guia da noite lx magazine #8
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Neste número: David Fonseca, Cais do Sodré Funk Connection, Gimba, Melech Mechaya, Vespa Gang, Crónica José Luís Peixoto, João Pedro Gomes E ainda: Especial Cais do Sodré de A a ZTRANSCRIPT
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David FonsecaInferninho de José Luís Peixoto
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Vespa Gang Mod Club
Cais do Sodré de
A a Z
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2 anos a guiar-tepela noite fora
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Guia da Noite Lx magazine 1
Holofotes »
Guia da Noite Lx magazine 1
Texto» Patrícia Raimundo
Fotografia» David Fonseca
David FonsecaMúsica do dia seguinteAo quarto álbum de originais foi
sozinho para o estúdio e tocou todos
os instrumentos que havia para tocar.
Between Waves até pode ser o disco da
ressaca, mas respira uma fresca brisa pop.
Inspiração? O que é isso?
Que não se espere ouvir da boca de David
Fonseca histórias sobre musas inspirado-
ras ou luzes divinas que descem dos céus
e o iluminam. “Não acredito na inspiração.
Seria fácil. Eu pegava nisso, concen-
trava-me e fazia canções, mas isso não
acontece, nunca aconteceu. Nunca pensei
numa coisa específica que me trouxesse
directa e inequivocamente a canção”.
Para este homem tudo acontece de forma
bem mais simples, sem grandes artifícios,
mas a responsabilidade também não é
da tão falada dose de trabalho árduo:
“O que eu acho sinceramente é que às
vezes uma pessoa está mais ligada ao
mundo e outras vezes não. Supostamente
a inspiração é um estado superior, em que
tu estás acima das coisas, mas não estás.
A maior parte das vezes quando escreves
canções estás muito mais fragilizado
pelas coisas do que sublimado por elas”.
2 Guia da Noite Lx magazine
Se Dreams in Colour (2007) era um álbum
luminoso, festivo até, David Fonseca vê o
novo Between Waves como “um disco um
bocado ressacado”. Não que tenha sido
composto em consequência de muitas
noites regadas a álcool, mas antes por com-
pilar aquilo que fica depois da embriaguez
dos concertos. “Quando acordo, nos hotéis,
pergunto-me: ‘onde raio estou?’ Há uma
sensação estranha ao acordar e eu acho
que este disco é sobre isso. Esses momen-
tos todos que, numa certa inconsciência,
me aparecem de forma abstracta, mas
que acabam por contar a história do dia
anterior. Há uma estranheza na maior parte
dos temas que remete para este tipo de
universo, mais abstracto”.
Ao contrário dos dois últimos trabalhos,
que foram gravados com a banda de apoio, a
concepção de Between Waves foi um pouco
mais solitária. “Confesso que não teve a ver
com nenhuma resolução artística, mas mais
com uma resolução pessoal. O estúdio é
muito penoso para mim. Estou muitos dias
enfiado naquele casulo, então achei que
a única forma de animar um bocadinho o
processo era mudá-lo”. David Fonseca vestiu
a pele de uma one-man-band de estúdio e
pôs as mãos em tudo quanto é instrumento
que se ouve no disco: tocou ukelele pela
primeira vez, atirou-se a um quase omni-
presente xilofone de madeira “difícil de
domar”, acabou-se por detrás de uma bate-
ria. “Tive imensas dores nos braços, mãos
inchadas, ia para a cama com dores em mús-
culos que eu nem sabia que existiam. Mas
todos esses pormenores fazem com que o
disco seja diferente para mim”.
Pormenores que mostram um músico em
pleno domínio da arte dos arranjos e com
um cada vez mais apurado sentido pop.
O quarto disco de originais não foge à sono-
ridade a que David Fonseca habituou os fãs,
mas também há espaço para uma ou outra
ousadia mais experimentalista: incursões
pela folk, sons e misturas de instrumentos
improváveis, saxofones surpreendentes em
“Owner Of Her Heart”. “Os discos são retra-
tos de um tempo. Quando estava a fazer
Between Waves não queria que ele fosse
intemporal. Acho que as canções têm de
encerrar o tempo em que elas viveram”.
David Fonseca diz não ser o tipo distante
e introspectivo que o pintam. Mantém
uma relação muito próxima com os fãs,
alimentada quer nas redes sociais, fóruns
e no blogue que mantém, quer nas horas
que fica, após os concertos, à conversa com
quem por lá aparece. “Acho que é uma rela-
ção meio natural. Gosto genuinamente de
ficar lá, de falar com as pessoas, de saber
quem são”. Tem cerca de 10 mil seguidores
no Twitter, outros tantos no Facebook e
por alguma razão só o vemos actuar em
grandes recintos. “De cada vez que chego a
mais mil followers costumo fazer uma brin-
cadeira do género: 8 mil pessoas? Não sei se
cabemos todos no carro!”
Between Waves chega aos escaparates
com um doce para esses milhares de segui-
dores fiéis. Para além da edição normal,
pode comprar-se um “huge fan pack”, com
material exclusivo que inclui, entre outras
coisas, fotografias e o single “A Cry For
Love” em vinil. Mas David Fonseca não fica
Holofotes
Guia da Noite Lx magazine 3
Holofotes
“De há uns anos para cá aceitei claramente a minha profissão como músico. Porque percebi que disco após disco apetecia-me fazer outro, apetecia-me voltar à estrada... Então, para quê negar sistematicamente uma profissão quando eu poderia aceitá-la e fazê-la muito melhor?”
4 Guia da Noite Lx magazine
inscritos passam a “Amazing Cats”
e têm acesso exclusivo a música,
vídeos, descontos em concertos,
para além de receberem desde
logo uma t-shirt e um disco inédito
por alturas do Natal, como manda
a tradição. “Acima de tudo eu que-
ria deixar de ser músico só de dois
em dois anos”, confessa.
Ressacas curadas, é altura de se fazer
novamente à estrada. E também ao vivo
haverá novidades: Francisca Cortesão
a.k.a. Minta é a nova integrante da banda
de David Fonseca – em substituição de
Rita Redshoes – e, para além dos habi-
tuais espectáculos, o músico vai apresen-
tar o novo disco em alguns showcases
sozinho “com uma parafernália de coisas
e ideias meio interactivas”.
Holofotes
por aqui e inaugura uma comunidade inte-
ractiva de criação e de partilha, o Amazing
Cats Club. “É uma ideia muito simples que
não tem tanto a ver com clubes e fãs, mas
com a criação de uma plataforma que me
permita lançar a minha música sem inter-
mediários”. Ainda em fase experimental,
o Amazing Cats pretende disponibilizar,
sempre que possível, conteúdos gratuitos,
mas haverá mais para quem fizer uma assi-
natura paga. Por 15 euros anuais, os “Cats”
“Acho que as canções que ficam são aquelas que têm o poder de não me desencantar à centésima audição. Sim, eu ouço as músicas pelo menos 100 vezes antes de ir para o estúdio: tenho de perceber se elas duram para mim ou não.”
Guia da Noite Lx magazine 5
Nota: Não nos responsabilizamos por eventuais alterações na informação sobre eventos e espaços seleccionados.
# 40 Sabores Glamour
# 42 Sabores Gourmet
# 44 Sabores do Mundo
# 46 Noites Trendy
# 48 Noites Cool
# 50 Noites ao Vivo
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# 1 Holofotes » David Fonseca
Música do dia seguinte
# 6 Radar » Inferninho
Crónica de José Luís Peixoto
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Vespa Gang Mod Club
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# 17 Retratos da Noite »
Cais do Sodré de A a Z
# 22 Vj Shot » João Pedro Gomes
Irmão daltónico
# 26 Lusofonia » Inês Jacques
A menina dança?
# 29 Zoom » Melech Mechaya
Que Budja Ba esteja convosco!
# 32 Animal Social » Gimba:
"Sou o Marcelo Rebelo de Sousa
destas coisas"
# 36 Livre Trânsito »
Cais do Sodré Funk Connection
# 40 Best Of »
Restaurantes, bares e discotecas
# 54 Guia »
Directório das melhores moradas da noite de Lisboa
# 64 Post it » Lojas Gourmet
6 Guia da Noite Lx magazine
Radar »
Guia da Noite Lx magazine 7
RadarRadar »
sibilidades – nenhuma garantia. Há noites
em que o improvável é o mais provável.
É o caso. Por isso, enquanto escrevo, estou
num quarto de hotel, é segunda-feira de
manhã. Mas agora também, estou a chegar
à casa de um amigo que mora aqui em São
Paulo, perto do estádio do Pacaembu, já
jantei, é sábado à noite. Três conversas
depois, eu e o meu amigo disputamos o
espelho como donzelas, ajeitamos a peruca
e, depois do porteiro, saímos na noite.
Em São Paulo existe uma rua Augusta
que é bastante diferente da de Lisboa. Há
quem diga que a rua Augusta paulistana se
divide em Estados Unidos e México. O lado
“Estados Unidos” é composto por lojas de
marcas caras, porta sim, porta sim, mu-
lheres com vestidos que acabaram de ser
lavados a seco, passados a ferro, cabelos de
cabeleireiro; o lado “México” é composto
por bares, discotecas, puteiros, vendem-se
espetadas de carne assadas no passeio e,
Pois é. Tinha pensado começar por escre-
ver sobre a vez em que meti um ácido num
campo de girassóis perto de Toulouse;
depois, pensei em escrever sobre uma
discoteca labiríntica, asfixiante, feita de
corredores, túneis e salas sem janelas, em
Varsóvia; depois, pensei em várias outras
possibilidades.
Mas nós (eu e tu, leitor) ainda não nos co-
nhecemos assim tão bem, este é o primeiro
texto que escrevo aqui e, por isso, pareceu-
-me que seria melhor começar por algo
mais recente. O que vou descrever acon-
teceu há dois dias (noites) atrás. Agora,
estou em São Paulo, sobre a cama desfeita
de um quarto de hotel, a dois quarteirões
(quadras) da rua Faria Lima e da Rebouças.
É segunda-feira de manhã.
Há histórias que, mesmo arrumadas no
passado, têm de ser contadas no presente.
Isto porque, no momento em que aconte-
ceram, o presente era a única certeza; o
passado era uma indefinição cheia de pos-
InferninhoCrónica » José Luís Peixoto
Fotografia» Carlos Ferreira
8 Guia da Noite Lx magazine
Radar
aqui e ali, os maconheiros fumam maconha.
A fronteira destes dois mundos é, lá em
cima, a imponente avenida Paulista. Eu e o
meu amigo, claro, claro, vamos para o lado
“México”. Quem nos conhece, já sabia.
Começamos num boteco. Atrás do balcão,
o dono queixa-se de uma multa de 50 mil
reais (1 euro = 3 reais, mais ou menos) por
estar aberto para lá da hora da licença. Eu e
o meu amigo somos solidários, é um escân-
dalo. As cervejas de 0,75 litros sucedem-se
à nossa frente. Não precisamos de pedi-las.
Acaba uma, chega outra. Uma vem conge-
lada, é trocada imediatamente. O chichi
é apertado, mas difícil. As gostosas que
estão na rua de mini-saia ou micro-vestido
entram na casa-de-banho (banheiro) com
homens de chinelos. Minutos depois, saem
com 50 reais a menos (eles) e com 50 reais
a mais (elas). A multa daria para pagar 1000
transas. Ninguém merece.
Ao ritmo das cervejas, confessamos mui-
tas coisas ao dono do boteco, dizemos-lhe
que pensamos ir ao Vegas – referência da
noite de São Paulo, monumento da rua
Augusta. Talvez comovido com a nossa
solidariedade, ele oferece-nos duas pulsei-
ras VIP – não precisaremos de estar na fila
de entrada e poderemos beber à pala. Este
homem é lindo, mais bonito do que o Clark
Gable. Bebemos duas saideiras (três – sai-
deira da saideira) e vamos. O Vegas fica uns
cem metros abaixo, do outro lado da rua.
É noite rockabilly/punk. Eu explico: o
Vegas tem várias pistas (não consigo ter a
certeza de quantas), numa delas está um in-
divíduo de crista cor-de-laranja a meter um
som que nem eu (punk-friendly) aguento
por muito tempo. Noutra, está um membro
dos Exploited a meter um som mais audível,
também punk, mas electrónico. Nas outras,
podemos entrar e está a passar Elvis, ou
Queen, ou uma salada mista de sons. Numa,
passou Edith Piaf, juro.
Enquanto espero por vodka-limão, apren-
do uma palavra nova com uma professora
de cabelo pintado que se inclina sobre mim:
“inferninho”. Esse é o nome que aqui se dá
a estas pistas de dança mais pequenas.
É o nome certo. Muito calor, muitos corpos,
muitos pecados e muitos pecadores. Des-
cubro tarde, que vodka-limão, aqui, é vodka
com uns pingos de limão
natural – demasiado amargo,
ácido. A seguir, tento vodka
com suco de maracujá – dema-
siado doce.
Num canto do inferninho,
uma morena tenta convencer-
-me que, como vegana, não
pode beber qualquer cerveja. Segundo ela,
todas as marcas de cervejas contêm ovo
(com excepção da marca brasileira Itaipa-
va). Procuro o meu amigo e ele informa-me
que vamos à festa do Gigante. Atravessa-
mos a cidade de táxi e chegamos a uma
multidão parada diante de uma porta.
O Gigante não tem mais do que 1 metro
e 60. Ao ver-nos, vem abraçar-nos, somos
irmãos instantâneos. Aquilo que aconteceu
a seguir, talvez conte noutro texto, noutra
vez. Afinal, nós (eu e tu, leitor) ainda não
nos conhecemos assim tão bem.
Há quem diga que a rua Augusta paulistana se divide em Estados Unidos e México
Guia da Noite Lx magazine 9
Radar Pela Estrada Fora »
Em Lisboa recriam-se os ambientes londri-
nos do início dos anos 60. Os mods estão de
volta. Não param de dançar, vestem roupa
de marca e só se deslocam em duas rodas
Tocamos à campainha, dizemos boa noite
ao porteiro e entramos. Um grupo de pes-
soas dança ao som de “My Generation”, dos
The Who. As mulheres usam vestidos colori-
dos (e curtos), alguns homens estão de fato
e há quem não largue o chapéu. Lembra
os ambientes londrinos do início dos anos
60. Mas não estamos em Inglaterra e muito
menos nos sixties. É 2009, Lisboa, Cais do
Sodré, bar Europa.
Perto do prato
de gira-discos, DJ
Professor X faz
uma pausa para
nos responder a
três perguntas
que colocamos de
enfiada: “Porque está tudo vestido assim?
Que música é esta? Resolveram viajar no
tempo?” As questões foram colocadas de
rajada e a resposta não envolve tanta com-
plexidade como poderia parecer. “Por acaso
a nossa ideia é mesmo essa, a de criar um
ambiente em que se volta aos anos 60. Pela
música, que é essencialmente de raiz negra,
pela roupa e pela estética. É uma viagem no
tempo em que a imagem conta muito”, diz,
explicando-nos que o movimento Mod está
na base destas festas mensais organizadas
pelo Vespa Gang Mod Club, colectivo a que
pertence. E a seguir centra na perspectiva
musical a justificação da opção: “Os anos
Vespa Gang Mod Club Música, estética e scooters
Texto» C. Sá
10 Guia da Noite Lx magazine
Pela Estrada Fora
60 são a grande fase da música. A melhor
música foi feita nessa altura, qualquer que
seja o estilo. E, curiosamente, a geração
Mod é a primeira que dança ao som de DJ’s.
E que passa noites sem dormir…”
Há uma nova geração que quer “absorver
esse imaginário” e daí a adesão de um
núcleo de lisboetas que tem crescido de
festa para festa. O Vespa Gang integra
apenas três pessoas – para além do
professor X, há o Rapaz do Chapéu e a Elsa
da Garcia – mas o Europa tem tido cada vez
mais gente interessada na cena Mod. Para
aparecer, só “é preciso
gostar de música e de
uma certa estética”.
Mas este é mesmo “um
estilo de vida que tem
no amor à música a sua
principal vertente”.
Professor X opta a
seguir por uma abor-
dagem de contornos
políticos. “É um movi-
mento que surge numa
altura em que havia
fortes conflitos raciais
em Inglaterra, princi-
palmente nos subúrbios. É uma resposta
anti-racista, de integração racial. E nós
identificamo-nos totalmente com isso. A
ideia é essa, de transportar para aqui esse
conceito de integração racial e cultural”.
Também por isso, optaram pelo Cais do
Sodré, “um sítio histórico por onde sempre
têm passado diferentes culturas”.
E enquanto o DJ se desloca para colocar
uma música dos The Kinks, sentamo-nos em
frente a um dos enormes espelhos, abrimos
o portátil e pesquisamos um pouco sobre
o assunto. A expressão Mod deriva de
modernismo, uma corrente que valorizava
“a inovação e a criatividade”, que “rejeita a
tradição” e tem “tendência a encarar pro-
blemas sob uma nova perspectiva baseada
em ideias e técnicas actuais”. Professor X
volta para perto de nós e é confrontado
com a definição. “Se isto é um revivalismo,
não há aqui uma pequena contradição?”,
perguntamos-lhe. “Não”, responde. “Não
se trata de um revivalismo porque nós
não vivemos essa fase.
Trata-se mais de um
descobrir…”
Damos mais uma
olhada à internet, agora
à página My Space do
Vespa Gang Mod Club.
Uma citação de Jack
Kerouac ilustra a ideia:
“The only people for me
are the mad ones, the
ones mad to live, mad
to talk, mad to be saved,
desirous of everything at
the same time, the ones
who never yawn or say a commonplace
thing but burn, burn, burn like fabulous
roman candles exploding like spiders
across the stars...”
Entretanto, reparamos que o Europa já
está a fechar. A festa acaba. Os mods lis-
boetas saem para a rua, montam nas suas
scooters e arrancam pela cidade.
Guia da Noite Lx magazine 11
Pela Estrada Fora
12 Guia da Noite Lx magazine
Metrópolis »
Guia da Noite Lx magazine 13
Diz ela que a sua missão é divulgar novos talentos. Em Londres ou Lisboa, Mariana Duarte Silva apadrinha as últimas
tendências da música electrónica nacional que lá fora fazem um sucesso dos diabos.
Metrópolis
Quem tiver “memória de elefante”, deve
lembrar-se que há uma dezena de anos as
festas das três Marianas no antigo Indús-
tria, hoje Loft, eram um acontecimento.
Mariana Duarte Silva, Mariana Perestrelo
e Mariana Barosa começaram a organizar
festas ao fim-de-semana. A conjuntura per-
mitia, a terceira Mariana estava lá a fazer
um estágio e as homónimas passavam ali
tardes inteiras a imaginar festins temáti-
cos para as bandas sonoras de house do já
desaparecido Dj Ricky. Houve a do post-it,
a Kinky, a Mn’m’s, entre muitas outras.
A música ficou dentro das três.
O projecto Madame Management foi
criado pela Mariana Duarte Silva que, nos
últimos dois anos, divulgou talentos da
cena portuguesa underground em terras de
sua majestade. Antes de rumar até Londres,
trabalhou como gestora de produto na
Media Capital e encarava o lado Madame
como um hobby. O projecto começou por
ser um e-mail, inspirado na canção de João
Gilberto “Pra quê discutir com Madame”,
criado no tempo em que era Relações Públi-
cas do Clube Lua, em Lisboa. Colaborou
também com a produtora de música Da
Providers, ambiente que a pôs em contacto
My Fair Lady
Texto» Maria João Veloso
Fotografia» Miguel Domingos
14 Guia da Noite Lx magazine
com vários Dj’s da cena techno, entre os
quais os Stereo Addiction, a primeira dupla
de Dj’s que agencia. Em 2005, durante a
época balnear, dinamizou um dos bares do
Tamariz, no Estoril. Aos domingos à noite
realizava-se o “Lick My Sunday” com “os
suspeitos do costume”: Stereo Addiction e
Heartbreakerz, a dupla de meninas ainda
numa fase embrionária.
A partir dos 25 anos começa a celebrar os
aniversários produzindo festas de arromba.
O quarto de século foi celebrado num
barracão abandonado em Camarate, “uma
sorte os convidados terem conseguido
lá chegar”. No ano seguinte a festa fez-se
no Clube Europa, e há dois anos seria a
primeira de muitas realizadas na Lx Fac-
tory. Em 2008 voltou a ocupar um espaço
abandonado ali para os lados do Convento
do Beato, e no passado mês de Novembro
realizou a primeira edição em Lisboa
das festas “O Baile” no Loft. O conceito
do evento foi importado das festas que
Mariana, em colaboração com a produtora
portuguesa Joana Seguro, tem realizado no
bar londrino Music Hall. No Loft estiveram
Micachu and the Shapes, Jon Hopkins, Vol-
tek, Davide Quayola e claro as duas duplas
Madame Stereo Addiction e Heartbreakerz.
O “after-show” dos Massive Attack também
deu o ar da sua graça com a presença
da banda e tudo.
Trocando por miúdos, o projecto Madame
Management apadrinha esta nova vaga de
artistas da música electrónica nacional.
“Tudo começou com a Joana, que queria
ter portugueses nas festas que organizava
no Plastic People”, clube mítico do under-
ground londrino.
No último ano, entre Fevereiro e Junho,
as duas realizaram três eventos “O Baile”,
todos no Music Hall. O primeiro com Two-
fold e Bruno Dias com Quayola, o segundo
revelou ao underground londrino quem
eram os Octa Push e o “emigrado em Lon-
dres” André Cascais. No terceiro e último,
em Junho passado, brilhou a dupla Bailarico
Sofisticado, Bart Cruz e Gustavo, dos Stereo
Addiction. Já Rui da Silva, Dj português
a residir na capital britânica, conta com
Mariana para lhe marcar os gigs
em Portugal.
Paralelamente ao trabalho de
Relações Públicas, Mariana está
envolvida noutro projecto também
relacionado com a música:
é a representante da Citizensound
em Portugal, onde desenvolve
estratégias que associam os sons
produzidos por artistas a determina-
das marcas.
Para 2010 projecta organizar a vida entre
Lisboa e Londres. Os eventos “O Baile”
continuarão com periodicidade trimestral
e “serão milimetricamente pensados,
mas não terão que realizar-se forçosa-
mente em clubes.”
O projecto Madame Management divulgou talentos da cena portuguesa underground em terras de sua majestade.
Metropólis
Guia da Noite Lx magazine 15
Radar
O livro é um animal vivo Aristóteles
www.101noites.com
Guia da Noite Lx magazine 17
Retratos da Noite »
AAlecrim às Flores (restaurante) Tv. do
Alecrim, 4 | Não só é central e bonito,
como oferece uma ementa criativa e bem
confeccionada. Os sabores da gastronomia
alentejana predominam, aliados a outras
receitas da cozinha internacional.
BBritish Bar (bar) R. Bernardino da Costa, 52
| Em tempos uma taberna de marinheiros e
estivadores, é hoje um lugar frequentado
por uma clientela muito eclética.
Cais do Sodré
A a Z“Lisboa perde-se pelo Tejo. E o Cais do Sodré, desde o tempo seiscentista do Auto das
Regateiras, é mais do mundo do que das nossas horas. As goteiras, os carros, o brilho
dos carris trazem à noite um lustroso aluvião para a borda da água. Lisboa deveria ter
aqui a sua rua do imaginário.”
Manuel Hermínio Monteiro, “Mar do Texas”, Revista K, nº10.
18 Guia da Noite Lx magazine
Retratos da Noite
CCasa Conveniente (teatro) R. Nova
do Carvalho, 11 | Já foi uma casa de
prostituição, mas agora acolhe um criativo
grupo de teatro fundado pela encenadora e
actriz Mónica Calle.
DDuques do Cais (restaurante) R. do Alecrim,
5 | Encontrar um sítio em Lisboa para comer
bem sem gastar muito nem sempre é fácil.
Velho conhecido dos habitués do Cais, o
Sr. Mário serve a boa comida à portuguesa
sem que a conta assuste ninguém.
EEstorninhos De Novembro a Fevereiro o Lg.
de São Paulo transforma-se num habitat
único para os estorninhos-malhados
que aqui fazem o seu dormitório. Um
espectáculo de fim de tarde para apreciar
enquanto se espera pela noite.
Europa (bar-discoteca) R. Nova do Carvalho,
28 | É um dos spots mais concorridos do
revitalizado Cais do Sodré, sobretudo
depois das 6h da madrugada, quando
reabre para as suas já famosas after-
-hours que se prolongam até ao meio-dia.
É frequentado por muitos noctívagos,
incluindo Dj’s e donos de outros bares.
FFilmes O Cais do Sodré serviu de cenário e
colou-se à pele de inúmeras personagens:
do mítico Cais do Sodré de Alejandro Perla,
passando por A Cidade Branca de Alain
Tanner ou ainda Zéfiro de José Álvaro de
Morais; por entre documentários e ficção,
por aqui filmaram João Botelho, João César
Monteiro, Fernando Lopes, Serge Tréffaut,
António-Pedro Vasconcelos ou ainda Paolo
Marinou-Blanco.
Feel Good (alojamento) Lg. Conde Barão,
18 | A cadeia de aluguer de apartamentos
recuperou um dos prédios do Lg. Conde
Barão e nele fez elegantes e confortáveis
casas para quem quer passar a noite.
GGrey, James Earl Em 1968, passeava-se
pelo Cais do Sodré não o grande activista
dos direitos dos negros, Martin Luther
King, mas sim o homem suspeito do seu
assassinato. James Earl Grey fugiu para
Portugal e passou cerca de 10 dias em
Lisboa e muitas noites com as prostitutas
do antigo Texas Bar. Depois de deixar a R.
Nova do Carvalho, o assassino viajou para
Londres onde acabou por ser detido.
HHennessy’s Irish Pub (bar) R. do Cais do
Sodré, 32-38 | Forrado a madeira escura e
com grandes janelas que dão para a rua,
oferece recantos acolhedores com mesas
baixas e sofás confortáveis. Todas as noites
pode ouvir-se música irlandesa ao vivo.
IIgreja Em pleno Lg. de São Paulo, como que
velando pelas almas perdidas na noite,
ergue-se a Igreja de São Paulo. O actual
edifício é o resultado da reconstrução
da antiga Igreja que não sobreviveu ao
terramoto de 1755. Inspirada no traçado
do Convento de Mafra, o interior alberga
belíssimas obras atribuídas aos pintores
João Grossi, Pedro Alexandrino de Carvalho
e Jerónimo de Andrade.
Guia da Noite Lx magazine 19
Retratos da Noite
"Nos bares do Cais do Sodré ninguém está livre de apanhar com um poeta à deriva pela proa."
José Cardoso Pires
20 Guia da Noite Lx magazine
Retratos da Noite
JJamaica (discoteca) R. Nova do Carvalho, 6
Na “catedral” lisboeta do reggae e
discoteca mais famosa do Cais do Sodré,
Bob Marley é elevado à categoria de
Deus. Para variar, de vez em quando o Dj
relembra-nos os grandes êxitos do boom
do rock português ou alguns temas que
fizeram história na década de 80.
LLisbon Calling Hostel (alojamento) R. de S.
Paulo, 126, 3º D | Com uma decoração entre
o tradicional e o rústico moderno, o Lisbon
Calling promete, por 18 euros por noite,
uma estadia simpática. Tem café e chá a
qualquer hora, buffet de pequeno-almoço e
internet wireless gratuita.
MMusicBox (discoteca) R. Nova do Carvalho,
24 | Situado no edifício do antigo Texas Bar,
este bar-discoteca é há três anos promotor
das novas tendências urbanas que marcam
o ritmo da capital. Com uma intensa pro-
gramação de concertos, festivais e eventos,
já recebeu no seu palco grandes nomes da
cena musical nacional e internacional.
NNoites Brancas Estigma mas parte
integrante da sua identidade, ao Cais
do Sodré aflui toda a Lisboa boémia;
aos fadistas, marinheiros, prostitutas,
vagabundos e marialvas de sempre,
juntam-se os noctívagos de ontem e de hoje
e, por entre o álcool e a música, estica-se a
noite até ao raiar do dia.
OO’Gillins Irish Bar (bar)
R. dos Remolares, 8
O ambiente é suficientemente
acolhedor e simpático para
se afirmar como um destino
incontornável para os
amantes da cultura céltica.
E ela está patente em todos os
pormenores do O’Gillins, ou
não fosse este o primeiro bar
irlandês a abrir em Lisboa.
PPorto de Abrigo (restaurante) R. dos
Remolares, 16/18 | Este é um dos
restaurantes mais antigos da zona, desde
sempre frequentado por notáveis, mas
não só, até porque os preços não assustam
ninguém.
Primo Basílio Nem Eça de Queirós se esque-
ceu do Cais do Sodré. Foi no antigo Hotel
Central da Rua do Alecrim (hoje transforma-
do em dependência bancária) que o mítico
Primo Basílio esteve hospedado. O mesmo
lugar serviu de cenário à trama de Os Maias:
foi neste hotel que aconteceu o jantar de
homenagem ao banqueiro Cohen, uma
noite importante para o desenvolvimento
da conhecida história.
"No British Bar os anos passam, as gerações mudam, vêm literatos, vêm contrabandistas, vêm estivadores à mistura com meninas de civilização, mas o espírito e a cor local mantêm-se inconfundíveis."
José Cardoso Pires
Guia da Noite Lx magazine 21
Retratos da Noite
QQuadrado Azul (galeria) Lg. dos Stephens, 4
A galeria que existe há mais de 20 anos no
Porto também se estendeu a Lisboa. Aqui
expõem-se trabalhos de artistas plásticos
portuenses mas não só.
RRibeira Inaugurado a 1 de Janeiro de 1882,
o Mercado da Ribeira foi, até ao ano 2000,
um dos poucos velhos mercados grossistas
a subsistir em plena cidade de Lisboa.
Tendo conservado o piso térreo para a
actividade retalhista, o mercado oferece
agora também um espaço de cultura e
lazer com actividades várias como aulas de
dança, bailes e feiras. E, a não perder, é aqui
que todas as tardes se encena um dos mais
belos espectáculos de Lisboa: o mercado
das flores.
SSociedade Protectora dos Animais R. de S.
Paulo, 55, 2º Dto. | Há 133 anos que aqui se
luta pelos direitos dos animais. A sede da
SPA é também um dos postos clínicos da
associação, onde são feitas mais de 5000
consultas por ano.
TTokyo (discoteca) R. Nova do Carvalho, 12
Com o Jamaica e o desaparecido Shangrilá,
o Tokyo formava uma trilogia nocturna
famosa nos anos 80. Agora, continua
a albergar os que ainda frequentam a
discoteca para dançar ao som dos hits
dos eighties. O que se ouve mais é o
rock clássico.
Trem Azul (loja de discos) R. do Alecrim, 21A
É a única loja especializada em jazz do país.
Para além de ser um templo para quem
é amante destas sonoridades, a marca é
ainda sinónimo de distribuição exclusiva
de alguns catálogos em Portugal e também
de concertos que acontecem dentro e fora
da loja.
UUniformes| Vestotel/Servivest (loja)
R. Nova do Carvalho, 58-76-77 | Ninguém
sabe mais histórias sobre o Cais do Sodré
do que o Sr. Alfredo, dono da chamada casa
das fardas. Há mais de 60 anos que veste
todo o tipo de gente, desde oficiais da PIDE
e escuteiros aos grandes hotéis de Norte a
Sul do país.
VVinho e produtos regionais: Sabores de Lés
a Lés (loja) Av. 24 Julho, Mercado da Ribeira,
loja 2 | Vinhos, enchidos, doces tradicionais,
compotas, ginja em copo de chocolate,
licores, queijos, mel… Ideal para quando
se recebem amigos estrangeiros em casa
ou para quem tem saudades das iguarias
da terra.
XXutos & Pontapés A banda que este ano
comemora 30 anos passou pelo Tokyo, no
início da sua carreira, para um memorável
concerto em meados da década de 80.
ZZambujal, Mário. Incontornável com a
sua Crónica dos Bons Malandros, nas
páginas deste escritor desfila a noite de
Lisboa onde o histórico Cais do Sodré tem,
obviamente, lugar de destaque.
22 Guia da Noite Lx magazine
João Pedro GomesIrmão daltónicoDos desenhos estáticos passou para a animação,
da Rua Sésamo saltou para as cabines dos clubes.
Começou no Lux, quando o Vjing ainda era
novidade em Portugal. E sim, João Pedro Gomes
é mesmo daltónico.
Dizem as estatísticas que 10 por cento da população
mundial sofre de daltonismo. Mas qual é a probabi-
lidade de dois daltónicos se encontrarem por acaso
e começarem a trabalhar juntos em vídeo? Pode não
ser muita, mas aconteceu com João Pedro Gomes e
Paulo Abreu, e o nome para tão improvável dupla
impôs-se: Daltonic Brothers. “Uma das coisas mais
caricatas que fizemos foi a correcção de imagem de
um filme do Paulo Rocha”, brinca João Pedro.
Embora hoje já não ocupe o escritório da Baixa lis-
boeta onde nasceu a irmandade, o videasta continua
a usar a designação e assina os seus Vj sets como JPG
From Daltonic Brothers.
Vj João Pedro Gomes
a.k.a JPG From Daltonic
Brothers
"Nos meus sets gosto
de ter uma componente
de imagem real mas
também gráfica"
VJ Shot »
Texto» Patrícia Raimundo
Guia da Noite Lx magazine 23
VJ Shot »
Texto» Patrícia Raimundo
24 Guia da Noite Lx magazine
VJ Shot
Como as melhores histórias, também
aqui tudo começou por acaso. O milé-
nio tinha acabado de chegar e o Lux
preparava-se para implementar sessões
regulares de Vjing. A convite do progra-
mador Pedro Fradique, de quem já era
amigo de longa data, João Pedro Gomes
passou a assumir o comando das ima-
gens. “Eu na altura nem fazia bem ideia
do que era ser Vj”, confessa. “Na primeira
vez, como não tinha noção nenhuma, fiz
uma cassete VHS com um filme de uma
hora e tal. Pus umas imagens variadas,
cartazes de cinema antigos de umas
colecções que eu tinha… É claro que
nessa noite percebi que aquilo não era o
suficiente para uma sessão de 8 horas”.
Homem recatado e “estóico resistente
à ditadura do digital”, João Pedro Gomes
formou-se em design gráfico, passou por
agências de publicidade, produtoras de
cinema de animação e televisão, mas os
computadores para ele ainda vinham
com muitas reticências associadas. “Toda
a gente me dizia que podia desenhar no
computador e eu respondia: ‘mas dese-
nho como? O ecrã não fica riscado, é?’
É claro que assim que abri a Caixa de
Pandora… Pronto, ficou tudo lixado!”.
Da Caixa de Pandora de que João Pedro
Gomes fala sairia um mundo de possibi-
lidades e, até para um “defensor do old
school” como ele, o digital revelou-
-se uma boa ferramenta de trabalho.
“Quando estive na produtora de TV Latina
Europa, trabalhei no programa Pop Off
e como todas as semanas tinha de fazer
um videoclip de raiz com um orçamento
muito baixo muitas vezes recorria à pós-
-produção. Então fiquei sempre com essa
matriz. Nos meus sets gosto de ter uma
componente de imagem real mas tam-
bém gráfica. E percebendo as métricas do
Dj set, fui construindo ao longo do tempo
um repertório de imagens destinadas às
várias fases da noite”.
JPG From Daltonic Brothers tem sido
presença regular nas noites do MusicBox,
depois de o Lux, onde esteve durante 8
anos, ter decidido pôr fim às sessões de
Vjing. Apesar de considerar que o trabalho
do Vj continua a ser pouco reconhecido
– “ainda é um lugar subalterno à figura
do Dj” – João Pedro não abdica da função:
“Neste tipo de actividade nós somos os
nossos directores criativos, o que com-
pensa o cansaço e a baixa remuneração.
Compensa também pelo facto de poder ser
um campo de experimentação, um labora-
tório. Isso dá-me muito gozo, apesar de às
vezes ser muito difícil de conciliar com os
outros afazeres profissionais”.
Para além do Vjing, João Pedro Gomes faz
videoclips, vídeos para concertos e peças
de teatro, pós-produção de filmes e até ilus-
trações para livros. E desengane-se quem
pensa que este homem vive para a noite.
“Sou uma pessoa muito noctívaga, gosto
imenso de trabalhar à noite, é a altura
em que consigo ter maior capacidade de
concentração. Mas não sou uma pessoa da
night, sou até muito caseiro. Aliás, foi o meu
trabalho no Lux que me puxou mais para
sair e para conhecer a noite”.
As boas histórias ficam no ouvido
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26 Guia da Noite Lx magazine
Lusofonia »
“Liars”, a última criação de Inês Jacques, estreou a 31 de Outubro no CCB no
âmbito do Festival Temps D’Images e teve a participação d’ O Maquinista na con-
cepção da música. “Já conhecia o trabalho dele e sabia que era o ideal para este
projecto. Assim que a estrutura da peça ficou definida, ele fez a banda sonora de
uma assentada e ficou perfeito!”, conta.
Liars
Guia da Noite Lx magazine 27
Lusofonia
Não só dança, como canta e desenha
coreografias. Sempre preferiu as guitarras
eléctricas ao ballet, mas é como bailarina,
coreógrafa premiada e cantora na dupla
Ela Não é Francesa Ele Não é Espanhol que
Inês Jacques nos invade os sentidos.
Como é que descobriu que queria ser
bailarina/ coreógrafa?
Foi até bastante tarde. Desde pequena
sempre gostei de música, de dança, teatro…
mas achava sempre que iria ter uma banda
rock e tocar guitarra com distorção. Não
gostava de ballet, por isso, ao contrário de
todas as raparigas da época, fui aprender
a tocar órgão. Fiz dança de modo amador
paralelamente aos estudos de música
e só aos 16, 17 anos é que comecei a levar
a dança sério. Depois foi um golpe de
sorte: candidatei-me à Escola Superior
de Dança e entrei.
Nos espectáculos que cria gosta de
explorar o conceito de “cinema ao vivo”.
Porquê? Que significado tem o cinema
no seu trabalho?
Olho para o cinema na perspectiva do
movimento, como um fenómeno de ilusão
sofisticado e uma disciplina com inúmeras
possibilidades. Tenho me interessado
por estes mecanismos que levam à ilusão
de movimento e à ideia pouco definida
de cinematografia. É esta relação entre
movimento real e um movimento ilusório,
entre dança, imagem e movimento, que
questiono em palco.
Os seus espectáculos costumam ter
uma componente de música ao vivo.
É também uma forma de juntar no
mesmo palco duas artes que lhe dizem
muito: a dança e a música?
Sem dúvida! Embora diferencie um
espectáculo de dança de um de música,
deixo que os dois universos tragam ele-
mentos um ao outro. Por outro lado, é
Inês Jacques A menina dança? Texto»
Patrícia Raimundo
28 Guia da Noite Lx magazine
Lusofonia
também uma questão humana. É muito
mais rico interagir com um músico do
que com um CD. O “Liars” (ver caixa) é o
primeiro trabalho em que não tenho os
músicos em palco.
Tem colaborado com músicos como
Hipnótica ou I-Wolf dos Sofa Surfers.
Que lugar ocupa para si a música,
enquanto artista?
A música é muito importante para mim.
Desde que decidi estudar dança e tomá-la
como profissão, tive de deixar a música de
lado, porque a dança exige uma disciplina
enorme e era impossível conciliar. Desde
há 6 anos para cá que ando a tentar, aos
poucos, nivelar a dedicação às duas áreas.
Ainda não consegui, mas estou perto!
Tem também um projecto musical pró-
prio com Eduardo Raon. Como surgiu o
Ela Não é Francesa Ele não é Espanhol?
A ideia surgiu quando estava no Hot
Clube. Precisava de pôr em prática o que
estava a aprender e aborreciam-me de
morte aqueles grupos de standards de
jazz que as minhas colegas faziam. Andei
à procura de um músico com quem me
interessasse trabalhar. Conheci o Eduardo
nas gravações de Reconciliation dos Hip-
nótica e mais tarde vi-o em palco e pensei:
“é este!”. Felizmente ele aceitou. Temos
planeado gravar já há algum tempo, mas
por razões de calendário temos vindo a
adiar. Se tudo correr bem lançaremos um
álbum em 2010!
Já ganhou vários prémios em Portugal
e tem apresentado os seus espectáculos
em França, Eslovénia, Rússia… Como
sente que tem sido recebido o seu traba-
lho dentro e fora de Portugal?
Na Ásia sinto que o público toma os meus
trabalhos como qualquer coisa de muito
fresco e exótico, o que não deixa de ser
engraçado, porque para nós, ocidentais,
este tipo de trabalho é muito comum. Noto
que de um modo geral oriente e ocidente
ficam sensibilizados com a delicadeza de
alguns dos meus espectáculos.
Sendo as lógicas do cinema tão pre-
sentes no seu trabalho enquanto
coreógrafa, nunca pensou trabalhar
precisamente em cinema?
Já me fiz essa pergunta um milhar de
vezes! Porque é que não faço um filme?
Até agora nunca tive vontade de fazer
um. Nem sequer tenho ideias. Porque não
penso no cinema em termos narrativos,
nem de cenas, nem diálogos. Olho para o
movimento que ele tem, para a dinâmica,
o tom. Gostaria de participar de alguma
maneira num filme, mas concebê-lo… não
está nos meus planos. Mas quem sabe…
Depois de “Liars”, que outros trabalhos
está já a preparar?
Não tenho nada muito definido. Tenho
vários alinhavados com alguns artistas
como o compositor Gonçalo Gato, a coreó-
grafa Sílvia Pinto Coelho, o bailarino
Matthew William Smith (NZ), o encenador
Charles-Eric Petit (Fr) e… ando a pensar na
possibilidade de um álbum a solo.
Guia da Noite Lx magazine 29
Zoom »
§1
Tocam em festivais de músicas do mundo e
nas terras mais longínquas. Põem o público
em delírio e já tiveram verdadeiras invasões
de palco. Até fazem extensas “digressões
europeias”. Mas na verdade o que estes
cinco rapazes querem é dançar e ser felizes.
Tudo começou por culpa de um livro. “Uma
vez lemos O Principezinho …”, começa a
contar André Santos, o guitarrista. Não
consta que nenhuma das personagens
de Saint-Exupéry seja judia nem toque
música klezmer, por isso, Miguel Verís-
simo, o homem do clarinete, apressa-se a
repor a verdade dos factos: “Tem tudo a
ver com um livro que nos chegou às mãos
e que nós começámos a explorar”. Eram
páginas e páginas sobre o festivo e conta-
giante klezmer, género musical de origem
judaica que mistura influências e convida
à dança. Os cinco rapazes deixaram-se
cativar pela sonoridade e assim nascem
os Melech Mechaya. Pode ler-se como se
os “h” não estivessem lá, de outra forma
o nome já seria demasiado “indecorável”.
“Melech Mechaya significa ‘Reis da Ale-
gria’. Ou então rabanadas”, explica Miguel
Veríssimo. João Sovina, o contrabaixista,
insurge-se prontamente: “Então não era
pudim?! Que dia é hoje, hã?”, mas André
Santos põe água na fervura: “À segunda é
pudim, à terça é rabanadas”. Os encontros
destes 5 melechs, dentro e fora dos palcos,
são sempre assim, uma paródia pegada.
Melech MechayaQue Budja Ba esteja convosco!
Texto» Patrícia Raimundo
Fotografia» Ivo Cordeiro
Lusofonia
30 Guia da Noite Lx magazine
Zoom
Pode parecer difícil de acreditar, mas
André Santos, Miguel Veríssimo, João Graça,
João Sovina e Francisco Caiado não têm
qualquer relação com a cultura judaica.
“Temos noção de onde é que o klezmer
vem, da carga que tem noutros sítios, mas
não é isso que nos move”, esclarece Miguel.
Mais do que explorar referências culturais,
o que estes melechs querem mesmo é
diversão: pôr toda a gente a dançar e fazer
de cada concerto uma festa. Tocam klezmer
como poderiam tocar qualquer outro estilo
desde que isso lhes desse prazer. “O klez-
mer é sempre a nossa base, mas incluímos
sem grandes pruridos outros géneros que
às vezes calham bem, como o tango ou
o jazz. Até já tivemos um bocadinho de
samba numa das músicas! O João Graça
sambava com o arco do violino em direcção
aos céus. Era uma coisa que metia medo!”,
confessa Miguel Veríssimo. O culpado,
dizem, é o próprio Graça que ao regressar
de um estágio de um mês e meio no Brasil
trouxe consigo “a ginga do forró”, para
além do bronze e da obrigatória sunga, con-
forme faz questão de registar João Sovina.
Em palco, os Melech Mechaya juntam
todos os ingredientes para uma noite
de folia. “Depois da surpresa inicial, as
pessoas entregam-se à festa”, conta Fran-
cisco Caiado, o percussionista. Fala-se no
Festival Andanças, na Festa do Avante,
na Croácia, no inesquecível Santiago
Alquimista: os cinco têm dificuldades em
apontar o melhor de todos os concertos,
mas avançam histórias. “Como temos um
nome estrangeiro, anunciaram o concerto
no Santiago como ‘o encerramento da
digressão europeia’, mas na verdade a
digressão aconteceu 95% em Portugal e…
demos três concertos em Espanha.”, ri-se
Miguel Veríssimo. “Também
houve um concerto em que
tivemos quatro pessoas. Eram
quatro velhotes: a La Salette, o
Joaquim...”, continua divertido.
“Foi a única vez em que todo
o público subiu ao palco!”,
reforça André. Quando isto
acontece, pergunta-se o nome
a cada um dos presentes,
músicos e assistência fundem-
-se e a festa faz-se na mesma.
Com a bênção de Budja
Ba, as invasões de palco e os momentos
de verdadeira folia colectiva prometem
continuar e, quem sabe, até aconteça uma
digressão ainda mais internacional. Mas
afinal, quem é a entidade que dá nome ao
álbum de estreia deste animado quinteto?
“É a nossa deusa, a deusa da festa e da
alegria. Mas também dos pudins, das raba-
nadas, do vinho do Porto…”. De tudo o que é
bom, pois então.
João Graça (violino) é médico, Miguel Veríssimo (clarinete) é arquitecto, André Santos (guitarra) é economista, João Sovina (contrabaixo) é professor de música e Francisco Caiado (percussão) é biólogo. Quando pisam o palco, deixam de ser homens sérios e transformam-se em verdadeiros reis da folia.
Guia da Noite Lx magazine 31
Zoom
32 Guia da Noite Lx magazine
Animal Social »
Guia da Noite Lx magazine 33
Tudo começou naquele ano que ficou
conhecido como erótico: 1969. Tinha nove
anos e inventava canções “por imitação”.
Da primeira não se lembra de quase nada
a não ser que era uma mistura de duas dos
Beatles. “Sei que dizia ‘yeah yeah’ e ‘baby’.
Em inglês, claro”. “Claro” porque Gimba,
aliás, Eugénio Lopes, andava na Helen Kel-
ler, “uma escola muito prá frente”, onde se
estimulava a aprendizagem artística e das
línguas, segundo o modelo do aclamado
pedagogo João dos Santos. “Se não
houvesse aulas a gente chorava!”
Era o ano do Woodstock, do
homem na Lua, o ano em que a
britânica Lulu ganhou o Festival da Eurovi-
são. “Éramos todos tarados pela Lulu”.
Para ele, “mais do que a formação
(ou tanto como ela) a formatação é impor-
tante”. E explica: “Tive a sorte de o meu pai
ser louco por jazz. ‘Take 5’ é das primeiras
músicas de que me lembro. Cresci a ouvir
Beatles, Tom Jobim e Chico. E, claro, a Mada-
lena Iglésias”. Com três amigos, tinha uma
banda, “os Hippies do Pop”.
Gimba: “Sou o Marcelo Rebelo de Sousa destas coisas”Trinta anos a escrever canções num percurso que vai da prática à teoria
Texto» Myriam Zaluar
Animal Social
34 Guia da Noite Lx magazine
Animal Social
português na escrita de canções", os seus
objectivos passam pela "redução radical do
uso do inglês na música portuguesa”.
Padrinho dos Xutos, fundador dos Afonsi-
nhos do Condado, membro mais ou menos
oficial dos Irmãos Catita, dos Cavacos e
outros “agrupamentos mais ou menos
efémeros”, ao fim de vinte e
cinco anos como músico e pro-
dutor, a pouco e pouco, Gimba
afastou-se dos palcos e passou
a interessar-se pela escrita
de canções a nível teórico.
Não fazia ideia do caminho
que iria levar mas o percurso
desenhou-se por si. “Quando
comecei a estudar estas coisas
virei-me para as fonéticas”.
Actualmente anima um ateliê
de escrita de letras na Escrever-Escrever,
que já vai na “não-sei-quantésima” edição.
“Aconteceu quase por acaso. As pessoas
começaram a reparar que eu estava muito
atento a estas coisas da sílaba certa, etc.
Mostrei isto a um amigo que me convidou
para fazer umas palestras na ETIC. Mas não
era bem o público-alvo. Finalmente, decidi
montar um workshop e fui parar à ACT.
Antes, fui estudar melhor o assunto, pois
precisava de me munir. Foi como a desco-
berta de um tesouro, encontrar razões para
aquilo que eu sentia sem justificação. Uma
coisa é um instinto, uma intuição, outra é a
[sua] justificação teórica”.
Há cinco anos que se encontra a preparar
um “Songwriting Book” em português,
uma obra pioneira, para a qual entrevistou
algumas dezenas de autores de canções.
Mas não fez “nada de especial” até come-
çar a tocar viola, pelos 14 anos. Andava
então no Liceu Camões e depois, “pelos 16,
17”, e como “tinha jeito para o desenho”,
transitou para a António Arroio, que “pare-
cia a escola do Fame”. Foi ali que conheceu
Jorge Galvão, com quem mais tarde viria a
formar os Afonsinhos do Condado. Em 1978
o duo é convidado para abrir um concerto
dos Go Graal Blues Band em Lagos. Chama-
vam-se Tiro Liro e Vladimir.
Faziam “música light, para divertir”.
Isto, apesar de serem influenciados por
cantores de intervenção: Sérgio Godinho
e José Mário Branco, Bob Dylan e Simon &
Garfunkel, e sobretudo por “muito Brasil”,
“muito Chico e Caetano”, porque “até
certa altura tudo é feito por imitação”.
Referências que se faziam sentir “mais no
palavreado que na música” embora tivesse
desde muito cedo a percepção de que
“havia algo errado com o português [de
Portugal]”. Porém, embora se defina como
“estudioso compulsivo das vicissitudes do
“É verdade que existe algo de magia nisto de escrever canções. Quase todos têm uma rapidinha. Mas uma, não é o repertório todo. O resto da vida não é fornicação”.
Guia da Noite Lx magazine 35
Animal Social
Mas uma, não é o repertório todo. O resto
da vida não é fornicação”.
Os cursos, que duram quatro semanas,
são frequentados por doze participantes
no máximo. Às vezes tem surpresas: “ Não
posso ficar deslumbrado mas há duas ou
três pessoas que se notam logo”, afirma.
A pedido de várias famílias e por neces-
sidade própria, já abriu o segundo nível.
Admite que é perfeccionista, mas consi-
dera que o Português tem muitas vezes o
defeito de não ir até ao fundo das coisas.
Refere a escola anglosaxónica: “Todos os
‘songwriting books’ americanos falam em
audiência, em concorrência. O fito é ser
comercial, ter sucesso”. E remata, brin-
cando: “Costumo dizer que sou o Marcelo
Rebelo de Sousa destas coisas”.
Um trabalho sem fim à vista. “Ao fim de
cinco anos e com 250 páginas escritas,
estou outra vez na estaca zero. Tem de ser
todo reescrito”.
Entretanto, continua a escrever, mais
para outros que para si. Uma das questões
que se coloca frequentemente é saber
como se faz. Primeiro a letra? A música?
Tudo ao mesmo tempo? “Já fiz de todas as
maneiras. Nas encomendas costumo fazer
primeiro a letra. Tem de ser um perfect
match. Palavras e melodia têm de
acasalar… Isto de escrever canções
tem muito de kamasutra”.
Do estudo aprofundado do assunto,
Gimba retira quatro regras básicas
para a escrita de canções: repetição,
familiaridade, concisão, objectividade.
Insiste na importância de trabalhar
exaustivamente o material: “É verdade
que existe algo de magia nisto de escrever
canções. Quase todos têm uma rapidinha.
“Nunca fui fanático de novidades, parei nos anos 90. Conheço muito pouco do rock
desta década e já não ouço música nova há muito tempo. Preciso de um update de
bares. Hoje em dia as coisas parecem estar como que diluídas, os próprios bares
ficaram desfocados. Nos 80/90, cada bar tinha a sua identidade: Os Pastorinhos
tinham um som, o Nova tinha outro.”
Refere o Maxime, os bailaricos da Roda de Choro. “O Hotclub sempre foi uma casa
para mim. O Op Art em noites completamente loucas. Não é que tenha deixado de
sair, faço a minha vida, ando aí. Do Lux nunca gostei muito. Gosto do Musicbox
mas tem muito fumo, incomoda-me deveras. Gosto da Tasca do Tremoço. Dançar
nunca! Quer dizer, no tempo do Kremlin lá acabava por dançar…”
Onde vai e o que ouve
36 Guia da Noite Lx magazine
Livre Trânsito »
“Are you somebody?”, a pergunta, quase
retórica, ecoa pela sala. De casaco com-
prido a fazer lembrar Corto Maltese, Silk, o
vocalista, repete a questão e, sem esperar
pela resposta, grita: “We are somebody!” A
banda mal entrou em palco e já meio Musi-
cBox está a dançar, ou não fosse esta uma
daquelas noites em que o funk é rei e não
há como resistir ao apelo do corpo.
Há já um ano que na última quinta-feira
do mês o MusicBox recebe o ritmo e o
groove dos Cais Sodré Funk Connection, a
banda que junta nove militantes da música
negra com a
missão de agitar
o Cais do Sodré
com contagiantes
clássicos do funk.
Alexandre Cortez,
programador do MusicBox, lançou o desa-
fio de criar uma banda residente de funk
a Tiago Santos, que ficou encarregue de
trazer os restantes para a causa. Francisco
Rebelo, colega de Tiago nos Cool Hipnoise
e baixista também nos Cacique 97, foi logo
recrutado. O baterista Rui Alves, “compa-
nheiro de longa data”, e o teclista Daniel
Lima completaram a primeira formação
da banda. “A ideia era ter uma base de
quarteto e vários cantores convidados
que iriam rodando”, conta Tiago. Fernando
Nobre a.k.a. Silk inaugurou o microfone e
CSFCIt’s too funky in here!Verdadeiros militantes da música negra, os Cais do Sodré Funk Connection conseguiram a proeza de deslocar o Apollo Theater para o Cais do Sodré. Abram as janelas, porque o ar começa a faltar por estes lados!
Texto» Patrícia Raimundo
Guia da Noite Lx magazine 37
Livre Trânsito
38 Guia da Noite Lx magazine
Um retrato de família é sempre um documento da relação. Os corpos das mães e dos filhos, dos avós e dos irmãos – enternecidos, entretecidos – dizem-nostudo. Dizem-nos tudo o que precisamos de saber. Coisas que não sabem que estão a dizer.Paula Moura Pinheiro
PVP: 39,90€Disponível nas livrarias e no site www.101noites.com
“
”
ANÚNCIO 101 NOITES 09/11/24 12:21 Page 1
Livre Trânsito
ficou até hoje. Os Cais Sodré Funk Connec-
tion passavam oficialmente a quinteto,
com um vocalista fixo, logo na primeira
sessão, e quem já os viu ao vivo não tem
grandes dificuldades em perceber porquê.
Em palco, de óculos escuros, cabelo
desgrenhado, calças pretas de cabedal
e blusa tigresse, Silk transpira carisma e
funk. Invoca James Brown com o seu grito
característico, dirige-se ao público e pede
“Watch me!”, como fazia o próprio padrinho
do soul, enquanto os pés deslizam a um
ritmo alucinante.
Hoje, os Cais Sodré Funk Connection têm
dois vocalistas a tempo inteiro. “A Tamin era
só para vir cantar uma canção, mas tornou-
-se tão importante para a banda que teve de
ficar”, conta Tiago Santos. Mas ainda antes
de Tamin chegar, o grupo já tinha começado
a crescer com a entrada do saxofonista
João Cabrita (Cacique 97), do trompetista
Zé Raminhos e mais recentemente Miguel
Ângelo, no trombone. “São os chamados
Bocas Lindas!”, brinca Francisco Rebelo.
Vestidos a rigor, costumam ser nove em
palco, mas “em ocasiões especiais” gostam
de receber convidados, muitos vindos do
meio hip-hop. Sara Tavares, Sam The Kid,
Messias, Bob da Rage Sense ou Sir Scratch
já celebraram o funk com eles. “Há um certo
lado de jam session nos concertos”.
Para Tiago Santos, os concertos “são
quase Dj sets de funk tocados ao vivo”.
Dançar é imperativo nas quintas-feiras dos
CSFC: “Nós somos uma banda de música
clássica de dança. O soul e o funk são
estilos de música que desde os anos 60
se faziam para dançar, que passavam nas
jukeboxes e nos clubes dos circuitos mais
pobres e underground dos EUA”.
Destas noites suadas pode esperar-se
tudo, menos os temas mais óbvios. “Não
tocamos aqueles chavões
do soul e do funk que toda
a gente toca”, reforça Fran-
cisco Rebelo. O baixista tem
razão: não é preciso inter-
pretarem “Get Up (I Feel Like
Being a) Sex Machine” para
porem a sala em delírio e a
chamar por James Brown.
O segredo está em variar
o alinhamento e surpreen-
der, diz Silk. “Do primeiro
concerto que demos só se mantém uma
música: ‘Hard To Handle’, do Otis Redding.
De resto, está tudo alterado. Quando vais
ver um espectáculo tu queres ser surpre-
endido, e aqueles que nos são fiéis têm
sempre uma novidade”, conta o vocalista.
O público dos Cais Sodré Funk Connection
não podia ser mais ecléctico, mas Tiago
Santos consegue encontrar um denomina-
dor comum a todos: a paixão pela música.
Quem ainda não deu um salto ao Apollo
Theater do Cais do Sodré tem de fazer a
experiência uma vez que seja. É que nas
veias daqueles nove não corre sangue.
Corre funk.
A banda tem já sete temas gravados e está a preparar alguns originais que pretende editar em breve em formato single. Uma colaboração com o músico americano Rickey Calloway também está nos planos do grupo.
Um retrato de família é sempre um documento da relação. Os corpos das mães e dos filhos, dos avós e dos irmãos – enternecidos, entretecidos – dizem-nostudo. Dizem-nos tudo o que precisamos de saber. Coisas que não sabem que estão a dizer.Paula Moura Pinheiro
PVP: 39,90€Disponível nas livrarias e no site www.101noites.com
“
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ANÚNCIO 101 NOITES 09/11/24 12:21 Page 1
40 Guia da Noite Lx magazine
Seja responsável. Beba com moderação.
Até as coisas mais preciosas da vida merecem ser experimentadas. Estimadas. Apreciadas. Os nossos Whiskies Reserva são produzidos com total alheamento ao tempo e aos custos. São triplamente destilados, com todo o cuidado, e envelhecem em cascos de carvalho por longos e longos anos na Destilaria Jameson. Esperamos sinceramente que os valorize. Mas guardá-los? Preferíamos que não o fizesse. Jameson…too special to reserve.
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Best Of Sabores Glamour
faz figura{Alfama} R. do Paraíso, 15 B | 21 886 89 81 | © 12h30/15h; 20h30/23h | - 2ª ao almoço |€€€ O restaurante que faz sempre boa figura. Come-se uma excelente cozinha de fusão (especialidades portuguesas com laivos de requinte da gastronomia internacional) num terraço envidraçado com vista soberba para o Tejo. Inspire-se pela vista e pelas sugestões dos exímios chefes: folhado de queijo da Serra com mel e alecrim, Rosti de alheira de Mirandela com maçã e compota de cebola roxa, asa de raia confitada com citrinos, carré de borrego com açafrão, menta e estaladiço de couscous e, à sobremesa, um bolo de banana com chocolate quente e gelado de queijo fresco de se lhe tirar o chapéu.
stephens cru bar {Chiado} R. das Flores, 8 | 21 324 0224 | © 2ª a Sáb. 19h30/1h30 | - Dom. | €€€Eis aqui um espaço para aqueles que não têm medo de arriscar os novos sabores. Neste restaurante-bar-lounge todos os pratos levam ingredientes crus, mas isso não significa que a comida seja insossa. Na ementa há variados carpaccios – de salmão às três pimentos, figo com gelado de caramelo –, sushis, sashimis, tártaros, saladas e ostras frescas ao natural, tudo preparado com os melhores ingredientes, muita criatividade e sabor. O projecto é da equipa do Alecrim às Flores, que se esmerou em criar um ambiente moderno e trendy onde pode-se ir tanto para jantar como para tomar um copo ao som de boa música. É provar e aprovar!
flor de sal Pç. das Flores, 40 (Príncipe Real) 21 397 5065 | © 12h30/23h | - Dom. ao jantar €€€€Este restaurante concilia o profissionalismo e o ambiente descontraído com um serviço eficiente. O chefe brasileiro, Márcio Honorato, criou uma ementa em que predomina a mistura de sabores e temperos inusitados que muda conforme a estação e o horário: ao almoço, as refeições são mais ligeiras, com inúmeras opções de saladas, ao jantar aposta-se numa ementa mais elaborada na qual destacamos os risottos (de limão ou de pato) e o lombo Flor de Sal.
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42 Guia da Noite Lx magazine
Best Of Sabores Gourmet
lust{Rato} R. da Escola Politécnica, 275 | 21 387 0648 | © 19h30/1h | - Dom. | €€€ Com um conceito que integra num mesmo espaço um restaurante, uma loja biogourmet, bar e sala de exposições, o Lust destaca-se por aliar as artes à
gastronomia. Aqui há menus de grupo com ementas específicas, mas também se pode escolher um dos pratos à la carte como o risotto de caril com mariscos perfumados com funcho ou a dourada fresca em caldo de manjericão com arroz basmati, espinafres vermelhos e mexilhão. Ao fim-de-semana o Lust tem sempre Dj’s para animar a noite depois do jantar e, de quando em vez, prepara umas sugestivas noites temáticas.
cantina lx{Alcântara} R. Rodrigues Faria, 103 | 21 362 8239 | © 2ª a 6ª 9h30/23h; Sáb. 19h/23h | - Dom | €€Situada dentro do complexo Lx Factory, em Alcântara, a Cantina Lx possui uma ampla sala decorada com cadeiras coloridas e antigas mesas reaproveitadas. Ao utilizar o que restou da antiga Gráfica Mirandela, criou-se um ambiente descontraído e cativante. Sabe bem olhar para as múltiplas ferramentas que decoram o espaço e imaginar que funcionalidades tiveram durante a vida activa. Neste restaurante-cantina é possível comer refeições caseiras por dez euros (que incluem prato, imperial e café).
aqui há peixe {Chiado} R. da Trindade, 18 A | 21 343 2154 | © 3ª a 6ª 12h/15h; Sáb. Dom. 18h/2h | - 2ª | €€€De Comporta para o coração de Lisboa, em pleno Chiado. Esta é a nova morada do Aqui Há Peixe que mantém o mesmo espírito descontraído e com o mesmo lema do “Prazer de Bem Servir”. O Chefe Miguel Reino vai diariamente ao mercado 31 de Janeiro, no Saldanha, para escolher os peixes, mariscos e legumes que irão compor a ementa do dia.
44 Guia da Noite Lx magazine
Best Of SabBest Of Sabores do Mundo
everest montanha{Alvalade} Av. do Brasil, 130C | 21 847 3195 | © 12h/15h; 19h/23h30 | €€À primeira vista pode não parecer em nada diferente dos restaurantes indianos tradicionais. Mas, à medida que se vão descobrindo os sabores que este pequeno restaurante oferece, apercebemo-nos da individualidade da cozinha nepalesa. Com pratos bem confeccionados a preços bastante acessíveis, este é, sem dúvida, um local a visitar quando nos apetece sabores diferentes num ambiente informal e despretensioso. Como qualquer restaurante indiano que se preze, o serviço é simpático e eficiente.
café buenos aires{Av. da Liberdade} Escadinhas do Duque, 31 B | 21 342 0739 | © 18h/24h; Sáb. e Dom. 15h/24h | - 2ª | €€€Pequeno espaço acolhedor ao espírito do café argentino e com decoração a condizer. O país das Pampas e do Tango está ainda representado na lista de vinhos,
e na ementa (com o bife argentino), que quase sempre inclui ainda pratos de outros diferentes locais do Mundo. No dia em que visitámos o Café Buenos Aires, alguns dos nomes eram bem apelativos: salada boyarde com bleu d´Auvergne e ovo a cavalo; agnelotti de ricotta e noz, lasanha de cogumelos ao porto. Os enormes e suculentos bifes são imperdíveis. Único senão: o serviço demorado quando a casa está cheia.
il sorriso – trattoria{Príncipe Real} R. Dom Pedro V, 52 | 21 343 2389 | © 12h/15h; 18h/1h | €€€ | UMuito próximo de um dos miradouros mais belos da capital, situa-se este simpático restaurante que quase nos passou desapercebido. Quase, porque na verdade trata-se de em verdadeiro restaurante italiano, com uma ementa que inclui os melhores sabores desta cozinha. Desde as bruschettas, passando pelos deliciosos risottos, pastas secas e frescas, mariscos, peixes e carnes, tudo aqui é confeccionado com ingredientes de primeira qualidade, não fosse esta casa dos
mesmos proprietários do conhecido El Gordo. A decoração remete-nos para imaginário cinematográfico italiano, cobrindo as paredes com posters de filmes clássicos como La Dolce Vita, de Federico Fellini. Não se trata de um restaurante barato, mas a relação qualidade-preço é mais do que justa. Vale a pena conferir.
46 Guia da Noite Lx magazine
Best Of Noites Trendy
clube da esquina {Bairro Alto} R. da Barroca, 30 | 21 342 7149 | © 21h30/2h
Para quem se lembra, este espaço foi em tempos a Casa de Loucos. Um bar de características familiares que também fez história pela enchente de noctívagos que aqui se reunia. A nova gerência apostou num conceito inovador: oferecer uma programação musical que incluía a actuação de um Dj diferente todos os dias. Hoje, essa rotação musical é praticamente um must nos bares do Bairro Alto. Mas, nessa altura, o Clube da Esquina instituiu uma nova forma de oferecer música. E fizeram-no bem porque, em pouco tempo, os noctívagos aderiram a esta diversidade de sonoridades e esta esquina tornou-se um ponto de encontro privilegiado para noctívagos de diferentes “estirpes” e faixas etárias.
portas do sol{Castelo} Lgo. Portas do Sol | 91 754 7721 | © 10h/24h; 6ª e Sab. até 2h | €€€Na fronteira entre Alfama e o Castelo, nasceu uma enorme esplanada que nos convida a espreguiçar num dos inúmeros sofás pretos ou a beber um cocktail com os olhos postos no rio. Tomás Collares Pereira e Miguel Cristo apostaram numa decoração minimalista em tons de preto e branco e souberam tirar partido da deslumbrante vista sobre o Tejo revestindo as paredes do espaço interior de enormes vidraças. Aberta todos os dias, esta esplanada oferece uma ementa de sabores mediterrânicos onde se destacam as irrecusáveis sopas, as sandes gigantes de rosbife, salmão ou frango, as saladas e as tábuas de queijos e enchidos para petiscar ao pôr-do-sol. O mais recente spot lisboeta fica localizado num dos mais belos miradouros da capital que lhe empresta o nome: Portas do Sol.
48 Guia da Noite Lx magazine
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Best Of Noites Cool
lounge bar {Cais do Sodré} R. da Moeda, 1 | 21 846 2101 | © 21h/4h; 6ª e Sáb. 22h/4h | - 2ª Num cenário a atirar para o kafkiano, num beco escuro e esconso, o Lounge destoa dos seus congéneres pelo minimalismo. Sem pretensiosismos, apostou num conceito em que o que importa é o ambiente, sendo este fundamentalmente criado pelas pessoas que o frequentam. Como tal, a decoração é despojada, com algumas mesas e cadeiras dispersas e um balcão corrido em mármore dificilmente perceptível quando o espaço está apinhado. A clientela não poderia ser senão jovem e pouco sofisticada, não olhando à aparente falta de conforto. Excelente programação musical.
meninos do rio{Cais do Sodré} R. da Cintura do Porto de Lisboa, Arm. 255 | 21 322 0070 | © 12h30/4h | €€€Já com 7 anos de vida, o Meninos do Rio continua a ser um espaço incontornável na restauração e na diversão de Lisboa. Situado mesmo ao lado da estação fluvial do Cais do Sodré, possui uma vista arrebatadora sobre o Tejo. Com várias esplanadas, um restaurante e um sushi bar, este é o espaço ideal para um fim de tarde relaxante. Para isso contribui a atmosfera descontraída e uma decoração despretensiosa, com espreguiçadeiras que nos convidam a dar dois dedos de conversa. Nas noites quentes de Verão, a tranquila esplanada dá lugar a uma pista de dança animada, mas também no Inverno os Dj’s da casa põem todos a dançar. O Meninos do Rio está aberto todos os dias e é possível jantar até às 23h. O serviço muito lento precisa ser aprimorado.
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50 Guia da Noite Lx magazine
Best Of Noites ao Vivo
clube de fado{Alfama} R. São. João da Praça, 94 | 21 888 2694 | © 20h/2h | €€€Um dos mais prestigiados locais reservado aos amantes do fado, o Clube de Fado de S. João da Praça é também um dos clubes onde menos se sente a atmosfera turística usual nos “templos do fado”. O elenco da casa inclui nomes bem conhecidos da nossa praça como Alcindo de Carvalho, Cuca Roseta, Rodrigo Costa Félix, Luísa Rocha, Miguel Capucho ou Joana Amendoeira. Situado mesmo junto à Sé-Catedral de Lisboa, o Clube de Fado é um espaço muito acolhedor de traça antiga e está muito bem recuperado. Se gostas de fado este é, sem dúvida, um dos locais
incontornáveis para escutar os mais conhecidos fadistas da nova geração. Se quiseres também podes optar por jantar com a tua cara-metade. Os jantares são servidos a partir das 20h e os espectáculos têm início às 21h30.
santiago alquimista{Castelo} R. de Santiago, 19 | 21 888 4503 | © 5ª a Sáb. 18h/4hO segredo para o sucesso deste clube musical reside no facto de ser uma das poucas salas de concertos da capital e, claro, a qualidade da sua programação. Para além do espaço inspirador (dois pisos eximiamente recuperados), do ambiente descontraído, dos seus concertos, este original café-teatro ainda é palco para exposições, tertúlias ou conferências. É que, se a traça do espaço remete para tempos históricos, as sonoridades e actividades culturais que aqui se proporcionam são as mais actuais. Mantenha-se atento.
Seja
resp
onsá
vel.
Beba
com
mod
eraç
ão
52 Guia da Noite Lx magazine
Best Of Noites de Dança
clube rua {Bairro Alto} R. da Barroca, 111 | © 3ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. e 2ªPoderia ser apenas mais um bar-discoteca no Bairro Alto, mas não é. Isso porque o proprietário, Filipe Sequeira, não queria apenas abrir outro bar com bebidas baratas, o seu objectivo foi mais ambicioso: melhorar a noite do Bairro Alto, tornando-a mais atractiva e profissional. Por essa razão, ao abrir o Clube Rua – situado exactamente onde funcionaram o Napron e o Três Pastorinhos –, Filipe preocupou-se em diferenciá- -lo. Além da remodelação, que deu ao espaço uma sensação de amplitude ao utilizar portadas de vidro e poucos móveis, há uma escolha cuidada de Dj’s e uma carta de cocktails de se lhe tirar o chapéu (não deixem de provar o Mojito e o Long Island). O Bairro Alto bem merecia um espaço com preços acessíveis (drinks a 5€), a qualidade e o profissionalismo do Clube Rua.
ko-zee {Santos} Cç. Marquês de Abrante, 142 | 91 469 6795 | © 4ª a Sáb. 21h/4h | - Dom. a 3ªNo meio da enorme oferta de bares “adolescentes”, em Santos há um lugar que está a fazer a diferença. No Ko-Zee menores de 21 anos não entram e o ambiente é cuidado e acolhedor, com uma decoração que mistura elementos orientais com o melhor estilo europeu. A música aqui não é deixada ao acaso, ou não estivesse o espaço ligado à editora Safari Electronique, criada pelo proprietário, o Dj e produtor James Warren. Dos sons do mundo ao house mais underground, passando pelo nu-jazz, funk ou dubstep, o clube proporciona uma selecção musical refinada. Para além da boa música, capaz de agradar ao mais exigente dos ouvintes, há também deliciosos cocktails experimentais a não perder.
54 Guia da Noite Lx magazine
881 0320 | © 12h30/14h30;
20h/23h30 | - Dom.; 2ª
almoço | €€€€ | UBlues {Internacional} R. da
Cintura do Porto, 226 (Rocha
Conde d’Óbidos) 21 395 7085
| © 20h/1h | - Dom.; 2ª | €€€€
| UBocca {Internacional} R.
Rodrigo da Fonseca, 87D
(Rato) 21 380 8383 | © 3ª a 5ª
12h30/14h30; 20h/23h; 6ª e
Sáb. até 24h | - Dom., 2ª e
feriados | €€€€ | UBota Alta {Portuguesa}
Tv. da Queimada, 37 (Bairro
Alto) 21 342 7959 | © 12h/15h;
19h/22h30 | - Sáb. ao almoço;
Dom. | €€€
Brasuca R. João Pereira da
Rosa, 7 (Bairro Alto) 21 322
0740 | © 12h/15h; 19h/23h |
- 2ª ao almoço | €€
Bubbly {Internacional} R. da
Barroca, 106 (Bairro Alto) 21
155 6042 | © 3ª a Sab. 12h/15h;
20h/2h (cozinha até 0h30) |
- Dom. e 2ª | €€€€
Café Buenos Aires
{Argentina} Escadinhas do
Duque, 31 B
(Av. da Liberdade) 21 342 0739 |
© 18h/24h; Sáb. e Dom.
15h/24h | - 2ª | €€
Café In {Portuguesa} Av.
Brasília, Pav. Nascente, 311
(Belém) 21 362 6248 |
© 12h/24h | €€ | UCafé no Chiado
{Internacional} Lg. do
Picadeiro, 11-12 (Chiado)
Restaurantes e Cafés
1º Maio {Portuguesa} R. da
Atalaia, 8 (Bairro Alto) 21 342
6840 | © 12h/15h; 19h/23h |
- Sáb. jantar; Dom. | €€
100 Maneiras R. do Teixeira,
35 (Bairro Alto) 21 483 5394 |
© 20h/2h | - Dom. | €€€€
Afreudite {Internacional}
Passeio das Garças, Lt. 439, Lj.
1J (Pq. das Nações) 21 894 0660
| © 20h/24h | - Dom. | €€€
Agra {Indiano} R. da Graça, 65
(Graça) 93 955 4013 |
© 12h/22h | - 2ª | €€
Alcântara-Café
{Internacional} R. Maria Luísa
Holstein, 15 (Alcântara) 21 363
7176 | © 20h/1h | €€€€
Alecrim às Flores
{Portuguesa} Tv. do Alecrim,
4 (Cais do Sodré) 21 322 5368
| © 12h30/15h; 19h30/24h |
€€ | UAlfândega {Portuguesa} R. da
Alfândega, 98 (Baixa) 21 886
1683 | © 10h/2h | - Sáb.; Dom.
almoço | €€€ | UAli-à-Papa {Árabe} R. da
Atalaia, 95 (Bairro Alto) 21 347
41 43 | © 19h30/1h | - 3ª | €€
Alma {Internacional} Cç.
Marquês de Abrantes, 92
(Santos) | 21 396 3527 | © 3ª
a Sáb. 19h30/24h | - Dom. e
2ª | €€€€
Amo.te Lisboa {Internacional}
Pç. D. Pedro IV - Teatro
Nacional D. Maria II (Rossio)
21 342 0668 | © 10h/1h; 5ª a
Sáb. até 2h | - Dom. | €€€
Aqui Há Peixe {Internacional}
R. da Trindade, 18 A (Chiado)
21 343 2154 | © 3ª a 6ª 12h/15h;
Sáb. Dom. 18h/2h | - 2ª | €€€
Assuka {Japonesa} R. S.
Sebastião, 150 (Pq. Eduardo
VII) 21 314 9345 | © 12h/23h
| - Dom. | €€€€
Aya {Japonesa} R. Campolide,
531, Galerias Twin Towers,
Piso 0/Lj 1.56 (Campolide)
21 727 1155 | © 12h30/15h;
19h/23h | - Dom. almoço; 2ª |
€€€€ | UBanThai {Tailandesa} R.
Fradesso da Silveira, 2 Lj. Dt
(Alcântara) 21 362 1184 |
© 12h/15h30; 19h30/23h30 |
- Dom. | €€€ | UBarra Ibérica {Espanhola} Cç.
da Ajuda, 250 (Ajuda) 21 362
6010 | © 19h30/1h | - Dom. |
€€ | UBBC - Belém Bar Café
{Internacional} Av. Brasília,
Pavilhão Poente (Belém) 21
362 4232 | © 20h/3h | - Dom.
| €€€ | UBengal Tandoori {Indiana}
R. da Alegria, 23 (Av. da
Liberdade) 21 347 9918 |
© 12h/15h; 18h/24h | €€ | UBica do Sapato
{Internacional} Av. Infante
D. Henrique, Arm. B, Cais
da Pedra (Sta Apolónia) 21
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Guia da Noite Lx magazine 55
21 346 0501 | © 11h/2h |
- Dom. | €€
Café Royale {Internacional}
Lg. Rafael Bordalo Pinheiro,
29 (Chiado) 21 346 9125 | © 2ª
a Sáb. 10h/24h; Dom. 10h/20h
| €€
Café S. Bento {Portuguesa}
R. de S. Bento, 212 (S. Bento)
21 395 2911 | © 18h/2h |
- Dom. | €€€ | UCalcutá {Indiana} R. do Norte,
17-19 (Bairro Alto) 21 342 8295 |
© 12h/15h; 18h30/23h | - Sáb.;
Dom. | €€
Camponesa (A)
{Internacional} R. Marechal
Saldanha, 23-25 (Bairro Alto)
21 346 4791 | © 12h30/15h;
19h30/23h | - Sáb. ao almoço;
Dom. | €€
Cantina Lx {Portuguesa}
R. Rodrigues Faria, 103
(Alcântara) 21 362 8239 | © 2ª
a 6ª 9h30/23h; Sáb. 19h/23h
| - Dom | €€
Cantinho da Paz {Indiana} R.
da Paz, 4 (Santos) 21 396 9698
| © 12h30/15h; 19h30/23h | -
Dom. | €€€
Cantinho das Gáveas
{Portuguesa} R. das Gáveas,
82 (Bairro Alto) 21 342 6460 |
© 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb.
ao almoço; Dom. | €€€
Casa da Comida
{Internacional} Tv. das
Amoreiras, 1 (Rato) 21 388
5376 | © 13h/15h; 20h/24h
| - Dom.; Sáb. e 2ª ao almoço |
€€€€€ | U
Casa da Morna {Africana} R.
Rodrigues Faria, 21 (Alcântara)
21 364 6399 | © 19h30h/2h |
- Dom. | €€
Casa do Alentejo
{Portuguesa} R. das Portas de
Stº Antão, 58 (Baixa) 21 340
5140 | © 12h/15h; 19h/23h | €€
Casa do Algarve
{Internacional} Lg. da
Academia de Belas Artes, 14,
r/c (Bairro Alto) © 12h/16h30;
19h/23h30 | - Dom. | €€
Casa México {Mexicana}
Av. D. Carlos I, 140 (S. Bento)
21 396 5500 | © 2ª a 6ª 13h/15h;
Dom. a 4ª 20h/1h; 5ª a Sáb.
20h/2h | €€€
Casanostra {Italiana} Tv. do
Poço da Cidade, 60 (Bairro
Alto) 21 342 5931 | © 12h/15h;
20h/23h | - Sáb. ao almoço; 2ª
| €€€ | UCasanova {Italiana} Cais
da Pedra, Lj 7, Arm. B (Sta
Apolónia) 21 887 7532 |
© 12h30/1h30 | - 2ª e 3ª ao
almoço | €€€ | U
Cervejaria da Trindade
{Portuguesa} R. Nova da
Trindade, 20 (Bairro Alto) 21 342
3506 | © 12h/24h30 | €€€ | UChafariz do Vinho (Enoteca)
{Internacional} R. da Mãe
d’Água à Pç. da Alegria
(Príncipe Real) 21 342 2079 |
© 18h/2h | - 2ª | €€
Charcutaria (II) (A)
{Portuguesa} R. do Alecrim,
47 A (Bairro Alto) 21 342 3845
| © 12h30/15h30; 19h30/23h
| - Sáb. ao almoço; Dom. |
€€€€ | UCome Prima {Italiana} R. do
Olival, 258 (Lapa) 21 397 1287 |
© 12h/15h; 19h/23h30 | - Sáb.
ao almoço; Dom. | €€ | UComida de Santo {Brasileira}
Cç. Engº Miguel Pais, 39
(Príncipe Real) 21 396 3339 |
© 12h30/15h30; 19h30/1h | €€€
Confraria – York House (A)
{Internacional} R. das Janelas
Verdes, 32 - 1.º (Janelas Verdes)
21 396 2435 | © 12h30/16h;
19h30/22h30 | €€€€
Uma noite com
X-Acto Dj
Paragens obrigatórias
Café: Noobai / Esplanada da Graça
Restaurante: Indian Palace
Bar: Mini-Mercado
Discoteca: MusicBox
56 Guia da Noite Lx magazine
Cop’ 3 {Portuguesa} Lg.
Vitorino Damásio, 3 (Santos)
21 397 3094 | © 12h30/23h30
| - Sáb. ao almoço; Dom. |
€€€€ | UDeliDelux {Café} Av. Infante
D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta
Apolónia) 21 886 2070 |
© 3ª a 5ª 12h/20h; 6ª 12h/22h;
Sáb. 10h/22h; Dom. 10h/20h
| - 2ª | €€€
Divina Comida {Portuguesa}
Lg. de S. Martinho, 6-7
(Alfama) 21 887 5599 |
© 12h/1h | €€
Espalha Brasas {Portuguesa}
Doca de Stº.Amaro, Arm. 9
(Docas) 21 396 2059 | © 12h/2h
| - Dom. | €€€
Doca do Espanhol
{Portuguesa} Galeria do
Museu da Cera, Arm. 2, Lj. 12-17
(Docas) 21 393 2600 |
© 12h30/16h; 19h30/24h |
- Dom.; 2ª ao jantar | €€€ |
UDom Pomodoro {Italiana}
Doca de Sto Amaro, Arm. 13
(Docas) 21 390 9353 | © 12h/2h
| €€€ | U
El Gordo II {Espanhola} Tv.
dos Fiéis de Deus, 28 (Bairro
Alto) 21 342 6372 | © 17h/2h
| - 2ª | €€€
El Último Tango {Argentina}
R. Diário de Notícias, 62 (Bairro
Alto) 21 342 0341 | © 19h30/23h
| - Dom. | €€€ | U
Eleven {Internacional} R.
Marquês da Fronteira (Pq.
Eduardo VII) 21 386 21 11 |
© 12h30/15h; 19h30/23h |
- Dom.; 2ª | €€€€
Esperança {Italiana} R. do
Norte, 95 (Bairro Alto) 21 343
2027 | © 13h/16h; 20h/2h |
- 2ª; 3ª ao almoço | €€€
Estrela da Bica
{Internacional} Tv. do Cabral,
33 (Bica) 21 347 3310 |
© 19h/23h; 6ª e Sáb. até 24h
| - 2ª | €€
Everest Montanha
{Nepalesa} Av do Brasil, 130C
(Alvalade) 21 847 3195 | ©
12h/15h; 19h/23h30 | €€
Farah’s Tandoori {Indiana}
R. de Santana à Lapa, 73 B
(Lapa) 21 390 9219 | © 12h/15h;
19h/22h30 | - 3ª | €€
Faz Figura {Portuguesa}
R. do Paraíso, 15 B (Alfama)
21 886 89 81 | © 12h30/15h;
20h30/23h | - 2ª ao almoço |
€€€ | UFidalgo {Portuguesa} R. da
Barroca, 27-31 (Bairro Alto) 21
342 29 00 | © 12h/15h; 19h/23h
| - Dom. | €€€
Flor da Laranja {Marroquina}
R. da Rosa, 206 (Bairro Alto) 21
342 2996 | © 12h/15h; 20h/24h
| - Dom.; 2ª ao almoço | €€
Flor de Sal {Internacional} Pç.
das Flores, 40 (Príncipe Real)
21 397 5065 | © 12h30/23h
| - 2ª | €€€€
Flores {Internacional} R.
das Flores, 116 (Bairro Alto)
21 340 8252 | © 12h30/15h;
19h30h23h | €€€€
Floresta do Calhariz
{Portuguesa} R. Luz Soriano, 7
(Bairro Alto) 21 342 5733 |
© 12h/23h | - Dom. | €€ | UFusion Sushi {Japonesa} Lg.
de Santos, 5 (Santos) 21 395
5820 | © 12h30/15h; 20h/23h;
6ª e Sáb. até 24h | - Sáb. ao
Almoço; Dom. | €€€€
Gambrinus {Portuguesa} R.
das Portas de Sto Antão, 23
(Restauradores) 21 342 1466 |
© 12h/1h30 | €€€€€ | UGemelli {Italiana} R. Nova da
Piedade, 99 (S. Bento) 21 395
2552 | © 12h30/14h30; 20h/24h
| - Dom.; 2ª | €€€€
Haweli Tandoori {Indiana} Tv.
do Monte, 14 (Graça) 21 886
Uma noite com
João Branco KyronMúsico O Maquinista e Hipnótica
Paragens obrigatórias
Café: Noobai
Restaurante: Rock'n Sushi
Bar: Bicaense
Discoteca: Lux
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Guia da Noite Lx magazine 57
La Paparrucha {Argentina}
R. D. Pedro V (Príncipe Real)
21 342 5333 | © 12h/15h;
19h30/24h30 | €€€ | ULucca {Italiana} Trav.
Henrique Cardoso, 19-B
(Alvalade) 21 797 2687
| © 12h/15h; 19h/1h | - 4ª
| €€€ | ULust {Internacional} R. da
Escola Politécnica, 275 (Rato)
21 387 0648 | © 19h30/1h | -
Dom. | €€
Mar Adentro {Internacional}
R. do Alecrim, 35 (Cais do
Sodré) 21 346 9158 |
© 10h/23h; sáb. 14h/24h; Dom.
14h/22h | €€
Mercearia {Portuguesa} R. da
Madre, 72 (Madragoa) 21 397
7998 | © 12h30/15h; 19h30/23h
| - Dom. ao almoço; 3ª | €€
Mesa de Frades {Casa de
Fado} R. dos Remédios, 139 A
(Alfama) 91 702 9436 |
© 10h/2h | - Dom. e 3ª | €€€
Montado {Portuguesa} Cç.
Marquês de Abrantes, 40
(Santos) 21 390 9185 |
© 12h/2h | - 2ª e Dom. | €€€
7713 | © 12h/15h; 19h/22h30
| - 3ª | €€
Il Sorriso - Trattoria
{Italiana} R. Dom Pedro V, 52
(Príncipe Real) 21 343 2389 |
© 12h30/15h; 19h30/1h | €€€
| UImpério dos Sentidos
{Internacional} R. da Atalaia,
35 (Bairro Alto) 21 343 1822 |
© 20h/2h | - 2ª | €€€
Jardim dos Sentidos
{Vegetariana} R. da Mãe
d´Água, 3 (Av. da Liberdade)
21 342 3670 | © 12h/15h;
19h/22h | - Sáb. ao almoço;
Dom. | €€ | UKaffeehaus {Austríaca} R.
Anchieta, 3 (Chiado) 21 095
6828 | © 11h/24h; 6ª e Sáb.
11h/2h; Dom. 11h/20h | - 2ª
| €€
Kais {Internacional} R. da
Cintura - Cais da Viscondessa
(Rocha Conde d’Óbidos) 21 393
2930 | © 20h/23h30 | - Dom. |
€€€€ | UKoi Sushi Trav. Fradesso da
Silveira, 4 Lj B (Alcântara) 21
364 0391 | © 2ª a 6ª 12h/15h;
20h/24h; Sáb. 20h/24h | - Sáb.
ao almoço; Dom. | €€€
La Brasserie de l’Entrecôte
{Francesa} R. do Alecrim, 117
(Bairro Alto) 21 347 3616 | ©
12h30/15h30; 20h30/24h | €€€
La Moneda {Internacional}
R. da Moeda, 1C (Santos) 21
390 8012 | © 10h/2h | - Dom.
| €€€ | U
Nariz de Vinho Tinto
{Portuguesa} R. do Conde,
75 (Lapa) 21 395 3035 |
© 12h45/15h; 19h45h/23h |
- Sáb. e Dom. almoço; 2ª
| €€€€
New Wok {Asiática} R. Capelo,
24 (Chiado) 21 347 7189 |
© 12h/15h; 20h/24h | €€€
Noobai Café {Café} Miradouro
do Adamastor (Sta Catarina) 21
346 5014 | © 12h/24h | €€ | UNood {Asiática} Lg. Rafael
Bordalo Pinheiro, 20B (Chiado)
21 347 4141 | © 12h/24h | €€€
| UNovo Bonsai {Japonesa} R.
da Rosa, 244 (Bairro Alto)
21 346 2515 | © 12h30/14h;
19h30/22h30 | - Dom. | €€€
Olivier Café {Internacional} R.
do Alecrim, 23 (Cais do Sodré)
21 342 2916 | © 20h/1h |
- Dom. | €€€ | UOriente Chiado {Vegetariana}
R. Ivens, 28 (Chiado) 21 343 1530
| © 12h/15h; 19h30/22h30 | €€€
Uma noite com
Pedro VieiraIlustrador
Paragens obrigatórias
Café: Centro Ideal da Graça
Restaurante: A Tapadinha
Bar: Catacumbas
Discoteca: Incógnito
58 Guia da Noite Lx magazine
Ozeki {Japonesa} R. Vieira da
Silva, 66 (Alcântara) 21 390
8174 | © 12h/15h; 19h30/23h30
| - Sáb. e Dom. almoço | €€€
Paladar - Cozinha
de Mercado {Internacional}
Cç. do Duque, 43 A (Bairro
Alto) 21 342 3097 | © 19h30/2h
| - Dom. | €€€
Pap’Açorda {Portuguesa} R.
da Atalaia, 57-59 (Bairro Alto)
21 346 4811 | © 12h/14h30;
20h/23h30 | - Dom.; 2ª | €€€€
| UPedro das Arábias
{Marroquina} R. da Atalaia, 70
(Bairro Alto) 21 346 8494 |
© 19h30/1h | - Dom. | €€
Picanha {Brasileira} R. das
Janelas Verdes, 96 (Santos)
21 397 5401 | © 12h/15h;
19h30/24h | - Sáb.; Dom. ao
almoço | €€€ | UPitéu (O) {Portuguesa} Lg. da
Graça (Graça) 21 887 10 67 |
© 12h/15h; 19h/22h30 | - Sáb.
ao jantar; Dom. | €€
Pizzeria Mezzogiorno
{Italiana} R. Garrett, 19
(Chiado) 21 342 1500 |
© 12h30/15h30; 19h30/24h |
- Dom.; 2ª almoço | €€ | URestaurante da Trindade
{Portuguesa} R. Nova da
Trindade, 10 (Bairro Alto) ©
12h/15h; 19h/22h | - Dom | €€
Restô do Chapitô
{Internacional} R. Costa do
Castelo, 7 (Castelo) 21 886
7334 | © 2ª a 6ª 19h30/2h;
Sáb., Dom. e feriados 12h/2h
| €€€ | URock’n Sushi {Japonesa} R.
Fradesso da Silveira, Bl. C
(Alcântara) 21 362 0513 |
© 12h/15h; 20h/2h | €€€
Rosa da Rua {Portuguesa}
R. da Rosa, 265 (Bairro Alto)
21 343 2195 | © 12h30/15h;
16h30h/24h30 | - 2ª | €€€€
| USanto António de Alfama
{Internacional} Beco de S.
Miguel, 7 (Alfama) 21 888 1328
| © 12h/15h; 20h/2h | - 3ª |
€€€ | USenhora Mãe {Internacional}
Lg. de São Martinho, 6 (Alfama)
21 887 5599 | © 12h30/24h; 6ª e
Sáb. até às 2h | - 3ª | €€€ | U
Sinal Vermelho {Portuguesa}
R. das Gáveas, 89 (Bairro
Alto) 21 343 1281 | © 12h/15h;
20h/1h | - Dom. | €€
Snob {Internacional} R. do
Século, 178 (Príncipe Real)
21 346 37 23 | © 16h30/3h |
€€€ | USofisticato {Italiana} R. São
João da Mata, 27 (Santos) 21
396 53 77 | © 19h30/23h; 6ª e
Sáb. até 24h | - 2ª | €€€€
Sokuthai {Tailandesa} R. da
Atalaia, 77 (Bairro Alto) 21 343
2159 | © 20h/2h | - Dom. | €€€
Sommer {Internacional}
R. da Moeda, 1-K (Santos)
21 390 5558 | © 20h/24h; 5ª a
Sáb. até 2h | - Dom. | €€€€
Spot Lx {Internacional} Al. dos
Oceanos (Pq. das Nações) 21
892 9043 | © 18h/3h | €€€€
Stephens Cru Bar R. das
Flores, 8 (Chiado) 21 324 0224
| © 2ª a Sáb. 19h30/1h30 | -
Dom. | €€€
Stop do Bairro {Portuguesa}
R. Tenente Ferreira Durão, 55
(Campo de Ourique) 21 388
8856 | © 12h/15h30; 19h/23h
| - 2ª | €€ | USucre {Internacional} R. Sousa
Martins, 14 D (Saldanha) 21
314 7252 | © 12h30/15h30;
20h/22h30 | - Dom.; 2ª a 4ª ao
jantar | €€€
Sul {Internacional} R. do
Norte, 13 (Bairro Alto) 21 346
2449 | © 12h/15h; 20h/2h
| - 2ª | €€€
Uma noite com
Daniela Coutinho Responsável Comunicação Ondajazz
Paragens obrigatórias
Esplanada: Príncipe Real
Restaurante: Lucca
Bar: OndaJazz
Discoteca: MusicBox
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Guia da Noite Lx magazine 59
Sushi Lounge (Estado
Líquido) {Japonesa} Lg. de
Santos, 5 A (Santos) 21 397 2022
| © 20h/3h | €€€
Taberna do Chiado
{Portuguesa} Cç. Nova de São
Francisco, 2A (Chiado) 21 347
4289 | © 12h/23h | €€€ | UTaberna Ideal {Portuguesa}
R. da Esperança, 112 (Santos)
21 396 2744 | © 3ª e 6ª das
19h/2h; Sáb. e Dom. 13h30/2h
| - 2ª | €€
Tamarind {Indiana} R. da
Glória, 43 (Baixa) 21 346 6080 |
© 2ª a 6ª 11h30/15h;
18h30/23h30: Sáb. e Dom.
ao almoço | €€€
Tapadinha (A) {Russa} Cç. da
Tapada, 41 A (Alcântara) 21
364 0482 | © 12h/15h; 20h/2h
| - Dom. | €€€
Tasca da Esquina
{Portuguesa} R. Domingos
Sequeira, 41C (Campo de
Ourique) 21 099 3939 | ©
12h30/24h | - Dom. e 2ª
(almoço) | €€€€
Tavares Rico {Internacional}
R. da Misericórdia, 37 (Chiado)
21 342 1112 | © 12h30/14h30;
19h30/22h30 | - Dom. | €€€€€
Tibetanos (Os) {Vegetariana}
R. do Salitre, 117 (Rato) 21 314
2038 | © 12h/14h; 19h30/21h30
| - Dom. | €€€
Tokyo-Lisboa {Japonesa} Cç.
do Sacramento, 34-36 (Chiado)
21 346 9308 | © 12h/15h;
19h/23h | - Sáb.; Dom. ao
almoço | €€€
Toma Lá Dá Cá {Portuguesa}
Tv. do Sequeiro, 38 (Bairro
Alto) 21 347 9243 | © 12h/24h
| - Dom. | €€
Travessa (A) {Belga} Tv.
Convento Bernardas, 12
(Santos) 21 394 0800 |
© 12h30/15h; 20h/24h | - Sáb.
ao almoço; Dom. | €€€€
Tsuki {Japonesa} R. Nova de S.
Mamede, 18 (Príncipe Real) 21
397 5723 | © 12h/15h ; 20h/02h
| - 2ª e Sáb. ao almoço | €€€
Txakoli {Basca} R. São Pedro
de Alcântara, 65 (Bairro Alto)
21 347 8205 | © Dom. a 4ª
12h/1h; 5ª a Sáb. 12h/2h | €€€
Uai! {Brasileira} Cais das
Oficinas, Arm. 114 (Rocha
Conde d’Óbidos) 21 390 0111 |
© 13h/15h; 20h/23h | - 3ª e 4ª
ao almoço; 2ª | €€€
Varanda da União
{Internacional} R. Castilho,
14C, 7º (Pq. Eduardo VII)
21 314 1045 | © 12h/15h30;
19h30/23h30 | - Dom. | €€€€
Vela Latina {Internacional}
Doca do Bom Sucesso (Belém)
21 301 7118 | © 12h30/15h;
20h/22h30 | - Dom. | €€€€
| UVelha Gruta {Internacional}
R. da Horta Seca, 1B (Bairro
Alto) 21 342 4379 | © 20h/24h
| - Dom. | €€€ | UVertigo Café {Internacional}
Tv. do Carmo, 4 (Bairro Alto)
21 343 3112 | © 10h/24h | €€
Viagem de Sabores
{Internacional} R. S. João da
Praça, 103 (Sé) 21 887 0189 |
© 20h/23h | - Dom. | €€€
XL {Internacional} Cç. da
Estrela, 57 (S. Bento) 21 395
6118 | © 20h/24h | - Dom. |
€€€€ | U
Bares e Discotecas
Agito R. da Rosa, 261 (Bairro
Alto) 21 343 0622 | © 19h30/3h
| - 2ª
Agra Club R. do Norte, 121
(Bairro Alto) | © 23h/4h |
- Dom.; 2ª
Amo-te Chiado Cç. Nova de S.
Francisco, 2 (Chiado) 21 342
0668 | © 10h/2h | - Dom.
Arcaz Velho Cç. do Forte,
56 (Sta Apolónia) © 18h/2h
| - Dom.
Arena Lounge Casino de
Lisboa, Al. dos Oceanos, Lote
1.03.01 (Pq. das Nações) 21 892
9046 | © 15h/3h | UArmazém F R. da Cintura do
Porto, Arm. 65 (Cais do Sodré)
21 322 0160 | © 19h30/5h | - 2ª
Associação Bacalhoeiro
R. dos Bacalhoeiros, 125, 2º
(Baixa) 21 886 4891 | © 18h/2h,
6ª e Sáb 18h/4h | - 2ª
Associação Loucos e
Sonhadores Tv. do Conde de
Soure, 2 (Bairro Alto)
© 22h30/4h | - Dom.
60 Guia da Noite Lx magazine
7940 | © 20h/2h | - Dom.;
2ª | UBritish Bar R. Bernardino da
Costa, 52 (Cais do Sodré)
21 342 2367 | © 8h/24h; 6ª e
Sáb. 8h/2h
Buddha Bar Gare Marítima de
Alcântara (Docas) 21 395 0541 |
© 21h/4h | - 2ª; 3ª | U
Cabaret Maxime Pç. da
Alegria, 58 (Av. da Liberdade)
21 346 7090 | © 22h/6h | UCapela R. da Atalaia, 45
(Bairro Alto) 21 347 0072 |
© 20h/4h
Catacumbas Jazz Bar Tv.
Água da Flor, 43 (Bairro
Alto) 21 346 3969 | © 22h/4h
| - Dom.
Chueca R. da Atalaia, 97
(Bairro Alto) 91 957 4498 | © 2ª
a 5ª 19h/2h; 6ª e Sáb. 19h/3h
| - Dom.
Cinco Lounge R. Ruben A.
Leitão, 17 A (Príncipe Real)
21 342 4033 | © 15h/2h
Club Carib R. da Atalaia, 78
(Bairro Alto) 96 110 0942 |
© 22h/3h30
Club Souk R. Marechal
Saldanha, 6 (Bairro Alto)
21 346 5859 | © 22h/4h |
- Dom.; 2ª
Clube da Esquina R. da
Barroca, 30 (Bairro Alto)
21 342 7149 | © 21h30/2h
Clube do Fado de S. João da
Praça R. São. João da Praça,
94 (Alfama) 21 888 2694 | ©
20h/2h | €€€
Clube Lua Av. Infante D.
Henrique, Arm. A-B (Jardim do
Tabaco) © 24h/5h | - Dom. a 4ª
Clube Rua R. da Barroca,
111(Bairro Alto) © 3ª a Sáb.
21h/4h | Enc. Dom. e 2ª
Crew Hassan R. das Portas de
Santo Antão, 159 – 1º (Baixa)
© 2ª a Sáb. 14h/24h; Dom.
18h/24h | UDock's Club R. da Cintura
do Porto, 226 (Rocha Conde
d’Óbidos) 21 395 0856 |
© 24h/6h | - Dom.; 2ª e 4ª
Domus Alcântara R. Maria
Isabel Saint Léger, 12
(Alcântara) © Aberto para
eventos
Elevador Amarelo R. da Bica
de Duarte Belo, 37 (Bica)
© 22h/2h | - 2ª | UEsquina da Bica Bar R. da
Bica de Duarte Belo, 26 (Bica)
© 22h/2h | - Dom.; 2ª
Baliza R. Bica Duarte Belo, 51
A (Bica) 21 347 8719 | © 13h/2h;
sáb. 18h/2h | - Dom.
Bar BA R. das Flores, 116
(Chiado) 21 340 8252 |
© 10h30/1h30 | UBar das Imagens Cç. Marquês
de Tancos, 1 (Castelo) 21 888
4636 | © 11h/2h; Dom. 15h/23h
| - 2ª
Bar do Bairro R. da Rosa, 255
(Bairro Alto) 21 346 0184 |
© 23h30/4h | - 2ª | UBar do Rio Arm. A, Porta 7
(Cais do Sodré) 21 347 0970 |
© 24h/5h | - Dom. a 4ª
Bar Rua R. da Barroca, 96
(Bairro Alto) © 21h/4h |
- Dom.; 2ª
Bartô R. Costa do Castelo, 1-7
(Castelo) 21 885 550 | © 22h/2h
| - 2ª
BedRoom R. do Norte, 86
(Bairro Alto) 21 343 1631 |
© 21h/2h | - Dom. a 3ª
Bicaense Café R. da Bica
Duarte Belo, 42 (Bica) 21 325
Uma noite com
NessaRapper dos La Dupla
Paragens obrigatórias
Esplanada: Starbucks (Belém)
Restaurante: Osaka
Bar: Musicbox
Discoteca: Sweet
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Guia da Noite Lx magazine 61
Estado Líquido Lg. de Santos,
5 (Santos) 21 395 5820 |
© 20h/2h | UEuropa R. Nova do Carvalho,
28 (Cais do Sodré) © 23h/4h;
6h/10h | 21 342 1848 | UFábrica Braço de Prata R.
da Fábrica do Material de
Guerra, 1 (Beato) © 4ª a Sáb.
18h/4h; Dom. 15h/24h | - 2ª;
3ª | UFiéis ao Bairro Tv. da Espera,
42 A (Bairro Alto) © 18h/2h
Fiéis aos Copos R. da Barroca,
43 (Bairro Alto) | © 20h/2h
Finalmente R. da Palmeira, 38
(Príncipe Real) 21 347 2652 |
© 22h/5h | UFluid Av. D. Carlos I, 67 (Santos)
21 395 5957 | © 22h/4h
Frágil R. da Atalaia, 126
(Bairro Alto) 21 346 9578 |
© 23h30/4h | - Dom.; 2ª | UFunicular R. da Bica Duarte
Belo, 44 (Bairro Alto) © 22h/2h
| - Dom., 2ª a 4ª | UGaleria Zé dos Bois – ZDB
R. da Barroca, 59 (Bairro Alto)
21 343 0205 | © 22h/2h | UGroove Bar R. da Rosa, 148-
150 (Bairro Alto) © 2ª a Sáb
22h/4h | - Dom. | UHard Rock Café Av. da
Liberdade, 2 (Av. da Liberdade)
21 324 5280 | © 12h/24h; 6ª e
Sáb. 12h/2h
Hennessy’s Irish Pub R. do
Cais do Sodré, 32-38 (Cais do
Sodré) 21 343 1064 | © 12h/2h;
6ª e Sáb. 12h/3h
Hot Clube Pç. da Alegria, 39
(Av. da Liberdade) 21 346 7369 |
© 22h/2h | - Dom.; 2ª | UIndie Diferenza Live Bar
R. da Atalaia, 172 (Bairro Alto)
© 21h30/2h
In Rio Lounge Av. Brasília,
Pavilhão Nascente, 311
(Belém) 21 362 6248 | © 9h/4h
Incógnito R. Poiais de S.
Bento, 37 (Santos) 21 390 8755
| © 23h/4h | - 2ª; 3ª | UIndochina R. Cintura do Porto
de Lisboa, 232 Arm. H (Santos)
21 395 5875 | © 23h/6h |
- Dom.; 2ª
Jamaica R. Nova do Carvalho,
6 (Cais do Sodré) 21 342 1859 |
© 23h/6h | - Dom. | UKais R. da Cintura – Cais da
Viscondessa (Rocha Conde
d’Óbidos) © 20h/23h30 |
- Dom. | U
Kapital Av. 24 de Julho, 68 (24
de Julho) 21 393 2930 | © 5ª a
Sáb. e vésp. feriados 23h/6h
| - Dom.; 2ª
Konvento Pátio do Pinzaleiro,
22-26 (24 de Julho) 21 395 7101
| © 24h/6h | - Dom. a 4ª
Kozee Club Cç. Marquês de
Abrante, 142 (Santos) © 4ª a
Sáb. 21h/4h | - Dom. a 3ª
Kuta Bar Trav. do Chafariz
d’El-rei, 8 (Alfama) 96 795 7257
| © 3ª a Sáb. 15h/2h; Dom.
11h/18h| - 2ª
Kremlin R. Escadinhas da Praia,
5 (24 de Julho) 21 395 7101 |
© 24h/8h | - Dom.; 2ª a 5ª
L Gare R. da Rosa 136 (Bairro
Alto) © 17h/2h | - Dom. e 2ª
La Hora Española {Espanhola}
Cç. Marquês de Abrantes, 58
(Santos) 21 397 1290 |
© 12h/15h;19h/2h | €€€
Le Goût du Vin R. de S. Bento,
107 (São Bento) 21 395 0070 |
© 19h/2h | - Sáb.
Left Lg. Vitorino Damásio, 3
F (Santos) 91 635 9406 | © 3º a
Dom. 22h/4h | - Dom.| U
Uma noite com
Jorge Vaz NandeArgumentista e produtor de conteúdos
Paragens obrigatórias
Esplanada: C. do Monte / C. Mártires Pátria
Restaurante: Agra, o melhor indiano de Lisboa
Bar: Bica e Bairro, modo random
Discoteca: MusicBox
62 Guia da Noite Lx magazine
Le Marais R. de Sta. Catarina,
28 (Adamastor) 21 346 7355 |
© Dom. a 5ª 12h/2h; 6ª e sáb.
12h/4h | ULes Mauvais Garçons R. da
Rosa, 39 (Bairro Alto) 21 343
3212 | © 12h/1h | ULivraria Trama R. São Filipe
Nery, 25B (Rato) 21 388 8257
| © 10h/19h30; 5ª e 6ª até 24h
| - Dom.
Loft R. do Instituto Industrial,
6 (Santos) 21 396 4841 |
© 24h/6h | - Dom. a 4ª
Lounge Bar R. da Moeda, 1
(Santos) 21 846 2101 | © 21h/4h;
6ª e sáb. 22h/4h | - 2ª | )Lux-Frágil Av. Infante
D. Henrique, Arm. A (Stª
Apolónia) 21 882 0890 |
© 18h/6h | - Dom.; 2ª | )LX Factory R. Rodrigues Faria,
103 (Alcântara) 21 314 3399
Majong R. da Atalaia, 3 (Bairro
Alto) 21 342 1039 | © 21h30/4h
| U
Maria Caxuxa R. da Barroca,
6-12 (Bairro Alto) © 19h30/2h
| - Dom. | UMaria Lisboa R. das
Fontainhas, 86 (Alcântara) 21
362 2560 | © 6ª e vésp. feriados
23h30/6h | - Dom. a 5ª
Meninos do Rio R. da Cintura
do Porto de Lisboa, Arm. 255
(Cais do Sodré) 21 322 0070 | ©
12h30/4h | €€€
Mexecafé R. Trombeta, 4
(Bairro Alto) 21 347 4910 |
© 22h/4h | U
Mezcal Tv. Água da Flor, 20
(Bairro Alto) 21 343 1863 |
© 21h30/4h | UMini-Mercado Av. D. Carlos I,
67 (Santos) 96 045 1198 |
© 22h/4h | - Dom.; 2ª | UMood Lg. Trindade Coelho, 22-
23 (Bairro Alto) 21 342 4802 |
© 22h30/4h | - Dom.; 2ª
MusicBox R. Nova de
Carvalho, 24 (Cais do Sodré)
21 347 3188 | © 23h/6h |
- Dom. a 3ª | U
O’Gillins Irish Bar R. dos
Remolares, 8 (Cais do Sodré)
21 342 1899 | © 11h/2h30
OndaJazz Arco de Jesus, 7
(Alfama) 21 887 3064 | © 3ª a 5ª
19h30/2h; 6ª e Sáb. 19h30/3h
| - Dom.; 2ª
Op Art Café | Doca de St.
Amaro (Docas) 21 395 6787 |
© 15h/2h; 6ª 15h/7h;
Sáb. 13h/7h | - 2ª | UParadise Garage R. João
de Oliveira Miguéns, 38-48
(Alcântara) 21 790 4080 |
© 24h/6h | - 2ª a 4ª
Pavilhão Chinês R. D. Pedro
V, 89 (Príncipe Real) 21 342
4729 | © 18h/2h; Dom. 21h/2h
| UPlateau R. Escadinhas da
Praia, 7 (24 de Julho) 21 396
5116 | © 22h/6h | - Dom.;
2ª, 4ª
Porão de Santos Lg. de
Santos, 1 (Santos) 21 396
5862 | © 10h/4h; sáb. 19h/4h
| - Dom.
Portas do Sol Lgo. Portas do
Sol (Castelo) 91 754 7721 | ©
10h/24h; 6ª e Sab. até 2h | €€€
Portas Largas R. da Atalaia,
105 (Bairro Alto) 21 346 6379 |
© 20h/3h30
Project Bar Av. Dom Carlos I,
nº 61 – 1º (Santos) 96 391 0337
Purex R. das Salgadeiras, 28
(Bairro Alto) 21 342 8061 |
© 23h/4h | - 2ª | U
Uma noite com
Marco SádioFotógrafo
Paragens obrigatórias
Esplanada: Noobai
Restaurante: Casanostra
Bar: Maria Caxuxa
Discoteca: MusicBox
Guia de restaurantes, bares e discotecas de Lisboa
Guia da Noite Lx magazine 63
Rock in Chiado Café R. Paiva
Andrade, 7 (Chiado) 21 346
4859 | © 11/3h | - Dom. | USantiago Alquimista R. de
Santiago, 19 (Castelo) 21 888
4503 | © 2ª a 4ª 18h/2h; 5ª a
Sáb. 18h/4h; Dom. 20h/2h | USéculo (O) R. de O Século, 78
(Bairro Alto) 21 323 4755 |
© 9h/2h | - Dom.
Sentido Proibido R. da Atalaia,
34 (Bairro Alto) © 19h/2h
Sétimo Céu Tv. da Espera, 54
(Bairro Alto) 21 346 6471 |
© 22h/2h
Silk R. da Misericórdia, 14 - 6º
andar (Bairro Alto)
© 22h30/4h | - Dom.; 2ª
Skones R. da Cintura – Cais
da Viscondessa (Rocha Conde
d’Óbidos) 21 393 2930 |
© 23h/5h | - Dom.; 2ª
Snob R. do Século, 178
(Príncipe Real) 21 346 3723 |
© 16h30/3h | U
Speakeasy Cais das Oficinas,
Arm. 115 (Rocha Conde
d’Óbidos) 21 396 4257 |
© 20h/3h; 5ª a Sáb. 20h/4h |
- Dom. | USweet R. Maria Luísa Olstein,
13 (Alcântara) 21 363 6830 | ©
24h/6h | - 2ª; 3ª e 5ª
Tasca do Chico R. Diário de
Notícias, 39 (Bairro Alto)
© 12h/4h
Tejo Bar Beco do Vigário, 1
(Alfama) © 22h/2h
Tokyo R. Nova do Carvalho, 12
(Cais do Sodré) 21 342 1419 |
© 23h/4h | - Dom. | UTrumps R. da Imprensa
Nacional, 104 B (Príncipe
Real) 21 397 1059 | © 6ª, Sáb.
e vésp. feriados das 23h45/6h
| - 2ª a 5ª
Twin’s Lx R. de Cascais, 57
(Alcântara) 21 361 0310 | © 4ª
e 5ª 22h/4h; 6ª e Sáb. 22h/6h
| - Dom. a 3ª
Void Club R. Cintura do
Porto, Arm. H, Naves A-B
(Rocha Conde d’Óbidos)
21 395 5870 | © 23h/6h |
- Dom.; 2ª | UXafarix R. D. Carlos I, 69
(Santos) 21 396 9487 |
© 22h30/4h | - Dom.
Xannax Club R. do Século,
138 (Bairro Alto) 96 940 7730
| © 12h/20h; 23h/4h | - 2ª;
3ª | U
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- Dias de encerramento
U Fumadores
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€ até 10 euros
€€ de 10 a 15 euros
€€€ de 15 a 25 euros
€€€€ de 25 a 45 euros
€€€€€ acima de 45 euros
Directora Sandra Silva | Coordenação editorial Fernanda Borba | Assistente Editorial Patrícia Raimundo | Redacção C. Sá, Fernanda Borba, José Luís Peixoto, Mafalda Lopes da Costa, Maria João Veloso, Myriam Zaluar, Patrícia Raimundo, Sandra Silva | Revisão Fernanda Borba | Design gráfico e paginação Inês Sena | Fotografia Carlos
Ferreira, David Fonseca, Ivo Cordeiro, Lois Gray, Marco Sádio, Miguel Domingos, Raquel Marques | Colaboradores Alexandre Cortez Pinto, João Silveira Ramos, Luísa de Carvalho Pereira, Natacha Gonzaga Borges, Patrícia Brito, Patrícia Maia e Vítor Belanciano | Fotografia da capa J.B. Mondino | Impressão Sogapal | Copyright 101 Noites – Criação de Produtos Culturais, Lda | Tiragem e circulação: 35.000 exemplares | Periodicidade Trimestral
Contacta-nos! [email protected] | [email protected] 101 Noites - Criação de Produtos Culturais, Lda | Largo de Stº Antoninho, nº 3 | 1200-406 Lisboa | Tel. 21 343 22 52 | [email protected] | www.101noites.com | www.myspace.com/101noites www.guiadanoite.net | http://www.facebook.com/guiadanoite.net | Assinatura Anual: 5 euros
64 Guia da Noite Lx magazine
Chocolates artesanais, vinhos, biscoitos,
chás, produtos tradicionais, biológicos ou
difíceis de encontrar e algumas especialida-
des estrangeiras fazem parte das estantes
das lojas gourmet, um conceito que tem
cada vez mais adeptos.
E não se pense que gourmet tem de ser
sinónimo de caro: nestas modernas mercea-
rias encontram-se artigos a preços justos,
com a vantagem de terem um atendimento
mais personalizado e de contarem sempre
com artigos diferenciados, de qualidade
e com embalagens cuidadas. Agora que o
Inverno perdeu a timidez e os dias frios se
instalaram, as lojas gourmet oferecem boas
opções para quem não tem problemas em
ceder ao delicioso pecado da gula, encon-
trar um presente original ou simplesmente
levar qualquer coisa surpreendente para
petiscar com os amigos. O Guia da Noite
dá-te uma ajuda e selecciona as melhores
lojas gourmet da cidade.
Aromas & Sabores » R. Tomás de Anunciação, 44 (Campo de Ourique) 21 396 3985 | © 2ª 9h/1930; 3ª a Sáb. 9h/22h30 | - Dom. | Também servem petiscos e vinhos.
Charcutaria- Moy » R. D. Pedro V, 111 (Santa Catarina) 21 346 7011 | © 2ª a 5ª 10h/20h; 6ª e Sáb. 10h/21h; Dom. 10h/17h
Delidelux » Av. Infante D. Henrique, Arm. B, Lj. 8 (Sta Apolónia) 21 886 2070 | © 3ª a 6ª
12h/24h; Sá. 10h/24h; Dom. 10h/20 | Cafetaria com esplanada sobre o Tejo e loja gourmet com mercearia e charcutaria.
Lx Gourmet » R. Gonçalves Zarco, 19 B - Páteo de Belém (Restelo) | © 11h/20h | - Dom. | Destaque para os champanhes e espumantes.
Mercado Chocolate » R. Coelho Rocha - Mercado de Campo de Ourique (Campo de Ourique) 93 710 0451 | © 3ª a 6ª 10h/14h; 15h/19h; Sáb. 10h30/14h; 15h/18h | - Dom. e 2ª | Especializada em chocolataria gourmet.
Mercearia da Atalaia » R. da Atalaia, 64 A (Bairro Alto) 21 342 1104 | © 12h/21h | - Dom.
Mercearia Doubles » R. das Flores, 63 (Chiado) | 21 346 6058 | © 10h/21h | - Dom. | Possui uma secção de frutas e legumes biológicos.
Pérola das Gáveas » R. das Gáveas, 44-46 (Bairro Alto) 96 862 1439 | © 2ª a 4ª 10h30/14h; 15h/20h; 5ª a Sáb. 10h30/14h ; 15h/21h | - Dom.
Pimenta Rosa » R. Almeida e Sousa, 48 B (Campo de Ourique) 21 388 9430 | © 10h30/14h30; 15h30/20h | - Dom. | Há também produtos de decoração e perfumaria.
Sucre » R. Sousa Martins, 14 D (Saldanha) 21 314 7252 | © Loja 11h30/16h; rest. 12h30/15h30; 20h/22h30 | - Dom. | Restaurante e loja gourmet.
Xocoa » R. do Crucifixo, 112 (Baixa-Chiado) 21 346 6370 | © 10h/22h | - Dom. | Chocolates artesanais de alta qualidade.
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