guia 1º emprego 2011 - forum estudante - santander totta

56
Tudo o que precisas de saber para arranjar trabalho! o que as empresas querem 2011 DESCOBRE O CAMINHO PARA O TEU 1º EMPREGO guia do Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE | distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO | disponível em pdf em www.forum.pt • Anual • Ano II prepara-te para as entrevistas de emprego patrocínio principal patrocínio apoio

Upload: banco-santander-totta

Post on 29-Jun-2015

18.334 views

Category:

Education


61 download

DESCRIPTION

Guia 1º Emprego 2011. Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE com o patrocínio principal do Santander Totta

TRANSCRIPT

Page 1: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

Tudo o que precisas de saber para arranjar trabalho!

o que asempresasquerem

2011

DESCOBREO CAMINHOPARA O TEU1º EMPREGO

guia do

Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE | distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO | disponível em pdf em www.forum.pt • Anual • Ano II

prepara-tepara asentrevistasde emprego

patrocínio principalpatrocínio

apoio

01 Capa 1º Emprego 1_2011 Forepoint_Layout 1 2/1/11 3:13 PM Page 1

Page 2: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

02 Pub Santander_Layout 1 2/4/11 5:21 PM Page 2

Page 3: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

3

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

GUIA DO 1.º EMPREGO - [FEVEREIRO 2011] edi-ção especial da Revista FORUM ESTUDANTE |PROPRIEDADE E PRODUÇÃO DE: PRESS FO-RUM - Comunicação Social, S.A. Capital Social:299.400,00€. NIF 502981512 | PERIODICIDADEAnual | DEPÓSITO LEGAL N.º 510787/91 | RE-GISTO ICS  ISENTO DE REGISTO AO AbRIGODO DECRETO REGULAMENTAR N.º 8/99, DE 9DE jUNhO, ART.º 12.º, N.º 1A) | SEDE Tv. dasPedras Negras, nº 1 - 4º — 1100-404 Lisboa. Te-lefone: 218 854 730 — Fax: 218 877 666 | DI-RECÇÃO Francisca Assis Teixeira | DIRECÇÃODE FOTOGRAFIA Gonçalo Gil | DIRECÇÃO DEIMAGEM Miguel Rocha ([email protected])| REDACÇÃO Inês Menezes, bruna Pereira | DE-PARTAMENTO DE PUbLICIDADE DIRECÇÃOPaulo Fortunato Telefone: 218 854 741 ([email protected]) VENDAS Duarte Fortunato Te-lefone: 218 854 742 ([email protected])| ATENDIMENTO AO CLIENTE Paula Ribeiro Tel.:218 854 730 | PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃOLISGRÁFICA - Casal de Stª Leopoldina, Queluzde baixo | Tiragem: 50.000 exemplares

4 Entrevista Dr. Valter Lemos, Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional8 Entrevista Dra. Isabel Viegas, Directora coordenadora de recursos humanos do banco

Santander Totta14 Elaborar um Curriculum Vitae18 Carta de apresentação20 Entrevista de emprego23 As melhores empresas para trabalhar24 O que procuram as empresas28 Entrevista Dr. Marco Gomes, Ray Human Capital30 Novas competências para novos empregos32 Trabalhar no estrangeiro36 Empreendedorismo42 O desafio do acesso ao 1º emprego44 Entrevista Forpoint46 Que futuro para o emprego, que emprego para o futuro52 Apoio das Instituições de ensino superior no acesso ao 1º emprego

www.emprego.forum.pt

Índice

EditorialRecentemente, a Organização Inter-nacional do Trabalho dava conta dagravidade da situação: nunca comoagora a taxa de desemprego juvenil, àescala global, tinha atingido tais ní-veis. Esta realidade toca-nos directa-mente. Os jovens portugueses que,pela primeira vez, querem entrar nomercado de trabalho enfrentam umconjunto de obstáculos significativos,desde a escassez de ofertas disponíveisà inevitável precariedade inicial. Masperante as dificuldades só pode haveruma resposta: arregaçar as mangas edar o melhor de nós próprios paraencontrar o desejado emprego. Paraisso, precisamos de estar preparadosnão só com a formação técnica ecientífica que adquirimos nos últimos

anos de estudo, mas também com umconjunto de competências e de atitu-des que nos permitam vencer o desa-fio de encontrar o tal primeiroemprego. A Forum Estudante, com o apoio sig-nificativo de um conjunto de parcei-ros, entre os quais se destaca o BancoSantander Totta, desenvolveu um con-junto de iniciativas a que designoupor “Missão Primeiro Emprego”. EsteGuia que agora te chega às mãos éuma dessas ferramentas que procurá-mos construir para te apoiar na buscado primeiro emprego. De uma formaútil e prática, ouvindo especialistas erecolhendo o melhor da informaçãodisponível, elaborámos um roteiropara quem tem de procurar emprego.

Mas não se esgota aqui. Ao Guia doPrimeiro Emprego junta-se ainda osite www.emprego.forum.pt coma dimensão on-line desta informação,um conjunto de 20 seminários – JobParty – em várias instituições de en-sino superior e duas ConferênciasNacionais sobre Primeiro Emprego.São, portanto, vários os apoios daForum Estudante para a odisseia quete espera. Finalmente, quando chegar o mo-mento de abordagem ao mercado detrabalho, não esqueças: acredita em timesmo e lança-te sem medo para essedesafio. Por mais difícil que seja, se ti-veres a atitude certa, vais conseguir. Ésó uma questão de tempo.Boa sorte!

À procura do Primeiro Emprego

03 Indice+Ficha Tecnica_Layout 1 2/1/11 4:20 PM Page 3

Page 4: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

4

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

{ Entrevista de Francisca Assis Teixeira }

Sabemos que a taxa dedesemprego dos jovenslicenciados é muito grande.Está preocupado com estarealidade? Que medidas estãoa ser pensadas para atenuareste problema?Estou muito preocupado com essa taxaporque é uma tendência pesada dos sis-temas da economia moderna. Este não

é um problema meramente conjuntural.Embora possa dar a ideia que é um pro-blema só proveniente da crise, não éverdade. As economias europeias emesmo a norte-americana, têm umamaior dificuldade de inserção dos jovensno mercado de trabalho. As economiasnão criam emprego à velocidade quecriavam e portanto há uma transfor-mação. Não só as taxas de desempregodos jovens têm vindo a ser o dobro dataxa normal, como a permanência dos

jovens na expectativa do primeiro em-prego tem vindo a aumentar em todoo mundo. É verdade que os jovens per-duram mais tempo nos sistemas de qua-lificação antes de entrarem no mercadode emprego.Naturalmente, em tempo de crise, aquestão torna-se mais grave e portantoestamos a tomar algumas medidas, de-signadamente medidas que apoiem ainserção.Do lado das políticas activas de emprego,

“A CRISE NÃO VAIDURAR SEMPRE”As notícias dos jornais nos últimos tempos não se cansam de falar das subidas dastaxas de desemprego. Para os jovens os cenários são ainda mais negros. Crise é apalavra de ordem. Será que não há futuro para os jovens portugueses? Fomosouvir o que nos tem a dizer o Governo através do responsável pela área, o Dr.Valter Lemos, Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional.

Valter Lemos, Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional

04a7 Valter Lemos_Layout 1 2/1/11 3:23 PM Page 4

Page 5: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

5

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

uma medida que tem funcionado bemtêm sido os estágios para jovens sob osdiversos formatos. Para 2011 foi pre-parada agora uma resolução que prevêo apoio para 50.000 estágios, portantoa 50.000 jovens …Vamos manter os apoios que tínhamose em alguns casos vamos alargar osapoios que já existiam. Vamos reforçaroutra grande medida que é a da quali-ficação. No caso dos jovens, que nor-malmente têm qualificações escolareselevadas mas muitas vezes têm falhasnas qualificações profissionais específicas,os apoios são direccionados para estasáreas, através de cursos de dupla certi-ficação.Há também, e digo-vos isto rigorosa-mente pela primeira vez em público,um mecanismo que iremos por em fun-cionamento de estágios para jovens como ensino secundário não profissional.Serão estágios de seis meses qualificantesque lhes darão o mesmo nível de qua-lificação que os jovens que tenham feitocursos de dupla qualificação, cursos pro-fissionais ou cursos de educação/ for-mação.

Quando vai começar esteprograma?Irá começar agora em 2011, provavel-mente no final do primeiro trimestre.Era uma medida que entrou em vigorem Outubro de 2010 e que trás algumasalterações, nomeadamente nos níveisque passam a ser 5. O nível 3 quecorrespondia aos cursos profissionais,passa a ser o nível 4. O nível 3 passa aser o nível o ensino secundário geral,o nível 4 o ensino secundário profis-sional e o nível 5, corresponde aos cha-mados cursos de especialização tecno-lógica.Para os jovens que têm o ensino se-cundário geral, podem aceder ao nível4 de qualificação se fizerem o estágiode 6 meses em contexto empresarial.Espero em Fevereiro conseguir aprovara legislação e que em Março ou Abrilo programa possa arrancar.

Acha que há sectores eprofissões que têm saídasfáceis e outras que têm assaídas vedadas?Acho que não. Não tenho essa visãoporque o mercado de trabalho é muitomais dinâmico e diversificado do quea ideia que se costuma dar dele. Em

Portugal, todos os anos, mesmo nosanos de crise, se criam e extinguem150.000 a 200.000 postos de trabalho.O mercado de trabalho é muito dinâ-mico e a evolução da economia está aacontecer a uma velocidade enorme. É evidente que a economia cria maispostos de trabalho nuns sectores do quenoutros. Esses estudos de prospectivasão muito importantes, estamos aliás afazer um trabalho para uma medidaque iremos colocar em marcha em2011, que é a definição de 100 profissõesestratégicas e a requalificação de 20.000desempregados. Temos como referencialum documento da União Europeia“New skills for new jobs”, que é umestudo de prospectiva da próxima de-zena de anos daquilo que serão as novasnecessidades, as novas competências eos novos empregos. Este é um docu-mento muito importante, na minhaopinião devia ser estudado por todo oensino superior, porque dá uma pistaimportante sobre a orientação para aformação, não só sobre as áreas de for-mação, mas também sobre as compe-tências que os jovens devem desenvolvernos cursos e na formação. Temos tam-bém estudos complementares a seremdesenvolvidos em Portugal dentro doâmbito da Agência Nacional para aQualificação e do IEFP e vamos, emconjunto com os parceiros sociais, de-finir as tais 100 profissões estratégicaspara os próximos anos. Este documentoservirá de referência para a requalificaçãode desempregados e por outro lado paraa qualificação de jovens, isto é, para aaprovação da rede de cursos profissio-nais.

Acha que as universidades e ospolitécnicos preparam bem osestudantes para o mercado detrabalho?É sempre possível fazer muito mais enós estamos a mudar de um sistema deensino superior que era enciclopédico,livresco, assente numa concepção na-poleónica, para um sistema mais realista.A universidade que eu frequentei eramuito diferente da que existe actual-mente.

Mas não lhe parece que o restoda sociedade evoluiu muitomais do que a universidade?Mas esse é o problema da escola emgeral, não é só da universidade. A rea-

Deve dizer-se aosjovens que agora émais difícil, masque é uma situaçãotransitória. Estesperíodos decrescimento ecrises sucedem-sea uma maiorvelocidade o quetambém implicarespostas rápidaspara lhes fazerfrente, mas pensoque isso para osjovens não é umproblema.

Para 2011 foipreparada umaresolução queprevê o apoiopara 50.000estágios, portantoa 50.000 jovens …

04a7 Valter Lemos_Layout 1 2/1/11 3:23 PM Page 5

Page 6: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

lidade económica e social tem mudadoa uma enorme velocidade e se nós pen-sarmos que temos de responder a estasmudanças com mudanças nos sistemasde formação em tempo real, estamoscondenados. É um facto que a nossa universidadeestá a mudar, mas precisa de mudar maisdepressa, designadamente num aspectofundamental que é a sua imersão nomercado de trabalho.

distanciamento ao mercado de trabalho.As nossas universidades e os nossospolitécnicos ainda estão muito fecha-dos. Era desejável, do meu ponto devista, que não se terminasse um cursode ensino superior sem ter uma relaçãocom o mercado de trabalho. Esta re-lação pode ser de muitas formas, comestágios mais longos ou mais curtos,mas que essa ligação existisse era, domeu ponto de vista, absolutamentechave.

Como vê o empreendedorismocomo saída profissional paraos jovens recém licenciados? A universidade não prepara osalunos para seremempreendedores, não lheparece?Essa é uma das minhas convicções. Nósnão somos um país de empreendedores,o que é estranho tendo em conta anossa história. Parece-me, e a economiamostra, que cada vez mais estão a nascernovas profissões e novas áreas econó-micas que têm a ver com aquilo que éo desenvolvimento autónomo e o tra-balho autónomo.

Não educamos para o risco?Não e não é só para o risco, é para aautonomia. Veja a dificuldade que emPortugal está a haver em práticas detrabalho mais autónomas se implanta-rem, mesmo nas empresas maiores e

6

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

mais modernas. Se tivéssemos umamaior imersão dos jovens no mercadode trabalho, isso também se aprendia,pois isto não se aprende com aulas nosentido tradicional do termo, mas simcom experiência. Penso, no entanto,que com as escolas profissionais me-lhorámos bastante nessa área, com alu-nos com alguma capacidade de inova-ção e empreendedorismo. Mas isto nãose aprende com aulas de empreende-dorismo, têm de ser programas orga-nizados para esse efeito. Também seriaimportante ter professores nas nossasescolas, nas nossas universidades e po-litécnicos que sejam eles próprios em-presários.

O Estado foi, até há poucotempo, uma saída profissionalimportante para os recémlicenciados. Hoje está deportas fechadas, ou não?O Estado não deve ser encarado comouma solução para resolver o problemado emprego. Isso é um erro e, como sesabe, houve regimes políticos que im-plodiram por causa disso. O Estado fun-cionará bem se criar o emprego ade-quado àquilo que é o cumprimentodas suas missões.O que aconteceu ao Estado portuguêsfoi que cresceu demais, criando umproblema de eficiência do seu funcio-namento e, acima de tudo, de eficiênciadas contas públicas. Isto trás problemasgraves quanto ao funcionamento daeconomia. Não vale a pena ter a ideiade que, se o Estado colocasse mais pes-soas a trabalhar, resolvia-se o problemado emprego. Não. No entanto, é bomlembrar que durante 2010 houve umconcurso de estágios para a adminis-tração pública e entraram 5000 jovensque estão em estágio na administraçãopública, porque é necessário semprehaver renovação.

Há perspectiva de em 2011abrirem novas vagas?Não. Embora não seja da minha res-ponsabilidade, na administração públicatenho as maiores dúvidas. Temos umexercício orçamental neste momentoque é o mais difícil de há muitos anosa esta parte e também, quanto mais de-pressa as ultrapassarmos, maior é a pos-sibilidade de conseguirmos repor o cres-cimento, quer na economia, quer nopróprio Estado.

Deve dizer-se aosjovens que agora émais difícil, masque é uma situaçãotransitória. Estesperíodos decrescimento e crisessucedem-se a umamaior velocidade oque tambémimplica respostasrápidas para lhesfazer frente, maspenso que isso, paraos jovens, não é umproblema.

É um facto que anossa universidadeestá a mudar, masprecisa de mudarmais depressa,designadamente numaspecto fundamentalque é a sua imersãono mercado detrabalho.

No meu ponto de vista este é o maiorproblema, não é a qualidade dos nossosprofessores, das nossas instituições, tra-balha-se bem do ponto de vista estri-tamente académico, mas há um grande

04a7 Valter Lemos_Layout 1 2/1/11 3:23 PM Page 6

Page 7: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

7

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Neste momento posso dizer que o em-prego está a crescer em sectores comoo calçado, o têxtil e o vestuário, nasmadeiras e mobiliário, na maquinariae equipamento e também alguma coisana agricultura, embora menos. São sec-tores exportadores e são sectores ondese tem estado a ganhar mercado de ex-portação. Espero que em 2011 conti-nuem a crescer. Novos sectores não sei.Depende das nossas exportações, poisnão é expectável que os sectores muitodependentes do mercado interno, te-nham grande expansão. O governo vaicontinuar a estimular a inserção no mer-cado de trabalho, tendo também umprograma de apoio ao empreendedo-rismo.

O desemprego na faixa dosjovens licenciados leva a quemuitos saiam do país àprocura de oportunidades.Preocupa-o esta fuga decérebros?Eu não considero que haja uma fugade cérebros, agora preocupa-me que asoportunidades no país diminuam parajovens qualificados. Que tenham deprocurar outros locais porque têm faltade oportunidade e isso sim é uma ques-tão preocupante. A mobilidade não mefaz nenhuma confusão, sou fortementeadepto disso. É o melhor que se podefazer pela Europa e é o melhor que sepode fazer pela paz. Tenho dito muitasvezes que o melhor instrumento daconstrução de Europa que já se fezchama-se Erasmus, porque é assim quese constrói a paz. Não sou favorável anenhuma ideia de que nós nos devemosfechar.

Mas nós não estamos num paísatractivo. Não temos gente aentrar em Portugal.Não tenho essa ideia. Eu sei que o pes-simismo está na moda. Devemos serrealistas, em relação à observação decada momento, ou seja, estamos agoranum momento de crise económica efinanceira e portanto é natural que hajadiminuição do número de oportuni-dades e que as pessoas procurem outrasalternativas. Temos de estar centradosem corrigir esse aspecto e não a pensarque existe um qualquer fatalismo. Nãohá qualquer espécie de fatalismo, tenhouma convicção profunda na qualidadedos portugueses.

Deve dizer-se aos jovens que agora émais difícil, mas que é uma situaçãotransitória. Estes períodos de cresci-mento e crises sucedem-se a uma maiorvelocidade o que também implica res-

Primeiro, convicção, acreditar que se écapaz de fazer bem. Estar convicto dassuas capacidades e competências. Istoé uma questão de atitude e não deformação. É fundamental olharmos paraas coisas e sentirmos a capacidade delutar por elas.Em segundo lugar, ser sagaz einteligente para ser capaz de descortinaras oportunidades. Aqui é necessáriomobilizar não só os conhecimentosacadémicos, mas também as suasrelações, com os outros, com osprofessores, com os empresários,sempre numa perspectiva positiva epró-activa.Em terceiro lugar, persistir. Nuncadesistir. Eu desconfio sempre de umacoisa que se consegue à primeira. Na

Neste momento posso dizer que oemprego está a crescer em sectorescomo o calçado, o têxtil e o vestuário,nas madeiras e mobiliário, namaquinaria e equipamento e tambémalguma coisa na agricultura, emboramenos. São sectores exportadores e sãosectores onde se tem estado a ganharmercado de exportação.

postas rápidas para lhes fazer frente,mas penso que isso para os jovens nãoé um problema. Para os sistemas polí-ticos e universidades é, mas para os jo-vens não é. FIM

TRÊS CONSELHOS A UM JOVEM RECÉM--LICENCIADO QUE ESTÁ À PROCURA DO SEUPRIMEIRO EMPREGO?

vida é preciso lutar e persistir. Éfundamental que um jovem que tem umtrabalho ou uma actividade invista asério nela, mesmo que ache que ela nãoserá o seu futuro, porque esse será uminvestimento em si próprio e no seufuturo profissional. A verdade é quenada se faz sem esforço, emboraesforço não signifique obrigatoriamentesacrifício. No meu caso, por exemplo,das coisas que mais gostei de fazer navida, foram algumas das que maistrabalho e esforço me exigiram. É estadisponibilidade que é necessária paraquem está no mercado de trabalho enão podemos estar à espera que osoutros nos ensinem. É fundamentaltermos uma atitude positiva perante avida. “

04a7 Valter Lemos_Layout 1 2/1/11 3:23 PM Page 7

Page 8: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

8

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

“NUNCA NOSARREPENDEMOSDE APOSTAR NAGENTE NOVA”

Isabel Viegas, Directora de Recursos Humanos do Santander Totta

Muitos dos RH com quem lidadiariamente são recém-licenciados. Qual é a políticade recrutamento e de estágiosque o Santander Totta temadoptado?Há uns três ou quatro anos, decidimosque, em vez de irmos buscar pessoas jáformadas a outros Bancos – que depoisentrariam na nossa rede comercial ounos nossos serviços centrais –, seriamuito melhor aposta irmos buscar jo-vens às universidades e politécnicos,acabados de formar, para os fazer crescerconnosco. Por regra, realizamos anual-mente dois programas de estágios, comduração de 6 a 9 meses.

Porque designam esteprograma por “Bolsa de Valores”? Entendemos que as pessoas são valorespara nós e devem ser bem acompanha-das durante a sua estadia no nossoBanco. Assim, fazem uma formação nos

balcões ou em serviços de apoio – amaioria, de facto, vai para a rede co-mercial, porque é aí que nós achamosque se começa a conhecer o negócioda banca e a conhecer os clientes. Acha-mos que este período de formação émuito importante também para nós co-nhecermos estes jovens, as suas com-petências e atitudes.

Que percentagem fica após o estágio?No final do período, cerca de 80% dosestagiários ficam connosco. A percen-tagem é elevada, porque são estes jovensformados que vão, depois, alimentandoas nossas necessidades, por exemplo, pe-las reformas que vão ocorrendo ou porcolaboradores que mudam de funçõesdentro do Banco.

Qual é o balanço que faz destemodelo de estágios?Temos assistido a muito bons resultadose posso dizer que nunca nos arrepen-

demos de apostar nos jovens. Têm nor-malmente uma atitude muito boa,aprendem com facilidade e o períodode estágio permite-nos perceber se, defacto, se ajustam à nossa cultura e aonosso modelo de trabalho. Portanto, éuma boa experiência e é para conti-nuar.

Que outras actividades é que o Santander Totta temdesenvolvido junto do públicouniversitário?Além do recrutamento através de está-gio, o Banco elegeu – corporativamentee para todo o mundo – que a proximi-dade e o apoio às universidades era aárea onde gostaria de poder investirmais recursos no âmbito da nossa Po-lítica de Responsabilidade Social. Por-tanto, a maioria dos recursos que oBanco disponibiliza para responsabili-dade social é canalizada para as univer-sidades, para atribuição de bolsas de es-tudo, por exemplo, ou para financiar

Isabel Viegas, Directora Coordenadora de Recursos Humanos do BancoSantander Totta, acredita que sentido de responsabilidade e ética, vontadede trabalhar e domínio de vários idiomas são hoje mais-valias essenciaispara singrar no mercado de trabalho.

08a10 Entrevista Isabel Veiga 2_Layout 1 2/4/11 5:00 PM Page 8

Page 9: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

9

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

projectos de investigação. O Primus In-terPares é um exemplo deste nosso foconos jovens e na sua formação académica.

Como é que isto se concretiza? De diversas maneiras, sendo que o PortalUniversia é, digamos, a forma de pro-ximidade mais privilegiada com os uni-versitários que nós temos, estando es-palhada por todo o mundo onde o San-tander Totta opera. O Portal Universiatem feito, desde há dois ou três anos,aquilo que nós chamámos de Feira Vir-tual de Emprego, que começou poracontecer pontualmente, sendo agoraum serviço continuado e uma formabastante eficaz dos universitários che-garem ao Santander Totta. Também te-mos protocolos com quase todas as uni-versidades de renome do país, mantendomuito boas relações com alguns poli-técnicos nacionais, que nos facultamum acesso directo e mais privilegiadojunto dos finalistas. Depois, existe uma enorme dinamização

nossa junto das próprias universidades– vamos às universidades muitas vezes,para apresentar o Banco e estarmosperto dos estudantes.

Porquê esta opção?Faz parte da nossa agenda ter esta re-lação com as universidades por duasrazões: primeiro, porque nos alimentao fluxo de recrutamento normal doBanco; e segundo, porque achamos queé muito importante que os alunos per-cebam o que são as empresas. Porexemplo, ainda recentemente tivemosaqui no Banco um Open Day, ondeacolhemos perto de 30 alunos de Ges-tão e Economia da Universidade Ca-tólica Portuguesa que estiveram aquio dia inteiro a trabalhar. Esta é maisuma prova de que o Santander Totta éuma empresa muito aberta, transparentee que quer mostrar isso aos estudantes– quer que eles vejam o que é umaempresa por dentro, quais são as suascores e as suas pessoas.

O que é lhe chama a atençãonum CV que recebe, visto queé o papel que ‘fala’ nestaprimeira fase do recrutamento?Quando os candidatos terminam os es-tudos são todos muito iguais. Portanto,aquilo que eu costumo dizer é: dife-renciem-se, chamem-nos a atenção dealguma maneira. A título de exemplo,os CV estandardizados são CV que cha-mam menos a atenção – é muito maisrico, nesta fase, que um jovem nos che-gue de alguma maneira que não estan-dardizada, ou então que aproveite oformulário standard, mas chamando aatenção para alguma coisa: há uns quenos mandam CV coloridos; outros emvez de enviarem via internet, fazem-nos chegar os CV num canudo; no ou-tro dia, inclusivamente, recebi um CVpreso a um Rato Mickey, onde o can-didato explicava por que é que tinhaenviado o CV assim… Ou seja, estassão maneiras de abordar as empresasque chamam a atenção.

08a10 Entrevista Isabel Veiga 2_Layout 1 2/1/11 3:25 PM Page 9

Page 10: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

10

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

muitíssimo bem, sabemos é que vamoster de lhes permitir voltar à escola embreve. É uma responsabilidade que passaum bocadinho pelas organizações. Pessoalmente, eu acho que a escola éimportante para estruturar o raciocínio

e para contribuir para a maturidade en-quanto pessoas. Eu valorizo muito a es-cola, desde que os alunos a aproveiteme façam desse percurso uma passagemconstrutiva e rica e não apenas umapassagem de tempo…

Quais as competências que oSantander Totta procura numcandidato?Procuramos boas pessoas e pessoas boas.As competências que procuramos sãosimples e têm de ser desenvolvidas aindana escola: os candidatos têm de ser bonscomerciais, não naquele sentido restritode que vão estar a vender seja o que for.Eu acho que sou uma comercial, porexemplo: todos os dias tenho de vender,vendo as minhas ideias, vendo motivaçãoá minha equipa… Estou sempre a tentarinfluenciar e a influência é uma com-petência da venda. Eu acho que os jovens

E valoriza as actividadesextracurriculares?É relevante que os candidatos aprovei-tem o tempo enquanto estão a estudar.Por exemplo, um aluno que escreveque sabe alemão ou que sabe mandarimmarca a diferença, porque aí a empresapensa: “Vale a pena conhecer este can-didato, porque tem qualquer coisa queé diferente”. Um aluno que diga queaproveitou as férias todas enquanto es-tudou para trabalhar ou que fez cincocoisas diferentes, enquanto estudava,chama claramente a atenção.

E o que é que pouco relevantenum CV? Digamos que o ERASMUS já nãochega para diferenciar os candidatos –a não ser que nos consigam dizer que,enquanto fizeram ERASMUS, trouxe-ram de lá algo muito rico. Também háos excessos nos CV, tais como as foto-grafias de corpo inteiro ou as carasmuito pintadas. Isto não chama a aten-ção positivamente. As empresas procu-ram boas cabeças e as boas cabeças estãono conteúdo das coisas e não nas foto-grafias.

Pensa que o Processo deBolonha alterou o processo de recrutamento por parte das empresas?No Santander Totta achamos que oscandidatos podem vir com os três anosda licenciatura para trabalharem, porexemplo, em funções de balcão, paracomeçar. No entanto, vão ter que, de-pois, ir fazer os dois anos de mestrado,caso queiram evoluir. Eu diria que, setêm hipótese, façam logo os cinco anos.Se não têm hipótese, também não acabao mundo, podem começar com a li-cenciatura, mas sabem que vão ter devoltar à escola em breve, porque aquelesdois anos de formação são muito es-truturantes.

Existem os dois perfis no Banco? Sim, aqui no Banco temos pessoas sócom a licenciatura a trabalhar e temosigualmente pessoas com os cinco anos.Não temos é ainda dados que nos per-mitam dizer que uns se adaptaram me-lhor ou que outros precisaram de muitaformação nossa para conseguiremacompanhar os colegas…Mas já temospessoas só com a licenciatura que estão

têm de desenvolver competências co-merciais no sentido de negociação, deinfluência, de comunicação. Têm de saberfalar, têm de saber expressar-se.

E as competências técnicas?É também fundamental que os candi-datos sejam bons tecnicamente nalgumacoisa, quando nós perguntamos “emque é que você é bom?”. Esta é umapergunta que é muito importante ecuja resposta pode ser “eu sou bom emprojecto”; “eu sou bom a gerar ideiasnovas”; “eu sou bom em finalização”,“eu gosto imenso de determinada ma-téria que estudei na universidade”…Alguma coisa em que o candidato diga:“aqui eu sou muito bom”.

O Santander Totta valorizatambém o conhecimento de línguas?As línguas são igualmente um pontomuito importante. Têm de falar inglêstal como falam português e eu achofantástico quando algumas universidadesjá fazem as licenciaturas e os mestradosintegral ou parcialmente em inglês, por-que por muito que custe é melhor fazerum mestrado em inglês e chegar às or-ganizações já com o inglês muito tra-balhado do que estar protegido na uni-versidade com tudo em português edepois chegar às organizações com estafalha. Se além do inglês puderem acres-centar uma outra língua, tanto melhor.

Há pouco falava em “boas pessoas”…É o tema da atitude no trabalho. Oscandidatos vão ter de trabalhar muitoe aqui o problema está em que esta ge-ração foi muito protegida – se que que-ria um telemóvel, tinha... Se queria tro-car por um novo que saiu dali a trêsmeses, trocava… Mas o que é facto éque quem quer ter uma carreira pro-fissional, quem quer evoluir e quer sentiresta satisfação de gostar muito do quefaz tem de trabalhar muito. E quandofalo em trabalhar não é trabalhar emquantidade (10 ou 20 horas por dia), étrabalhar a sério, é ser eficiente, é estarfocado e é ser boa pessoa. As empresascrescem com boas pessoas: pessoas eti-camente correctas, que não precisamde ultrapassar ninguém, precisam é detrabalhar, fazendo o seu próprio per-curso. As empresas vão sempre olharpara as pessoas eticamente correctas. FIM

QUERESUM EMPREGO?DIFERENCIA-TE!

“Eu tenho muito a consciência deque a próxima década vai ser umadécada muito complicada,sobretudo para os que estão achegar ao mercado de trabalho.Muitos não vão ter trabalho, só vãoter aqueles que conseguiremchamar a atenção das organizaçõese aqui vão ter muito de proactivos:mandar o CV, a seguir telefonar, aseguir perguntar a um amigo seconhece alguém naquela empresa,a seguir pedir uma entrevista,depois pedir ajuda…Vão ser estes,os que se mexerem mais, os quevão conseguir a atenção dasorganizações e os que vão teroportunidades de emprego. Asoportunidades não caem do céu:constroem-se.!

08a10 Entrevista Isabel Veiga 2_Layout 1 2/1/11 3:25 PM Page 10

Page 11: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

com o patrocínio

11

Guia do 1º Emprego 2011[ Publireportagem ]

Com a entrada no mercado de trabalho, vem também o primeiro ordenado e aescolha do Banco que te ofereça as melhores condições para esta etapa da tuavida, tão importante para ti. Descobre aqui as soluções à medida dos teus desejose aposta no teu futuro!

O Santander Totta acredita100% no teu potencial. E tu?

Super Conta Ordenado JovensGraduados!Esta é a conta feita à medida do teuprimeiro ordenado, porque no San-tander Totta “Damos mais valor aoprimeiro ordenado”. Esta conta estáisenta de comissões e além disso, tensdireito a um livro de 10 cheques cru-zados por mês, transferências nacionaisgratuitas e serviço de Netalertas, quete vão permitir receber informações noteu e-mail ou telemóvel gratuitamentee com toda a segurança. Com a domi-ciliação do ordenado, tens acesso ime-diato à antecipação do vencimento, ouseja, tens o dinheiro disponível um mêsantes de o receberes.

0% de trabalho,100% cómodo.Também é bom saber que tens noBanco alguém sempre disponívelpara te ajudar. O SantanderTotta com o Serviço Co-modidade trata por ti detodo o processo de domi-ciliação do ordenadoe de outros ser-

viços sem qualquer custo! E, para ter-minar em beleza, existem ainda ofertasespeciais se domiciliares o teu ordenadopor um período mínimo de 12 meses!

Soluções de FinanciamentoSe pretendes realizar um Mestrado ouDoutoramento, o Santander Tottatem soluções específicas para ti, nomea-

damente o CréditoEnsino Superior,através do qualvai ser mais fácilestudar… Sobre-tudo se obtiveresboas notas!

Precisas de um Banco que te valorize mais? Consulta todas as soluções, serviços e vantagens do Santander Totta, em www.santandertotta.pt

Caso penses em iniciar uma nova etapada tua vida, tal como comprar casa ouadquirir um automóvel, o SantanderTotta tem também condições excep-cionais para jovens até aos 35 anos.

Poupar para o futuroPoupar e investir não são tarefas fáceise nada melhor que ter o SantanderTotta ao teu lado, para te ajudar a apli-car, da melhor maneira, o que decidistepoupar. Confia as tuas poupanças a umBanco Sólido, que te garante a segurançade que precisas para viver sem preocu-pações.

Outras soluções do dia-a-dia› NetBanco: O teu Banco quandoe onde quiseres, emwww.santandertotta.pt!

› Mobile Banking: Leva o teu Bancosempre contigo… Num telemóvel.

› Extractos Digitais: Papéis para quê?Agora já podes ter o teu ExtractoConsolidado em formato digital!

› Portal Bons Momentos:Aqui en-contras um conjunto alargado de re-galias, benefícios e vantagens,contando com parceiros em diversascategorias.

› Cartões: Sejam de débito ou de cré-dito, o Santander Totta tem cartõesque te dão acesso a tudo, todos osdias, com variadas vantagens associa-das. Com a Super Conta OrdenadoJovens Graduados não pagas a taxa deemissão do Cartão Light ou CartãoNovo Classic Conta Connosco.

11 Publireportagem Santander Totta FINAL_Layout 1 2/4/11 5:01 PM Page 11

Page 12: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

Formação em InvestigaçãoClínicaA Investigação Clínica inclui um vastoleque de domínios e competências quese estendem da Metodologia à Farma-

cologia, da Clínica à Economia, da Es-tatística aos Assuntos Regulamentares.O desenvolvimento da InvestigaçãoClínica em Portugal terá inevitavel-mente que passar por um investimentona formação e qualificação dos profis-sionais envolvidos.A Forpoint desenvolveu um conjuntode cursos de curta duração que visama iniciação ou especialização neste do-mínio e que, quando integrados, fazemda Investigação Clínica uma realidade.

Formação ao seu EncontroPorque cada caso é um caso, a ForPointpromove Cursos à Medida, um novoconceito assente na construção de cursosde formação personalizados, ajustadose adaptados às necessidades de cadaCliente. Os cursos para empresas podem ser so-

licitados individualmente, respeitandoum programa pré-estabelecido ou con-jugando várias áreas temáticas.A aprendizagem é maioritariamentebaseada em casos, com diversos exer-

cícios individuais ede grupo.

Aprender a Aprender Porque cremos que,no futuro, a únicaforma de marcar adiferença será con-jugando conheci-mentos, apren-dendo a interpretare aprendendo a co-municar, construí-mos o Aprender aAprender, com-posto por uma oumais áreas temáticascom sessões regu-

lares ao longo de 3 meses a um ano,sempre com base no conceito “aprenderfazendo”. Aplicamos metodologias e materiaisvariáveis, de acordo com as especifici-dades do tema, nível do curso e desti-natários. As sessões variam entre sessõespresenciais e sessões por e-learning,maioritariamente tipo workshops, ba-seados em casos de estudo; Roleplays;Aprender com plasticina; Problem BasedLearning; Problem Based Solving.

Áreas temáticasAnálise Crítica de Estudos Clínicos;Boas Práticas Clínicas e Legislação; Clí-nica para não Clínicos; Estudos Clínicos;Epidemiologia; Estatística; Farmacoci-nética; Farmacoeconomia; Farmacolo-gia; Clínica e Terapêutica; Farmacovi-gilância; Gestão de Dados; Gestão de

[ Publireportagem ]

O que é a

ForPoint?A ForPoint , Instituto de Formação e Inovação naSaúde, é uma organização sem fins lucrativos, dedicadaà formação profissional (pós-graduações e cursos deespecialização em investigação clínica) e à promoçãoda educação em saúde na sociedade.

Formaçãopara Profissionaisde EducaçãoÁREAS TEMÁTICAS

Cognição› Como aprendemos? Aspectospsicológicos e neurobiológicos daaprendizagem

› Doenças e síndromes comrepercussão na aprendizagem ecomportamento

› Actividade e hiperactividade

Doença› Doenças crónicas na criança(diabetes, epilepsia, enxaqueca,anemia, alergias e hemofilia)

› Doenças infecciosas na criança› Doenças do comportamentoalimentar

Intervenção› Acidentes e situação de urgência atéaos 5 anos

› Acidentes e situação de urgência dos6 aos 10 anos

Prevenção e Risco› Saúde e desporto na criança eadolescente

› Saúde na adolescência › Contracepção e gravidez › Dependências › Alimentação e nutrição

Emoção› Depressão e ansiedade na criança eadolescente

› Auto-confiança› Stress, depressão e ansiedade noadulto

› A emoção como veículo deaprendizagem e consolidação dememória

PROGRAMA (RE)AGIR

Cursos de Intervenção › Cursos de noções básicas de saúde,aplicados à realidade empresarialpromovendo uma actuaçãoadequada em situações de risco.

› Cursos de promoção de saúde esaúde no trabalho

Cursos de Prevenção/ FormaçãoComportamental› Cursos de Comunicação,Desenvolvimento Pessoal eOrganizacional, Gestão de Conflitos,Gestão de Equipas, Gestão deEspaço, Gestão de RecursosHumanos e Gestão de Tempo.

12a13 Publireportagem FORPPOINT_Layout 1 2/1/11 4:28 PM Page 12

Page 13: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

pub[ Publireportagem ]

Projectos; Gestão de Tempo; Inglês Apli-cado à Investigação; Interpretação deResultados; Medical Writing; MedicinaBaseada na Evidência; Metodologia deInvestigação Clínica; Pesquisa de Artigos– PubMed; Revisões Sistemáticas eMeta-análises; Técnicas de Apresenta-ção.

Pós-GraduaçõesO nosso objectivo é trazer para Portugalcursos de pós-graduação de excelência,no domínio da Saúde e InvestigaçãoClínica, aumentando a competitividadedos nossos profissionais a nível Nacionale Internacional.› Master em Investigação Clínica› Programa Avançado de Gestão em In-

vestigação na Saúde› Pós-graduação Executiva em Gestão

da Comunicação e Informação Mé-dica

› Pós-graduação em Scientific HealthMarketing

› Pós-graduação em Turismo e Saúde› Curso de Aperfeiçoamento em Mo-

nitorização de Ensaios Clínicos› Curso de Especialização em Moni-

torização de Ensaios Clínicos

Academia ForPointA ForPoint criou o 1º Programa Inte-grado de Formação em InvestigaçãoClínica, que se destina fundamental-mente a pessoas que pretendem exercerfunções na área de Investigação Clínica,nomeadamente:› Clinical Trial Assistant› Monitor de Ensaios Clínicos› Study-Coordinator› Técnico de Investigação e Desenvol-

vimentoEste programa permite ganhar “expe-riência de terreno”, uma mais-valia nainserção profissional.

Aprender Saúde – Prevenir eIntervirO Aprender Saúde visa conceber e im-plementar exposições, eventos e acçõesna área da Saúde e bem-estar, tendocomo objectivo promover uma maiore melhor informação em aspectos re-lacionados com a doença, estilos de vidasaudáveis e promoção de saúde.Tem um carácter predominantementeinteractivo, apelando-se à experiênciae à participação em actividades lúdicase didácticas. Estes eventos e acções po-dem ter carácter permanente ou tem-porário, podendo ser itinerantes.

MateriaisTécnicosFruto de umobjectivo antigoe de uma enormevontade,imaginámos eprojectámos umconjunto demateriaistécnicos. Desteconjunto fazemparte livrosdidácticos,nomeadamentena área daestatística,metodologia deinvestigação eglossáriosescritos emPortuguês eInglês. Todo omaterial técnicodesenvolvidopela Forpointvisa abordar epromover oconhecimento noque diz respeitoa temasrelacionadoscom a Saúde ebem-estar. Até àdata, a ForPointpublicou doislivros:

12a13 Publireportagem FORPPOINT_Layout 1 2/1/11 4:28 PM Page 13

Page 14: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

14

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

UM CURRICULUM VITAEO currículo, como vulgarmente é cha-mado, funciona como passaporte pro-fissional. Para quem está à procura deemprego, a elaboração do C.V. é oprimeiro passo a dar. É bom não es-quecer que o tempo máximo que umrecrutador dedica à leitura de um cur-

rículo não ultrapassa, em média, ostrinta segundos, pelo que há que cui-dar bem do que se vai pôr nessas pá-ginas. Quando elaborares o teu cur-rículo, não te esqueças: ele é o resumoda vida profissional, onde devem ape-nas constar os elementos que mais va-

lorizem o teu percurso profissional emais interessem ao entrevistador. Devechamar a atenção de forma rápida esuscitar interesse suficiente para marcaruma entrevista. Aqui ficam regras edicas de ouro para um currículo desucesso!

ELABORAR

14a16 Elaborar um CV_Layout 1 2/1/11 3:29 PM Page 14

Page 15: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

15

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

~~~~ 1 ~~~~Deves moldar o currículo à empresa e àfunção a que te candidatas. Para tal,pesquisa acerca da empresa, área denegócio e função a que te candidatas.

~~~~ 2 ~~~~Não ultrapasses as duas páginas. Osrecrutadores não têm, na maior parte dasvezes, tempo para leituraspormenorizadas. Valoriza os aspectosmais importantes e exclui experiênciasque não sejam relevantes para acandidatura em causa.

~~~~ 3 ~~~~Utiliza frases e parágrafos curtos.

~~~~ 4 ~~~~Se acabaste de te formar e não tensexperiência profissional, inverte a ordemdas rubricas e começa com “formaçãoacadémica e profissional”, dandodestaque a estágios, voluntariados ehobbies que possam interessar.

~~~~ 5 ~~~~Não mintas, nem exageres na descriçãodo teu currículo porque isso é errado epara não correres o risco de seresdesacreditado na entrevista.

~~~~ 6 ~~~~Mostra de forma rápida e evidente quecorrespondes ao perfil solicitado.

~~~~ 7 ~~~~Pede a alguém para ler e confirmar que oseu conteúdo é facilmente compreensível.

~~~~ 8 ~~~~O aspecto gráfico é muito importante.Cada currículo deve ser uma impressãooriginal. Evita manchas, dobras noscantos e vincos.

~~~~ 9 ~~~~As datas devem ser apresentadas sempreda mesma forma (incluir o ano sempre naforma completa)

~~~~ 10 ~~~~A descrição da formação académica eexperiência profissional deve serfornecida por ordem cronológicainvertida, isto é, as últimas experiênciasacadémica e profissional em primeirolugar.

› Erros ortográficos e gramati-cais. Sem dúvida, o factor mais ne-gativo de um currículo. Se não forreflexo de dificuldades de expressãoescrita revelam, no mínimo, falta deatenção e cuidado.

› Abreviaturas. Devem ser evitadas,mesmo quando parecem ser do co-nhecimento geral ou específicas daárea em que trabalhas.

› Pronomes pessoais. O abuso dospronomes na primeira pessoa, é des-necessário e a evitar. Utiliza frasescomo “Estive responsável” em vezde “Eu estive responsável”.

› Palavras com carga negativa.Agressivo, mau, limitação, erro, nada,pânico, problema...

› “Sempre” ou “Nunca”. Numcontexto relacionado com expe-riência ou competências profissionaisadvérbios absolutos sugerem exa-gero.

› “Bengalas” de linguagem.“As-sim como”, “De forma que...”, “Éassim” ou outras palavras desneces-sárias que servem apenas para ocuparespaço.

› Palavras que não conhecesbem e/ou não sabes definir.Lembra-te que a qualquer momento,poderás ser confrontado com o quecolocas no teu currículo e convémsaber o que significam.

› Clichés.Termos como dinâmico,responsável e criativo, perderam asua relevância por serem repetidosaté à exaustão. Descobre quando ecomo aplicá-los e associa-os a com-petências e funções efectivas.

› Frases longas.Nunca utilizes frasescom mais de 15/18 palavras, paraque o leitor não perca a concentração.

› Verbos Passivos.O teu currículodeve transmitir acção. Os verbos sãouma forma de passar essa mensagem,usando sempre formas activas, recor-rendo o mais possível ao tempo pre-sente. “Os projectos foram imple-mentados...” não tem o mesmo im-pacto de “Implementei projectos...”

› Falar de objectivos sem falarde conquistas. Limitares-te a re-ferir as tarefas inerentes à tua funçãoe os objectivos traçados, sem falaresdas tuas realizações e do que con-seguiste alcançar, pode comprometero sucesso do teu currículo.

› Não se trata de uma palavra,mas sim de um número. Nãoindiques o número de telefone doemprego no currículo, caso contrá-rio, o seleccionador poderá ficar de-sagradado pelo facto de procuraresemprego na hora de expediente.

› Repetições. Por mais difícil quepossa parecer, evita descrever comas mesmas palavras a tua experiência.Tens de ser criativo.

Muitas vezes referimos a importância de saber utilizar as pa-lavras a nosso favor. Chegou o momento de nos focarmosnas palavras que não devem ser utilizadas no currículo.Confere aqui quais os termos a evitar e elimina-os já do teucurrículo!

Erros a evitar

%

14a16 Elaborar um CV_Layout 1 2/1/11 3:29 PM Page 15

Page 16: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

16

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

1. Identificação / Dados Pessoais:

NomeData de nascimentoNúmero de Bilhete de IdentidadeNacionalidadeEstado CivilSituação militarMoradaTelefone E-mail

Consoante o cargo para que te can-didatas acrescenta a carta de con-dução no caso de já a possuíres.

2. Descrição da formaçãoacadémicaNível de escolaridade, data de con-clusão, média obtida, se for favorável.Deves começar pelo nível mais ele-vado. Assim, um Mestrado é seguidode uma Licenciatura, que por suavez antecede um Bacharelato. Estainformação deve anteceder a expe-riência profissional.

3. Formação profissionalDeve mencionar-se brevemente osdiplomas ou certificados profissionaisadquiridos.

4. Experiência profissionalDeves descrever, de forma rigorosamas resumida, as tuas experiênciasde trabalho ou, no caso de estares acandidatar-te a um primeiro em-prego, quais os estágios efectuados,bem como o respectivo grau de res-ponsabilidade. Deves incluir o tempodurante o qual desenvolveste essasactividades e aproveitar para descreveras tuas qualificações, aprendizagens,resultados, aptidões. O capítulo da

experiência profissional deve reflectiras tuas aptidões e provocar uma ima-gem positiva no empregador.No caso de não teres experiênciaprofissional, deves valorizar as acti-vidades extra-profissionais, como porexemplo voluntariado ou participa-ção em actividades cívicas, salientandoas responsabilidades assumidas nessasactividades.

5. Aptidões específicasReferir os conhecimentos de línguasestrangeiras e respectivo nível de do-mínio oral e escrito; os conhecimen-tos de informática, especificando comrigor a profundidade destes conhe-cimentos.

6. Interesses / actividadesextra-profissionaisEsta informação é tanto mais impor-tante quanto menos experiência pro-fissional tiveres. Deves referir as ac-tividades extra-curriculares, comovoluntariado, actividades cívicas, cul-turais, frequência de cursos, confe-rências, seminários ou outras formasde formação complementares (espe-cialmente aquelas com interesse paraa área a que te candidatas), textos pu-blicados, prémios obtidos, ocupaçãode tempos livres, prática de desporto,filiação em Associações, etc.

7. ReferênciasPodes dar o contacto de um ou doisprofessores ou antigos empregadorespara darem informações sobre ti. Aspessoas indicadas devem estar sempreavisadas disso. As referências são cadavez mais importantes para os empre-gadores.

As Rubricas de um currículo

Comoenriquecero meucurrículoLínguas estrangeiras: o inglês é fun-damental. Castelhano, francês e alemãosão mais-valias bastante valorizadas.Informática: Dominar ferramentas deoffice é um requisito mínimo. Actual-mente, a linguagem da Internet é jáconsiderada um requisito obrigatóriopara muitas profissões.Erasmus. Experiências internacionaisrevelam capacidade de iniciativa e ou-sadia. Desenvolvem novas competências,como adaptação e flexibilidade.Viagens. Abrem horizontes e demons-tram espírito aventureiro e curiosidade.Este é um aspecto muito valorizadonum mundo empresarial cada vez maismulticultural.Desporto. Os desportos colectivos in-dicam capacidade de trabalhar emequipa; os desportos radicais denotamcapacidade de assumir riscos e de lide-rança.Trabalho em part-time. Pode indicarboa gestão do tempo, sinal de dina-mismo e responsabilidade.Programas de voluntariado. Esteaspecto é cada vez mais importante paraas empresas. A participação cívica de-monstra comprometimento, iniciativae altruísmo, que são características va-lorizadas na altura de contratar alguém.

Currículo BlogAproveita as potencialidades da Web.Um currículo Blog pode ajudar aapresentar as tuas experiências ecompetências e a detalhar maisaprofundadamente uma realizaçãoespecífica. Existem alguns exemplosmais elaborados, com fotografias,animação, vídeos, etc. que teajudarão a distinguir dos restantescandidatos.

Currículo VídeoA apresentação de um c.v. em vídeo éuma arma poderosa para tedistinguires dos restantes candidatos.As vantagens são muitas, poispermite, antes de mais, posicionares-te perante os potenciaisempregadores de uma formacompatível com a era da tecnologia edemonstrares as tuas capacidades decomunicação, criatividade e

potencialidades de formadiferenciadora! Mesmo com poucosmeios, poderás apresentar o teuperfil, habilitações académicas eexperiência profissional de formaapelativa, diferente e criativa. Não teesqueças que a imagem permite teruma visão da personalidade e dastuas competências profissionaismuito mais completa e rica do queum simples currículo em papel.

14a16 Elaborar um CV_Layout 1 2/1/11 3:29 PM Page 16

Page 17: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

17 Super Bock_Layout 1 2/1/11 10:54 AM Page 55

Page 18: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

18

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

{ Texto de Inês Menezes }

A Carta de apresentação é um dos ele-mentos mais importantes quando seenvia o currículo. É ela que vai trans-mitir a tua personalidade, bem comoas razões que te levam a candidatar aesse emprego.Ao escreveres a carta de apresentaçãodeves ter presente que esta serve parapersonalizar a tua candidatura, valorizaro percurso profissional e, por último,convencer os entrevistadores a marcaruma entrevista. Embora a maioria das cartas acabempor ser um resumo do CV, onde oscandidatos reforçam as suas competên-cias, uma carta bem-feita deve fazer aligação entre o teu percurso profissionale as necessidades concretas da empresa.

Dicas para elaborar a carta deapresentaçãoPara personalizares a tua candidatura,deves incluir informação sobre:› Porque é que a empresa te interessa.› O que podes oferecer.› O que a empresa e tu podem fazerjuntos.Estas são as informações que qualquerrecrutador gostaria de encontrar numacarta de motivação. No entanto, a or-dem pode ser alterada, pois não existemregras definitivas. Alguns candidatospreferem começar por se apresentar,

Queres fazer uma carta de apresentação, mas não sabes o que dizer para impressionara pessoa que está do lado de lá? O primeiro conselho que o Guia do 1º Emprego te dáé: não mintas, não exageres e não faças um resumo da tua vida numa carta. A cartaserve para te posicionares de forma diferente em relação aos outros candidatos e, deuma forma clara, mostrares quem és e o que vales. Difícil? Segue os nossos conselhos!

reforçando o que já está escrito nocurrículo, que é uma informação bas-tante mais útil para o recrutador. De-pois disso, é importante justificar asrazões pelas quais a empresa te interessa,o que, se for bem feito, poderá tor-nar-se um ponto diferenciador, poisdemonstra que perdeste tempo a es-tudar a empresa.

Se a carta de apresentação se limita arepetir o que o currículo explica, osentrevistadores têm duas atitudes: senem o CV nem a carta de aposentaçãoforem muito interessantes, o mais certoé cair no esquecimento. Ou no lixo!

Dirige-te à pessoa certa. Se nãosouberes o nome (embora hoje em diaesteja tudo na internet), como últimorecurso, endereça-a ao departamentode recursos humanos. Se estiveres a res-ponder a um anúncio, menciona omesmo e a função a que candidatas).

A primeira frase é essencial paramarcar a diferença. Tenta dar o teucunho pessoal e destacares-te das cen-tenas de currículos diários. O tom deabertura da carta transmite a tua per-sonalidade. Talvez possas começar assim:“Em resposta ao V. anúncio para recrutarum financeiro, penso ter as qualidadesprofissionais que correspondem ao perfilque procuram”.

Menciona as razões porque te can-didatas. Explica porque gostarias dedesenvolver competências na área a quete candidatas. Se souberes para que em-presa te estás a candidatar, não te es-queças de mostrar que a conheces. Serásempre um ponto a teu favor.

Não te alongues. Os recrutadores nãoperdem muito tempo com a leitura dacarta de apresentação. Para ser eficaz, énecessário ser conciso. A carta deve sercurta e sem informação desnecessária.Três a quatro parágrafos são suficientes.As frases curtas e simples interpelam oleitor e transmitam uma imagem dinâmica.

Não exageres nem te desvalorizese, sobretudo… não mintas. Res-ponde sempre pela positiva. Não digas,por exemplo, que não tens experiênciaem determinada área. Evidencia antesas tuas qualidades com objectividade,sem demasiado sentido crítico. Podessempre referir que gostas de novos de-safios e que te adaptas com facilidade.A mentira acaba sempre por ser des-coberta e não te beneficiará.

Valem as mesmas regras para e--mail. Hoje há uma parte significativados currículos que seguem por e-maile por isso as cartas transformaram-seem e-mails. Apesar do suporte ser di-ferente, as regras mantêm-se. FIM

CARTA DE APRESENTAÇÃO

18 Carta Apresentação_Layout 1 2/1/11 4:26 PM Page 18

Page 19: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

19 PUB jMartins_Layout 1 2/1/11 10:49 AM Page 19

Page 20: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

20

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Prepara-te!›Obtém o máximo de informação sobrea empresa (ramo de actividade, dimensão,tipo de produtos ou serviços que co-mercializa, nível de remunerações, áreasfuncionais existentes, organização, am-biente de trabalho, estilo de funciona-mento, etc.).› Fala com pessoas que te conheçam bem(familiares, amigos, colegas de curso, pes-soas com quem já trabalhaste) e pede-lhes uma breve descrição da tua perso-

nalidade, as tuas qualidades e defeitos, etc.O auto-conhecimento é um dos aspectosmais valorizados numa entrevista.. ›Relê o teu currículo e prepara-te paraaprofundar os aspectos nele focados ououtros que possam vir a surgir durante aentrevista (personalidade, características,competências profissionais, motivação,formação, competências desenvolvidastanto na experiência profissional comonas actividades extra-profissionais).› Leva a documentação que achares con-

veniente para apresentar na entrevista(diplomas ou certificados de cursos e es-tágios, trabalhos realizados, carta de re-ferência, portfólio, etc.).› Prepara-te para diferentes tipos de en-trevista.› Se te pedirem para resolver um casoprático não te admires. Mesmo que sejauma situação hipotética, servirá para ava-liar a tua reacção e o raciocínio, a capa-cidade de comunicação, persuasão e ra-pidez.

Tenho uma entrevista.

E AGORA?{ Texto de Inês Menezes }

Para enfrentar o desafio da entrada nomercado de trabalho e a procura doprimeiro emprego são necessárias pro-actividade, energia, dinamismo, resis-tência à frustração e preparação. Desdea elaboração do curriculum vitae, atéà forma como te deves comportarnuma entrevista, nada deve ser deixadoao acaso. Mas nada de pânico. Sereschamado para a entrevista, significaque ultrapassaste a primeira fase e oteu currículo foi aceite. Agora só faltaconvencer o empregador, de que és apessoa certa para o lugar! O Guia do1º Emprego dá-te todas as dicas paraque sejas bem sucedido.

20a22 Entrevista Emprego_Layout 1 2/1/11 3:32 PM Page 20

Page 21: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

21

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

O que não pode falharPontualidade. Tenta chegar 10 minutosantes da hora marcada, para evitar atrasos.Deixar outra pessoa à espera é sinal dedesrespeito e desinteresse. Boa apresentação. A imagem é umfactor decisivo e influencia a forma comoserás percepcionado. Em caso de dúvidao clássico é sempre uma boa solução.Postura. Muito importante para o su-cesso da entrevista. Simpatia, abertura,profissionalismo e curiosidade podemajudar a escolher-te como o candidatocerto. É essencial manter a calma e con-trolar as emoções, sobretudo se a entrevistatomar o rumo não desejado. Diálogo. Embora seja um momento dealgum nervosismo, a entrevista deve seguiro tom normal de uma conversa e fluirsem grandes constrangimentos. É im-portante que sintas que, para além de es-tares a ser avaliado estás, também tu, aavaliar uma hipótese de trabalho.Empatia. É um dos aspectos mais im-portantes para que se estabeleça uma boarelação profissional.

O que te podem perguntarApesar das entrevistas serem diferentesumas das outras, existem perguntas co-locadas pela maioria dos recrutadores.Prepara as respostas às questões que seseguem. É essencial um trabalho de in-trospecção, um olhar sobre o passadoque te ajude a preparar o futuro.Se tiveres oportunidade de fazer umasimulação de entrevista filmada, nãohesites! Aproveita para detectar eventuaiserros de postura e de comunicação ecorrigires. No final de cada entrevista,analisa os melhores e os piores momen-tos, de forma a aprenderes com a tuaprópria experiência e evitar cometerde novo os mesmos erros.

› Porque é que se está a candidatar ànossa empresa?

› É capaz de se apresentar em poucas pa-lavras?

› O que é que nos podes oferecer? › O que é para si o emprego ideal?› Onde gostaria de estar daqui a cincoanos? E daqui a dez?

› Que recompensas deseja obter na suacarreira profissional?

› Pretende obter mais qualificações?(CESE, MBA, Mestrado, etc.)

› Trabalhou durante os estudos? Se sim,em quê?

› Que tipo de patrão prefere? › Se eu encontrar o seu antigo chefe/pro-fessor e lhe pedir para me falar de siem apenas uma frase, que frase seria?

› Já alguma vez se despediu de um em-prego? Se sim, porquê?

› Porque é que o devemos contratar a siem vez de outro candidato?

› Dê-nos o exemplo de uma tarefa rea-lizada por si de que se possas orgulhar.

› Porque escolheu esta área de trabalho? › Já desempenhou algum trabalho emequipa? Qual?

› Pode dar-me um exemplo de comoa sua criatividade ultrapassou um obs-táculo?

› Quais as suas principais qualidades? Edefeitos?

› Prefere trabalhar sob supervisão ou so-zinho?

› Que factores o motivam a dar o seumelhor?

› Em que actividades académicas parti-cipou? O que aprendeucom elas?

› Qual foi o último livro que leu, e o úl-timo filme que viu?

› Prefere grandes empresas ou pequenas?Porquê?

› Qual o último país onde esteve? › Tem hobbies? Quais? › Está envolvido em algum tipo de tra-balho voluntário?

› Defina sucesso. E fracasso.› Já alguma vez falou para uma grandeaudiência?

› Com que tipo de pessoas tem mais di-ficuldade em lidar? E mais facilidade?

› Como é que se relacionava com os seusprofessores? (supervisores ou colegas)

› O que aprendeu com os erros? › Qual seria o salário justo para si? › Fale-me de si (esta é uma das questõesmais colocada pelos recrutadores. Tentadar uma resposta sucinta, directa eque, em poucas palavras, dê a conhecero teu perfil profissional, característicase competências profissionais)

Pode também acontecer ser utilizada umaoutra forma de abordagem para analisaro potencial dos candidatos e que consisteem avaliar comportamentos e reacções adeterminadas situações. Embora este tipode dinâmica seja utilizada numa fase maisavançada de recrutamento e se destine acandidatos com experiência profissional,deves estar apto a responder às questõescolocadas, com histórias e exemplos quedemonstrem as tuas capacidades e quali-ficações para o cargo pretendido!

Perguntas que podes fazerOs candidatos podem aproveitar o mo-mento da entrevista para colocar algu-mas questões, pois embora estejam aser avaliados, devem ter uma atitude di-nâmica perante o entrevistador, tentandoobter informação sobre as condiçõesde trabalho, hipóteses de progressão,evolução do sector, expectativas sobresi, etc. Para isso, é necessário estudarum pouco a vida da empresa. As per-guntas deverão ser feitas com bom sensoe, se perceberes que não há abertura,não as faças pois podem prejudicar-te. Aqui ficam alguns exemplos.› Qual será a minha função dentro daempresa?

› Quais os desafios inerentes à função?› Quais as possibilidades de progressãona carreira profissional?

› É usual trabalhar-se por objectivos?

Como atrás referimos, é natural que oentrevistador te pergunte qual o ordenadoesperado. Damos-te algumas sugestões parasaberes o que fazer, sem te atrapalhares!1. É possível que queiram saber qual o teu últimoordenado, pois serve de referência das tuasexpectativas e, eventualmente, do que estariasdisposto a negociar. 2. É frequente perguntarem qual o salário líquido

pretendido pela função em causa. Antes defalares em valores, aproveita para falar do teudesempenho anterior (se tiveres experiênciaprofissional) ou das tuas perspectivas de carreira.3. Para o caso de ser o teu primeiro ordenado,tenta não te expores. Se mesmo assim oentrevistador insistir dá uma ordem de grandeza.4. Nunca abordes, por tua iniciativa, o tema doordenado. Embora esta não seja uma questão

secundária, deves tentar valorizar outrosaspectos inerentes à função e esperar que seja oentrevistador a colocar a questão.5. Em vez de falares em valores exactos,apresenta valores mínimos e máximos, de formaa haver margem para negociação. 6. Informa-te de quais os valores praticados emfunções similares, de modo a estares dentro darealidade.

Negociar o ordenado

20a22 Entrevista Emprego_Layout 1 2/4/11 5:18 PM Page 21

Page 22: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

22

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

• Memoriza o nome e cargo do entre-vistador.

• A iniciativa de cumprimentar devepartir do entrevistador. Um aperto demão firme, acompanhado de um sor-riso, é o mais acertado. Se tiveres ten-dência para suar das mãos tenta limpá-las discretamente antes de cumpri-mentar o entrevistador.

• Procura manter o contacto visual como interlocutor, o que transmite segu-rança e interesse. Se fores entrevistadopor mais de uma pessoa, tenta olharpara todos. Não olhes para baixo en-quanto falas, porque isso demonstratimidez e insegurança.

• Sorri! Uma cara alegre e sorridenteé sempre cativante e transmite umapersonalidade optimista e entusiasta.

• Respeita o ritmo da entrevista. Esperao momento certo para intervir e fá-lo na dose adequada, sem falar de-masiado.

• É importante começar e acabar de

Sugestões para seres bem sucedidoforma clara as frases. Não deves deixarque fiquem por acabar, ou se misturemumas com as outras.

• Evita utilizar linguagem mais colo-quial, tal como: “Umm”, “Ah?”, “tipo”,“percebe?”. Nunca “pá” ou afins…

• Sê conciso e tenta responder directa-mente às questões que te são colo-cadas. Se não perceberes a pergunta,pede para repetir.

• Não mintas, nem tentes disfarçar umarealidade que te pareça pouco fa-vorável. É sempre preferível a ver-dade.

• Pensa na forma como gostarias de ser”retratado”: prepara os aspectos sobreos quais mais gostarias de falar.

• Não tenhas medo dos silêncios. Usao silêncio a teu favor, pensando naresposta à pergunta que te foi colocada,ou na que poderás colocar.

• Responde directamente às questõescolocadas e acrescenta informação re-levante.

• Tenta perceber o que está por trás dapergunta, o que querem realmentesaber.

• Se falares do antigo emprego, nuncadigas mal do antigo chefe, dos colegasou das condições de trabalho.

• Se não tiveres muita experiência sobrea área de negócio, fala sobre as tuascompetências.

• Pensa nas questões que gostarias decolocar ao entrevistador, sobre a áreaem que irás trabalhar, a empresa, osector, etc. Mas vê se há abertura paraque as faças.

• É possível que te perguntem qual aremuneração esperada. Esta é uma per-gunta complicada. Atenção, muitas ve-zes com esta pergunta o candidato, senão tiver bom senso, poderá ficar ime-diatamente excluído, mesmo que nosoutros itens tenha tido boa prestação.

• Só te deves levantar depois do entre-vistador, agradecendo a entrevista emantendo uma postura cuidada. FIM

Procura manter o contacto visualcom o interlocutor, o que transmitesegurança e interesse.

20a22 Entrevista Emprego_Layout 1 2/1/11 3:32 PM Page 22

Page 23: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

23

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

1 Microsoft Portugal Tecnologias de Informação2 Cisco Systems Portugal Tecnologias de Informação 3 Liberty Seguros Banca e Seguros - Seguros Gerais 4 Everis Portugal Consultoria de TI5 GMS Consulting Consultoria de TI6 ROFF Consultoria de TI7 BMW Group Portugal Comércio automóvel8 Mars Portugal Transformação e Produção9 Cushman & Wakefield Construção e Obras Públicas10 Janssen Cilag Biotecnológica e Farmacêutica11 Re/max Construção e Obras Públicas12 Chep Serviços13 Procter & Gamble Portugal Transformação e Produção14 SAS Institute Portugal Tecnologias de Informação15 Outsystems Tecnologias de Informação 16 HUF Portuguesa Transformação e Produção17 Diageo Portugal Transformação e Produção18 Medtronic Portugal Comércio a Retalho19 Siscog Tecnologias de Informação 20 Leadership Business Consulting Consultoria de Gestão 21 Johnson’s Wax de Portugal Actividades Industriais 22 Laboratórios Abbott Biotecnológica e Farmacêutica23 Teleperformance Portugal (Covilhã) Serviços - Telemarketing 24 Bacardi-Martini Portugal Transformação e Produção25 Deloitte Consultoria de Gestão26 ANA, Aeroportos de Portugal Transportes - Aéreos/Aviação comercial 27 PricewaterhouseCoopers Serviços 28 José Júlio Jordão Actividades Industriais 29 Sistemas McDonald’s Hotelaria e Turismo - Restauração30 Barclays Bank Banca e Seguros

Quem quer trabalhar aqui?Todos nós sonhamos com um emprego perfeito, um salário de sonho, a equipa de trabalho maissolidária do mundo, a janela do escritório com a melhor vista para a cidade, alguém bonito que nostraga cafés. Todas estas características parecem difíceis de conviver juntas num mesmo emprego,sobretudo na conjuntura económico-social vivida actualmente. No entanto, existem, de facto, empresasonde dá gosto trabalhar – e os seus colaboradores reconhecem isso. Fica aqui a lista das 30 MelhoresEmpresas para Trabalhar em Portugal, durante o ano de 2010.

{ Texto de Bruna Pereira }

O primeiro lugar no ranking e pelo 3ºano consecutivo, foi conquistado pelaMicrosoft Portugal, sendo que nas di-ferentes categorias – por dimensão –destacaram-se a Remax (acima de 1000colaboradores), a Cisco (entre 100 a250 colaboradores) e a BMW Portugal(menos de 100 colaboradores.A grande novidade da edição deste anofoi a presença forte de empresas por-tuguesas (7), cuja vencedora foi a GMSConsulting, considerada a melhor em-presa portuguesa para trabalhar em Por-tugal.Uma das grandes vencedoras da ediçãodeste ano é também a Cisco, desta-cando-se em quatro categorias distintas:“Melhor Organização para trabalharentre 100 e 250 colaboradores”, “Me-lhor Empresa para Trabalhar para Mu-lheres”, prémio “Responsabilidade So-cial Empresarial” e prémio “Formaçãoe Liderança para a Sustentabilidade”.FIM

*Fonte: Great Place to Work® Institute - www.greatplacetowork.pt

23 Melhores empresas para trabalhar_Layout 1 2/1/11 3:33 PM Page 23

Page 24: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

24

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Hugo FariaResponsável peloDesenvolvimento de RecursosHumanos da Galp Energia

“Vivemos um tempo complicado, compoucas perspectivas, uma crise instalada,com elevados níveis de desemprego. Mas,nem tudo é negativo. É necessário quehaja esperança e que os jovens, sobretudoos que estão à procura do primeiro em-prego, não percam a confiança em sipróprios e nas suas capacidades de tra-balho, pois as empresas estão cada vezmais dispostas a valorizar as competências

distintivas de cada um. A Galp é umadestas empresas que pretende captar osmelhores recursos e investir em talentos. Sabemos que o mercado de trabalho émuito competitivo e que as competênciastécnicas já não são suficientes para fazerface às novas exigências. Mas, a verdadeé que as empresas procuram, mais doque nunca, os melhores talentos, isto é,jovens graduados que tenham uma boaformação académica, e que juntem aisso uma forte componente comporta-mental. Actualmente, a maioria das em-presas considera que mais importantedo que a componente técnica, são as ca-pacidades relacionais, e estas desenvol-vem-se em actividades extra-curriculares,e de desenvolvimento pessoal.Entre as capacidades relacionais mais

procuradas estão o nível de energia, aassertividade, a sociabilidade, a adapta-bilidade, a atitude, a capacidade de decisão,a cooperação, a autonomia e o julga-mento objectivo.

Processo de selecção dos candidatosdesenvolvido pela GALP, em 4 fa-ses:› Análise Curricular› Entrevista Biográfica › Assessment Center (testes de aptidão,de role play em que se simulam situaçõesque podem acontecer na empresa, deforma a analisar a interacção entre equipae a capacidade de raciocínio) › Entrevista final de validação com a áreapara a qual se recruta. Além da presençados Recursos Humanos, é um processo

O QUE PROCURAMAS EMPRESAS?No momento de crise e de desemprego, as empresas continuam a recrutar. No en-tanto, a selecção dos candidatos é cada vez mais rigorosa e exigente. Bons currículose boas notas não chegam para alcançar o lugar desejado. É preciso muito mais doque isso. Se ainda não ouviste falar em competências comportamentais, está na al-tura! Tão importante como os conhecimentos adquiridos na formação, vai ser oteu comportamento e forma de agir. Se queres saber o que procuram as empresas,aqui fica o testemunho de 4 grandes empresas sobre o perfil mais requisitado e aforma como te podes candidatar à Galp Energia, Secil, Sonae ou EDP.

24a27 O que procuram as empresas_Layout 1 2/4/11 5:19 PM Page 24

Page 25: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

25

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

partilhado com futura área de trabalho.

O Produto Premium: ProgramaGeneration GalpO programa de trainees existe na orga-nização há 12 anos e é fonte de recru-tamento de jovens graduados, enquantoatracção e captação de talentos, bemcomo de rejuvenescimento e mudançada empresa.

Muitos dos quadros da Galp passarampor este programa, que tem enorme su-cesso ao nível das carreiras que propor-ciona.

Vantagens do programaDuas experiências em áreas diferentesda empresa (trata-se de um programacom a duração de um ano, dividido emduas partes: no primeiro semestre as pes-soas são convidadas a sair da sua zonade conforto e a trabalhar em funçõesque nunca experimentaram (por exem-plo, engenheiros a exercerem funçõesde gestão). A segunda parte do programaé mais direccionada às áreas em que osalunos se sentem mais confortáveis.› Oportunidades de formação em con-tínuo ao longo do ano de estágio inte-grado num programa de acompanha-mento› Orientadores definidos com um pro-grama claro de estágio›CEO e administradores são responsáveispor um grupo de trainees (estão impli-cados como tutores)›Outro dos factores aliciantes destes es-tágios é o facto de a remuneração seracima da média.

Objectivos do programa:Posiciona-se como um dos elos de liga-ção com o meio universitário com vistaa desafiar e cativar os melhores entre osmelhores, motivá-los para enfrentar osdesafios de um mercado dinâmico e pre-pará-los para uma vida profissional desucesso. Em média a GALP recrutaanualmente entre 20 a 40 jovens, nasUniversidades de referência a nível na-cional.

João BrásDirector de RH CentroCorporativo e EstruturasCentrais Sonae

“Sabemos que o primeiro emprego é de-terminante para aquilo que vai ser o nossofuturo, seja porque corresponde à nossaárea de formação, e confirma que o ca-minho está certo, seja para percebermosque estamos no caminho errado e queaquilo que estivemos a estudar não é, deforma alguma, a área em que queremosvir a trabalhar. Por isso mesmo o primeiroemprego é uma aprendizagem. Por issomesmo, valorizamos, mais do que a for-mação académica, as competências pes-soais.Dividida em seis áreas de negócios – Mo-delo Continente, Sonae Retalho Espe-cializado, Sonae Sierra, SonaeCom, Mo-biliária de Retalho e Gestão de investi-mento – a Sonae está a expandir-se einternacionalizar-se, estando presente em26 países.

Os valores pelos quais nos orientamos evivemos, definem que tipo de pessoasqueremos na Sonae. Ética e confiança,pessoas no centro de toda a actividade,ambição, inovação, responsabilidade social,frugalidade e eficiência, cooperação e in-dependência. O cliente está no centro danossa acção. Sem clientes não há razão deexistir. Estes valores determinam o tipode pessoas que recrutamos para a nossaorganização. Não recrutamos pela área deformação, mas pelos traços pessoais.A área comercial é, sem dúvida, a áreamais importante nas nossas vidas enquantoprofissionais. O cliente está centro da nossaacção. É a razão da nossa existência, o queexplica que as competências dos comerciais- relacionais, comunicação, assertividade,argumentação - sejam as mais valorizadas,pois devem ser dominadas em qualquer

área de trabalho. A Sonae emprega maisde 42.000 colaboradores, num ambienteexigente, rigoroso, com muito trabalho,mas fun, e com um espírito inacreditável.É um mundo de mentes abertas, em quese assiste ao desenvolvimento rápido denegócio, e à ascensão de pessoas que co-meçaram como operadores de loja e estãohoje em funções de Direcção. Acreditamosque múltiplas experiências dentro dasvárias empresas permitem um desenvol-vimento profissional mais rápido. A Sonaefunciona como um mar de oportunidades,o que significa que as pessoas que entramna empresa, têm que ter mente aberta,flexíveis e adaptarem-se com rapidez anovas e diferentes situações.”

O que valoriza a Sonae“Obviamente que a experiência é umdos requisitos essenciais, embora não dis-criminemos os recém-licenciados. Pessoascom experiência para além da académica,são muito interessantes, com Erasmus,que pratiquem desporto federado, escu-teiros, ou seja, é necessário que façamoutras coisas para além do curso, poisisso é mais valorizado do que as notas.Valorizamos a formação, mais do que ocurso em si, pois a formação permiteque se tenha desenvolvido um conjuntode competências em planeamento, apren-dido a trabalhar em equipa, desenvolvidoa capacidade de resistir, lidar com o stress,de fazer apresentações, de participar emseminários, entre outras. Estas compe-tências são mais valorizadas do que ocurso. Para além disso, tem muita im-portancia para nós, o rigor e compromisso,o trabalho em equipa, a orientação porobjectivos (todas as actividades e tudo oque fazemos no dia-a-dia é medido porobjectivos pré-defidos), a humildade paraaprender (é preciso saber que a verdadeiraaprendizagem começa no dia em que secomeça a trabalhar), a criatividade e osentido de responsabilidade.

O grande desafio daInternacionalizaçãoA EDP é uma multinacional que estáem 10 países, fala sete línguas e temjá mais de 12.000 colaboradores pelomundo fora. Por esta razão, a visão,compromissos e valores permanecemum grande desafio da comunicaçãodos Recursos Humanos.

DesafioO grande investimento da GalpEnergia no Brasil abriu portas parauma nova área: a exploração eprodução, áreas em que a GALP está,actualmente, a fazer recrutamento nasuniversidades.

“Entre as diferençasprocuramos asingularidade. Nãocontratamos pessoasinteligentes para lhesdizer o que devem fazer.Contratamos pessoasinteligentes para nosdizerem o que devemosfazer” Steve Jobs

24a27 O que procuram as empresas_Layout 1 2/1/11 3:47 PM Page 25

Page 26: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

26

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Ana PedrosaResponsável pela gestão decolaboradores expatriados naEDP

Celestina PinheiroOperações de RH ecoordenadora de acolhimentoe integração de NovosColaboradores da EDPDistribuição.

O “ON TOP - EDP RecruitmentProgram” visa captar jovens com po-tencial de crescimento, posicionando oGrupo EDP como employer of first choice.

Objectivos: 1. “Atrair” jovens com potencial decrescimento, proporcionando-lhes de-safios profissionais aliciantes.2. Dar a conhecer aos jovens o GrupoEDP: estratégia, cultura e pessoas.3. Promover a aproximação entre a EDPe a Comunidade Académica: interagire partilhar know-how.

Neste sentido a EDP tem diversasiniciativas › Presença em 8 Universidades;› Divulgação do Grupo a cerca de 800alunos; › Apresentação do Grupo EDP e dis-cussão de temas, como a MobilidadeInternacional, Inovgrid, MobilidadeEléctrica, a cerca de 450 alunos.

O Grupo EDP procura jovens comas seguintes competências:› Jovens Empreendedores e criativos;› Motivados e dinâmicos;› Com espírito de equipa; › Atentos ao mundo que os rodeia;› Ambiciosos e “cheios de energia”.

É atraves dos estágios que a EDP seaproxima do mundo universitário,tendo-se realizado em 2010 cerca de330. Os estágios dirigem-se a alunosdo ensino Técnico-Profissional e Uni-versitário de diversas áreas de formação,como electricidade, mecânica, electro-

mecânica, ciências sociais, gestão, ciên-cias exactas (matemática) e engenharias(electrotecnia, mecânica, civil) .

ETAPAS DO PROCESSO DE ACOLHIMENTO,ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃOMomentos chave:1º mês› Sessão de acolhimento (conhecer oque é a EDP Distribuição, conhecer osprojectos em curso, conhecer o pro-grama que os espera)› Integração na área de estágio› Familiarização com processos e acti-vidades.› Apresentação do Plano de Integraçãoe Acompanhamento› Apresentação das competências nasquais vai ser avaliado

2º mês›Aprofundar os conhecimentos.› Troca de impressões informal conjunta(estagiário, orientador e facilitador) so-bre o decorrer do estágio› Eventuais ajustes ao Plano

3º mês›Aprofundar os conhecimentos› Reunião conjunta (estagiário, orien-tador, chefia e facilitador) sobre as di-ficuldades e os sucessos› Aprofundamento sobre os objectivosa atingir› Planear formas de ultrapassar eventuaisdificuldades surgidas4º mês›Área secundária de estágio

5º mês› Apresentação pelo estagiário, ao CAe Directores, de um tema relacionadocom a actividade acompanhada duranteo estágio.

Relatório intercalar da responsa-bilidade do estagiário:Avaliação pelo Orientador, com a par-ticipação da Chefia do Departamentoe do Orientador da Área secundária ecom a colaboração do Facilitador.A avaliação incidirá nas componentescomportamentais e técnicas, ponderaráa qualidade do relatório intercalar.

6º mês› Apresentação do Relatório Final daresponsabilidade do estagiário e Ava-liação do Processo (estagiário /orien-tador).

No final dos 6 meses os candidatos sãoadmitidos.

Margarida ManaiaResponsável peloDepartamento Relacionalda SECIL

O que procura a SECIL nos novoscolaboradores? “Procuramos uma sólida formação téc-nica, fortes competências relacionais,um grande sentido de responsabilidade,que sejam dinâmicos e proactivos. A sólida formação técnica é muito im-portante, porque a maior parte das fun-ções exercidas na Secil são funções com-plexas, que requerem uma base susten-tada de formação técnica, para além dosmúltiplos desafios ligados à internacio-nalização da Secil (presente em Angola,Líbano, Tunísia e Cabo Verde). As competências relacionais são umponto determinante na selecção de can-didatos. Valorizamos essencialmente otrabalho em equipa, bem como a relaçãoentre as pessoas, que devem saber con-viver harmoniosamente entre diferentesgerações. O leque de idades, experiên-cias, formação e culturas é muito variadoe exige equilíbrio e bom senso nas re-lações. A mobilidade é outro dos requi-sitos valorizados pela Secil, tanto em re-lação aos recém-licenciados com algumtempo de formação, como em relaçãoa pessoas com mais anos de experiência.Esta é, aliás, a razão pela qual damosprioridade aos candidatos capazes de seintegrarem em diferentes culturas.O sentido de responsabilidade, a capa-cidade de assumir e aprender com oserros, e a autonomia, são uma exigênciapara quem trabalha na Secil. O negócioda Secil, especialmente nas fábricas, éum negócio de laboração contínua –trabalhamos 24h sobre 24h e por isso

24a27 O que procuram as empresas_Layout 1 2/4/11 6:01 PM Page 26

Page 27: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

27

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

temos de ter pessoas que tomem deci-sões rápidas e necessárias no momentoadequado. Outro requisito valorizado nos candidatosda Secil é a capacidade de ser dinâmicoe proactivo. Isto porque estamos sempreem processo de melhoria de produto -parecendo o cimento sempre um pro-duto cinzento, é este o nosso negócio!”

Programa Trainees Secil“Existe há três anos na Secil. A Secilrecruta cerca de 10 colaboradorespor ano. Existe uma fase in-tensa de recrutamento e se-lecção, seguida de um pro-grama de um ano de for-mação para os que foremseleccionados. Segue-se, após avaliação po-sitiva dos candidatos,a integração nogrupo Secil (nestesúltimos anos, 90%dos trainees recrutadossão hoje colaborado-res da Secil).O processo de recru-tamento é um processomuito selectivo. A pre-ferência da Secil é dadaà formação académica decinco anos, à licenciaturapré-Bolonha e aos mestresPós-Bolonha. A selecção éfeita através de um intensivoacessement center, em que oscandidatos passam por dife-rentes fases, até serem elimi-nados. E por último, são sub-metidos a quatro painéis de en-trevistas, também eliminatórios.Para dar um exemplo, em 2010recebemos, nos primeiros 10 me-ses, 3200 currículos. Destes, apenas15% correspondiam ao perfil de-senhado pela Secil em termos decompetências comportamentais. É pre-ciso conciliar a formação técnica coma parte comportamental, pois é nestaúltima que a Secil encontra mais difi-culdades em recrutar.” FIM

24a27 O que procuram as empresas_Layout 1 2/1/11 3:48 PM Page 27

Page 28: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

28

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Soft skills em altaMarco Gomes da Ray Human Capital, uma das em-presas mais promissoras na área da consultoria emrecursos humanos e parceira da Forum Estudante noprojecto do Primeiro Emprego, partilhou connosco asua experiência, deixando algumas importantes pistaspara quem entrar no mercado de trabalho.

Parece-lhe que os estágios sãoum bom início de carreira paraum jovem licenciado?Cada vez mais até porque a aposta dasempresas em épocas de crise não é paraposições intermédias ou para posiçõesde topo, acabam por fazer um investi-mento pela base e aí estão os estagiários.Esta política acaba por gerar todo umconjunto de medidas que incentivam aocrescimento, ao push up das estruturasorganizacionais a fazer com que estes es-tagiários que entram, façam com que aspessoas da organização subam. Assistimoscada vez mais às multinacionais e por-tuguesas como a Sonae, como a Efacec,a privilegiarem este tipo de contratação.

Quais lhe parecem ser ascompetências que o mercado,neste momento, mais está avalorizar?O paradigma de há uns anos a esta partetem mudado e hoje em dia o mercadoestá a valorizar muito, e ainda bem, assoftskills, as competências. Obviamentenão descuram as hardskills, pois é neces-sário que as pessoas tenham ajustamentoà própria função que vão desempenhar,

mas também, e cada vez mais, é valorizadaa capacidade que têm de ajustar-se emtermos de competências. E estas softskills,muitas vezes, fazem a diferença e conse-guem mostrar a mais valia de um profis-sional em relação a outro.Há competências transversais que o mer-cado de trabalho procura, independen-temente da função em si. Comunicação,capacidade de inter-relacionamento, opensamento analítico, a iniciativa, o di-namismo… São este tipo de competên-cias que nós devemos desenvolver aolongo da nossa vida, sobretudo enquantojovens. Os jovens não se podem limitara fazer universidade-casa e casa-univer-sidade. Têm de privilegiar o equilíbrioentre a vida académica e a vida social,

Marco Gomes, Ray Human Capital

“O paradigma de háuns anos a esta partetem mudado e hojeem dia o mercadoestá a valorizarmuito, e ainda bem,as softskills, ascompetências.”

28a29 Entrevista Ray Human Marco Gomes_Layout 1 2/2/11 3:10 PM Page 28

Page 29: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

29

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

porque estas vivências trazem-lhe novascompetências. É fundamental procuraremexperiências na vida académica comoestágios, trabalhos durante o verão, paraexperimentarem o que é o mercado detrabalho, para começarem a desenvolveralgumas competências que só consegui-mos actualizar se nos emprenharmosnisso. Este tipo de competências, que pa-recem quase senso comum, são compe-tências que para muitas pessoas não estãono top of mind, não estão ainda na lista

de prioridades e, no entanto, são com-petências que fazem falta a qualquer pes-soa.

Nos milhares de currículos queprovavelmente vê e quando estáà procura de uma pessoa, paraonde vai o seu enfoque?Falando de jovens recémlicenciados.O que salta à vista é claramente o tipode iniciativas em que a pessoa se envolveao longo da sua vida académica ou asexperiências profissionais que a pessoapossa ter tido.Num dos Job Party que fiz com a Forum,um dos alunos perguntou-me se deveriacolocar no seu CV a experiência profis-sional que tinha tido a servir num bar.O que lhe disse foi que neste momentoda sua vida, essa experiência fazia sentidoporque por detrás desse trabalho, os pro-fissionais que vão ler o currículo vãoperceber que foram desenvolvidas ca-pacidades de comunicação, capacidadede relacionamento com o cliente, orien-tação para o cliente, orientação para ob-jectivos. Com esta experiência é certoque ele actualizou competências e é issoque as empresas procuram nos CV dejovens licenciados. Experiências profis-sionais e iniciativas das que muitas vezesse organizam nas universidades, como asempresas académicas ou consultoras queaí são criadas, o desenvolvimento de pro-jectos reais, tudo isto é muito relevantepara um jovem licenciado. São esses pe-queninos detalhes que podem fazer toda

a diferença na sua adaptação ao mercadode trabalho e para fazer face aos desafiosdas empresas. Também o desporto, o vo-luntariado podem ser importantesquando se analisam os currículos.

Com a experiência que tempensa que os recém licenciadosestão preparados para enfrentaro mercado de trabalho?Cada vez mais. Os jovens estão a começara ter um self awareness muito forte para

aquilo que efectivamente o mercado lhesreserva. Já tem acontecido clientes daRay Human Capital estarem a recrutarjovens, não pela licenciatura mas pelascompetências. Vão à procura do tal talentoe esse pode estar num aluno que termi-nou o curso com média de 12 ou 13 enão num aluno que terminou a licen-ciatura com média de 16 ou 17.São os jovens que têm de perceber quetêm de fazer a diferença neste mercadode trabalho que vive este ciclo económico.Eles têm claramente de se diferenciaruns dos outros para conseguirem agarraras oportunidades. As empresas continuama procurar, mas como recrutam menos,procuram os melhores e isso vê-se nassoftskills que é onde há o desempate.

Três conselhos a estes jovenspara conseguirem entrar nomercado de trabalho.Acima de tudo têm de estar muito cons-cientes que é necessário ao longo do seupercurso académico procurarem inicia-tivas diferentes, que lhes permitam tercontacto com a realidade empresarial,mas também com a realidade social. Estacombinação é importantíssima para queconsigam criar valor em si mesmos. Poroutro lado acho que cada vez mais osjovens de hoje em dia, têm um nível dematuridade diferente e isso nota-se nasua capacidade de aprendizagem, no seuinteresse por determinado tipo de pro-blemáticas. Porque não querem fazerparte das famosas estatísticas do desem-prego, os jovens têm de ter claramente a

noção de que as mais valias que têm deter adquirir têm de ser eles a desenvolvere a procurar. Se não forem eles, ninguémo fará no seu lugar.Penso também que é importante iremconhecendo o mercado de trabalho, iremvendo o que se está a passar. Quandoterminam a licenciatura é importante sa-berem minimamente o que é que que-rem fazer e mesmo que não saibam aocerto, pelo menos saberem onde é quequerem estar. É fundamental terem umanoção clara que, se querem estar na áreafinanceira, então apontem para a área fi-nanceira. Se querem a área de grandeconsumo, então é apontar para essa área.É importante saber, quando chegar a al-tura de ingressar no mercado de trabalho,para que lado é que quer ir, porque issomostra confiança também para o inter-locutor. Mas infelizmente ainda existemmuitos jovens que estão perdidos. FIM

Três pecados mortaisque não se podemcometer numaentrevista?Inibição. A postura corporal revelamuita coisa. Por exemplo, o estar aolhar para baixo pode revelar umagrande inibição e isso é claramenteum pecado nos dias que correm. Outro pecado mortal são os níveisde ansiedade que jovens acabampor gerar e que passa aoentrevistados muita falta deconfiança. Os jovens não se podemesquecer que estão num processoavaliativo mas que, do outro lado,estão também seres humanos.Convém não esquecer que estão alipara provar que são as pessoascertas para aquele lugar e, como tal,têm de acreditar nas suascapacidades. É necessário fazer otrabalho de casa para gerir essesníveis de ansiedade. Em terceiro lugar é fundamentalmostrar interesse. Se não o fizeracaba por deixar desvanecer ointeresse do outro lado. O recémlicenciado, quando concorre a umlugar, não se pode esquecer que estáa concorrer com centenas depessoas e que existem pequenospormenores que podem fazer toda adiferença e que esse pode ser umdeles.

“Têm de estar muito conscientes que é necessário ao longo do seu percursoacadémico procurarem iniciativas diferentes,que lhes permitam ter contacto com a realidade empresarial, mas também com a realidade social.”

28a29 Entrevista Ray Human Marco Gomes_Layout 1 2/1/11 3:36 PM Page 29

Page 30: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

30

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Falar da velocidade com que ocorremas mudanças nas sociedades de hoje éjá frase gasta. No entanto, quando estavelocidade empurra para fora domercado de trabalho um grandenúmero de pessoas, que vêem as suascompetências que sempre foramúteis, tornarem-se obsoletas, entãotalvez valha a pena parar para reflectir,para que este cenário não se repita.A União Europeia produziu

recentemente um documento a quechamou “Agenda para NovasCompetências e Empregos: Umcontributo europeu para o plenoemprego”, onde propõe várioscaminhos para enfrentar odesemprego, nomeadamentereferenciando as áreas ou sectoresonde deverá haver maior atenção einvestimento.Uma das recomendações maisrelevantes é a forte exortação que faz

O que nos reservamos próximos anos?

às escolas e universidades, no sentidode se modernizarem e actualizarem,para poderem formar pessoas com ascompetências certas para os temposque aí vêm. Neste âmbito, é sugerida,entre outras propostas, uma grandeabertura das escolas às empresas quedeverão, se quiserem formar jovenscom as competências necessárias, terreal expressão na formação dosjovens.

Segundo este mesmo documento,espera-se que, até 2020, no mercadode trabalho na zona da UniãoEuropeia, os trabalhos exercidos porpessoas com alta qualificaçãoaumentem pelo menos em 16milhões de postos. Daí que osesforços de qualificação, sobretudodos jovens, seja uma prioridade clarada UE.Sabemos que a crise veio sublinhar aimportância da adequação da

formação e qualificação ao empregoe a UE admite estar muitopreocupada com a previsível escassezde mão-de-obra qualificada em áreasque se prevê virem a serfundamentais dentro de poucos anos. Assim, o documento sublinha aimportância da formação em áreascomo as ciências, a tecnologia, aengenharia e a matemática. Dá-se oexemplo de sectores como oautomóvel, a construção naval ou asenergias sustentáveis, como áreas queexigem novas competências para quese possam desenvolver. Comprojecções de alcançar três milhõesde postos nos chamados “empregosverdes”, fica o desafio para um grande

investimento nesta área. Também aárea das TIC são fonte depreocupação para os responsáveis pelodocumento, admitindo que este seráum sector onde, se não houver umforte investimento, haverá escassez demão-de-obra numa dezena de anos. Asaúde surge igualmente como umsector estratégico, onde se pensapoderem vir a ser criados cerca dedois milhões de empregos. A Europa é normalmente eficiente afazer diagnósticos, esperemos que osseus países- membro, nomeadamentePortugal, saibam passar do papel àprática e passarmos a conseguir olharpara o futuro próximo comconfiança. FIM

Nos próximos anos asprofissões ligadas àsaúde, ao ambiente,nomeadamente a áreadas energiasrenováveis e as ligadasàs tecnologias deinformação ecomunicação, estãoentre as maispromissoras quanto aofertas de trabalho.

30 O que reservam os próximos anos_Layout 1 2/1/11 3:36 PM Page 30

Page 31: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

31 PUB_Layout 1 2/2/11 3:08 PM Page 31

Page 32: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

32

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

{ Texto de Bruna Pereira }

Terminar uma licenciatura, um mes-trado ou até mesmo um doutoramentojá não é uma garantia de empregabili-dade – pelo menos imediata. É por issoque trabalhar no estrangeiro tem vindoa revelar-se uma solução para quemacaba os seus estudos e está disposto aconhecer novas culturas, novos idiomas,novas formas de vida e novas experiên-cias pessoais… Longe do conforto dolar e dos pais.

Europa, meu amor…Devido às facilidades de mobilidade detrabalhadores, que a União Europeia(UE) permite, os países europeus fazemparte da lista dos mais procurados pelosportugueses – o velho continente torna-se atractivo pela sua cultura familiar,pela facilidade de adaptação às línguas(muitas delas de origem latina) e porque,

TRABALHARLÁ FORA JÁ NÃOÉ O CABO DASTORMENTAS

Os portugueses sempre foram um povo de emigrantes. Em pleno século XXI, oespírito de aventura e empreendedorismo continua… Mesmo quando a rota édesconhecida e sabemos apenas que queremos ter como destino final a descobertade um emprego melhor!

muitas vezes, ir viver e trabalhar para aEuropa é apenas um passo à frente deumas das experiências que os recém-diplomados já mostram nos seus CV –a frequência do Programa ERASMUSdurante o ensino superior. Se pensas que os países europeus podemser uma boa opção para fazer carreiraprofissional, não deixes de consultar oPortal Europeu da Mobilidade dos Tra-balhadores (EURES), disponível emwww.eures.europa.eu. A rede EURESajuda os trabalhadores a passarem fron-teiras e a circularem livremente dentrodo Espaço Económico Europeu (EEE)– sendo que a Suíça também participa.O EURES procura ainda informar,orientar e aconselhar os trabalhadoressobre oportunidades de emprego, bemcomo sobre as condições de vida e detrabalho no EEE; assistir empregadoresque pretendam recrutar trabalhadoresde outros países e aconselhar e orientar

os trabalhadores e os empregadores nasregiões transfronteiriças. Uma vez no portal, e ao seleccionares“Procurar emprego”, tens acesso a pos-tos de trabalho em 31 países europeus.Para tal, faz o teu registo gratuito em“O meu EURES” para candidatos aemprego. Aí poderás criar o teu CV etorná-lo acessível aos empregadores re-gistados e aos conselheiros EURES,que ajudam os empregadores a encon-trar os candidatos adequados. Depois,basta esperares que entrem em contactocontigo para as acções de recrutamento,que decorrem, geralmente, em Lisboae no Porto.

Nos outros cantos do mundoBrasil, EUA, Canadá, Angola, África doSul e Macau são outros dos destinospreferidos pelos portugueses mais aven-tureiros. Se viajares para fora da Europa,contacta a embaixada ou consulado

Quando a esmolaé grande…Se entrares em contacto comalguma oferta de emprego fora dePortugal que te pareça duvidosa,atenta aos seguintes tópicos:› Se a oferta de emprego sedestinar a um país do EEE (todosos da UE, Liechtenstein, Islândia eNoruega) ou Suíça, informa-tejunto da EURES, rede criada pelaComissão Europeia e serviçospúblicos de emprego.

› Se a oferta for para o resto domundo, contacta as respectivascâmaras de comércio, embaixadase consulados em Portugal, deforma a perceber se a oferta éhonesta e não existem queixasfeitas sobre a empresarecrutadora em questão.

TOMA NOTA

32a33 Trabalhar no Estrangeiro_Layout 1 2/1/11 3:37 PM Page 32

Page 33: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

33

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

desse país em Portugal para saber seprecisas de visto e outras formalidadesa cumprir. Pede ainda na Segurança So-cial os documentos que te garantemassistência médica. Fora do EEE, empaíses como Brasil ou EUA, pesquisase há acordos ou convenções bilateraiscom Portugal, para beneficiares de ser-viços de saúde. Se pensares em destinoscomo a Índia ou a África, informa-tetambém sobre cuidados especiais deprevenção, como vacinas. Alguns centrosde saúde e hospitais já têm serviços vo-cacionados para a consulta do viajantetrabalhador.Além das preocupações com a saúde,convém teres em mente que quem vaipara o estrangeiro sujeita-se, regra geral,às leis do país de acolhimento. Porexemplo, sabias que a licença de partona Alemanha e na Finlândia tem umaduração superior à da lei portuguesa?A mesma regra aplica-se aos impostos:ao trabalhares noutro país, ficas sujeitoàs regras que lá vigorem. Apresenta sem-pre o teu contrato de trabalho juntoda administração fiscal e pede o númerode contribuinte. À partida, só pagarásimpostos em Portugal se cá residiresdurante o ano, mais de 183 dias, seguidosou não. No caso dos trabalhadores des-tacados, regra geral, a empresa trata dasformalidades com o fisco. Para evitar adupla tributação, pede um certificadode residência na autoridade fiscal dooutro país, para apresentares nas finançasportuguesas. Se, mesmo assim, for tri-butado em ambos, tens direito ao cha-mado crédito de imposto. Basta preen-cheres o anexo J do IRS. FIMFonte: DECO

Nos endereços que se seguem,encontras programas demobilidade vários além-fronteirasaos quais te podes candidatar. Aforça de vontade fica, claro, portua conta!

Programa INOV Contacto – EstágiosInternacionais para JovensQuadros: O projecto visa apoiar aformação de jovens comqualificação superior em contextointernacional. É uma iniciativapromovida pelo Ministério daEconomia, da Inovação e doDesenvolvimento, apoiado pela EU epelo QREN/POPH e gerida pela aicepPortugal Global. Sabe mais emwww.portugalglobal.pt/PT/InovContacto

Programa Leonardo da Vinci: É umsubprograma sectorial do Programa

de Aprendizagem ao Longo da Vida,da iniciativa da Comissão Europeia,que promove estágios transnacionaisem empresas para pessoas quepretendem ingressar no mercado detrabalho com a duração mínima de 2semanas e máxima de 26 semanas(6 meses). Sabe mais emwww.socleo.pt/old/menu/leonardo/leonardo.htm

Programa Sócrates: Dá especialatenção à aprendizagem ao longo davida e tem como objectivos reforçara dimensão europeia na educação atodos os níveis e promover amelhoria quantitativa e qualitativa doconhecimento das línguas da UE,especialmente das menos utilizadase ensinadas. Sabe mais emwww.socleo.pt/old/menu/socrates/novidades.htm

www.ef.com

Possibilidades ilimitadas e oportunidades aliciantes. Uma aventura linguística e académica está à tua espera! Com a EF podes personalizar o teu curso de acordo com os teus objectivos, interesses e estilo de vida. A Escolha é tua!

Cursos de 2 até 52 semanas Todos os níveis Inglês, Francês, Espanhol, Italiano, Alemão e Mandarim EF Preparação para Exames internacionais EF Preparação para Universidades Estrangeiras EF Programa de Estágio

Procuras uma Experiência Internacional? Estuda no Estrangeiro...

EF - Education FirstAv. Miguel Bombarda, nº36- 2F, 1050-165 LisboaTel: 21 317 34 70, Fax: 21 316 11 66Email: [email protected]

Centros Internacionais de Idiomas

pub

Portugueses sem medo de arriscarA possibilidade de progressão profissional (33,1%), umaremuneração mais aliciante (21,5%) e a esperança de uma vidamelhor (18,6%) são as principais razões que levam os portuguesesa trocar as suas raízes e a proximidade junto dos seus familiarespara trabalharem no estrangeiro. Assim, 70% dos inquiridos, numestudo recente da empresa de recrutamento Hays, admitem quetrabalhar lá fora é a melhor solução para enfrentar a crise sentidaem Portugal. Aventurar-se pelo estrangeiro é também uma opçãotida em conta por parte de 64,3% dos desempregados queparticiparam no inquérito.Para os que acreditam que não há como trabalhar em Portugal, amobilidade é uma palavra que seduz, mesmo assim. Entre osinquiridos, 84,6% não se importariam de trocar de região paratrabalhar e 82,2% também gostariam de mudar… Mas deemprego.

Ainda com dúvidas?

32a33 Trabalhar no Estrangeiro_Layout 1 2/1/11 3:37 PM Page 33

Page 34: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

INTERFACE

34

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

1 A integração no mercado de trabalhotende a alongar-se no tempo, dei-

xando de ser uma passagem simples do es-tatuto de “não-activo” para o de “activo”,mas não sendo também uma circulaçãoaleatória entre ocupações, períodos de de-semprego e de formação. Passa, pois, pelaconquista de rendimentos que permitamuma vida independente, cuja urgência variamuito consoante os projectos dos jovense, obviamente, os constrangimentos im-postos pela sua condição social.

2 Essa integração tende também a com-plexificar-se, não sendo dominada

por dois pólos claramente distintos: inte-gração total versus desintegração total. Pelocontrário, a grande maioria dos jovens en-contra-se hoje em situação de integraçãoparcial no mercado de trabalho, em mo-dalidades semi-formais, temporárias ou atempo parcial.

3 Esta integração parcial reflecte duassituações claramente diferenciadas,

mas que se tendem a confundir no debatepúblico: a) Os jovens que estão simulta-neamente integrados em sistemas de for-mação valorizantes, ocupando trabalhostemporários por necessidade ou vontade;b) os jovens que já consideram ter finalizadoo seu, trajecto formativo e anseiam pelaplena integração no mercado de trabalho.

4 O principal problema no processode integração dos jovens no mercado

de trabalho tende a ser, não a falta genera-lizada de trabalho, mas sim a incapacidadede transitar de uma situação de vínculosinformais ou precários para uma situaçãode pleno emprego, com vínculos formaise de longa duração. Esta incapacidade es-tende-se, hoje, ao sector público. É, pois,significativo que, dos 32 jovens entrevista-dos, apenas 5 estejam em situação de con-trato sem termo, todos no sector privado.Os jovens distinguem claramente um idealde mobilidade, associado ao trabalho porprojectos, gerador de experiências de auto-reaIização e de valorização futura, de umaprática massiva da mobilidade, enquantodesresponsabilização patronal, geradora deenorme insegurança e desestruturante deprojectos de futuro. Esta distinção derivade a) a natureza do trabalho e de b) a abun-dância ou escassez de empregos.

5 Os jovens distinguem claramente umideal de mobilidade, associado ao tra-

balho por projectos, gerador de experiências

entre os Jovens e o Mercado de TrabalhoConclusões de um estudo realizado pelo Ministério do Trabalho, baseado em 32 entrevistas

de auto-reaIização e de valorização futura,de uma prática massiva da mobilidade, en-quanto desresponsabilização patronal, ge-radora de enorme insegurança e desestru-turante de projectos de futuro. Esta distinçãoderiva de a) a natureza do trabalho e de b)a abundância ou escassez de empregos.

6 Existe uma clara distinção entre a)um segmento de emprego privile-

giado, criativo e altamente qualificado, emque a mobilidade e informalidade dos vín-culos se converte efectivamente numa car-reira de valorização progressiva e ascensãosocial e profissional; b) um segmento deemprego maioritário em que a circulaçãoentre ocupações temporárias e precáriasnão reflecte qualquer carreira de ascensãoprogressiva, o que os deixa numa situaçãode enorme incerteza e insegurança relati-vamente ao futuro.

7 A insegurança tende a ser fortementeestruturada por factores sociais, como

a classe social de origem, o nível e área dequalificações ou o sexo. A uma insegurançarelativa, para os jovens (e respectivas famílias)com mais capitais económico, cultural esocial, opõe-se uma insegurança geral dosjovens mais desfavorecidos, potenciadorade trajectórias desestruturantes ou marginais.Esta desigualdade parece maior em mo-mentos, como o actual, de escassez de em-prego.

8 O acesso ao emprego tende a pro-cessar-se por duas vias, uma dema-

siado formal e outra demasiado informal.No primeiro caso, a escassez, morosidadee pouca clareza dos concursos afasta agrande maioria dos jovens, sobretudo aque-les que têm urgência na obtenção de tra-balho. No segundo caso, não fornecemqualquer dispositivo de igualdade de opor-tunidades, deixando totalmente à entidadepatronal (pública e privada) o uso de cri-térios legítimos e ilegítimos de selecção decandidatos.

9 Os programas formais de apoio à in-serção dos jovens no mercado de tra-

balho tiveram um impacto reduzido nacriação de empregos efectivos, embora te-nham sido uma via de acesso para muitosjovens obterem formação (e qualificação)profissional. Se no caso dos jovens licen-ciados, estas formações se encontravammuito desadaptadas e desvalorizadas nomercado de trabalho, para os jovens com aescolaridade mínima, estes cursos significam

uma valorização no contexto profissionale a construção de projectos de mobilidadesocial de curto-alcance (só em parte doscasos esses projectos se convertem em rea-lidades).

10 A articulação entre os sistemas deformação e o mercado de trabalho

é uma questão complexa e que está longede ser resolvida com a constituição de ga-binetes especializados (tipo UNIVA). Foramidentificados casos muito minoritários emque parece existir esta articulação. A inves-tigação sugere que essa articulação exigeuma mobilização quer dos responsáveis doscursos (professores/formadores) quer dopróprio mercado de trabalho(patronato/gestores), de modo a criar cur-rículos, estágios, qualificações específicos.

11 Os estágios profissionais respeitamtambém a lógica do tópico ante-

rior. Os casos em que contribuem, de facto,para a inserção profissional dos jovens pa-recem ser aqueles em que existe uma realarticulação entre entidades formadoras eempregadoras. Por outro lado, a sua criação“artificial” tende a ser apropriada comoforma de trabalho precário, temporário emal remunerado, sem promover a integraçãoprofissional efectiva.

12 Dados os efeitos circunscritos dapolítica de apoios formais, a in-

tegração dos jovens no mercado de trabalhocontinua a basear-se, predominantemente,numa rede de apoios informais, geradorade inúmeras desigualdades de recursos eoportunidades. Mesmo nos segmentos maisqualificados de trabalho (e no sector pú-blico), esta prevalência das redes informaisfoi observada, sobrepondo-se, até, aos me-canismos mais formais.

13 Discriminação no mercado detrabalho é uma realidade vivida

e documentada pela maioria dos jovens,embora pareça consensual que a categoriaetária (geradora de efeitos positivos e ne-gativos) não é o critério de maior discri-minação. A divisão do mercado de trabalhoem função do género continua a ser umarealidade. A sobreposição tendencial de ele-mentos de exclusão como a origem étnica,a classe social, o local de residência e a faltade recursos qualificacionais é um factorclaro de discriminação, sobretudo no acessoa empregos em que se lida directamentecom clientes, utentes ou público emgeral. FIM

34 Interface_Layout 1 2/1/11 3:39 PM Page 34

Page 35: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

“Assim que vi a Brochura Avon não pensei duas vezes. Não tem horários, não necessita de investimento inicial e não temobrigações...”

O seu objectivo, o de ganhar dinheiro extra,

PORQUÊ ESPERAR?

Vá a www.avon.pt ou ligue para 210 04 98 11

Fórum Estudante

Ana Sofia

Se gostavas de ter uma actividade extra

As tuas amigas vão adorar!!!!

GANHA

Se está interessado(a) em ser um(a) Revendedor(a) AVON, contacte-nos através do número verde 800 20 19 90, ou recorte e envie o cupão colado num postal para: AVON COSMÉTICOS, LDA. Av. Paul Harris, Nº 1, Edifício C Vale Flores Mem Martins 2710-724 Sintra ou visite-nos em

www.avon.ptAvon Portugal - Páginal Oficial

AHHA

A

asseretniátseeSn-etcatnoc,NOVAAVetroceruo,0991MSOCNOVAAV:arap

olFelaVVaCoicífidEmeson-etisivuo

dedneveR)a(muresme)a(oda008edrevoremúnodsévartason

pmunodalocoãpucoeivneeeN,sirraHluaP.vA.ADL,SOCITÉM

S427-0172snitraMmeMserm

wwwwwwwaáVVá) a(rod

0 20l atsop, 1ºNa rtni

arapeugiluotp.nova.w

118940012

mesonetisivuo

a.www

m

tp.nova

35 AVON_Layout 1 2/1/11 10:56 AM Page 35

Page 36: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

36

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Antes de te lançares nesta aventura,deves responder às seguintes questões:› Tenho espírito empreendedor ou von-tade de aprender para o adquirir?› Consigo desenvolver redes e sou capazde arriscar?› Sou persistente e resistente à pressãoe às situações de stress?

Sim? Então agarra este desafio e, se tens umaboa ideia de negócio, não hesites!

1º A IdeiaUma boa ideia não é tudo, mas podefazer a diferença. Se já a tens, vê se elaresiste a estas perguntas: a quem se des-

tina o meu produto? É necessário aomercado? Tenho concorrência? Se sim,como me diferenciarei? Quanto custaráo meu produto? Qual o meu investi-mento? Onde poderei arranjar finan-ciamento? Que apoios existem?A ideia passou o teste? Segue entãopara o próximo ponto:

2º Plano de Negócios É a hora de colocar no papel, de fazercontas. Se não estás bem a ver comofazer o teu plano de negócios vai awww.iapmei.pt para uma ajuda preciosa.Há quem recorra a ajuda externa comoempresas especializadas ou um consultor.Dado que este é um passo de enorme

importância e que pode fazer a diferençana construção do teu negócio, não valea pena arriscar. Aqui, é mesmo jogarpelo seguro. Se não puderes contratarajuda externa, pelo menos consulta pes-soas com experiência e bom senso. Éimportante testares as ideias e os planoscom quem já sabe a diferença entre ateoria e a prática. Mais um teste à ideiatorná-la-á mais consistente.

3º FinanciamentoSe tiveres capitais próprios, então tenso caminho facilitado. No entanto, senão tiveres, há outras formas de finan-ciamento. Para se encontrar um parceiro financeiro,

Criar o próprio emprego pode ser, numa altura de crise, uma alternativa maisatractiva do que ficar anos à espera de arranjar o emprego ideal. E embora sejaum passo ousado, que implica correr riscos e trabalhar mais, as compensaçõestambém podem ser grandes.

pub

Ser empreendedor

{ Texto de Bruna Pereira e Inês Menezes }

36a38 Empreendedores_Layout 1 2/4/11 5:20 PM Page 36

Page 37: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

37

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

um dos passos mais importantes é terum orçamento bem feito e, fundamen-talmente, realista. Para convencer um banco, um investidorou uma empresa de capital de risco, émuito importante que saibas apresentarbem a ideia de negócio, com a argu-mentação bem treinada, sabendo sa-lientar as razões que tornam a tua ideiaviável e com diferenciação em relaçãoa outras possíveis. Não te esqueças quea ideia ser boa é importante, mas a suacomunicação e embrulho podem fazera diferença entre teres ou não teres ca-pital para a desenvolveres. Não descuresesta fase.

4º Constituição Formal daEmpresaJá com dinheiro garantido chegou afase de constituir formalmente a em-presa. É talvez a fase mais árida de todoo processo. A burocracia do Estado assimo exige. Existe o site portaldaempresa.pt,que dá informação importante. No en-tanto, com a Empresa na Hora -www.empresanahora.pt - o que era um

pub

Quem quer ser milionário?Para Pedro Queiroga Carrilho, de 27 anos, a chavepara enriquecer está em multiplicar as fontes derendimento. Para aprenderes como, basta leres oseu mais recente livro – “Descubra o milionárioque há em si”.

Este jovem empreendedor já escreveu3 livros (“O seu primeiro milhão”; “Oprimeiro milhão para casais” e“Descubra o milionário que há em si”)e é dono da sua própria empresa - aKash Finanças Pessoais. Aqui,qualquer pessoa pode frequentarcursos em áreas como as FinançasPessoais, as Finanças Pessoais paraCasais e Investimentos Mobiliários. “O que a Kash tenta, na prática, éformar os portugueses na educaçãofinanceira, sendo que eu ficariamuito contente se conseguisse levarum curso a cada um dosportugueses.”, refere Pedro,acrescentando que a Kash Finanças

Pessoais oferece um leque muitovariado de cursos relativos apoupança, endividamento,investimento ou mesmo deempreendedorismo. “O que nóstentamos fazer é que as pessoastenham um pouco mais de dinheiro eum pouco mais de qualidade de vida,porque realmente os temas deeducação financeira deviam seraprendidos - as pessoas trazem paraas suas vidas os hábitos dos pais ouaquilo que aprenderam... Mas hácoisas tão simples que se podem fazerpara melhorar a qualidade de vida - eé isso que a Kash tenta fazer.”.Sabe mais em www.kash.pt

36a38 Empreendedores_Layout 1 2/1/11 4:27 PM Page 37

Page 38: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

38

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

verdadeiro quebra cabeças, foi simpli-ficado. Por agora existem 163 balcõesde atendimento espalhados pelo país.Com esta ajuda conseguirás chegar abom porto num tempo razoável.

5º EquipaPode ser uma equipa de sócios (que seresponsabilizam por capital ou não),ou ser uma equipa de pessoas comquem estabeleças um contrato de tra-balho. Nesta fase é também importanteestares bem informado. Escolher as pes-soas certas para o lugar certo é algo aque todas as empresas ambicionam, masnem todas conseguem. Conheceres aspessoas com quem vais trabalhar podeser uma vantagem, mas terás de ter ematenção a diferença entre amizade etrabalho… Se não conheceres, entãoatenção ao recrutamento, às caracte-rísticas que procuras e, finalmente, àscondições que propões. Se puderes,aconselha-te antes com um advogadocom experiência de Direito do Traba-lho ou alguém que perceba de con-tratos de trabalho.

6º EspaçoNesta altura já definiste em orçamento,se queres arrendar ou comprar, por isso,tens agora de ter em conta a localização,o preço, o estilo, etc… tudo isto deverá

Esta marca é minha! Gonçalo Sampaio é Secretário-Geralda ACPI – Associação Portuguesados Consultores em PropriedadeIndustrial e lança o alerta para todosos jovens empreendedores: “pior doque não proteger (as ideias) éproteger mal, pois acreditamos quetemos um direito que, no final, podenão existir ou existir em moldesdiferentes do que sonhámos.”

Imaginemos que sou um jovem epretendo registar uma ideia minha:quais os procedimentos a ter emPortugal, quanto custa e quais asvantagens?Os procedimentos de protecção demarca e patente são diferentes, masestão hoje muito simplificados.Contudo, há um conselho que nãoposso deixar de dar: Aconselhem-seantes de proteger. Pior do que nãoproteger é proteger mal, poisacreditamos que temos um direitoque, no final, pode não existir ouexistir em moldes diferentes do quesonhámos. A protecção pode ter várias vias(nacional, comunitária ouinternacional). O conselho que sempredamos é que procurem ajudaprofissional no início do processo paraevitar dissabores. É fundamental que oprocesso seja bem iniciado, de formaa não colocar em risco a validade domesmo. Como podemos distinguir uma ideiaoriginal de uma copiada? Existemcláusulas legais? Como denunciaras fraudes? As ideias em si não são passíveis deprotecção através de marcas oupatentes. O que pode ser protegidocomo marca é a criação artística oucriativa de uma expressão, imagem,som, cheiro e outros, com o qualpretendo distinguir os meusprodutos/serviços dos da minhaconcorrência. Nas patentes será aaplicação industrial de uma ideia quepoderemos proteger.Não existem cláusulas legais paraaveriguar se uma marca ou patenteestá a ser infringida. Existem,contudo, meios legais que definemquando e como se enquadra essasituação de cópia ou infracção. Depoisexistem meios, judiciais e outros, quepermitem fazer valer os nossosdireitos perante esses que nos estarãoa infringir.Sabe mais emwww.marcasepatentes.pt

Faça chuva ou faça sol…José Eduardo Baptista (24), Jorge Gonçalves (23) eTiago Rodrigues (25) são os promotores do projectoIBERMETEO, cujo enfoque é a consultoriameteorológica feita à medida das empresas.

Saber se vai estar um belo dia de sol num diade casamento; prever a caída de neve emdeslocações rodoviárias de longa distância ouainda ‘adivinhar’ se vai chover durante os diasde execução de um obra de construção. Sãoestas algumas das informações que aIBERMETEO ajuda a clarificar. “Numa épocaem que as alterações climáticas parecemconduzir a uma maior ocorrência defenómenos meteorológicos extremos,conhecer e manter-se actualizado sobre aevolução do estado da atmosfera, torna-secada dia mais importante.”, referem osjovens na página oficial da IBERMETEO.A IBERMETEO disponibiliza um conjunto deserviços, nomeadamente previsões de curto elongo prazo, de pequena e larga escala,relatórios e análises de eventosmeteorológicos e climáticos, conteúdosrelacionados com o ensino, assim como

outros serviços em diversas áreas. Oobjectivo? Ajudar na diminuição dos riscos eprejuízos inerentes aos fenómenosmeteorológicos, procurando ir ao seuencontro e ajudando os seus clientes aoptimizar o seu desempenho e os seuslucros.A IBERMETEO, fundada em Janeiro de 2010, éuma empresa inovadora na área de consultoriano ramo de Meteorologia que nasceu graças aoconhecimento dos seus 3 jovens fundadoresadquirido na Universidade de Aveiro, ondeestudaram, e em colaboração com o Grupo deMeteorologia e Climatologia da mesmauniversidade (Climetua). A IBERMETEO utiliza oWeather, Research and Forecasting Model(WRF), serviço que prima pela clareza deinformação nas áreas de previsão eacompanhamento do tempo e do clima.Sabe mais em ibermeteo.com

ser concertado com o tipo de negócioque vais desenvolver e o dinheiro quedispões para este item. Podes sempre recorrer ao mercado, ondeoperam várias empresas que podem serúteis na tua pesquisa de espaço. No en-tanto há ainda a hipótese das incuba-doras de empresas, que são espaços do-tados de infra-estruturas de apoio téc-nico e material, muitas vezes com apoiotambém administrativo a preços razoá-veis. Existem algumas universidades quedispõem deste género de estruturas,onde muitas vezes se cria um ambienteverdadeiramente criativo, que ajuda àconcretização do negócio. Este tipo deserviço pode permitir algumas pou-panças que, na fase de arranque do pro-jecto, podem ser importantes.Já tens financiamento? Já tens empresa?Já tens a equipa formada? Já tens es-paço?

7º Início de ActividadeÉ altura de lançares mãos à obra. Nãote esqueças que é importante que tenhaso essencial para começar a funcionar,mas não esperes por ter tudo. Comosabes tempo é dinheiro e por isso,quanto mais depressa começares, maisdepressa poderás ter retorno do teu in-vestimento.Boa Sorte! FIM

36a38 Empreendedores_Layout 1 2/1/11 4:27 PM Page 38

Page 39: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

39 PUB Multiway_Layout 1 2/1/11 10:58 AM Page 39

Page 40: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

combustível +

barato

oficina móvel24h por dia

oportunidade única

para o 1ºcarro

descontos nas universidades

descontos noscinemas

toabar +

elcombustível

descontosdescontos

opor únicatunidadeopor descontos nostunidade

nas univ

cinemas

sidades

descontos nos

er nas univ sidades

par ora o 1ºcar par ocinemas

24h por diaoficina móv24h por dia

eloficina móv

40a41 PUB ACP_Layout 1 2/1/11 11:01 AM Page 40

Page 41: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

acp moove? o lado jovem do automóvel club de portugal

com o acp a tua vidanão para www.facebook.com/acp.pt

707509510linha acp

atendimento 24h

coua vida a t acpm o acp

vida

não paranão

ua vida a t para w

vida

707509510 24hatendimento

0 24h

40a41 PUB ACP_Layout 1 2/1/11 11:01 AM Page 41

Page 42: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

42

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

O desafio do acessoao primeiro emprego O primeiro emprego é um desafio grande! Antes de mais, porque cada vez émais difícil arranjar emprego e, depois, porque os números indicam uma rea-lidade que não poupa Portugal. Bem pelo contrário. Mas, a boa notícia é esta:as pessoas que estudam mais e que têm melhores qualificações são menosafectadas pelo desemprego e têm uma remuneração melhor. Ter uma posturaactiva e procurar emprego poderá não contribuir para melhorar a crise, masajuda a melhorar a situação de casa um. Não fiques à espera!

{ Texto de Inês Menezes }

As taxas de desemprego dosjovens na União Europeia e emPortugal “As taxas de desemprego dos jovenssão, actualmente, idênticas em Portugale na Europa. Os jovens são um dos gru-pos mais vulneráveis face ao mercadode trabalho, com taxas de desempregobastante superiores aos restantes grupos. No entanto, existem diferenças quanto aogénero, uma vez que a taxa de desempregodas mulheres é ainda mais elevada do quenos jovens do sexo masculino. As mulheressão mais desfavorecidas em termos de em-prego, sobretudo entre os 15 e 24 anos. Apesar do desemprego das mulheresser mais elevado do que nos homens, acrise atingiu certas áreas do sistema eco-nómico, onde os homens foram maisafectados do que as mulheres.Relativamente às taxas de abandonodo ensino por parte dos jovens, estassão superiores em relação à Europa(após o 9º ano).

A nossa relação com o sistema educativopiora a partir de determinada altura davida.”

Crise e desemprego?Falamos em crise, mas o crescimentodo desemprego tem vindo a acontecerdesde 2000, insensível às taxas de cres-cimento da economia, ou seja, inde-pendentemente da taxa de crescimentoeconómico. Na verdade, o desempregotoca de forma mais directa as pessoassem qualificações ou as pessoas dema-siado qualificadas.Relativamente aos níveis de desempregopor áreas geográficas, Lisboa é uma dasregiões mais afectadas, ao contrário porexemplo do Alentejo, onde o nível deintervenção das políticas públicas émuito mais significativo do que nas ou-tras regiões do país.”

Salários“O ganho médio mensal vai aumen-tando com o nível de qualificação. Ateoria do capital humano aplica-se em

Portugal e a verdade é que estudar com-pensa, não só porque o nível médio deremuneração é mais elevado nas pessoasque acabaram o ensino superior, comoa taxa de desemprego é proporcional-mente menor.Os licenciados tem uma taxa de de-semprego menor, estão menos tempodesempregados, e ganham mais do queos outros níveis de qualificação. (estudodo MT 32 entrevistas a jovens)”

Um conselho…“O meu conselho é: procurem umequilíbrio entre o gostam de fazer e asexpectativas de emprego dos cursos,procurem a sorte, não deixem que oproblema do desemprego afecte doponto de vista do desânimo e da espe-rança. É necessário em tempos de crisese resiliente. A emigração qualificadapode ser uma oportunidade de trabalhopara muitos estudantes! Mas, se puderemficar em Portugal fiquem, façam o quepuderem pelo vosso País e esperem diasmelhores, com esperança”. FIM

Mário Caldeira Dias, Presidente do Observatório do Emprego

42 Desafio do Acesso ao 1º Emprego_Layout 1 2/1/11 3:40 PM Page 42

Page 43: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

43

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

“Os jovens são os motores dodesenvolvimento económico”O desemprego mundial dos jovens atingiu um nível sem precedentes, informa aOrganização Internacional do Trabalho (OIT), num relatório publicado por ocasiãoda abertura do Ano Internacional da Juventude. No entanto, nem tudo são másnotícias, porque crise pode ser sinónimo de oportunidades, acrescenta a OIT.

{ Texto de Bruna Pereira }

Um bom começo laboral é não só cru-cial para um bom futuro profissional,como também para a vida de cada umde nós, da nossa família e da sociedadeem geral. Uma boa oportunidade detrabalho é ainda facilitadora de umaboa carreira e de maiores possibilidadesde manter trabalhos dignos ao longoda vida. Contudo, e segundo o relatório“Global Employment Trendsfor Youth 2010”, dos 620milhões de jovens eco-nomicamente activos,com idades com-preendidas entre os15 e os 24 anos, 81milhões não ti-nham emprego nofinal de 2009 – oque representou o ní-vel mais elevado desempre, excedendo em 7,8milhões o número de 2007.O relatório acrescenta que a taxa dedesemprego entre os jovens se revelamais sensível à crise do que a dos adultose que, nas economias em desenvolvi-mento, onde vivem cerca de 90% dosjovens, estes são mais vulneráveis emtermos de subemprego e de pobreza.

Sobre estes resultados, o Director Geralda OIT, Juan Somavia, declarou que“os jovens são os motores do de-senvolvimento económico” e querenunciar a este potencial é uma perdapara a economia e pode comprometera estabilidade social. “A crise pode seruma ocasião para rever as estraté-gias que visam resolver os proble-mas com que os jovens são con-frontados ao entrar no mercado

de trabalho.” Essas estraté-gias globais e integradas

devem conjugar polí-ticas de educação eformação e políti-cas de empregoque visem espe-cialmente os jo-vens, acrescentou.Também MafaldaTroncho, membro

do Escritório da OITem Lisboa, sublinhou o

papel activo da Organizaçãoonde trabalha. “Ajudar os jovens

a efectivar o seu potencial produ-tivo e a potenciar as suas energiase talentos é não só o nosso desafiohoje como é o nosso melhor con-tributo para o futuro. A OIT estáainda consciente de que mesmo no caso

Sara Elder, Economista da OIT no EmploymentDepartment, recorda que têm sido várias as me-didas laborais adoptadas pelos Governos paraatenuar o impacto negativo da crise sobre o em-prego dos jovens. São disso exemplo subsídiosao emprego (por exemplo a isenção de con-tribuições para a segurança social e os benefíciosfiscais) para a contratação de jovens ou prémiosad hoc para a transformação dos contratos tem-

porários em permanente e financiamento paraos programas de oferta de emprego de Verãoremunerados. “Em Abril, o Governo britânicoanunciou que a partir de Janeiro de 2010, todasas pessoas com idade inferior a 25 anos queestão desempregados há mais de um ano terãouma oferta de emprego, formação ou exper-iência de trabalho pagos. O Governo dos EUAanunciou que vai expandir os benefícios de

desemprego a mais pessoas desempregadas,incluindo os jovens, e expandir o seu actualprograma de créditos fiscais aos empregadoresque contratem trabalhadores com idades com-preendidas entre os 16 e 24 anos. A Françaanunciou recentemente um plano global de500 milhões € para ajudar os jovens tanto emcontinuar os seus estudos ou entrar no mercadode trabalho.”, exemplifica Sara Elder.

Governos querem salvar os jovens da crise

dos jovens que conseguem emprego,“em muitos casos, estamos perantetrabalho precário, que é mal re-munerado e que não tem protec-ção social. A falta deste trabalhodigno causa nestes jovens enormefrustração e incerteza perante ofuturo e é também enorme factorde custos sociais e económicos paraas sociedades. Por outro lado, retiraao sistema produtivo a capacidadede inovação e criatividade que ad-vêm com estes trabalhadores jo-vens.”, explica Mafalda Troncho.Para a OIT, uma juventude motivada eprodutiva é sinónimo de uma sociedademais justa e mais solidária entre as suasgerações, continua Mafalda Troncho.“O emprego jovem está incluídonos Objectivos de Desenvolvimentodo Milénio e, neste contexto, a OITtem liderado uma iniciativa do se-cretário-geral das Nações Unidasrelativamente à rede de empregojovem. Por outro lado, criou aindaum departamento relacionado comestas questões e tem vindo a de-senvolver junto dos estados mem-bros que o requerem acções decooperação técnica em várias áreas,procurando prosseguir estes objec-tivos.” FIM

43 Desafio do Acesso ao 1º Emprego_Layout 1 2/1/11 3:40 PM Page 43

Page 44: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

44

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

A oferta formativa da Forpointé alargada. Quais as lacunasdetectadas na formação ou nomercado, que levaram a essaoferta?Quando a ForPoint iniciou a sua activi-dade, em 2005, praticamente não existiano mercado português oferta de formaçãono domínio da Investigação Clínica. Apartir da nossa experiência enquanto con-sultores da indústria farmacêutica e daminha experiência pessoal enquanto mé-dica e docente de alguns cursos de pós-graduação verificámos que existia umaenorme lacuna entre as competências econhecimentos fundamentais para os pro-fissionais da área da investigação em saúdee os conteúdos académicos transmitidospela maioria das instituições com forma-ção neste domínio. A meu ver, talvez oprincipal problema seja mesmo o conceitode “transmitidos”. Nesta área de actuaçãoo que se pretende é saber fazer e saberpensar. Uma formação baseada na trans-missão de conhecimentos não se adequaao desenvolvimento das competênciasnecessárias.

O que diferencia a Forpoint, noque à formação diz respeito?A ForPoint tem vindo a adequar a suaoferta formativa ao longo do tempo, aban-donando os modelos educativos tradi-cionais e apostando no desenvolvimentode competências e partilha de conheci-mentos. Em termos pedagógicos desen-volvemos os nossos cursos e programasde aprendizagem de acordo com a me-

“Procura ter competênciasque mais ninguém tem”

Ana Macedo, CEO do Grupo KeyPoint

todologia de problem based learning e“aprender fazendo”.Em termos de áreas, neste momento te-mos a área de formação em InvestigaçãoClínica e a área Aprender Saúde viradapara a formação de recursos humanosdos mais variados sectores, no sentido decapacitar cada pessoa a agir em situaçõesbásicas de doença ou acidente e sensibilizarpara a importância da prevenção.

O que pode esperar um alunoque ingresse numa formação daForpoint?A primeira coisa que me ocorre dizer éque se sente alguma surpresa com a abor-dagem aos temas. Desde o primeiro mo-mento os alunos são convidados a dizero que pensam, o que sabem e, a partirdaí constrói-se uma aula. O que isto querdizer? Que não há duas sessões iguais eque cada sessão é moldada pelo formadormas sobretudo pelos interesses dos alunos.A maioria fica surpresa por não teremum professor a “ensinar”.Um aluno que ingresse numa formaçãoForPoint pode faze-lo no âmbito deum master ou de um curso de pós gra-duação ou através de um programa decurta duração. O nosso master de in-vestigação clínica, actualmente na 2ªedição é uma parceria com a Univer-sidad Pompeu Fabra, uma das mais pres-tigiadas de Barcelona e de toda a Es-panha, ficando os formandos com ograu de mestre por esta Universidade.Durante este curso há a possibilidadede passar uma semana em Barcelona econhecer por dentro instituições quefazem investigação clínica ao mais altonível Uma outra possibilidade é obterum estágio curricular em Barcelona.Mas, há outros cursos virados mais paraa vertente de marketing da indústria far-macêutica, como seja o curso de gestãode informação médica. Esta pós-graduaçãoprepara os formando para o desafio deuma carreira na indústria farmacêuticadando-lhe ferramentas de marketing ede medicina, no que chamamos a titulode brincadeira o curso dos M&Ms.Ainda no domínio das pós graduações e,fugindo da área da investigação para aárea da saúde e bem estar, a ForPoint temem parceria com a Escola Superior de

Hotelaria e Turismo do Estoril um cursoem Turismo de Saúde e Saúde no Tu-rismo.Em jeito de conclusão acho que um alunodos cursos da ForPoint pode esperar teremprego nesta área, no final do seu curso.

Quais as vantagens da formaçãopós-graduada e qual a suaimportância no actualpanorama de emprego?No actual panorama de emprego a ca-racterística, por ventura mais diferen-ciadora, e que pode fazer a diferençaentre conseguir ou não um emprego,é a capacidade de aliar conhecimentosem áreas distintas e competências quepermitam transformar esses conheci-mentos em mais valias para a profissão.Cada vez é menos suficiente ser bomnum único domínio.

Sente que o mercado detrabalho exige hoje mais dosrecém-licenciados?O mercado de trabalho quer jovens pron-tos a desempenhar funções, não quer “bonsalunos”. Não chega saber, é fundamentalsaber fazer. Ter autonomia, trabalhar com-petências, saber pensar e problematizar émuito mais importante que qualquer tipode conhecimento teórico, que em qual-quer momento se pode adquirir.Hoje há menos tempo para tudo e, “en-sinar” a estar pronto para começar a tra-balhar devia ser um objectivo das Uni-versidades.

Que mensagem deixaria a umjovem recém-licenciado, prestesa entrar no mercado detrabalho?Na minha opinião, o trabalho é o quefazemos com ele. E, já que passamostantas horas a trabalhar, devíamos fazeralguma coisa que nos desse gozo. Achoque neste momento de crise, o quemais conta é fazer a diferença e porisso, penso que a aposta deve ser emformação dirigida a objectivos especí-ficos e, que seja reconhecida como capazde preparar o jovem para “fazer”. Omote seria: “Procura ter competênciasque mais ninguém tem (pelo menosnum dado domínio)”. FIM

44 Entrevista Forpoint_Layout 1 2/8/11 12:02 PM Page 44

Page 45: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

Campeonato Nacional de Kartentre Associações de Estudantes do Ensino Superior

ACP STUDENT DRIVE

KART

patrocínio principal

uma iniciativa

Inscreve-te já em www.univ.forum.pt

www.funpark.ptKartódromo de Fátima

Um dia inesquecível, com amigos, provas de Karte Orientação

7 Maio

45 PUB ACP_Layout 1 2/3/11 10:37 AM Page 45

Page 46: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

46

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

JOSÉ MANUEL SERUYAProfessor na UniversidadeCatólica

José Manuel Seruya, incentiva os alunose jovens à procura do 1º Emprego aterem uma atitude positiva face à criseactual, frisando que “onde há crise hátambém esperança”.“Há uma quantidade enorme de opor-tunidades para todos! Não podemos fi-car à espera da mudança de governo,do surgimento de novas políticas, novosMinistros do Trabalho ou das Finanças.É necessário encarar a questão do em-prego a partir de cada um de nós, res-pondendo às seguintes questões: quedesafios escolho para o meu futuro?Neste ambiente de crise, que escolhasfaço? Que desafios coloco para mim

mesmo? Há margem para fazer coisasconcretas e ter acesso a um dos 80 mi-lhões de empregos disponíveis?”.A propósito do futuro que cada umtem à frente, José Manuel Seruya lembraalgumas máximas que vale a pena citar: “Podemos não escolher o que nosacontece, mas escolhemos o que fa-zemos com o que nos acontece. Nin-guém pode decidir por nós. A liberdadede escolha é o nosso maior recurso,anterior a qualquer saber ou recurso.Podemos ficar eternamente à esperaque apareçam desafios excepcionaisou de ter o emprego certo, podemo-nos queixar dos governantes e do Es-tado… Citando um discurso célebre de SteveJobs, J. M. Seruya lembra quatro pontosessenciais sobre os quais devem assentar

as nossas escolhas profissionais:1. Jobs aborda a vida com uma moti-vação de partida. Ele sente-se inspi-rado por ‘algo’ de grandioso, quer deixaruma marca no universo.2. A paixão de Steve Jobs está ancoradano sentido ou significado maior quedá àquilo que faz (é preciso viver deforma apaixonada o trabalho, as relações,para quê adiar o que podemos viverhoje?)3. Essa paixão torna-se uma agendapessoal, ou seja, uma forma de viver odia-a-dia, de estar inteiro nesse dia-a-dia. 4. É preciso encontrar aquilo que nospermite estar inteiro; o que eu gostode ser / fazer é tão importante quantoo que eu sei ser / fazer: “ You’ve got tofind what you love”.

Que futuro para o empregoe que empregos para o futuro?No actual contexto de crise, marcado pelo desemprego crescente e pela insta-bilidade da economia portuguesa, mas também pela mudança de paradigma emtermos sociais, com o domínio das novas tecnologias, o aumento da esperançade vida, o aumento de responsabilidade social e ecológica, coloca-se a seguintequestão: Que futuro para o emprego e que empregos para o futuro?

{ Texto de Inês Menezes }

46a51 Emprego para o futuro_Layout 1 2/1/11 3:42 PM Page 46

Page 47: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

47

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

ANA CLAUDIA VALENTE Investigadora no ISCTE-IUL

“O que é que é possível prever relati-vamente ao futuro? É incontornável acrise e o seu impacto na vida de todosnós. Embora alguns académicos tivessemprevisto esta crise, as projecções têmvindo a ser alteradas.Qual é então o impacto da crise sobreo emprego (CEDEFOP, 2010)?Estima-se que se reduziram, em 2010,10 milhões de empregos devido à crise.Espera-se que haja uma recuperaçãomodesta até 2025, ou seja, que se voltea atingir o nível de emprego de 2008.Ainda assim e apesar da crise, as pro-jecções (CEDEFOP, 2010) apontampara que na próxima década existam 7milhões de novos empregos!

É possível estimar que 73 milhões deoportunidades de emprego tenhamque ser substituídas, ou seja, que hajaprocura de mão-de-obra para empregosjá existentes, devido ao envelhecimentoda mão-de-obra, aos fluxos migratóriose às reestruturações de empresa.

Que novos empregos vãosurgir?A primeira resposta é que serão em-pregos exigentes em termos de quali-ficação.Embora em 1996 houvesse já umagrande percentagem da populaçãomuito qualificada, a verdade é que noespaço de 15 anos, a necessidade de co-nhecimento se intensificou de formabrutal. Num futuro próximo, irão diminuir os

Três grandesideias/tendências

1º A educação compensaMais emprego, mais mobilidade, menosvulnerabilidade ao desemprego (todossomos vulneráveis ao desemprego, masestamos mais protegidos se tivermosmaior qualificação, sobretudo dodesemprego de longa duração).Mais perspectivas de carreira e deprogressão salarial (a diferenciaçãosalarial faz-se, sobretudo, peladiferenciação de qualificações).Mais participação em educação eformação ao longo da vida.

2º Mesmo em períodos de crise e deintensa mudança estrutural…….há áreas, nichos, negócios comelevado potencial de criação deemprego (nem tudo está perdido…),mas será provavelmente…um emprego diferente.mais intensivo em conhecimento.mais exigente em novas competências(não é um emprego standard).

3º Competências-chave para todos…Não apenas hard skills, mas tambémsoft e meta skills, são:cada vez mais valorizadas e distintivas.necessárias em múltiplos contextos devida.aprendidas dentro e fora da escola.… e o mais cedo possível.

empregos com baixas qualificações,manter-se os de médias qualificações eos empregos onde se exige altas quali-ficações irão aumentar. Haverá cada vezmenos empregos para as pessoas poucoqualificadas, enquanto as altas qualifi-cações terão um peso crescente. Cu-riosamente, mesmo ao nível das pro-fissões mais elementares serão exigidas,no futuro, maiores qualificações.

Que empregos em que sectores?A tendência será para que o sectorterciário cresça e ocupe parte da mão-de-obra dos próximos anos. A UEtem projecções que mostram quecerca de 75% da população irá traba-lhar maioritariamente nos sectoresterciários e Portugal acompanhará atendência! Por outro lado, o sectorprimário e a indústria perdem em-prego (até 2020). A construção civil tem previsto um au-mento de emprego, embora pequeno,o que exigirá uma maior necessidadede mobilidade! Distribuição, transporte, serviços às em-presas, turismo, serviços não mercantis,como a educação, a saúde, acção social,e os serviços de proximidade serãoaqueles onde se assistirá a uma maiorevolução da criação de emprego. Desta forma, podemos afirmar que 3/4da economia europeia estará concentradanos serviços, e ¼ estará no sector primário,onde se inclui a construção e a indústria.Como vemos, a tendência é clara-mente a terciarização do emprego!

Como é que a Europa podereforçar a sua competitividadena economia mundial?A nível europeu definiram-se 8 com-petências chave fundamentais a todosos indivíduos, independentemente daprofissão, idade e nível de qualificação(devem estar adquiridas quando o se-cundário está completo, ou então devehaver oportunidade de desenvolver aolongo da vida):

1. Comunicação em língua materna eestrangeira.

2. Competências em matemática.3. Literacia científica e tecnológica.4. Competências digitais.5. Aprender a aprender.6. Competências sociais e cívicas.7. Iniciativa e empreedorismo.8. Expressão cultural e consciência cultural.

Competênciasnecessárias› Conhecimento científico não ésuficiente mas é indispensável.(solidez do ponto de vista cientifico). › Conhecimento multi e interdisciplinar(tem que se saber de várias áreas).› Diferentes combinações decompetências, hard (conhecimentotécnico) e soft (competênciascomportamentais e ) são importantes.› Análise sistémica, abordagemholística, análise de riscos.› Criatividade, empreendedorismo,pensamento crítico, curiosidade,trabalho em equipa, liderança,resolução de problemas,adaptabilidade.› Competências tradicionais relevantes(neste sector terciário o potencial deinovação e de criação de negócio eemprego continua a crescer). Sãoáreas muito intensivas em mão deobra qualificada e de grandeintensidade tecnológica. Muitas vezessão sectores que vão recuperar áreasde negócio e competências eprofissões tradicionais, como oturismo rural, cultural, os serviços deproximidade que passam a serfornecidas de forma mais profissional.Recupera uma certa dimensão detrabalho tradicional.› Principais competências comuns atodos os perfis de emprego:multidisciplinaridade; competênciassociais e culturais, técnicas de gestão

46a51 Emprego para o futuro_Layout 1 2/1/11 3:42 PM Page 47

Page 48: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

48

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Para as mesmas qualificações, a mesmaexperiencia e região, as mulheres con-tinuam a ser discriminadas em termossalariais, ou seja, continuam a condi-cionar as suas decisões profissionais àsdecisões do marido (embora esta sejauma realidade que aconteça cada vezmenos).E embora haja uma maior participaçãodas mulheres no mercado de trabalho,sabemos que as mulheres são muitomenos agressivas a negociar os saláriosdo que os homens! Como vimos pelos dados, ser licenciadotraz inúmeras vantagens: em termos desalários, em termos de empregabilidade(é menos provável que haja licenciadosdesempregados do que alguém sem es-colaridade); vantagens em termos de con-tratação (existem menos contratos a prazosem jovens licenciados, além da preferênciado sector público pelos licenciados. Paraalém disso, têm mais hipóteses de trabalho,(mais do que um posto de trabalho; maisdo que um emprego).

Os níveis de educação em Portugal sãomuito baixos comparativamente aos ní-veis internacionais, o que se reflecte naprodutividade geral do país. A boa notícia é que um licenciado ga-nha em média mais 63% do que umapessoa com o secundário, sinal de háfalta de pessoas licenciadas no mercadoportuguês.

O que pensam os economistas dofuncionamento do mercado de tra-balho?A relação do empregador com o tra-balhador necessita de tempo, ou seja, épreciso que se conheçam mutuamente,para, como em qualquer outra relação,experimentar e verificar se funciona.O mercado de trabalho deveria fun-cionar como uma corrente de encontrose desencontros, de enlaces e desenlacesaté que se encontre a situação ideal paraambas as partes. Infelizmente, o mercado português nãoestá preparado para esta dinâmica e flui-

ÁREAS DIFERENÇA EM EUROSServiços de transporte -791Arquitectura e construção -685Ciências empresariais -523Ciências sociais e do comportamento -515Indústrias transformadoras -495Engenharia e técnicas afins -447Ciências veterinárias -425Serviços pessoais -421Ciências físicas -402Agricultura, silvicultura e pescas -383Direito -375Ciências da vida -361Matemática e estatística -325Informática -250Artes -189Formação de professores/formadores e ciências da educação -182Informação e jornalismo -131Saúde -108Humanidades -107Protecção do ambiente -49Serviços sociais -45Serviços de segurança +57

ÁREAS SALÁRIOServiços de transporte 3.342.82Direito 2.369.89Engenharia e técnicas afins 2.331.54Ciências empresariais 2.234.06Indústrias transformadoras 2.213.48Informática 2.147.20Ciências sociais e do comportamento 2.096.97Matemática e estatística 2.082.04Arquitectura e construção 1.960.20Ciências físicas 1.908.86Saúde 1.901.25Agricultura, silvicultura e pescas 1.899.07Ciências da vida 1.736.26Ciências veterinárias 1.719.11Informação e jornalismo 1.576.64Humanidades 1.574.49Desconhecido ou não especificado 1.525.51Protecção do ambiente 1.477.57Serviços de segurança 1.430.57Serviços pessoais 1.423.09Artes 1.260.34Serviços sociais 1.239.16Formação de professores/formadores e ciências da edu. 1.215.97Salário bruto médio mensal no sector privadopara trabalhadores já estabelecidos nomercado de trabalho. Dados dos quadros depessoal de 2008

ÁREAS SALÁRIOInformática 1.451.11Saúde 1.436.62Matemática e estatística 1.381.28Ciências empresariais 1.357.20Engenharia e técnicas afins 1.350.80Direito 1.283.48Indústrias transformadoras 1.281.70Ciências sociaise do comportamento 1.271.55Serviços de transporte 1.267.00Ciências da vida 1.259.30Protecção do ambiente 1.220.38Ciências veterinárias 1.214.79Arquitectura e construção 1.211.87Ciências físicas 1.202.67Agricultura, silvicultura e pescas 1.173.88Informação e jornalismo 1.131.37Humanidades 1.063.93Desconhecido ounão especificado 1.044.43Serviços de segurança 1.026.67Serviços pessoais 1.017.25Serviços sociais 1.004.73Formação de professores/formadores e ciências da edu. 979.17Artes 949.92Salário bruto médio mensal no sector privadopara jovens recém-licenciados, com menos de30 anos. Dados dos quadros de pessoal de 2008

PEDRO PORTUGALProfessor da UniversidadeNova e economista no Bancode Portugal

“O mito de que acabaram os empregospara os licenciados não é verdade! A taxa de desemprego dos licenciadosé a mais baixa de todas, assim como aduração de desemprego é também me-nor nos licenciados. Embora actual-mente haja mais desempregados licen-ciados do que há 20 anos, isso deve-seao facto de haver mais licenciados!Em termos de salário, o investimentona formação compensa, pois a situaçãoé também muito mais favorável para oslicenciados. (ver tabelas 1 e 2)Relativamente à descriminação sexualno mercado de trabalho, verifica-se queno sector público esta não é muito acen-tuada, embora no privado o nível de sa-lários dos homens seja acentuadamentemais elevado do que nas mulheres. (vertabela 3)

TABELA 1 TABELA 2 TABELA 3

46a51 Emprego para o futuro_Layout 1 2/1/11 3:42 PM Page 48

Page 49: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

49

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

dez. Bem pelo contrário, uma vez queo nosso mercado é o mercado mais es-tático da OCDE, o que acarreta con-sequências negativas ao funcionamentodo próprio mercado: a protecção ex-cessiva que se dá aos empregados levaa que haja poucos empregos disponíveis.Quanto menos tentativas e experimen-tações houver, mais difícil será encontraro emprego certo, o que cria problemasnão só às pessoas (que mesmo quandoestão descontentes com o seu trabalhotêm receio de mudar), como ao fun-cionamento da economia. A protecção ao emprego beneficiaquem está no activo, mas desprotegequem está fora do mercado de trabalhoe contribui para aumentar a duração

do desemprego. No entanto, e apesarda falta de dinâmica do nosso mercadode trabalho, todos os anos são criadose destruídos 600 mil postos de trabalhono sector privado. Citando Fernando Pessoa, “Legisla-se,em favor do operário ou empregado,contra o comerciante e o industrial econtra o consumidor e supõe-se quesobre este empregado ou operário nãorecairão nunca os efeitos dessa legisla-ção.Limita-se a produção com restriçõessobre restrições das horas e das condi-ções de trabalho… A legislação restritivadesta espécie é responsável por grandeparte das crises industriais e comerciaiscom que o mundo inteiro hoje se vê abraços”.

ANTÓNIO FIGUEIREDOAdministrador da Quaternaire

Professor aposentado da Faculdade deEconomia da Universidade do Porto,hoje Administrador da Quaternaire,António Figueiredo, frisa que, num fu-turo muito próximo, as empresas vãoexigir dos seus novos colaboradores“proactividade” e “capacidade de reso-lução de problemas” – ferramentas quenão estão a ser dadas aos actuais alunosdo ensino superior. Deixou-nos 4 tó-picos a ter em conta para os próximostempos.

Ser proactivo a nívelindividual e organizacional

A procura de emprego tem de ser muitoproactiva – e essa proactividade não éapenas ao nível dos indivíduos. A ques-tão da proactividade tem de ser tambémao nível das organizações, sobretudodas que oferecem e que produzem asqualificações. Esta questão irá diferenciar,num futuro próximo, as organizaçõesdo ensino superior e de ensino pós-graduado em termos competitivos – enão vale a pena ignorar que mesmo noensino público se vai colocar este pro-blema da diferenciação em termos com-petitivos.Lembremos ainda que os candidatosnão escolhem o momento estruturalem que entram no mercado de tra-balho: podem entrar logo a partir deuma licenciatura ou investir antes na

continuação de uma formação, paraentrarem ligeiramente depois, maseste ligeiramente depois também nãopode ser infinito, pode durar uns 3ou 4 anos… A não ser que entremosnuma fileira de ‘docs’ e ‘pós-docs’ atéà reforma antecipada, que é uma op-ção que não recomendaria a muitagente, porque acho que isso é frutode algumas frustrações de intervençãodepois na vida cívica e na vida pú-blica…

Perceber em que fase da crisenos encontramosAs economias evoluem através de cicloslongos ou ondas longas – espaços de 45– 60 anos, nos quais as economias têm

alguns períodos ascendentes e outros emque começam a desacelerar. Portanto, po-demos estar já numa transição entre pa-radigmas, embora não conheçamos qualé o paradigma que vem aí e quais os fac-tores que vão agitar e animar a economianos próximos 20, 35 anos. O mundo de-senvolvido está com perspectivas de cres-cimento muito moderadas e isso é umproblema para nós, porque exportamospara esse mundo desenvolvido e sabemosque as únicas expectativas que são pro-missoras em matéria de crescimento eco-nómico estão numa periferia muito es-pecial de países como China, Índia ouBrasil. Por muito imaginativos que sejamosnas políticas públicas de empregabilidade,a relação crescimento-emprego é funda-mental e não a podemos ignorar.

46a51 Emprego para o futuro_Layout 1 2/1/11 3:42 PM Page 49

Page 50: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

estamos num ambiente em que a pa-dronização dos cursos é muito fácil, oconhecimento é uma coisa que circulamuito e na minha perspectiva o quevai acontecer – exceptuando nas uni-versidades de topo, onde a ligação in-vestigação–formação é muito activa ehá grande produção de conhecimento.É aqui que as massas críticas vão acabar

por se diferenciar. Portanto, o modo defuncionamento das organizações vaidistinguir onde estarão as grandes or-ganizações que vão dinamizar a procuraactiva de emprego, o empreendedo-rismo e que vão dinamizar uma coisaque em Portugal nós temos muita di-ficuldade em aprender que é a capaci-

dade de resolução de problemas. Agrande parcela dos cursos universitáriosem Portugal forma pessoas para umaoutra coisa qualquer, mas não formapara a capacidade de resolução de pro-blemas e esta vai ser uma das compe-tências que as empresas vão procurarmais. FIM

50

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Temos hoje uma percepção incompleta,muito difusa e extremamente arriscadasobre os domínios que vão assegurar oemprego da população nos próximostempos. A generalidade dos poderes pú-blicos tenta saber onde é que deve apostare isto tem muita consequência nas nossaspróprias estratégias proactivas de procurade emprego e nas organizações… Porquehá que saber onde apostar.

Aproveitar as competênciasacadémicas para figurar notopo da pirâmideHá um fenómeno que, na literatura dotrabalho, se chama polarização – a evi-dência empírica, muito segura, de quehá dois tipos de ocupações que têm tidoum mundo crescente de oportunidadesde emprego. Estou a referir-me ao topoda pirâmide (ocupações com qualifica-ção mais elevada, salários mais elevadose cujos postos de trabalho têm resistido

muito bem à grande recessão); e a baseda pirâmide (baixas qualificações e baixossalários, que também têm tido crescentesoportunidades de emprego). Portanto,o topo e a base desta pirâmide têm tidooportunidades crescentes de emprego.Onde é que se tem perdido emprego?Nas qualificações intermédias e nos sa-

lários intermédios. As oportunidades deemprego estão a destruir-se nas ocupa-ções em que a rotinização e a automaçãosão possíveis, isto é, nas tarefas onde po-demos ser substituídos por uma máquina,por um computador ou por uma ex-ternalização a fim de pôr esse serviço aser feito noutro país qualquer. No topoe na base da pirâmide não há este risco,porque ambas as tarefas não são suscep-tíveis de ser automatizadas e vão sobre-vivendo à crise.Esta polarização é terrível, terrível por-que atravessa de maneira decisiva osmercados de trabalho e, na economiaportuguesa, começa a haver sinais disto.

Aceitar que há universidades e universidades…Há aqui outra questão em que eu gos-taria de me fixar, porque me pareceque são as grandes tendências de alte-ração das organizações universitárias e

politécnicas, que é aquilo que eu cos-tumo chamar de aprendizagem em di-recção à empregabilidade e à procuraactiva de emprego. Isto vai implicar, domeu ponto de vista, uma organizaçãodas instituições de ensino superior to-talmente distinta da que nós tivemosnos últimos tempos. Porquê? Porque

A procura deemprego tem de sermuito proactiva

46a51 Emprego para o futuro_Layout 1 2/1/11 3:43 PM Page 50

Page 51: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

TRANSFORMA OS TEUS COSMÉTICOS EM DINHEIRO!

Tens gasto muito dinheiro em Cosméticos ultimamente?É altura de os transformares em Dinheiro!Aproveita esta Oportunidade, partilha-a com os teus amigos e ajuda-os a rentabilizar os Cos-méticos, transformando-os em dinheiro. É uma forma eficaz de ganhares dinheiro hoje para preencheres os teus sonhos amanhã. Sabe mais em www.oriflame.pt

Destaca e pede já o teu catálogiflameOr

ala TTalaíde - Crada de Estr2739-503 Cacém

o enDestaca e pede já o teu catálog

M uzamento S. . Marcos - Palaíde - Cr2739-503 Cacém

viando para:o en

vilhão 4a Marcos - P

Nome:

Morada:

E-mail:

one:eleffone:TTelef

46a51 Emprego para o futuro_Layout 1 2/1/11 11:08 AM Page 51

Page 52: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

52

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

Dorado’ que tanto as pessoas an-seiam, apesar de ser um requisitoobrigatório”.Para alertar sobre este e outros factos ater em conta no momento de arregaçaras mangas e começar a procurar um

emprego, as universidades e politécnicosportugueses têm estado atentos às preo-cupações dos estudantes. “Segundoalguns estudos, concluiu-se que,cada vez mais, há uma maior pro-cura – e até mesmo exigência por

parte dos estudantes – em relaçãoao apoio e aconselhamento nasquestões de transição para o mer-cado de trabalho, nomeadamentede forma a permitir aos alunoscontextos de aprendizagem mais

próximos da realidade do mercadode trabalho. Como estas compe-tências não se adquirem num dia,nem com uma formação, a FEUPprocura desenvolver planos curri-culares integrando essas mesmas

{ Textod de Bruna Pereira }

Podem ser Gabinetes de Apoio aoAluno; Serviços de Relações Externase Integração Académica; Gabinetes deSaídas Profissionais ou ainda de Inserçãona Vida Activa. As designações variamconsoante a instituição e as entidadesparceiras, mas o objectivo destes serviçosé o mesmo: garantir que a entrada nomercado de trabalho, após uma licen-ciatura ou um mestrado, não seja umsalto de pára-quedas sem preparaçãoprévia… Até porque, como refere SofiaVeiga, do Serviço de Relações Externase Integração Académica (SEREIA) daFaculdade de Economia da Universi-dade do Porto (FEP), “licenciatura,mestrado e doutoramento não ga-rantem hoje um emprego, esse ‘El

“O grande objectivo destes serviços não é colocar as pessoas dependentes da nossaactuação, mas sim colocar as pessoas emacção.” Sofia Veiga, FEP

A carreira profissionalcomeça na universidade!Feiras de emprego, newsletters com ofertas formativas e profissionais variadas, coordenação de estágioscurriculares e profissionais, workshops sobre como elaborar um CV ou como comportar-se numa entrevistade trabalho e muito mais. As universidades e politécnicos portugueses apostam agora em gabinetes modernose especializados que ajudam os seus alunos e alumni a enfrentar as exigências de um mercado de trabalhocada vez mais competitivo.

52a54 Apoios_Layout 1 2/1/11 3:51 PM Page 52

Page 53: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

competências transversais, as softskills, numa unidade curricular,através do Projecto FEUP (vercaixa)”, refere Fernanda Correia, doServiço de Integração Profissional daFaculdade de Engenharia da Universi-dade do Porto (FEUP), acrescentandoque a integração no mundo do trabalho

é um processo complexo e desafiante,sendo frequente os alunos não saberemquais as melhores estratégias a adoptarde forma a aumentarem o seu potencialdurante o processo de acesso a umaoportunidade de emprego.

Bolsas de emprego, estágios e muito mais“O serviço de Bolsa de Empregotem como objectivo principal apromoção de contactos com omundo de trabalho, especialmentecom empresas e instituições po-tencialmente promotoras das áreasde Ciências. Proporcionamos, apósa inscrição dos estudantes licen-ciados na Bolsa de Emprego On-line, atendimento personalizado -pesquisa na bolsa de emprego detodas as oportunidades de empre-gabilidade e formação e bolsas deinvestigação. Tudo o que seja dointeresse dos nossos alunos é pu-blicado na Bolsa de Emprego On-line”, refere Elisabete Rodrigues, doGabinete de Imagem e Relações como Exterior da Faculdade de Ciênciasda Universidade do Porto (FCUP). AFCUP disponibiliza ainda aos seus es-tudantes o PEEC - Programa de Está-gios Extra-Curriculares não remune-rados que podem decorrer em empresas,centros, laboratórios de investigação daUniversidade do Porto e em Projectosde Investigação Individuais, com dura-

pub

pub

À velocidade da luz.Para todos aqueles que acham que entrar nos gabinetes dasuniversidades e politécnicos para fazer uma simples perguntademora muito tempo, tem de ser marcado com antecedênciae, como são tantos alunos, dificilmente chegará a nossavez… Fiquem a saber que já há instituições apologistas dosistema Walk in. Cristiana Oliveira, do Instituto Superior deCiências Empresariais e do Turismo (ISCET) explica que háperguntas rápidas que não têm de passar pelo processo demarcação de reunião. “Basta tocarem à porta. Têm 15minutos para fazerem as perguntas todas que têm a fazer eirem depois embora. Nós estamos disponíveis o dia todo –até às 9h da noite, se for preciso!”

52a54 Apoios_Layout 1 2/1/11 3:51 PM Page 53

Page 54: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

54

Guia do 1º Emprego 2011

com o patrocínio

ção entre 2 e 10 meses. “O PEECpretende que os alunos atinjamum nível de formação que lhespermita desempenhar, com su-cesso e responsabilidade, tarefas decarácter profissional, e assim avaliaros seus conhecimentos em am-biente real de trabalho”, continuaElisabete Rodrigues.

Alumni vistos à lupaConscientes da importância que a re-lação da formação académica e a acti-vidade profissional têm para o desen-volvimento duma sociedade de conhe-cimento cada vez mais global, asinstituições de ensino superior têm

vindo a elaborar estudos sobre a em-pregabilidade dos seus diplomados,como exemplifica Cristiana Oliveira,do Instituto Superior de Ciências Em-presariais e do Turismo (ISCET). “Te-mos um Observatório de Empre-gabilidade, onde todos os anos fa-zemos inquéritos sobre aempregabilidade dos nossos cursose cujos resultados estão disponíveisno nosso site para quem quiserconsultar. Também fazemos uminquérito às empresas para sabero que elas procuram nos alunosrecrutados, para podermos adaptaros conteúdos programáticos dosnossos cursos”. A propósito deste tópico, Graça Piçarra,Chefe de Divisão do Apoio à Gestãodo Instituto Superior de Agronomia(ISA), alerta para o facto destes estudosserem, ainda assim, algo ‘limitados’ por-que muitas vezes os alunos não respon-dem e a amostra conseguida é poucorepresentativa. “Normalmente, ourespondem aqueles que estãomuito satisfeitos (os que arranja-ram um emprego que os satisfazmuito) ou aqueles que não estãonada satisfeitos (os que não arran-jaram colocação e continuam àprocura). Portanto, o que conse-guimos são dados de dois pólosque nem sempre são representati-vos. Temos de ter cuidado comisso.”, refere Graça Piçarra. FIM

Universidade Católica Portuguesa

“Mais queprofissionais…Formamos pessoas”“O papel da universidade não éapenas ensinar a saber fazer. Asaulas são fundamentais, mas paraalém dessa formação académica emsala, desenvolvemos váriasiniciativas que permitemdesenvolver os alunos comopessoas em várias dimensões. Éaqui que entra o nosso gabinete”,destaca Madalena Paiva,Coordenadora do Desenvolvimento deCarreiras da Faculdade de CiênciasEconómicas e Empresariais daUniversidade Católica Portuguesa,sublinhando que o desenvolvimentodos alunos deve ser feito com baseem experiências de estágio,experiências de voluntariado,experiências internacionais como oprograma ERASMUS e outrasexperiências extra-curriculares. “Hávárias actividades que nos fazemcrescer e é aí que nós ajudamos osnossos alunos a reflectir sobre ondeé que estão neste momento, onde éque querem chegar e o que é que épreciso desenvolverem para daremresposta àquilo que são asnecessidades no mercado.”Madalena Paiva convida todos osalunos de hoje e trabalhadores deamanhã a fazerem o seguinteexercício: “Imaginem que estão nafesta do vosso 70º aniversário e têmlá toda a gente – colegas detrabalho, amigos e familiares. Aquio desafio é saber o que é quequerem que cada uma destaspessoas dissesse sobre vocês. Issovai ser exactamente aquilo quevocês vão querer construir ao longoda vossa vida… Que começaagora”.

Projecto FEUP

Engenheirosdesde o 1º diaOs alunos da Faculdade deEngenharia da Universidade do Porto(FEUP) são preparados para entradano mercado de trabalho desde o 1ºdia de aulas, nomeadamente atravésdo Projecto FEUP. Trata-se de umaunidade curricular que, desde o anolectivo 2004/2005, tem recebido eintegrado os caloiros na vida escolar,tendo como grandes objectivos dar aconhecer os principais serviçosdisponíveis na faculdade, darformação inicial nas áreas conhecidascomo soft skills, alertando para a suaimportância ao longo da carreira emEngenharia. Ao longo do ProjectoFEUP são abordadas questõesrelacionadas com a ética, o plágio e anecessidade da correcta referenciaçãodas fontes utilizadas nos trabalhos deinvestigação, a prática decomunicação oral, escrita e visual, aelaboração de relatórios e posters,pesquisas, organização e síntese deinformação, a reflexão sobre comoestudar no ensino superior, ocontacto e o uso de diversos recursosda faculdade, o treino de aplicaçõesde software, entre outras. O Projecto FEUP tem ainda direito auma semana exclusiva, em que osestudantes do 1º ano se dedicamapenas às actividades/apresentaçãode trabalhos do Projecto FEUP, semter aulas de outras cadeiras do curso. Site oficial:http://paginas.fe.up.pt/~projfeup/

52a54 Apoios_Layout 1 2/1/11 3:51 PM Page 54

Page 55: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

55 Seat_Layout 1 2/1/11 11:13 AM Page 55

Page 56: Guia 1º Emprego 2011 - Forum Estudante - Santander Totta

56 Pub Santander_Layout 1 2/4/11 5:22 PM Page 56