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Banheiros químicos para construção civilTRANSCRIPT
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Como Locar
Banheiros químicosEmbora dimensionamento e manutenção sejam feitos pela empresa fornecedora,
construtora é quem responde por eventuais erros no processo no caso de
fiscalizaçãoWeruska Goeking
Sanitários químicos são construídos com polietileno de alta densidade, geralmente nas cores
azul e verde. Os modelos disponíveis no mercado brasileiro vão desde os mais simples, que
contam apenas com vaso sanitário, mictório e grades de ventilação, aos mais bem equipados,
dotados de pia e descarga com acionamento no pé e suportes para sabonete, papel higiênico e
papel toalha, por exemplo.
Esse tipo de sanitário só é utilizado quando a construção de um banheiro comum não é viável,
ou seja, quando não há rede de esgotos ou possibilidade de construir uma fossa séptica no
local. “Podem ainda ser usados em edificações verticais para dar um pouco mais de conforto. Na
décima laje de um prédio em construção não há como instalar banheiro normal, só um químico”,
explica o engenheiro civil especialista em segurança do trabalho, José Carlos de Arruda
Sampaio.
A legislação que regulamenta o uso de sanitários químicos em obras é a NR-18 (Norma
Regulamentadora no18), do Ministério do Trabalho, que determina a colocação de uma unidade
para cada grupo de 20 funcionários, ou fração, com instalações independentes para homens e
mulheres.
Entretanto, Sampaio conta que não há regulamentação ou norma que oriente a construtora ao
escolher o equipamento a ser alugado. “Acredito que é da consciência de cada empresa
escolher o melhor para os funcionários”, diz.
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Edição 128 -
Dezembro/2011
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CHECKLIST
■ Incluir a locação dos sanitários no cronograma de insumos e contratações
■ Fazer um plano de conscientização dos funcionários para o uso correto das unidades
■ Checar a quantidade de pessoas que utilizarão o sanitário para calcular quantos será
necessário alugar
■ Ao escolher o fornecedor, checar se o sanitário atende à NR-18, do Ministério do Trabalho
■ Do contrato de locação deve constar também a frequência da manutenção e da higienização
dos sanitários
■ Planejar a logística para transportar os sanitários para os diversos andares da obra
Cotações de preços e fornecedores
Antes de procurar por um fornecedor, o ideal é que a locação dos sanitários já conste no
cronograma de insumos e contratações da empresa. “Ela entra como uma compra qualquer no
cronograma, não há nada de especial”, conta Sampaio.
No momento da contratação, a empresa deve observar se as unidades disponíveis estão de
acordo com a NR-18. O contrato de locação deve ser feito com a previsão do número de
sanitários e o tempo que deverão permanecer no canteiro de obras, já contabilizando os
períodos de pico de trabalhadores no local. De acordo com Álvaro José Menezes Costa, diretor
da Região Nordeste da Abes (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental), o
custo médio mensal de cada unidade é de R$ 750.
ENTREVISTA - JOSÉ CARLOS DE ARRUDA SAMPAIO
Banheiros defasados
Os banheiros químicos ofertados no mercado brasileiro atendem às necessidades dos
trabalhadores?
Sou favorável ao uso do banheiro químico, mas desde que dê condições de vida para a pessoa.
O que as empresas usam hoje em dia são esses azuis e verdes, que não melhoram a qualidade
de vida de ninguém. É muito ruim, de plástico, mas no Brasil não há muita opção. O País tem
tecnologia atrasada em relação a outros banheiros já vistos em outros países. Nos Estados
Unidos, por exemplo, o sanitário é instalado sobre carretas e você leva aonde quiser. O mercado
brasileiro se adapta às necessidades das empresas e vai da consciência de cada uma escolher
a melhor opção para os funcionários.
Quando a compra de sanitários químicos vale a pena?
Eu sou partidário da opinião de que não se compra nada, tudo deve ser alugado. Senão quem
vai cuidar dessa manutenção? Você acaba com um passivo na empresa desnecessário.
Se a responsabilidade da manutenção e higienização é da fornecedora, qual a maior
preocupação da contratante?
O problema que a contratante pode ter é a empresa fornecedora não realizar o serviço da
maneira que precisa ser feito. A responsabilidade da conservação dos sanitários é da
construtora e há fiscalizações periódicas. Se não estiver de acordo com a NR-18, a empresa
pode ser multada pelo Ministério do Trabalho ou pelo Ministério Público. Ela pode receber multa
pela conservação, mas não pelo dimensionamento (se estiver em desacordo), que é de
responsabilidade do fornecedor.
Esse tipo de multa é frequente?
Falando de maneira geral sobre o setor, sim. Houve uma queda na qualidade dos serviços
porque aumentou assustadoramente o número de obras a serem executadas. Faltou mão de
obra e a qualificação ficou a desejar. Daí as empresas vão fazer tudo correndo e no fim acabam
descuidando das áreas de vivência.
PINIweb :: 27/07/12
Norma de requisitos para manutenções em
edif icações entra em vigor
Guia da Construção :: Alternativas Tecnológicas :: ed 133 -
2012
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Téchne :: Sistemas Construtivos :: ed 184 - Julho de 2012
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Guia da Construção :: Como Comprar :: ed 133 - 2012
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José Carlos de Arruda Sampaio engenheiro civil
especialista em segurança do trabalho e autor do
Manual de Aplicação da NR-18, da Editora PINI
'Sou partidário da opinião de que não se compra nada, tudo deve ser alugado. Senão
quem vai cuidar dessa manutenção? Você acaba com um passivo desnecessário'
Logística e cuidados de canteiro
De acordo com a NR-18, os sanitários químicos devem ser colocados em locais de acesso fácil e
seguro, sendo que os trabalhadores não devem se deslocar mais do que 150 m do posto de
trabalho até o banheiro. Isso significa que empreendimentos com diversos andares devem contar
com pelo menos uma unidade em cada pavimento, respeitando a distância máxima citada na
regulamentação.
Sampaio recomenda que o local em que os sanitários serão instalados já tenham passado por
terraplenagem e sejam colocados sobre pisos de concreto impermeável. No caso das unidades
que serão instaladas em outros pavimentos, a construtora deve providenciar gruas para o
transporte vertical dos sanitários. O fornecedor é responsável apenas por levar as unidades até
o canteiro de obras, a movimentação dos banheiros dentro do terreno deve ser planejada e
executada pela contratante. “O andar também deve contar com uma plataforma, que puxe esse
banheiro para dentro”, completa Sampaio.
Manutenção
A fornecedora é responsável pela manutenção e higienização de todas as unidades locadas e a
prestação desses serviços deve constar em contrato. Não há padronização para determinar a
frequência, mas consta na NR-18 que os sanitários devem atender à regulamentação e estarem
em boas condições de uso.
NORMAS TÉCNICAS
■ Norma Regulamentadora no 18, do Ministério de Trabalho
Embora o equipamento seja locado, o último item é de responsabilidade da construtora, o que
quer dizer que a empresa pode ser multada caso seja encontrada alguma irregularidade durante
fiscalizações periódicas. “A empresa é responsável, afinal foi ela quem escolheu o fornecedor”,
explica Sampaio.
Para evitar multas, Costa recomenda a limpeza e a reposição dos produtos químicos a cada dois
dias. Sampaio acrescenta que a construtora deve orientar – antes mesmo da contratação dos
sanitários – os funcionários para que usem os banheiros da melhor maneira possível, mantendo-
os limpos por mais tempo.
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