guia de farmcia hospitalar

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  • PREFCIO

    Este manual, resulta dos esforos e entusiasmo de uma equipa pluridis-ciplinar, constituda pelo Conselho Executivo do Plano de Reestruturao daFarmcia Hospitalar, que no mbito das medidas inseridas nas recomenda-es feitas ao Ministro da Sade, para a Reorganizao da FarmciaHospitalar, julgou oportuno elaborar.

    CONSELHO EXECUTIVO DA FARMCIA HOSPITALAR

    Dr. Maria Helena Lamas BrouDr. Jos Antnio L. FeioDr. Eduardo MesquitaDr. Rosa Maria P. F. RibeiroEng. Maria Ceclia Mendona BritoDr. Clia CravoDr. Edetilde Pinheiro

    AGRADECIMENTOS

    Para a realizao deste trabalho, foi fundamental a participao de muitosoutros profissionais, que com a maior disponibilidade e profissionalismoderam a sua colaborao.

    Aos tcnicos da DGIES, Arquitecto Carlos Paiva e Engenheiro Lino Faria,prestamos os mais sinceros agradecimentos pela sua colaborao e valiosocontributo na elaborao deste manual.

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  • NDICE

    INTRODUO ................................................................................................ 9

    CAPTULO 1 SERVIOS FARMACUTICOS HOSPITALARES

    1. Definio, Competncias e Organizao dos Servios Farmacu-ticos Hospitalares..................................................................................... 101.1. Responsabilidades dos Servios Farmacuticos Hospitalares.............. 101.2. Funes dos Servios Farmacuticos Hospitalares.............................. 111.3. reas funcionais dos Servios Farmacuticos Hospitalares.................. 11

    CAPTULO 2 PLANIFICAO DOS SERVIOS FARMACUTICOS

    Planificao geral dos Servios Farmacuticos Hospitalares ................. 131. Consideraes Gerais ............................................................................. 132. Localizao dos Servios Farmacuticos Hospitalares............................ 133. Circuitos de medicamentos e produtos farmacuticos ............................ 154. Recursos Humanos................................................................................. 15

    Programa Funcional da Farmcia Hospitalar............................................. 17Estrutura e Organizao Espacial dos Servios Farmacuticos Hospi-talares ............................................................................................................ 21Planta de uns Servios Farmacuticos Hospitalares ................................ 22Planificao dos Servios Farmacuticos por rea funcional ................. 23Organigrama das reas funcionais.................................................................... 23

    CAPTULO 3 GESTO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS FARMACUTICOSE DISPOSITIVOS MDICOS

    1. Seleco e Aquisio de Medicamentos, Produtos Farmacuticos eDispositivos Mdicos ............................................................................... 241.1. Estrutura Fsica..................................................................................... 251.2. Equipamento........................................................................................ 251.3. Instalaes Tcnicas Especiais ............................................................ 251.4. Recursos Humanos.............................................................................. 261.5. Normas e Procedimentos..................................................................... 262. Recepo de medicamentos, produtos farmacuticos e disposi-

    tivos mdicos........................................................................................ 272.1. Estrutura fsica...................................................................................... 272.2. Equipamento........................................................................................ 272.3. Instalaes Tcnicas Especiais ............................................................ 282.4. Recursos Humanos.............................................................................. 282.5. Normas e Procedimentos..................................................................... 28

    ndiceServios Farmacuticos Hospitalares

    5

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  • 3. Armazenamento de medicamentos, produtos farmacuticos e dispositivos mdicos ........................................................................... 29

    3.1. Armazenamento geral ...................................................................... 293.1.1. Estrutura fsica ........................................................................... 293.1.2. Equipamento ............................................................................. 293.1.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 303.1.4. Recursos Humanos ................................................................... 303.1.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 31

    3.2. Armazenamento especial ................................................................. 313.2.1. Estrutura fsica ........................................................................... 313.2.2. Equipamento ............................................................................. 323.2.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 333.2.4. Recursos Humanos ................................................................... 343.2.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 34

    4. Farmacotecnia...................................................................................... 354.1. Preparao de frmulas magistrais ................................................ 36

    4.1.1. Estrutura Fsica .......................................................................... 364.1.2. Equipamento ............................................................................. 364.1.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 374.1.4. Recursos Humanos ................................................................... 374.1.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 37

    4.2. Preparaes estreis ........................................................................ 384.2.1. Estrutura Fsica .......................................................................... 384.2.2. Equipamento ............................................................................. 394.2.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 394.2.4. Recursos Humanos ................................................................... 404.2.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 40

    4.3. Preparao de nutrio parentrica e/ou misturas intravenosas 414.3.1. Estrutura Fsica .......................................................................... 414.3.2. Equipamento ............................................................................. 414.3.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 424.3.4. Recursos Humanos ................................................................... 424.3.5. Normas e Procedimentos.. ........................................................ 42

    4.4. Produtos citotxicos......................................................................... 434.4.1. Estrutura Fsica .......................................................................... 434.4.2. Equipamento ............................................................................. 434.4.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 444.4.4. Recursos Humanos ................................................................... 444.4.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 44

    4.5. Reembalagem de medicamentos.................................................... 464.5.1. Estrutura Fsica .......................................................................... 464.5.2. Equipamento ............................................................................. 464.5.3 Instalaes Tcnicas Especiais................................................... 47

    ndiceServios Farmacuticos Hospitalares

    6

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  • 4.5.4. Recursos Humanos ................................................................... 474.5.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 47

    4.6. Preparao de gua.......................................................................... 484.6.1. Estrutura Fsica .......................................................................... 484.6.2. Equipamento ............................................................................. 484.6.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 484.6.4. Recursos Humanos ................................................................... 494.6.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 49

    5. Controlo de Medicamentos................................................................. 495.1. Estrutura Fsica..................................................................................... 495.2. Equipamento........................................................................................ 505.3. Instalaes Tcnicas Especiais ............................................................ 505.4. Recursos Humanos.............................................................................. 515.5. Normas e Procedimentos..................................................................... 516. Distribuio de Medicamentos ........................................................... 516.1. Distribuio a doentes internados .................................................. 52

    6.1.1. Estrutura Fsica .......................................................................... 526.1.2. Equipamento ............................................................................. 536.1.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 536.1.4. Recursos Humanos ................................................................... 536.1.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 54Distribuio de medicamentos em dose individual unitria e unidose .............................................................................................. 55Circuito de distribuio.................................................................... 56Distribuio de medicamentos por reposio de stocks ............ 56

    6.2. Distribuio de medicamentos a doentes em regime ambula-trio..................................................................................................... 576.2.1. Estrutura fsica ........................................................................... 586.2.2. Equipamento ............................................................................. 586.2.3. Instalaes Tcnicas Especiais.................................................. 586.2.4. Recursos Humanos ................................................................... 596.2.5. Normas e Procedimentos .......................................................... 59

    7. Medicamentos sujeitos a legislao restritiva.................................. 591. Eritropoietinas.................................................................................. 602. Medicamentos derivados do plasma ............................................... 603. Medicamentos para ensaios clnicos ............................................... 60

    8. Informao de Medicamentos ............................................................ 619. Farmacovigilncia, Farmacocintica e Farmcia Clnica ................ 62Farmacovigilncia ........................................................................................ 62Farmacocintica .......................................................................................... 62Farmcia Clnica .......................................................................................... 6310. Qualidade ............................................................................................ 64

    Bibliografia ................................................................................................ 65

    ndiceServios Farmacuticos Hospitalares

    7

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  • 11. ANEXOSANEXO I Planificao dos Recursos Humanos Necessrios nos ServiosFarmacuticos Hospitalares......................................................................... 66ANEXO II Ficha de Farmacovigilncia ....................................................... 67ANEXO III Lista de Legislao aplicvel .................................................... 68ANEXO IV Glossrio ................................................................................. 70

    ndiceServios Farmacuticos Hospitalares

    8

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  • INTRODUO

    Os Servios Farmacuticos Hospitalares, regulamentados por diplomagovernamental 1, constituem uma estrutura importante dos cuidados desade dispensados em meio hospitalar.

    A grande maioria das administraes hospitalares no tem tido umapoltica de modernizao, reestruturao e investimento nos ServiosFarmacuticos Hospitalares, que tm sofrido por essa razo, uma cons-tante descapitalizao, em parte superada pela grande motivao dos seusprofissionais.

    Face a esta situao, o XVI Governo Constitucional atravs daResoluo do Conselho de Ministros n. 128/2002, de 25 de Setembro, ins-titui o Plano da Farmcia Hospitalar que reformula o Plano deReorganizao da Farmcia Hospitalar, criado pala Resoluo de Conselhode Ministros n. 105/2000, de 11 de Agosto.

    O Plano de Aco, preparado pelo Conselho Executivo no mbitodaquele Plano e submetido ao Sr. Ministro da Sade, aps contributos doConselho Consultivo, elencou um conjunto de medidas reestruturantes paraos Servios Farmacuticos Hospitalares.

    Pela sua natureza, mbito de interveno e oportunidade de implemen-tao, essas medidas foram agrupadas em trs fases, tendo as duas pri-meiras fases sido j concretizadas ou estando em vias de concretizao.

    A III Fase dessas medidas consiste na elaborao de um manual oManual da Farmcia Hospitalar documento de trabalho, de actualizaoconstante, que rene um conjunto de normas e procedimentos relativas construo, instalao e laborao de uns Servios FarmacuticosHospitalares.

    De referir, por ltimo, que este manual foi elaborado tendo em conside-rao um hospital com cerca de 500 camas.

    IntroduoServios Farmacuticos Hospitalares

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    1 Decreto-Lei n. 44 204 de 2 de Fevereiro de 1962

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  • Captulo 1Servios Farmacuticos Hospitalares

    1. DEFINIO, COMPETNCIAS E ORGANIZAO DOSSERVIOS FARMACUTICOS HOSPITALARES

    Os Servios Farmacuticos Hospitalares tm por objecto o conjunto deactividades farmacuticas, exercidas em organismos hospitalares ou serviosa eles ligados, que so designadas por actividades de Farmcia Hospitalar.

    Os Servios Farmacuticos Hospitalares so departamentos com auto-nomia tcnica e cientfica1, sujeitos orientao geral dos rgos deAdministrao dos Hospitais, perante os quais respondem pelos resultadosdo seu exerccio.

    A direco dos Servios Farmacuticos Hospitalares obrigatoriamenteassegurada por um farmacutico hospitalar1.

    Os Servios Farmacuticos Hospitalares so o servio que, nos hospi-tais, assegura a teraputica medicamentosa aos doentes, a qualidade, efi-ccia e segurana dos medicamentos, integra as equipas de cuidados desade e promove aces de investigao cientfica e de ensino.

    1.1. RESPONSABILIDADES DOS SERVIOS FARMACUTICOSHOSPITALARES

    So responsabilidades dos Servios Farmacuticos Hospitalares 1,2:

    A gesto (seleco, aquisio, armazenamento e distribuio) domedicamento;

    A gesto de outros produtos farmacuticos (dispositivos mdicos,reagentes, etc.);

    So os principais responsveis pela implementao e monitorizao dapoltica de medicamentos, definida no Formulrio Hospitalar Nacionalde Medicamentos e pela Comisso de Farmcia e Teraputica;

    Captulo IServios Farmacuticos Hospitalares

    10

    1 Decreto Lei n. 44 204 de 2 de Fevereiro de 19622 Boas Prticas da Farmcia Hospitalar

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  • A gesto dos medicamentos experimentais e dos dispositivos utiliza-dos para a sua administrao, bem como os demais medicamentosj autorizados, eventualmente necessrios ou complementares rea-lizao dos ensaios;

    A gesto da segunda maior rubrica do oramento dos hospitais.

    1.2. FUNES DOS SERVIOS FARMACUTICOS HOSPITALARES

    So funes dos Servios Farmacuticos Hospitalares 1,2, entreoutras:

    1. A seleco e aquisio de medicamentos, produtos farmacuticose dispositivos mdicos;

    2. O aprovisionamento, armazenamento e distribuio dos medica-mentos experimentais e os dispositivos utilizados para a sua admi-nistrao, bem como os demais medicamentos j autorizados,eventualmente necessrios ou complementares realizao dosensaios clnicos;

    3. A produo de medicamentos;4. A anlise de matrias primas e produtos acabados;5. A distribuio de medicamentos e outros produtos de sade;6. A participao em Comisses Tcnicas (Farmcia e Teraputica,

    Infeco Hospitalar, Higiene e outras);7. A Farmcia Clnica, Farmacocintica, Farmacovigilncia e a presta-

    o de Cuidados Farmacuticos;8. A colaborao na elaborao de protocolos teraputicos;9. A participao nos Ensaios Clnicos;

    10. A colaborao na prescrio de Nutrio Parentrica e sua prepa-rao;

    11. A Informao de Medicamentos;12. O desenvolvimento de aces de formao.

    1.3. REAS FUNCIONAIS DOS SERVIOS FARMACUTICOSHOSPITALARES

    De acordo com as responsabilidades e funes, os ServiosFarmacuticos Hospitalares so constitudos pelas seguintes reas funcio-

    Captulo IServios Farmacuticos Hospitalares

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    1 Decreto Lei n. 44 204 de 2 de Fevereiro de 19622 Boas Prticas da Farmcia Hospitalar

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  • nais, no que respeita a Medicamentos, Produtos Farmacuticos eDispositivos Mdicos 1,2:

    Seleco e Aquisio; Recepo e Armazenagem; Preparao; Controlo; Distribuio; Informao; Farmacovigilncia, Farmacocintica e Farmcia Clnica.

    Captulo IServios Farmacuticos Hospitalares

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    1 Decreto Lei n. 44 204 de 2 de Fevereiro de 19622 Boas Prticas da Farmcia Hospitalar

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  • Captulo 2Planificao Geral dos Servios Farmacuticos

    1. CONSIDERAES GERAIS

    O Planeamento e a Instalao de Servios Farmacuticos Hospitalarestem de considerar um conjunto de premissas, nomeadamente quanto ao:

    1. Tipo de hospital (central, distrital, especializado);2. Lotao do hospital;3. Movimento assistencial previsto para o hospital;4. Funes acrescidas solicitadas;5. Existncia de distribuio de medicamentos a doentes ambulatrios;6. Desenvolvimento informtico do hospital.

    2. LOCALIZAO DOS SERVIOS FARMACUTICOSHOSPITALARES

    A localizao dos Servios Farmacuticos dever sempre que possvel,observar os seguintes pressupostos:

    Facilidade de acesso externo e interno; Implantao de todas as reas, incluindo os armazns, no mesmo

    piso; O sector de distribuio de medicamentos a doentes ambulatrios,

    se existir, dever localizar-se prximo da circulao normal deste tipode doentes, como por exemplo junto das consultas externas e terentrada exterior aos servios farmacuticos;

    Proximidade com os sistemas de circulao vertical como monta-cargas e elevadores.

    Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

    13

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  • Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

    14

    O esquema seguinte individualiza as diversas relaes preferenciais deproximidade dos Servios Farmacuticos com outros servios.

    1 2

    3

    FARMCIA

    1. RELAOPRIORITRIAAtendimento PblicoHospital de DiaInternamento (Unidose)UrgnciaU.C.I.Bloco OperatrioBloco de Partos

    2. RELAOMDIAConsulta Externa

    3. RELAO FRACAM.C.D.T.Med. Fsica eReabilitao

    ABASTECIMENTOSMANUTENOLAVANDARIA

    S. ADMINISTRATIVOS

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  • 3. CIRCUITOS DE MEDICAMENTOS, PRODUTOSFARMACUTICOS E DISPOSITIVOS MDICOS

    O esquema a seguir indicado pretende identificar as diversas relaespreferenciais entre as diferentes reas funcionais dos ServiosFarmacuticos, no que respeita ao fluxo dos medicamentos, produtos far-macuticos e dispositivos mdicos, desde a sua entrada no hospital, at sua chegada ao doente.

    4. RECURSOS HUMANOS

    Os recursos humanos so a base essencial dos Servios FarmacuticosHospitalares, pelo que a dotao destes Servios em meios humanos ade-quados, quer em nmero, quer em qualidade, assume especial relevo nocontexto da reorganizao da Farmcia Hospitalar.

    Embora os normativos tcnicos da farmcia hospitalar1,2 referenciem umrcio para a determinao de um nmero mnimo indispensvel ao correctofuncionamento dos Servios Farmacutico, a existncia de um estudo que

    LABORATRIO DECONTROLO

    ANLISE DEMATRIAS PRIMASE DE PRODUTOSACABADOS

    DOENTESEXTERNOS

    RECEPO CAIS PARQUE DE CARROS

    DE DESCARGA DESEMPACOTAMENTO CONFERNCIA E REGISTO

    ARMAZM MEDICAMENTOS INJECTVEIS DE

    GRANDE VOLUME INFLAMVEIS CMARAS

    FRIGORFICAS

    APOIOS ESTERILIZAO PESAGEM SUJOS/LIMPOS GUA

    DESTILADAPREPARAO

    MEDICAMENTOS ESTREIS NO ESTREIS CITOSTTICOS REEMBALAGEM

    DISTRIBUIO TRADICIONAL UNITRIA E INDIVIDUAL AMBULATRIO

    DESINFECODE MATERIAL

    DETRANSPORTE

    PARQUE DECARROSLIMPOS

    DOENTESINTERNOS

    Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

    15

    1 Boas Prticas da Farmcia Hospitalar2 Normas Internacionais

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 15

  • Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

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    considere a natureza e as exigncias das funes naqueles Servios imprescindvel definio e ao dimensionamento do quadro de pessoal e sua gesto no futuro.

    O Manual da Farmcia Hospitalar indica, para cada rea funcional, onmero mnimo de recursos humanos indispensvel ao correcto funciona-mento dos Servios Farmacuticos Hospitalares, nomeadamente farma-cuticos, tcnicos de diagnstico e teraputica, administrativos e auxiliaresde aco mdica (ver quadro sntese Anexo 1).

    Pretende-se assim identificar um quadro de referncia da distribuio derecursos humanos pelas vrias reas de actividade dos ServiosFarmacuticos Hospitalares, sublinhando-se no entanto, que tal instru-mento no dispensa, naturalmente, o recurso a outros indicadores e crit-rios complementares de planeamento e avaliao de necessidades de pes-soal.

    Para melhor compreenso do quadro, esclarece-se que o exerccio dedeterminada actividade a tempo parcial (TP), por parte do farmacutico oudo tcnico de diagnstico de farmcia, significa que estes tcnicos podemno estar exclusivamente afectos a uma actividade, podendo executar tam-bm outras. o que se verifica, por exemplo, no caso do farmacutico quetem a seu cargo a seleco e aquisio de medicamentos, que pode exer-cer outras actividades se o volume de aquisies no justificar a dedicaoexclusiva a essa funo.

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  • PROGRAMA FUNCIONAL

    Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

    17

    Estacionamento de carros de transporteRecepo e desempacotamento dasremessas vindas do exterior, com rea demanobra de carros de transporte ouinstalao de tapete rolante, separado dacirculao geral por cortina de borrachaConferncia de remessas e introduono sistema de gesto de stocks, separadopor balco da zona anteriorDepsito de Taras (caixotes vazios,embalagens perdidas, etc.)Armazenamento de:- Medicamentos e produtos de sadeem geral, c/ zona de bancada detrabalho e lavatrio

    - Inflamveis (Portaria n.o 53/71 de 3 deFevereiro)

    - Medicamentos que necessitamrefrigerao (em cmara frigorfica)

    - Estupefacientes (em cofre)Parqueamento de carros de transportede produtos de grande volume

    SUBTOTAL

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    11

    15

    20

    20

    4

    160

    20

    6

    46

    59

    190

    6

    255

    Nome do N de rea reaCompartimento Funo do Compartimento Comp. til (m2) til Total (m2)

    Recepo/Armazns

    Recepo

    Armazm

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 17

  • Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

    18

    PROGRAMA FUNCIONAL

    Preparao de:Estreis/Parentricas, com:- Antecmara de entrada parahigienizao e mudana de roupa dopreparador, comunicando:

    - Por adufa (porta dupla aps a banqueta)com a Sala de Preparao

    - Por guichet de vidro duplo com a Salade Preparao, para entrada e sada demateriais

    - Sala de Preparao com pressopositiva e cmara de fluxo laminarhorizontal, c/ acesso por banqueta paramudana de sapatosCitotxicos, com:- Antecmara de entrada parahigienizao e mudana de roupa dopreparador, comunicando:

    - Por adufa (porta dupla aps a banqueta)com a Sala de Preparao

    - Por guichet de vidro duplo com a Salade Preparao, para entrada e sada demateriais

    - Sala de Preparao com pressonegativa e cmara de fluxo laminarvertical, c/ acesso por banqueta paramudana de sapatosFrmulas padronizadas, com:- 2 salas iguais, separadas por porta (c/zona de pesagem)Reembalagem e rotulagem demedicamentos (para sistema unidose eindividual)Anlises de matrias primas, produtosem fase de fabricao e acabados,produtos especializados, material deembalagem, etc.Preparao de gua destilada edesionizada.Separao de sujos, lixos e despejos,lavagem e desinfeco de material

    SUBTOTAL

    Nome do N de rea reaCompartimento Funo do Compartimento Comp. til (m2) til Total (m2)

    Farmacotecnia

    Produo

    Laboratrio deControlo (1)

    gua Destilada

    Sujos/Limpos

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    14

    10

    14

    10

    30

    20

    10

    6

    20

    78

    20

    10

    6

    20

    134

    1a 3/24/05 9:03 AM Pgina 18

  • Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

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    PROGRAMA FUNCIONAL

    Desinfeco de carros e de todo omaterial de transporte de medicamentos,vindo do Internamento, antes de passar zona de DistribuioParqueamento de carros de distribuioUnidose que aguardam carregamento erespectiva rea de manobraAntecmara de sada dos carros dedistribuio e de aviamento de requisiesFornecimento dos produtos requisitadospelos Servios e U.T. c/ zonasdiferenciadas apenas pela disposio dosequipamentos, para sistema dedistribuio tradicional e para distribuioem dose unitria e individual.Fornecimento de medicamentos adoentes externos, c/ 2 postos deatendimento, armrio de medicamentose/ou pequeno armazm, zona de esperae anexo para atendimento personalizado(6m2), preferencialmente localizado juntoda Admisso de Doentes

    SUBTOTAL

    Nome do N de rea reaCompartimento Funo do Compartimento Comp. til (m2) til Total (m2)

    Distribuio

    Desinfeco eParque deCarros

    Distribuio

    AtendimentoPblico

    1

    1

    1

    1

    1

    9

    10

    10

    80

    24+6

    19

    90

    30

    139

    Para trabalho de:Director de ServioFarmacuticosAprovisionamento c/ arquivoAdministrativos

    Estudo e consulta de documentao

    Reunies do servio , estudo econsulta de documentaoPausa e caf do pessoal

    SUBTOTAL

    Gabinete

    Informao deMedicamentos(CIM)Sala deReuniesSala de Pessoal

    1211

    1

    1

    1

    1210

    18+415

    20

    30

    10

    69

    20

    30

    10129

    Direco

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 19

  • Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

    20

    PROGRAMA FUNCIONAL

    Para pessoal com uniforme; zona decacifos, I.S. e chuveiros para cada sexo(40 pessoas)A distribuir estrategicamente, para pessoalcom:- 1 cabine c/ retrete e lavatrio- 1 antecmara c/ 1 lavatrioPara pessoal, com acesso de cadeiras derodasPara o farmacutico de servio, c/ I.S.c/ duche, privativoDepsito de material, arrumao de 1 carro e despejosDepsito de diverso tipo de material

    SUBTOTALTOTAL

    Zona de apoios

    Vestirio dePessoal

    I.S. Pessoal

    I.S. Deficientes

    Quarto dePessoalMaterial deLimpezaArrecadao

    2

    2

    1

    1

    1

    1

    -

    4

    5

    9+4

    3

    4

    36

    8

    5

    13

    3

    469726

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 20

  • Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

    21

    ESTRUTURA DE ORGANIZAO ESPACIAL

    (a) com parede ou tecto exterior; (b) eventualmente junto admisso ou consulta externa.(c) eventualmente no hospital de dia; (*) ou (**): necessidade moderada ou forte de luz natural.

    CIRCULAO INTERIOR DO HOSPITAL

    CIRCULAO EXTERIOR / ABASTECIMENTOS

    vestirios*

    quarto / pessoal**

    pausa / pessoal**

    CIM**

    direco**

    aprovisionamento*

    recepo

    parqueamentode carros

    trio / cais

    conferncia*

    embalagensperdidas

    parqueamentode carros

    armazm principal

    estupefacientes

    inflamveis(a)

    cmarafrigorfica

    gab.farmacutico

    *

    citostticos(c)

    farmacotecnia*

    estreis

    reembalagem distribuio*

    atend. pblico(b)

    entrada / sadade carros

    gab.farmacutico

    *

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 21

  • Captulo IIPlanificao dos Servios Farmacuticos

    22

    PLANTA DE UNS SERVIOS FARMACUTICOS HOSPITALARESHOSPITAL DE 500 CAMASESQUEMA EXEMPLIFICATIVO

    Nota: Apresenta-se este esquema como um exemplo vivel entre outras solues alternativas pos-sveis, a definir caso a caso. Este exemplo inclui atendimento pblico e preparao de citostticos.

    Estantes Mveis Compactas

    Armazm Principal

    LaboratrioControle

    ReembalagemDistribuio

    EmbalagensPerdidas

    Recepo Conferncia

    Inflamveis

    Carros

    Cais de Descargas

    EXTERIOR

    EmpilhadoraCarros

    GabineteFarmacutico

    Quarto dePessoal

    Sala dePessoal

    Preparao deMedicamentos

    Sala deReunies

    Director

    Administrativos

    C.I.M.

    Prepar. deCitostticos

    Prepar. deEstreis

    Arrecad. CmaraFrigorfica

    Estup.

    Arquivo

    I.SDef.

    Mat.Limp.

    guaDestilada

    Carros

    Desinf.GabineteFarmacut.Sujos/Limpos

    Preparao deMedicamentos

    Vest. M.

    Vest. H.

    AtendimentoPblico

    Sujos/Limpos

    Aprovisionamento

    EXTE

    RIOR

    CIRCULAO INTERIOR DO HOSPITAL

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 22

  • PLANIFICAO DOS SERVIOS FARMACUTICOS POR REAFUNCIONALORGANIGRAMA DAS REAS FUNCIONAIS

    O esquema a seguir indicado mostra a relao entre as vrias reas fun-cionais dos Servios Farmacuticos Hospitalares, com a indicao dosnmeros dos pontos do presente captulo atribudos a cada rea e com area da qualidade como chapu, afectando todas as actividades dessesservios.

    10 - QUALIDADE

    1. Seleco eAquisio deMedicamentose Produtos de Sade

    2. Recepo deMedi camentos eProdutosFarmacuticos eDispositivos Mdicos

    3. Armazenagem

    3.1. ArmazenagemGeral

    3.2. ArmazenagemEspecial

    6. Distribuio deMedicamentos, ProdutosFarmacuticos eDispositivos

    4. Farmacotecnia

    5. Controlo deMedicamentos

    8. Informao deMedicamentos

    9. FarmacovigilnicaFarmacocintica,Farmcia Clnica

    10 - QUALIDADE

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

    23

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 23

  • Captulo 3Gesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos eDispositivos Mdicos

    A gesto de medicamentos o conjunto de procedimentos realizadospelos Servios Farmacuticos Hospitalares, que garantem o bom uso e dis-pensa dos medicamentos em perfeitas condies aos doentes do hospital.

    A gesto de stocks dos produtos farmacuticos, nomeadamente dosmedicamentos, dever ser efectuada informaticamente, com actualizaoautomtica de stocks.

    Quando a soluo informtica no estiver disponvel, ter-se- de recor-rer ao modelo manual em suporte de papel, com fichas do movimento dosmedicamentos (entradas e sadas).

    O controlo das existncias dos medicamentos existentes nos serviosfarmacuticos deve ser efectuada pelo menos uma vez por ano e ser sujeitoa contagens extraordinrias quando for caso disso, nomeadamente nosMedicamentos de Uso Condicionado.

    A gesto de medicamentos tem vrias fases, comeando na sua selec-o, aquisio e armazenagem, passando pela distribuio e acabando naadministrao do medicamento ao doente.

    1. SELECO E AQUISIO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOSFARMACUTICOS E DISPOSITIVOS MDICOS

    A seleco de medicamentos para o hospital deve ter por base oFormulrio Hospitalar Nacional de Medicamentos (FHNM) e as necessida-des teraputicas dos doentes do hospital. A adenda ao FHNM do hospitaldever estar permanentemente disponvel para consulta.

    A seleco de medicamentos a incluir na adenda ao FHNM tem de serfeita pela Comisso de Farmcia e Teraputica, com base em critriosbaseados nas necessidades teraputicas dos doentes, no contempladas

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

    24

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 24

  • no FHNM, na melhoria da qualidade de vida dos doentes e em critrios fr-maco-econmicos.

    O farmacutico hospitalar responsvel por garantir aos doentes osmedicamentos, produtos farmacuticos e dispositivos mdicos de melhorqualidade e aos mais baixos custos.

    A aquisio dos medicamentos, produtos farmacuticos e dispositivosmdicos, da responsabilidade do farmacutico hospitalar, devendo serefectuada pelos Servios Farmacuticos em articulao com o Servio deAprovisionamento.

    Os Servios Farmacuticos tm de ter ligao Internet para que sejapossvel o acesso directo ao Catlogo do Instituto de Gesto Informtica eFinanceira da Sade (IGIF) e a outros catlogos electrnicos de consulta.

    O suporte documental das aquisies deve ser devidamente arquivado,durante o perodo exigido pela legislao.

    1.1. ESTRUTURA FSICA

    Esta zona deve estar perto da zona de recepo de medicamentose consta de um gabinete com cerca de 18 m2.

    1.2. EQUIPAMENTO

    Terminal de computador Impressora Fax Telefone Secretria e cadeiras Arquivador

    1.3. INSTALAES TCNICAS ESPECIAIS

    a) AVAC Aquecimento, Ventilao e Ar condicionado

    Tratamento ................................... ventiloconvectores (VC), a 4 tubos Extraco ..................................... especfica da zona (limpos) Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo* ....................................... 25 m3 /h.p

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

    25

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 25

  • Condies de ambiente................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * A Unidade de Tratamento de Ar Novo (UTAN) a utilizar, dever ter filtragem final EU7.

    b) Instalaes elctricasAlimentao dos computadores por Uninterrupted Power System U.P.S.

    c) Devero ser previstas tomadas da rede estruturada de voz e dados no mnimo uma tomada dupla junto de cada utilizador potencial detelefone e/ou computador e tomadas adicionais junto de todos osequipamentos com possibilidade de ligao rede de informticapara trnsito de dados, ou ao sistema de gesto tcnica do edifcio,nomeadamente equipamento de controlo de medicamentos e equi-pamento de frio.

    Esta rede dever existir em todas as reas do Servios FarmacuticosHospitalares, sempre que tal se justifique, pelo que apenas se refere nesteponto, tornando-o extensivo aos restantes.

    1.4. RECURSOS HUMANOS

    Devero existir nesta rea, como mnimo:

    1 Farmacutico (que pode ser em tempo parcial* (TP) se a dimensodo hospital o justificar).

    1 Administrativo

    * Ver introduo

    1.5. NORMAS E PROCEDIMENTOS

    Tal como descrito anteriormente, os medicamentos a adquirir soseleccionados obrigatoriamente por um farmacutico1.

    Essa seleco faz-se seguindo o Formulrio Nacional deMedicamentos Hospitalares e/ou a Adenda de Medicamentos doHospital, resultante das directrizes da Comisso de Farmcia eTeraputica do hospital.

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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    1 Decreto-Lei n. 288/2001 de 10 de Novembro

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  • A aquisio de medicamentos deve ser suportada pelo Sistema deGesto dos Servios Farmacuticos, devendo ser registados osseguintes dados mnimos:

    Data e nmero do pedido Descrio do fornecedor Enumerao e identificao dos produtos e respectivas quantidades.

    O Director do Servio ser o responsvel pelas aquisies dos medica-mentos, produtos farmacuticos e dispositivos mdicos.

    2. RECEPO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS FARMACUTI-COS E DISPOSITIVOS MDICOS

    Os medicamentos, produtos farmacuticos e dispositivos mdicos,depois de devidamente requisitados pelos servios farmacuticos, seroentregues nesses servios.

    2.1. ESTRUTURA FSICA

    Deve ter acesso directo ao exterior (cais exterior de acesso) e ter fcilacesso ao armazm dos medicamentos;

    Deve possuir rea de manobra e estacionamento de carros de trans-porte e possvel instalao de tapete rolante, separado da circulaogeral por cortina de borracha (15 m2);

    Deve ser separada do armazm mas ter fcil acesso a ele; Deve prever porta com largura suficiente para entrada de volumes

    grandes; Deve proteger devidamente as remessas em relao s condies

    climatricas; Deve constar de uma rea de recepo dos volumes e de uma rea

    administrativa. A rea mnima total deve ser de 40 m2 (20+20).

    2.2. EQUIPAMENTO

    Terminal de computador Secretria e cadeiras

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

    27

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 27

  • Arquivador Balco a separar a zona de recepo da zona de conferncia das

    remessas.

    2.3. INSTALAES TCNICAS ESPECIAIS

    Idntica a 1.3.

    2.4. RECURSOS HUMANOS

    Os recursos humanos que devero existir na recepo de medicamen-tos so:

    1 TDT que pode ser em tempo parcial, TP 1 AAM 1 Administrativo

    2.5. NORMAS E PROCEDIMENTOS

    A Recepo de medicamentos e produtos de sade implica:

    Conferncia qualitativa e quantitativa dos medicamentos, produtosfarmacuticos e dispositivos mdicos recepcionados;

    Conferncia da guia de remessa com a nota de encomenda; Assinatura da nota de entrega e entrega de um duplicado ao trans-

    portador; Conferncia, registo e arquivo da documentao tcnica (certificados

    de anlise); Registo de entrada do produto; Envio do original da guia de remessa para o Servio de Aprovisio-

    namento; Envio dos produtos para armazenamento, tendo em ateno os cri-

    trios tcnicos (condies especiais de armazenagem, seguranaespecial de medicamentos);

    A conferncia de hemoderivados exige ainda a conferncia dos bole-tins de anlise e dos certificados de aprovao emitidos pelo INFAR-MED, que ficam arquivados junto com a respectiva factura em dos-siers especficos (por ordem de entrada).

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 28

  • 3. ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS, PRODUTOS DESADE E DISPOSITIVOS MDICOS

    3.1. ARMAZENAMENTO GERAL

    3.1.1. Estrutura fsica

    O armazenamento de medicamentos, produtos farmacuticos e dispo-sitivos mdicos deve ser feito de modo a garantir as condies necessriasde espao, luz, temperatura, humidade e segurana dos medicamentos,produtos farmacuticos e dispositivos mdicos.

    Assim, o armazm de medicamentos dever ter as seguintes condiesmnimas:

    rea de 150 a 200m2; Facilidade de limpeza; Fechadura exterior que permita o encerramento; Permitir condies de rotao de stock primeiro entrado/primeiro

    sado, excepto nos casos em que o prazo de validade do medica-mento ou produto em causa, o determine;

    Janelas, se existirem, devidamente protegidas contra a intruso depessoas e animais;

    Portas largas onde possam circular paletes no caso do armazm deinjectveis de grande volume;

    Dimenses adequadas instalao de suportes para armazena-mento de medicamentos e/ou solues de grande volume, comoprateleiras ou/e armrios, para que nenhum produto assente directa-mente no cho;

    Ter condies ambientais adequadas (temperatura inferior a 25 C,proteco da luz solar directa e humidade inferior a 60 %).

    3.1.2. Equipamento

    O equipamento bsico dever ser o seguinte:

    Estantes/armrios, para armazenamento de medicamentos; Porta paletes elctrico; Bancadas de trabalho; Lavatrio para lavagem de mos; Termo-higrmetro.

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 29

  • Equipamento de segurana

    Extintores; Sistema de alarme automtico; Estojo de primeiros socorros em local visvel e assinalado; Sinaltica adequada.

    3.1.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extraco* .................................... geral da farmcia Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo** ...................................... 1 ren/h Condies de ambiente................ temperatura inferior a 25 C Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * Sistema de extraco sujos/limpos, separados

    ** a UTAN a utilizar dever ter filtragem final EU7

    1) Monitorizao contnua dos parmetros de temperatura e humidade, pelos servios

    farmacuticos e gesto tcnica.

    b) gua e esgotosLavatrio para lavagem de mos

    c) Segurana contra incndiosExtintoresSistema de alarme automtico

    3.1.4. Recursos humanos

    Os recursos humanos mnimos que devero existir no armazm dosmedicamentos, produtos farmacuticos e dispositivos mdicos, so:

    1 Farmacutico que pode ser em tempo parcial, TP* 1 TDT 1AAM

    * Ver introduo

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

    30

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 30

  • 3.1.5. Normas e Procedimentos

    Os parmetros de temperatura e humidade devem ser monitorizadoscontinuamente e registados;

    Os medicamentos devem ser arrumados nas prateleiras ou gavetas(nunca em contacto directo com o cho), de modo a haver circula-o de ar entre eles;

    Todos os medicamentos devem estar devidamente rotulados (nasprateleiras ou gavetas) e arrumados segundo a classificao doFHNM ou por ordem alfabtica;

    Os prazos de validade dos medicamentos devem estar devidamenteverificados e controlados, preferencialmente por via informtica parapermitir a sua traceabilidade;

    Os medicamentos devero ser armazenadas segundo o princpio deprimeiro chegado primeiro sado ou pelo prazo de validade.

    3.2. ARMAZENAMENTO ESPECIAL

    3.2.1. Estrutura fsica

    Inflamveis 1

    Local individualizado do restante armazm com:

    Acesso pelo interior com porta corta-fogo de fecho automtico, aabrir para fora;

    Paredes interiores reforadas e resistentes ao fogo; Vo exterior fusvel; Cho impermevel, inclinado, rebaixado e drenado para bacia

    colectora, no ligado ao esgoto.

    Gases Medicinais

    rea separada do restante armazm.

    Estupefacientes

    Local individualizado com fechadura de segurana; Prateleiras que permitam a arrumao dos medicamentos estupefa-

    cientes de forma correcta (separados e rotulados).

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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    1 Portaria n. 53/71 de 3 de Fevereiro

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  • Citotxicos

    Armazenamento separado dos outros medicamentos; Estojo de emergncia em local visvel e assinalado.

    Medicamentos e reagentes que necessitam refrigerao

    Cmara frigorfica; Sistema de controlo e registo de temperatura; Sistema de alarme automtico.

    3.2.2. Equipamento

    Inflamveis 1

    Detector de fumos; Sistema de ventilao; Instalao elctrica (incluindo lmpadas, interruptores etc.) dever

    ser do tipo anti-deflagrante; Chuveiro de tecto accionado por alarme; Sinaltica apropriada.

    Gases Medicinais

    Nada de especial a referir.

    Estupefacientes

    O local individualizado com fechadura de segurana, deve ter prate-leiras que permitam a arrumao dos medicamentos estupefacientesde forma correcta (separados e rotulados).

    Citotxicos

    Armrio especfico, separado dos outros medicamentos; Estojo de emergncia em local visvel e assinalado.

    Medicamentos que necessitam refrigerao

    Frigorficos se no existir cmara frigorfica; Sistema de controlo e registo de temperatura; Sistema de alarme automtico.

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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    1 Portaria n. 53/71 de 3 de Fevereiro

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 32

  • Medicamentos que necessitam congelao

    Existncia de arcas congeladoras com controlo e registo permanenteda temperatura.

    3.2.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    Inflamveis*

    a) AVAC Tratamento ................................... apenas extraco forada (10 a

    15 r/h), com grelhas localizadasem ponto baixo e em ponto alto;

    Ventilador...................................... privativo, motor anti-deflagrante; Temperatura ................................. Idntica do armazm geral; Rejeio........................................ para o exterior; Admisso de ar ............................ do interior do armazm,

    garantindo o varrimento total pelaextraco com 2 grelhas intumescentes, desniveladas einterligadas por caixa de ar.

    Notas: * Com vo ou elemento de fachada fusvel e porta interior a abrir para fora, met-lica, corta-fogo.

    b) gua e esgotosChuveiro de tecto accionvel por fusvel;Piso rebaixado com ralo para esgoto.

    c) Segurana contra incndiosExtintor;Sistema de alarme automtico.

    d) Instalaes elctricasEquipamento anti-deflagrante.

    Gases Medicinais

    a) AVACVentilao natural

    b) Segurana contra incndiosProteger do contacto com leos e gorduras

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 33

  • Estupefacientes

    a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extraco ..................................... especfica de zona (limpos) Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo* ....................................... 1 ren/h Condies de ambiente................ cerca de 21 C Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * a UTAN a utilizar dever ter filtragem final EU71) Termo-higrmetro para monitorizar os parmetros de temperatura e humidade2) Temperatura e humidade monitorizadas atravs dos Servios Farmacuticos e da

    Gesto Tcnica centralizada

    Citotxicos

    a) AVACNada a referir

    Medicamentos que necessitam de refrigerao

    Cmara frigorfica:

    Temperatura entre 2 e 8 C; Sistema de controlo e registo de temperatura; Sistema de alarme automtico.

    Nota: Condensadores em zona ventilada

    3.2.4. Recursos Humanos

    Os recursos humanos tcnicos nos medicamentos que necessitamarmazenamento especial devem obedecer ao legislado, nomeadamente noque diz respeito aos hemoderivados, estupefacientes e psicotropos.

    3.2.5. Normas e Procedimentos

    Os medicamentos que, por fora da legislao tenham condiesespeciais de segurana (estupefacientes e psicotrpicos, hemoderi-vados e eritropoietinas), devero obedecer ao legislado;

    Assim, para os estupefacientes e psicotrpicos:

    O controlo pode ser feito em suporte de papel, informtico oumisto.

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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  • Os movimentos de entradas e sadas destes medicamentos soregistados no Livro de Registos de Estupefacientes ePsicotrpicos segundo o legislado na Portaria n. 981/98 de 18de Setembro, matria regulada no Decreto Regulamentar n.61/94 de 12 de Outubro e Decreto-Lei n. 15/93 de 22 de Janeiro,com rectificao de 20 de Fevereiro.

    4. FARMACOTECNIA

    Actualmente, so poucos os medicamentos que se produzem nos hos-pitais, ao contrrio do que sucedia h uma dcada.

    As preparaes que se fazem actualmente, destinam-se essencial-mente a:

    Doentes individuais e especficos (frmulas peditricas por ex.); Reembalagem de doses unitrias slidas; Preparaes asspticas (solues e diluies de desinfectantes); Preparaes estreis ou citotxicas individualizadas.

    Apesar da preparao de medicamentos se ter alterado, mantm-se aexigncia de produzir preparaes farmacuticas seguras e eficazes.

    Para que esse objectivo seja alcanado necessrio haver uma estru-tura adequada e um sistema de procedimentos que assegure um Sistemade Qualidade na Preparao de Formulaes Farmacuticas.

    Assim, a rea destinada a este processo de produo e controlo ter deter em conta o tipo e o nvel de exigncia das preparaes farmacuticas eo local onde essa preparao ser feita, (no caso de preparao de citot-xicos, por exemplo, dever ter-se em conta, se essa preparao ser feitana farmcia ou no hospital de dia).

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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  • 4.1. PREPARAO DE FRMULAS MAGISTRAIS

    4.1.1. Estrutura Fsica

    Espao adequado para separao das actividades desenvolvidas(pelo menos 2 reas separadas, uma para uso interno e outra parauso externo), com uma rea mnima de 30 m2 para preparao demedicamentos em geral;

    rea de cerca de 20 m2 para lavagem de material de laboratrio ematerial de acondicionamento das formas farmacuticas efectuadas,que pode servir outras actividades de preparao e controlo demedicamentos;

    Iluminao e ventilao adequadas, temperatura e humidade contro-ladas;

    Localizao afastada de zonas movimentadas e contaminadas; A tubagem deve estar devidamente rotulada e com indicao do

    fluxo, quando for caso disso.

    4.1.2. Equipamento

    O equipamento bsico dever ser o seguinte:

    Banho-maria com termostato; Destilador ou equipamento equivalente; Mquina para lavagem e desinfeco de material; Material de laboratrio diverso (provetas, pipetas, bales aferidos,

    etc.); Autoclave com registo de temperatura; Equipamento para enchimento de cpsulas; Sistema para tamizao; Sistema de filtrao esterilizante; Equipamento para capsular frascos; Mquina de selagem de plsticos; Balana analtica e electrnica (sensvel a 0.1mg); Balana monoprato electrnica (sensvel a 0.01g); Bancadas de apoio antivibratrias; Computador e impressora; Armrios para armazenamento adequado de matrias primas, mate-

    rial de laboratrio e material de acondicionamento; Lavatrio para lavagem de mos; Tina de lavagem.

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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  • 4.1.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extraco* .................................... geral da farmcia Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo** ...................................... 25 m3 /h.p Condies de ambiente................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * Sistema de extraco sujos/limpos, separados** a UTAN a utilizar dever ter filtragem final EU7

    b) gua e esgotosLavatrio para lavagem de mosTina de lavagem

    4.1.4. Recursos humanos

    O nmero, varia muito com a quantidade de preparaes executadas,devendo haver como mnimo:

    1 Farmacutico 1, que pode ser em tempo parcial, TP 1 TDT que pode ser em tempo parcial, TP 1 AAM que pode ser em tempo parcial, TP

    4.1.5. Normas e Procedimentos

    A elaborao das formulaes preparadas nos servios farmacuticoshospitalares (medicamentos manipulados), regulado pelos Decretos-Lein. 90/2004, de 20 de Abril, e n 95/2004, de 22 de Abril e pela Portaria n. 594/2004 de 2 de Junho, que aprova as Boas Prticas a Observar naPreparao de Medicamentos Manipulados em Farmcia de Oficina eHospitalar.

    Assim, na preparao de medicamentos manipulados, o farmacuticohospitalar, deve seguir as Boas prticas que constam do anexo Portarian. 594/2004 de 2 de Junho.

    Captulo IIIGesto de Medicamentos, Produtos Farmacuticos e Dispositivos Mdicos

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    1 Portaria n. 594/2004, de 2 de Junho.

    1a 3/7/05 3:10 PM Pgina 37

  • 4.2. PREPARAES ESTREIS

    O fabrico de preparaes estreis deve ser feito em reas limpas, emque a entrada de pessoal e dos materiais feita por antecmaras. As reaslimpas devem ser mantidas num estado de limpeza convencionado e ali-mentadas com ar devidamente filtrado, como vem descrito na Portaria n.42/92 de 23 de Janeiro.

    As operaes para a preparao dos componentes, preparao do pro-duto, enchimento e esterilizao tm de ser feitas em reas limpas e sepa-radas.

    4.2.1. Estrutura Fsica

    As reas limpas tm de ter superfcies expostas lisas, impermeveis,sem juntas, para minimizar a libertao e acumulao de partculasou microorganismos, permitindo a aplicao repetida de agentes delimpeza e de desinfectantes, quando for caso disso;

    A rea mnima de 24 m2 distribuda da seguinte maneira:

    Antecmara para higienizao e mudana de roupa 12 m2

    Adufa entre a cmara e a sala de preparao ( sistema de duasportas) 2m2

    Sala de preparao 10 m2

    Devem evitar-se recantos de limpeza difcil, salincias, prateleiras,armrios e equipamentos desnecessrios;

    No utilizar portas deslizantes nem fechos manuais; Os tectos falsos devem ser estanques, para evitar a contaminao

    do espao atravs deles; A tubagem e as condutas devem ser instaladas sem ressaltos para

    fcil limpeza; A antecmara tem de ter um lavatrio onde se lavam e desinfectam

    as mos, com comando de cotovelo ou clula; A sala de preparao dever ter:

    Um sistema com duas portas de ligao antecmara, uma dolado de fora da sala de preparao e outra interior, estando obri-gatoriamente uma porta fechada enquanto a outra estiver aberta;

    Janela de dupla porta com espao para transferncia de produtose portas de duplo encravamento;

    O ar dentro da zona de preparao dever ser condicionado e fil-trado e haver uma presso positiva dentro da sala.

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  • Os esgotos e lavatrios devem ser excludos das reas onde decor-rem operaes asspticas.

    4.2.2. Equipamento

    Antecmara

    Armrios para armazenar os materiais necessrios s preparaes; Sistema de comunicao com a sala de preparao (intercomunica-

    dor); Lavatrio e secador automtico de mos; Computador; Armrios vestirios e uma banqueta, a separar duas zonas.

    Sala de Preparao

    Cmara de fluxo de ar laminar para proteco do produto; Bancadas e prateleiras de apoio que devem ser de ao inox, onde se

    possa colocar todo o material necessrio preparao; Relgio de parede.

    4.2.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    Antecmara

    a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extraco* .................................... geral da farmcia Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo** ...................................... 25 m3 /h.p Condies de ambiente ................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * Sistema de extraco sujos/limpos, separados** a UTAN a utilizar dever ter filtragem final EU7

    b) gua e esgotosLavatrio para lavagem e desinfeco de mosTomada de gua destilada

    c) Instalaes elctricasIntercomunicador

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  • Sala de Preparao

    a) AVAC Tratamento* .................................. UTA e ventilador especficos da

    sala Filtragem suplementar**................ sim; EU 12 Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso***........ sobrepresso Insuflao ..................................... difusores Caudal de ar................................. 20 rec/h Recirculao................................. Sim Ar novo......................................... 10 m3 /h.m2

    Diferencial de temperatura ............ mximo 8 C em frio Extraco**** ................................ especfica da sala Condies de ambiente................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A)

    Notas: * As UTA a utilizar devero ter filtragem final de EU7** Filtros localizados em local acessvel, o mais prximo possvel da sala*** Sala de preparao em sobrepresso com a antecmara e a adufa**** Sempre que possvel, extraco a nvel inferior.

    4.2.4. Recursos Humanos

    Dever haver como mnimo:

    1 Farmacutico que pode ser em tempo parcial, TP 1 TDT que pode ser em tempo parcial, TP 1AAM que pode ser em tempo parcial, TP

    4.2.5. Normas e Procedimentos

    A preparao de medicamentos estreis necessita de cuidadosespeciais, de modo a minimizar a contaminao microbiolgica e aexistncia de pirognios;

    Esta preparao efectua-se em reas limpas (salas de preparao),com antecmaras de passagem obrigatria para pessoas e mate-riais, onde o pessoal deixa a roupa que traz do exterior, equipando-se com o vesturio adequado, luvas, toucas e mscara com que irtrabalhar na sala de preparao;

    As reas limpas tm de ser mantidas num estado de limpeza con-vencionado para estas reas e alimentadas com ar adequadamentefiltrado;

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  • As caractersticas das reas limpas para o fabrico de preparaes est-reis esto regulamentadas na Portaria n. 42/92 de 23 de Janeiro;

    Deve haver procedimentos escritos com as normas de manuteno,verificao e higienizao destas reas e equipamentos;

    Os detergentes e desinfectantes usados devem ser controlados eusados mais do que um tipo para evitar resistncia e seleco micro-biana;

    Todo o pessoal envolvido na preparao, limpeza e manutenodeve receber formao contnua sobre os procedimentos e a disci-plina a observar, incluindo elementos bsicos de desinfeco ehigiene;

    As reas limpas devem ser controladas microbiologicamente a inter-valos regulares;

    Devem ser feito registos de todas as operaes efectuadas assepti-camente assim como do tempo de preparao, o operador, onmero de lote dos produtos e a data de preparao;

    A embalagem e rotulagem do produto final deve permitir a correctaidentificao do produto, (nome e composio com respectivasquantidades), nmero de lote, prazo de validade, e outras observa-es pertinentes (nome do hospital, condies de armazenamento);

    Devem ser efectuados ensaios de esterilidade e validao da prepa-rao estril. Estes ensaios compreendem a validao dos mtodosde esterilizao usados, testes ambientais (ar, superfcies e pessoal),e ensaios de esterilidade do produto final, feitos por amostragem;

    Devem ser feitos ensaios de pesquisa de pirognios em todos osprodutos de administrao parentrica e solues para irrigao decavidades corporais ou lavagem de feridas cirrgicas.

    4.3. PREPARAO DE NUTRIO PARENTRICA E/OUMISTURAS INTRAVENOSAS MIV

    4.3.1. Estrutura Fsica

    Idnticas s das preparaes estreis, podendo ser utilizada a mesmasala.

    4.3.2. Equipamento

    Idnticas s preparaes estreis, com mais os seguintes equipamentos:

    Sistema automtico para preenchimento de bolsas (Pediatria);

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  • Cmara de vcuo para enchimento de bolsas (Adulto); Frigorfico com sistema de alarme e controlo de temperatura.

    4.3.3. Instalaes Tcnicas Adequadas

    Idnticas s preparaes estreis.

    4.3.4. Recursos Humanos

    Idnticos s preparaes estreis.

    4.3.5. Normas e Procedimentos

    Deve haver procedimentos escritos, elaborados e assinados por umfarmacutico;

    Esses procedimentos incluem:

    Manual de procedimentos de trabalho na zona de preparaodestas misturas;

    Documentao relativa elaborao de MIV, guia e procedimentonormalizado de elaborao e controlo de cada tipo de MIV. O pro-cedimento inclui a identificao da mistura com os seus compo-nentes, mtodo de elaborao, material de acondicionamento, via econdies de administrao, condies de conservao e validade;

    Dirio de registo da sala da cmara de fluxo laminar; Ficha de controlo/garantia de qualidade.

    O farmacutico responsvel pela validao da prescrio mdica,devendo comprovar a concentrao final da mistura, estabilidade,incompatibilidades, posologia e volume prescrito, de acordo com ascaractersticas do doente, condies de administrao e durao dotratamento;

    Outros requisitos indispensveis a verificar so a data de prescrio,os dados do doente e dados de cada componente da mistura;

    A prescrio depois de validada pelo farmacutico, e se no for efec-tuada por via informtica, deve ser transcrita de preferncia comapoio informtico de maneira que sejam gerados etiquetas com todaa informao necessria para uma identificao correcta do doente,da mistura, via de administrao e data de validade. Deve ser tam-bm elaborada uma folha de trabalho para a preparao da mistura.Essa folha de trabalho deve ser normalizada;

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  • Todas as operaes devem obedecer s tcnicas e procedimentosde preparaes estreis;

    Os tcnicos que preparam essas misturas (farmacutico e/ou TDT)devem ter formao e treino adequados e devem estar equipados deacordo com o trabalho em condies asspticas;

    A cmara de fluxo laminar deve ser ligada, pelo menos 30 minutosantes de se iniciar a manipulao;

    Antes de iniciar o trabalho deve-se assegurar que todo o materialnecessrio preparao est presente e em boas condies.A superfcie das embalagens deve ser desinfectadas com gaze elcool de 70. O resto do material tem de estar em condies est-reis. A cmara de fluxo de ar laminado deve ser limpa e depois desin-fectada com lcool de 70;

    Os materiais devem ser colocados na cmara, permitindo a circula-o de ar, a 15 cm da parte frontal da mesma;

    Antes, durante e depois da preparao de MIV, devem realizar-severificaes da mistura, tais como identificao, cor, limpidez;

    O enchimento da bolsa com a MIV pode ser feita de modo manualou automtico. Tanto num caso como noutro tem de estar perfeita-mente definido a ordem de mistura dos diversos componentes;

    A folha de trabalho deve ser assinada pelo tcnico que procedeu preparao da mistura;

    Todo o processo de preparao deve ser supervisionado por um far-macutico;

    Deve existir um sistema de controlo de qualidade das operaes rea-lizadas e do funcionamento do sistema.

    4.4. PRODUTOS CITOTXICOS

    4.4.1. Estrutura Fsica

    Idnticas s descritas para as preparaes estreis, com a nica dife-rena de que a presso de ar na sala de preparao, deve ser negativa.

    4.4.2. Equipamento

    Os equipamentos necessrios para a preparao dos citotxicos sosemelhantes aos usados na preparao de estreis com as seguintes alte-raes:

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  • Cmara de fluxo de ar laminar vertical da Classe II B, com prefernciapara as da Classe II B2, de exausto total ou sistemas isoladores (cabi-nes fechadas, com acesso do manipulador por mangas de borracha).

    4.4.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    Antecmara

    a) AVACSemelhante das preparaes estreis.

    Sala de preparao

    a) AVAC Tratamento* .................................. VC a 4 tubos Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso**......... subpresso Ar novo......................................... 10m3 /h.m2

    Extraco*** ................................. especfica da sala Condies de ambiente................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A)

    Notas: * A UTAN a utilizar dever ter filtragem final EU7** Sala de preparao em subpresso com a antecmara e a adufa*** Sistema de extraco sujos/limpos separados.

    4.4.4. Recursos Humanos

    Idntico s preparaes estreis

    4.4.5. Normas e Procedimentos

    Devem existir normas e procedimentos escritos que garantam que ospadres de qualidade, higiene e desinfeco so cumpridos e verifi-cados; ( manual de procedimentos de trabalho, tratamento de derra-mes, procedimentos normalizados de manuteno e limpeza, guia demanipulao de citotxicos).

    Normas para a preparao de citotxicos:

    O pessoal que prepara os citotxicos dever estar equipado comvesturio protector, luvas, touca, culos de proteco e mscara,que substitui a roupa que trazem de casa, (troca efectuada naantecmara de um lado da banqueta, sentando-se em cima dele,passando com as pernas para o outro lado e colocando ento a

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  • proteco dos sapatos). Depois de lavar e secar (com secadorautomtico) muito bem as mos, colocar a touca e a mscaracirrgica, vestir a bata esterilizada, o primeiro par de luvas quedeve cobrir completamente o pulso e estender-se por cima dopunho da bata. Colocar depois o segundo par de luvas e s entoentrar na sala de preparao;

    No podero preparar citostticos, grvidas ou mes a amamen-tar, pessoal que j tenha efectuado um tratamento de quimiotera-pia ou tenha alergias a frmacos;

    O pessoal preparador tem de ter uma vigilncia mdica regular eperidica;

    A preparao de citotxicos sempre precedida por uma prescri-o mdica e validada por um farmacutico hospitalar;

    O material usado (agulhas e seringas, tesouras, tabuleiro metlico,contentores para material usado, compressas, etc.) dever estarpreviamente todo dentro da sala limpa;

    A laborao deve efectuar-se com a mesma rotina; Todas as embalagens das solues de citotxicos (seringas e

    frascos), antes de irem para as reas de teraputica, devem serdevidamente rotuladas;

    O operador no pode fumar, comer, beber ou mascar pastilhas, nemguardar quaisquer alimentos na rea limpa (sala de preparao);

    Tambm no deve usar adornos ou relgios nem cosmticos; O material rejeitado que esteve em contacto com os citotxicos

    deve ser embalados em sacos de plstico fechados rotulados eenviados para incinerao;

    O material contaminado mas reutilizvel acondicionado noutrosaco de plstico devidamente rotulado para posterior lavagem;

    Os citotxicos sobrantes no devem nunca ser lanados nosesgotos, mas antes incinerados;

    Todas as superfcies da rea limpa devem ser lavadas com guae sabo, enxutas com papel e desinfectadas com lcool de 70%;

    Tanto os operadores da preparao dos citotxicos como o pes-soal de limpeza devem ter formao prvia adequada;

    Deve existir uma ficha de controlo/garantia de qualidade.

    Normas de utilizao da cmara de fluxo de ar laminar:

    Ligar a cmara de fluxo laminar pelo menos 30 minutos antes dese iniciar a manipulao;

    Limpar e desinfectar as superfcies com lcool a 70%; Manipular os produtos com tcnica assptica; No fim do trabalho, tornar a limpar as superfcies com lcool a 70%; A cmara deve continuar ligado 15-20 minutos depois de con-

    cludo o trabalho;

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  • A superfcie da cmara de fluxo laminar vertical deve ser protegidacom um campo estril e substitudo sempre que contaminado;

    A cmara deve ser revista tecnicamente por empresas certifica-das, sendo os relatrios da reviso enviados pelo farmacuticoresponsvel e guardadas no arquivo dos relatrios de controlo;

    Devem existir normas escritas sobre medidas a tomar em caso deacidente ou derrame do produto citotxico;

    Deve existir controlo de assepsia; O pessoal deve ser devidamente alertado para no usar alimen-

    tos, cosmticos e adornos pessoais (includo relgio de pulso).

    4.5. REEMBALAGEM DE MEDICAMENTOS

    A reembalagem e rotulagem de medicamentos unidose deve ser efec-tuada de maneira a assegurar a segurana e qualidade do medicamento.Esta rea dos servios farmacuticos, quando devidamente equipada, con-segue cumprir os seus objectivos principais, que so:

    Permitir aos Servios Farmacuticos disporem do medicamento, nadose prescrita, de forma individualizada (dose unitria dose demedicamento que no necessita de mais manipulaes para seradministrada aos doentes), permitindo assim, reduzir o tempo deenfermagem dedicado preparao da medicao a administrar,reduzir os riscos de contaminao do medicamento, reduzir os errosde administrao e uma maior economia;

    Garantir a identificao do medicamento reembalado (nome gen-rico, dose, lote, prazo de validade);

    Proteger o medicamento reembalado dos agentes ambientais; Assegurar que o medicamento reembalado pode ser utilizado com

    segurana, rapidez e comodidade.

    4.5.1. Estrutura Fsica

    rea mnima de 20 m2

    4.5.2. Equipamento

    necessria a existncia de equipamentos de reembalagem demedicamentos que garantam condies de segurana e permitam aidentificao correcta do medicamento reembalado;

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  • Os servios farmacuticos com distribuio unidose e/ou individual,com ou sem prescrio on-line, devero optar pelo EquipamentoAutomatizado de Reembalagem de Formas Orais Slidas deMedicamentos (tipo ATC/FDS).

    4.5.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extraco* .................................... geral da farmcia Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo** ...................................... 25m3 /h.p Condies de ambiente................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * Sistema de extraco sujos/limpos, separados** A UTAN a utilizar dever ter filtragem final de EU7

    4.5.4. Recursos Humanos

    Dever haver como mnimo: 1 Farmacutico que pode ser em tempo parcial, TP, responsvel pela

    seco 1 TDT que pode ser em tempo parcial, TP 1 AAM

    4.5.5. Normas e Procedimentos

    A rea de reembalagem de medicamentos deve ter como respons-vel um farmacutico;

    A quantidade de medicamentos a reembalar dever ser inferior aoconsumo de 6 meses;

    O prazo de validade do medicamento reembalado tem de ter emconta o prazo de validade inicial desse medicamento;

    Cada linha de reembalagem de um medicamento dever estar per-feitamente separada das outras;

    Da identificao do medicamento reembalado deve constar obriga-toriamente, em cada embalagem:

    Nome genrico; Dosagem;

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  • Prazo de validade; Lote de fabrico.

    Desejavelmente, deve ainda constar:

    Nome comercial; Lote de reembalagem; Cdigo de barras.

    4.6. PREPARAO DE GUA 1

    As instalaes para o tratamento da gua devem ser projectadas, cons-trudas e mantidas de modo a produzirem gua de qualidade adequada.

    4.6.1. Estruturas Fsicas

    Sala separada com cerca de 6 m2

    4.6.2. Equipamento

    Desionizador; Destilador; Tanque de armazenagem ( cerca de 100-300 litros); Instrumentos apropriados para informao sobre temperatura, con-

    dutividade e pH.

    4.6.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extraco* .................................... geral da farmcia Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo** ...................................... 25 m3 /h.p Condies de ambiente................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * Sistema de extraco sujos/limpos, separados** A UTAN a utilizar devero ter filtragem final de EU7

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    1 S em hospitais onde se justificar a sua preparao, pela dimenso e volume de gua des-tilada necessrio.

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  • b) guas e esgotosAlimentao dos equipamentos

    c) Instalaes elctricasCircuitos especficos para alimentao de equipamentos.

    4.6.4. Recursos Humanos

    Farmacutico, responsvel pela rea de produo. 1 TDT que pode ser em tempo parcial, TP.

    4.6.5. Normas e Procedimentos

    Dever ser desmineralizada ou destilada; Deve ser preparada na quantidade necessria para no ser armaze-

    nada; Tem de haver procedimentos escritos sobre o plano de controlo

    peridico da gua segundo a Farmacopeia Portuguesa e de manu-teno dos equipamentos.

    5. CONTROLO DE MEDICAMENTOS

    O controlo analtico deve ser feito sobre as matrias-primas, o materialde embalagem e de fecho e nos medicamentos e produtos de sade,depois da sua preparao.

    5.1. ESTRUTURA FSICA

    O laboratrio de controlo de medicamentos deve possuir uma reaadequada quantidade de anlises a efectuar (rea mnima 10 m2);

    Paredes lisas e facilmente lavveis; Chamin; Local para lavagem de material.

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  • 5.2. EQUIPAMENTO

    O equipamento deve ser mantido limpo, seco e protegido e regular-mente calibrado.

    Potencimetro digital (sensibilidade de 0.001 unidades de pH), Equipamento de determinao de pontos de fuso, Equipamento de determinao de pontos de ebulio, Balana analtica e electrnica com dupla escala (sensvel 0.1mg e

    0.01mg), Espectofotmetro de absoro UV e visvel, Refractmetro, Condutivmetro, Microscpio ptico, Osmmetro, Viscosmetro, Estufa de secagem e Estufa de secagem com vcuo, Polarmetro, Hotte com sistema de exausto de gases, Mufla, Agitador mecnico, Bancadas de apoio anti-vibratrias.

    5.3. INSTALAES TCNICAS ESPECIAIS

    a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extraco* .................................... especfica da sala Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo** ...................................... 25 m3 /h.p Condies de ambiente................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * Sistemas de extraco sujos/limpos, separados** A UTAN a utilizar devero ter filtragem final de EU9, com ventilador de velocidade varivel.

    b) guas e esgotos Lavatrio de lavagem de mos Tina de lavagem

    c) Instalaes elctricas Alimentao dos equipamentos.

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  • 5.4. RECURSOS HUMANOS

    Dever haver como mnimo:

    1 Farmacutico 1 TDT 1 AAM

    5.5. NORMAS E PROCEDIMENTOS

    Deve haver normas escritas sobre os procedimentos e calibrao detodo o equipamento e os registos devidamente arquivados;

    As matrias-primas, material de embalagem e de fecho devem sermantidas em quarentena enquanto se procede sua anlise. Se osServios Farmacuticos Hospitalares no dispuserem de um labora-trio que possa fazer a anlise das matrias primas, deve ser desen-volvido um sistema de garantia de qualidade que deve incluir:

    Aquisio de matrias primas de origem conhecida de reconhe-cida qualidade.

    Exigncia de certificados de anlise dos produtos fornecidos pelofornecedor, atestando a sua qualidade.

    Matrias primas com prazo de validade fornecido pelo fornecedor.

    A anlise das matrias-primas, incluindo a gua, far-se- segundo asmonografias e exigncias da Farmacopeia Portuguesa;

    Formao adequada do pessoal, incluindo pessoal de limpeza emanuteno;

    Elaborao e arquivamento de registos de todos os procedimentosefectuados.

    6. DISTRIBUIO DE MEDICAMENTOS

    A distribuio de medicamentos tem como objectivo:

    Garantir o cumprimento da prescrio; Racionalizar a distribuio dos medicamentos; Garantir a administrao correcta do medicamento; Diminuir os erros relacionados com a medicao (administrao de

    medicamentos no prescritos, troca da via de administrao, errosde doses, etc.);

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  • Monitorizar a teraputica; Reduzir o tempo de enfermaria dedicado s tarefas administrativas e

    manipulao dos medicamentos; Racionalizar os custos com a teraputica.

    O Despacho Conjunto dos Gabinetes dos Secretrios de EstadoAdjunto do Ministro da Sade e da Sade, de 30 de Dezembro de 1991,publicado no Dirio da Repblica n. 32, 2 srie de 28 de Janeiro de 1992,torna em imperativo legal o sistema de Distribuio Individual Diria emDose Unitria, (sendo que nem sempre este sistema ser aplicvel, devendoento aplicar-se o sistema de distribuio que melhor garanta os objectivosde eficcia e segurana).

    Temos de distinguir:

    A distribuio a Doentes em regime de internamento:

    Sistema de Reposio de Stocks Nivelados Sistema de Distribuio em Dose Unitria e/ou Individual

    A distribuio a Doentes em regime de ambulatrio; A dispensa de medicamentos e dispositivos mdicos ao pblico; A dispensa de medicamentos sujeitos a legislao restritiva, como:

    Estupefacientes e Psicotrpicos Hemoderivados

    6.1. DISTRIBUIO A DOENTES INTERNADOS

    6.1.1. Estrutura Fsica

    Localizado de modo a ter acesso fcil aos servios clnicos e a umfluxo normal com a rea de preparao de medicamentos em doseindividual;

    Espao amplo, com reas de 60 m2 a 90m2; reas de entrega de requisies e de validao dessas requisies,

    separadas da rea de aviamento; rea de limpeza dos carrinhos de unidose, situada antes da rea de

    trabalho; Portas de tamanho adequado aos carros de dose unitria; Boa iluminao e ventilao; Temperatura e humidade controladas.

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  • 6.1.2. Equipamento

    Cassetes de dose unitria, Carros transportadores dos mdulos de dose unitria, Bancadas e estantes de apoio distribuio de medicamentos, Cadeiras adaptadas altura das bancadas, Frigorficos com sistema de alarme e controle de temperatura, Carros para distribuio de injectveis de grande volume, Carros para transporte de citotxicos, Carros de reposio de stocks por nveis, Secretrias e cadeiras, Terminais de computador, Bancadas de trabalho, Telefones.

    6.1.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    Desinfeco e Parque de Carros

    a) AVACExtraco especfica da zona

    b) guas e EsgotosRalo no pavimento e pistola de lavagem de carros

    Sala de Distribuio

    a) AVAC Tratamento ................................... VC a 4 tubos Extraco* .................................... especfica da zona Humidificao............................... no Sobrepresso/Subpresso ........... equilbrio Ar novo** ...................................... 25 m3 /h.p Condies de ambiente................ 25 C no Vero; 20 C no Inverno Nvel de rudo ............................... 40dB (A), na velocidade mdia

    Notas: * Sistemas de extraco sujos/limpos, separados** A UTAN a utilizar dever ter filtragem final de EU7

    6.1.4. Recursos Humanos

    A distribuio de medicamentos sempre da responsabilidade deum farmacutico hospitalar, que ter de validar toda a prescriomdica1;

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  • Em qualquer perodo de funcionamento deste servio ter de estarsempre presente um farmacutico;

    O nmero de farmacuticos, tcnicos e auxiliares depende donmero de camas do hospital, do tipo de distribuio de medica-mentos utilizado e da existncia ou no de equipamentos semi-auto-mticos de reembalagem e distribuio de medicamentos;

    Deve haver pelo menos:

    2 Farmacuticos1; 2; 3 (distribuio a doentes internados, a doentesambulatrios e medicamentos com legislao especial comoestupefacientes, eritropoietinas e hemoderivados).

    2 TDT 2 AAM

    6.1.5. Normas e Procedimentos

    A distribuio de medicamentos a actividade dos servios farma-cuticos com mais visibilidade e onde mais vezes se estabelece ocontacto destes servios com os servios clnicos do hospital;

    Deve existir um manual de procedimentos para a distribuio demedicamentos;

    Integrado no sistema de informao e gesto dos SF, deve proceder-se a um registo individualizado da medicao que cada doenterecebe enquanto estiver internado ou da medicao fornecida pelohospital na distribuio ambulatria, com o objectivo de monitorizara teraputica medicamentosa do doente. O registo farmacoterapu-tico dever mencionar o diagnstico, doenas crnicas existentes ealergias;

    A dispensa de medicamentos s ser efectuada perante a apresen-tao de uma prescrio mdica que pode ser informatizada oumanual, onde pelo menos constem os seguintes elementos:

    Identificao do doente Data da prescrio Designao do medicamento por DCI e indicao de dose, forma

    farmacutica e via de administrao Identificao do mdico prescritor

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    1 Decreto-Lei n. 288/2001 de 10 de Novembro.2 Decreto-Lei n. 15/93, de 22 de Janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n. 45/96 de 3 de

    Setembro.3 Despacho Conjunto n. 1051/2000 de 14 de Setembro, dos Ministrios da Defesa Nacional

    e da Sade.

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  • Deve haver um registo de incidentes reportados em relao aosmedicamentos distribudos, nomeadamente de reaces adversas,incompatibilidades, devolues, etc.

    Distribuio de Medicamentos em Dose Individual Unitria eUnidose

    A distribuio de medicamentos em sistema de dose unitria surgecomo um imperativo de:

    aumentar a segurana no circuito do medicamento; conhecer melhor o perfil farmacoteraputico dos doentes; diminuir os riscos de interaces; racionalizar melhor a teraputica; os enfermeiros dedicarem mais tempo aos cuidados dos doentes e

    menos nos aspectos de gesto relacionados com os medicamentos; atribuir mais correctamente os custos; reduo dos desperdcios.

    Para que este sistema seja aplicado necessrio que haja uma distri-buio diria de medicamentos, em dose individual unitria, para umperodo de 24 horas.

    A prescrio da medicao feita em suporte de papel ou on-line vali-dada pelo farmacutico, e s depois, devem ser preparados os medica-mentos a distribuir.

    O processo de preparao dos medicamentos a distribuir pode sertotalmente manual ou com o apoio de diverso equipamento semi-autom-tico. Sempre que possvel, essa preparao dever ser apoiado com equi-pamentos semi-automticos, pois torna-se assim possvel:

    reduzir os erros; reduzir o tempo destinado a esta tarefa; melhorar a qualidade do trabalho executado; racionalizar os diversos stocks nas unidades de distribuio.

    Os equipamentos mais utilizados so do tipo Kardex.

    O equipamento de reembalagem tipo ATC/FDS tambm pode servir deapoio ao processo de distribuio, se nos Servios Farmacuticos existirum sistema de prescrio on-line que, aps validao da prescrio feitapelo farmacutico, tenha ligaes com o sistema do equipamento, emitindo

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  • assim directamente ordens de reembalagem para os respectivos serviosclnicos.

    Se os servios farmacuticos no laborarem de forma contnua, 24horas/24 horas como desejvel, aos fins de semana tero de ser distri-budos medicamentos para 48 ou 72 horas.

    CIRCUITO DE DISTRIBUIO

    Distribuio de Medicamentos por Reposio de Stocks

    Neste sistema de distribuio de medicamentos, h reposio destocks nivelados de medicamentos previamente definidos pelos farmacu-ticos, enfermeiros e mdicos dos respectivos servios clnicos.

    A reposio dos stocks feita de acordo com a periodicidade previa-mente definida.

    O pedido dos medicamentos para reposio dos stocks nivelados, feito pelo enfermeiro do servio, validado pelo farmacutico e depoisaviado por um tcnico de diagnstico e teraputica.

    Prescrio mdica,electrnica ou em papel

    Avaliao do doentepelo mdico, com oapoio do farmacuticoclnico

    Prescrio em papel,enviada farmciapelo enfermeiro/a Prescries

    validadas pelofarmacutico

    Registo dasdevolues

    Distribuio dosmedicamentos pelagavetas individuais

    Validao pelo FHEnvio ao serviode internamento

    Prescrio on-lineenviada directamente farmcia

    Administraoda medicaoao doente, pelaenfermeira

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  • Antes da medicao ser enviada para o servio, dever ser conferidapor amostragem, por um farmacutico.

    6.2. DISTRIBUIO DE MEDICAMENTOS A DOENTES EMREGIME AMBULATRIO

    A evoluo da tecnologia do medicamento permitiu que um nmerosignificativo de doentes possa fazer os seus tratamentos em regime deambulatrio, com entre outras, as seguintes vantagens:

    reduo dos custos relacionados com o internamento hospitalar; reduo dos riscos inerentes a um internamento (p.e. infeces

    nosocomiais); a possibilidade do doente continuar o tratamento no seu ambiente

    familiar.

    A distribuio de medicamentos a doentes em regime ambulatrio,pelos Servios Farmacuticos Hospitalares, resulta da necessidade dehaver um maior controlo e vigilncia em determinadas teraputicas, emconsequncia de efeitos secundrios graves, necessidade de assegurar aadeso dos doentes teraputica e tambm pelo facto de a comparticipa-o de certos medicamentos s ser a 100% se forem dispensados pelosServios Farmacuticos Hospitalares.

    Para que essa distribuio seja feita em condies apropriadas ealcance os objectivos desejados, necessrio que seja efectuada por far-macuticos hospitalares, apoiados por um sistema informtico e em insta-laes reservadas (para que a informao ao doente se possa fazer demodo confidencial)1,2. Estas instalaes devem ter acesso exterior aos ser-vios farmacuticos, sendo de preferncia em local acessvel aos doentes eperto das consultas que esses doentes frequentam. A sala de trabalho temde ter as condies adequadas para conservao e dispensa de medica-mentos.

    Se no houver sistema informtico, o controlo da medicao e o perfilfarmacoteraputico dos doentes far-se- manualmente, em fichas indivi-duais.

    O programa informtico deve permitir obter informao sobre:

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    1 Decreto-Lei n. 288/2001, de 10 de Novembro2 Boas Prticas da Farmcia Hospitalar

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  • Medicamentos dispensados

    Doentes

    Diagnstico

    Reaces adversas

    Custos.

    A confidencialidade dos dados deve ser devidamente assegurada.

    Juntamente com a medicao, dever ser fornecido aos doentes folhe-

    tos com informao tcnica adequada sua utilizao correcta e impor-

    tncia da adeso teraputica.

    O horrio de funcionamento deste servio dever ser estabelecido de

    acordo com o director dos servios farmacuticos, servios prescritores e

    necessidades dos doentes.

    6.2.1. Estrutura fsica

    Local separado da restante rea da farmcia, com uma sala de tra-

    balho, sala de espera e sala/armrio de armazenamento dos medi-

    camentos a fornecer;

    Acesso exterior aos servios farmacuticos;

    Preferencialmente perto das consultas e/ou entrada do hospital.

    6.2.2. Equipamento

    Computador;

    Armrios;

    Secretria e cadeiras;

    Mesa.

    6.2.3. Instalaes Tcnicas Especiais

    Idnticas s da distribuio de medicamentos a doentes internados.

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  • 6.2.4. Recursos Hum