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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 1 -*89 Enquadramento A Frederico Mendes & Associados disponibiliza uma nova versão do seu Guia de Medidas de Apoio à Contratação, uma compilação das diversas ferramentas disponíveis para que as empresas tenham mecanismos de apoio na contratação de Recursos Humanos. Face aos sinais de melhoria da conjuntura económica, foram revistas as medidas de apoio à contratação no sentido de conferir uma maior racionalidade, simplificação e potenciação da eficácia das diversas medidas ativas de emprego, em particular, os apoios à contratação. Pretende-se assim, com este guia, alertar para os vários instrumentos, e respetivas alterações, que as empresas têm ao seu alcance de forma a assegurar o seu aproveitamento. Os apoios à contratação são consubstanciados, por um lado, em medidas de apoio financeiro ao empregador e, por outro lado, na existência de medidas que visam diminuir a carga fiscal associada à contratação e reduzir a diferença entre o custo suportado pelo empregador e o benefício recebido pelo trabalhador. A intenção deste guia é orientar e informar as diferentes entidades das medidas existentes, quais os casos em que podem ser aplicadas e principais diferenças entre si. A informação será disponibilizada de forma estruturada e sistematizada, de modo a possibilitar uma compreensão natural e intuitiva. A informação constante nesta publicação tem natureza genérica e não tem como objetivo abordar as circunstâncias particulares de nenhuma entidade individual. Encontramo-nos disponíveis para analisar cuidadosamente e fornecer informações e esclarecimentos adicionais sobre casos específicos. Guia de Medidas de Apoio à Contratação Incentivos financeiros e parafiscais de apoio à contratação

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 1

-*89

Enquadramento

A Frederico Mendes & Associados disponibiliza uma nova versão do seu Guia de

Medidas de Apoio à Contratação, uma compilação das diversas ferramentas

disponíveis para que as empresas tenham mecanismos de apoio na contratação de

Recursos Humanos.

Face aos sinais de melhoria da conjuntura económica, foram revistas as medidas de

apoio à contratação no sentido de conferir uma maior racionalidade, simplificação e

potenciação da eficácia das diversas medidas ativas de emprego, em particular, os

apoios à contratação. Pretende-se assim, com este guia, alertar para os vários

instrumentos, e respetivas alterações, que as empresas têm ao seu alcance de forma

a assegurar o seu aproveitamento.

Os apoios à contratação são consubstanciados, por um lado, em medidas de apoio

financeiro ao empregador e, por outro lado, na existência de medidas que visam

diminuir a carga fiscal associada à contratação e reduzir a diferença entre o custo

suportado pelo empregador e o benefício recebido pelo trabalhador.

A intenção deste guia é orientar e informar as diferentes entidades das medidas

existentes, quais os casos em que podem ser aplicadas e principais diferenças entre si.

A informação será disponibilizada de forma estruturada e sistematizada, de modo a

possibilitar uma compreensão natural e intuitiva.

A informação constante nesta publicação tem natureza genérica e não tem como

objetivo abordar as circunstâncias particulares de nenhuma entidade individual.

Encontramo-nos disponíveis para analisar cuidadosamente e fornecer informações e

esclarecimentos adicionais sobre casos específicos.

Guia de Medidas de Apoio à Contratação Incentivos financeiros e parafiscais de apoio à contratação

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Conteúdo do Guia

Enquadramento ......................................................................................................... 1

Conteúdo do Guia ...................................................................................................... 2

1. Medida Estágios Emprego .................................................................................... 3

Questões Frequentes sobre a Medida Estágios Emprego ............................................. 5

2. Medida Estímulo Emprego ................................................................................. 16

Questões Frequentes sobre a Medida Estímulo Emprego .......................................... 18

Quadro Síntese Comparativo ............................................................................... 24

3. Dispensa de Pagamento de Contribuições ............................................................ 25

4. Incentivo Emprego ........................................................................................... 26

5. Emprego Jovem Ativo ....................................................................................... 27

6. Programa Investe Jovem ................................................................................... 29

7. Reabilitação Profissional .................................................................................... 31

7.1. Apoio à Colocação ...................................................................................... 31

7.2. Acompanhamento Pós-Colocação .................................................................. 32

7.3. Adaptação de Postos de Trabalho e Eliminação de Barreiras .............................. 33

7.4. Emprego Apoiado ....................................................................................... 35

8. Programa Vida Emprego ................................................................................... 41

9. Emprego Inserção ............................................................................................ 42

9.1. Contrato Emprego-Inserção ......................................................................... 42

9.2. Contrato Emprego-Inserção+ ....................................................................... 43

10. Apoios à Criação do Próprio Emprego ................................................................. 45

11. Programa Formação Algarve ............................................................................. 46

Informações Relevantes:

IAS – Indexante dos apoios sociais; Valor IAS em 2014 – EUR 419,22

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Enquadramento das Medidas

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) disponibiliza uma grande variedade de

medidas de apoio à contratação para que as empresas tenham mecanismos de apoio na

contratação de Recursos Humanos.

Estes apoios traduzem-se em incentivos financeiros ou parafiscais e destinam-se

maioritariamente a candidatos inscritos nos centros de emprego ou centros de emprego e

formação profissional, de forma a combater o desemprego crescente que se tem vindo a verificar

em Portugal nos últimos anos. É dado ainda um especial enfoque ao desemprego jovem,

existindo medidas próprias e específicas para este segmento.

1. Medida Estágios Emprego

A medida Estágios Emprego consiste no financiamento de estágios com a duração de 9 meses

passíveis de serem prorrogados até aos 12 meses, em todos os setores de atividade.

Um estágio profissional é a etapa de transição para a vida ativa que visa complementar uma

qualificação preexistente através de formação e experiência prática em contexto laboral e

promover a inserção de jovens no mercado de trabalho ou a reconversão profissional de

desempregados.

Com vista à simplificação do programa de estágios do IEFP, esta medida revoga as medidas

Passaporte Emprego, Estágios Profissionais e Estágio Património.

Destinatários

Jovens, entre os 18 e os 30 anos, inclusive, inscritos como desempregados nos centros

de emprego ou centros de emprego e formação profissional;

No caso do setor agrícola, os destinatários podem ter até 35 anos de idade, inclusive;

Candidatos com idade superior a 30 anos, mediante o cumprimento de requisitos

específicos;

Outros indivíduos em situações particulares.

Entidades Promotoras

Pessoas singulares ou coletivas, de direito privado, com ou sem fins lucrativos;

Podem ainda candidatar-se a esta medida empresas que tenham iniciado o processo

especial de revitalização ou empresas que tenham iniciado o processo no Sistema de

Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial.

Apoios

Bolsa de estágio mensal:

EUR 691,71 – para estagiários com qualificação de nível 6, 7 ou 8;

EUR 586,91 – para estagiários com qualificação de nível 5;

Legislação Aplicável

Portaria n.º 149-B/2014,

de 24 de julho

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EUR 544,99 – para estagiários com qualificação de nível 4;

EUR 503,06 – para estagiários com qualificação de nível 3;

EUR 419,22 – para os restantes casos.

Subsídio de alimentação;

Seguro de acidentes de trabalho;

Despesas de Transporte (para determinados destinatários).

Comparticipação Pública

Apoios para as empresas

Bolsa de Estágio

80% para:

Entidades com 10 ou menos

trabalhadores, no caso do

primeiro estagiário;

Pessoas coletivas de natureza

privada sem fins lucrativos;

Estágios no âmbito do regime

especial de projetos de interesse

estratégico.

65% para todas as outras

situações

Majorações

No caso de estagiários com deficiência e incapacidade, vítimas de

violência doméstica, ex-reclusos e toxicodependentes em

recuperação, a comparticipação na bolsa é majorada em 15 pontos

percentuais.

Subsídio de

Alimentação

Até ao valor fixado para os trabalhadores que exercem funções

públicas

Despesas de

Transporte (quando

aplicável)

Montante equivalente ao custo das viagens realizadas em transporte

coletivo ou subsídio de transporte mensal no montante equivalente a

EUR 41,92

Prémio do Seguro

de acidentes de

trabalho

Até 3,296% de EUR 419,22 reportado ao período de duração do

estágio

Duração do Estágio

O estágio tem uma duração de 9 meses, podendo ser prorrogado até 12 meses em

determinadas situações, como é o caso de certo tipo de públicos-alvo e em situações

devidamente fundamentadas.

No caso de estágios desenvolvidos no âmbito de projetos reconhecidos como de interesse

estratégico para a economia social ou de determinada região podem ter a duração de 6, 9 ou 12

meses.

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Questões Frequentes sobre a Medida Estágios Emprego

Há a possibilidade de o estágio ser realizado no estrangeiro?

É admitida a possibilidade de realização de uma componente do estágio no estrangeiro, pelo

período máximo de um terço da duração do mesmo, por períodos seguidos ou interpolados.

O estágio pode ser a tempo parcial?

Não, os estágios devem decorrer a tempo completo.

Que documentos são necessários apresentar para empresas que iniciaram o processo especial de

revitalização, previsto no Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE) ou o

processo no Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE)?

No primeiro caso têm de apresentar cópia certificada da decisão a que se refere a alínea a) do

n.º 3 do artigo 17.º-C do CIRE. No segundo caso têm de apresentar cópia do despacho da

aceitação do requerimento proferido pelo IAPMEI.

Em ambos os casos têm de apresentar, também, comprovativo de acordo de regularização da

dívida em curso.

Uma empresa que tenha eventuais acordos ou planos de regularização da sua situação

contributiva pode candidatar-se a esta medida?

Sim, nestas situações é entendido que a empresa tem a sua situação regularizada.

Quando é que são verificadas as condições de acesso das empresas?

A verificação dos requisitos de acesso é exigida no momento da apresentação da candidatura e

durante o período de duração do apoio financeiro.

O orientador de estágio pode ser uma pessoa externa à empresa?

O orientador deve ter, preferencialmente, vínculo à entidade promotora. Quando tal não for

possível, a entidade pode recorrer a contratação externa. O IEFP emitirá parecer sobre a

aceitação do orientador de estágio proposto pela entidade promotora, considerando a respetiva

experiência profissional e formação académica.

Quantos estagiários pode um orientador ter sob sua orientação?

Cada orientador pode ter até cinco estagiários sob a sua orientação.

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Exemplo da

atribuição de

apoios

Um candidato que já tenha frequentado um estágio profissional pode frequentar um novo

estágio ao abrigo da presente Medida?

Os destinatários que tenham frequentado e concluído um estágio profissional financiado, total ou

parcialmente, pelo Estado português, só podem frequentar um novo estágio ao abrigo da

presente Medida no caso de, após o início do anterior estágio, terem:

a) Obtido um novo nível de qualificação nos termos do QNQ;

b) Obtido uma qualificação em área diferente e o novo estágio seja nessa área.

Uma empresa pode apresentar como candidato uma pessoa com quem já tenha trabalhado?

A entidade promotora fica impedida de indicar destinatários com quem tenha estabelecido, nos

12 meses que precedem a data de apresentação da candidatura e até à data da seleção pelo

IEFP, uma relação de trabalho, de prestação de serviços ou de estágio de qualquer natureza,

exceto estágios curriculares ou obrigatórios para acesso a profissão.

Uma empresa com menos de 10 funcionários pretende contratar dois estagiários, beneficiando

deste tipo de apoio pela primeira vez. Um estagiário com o nível de qualificações III e outro com

o nível de qualificação VI.

Para tirar o máximo partido desta medida contrata primeiro o estagiário com o nível VI, que será

apoiado a 80%, e depois o estagiário com o nível III, que será apoiado a 65%.

Apresentamos no quadro abaixo os valores considerados para esta situação:

Estagiário com nível VI Estagiário com nível III

Financiamento IEFP (80%)

Comparticipação Empresa

Financiamento IEFP (65%)

Comparticipação Empresa

Bolsa de estágio 4.980,33 1.245,08 2.942,92 1.584,65

Subsídio de alimentação 800,64 0,00 800,64 0,00

Seguro AT 124,38 0,00 124,38 0,00

Segurança Social 0,00 1.478,54 0,00 1.075,30

Total 5.905,35 2.723,62 3.867,94 2.659,95

Os cidadãos estrangeiros são elegíveis para este apoio?

São elegíveis como destinatários os cidadãos oriundos de países da União Europeia, desde que:

a) Seja reconhecido o grau académico, através de equivalência dada por um

estabelecimento de ensino nacional, ou outra entidade competente;

b) Sejam detentores de certificado de registo de residência e documento de identificação

válido (bilhete de identidade ou passaporte).

Os cidadãos nacionais de países terceiros podem aceder ao programa desde que:

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 7

Exemplo

Exemplo de

enquadramento

c) Obtenham o reconhecimento do grau académico, através de equivalência dada por um

estabelecimento de ensino nacional ou outra entidade competente;

d) Possuam título que permita a sua residência em Portugal e que o habilite a inscrever-se

como candidato a emprego ou como utente.

Quando são aferidas as condições de acesso dos candidatos?

As condições de acesso dos destinatários são aferidas à data da seleção dos mesmos pelos

serviços de emprego do IEFP ou, à data da apresentação da candidatura quando os candidatos

são propostos pela entidade promotora, salvo se, à data da seleção, a não elegibilidade decorrer

de incumprimento imputável ao destinatário.

Continua a ser elegível o jovem inscrito como desempregado no serviço de emprego, com nível 2

do QNQ, com registo de remunerações na segurança social, que tenha 30 anos à data da

apresentação da candidatura e no momento da seleção pelo IEFP já tenha feito 31 anos.

Deixa de ser elegível o candidato inscrito no serviço de emprego à data da apresentação da

candidatura e que, no momento da seleção, tenha a sua inscrição para emprego anulada, devido

a incumprimento dos deveres perante o serviço de emprego.

Uma pessoa que esteja desempregada a receber as prestações de desemprego pode ser

candidata a esta medida?

Os estagiários desempregados que se encontrem a receber as prestações de desemprego,

podem aceder à medida, devendo as prestações ser suspensas durante todo o período de

estágio. O estagiário recebe apenas o valor referente ao estágio e retoma a prestação de

desemprego no fim do estágio.

Um candidato que tenha 35 anos e esteja à procura de um novo emprego é elegível para esta

Medida?

Sim, é elegível se tiver obtido há menos de 3 anos um nível de qualificação igual ou superior ao

nível 2 e não tenha desempenhado nenhuma atividade profissional nos 12 meses anteriores à

data em que é selecionado pelo IEFP.

Os indivíduos com estatuto de bolseiros de investigação com descontos para a Segurança Social

podem ser considerados como desempregados?

Os bolseiros de investigação que se encontrem ao abrigo do Estatuto publicado pela Lei n.º

40/2004, de 18 de agosto, devem ser considerados desempregados, desde que os descontos

para a Segurança Social tenham sido efetuados ao abrigo do Regime de Seguro Voluntário,

situação que deve ser obrigatoriamente comprovada pelo serviço de emprego da área de

realização do estágio.

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Um candidato com 28 anos, que já frequentou um estágio profissional apoiado por fundos

públicos, é elegível para a presente Medida?

Este candidato é elegível se estiver inscrito no centro de emprego e se tiver obtido um novo

nível de qualificação após ter iniciado o estágio anterior ou se tiver obtido uma qualificação em

área diferente e o novo estágio seja nessa área.

Os candidatos que possuam o Estatuto de Trabalhador-Estudante antes da data da seleção para

a Medida podem continuar a beneficiar desse regime durante o estágio?

Aqueles que antes da referida data não possuam esse Estatuto não beneficiarão do mesmo

durante o desenvolvimento do estágio, apenas podendo justificar as faltas motivadas pela

prestação de provas de avaliação, de acordo com o previsto na alínea c) do artigo 249.º por

remissão para o artigo 91.º do Código do Trabalho.

O que caracteriza o regime especial de projetos de interesse estratégico?

As entidades promotoras podem apresentar ao IEFP pedido de reconhecimento de projeto de

interesse estratégico para a economia nacional ou de determinada região.

O estatuto de interesse estratégico:

Permite às entidades promotoras, independentemente da sua dimensão e natureza

jurídica, desenvolver estágios com a duração de 6, 9 ou 12 meses.

É atribuído ao projeto, independentemente do número de candidaturas que a entidade

venha a apresentar, e é válido durante o período de implementação do projeto que é

indicado pela entidade na memória descritiva que fundamentou o pedido de

reconhecimento;

A primeira candidatura relacionada com o projeto de interesse estratégico deve prever

um mínimo de 10 estagiários.

As candidaturas seguintes, relacionadas com o mesmo projeto, não necessitam de novo

reconhecimento do interesse estratégico.

Não carecem de pedido de reconhecimento os projetos aos quais foi atribuído o estatuto de

“Projetos de Potencial Interesse Nacional (PIN)”, nos termos do Decreto-Lei n.º 154/2013, de 5

de novembro.

Como pode a entidade pedir o reconhecimento de interesse estratégico?

As entidades promotoras que pretendam o reconhecimento de interesse estratégico podem

selecionar no formulário de candidatura – “Regime Especial de Projetos Interesse Estratégico”.

O IEFP emite uma notificação à entidade, tendo em vista a formalização do pedido de

reconhecimento, que deve ocorrer no prazo de 10 dias úteis, após a receção da notificação.

Exemplo de

enquadramento

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Para a formalização do pedido, deve apresentar requerimento dirigido ao respetivo delegado

regional, acompanhado de memória descritiva do projeto que fundamente o seu interesse

estratégico para a economia nacional/ regional, com:

a) A apresentação, descrição, localização e objetivos do projeto;

b) A duração do projeto;

c) O tipo e o montante do investimento associado;

d) O número de postos de trabalho a criar;

e) O número de estagiários a envolver no projeto;

f) As perspetivas de contratação futura destes estagiários.

Nota: Quando se trate de projeto a implementar em mais de um concelho de diferentes regiões,

o requerimento deve ser apresentado nas respetivas delegações regionais.

Quais são os critérios de análise dos projetos de interesse estratégico

Para efeitos de reconhecimento de projeto de interesse estratégico para a economia nacional ou

de determinada região, são tidos em conta os seguintes critérios:

a) Ligação efetiva a projeto de investimento, relativo à criação de nova empresa ou

expansão de empresa existente (não se aplica no caso de projeto comum de estágios de

diversas entidades promotoras);

b) Inserção em setor de atividade ligado essencialmente à exportação. Quando tal não se

verifique, o reconhecimento será de interesse regional;

c) Projeto envolver um mínimo de 10 estagiários, sendo valorizados os projetos com mais

de 25 estagiários - no caso de um projeto comum de estágios de diversas entidades

promotoras, o n.º de estagiários deve reportar-se ao projeto e não a cada uma das

entidades;

d) Estágios integrados de forma coerente no projeto.

Pode ainda ser considerado de interesse estratégico o projeto comum de estágios apresentado por

diversas entidades promotoras, não se aplicando, neste caso, o critério definido na alínea a) acima

e devendo o número mínimo de 10 estagiários reportar-se ao projeto e não a cada uma das

entidades.

A entidade pode prosseguir a candidatura à Medida, mesmo que não tenha sido atribuído o

reconhecimento de interesse estratégico, desde que assegure os requisitos aplicáveis ao regime

geral da medida.

Esta medida de apoio é cumulável com outras fontes de financiamento?

As entidades promotoras não podem, para os mesmos custos, incluindo a sua comparticipação

na bolsa de estágio, apresentar candidaturas a mais de uma entidade financiadora.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 10

A empregabilidade verificada após o fim dos estágios é um critério de apreciação das

candidaturas aplicável a todos os casos?

Este critério não se aplica no caso de entidade com projeto ao qual tenha sido atribuído o

estatuto de reconhecimento estratégico para a economia nacional ou regional.

No âmbito de candidatura ao abrigo da Medida Estágios de Inserção, e de candidaturas que

abranjam pessoas vítimas de violência doméstica; toxicodependentes em processo de

recuperação; ex-reclusos e aqueles que cumpram ou tenham cumprido penas ou medidas não

privativas de liberdade, em condições de se inserirem na vida ativa, mesmo que as entidades

não atinjam o fator de empregabilidade, considera-se que existe justificação para tal facto.

Nos restantes casos, este critério deve ser obrigatoriamente atingido ou então devidamente

justificado o seu não atingimento.

A seleção dos candidatos é sempre feita pelo IEFP?

Cabe ao serviço de emprego do IEFP da área de realização do estágio, em articulação com as

entidades promotoras, recrutar e selecionar os candidatos a abranger pela Medida.

A articulação pode revestir as seguintes formas:

1. A entidade promotora propõe ao IEFP, em sede de candidatura, o estagiário, de acordo

com os requisitos legalmente estabelecidos;

2. Depois da notificação da decisão de aprovação, o serviço de emprego do IEFP da área

de realização do estágio deverá confirmar se os estagiários propostos cumprem os

requisitos, a fim de proceder à sua seleção final, propondo à entidade a correspondente

substituição sempre que se verifique a sua inelegibilidade;

3. A entidade promotora não propõe qualquer estagiário na candidatura, pelo que, depois

de notificada da respetiva decisão de aprovação, o serviço de emprego procede ao

recrutamento e seleção do estagiário de entre os candidatos inscritos nos seus

ficheiros, apresentando-o à entidade promotora, para efeitos de seleção final do

mesmo.

O estágio pode ter início antes da aprovação da candidatura?

Não, o estágio não pode ter início antes de ser efetuada a respetiva validação pelo respetivo

serviço de emprego.

Quanto tempo demora a aprovação da candidatura?

A análise e decisão das candidaturas são efetuadas no prazo máximo de 30 dias úteis, contados

a partir da data da sua apresentação.

No caso de candidaturas ao abrigo do regime especial de projetos de interesse estratégico, a

contagem do prazo para a análise e decisão, acima referido, inicia-se a partir da data de receção

da notificação da atribuição do referido reconhecimento.

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Como é que sei que a minha candidatura foi aprovada?

A decisão das candidaturas e a emissão das respetivas comunicações às entidades promotoras é

efetuada mediante carta registada ou através do Via CTT. A entidade é igualmente informada

pelo IEFP da decisão, na sua área pessoal do NETemprego.

Como faço para aceitar a decisão de aprovação da minha candidatura?

As entidades promotoras devem devolver o documento único constituído pela Decisão de

Aprovação e Termo de Aceitação da Decisão de Aprovação, devidamente assinado, no prazo de

15 dias consecutivos, contados a partir do dia imediatamente a seguir à data da receção da

notificação de aprovação.

Após a decisão de aprovação da minha candidatura quanto tempo tenho para iniciar o estágio?

A entidade promotora dispõe de 60 dias após a data da aceitação da decisão que consta do

respetivo Termo de Aceitação para dar início ao estágio.

Em que situações caduca a decisão da minha candidatura?

A decisão de aprovação caduca nos seguintes casos:

a) Desistência total da realização dos estágios antes de efetuado o 1º adiantamento do

apoio por parte do IEFP;

b) Não devolução da Decisão de Aprovação e do Termo de Aceitação da Decisão de

Aprovação dentro do prazo estabelecido (15 dias consecutivos), salvo apresentação de

motivo justificativo que seja aceite pelo IEFP;

c) Não ter ocorrido o início de nenhum estágio no prazo de 60 dias após a data da

aceitação da decisão que consta do respetivo Termo de Aceitação, salvo apresentação

de motivo justificativo que seja aceite pelo IEFP.

O estagiário tem direito a férias?

Não, os estagiários não têm direito a férias mas sim a um período de dispensa até 22 dias úteis,

seguidos ou interpolados, quando a duração do estágio for igual a 12 meses, diferindo-se, pelo

mesmo período, a data do seu fim.

O estagiário pode renunciar a esse direito, salvo se o estágio for suspenso por facto que não lhe

possa ser imputável – como no caso do encerramento temporário do estabelecimento. Nesse

caso, será considerado, para todos os efeitos, como período de dispensa.

O estagiário deverá acordar com a entidade o período para o gozo da referida dispensa.

O estagiário pode desenvolver outro tipo de atividade durante o período de estágio?

Durante todo o período de desenvolvimento do estágio, os estagiários não podem exercer

qualquer tipo de atividade profissional, por conta própria ou por conta de outrem.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 12

Em que situações o estagiário pode desistir?

Os estagiários podem desistir do estágio desde que notifiquem por escrito e por carta registada

com antecedência mínima de 15 dias consecutivos, quer a entidade quer o serviço de emprego

do IEFP da área de realização do estágio, devendo para tal justificar quais os motivos que levam

a essa desistência.

Quando a desistência do estagiário não seja efetuada no prazo acima referido, salvo motivo

atendível, ou quando seja considerada injustificada, o estagiário não pode ser indicado pelo IEFP

para preencher nova oferta de estágio antes de decorridos 12 meses.

Quando a desistência do estagiário seja justificada, nomeadamente por doença ou por

impossibilidade, que lhe não seja imputável, de cumprimento do disposto no Plano Individual de

Estágio, o estagiário pode ser indicado pelo IEFP para preencher outra oferta de estágio,

entendendo-se assim que se trata da frequência de um primeiro estágio.

Em que situações pode a entidade promotora substituir o estagiário?

O estagiário pode ser substituído nas seguintes circunstâncias, cumulativas e verificadas pelo

serviço de emprego do IEFP da área de realização do estágio:

1) Não ter decorrido mais do que um mês de estágio, desde o início do mesmo até ao

momento em que ocorre a desistência;

2) O estagiário substituto deve deter o nível de qualificação semelhante ao do estagiário

substituído;

3) Estarem reunidas, no entendimento do IEFP, as condições para o cumprimento não

desvirtuado, no período restante, do Plano Individual de Estágio aprovado.

A substituição do estagiário deve ocorrer no prazo máximo de 30 dias consecutivos, contados a

partir da data de efetivação da desistência.

Quando ocorra a substituição do estagiário, o período de estágio é interrompido, diferindo-se a

data da sua conclusão. À duração do estágio realizado pelo novo estagiário, é descontado os dias

de estágio realizados pelo primeiro estagiário.

A empresa pode desistir do estágio?

A entidade pode desistir do estágio, durante o decurso do mesmo, desde que comunique ao

estagiário e ao serviço de emprego do IEFP da área de realização do estágio, por carta registada,

com antecedência mínima de 15 dias consecutivos, o respetivo motivo.

Existem situações em que o estágio pode ser suspenso?

Sim, a entidade promotora pode suspender o estágio, mediante autorização do IEFP, quando

ocorra uma das seguintes situações:

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i. Por facto que lhe seja imputável, nomeadamente, o encerramento temporário do

estabelecimento onde o mesmo se realiza, durante um período não superior a um

mês;

ii. Por facto imputável ao estagiário, nomeadamente, em caso de doença ou licenças

por parentalidade, durante um período não superior a 6 meses.

A autorização de suspensão do estágio só pode ser concedida desde que não comprometa o

cumprimento integral do plano individual de estágio.

A suspensão do estágio não altera a sua duração, apenas pode adiar a data do seu termo.

O estagiário tem direito ao pagamento da bolsa durante o período de suspensão?

Durante a suspensão do estágio, não é devida a bolsa de estágio, nem o pagamento do subsídio

de alimentação e despesas/subsídio de transporte.

As contribuições para a Segurança Social são comparticipadas pelo IEFP?

O IEFP não comparticipa as contribuições devidas pela entidade promotora à Segurança Social

Quando é celebrado o contrato de estágio?

O contrato de estágio só pode ser celebrado após estar concluído o processo de seleção do

estagiário, seja através da validação pelo serviço de emprego da área de realização do estágio

dos candidatos propostos pela entidade ou do ajustamento de candidatos por si selecionados.

A data do contrato de estágio tem de coincidir ou ser anterior à data de início do estágio.

Qual é o horário que o estagiário deve cumprir?

Durante o estágio é aplicável ao estagiário o regime da duração e horário de trabalho, dos

descansos diário e semanal, dos feriados, das faltas e da segurança, higiene e saúde no trabalho

aplicável à generalidade dos trabalhadores da entidade promotora.

Pode ser selecionado um candidato com habilitações superiores às definidas na candidatura?

Sim, pode se o estagiário aceitar frequentar um estágio de nível inferior ao do seu nível de

qualificação. Neste caso, a bolsa de estágio a atribuir corresponde à do nível de qualificação

requerido pelo estágio a desenvolver.

O subsídio de refeição pode ser pago por outros meios que não transferência bancária?

O subsídio de refeição também pode ser pago sob a forma de tickets ou através do

carregamento de cartões eletrónicos de refeição, desde que fique garantida a evidência do

pagamento ao estagiário e a respetiva contabilização.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 14

Se a empresa não pagar subsídio de refeição aos seus trabalhadores tem que pagar ao

estagiário?

Na ausência de atribuição de refeição ou de subsídio de alimentação por parte da entidade

promotora aos seus trabalhadores, a entidade deve pagar ao estagiário subsídio de valor

idêntico ao fixado para a generalidade dos trabalhadores que exercem funções públicas (4,27€).

A empresa tem que pagar o transporte ao estagiário?

A entidade tem de assegurar o respetivo transporte entre a residência habitual e o local do

estágio, aos seguintes estagiários:

i. Pessoas com deficiência e incapacidade;

ii. Vítimas de violência doméstica;

iii. Ex-reclusos e aqueles que cumpram ou tenham cumprido penas ou medidas

judiciais não privativas de liberdade em condições de se inserirem na vida ativa;

iv. Toxicodependentes em processo de recuperação.

Quando a entidade não possa assegurar esse transporte, o estagiário tem direito ao pagamento

de despesas de transporte em montante equivalente ao custo das viagens realizadas em

transporte coletivo ou, se não for possível a sua utilização, ao subsídio de transporte mensal no

montante equivalente a 10% do IAS.

Que tipo de seguro deve ser feito para o estagiário?

O estagiário tem direito a beneficiar de um seguro de acidentes de trabalho que cubra os riscos

que possam ocorrer durante e por causa do estágio. Devem também ser acautelados seguros

que cubram adequadamente riscos decorrentes da realização de períodos do estágio no

estrangeiro.

Os pagamentos aos estagiários podem ser efetuados em dinheiro?

O pagamento das bolsas de estágio, subsídio de alimentação e despesas/subsídio de transporte

são da responsabilidade da entidade promotora e devem ser, obrigatoriamente, efetuados por

transferência bancária, não sendo permitido, em caso algum, a existência de dívidas a

estagiários.

A empresa tem que pagar os subsídios de férias e de natal ao estagiário?

Não, o estagiário não tem direito à atribuição dos subsídios de férias e de natal.

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Quando é que a empresa recebe o apoio?

As entidades promotoras recebem o apoio nos seguintes prazos:

i. Um adiantamento, correspondente a 30% do total do apoio aprovado e a

comparticipar pelo IEFP, quando o estágio inicia.

ii. Reembolsos trimestrais correspondentes ao volume de atividade comprovada até

55% do total do apoio aprovado e a comparticipar pelo IEFP.

iii. No encerramento de contas, efetuado após a análise do respetivo pedido pela

entidade (até 15% do apoio aprovado).

Como autorizar a consulta da minha situação tributária e da minha situação contributiva perante

a Segurança Social?

A - Administração Tributária / Fiscal

1. Após ter entrado no site das finanças www.portaldasfinancas.gov.pt deve registar-se

(caso ainda não o tenha feito). Se já possui a Senha de Acesso deve introduzir os seus

dados (N.º Contribuinte e Senha);

2. Na página inicial escolher Outros Serviços;

3. Em Outros Serviços/Autorizar, selecionar Consulta Situação Tributária;

4. Registar o NIPC do IEFP, I. P. (501442600)

B - Segurança Social

Para verificação da situação contributiva regularizada perante a segurança social, a entidade

declara no formulário de candidatura que autoriza a comunicação de informação entre o IEFP e os

serviços competentes da segurança social.

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2. Medida Estímulo Emprego

A Medida Estímulo Emprego consiste na concessão de apoio financeiro às entidades

empregadoras que celebrem contratos de trabalho a tempo completo ou a tempo parcial, por

prazo igual ou superior a 6 meses, com desempregados inscritos nos centros de emprego e

formação profissional, com a obrigação de proporcionarem formação profissional aos

trabalhadores contratados durante o período de duração do apoio.

Entidades Promotoras

Pessoas singulares ou coletivas, de direito privado, com ou sem fins lucrativos.

Apoios

A entidade empregadora que celebre contrato de trabalho tem direito aos seguintes apoios:

80% do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) multiplicado por metade do número inteiro

de meses de duração do contrato, no caso de contratos a termo certo. Em

determinados casos específicos, o apoio pode ser majorado em 20%;

No caso de contratos sem termo, o apoio é de 1,1 IAS vezes 12.

O apoio financeiro previsto não pode ultrapassar os montantes de EUR 2.012,26 no caso de

contratos de trabalho a termo certo. Nos contratos sem termo, o apoio sobe para EUR 5.533,70.

Cada empregador pode contratar até 25 trabalhadores através de contrato a termo certo em

cada ano civil, não existindo limite ao número de contratações em caso de celebração de

contratos de trabalho sem termo.

Natureza dos Apoios

Contratos a termo

Apoio simples Apoio majorado

Contrato com duração de 8 meses e 20 dias

80% do IAS x 4 meses = 1.341,50€

100% do IAS x 4 meses = 1.676,88€

Contrato com duração de 12 meses ou superior

80% do IAS x 6 meses = 2.012,26€

100% do IAS x 6 meses = 2.515,32€

Contratos sem termo

1,1 do IAS x 12 meses = 5.533,70€

Formação Profissional

A entidade empregadora tem a obrigatoriedade de proporcionar formação profissional ajustada

às competências do posto de trabalho, em contexto de trabalho ou através de uma entidade

formadora certificada.

Legislação Aplicável

Portaria n.º 149-A/2014,

de 24 de julho

Exemplo dos

apoios

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Destinatários

Os desempregados inscritos nos centros de emprego que cumpram as seguintes condições:

Inscritos há pelo menos 6 meses consecutivos;

Inscritos há pelo menos 60 dias consecutivos, no caso de desempregados com idade

inferior a 30 anos ou com idade mínima de 45 anos ou ainda outros desempregados

que não tenham registos na Segurança Social como trabalhadores por conta de

outrem nem como trabalhadores independentes nos últimos 12 meses que precedem a

data da candidatura;

Beneficiários das prestações de desemprego, do rendimento social de inserção, que

integrem família monoparental, com deficiência e incapacidade, entre outros.

As condições de elegibilidade dos destinatários são aferidas à data da seleção ou, quando são

indicados pela entidade, da verificação da sua elegibilidade pelos serviços de emprego do IEFP.

Prorrogação do Apoio

À entidade promotora que converta um contrato de trabalho a termo certo (anteriormente

abrangido pela medida) em contrato de trabalho sem termo, é concedida uma prorrogação do

apoio, no valor de idêntica percentagem do IAS anteriormente aprovada vezes 6.

Outros Apoios

Esta medida pode ser cumulada com outras que prevejam a isenção total ou parcial de

contribuições para o regime da segurança social.

Reconhecimento de Projetos de Interesse Estratégico

Às entidades a que for reconhecido este estatuto, não se aplica o número máximo de 25 postos

de trabalho, através da celebração de contrato a termo certo, o qual tem de ter uma duração

igual ou superior a 12 meses, sendo o apoio financeiro concedido por um período de 9 meses.

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Questões Frequentes sobre a Medida Estímulo Emprego

Os cidadãos da União Europeia podem candidatar-se a esta Medida?

Sim, são elegíveis como destinatários os cidadãos nacionais de países da União Europeia, desde

que sejam detentores de certificado de registo de residência e documento de identificação válido

(bilhete de identidade ou passaporte) e, no caso de exigência de títulos profissionais ou grau

académico para o exercício da profissão, o mesmo seja reconhecido por autoridade competente,

em igualdade de circunstâncias com os cidadãos nacionais.

Um candidato com 32 anos, que esteja desempregado e inscrito no centro de emprego há 14

meses mas que tenha frequentado um estágio profissional apoiado por fundos públicos nos

últimos 12 meses é elegível para a presente Medida?

Sim, este candidato é elegível. O tempo de inscrição no centro de emprego não é prejudicado

pela frequência do estágio profissional pelo que este se encontra inscrito como desempregado há

pelo menos 6 meses consecutivos cumprindo o requisito da subalínea x), da alínea a), do n.º 1

do artigo 3.º da portaria que regulamenta a presente medida.

Por outro lado, o apoio a que o empregador terá direito ao contratar este candidato, no caso de

celebrar um contrato de trabalho a termo certo, será majorado em 20%, nos termos da alínea

a), do n.º 2 do artigo 4.º, uma vez que o candidato está inscrito há pelo menos 12 meses

consecutivos.

Os cidadãos de países terceiros podem aceder à presente Medida?

Sim, desde que possuam título que permita a sua residência em Portugal e que os habilitem a

inscrever-se como candidatos a emprego ou recibo comprovativo do pedido de renovação ou

prorrogação válido emitido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e, no caso de exigência de

títulos profissionais ou grau académico para o exercício da profissão, o mesmo seja reconhecido

por autoridade competente, em igualdade de circunstâncias com os cidadãos nacionais.

As empresas que iniciaram processo especial de revitalização, previsto no Código da Insolvência

e da Recuperação de Empresas (CIRE), podem candidatar-se a esta Medida?

Sim, as empresas que iniciaram processo especial de revitalização previsto no CIRE podem

candidatar-se aos apoios da presente Medida devendo entregar ao IEFP cópia certificada da

respetiva decisão.

As empresas que iniciaram processo no Sistema de Recuperação de Empresas por Via

Extrajudicial (SIREVE),podem candidatar-se a esta Medida?

Sim, as empresas que iniciaram processo no âmbito do SIREVE podem também candidatar-se

aos apoios da presente Medida devendo entregar ao IEFP cópia certificada do respetivo

despacho.

Exemplos de

enquadramento

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 19

Pode ser celebrado um contrato de trabalho a tempo parcial?

Sim, o contrato de trabalho pode ser celebrado a tempo completo ou a tempo parcial.

No caso de celebração de contrato de trabalho a tempo parcial, o apoio é reduzido

proporcionalmente, tendo por base um período normal de trabalho de 40 horas semanais.

Contrato a termo certo de 12

meses Contrato sem termo

Apoio para contrato a tempo completo

2.012,26 € 5.533,70 €

Tempo completo de trabalho 40 horas semanais

Percentagem de tempo parcial (25/40) = 62,50%

Apoio para contrato a tempo parcial

1.257,66 € 3.458,56 €

Existe algum limite mínimo ao vencimento base oferecido ao trabalhador?

A remuneração oferecida tem de respeitar o previsto em termos de Retribuição Mínima Mensal

Garantida (RMMG) e, quando aplicável, do respetivo instrumento de regulamentação coletiva de

trabalho.

Posso recorrer a esta Medida ao celebrar um contrato de trabalho com um ex-funcionário?

Sim pode, desde que a rescisão do contrato de trabalho anterior tenha ocorrido há mais de 24

meses.

Como é verificada a criação líquida de emprego?

Em sede de análise da candidatura, considera-se que há criação líquida de emprego quando o

empregador atingir por via do apoio (que inclui os trabalhadores contratados ou a contratar no

âmbito da candidatura à Medida) um número total de trabalhadores superior à média mais baixa

dos trabalhadores registados nos 6 ou 12 meses que precedem a data da apresentação da

candidatura.

Exemplo de

apoio para

contrato de

trabalho a

tempo parcial

de 25 horas

semanais

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 20

Como é verificada a criação líquida de emprego aquando da análise da candidatura?

A Empresa apresenta uma candidatura em outubro do ano n para um trabalhador.

Média de trabalhadores registados na Segurança Social em abril do ano n: 5

Média de trabalhadores registados na Segurança Social em outubro do ano n-1: 7

Se, com a nova contratação, a Empresa atinge um número total de trabalhadores de 6, há

criação líquida de emprego.

Se, com a nova contratação, a Empresa atinge um número total de trabalhadores de 4, não há

criação líquida de emprego.

Quantos trabalhadores podem ser contratados ao abrigo da presente Medida?

O empregador apenas pode contratar 25 trabalhadores através de contrato de trabalho a termo

certo, em cada ano civil, não existindo limite ao número de contratações em caso de celebração

de contrato de trabalho sem termo.

Como é verificado o nível de emprego atingido por via do apoio?

Durante a atribuição do apoio financeiro, o empregador deve registar um número total de

trabalhadores igual ou superior ao número de trabalhadores atingido por via do apoio, o qual

será verificado nos seguintes termos:

No caso de contratos com duração inicial inferior a 12 meses, verificado no mês em

que se completa a vigência do contrato;

No caso de contratos com duração inicial igual ou superior a 12 meses e de contratos

sem termo, verificado no mês em que se completa o 12.º mês de vigência do contrato.

Até quando existe a obrigação de manutenção do nível de emprego?

Contrato a termo certo (duração do contrato fevereiro a outubro)

Contrato sem termo (início em setembro do ano n)

Manutenção do nível de emprego

Até outubro Até setembro do ano n+1

Podem ser considerados todos os trabalhadores para o cálculo do nível de emprego?

Para o cálculo do nível de emprego atingido por via do apoio não são contabilizados os

trabalhadores que tenham cessado os respetivos contratos de trabalho por sua própria iniciativa,

por motivo de invalidez, de falecimento, de reforma por velhice, de despedimento com justa

causa promovido pelo empregador ou de caducidade de contratos a termo para satisfação de

necessidades temporárias do empregador, desde que a empresa comprove esses factos.

Exemplo

Exemplo

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 21

A formação profissional que a empresa tem que proporcionar ao trabalhador tem que ser através

de entidade formadora certificada?

Não necessariamente. O empregador obriga-se a proporcionar formação profissional ao

trabalhador contratado ao abrigo desta Medida, numa das seguintes modalidades:

Formação em contexto de trabalho ajustada às competências do posto de trabalho,

pelo período de duração do apoio, mediante acompanhamento de um tutor designado

pelo empregador; ou,

Formação ajustada às competências do posto de trabalho, em entidade formadora

certificada, com uma carga horária mínima de 50 horas e realizada, preferencialmente,

durante o período normal de trabalho.

No final da formação profissional o empregador deve entregar ao IEFP o relatório de formação

elaborado pelo tutor ou a cópia do certificado de formação emitido pela entidade formadora

certificada, consoante o caso.

É atribuído algum apoio no caso da conversão do contrato de trabalho num contrato sem termo?

Em caso de conversão de contrato de trabalho a termo certo, anteriormente abrangido pela

presente Medida, em contrato de trabalho sem termo, por acordo celebrado entre empregador e

trabalhador, o empregador tem direito à prorrogação do apoio, no valor de idêntica percentagem

do IAS anteriormente aprovada vezes 6.

A vigência do contrato de trabalho sem termo deve ter início no dia seguinte ao da cessação do

contrato a termo anteriormente abrangido pela presente Medida.

E existe alguma obrigação daí decorrente?

O empregador que beneficie da prorrogação do apoio tem as obrigações correspondentes, no

âmbito da Medida, à celebração de contratos com duração igual ou superior a 12 meses ou sem

termo, nomeadamente a obrigação de manutenção do nível de emprego a partir da data da

conversão.

Por outro lado, o empregador está dispensado da obrigação de proporcionar formação

profissional prevista inicialmente, sem prejuízo do estabelecido no Código do Trabalho.

Posso identificar o trabalhador que pretendo na candidatura e assinar logo contrato com ele?

O empregador deve celebrar os contratos de trabalho depois da notificação da decisão de

aprovação da candidatura, podendo celebrar os contratos de trabalho a partir do momento da

apresentação da candidatura, assumindo, nesse caso, o risco decorrente da eventualidade de

não aprovação da candidatura.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 22

Quais são os prazos para decisão por parte do IEFP?

O IEFP profere decisão sobre a candidatura apresentada pelo empregador e emite a respetiva

notificação no prazo de 30 dias úteis contados após o empregador informar quais os candidatos

selecionados ou o IEFP confirmar a elegibilidade dos candidatos indicados pelo empregador.

No caso do pedido de prorrogação do apoio, o prazo para decisão e notificação do empregador é

de 15 dias úteis a contar da data de apresentação do pedido.

Em que momentos é efetuado o pagamento do apoio?

O pagamento do apoio é efetuado pelos serviços do IEFP, em duas prestações de montante

igual, da seguinte forma:

A primeira prestação é paga após o início de vigência do contrato de trabalho, no prazo

de 30 dias consecutivos após a receção do termo de aceitação e de cópia dos

contratos;

A segunda prestação é paga no mês subsequente ao mês civil em que se completa a

duração inicialmente fixada no contrato ou, no caso de contratos com duração inicial de

12 meses ou superior ou de contratos sem termo, no décimo terceiro mês de vigência

do contrato.

Relativamente ao pagamento da prorrogação do apoio, este é efetuado em duas prestações de

igual montante, da seguinte forma:

A primeira prestação é paga no prazo de 30 dias consecutivos após a receção do termo

de aceitação;

A segunda prestação é paga no décimo terceiro mês de vigência do contrato após a

conversão.

A presente medida pode ser cumulável com outros apoios?

Esta medida pode ser cumulável com medidas que prevejam a isenção total ou parcial de

contribuições para o regime da Segurança Social, mas não é cumulável com outros apoios

diretos ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho, salvo se outra for a solução prevista

na legislação reguladora destes.

Posso, em alguma situação, ter que devolver o apoio recebido?

No âmbito da presente Medida, existem algumas situações consideradas de incumprimento que,

quando ocorram antes do fim da duração inicialmente fixada no contrato ou, no caso de

contratos com duração inicial de 12 meses ou superior ou de contratos sem termo, antes de 12

meses de vigência do contrato, dão origem à devolução do apoio.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 23

Em que situações tenho que devolver a totalidade do apoio?

O apoio financeiro cessa, devendo o empregador restituir a totalidade do apoio financeiro

recebido respeitante ao trabalhador em relação ao qual se verifique uma das seguintes

situações:

Despedimento coletivo ou despedimento por extinção de posto de trabalho ou por

inadaptação;

Despedimento por facto imputável ao trabalhador que seja declarado ilícito;

Cessação do contrato de trabalho durante o período experimental por iniciativa do

empregador;

Resolução lícita de contrato de trabalho pelo trabalhador;

Incumprimento da obrigação de proporcionar formação profissional ao trabalhador

contratado;

A remuneração oferecida não respeitar o previsto em termos de Retribuição Mínima

Mensal Garantida e, quando aplicável, o respetivo instrumento de regulamentação

coletiva de trabalho.

No caso da prorrogação do apoio são consideradas situações de incumprimento as

inconformidades que ocorram antes de decorridos 12 meses após a conversão.

Em que situações a devolução do apoio é parcial?

O empregador deve restituir proporcionalmente o apoio financeiro recebido respeitante ao

trabalhador em relação ao qual se verifique alguma das seguintes situações:

O trabalhador abrangido pela Medida promova a denúncia do contrato de trabalho;

O empregador e o trabalhador abrangido pela Medida façam cessar o contrato de

trabalho por acordo;

Despedimento por facto imputável ao trabalhador;

Incumprimento da obrigação de manutenção do nível de emprego.

No caso da prorrogação do apoio são consideradas situações de incumprimento as

inconformidades que ocorram antes de decorridos 12 meses após a conversão.

Por quanto tempo deve a empresa manter o contrato com o trabalhador apoiado?

No caso dos contratos de trabalho a termo certo, o contrato deve ser mantido até ao fim da

duração inicialmente fixada.

No caso de contratos com duração inicial de 12 meses ou superior, ou de contratos sem termo, o

contrato deve ser mantido até 12 meses.

No caso de conversão em contrato sem termo, a duração deve ser de 12 meses após a

conversão.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 24

Quadro Síntese Comparativo

Estágios Emprego Estímulo Emprego

Resumo

Medida

Estágios com a duração de 9 meses, tendo em vista promover a inserção de jovens no mercado de trabalho ou a reconversão profissional de desempregados

Apoio financeiro aos empregadores

que celebrem contratos de trabalho a

termo certo por prazo igual ou superior

a 6 meses ou contratos de trabalho

sem termo, a tempo completo ou a

tempo parcial, com desempregados

inscritos nos serviços de emprego, com

a obrigação de proporcionarem

formação profissional aos

trabalhadores contratados.

Entidades

Promotoras

Pessoas singulares ou coletivas, de natureza jurídica privada, com ou sem

fins lucrativos.

Destinatários

Jovens, entre os 18 e os 30

anos, inclusive, inscritos

como desempregados nos

centros de emprego ou

centros de emprego e

formação profissional;

No caso do setor agrícola, os

destinatários podem ter até

35 anos de idade, inclusive;

Candidatos com idade

superior a 30 anos, mediante

o cumprimento de requisitos

específicos;

Outros indivíduos em

situações particulares.

Desempregados inscritos nos centros

de emprego que cumpram as

seguintes condições:

Inscritos há pelo menos 6 meses

consecutivos;

Inscritos há pelo menos 60 dias

consecutivos, no caso de

desempregados com idade inferior

a 30 anos ou com idade mínima de

45 anos ou ainda candidatos que

cumpram condições específicas;

Beneficiários das prestações de

desemprego, do rendimento social

de inserção, que integrem família

monoparental, com deficiência e

incapacidade, entre outros.

Apoios

65% ou 80% do valor mensal da

bolsa de estágio; seguro;

subsídio de alimentação;

despesas de transporte (casos

especiais).

Em determinadas situações,

existe uma majoração de 15

pontos percentuais, em relação

ao apoio base.

80% do IAS multiplicado por

metade do número inteiro de

meses de duração do contrato de

trabalho a termo certo, não

podendo ultrapassar o valor de

80% do IAS x 6;

110% do IAS x 12, no caso de

contratos de trabalho sem termo;

O valor do IAS multiplicado por

metade do número inteiro de

meses de duração do contrato, até

ao limite de 6 x IAS, em casos

especiais.

Formação Não Sim

Cumulação n.a. Dispensa das contribuições Seg. Social

+ Incentivo Emprego

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 25

3. Dispensa de Pagamento de Contribuições

As entidades empregadoras que contratem jovens à procura de 1.º emprego ou desempregados

de longa duração ficam dispensadas de pagar contribuições à Segurança Social a seu cargo

(23,75%), por esses trabalhadores durante 36 meses (no máximo). No entanto, mantêm-se a

obrigação contributiva relativa às quotizações dos trabalhadores, ou seja, os 11% a cargo do

trabalhador.

Destinatários

Jovens à procura de 1.º emprego: jovens com idade superior a 16 e inferior a 30 anos

que, à data do contrato, nunca tenham tido um contrato de trabalho por tempo

indeterminado;

Desempregados de longa duração: desempregados que, à data do contrato, estejam

disponíveis para o trabalho e inscritos nos Centros de Emprego há mais de 12 meses,

mesmo que neste período tenham tido contratos de trabalho a termo, por períodos

inferiores a 6 meses, cuja duração conjunta não ultrapasse 12 meses.

Entidades Promotoras

Podem beneficiar desta medida as entidades empregadoras que contratem jovens à procura do

primeiro emprego ou desempregados de longa duração.

Quando se pode requerer

No mês seguinte àquele em que foi feito o contrato de trabalho, para poder ter direito aos 36

meses de dispensa de contribuições (período máximo).

Como os 36 meses começam a contar do mês em que foi feito o contrato de trabalho, se

apresentar o pedido mais tarde, só tem direito à dispensa de contribuições a partir do início do

mês em que faz o pedido e durante o tempo que falta para completar os 36 meses.

Questões Frequentes

Um trabalhador que celebrou com uma entidade empregadora um contrato de trabalho

a tempo parcial por dois ou três meses, já não é considerado um jovem à procura do

1.º emprego?

Para que a entidade empregadora possa beneficiar da isenção de contribuições para a Segurança

Social, o jovem só não pode ter tido um contrato de trabalho por tempo indeterminado.

Um jovem que celebre pela primeira vez um contrato de trabalho por tempo

indeterminado com uma entidade empregadora, tem de descontar para a Segurança

Social?

Sim. O trabalhador desconta sempre 11% sobre as remunerações auferidas. A entidade

empregadora por ter contratado o trabalhador é que beneficia temporariamente da isenção do

pagamento de contribuições da parte que lhe compete.

Legislação Aplicável

Decreto Regulamentar n.º

50/2012, de 25 de

setembro

Lei n.º110/2009, de 16 de

setembro

Despacho n.º 11 130/97,

(2ª série) de 24 de

outubro

Decreto-Lei n.º 89/95, de

6 de maio, alterado pela

Lei n.º 110/2009, de 16 de

setembro

Despacho n.º

130/SESS/91, de 17 de

dezembro

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4. Incentivo Emprego

A Medida Incentivo Emprego consiste na concessão, ao empregador, de um apoio financeiro à

celebração de contrato de trabalho.

Trata-se de uma medida de natureza transitória, que tem como objetivo atenuar os efeitos da

crise económica e impulsionar a contratação, reportando-se ao período compreendido entre o

início da execução de cada contrato de trabalho e 30 de setembro de 2015 ou a data de

cessação do contrato, conforme a que se verifique em primeiro lugar.

Entidades Promotoras

Entidades empregadoras que celebrem contratos de trabalho regulados pelo Código do

Trabalho;

Empresas de trabalho temporário, qualquer que seja a duração do contrato celebrado

com o trabalhador temporário.

Apoios

O apoio financeiro corresponde a 1% da retribuição mensal do trabalhador.

Por retribuição mensal entende-se o valor pago pelo empregador ao trabalhador e relevante

para efeitos de incidência da taxa contributiva devida à segurança social.

Cumulação

O Incentivo pode ser cumulável com outros apoios ao emprego aplicáveis ao mesmo posto de

trabalho, cuja atribuição esteja, por natureza, dependente de condições inerentes aos

trabalhadores contratados.

O Incentivo é cumulável, nomeadamente, com a Medida Estímulo Emprego.

Quando pode requerer

A candidatura ao incentivo é apresentada no decurso do trimestre civil em que se efetua a

comunicação de admissão do trabalhador à segurança social, à exceção dos casos em que esta

ocorra nos últimos dez dias do trimestre, caso em que pode ser apresentada até ao dia 15 do

mês subsequente.

Legislação Aplicável

Portaria n.º 17/2014, de

27 de janeiro que altera a

Portaria n.º 286-A/2013,

de 16 de setembro

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5. Emprego Jovem Ativo

A Medida Emprego Jovem Ativo é um programa desenhado para promover a integração

socioprofissional de jovens no mercado de trabalho, especialmente os que têm baixas

qualificações e vivem em situações desfavorecidas.

Destinatários

Os destinatários da Medida são os jovens, com idade compreendida entre os 18 e os 29 anos

inscritos como desempregados no IEFP que:

Não possuam a escolaridade obrigatória e que se encontrem em particular situação de

desfavorecimento face ao mercado de trabalho, nomeadamente, porque abandonaram

precocemente a escola ou não concluíram o 3.º ciclo do ensino básico;

Sejam detentores de uma qualificação de nível 6 ou superior do Quadro Nacional de

Qualificações.

Promotores

Podem candidatar-se todas as empresas com ou sem fins lucrativos desde que tenham uma

situação regularizada perante as Finanças e a Segurança Social. Além disso, não podem ter sido

condenadas em qualquer processo-crime nos últimos dois anos.

Projeto de Atividade

No que respeita a empresas de natureza privada com fins lucrativos, as atividades a desenvolver

pelos estagiários devem inserir-se no âmbito de preocupações sociais ou ambientais que não se

integrem na atividade principal da entidade.

O projeto a desenvolver pela entidade promotora deve ter uma duração de 6 meses e abranger

um destinatário com qualificação superior e dois sem escolaridade obrigatória, ou um

destinatário com qualificação superior e três sem escolaridade obrigatória.

Os estagiários devem possuir um perfil pessoal e profissional adequados à atividade a

desenvolver.

A entidade promotora deve ainda apresentar um projeto integrado que contemple a descrição

das atividades a desenvolver por cada por cada um dos estagiários.

Apoios para os Destinatários

Os destinatários abrangidos pela presente medida têm direito a:

Bolsa mensal, correspondente a 70% do valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS)

(correspondente a 293,45 €) para jovens sem a escolaridade mínima obrigatória e 1,3

IAS (correspondente a 544,99 €) para candidatos com o ensino superior;

Refeição ou subsídio de Alimentação;

Seguro de acidentes pessoais.

Legislação Aplicável

Portaria n.º 150/2014, de

30 de julho

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Apoios para as Entidades Promotoras

O Instituto de Emprego e Formação Profissional comparticipa as despesas da entidade

promotora nos seguintes termos:

100% da bolsa de estágio;

Alimentação; e

Prémio do seguro de acidentes pessoais.

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6. Programa Investe Jovem

No âmbito do programa nacional de combate ao desemprego jovem, foi lançado pelo Governo o

Programa Investe Jovem, que tem como finalidade promover e fomentar o empreendedorismo, a

criação de emprego e o crescimento económico.

Apoios

O programa tem por objetivo promover o empreendedorismo através dos seguintes apoios:

Apoio financeiro ao investimento;

Apoio à criação do próprio emprego; e

Apoio técnico para alargamento de competências nas áreas de empreendedorismo e na

estruturação e consolidação do projeto.

Destinatários

São destinatários do programa os jovens que se encontrem inscritos como desempregados no

Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP, I.P.), com idade igual ou superior a 18 anos

e inferior a 30 anos. Devem ainda possuir uma ideia de negócio viável e formação adequada

para o desenvolvimento do negócio.

Condições de Acesso

Para serem elegíveis para o Programa Investe Jovem, os promotores devem respeitar os limites

de idade exigidos e não terem uma empresa constituída à data de entrega do pedido de

financiamento. As equipas constituídas devem ter até 10 pessoas e os promotores devem

possuir pelo menos 51% do capital da empresa.

Apoios ao Investimento

Aos projetos aprovados é atribuído um apoio financeiro sob a forma de empréstimo sem juros

que financia até 75% do investimento total elegível, até um máximo de EUR 41.922,00.

O valor do apoio é pago em duas fases:

80% do montante total no momento da contratualização;

20% após a verificação física, documental e contabilística do projeto.

Condições do Empréstimo

Montante do Projeto Duração do Empréstimo Período de Carência

< ou = EUR 4.192,20 24 meses 6 meses

< ou = EUR 20.961,00 48 meses 12 meses

> EUR 20.961,00 60 meses 12 meses

Legislação Aplicável

Portaria n.º 151/2014, de

30 de julho

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As condições do empréstimo começam a contar a partir da data de contratualização.

Apoios à Criação do Próprio Emprego

Aos destinatários promotores dos projetos é ainda atribuído um apoio financeiro, sob a forma de

subsídio não reembolsável, até ao montante de EUR 2.512,32 por promotor que crie o seu posto

de trabalho a tempo inteiro, até ao limite de 4 postos de trabalho apoiados.

Este apoio é concedido nos mesmos prazos que o apoio ao investimento: 80% no momento da

contratualização e 20% após a verificação final do projeto.

Apoio Técnico

Os projetos aprovados no âmbito deste programa podem beneficiar de apoio técnico para

alargamento de competências na área do empreendedorismo e da capacitação na estruturação

do projeto. Este apoio é assegurado por iniciativa e responsabilidade do IEFP, I.P.

Acumulação de Apoios

O Programa Investe Jovem é cumulável com:

O recurso ao montante global das prestações de desemprego;

Apoios de natureza fiscal; e

Apoios à contratação (com a exceção do posto de trabalho dos promotores).

Abertura da Medida

A medida tem abertura prevista para o final do mês de setembro de 2014.

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7. Reabilitação Profissional

Programa de apoio ao emprego e qualificação no âmbito da reabilitação profissional que integra

diversas modalidades de apoio destinadas às pessoas com deficiência e incapacidade que

apresentam dificuldades no acesso, manutenção e progressão no emprego.

7.1. Apoio à Colocação

Processo de mediação entre as pessoas e empregadores, desenvolvido pelos centros de recursos

da rede de suporte do IEFP, IP equacionando simultaneamente os aspetos relativos à

acessibilidade, à adaptação do posto de trabalho, ao desenvolvimento de competências gerais de

empregabilidade, bem como sensibilizando os empregadores para as vantagens da contratação

deste público, apoiando o candidato na procura ativa de emprego e na criação do próprio

emprego.

Tem em vista a promoção da inserção no mercado de trabalho das pessoas com deficiência e

incapacidade através de um processo de mediação entre as pessoas e os empregadores.

Destinatários

Pessoas com deficiência e incapacidade, desempregadas ou empregadas que

pretendam mudar de emprego, inscritas e encaminhadas pelos centros de emprego ou

centros de emprego e formação profissional;

Empregadores que pretendam contratar trabalhadores com deficiência e incapacidade.

Entidades Promotoras

Pessoas coletivas de direito público que não façam parte da administração direta do Estado e

pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos, credenciadas pelo IEFP, IP como centros

de recursos enquanto estruturas de suporte e apoio aos serviços de emprego e de intervenção

especializada no domínio da reabilitação profissional.

Apoios

Para empregadores

Apoio técnico aos empregadores que pretendam contratar trabalhadores com

deficiência e incapacidade;

Para as entidades promotoras (centros de recursos)

Comparticipação financeira até EUR 628,83 por cada destinatário abrangido, nas

despesas com custos com o pessoal afeto, rendas, alugueres e amortizações,

preparação e desenvolvimento das ações e encargos gerais dos projetos;

Comparticipação na íntegra nas despesas relativas ao pagamento de despesas de

deslocação, alimentação, alojamento, acolhimento de dependentes e seguro.

Para pessoas com deficiência e incapacidade:

Apoio técnico à integração no mercado de trabalho, incluindo na criação do próprio

emprego;

Legislação Aplicável

Decreto-Lei n.º 290/2009,

de 12 de outubro, alterado

pela Lei n.º 24/2011, de

16 de junho e pelo

Decreto-Lei n.º 131/2013,

de 11 de setembro que

republica o diploma.

Despacho Normativo n.º

18/2010, de 29 de junho

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Apoio financeiro aos destinatários desempregados para frequência das ações:

Subsídio de refeição;

Despesas de deslocação;

Subsídio de acolhimento de dependentes;

Subsídio de alojamento;

Seguro.

Sempre que o centro de recursos proceda à colocação no prazo máximo de 1 ano a contar da

data de início da ação de apoio à colocação, pode ainda beneficiar de um apoio sob a forma de

subsídio não reembolsável, concedido de uma só vez, nos seguintes montantes:

EUR 419,22 por cada destinatário colocado com contrato de trabalho a termo com

duração mínima de 12 meses;

EUR 628,83, por cada destinatário que crie o próprio emprego ou que seja colocado

com contrato de trabalho sem termo.

7.2. Acompanhamento Pós-Colocação

Apoios técnicos aos trabalhadores com deficiência e incapacidade e respetivos empregadores,

visando a manutenção no emprego e a progressão na carreira das pessoas com deficiência e

incapacidade, através de intervenções especializadas no domínio da reabilitação profissional,

desenvolvidas pelos centros de recursos da rede de suporte do IEFP, IP, designadamente:

Adaptação às funções a desenvolver e ao posto de trabalho;

Integração no ambiente sócio laboral da empresa;

Desenvolvimento de comportamentos pessoais e sociais adequados ao estatuto de

trabalhador;

Acessibilidade para deslocações às instalações da empresa por parte dos trabalhadores

com deficiência e incapacidade.

Esta medida pretende promover a manutenção no emprego e a progressão na carreira das

pessoas com deficiência e incapacidade.

Destinatários

Trabalhadores com deficiência e incapacidade, por conta própria ou de outrem, que

necessitem de apoio para a manutenção ou progressão no emprego, inscritos e

encaminhados pelos centros de emprego e centros de emprego e formação

profissional;

Empregadores que tenham ao seu serviço trabalhadores com deficiência e

incapacidade, contratados em regime normal ou em regime de emprego apoiado, a

frequentar estágios financiados pelo IEFP, IP ou contrato emprego-inserção.

Legislação Aplicável

Decreto-Lei n.º 290/2009,

de 12 de outubro, alterado

pela Lei n.º 24/2011, de

16 de junho e pelo

Decreto-Lei n.º 131/2013,

de 11 de setembro que

republica o diploma.

Despacho Normativo n.º

18/2010, de 29 de junho

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 33

Entidades Promotoras

Pessoas coletivas de direito público que não façam parte da administração direta do Estado e

pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos, credenciadas pelo IEFP, IP como centros

de recursos enquanto estruturas de suporte e apoio aos serviços de emprego e de intervenção

especializada no domínio da reabilitação profissional.

Apoios

Para os destinatários e empregadores:

Apoio técnico visando a manutenção no emprego e a progressão na carreira das

pessoas com deficiência e incapacidade;

Apoio técnico aos empregadores que celebrem contratos de trabalho em regime normal

ou regime de emprego apoiado, que promovam estágios financiados pelo IEFP, IP ou

contratos de emprego-inserção.

Para as entidades promotoras (centros de recursos):

Comparticipação financeira até EUR 524,03 por cada destinatário abrangido, nas

despesas com custos com o pessoal afeto, rendas, alugueres e amortizações,

preparação e desenvolvimento das ações e encargos gerais dos projetos.

7.3. Adaptação de Postos de Trabalho e Eliminação de Barreiras

Este programa consiste em fornecer apoios financeiros aos empregadores que necessitem de

adaptar o equipamento ou o posto de trabalho às dificuldades funcionais do trabalhador com

deficiência e incapacidade admitido através de contrato de trabalho sem termo ou a termo com a

duração mínima inicial de 1 ano, bem como eliminar obstáculos físicos que impeçam ou

dificultem o acesso do trabalhador ao local de trabalho ou a sua mobilidade no interior das

instalações.

Destinatários

Pessoas com deficiência e incapacidade numa das seguintes condições:

Desempregadas ou à procura do 1.º emprego, inscritas nos centros de emprego ou

centros de emprego e formação profissional;

Destinatárias do contrato de emprego apoiado em entidades empregadoras;

Destinatárias de medidas ou programas de estágios financiados pelo IEFP, IP e de

qualquer das modalidades de contrato emprego-inserção.

Entidades Promotoras

Empregadores de direito privado ou de direito público que não façam parte da administração

direta do Estado que:

Legislação Aplicável

Decreto-Lei n.º 290/2009,

de 12 de outubro, alterado

pela Lei n.º 24/2011, de

16 de junho e pelo

Decreto-Lei n.º 131/2013,

de 11 de setembro que

republica o diploma.

Despacho Normativo n.º

18/2010, de 29 de junho

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 34

Celebrem contratos de trabalho sem termo ou a termo com duração mínima inicial de 1

ano, com pessoas com deficiência e incapacidade;

Celebrem contratos de trabalho em regime de contrato de emprego apoiado em

entidades empregadoras;

Sejam promotoras de estágios financiados pelo IEFP, IP ou de qualquer das

modalidades de contratos emprego-inserção (apenas na candidatura aos apoios para

adaptação de postos de trabalho).

Apoios

Apoios para a adaptação de postos de trabalho

Nos contratos de trabalho e contratos de emprego apoiado em entidades empregadoras:

Subsídio não reembolsável, até EUR 6.707,52 por cada pessoa com deficiência e

incapacidade.

Nos estágios financiados e nas modalidades de contratos emprego-inserção:

Subsídio não reembolsável, até EUR 3.353,76 por cada pessoa com deficiência e

incapacidade admitida.

No fim da execução do estágio ou do contrato emprego-inserção, ocorrendo a contratação da

pessoa com deficiência e incapacidade pela entidade promotora mediante a celebração de

contrato de trabalho sem termo ou a termo com duração mínima inicial de 1 ano, podem ser

comparticipados os 50% remanescentes da solução técnica apoiada para adaptação do posto de

trabalho, até ao montante de EUR 6.707,52.

Apoios para eliminação de barreiras arquitetónicas

Subsídio não reembolsável, até ao limite de EUR 6.707,52 não podendo exceder 50%

do valor da obra ou do meio técnico adquirido (apenas para edifícios ou

estabelecimentos licenciados ou construídos antes de 8 de fevereiro de 2007).

Cumulação

Os apoios para adaptação de postos de trabalho e eliminação de barreiras arquitetónicas são

cumuláveis entre si e não podem ser concedidos por mais de uma vez à mesma entidade

empregadora em relação às mesmas adaptações.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 35

7.4. Emprego Apoiado

7.4.1. Estágios de Inserção para pessoas com deficiência e incapacidade

Os Estágios de Inserção são estágios com a duração de 12 meses, não prorrogáveis, tendo em

vista melhorar o perfil de empregabilidade das pessoas com deficiência e incapacidade e

promover a sua integração profissional.

Destinatários

Pessoas com deficiência e incapacidade inscritas como desempregadas nos centros de emprego

ou centros de emprego e formação profissional.

Entidades Promotoras

Pessoas singulares ou coletivas de direito privado, com ou sem fins lucrativos;

Apoios

Bolsa de estágio mensal:

EUR 691,71 – para estagiários com qualificação de nível 6, 7 ou 8;

EUR 586,91 – para estagiários com qualificação de nível 5;

EUR 544,99 – para estagiários com qualificação de nível 4;

EUR 503,06 – para estagiários com qualificação de nível 3;

EUR 419,22 – para os restantes casos.

Refeição ou Subsídio de alimentação;

Seguro de acidentes de trabalho;

Apoio técnico no âmbito do acompanhamento pós-colocação;

Despesas de Transporte (caso a entidade empregadora não assegure o transporte

entre a residência habitual e o local de estágio).

Legislação Aplicável

Decreto-Lei n.º 290/2009,

de 12 de outubro, alterado

pela Lei n.º 24/2011, de

16 de junho e pelo

Decreto-Lei n.º 131/2013,

de 11 de setembro que

republica o diploma.

Despacho normativo n.º

18/2010, de 29 de junho

Portaria n.º 204-B/2013,

de 18 de junho, alterada

pela portaria n.º

375/2013, de 27 de

dezembro, Portaria n.º 20-

A/2014, de 30 de janeiro e

Portaria n.º 149-B/2014,

de 24 de julho.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 36

Comparticipação Pública

Apoios para as empresas

Bolsa de Estágio

95% para:

Pessoas coletivas de

natureza privada sem fins

lucrativos;

Estágios realizados no

âmbito do Regime Especial

de Projetos de Interesse

Estratégico;

Entidades com 10 ou

menos trabalhadores, no

caso do primeiro

estagiário;

80% para todas as outras

situações

Subsídio de Alimentação Até ao valor fixado para os trabalhadores que exercem funções

públicas (4,27€/dia)

Despesas de Transporte

dos estagiários com

deficiência e

incapacidade

Subsídio de transporte mensal no montante equivalente a EUR

41,92

Prémio do Seguro de

acidentes de trabalho

Até 3,296% de EUR 419,22 reportado ao período de duração do

estágio (13,82€)

A entidade promotora tem direito ainda a:

Apoio técnico no âmbito do acompanhamento pós-colocação;

Apoio para a adaptação de postos de trabalho (em casos justificados) – subsídio não

reembolsável no valor máximo de EUR 3.353,76 por cada pessoa com deficiência e

incapacidade;

No fim da execução do estágio se ocorrer a contratação do destinatário pela entidade promotora

mediante a celebração de contrato de trabalho sem termo ou a termo com duração mínima

inicial de 1 ano, podem ser comparticipados os 50% remanescentes da solução técnica apoiada

para adaptação do posto de trabalho, até ao montante total de EUR 6.707,52.

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 37

7.4.2. Contratos Emprego-Inserção (CEI)

O Contrato Emprego Inserção para pessoas com deficiência e incapacidade consiste na

realização de atividades socialmente úteis que satisfaçam necessidades sociais ou coletivas

temporárias, no âmbito de projetos promovidos por entidades coletivas públicas ou privadas sem

fins lucrativos, durante um período máximo de 12 meses.

Destinatários

São destinatários desta medida das pessoas com deficiência e incapacidade, desempregadas ou

à procura do 1.º emprego, inscritas nos centros de emprego ou centros de emprego e formação

profissional.

Entidades Promotoras

Entidades coletivas, públicas ou privadas sem fins lucrativos, designadamente:

Serviços públicos que desenvolvam atividades relevantes para a satisfação de

necessidades sociais ou coletivas e se integrem nos domínios do apoio social e do

património natural, cultural e urbanístico;

Autarquias locais;

Entidades de solidariedade social.

Apoios

Bolsa de ocupação mensal, no valor do IAS (419,22€), para pessoa com deficiência e

incapacidade desempregada, à procura do 1.º emprego ou beneficiária do RSI;

Bolsa mensal complementar, no valor de EUR 83,84, para pessoa com deficiência e

incapacidade beneficiária do subsídio de desemprego ou subsídio social de desemprego.

Despesas ou subsídio de transporte (caso o transporte não seja assegurado pela

entidade);

Subsídio de alimentação por cada dia de atividade (ou refeição);

Seguro de acidentes pessoais;

Apoio técnico no âmbito de acompanhamento pós-colocação.

Legislação Aplicável

Portaria n.º 20-B/2014, de

30 de janeiro, que altera e

republica a Portaria n.º

128/2009, de 30 de

janeiro, alterada pela

Portaria n.º 294/2014, de

31 de maio, Portaria n.º

164/2011, de 18 de abril e

Portaria n.º 378-H/2013,

de 31 de dezembro.

Despacho n.º 1573-

A/2014, de 30 de janeiro

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 38

Comparticipação

Entidades públicas ou privadas do setor empresarial local

Entidades privadas sem fins lucrativos

Beneficiários da medida CEI 225,20 € (i)

Beneficiários da medida CEI+ 518,66 € (ii) 560,58 € (iii)

(i) O montante corresponde à comparticipação o IEFP na bolsa mensal complementar (100%), integrando,

ainda, os encargos com o subsídio de alimentação e as despesas de transporte

(ii) O montante corresponde à comparticipação do IEFP na bolsa mensal (90%), no subsídio de alimentação e

nas despesas de transporte

(iii) O montante corresponde à comparticipação do IEFP na bolsa mensal (100%), no subsídio de alimentação e

nas despesas de transporte

Nota: As entidades suportam os encargos com o seguro.

Apoio técnico no âmbito do acompanhamento pós-colocação;

Apoio para a adaptação de postos de trabalho - subsídio não reembolsável, no valor

máximo de EUR 3.353,76, por cada pessoa com deficiência e incapacidade admitida.

Quando, no final do contrato emprego-inserção, ocorra a contratação pela entidade promotora,

mediante a celebração de contrato de trabalho sem termo ou a termo com duração mínima

inicial de 1 ano, pode ser comparticipado o valor remanescente da solução técnica apoiada até

ao montante total de EUR 6.707,52.

7.4.3. Centros de Emprego Protegido (CEP)

Esta medida consiste no exercício de atividade profissional por pessoas com deficiência e

incapacidade e capacidade de trabalho reduzida nas áreas de produção ou prestação de serviços

da estrutura produtiva do centro de emprego protegido (CEP), com possibilidade de realização

de estágio inicial com uma duração não superior a 9 meses.

Destinatários

Pessoas com deficiência e incapacidade, inscritas nos centros de emprego ou centros de

emprego e formação profissional, com capacidade de trabalho não inferior a 30% nem superior a

75% da capacidade normal de trabalho de um outro trabalhador nas mesmas funções

profissionais.

Entidades Promotoras

Pessoas coletivas de direito público que não façam parte da administração direta do Estado ou

pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos.

Legislação Aplicável

Decreto-Lei n.º 290/2009,

de 12 de outubro, alterado

pela Lei n.º 24/2011, de

16 de junho e pelo

Decreto-Lei n.º 131/2013,

de 11 de setembro que

republica o diploma.

Despacho Normativo n.º

18/2010, de 29 de junho

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Apoios

Para os trabalhadores em regime de emprego apoiado:

Retribuição aferida proporcionalmente à de um trabalhador com capacidade normal

para o mesmo posto de trabalho, de acordo com a graduação da sua capacidade, que

não pode ser inferior ao valor da retribuição mínima garantida (RMMG).

O trabalhador tem direito, durante o período de estágio, a uma retribuição de EUR

293,45.

Para as entidades promotoras de CEP:

Apoio técnico à instalação e funcionamento dos CEP e quando solicitado à gestão dos

CEP.

Para as entidades de direito privado sem fins lucrativos

Comparticipação nas despesas com a construção, instalação e equipamento dos CEP,

até ao limite de 100 % das despesas de investimento elegíveis, nas modalidades

cumuláveis de subsídio não reembolsável e empréstimo sem juros no limite máximo de

EUR 12.576,60 por posto de trabalho em regime de emprego apoiado;

São ainda elegíveis as despesas de manutenção e conservação de instalações e

equipamentos, quando solicitado desde que devidamente fundamentadas e

justificadas.

Para as entidades de direito privado sem fins lucrativos e entidades públicas:

Comparticipação na retribuição e nas contribuições para a segurança social da

responsabilidade da entidade relativa ao trabalhador em regime de emprego apoiado

(correspondente à diferença entre o coeficiente de capacidade para o trabalho e o IAS).

7.4.4. Contratos de Emprego Apoiado em Entidades Empregadoras

Esta medida consiste no desenvolvimento de uma atividade profissional por pessoas com

deficiência e incapacidade e capacidade de trabalho reduzida, em postos de trabalho em regime

de contrato de emprego apoiado, integrados na organização produtiva ou de prestação de

serviços dos empregadores, sob condições especiais.

Destinatários

Pessoas com deficiência e incapacidade, inscritas nos centros de emprego ou centros de

emprego e formação profissional, com capacidade de trabalho não inferior a 30% nem superior a

75% da capacidade normal de trabalho de um outro trabalhador nas mesmas funções

profissionais.

Entidades Promotoras

Empregadores de direito público e privado.

Legislação Aplicável

Decreto-Lei n.º 290/2009,

de 12 de outubro, alterado

pela Lei n.º 24/2011, de

16 de junho e pelo

Decreto-Lei n.º 131/2013,

de 11 de setembro que

republica o diploma.

Despacho Normativo n.º

18/2010, de 29 de junho

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Apoios

Para os trabalhadores em regime de emprego apoiado

Retribuição aferida proporcionalmente à de um trabalhador com capacidade normal

para o mesmo posto de trabalho, de acordo com a graduação da sua capacidade, que

não pode ser inferior ao valor da RMMG;

Apoio técnico no âmbito do acompanhamento pós-colocação.

Para as entidades promotoras públicas e privadas

Apoio técnico à instalação e funcionamento;

Apoio técnico no âmbito do acompanhamento pós-colocação

Para as entidades promotoras de direito privado

Comparticipação na retribuição e nas contribuições para a segurança social da

responsabilidade da entidade relativa ao trabalhador em regime de emprego apoiado

(correspondente à diferença entre o coeficiente de capacidade para o trabalho e o

IAS);

Apoios à adaptação de postos de trabalho e à eliminação de barreiras arquitetónicas.

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8. Programa Vida Emprego

Esta medida visa promover a reinserção social e profissional de toxicodependentes em

recuperação através da formação e emprego. Compreende as seguintes medidas:

Estágio de Integração Socioprofissional – formação prática em contexto de

trabalho, em entidades públicas e privadas, com uma duração igual ou inferior a 9

meses podendo, excecionalmente, ser seguido de um estágio complementar, com

duração máxima de 3 meses;

Prémio de Integração Socioprofissional – prestação pecuniária, não reembolsável,

no valor de 12 x IAS (ou seja, 5.030,64€), atribuída às entidades que admitam

toxicodependentes em recuperação mediante a celebração de contrato de trabalho sem

termo e cujo respetivo posto de trabalho seja mantido por um período mínimo de 4

anos;

Apoio ao Emprego – apoios à contratação de toxicodependentes em recuperação

mediante a celebração de contratos de trabalho a termo certo, por período mínimo de

2 anos;

Apoios ao Autoemprego – apoios técnicos e financeiros à criação do próprio emprego

por toxicodependentes em recuperação.

Promotores

Podem beneficiar deste apoio toda as entidades públicas ou privadas.

Destinatários

São destinatários da medida, os toxicodependentes em idade ativa, que se encontrem em ou

tenham terminado processos de tratamento, quer em comunidades terapêuticas, quer em

regime ambulatório, incluindo os que estão em processo de tratamento no quadro do sistema

prisional.

Legislação Aplicável

Resolução do Conselho de

Ministros nº 136/98, de 4

de dezembro

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9. Emprego Inserção

9.1. Contrato Emprego-Inserção

Esta medida consiste na realização, por desempregados subsidiados, de trabalho socialmente

necessário que satisfaça necessidades sociais ou coletivas temporárias, no âmbito de projetos

promovidos por entidades coletivas públicas ou privadas sem fins lucrativos, durante um período

máximo de 12 meses.

Destinatários

Pessoas desempregadas que sejam beneficiárias do subsídio de desemprego ou do subsídio

social de desemprego.

Têm prioridade no acesso a esta medida os desempregados subsidiados com prestações iguais

ou inferiores à remuneração mínima mensal garantida (RMMG).

São, ainda, considerados prioritários os desempregados subsidiados que se encontrem numa das

seguintes condições:

Pessoa com deficiências e incapacidades;

Desempregado de longa duração;

Desempregado com idade igual ou superior a 45 anos;

Ex-recluso ou pessoa que cumpra pena em regime aberto voltado para o exterior ou

outra medida judicial não privativa de liberdade.

Entidades Promotoras

Podem ser beneficiários da medida entidades coletivas, públicas ou privadas sem fins lucrativos,

designadamente:

Serviços públicos que desenvolvam atividades relevantes para a satisfação de

necessidades sociais ou coletivas;

Autarquias locais;

Entidades de solidariedade social:

Entidades coletivas privadas do setor empresarial local que sejam totalmente

participadas pelos municípios, independentemente da respetiva tipologia, e pelas áreas

metropolitanas.

Apoios

Entidades privadas sem fins lucrativos

Comparticipação do IEFP em 50% na bolsa mensal complementar, para as entidades

privadas sem fins lucrativos;

Legislação Aplicável

Portaria n.º 20-B/2014, de

30 de janeiro, que altera e

republica a Portaria n.º

128/2009, de 30 de

janeiro, alterada pelas

Portaria n.º 294/2010, de

31 de maio e Portaria n.º

164/2011, de 18 de abril e

Portaria n.º 378-H/2013,

de 31 de dezembro.

Despacho n.º 1573-

A/2014, de 30 de janeiro

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Beneficiários

Bolsa mensal complementar no valor de EUR 83,84 para desempregados beneficiários

de subsídio de desemprego ou de subsídio social de desemprego;

Despesas de transporte;

Subsídio de alimentação;

Seguro que cubra os riscos que possam ocorrer durante e por causa do exercício das

atividades a desenvolver.

9.2. Contrato Emprego-Inserção+

Esta medida tem em vista a realização de atividades socialmente úteis, durante um período

máximo de 12 meses, por desempregados beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI)

no sentido de promover a empregabilidade dos desempregados melhorando as suas

competências socioprofissionais através da manutenção do contacto com outros trabalhadores e

atividades, evitando o risco do seu isolamento, desmotivação e marginalização.

Destinatários

Desempregados que sejam beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI);

Pessoas que não beneficiem do RSI, inscritas como desempregadas no IEFP, IP:

Há pelo menos 12 meses;

Que integrem família monoparental;

Cujos cônjuges ou pessoas com quem vivam em união de facto se encontrem

igualmente desempregados.

Entidades Promotoras

Entidades coletivas, públicas ou privadas sem fins lucrativos, designadamente:

Serviços públicos que desenvolvam atividades relevantes para a satisfação de

necessidades sociais ou coletivas;

Autarquias locais;

Entidades de solidariedade social.

Entidades coletivas privadas do setor empresarial local que sejam totalmente

participadas pelos municípios, independentemente da respetiva tipologia, e pelas áreas

metropolitanas.

Apoios

Entidades

Comparticipação do IEFP na bolsa de ocupação mensal, nas seguintes percentagens:

90% para as entidades privadas sem fins lucrativos;

80% para as entidades públicas ou privadas do setor empresarial local.

Legislação Aplicável

Portaria n.º 20-B/2014, de

30 de janeiro, que altera e

republica a Portaria n.º

128/2009, de 30 de

janeiro, alterada pelas

Portaria n.º 294/2010, de

31 de maio e Portaria n.º

164/2011, de 18 de abril e

Portaria n.º 378-H/2013,

de 31 de dezembro.

Despacho n.º 1573-

A/2014, de 30 de janeiro

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 44

As comparticipações são majoradas em 10 pontos percentuais, no caso de os beneficiários

serem pessoas com deficiência e incapacidade.

Beneficiários

Bolsa de ocupação mensal no valor de EUR 419,22;

Despesas de transporte;

Subsídio de alimentação;

Seguro que cubra os riscos que possam ocorrer durante e por causa do exercício da

atividade.

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10. Apoios à Criação do Próprio Emprego por Beneficiários de Prestações

de Desemprego

Medida que consiste na atribuição de apoios a projetos de emprego promovidos por beneficiários

das prestações de desemprego, através da antecipação das prestações de desemprego, desde

que os mesmos assegurem o emprego, a tempo inteiro, dos promotores subsidiados.

Destinatários

Beneficiários das prestações de desemprego que apresentem um projeto que origine, pelo

menos, a criação do seu emprego.

Apoios

Pagamento, total ou parcial, do montante global das prestações de desemprego,

deduzido das importâncias eventualmente já recebidas;

Possibilidade de cumulação com a modalidade de crédito com garantia e bonificação da

taxa de juro (linhas MICROINVEST E INVEST+).

O subsídio de desemprego ou o subsídio social de desemprego inicial a que os beneficiários

tenham direito pode ser pago parcialmente de uma só vez, nos casos em que os interessados

apresentem projeto de criação do próprio emprego sob a forma jurídica de trabalhador

independente e as despesas elegíveis não ultrapassem o valor do montante único.

Apoio técnico à criação e consolidação dos projetos

Os projetos que obtenham financiamento ao abrigo desta Medida podem beneficiar de apoio

técnico à sua criação e consolidação, durante os dois primeiros anos de atividade, sendo este

assegurado por uma rede de entidades privadas sem fins lucrativos ou autarquias locais

credenciadas pelo IEFP, IP.

Atividades de apoio técnico:

Acompanhamento do projeto aprovado;

Consultoria na gestão ou na operacionalidade da iniciativa.

Em caso de recurso ao financiamento de crédito MICROINVEST ao abrigo da medida Programa

Nacional de Microcrédito, podem também beneficiar do apoio técnico específico durante a fase

anterior à submissão do pedido de crédito.

Legislação Aplicável

Portaria n.º 58/2011, de

28 de janeiro, que altera e

republica a Portaria n.º

985/2009, de 4 de

setembro, com as

alterações introduzidas

pela Portaria n.º 95/2012,

de 4 de abril

Despacho n.º 7131/2011,

de 11 de maio

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 46

11. Programa Formação Algarve

O Programa Formação Algarve visa fornecer apoio financeiro às entidades empregadoras que

celebrem contratos de trabalho a termo certo ou revertam contratos de trabalho a termo certo

ou incerto em contratos de trabalho sem termo, e proporcionem qualificação profissional aos

trabalhadores abrangidos.

Destinatários

Trabalhadores dos empregadores candidatos, que se encontrem vinculados através de contrato

de trabalho a termo certo, ou a termo incerto, cujo prazo termine entre 1 de setembro e 30 de

novembro de 2014.

Destinatários

Entidades empregadoras (pessoas singulares ou coletivas de direito privado com fins lucrativos)

que desenvolvam a sua atividade na região do Algarve (NUT II) cuja atividade se enquadre nas

atividades económicas elegíveis, a saber:

Hotelaria;

Restauração;

Turismo;

Comércio;

Serviços às empresas; e

Construção civil.

Formação Profissional

A formação deve estar organizada em unidades de formação de curta duração e ter uma duração

total entre 350 e 600 horas, podendo incluir formação prática em contexto de trabalho.

Apoios Financeiros

Apoio ao Emprego

O empregador com candidatura aprovada tem direito a um apoio financeiro durante o período de

8 meses, nos seguintes termos:

1 - Quando se trate de renovação de contrato de trabalho a termo certo, um apoio que, não

podendo ultrapassar o limite mensal de 1,1 IAS (ou seja, 461,14 €), corresponde a:

a) 50% da retribuição mensal bruta do trabalhador abrangido; ou

b) 70% da retribuição mensal bruta do trabalhador abrangido, quando este:

Tenha idade igual ou inferior a 30 anos;

Tenha idade igual ou superior a 45 anos;

Legislação Aplicável

Portaria n.º 297/2012, de

23 de setembro, alterada

pela Portaria n.º

227/2013, de 12 de julho

e pela Portaria n.º 136-

A/2014 de 3 de julho

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Guia de Medidas de Apoio à Contratação | Setembro de 2014 | Frederico Mendes & Associados 47

Seja pessoa com deficiência ou incapacidade;

Tenha nível de qualificação igual ou inferior ao 3.º ciclo do ensino básico;

Seja responsável por família monoparental;

Seja do sexo menos representado em setores de atividade que tradicionalmente

empreguem uma maioria de pessoas do mesmo sexo.

2 - Quando se trate da conversão de contrato de trabalho a termo certo ou a termo incerto em

contrato de trabalho sem termo, um apoio que, não podendo ultrapassar o limite mensal de 1,5

IAS (ou seja, 628,83 €), corresponde a 70% da retribuição mensal bruta do trabalhador

abrangido.

Apoio à Formação

A formação é desenvolvida pela rede de centros de gestão direta e de gestão

participada do IEFP, I.P. e pela rede de Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de

Portugal, I.P., podendo, ainda, ser realizada por outras entidades formadoras

certificadas.

Sempre que os empregadores indiquem outras entidades formadoras certificadas cabe

ao IEFP, I.P. contratualizar com essas entidades o desenvolvimento das ações de

formação, assegurando o pagamento dos apoios a conceder.

Os apoios a conceder às entidades formadoras estão limitados aos custos elegíveis

previstos no diploma que fixa a natureza e os limites máximos dos custos considerados

elegíveis para efeitos de cofinanciamento pelo Fundo Social Europeu.

Rubricas Custos Máximos Elegíveis

Encargos com formandos Pagamento das despesas

Encargos com formadores 14,40€/hora

Encargos com outro pessoal afeto ao projeto

3,00€/hora/formando

Rendas, alugueres e amortizações

Encargos diretos com a preparação,

desenvolvimento, acompanhamento e

avaliação dos projetos

Encargos gerais do projeto

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Para mais informações por favor contacte:

Frederico Mendes

Managing Partner

Tel: (+351) 227 326 045

E-mail: [email protected]

Alexandra Martins

Senior Associate

Tel: (+351) 227 326 045

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tem como objetivo abordar as circunstâncias particulares de nenhuma

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resultante da utilização do material nesta publicação. Encontramo-nos

disponíveis para analisar cuidadosamente, fornecer informações e

esclarecimentos adicionais sobre casos específicos.

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conhecimento e tecnologia no sentido de maximizar o retorno sobre o

investimento em inovação, internacionalização e investigação e

desenvolvimento tecnológico.

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Versão do Guia 3

Data do Guia Setembro de 2014