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5 coisas que você deve saber antes de fazer o Caminho de Santiago 2
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Introdução Se já passou alguma vez pela sua cabeça a idéia de fazer o Caminho de Santiago mas você não sabe por onde começar a se preparar, esse mini-‐guia é para você. Ao saber a parte prática que envolve essa experiência fica muito mais fácil mentalizar tudo o que você precisa para por em prática esse emocionante desafio. O principal fator a levar em consideração é se preparar fisicamente para a jornada, seja ela de 10, 20 ou 30 dias. Você tem que começar a despertar o seu corpo para que ele aguente caminhar por jornadas de 6 horas diárias, em média. Você vai ler também sobre a importância de levar o mínimo possível na mochila e o peso que ela deve ter, e também uma lista que você pode tomar como base para montar o seu enxoval de peregrino. Um conselho: não saia comprando os produtos mais caros do mercado só porque eles são os melhores. Há equipamentos muito bons de marcas como a Decathlon que dão conta do recado, e são os que eu uso. Lembre-‐se que, se você não tem o trekking como atividade esportiva na sua vida, tudo o que você comprar vai ficar no armário na sua volta. Por isso aplique o seu dinheiro sabiamente nos itens que você ainda precisa comprar e guarde o que sobrou para gastar durante a peregrinação. Você também vai aprender como se alimentar no caminho e como encontrar um albergue que te dê o descanso e o conforto que você busca. Espero que seja útil e te dê o ânimo que faltava para você começar a pensar seriamente em se tornar um peregrino. Se tiver qualquer dúvida ou comentário, você pode me encontrar diretamente no blog www.thatgoodtrip.com ou curtindo a minha página do Facebook: Facebook.com/thatgoodtrip. Basta enviar uma mensagem e responderei com o maior prazer. Nos vemos pelo Caminho! Ultreya!
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Preparação para o Caminho Muitas pessoas me perguntam como devem se preparar para fazer o Caminho de Santiago. Esse é um tema muito importante por algumas razões, mas a principal é: quanto mais preparado você estiver fisicamente, menos você irá sofrer durante a peregrinação. Então acaba sendo uma questão de escolha pessoal entre sofrer antes ou durante o percurso.
Dá pra se arriscar a caminhar nos Pirineus sem ter treinado seriamente? Dá. Mas é por isso que as pessoas chegam a Roncesvalles com dores, cansados ao extremo e falando que foi a pior etapa de todas. E há outras etapas tão ou mais puxadas que essa, na minha opinião. Pra iniciar bem o Caminho e seguir assim até o final, vale a pena começar a se exercitar pelo menos 2 meses antes. O que eu faço e recomendo, já que pra mim funciona bem, é caminhar na sua própria cidade em ritmo bem acelerado durante 2 horas até 4 vezes por semana. Use, de preferência, a bota que irá calçar no Caminho. Se ela ainda não estiver completamente amaciada, é a oportunidade que você tem para isso. Você pode colocar também a mesma meia que irá usar, assim já vai treinando com dois dos itens mais importantes do equipamento do peregrino. Esse "treino" vale para fazer qualquer trecho do Caminho, desde os últimos 100 Km até ele inteiro. Ele serve para você "despertar" o seu corpo, dar a ele um novo ritmo para que ele se acostume daqui pra frente. É difícil sair de um estado de trabalhar 8 horas ao dia sentado e passar a outro em que você vai passar quase esse mesmo tempo caminhando. Seu corpo não tem porque entender esse esforço repentino, e ele vai lutar um pouco contra essa nova rotina: vai te deixar cansado, vai doer, vai reclamar. Mas pouco a pouco, com determinação e constância, você vai mostrando a ele uma outra realidade que a partir de agora ele terá que compreender. E assim, amigavelmente, ele vai começando a entender o recado que você quer dar. Você vai aprender a conhecer melhor o seu corpo durante o Caminho. Ele vai ser a sua locomotiva, sua máquina, aquela que vai te levar passo a passo de um extremo a outro da Espanha. É preciso estar muito atento aos sinais que ele te dá, porque deixar algum de lado pode significar ter que deixar a rota e voltar mais cedo pra casa. Dor nos joelhos, na coluna, nas costas, no tornozelo, bolhas, tudo isso são sinais que devem ser investigados a fundo. O que levou o corpo a produzir certa dor? Foi a mochila muito pesada? Foi o calçado que não era adequado? Foi a falta de um bastão de caminhada? A etapa da preparação funciona como um ensaio para o grande dia. Quanto antes você começar a ensaiar, antes poderão surgir os primeiros pequenos problemas e você poderá aprender a resolvê-‐los. Assim, quando chegar ao Caminho, já será mestre em conhecer os sinais do seu corpo. Portanto, se quiser, incorpore aos treinos
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uma mochila com sacos de arroz dentro pra simular o peso que ela deve ter, em torno de 7 quilos ou 10% do seu peso corporal, o que achar melhor. Pra enfatizar, repito: dá pra treinar por menos tempo? Dá. Pelo menos um mês é o que considero o mínimo. Dois meses é melhor, e mais que isso é melhor ainda. Dê tempo ao seu corpo, não vá exigir mais do que ele pode aguentar só porque você não começou a movê-‐lo a tempo. Seu corpo será seu templo sagrado durante o Caminho de Santiago. Dê o recado a ele com antecedência que ele entenderá e se comportará direitinho por todo o mês. Isso sim, com os devidos equipamentos para que ele se movimente com segurança e todos os músculos, articulações, tendões e ossos estejam protegidos do alto impacto a que ele estará submetido por vários dias seguidos. Levante já dessa cadeira e vá se mexer o quanto antes!
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Menos é mais Não leve sua vida na mochila. Separe o estritamente necessário e leve menos que isso. No Caminho você vai estar vestido de peregrino o tempo todo, e todos ao seu redor serão iguais a você. Você não vai ser tratado diferente se levar um jeans na mochila para "ocasiões especiais", porque todas as ocasiões serão especiais. E esse jeans é o peso extra desnecessário que a sua mochila não deve ter. Não leve 3 livros. Nem dois. Se for pra levar algum, que seja esses leves, estilo "paperback". Ano passado eu deixei o livro em casa em troca de levar o diário. Claro, o diário é muito mais importante. Ali você vai registrar sua própria história, seu pensamentos, os acontecimentos, a descrição visual de onde você estiver passando aquele dia. Há livros na maioria dos albergues, mas também há pessoas loucas pra conversar ou pra dividir algum pensamento importante. Quando eu não queria falar com ninguém, eu pegava um livro da prateleira e o folheava. Até lia alguns capítulos e muitos deles foram minha dose de inspiração pra esse dia e pro dia seguinte. Não leve aquela jaqueta extra pra noite, se fizer frio. Você já terá roupa suficiente e poderá ir lavando. Tudo o que você puder levar na sua versão mini (shampoo, pasta de dente, etc), melhor, porque no percurso poderá comprar mais e dividir com outros peregrinos e assim continuar com frascos pequenos. Não leve mais que a bota e um chinelo ou papete. Eu ainda prefiro o chinelo por ser mais leve, mas a papete pode quebrar um galho em dias de dor insuportável em alguma parte do pé. Não leve um tênis extra, nem uma sandália, a não ser que ela vá fazer o papel do chinelo. Ele será a sua barreira com o chão, em chuveiros por onde passam várias pessoas, e vai te dar o merecido descanso e ventilação aos seus pés. Não leve aquela sua toalha felpuda. Ela pesa demais e o volume é muito grande. Prefira as de secagem rápida que você encontra em lojas de esportes. Pode até ser do menor tamanho possível, pois elas são super absorventes, secam bastante depressa e ficam bem pequenas pra caber em qualquer canto da mochila. Não leve isolante térmico. Todo peregrino de primeira viagem acha que vai dormir algum dia na rua e vai precisar dele, mas a verdade é que sempre haverá lugar pra dormir, mesmo que seja nos ginásios municipais -‐ e lá eles dão colchonetes. O isolante na minha primeira vez foi um "elefante branco", e a partir de então eu nunca mais o trouxe para o Caminho. Não leve detergente de roupa. No máximo um pedaço de sabão, mas eu me viro com o sabonete mesmo e recentemente aprendi a lavar a roupa com shampoo. E achei bem bacana, mas isso funciona bem só quando você acha uma bacia no albergue. Você coloca toda a roupa dentro dela, vai enchendo com água e põe um pouco de shampoo (pois ele faz muita espuma). Dá umas apertadas na roupa pra soltar o suor, deixa um
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pouco ali e enxágua. Uma vez por semana eu lavava roupa na máquina, pra lavar mais a fundo, mas no dia a dia era só tirar o suor e deixar um cheiro agradável na peça. Não leve pijama. Pode parecer brincadeira mas já me perguntaram sobre isso mais de uma vez. Pijama é uma peça a mais de roupa. Eu costumo usar uma das calças e uma das camisetas como pijama. E vou intercalando. A segunda calça que levo é de tecido molinho ou de ginástica, tipo legging. É bem confortável pra andar de tarde na cidade e boa pra dormir. Veja a lista completa do que eu levo no último capítulo desse guia. Se no meio do Caminho você perceber que levou algo que não está usando a cada 2 ou 3 dias, doe. Deixe o item em algum albergue ou dê para outra pessoa. Você precisa ver sua mochila se esvaziar quase por completo quando chegar ao albergue à tarde. Entre algumas coisas que estarão sendo lavadas (ou secando no varal) e o seu saco de dormir que ficará estendido na cama, não deve sobrar quase nada dentro dela. Nunca é tarde para se livrar de pesos desnecessários. No Caminho, menos é mais. Quem carrega menos peso é mais feliz. Quem se preocupa menos em fazer as coisas encaixarem dentro da mochila é mais leve. Quem encontra fácil o que precisa na hora certa é mais tranquilo. Quem não se preocupa em ser outra coisa que um peregrino, leva o verdadeiro espírito do Caminho dentro de si.
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Comida no Caminho de Santiago A comida no Caminho de Santiago é algo muito pessoal. Os homens comem de maneira diferente que as mulheres (e mais), cada nacionalidade tem o seu costume e cada um é cada um! Mas vou detalhar como eu costumo me organizar durante o dia pra dar ao meu corpo o combustível que ele precisa pra seguir se esforçando e vencendo os mais de 20 Km diários dessa peregrinação. Eu costumo sair cedo e só parar pra tomar um bom café da manhã umas 2 ou 3 horas depois. Isso porque as 7 horas da manhã é muito cedo pra mim. Eu prefiro adiantar algum trecho e parar no primeiro bar do próximo pueblo ou, na falta desse, no bar que surgir umas 3 horas depois de ter começado a caminhar. Isso vai ser entre 9 e 10 da manhã, um horário já mais aceitável pro meu corpo. Assim eu não perco tempo já no começo do dia, e não começo a caminhada me sentindo pesada. Além disso posso escolher onde tomar o meu café. Mas eu também levo alguns saquinhos de chá na mochila, já que costumo tomar chá verde de manhã, caso eu queira me juntar a algum grupo que esteja "desayunando" (tomando café da manhã, em espanhol) antes de sair. Se eu tiver comprado pão no dia anterior, levo um sanduíche preparado na mochila e paro onde quiser pra fazer um picnic. Outra opção é comprar pão no mesmo dia de manhã, direto da padaria, onde geralmente também dá pra comprar frios (queijo, presunto, etc). Faço um "bocadillo" (que é como eles chamam sanduíche na Espanha), como metade na hora e a outra metade levo pra um lanche. Se o dinheiro não for o seu problema (o gasto fica entre 2,50 e 3 euros por um café/ chá e pão tostado com manteiga e geléia), você nem vai precisar se preocupar em fazer seu sanduíche antecipadamente. Há lanchonetes e restaurantes quase a cada 10 Km e a cada ano surgem novos. Na mochila eu tenho sempre castanhas, frutos secos, uvas passas e outras coisas que dão energia. Compro esses biscoitos que vêm em pacotes individuais e assim, sempre que bater a fominha, é só eu puxar um deles e o problema está resolvido. Outra coisa que tenho sempre na mochila é uma ou duas bananas. A banana tira a fome imediatamente e ainda previne cãibras, além de ser fácil de ser encontrada nos mercados e até em lanchonetes (mas chegam a custar até 50 centavos de euro). Dependendo da época do ano, também dá pra colher frutas no pé e guardá-‐las pra comer mais tarde (ou fazer isso na hora mesmo), ou até comprar quando você passa por um mercado. Ter uma fruta à mão é sempre bom. Quando vai chegando perto do meio-‐dia e bate aquele princípio de fome, como eu não gosto de caminhar com a barriga cheia, paro e tomo uma cerveja ou como algo leve das coisas que escrevi acima.
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Basicamente eu só faço duas refeições ao dia: geralmente o café da manhã e o jantar. Se eu chego num lugar cedo e estou com muita fome, eu almoço, mas daí não janto. Os menus do peregrino são muito grandes, já que incluem uma entrada, prato principal, sobremesa, bebida e pão (e geralmente custam 10 euros). Então eu escolho entre almoçar ou jantar (caso opte por este menu), mas os dois num mesmo dia pra mim é exagero (de comida e de dinheiro). Quando fiz o Caminho Francês inteiro, a dinâmica das refeições foi diferente. Nosso grupo, composto de várias pessoas que foram sozinhas ao Caminho, das mais variadas nacionalidades, cozinhava junto todas as noites. Íamos ao mercado comprar o que precisava pra quantidade de gente que confirmou que ia comer e repartíamos as funções. Enquanto uns cortavam as cebolas e os tomates, outros abriam o vinho e distribuíam entre os comensais. Começávamos a preparar no máximo às 19h pra jantar às 20h. Como não há muito o que se fazer nas cidades, dávamos uma volta à tarde para conhecer e, depois disso, já nos juntávamos pra cozinhar. Assim também dava tempo de fazer a digestão. Quando se faz o percurso inteiro, o jantar acaba sendo um evento e uma maneira de conhecer mais a fundo o grupo a cada dia.
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Como escolher um albergue no Caminho de Santiago A escolha do albergue no Caminho de Santiago é algo bastante pessoal. Conheço muitas pessoas que só ficam em hotéis e paradores (que são antigas fazendas com mais de 300 anos e que foram convertidas em hotéis de charme), em quartos individuais com banheiro dentro. São casais ou pessoas que não abrem mão da sua intimidade e não querem dividir banheiro e noites com outras 50 pessoas. Ou são pessoas mais idosas que não querem ter que se abaixar ou, pior, subir as escadinhas de um beliche. Mesmo nos albergues privados há quartos de duas até quatro pessoas, e assim você fica junto com o seu grupo ou família e se sente mais à vontade. Respeito todos esses motivos. Mas para mim, e para a grande maioria das pessoas, a parte mais interessante dessa peregrinação é justamente a mistura. Todo mundo junto no mesmo lugar tendo que se virar para torná-‐lo seu "lar" por aquela tarde e noite. Você acaba por conhecer outras marcas de saco de dormir e outras maneiras de lavar a sua roupa, por exemplo. Há uma troca tão rica nessas ocasiões que eu prefiro mil vezes encarar esse desafio do que ter tudo certinho no seu lugar, toalhas brancas e um banheiro impecável de limpo. Claro que há sempre alguma desvantagem de dormir em albergues municipais ou paroquiais (e às vezes até em albergues privados). Os roubos são a pior delas. Muita gente junta é um prato cheio para os ladrões de plantão -‐ é uma pena, mas acontece de vez em quando. Ocorreu com alguns amigos meus que, pela solidariedade de outros peregrinos, tiveram um apoio monetário para continuar no Caminho. Já soube também de roupas levadas "por engano" do varal e inclusive botas. Vi amigos tendo que ficar um dia em alguma cidade grande para se reabastecer desses itens de roupa que são essenciais para caminhar. Tudo bem, são todos apenas bens materiais, mas te deixam um pouco triste no momento. Afinal, somos todos iguais no Caminho, nenhum é melhor que outro por ter equipamentos mais sofisticados. No final, o esforço de cada um é único, e todos temos barreiras a superar. Alguns lugares não têm calefação e a água às vezes não esquenta se você chega no final do dia (mas são exceções), o que deixa o seu inverno ou primavera mais frios do que o esperado. Às vezes não há cozinha. Às vezes nem te dão aquele lençol fino que protege o colchão. Às vezes há "chinches", aqueles bichinhos que picam todo o seu corpo e é um inferno se livrar deles. Enfim, há de tudo no Caminho. Faz parte. Eu tento ficar com o lado positivo de tudo e, acredite, há infinitamente mais pontos bons que ruins. A seguir listo as minhas preferências na hora de escolher um lugar pra dormir: Como regra geral, a minha prioridade é ficar nos albergues municipais. Um motivo é a questão econômica, já que o que você economiza aqui, poderá gastar em um café da manhã ou almoço mais pra frente. Ou até dará pra comprar os ingredientes pra cozinhar você mesmo, já que a maioria tem cozinha. Eles custam entre 5 e 6 euros.
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Se o municipal está cheio, busco o paroquial (em algumas cidades há os dois, em outras há um ou outro), que é o mantido pela igreja local. Geralmente o pagamento fica a seu critério, já que é por doação. Eles costumam ter uma janta comunitária e até café da manhã, e os peregrinos ficam todos juntos e se conhecem melhor. O terceiro critério que eu uso é não escolher o albergue, mas sim deixar que o albergue me escolha. Às vezes você passa na frente e gosta do ambiente (como o Ave Fênix, em Villafranca del Berzo), em outras, já no fim do dia, você é convidado a ficar ali (como o El Fuente del Peregrino, em Ligonde) se estiver sozinho ou no máximo com outra pessoa. Outra maneira é simplesmente ficar no primeiro albergue que vê no seu destino daquele dia. Isso acontece quando você já está cansado de andar e quer parar o mais rápido possível. Vai depender muito do seu estado físico e mental naquele dia e momento. Se você for em temporada alta (nos meses de julho e agosto principalmente) convém reservar algum albergue privado. Algumas cidades têm várias placas de propaganda deles, e os guias como Eroski têm toda a lista com seus respectivos telefones. Assim você não precisará correr, já que haverá uma cama esperando por você até as 22h. Os albergues privados custam em média 10 euros. E se estiver calor, certos albergues privados têm até piscina! Esse é outro critério para aqueles dias de sol escaldante. Um exemplo é a cidade de Belorado. Quando estive ali fiquei no albergue Cuatro Cantones, que tem uma piscina coberta onde nos metemos quando começou a chover forte e ficamos ali até relaxar por completo. E foram horas...
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O que levar na mochila? Sua mochila deve pesar no máximo 10% do peso do seu corpo. Toda a lista abaixo deve caber dentro dela (menos as botas). Eu costumo levar uma pochete pequena para colocar meus pertences valiosos (carteira, passaporte, celular e máquina) todos juntos ao chegar no albergue, e levá-‐la sempre comigo, até pra tomar banho. À noite, a pochete vai pra dentro do meu saco de dormir, evitando, assim, qualquer tentativa de furto.
Lista: Botas amaciadas (Salomon) Chinelos leves (Hawaianas) 3 pares de meia anti-‐bolhas ou especiais para longas caminhadas (Decathlon) 3 camisetas de poliester ou tecido de secagem rápida (Decathlon) 2 calças de poliester ou tecido de secagem rápida (Decathlon) 2 tops para as mulheres (Decathlon) 1 fleece (Decathlon) roupa íntima (3 peças, pra ir lavando diariamente) chapéu, boné ou lenço shampoo, condicionador (mulheres), sabonete* e desodorante (*tem gente que usa o shampoo no corpo todo) protetor solar toalha pequena de secagem rápida (Decathlon) saco de dormir light (Decathlon) lanterna de cabeça capa de chuva ou anorak + capa pra mochila (Decathlon) bastão de caminhada (Decathlon) óculos de sol biquini ou sunga máquina fotográfica diário pregadores de roupa (pra suas coisas não voarem com o vento) credencial do peregrino dinheiro e cartão de crédito lenços de papel e saco plástico (pra trazer de volta o meu lixo) garrafa d'água de plástico para ir abastecendo kit bolhas (agulha, linha, Betadine, esparadrapo de papel, vaselina e Compeed) luva, gorro e goleira pro pescoço (*caso você vá no inverno) Caso tenha alguma dúvida, entre contato pelo blog www.thatgoodtrip.com ou curtindo a minha página do Facebook: Facebook.com/thatgoodtrip. Buen Camino!