guia da noite lx magazine #8

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#8 - 2009 » Distribuição gratuita www.guiadanoite.net Tendências » Cultura Urbana » Música » Net » Sabores » Dj’s » Entrevistas Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas Holofotes » David Fonseca Inferninho de José Luís Peixoto Animal Social » Gimba Vespa Gang Mod Club Cais do Sodré de A a Z

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Neste número: David Fonseca, Cais do Sodré Funk Connection, Gimba, Melech Mechaya, Vespa Gang, Crónica José Luís Peixoto, João Pedro Gomes E ainda: Especial Cais do Sodré de A a Z

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David FonsecaInferninho de José Luís Peixoto

Animal Social » Gimba

Vespa Gang Mod Club

Cais do Sodré de

A a Z

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2 anos a guiar-tepela noite fora

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The Legendary TigermanAbsolut Poetry Slam

Real Combo Lisbonense

O Maquinista

Dj Tati Sanches

Homens da Luta

Banda Sonora »

Fernando Alvim

Guia » cafés | esplanadas | restaurantes | bares | discotecas

Page 3: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 1

Holofotes »

Guia da Noite Lx magazine 1

Texto» Patrícia Raimundo

Fotografia» David Fonseca

David FonsecaMúsica do dia seguinteAo quarto álbum de originais foi

sozinho para o estúdio e tocou todos

os instrumentos que havia para tocar.

Between Waves até pode ser o disco da

ressaca, mas respira uma fresca brisa pop.

Inspiração? O que é isso?

Que não se espere ouvir da boca de David

Fonseca histórias sobre musas inspirado-

ras ou luzes divinas que descem dos céus

e o iluminam. “Não acredito na inspiração.

Seria fácil. Eu pegava nisso, concen-

trava-me e fazia canções, mas isso não

acontece, nunca aconteceu. Nunca pensei

numa coisa específica que me trouxesse

directa e inequivocamente a canção”.

Para este homem tudo acontece de forma

bem mais simples, sem grandes artifícios,

mas a responsabilidade também não é

da tão falada dose de trabalho árduo:

“O que eu acho sinceramente é que às

vezes uma pessoa está mais ligada ao

mundo e outras vezes não. Supostamente

a inspiração é um estado superior, em que

tu estás acima das coisas, mas não estás.

A maior parte das vezes quando escreves

canções estás muito mais fragilizado

pelas coisas do que sublimado por elas”.

Page 4: Guia da Noite Lx Magazine #8

2 Guia da Noite Lx magazine

Se Dreams in Colour (2007) era um álbum

luminoso, festivo até, David Fonseca vê o

novo Between Waves como “um disco um

bocado ressacado”. Não que tenha sido

composto em consequência de muitas

noites regadas a álcool, mas antes por com-

pilar aquilo que fica depois da embriaguez

dos concertos. “Quando acordo, nos hotéis,

pergunto-me: ‘onde raio estou?’ Há uma

sensação estranha ao acordar e eu acho

que este disco é sobre isso. Esses momen-

tos todos que, numa certa inconsciência,

me aparecem de forma abstracta, mas

que acabam por contar a história do dia

anterior. Há uma estranheza na maior parte

dos temas que remete para este tipo de

universo, mais abstracto”.

Ao contrário dos dois últimos trabalhos,

que foram gravados com a banda de apoio, a

concepção de Between Waves foi um pouco

mais solitária. “Confesso que não teve a ver

com nenhuma resolução artística, mas mais

com uma resolução pessoal. O estúdio é

muito penoso para mim. Estou muitos dias

enfiado naquele casulo, então achei que

a única forma de animar um bocadinho o

processo era mudá-lo”. David Fonseca vestiu

a pele de uma one-man-band de estúdio e

pôs as mãos em tudo quanto é instrumento

que se ouve no disco: tocou ukelele pela

primeira vez, atirou-se a um quase omni-

presente xilofone de madeira “difícil de

domar”, acabou-se por detrás de uma bate-

ria. “Tive imensas dores nos braços, mãos

inchadas, ia para a cama com dores em mús-

culos que eu nem sabia que existiam. Mas

todos esses pormenores fazem com que o

disco seja diferente para mim”.

Pormenores que mostram um músico em

pleno domínio da arte dos arranjos e com

um cada vez mais apurado sentido pop.

O quarto disco de originais não foge à sono-

ridade a que David Fonseca habituou os fãs,

mas também há espaço para uma ou outra

ousadia mais experimentalista: incursões

pela folk, sons e misturas de instrumentos

improváveis, saxofones surpreendentes em

“Owner Of Her Heart”. “Os discos são retra-

tos de um tempo. Quando estava a fazer

Between Waves não queria que ele fosse

intemporal. Acho que as canções têm de

encerrar o tempo em que elas viveram”.

David Fonseca diz não ser o tipo distante

e introspectivo que o pintam. Mantém

uma relação muito próxima com os fãs,

alimentada quer nas redes sociais, fóruns

e no blogue que mantém, quer nas horas

que fica, após os concertos, à conversa com

quem por lá aparece. “Acho que é uma rela-

ção meio natural. Gosto genuinamente de

ficar lá, de falar com as pessoas, de saber

quem são”. Tem cerca de 10 mil seguidores

no Twitter, outros tantos no Facebook e

por alguma razão só o vemos actuar em

grandes recintos. “De cada vez que chego a

mais mil followers costumo fazer uma brin-

cadeira do género: 8 mil pessoas? Não sei se

cabemos todos no carro!”

Between Waves chega aos escaparates

com um doce para esses milhares de segui-

dores fiéis. Para além da edição normal,

pode comprar-se um “huge fan pack”, com

material exclusivo que inclui, entre outras

coisas, fotografias e o single “A Cry For

Love” em vinil. Mas David Fonseca não fica

Holofotes

Page 5: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 3

Holofotes

“De há uns anos para cá aceitei claramente a minha profissão como músico. Porque percebi que disco após disco apetecia-me fazer outro, apetecia-me voltar à estrada... Então, para quê negar sistematicamente uma profissão quando eu poderia aceitá-la e fazê-la muito melhor?”

Page 6: Guia da Noite Lx Magazine #8

4 Guia da Noite Lx magazine

inscritos passam a “Amazing Cats”

e têm acesso exclusivo a música,

vídeos, descontos em concertos,

para além de receberem desde

logo uma t-shirt e um disco inédito

por alturas do Natal, como manda

a tradição. “Acima de tudo eu que-

ria deixar de ser músico só de dois

em dois anos”, confessa.

Ressacas curadas, é altura de se fazer

novamente à estrada. E também ao vivo

haverá novidades: Francisca Cortesão

a.k.a. Minta é a nova integrante da banda

de David Fonseca – em substituição de

Rita Redshoes – e, para além dos habi-

tuais espectáculos, o músico vai apresen-

tar o novo disco em alguns showcases

sozinho “com uma parafernália de coisas

e ideias meio interactivas”.

Holofotes

por aqui e inaugura uma comunidade inte-

ractiva de criação e de partilha, o Amazing

Cats Club. “É uma ideia muito simples que

não tem tanto a ver com clubes e fãs, mas

com a criação de uma plataforma que me

permita lançar a minha música sem inter-

mediários”. Ainda em fase experimental,

o Amazing Cats pretende disponibilizar,

sempre que possível, conteúdos gratuitos,

mas haverá mais para quem fizer uma assi-

natura paga. Por 15 euros anuais, os “Cats”

“Acho que as canções que ficam são aquelas que têm o poder de não me desencantar à centésima audição. Sim, eu ouço as músicas pelo menos 100 vezes antes de ir para o estúdio: tenho de perceber se elas duram para mim ou não.”

Page 7: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 5

Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados.

# 40 Sabores Glamour

# 42 Sabores Gourmet

# 44 Sabores do Mundo

# 46 Noites Trendy

# 48 Noites Cool

# 50 Noites ao Vivo

# 52 Noites de Dança

Be

st O

f Este símbolo significa que podes ler as entrevistas ou artigos na íntegra e interagir com a revista. Voa para www.guiadanoite.net ou envia um e-mail para [email protected]

# 1 Holofotes » David Fonseca

Música do dia seguinte

# 6 Radar » Inferninho

Crónica de José Luís Peixoto

# 9 Pela Estrada Fora »

Vespa Gang Mod Club

# 12 Metropolis » My Fair Lady

# 17 Retratos da Noite »

Cais do Sodré de A a Z

# 22 Vj Shot » João Pedro Gomes

Irmão daltónico

# 26 Lusofonia » Inês Jacques

A menina dança?

# 29 Zoom » Melech Mechaya

Que Budja Ba esteja convosco!

# 32 Animal Social » Gimba:

"Sou o Marcelo Rebelo de Sousa

destas coisas"

# 36 Livre Trânsito »

Cais do Sodré Funk Connection

# 40 Best Of »

Restaurantes, bares e discotecas

# 54 Guia »

Directório das melhores moradas da noite de Lisboa

# 64 Post it » Lojas Gourmet

Page 8: Guia da Noite Lx Magazine #8

6 Guia da Noite Lx magazine

Radar »

Page 9: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 7

RadarRadar »

sibilidades – nenhuma garantia. Há noites

em que o improvável é o mais provável.

É o caso. Por isso, enquanto escrevo, estou

num quarto de hotel, é segunda-feira de

manhã. Mas agora também, estou a chegar

à casa de um amigo que mora aqui em São

Paulo, perto do estádio do Pacaembu, já

jantei, é sábado à noite. Três conversas

depois, eu e o meu amigo disputamos o

espelho como donzelas, ajeitamos a peruca

e, depois do porteiro, saímos na noite.

Em São Paulo existe uma rua Augusta

que é bastante diferente da de Lisboa. Há

quem diga que a rua Augusta paulistana se

divide em Estados Unidos e México. O lado

“Estados Unidos” é composto por lojas de

marcas caras, porta sim, porta sim, mu-

lheres com vestidos que acabaram de ser

lavados a seco, passados a ferro, cabelos de

cabeleireiro; o lado “México” é composto

por bares, discotecas, puteiros, vendem-se

espetadas de carne assadas no passeio e,

Pois é. Tinha pensado começar por escre-

ver sobre a vez em que meti um ácido num

campo de girassóis perto de Toulouse;

depois, pensei em escrever sobre uma

discoteca labiríntica, asfixiante, feita de

corredores, túneis e salas sem janelas, em

Varsóvia; depois, pensei em várias outras

possibilidades.

Mas nós (eu e tu, leitor) ainda não nos co-

nhecemos assim tão bem, este é o primeiro

texto que escrevo aqui e, por isso, pareceu-

-me que seria melhor começar por algo

mais recente. O que vou descrever acon-

teceu há dois dias (noites) atrás. Agora,

estou em São Paulo, sobre a cama desfeita

de um quarto de hotel, a dois quarteirões

(quadras) da rua Faria Lima e da Rebouças.

É segunda-feira de manhã.

Há histórias que, mesmo arrumadas no

passado, têm de ser contadas no presente.

Isto porque, no momento em que aconte-

ceram, o presente era a única certeza; o

passado era uma indefinição cheia de pos-

InferninhoCrónica » José Luís Peixoto

Fotografia» Carlos Ferreira

Page 10: Guia da Noite Lx Magazine #8

8 Guia da Noite Lx magazine

Radar

aqui e ali, os maconheiros fumam maconha.

A fronteira destes dois mundos é, lá em

cima, a imponente avenida Paulista. Eu e o

meu amigo, claro, claro, vamos para o lado

“México”. Quem nos conhece, já sabia.

Começamos num boteco. Atrás do balcão,

o dono queixa-se de uma multa de 50 mil

reais (1 euro = 3 reais, mais ou menos) por

estar aberto para lá da hora da licença. Eu e

o meu amigo somos solidários, é um escân-

dalo. As cervejas de 0,75 litros sucedem-se

à nossa frente. Não precisamos de pedi-las.

Acaba uma, chega outra. Uma vem conge-

lada, é trocada imediatamente. O chichi

é apertado, mas difícil. As gostosas que

estão na rua de mini-saia ou micro-vestido

entram na casa-de-banho (banheiro) com

homens de chinelos. Minutos depois, saem

com 50 reais a menos (eles) e com 50 reais

a mais (elas). A multa daria para pagar 1000

transas. Ninguém merece.

Ao ritmo das cervejas, confessamos mui-

tas coisas ao dono do boteco, dizemos-lhe

que pensamos ir ao Vegas – referência da

noite de São Paulo, monumento da rua

Augusta. Talvez comovido com a nossa

solidariedade, ele oferece-nos duas pulsei-

ras VIP – não precisaremos de estar na fila

de entrada e poderemos beber à pala. Este

homem é lindo, mais bonito do que o Clark

Gable. Bebemos duas saideiras (três – sai-

deira da saideira) e vamos. O Vegas fica uns

cem metros abaixo, do outro lado da rua.

É noite rockabilly/punk. Eu explico: o

Vegas tem várias pistas (não consigo ter a

certeza de quantas), numa delas está um in-

divíduo de crista cor-de-laranja a meter um

som que nem eu (punk-friendly) aguento

por muito tempo. Noutra, está um membro

dos Exploited a meter um som mais audível,

também punk, mas electrónico. Nas outras,

podemos entrar e está a passar Elvis, ou

Queen, ou uma salada mista de sons. Numa,

passou Edith Piaf, juro.

Enquanto espero por vodka-limão, apren-

do uma palavra nova com uma professora

de cabelo pintado que se inclina sobre mim:

“inferninho”. Esse é o nome que aqui se dá

a estas pistas de dança mais pequenas.

É o nome certo. Muito calor, muitos corpos,

muitos pecados e muitos pecadores. Des-

cubro tarde, que vodka-limão, aqui, é vodka

com uns pingos de limão

natural – demasiado amargo,

ácido. A seguir, tento vodka

com suco de maracujá – dema-

siado doce.

Num canto do inferninho,

uma morena tenta convencer-

-me que, como vegana, não

pode beber qualquer cerveja. Segundo ela,

todas as marcas de cervejas contêm ovo

(com excepção da marca brasileira Itaipa-

va). Procuro o meu amigo e ele informa-me

que vamos à festa do Gigante. Atravessa-

mos a cidade de táxi e chegamos a uma

multidão parada diante de uma porta.

O Gigante não tem mais do que 1 metro

e 60. Ao ver-nos, vem abraçar-nos, somos

irmãos instantâneos. Aquilo que aconteceu

a seguir, talvez conte noutro texto, noutra

vez. Afinal, nós (eu e tu, leitor) ainda não

nos conhecemos assim tão bem.

Há quem diga que a rua Augusta paulistana se divide em Estados Unidos e México

Page 11: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 9

Radar Pela Estrada Fora »

Em Lisboa recriam-se os ambientes londri-

nos do início dos anos 60. Os mods estão de

volta. Não param de dançar, vestem roupa

de marca e só se deslocam em duas rodas

Tocamos à campainha, dizemos boa noite

ao porteiro e entramos. Um grupo de pes-

soas dança ao som de “My Generation”, dos

The Who. As mulheres usam vestidos colori-

dos (e curtos), alguns homens estão de fato

e há quem não largue o chapéu. Lembra

os ambientes londrinos do início dos anos

60. Mas não estamos em Inglaterra e muito

menos nos sixties. É 2009, Lisboa, Cais do

Sodré, bar Europa.

Perto do prato

de gira-discos, DJ

Professor X faz

uma pausa para

nos responder a

três perguntas

que colocamos de

enfiada: “Porque está tudo vestido assim?

Que música é esta? Resolveram viajar no

tempo?” As questões foram colocadas de

rajada e a resposta não envolve tanta com-

plexidade como poderia parecer. “Por acaso

a nossa ideia é mesmo essa, a de criar um

ambiente em que se volta aos anos 60. Pela

música, que é essencialmente de raiz negra,

pela roupa e pela estética. É uma viagem no

tempo em que a imagem conta muito”, diz,

explicando-nos que o movimento Mod está

na base destas festas mensais organizadas

pelo Vespa Gang Mod Club, colectivo a que

pertence. E a seguir centra na perspectiva

musical a justificação da opção: “Os anos

Vespa Gang Mod Club Música, estética e scooters

Texto» C. Sá

Page 12: Guia da Noite Lx Magazine #8

10 Guia da Noite Lx magazine

Pela Estrada Fora

60 são a grande fase da música. A melhor

música foi feita nessa altura, qualquer que

seja o estilo. E, curiosamente, a geração

Mod é a primeira que dança ao som de DJ’s.

E que passa noites sem dormir…”

Há uma nova geração que quer “absorver

esse imaginário” e daí a adesão de um

núcleo de lisboetas que tem crescido de

festa para festa. O Vespa Gang integra

apenas três pessoas – para além do

professor X, há o Rapaz do Chapéu e a Elsa

da Garcia – mas o Europa tem tido cada vez

mais gente interessada na cena Mod. Para

aparecer, só “é preciso

gostar de música e de

uma certa estética”.

Mas este é mesmo “um

estilo de vida que tem

no amor à música a sua

principal vertente”.

Professor X opta a

seguir por uma abor-

dagem de contornos

políticos. “É um movi-

mento que surge numa

altura em que havia

fortes conflitos raciais

em Inglaterra, princi-

palmente nos subúrbios. É uma resposta

anti-racista, de integração racial. E nós

identificamo-nos totalmente com isso. A

ideia é essa, de transportar para aqui esse

conceito de integração racial e cultural”.

Também por isso, optaram pelo Cais do

Sodré, “um sítio histórico por onde sempre

têm passado diferentes culturas”.

E enquanto o DJ se desloca para colocar

uma música dos The Kinks, sentamo-nos em

frente a um dos enormes espelhos, abrimos

o portátil e pesquisamos um pouco sobre

o assunto. A expressão Mod deriva de

modernismo, uma corrente que valorizava

“a inovação e a criatividade”, que “rejeita a

tradição” e tem “tendência a encarar pro-

blemas sob uma nova perspectiva baseada

em ideias e técnicas actuais”. Professor X

volta para perto de nós e é confrontado

com a definição. “Se isto é um revivalismo,

não há aqui uma pequena contradição?”,

perguntamos-lhe. “Não”, responde. “Não

se trata de um revivalismo porque nós

não vivemos essa fase.

Trata-se mais de um

descobrir…”

Damos mais uma

olhada à internet, agora

à página My Space do

Vespa Gang Mod Club.

Uma citação de Jack

Kerouac ilustra a ideia:

“The only people for me

are the mad ones, the

ones mad to live, mad

to talk, mad to be saved,

desirous of everything at

the same time, the ones

who never yawn or say a commonplace

thing but burn, burn, burn like fabulous

roman candles exploding like spiders

across the stars...”

Entretanto, reparamos que o Europa já

está a fechar. A festa acaba. Os mods lis-

boetas saem para a rua, montam nas suas

scooters e arrancam pela cidade.

Page 13: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 11

Pela Estrada Fora

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12 Guia da Noite Lx magazine

Metrópolis »

Page 15: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 13

Diz ela que a sua missão é divulgar novos talentos. Em Londres ou Lisboa, Mariana Duarte Silva apadrinha as últimas

tendências da música electrónica nacional que lá fora fazem um sucesso dos diabos.

Metrópolis

Quem tiver “memória de elefante”, deve

lembrar-se que há uma dezena de anos as

festas das três Marianas no antigo Indús-

tria, hoje Loft, eram um acontecimento.

Mariana Duarte Silva, Mariana Perestrelo

e Mariana Barosa começaram a organizar

festas ao fim-de-semana. A conjuntura per-

mitia, a terceira Mariana estava lá a fazer

um estágio e as homónimas passavam ali

tardes inteiras a imaginar festins temáti-

cos para as bandas sonoras de house do já

desaparecido Dj Ricky. Houve a do post-it,

a Kinky, a Mn’m’s, entre muitas outras.

A música ficou dentro das três.

O projecto Madame Management foi

criado pela Mariana Duarte Silva que, nos

últimos dois anos, divulgou talentos da

cena portuguesa underground em terras de

sua majestade. Antes de rumar até Londres,

trabalhou como gestora de produto na

Media Capital e encarava o lado Madame

como um hobby. O projecto começou por

ser um e-mail, inspirado na canção de João

Gilberto “Pra quê discutir com Madame”,

criado no tempo em que era Relações Públi-

cas do Clube Lua, em Lisboa. Colaborou

também com a produtora de música Da

Providers, ambiente que a pôs em contacto

My Fair Lady

Texto» Maria João Veloso

Fotografia» Miguel Domingos

Page 16: Guia da Noite Lx Magazine #8

14 Guia da Noite Lx magazine

com vários Dj’s da cena techno, entre os

quais os Stereo Addiction, a primeira dupla

de Dj’s que agencia. Em 2005, durante a

época balnear, dinamizou um dos bares do

Tamariz, no Estoril. Aos domingos à noite

realizava-se o “Lick My Sunday” com “os

suspeitos do costume”: Stereo Addiction e

Heartbreakerz, a dupla de meninas ainda

numa fase embrionária.

A partir dos 25 anos começa a celebrar os

aniversários produzindo festas de arromba.

O quarto de século foi celebrado num

barracão abandonado em Camarate, “uma

sorte os convidados terem conseguido

lá chegar”. No ano seguinte a festa fez-se

no Clube Europa, e há dois anos seria a

primeira de muitas realizadas na Lx Fac-

tory. Em 2008 voltou a ocupar um espaço

abandonado ali para os lados do Convento

do Beato, e no passado mês de Novembro

realizou a primeira edição em Lisboa

das festas “O Baile” no Loft. O conceito

do evento foi importado das festas que

Mariana, em colaboração com a produtora

portuguesa Joana Seguro, tem realizado no

bar londrino Music Hall. No Loft estiveram

Micachu and the Shapes, Jon Hopkins, Vol-

tek, Davide Quayola e claro as duas duplas

Madame Stereo Addiction e Heartbreakerz.

O “after-show” dos Massive Attack também

deu o ar da sua graça com a presença

da banda e tudo.

Trocando por miúdos, o projecto Madame

Management apadrinha esta nova vaga de

artistas da música electrónica nacional.

“Tudo começou com a Joana, que queria

ter portugueses nas festas que organizava

no Plastic People”, clube mítico do under-

ground londrino.

No último ano, entre Fevereiro e Junho,

as duas realizaram três eventos “O Baile”,

todos no Music Hall. O primeiro com Two-

fold e Bruno Dias com Quayola, o segundo

revelou ao underground londrino quem

eram os Octa Push e o “emigrado em Lon-

dres” André Cascais. No terceiro e último,

em Junho passado, brilhou a dupla Bailarico

Sofisticado, Bart Cruz e Gustavo, dos Stereo

Addiction. Já Rui da Silva, Dj português

a residir na capital britânica, conta com

Mariana para lhe marcar os gigs

em Portugal.

Paralelamente ao trabalho de

Relações Públicas, Mariana está

envolvida noutro projecto também

relacionado com a música:

é a representante da Citizensound

em Portugal, onde desenvolve

estratégias que associam os sons

produzidos por artistas a determina-

das marcas.

Para 2010 projecta organizar a vida entre

Lisboa e Londres. Os eventos “O Baile”

continuarão com periodicidade trimestral

e “serão milimetricamente pensados,

mas não terão que realizar-se forçosa-

mente em clubes.”

O projecto Madame Management divulgou talentos da cena portuguesa underground em terras de sua majestade.

Metropólis

Page 17: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 15

Radar

Page 18: Guia da Noite Lx Magazine #8

O livro é um animal vivo Aristóteles

www.101noites.com

Page 19: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 17

Retratos da Noite »

AAlecrim às Flores (restaurante) Tv. do

Alecrim, 4 | Não só é central e bonito,

como oferece uma ementa criativa e bem

confeccionada. Os sabores da gastronomia

alentejana predominam, aliados a outras

receitas da cozinha internacional.

BBritish Bar (bar) R. Bernardino da Costa, 52

| Em tempos uma taberna de marinheiros e

estivadores, é hoje um lugar frequentado

por uma clientela muito eclética.

Cais do Sodré

A a Z“Lisboa perde-se pelo Tejo. E o Cais do Sodré, desde o tempo seiscentista do Auto das

Regateiras, é mais do mundo do que das nossas horas. As goteiras, os carros, o brilho

dos carris trazem à noite um lustroso aluvião para a borda da água. Lisboa deveria ter

aqui a sua rua do imaginário.”

Manuel Hermínio Monteiro, “Mar do Texas”, Revista K, nº10.

Page 20: Guia da Noite Lx Magazine #8

18 Guia da Noite Lx magazine

Retratos da Noite

CCasa Conveniente (teatro) R. Nova

do Carvalho, 11 | Já foi uma casa de

prostituição, mas agora acolhe um criativo

grupo de teatro fundado pela encenadora e

actriz Mónica Calle.

DDuques do Cais (restaurante) R. do Alecrim,

5 | Encontrar um sítio em Lisboa para comer

bem sem gastar muito nem sempre é fácil.

Velho conhecido dos habitués do Cais, o

Sr. Mário serve a boa comida à portuguesa

sem que a conta assuste ninguém.

EEstorninhos De Novembro a Fevereiro o Lg.

de São Paulo transforma-se num habitat

único para os estorninhos-malhados

que aqui fazem o seu dormitório. Um

espectáculo de fim de tarde para apreciar

enquanto se espera pela noite.

Europa (bar-discoteca) R. Nova do Carvalho,

28 | É um dos spots mais concorridos do

revitalizado Cais do Sodré, sobretudo

depois das 6h da madrugada, quando

reabre para as suas já famosas after-

-hours que se prolongam até ao meio-dia.

É frequentado por muitos noctívagos,

incluindo Dj’s e donos de outros bares.

FFilmes O Cais do Sodré serviu de cenário e

colou-se à pele de inúmeras personagens:

do mítico Cais do Sodré de Alejandro Perla,

passando por A Cidade Branca de Alain

Tanner ou ainda Zéfiro de José Álvaro de

Morais; por entre documentários e ficção,

por aqui filmaram João Botelho, João César

Monteiro, Fernando Lopes, Serge Tréffaut,

António-Pedro Vasconcelos ou ainda Paolo

Marinou-Blanco.

Feel Good (alojamento) Lg. Conde Barão,

18 | A cadeia de aluguer de apartamentos

recuperou um dos prédios do Lg. Conde

Barão e nele fez elegantes e confortáveis

casas para quem quer passar a noite.

GGrey, James Earl Em 1968, passeava-se

pelo Cais do Sodré não o grande activista

dos direitos dos negros, Martin Luther

King, mas sim o homem suspeito do seu

assassinato. James Earl Grey fugiu para

Portugal e passou cerca de 10 dias em

Lisboa e muitas noites com as prostitutas

do antigo Texas Bar. Depois de deixar a R.

Nova do Carvalho, o assassino viajou para

Londres onde acabou por ser detido.

HHennessy’s Irish Pub (bar) R. do Cais do

Sodré, 32-38 | Forrado a madeira escura e

com grandes janelas que dão para a rua,

oferece recantos acolhedores com mesas

baixas e sofás confortáveis. Todas as noites

pode ouvir-se música irlandesa ao vivo.

IIgreja Em pleno Lg. de São Paulo, como que

velando pelas almas perdidas na noite,

ergue-se a Igreja de São Paulo. O actual

edifício é o resultado da reconstrução

da antiga Igreja que não sobreviveu ao

terramoto de 1755. Inspirada no traçado

do Convento de Mafra, o interior alberga

belíssimas obras atribuídas aos pintores

João Grossi, Pedro Alexandrino de Carvalho

e Jerónimo de Andrade.

Page 21: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 19

Retratos da Noite

"Nos bares do Cais do Sodré ninguém está livre de apanhar com um poeta à deriva pela proa."

José Cardoso Pires

Page 22: Guia da Noite Lx Magazine #8

20 Guia da Noite Lx magazine

Retratos da Noite

JJamaica (discoteca) R. Nova do Carvalho, 6

Na “catedral” lisboeta do reggae e

discoteca mais famosa do Cais do Sodré,

Bob Marley é elevado à categoria de

Deus. Para variar, de vez em quando o Dj

relembra-nos os grandes êxitos do boom

do rock português ou alguns temas que

fizeram história na década de 80.

LLisbon Calling Hostel (alojamento) R. de S.

Paulo, 126, 3º D | Com uma decoração entre

o tradicional e o rústico moderno, o Lisbon

Calling promete, por 18 euros por noite,

uma estadia simpática. Tem café e chá a

qualquer hora, buffet de pequeno-almoço e

internet wireless gratuita.

MMusicBox (discoteca) R. Nova do Carvalho,

24 | Situado no edifício do antigo Texas Bar,

este bar-discoteca é há três anos promotor

das novas tendências urbanas que marcam

o ritmo da capital. Com uma intensa pro-

gramação de concertos, festivais e eventos,

já recebeu no seu palco grandes nomes da

cena musical nacional e internacional.

NNoites Brancas Estigma mas parte

integrante da sua identidade, ao Cais

do Sodré aflui toda a Lisboa boémia;

aos fadistas, marinheiros, prostitutas,

vagabundos e marialvas de sempre,

juntam-se os noctívagos de ontem e de hoje

e, por entre o álcool e a música, estica-se a

noite até ao raiar do dia.

OO’Gillins Irish Bar (bar)

R. dos Remolares, 8

O ambiente é suficientemente

acolhedor e simpático para

se afirmar como um destino

incontornável para os

amantes da cultura céltica.

E ela está patente em todos os

pormenores do O’Gillins, ou

não fosse este o primeiro bar

irlandês a abrir em Lisboa.

PPorto de Abrigo (restaurante) R. dos

Remolares, 16/18 | Este é um dos

restaurantes mais antigos da zona, desde

sempre frequentado por notáveis, mas

não só, até porque os preços não assustam

ninguém.

Primo Basílio Nem Eça de Queirós se esque-

ceu do Cais do Sodré. Foi no antigo Hotel

Central da Rua do Alecrim (hoje transforma-

do em dependência bancária) que o mítico

Primo Basílio esteve hospedado. O mesmo

lugar serviu de cenário à trama de Os Maias:

foi neste hotel que aconteceu o jantar de

homenagem ao banqueiro Cohen, uma

noite importante para o desenvolvimento

da conhecida história.

"No British Bar os anos passam, as gerações mudam, vêm literatos, vêm contrabandistas, vêm estivadores à mistura com meninas de civilização, mas o espírito e a cor local mantêm-se inconfundíveis."

José Cardoso Pires

Page 23: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 21

Retratos da Noite

QQuadrado Azul (galeria) Lg. dos Stephens, 4

A galeria que existe há mais de 20 anos no

Porto também se estendeu a Lisboa. Aqui

expõem-se trabalhos de artistas plásticos

portuenses mas não só.

RRibeira Inaugurado a 1 de Janeiro de 1882,

o Mercado da Ribeira foi, até ao ano 2000,

um dos poucos velhos mercados grossistas

a subsistir em plena cidade de Lisboa.

Tendo conservado o piso térreo para a

actividade retalhista, o mercado oferece

agora também um espaço de cultura e

lazer com actividades várias como aulas de

dança, bailes e feiras. E, a não perder, é aqui

que todas as tardes se encena um dos mais

belos espectáculos de Lisboa: o mercado

das flores.

SSociedade Protectora dos Animais R. de S.

Paulo, 55, 2º Dto. | Há 133 anos que aqui se

luta pelos direitos dos animais. A sede da

SPA é também um dos postos clínicos da

associação, onde são feitas mais de 5000

consultas por ano.

TTokyo (discoteca) R. Nova do Carvalho, 12

Com o Jamaica e o desaparecido Shangrilá,

o Tokyo formava uma trilogia nocturna

famosa nos anos 80. Agora, continua

a albergar os que ainda frequentam a

discoteca para dançar ao som dos hits

dos eighties. O que se ouve mais é o

rock clássico.

Trem Azul (loja de discos) R. do Alecrim, 21A

É a única loja especializada em jazz do país.

Para além de ser um templo para quem

é amante destas sonoridades, a marca é

ainda sinónimo de distribuição exclusiva

de alguns catálogos em Portugal e também

de concertos que acontecem dentro e fora

da loja.

UUniformes| Vestotel/Servivest (loja)

R. Nova do Carvalho, 58-76-77 | Ninguém

sabe mais histórias sobre o Cais do Sodré

do que o Sr. Alfredo, dono da chamada casa

das fardas. Há mais de 60 anos que veste

todo o tipo de gente, desde oficiais da PIDE

e escuteiros aos grandes hotéis de Norte a

Sul do país.

VVinho e produtos regionais: Sabores de Lés

a Lés (loja) Av. 24 Julho, Mercado da Ribeira,

loja 2 | Vinhos, enchidos, doces tradicionais,

compotas, ginja em copo de chocolate,

licores, queijos, mel… Ideal para quando

se recebem amigos estrangeiros em casa

ou para quem tem saudades das iguarias

da terra.

XXutos & Pontapés A banda que este ano

comemora 30 anos passou pelo Tokyo, no

início da sua carreira, para um memorável

concerto em meados da década de 80.

ZZambujal, Mário. Incontornável com a

sua Crónica dos Bons Malandros, nas

páginas deste escritor desfila a noite de

Lisboa onde o histórico Cais do Sodré tem,

obviamente, lugar de destaque.

Page 24: Guia da Noite Lx Magazine #8

22 Guia da Noite Lx magazine

João Pedro GomesIrmão daltónicoDos desenhos estáticos passou para a animação,

da Rua Sésamo saltou para as cabines dos clubes.

Começou no Lux, quando o Vjing ainda era

novidade em Portugal. E sim, João Pedro Gomes

é mesmo daltónico.

Dizem as estatísticas que 10 por cento da população

mundial sofre de daltonismo. Mas qual é a probabi-

lidade de dois daltónicos se encontrarem por acaso

e começarem a trabalhar juntos em vídeo? Pode não

ser muita, mas aconteceu com João Pedro Gomes e

Paulo Abreu, e o nome para tão improvável dupla

impôs-se: Daltonic Brothers. “Uma das coisas mais

caricatas que fizemos foi a correcção de imagem de

um filme do Paulo Rocha”, brinca João Pedro.

Embora hoje já não ocupe o escritório da Baixa lis-

boeta onde nasceu a irmandade, o videasta continua

a usar a designação e assina os seus Vj sets como JPG

From Daltonic Brothers.

Vj João Pedro Gomes

a.k.a JPG From Daltonic

Brothers

"Nos meus sets gosto

de ter uma componente

de imagem real mas

também gráfica"

VJ Shot »

Texto» Patrícia Raimundo

Page 25: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 23

VJ Shot »

Texto» Patrícia Raimundo

Page 26: Guia da Noite Lx Magazine #8

24 Guia da Noite Lx magazine

VJ Shot

Como as melhores histórias, também

aqui tudo começou por acaso. O milé-

nio tinha acabado de chegar e o Lux

preparava-se para implementar sessões

regulares de Vjing. A convite do progra-

mador Pedro Fradique, de quem já era

amigo de longa data, João Pedro Gomes

passou a assumir o comando das ima-

gens. “Eu na altura nem fazia bem ideia

do que era ser Vj”, confessa. “Na primeira

vez, como não tinha noção nenhuma, fiz

uma cassete VHS com um filme de uma

hora e tal. Pus umas imagens variadas,

cartazes de cinema antigos de umas

colecções que eu tinha… É claro que

nessa noite percebi que aquilo não era o

suficiente para uma sessão de 8 horas”.

Homem recatado e “estóico resistente

à ditadura do digital”, João Pedro Gomes

formou-se em design gráfico, passou por

agências de publicidade, produtoras de

cinema de animação e televisão, mas os

computadores para ele ainda vinham

com muitas reticências associadas. “Toda

a gente me dizia que podia desenhar no

computador e eu respondia: ‘mas dese-

nho como? O ecrã não fica riscado, é?’

É claro que assim que abri a Caixa de

Pandora… Pronto, ficou tudo lixado!”.

Da Caixa de Pandora de que João Pedro

Gomes fala sairia um mundo de possibi-

lidades e, até para um “defensor do old

school” como ele, o digital revelou-

-se uma boa ferramenta de trabalho.

“Quando estive na produtora de TV Latina

Europa, trabalhei no programa Pop Off

e como todas as semanas tinha de fazer

um videoclip de raiz com um orçamento

muito baixo muitas vezes recorria à pós-

-produção. Então fiquei sempre com essa

matriz. Nos meus sets gosto de ter uma

componente de imagem real mas tam-

bém gráfica. E percebendo as métricas do

Dj set, fui construindo ao longo do tempo

um repertório de imagens destinadas às

várias fases da noite”.

JPG From Daltonic Brothers tem sido

presença regular nas noites do MusicBox,

depois de o Lux, onde esteve durante 8

anos, ter decidido pôr fim às sessões de

Vjing. Apesar de considerar que o trabalho

do Vj continua a ser pouco reconhecido

– “ainda é um lugar subalterno à figura

do Dj” – João Pedro não abdica da função:

“Neste tipo de actividade nós somos os

nossos directores criativos, o que com-

pensa o cansaço e a baixa remuneração.

Compensa também pelo facto de poder ser

um campo de experimentação, um labora-

tório. Isso dá-me muito gozo, apesar de às

vezes ser muito difícil de conciliar com os

outros afazeres profissionais”.

Para além do Vjing, João Pedro Gomes faz

videoclips, vídeos para concertos e peças

de teatro, pós-produção de filmes e até ilus-

trações para livros. E desengane-se quem

pensa que este homem vive para a noite.

“Sou uma pessoa muito noctívaga, gosto

imenso de trabalhar à noite, é a altura

em que consigo ter maior capacidade de

concentração. Mas não sou uma pessoa da

night, sou até muito caseiro. Aliás, foi o meu

trabalho no Lux que me puxou mais para

sair e para conhecer a noite”.

Page 27: Guia da Noite Lx Magazine #8

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Page 28: Guia da Noite Lx Magazine #8

26 Guia da Noite Lx magazine

Lusofonia »

“Liars”, a última criação de Inês Jacques, estreou a 31 de Outubro no CCB no

âmbito do Festival Temps D’Images e teve a participação d’ O Maquinista na con-

cepção da música. “Já conhecia o trabalho dele e sabia que era o ideal para este

projecto. Assim que a estrutura da peça ficou definida, ele fez a banda sonora de

uma assentada e ficou perfeito!”, conta.

Liars

Page 29: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 27

Lusofonia

Não só dança, como canta e desenha

coreografias. Sempre preferiu as guitarras

eléctricas ao ballet, mas é como bailarina,

coreógrafa premiada e cantora na dupla

Ela Não é Francesa Ele Não é Espanhol que

Inês Jacques nos invade os sentidos.

Como é que descobriu que queria ser

bailarina/ coreógrafa?

Foi até bastante tarde. Desde pequena

sempre gostei de música, de dança, teatro…

mas achava sempre que iria ter uma banda

rock e tocar guitarra com distorção. Não

gostava de ballet, por isso, ao contrário de

todas as raparigas da época, fui aprender

a tocar órgão. Fiz dança de modo amador

paralelamente aos estudos de música

e só aos 16, 17 anos é que comecei a levar

a dança sério. Depois foi um golpe de

sorte: candidatei-me à Escola Superior

de Dança e entrei.

Nos espectáculos que cria gosta de

explorar o conceito de “cinema ao vivo”.

Porquê? Que significado tem o cinema

no seu trabalho?

Olho para o cinema na perspectiva do

movimento, como um fenómeno de ilusão

sofisticado e uma disciplina com inúmeras

possibilidades. Tenho me interessado

por estes mecanismos que levam à ilusão

de movimento e à ideia pouco definida

de cinematografia. É esta relação entre

movimento real e um movimento ilusório,

entre dança, imagem e movimento, que

questiono em palco.

Os seus espectáculos costumam ter

uma componente de música ao vivo.

É também uma forma de juntar no

mesmo palco duas artes que lhe dizem

muito: a dança e a música?

Sem dúvida! Embora diferencie um

espectáculo de dança de um de música,

deixo que os dois universos tragam ele-

mentos um ao outro. Por outro lado, é

Inês Jacques A menina dança? Texto»

Patrícia Raimundo

Page 30: Guia da Noite Lx Magazine #8

28 Guia da Noite Lx magazine

Lusofonia

também uma questão humana. É muito

mais rico interagir com um músico do

que com um CD. O “Liars” (ver caixa) é o

primeiro trabalho em que não tenho os

músicos em palco.

Tem colaborado com músicos como

Hipnótica ou I-Wolf dos Sofa Surfers.

Que lugar ocupa para si a música,

enquanto artista?

A música é muito importante para mim.

Desde que decidi estudar dança e tomá-la

como profissão, tive de deixar a música de

lado, porque a dança exige uma disciplina

enorme e era impossível conciliar. Desde

há 6 anos para cá que ando a tentar, aos

poucos, nivelar a dedicação às duas áreas.

Ainda não consegui, mas estou perto!

Tem também um projecto musical pró-

prio com Eduardo Raon. Como surgiu o

Ela Não é Francesa Ele não é Espanhol?

A ideia surgiu quando estava no Hot

Clube. Precisava de pôr em prática o que

estava a aprender e aborreciam-me de

morte aqueles grupos de standards de

jazz que as minhas colegas faziam. Andei

à procura de um músico com quem me

interessasse trabalhar. Conheci o Eduardo

nas gravações de Reconciliation dos Hip-

nótica e mais tarde vi-o em palco e pensei:

“é este!”. Felizmente ele aceitou. Temos

planeado gravar já há algum tempo, mas

por razões de calendário temos vindo a

adiar. Se tudo correr bem lançaremos um

álbum em 2010!

Já ganhou vários prémios em Portugal

e tem apresentado os seus espectáculos

em França, Eslovénia, Rússia… Como

sente que tem sido recebido o seu traba-

lho dentro e fora de Portugal?

Na Ásia sinto que o público toma os meus

trabalhos como qualquer coisa de muito

fresco e exótico, o que não deixa de ser

engraçado, porque para nós, ocidentais,

este tipo de trabalho é muito comum. Noto

que de um modo geral oriente e ocidente

ficam sensibilizados com a delicadeza de

alguns dos meus espectáculos.

Sendo as lógicas do cinema tão pre-

sentes no seu trabalho enquanto

coreógrafa, nunca pensou trabalhar

precisamente em cinema?

Já me fiz essa pergunta um milhar de

vezes! Porque é que não faço um filme?

Até agora nunca tive vontade de fazer

um. Nem sequer tenho ideias. Porque não

penso no cinema em termos narrativos,

nem de cenas, nem diálogos. Olho para o

movimento que ele tem, para a dinâmica,

o tom. Gostaria de participar de alguma

maneira num filme, mas concebê-lo… não

está nos meus planos. Mas quem sabe…

Depois de “Liars”, que outros trabalhos

está já a preparar?

Não tenho nada muito definido. Tenho

vários alinhavados com alguns artistas

como o compositor Gonçalo Gato, a coreó-

grafa Sílvia Pinto Coelho, o bailarino

Matthew William Smith (NZ), o encenador

Charles-Eric Petit (Fr) e… ando a pensar na

possibilidade de um álbum a solo.

Page 31: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 29

Zoom »

§1

Tocam em festivais de músicas do mundo e

nas terras mais longínquas. Põem o público

em delírio e já tiveram verdadeiras invasões

de palco. Até fazem extensas “digressões

europeias”. Mas na verdade o que estes

cinco rapazes querem é dançar e ser felizes.

Tudo começou por culpa de um livro. “Uma

vez lemos O Principezinho …”, começa a

contar André Santos, o guitarrista. Não

consta que nenhuma das personagens

de Saint-Exupéry seja judia nem toque

música klezmer, por isso, Miguel Verís-

simo, o homem do clarinete, apressa-se a

repor a verdade dos factos: “Tem tudo a

ver com um livro que nos chegou às mãos

e que nós começámos a explorar”. Eram

páginas e páginas sobre o festivo e conta-

giante klezmer, género musical de origem

judaica que mistura influências e convida

à dança. Os cinco rapazes deixaram-se

cativar pela sonoridade e assim nascem

os Melech Mechaya. Pode ler-se como se

os “h” não estivessem lá, de outra forma

o nome já seria demasiado “indecorável”.

“Melech Mechaya significa ‘Reis da Ale-

gria’. Ou então rabanadas”, explica Miguel

Veríssimo. João Sovina, o contrabaixista,

insurge-se prontamente: “Então não era

pudim?! Que dia é hoje, hã?”, mas André

Santos põe água na fervura: “À segunda é

pudim, à terça é rabanadas”. Os encontros

destes 5 melechs, dentro e fora dos palcos,

são sempre assim, uma paródia pegada.

Melech MechayaQue Budja Ba esteja convosco!

Texto» Patrícia Raimundo

Fotografia» Ivo Cordeiro

Lusofonia

Page 32: Guia da Noite Lx Magazine #8

30 Guia da Noite Lx magazine

Zoom

Pode parecer difícil de acreditar, mas

André Santos, Miguel Veríssimo, João Graça,

João Sovina e Francisco Caiado não têm

qualquer relação com a cultura judaica.

“Temos noção de onde é que o klezmer

vem, da carga que tem noutros sítios, mas

não é isso que nos move”, esclarece Miguel.

Mais do que explorar referências culturais,

o que estes melechs querem mesmo é

diversão: pôr toda a gente a dançar e fazer

de cada concerto uma festa. Tocam klezmer

como poderiam tocar qualquer outro estilo

desde que isso lhes desse prazer. “O klez-

mer é sempre a nossa base, mas incluímos

sem grandes pruridos outros géneros que

às vezes calham bem, como o tango ou

o jazz. Até já tivemos um bocadinho de

samba numa das músicas! O João Graça

sambava com o arco do violino em direcção

aos céus. Era uma coisa que metia medo!”,

confessa Miguel Veríssimo. O culpado,

dizem, é o próprio Graça que ao regressar

de um estágio de um mês e meio no Brasil

trouxe consigo “a ginga do forró”, para

além do bronze e da obrigatória sunga, con-

forme faz questão de registar João Sovina.

Em palco, os Melech Mechaya juntam

todos os ingredientes para uma noite

de folia. “Depois da surpresa inicial, as

pessoas entregam-se à festa”, conta Fran-

cisco Caiado, o percussionista. Fala-se no

Festival Andanças, na Festa do Avante,

na Croácia, no inesquecível Santiago

Alquimista: os cinco têm dificuldades em

apontar o melhor de todos os concertos,

mas avançam histórias. “Como temos um

nome estrangeiro, anunciaram o concerto

no Santiago como ‘o encerramento da

digressão europeia’, mas na verdade a

digressão aconteceu 95% em Portugal e…

demos três concertos em Espanha.”, ri-se

Miguel Veríssimo. “Também

houve um concerto em que

tivemos quatro pessoas. Eram

quatro velhotes: a La Salette, o

Joaquim...”, continua divertido.

“Foi a única vez em que todo

o público subiu ao palco!”,

reforça André. Quando isto

acontece, pergunta-se o nome

a cada um dos presentes,

músicos e assistência fundem-

-se e a festa faz-se na mesma.

Com a bênção de Budja

Ba, as invasões de palco e os momentos

de verdadeira folia colectiva prometem

continuar e, quem sabe, até aconteça uma

digressão ainda mais internacional. Mas

afinal, quem é a entidade que dá nome ao

álbum de estreia deste animado quinteto?

“É a nossa deusa, a deusa da festa e da

alegria. Mas também dos pudins, das raba-

nadas, do vinho do Porto…”. De tudo o que é

bom, pois então.

João Graça (violino) é médico, Miguel Veríssimo (clarinete) é arquitecto, André Santos (guitarra) é economista, João Sovina (contrabaixo) é professor de música e Francisco Caiado (percussão) é biólogo. Quando pisam o palco, deixam de ser homens sérios e transformam-se em verdadeiros reis da folia.

Page 33: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 31

Zoom

Page 34: Guia da Noite Lx Magazine #8

32 Guia da Noite Lx magazine

Animal Social »

Page 35: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 33

Tudo começou naquele ano que ficou

conhecido como erótico: 1969. Tinha nove

anos e inventava canções “por imitação”.

Da primeira não se lembra de quase nada

a não ser que era uma mistura de duas dos

Beatles. “Sei que dizia ‘yeah yeah’ e ‘baby’.

Em inglês, claro”. “Claro” porque Gimba,

aliás, Eugénio Lopes, andava na Helen Kel-

ler, “uma escola muito prá frente”, onde se

estimulava a aprendizagem artística e das

línguas, segundo o modelo do aclamado

pedagogo João dos Santos. “Se não

houvesse aulas a gente chorava!”

Era o ano do Woodstock, do

homem na Lua, o ano em que a

britânica Lulu ganhou o Festival da Eurovi-

são. “Éramos todos tarados pela Lulu”.

Para ele, “mais do que a formação

(ou tanto como ela) a formatação é impor-

tante”. E explica: “Tive a sorte de o meu pai

ser louco por jazz. ‘Take 5’ é das primeiras

músicas de que me lembro. Cresci a ouvir

Beatles, Tom Jobim e Chico. E, claro, a Mada-

lena Iglésias”. Com três amigos, tinha uma

banda, “os Hippies do Pop”.

Gimba: “Sou o Marcelo Rebelo de Sousa destas coisas”Trinta anos a escrever canções num percurso que vai da prática à teoria

Texto» Myriam Zaluar

Animal Social

Page 36: Guia da Noite Lx Magazine #8

34 Guia da Noite Lx magazine

Animal Social

português na escrita de canções", os seus

objectivos passam pela "redução radical do

uso do inglês na música portuguesa”.

Padrinho dos Xutos, fundador dos Afonsi-

nhos do Condado, membro mais ou menos

oficial dos Irmãos Catita, dos Cavacos e

outros “agrupamentos mais ou menos

efémeros”, ao fim de vinte e

cinco anos como músico e pro-

dutor, a pouco e pouco, Gimba

afastou-se dos palcos e passou

a interessar-se pela escrita

de canções a nível teórico.

Não fazia ideia do caminho

que iria levar mas o percurso

desenhou-se por si. “Quando

comecei a estudar estas coisas

virei-me para as fonéticas”.

Actualmente anima um ateliê

de escrita de letras na Escrever-Escrever,

que já vai na “não-sei-quantésima” edição.

“Aconteceu quase por acaso. As pessoas

começaram a reparar que eu estava muito

atento a estas coisas da sílaba certa, etc.

Mostrei isto a um amigo que me convidou

para fazer umas palestras na ETIC. Mas não

era bem o público-alvo. Finalmente, decidi

montar um workshop e fui parar à ACT.

Antes, fui estudar melhor o assunto, pois

precisava de me munir. Foi como a desco-

berta de um tesouro, encontrar razões para

aquilo que eu sentia sem justificação. Uma

coisa é um instinto, uma intuição, outra é a

[sua] justificação teórica”.

Há cinco anos que se encontra a preparar

um “Songwriting Book” em português,

uma obra pioneira, para a qual entrevistou

algumas dezenas de autores de canções.

Mas não fez “nada de especial” até come-

çar a tocar viola, pelos 14 anos. Andava

então no Liceu Camões e depois, “pelos 16,

17”, e como “tinha jeito para o desenho”,

transitou para a António Arroio, que “pare-

cia a escola do Fame”. Foi ali que conheceu

Jorge Galvão, com quem mais tarde viria a

formar os Afonsinhos do Condado. Em 1978

o duo é convidado para abrir um concerto

dos Go Graal Blues Band em Lagos. Chama-

vam-se Tiro Liro e Vladimir.

Faziam “música light, para divertir”.

Isto, apesar de serem influenciados por

cantores de intervenção: Sérgio Godinho

e José Mário Branco, Bob Dylan e Simon &

Garfunkel, e sobretudo por “muito Brasil”,

“muito Chico e Caetano”, porque “até

certa altura tudo é feito por imitação”.

Referências que se faziam sentir “mais no

palavreado que na música” embora tivesse

desde muito cedo a percepção de que

“havia algo errado com o português [de

Portugal]”. Porém, embora se defina como

“estudioso compulsivo das vicissitudes do

“É verdade que existe algo de magia nisto de escrever canções. Quase todos têm uma rapidinha. Mas uma, não é o repertório todo. O resto da vida não é fornicação”.

Page 37: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 35

Animal Social

Mas uma, não é o repertório todo. O resto

da vida não é fornicação”.

Os cursos, que duram quatro semanas,

são frequentados por doze participantes

no máximo. Às vezes tem surpresas: “ Não

posso ficar deslumbrado mas há duas ou

três pessoas que se notam logo”, afirma.

A pedido de várias famílias e por neces-

sidade própria, já abriu o segundo nível.

Admite que é perfeccionista, mas consi-

dera que o Português tem muitas vezes o

defeito de não ir até ao fundo das coisas.

Refere a escola anglosaxónica: “Todos os

‘songwriting books’ americanos falam em

audiência, em concorrência. O fito é ser

comercial, ter sucesso”. E remata, brin-

cando: “Costumo dizer que sou o Marcelo

Rebelo de Sousa destas coisas”.

Um trabalho sem fim à vista. “Ao fim de

cinco anos e com 250 páginas escritas,

estou outra vez na estaca zero. Tem de ser

todo reescrito”.

Entretanto, continua a escrever, mais

para outros que para si. Uma das questões

que se coloca frequentemente é saber

como se faz. Primeiro a letra? A música?

Tudo ao mesmo tempo? “Já fiz de todas as

maneiras. Nas encomendas costumo fazer

primeiro a letra. Tem de ser um perfect

match. Palavras e melodia têm de

acasalar… Isto de escrever canções

tem muito de kamasutra”.

Do estudo aprofundado do assunto,

Gimba retira quatro regras básicas

para a escrita de canções: repetição,

familiaridade, concisão, objectividade.

Insiste na importância de trabalhar

exaustivamente o material: “É verdade

que existe algo de magia nisto de escrever

canções. Quase todos têm uma rapidinha.

“Nunca fui fanático de novidades, parei nos anos 90. Conheço muito pouco do rock

desta década e já não ouço música nova há muito tempo. Preciso de um update de

bares. Hoje em dia as coisas parecem estar como que diluídas, os próprios bares

ficaram desfocados. Nos 80/90, cada bar tinha a sua identidade: Os Pastorinhos

tinham um som, o Nova tinha outro.”

Refere o Maxime, os bailaricos da Roda de Choro. “O Hotclub sempre foi uma casa

para mim. O Op Art em noites completamente loucas. Não é que tenha deixado de

sair, faço a minha vida, ando aí. Do Lux nunca gostei muito. Gosto do Musicbox

mas tem muito fumo, incomoda-me deveras. Gosto da Tasca do Tremoço. Dançar

nunca! Quer dizer, no tempo do Kremlin lá acabava por dançar…”

Onde vai e o que ouve

Page 38: Guia da Noite Lx Magazine #8

36 Guia da Noite Lx magazine

Livre Trânsito »

“Are you somebody?”, a pergunta, quase

retórica, ecoa pela sala. De casaco com-

prido a fazer lembrar Corto Maltese, Silk, o

vocalista, repete a questão e, sem esperar

pela resposta, grita: “We are somebody!” A

banda mal entrou em palco e já meio Musi-

cBox está a dançar, ou não fosse esta uma

daquelas noites em que o funk é rei e não

há como resistir ao apelo do corpo.

Há já um ano que na última quinta-feira

do mês o MusicBox recebe o ritmo e o

groove dos Cais Sodré Funk Connection, a

banda que junta nove militantes da música

negra com a

missão de agitar

o Cais do Sodré

com contagiantes

clássicos do funk.

Alexandre Cortez,

programador do MusicBox, lançou o desa-

fio de criar uma banda residente de funk

a Tiago Santos, que ficou encarregue de

trazer os restantes para a causa. Francisco

Rebelo, colega de Tiago nos Cool Hipnoise

e baixista também nos Cacique 97, foi logo

recrutado. O baterista Rui Alves, “compa-

nheiro de longa data”, e o teclista Daniel

Lima completaram a primeira formação

da banda. “A ideia era ter uma base de

quarteto e vários cantores convidados

que iriam rodando”, conta Tiago. Fernando

Nobre a.k.a. Silk inaugurou o microfone e

CSFCIt’s too funky in here!Verdadeiros militantes da música negra, os Cais do Sodré Funk Connection conseguiram a proeza de deslocar o Apollo Theater para o Cais do Sodré. Abram as janelas, porque o ar começa a faltar por estes lados!

Texto» Patrícia Raimundo

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Guia da Noite Lx magazine 37

Livre Trânsito

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38 Guia da Noite Lx magazine

Um retrato de família é sempre um documento da relação. Os corpos das mães e dos filhos, dos avós e dos irmãos – enternecidos, entretecidos – dizem-nostudo. Dizem-nos tudo o que precisamos de saber. Coisas que não sabem que estão a dizer.Paula Moura Pinheiro

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Livre Trânsito

ficou até hoje. Os Cais Sodré Funk Connec-

tion passavam oficialmente a quinteto,

com um vocalista fixo, logo na primeira

sessão, e quem já os viu ao vivo não tem

grandes dificuldades em perceber porquê.

Em palco, de óculos escuros, cabelo

desgrenhado, calças pretas de cabedal

e blusa tigresse, Silk transpira carisma e

funk. Invoca James Brown com o seu grito

característico, dirige-se ao público e pede

“Watch me!”, como fazia o próprio padrinho

do soul, enquanto os pés deslizam a um

ritmo alucinante.

Hoje, os Cais Sodré Funk Connection têm

dois vocalistas a tempo inteiro. “A Tamin era

só para vir cantar uma canção, mas tornou-

-se tão importante para a banda que teve de

ficar”, conta Tiago Santos. Mas ainda antes

de Tamin chegar, o grupo já tinha começado

a crescer com a entrada do saxofonista

João Cabrita (Cacique 97), do trompetista

Zé Raminhos e mais recentemente Miguel

Ângelo, no trombone. “São os chamados

Bocas Lindas!”, brinca Francisco Rebelo.

Vestidos a rigor, costumam ser nove em

palco, mas “em ocasiões especiais” gostam

de receber convidados, muitos vindos do

meio hip-hop. Sara Tavares, Sam The Kid,

Messias, Bob da Rage Sense ou Sir Scratch

já celebraram o funk com eles. “Há um certo

lado de jam session nos concertos”.

Para Tiago Santos, os concertos “são

quase Dj sets de funk tocados ao vivo”.

Dançar é imperativo nas quintas-feiras dos

CSFC: “Nós somos uma banda de música

clássica de dança. O soul e o funk são

estilos de música que desde os anos 60

se faziam para dançar, que passavam nas

jukeboxes e nos clubes dos circuitos mais

pobres e underground dos EUA”.

Destas noites suadas pode esperar-se

tudo, menos os temas mais óbvios. “Não

tocamos aqueles chavões

do soul e do funk que toda

a gente toca”, reforça Fran-

cisco Rebelo. O baixista tem

razão: não é preciso inter-

pretarem “Get Up (I Feel Like

Being a) Sex Machine” para

porem a sala em delírio e a

chamar por James Brown.

O segredo está em variar

o alinhamento e surpreen-

der, diz Silk. “Do primeiro

concerto que demos só se mantém uma

música: ‘Hard To Handle’, do Otis Redding.

De resto, está tudo alterado. Quando vais

ver um espectáculo tu queres ser surpre-

endido, e aqueles que nos são fiéis têm

sempre uma novidade”, conta o vocalista.

O público dos Cais Sodré Funk Connection

não podia ser mais ecléctico, mas Tiago

Santos consegue encontrar um denomina-

dor comum a todos: a paixão pela música.

Quem ainda não deu um salto ao Apollo

Theater do Cais do Sodré tem de fazer a

experiência uma vez que seja. É que nas

veias daqueles nove não corre sangue.

Corre funk.

A banda tem já sete temas gravados e está a preparar alguns originais que pretende editar em breve em formato single. Uma colaboração com o músico americano Rickey Calloway também está nos planos do grupo.

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Um retrato de família é sempre um documento da relação. Os corpos das mães e dos filhos, dos avós e dos irmãos – enternecidos, entretecidos – dizem-nostudo. Dizem-nos tudo o que precisamos de saber. Coisas que não sabem que estão a dizer.Paula Moura Pinheiro

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40 Guia da Noite Lx magazine

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Até as coisas mais preciosas da vida merecem ser experimentadas. Estimadas. Apreciadas. Os nossos Whiskies Reserva são produzidos com total alheamento ao tempo e aos custos. São triplamente destilados, com todo o cuidado, e envelhecem em cascos de carvalho por longos e longos anos na Destilaria Jameson. Esperamos sinceramente que os valorize. Mas guardá-los? Preferíamos que não o fizesse. Jameson…too special to reserve.

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Best Of Sabores Glamour

faz figura{Alfama} R. do Paraíso, 15 B | 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço |€€€ O restaurante que faz sempre boa figura. Come-se uma excelente cozinha de fusão (especialidades portuguesas com laivos de requinte da gastronomia internacional) num terraço envidraçado com vista soberba para o Tejo. Inspire-se pela vista e pelas sugestões dos exímios chefes: folhado de queijo da Serra com mel e alecrim, Rosti de alheira de Mirandela com maçã e compota de cebola roxa, asa de raia confitada com citrinos, carré de borrego com açafrão, menta e estaladiço de couscous e, à sobremesa, um bolo de banana com chocolate quente e gelado de queijo fresco de se lhe tirar o chapéu.

stephens cru bar {Chiado} R. das Flores, 8 | 21 324 0224 | © 2ª a Sáb. 19h30/1h30 | - Dom. | €€€Eis aqui um espaço para aqueles que não têm medo de arriscar os novos sabores. Neste restaurante-bar-lounge todos os pratos levam ingredientes crus, mas isso não significa que a comida seja insossa. Na ementa há variados carpaccios – de salmão às três pimentos, figo com gelado de caramelo –, sushis, sashimis, tártaros, saladas e ostras frescas ao natural, tudo preparado com os melhores ingredientes, muita criatividade e sabor. O projecto é da equipa do Alecrim às Flores, que se esmerou em criar um ambiente moderno e trendy onde pode-se ir tanto para jantar como para tomar um copo ao som de boa música. É provar e aprovar!

flor de sal Pç. das Flores, 40 (Príncipe Real) 21 397 5065 | © 12h30/23h | - Dom. ao jantar €€€€Este restaurante concilia o profissionalismo e o ambiente descontraído com um serviço eficiente. O chefe brasileiro, Márcio Honorato, criou uma ementa em que predomina a mistura de sabores e temperos inusitados que muda conforme a estação e o horário: ao almoço, as refeições são mais ligeiras, com inúmeras opções de saladas, ao jantar aposta-se numa ementa mais elaborada na qual destacamos os risottos (de limão ou de pato) e o lombo Flor de Sal.

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42 Guia da Noite Lx magazine

Best Of Sabores Gourmet

lust{Rato} R. da Escola Politécnica, 275 | 21 387 0648 | © 19h30/1h | - Dom. | €€€ Com um conceito que integra num mesmo espaço um restaurante, uma loja biogourmet, bar e sala de exposições, o Lust destaca-se por aliar as artes à

gastronomia. Aqui há menus de grupo com ementas específicas, mas também se pode escolher um dos pratos à la carte como o risotto de caril com mariscos perfumados com funcho ou a dourada fresca em caldo de manjericão com arroz basmati, espinafres vermelhos e mexilhão. Ao fim-de-semana o Lust tem sempre Dj’s para animar a noite depois do jantar e, de quando em vez, prepara umas sugestivas noites temáticas.

cantina lx{Alcântara} R. Rodrigues Faria, 103 | 21 362 8239 | © 2ª a 6ª 9h30/23h; Sáb. 19h/23h | - Dom | €€Situada dentro do complexo Lx Factory, em Alcântara, a Cantina Lx possui uma ampla sala decorada com cadeiras coloridas e antigas mesas reaproveitadas. Ao utilizar o que restou da antiga Gráfica Mirandela, criou-se um ambiente descontraído e cativante. Sabe bem olhar para as múltiplas ferramentas que decoram o espaço e imaginar que funcionalidades tiveram durante a vida activa. Neste restaurante-cantina é possível comer refeições caseiras por dez euros (que incluem prato, imperial e café).

aqui há peixe {Chiado} R. da Trindade, 18 A | 21 343 2154 | © 3ª a 6ª 12h/15h; Sáb. Dom. 18h/2h | - 2ª | €€€De Comporta para o coração de Lisboa, em pleno Chiado. Esta é a nova morada do Aqui Há Peixe que mantém o mesmo espírito descontraído e com o mesmo lema do “Prazer de Bem Servir”. O Chefe Miguel Reino vai diariamente ao mercado 31 de Janeiro, no Saldanha, para escolher os peixes, mariscos e legumes que irão compor a ementa do dia.

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44 Guia da Noite Lx magazine

Best Of SabBest Of Sabores do Mundo

everest montanha{Alvalade} Av. do Brasil, 130C | 21 847 3195 | © 12h/15h; 19h/23h30 | €€À primeira vista pode não parecer em nada diferente dos restaurantes indianos tradicionais. Mas, à medida que se vão descobrindo os sabores que este pequeno restaurante oferece, apercebemo-nos da individualidade da cozinha nepalesa. Com pratos bem confeccionados a preços bastante acessíveis, este é, sem dúvida, um local a visitar quando nos apetece sabores diferentes num ambiente informal e despretensioso. Como qualquer restaurante indiano que se preze, o serviço é simpático e eficiente.

café buenos aires{Av. da Liberdade} Escadinhas do Duque, 31 B | 21 342 0739 | © 18h/24h; Sáb. e Dom. 15h/24h | - 2ª | €€€Pequeno espaço acolhedor ao espírito do café argentino e com decoração a condizer. O país das Pampas e do Tango está ainda representado na lista de vinhos,

e na ementa (com o bife argentino), que quase sempre inclui ainda pratos de outros diferentes locais do Mundo. No dia em que visitámos o Café Buenos Aires, alguns dos nomes eram bem apelativos: salada boyarde com bleu d´Auvergne e ovo a cavalo; agnelotti de ricotta e noz, lasanha de cogumelos ao porto. Os enormes e suculentos bifes são imperdíveis. Único senão: o serviço demorado quando a casa está cheia.

il sorriso – trattoria{Príncipe Real} R. Dom Pedro V, 52 | 21 343 2389 | © 12h/15h; 18h/1h | €€€ | UMuito próximo de um dos miradouros mais belos da capital, situa-se este simpático restaurante que quase nos passou desapercebido. Quase, porque na verdade trata-se de em verdadeiro restaurante italiano, com uma ementa que inclui os melhores sabores desta cozinha. Desde as bruschettas, passando pelos deliciosos risottos, pastas secas e frescas, mariscos, peixes e carnes, tudo aqui é confeccionado com ingredientes de primeira qualidade, não fosse esta casa dos

mesmos proprietários do conhecido El Gordo. A decoração remete-nos para imaginário cinematográfico italiano, cobrindo as paredes com posters de filmes clássicos como La Dolce Vita, de Federico Fellini. Não se trata de um restaurante barato, mas a relação qualidade-preço é mais do que justa. Vale a pena conferir.

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46 Guia da Noite Lx magazine

Best Of Noites Trendy

clube da esquina {Bairro Alto} R. da Barroca, 30 | 21 342 7149 | © 21h30/2h

Para quem se lembra, este espaço foi em tempos a Casa de Loucos. Um bar de características familiares que também fez história pela enchente de noctívagos que aqui se reunia. A nova gerência apostou num conceito inovador: oferecer uma programação musical que incluía a actuação de um Dj diferente todos os dias. Hoje, essa rotação musical é praticamente um must nos bares do Bairro Alto. Mas, nessa altura, o Clube da Esquina instituiu uma nova forma de oferecer música. E fizeram-no bem porque, em pouco tempo, os noctívagos aderiram a esta diversidade de sonoridades e esta esquina tornou-se um ponto de encontro privilegiado para noctívagos de diferentes “estirpes” e faixas etárias.

portas do sol{Castelo} Lgo. Portas do Sol | 91 754 7721 | © 10h/24h; 6ª e Sab. até 2h | €€€Na fronteira entre Alfama e o Castelo, nasceu uma enorme esplanada que nos convida a espreguiçar num dos inúmeros sofás pretos ou a beber um cocktail com os olhos postos no rio. Tomás Collares Pereira e Miguel Cristo apostaram numa decoração minimalista em tons de preto e branco e souberam tirar partido da deslumbrante vista sobre o Tejo revestindo as paredes do espaço interior de enormes vidraças. Aberta todos os dias, esta esplanada oferece uma ementa de sabores mediterrânicos onde se destacam as irrecusáveis sopas, as sandes gigantes de rosbife, salmão ou frango, as saladas e as tábuas de queijos e enchidos para petiscar ao pôr-do-sol. O mais recente spot lisboeta fica localizado num dos mais belos miradouros da capital que lhe empresta o nome: Portas do Sol.

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Best Of Noites Cool

lounge bar {Cais do Sodré} R. da Moeda, 1 | 21 846 2101 | © 21h/4h; 6ª e Sáb. 22h/4h | - 2ª Num cenário a atirar para o kafkiano, num beco escuro e esconso, o Lounge destoa dos seus congéneres pelo minimalismo. Sem pretensiosismos, apostou num conceito em que o que importa é o ambiente, sendo este fundamentalmente criado pelas pessoas que o frequentam. Como tal, a decoração é despojada, com algumas mesas e cadeiras dispersas e um balcão corrido em mármore dificilmente perceptível quando o espaço está apinhado. A clientela não poderia ser senão jovem e pouco sofisticada, não olhando à aparente falta de conforto. Excelente programação musical.

meninos do rio{Cais do Sodré} R. da Cintura do Porto de Lisboa, Arm. 255 | 21 322 0070 | © 12h30/4h | €€€Já com 7 anos de vida, o Meninos do Rio continua a ser um espaço incontornável na restauração e na diversão de Lisboa. Situado mesmo ao lado da estação fluvial do Cais do Sodré, possui uma vista arrebatadora sobre o Tejo. Com várias esplanadas, um restaurante e um sushi bar, este é o espaço ideal para um fim de tarde relaxante. Para isso contribui a atmosfera descontraída e uma decoração despretensiosa, com espreguiçadeiras que nos convidam a dar dois dedos de conversa. Nas noites quentes de Verão, a tranquila esplanada dá lugar a uma pista de dança animada, mas também no Inverno os Dj’s da casa põem todos a dançar. O Meninos do Rio está aberto todos os dias e é possível jantar até às 23h. O serviço muito lento precisa ser aprimorado.

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50 Guia da Noite Lx magazine

Best Of Noites ao Vivo

clube de fado{Alfama} R. São. João da Praça, 94 | 21 888 2694 | © 20h/2h | €€€Um dos mais prestigiados locais reservado aos amantes do fado, o Clube de Fado de S. João da Praça é também um dos clubes onde menos se sente a atmosfera turística usual nos “templos do fado”. O elenco da casa inclui nomes bem conhecidos da nossa praça como Alcindo de Carvalho, Cuca Roseta, Rodrigo Costa Félix, Luísa Rocha, Miguel Capucho ou Joana Amendoeira. Situado mesmo junto à Sé-Catedral de Lisboa, o Clube de Fado é um espaço muito acolhedor de traça antiga e está muito bem recuperado. Se gostas de fado este é, sem dúvida, um dos locais

incontornáveis para escutar os mais conhecidos fadistas da nova geração. Se quiseres também podes optar por jantar com a tua cara-metade. Os jantares são servidos a partir das 20h e os espectáculos têm início às 21h30.

santiago alquimista{Castelo} R. de Santiago, 19 | 21 888 4503 | © 5ª a Sáb. 18h/4hO segredo para o sucesso deste clube musical reside no facto de ser uma das poucas salas de concertos da capital e, claro, a qualidade da sua programação. Para além do espaço inspirador (dois pisos eximiamente recuperados), do ambiente descontraído, dos seus concertos, este original café-teatro ainda é palco para exposições, tertúlias ou conferências. É que, se a traça do espaço remete para tempos históricos, as sonoridades e actividades culturais que aqui se proporcionam são as mais actuais. Mantenha-se atento.

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Seja

resp

onsá

vel.

Beba

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mod

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ão

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52 Guia da Noite Lx magazine

Best Of Noites de Dança

clube rua {Bairro Alto} R. da Barroca, 111 | © 3ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. e 2ªPoderia ser apenas mais um bar-discoteca no Bairro Alto, mas não é. Isso porque o proprietário, Filipe Sequeira, não queria apenas abrir outro bar com bebidas baratas, o seu objectivo foi mais ambicioso: melhorar a noite do Bairro Alto, tornando-a mais atractiva e profissional. Por essa razão, ao abrir o Clube Rua – situado exactamente onde funcionaram o Napron e o Três Pastorinhos –, Filipe preocupou-se em diferenciá- -lo. Além da remodelação, que deu ao espaço uma sensação de amplitude ao utilizar portadas de vidro e poucos móveis, há uma escolha cuidada de Dj’s e uma carta de cocktails de se lhe tirar o chapéu (não deixem de provar o Mojito e o Long Island). O Bairro Alto bem merecia um espaço com preços acessíveis (drinks a 5€), a qualidade e o profissionalismo do Clube Rua.

ko-zee {Santos} Cç. Marquês de Abrante, 142 | 91 469 6795 | © 4ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. a 3ªNo meio da enorme oferta de bares “adolescentes”, em Santos há um lugar que está a fazer a diferença. No Ko-Zee menores de 21 anos não entram e o ambiente é cuidado e acolhedor, com uma decoração que mistura elementos orientais com o melhor estilo europeu. A música aqui não é deixada ao acaso, ou não estivesse o espaço ligado à editora Safari Electronique, criada pelo proprietário, o Dj e produtor James Warren. Dos sons do mundo ao house mais underground, passando pelo nu-jazz, funk ou dubstep, o clube proporciona uma selecção musical refinada. Para além da boa música, capaz de agradar ao mais exigente dos ouvintes, há também deliciosos cocktails experimentais a não perder.

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54 Guia da Noite Lx magazine

881 0320 | © 12h30/14h30;

20h/23h30 | - Dom.; 2ª

almoço | €€€€ | UBlues {Internacional} R. da

Cintura do Porto, 226 (Rocha

Conde d’Óbidos) 21 395 7085

| © 20h/1h | - Dom.; 2ª | €€€€

| UBocca {Internacional} R.

Rodrigo da Fonseca, 87D

(Rato) 21 380 8383 | © 3ª a 5ª

12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e

Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e

feriados | €€€€ | UBota Alta {Portuguesa}

Tv. da Queimada, 37 (Bairro

Alto) 21 342 7959 | © 12h/15h;

19h/22h30 | - Sáb. ao almoço;

Dom. | €€€

Brasuca R. João Pereira da

Rosa, 7 (Bairro Alto) 21 322

0740 | © 12h/15h; 19h/23h |

- 2ª ao almoço | €€

Bubbly {Internacional} R. da

Barroca, 106 (Bairro Alto) 21

155 6042 | © 3ª a Sab. 12h/15h;

20h/2h (cozinha até 0h30) |

- Dom. e 2ª | €€€€

Café Buenos Aires

{Argentina} Escadinhas do

Duque, 31 B

(Av. da Liberdade) 21 342 0739 |

© 18h/24h; Sáb. e Dom.

15h/24h | - 2ª | €€

Café In {Portuguesa} Av.

Brasília, Pav. Nascente, 311

(Belém) 21 362 6248 |

© 12h/24h | €€ | UCafé no Chiado

{Internacional} Lg. do

Picadeiro, 11-12 (Chiado)

Restaurantes e Cafés

1º Maio {Portuguesa} R. da

Atalaia, 8 (Bairro Alto) 21 342

6840 | © 12h/15h; 19h/23h |

- Sáb. jantar; Dom. | €€

100 Maneiras R. do Teixeira,

35 (Bairro Alto) 21 483 5394 |

© 20h/2h | - Dom. | €€€€

Afreudite {Internacional}

Passeio das Garças, Lt. 439, Lj.

1J (Pq. das Nações) 21 894 0660

| © 20h/24h | - Dom. | €€€

Agra {Indiano} R. da Graça, 65

(Graça) 93 955 4013 |

© 12h/22h | - 2ª | €€

Alcântara-Café

{Internacional} R. Maria Luísa

Holstein, 15 (Alcântara) 21 363

7176 | © 20h/1h | €€€€

Alecrim às Flores

{Portuguesa} Tv. do Alecrim,

4 (Cais do Sodré) 21 322 5368

| © 12h30/15h; 19h30/24h |

€€ | UAlfândega {Portuguesa} R. da

Alfândega, 98 (Baixa) 21 886

1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom.

almoço | €€€ | UAli-à-Papa {Árabe} R. da

Atalaia, 95 (Bairro Alto) 21 347

41 43 | © 19h30/1h | - 3ª | €€

Alma {Internacional} Cç.

Marquês de Abrantes, 92

(Santos) | 21 396 3527 | © 3ª

a Sáb. 19h30/24h | - Dom. e

2ª | €€€€

Amo.te Lisboa {Internacional}

Pç. D. Pedro IV - Teatro

Nacional D. Maria II (Rossio)

21 342 0668 | © 10h/1h; 5ª a

Sáb. até 2h | - Dom. | €€€

Aqui Há Peixe {Internacional}

R. da Trindade, 18 A (Chiado)

21 343 2154 | © 3ª a 6ª 12h/15h;

Sáb. Dom. 18h/2h | - 2ª | €€€

Assuka {Japonesa} R. S.

Sebastião, 150 (Pq. Eduardo

VII) 21 314 9345 | © 12h/23h

| - Dom. | €€€€

Aya {Japonesa} R. Campolide,

531, Galerias Twin Towers,

Piso 0/Lj 1.56 (Campolide)

21 727 1155 | © 12h30/15h;

19h/23h | - Dom. almoço; 2ª |

€€€€ | UBanThai {Tailandesa} R.

Fradesso da Silveira, 2 Lj. Dt

(Alcântara) 21 362 1184 |

© 12h/15h30; 19h30/23h30 |

- Dom. | €€€ | UBarra Ibérica {Espanhola} Cç.

da Ajuda, 250 (Ajuda) 21 362

6010 | © 19h30/1h | - Dom. |

€€ | UBBC - Belém Bar Café

{Internacional} Av. Brasília,

Pavilhão Poente (Belém) 21

362 4232 | © 20h/3h | - Dom.

| €€€ | UBengal Tandoori {Indiana}

R. da Alegria, 23 (Av. da

Liberdade) 21 347 9918 |

© 12h/15h; 18h/24h | €€ | UBica do Sapato

{Internacional} Av. Infante

D. Henrique, Arm. B, Cais

da Pedra (Sta Apolónia) 21

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

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Guia da Noite Lx magazine 55

21 346 0501 | © 11h/2h |

- Dom. | €€

Café Royale {Internacional}

Lg. Rafael Bordalo Pinheiro,

29 (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª

a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h

| €€

Café S. Bento {Portuguesa}

R. de S. Bento, 212 (S. Bento)

21 395 2911 | © 18h/2h |

- Dom. | €€€ | UCalcutá {Indiana} R. do Norte,

17-19 (Bairro Alto) 21 342 8295 |

© 12h/15h; 18h30/23h | - Sáb.;

Dom. | €€

Camponesa (A)

{Internacional} R. Marechal

Saldanha, 23-25 (Bairro Alto)

21 346 4791 | © 12h30/15h;

19h30/23h | - Sáb. ao almoço;

Dom. | €€

Cantina Lx {Portuguesa}

R. Rodrigues Faria, 103

(Alcântara) 21 362 8239 | © 2ª

a 6ª 9h30/23h; Sáb. 19h/23h

| - Dom | €€

Cantinho da Paz {Indiana} R.

da Paz, 4 (Santos) 21 396 9698

| © 12h30/15h; 19h30/23h | -

Dom. | €€€

Cantinho das Gáveas

{Portuguesa} R. das Gáveas,

82 (Bairro Alto) 21 342 6460 |

© 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb.

ao almoço; Dom. | €€€

Casa da Comida

{Internacional} Tv. das

Amoreiras, 1 (Rato) 21 388

5376 | © 13h/15h; 20h/24h

| - Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço |

€€€€€ | U

Casa da Morna {Africana} R.

Rodrigues Faria, 21 (Alcântara)

21 364 6399 | © 19h30h/2h |

- Dom. | €€

Casa do Alentejo

{Portuguesa} R. das Portas de

Stº Antão, 58 (Baixa) 21 340

5140 | © 12h/15h; 19h/23h | €€

Casa do Algarve

{Internacional} Lg. da

Academia de Belas Artes, 14,

r/c (Bairro Alto) © 12h/16h30;

19h/23h30 | - Dom. | €€

Casa México {Mexicana}

Av. D. Carlos I, 140 (S. Bento)

21 396 5500 | © 2ª a 6ª 13h/15h;

Dom. a 4ª 20h/1h; 5ª a Sáb.

20h/2h | €€€

Casanostra {Italiana} Tv. do

Poço da Cidade, 60 (Bairro

Alto) 21 342 5931 | © 12h/15h;

20h/23h | - Sáb. ao almoço; 2ª

| €€€ | UCasanova {Italiana} Cais

da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta

Apolónia) 21 887 7532 |

© 12h30/1h30 | - 2ª e 3ª ao

almoço | €€€ | U

Cervejaria da Trindade

{Portuguesa} R. Nova da

Trindade, 20 (Bairro Alto) 21 342

3506 | © 12h/24h30 | €€€ | UChafariz do Vinho (Enoteca)

{Internacional} R. da Mãe

d’Água à Pç. da Alegria

(Príncipe Real) 21 342 2079 |

© 18h/2h | - 2ª | €€

Charcutaria (II) (A)

{Portuguesa} R. do Alecrim,

47 A (Bairro Alto) 21 342 3845

| © 12h30/15h30; 19h30/23h

| - Sáb. ao almoço; Dom. |

€€€€ | UCome Prima {Italiana} R. do

Olival, 258 (Lapa) 21 397 1287 |

© 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb.

ao almoço; Dom. | €€ | UComida de Santo {Brasileira}

Cç. Engº Miguel Pais, 39

(Príncipe Real) 21 396 3339 |

© 12h30/15h30; 19h30/1h | €€€

Confraria – York House (A)

{Internacional} R. das Janelas

Verdes, 32 - 1.º (Janelas Verdes)

21 396 2435 | © 12h30/16h;

19h30/22h30 | €€€€

Uma noite com

X-Acto Dj

Paragens obrigatórias

Café: Noobai / Esplanada da Graça

Restaurante: Indian Palace

Bar: Mini-Mercado

Discoteca: MusicBox

Page 58: Guia da Noite Lx Magazine #8

56 Guia da Noite Lx magazine

Cop’ 3 {Portuguesa} Lg.

Vitorino Damásio, 3 (Santos)

21 397 3094 | © 12h30/23h30

| - Sáb. ao almoço; Dom. |

€€€€ | UDeliDelux {Café} Av. Infante

D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta

Apolónia) 21 886 2070 |

© 3ª a 5ª 12h/20h; 6ª 12h/22h;

Sáb. 10h/22h; Dom. 10h/20h

| - 2ª | €€€

Divina Comida {Portuguesa}

Lg. de S. Martinho, 6-7

(Alfama) 21 887 5599 |

© 12h/1h | €€

Espalha Brasas {Portuguesa}

Doca de Stº.Amaro, Arm. 9

(Docas) 21 396 2059 | © 12h/2h

| - Dom. | €€€

Doca do Espanhol

{Portuguesa} Galeria do

Museu da Cera, Arm. 2, Lj. 12-17

(Docas) 21 393 2600 |

© 12h30/16h; 19h30/24h |

- Dom.; 2ª ao jantar | €€€ |

UDom Pomodoro {Italiana}

Doca de Sto Amaro, Arm. 13

(Docas) 21 390 9353 | © 12h/2h

| €€€ | U

El Gordo II {Espanhola} Tv.

dos Fiéis de Deus, 28 (Bairro

Alto) 21 342 6372 | © 17h/2h

| - 2ª | €€€

El Último Tango {Argentina}

R. Diário de Notícias, 62 (Bairro

Alto) 21 342 0341 | © 19h30/23h

| - Dom. | €€€ | U

Eleven {Internacional} R.

Marquês da Fronteira (Pq.

Eduardo VII) 21 386 21 11 |

© 12h30/15h; 19h30/23h |

- Dom.; 2ª | €€€€

Esperança {Italiana} R. do

Norte, 95 (Bairro Alto) 21 343

2027 | © 13h/16h; 20h/2h |

- 2ª; 3ª ao almoço | €€€

Estrela da Bica

{Internacional} Tv. do Cabral,

33 (Bica) 21 347 3310 |

© 19h/23h; 6ª e Sáb. até 24h

| - 2ª | €€

Everest Montanha

{Nepalesa} Av do Brasil, 130C

(Alvalade) 21 847 3195 | ©

12h/15h; 19h/23h30 | €€

Farah’s Tandoori {Indiana}

R. de Santana à Lapa, 73 B

(Lapa) 21 390 9219 | © 12h/15h;

19h/22h30 | - 3ª | €€

Faz Figura {Portuguesa}

R. do Paraíso, 15 B (Alfama)

21 886 89 81 | © 12h30/15h;

20h30/23h | - 2ª ao almoço |

€€€ | UFidalgo {Portuguesa} R. da

Barroca, 27-31 (Bairro Alto) 21

342 29 00 | © 12h/15h; 19h/23h

| - Dom. | €€€

Flor da Laranja {Marroquina}

R. da Rosa, 206 (Bairro Alto) 21

342 2996 | © 12h/15h; 20h/24h

| - Dom.; 2ª ao almoço | €€

Flor de Sal {Internacional} Pç.

das Flores, 40 (Príncipe Real)

21 397 5065 | © 12h30/23h

| - 2ª | €€€€

Flores {Internacional} R.

das Flores, 116 (Bairro Alto)

21 340 8252 | © 12h30/15h;

19h30h23h | €€€€

Floresta do Calhariz

{Portuguesa} R. Luz Soriano, 7

(Bairro Alto) 21 342 5733 |

© 12h/23h | - Dom. | €€ | UFusion Sushi {Japonesa} Lg.

de Santos, 5 (Santos) 21 395

5820 | © 12h30/15h; 20h/23h;

6ª e Sáb. até 24h | - Sáb. ao

Almoço; Dom. | €€€€

Gambrinus {Portuguesa} R.

das Portas de Sto Antão, 23

(Restauradores) 21 342 1466 |

© 12h/1h30 | €€€€€ | UGemelli {Italiana} R. Nova da

Piedade, 99 (S. Bento) 21 395

2552 | © 12h30/14h30; 20h/24h

| - Dom.; 2ª | €€€€

Haweli Tandoori {Indiana} Tv.

do Monte, 14 (Graça) 21 886

Uma noite com

João Branco KyronMúsico O Maquinista e Hipnótica

Paragens obrigatórias

Café: Noobai

Restaurante: Rock'n Sushi

Bar: Bicaense

Discoteca: Lux

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 59: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 57

La Paparrucha {Argentina}

R. D. Pedro V (Príncipe Real)

21 342 5333 | © 12h/15h;

19h30/24h30 | €€€ | ULucca {Italiana} Trav.

Henrique Cardoso, 19-B

(Alvalade) 21 797 2687

| © 12h/15h; 19h/1h | - 4ª

| €€€ | ULust {Internacional} R. da

Escola Politécnica, 275 (Rato)

21 387 0648 | © 19h30/1h | -

Dom. | €€

Mar Adentro {Internacional}

R. do Alecrim, 35 (Cais do

Sodré) 21 346 9158 |

© 10h/23h; sáb. 14h/24h; Dom.

14h/22h | €€

Mercearia {Portuguesa} R. da

Madre, 72 (Madragoa) 21 397

7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h

| - Dom. ao almoço; 3ª | €€

Mesa de Frades {Casa de

Fado} R. dos Remédios, 139 A

(Alfama) 91 702 9436 |

© 10h/2h | - Dom. e 3ª | €€€

Montado {Portuguesa} Cç.

Marquês de Abrantes, 40

(Santos) 21 390 9185 |

© 12h/2h | - 2ª e Dom. | €€€

7713 | © 12h/15h; 19h/22h30

| - 3ª | €€

Il Sorriso - Trattoria

{Italiana} R. Dom Pedro V, 52

(Príncipe Real) 21 343 2389 |

© 12h30/15h; 19h30/1h | €€€

| UImpério dos Sentidos

{Internacional} R. da Atalaia,

35 (Bairro Alto) 21 343 1822 |

© 20h/2h | - 2ª | €€€

Jardim dos Sentidos

{Vegetariana} R. da Mãe

d´Água, 3 (Av. da Liberdade)

21 342 3670 | © 12h/15h;

19h/22h | - Sáb. ao almoço;

Dom. | €€ | UKaffeehaus {Austríaca} R.

Anchieta, 3 (Chiado) 21 095

6828 | © 11h/24h; 6ª e Sáb.

11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª

| €€

Kais {Internacional} R. da

Cintura - Cais da Viscondessa

(Rocha Conde d’Óbidos) 21 393

2930 | © 20h/23h30 | - Dom. |

€€€€ | UKoi Sushi Trav. Fradesso da

Silveira, 4 Lj B (Alcântara) 21

364 0391 | © 2ª a 6ª 12h/15h;

20h/24h; Sáb. 20h/24h | - Sáb.

ao almoço; Dom. | €€€

La Brasserie de l’Entrecôte

{Francesa} R. do Alecrim, 117

(Bairro Alto) 21 347 3616 | ©

12h30/15h30; 20h30/24h | €€€

La Moneda {Internacional}

R. da Moeda, 1C (Santos) 21

390 8012 | © 10h/2h | - Dom.

| €€€ | U

Nariz de Vinho Tinto

{Portuguesa} R. do Conde,

75 (Lapa) 21 395 3035 |

© 12h45/15h; 19h45h/23h |

- Sáb. e Dom. almoço; 2ª

| €€€€

New Wok {Asiática} R. Capelo,

24 (Chiado) 21 347 7189 |

© 12h/15h; 20h/24h | €€€

Noobai Café {Café} Miradouro

do Adamastor (Sta Catarina) 21

346 5014 | © 12h/24h | €€ | UNood {Asiática} Lg. Rafael

Bordalo Pinheiro, 20B (Chiado)

21 347 4141 | © 12h/24h | €€€

| UNovo Bonsai {Japonesa} R.

da Rosa, 244 (Bairro Alto)

21 346 2515 | © 12h30/14h;

19h30/22h30 | - Dom. | €€€

Olivier Café {Internacional} R.

do Alecrim, 23 (Cais do Sodré)

21 342 2916 | © 20h/1h |

- Dom. | €€€ | UOriente Chiado {Vegetariana}

R. Ivens, 28 (Chiado) 21 343 1530

| © 12h/15h; 19h30/22h30 | €€€

Uma noite com

Pedro VieiraIlustrador

Paragens obrigatórias

Café: Centro Ideal da Graça

Restaurante: A Tapadinha

Bar: Catacumbas

Discoteca: Incógnito

Page 60: Guia da Noite Lx Magazine #8

58 Guia da Noite Lx magazine

Ozeki {Japonesa} R. Vieira da

Silva, 66 (Alcântara) 21 390

8174 | © 12h/15h; 19h30/23h30

| - Sáb. e Dom. almoço | €€€

Paladar - Cozinha

de Mercado {Internacional}

Cç. do Duque, 43 A (Bairro

Alto) 21 342 3097 | © 19h30/2h

| - Dom. | €€€

Pap’Açorda {Portuguesa} R.

da Atalaia, 57-59 (Bairro Alto)

21 346 4811 | © 12h/14h30;

20h/23h30 | - Dom.; 2ª | €€€€

| UPedro das Arábias

{Marroquina} R. da Atalaia, 70

(Bairro Alto) 21 346 8494 |

© 19h30/1h | - Dom. | €€

Picanha {Brasileira} R. das

Janelas Verdes, 96 (Santos)

21 397 5401 | © 12h/15h;

19h30/24h | - Sáb.; Dom. ao

almoço | €€€ | UPitéu (O) {Portuguesa} Lg. da

Graça (Graça) 21 887 10 67 |

© 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb.

ao jantar; Dom. | €€

Pizzeria Mezzogiorno

{Italiana} R. Garrett, 19

(Chiado) 21 342 1500 |

© 12h30/15h30; 19h30/24h |

- Dom.; 2ª almoço | €€ | URestaurante da Trindade

{Portuguesa} R. Nova da

Trindade, 10 (Bairro Alto) ©

12h/15h; 19h/22h | - Dom | €€

Restô do Chapitô

{Internacional} R. Costa do

Castelo, 7 (Castelo) 21 886

7334 | © 2ª a 6ª 19h30/2h;

Sáb., Dom. e feriados 12h/2h

| €€€ | URock’n Sushi {Japonesa} R.

Fradesso da Silveira, Bl. C

(Alcântara) 21 362 0513 |

© 12h/15h; 20h/2h | €€€

Rosa da Rua {Portuguesa}

R. da Rosa, 265 (Bairro Alto)

21 343 2195 | © 12h30/15h;

16h30h/24h30 | - 2ª | €€€€

| USanto António de Alfama

{Internacional} Beco de S.

Miguel, 7 (Alfama) 21 888 1328

| © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª |

€€€ | USenhora Mãe {Internacional}

Lg. de São Martinho, 6 (Alfama)

21 887 5599 | © 12h30/24h; 6ª e

Sáb. até às 2h | - 3ª | €€€ | U

Sinal Vermelho {Portuguesa}

R. das Gáveas, 89 (Bairro

Alto) 21 343 1281 | © 12h/15h;

20h/1h | - Dom. | €€

Snob {Internacional} R. do

Século, 178 (Príncipe Real)

21 346 37 23 | © 16h30/3h |

€€€ | USofisticato {Italiana} R. São

João da Mata, 27 (Santos) 21

396 53 77 | © 19h30/23h; 6ª e

Sáb. até 24h | - 2ª | €€€€

Sokuthai {Tailandesa} R. da

Atalaia, 77 (Bairro Alto) 21 343

2159 | © 20h/2h | - Dom. | €€€

Sommer {Internacional}

R. da Moeda, 1-K (Santos)

21 390 5558 | © 20h/24h; 5ª a

Sáb. até 2h | - Dom. | €€€€

Spot Lx {Internacional} Al. dos

Oceanos (Pq. das Nações) 21

892 9043 | © 18h/3h | €€€€

Stephens Cru Bar R. das

Flores, 8 (Chiado) 21 324 0224

| © 2ª a Sáb. 19h30/1h30 | -

Dom. | €€€

Stop do Bairro {Portuguesa}

R. Tenente Ferreira Durão, 55

(Campo de Ourique) 21 388

8856 | © 12h/15h30; 19h/23h

| - 2ª | €€ | USucre {Internacional} R. Sousa

Martins, 14 D (Saldanha) 21

314 7252 | © 12h30/15h30;

20h/22h30 | - Dom.; 2ª a 4ª ao

jantar | €€€

Sul {Internacional} R. do

Norte, 13 (Bairro Alto) 21 346

2449 | © 12h/15h; 20h/2h

| - 2ª | €€€

Uma noite com

Daniela Coutinho Responsável Comunicação Ondajazz

Paragens obrigatórias

Esplanada: Príncipe Real

Restaurante: Lucca

Bar: OndaJazz

Discoteca: MusicBox

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 61: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 59

Sushi Lounge (Estado

Líquido) {Japonesa} Lg. de

Santos, 5 A (Santos) 21 397 2022

| © 20h/3h | €€€

Taberna do Chiado

{Portuguesa} Cç. Nova de São

Francisco, 2A (Chiado) 21 347

4289 | © 12h/23h | €€€ | UTaberna Ideal {Portuguesa}

R. da Esperança, 112 (Santos)

21 396 2744 | © 3ª e 6ª das

19h/2h; Sáb. e Dom. 13h30/2h

| - 2ª | €€

Tamarind {Indiana} R. da

Glória, 43 (Baixa) 21 346 6080 |

© 2ª a 6ª 11h30/15h;

18h30/23h30: Sáb. e Dom.

ao almoço | €€€

Tapadinha (A) {Russa} Cç. da

Tapada, 41 A (Alcântara) 21

364 0482 | © 12h/15h; 20h/2h

| - Dom. | €€€

Tasca da Esquina

{Portuguesa} R. Domingos

Sequeira, 41C (Campo de

Ourique) 21 099 3939 | ©

12h30/24h | - Dom. e 2ª

(almoço) | €€€€

Tavares Rico {Internacional}

R. da Misericórdia, 37 (Chiado)

21 342 1112 | © 12h30/14h30;

19h30/22h30 | - Dom. | €€€€€

Tibetanos (Os) {Vegetariana}

R. do Salitre, 117 (Rato) 21 314

2038 | © 12h/14h; 19h30/21h30

| - Dom. | €€€

Tokyo-Lisboa {Japonesa} Cç.

do Sacramento, 34-36 (Chiado)

21 346 9308 | © 12h/15h;

19h/23h | - Sáb.; Dom. ao

almoço | €€€

Toma Lá Dá Cá {Portuguesa}

Tv. do Sequeiro, 38 (Bairro

Alto) 21 347 9243 | © 12h/24h

| - Dom. | €€

Travessa (A) {Belga} Tv.

Convento Bernardas, 12

(Santos) 21 394 0800 |

© 12h30/15h; 20h/24h | - Sáb.

ao almoço; Dom. | €€€€

Tsuki {Japonesa} R. Nova de S.

Mamede, 18 (Príncipe Real) 21

397 5723 | © 12h/15h ; 20h/02h

| - 2ª e Sáb. ao almoço | €€€

Txakoli {Basca} R. São Pedro

de Alcântara, 65 (Bairro Alto)

21 347 8205 | © Dom. a 4ª

12h/1h; 5ª a Sáb. 12h/2h | €€€

Uai! {Brasileira} Cais das

Oficinas, Arm. 114 (Rocha

Conde d’Óbidos) 21 390 0111 |

© 13h/15h; 20h/23h | - 3ª e 4ª

ao almoço; 2ª | €€€

Varanda da União

{Internacional} R. Castilho,

14C, 7º (Pq. Eduardo VII)

21 314 1045 | © 12h/15h30;

19h30/23h30 | - Dom. | €€€€

Vela Latina {Internacional}

Doca do Bom Sucesso (Belém)

21 301 7118 | © 12h30/15h;

20h/22h30 | - Dom. | €€€€

| UVelha Gruta {Internacional}

R. da Horta Seca, 1B (Bairro

Alto) 21 342 4379 | © 20h/24h

| - Dom. | €€€ | UVertigo Café {Internacional}

Tv. do Carmo, 4 (Bairro Alto)

21 343 3112 | © 10h/24h | €€

Viagem de Sabores

{Internacional} R. S. João da

Praça, 103 (Sé) 21 887 0189 |

© 20h/23h | - Dom. | €€€

XL {Internacional} Cç. da

Estrela, 57 (S. Bento) 21 395

6118 | © 20h/24h | - Dom. |

€€€€ | U

Bares e Discotecas

Agito R. da Rosa, 261 (Bairro

Alto) 21 343 0622 | © 19h30/3h

| - 2ª

Agra Club R. do Norte, 121

(Bairro Alto) | © 23h/4h |

- Dom.; 2ª

Amo-te Chiado Cç. Nova de S.

Francisco, 2 (Chiado) 21 342

0668 | © 10h/2h | - Dom.

Arcaz Velho Cç. do Forte,

56 (Sta Apolónia) © 18h/2h

| - Dom.

Arena Lounge Casino de

Lisboa, Al. dos Oceanos, Lote

1.03.01 (Pq. das Nações) 21 892

9046 | © 15h/3h | UArmazém F R. da Cintura do

Porto, Arm. 65 (Cais do Sodré)

21 322 0160 | © 19h30/5h | - 2ª

Associação Bacalhoeiro

R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º

(Baixa) 21 886 4891 | © 18h/2h,

6ª e Sáb 18h/4h | - 2ª

Associação Loucos e

Sonhadores Tv. do Conde de

Soure, 2 (Bairro Alto)

© 22h30/4h | - Dom.

Page 62: Guia da Noite Lx Magazine #8

60 Guia da Noite Lx magazine

7940 | © 20h/2h | - Dom.;

2ª | UBritish Bar R. Bernardino da

Costa, 52 (Cais do Sodré)

21 342 2367 | © 8h/24h; 6ª e

Sáb. 8h/2h

Buddha Bar Gare Marítima de

Alcântara (Docas) 21 395 0541 |

© 21h/4h | - 2ª; 3ª | U

Cabaret Maxime Pç. da

Alegria, 58 (Av. da Liberdade)

21 346 7090 | © 22h/6h | UCapela R. da Atalaia, 45

(Bairro Alto) 21 347 0072 |

© 20h/4h

Catacumbas Jazz Bar Tv.

Água da Flor, 43 (Bairro

Alto) 21 346 3969 | © 22h/4h

| - Dom.

Chueca R. da Atalaia, 97

(Bairro Alto) 91 957 4498 | © 2ª

a 5ª 19h/2h; 6ª e Sáb. 19h/3h

| - Dom.

Cinco Lounge R. Ruben A.

Leitão, 17 A (Príncipe Real)

21 342 4033 | © 15h/2h

Club Carib R. da Atalaia, 78

(Bairro Alto) 96 110 0942 |

© 22h/3h30

Club Souk R. Marechal

Saldanha, 6 (Bairro Alto)

21 346 5859 | © 22h/4h |

- Dom.; 2ª

Clube da Esquina R. da

Barroca, 30 (Bairro Alto)

21 342 7149 | © 21h30/2h

Clube do Fado de S. João da

Praça R. São. João da Praça,

94 (Alfama) 21 888 2694 | ©

20h/2h | €€€

Clube Lua Av. Infante D.

Henrique, Arm. A-B (Jardim do

Tabaco) © 24h/5h | - Dom. a 4ª

Clube Rua R. da Barroca,

111(Bairro Alto) © 3ª a Sáb.

21h/4h | Enc. Dom. e 2ª

Crew Hassan R. das Portas de

Santo Antão, 159 – 1º (Baixa)

© 2ª a Sáb. 14h/24h; Dom.

18h/24h | UDock's Club R. da Cintura

do Porto, 226 (Rocha Conde

d’Óbidos) 21 395 0856 |

© 24h/6h | - Dom.; 2ª e 4ª

Domus Alcântara R. Maria

Isabel Saint Léger, 12

(Alcântara) © Aberto para

eventos

Elevador Amarelo R. da Bica

de Duarte Belo, 37 (Bica)

© 22h/2h | - 2ª | UEsquina da Bica Bar R. da

Bica de Duarte Belo, 26 (Bica)

© 22h/2h | - Dom.; 2ª

Baliza R. Bica Duarte Belo, 51

A (Bica) 21 347 8719 | © 13h/2h;

sáb. 18h/2h | - Dom.

Bar BA R. das Flores, 116

(Chiado) 21 340 8252 |

© 10h30/1h30 | UBar das Imagens Cç. Marquês

de Tancos, 1 (Castelo) 21 888

4636 | © 11h/2h; Dom. 15h/23h

| - 2ª

Bar do Bairro R. da Rosa, 255

(Bairro Alto) 21 346 0184 |

© 23h30/4h | - 2ª | UBar do Rio Arm. A, Porta 7

(Cais do Sodré) 21 347 0970 |

© 24h/5h | - Dom. a 4ª

Bar Rua R. da Barroca, 96

(Bairro Alto) © 21h/4h |

- Dom.; 2ª

Bartô R. Costa do Castelo, 1-7

(Castelo) 21 885 550 | © 22h/2h

| - 2ª

BedRoom R. do Norte, 86

(Bairro Alto) 21 343 1631 |

© 21h/2h | - Dom. a 3ª

Bicaense Café R. da Bica

Duarte Belo, 42 (Bica) 21 325

Uma noite com

NessaRapper dos La Dupla

Paragens obrigatórias

Esplanada: Starbucks (Belém)

Restaurante: Osaka

Bar: Musicbox

Discoteca: Sweet

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 63: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 61

Estado Líquido Lg. de Santos,

5 (Santos) 21 395 5820 |

© 20h/2h | UEuropa R. Nova do Carvalho,

28 (Cais do Sodré) © 23h/4h;

6h/10h | 21 342 1848 | UFábrica Braço de Prata R.

da Fábrica do Material de

Guerra, 1 (Beato) © 4ª a Sáb.

18h/4h; Dom. 15h/24h | - 2ª;

3ª | UFiéis ao Bairro Tv. da Espera,

42 A (Bairro Alto) © 18h/2h

Fiéis aos Copos R. da Barroca,

43 (Bairro Alto) | © 20h/2h

Finalmente R. da Palmeira, 38

(Príncipe Real) 21 347 2652 |

© 22h/5h | UFluid Av. D. Carlos I, 67 (Santos)

21 395 5957 | © 22h/4h

Frágil R. da Atalaia, 126

(Bairro Alto) 21 346 9578 |

© 23h30/4h | - Dom.; 2ª | UFunicular R. da Bica Duarte

Belo, 44 (Bairro Alto) © 22h/2h

| - Dom., 2ª a 4ª | UGaleria Zé dos Bois – ZDB

R. da Barroca, 59 (Bairro Alto)

21 343 0205 | © 22h/2h | UGroove Bar R. da Rosa, 148-

150 (Bairro Alto) © 2ª a Sáb

22h/4h | - Dom. | UHard Rock Café Av. da

Liberdade, 2 (Av. da Liberdade)

21 324 5280 | © 12h/24h; 6ª e

Sáb. 12h/2h

Hennessy’s Irish Pub R. do

Cais do Sodré, 32-38 (Cais do

Sodré) 21 343 1064 | © 12h/2h;

6ª e Sáb. 12h/3h

Hot Clube Pç. da Alegria, 39

(Av. da Liberdade) 21 346 7369 |

© 22h/2h | - Dom.; 2ª | UIndie Diferenza Live Bar

R. da Atalaia, 172 (Bairro Alto)

© 21h30/2h

In Rio Lounge Av. Brasília,

Pavilhão Nascente, 311

(Belém) 21 362 6248 | © 9h/4h

Incógnito R. Poiais de S.

Bento, 37 (Santos) 21 390 8755

| © 23h/4h | - 2ª; 3ª | UIndochina R. Cintura do Porto

de Lisboa, 232 Arm. H (Santos)

21 395 5875 | © 23h/6h |

- Dom.; 2ª

Jamaica R. Nova do Carvalho,

6 (Cais do Sodré) 21 342 1859 |

© 23h/6h | - Dom. | UKais R. da Cintura – Cais da

Viscondessa (Rocha Conde

d’Óbidos) © 20h/23h30 |

- Dom. | U

Kapital Av. 24 de Julho, 68 (24

de Julho) 21 393 2930 | © 5ª a

Sáb. e vésp. feriados 23h/6h

| - Dom.; 2ª

Konvento Pátio do Pinzaleiro,

22-26 (24 de Julho) 21 395 7101

| © 24h/6h | - Dom. a 4ª

Kozee Club Cç. Marquês de

Abrante, 142 (Santos) © 4ª a

Sáb. 21h/4h | - Dom. a 3ª

Kuta Bar Trav. do Chafariz

d’El-rei, 8 (Alfama) 96 795 7257

| © 3ª a Sáb. 15h/2h; Dom.

11h/18h| - 2ª

Kremlin R. Escadinhas da Praia,

5 (24 de Julho) 21 395 7101 |

© 24h/8h | - Dom.; 2ª a 5ª

L Gare R. da Rosa 136 (Bairro

Alto) © 17h/2h | - Dom. e 2ª

La Hora Española {Espanhola}

Cç. Marquês de Abrantes, 58

(Santos) 21 397 1290 |

© 12h/15h;19h/2h | €€€

Le Goût du Vin R. de S. Bento,

107 (São Bento) 21 395 0070 |

© 19h/2h | - Sáb.

Left Lg. Vitorino Damásio, 3

F (Santos) 91 635 9406 | © 3º a

Dom. 22h/4h | - Dom.| U

Uma noite com

Jorge Vaz NandeArgumentista e produtor de conteúdos

Paragens obrigatórias

Esplanada: C. do Monte / C. Mártires Pátria

Restaurante: Agra, o melhor indiano de Lisboa

Bar: Bica e Bairro, modo random

Discoteca: MusicBox

Page 64: Guia da Noite Lx Magazine #8

62 Guia da Noite Lx magazine

Le Marais R. de Sta. Catarina,

28 (Adamastor) 21 346 7355 |

© Dom. a 5ª 12h/2h; 6ª e sáb.

12h/4h | ULes Mauvais Garçons R. da

Rosa, 39 (Bairro Alto) 21 343

3212 | © 12h/1h | ULivraria Trama R. São Filipe

Nery, 25B (Rato) 21 388 8257

| © 10h/19h30; 5ª e 6ª até 24h

| - Dom.

Loft R. do Instituto Industrial,

6 (Santos) 21 396 4841 |

© 24h/6h | - Dom. a 4ª

Lounge Bar R. da Moeda, 1

(Santos) 21 846 2101 | © 21h/4h;

6ª e sáb. 22h/4h | - 2ª | )Lux-Frágil Av. Infante

D. Henrique, Arm. A (Stª

Apolónia) 21 882 0890 |

© 18h/6h | - Dom.; 2ª | )LX Factory R. Rodrigues Faria,

103 (Alcântara) 21 314 3399

Majong R. da Atalaia, 3 (Bairro

Alto) 21 342 1039 | © 21h30/4h

| U

Maria Caxuxa R. da Barroca,

6-12 (Bairro Alto) © 19h30/2h

| - Dom. | UMaria Lisboa R. das

Fontainhas, 86 (Alcântara) 21

362 2560 | © 6ª e vésp. feriados

23h30/6h | - Dom. a 5ª

Meninos do Rio R. da Cintura

do Porto de Lisboa, Arm. 255

(Cais do Sodré) 21 322 0070 | ©

12h30/4h | €€€

Mexecafé R. Trombeta, 4

(Bairro Alto) 21 347 4910 |

© 22h/4h | U

Mezcal Tv. Água da Flor, 20

(Bairro Alto) 21 343 1863 |

© 21h30/4h | UMini-Mercado Av. D. Carlos I,

67 (Santos) 96 045 1198 |

© 22h/4h | - Dom.; 2ª | UMood Lg. Trindade Coelho, 22-

23 (Bairro Alto) 21 342 4802 |

© 22h30/4h | - Dom.; 2ª

MusicBox R. Nova de

Carvalho, 24 (Cais do Sodré)

21 347 3188 | © 23h/6h |

- Dom. a 3ª | U

O’Gillins Irish Bar R. dos

Remolares, 8 (Cais do Sodré)

21 342 1899 | © 11h/2h30

OndaJazz Arco de Jesus, 7

(Alfama) 21 887 3064 | © 3ª a 5ª

19h30/2h; 6ª e Sáb. 19h30/3h

| - Dom.; 2ª

Op Art Café | Doca de St.

Amaro (Docas) 21 395 6787 |

© 15h/2h; 6ª 15h/7h;

Sáb. 13h/7h | - 2ª | UParadise Garage R. João

de Oliveira Miguéns, 38-48

(Alcântara) 21 790 4080 |

© 24h/6h | - 2ª a 4ª

Pavilhão Chinês R. D. Pedro

V, 89 (Príncipe Real) 21 342

4729 | © 18h/2h; Dom. 21h/2h

| UPlateau R. Escadinhas da

Praia, 7 (24 de Julho) 21 396

5116 | © 22h/6h | - Dom.;

2ª, 4ª

Porão de Santos Lg. de

Santos, 1 (Santos) 21 396

5862 | © 10h/4h; sáb. 19h/4h

| - Dom.

Portas do Sol Lgo. Portas do

Sol (Castelo) 91 754 7721 | ©

10h/24h; 6ª e Sab. até 2h | €€€

Portas Largas R. da Atalaia,

105 (Bairro Alto) 21 346 6379 |

© 20h/3h30

Project Bar Av. Dom Carlos I,

nº 61 – 1º (Santos) 96 391 0337

Purex R. das Salgadeiras, 28

(Bairro Alto) 21 342 8061 |

© 23h/4h | - 2ª | U

Uma noite com

Marco SádioFotógrafo

Paragens obrigatórias

Esplanada: Noobai

Restaurante: Casanostra

Bar: Maria Caxuxa

Discoteca: MusicBox

Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa

Page 65: Guia da Noite Lx Magazine #8

Guia da Noite Lx magazine 63

Rock in Chiado Café R. Paiva

Andrade, 7 (Chiado) 21 346

4859 | © 11/3h | - Dom. | USantiago Alquimista R. de

Santiago, 19 (Castelo) 21 888

4503 | © 2ª a 4ª 18h/2h; 5ª a

Sáb. 18h/4h; Dom. 20h/2h | USéculo (O) R. de O Século, 78

(Bairro Alto) 21 323 4755 |

© 9h/2h | - Dom.

Sentido Proibido R. da Atalaia,

34 (Bairro Alto) © 19h/2h

Sétimo Céu Tv. da Espera, 54

(Bairro Alto) 21 346 6471 |

© 22h/2h

Silk R. da Misericórdia, 14 - 6º

andar (Bairro Alto)

© 22h30/4h | - Dom.; 2ª

Skones R. da Cintura – Cais

da Viscondessa (Rocha Conde

d’Óbidos) 21 393 2930 |

© 23h/5h | - Dom.; 2ª

Snob R. do Século, 178

(Príncipe Real) 21 346 3723 |

© 16h30/3h | U

Speakeasy Cais das Oficinas,

Arm. 115 (Rocha Conde

d’Óbidos) 21 396 4257 |

© 20h/3h; 5ª a Sáb. 20h/4h |

- Dom. | USweet R. Maria Luísa Olstein,

13 (Alcântara) 21 363 6830 | ©

24h/6h | - 2ª; 3ª e 5ª

Tasca do Chico R. Diário de

Notícias, 39 (Bairro Alto)

© 12h/4h

Tejo Bar Beco do Vigário, 1

(Alfama) © 22h/2h

Tokyo R. Nova do Carvalho, 12

(Cais do Sodré) 21 342 1419 |

© 23h/4h | - Dom. | UTrumps R. da Imprensa

Nacional, 104 B (Príncipe

Real) 21 397 1059 | © 6ª, Sáb.

e vésp. feriados das 23h45/6h

| - 2ª a 5ª

Twin’s Lx R. de Cascais, 57

(Alcântara) 21 361 0310 | © 4ª

e 5ª 22h/4h; 6ª e Sáb. 22h/6h

| - Dom. a 3ª

Void Club R. Cintura do

Porto, Arm. H, Naves A-B

(Rocha Conde d’Óbidos)

21 395 5870 | © 23h/6h |

- Dom.; 2ª | UXafarix R. D. Carlos I, 69

(Santos) 21 396 9487 |

© 22h30/4h | - Dom.

Xannax Club R. do Século,

138 (Bairro Alto) 96 940 7730

| © 12h/20h; 23h/4h | - 2ª;

3ª | U

Estes e muitos outros

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de todo o país em

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© Horário

- Dias de encerramento

U Fumadores

ou área específica

€ até 10 euros

€€ de 10 a 15 euros

€€€ de 15 a 25 euros

€€€€ de 25 a 45 euros

€€€€€ acima de 45 euros

Directora Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Assistente Editorial Patrícia Raimundo | Redacção C. Sá, Fernanda Borba, José Luís Peixoto, Mafalda Lopes da Costa, Maria João Veloso, Myriam Zaluar, Patrícia Raimundo, Sandra Silva | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Carlos

Ferreira, David Fonseca, Ivo Cordeiro, Lois Gray, Marco Sádio, Miguel Domingos, Raquel Marques | Colaboradores Alexandre Cortez Pinto, João Silveira Ramos, Luísa de Carvalho Pereira, Natacha Gonzaga Borges, Patrícia Brito, Patrícia Maia e Vítor Belanciano | Fotografia da capa J.B. Mondino | Impressão Sogapal | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral

Contacta-nos! [email protected] | [email protected] 101 Noites - Criação de Produtos Culturais, Lda | Largo de Stº Antoninho, nº 3 | 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 | [email protected] | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites www.guiadanoite.net | http://www.facebook.com/guiadanoite.net | Assinatura Anual: 5 euros

Page 66: Guia da Noite Lx Magazine #8

64 Guia da Noite Lx magazine

Chocolates artesanais, vinhos, biscoitos,

chás, produtos tradicionais, biológicos ou

difíceis de encontrar e algumas especialida-

des estrangeiras fazem parte das estantes

das lojas gourmet, um conceito que tem

cada vez mais adeptos.

E não se pense que gourmet tem de ser

sinónimo de caro: nestas modernas mercea-

rias encontram-se artigos a preços justos,

com a vantagem de terem um atendimento

mais personalizado e de contarem sempre

com artigos diferenciados, de qualidade

e com embalagens cuidadas. Agora que o

Inverno perdeu a timidez e os dias frios se

instalaram, as lojas gourmet oferecem boas

opções para quem não tem problemas em

ceder ao delicioso pecado da gula, encon-

trar um presente original ou simplesmente

levar qualquer coisa surpreendente para

petiscar com os amigos. O Guia da Noite

dá-te uma ajuda e selecciona as melhores

lojas gourmet da cidade.

Aromas & Sabores » R. Tomás de Anunciação, 44 (Campo de Ourique) 21 396 3985 | © 2ª 9h/1930; 3ª a Sáb. 9h/22h30 | - Dom. | Também servem petiscos e vinhos.

Charcutaria- Moy » R. D. Pedro V, 111 (Santa Catarina) 21 346 7011 | © 2ª a 5ª 10h/20h; 6ª e Sáb. 10h/21h; Dom. 10h/17h

Delidelux » Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a 6ª

12h/24h; Sá. 10h/24h; Dom. 10h/20 | Cafetaria com esplanada sobre o Tejo e loja gourmet com mercearia e charcutaria.

Lx Gourmet » R. Gonçalves Zarco, 19 B - Páteo de Belém (Restelo) | © 11h/20h | - Dom. | Destaque para os champanhes e espumantes.

Mercado Chocolate » R. Coelho Rocha - Mercado de Campo de Ourique (Campo de Ourique) 93 710 0451 | © 3ª a 6ª 10h/14h; 15h/19h; Sáb. 10h30/14h; 15h/18h | - Dom. e 2ª | Especializada em chocolataria gourmet.

Mercearia da Atalaia » R. da Atalaia, 64 A (Bairro Alto) 21 342 1104 | © 12h/21h | - Dom.

Mercearia Doubles » R. das Flores, 63 (Chiado) | 21 346 6058 | © 10h/21h | - Dom. | Possui uma secção de frutas e legumes biológicos.

Pérola das Gáveas » R. das Gáveas, 44-46 (Bairro Alto) 96 862 1439 | © 2ª a 4ª 10h30/14h; 15h/20h; 5ª a Sáb. 10h30/14h ; 15h/21h | - Dom.

Pimenta Rosa » R. Almeida e Sousa, 48 B (Campo de Ourique) 21 388 9430 | © 10h30/14h30; 15h30/20h | - Dom. | Há também produtos de decoração e perfumaria.

Sucre » R. Sousa Martins, 14 D (Saldanha) 21 314 7252 | © Loja 11h30/16h; rest. 12h30/15h30; 20h/22h30 | - Dom. | Restaurante e loja gourmet.

Xocoa » R. do Crucifixo, 112 (Baixa-Chiado) 21 346 6370 | © 10h/22h | - Dom. | Chocolates artesanais de alta qualidade.

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GourmetLojas

Page 67: Guia da Noite Lx Magazine #8

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