guia de bolso - ep3os.org · neste guia de bolso, são disponibilizadas recomendações baseadas em...
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Consenso Europeu sobreRinossinusite e Pólipos
Nasais 2007
GUIA DE BOLSO
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6/08
1
181L
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PARTICIPANTESWytske FokkensPresidenteDepartamento de OtorrinolaringologiaAmsterdam Medical CenterPO Box 226601100 DD AmsterdamHolandaE-mail: [email protected]
Valerie LundCo-PresidenteLondres, Reino Unido
Joaquim MullolCo-PresidenteBarcelona, Espanha
Claus BachertGante, Bélgica
Noam CohenFiladélfi a, EUA
Roxanna CoboCali, Colômbia
Martin DesrosiersMontreal, Canadá
Peter HellingsLovaina, Bélgica
Mats HolmstromUppsala, Suécia
Maija HytönenHelsinque, Finlândia
Nick JonesNottingham, Reino Unido
Livije KalogjerZagreb, Croácia
David KennedyFiladélfi a, EUA
Jean Michel KlossekPoitiers, França
Marck KowalskiLodz, Polônia
Eli MeltzerSan Diego, EUA
Bob NaclerioChicago, EUA
Desiderio PassaliSiena, Itália
David PriceAberdeen, Reino Unido
Herbert RicchelmannUlm, Alemanha
Glenis ScaddingLondres, Reino Unido
Heinz StammbergerGraz, Áustria
Mike ! omasAberdeen, Reino Unido
Richard VoegelsSão Paulo, Brasil
De-Yun WangCingapura
Coordenação da Tradução:Joaquim Mullol i MiretIDIBAPS – Hospital Clínic de BarcelonaE-mail: [email protected] BIBLIO
1. Europewww.thin
Reimpresso sob licença de Fokkens W, Lund V, Mullol J em nome do grupo EP3OS. Rhinol. 2007; 45(suppl 20): 1. http://www.rhinologyjournal.com.
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ÍNDICE
Defi nição de Rinossinusite e Pólipos Nasais ............... 5
Esquema de Tratamento Baseado em DadosCientífi cos para Adultos com Rinossinusite Aguda ..... 7
Esquemas Baseados em Dados Científi cospara Tratamento de Crianças ................................... 16
naBIBLIOGRAFIA
1. European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyposis. Rhinology. Supplement 20, 2007;www.thinologyjournal.com; www.eaaci.net
45
3
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OBJETIVOS E PROPÓSITOS
A rinossinusite é um problema sanitário importante e cada vez mais freqüente que impõe um grande encargo econômico para a sociedade. Neste guia de bolso, são disponibilizadas recomendações baseadas em dados científi cos para seu diagnóstico e tratamento.
O documento completo 1 em que ele se baseia pretende ser uma revisão atualizada para o especialista e o médico clínico geral para:
Atualizar seu conhecimento da rinossinusite e da polipose nasalProporcionar uma revisão documentada dos métodos diagnósticos,baseada em dados científi cosProporcionar uma revisão dos tratamentos existentes, baseada em dados científi cosPropor um enfoque escalonado do tratamento da doençaPropor guias para as defi nições e critérios de avaliação na pesquisa em diferentes âmbitos
CATEGORIA DOS DADOS CIENTÍFICOS
Ia Dados procedentes de meta-análise de testes randomizados controlados.
Ib Dados procedentes de, pelo menos, um exame randomizado controlado.
IIa Dados procedentes de, pelo menos, um exame controlado sem randomização.
IIb Dados procedentes de, pelo menos, um estudo semi-experimental de outro tipo.
III Dados procedentes de estudos descritivos não-experimentais, como estudos comparativos, estudos de correlação e estudos de casos e controles.
IV Dados procedentes de relatórios ou opiniões de comitês de especialistas, da experiência clínica de autoridades na matéria, ou ambos.
SOLIDEZ DA RECOMENDAÇÃO
A Baseada diretamente em dados da categoria I.
B Baseada diretamente em dados da categoria II ou recomendação extrapolada de dados da categoria I.
C Baseada diretamente em dados da categoria III ou recomendação extrapolada de dados da categoria I ou II.
D Baseada diretamente em dados da categoria IV ou recomendação extrapolada de dados da categoria I, II ou III.
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ATÉ QUE PONTO SEUS SINTOMAS DE RINOSSINUSITE LHE INCOMODAM?
Não me incomodam
O pior incômodo imaginável
10 cm
5
DEFINIÇÃO DE RINOSSINUSITE E PÓLIPOS NASAIS
Defi nição clínica:A rinossinusite (incluindo os pólipos nasais) se defi ne como:
Infl amação das fossas nasais e os seios paranasais caracterizada por dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior):
± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfato
E algum dos seguintes:Sinais endoscópicos de:
- pólipos e/ou- secreção mucopurulenta, principalmente do meato médio e/ou- edema/obstrução mucosa, principalmente do meato médio
e/ouAlterações na TC:
- Alterações mucosas no complexo ostiomeatal ou os seios
Gravidade da doença:A doença pode ser dividida em LEVE, MODERADA ou GRAVE, conforme a pontuação total de gravidade da escala visual analógica (EVA) (0-10 cm):
LEVE = EVA 0-3MODERADA = EVA> 3-7GRAVE = EVA > 7-10
Para avaliar a gravidade total, pede-se ao paciente que assinale em uma EVA a respostaà pergunta:
Uma EVA > 5 afeta a qualidade de vida do paciente.
Duração da doença:
Aguda: Crônica:< 12 semanasResolução completa dos sintomas
>12 semanas com sintomasSem resolução completa dos sintomas - também pode haver exacerbações
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Começo bser bloque(gotejame± dor/pre± diminuExploraçãNão recom
Sintoo
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RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
Esquema de tratamento baseado em dados científi cos para adultos com rinossinusite aguda:
tabela 1. Dados sobre tratamento e recomendações para adultos com rinossinusite aguda
Tratamento Nível Grau de recomendação Aplicabilidade
Antibiótico oral Ia A Sim, depois de 5 dias, ou em casos graves
Corticóide tópico Ib A Sim
Corticóide tópico e antibiótico oral, combinados Ib A Sim
Corticóide oral Ib A Sim, diminui a dor na doença grave
Anti-histamínico oral Ib B Sim, apenas em pacientes alérgicos
Lavagem nasal Ib (-) D Não
Descongestionante Ib (-) D Sim, como alívio sintomático
Mucolítico Nenhum Não Não
Fitoterapia Ib D Não
Ib (-): estudo com um resultado negativo.
ESQEM DRINOPRIM
DiagnóBaseado n
SintomComeço nasal ou
± dor/pr± diminu
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O resfriaDuração
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fi gura 1.
RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
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Começo brusco de dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior)± dor/pressão facial± diminuição/perda de olfatoExploração: rinoscopia anteriorNão recomendável a radiografi a simples/TC
Sintomas de menos de 5 dias ou melhora posterior
Resfriado
Alívio sintomático
Sem melhora depoisde 14 dias de tratamento
Avaliar encaminhamentoao especialista
Moderada Grave
Corticóide tópico Antibiótico - Corticóide tópico
Efeito em 48 horas Sem efeito em 48 horas
Continuar o tratamento durante 7-14 dias Encaminhar ao especialista
Sintomas que persistem ou aumentam depois de 5 dias
Encaminhamento/hospitalização imediata em qualquer momento se:• Edema periorbitário• Deslocamento globo ocular• Visão dupla• Oftalmoplegia• Diminuição acuidade visual• Cefaléia frontal unilateral ou bilateral intensa• Tumefação frontal• Sinais de meningite ou sinais neurológicos focais
e aguda:
ade
dias, ou aves
dor na ve
em gicos
lívio co
ESQUEMA DE TRATAMENTO BASEADOEM DADOS CIENTÍFICOS PARA ADULTOS COM RINOSSINUSITE AGUDA, PARA ATENDIMENTO PRIMÁRIO E NÃO ESPECIALIZADOS
Diagnóstico:Baseado nos sintomas, não são necessários exames de imagem (não se recomenda a radiografi a simples).
Sintomas durante menos de 12 semanas:Começo brusco de dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior):
± dor/pressão facial± diminuição/perda de olfato
Com intervalos sem sintomas se o problema for recorrente.
Com validação por telefone ou entrevista na qual sejam feitas perguntas sobre sintomas alérgicos, isto é, espirros, rinorréia aquosa, prurido nasal e lacrimejamento com prurido ocular.
O resfriado/a rinossinusite viral aguda se defi ne como:Duração dos sintomas < 10 dias.
A rinossinusite aguda não-viral se defi ne como:Aumento dos sintomas depois de 5 dias ou sintomas persistentes depois de 10 dias com < 12 semanas de duração.
fi gura 1. Esquema de tratamento de adultos com rinossinusite aguda, em atendimento primário
RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
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DiagnóSintomComeço nasal ou
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RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
ESQUEMA DE TRATAMENTO BASEADO EM DADOS CIENTÍFICOS PARA ADULTOS COM RINOSSINUSITE AGUDA
tabela 2. Dados sobre tratamento e recomendações para adultos com rinossinusite aguda
Tratamento Nível Grau de recomendação Aplicabilidade
Antibiótico oral Ia A Sim, depois de 5 dias, ou em casos graves
Corticóide tópico Ib A Sim
Corticóide tópico e antibiótico oral, combinados Ib A Sim
Corticóide oral Ib A Sim, diminui a dor na doença grave
Anti-histamínico oral Ib B Sim, apenas em pacientes alérgicos
Lavagem nasal Ib (-) D Não
Descongestionante Ib (-) D Sim, como alívio sintomático
Mucolítico Nenhum Não Não
Fitoterapia Ib D Não
Ib (-): estudo com um resultado negativo.
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Sintomas moderadossem melhora depois
de 14 dias de tratamento
Reavaliar o diagnóstico:Endoscopia nasal
Avaliar estudo de imagemAvaliar cultivo
Antibiótico oralTratamento conforme
o diagnóstico
Sintomas graves sem melhoria depois de 48 horas
de tratamento
Avaliar a hospitalização.Endoscopia nasal
CultivoImagem
Avaliar antibiótico EVAvaliar corticóide oral
Avaliar cirurgia
Complicações
HospitalizaçãoEndoscopia nasal
CultivoImagem
Antibiótico EVE/ou cirurgia
Encaminhamento a partir do atendimento primário
ESQUEMA DE TRATAMENTO BASEADO EM DADOS CIENTÍFICOS PARA ADULTOS COM RINOSSINUSITE AGUDA, PARA ESPECIALISTAS EM ORL
Diagnóstico:Sintomas: Começo brusco de dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior):
± dor/pressão facial± diminuição/perda de olfato
Exploração:Exploração nasal (tumefação, vermelhidão, pus)Exploração oral: secreção posteriorDescartar infecção dentária
Exploração ORL com endoscopia nasal
Exames de imagem:Não se recomenda a radiografi a simples.
Também não é recomendável a TC, a menos que se tenham problemas acrescidos, como:
Doença muito grave.Pacientes imunodeprimidos.Sinais de complicações.
fi gura 2. Esquema de Tratamento de Adultos com Rinossinusite Aguda para Especialistas em ORL
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RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
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ade
dias, ou aves
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em gicos
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Dois ou mcongestão± dor/pre± diminuExame: RRaio-x e T
Com P
Seguir trdo OLpolipo
Endosc
ESQUCIENOU SPRIM
DiagnóSintomDois ou nasal (co
± dor/pr± diminu
Com conalergia, isEm casorecomen
fi gura 3.atendime
A exacer
RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
ESQUEMA DE TRATAMENTO BASEADO EM DADOS CIENTÍFICOS PARA ADULTOS COM RINOSSINUSITE CRÔNICA COM E SEM POLIPOSE NASAL
tabela 3. Tratamentos comprovados e recomendações para adultos com Rinossinusite Crônica sem polipose nasal*
Tratamento Nível Grau de recomendação Aplicabilidade
Antibiótico oral de curta duração < 12 semanas Ib (-) C Não
Antibiótico oral de longa duração > 12 semanas Ib A Sim
Antibióticos – tópicos III D Não
Esteróides – tópicos Ib A Sim
Esteróides – locais Não há dados D Não
Ducha nasal de soro fi siológico Ib A Sim
Descongestionante oral/tópico Não há dados D Não
Mucolítico III C Não
Antimicóticos – sistêmico Ib (-) D Não
Antimicóticos – tópico Ib (-) D Não
Anti-histamínico oral em pacientes com alergia Não há dados D Não
Inibidores da bomba de prótons
Não há dadosh D Não
Lisados bacterianos Ib A Não
Imunomoduladores Ib (-) D Não
Fitoterapia Ib (-) D Não
Antileucotrienos III C Não
* Alguns dos estudos acima também incluíram pacientes com RSC e polipose nasal.Ib (-): estudo com um resultado negativo.
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Dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior)± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfatoExame: Rinoscopia anteriorRaio-x e TC não recomendados
Com Polipose
Seguir tratamento do OLR para polipose nasal
Encaminhar ao especialista em ORL caso
seja necessária cirurgia
Considerar outros diagnósticosSintomas unilateraisSangramentoFormação de crostaCacosmia
Sintomas oculares:Edema PeriorbitalDeslocamento do globo ocularRedução da visão ou visão duplaOftalmoplegia
Cefaléia frontalTumefação frontal Sinais de meningite ou sinais neurológicos locais
Sintomas sistêmicos
Endoscopia indisponívelEndoscopia disponível
Exame: rinoscopia anteriorRaio-x e TC não recomendados
Esteróides tópicosLavagem/ducha nasal
+ anti-histamínicos em caso de alergia
Reavaliação após 4 semanas
Continuar tratamento Encaminhar ao especialista em ORL
Sem Polipose
Com melhora Sem melhora
Investigação urgente e intervenção
Seguir tratamento do ORL para RSC
ESQUEMA DE TRATAMENTO BASEADO EM DADOS CIENTÍFICOS PARA ADULTOS COM RSC COM OU SEM POLIPOSE NASAL PARA ATENDIMENTO PRIMÁRIO E MÉDICOS SEM ESPECIALIZAÇÃO EM ORL
Diagnóstico:Sintomas presentes há mais de 12 semanas:Dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (coriza nasal anterior/posterior):
± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfato
Com confi rmação pelo telefone ou entrevista na qual sejam feitas perguntas sobre sintomas de alergia, isto é, espirros, rinorréia aquosa, prurido nasal e lacrimejamento com prurido ocular. Em caso afi rmativo, exames de alergia devem ser efetuados (raio-x simples ou TC não são recomendados).
fi gura 3. Esquema de tratamento da Rinosinusite crônica com ou sem polipose nasal para atendimento primário e médicos sem especialização em ORL (RSC/PN)
A exacerbação aguda da Rinossinusite deve ser tratada como Rinossinusite aguda.
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DOS USITE
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EsteróDucha/
AcompaE
Macro
LEVA
Dois ou mou secreçã± dor/pre± diminuExame efeConsideraChecar prConsidera
RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
Informações baseadas em dados científi cos sobre a cirurgia da Rinossinusite
Generalizações são difíceis a respeito da cirurgia do sínus, pois a mesma só é indicada aos pacientes que não responderam bem ao tratamento. Há alguns problemas específi cos ao conduzir estudos cirúrgicos, pois é difícil estimar ou padronizar a cirurgia, particularmente em estudos multicêntricos, assim como é difícil ocultar o tipo de tratamento. A randomização pode levantar problemas éticos a menos que critérios de inclusão específi cos sejam determinados. É difícil obter grupos de pacientes homogêneos, com procedimentos terapêuticos comparáveis, para efetuar uma avaliação imparcial dos resultados da cirurgia do sínus. Mesmo assim,
1. Na sinusite aguda, a cirurgia é reservada aos casos mais sérios e às complicações associadas a eles.
2. Mais de cem séries de casos revisados (nível IV) mostraram resultados consistentes que sugerem que pacientes com RSC com ou sem polipose nasal se benefi ciaram com a cirurgia do sínus.
3. Maiores complicações ocorrem em menos de 1% dos casos e a cirurgia de correção é realizada em, aproximadamente, 10% dos pacientes após 3 anos.
4. Para a maioria dos pacientes com RSC, o tratamento médico apropriado é tão efi caz quanto a cirurgia, sendo assim, a cirurgia do sínus deveria ser reservada somente aos pacientes que não respondem satisfatoriamente ao tratamento médico (nível 1b).
5. A cirurgia endoscópica funcional é o melhor caminho para procedimentos convencionais simples, incluindo polipectomia e irrigação da mucosa antral (nível Ib). Entretanto, ainda não foi provado sucesso em casos de antrostomia do meato inferior ou esfenoidectomia convencional.
6. Em pacientes com Rinossinusite Crônica que ainda não foram operados, cirurgias extensas não obtêm resultados melhores que procedimentos cirúrgicos menores (nível Ib). Mesmo sem evidências científi cas, a extensão da cirurgia é normalmente adequada ao tamanho da doença, o que aparenta ser uma abordagem razoável. Em cirurgias primárias dos seios paranasais, a tradição cirúrgica é recomendada.
7. A cirurgia corretora do sínus endonasal só é indicada quando o tratamento médico não foi sufi cientemente efi ciente. Normalmente, melhoras substanciais dos sintomas são observadas nos casos de RSC com e sem polipose nasal, entretanto a melhora é menor que a obtida nas cirurgias primárias. Os índices de complicações, assim como os índices de recorrência, são mais altos do que os da cirurgia primária.
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DiagnóSintomDois ou nasal (co
± dor/pr± diminu
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Esteróides tópicosDucha/lavagem nasal
Acompanhamento + ducha nasalEsteróides tópicos
Macrolídeos de longa duração
LeveEVA 0-3
Moderada/graveEVA > 0-3
Considerar outros diagnósticosSintomas unilateraisSangramentoFormação de crostaCacosmia
Sintomas oculares:Edema PeriorbitalDeslocamento do globo ocularRedução da visão ou visão duplaOftalmoplegia
Cefaléia frontalTumefação frontal Sinais de meningite ou sinais neurológicos locais
Dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior).± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfatoExame efetuado pelo ORLConsiderar a realização de TCChecar presença de alergiaConsiderar o diagnóstico e o tratamento de doenças associadas, por exemplo, Asma
Esteróides tópicosDucha/lavagem nasal
CulturaMacrolídeos de longa
duração
Falha pós3 meses Falha pós
3 meses
Melhora TC
Cirurgia
Investigação urgente e intervenção
RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
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ESQUEMAS DE TRATAMENTO BASEADOS EM DADOS CIENTÍFICOS PARA ADULTOS COM RCS SEM POLIPOSE NASAL, PARA ESPECIALISTAS EM ORL
Diagnóstico:Sintomas presentes há mais de 12 semanas:Dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (coriza nasal anterior/posterior):
± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfato
ExploraçãoEndoscopia nasal – ausência de pólipos no meato médio, se necessário após descongestionante. (Esta defi nição aceita que há um espectro de doença na RCS que inclui mudança polipóide nos sínus e/ou no meato médio, mas exclui a os casos em que os pólipos estão presentes na cavidade nasal para evitar a sobreposição dos resultados)
Revisar o diagnóstico e o tratamento do médico de atendimento primárioAplicar o questionário de alergia e se houver confi rmação, efetuar exames de alergia se estes ainda não foram feitos
O tratamento deve ser baseado na gravidade dos sintomas
Decidir o grau de gravidade dos sintomas usando uma EVA
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Dois ou mou secreçã± dor/pre± diminuExame: efConsideraConsidera
LeEVA
Esterótópicos
Com m
Continu
Reavaliar
RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
tabela 4. Tratamentos comprovados e recomendações para adultos com Rinossinusite Crônica com polipose nasal*
Tratamento Nível Grau de recomendação Aplicabilidade
Antibiótico oral de curta duração < 12 semanas Não há dados D Não
Antibiótico oral de longa duração > 12 semanas Não há dados D Sim, em reincidência
Antibióticos tópicos Não há dados D Não
Esteróides tópicos Ib A Sim
Esteróides orais Ib A Sim
Ducha nasalIb
Não há dados em uso único
A Sim, para alívio dos sintomas
Descongestionante oral/tópico
Não há dados em uso único D Não
Mucolíticos Não há dados D Não
Antimicóticos – sistêmico Ib (-) D Não
Antimicóticos – tópico Ib (-) A Não
Anti-histamínico oral em pacientes com alergia Ib (1) A Sim, em caso de alergia
Capsaicina II B Não
Inibidores da bomba de prótons II C Não
Imunomoduladores Não há dados D Não
Fitoterapia Não há dados D Não
Antileucotrienos III C Não
* Alguns dos estudos acima também incluíram pacientes com RSC sem polipose nasal.Ib (-): estudo com um resultado negativo.
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DiagnóSintomDois ou nasal (co
± dor/pr± diminu
ExploraEndosco
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Gravida
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Dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior)± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfatoExame: efetuado pelo ORL incluindo endoscopia (tamanho dos pólipos)Considerar a realização de TCConsiderar o diagnóstico e o tratamento de doenças associadas, por exemplo, Asma
Considerar outros diagnósticosSintomas unilateraisSangramentoFormação de crostaCacosmia
Sintomas oculares:Edema PeriorbitalDeslocamento do globo ocularRedução da visão ou visão duplaOftalmoplegia
Cefaléia frontalTumefação frontal Sinais de meningite ou sinais neurológicos locais
Investigação urgente e intervenção
LeveEVA 0-3
ModeradaEVA > 3-7
GraveEVA > 7-10
Esteróides tópicos (spray)
Esteróides tópicos (gotas)
Esteróides orais (curta duração)
esteróides tópicos
Com melhora
Continuar com esteróides tópicos
Reavaliar a cada 6 meses
Reavaliar após 3 meses Reavaliar após 1 mês
Sem melhora Com melhora
RetornoDucha
Esteróides tópicos ± oral± antibióticos de longa duração
Sem melhora
CT
Cirurgia
RINOSSINUSITE AGUDA: ADULTOS
ônica
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ESQUEMAS DE TRATAMENTO BASEADOS EM DADOS CIENTÍFICOS PARA ADULTOS COM RCS E POLIPOSE NASAL, PARA ESPECIALISTAS EM ORL
Diagnóstico:Sintomas presentes há mais de 12 semanas:Dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (coriza nasal anterior/posterior):
± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfato
ExploraçãoEndoscopia nasal – pólipos bilaterais, observados endoscopicamente no meato médio
Revisar o diagnóstico e o tratamento do médico de atendimento primárioAplicar o questionário de alergia e se houver confi rmação, efetuar exames de alergia se estes ainda não foram feitos
Gravidade dos sintomas
(de acordo com o resultado de uma EVA para a avaliar a gravidade total) leve/moderada/severa
fi gura 5. Esquema de tratamento da RCS com polipose nasal em adultos, para especialistas em ORL
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Começo bser bloque(gotejamen± dor/pre± diminuiExploraçãNão recom
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RINOSSINUSITE AGUDA: CRIANÇAS
ESQUEMAS BASEADOS EM DADOS CIENTÍFICOS PARA TRATAMENTO DE CRIANÇAS
O seguinte esquema ajudará diferentes especialidades no tratamento da rinossinusite em crianças. As recomendações são baseadas nos dados científi cos existentes, mas a escolha deverá ser feita em cada caso, dependendo das circunstâncias.
tabela 5. Dados sobre tratamento e recomendações para crianças com rinossinusite aguda
Tratamento Nível Grau de recomendação Aplicabilidade
Antibiótico oral Ia A Sim, depois de 5 dias, ou em casos graves
Corticóide tópico IV D Sim
Corticóide tópico acrescido ao antibiótico oral Ib A Sim
Descongestionante tópico III (-) C Não
Lavagem nasal com solução salina IV D Sim
III (-): estudo com um resultado negativo.
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DiagnóSintomComeço nasal ou ± dor/pr± diminu
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Começo brusco de dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior)± dor/pressão facial± diminuição/perda de olfatoExploração: rinoscopia anteriorNão recomendável a radiografi a simples/TC
Sintomas de menos de 5 dias ou melhora posterior
Resfriado
Alívio sintomático
Não
Alívio sintomático
Moderada Grave*
AsmaBronquite crônica
Efeito em 48 horas
Continuar o tratamento durante 7-14 dias
Sintomas que persistem ou aumentam depois de 5 dias
Encaminhamento/hospitalização imediata em qualquer momento se:• Edema periorbitário• Deslocamento globo ocular• Visão dupla• Oftalmoplegia• Diminuição acuidade visual• Cefaléia frontal unilateral ou bilateral intensa• Tumefação frontal• Sinais de meningite ou sinais neurológicos focais
Não-tóxica
Antibiótico oral
Sem efeito em 48 horas
Hospitalização
TóxicaGravemente doente
HospitalizaçãoAntibióticos EV
HospitalizaçãoEndoscopia nasal
CultivoTestes de ImagemAntibióticos EV
e/ou cirurgia
RINOSSINUSITE AGUDA: CRIANÇAS
OS
ha
a
ade
dias, ou aves
ESQUEMA DE TRATAMENTO BASEADO EM DADOS CIENTÍFICOS PARA CRIANÇAS COM RINOSSINUSITE AGUDA
Diagnóstico:Sintomas Começo brusco de dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior):± dor/pressão facial± diminuição/perda de olfato
Exploração (se necessário)
Exploração nasal (tumefação, vermelhidão, pus)Exploração oral: secreção posteriorDescartar infecção dentária
Exploração ORL com endoscopia nasal.
Exames de imagem(Não se recomenda a radiografi a simples)Também não é recomendável a TC, a menos que se tenham problemas acrescidos, como:
Doença muito gravePacientes imunodeprimidosSinais de complicações
fi gura 6. Esquema de tratamento para crianças com rinossinusite aguda
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17*Febre > 38º, dor intensa
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Dois ou mobstruçãonasal ou sposterior)± dor/pre± diminuExame: riRaio-x e T
Não
Não é ntratam
RINOSSINUSITE AGUDA: CRIANÇAS
ESQUEMA DE TRATAMENTO BASEADO EM DADOS CIENTÍFICOS PARA CRIANÇAS COM RINOSSINUSITE CRÔNICA
Diagnóstico:Sintomas presentes há mais de 12 semanasDois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (coriza nasal anterior/posterior):± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfato
Informação adicional a respeito do diagnóstico
Descartar infecção dentária - perguntas sobre alergia devem ser adicionadas. Em caso de resposta afi rmativa, exames de alergia devem ser efetuadosOutros fatores de predisposição devem ser considerados: imunodefi ciência (inata, adquirida, DRGE)
Exploração (se necessário)Exame nasal (inchaço, vermelhidão, pus)Exame oral: descarga posteriorExcluir infecção dental
Exame feito por especialista em ORL, incluindo endoscopia nasal.
Exames de imagem(Não é recomendado raio-x simples)Também não é recomendada a TC, a menos que existam outras complicações, como:
Doenças muito gravesPacientes imunodeprimidosSinais de complicações
O tratamento deve ser baseado na gravidade dos sintomas
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tabela 6.
Tratam
Antibiót
Corticói
Ducha d
Tratamegatroeso
fi gura 7.
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Dois ou mais sintomas, um dos quais deve ser bloqueio/obstrução/congestão nasal ou secreção nasal (gotejamento nasal anterior/posterior).± dor/pressão facial± diminuição ou perda do olfatoExame: rinoscopia anteriorRaio-x e TC não são recomendados
Não-grave
Não é necessário tratamento
Exacerbação freqüente
Considerar outros diagnósticosSintomas unilateraisSangramentoFormação de crostaCacosmia
Sintomas oculares:Edema PeriorbitalDeslocamento do globo ocularRedução da visão ou visão duplaOftalmoplegia
Cefaléia frontalTumefação frontal Sinais de meningite ou sinais neurológicos locais
Sintomas sistêmicos
Investigação urgente e intervenção
Alergia +
Esteróides tópicosDucha/lavagem nasal± Anti-histamínicos
Reavaliar após4 semanas
Ausência de doença sistemática
Antibióticos2-6 semanas
Com melhora Sem melhora
Continuar tratamentoReduzir ao mínimo
possível
Sem melhora
Considerar Cirurgia
Imunodefi ciência
Tratar a doença sistêmica se possível
RINOSSINUSITE AGUDA: CRIANÇAS
creção
caso de
,
tabela 6. Tratamentos comprovados e recomendações para crianças com Rinossinusite Crônica
Tratamento Nível Grau de recomendação Aplicabilidade
Antibiótico oral Ia A Sim, ação limitada
Corticóide tópico IV D Sim
Ducha de soro fi siológico III C Sim
Tratamento pata refl uxo gatroesofágico III C Sim
fi gura 7. Esquema de tratamento da Rinossinusite Crônica em Crianças
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