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Guia de Prerrogativas

Rio de Janeiro, 20172ª edição

OABRJComissão dePrerrogativas

O seu manual prático de prerrogativas.Valorizando e aperfeiçoando a advocacia.

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Presidente da OAB/RJ Felipe Santa Cruz

Vice-presidente Ronaldo Eduardo Cramer Veiga

Secretário-geral Marcus Vinícius Cordeiro

Secretária-adjunta Ana Amelia Menna Barreto

Tesoureiro Luciano Bandeira Arantes

Comissão de Prerrogativas - Gestão 2016-2018

Presidente Luciano Bandeira Arantes

Vice-presidente Diogo Tebet

Secretário-geral Mario Nilton Leopoldo

Procuradoria Ramon Teixeira de Sousa Luan Fernandes Cordeiro

Assessoria jurídica Raphael Vitagliano

Renato Teixeira de Sousa Pedro Henrique L. C. Bezerra

Karen Calabria Alves

Secretaria Lacy Maria Tavares Costa

OABRJ

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Delegados de prerrogativasAlaide de Fatima da Silva Pereira

Alessandra Amanda M. de O. RodriguesAlessandra de Barros Wanderley

Alessandra Moreira SantosAlexandro Rodrigues Paroli

Amanda Pena NunesAna Carolina Ferrari PeresAna Cristina Cavalcante

Ana Paula Aires Ferreira LeitãoAnderson Carneiro de Holanda

Andréa Maria Silva de AssisAndrea Paula Jordão de Deus

Antônia de Maria Ximenes OliveiraAntonio Carlos Marques Fernandes

Aristóteles Almeida FilhoArthur Mattos Rosa e Silva Filho

Barbara Carla da Mata EwersBianca Maria Gomes Pinto Cukier

Braulio Silva Gomes de FreitasBruna Gomes de Oliveira

Bruno AlvesCaio Silva de Souza

Carlos Alberto do NascimentoCarlos Alexandre Silva Santos

Carlos André Barbosa Nascimento

Carlos Andre Franco Marques VianaCarlos Augusto de Castro ÁvilaCláudia Maria de Assis Torres

Cláudio Carvalho CunhaCristiane dos Santos Cordeiro

Daniel PonteDavid Ferreira Bastos

Diana Filizola Brandao FelipeElza de Cassia Menezes Ricardo Coelho

Eric de Sà TrotteErlane Soares Cardoso

Fabiana Batista VasconcellosFabiana de Oliveira

Fabiana Pereira Costa GomesFabiano Lyra Quintela

Fabio Felipe Pitta Fernandes CorreaFabricio Leo Vasconcelos

Felipe Vieira de Araujo CorreaFernanda Carla Nascimento Pansini

Fernanda Cristine Soares Fonseca MataFlavia da Silva Canaveira Neves

Flávio Viana de Sant’anaFrancisco Eugenio Santos de Oliveira

Francisco Gabriel Pacheco Junior Frederico de Lima Santana

Rafael Cunha KullmannBruno Silva Rodrigues

Leonardo Duarte Alves VieiraMarcele de Araújo Almeida

Ricardo Pieri NunesRicardo Sid Machado da SilvaMarco Aurélio Porto de Moura

Marcos Vidigal de Freitas CriciúmaPedro Cirne de Oliveira

Helton Márcio PintoLeonardo Bruno Brizzante Cupello

Leonardo Monteiro VillarinhoLuiz Rodrigo de A. Barbuda Brocchi

Marcelo Napolitano de Oliveira

Carloliny Albernard GomesPedro Maurity Santos

Rodrigo Britto de Oliveira RibeiroRodrigo Falk Fragoso

Cristiano Falk FragosoRogério Marcolini de Sousa

Sérgio Chastinet Duarte GuimarãesCarlos Alberto Lube JúniorCarlos Eduardo Gonçalves

Fernanda Francisca de S. FreixinhoFernanda Pereira da Silva Machado

Gustavo Alves Pinto TeixeiraGiovanni Pugliese G. de Magalhães

Membros da comissão

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Frederico Souza de CarvalhoGabriel Rocha Brasil

Gabriela Lorenzoni da SilvaGabriela Neri Santos Pinheiro

Gonzalo de Alencar LopezGracieli Guimarães da Silva Cardoso

Heitor Gama PimentelIasmin Brito Gadelha

Ingrid Gonçalves da Silva Magalhaes Isabela Marinho Leal

Jairo dos Santos SalvadorJânio Carlos Almeida de Carvalho

Jaqueline da Silva Almeida RodriguesJaqueline de Mello JorgeJefferson Araujo de Paulo

Jefferson dos Anjos MartinsJoão Gabriel Menezes Costa Melo

José Alexandre dos SantosJose Ricardo V. Ribeiro de AssisKaren de Lima e Silva Marques

Katia Cristina CavalcanteKelly Rodrigues de Almeida

Lane Cruz de LimaLane Dias RibeiroLany Cruz de Lima

Larissa Maria Abdalla de C. JauedLeandro Francesco Viana Cardone

Leandro PedrosaLeonardo Alvares dos Prazeres Mendonça

Livia Regina M. França EvangelistaLucas Pastore Laporte de Souza

Luciana Ferreira da SilvaLuciana Martins OmenaLuis Antonio dos Santos

Luis Antonio Vicentini MotaLuis Flavio Souza Biolchini

Maiza Dias dos Santos BenaceManuel de Almeida Rito

Marcelo Vinicius Rabelo PinheiroMarcos Fabricio Barboza G. L. de Souza

Marcus Vinicius Oliveira do CarmoMaria Augusta Simões Moreira

Maria Helena de SalesMariana de Oliveira Pereira

Mario Fabricio Coutinho PolinelliMarisa Chaves Gaudio

Mauro Vasconcelos Ribeiro de AssisMichelle Aguiar da Costa

Michelle Ferreira da Cruz Fonseca VellosoMônica Adur Fontes

Murilo de Cerqueira Sampaio Nastassja Thami Chalub Americo dos ReisNelson Austregesilo de Athayde Pestana

Nicolas Dante Di LulioOctavio Leopoldo Marins Ribeiro Moraes

Patricia de Azevedo GuerraPaulo Renato de Aguiar Moraes Alves

Paulo Roberto de Carvalho RochaPaulo Roberto Fonteles Grossi da Veiga

Paulo Roberto Pereira dos S. FilhoPedro Eugenio Werly Ferreira do Cabo

Philipe Freitas Correa dos AnjosPriscille Germana Rodrigues dos Santos

Prisicilla Paoliello de SartiRafael Rodrigues de AlmeidaRaphael Coelho dos Santos

Raphael Ferreira da Silva DuarteReinaldo Cavalcanti da S. Alvarenga

Roberto Banhara Drummond GonçalvesRodrigo da Silveira Marques Pereira

Rodrigo Fontoura AssefRodrigo Holanda BragançaRodrigo Ignacio Mondego

Rodrigo Oliveira MaiaRosa Maria da Silva Cunha Estevez

Roseane Ferreira GomesRoseane Ferreira Gomes

Shanna Peres Correa ArgonezSoraya Fonseca SalomãoTamina Matos Brandão

Thiago Camel de CamposThiago Lourenço de Mattos

Thiago Miotto VianaThuani da Silva Baptista

Thuany de Moura Costa Vargas LopesVanessa Cristina de Assis Martins

Vanessa Lopes Siqueira dos SantosVinicius Soares da Costa Freitas

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Vinicius Soares Saldanha MarinhoVitor Luiz dos Santos Soares

Wanderson Costa de MelloWillian Augusto Brand Pinheiro

Delegados de prerrogativas (Justiça do Trabalho)

Estagiários

Clarissa Costa CarvalhoEduardo Ribeiro Tarjano Leo

Janio Carlos Almeida De CarvalhoJorge Ribeiro Cabo

Luiz Claudio CorreaMarcio José da Silva

Nilton Lavoura CamposPaulo Cesar Brasiliense Canuto

Ronald Santos da Silva Naira da Silva Marcondes

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A defesa das prerrogativas é a bandeira priori-tária da OAB/RJ desde o primeiro dia de nossa gestão. Para fortalecer a luta pelo cumprimento dos direitos dos advogados e impedir desrespeito e abusos, am-pliamos a comissão dedicada ao tema, fomos ao Ju-diciário diversas vezes, promovemos campanhas de conscientização e realizamos desagravos na porta dos tribunais.

Este Guia de Prerrogativas é mais uma inicia-tiva a se somar no esforço da Seccional. Aqui estão compilados os artigos do Estatuto da Advocacia que dispõem sobre o assunto e a jurisprudência das cortes superiores. O objetivo é informar, de manei-ra simples e direta, sobre as garantias legais que a advogada e o advogado têm no exercício de sua pro-fissão. E, também, divulgar os meios de contato da Ordem para eventuais denúncias.

Estamos certos de que o Guia será de grande valia não só para a classe, mas também para aque-les que lidam diariamente com a advocacia no labor

Informação direta sobre os direitos da advocacia

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cotidiano: magistrados, promotores, serventuários e autoridades em geral.

Afinal, prerrogativa é lei, não é favor.

Boa leitura.

Felipe de Santa Cruz Presidente da OAB/RJ

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Em momentos de crise econômica e institucional como a que vivemos, a advocacia é duplamente sacrifica-da. Elo entre a população e a Justiça, nossa atividade vive a sobrecarga da demanda judicial de tempos agudos, ao mesmo tempo em que encara a dura realidade que atra-vanca processos nas varas e tribunais do estado.

Ali, permanecem as mesmas mazelas – morosida-de, falta de serventuários e juízes, desrespeito as prer-rogativas – a afrontar, diariamente, o Estatuto da OAB e penalizar o advogado no seu direito ao trabalho.

Em ato que acompanhou o recrudescimento da crise, o presidente Felipe Santa Cruz aprovou, no iní-cio de 2016, a reestruturação completa da Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ. Ampliamos seu alcance, organização e capilaridade para fazer frente aos enor-mes desafios que se apresentavam.

Foram criadas coordenadorias descentralizadas por atividade, dando mais abrangência no atendimento. Aumentamos o número de delegados voluntários – hoje

Auxílio ao colega no cumprimento de sua missão

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Luciano Bandeira Presidente da Comissão

de Prerrogativas da OAB/RJ

são mais de 3 mil. O primeiro ano mostra resultados só-lidos: quatro mil casos oficiados, 3.633 processos aber-tos, 40 habeas corpus, 200 representações contra juízes e 320 atendimentos pessoais.

Não existe satisfação com tais números, pois são reflexo de que ainda há muito a se fazer preven-tivamente. Este Guia – que na presente edição ganha dois novos capítulos, um dedicado às mulheres ad-vogadas e outro, à mediação – é um aliado para mo-dificarmos esta realidade. Um auxílio ao profissional que se sentir aviltado no cumprimento de sua missão. E uma extensão do trabalho incansável da comissão, que continuará atuando firme na defesa da classe.

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A Comissão de Prerrogativas ......................................... 15

Serviços da Comissão ..................................................... 17

Tratamento ao advogado ............................................... 19

Inviolabilidade da palavra ............................................. 25

Prisão e busca e apreensão ........................................... 29

Honorários advocatícios ................................................ 35

Despacho com magistrado ............................................ 41

Vista de autos ................................................................ 47

Advocacia criminal......................................................... 53

Desagravo público.......................................................... 59

Mulheres advogadas ..................................................... 65

Mediação ........................................................................ 69

Sumário

Novo

Novo

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O advogado é indispensável à administração da Jus-tiça (art. 2º, caput, do Estatuto da Advocacia e art. 133 da Constituição Federal) e, mesmo no seu ministério privado, “presta serviço público e exerce função social” (art. 2º, §1º, do Estatuto da Advocacia).

O Estatuto da Advocacia, que regula o funcionamen-to da profissão e traz as prerrogativas profissionais dos ad-vogados, é a Lei Federal 8.906/94. Neste guia iremos des-tacar, de forma objetiva, as prerrogativas mais comumente violadas, de acordo com o apurado no acervo de processos em curso na Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ.

A ideia é que este material seja um guia de bolso para consulta imediata do advogado e da advogada, no intuito de combater as violações de prerrogativas que diariamente atingem a categoria. Esta cartilha servirá, também, para co-nhecimento objetivo de outros operadores do Direito, como magistrados, promotores, delegados de polícia e servidores públicos em geral, com o objetivo pedagógico de, progressi-vamente, diminuir as violações perpetradas, fortalecendo a advocacia e a administração da Justiça.

A Comissão de Prerrogativas

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A Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ dispõe dos seguintes serviços, executados de forma perma-nente, em apoio aos advogados e advogadas do Rio de Janeiro:

1) Plantão presencial no Tribunal de Justiça – Avenida Erasmo Braga, 115, Sala 409, Centro, RJ;

2) Plantão por telefone 24h – (21) 99803-7726;

3) Denúncias e pedidos de assistência pelo e-mail [email protected] ou no Portal da OAB/RJ (www.oabrj.org.br), acessando-se, na área de prerro-gativas, o formulário para envio de violação;

4) Pedido de agilização processual, que pode ser re-querido pelo e-mail [email protected] ou no Portal da OAB/RJ (www.oabrj.org.br), acessando a aba CPAP, na área de prerrogativas1;

1 O advogado pode solicitar à Comissão Especial Pró-Agilização Pro-cessual uma análise sobre processo cuja tramitação está lenta ou pa-ralisada, para que a comissão se empenhe em agilizá-lo.

Serviços da Comissão de Prerrogativas

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5) Consulta de alvará de soltura prejudicado online, por meio de formulário específico localizado na área de prerrogativas no Portal da OAB/RJ2;

6) Solicitação online de extrato de pena de clien-tes, por meio de formulário específico, loca-lizado na área de prerrogativas no portal da OAB/RJ (www.oabrj.org.br)3;

2 Por formulário, é possível solicitar à Comissão de Prerrogativas a consulta a alvarás prejudicados, isto é, os alvarás de soltura que não poderão ser cumpridos devido a existência de outros mandados de prisão em relação ao réu. Tais mandados não são acessíveis na Vara de Execuções Penais (VEP).3 O advogado pode solicitar à Comissão de Prerrogativas o extrato da pena de seu cliente, como resumo do cálculo da pena, cumprimento das frações de pena projetadas no tempo, dados pessoais do apenado e histórico penal, obtido via sistema Vara de Execuções Penais (VEP), em convênio com a Comissão de Prerrogativas.

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Tratamento ao advogado

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Honorários advocatícios

Prisão / Busca e apreensão

Inviolabilidade da palavra

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Inviolabilidade da palavra

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Art. 6° do Estatuto da Advocacia Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.

Parágrafo único. As autoridades, os servidores pú-blicos e os serventuários da Justiça devem dispen-sar ao advogado, no exercício da profissão, trata-mento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.

A primeira observação a se destacar é sobre a igualdade entre advogados e outras autorida-des. Não só magistrados e membros do Ministério Público devem tratar o advogado com urbanidade, conforme determinam o artigo 35, inciso IV, da Lei Complementar 35/79 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional; o artigo 236, inciso VII, da Lei Complemen-tar 75/93 – Estatuto do Ministério Público; e o artigo 44 do Código de Ética e Disciplina da OAB. Da mesma forma, há igualdade entre advogados e policiais, de-legados de polícia e demais autoridades públicas ou chefias privadas.

Ademais, o dever de urbanidade de qualquer funcionário que exerça função pública – concursa-

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do ou não – decorre do princípio da urbanidade, que consta do art.6°, §1°, da Lei 8.987/95, e no art.3°, inciso I, da Lei 9.784/99. Cabe ainda observar que o advogado presta serviço público e, por isso, tam-bém deve se comunicar com urbanidade e cortesia.

Dessa forma, os advogados devem tratar e ser tratados com urbanidade, não devendo haver qual-quer privilégio entre autoridades e advogados, a fim de que se mantenham em patamares idênticos.

Os advogados necessitam exercer sua profis-são com independência. “Nenhum receio de desa-gradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advo-gado no exercício da profissão”. (cf.art. 31, §2°, do Estatuto da Advocacia).

Por isso, pleitear o que se entende devido, sempre com urbanidade, não pode ter como resulta-do o receio. O advogado deve fazer suas colocações sem temer represálias, mesmo que as autoridades as pratiquem. Em caso de sofrer uma retaliação, o colega deve contatar imediatamente a Comissão de Prerrogativas, por meio de um de seus canais:

1) Telefone de plantão: (21) 99803-7726

2) E-mail: [email protected]

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Cada um de nós, diariamente, é responsável por garantir que a advocacia seja tratada de forma cortês e leal, denunciando e ajudando os colegas que se encon-trarem em dificuldade.

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Art. 7° do Estatuto da Advocacia São direitos do advogado:

§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos ex-cessos que cometer. (v. ADI 1127)

A palavra é o instrumento de trabalho do advo-gado e, por isso, por diversas vezes, para fazer valer os direitos de seus clientes, os colegas manifestam – e de-vem manifestar – seu inconformismo com a atuação de alguma autoridade.

Deste modo, a utilização de adjetivos negativos, condenando determinado ato praticado por autoridade ou servidor público, não caracteriza crime contra a hon-ra. Apesar de configurar um comportamento negativo, em determinadas situações se faz necessário. Sobre-tudo no contexto de abuso de poder, em que o advo-gado pode entender por agir de forma mais veemente.

Assim, tais expressões não caracterizam os cri-mes de injúria e difamação, exatamente por faltar ao advogado a intenção de atacar a honra da autoridade,

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(animus injurandi) mas tão somente o de expressar sua opinião sobre a prática de determinado ato.

Já decidiu o Supremo Tribunal Federal:

[...] expressões tidas como contumeliosas, pro-nunciadas em momento de grande exaltação e no calor dos debates; críticas acres ou censura à atuação profissional de outrem, ainda que veementes, agem como fatores de descarac-terização do tipo subjetivo peculiar aos crimes contra a honra. Inexistência de animus inju-riandi. (STF-HC 81885, DJ 29.08.2003, relator Ministro Maurício Corrêa)

Portanto, não podem ser imputados aos advo-gados os crimes de injúria e difamação.

É importante ressaltar que o conceito de exces-so, presente na jurisprudência, foi fruto de uma cons-trução jurisprudencial não prevista na lei 8.906/94 como limite à prerrogativa da inviolabilidade. Portanto, a posição da OAB/RJ é no sentido da inviolabilidade ir-restrita, tal como a imunidade parlamentar, nos exatos limites do art. 7°, §2° da Lei 8.906/94.

Em caso de indiciamento do advogado em si-tuações assim, comunique-se imediatamente com a Comissão de Prerrogativas.

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Art. 7° do Estatuto da AdvocaciaSão direitos do advogado:II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo liga-do ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; § 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da pro-fissão, em caso de crime inafiançável, obser-vado o disposto no inciso IV deste artigo. § 6° Presentes indícios de autoria e materia-lidade da prática de crime por parte de ad-vogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e porme-

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Alguns pontos da disciplina estatutária valem ser destacados:

• O advogado só pode ser preso em flagrante, no exercício da função, por crime inafiançável;

• Durante a lavratura do ato deve estar acompanha-do de representante da OAB, sob pena de nulidade;

• Ser mantido preso em sala de Estado Maior até o trânsito em julgado e, em sua ausência, em pri-são domiciliar;

norizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documen-tos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. (In-cluído pela Lei 11.767, de 2008) § 7° A ressalva constante do § 6° deste ar-tigo não se estende a clientes do advoga-do averiguado que estejam sendo formal-mente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.

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O local de trabalho, os instrumentos de trabalho e as correspondências físicas e eletrô-nicas do advogado não podem ser devassadas em buscas e apreensões, salvo quando for o ad-vogado a pessoa investigada*;

*Requisitos da exceção:

Decisão motivada indicando os indícios de autoria e materialidade; Mandado de busca e apreensão, específico e porme-norizado;

O mandado deve ser cumprido na presença de re-presentante da OAB;

Disse o STF, diferenciando “cela” de “sala”:

“Enquanto uma ‘cela’ tem como finalidade típi-ca o aprisionamento de alguém – por isso, de regra contém grades –, uma ‘sala’ apenas oca-sionalmente é destinada para esse fim.” (trecho da decisão proferida pelo relator ministro Celso de Mello na Medida Cautelar na Reclamação

149921/MCRS,DJ15.02.2013

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34 | Guia de Prerrogativas

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Art. 22° do Estatuto da AdvocaciaA prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.§4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamen-te, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo re-querer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar ho-norários e o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, in-solvência civil e liquidação extrajudicial.§1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier.

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38 | Guia de Prerrogativas

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Honorários advocatícios

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Tratamento

ao advogado

São três os tipos de honorários advocatícios:

Os honorários advocatícios possuem

natureza alimentar (cf. Súmula Vinculante

47, STF)

• Os contratuais;

• Os fixados por arbitra-mento judicial;

• Os de sucumbência;

Os honorários con-tratuais são aqueles acor-dados com o cliente, pre-viamente ao trabalho a ser executado.

Os fixados por arbitramento são aque-les determinados judicialmente, quando não há prévia estipulação entre cliente e advogado ou quando o advogado é designado na impossibili-

Súmula Vinculante 47 do STFOs honorários advocatícios incluídos na con-denação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam verba de na-tureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pe-queno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.

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dade de atuação da Defensoria Pública (art. 22, §1°, do Estatuto da Advocacia).

Os de sucumbência, por fim, são aqueles pa-gos pela parte vencida ao advogado da parte vence-dora, no curso de ação judicial.

Vale destacar os principais direitos dos adoga-dos com relação a seus honorários:

• Juntando seu contrato de honorários antes da ex-pedição do alvará ou precatório, o advogado recebe diretamente seus honorários contratuais.

• Os honorários são créditos privilegiados na falência.

• O advogado pode executar seus honorários na mes-ma ação em que tenham sido fixados.

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Art. 7° do Estatuto da AdvocaciaVI- Ingressar livremente:a) Nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;b) Nas salas e dependências de audiências, se-cretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e in-dependentemente da presença de seus titulares;VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemen-te de horário previamente marcado ou outra con-dição, observando-se a ordem de chegada;

O advogado postula, majoritariamente, jun-to a órgãos públicos. Nestes casos, o Estatuto da Advocacia garante livre trânsito em salas de au-diência, sessões, secretarias, cartórios judiciais, serviços notariais e de registro, desde que para praticar ato ou se comunicar com servidor ou pes-soa útil ao trabalho que esteja desenvolvendo.

• Mais importante ainda, o advogado tem o direito de ser atendido por magistrado diretamente e in-

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dependentemente de horário marcado, respeitan-do-se apenas a ordem de chegada.

Qualquer desvio nesta regra deve ser comu-nicado de imediato à Comissão de Prerrogativas, de modo a possibilitar atendimento e restabelecimen-to das prerrogativas.

Nestes casos, a comissão envia um delegado de prerrogativas até o local ou, sendo comunicada posteriormente à recusa, agenda com o advogado re-querente um horário para que se dirija ao magistrado, acompanhado de um delegado de prerrogativas.

Ressalte-se que, em caso de negativa do ma-gistrado, este encontra-se sujeito a representação em órgão de corregedoria, nos termos dos arti-gos 35, inciso I, e 43 da Loman (Lei Complementar 35/79) e do artigo 37, §3°, inciso III da Constituição Federal de 1988 (representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública).

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CNJ - Pedido de providências nº1465Relator: conselheiro Marcus Faver

Requerente: José Armando Ponte Dias JúniorRequerido: Conselho Nacional de Justiça

(decisão de 04/06/2013)

(...) O magistrado é SEMPRE OBRIGADO a receber advogados em seu gabinete de trabalho, a qual-quer momento durante o expediente forense, in-dependentemente da urgência do assunto, e inde-pendentemente de estar em meio à elaboração de qualquer despacho, decisão ou sentença, ou mes-mo em meio a uma reunião de trabalho. Essa obri-gação se constitui em um dever funcional previsto na Loman e a sua não observância poderá implicar responsabilização administrativa.

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Art.7° do Estatuto da AdvocaciaSão direitos do advogado:

XIII - Examinar, em qualquer órgão dos poderes Judi-ciário e Legislativo, ou da administração pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujei-tos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, po-dendo tomar apontamentos;XV - Ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição com-petente, ou retirá-los pelos prazos legais;XVI - Retirar autos de processos findos, mesmo sem pro-curação, pelo prazo de dez dias;

Ressalte-se que o advogado não precisa de procuração para tal, a menos que tenha sido de-cretado segredo de Justiça no âmbito do proces-so. Neste caso, a decisão deve ser fundamentada (art.93, inciso X, CF/88, art.11 do novo CPC e art. 50, inciso I da Lei 9.784/90) e o advogado só poderá exercer as prerrogativas acima caso tenha procura-ção nos autos.

As disposições específicas de processos cri-minais constarão da próxima sessão.

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Em caso de desrespeito a esta prerrogativa, o STJ reconhece o relatório do delegado de prerroga-tivas da OAB como documento hábil a instruir man-dado de segurança para garantir o acesso aos autos de processos:

“a presunção de boa-fé e de autenticidade

de que gozam as declarações emanadas

pelos advogados; e, sobretudo, o conteúdo

das informações prestadas pela autoridade

impetrada(...), são suficientes para concluir

pela concretização da violação do direito

ExceçãoNão se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:1) Aos processos sob regime de segredo de Justiça;2) Quando existirem nos autos documentos origi-nais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofí-cio, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;3) Até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos au-tos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.

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líquido vindicado.” (AgRg no recurso espe-

cial Nº 1.232.828 - GO (2011/0009346-3)

Maciçamente, a jurisprudência dos tribunais, como não poderia deixar de ser, garante o acesso a autos de processos judiciais e administrativos por via do mandado de segurança. Portanto, procure a Co-missão de Prerrogativas.

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Art.7° do Estatuto da AdvocaciaIII- Comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou milita-res, ainda que considerados incomunicáveis;VI- Ingressar livremente:a) Nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reser-vada aos magistrados;b) Nas salas e dependências de audiências, se-cretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus ti-tulares;XIV- Examinar, em qualquer instituição respon-sável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investiga-ções de qualquer natureza, findos ou em anda-mento, ainda que conclusos à autoridade, po-dendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;XXI- Assistir seus clientes investigados durante

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ao advogado a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou de-poimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indireta-mente, podendo, inclusive, no curso da respec-tiva apuração: a) Apresentar razões e quesitos;§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autori-dade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não docu-mentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. § 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de au-tos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno inves-tigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do respon-sável que impedir o acesso do advogado como intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de re-querer acesso aos autos ao juiz competente.

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O advogado tem direito de:

• Entrevistar seu cliente, quando este se encontrar preso, pessoal e reservadamente, mesmo com de-terminação de incomunicabilidade do preso, ainda que sem procuração;

• Ingressar livremente em delegacias e prisões, mes-mo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;

• Examinar, em qualquer órgão, mesmo sem procura-ção, autos de flagrante e de investigações de qual-quer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e to-mar apontamentos, em meio físico ou digital;

• Assistir seus clientes em interrogatório ou depoi-mento, sob pena de nulidade absoluta da respectiva investigação, podendo, ainda, apresentar razões e formular quesitos;

ExceçãoNão se aplica o disposto no inciso XIV:1) Aos elementos de prova relacionados a diligên-cias em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometi-mento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.

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ao advogado Responsabilização do agente que impedir o advogado

A inobservância aos direitos estabelecidos no in-ciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo im-plicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subje-tivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.

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Art.7° do Estatuto da AdvocaciaXVII- Ser publicamente desagravado, quando ofen-dido no exercício da profissão ou em razão dela;§5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercí-cio da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o de-sagravo público do ofendido, sem prejuízo da res-ponsabilidade criminal em que incorrer o infrator.

O desagravo público nasce da necessidade de fortalecer a advocacia e responder ao agra-vante com o repúdio de toda a classe contra a atitude tomada contra o colega.

As sessões de desagravo podem ser feitas na sede da OAB ou mesmo na rua, em locais públicos, como porta de fóruns e dele-gacias. É importante que a advocacia se una para repudiar o ato praticado, participando das sessões de desagravo.

De acordo com o ministro Celso de Mel-lo, “o gesto de afronta ao Estatuto jurídico da Advocacia representa, na perspectiva de nosso sistema normativo, um ato de inaceitável ofen-sa ao próprio texto constitucional e ao regime

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das liberdades públicas nele consagrado." (STF--MS23.576MC/DF,DJ de 7.12.1999)”

O ato que viola a prerrogativa de um advo-gado impacta a vida profissional dos mais de 150 mil advogados do Rio de Janeiro e dos colegas de todo o Brasil. Por isso, devemos promover as sessões de desagravo como resposta coletiva a toda a sociedade, reafirmando que a advocacia não aceita ser vilipendiada.

Os pedidos de desagravo são feitos pelo e-mail [email protected], obedecendo o seguinte trâmite:

1) A denúncia de violação de prerrogativa, com pedido de desagravo público, é recebida pela Comissão de Prerrogativas;

2) Presente indício ou prova da ofensa, segun-do convencimento do relator, serão solicitadas informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de 15 dias, salvo em caso de urgência e notoriedade do fato;

3) O relator elabora parecer pelo arquivamen-to ou pela concessão do desagravo e o caso é jul-gado pela 2ª Câmara Especializada da OAB/RJ.

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Art.18, §7°, do Regulamento Geral da Advocacia:“O desagravo público, como instrumento de defe-sa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a crité-rio do Conselho”.

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Em 25 de novembro de 2016, foi publicada a Lei 13.363/2016, que alterou a Lei 8.906/94 (Estatuto da advocacia) para incluir o art. 7°-A e, com ele, prever novos direitos, direcionados para as advogadas gestantes, adotantes e lac-tantes, a seguir elencados:

a) Quando gestante, as advogadas possuem os seguintes direitos:

- entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;

- reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;

b) Quando gestante, lactante, adotante ou que der à luz;

- preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição (art. 7°-A, da Lei 8.906/94 c/c art. 392, CLT);

c) Quando adotante ou que der à luz;

- suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que

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haja notificação por escrito ao cliente, pelo prazo de 30 dias (art. 7°-A, §3° da Lei 8.906/94 c/c art. 313, XI e §6°, NCPC)

Observação: O mesmo direito de suspensão assiste ao advogado que se tornar pai, mas pelo prazo de 8 dias, conforme art. 313, X e §7° do NCPC).

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O procedimento que visa a negociação facilitada ou catalisada por um terceiro1, mais conhecido como “processo de mediação”, pode ser judicial ou extra-judicial.

Vale dizer que, neste processo, o advogado ocupa posição especial, haja vista que é o operador do Direi-to que possui a confiança do cliente para auxiliá-lo na resolução do problema.

Deste modo, um novo campo de atuação surge para a advocacia, já que apesar de não ser o alvo da mediação, apenas o advogado consegue avaliar para seu cliente as implicações e efeitos jurídicos de to-dos os termos do acordo que ali se alinhava.

Nesta esteira, o novo Código de Ética da Advoca-cia, em vigor desde meados de 2016, traz em seu art. 2°, parágrafo único, como sendo dever do advogado:

VI - estimular, a qualquer tempo, a con-

ciliação e a mediação entre os litigan-

tes, prevenindo, sempre que possível, a

instauração de litígios;

1 Manual de Mediação Judicial. 5ª edição. Publicado pelo Conse-lho Nacional de Justiça.

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O art. 334, do novo Código de Processo Civil traz algumas prerrogativas profissionais aplicá-veis ao procedimento de mediação judicial, se-não vejamos:

• Presença obrigatória dos advogados nas ses-sões de mediação (art. 334, §9°, NCPC);

• As intimações para as sessões de mediação devem ser feitas através dos advogados das partes (art. 334, §3°, NCPC);

• A parte, medianda, pode ser representada por seu advogado (art. 334, §10, NCPC);