guia de peixes

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  • Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    GUIA DIDTICO SOBRE ALGUNS PEIXES DA LAGOA MANGUEIRA, RS.

    Diana Faria MEGA & Marlise de Azevedo BEMVENUTI

    Departamento de Oceanografia, Fundao Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Campus Carreiros, Caixa Postal 474, Rio Grande, RS, 96.201-900 E-mail: [email protected]

    RESUMO: O presente trabalho teve por objetivo a elaborao de um guia didtico ilustrado sobre as espcies de peixes mais representativas da Lagoa Mangueira, RS. Vinte (20) espcies foram selecionadas de acordo com a sua freqncia de ocorrncia nas coletas, obtidas com o apoio do Laboratrio de Ictiologia da FURG. Para cada espcie foi elaborado um texto abrangendo as caractersticas morfolgicas, incluindo o nome cientfico, o nome comum, da famlia, alm de dados sobre sua biologia, alimentao e reproduo. O trabalho proposto destina-se aos professores de Cincias do ensino fundamental e mdio, como material de apoio para as suas aulas. Tambm, pretende preencher um espao na literatura popular direcionada ao conhecimento de Cincias apresentando exemplos populares, de interesse regional conhecidos, aos quais se aportam informaes mais elaboradas obtidas da literatura cientfica.

    Palavras-chave: peixes, guia, Lagoa Mangueira.

    A LAGOA MANGUEIRA

    A Lagoa Mangueira localiza-se na regio sul do estado do Rio Grande do Sul, entre as dunas que separam o municpio de Santa Vitria do Palmar e o Oceano Atlntico (Figura 1).

    uma lagoa costeira bastante jovem (cerca de 150.000 anos), que outrora se ligava com a Lagoa Mirim. Possui cerca de oitenta mil hectares (80.000 ha) de espelho dgua e volume aproximado de setecentos milhes de metros cbicos (700.000.000m) de gua doce (aproximadamente 1/6 da Lagoa Mirim) (Azambuja, 1978).

    Possui uma forma alongada com 92 km de comprimento, entre 2 e 6 km de largura, com profundidade mdia oscilando entre 1,5 e 6 m (Delaney,1965).

    A gua desta lagoa lmpida com at 2 metros de transparncia e de boa qualidade. Com exceo da descarga do Arroio Pastoreio, no h aporte de gua fluvial. Toda a gua proveniente da chuva e do lenol fretico. A ao das dunas costeiras fundamental na manuteno do nvel e da qualidade da gua, que representa hoje o manancial de melhor qualidade no municpio (Brasil, 1997).

    Esta lagoa possui uma beleza panormica em suas margens, sendo considerada uma das mais belas e lmpidas do mundo. Suas guas de cor verde-clara so tambm um incentivo a pratica da pesca e a navegao esportiva. As fazendas situadas s suas margens possibilitam aventurar-se em trilhas de turismo ecolgico (SECTUR, 2001).

    Uma grande riqueza biolgica observada nesta lagoa, representada por inmeras espcies de animais, entre aves aquticas (cisne-de-pescoo-preto, pato-arminho, marrecos, bigu), mamferos (capivara, rato-do-banhado), rpteis (jacar-do-papo-amarelo, cgado) e peixes (peixe-rei, trara, pintado, cascudo, bagre).

  • 2 D. F. Mega & M. A. Bemvenuti

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    Os peixes que vivem deste ambiente vm sendo analisados atravs do Programa Ecolgico de Longa Durao (PELD Sistema Hidrolgico do Taim), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Hidrolgicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH, UFRGS) em parceria com a Fundao Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e a Fundao Zoobotnica do Rio Grande do Sul (FZRGS). A disponibilidade deste material armazenado no Laboratrio de Ictiologia da FURG motivou a elaborao deste guia ilustrado para auxlio nas aulas de Cincias.

    O GUIA DIDTICO ILUSTRADO

    A elaborao deste material didtico sobre peixes deve tornar mais atrativas, teis e proveitosas s aulas de Cincias, permitindo um melhor aproveitamento das mesmas. O guia contm textos explicativos, com descries simplificadas das espcies de peixes mais freqentes encontrados na Lagoa Mangueira.

    As espcies foram selecionadas de acordo com a sua freqncia de ocorrncia nas coletas, por meio de relatrios do projeto Caracterizao dos peixes do sistema de banhados do Taim, parte integrante do Programa Ecolgico de Longa Durao (PELD TAIM).

    Para cada espcie selecionada foi elaborado um texto abrangendo as caractersticas morfolgicas, dados sobre onde vivem o que comem e como se reproduzem, com informaes obtidas atravs da pesquisa bibliogrfica. As ilustraes dos peixes foram disponibilizadas a partir de trabalhos desenvolvidos por bolsistas do Laboratrio de Ictiologia.

    COMO UTILIZAR O GUIA

    O guia ilustrado apresenta 20 espcies de peixes de gua doce dentre as mais comuns encontradas na Lagoa Mangueira e demais lagoas costeiras do Rio Grande do Sul (Tabela 1).

    As espcies esto dispostas de acordo com sua morfologia externa, classificadas em: (1) peixes com escamas, (2) peixes sem escamas e (3) peixes revestidos com placas sseas. Em cada grupo a classificao por ordem alfabtica do nome comum. Para cada peixe apresentado um desenho, abaixo do qual seguem o nome da espcie e da famlia. No corpo do texto so apresentadas as caractersticas morfolgicas, dados sobre o ambiente onde vivem (hbitat), hbitos alimentares e comportamento reprodutivo, tais como locais e poca de desova.

    Figura 1. Mapa da regio sul do Brasil, com a localizao da Lagoa Mangueira.

  • Guia didtico sobre peixes da Lagoa Mangueira

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    3

    (a)

    (b)

    Tabela 1. Lista das espcies do guia obtidas na Lagoa Mangueira (RS), classificadas por ordem evolutiva. Ordem Famlia Gnero e espcie Nome popular

    Cypriniformes Curimatidae Cyphocharax voga bir, voga Erythrinidae Hoplias malabaricus traira Characidae Astyanax jacuhiensis lambari rabo-amarelo Astyanax eigenmaniorum lambari, piaba Charax stenopterus lambari-transparente Oligosarcus jenynsii dentudo Oligosarcus robustus dentudo Siluriformes Pimelodidae Parapimelodus nigribarbis mandi Pimelodus maculatus pintado Heptapteridae Rhamdia sp. A jundi Auchenipteridae Trachelyopterus lucenai penharol, porrudo Callichthyidae Corydoras paleatus coridora, limpa-fundo Loricariidae Loricariichthys anus cascuda-clara, viola Hypostomus commersoni cascuda-escura Atheriniformes Anablepidae Jenynsia multidentata barrigudinho Poeciliidae Phalloceros caudimaculatus barrigudinho Atherinopsidae Odontesthes bonarienis peixe-rei Odontesthes humensis peixe-rei Perciformes Cichlidae Crenicichla lepidota joaninha Geophagus brasiliensis car, acar

    CARACTERSTICAS MORFOLGICAS DOS PEIXES

    As caractersticas morfolgicas que permitem sua identificao esto desenhadas na Figura 2.

    Figura 2. Principais estruturas de um peixe sem escamas (a) e um peixe com escamas (b).

  • 4 D. F. Mega & M. A. Bemvenuti

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    (1) PEIXES COM ESCAMAS

    Peixes com escamas so os mais comuns e encontrados em quase todos os ambientes, desde os oceanos at audes, banhados e lagoas. So em geral muito ativos, pois a disposio das escamas e a secreo de muco facilitam o seu deslocamento no ambiente aqutico.

    bir Cyphocharax voga barrigudinho Jenynsia multidentata barrigudinho Phalloceros caudimaculatus car Geophagus brasiliensis dentudo Oligosarcus jenynsii dentudo Oligosarcus robustus joaninha Crenicichla lepidota lambari Astyanax jacuhiensis lambari Astyanax eigenmanniorum lambari, piaba Charax stenopterus peixe-rei Odontesthes bonariensis peixe-rei Odontesthes humensis trara Hoplias malabaricus

    BIRU ou VOGA

    NOME CIENTIFICO: Cyphocharax voga FAMILIA: Curimatidae

    Corpo revestido por escamas prateadas, com pequenas manchas negras no dorso, mais visveis nos juvenis. Os jovens possuem diminutos dentes cnicos com os quais se alimentam de algas. Na fase adulta perdem os dentes e passam a nutrir-se do contedo orgnico existente no fundo lodoso. A desova ocorre entre novembro e janeiro em reas de inundaes ao longo de arroios e lagoas. Neste ambiente, os peixes jovens tm a sua disposio uma maior abundncia de alimento. capturado em maior nmero durante o vero, diminuindo durante o outono e a primavera.

    Ref: Ringuelet et al. 1967; Grosser & Hahn 1981; Kock et al. 2000.

    BARRIGUDINHO

    NOME CIENTFICO: Jenynsia multidentata FAMLIA: Anablepidae

    Peixe com dimorfismo sexual e fecundao interna. Nos machos a nadadeira anal modificada formando o gonopdio, rgo usado na reproduo. um peixe de pequeno tamanho, corpo alongado e ventre arredondado. Possui colorao escura no dorso e clara no ventre. Possui um hbito alimentar omnvoro, ingerindo vegetais de fundo (diatomceas epfitas), restos de vegetais em decomposio (detritos), poliquetos e anfpodes. A fmea possui o ventre dilatado devido s repetidas gestaes. As fmeas podem ter at 4 gestaes de 25 dias cada, gerando em mdia 40 a 50 embries. A reproduo ocorre em dois perodos do ano, um principal no fim da primavera e durante o vero, e outro perodo de menor intensidade no final do inverno e no inicio da primavera.

  • Guia didtico sobre peixes da Lagoa Mangueira

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    5 capturada em maior nmero durante a primavera.

    Ref: Betito 1984; Fischer 1999; Vieira et al. 1998; Garcia et al. 2004.

    BARRIGUDINHO

    NOME CIENTIFICO: Phalloceros caudimaculatus FAMLIA: Poeciliidae

    Peixe com dimorfismo sexual e fecundao interna: o macho possui alguns raios da nadadeira anal, unidos e prolongados, formando um rgo copulador (gonopdio). A fmea, geralmente tem o abdmen aumentado devido s gestaes (4 de at 25 dias cada uma), gerando em media 40 a 50 embries. Alimenta-se de larvas aquticas de moscas e mosquitos, auxiliando no controle biolgico destes insetos.

    Vive prximo da superfcie, onde o teor de oxignio maior, o que lhe permite ocupar ambientes pouco oxigenados. Espcie mais capturada durante a primavera e o inverno.

    Ref: Kock et al. 2000

    CAR ou ACAR

    NOME CIENTIFICO: Geophagus brasiliensis FAMLIA: Cichlidae

    De todos os cars o que alcana maiores propores, sendo tambm o mais encontrado. O corpo alto e comprimido, a cabea grande. Boca prottil, lbios espessos, ris do olho de cor amarelo intenso, cruzado por uma lista vertical preta. Corpo com presena de 8 a 9 listras transversais escuras, a primeira parte do alto da cabea e ultrapassa o olho. Apresenta uma grande mancha escura no centro do corpo. Na poca da reproduo, os casais se juntam e preparam o ninho, que uma pequena escavao feita no fundo das margens da lagoa, onde a fmea deposita os vulos e o macho os fecunda. Aps, o casal protege os ovos, impedindo que outros peixes se aproximem deles, at que as larvas eclodam e tenham mais ou menos de 15 a 30 dias e possam ter condies de viverem livremente. Esta espcie mais capturada durante o vero, no h registro de captura durante a primavera.

    Ref: Santos 1987; Kock et al. 2000; Lang 2001.

    DENTUDO, PEIXE-CACHORRO ou TAMBICU

    NOME CIENTIFICO: Oligosarcus jenynsii FAMLIA: Characidae

    Corpo robusto de perfil dorsal e ventral aproximadamente simtricos. Possui escamas grandes, entre 51-67 na linha lateral completa.

  • 6 D. F. Mega & M. A. Bemvenuti

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    O dorso e a cabea tm a cor escura, a nadadeira caudal amarelada, quando vivo. Focinho curto maxilar e mandbula de mesmo tamanho, boca grande com um par de dentes caninos bem desenvolvidos na ponta do pr-maxilar, seguido por uma fileira de cinco dentes cnicos menores e outro canino desenvolvido como o primeiro. Sua alimentao carnvora, preferindo peixes pequenos, crustceos e larvas de inseto. Seu perodo reprodutivo bastante longo, ocorrendo de julho a dezembro. A maturidade sexual atingida no segundo ano de vida. Esta espcie foi capturada durante todo ano, atingindo um pico mais elevado no vero.

    Ref: Menezes 1969; Hartz et al. 1997; Kock et al. 2000.

    DENTUDO, PEIXE-CACHORRO ou TAMBICU

    NOME CIENTIFICO: Oligosarcus robustus FAMLIA: Characidae

    Corpo alongado com linhas suaves, escamas pequenas, entre 75-88 na linha lateral completa. Apresenta uma mancha escura e alongada verticalmente na regio umeral e outra escura e alongada horizontalmente no pednculo caudal. Cauda de cor avermelhada quando vivo. Cabea levemente cncava, focinho longo, boca grande, terminal. Maxilar proeminente, com dentes caninos anteriores para fora, mesmo quando a boca permanece fechada. Mandbula com dentes caninos bem desenvolvidos na parte anterior do dentrio, seguidos por uma fileira de cinco dentes cnicos menores e outro canino bem desenvolvido como o primeiro. Sua alimentao carnvora, principalmente peixes menores, alguns crustceos e larvas de inseto. Apresenta maior captura durante o vero e o inverno.

    Ref: Menezes 1969; Kock et al. 2000.

    JOANINHA

    NOME CIENTIFICO: Crenicichla lepidota FAMLIA: Cichlidae

    Possui um corpo alongado de colorao parda acinzentada. Seu tamanho mdio atinge 20 centmetros de comprimento total. Apresenta uma mancha umeral escura na base da nadadeira peitoral e outra na regio da nadadeira caudal, na forma de um ocelo negro com um halo amarelo. Em alguns indivduos pode ocorrer a presena de uma faixa escura que se estende da ponta do focinho at o fim da nadadeira caudal. A nadadeira dorsal contnua com espinhos e raios; as peitorais so maiores do que as ventrais; a caudal redonda e a anal apresenta pequenos espinhos. Alimenta-se de insetos, poliquetas e peixes sseos. uma espcie pouco capturada, apresenta maior ndice durante o vero.

    Ref: Santos 1987; Kock et al. 2000; Lang 2001.

  • Guia didtico sobre peixes da Lagoa Mangueira

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    7 LAMBARI-RABO-AMARELO

    NOME CIENTIFICO: Astyanax jacuhiensis FAMILIA: Characidae

    Corpo fusiforme, lateralmente comprimido, com curvaturas ventrais e dorsais. Apresenta uma mancha escura, ovalada, disposta na horizontal, logo atrs da cabea. A nadadeira caudal tem colorao amarela. Alimenta-se principalmente de insetos, zooplncton, algas, plantas e ovos de outros peixes. A desova costuma se estender por um longo perodo, normalmente entre os meses de setembro e maro, variando de acordo com a regio. Sua captura maior no vero. Referncia: Ringuelet et al. 1967; Kock et al. 2000.

    LAMBARI ou PIABA

    NOME CIENTIFICO: Astyanax eigenmanniorum FAMLIA: Characidae

    Apresenta corpo fusiforme, curvatura dorsal e ventral simtrica. Dorso de cor olivcea, laterais prateadas e ventre prata-amarelado. Apresenta uma mancha escura, verticalmente alargada, logo atrs da cabea. A nadadeira caudal tem colorao amarela, com bordos acinzentados. Alimenta-se de algas, plantas superiores, zooplncton (cladceros e coppodos) e insetos. Sua captura praticamente regular durante o outono, primavera e vero, caindo pela metade durante o inverno.

    Ref: Ringuelet et al. 1967; Lang 2001

    LAMBARI-TRANSPARENTE

    NOME CIENTIFICO: Charax stenopterus FAMILIA: Characidae

    Corpo apresenta uma elevao (corcova) na regio posterior da cabea. Escamas do corpo so grandes, diminuindo de tamanho na regio pr-dorsal. Linha lateral incompleta. Colorao amarelada no dorso, ventre prata-amarelado. A colorao do jovem difere do adulto, podendo apresentar pequenos pontos pretos, esparsos e linhas transversais escuras no corpo. Quando vivo translcido, com a nadadeira anal alaranjada e a caudal avermelhada. As manchas umeral e caudal so difusas. Sua alimentao carnvora, preferindo peixes, crustceos, insetos e outros invertebrados. Pode ser encontrado em rios, arroios e lagoas, preferencialmente em guas lnticas. uma espcie capturada no vero e raras vezes nas outras estaes do ano.

    Ref: Ringuelet et al. 1967; Kock et al.2000.

  • 8 D. F. Mega & M. A. Bemvenuti

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    PEIXE-REI

    NOME CIENTIFICO: Odontesthes bonariensis FAMILIA: Atherinopsidae

    Apresenta um corpo alongado com uma faixa prateada longitudinal. Possui cabea afilada cncava dorsalmente e focinho pontudo. A boca anterior pequena, com vrias sries de diminutos dentes cnicos. Quando adulto atinge grande tamanho (30 a 40 cm), sendo importante na pesca artesanal. um peixe nadador ativo e extremamente veloz. Alimenta-se de moluscos, insetos, pequenos peixes e algas. A reproduo ocorre entre maio e junho. As fmeas podem desovar cerca de 16.000 vulos. Dependendo da temperatura o desenvolvimento embrionrio pode demorar de 10 a 14 dias. capturado em maior quantidade durante o inverno, quase que desaparecendo durante as outras estaes.

    Ref: Kleerekoper 1945; Kock et al. 2000; Bemvenuti et al. 1997; Bemvenuti 2002.

    PEIXE-REI

    NOME CIENTIFICO: Odontesthes humensis FAMLIA: Atherinopsidae

    Apresenta a cabea arredondada com focinho curto, a boca protrtil, maxilar curvo mais saliente que a mandbula. Quando adulto atinge cerca de 30 a 40 cm. Assim como O. bonariensis, tambm apresenta grande importncia na pesca artesanal. Alimenta-se de moluscos, artrpodes e em menor quantidade de peixes. Sua desova ocorre a partir de junho, preferencialmente em setembro. Espcie que apresenta maior nmero de indivduos durante o inverno, caindo sua captura durante a primavera.

    Ref: Moraes 1981; Rodrigues & Bemvenuti 2001; Bemvenuti 2002.

    TRARA

    NOME CIENTIFICO: Hoplias malabaricus FAMILIA: Erythrinidae

    Peixe agressivo, com boca dotada de dentes caniniformes desiguais e fortes. O corpo de colorao pardo-amarelado com manchas escuras irregulares. Alimenta-se de plncton ainda na fase de alevino e a partir da passa a ter um regime carnvoro, preferencialmente peixes (peixe-rei, dentudo) e tambm camaro. Reproduz-se de julho a maro em guas rasas com vegetao. O macho e a fmea limpam uma pequena rea do substrato, formando uma depresso rasa onde so colocados os vulos que sero fecundados pelo macho. A fmea pode liberar, quinzenalmente, de 2.500 a 3.000 vulos, at o esgotamento total dos ovrios. Aps 4 dias nascem as larvas, que so protegidas pelos pais at que sejam capazes de se defenderem. A desova ocorre de julho a maro. Utiliza a bexiga natatria como rgo respiratrio auxiliar em ambientes com pouco oxignio. Foi capturado em maior quantidade no vero.

    Referncia: Ringuelet et al. 1967; Kock et al.2000.

  • Guia didtico sobre peixes da Lagoa Mangueira

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    9 (2) PEIXES SEM ESCAMAS

    Peixes com o corpo revestido de pele ou couro, com nadadeiras providas de forte espinho, chamado acleo. Possuem hbitos noturnos, sendo encontrados com freqncia no fundo de arroios, lagoas ou audes onde encontram seu alimento, utilizando-se dos barbilhes junto boca, como rgos sensitivos.

    jundi Rhamdia sp A mandi Parapimelodus nigribarbis penharol Trachelyopterus lucenai pintado Pimelodus maculatus

    JUNDI

    NOME CIENTIFICO: Rhamdia sp. A FAMILIA: Heptapteridae

    O corpo robusto, alongado, com nadadeira adiposa muito longa, ocupando quase todo o espao entre a nadadeira dorsal e a caudal. A boca larga com 3 pares de barbilhes, sendo 2 inferiores e 1 superior. O colorido geral pardo-amarelado ou acinzentado. um peixe muito rstico que pode viver em guas com caractersticas desfavorveis para o desenvolvimento de outras espcies. O jundi sai de seu esconderijo depois de uma chuva para alimentar-se de pequenos peixes, moluscos, crustceos e insetos, resto de vegetais e detritos orgnicos. Sua primeira maturao sexual ocorre com cerca de 16,5 cm, para as fmeas e 13,4 cm para os machos. O perodo de reproduo ocorre na primavera, desovando em locais de gua limpa, calma e de fundo pedregoso. Seus ovos ficam cobertos por uma substancia gelatinosa, demorando trs (3) dias para eclodir. Sua captura ocorre em maior nmero durante o inverno.

    Ref: Ringuelet et al. 1967; Kock et al. 2000; Nakatani 2001; Bento 2003; Ktter 2004.

    MANDI

    NOME CIENTIFICO: Parapimelodus nigribarbis FAMILIA: Pimelodidae

    Espcie encontrada em grandes cardumes, freqentemente observada nadando junto superfcie da gua. O corpo delgado de colorao uniforme, acinzentado. A cabea depressa, com olhos posicionados lateralmente, visveis em posio ventral e dorsal. Alimenta-se de plncton. Sua captura ocorre em maior nmero durante a primavera.

    Ref: Ringuelet et al. 1967; Kock et al. 2000.

    PENHAROL ou PORRUDO

    NOME CIENTIFICO: Trachelyopterus lucenai FAMILIA: Auchenipteridae

    O corpo robusto, colorao pardo-amarelada com manchas de formato e distribuio irregulares,

  • 10 D. F. Mega & M. A. Bemvenuti

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    principalmente no dorso. A nadadeira dorsal curta e dotada de um forte espinho serrilhado (acleo), assim como nas nadadeiras peitorais. Alimenta-se preferencialmente de insetos de vrios grupos, alm de pequenos peixes e crustceos. Seu perodo reprodutivo ocorre entre novembro e janeiro, quando a temperatura est bem elevada. Esta espcie que era desconhecida at pouco tempo, tanto para os pescadores como para os cientistas. Sua captura ocorre com maior freqncia na primavera e no vero, mas pelo fato de sua carne no ser apreciada, o peixe devolvido a gua, o que contribui para o aumento da sua populao em relao s outras espcies, alm de adaptar-se ambientes pouco oxigenados. Grande quantidade de indivduos capturados durante o vero.

    Ref: Kock et al. 2000; Moresco 2003; Moresco & Bemvenuti, 2005.

    PINTADO

    NOME CIENTIFICO: Pimelodus maculatus FAMILIA: Pimelodidae

    Possui corpo de colorao pardo-amarelado com manchas escuras arredondadas e ventre quase branco. Durante o dia fica escondido em tocas ou lugares sombrios. Prefere nadar no fundo, onde remove as camadas superficiais em busca de alimento. Alimenta-se do que estiver disponvel, principalmente de larvas de inseto Odonata e restos de vegetais. Apresenta maior nmero de indivduos durante o inverno e o vero.

    Ref: Kock et al. 2000; Silva 2002.

    (3) PEIXES REVESTIDOS POR PLACAS SSEAS

    Apresentam o corpo coberto por placas sseas. Algumas espcies so utilizadas pelos aquariofilistas como o limpa-vidro ou o limpa-fundo. So encontrados no fundo de rios e lagoas, revolvendo o lodo ou raspando pedras e folhas em busca de alimentos.

    cascuda-clara, viola Loricariichthys anus cascuda-escura Hypostomus commersoni coridora, limpa-fundo Corydoras paleatus

    CASCUDA-CLARA ou VIOLA

    NOME CIENTIFICO: Loricarichthys anus FAMILIA: Loricariidae

    Possui corpo depresso, revestido por placas sseas superiores e inferiores formando, junto cauda, uma quilha curta ao se unirem nas laterais do corpo. A cabea pontiaguda e a colorao pardo-amarelada clara. Est adaptado a diferentes tipos de ambientes com fundos arenosos, lodosos ou rochosos. A alimentao dos jovens composta de larvas de insetos, crustceos e pequenos moluscos. Quando alcana a fase adulta, alimenta-se de lodo e detritos orgnicos. Apresenta uma forma muito eficiente de reproduo, por isso h um grande numero de individuo dessa espcie na regio sul do estado. Tem a boca forma de ventosa e o lbio inferior transformado

  • Guia didtico sobre peixes da Lagoa Mangueira

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    11 em um par de estruturas semelhantes a almofadas que, no macho, so mais desenvolvidas, formando um invlucro para incubao dos ovos. Maior nmero de indivduos capturados durante o vero.

    Ref: Ringuelet et al. 1967; Santos 1987; Britski et al. 1988; Kock et al. 2000.

    CASCUDA-ESCURA

    NOME CIENTIFICO: Hypostomus commersonii FAMILIA: Loricariidae

    Corpo de cor verde-escuro revestido de placas sseas com manchas pretas arredondadas. As placas sseas laterais possuem uma quilha forte e spera. Cabea revestida por uma cutcula espessa. Possui boca inferior com dentes pequenos especializados para raspar a vegetao das pedras. O lbio inferior redondo com numerosas papilas e duas projees carnosas. Habita fundos de lagoas e riachos. Alimenta-se de substancias orgnicas, limo e detritos vegetais, raspando o substrato onde vive. A reproduo acontece entre o fim de novembro e fevereiro. A espcie protege a desova aderindo os ovos em pedras e o casal fica de guarda. Os ovos so enormes e sua reproduo j foi obtida em aqurio. Espcie capturada durante a primavera e o vero.

    Ref: Ringuelet et al. 1967; Pereira 1986; Barbieri & Verani 1987; Santos 1987; Britski et al. 1988.

    CORIDORA ou LIMPA-FUNDO

    NOME CIENTIFICO: Corydora paleatus FAMILIA: Callichthyidae

    O corpo amarelado com manchas escuras de tamanho e forma variada no dorso e nos flancos, conferindo-lhe um aspecto malhado. A cabea compressa e a nadadeira caudal furcada. As nadadeiras, principalmente dorsal e caudal, apresentam manchas escuras formando linhas. A parte lateral do corpo revestida por duas sries de placas sseas. O macho distingue-se da fmea pela nadadeira dorsal mais longa. Vivem em grandes cardumes em locais de fundo arenoso, alimentando-se de restos insetos e de outros invertebrados do substrato e tambm de detritos orgnicos. A reproduo ocorre com mais freqncia no ms de fevereiro. A fmea carrega os ovos sobre as nadadeiras ventrais at folhas ou pedras onde so agrupados e fecundados pelo macho, aps 3 a 6 dias eles eclodem e as larvas buscam refugio no fundo junto ao substrato. Sua captura ocorre em maior nmero durante o vero. Ref: Ringuelet et al. 1967; Pereira 1986; Bervin & Fontoura 1994; Kock et al. 2000.

    SUGESTO DE UTILIZAO DO GUIA

    Para a utilizao do Guia Didtico em sala de aula pode-se proceder com os seguintes passos:

    1. Apresentar aos alunos um mapa do Rio Grande do Sul, indicando a cidade de Santa Vitria do Palmar, a localizao da Lagoa Mangueira como local de coleta onde foram obtidos os diferentes peixes que fazem parte do Guia.

    2. Caracterizar os peixes atravs dos desenhos do guia.

  • 12 D. F. Mega & M. A. Bemvenuti

    Cadernos de Ecologia Aqutica 1 (2): 1-15, ago dez 2006

    3. Com o auxilio de uma Coleo Didtica Biolgica com os exemplares do guia, os alunos tero capacidade de identificar cada uma das espcies.

    4. Como encerramento da aula os alunos, individualmente ou em grupos, podero dar a sua opinio, expondo para a classe o que mais gostaram, o que aprenderam ou mesmo falar do que no gostaram.

    REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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    AGRADECIMENTOS

    As autoras agradecem aos oceanlogos Luciano G. Fischer, Fernando Campello, Mateus Ktter e aos bilogos Lisiane Silva e Alex Moresco pelo auxlio na elaborao do texto e desenhos dos peixes. Ao Dr. Alexandre Garcia e Dr. Srgio Piedras pela reviso do texto.