (incl. Sardenha e Siclia), Crocia, BsniaHerzegovina, Montenegro,Albnia, Grcia, Turquia

    O sanguinho legtimo uma espcie que necessita deum clima fresco, da que na regio mediterrnica se refugie em lugares sombrios, encostas declivosas, margens de rios e matos espinhosos hmidos. Em ambientesmais hmidos, surge associado s bordaduras e clareiras de bosques e a matos caduciflios. Requer solos relativamente ricos em nutrientes e cresce em substratoscom pH variado. Suporta sem problemas os materiaiscalcrios e desenvolvese bem em solos pesados.

    Distribuio e Ecologia

    Caractersticas de identificao

    Expresso sexual Florao Polinizao Frutificao Maturao

    Biologia reprodutiva

    hermafrodita flores brancas,agrupadas em grandesinflorescncias do tipocorimbo

    de Abril a Julho, svezes tambm noOutono

    entomfila drupa globosa,negra

    58 mm

    de Julho a Outubrodisperso por

    vertebradosfrugvoros

    Cornus

    sanguineaL.

    EN: common dogwoodEL:ES: cornejoFR: cornouiller sanguinIT: cornioloPT: sanguinho legtimo

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    Cornussanguinea

    Existem duas subespcies: C. sanguineasubsp. sanguineaeC. sanguineasubsp.australis;esta ltima, comdistribuio no Sudeste da Europa e Sudoeste da sia.A distino entre ambas baseiase no tipo de indumento na pgina inferior da folhas, no caso da subes

    pcie tipo so fundamentalmente em forma de plossimples, mais ou menos crespos, enquanto que nasubsp.australis, os plos so naviculares e tm umaorientao paralela das nervuras.

    Na produo seminal da Cornus sanguineaocorrem va

    riaes anuais assim como variaes entre populaes,mas em geral a proporo de frutos face quantidadede flores produzida muito baixa, resultado de sucessivos insucessos nas diferentes etapas do seu desenvolvimento (Krsi e Debussche, 1988). No entanto, no

    caso de ocorrer uma elevada mortalidade de flores, por

    exemplo em resultado de herbivorismo, a proporo defrutos abortados menor (Guitin et al., 1996). A colheita dos frutos deve ser efectuada assim que estesestejam maduros, para reduzir as perdas ocasionadaspelos pssaros.

    Variao e Hibridao

    Tolerncia dessecao:ORTODOXA

    Propagao seminal

    Obteno e conservao de sementes

    Apanha Limpeza Peso de 1.000 sementes Conservao

    desde Agosto at aoprincpio do Outono

    colheita manual apartir do solo

    metodologia utilizadaem frutos carnudos

    peso das sementes / kgfruto: 172317 g

    pureza: 100%

    3055 gTemp.: 4 CHumidade: 48%recipiente

    hermeticamentefechado

    poca de sementeira Modalidade de propagao Emergncia

    Produo em viveiro

    Outono, sem tratamento ouPrimavera, com tratamento

    alvolo florestal 300 cm3: 1/0vaso 3,5 l: 1/1

    na primeira Primaverae podese completar na segundaPrimavera

    Tratamentos prgerminativos Condies Germinao Viabilidade

    Germinao em condies controladas

    estratificao quente (8 semanas)+ estratificao em frio (812 semanas)

    escarificao com cido sulfrico

    concentrado (120 minutos) + estratificaono frio (12 semanas)

    30 / 20 C; 20 / 10 Cluz 8096%

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    Cornus

    sanguinea

    Propagao vegetativa

    Tipo de estaca Posio no caule N de entrens poca de colheita Concentrao Tamanho de auxinas

    lenhosa indiferente 20 cm Inverno sem

    ACornus sanguineapropagase vegetativamente commuita facilidade, utilizandose material lenhoso colhidono Inverno. No necessrio aplicar hormonas, emboraa sua utilizao contribua para uma maior homoge

    neidade na resposta.

    A propagao in vitrofoi experimentada com outras espcies do gneroCornus(Edsonet al.,1994; Kaveriappaet al.,1997).

    Bibliografia geral

    Ball PW (1968)CornusL. In: Tutin TGet al. (eds). Flora Europaea. Vol 2. Cambridge University Press, Cambridge

    Cataln G (1991) Semillas de rboles y arbustos forestales.Ministerio de Agricultura Pesca y Alimentacin. ICONA, Madrid

    Mac Crthaigh D, Spethmann (Hrsg.) W (2000) KrssmannsGehlzvermehrung. Parey Buchverlag, Berlin

    Nieto Feliner G (1997)CornusL. In: Castroviejo Set al. (eds).Flora Ibrica. Vol 8. CSIC, Madrid

    Piotto B, Di Noi A (eds.) (2001) Propagazione per seme di alberi e arbusti della flora mediterranea ANPA, Roma

    Young JA, Young CG (1992) Seeds of woody plants in NorthAmerica. Dioscorides Press, Portland

    Bibliografia especfica

    Edson JL, Wenny DL, LeegeBrusven A (1994) Micropropagation of Pacific dogwood. HortScience 29:13551356

    Guitin J, Guitin P, Navarro L (1996) Fruit set, fruit reduction, and the fruiting strategy ofCornus sanguinea (Cornaceae). American Journal of Botany 83:744748

    Kaveriappa KM, Phillips LM, Trigiano RN (1997) Micropropagation of flowering dogwood (Cornus florida) from seedlings.Plant Cell Reports 16:485489

    Krsi BO, Debussche M (1988) The fate of flowers and fruitsofCornus sanguineaL. in three contrasting Mediterranean habitats. Oecologia 74:592599

    Bibliografia

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    Cra

    taegusmonogyna

    EN: hawthorn, white thornEL:, ES: espino albar, majueloFR: aubpine, noble pineIT: biancospino, marucca biancaPT: pilriteiro, espinheiroalvar

    Rosaceae

    O pilriteiro um arbusto ou pequena rvore espinhosaat 5(10) m, com espinhos de 7 a 20 mm. Existe umagrande variao de tamanho e forma das folhas dentrode um mesmo indivduo, tendo um limbo desde profundamente lobado a inteiro. O gnero Crataegus,

    como outras rosceas, tem uma grande complexidadetaxonmica.

    Distinguese das outras espcies do mesmo gnero,com distribuio na Europa mediterrnica, pela forma

    das suas folhas ou pela pilosidade de diferentes estruturas. As folhas do C. monogynatm lbulos inteirosou poucos dentes agudos e as estpulas so inteiras; noC. laevigataas folhas tm lbulos serrilhados e estpulas serradas. Tambm se diferencia do C. heldreichii, doC. azaroluse doC. pycnoloba, espcies com distribuiorestringida zona mediterrnica oriental, cujos ramos

    jovens, folhas, pedicelos e receptculo so tomentosos,lanosos ou serceos, enquanto que naC. monogynasoglabros ou com plos rectos e abertos.

    rea de distribuio natural: Sudoeste, Sudeste, Centro, Norte e Este da Europa, Cucaso, Oeste da sia,Norte de frica

    Distribuio na regio mediterrnica: Portugal, Espanha (incl. Baleares), Frana (incl. Crsega), Itlia (incl.Sardenha e Siclia), Crocia, BsniaHerzegovina, Mon

    tenegro, Albnia, Grcia (incl. Creta), Chipre,Turquia,Sria, Lbano, Israel, Tunsia, Arglia, Marrocos

    Esta espcie apresenta uma grande amplitude ecolgica. Encontrase nas bordaduras e clareiras de bosques caduciflios, assim como em matos espinhososcaduciflios, restringindose nas regies mais ridas sribeiras e ambientes sombrios.

    Distribuio e Ecologia

    Caractersticas de identificao

    Crataegus

    monogynaJacq.

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    Crataegusmonog

    yna

    Expresso sexual Florao Polinizao Frutificao Maturao

    Biologia reprodutiva

    hermafrodita flores bra