guia 10 km

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GUIA 10 KM TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA A PROVA MANUAL DO ATLETA

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Page 1: Guia 10 Km

GUIA10 K

M

TUDO O QUE VOCÊ PRECISASABER PARA A PROVA

MANUAL DO ATLETA

Page 2: Guia 10 Km

Ser a maior e melhor corrida de 10 km do Brasil não acontece

por acaso. Nesses 31 anos de trajetória, sempre houve uma

preocupação e que levou os 10 KM Tribuna FM-Unilus a esse

patamar: o atleta. Para preparar um evento para 20 mil inscritos,

todos os detalhes devem ser planejados, dimensionados:

segurança, assistência médica, hidratação. Sem falar em outros

pontos, muitas vezes não reparados, como alinhamento com

CET, Polícia Militar, comprometimento dos staffs, exatidão no

horário da largada, por exemplo.

Em três décadas de história, são 251 mil pessoas participando

da disputa. Muitas delas não tinham expectativa de ser atleta,

mas ganharam em qualidade de vida, “puxados” por amigos,

companheiros de trabalho e de academia, e ajudaram a

competição se tornar uma referência. Uma prova especial, tanto

para os amadores quanto para os principais nomes do atletismo,

sempre vindo para Santos para marcas pessoais, pelo excelente

percurso criado e pela estrutura oferecida.

O êxito nessa aceitação popular e longevidade pode

ser atribuído a uma conjunção de fatores muito bem

projetados. Primeiro a organização, sempre voltada para

estabelecer o bem-estar do participante, seja ele um atleta

de ponta ou um iniciante.

E soma-se o trabalho feito nos meios de comunicação, a

própria rádio, que criou a prova, o jornal e depois o reforço

mais do que vital da TV Tribuna. Uma união de forças criando

um ambiente e histórias desse grande evento para atrair a

atenção e carinho do público.

Chegamos ao 31º ano consecutivo da prova. Novamente

queremos oferecer uma estrutura onde o atleta se sinta

confortável, com segurança, assistência, hidratação e felicidade,

animado com música pelo percurso e a torcida do povo santista,

que tem orgulho da maior e melhor corrida de 10 km do Brasil.

Hoje, são poucas provas que têm esse número de inscritos. No

ano passado, apenas três corridas passaram 12 mil concluintes.

Aqui em Santos desde 2007 passamos esse número e sempre

buscando eficiência para atender os participantes.

Nesta edição do Guia trazemos dicas e algumas histórias

de personagens que têm na corrida a paixão. Como Leone

Justino, tricampeã da prova, e o melhor brasileiro nos 10 KM

Tribuna FM-Unilus nos últimos três anos e já classificado para a

maratona olímpica, Solonei Silva, que antes de brilhar no esporte,

batalhava como coletor de lixo. Profissão aliás, que temos dois

representantes muito conhecidos, os gêmeos Roberto Luiz e

Luiz Roberto Biscaia.

Voltando a prova deste ano, para a grande parte

dos inscritos, o que importa mesmo é a festa nos 10 km

de percurso, do Centro até a praia do Gonzaga. Muitos

estarão na largada querendo fazer sua melhor marca, mas

também boa parte quer mesmo é se divertir com amigos,

com companheiros de academia ou trabalho. E também se

desafiar a completar sua primeira corrida.

Se você vai correr para sua marca pessoal ou apenas se

divertir, que faça uma ótima prova. Lembre-se que estará

completando uma das principais e maiores corridas de rua do

País. Um evento feito para o atleta.

A maior e melhorcorrida de 10 kmdo Brasil

Editor e também assessor da corrida desde 1995.

Page 3: Guia 10 Km

GUIA 10 KMEditor: Fábio Maradei - FMA NotíciasSubeditora: Natasha GuerrizeTextos: Fábio Maradei, Natasha Guerrize, Fernanda Lopes (nutrição)e Claudia Duarte (saúde).Colaboração: Douglas Aby Saber.Pesquisa de fotos A Tribuna: Gaspar Vanderlei Zaffini, Julio Cesar Figueiredo, Ronaldo Dantas Barreto e Vanessa Fonseca.Pesquisa de fotos antigas e história da prova: Nelson Rogelio G. Santana.Produção gráfica: DSPA Ideias + Planejamento + Design.Foto da capa: Douglas Aby Saber.

Tri FM e Tri Esportes Gerente comercial e marketing: Davidson IuspaExecutivas de contas: Alessandra Barros e Fernanda LimaCoordenador de eventos: Diogo de Barros SouzaAssistente de eventos: Aline Santos

Índice

Linha do tempo

Os campeões

E o ouro vai para

Mais Vanderleis e Marilsons

Batata doce

Menu

Melhore seus resultados

Você que está iniciando

Solonei Silva

Conheça Santos

Serviços

Manual do atleta

Mapa do percurso

Mapa de acessos

Números da prova

Bom saber

Conheça Nelson Teixeira

06

08

10

12

18

20

22

26

32

36

42

52

54

58

60

62

64

14

23

32

A pirâmide dos corredores

EviteLesões

LeoneJustino

Saiba do que um corredordeve se alimentarpara ser um campeão

Dicas paravocê evitarlesões durantetreinos e corridas

Conheça o DNA dos 10 kmTribuna FM - Unilus

Campeãs nas últimas sete edições, as quenianas manterão a hegemonia esse ano?

Foto

: Dougla

s A

by

Sab

er

Page 4: Guia 10 Km

1986Surge os 10 KM Tribuna FM. Foram 950 inscritos600 largaram e 447 concluíramo percurso de 10,3 km.

1990Silvio Maiae Magali Aparecida garantem os primeiros bicampeonatos na prova.

1988Foi o único anocom largada e chegadana Rua João Pessoa. Em todas as outras edições os últimos quilômetros foramna orla da praia.

1991Silvio Maia é o primeiro tricampeão na história da corrida.

1992Prova passaa ter premiaçãoem dinheiro – Um milhão de cruzeiros, com 250 mil aos campeões do masculino e feminino.

1994Leone Justinogarante o primeirotricampeonatona prova. No masculino, prova alcança outro status com a vitória de Luiz Antonio dos Santos, campeão da Maratona de Boston no ano anterior – foi o primeiro vencedor a correr abaixo dos 30 minutos– 29min24s.

1996Ronaldinho e Marcia Narloch, ambos atletas olímpicos, faturaram, ratificando o alto nível técnico. Com 3.537 inscritos, a prova já era uma das grandes no País e Marcia elogiou o público por todo o percurso torcendo, característica que só foi aumentando a cada edição. “Estou surpresa com a participação popular”, afirmou.

2000Começa a sériede vitórias africanasem Santos, com o angolano João N’Tyamba, atleta que disputou seis olimpíadas na carreira. 2000 também teve o primeiro queniano na prova, Willian Mysyoke, no modesto sexto lugar.

2002N’Tyambatorna-se ídolona prova como tricampeonato.

2004A prova dáum salto nonúmero departicipantese alcança a emblemáticamarca de 10 mil inscritos.

2015NancyJepkosgeiKipron é maisuma quenianatricampeã e o recordistaRotich comemorao bicampeonato.

2007Ednalva Lauriano, a Pretinha, chega ao tetracampeonato, única mulher a ter quatro vitórias.

2009A quenianaEunice Kirwagarante a primeirade três vitóriasseguidas e estabelecenovo recordefeminino, com 32min52s.

2012O mundo se rendeao percurso sempreaclamado comoo mais rápido do Brasil. Além de barrar o tetra de Eunice Kirwa, a também queniana Paskalia Kipkoech“pulverizou” o recordepara incríveis 30min57s. Foi o segundomelhor tempo do mundo naqueleano e figura entre as 20 marcasmais rápidos da história em corridas de rua, segundo registro da Federação Internacional de Atletismo. Esse também é o ano da primeira “dobradinha” queniana na prova, com Mark Korir sendo o melhor no masculino, com o mesmo tempo que Vanderlei fez em 97. A prova também teve como inovação a inscrição feita exclusivamente pela internet.

1993Surge o quese tornariauma grandetradição eatrativo daprova, os famosospelotões.O primeiro foiformado pelaMemorial, em parceriacom A Tribuna,levando nomesde destaquedo esporteda região.

1995Outro grandeícone do atletismobrasileiro, Ronaldo da Costa, é o campeão,repetindo a doseno ano seguinte.A prova chegaaos 3 mil inscritos,só sendo superadaem participaçãopela São Silvestre.Também começoua se usar o percursobase usado até hoje,com largadano Centro, passando pelo túnel, um símbolona prova, marcandoo primeiroquilômetro,pelas avenidasAfonso Pena e Almirante Cóchrane(Canal 5),para ter osdois últimosquilômetrosna praia.

1997Outra estrelado atletismobrasileiro chegaa vitória. Vanderlei Cordeiro de Lima foi o campeão, estabelecendo o recorde (que durou 14 anos), com 28 minutos e 1 segundo. O tempo só não foi mais baixo, porque nos metros finais, veio comemorando com seu famoso “aviãozinho”. No feminino, outro grande nome, no alto do pódio, Carmem Oliveira, a primeira brasileira a vencer a São Silvestre, em 95, e com participação em duas olimpíadas, Barcelona 92 e Atlanta 96.

1999A prova tema primeira"dobradinha"estrangeira,com o bicampeonatode Martha Tenórioe o primeiro lugardo uruguaioNestor Garcia.Naquele ano,uma jovem promessado atletismo brasileiro,Marilson Gomesdos Santos, estreavana prova onde fariahistória, já como vice-campeonato"colado" no primeirolugar e à frentede Vanderlei(Cordeiro) de Lima.

2003MarilsonGomesdos Santosgarantiaa primeirade seisvitóriasem Santos.Também foio ano de percursonovo, coma inclusãodas avenidasAna Costa eFrancisco Glicério,deixando a provaainda mais rápida.

2005O carismáticoN’Tyamba voltaà prova e fica com o vice, atrás de Marilson, anunciando que encerraria a sua participação como atleta de ponta.

2008A organizaçãoimplanta os“marcadores de tempo”, para dar ritmo aos amadores, convidando nomes que marcaram a prova. Entre eles, Vanderlei, Ronaldinho, N’Tyamba e Pretinha, além do ídolo local, o ultramaratonista Valmir Nunes.

2011Marilson chegaao respeitadohexacampeonatoe bate o recorde,com 27min59s. Foi a última vitória brasileiroaté o momento. A partir daí, só quenianossubiram no lugarmais alto do pódio. Ainda em 2011, Eunice Kirwa baixa o seu recorde femininopara 32min07s. Também foi estabelecido o percurso atual, que se tornouainda mais rápido.O ano foi de mudanças e foi estabelecida a largada em “ondas” para facilitar o fluxo no início da prova. Corrida passa a ter o patrocíniomaster do Centro Universitário Lusíada (Unilus), que passa a dividiro nome do evento10 KM Tribuna FM • Unilus

2013É a vez dosquenianos também estabelecerem o recorde no masculino, com Edwin Kipsang Rotich cruzar a linha de chegada em 27min45s.

2001Primeira vitóriaqueniana na disputa,com Leah Kipronona feminina e o domínio no lugar mais alto do pódiofoi africano,com o bicampeonatode N’Tyamba. A tecnologia surgecomo aliada da organizaçãoe atletas, com a utilização dochip de cronometragem. A prova chega a 5,5 mil inscritose continuavacrescendo.

1998Primeiravitóriainternacionalna prova, com aequatorianaMartha Tenório, que no ano anterior foi a campeã da São Silvestre, com direitoa recordefemininoem Santos, com 32min57s, que durou11 anos.

A história na

linha do tempo

Três décadas de história. Uma corrida que já é referência quando se fala em 10 km, não só na região, mas no Brasil. Que ganhou projeção internacional e a cada ano cresce. Em 30 anos, foram vários momentos marcantes. Selecionamos alguns desses episódios que engrandeceram a disputa.

Page 5: Guia 10 Km

INSCRITOSANO

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

1999

1988

1997

1996

1995

1994

1993

1992

1991

1990

1989

1988

1987

1986

20.000 21.000

20.000

18.000

16.500

16.000

15.000

15.000

14.000

12.500

12.000

11.500

10.000

7.000

6.000

5.500

4.395

4.500

4.100

3.739

3.537

3.000

1.800

1.547

1.322

708

400

400

200

400

950

Evoluçãodas inscrições na prova

CAMPEÕES CATEGORIA MASCULINO CAMPEÃS CATEGORIA FEMININA

Os campeõesdos 10 KM Tribuna FM-Unilus

Edwin Kipsang Rotich (Quênia)

Joseph Aperumoi (Quênia)

Edwin Kipsang Rotich (Quênia)

Mark Korir (Quênia)

Marilson Gomes dos Santos

Marilson Gomes dos Santos

Marilson Gomes dos Santos

Joseph Kibiott Ngetich (Quênia)

Lawrence Kiprotich (Quênia)

Marilson Gomes dos Santos

Marilson Gomes dos Santos

Benson Cherono (Quênia)

Marilson Gomes dos Santos

João N’Tyamba (Angola)

João N’Tyamba (Angola)

João N’Tyamba (Angola)

Nestor Garcia (Uruguai)

Valdenor dos Santos

Vanderlei Cordeiro de Lima

Ronaldo da Costa

Ronaldo da Costa

Luiz Antonio dos Santos

Odiles Marçal

Odiles Marçal

Silvio Maia

Silvio Maia

José Gama Ribeiro

Silvio Maia

José Milton dos Santos

Cláudio Ribeiro

28min20s

28min17s

27min45s

28min01s

27min59s

28min18s

28min16s

28min47s

28min06s

28min27s

28min30s

28min10s

28min18s

28min50s

28min24s

28min27s

28min15s

28min26s

28min01s

28min20s

28min14s

29min25s

30min30s

30min46s

31min12s

31min09s

34min54s

30min20s

41min47s

30min53s

Nancy Jepkosgei Kipron (Quênia)

Nancy Jepkosgei Kipron (Quênia)

Nancy Jepkosgei Kipron (Quênia)

Paskalia Kipkoech (Quênia)

Eunice Kirwa (Quênia)

Eunice Kirwa (Quênia)

Eunice Kirwa (Quênia)

Fabiana Cristine da Silva

Ednalva Lauriano

Bertha Oliva Sanches (Colômbia)

Margaret Karie (Quênia)

Ednalva Lauriano

Ednalva Lauriano

Ednalva Lauriano

Leah Kiprono (Quênia)

Fabiana Cristine da Silva

Martha Tenório (Equador)

Martha Tenório (Equador)

Carmen de Oliveira

Marcia Narloch

Roseli Machado

Leone Justino

Leone Justino

Sonia Maria Marques

Leone Justino

Magali Aparecida

Magali Aparecida

Elisabeth Ribeiro

Luiza Felix do Nascimento

Rosa Maria Leal

32min28s

32min36s

32min36s

30min57s

32min07s

33min04s

32min52s

34min10s

33min12s

33min23s

33min56s

33min22s

33min25s

33min16s

33min44s

33min22s

33min09s

32min57s

33min47s

33min49s

32min12s

35min50s

37min26s

36min50s

38min38s

38min38s

38min02s

40min14s

50min29s

37min00s

Page 6: Guia 10 Km

10 GUIA 10 KM

No esporte, a meta é sempre chegar ao ouro. A medalha

dourada representa o lugar mais alto do pódio, que o atleta

é o número 1 entre todos. Para a Confederação Brasileira de

Atletismo, o metal precioso também simboliza qualidade

técnica, excelência e é usado como classificação para as

principais, maiores e melhores corridas do País.

Criteriosa e exigente, a entidade reconheceu em 2015 apenas

40 provas nacionais, entre as milhares realizadas no Brasil, sendo

que somente 13 receberam o chamado “Permit Ouro”. Entre as

selecionadas, os 10 KM Tribuna FM-Unilus, hoje uma referência

de organização para outros eventos.

Nessa seleta lista, junto com a prova santista, estão outras

grandes disputas, como a São Silvestre, maratonas de São

Paulo, do Rio de Janeiro e de Curitiba, a Volta da Pampulha

e Dez Milhas Garoto. “Significa que a prova está dentro da

elite das corridas de rua do País, integrada pelas provas mais

tradicionais e de excelência dentro do atletismo brasileiro”,

ressalta o superintende técnico da Confederação Brasileira de

Atletismo, Martinho Santos.

Para chegar ao “Permit Ouro” é necessário garantir

uma série de exigências, como possuir medição oficial,

dar atendimento pleno ao participante, garantindo a

sua segurança, clareza de resultados e de organização.

Características que são prioridades na prova santista.

“Vemos como uma prova de excelência entre as corridas

de rua nacionais, recordando-se que a corrida recebe o

Permit da CBAt deste que a entidade implantou o sistema

de reconhecimento há muitos anos, sendo, inclusive, um

exemplo de organização a ser seguido por outros eventos”,

elogia Martinho Santos.

E o ourovai para10 KM Tribuna FM-Unilus

Foto

: Dougla

s A

by

Sab

er

Page 7: Guia 10 Km

12 GUIA 10 KM

Mais Vanderleis e Marilsons... A história dos grandes corredores brasileiros de fundo

está intrinsecamente emaranhada à trajetória dos 10 KM

Tribuna FM-Unilus. Os quatro principais nomes do País até

hoje, Luiz Antonio dos Santos, Ronaldo da Costa, Vanderlei

Cordeiro de Lima e Marilson Gomes estão na galeria dos

campeões da prova santista e mais do que isso, marcados

como ícones nessas três décadas de evolução.

No feminino não é diferente, com Marcia Narloch e

Carmem Oliveira, Ednalva Lauriano e Fabiana Christine. A

maioria passou por Santos antes ou durante as fases que

brilharam no exterior e em olimpíadas. Outro bom exemplo

é Solonei Rocha da Silva, já classificado para a maratona

nos Jogos e que também vem fazendo grande papel em

suas participações nos 10 KM Tribuna FM-Unilus.

E em ano de Jogos Olímpicos aqui no Brasil, cabe

fazer uma avaliação de como está o atletismo brasileiro.

Como fazer para que novos Vanderleis e Marilsons

sejam revelados. Quem responde é o superintendente

de alto rendimento da Confederação Brasileira (CBAt),

Antonio Carlos Gomes.

Qual a expectativa para o atletismo brasileiro nos Jogos do

Rio? Principalmente nas corridas de meio fundo e fundo?

As metas da CBAt para os Jogos do Rio de janeiro

estão subdivididas em três objetivos. Primeiro: colocar a

maior quantidade de atletas participando das disputas.

Segundo: colocar a maior quantidade de atletas nas

semifinais e finais da competição. Terceiro: conquistar

medalha nos Jogos. Nas provas de fundo é onde temos a

maior quantidade de atletas até o momento com índices,

participarão os três melhores de cada prova. A expectativa

é de ter alguns atletas na maratona e nas provas de marcha

atlética nas finais olímpicas.

Competir em casa dá mais motivação, mais chances? Ajuda

ou atrapalha?

Isso tudo depende da preparação dos atletas para

o evento. A priori competir em casa cria um estado

motivacional altamente positivo. Estamos tendo o cuidado

de preparar os nossos atletas para que esse fator não passe

do ponto e se torne um problema para nós, pois a cobrança

exagerada por resultado pode ser um fator negativo.

Para prevenir essa situação estamos trabalhando a parte

psicológica dos atletas e dos demais membros da equipe.

Como a CBAt está estruturada para preparar as equipes de

meio fundo e fundo para chegarem bem nos Jogos?

Os atletas com índice olímpico e que estão entre os três

primeiros do ranking nacional nas diferentes provas estão

recebendo auxílio para realizarem campings internacionais

de preparação olímpica, principalmente para estágios

de treinamento em altitude, buscando melhorar suas

potencialidades fisiológicas.

O percurso da maratona será um dos destaques dos Jogos?

A maratona, sem dúvida, é uma das provas nobres dos

Jogos Olímpicos, pois é realizada ao ar livre, fora do estádio

e permite muitos torcedores acompanhar em diferentes

locais da cidade incentivando nossos atletas.

De que maneira as corridas de rua contribuem para o

surgimento e até manutenção dos destaques do atletismo?

A corrida de rua faz parte da cultura esportiva no Brasil.

Temos uma grande quantidade de provas anuais, já temos

uma das maiores participações em número de pessoas do

Mundo e temos atletas com destaque internacional. Afinal,

já medalhamos na maratona olímpica com o Vanderlei

Cordeiro de Lima, batemos o recorde mundial da maratona

com o Ronaldo da Costa, tivemos medalhista no Mundial

de Atletismo com o Luiz Antonio dos Santos...

O Vanderlei Cordeiro de Lima foi e até hoje é o grande nome

do atletismo em olimpíadas, mesmo sem ganhar o ouro. A

maratona é a grande atração?

A maratona é uma prova de grande desafio, até mesmo

pela sua história. O Brasil gosta deste tipo de prova e

seguidamente temos atletas entre os melhores do mundo.

Sem dúvida a maratona é uma atração à parte nos Jogos.

Marilson Gomes dos Santos é uma das grandes esperanças

e terá o apelo de encerrar a carreira nessa prova. Acredita

que tem chances, mesmo diante de quenianos, etíopes e

todo o esquadrão africano?

Nós acreditamos em nossos atletas, sabemos do

potencial do continente africano neste tipo de prova, mas

apostamos nos nossos atletas, até mesmo pelo histórico

nosso na prova. Estaremos no Brasil, num ambiente

climático conhecido, com uma grande torcida. Podemos

fazer um bom papel nos Jogos. Marilson é sempre uma

grande esperança de bom resultado.

Solonei, com uma história de vida de superação, pode se

tornar o querido da torcida?

A torcida brasileira irá torcer para todos os atletas

brasileiros, claro que temos alguns mais conhecidos. O

Solonei é também um grande atleta e terá apoio da torcida

na competição.

Na opinião da CBAt, qual a fórmula para revelar novos

Vanderleis e Marilsons para o futuro do atletismo brasileiro?

A CBAt já começou a elaborar o projeto de para novos

talentos, visando os Jogos Olímpicos de 2020 e 2024. A

Rede Nacional de Atletismo, aprovada recentemente pelo

Ministério do Esporte, dará início a um grande programa de

revelação de valores para as diversas provas do atletismo.

As provas de fundo tem um apelo ainda maior, desde que

consigamos motivar atletas na faixa dos 14-16 anos a iniciarem

treinamentos nas provas de fundo olímpicas. No Brasil ainda

a cultura é muito forte para as provas de rua. Precisamos

canalizar esforços também para as provas de pista.

Foto

: Fáb

io M

arad

ei

Page 8: Guia 10 Km

HIDRATAÇÃOEsse é o princípio básico para o bom corredor. Um corpo hidratado consegue manter suas atividades metabólicas plenamente. A desidratação leva a queda de rendimento. Cuidado apenas para não exagerar!

PROTEÍNASão os tijolinhos responsáveisna reparação, na síntese muscular, na confecção de enzimas,na manutenção da imunidade.

CARBOIDRATOSE GORDURAS RUINS Esses estão no topo da pirâmide porquefazem parte do ‘evite a todo custo’.

CARBOIDRATOÉ o tipo de nutriente que a maior partedos atletas se preocupa no pré-prova. Mas atenção: é preciso saber escolher o carboidrato certo.

FRUTAS, VERDURASE LEGUMES são extremamente importantes para garantir micronutrientes via alimentação. Toda e qualquer atividade metabólica é dependente de vitaminas e minerais.

14 GUIA 10 KM

A pirâmidedos corredores Por Fernanda Lopes,

editora do Caderno Boa Mesa

NUTRIÇÃO

As corridas de rua vêm atraindo cada vez mais público e a

prova 10 KM Tribuna FM - Unilus é a prova mais esperada do ano.

Para a maioria dos atletas, uma das dúvidas mais comuns é so-

bre a alimentação, tanto antes como durante e após os treinos.

Por isso, criamos uma pirâmide alimentar especialmente

desenvolvida para os corredores. Na base dessa pirâmide,

como um dos itens mais importantes, está a hidratação.

Para uma prova de 10 km, a água costuma ser suficiente para

hidratação durante a prova, não havendo necessidade de uso de

repositores eletrolíticos. Mas é preciso cautela na quantidade.

O ideal é repor o líquido perdido e acostumar-se com a hi-

dratação nos treinos que a antecedem a prova.

Isso irá garantir não só melhores resultados, como também

ajudará a evitar qualquer eventual mal-estar, bem como o exa-

gero ou a não reposição adequada de líquidos.

Logo acima da hidratação, na nossa pirâmide, estão os car-

boidratos. Mas não pense apenas em pães, macarrão, biscoitos

e barras de cereal. O segredo é saber escolher o tipo ideal de

carboidrato. E quanto mais natural ele for e maior carga nutriti-

va possuir, mais adequado será para os atletas.

Por isso, na hora de consumir carboidratos, priorize as

raízes, como a batata doce (veja reportagem na página 18), a

mandioca e o inhame.

Outra boa opção são os cereais, como arroz integral, aveia,

quinoa e amaranto, que podem fazer parte do cardápio antes

e depois dos treinos e provas.

E as gorduras? Quais são as boas gorduras para corre-

dores? O óleo de coco é a grande vedete do pré-treino.

Fonte de energia que entra rapidamente na corrente san-

guínea, com a vantagem de não gerar pico de glicose (que

pode fazer com que a energia acabe antes da hora), nem ati-

var insulina, o óleo de coco, além de bom combustível para a

corrida, também auxilia na queima de gordura corporal. Mas

vale ter cautela! O ideal é usá-lo seguindo recomendações

de seu nutricionista ou médico.

Agora chegou a vez de um trio importantíssimo: as frutas

verduras e legumes, que também merecem destaque na nossa

pirâmide, pois contribuem com cálcio, magnésio, vitaminas

B2, B3, B6, potássio, sódio, zinco, selênio etc.

E uma dica básica, para um excelente pré-treino aeróbio,

é explorar os alimentos ricos em betaína, uma substância en-

contrada naturalmente no corpo humano e em alguns vege-

tais, como espinafre e beterraba.

A betaína possui diversas funções benéficas, como

a proteção celular contra a desidratação, podendo ainda

auxiliar no aumento do óxido nítrico e do fluído sanguí-

neo, fazendo com que diversos nutrientes sejam melhores

transportados dentro do corpo, inclusive levando-os de

maneira mais eficaz ao músculo, o que vai beneficiar muito

o rendimento em corridas.

A betaína também ajuda na redução dos níveis de ho-

mocisteína, proporcionando redução de risco de doença

cardiovascular, podendo auxiliar na diminuição do cortisol,

presente nos momentos de estresse. Receitinha bacana para

pôr em prática: suco de beterraba no pré-treino. Tem um

suco mix especial nas receitas!

Agora é a vez das proteínas. Elas são essenciais, principal-

mente no pós-treino (não necessariamente imediatamente

após). Ovos, carnes magras como peixes, aves e carnes bo-

vinas – lembrando também das proteínas vegetais, que car-

regam consigo importantes micronutrientes, como as legu-

minosas (feijões, grão de bico, lentilhas e ervilhas) e também

as oleaginosas (castanhas, sementes de abóbora e girassol,

nozes, amêndoas etc).

Por fim, lá no topo da pirâmide, aparecem os carboidratos

ruins, que não agregam nada ou quase nada em micronutri-

entes (vitaminas e minerais) e devem ser evitados.

São os cereais refinados, farinhas, pães, torradas, biscoitos,

barra de cereais de má qualidade e tantos outros empacota-

dos com baixo valor nutritivo.

Doces e alimentos ricos em açúcar também fazem parte

desse grupo. Já as gorduras ruins são aquelas que estão con-

tidas em carnes, embutidos, queijos, biscoitos (até mesmo

sem recheio), macarrão instantâneo etc.

Conheça aPirâmide dos Corredores

Page 9: Guia 10 Km

16 GUIA 10 KM

Dicade ouro Olhe mais as embalagens

dos alimentos e procure

principalmente ver a lista

de ingredientes, que é o RG

do produto. É dessa forma

que você consegue conhecer

de verdade do que é feito.

A lista é composta,

obrigatoriamente, em ordem

decrescente. Fique de olho

nos alimentos cheios de açúcar,

farinhas brancas e qualquer

ingrediente pobre em nutriente

como sendo os

primeiros da lista!

SucoAntioxidante Gás Total

RECEITA

Ingredientes1 fatia de melancia

½ beterraba crua

2 colheres (sopa) de gojiberries

1 colher (sopa) de Chia grãos

Gelo a gosto

400ml de água

Adoçante xylitol ou stévia a gosto

Modo de preparoBater tudo e tomar imediatamente

Page 10: Guia 10 Km

18 19GUIA 10 KM GUIA 10 KM

Batata Doce,a queridinha Por Fernanda Lopes,

editora do Caderno Boa Mesa

Vira e mexe aparece um ingrediente que vira o queridinho.

A bola da vez agora é a batata-doce, um carboidrato, pas-

mem, que pode integrar as mais radicais dietas de emagreci-

mento. E é também indicada para os atletas.

Os chefs a adoram, não só por seu caráter mais saudável

e por secar a barriguinha, mas também por ser um produto

abundante no Brasil e já usado desde os índios.

Seu sabor adocicado característico é perfeito para harmo-

nizar com pratos salgados. Agora, ela é encontrada em res-

taurantes, mesmo os por quilo, além da versão frita, que sem-

pre foi a mais comum.

Originária do Peru, há provas de seu uso há cerca de 10

mil anos. Porém, ela ganhou o mundo quando foi levada à

Europa pelos espanhóis no século 16. E agora, com o retorno

do uso de ingredientes locais, e com a busca por uma alimen-

tação mais saudável e nutritiva, ela encontrou seu espaço, di-

vidindo a cena com a onipresente batata-inglesa.

Segundo a nutricionista Tatiana Branco, a batata-doce

faz jus à sua fama de ‘seca barriga’. “O seu baixo índice

glicêmico inibe o acúmulo de gordurinhas. Para quem prati-

ca exercícios, em conjunto com uma dieta balanceada, pode

resultar na melhora da performance em competições e no

treinamento diário”, comenta.

Porém, Tatiana alerta que o consumo excessivo pode

causar desarranjo intestinal, devido seu teor de fibras. Ela tem

um pouco mais calorias do que a batata inglesa, mas o baixo

índice glicêmico é a que deixa mais magrinha. O fato de ela

ser uma raiz e não um tubérculo, como a batata comum, faz

com seja mais saudável. Isso acontece porque as raízes tuber-

osas são capazes de armazenar mais nutrientes.

Existem incontáveis variedades de batata-doce pelo

mundo, de cores e sabores diversos. Aqui no Brasil, as

mais conhecidas têm a polpa branca, amarela ou roxa.

Mais recentemente, a Embrapa desenvolveu uma nova

variedade chamada Beauregard, que é rica em carotenos

e tem o miolo alaranjado.

Tatiana explica que a cor de cada polpa se dá pela

presença de pigmentos naturais, como betacaroteno nas

alaranjadas e amarelas e antocianina nas arroxeadas. “Esses

pigmentos também agem como antioxidante, combaten-

do radicais livres, envelhecimento precoce e prevenindo

doenças”. Além disso, tem um arsenal poderoso de nutri-

entes: vitaminas C e E e do complexo B, cálcio, magnésio,

ferro, fósforo e potássio.

Outra vantagem é seu cultivo fácil e barato. Ela se adapta

a diferentes climas e solos, sendo uma excelente alternativa

de plantio e de alimentação em áreas mais carentes.

Tipos

O sabor adocicado combina bemcom canela, mel, coco e noz-moscada. Por isso a batata-doce é usada na produção de doces com sabor de infância. Mas experimente usá-la em pratos salgados, assada ou cozida. Ela pode substituir a batata-inglesa em preparações como sopa, bacalhoada, purê e até saladas. Para ter acesso aos benefícios é preciso ingeri-la regularmente, se possível mais de uma vez por semana. Os atletas consomem com uma frequência maior: antesdo treino diário, para que a energiadure mais tempo.

Sim, o teor de fibras aumenta a saciedade,

e por consequência gera menos gordurinhas.

Mas cuidado no preparo, uma batata doce frita

em imersão não tem nenhum

benefício no emagrecimento

Nutricionista Tatiana Branco

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20 21GUIA 10 KM GUIA 10 KM

Sugestão de cardápio para antes e depois da prova

SUCO VERDE > (1 folha de couve + 1 fatia de abacaxi + 200ml de água de coco natural+ 1 pedaço de gengibre + folhas de hortelã a gosto + gelo+ 1 colher sobremesa de amaranto em flocos)> 1 Tapioca Funcional (acrescente 2 colheres de semente de chia em sua tapioca, quando ainda estiver na frigideira)> 1 ovo mexido com óleo de coco ou azeite de oliva extravirgem

2 DIAS ANTES DA PROVA

PRÉ-PROVA

CAFÉ DA MANHÃ

> Frutas picadas – 1 fatia de mamão, + 3 morangos + ¼ de pera, salpicada com 1 colher de chá de chia + 1 colher (sobremesa de aveia em flocos)> 1 Crepioca Funcional> 1 colher (sopa) de Homus de Abobrinha e Semente de Girassol*> 1 xícara de chá Verde

CAFÉ DA MANHÃ

> 1 punhado de frutas oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas etc)> 1 copo de água de coco naturalLANCHE DA MANHÃ> 4 colheres de purê rústico de Batata Doce e inhame (cozinhar e amassar os dois tubérculos)> 2 files de pescada ao forno com tomate, cebola e manjericão, regados com azeite de oliva extravirgem> Salada de acelga e cenoura ralada> Beterraba cozida – 2 fatias

> 1 fatia grande de melão picado com 1 colher (chá) de chia> 2 castanhas do BrasilLANCHE DA MANHÃ

LANCHE DA TARDE

> 4-6 colheres (sopa) de arroz integral> 1 concha de feijão (½ caldo + ½ grão)> 1 filé de carne bovina magra grelhado (alcatra, patinho, coxão mole, filé mignon, etc)> Folhas verdes a vontade + tomate > Brócolis e cenoura ao vapor cenoura, temperados com azeite de oliva extra virgem

ALMOCO

ALMOCO

> 1 banana, salpicada com canela (opcional)> 1 colher sobremesa de quinoa em flocos (ou aveia)> 3 amêndoas + 1 colher (sobremesa) de cramberry (ou passas de uva)

LANCHE DA TARDE > 1 fatia de Torta de maçã, banana e cramberry

JANTAR> 1 batata doce média ou 2 mandioquinhas pequenas> 1 filé de frango assado com laranja e gengibre (salgue um filé de frango, coloque o suco de 1 laranja e 2 colheres de chá de gengibre ralado. Cubra com papel manteiga e alumínio e leve ao forno por 15-20 minutos)> Folhas a vontade + pepino + rabanete+ tomate cereja

JANTAR> 6 colheres de sopa de Tabule de quinoa> File de Peixe ao forno com Tomate e manjericão, regado com azeite de oliva ou ½ lata de atum em água Folhas a vontade

CEIA > 1 banana cozida com canela, salpicada com 1 colher (chá) de sementes de chia

PÓS- PROVA> Suco Vermelho Funcional - Polpa ou frutas vermelhas congeladas, batidas com água de coco e 1 colher (sobremesa) de Biomassa de banana verde> 1 Pão de Quinoa Germinada* ou 1 Tapioca funcional (com chia)> 2 colheres de chá de Manteiga Ghee ou Azeite de Oliva extra virgem ou manteiga de boa qualidade (de búfala é boa opção)

CAFÉ DA MANHÃ

> 1 maçã ou 1 fatia de melancia> 1 barra de cereais de boa qualidade> Água de coco natural

LANCHE DA MANHÃ> 4-6 colheres (sopa) de arroz salpicado com gergelim preto> 1 filé de frango grelhado ou carne bovina> Couve refogada (de preferência com óleo de coco)> Folhas verdes > Tomate cereja, cenoura ralada, pepino, pimentões amarelo e vermelho – variar cores dos vegetais

ALMOCO

LANCHE DA TARDE > 1 Crepioca de cacau com Geleia de Cramberry e damasco > Suchá de Amora com Maracujá

JANTAR> Macarrão de abobrinha ao pesto de tomate seco > Tiras de omelete simples (feito com dois ovos batidos) > Polpetone de Batata Doce e Quinoa> Folhas a vontade

CEIA > 1 fatia de abacaxi salpicada com canela em pó (opcional)> 1 xícara de chá de camomila

CEIA > 1 maçã salpicada com canela em pó (opcional)> 1 xícara de chá de erva cidreira

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22 23GUIA 10 KM GUIA 10 KM

Melhore seuresultado

Respeite seu

limite!

Não basta o cuidado de trabalhar o corpodentro da capacidade aeróbica de cada um.É preciso ainda ter a musculaturapreparada para correr os 10 KM.

Alexis Carneiro, médico ortopedista

Por Claudia Duarte Cunhaeditora da AT Revista

SAÚDE

Correr é uma atividade natural para o ser humano. No

entanto, quando se trata de uma prova com percurso relati-

vamente longo, é importante se preparar e tomar alguns cui-

dados para evitar surpresas que podem estragar toda a festa

que envolve o esporte.

Entre as dicas, está o uso de roupas claras e de tecido

que absorva a transpiração. Jamais escolha um tênis novo

na prova, que pode apertar, machucar e até tirar o partici-

pante da prova. “Tem que ser um calçado habitual e que o

corredor já tenha o testado em algum momento”, orienta o

ortopedista Alexis Carneiro.

Já a refeição na manhã da corrida deve ser leve e à base

de frutas e cereais. Mas no dia anterior é importante comer

carboidrato, porque é o que será queimado durante a corri-

da. No mais, muito líquido antes, durante e depois da prova.

“A hidratação é importante para que todo o metabolismo

seja mantido nas condições ideais, mesmo que a pessoa este-

ja se exercitando”, explica Alexis, que frisa: “A atividade deve

ser sempre proporcional ao condicionamento de cada um”.

Evitelesões

Muita gente faz sua estreia em corridas de rua nos 10 KM

Tribuna FM-Unilus e, por algumas vezes, essas pessoas não

têm muita noção do que os espera. “Os participantes recre-

ativos vão precisar fazer um esforço grande para concluir a

prova. Por isso, o mais importante é que todos corram dentro

do seu nível de conforto, ou seja, de maneira prazerosa, sem

exagero. Isso é a base de tudo”, adverte Alexis Carneiro.

Outro alerta do ortopedista é que cada corredor não saia

da sua atividade aeróbica. Sabe o que significa isso? É a práti-

ca de exercício em que o organismo processa todos os movi-

mentos com a presença do oxigênio.

A explicação mais detalhada é a seguinte: Durante a corri-

da existe um esforço do organismo para que tudo funcione –

musculatura etc. Mas fundamentalmente, temos uma bomba,

que é o coração, e um sistema de comunicação entre tudo

isso, que são os nossos vasos sanguíneos (artérias e veias).

Há ainda um aparelho que oxigena todo esse sangue, que

são os pulmões, e é responsável por abastecer os tecidos.

“A essência do trabalho aeróbico, que inclusive faz bem e é

recomendado pela Organização Mundial de Saúde, é que,

durante o esforço, o coração aumente o seu trabalho, só que

dentro de um conforto respiratório”, diz Alexis Carneiro, com-

plementando que o oxigênio deve ser sempre um elemento

presente no processo de metabolismo.

Agora se a pessoa acelera muito e passa para um regime

tal que as etapas metabólicas não são cumpridas com suces-

so, começa o chamado trabalho anaeróbico, em que não há

oxigênio suficiente para a realização do exercício. Isso é preju-

dicial à saúde! “Pessoas que treinam – andando ou correndo -

fora do seu nível de conforto e bem-estar não estão no regime

aeróbico. Por isso, todo mundo que vai para a prova tem que

saber que o ideal não é ficar muito ofegante”.

Além do mais, se o corredor insiste em correr no ritmo

errado e fora do seu conforto respiratório, acaba não con-

seguindo completar a prova, pelo acúmulo de ácido lático,

que provoca dor e câimbra. Então, quem for para os 10 Km

Tribuna FM - Unilus em regime de festa, tem que terminar

em regime de festa, ou seja, no conforto, ok?.

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Você que estáiniciando...

SAÚDE

A cada ano os 10 KM Tribuna FM-Unilus despertam o inter-

esse de novos praticantes, ávidos por experimentar a sensação

de cruzar a sonhada linha de chegada da maior prova do Brasil

na distância. Entretanto, engana-se quem pensa que é só calçar

um par de tênis e sair correndo. Todo praticante, em especial os

de primeira viagem, precisa de orientações e acompanhamento

médico para garantir que a atividade física seja prazerosa, dura-

doura e traga melhorias à saúde.

Um desses benefícios está relacionado com a questão

psicológica. Estimulado pelo exercício físico aeróbio, o cérebro

libera um importante hormônio chamado endorfina, que

modula a dor e o estresse. “A corrida colabora muito com a

Nesse cenário, um dos principais vilões é o colesterol, que

em parte é fabricado pelo fígado e também ingerido pelos ali-

mentos. A corrida, em qualquer intensidade, ajuda a aumentar a

quantidade do colesterol bom, conhecido como HDL, que não

se deposita nas artérias. Além disso, o HDL em grandes quanti-

dades contribui para a remoção do colesterol ruim, o LDL.

Vale ressaltar que o colesterol é uma gordura essencial para

o organismo humano. Por isso, uma dieta adequada e rica em

nutrientes é uma grande aliada dos atletas iniciantes, inclusive na

prevenção de lesões musculares e fraturas por estresse.

O professor do curso de Medicina do Centro Universitário

Lusíada (Unilus) William Costa faz um alerta para os corredores

iniciantes. “Por representar a primeira vez numa prova tão im-

portante, muitas vezes pegamos esse tipo de atleta com um

perfil mais competitivo em relação aos demais. Eles tentam

seguir metas que, naquele momento, não condizem com sua

condição física”, explica.

Por isso, durante a corrida é preciso estar atento aos sinais

do corpo como: constantes palpitações, desconforto na caixa

torácica, fadiga, dores de cabeça ou tonturas. “Nós, especialis-

tas, não temos a intenção de impedir ninguém de correr. Apenas

trabalhamos com avaliações de fatores de risco, algo que é fun-

damental para esse público de corrida”, completa William.

melhora da autoestima e combate a depressão. Sem contar que

eleva outros aspectos importantes, como a resistência física, a

memória, aumenta a disposição física e mental das pessoas”,

explica o médico cardiologista William Costa, professor do curso

de Medicina do Centro Universitário Lusíada (Unilus).

Outro benefício está relacionado com as doenças cardíacas,

uma das maiores causas de morte no Brasil atualmente. Seden-

tarismo, alimentação desregrada, ganho de peso, aumento da

glicemia, colesterol e triglicerídeos no sangue são fatores que

contribuem muito o avanço dos problemas no coração. A boa

notícia é que hábitos saudáveis aliados com a prática de exercíci-

os físicos podem evitar boa parte dessas doenças.

Av. Ana Costa, 404 Gonzaga Santos 13 3284.5999 www.babboamerico.com.br

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que vão part ic ipar da 31ª Edição dos 10 Km Tribuna Fm, experimente!

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A fisioterapiacomo prevenção Uma modalidade com baixo custo, de fácil adaptação

e que proporciona inúmeros benefícios à saúde. Esses são

apenas alguns dos fatores que fazem a corrida atrair um

número significativo de praticantes, sejam eles profissionais

ou amadores. É o caso dos 10 KM Tribuna FM-Unilus, principal

prova do calendário nacional na distância. Nomes consagrados

do atletismo brasileiro como Ronaldo da Costa, Luiz Antonio

dos Santos, Vanderlei Cordeiro de Lima e Marilson dos Santos

dividem as ruas com milhares de atletas amadores e iniciantes.

Entretanto, se o exercício for praticado de maneira irregu-

lar e sem orientação médica, as temidas lesões podem surgir e

atrapalhar os planos dos atletas. Uma boa maneira de evita-las é

contar com o auxílio de um fisioterapeuta para entender a indi-

vidualidade e características físicas de cada corredor.

“A vantagem é que direcionamos o trabalho para evitar

lesões, o que pode ser muito comum para quem está começan-

do e não conhece sua ‘máquina’ corporal por completo”, explica

o fisioterapeuta Avelino Buongermino, professor titular do Cen-

tro Universitário Lusíada (Unilus).

Uma das primeiras recomendações é sobre o local dos

treinos. Segundo o especialista, os corredores, em especial os

iniciantes, devem evitar os treinos no asfalto para evitar lesões

por sobrecarga e até por esforço repetitivo. “Para quem não

está acostumado, corre o risco de manifestar as tendinopa-

tias”, explica Avelino.

Considerado o “santo remédio” dos especialistas, fazer

uma compressa de gelo em locais onde há mais chances de

se lesionar também é uma prática muito recomendada. “Esse

processo evita as microlesões e pode ser acompanhada de

uma massoterapia”, revela o professor titular do Centro Uni-

versitário Lusíada (Unilus).

Outra dica importante envolve a postura corporal e como

aliá-la a um programa de exercícios respeitando a anatomia

de cada praticante. A avaliação de baropodometria é um ex-

ame que analisa o tipo de pisada do corredor. O exame pode

ser feito com o paciente em movimento, o que permite medir

as variações das pressões durante a marcha e até durante a

corrida. “Há também a alternativa do corredor colocar o apa-

A pisada neutra tem por característica impulsion-ar a passada com toda a parte frontal do pé. O impulso começa com a parte externa do calcanhar e o pé rotacio-na ligeiramente para dentro, acontecendo o contato com o solo do lado externo do calcanhar e, então, ocorre uma rotação moderada para dentro, terminando a passada no centro da planta do pé.

Cerca de 45% da população mundial possui essa pisada.TIPO DE TÊNIS RECOMENDADO: O corredor que apre-senta esse tipo de pisada apresenta menos restrições na escolha do tênis, podendo optar somente por um com amortecimento leve.

A pisada pronada começa com o lado esquerdo do calcanhar e finaliza nas regiões próximas do dedão. Nessa pisada, quando a parte de fora do calcanhar toca no chão, o pé inicia uma rotação excessiva para dentro, ou algumas vezes um pouco mais para a parte interna. Em seguida, ocorre uma rotação acentuada do pé para dentro, terminando a passada perto das pon-tas dos dedos.

50% da população mundial possui essa pisada.É muito comum em mulheres, pois serve como prepa-ração para a gravidez. TIPO DE TÊNIS RECOMENDA-DO: Calçados com amortecimento e controle de esta-bilidade leve.

Trata-se da pisada em que a pessoa utiliza a parte externa do pé e principalmente a área do dedo mínimo para se impulsionar. Essa passada inicia o esforço no calcanhar e mantêm o contato do pé com o solo do lado externo, terminando a pisada na base do dedinho.

Somente 5% da população mundial realiza esse tipo de pisada. TIPO DE TÊNIS RECOMENDADO: Por ter o pé mais rígido, são necessários calçados com reforço no amortecimento, além do controle de estabilidade.

relho adaptado em uma esteira, onde podemos avaliar sua

dinâmica de marcha”, explica Avelino.

A avaliação de baropodometria também ajuda na escolha

do melhor tênis para os atletas iniciantes. De acordo com o

fisioterapeuta, características como absorção de impacto e

conforto ainda são essenciais para qualquer calçado de corri-

da, independente da forma como o corredor pisa.

tipos de pisadaSão três tipos de pisada: neutra, pronada e supinada.

PISADA NEUTRA PISADA PRONADA PISADA SUPINADA

SAÚDE

Page 16: Guia 10 Km

30 GUIA 10 KM

O crescimento dos 10 KM Tribuna FM - Unilus está

proporcionalmente ligado à evolução da tricampeã da prova,

Leone Justino. A simbiose desses fatores não poderia ser

diferente. A maratonista santista, de 43 anos, começou a

competir desde a primeira edição do evento em 1986, quando

conquistou o primeiro lugar na categoria júnior. Com mudanças

ao longo das edições seguintes, Leone se viu preparada para

buscar novos desafios na categoria elite. Venceu nos anos de

1991, 93 e 94 e assim escreveu seu nome na história da prova.

Entre tantos momentos de destaque, a corredora lembra um

em especial. E justo o ano que não venceu: 1996, quando foi vice,

logo atrás de Marcia Narloch, mas garantindo sua melhor marca

na disputa: 34 minutos. Naquele ano, ela também tentava o

índice para os Jogos Olímpicos de Atlanta, mas a mesma Marcia

ficou com a vaga. “Eu estava muito bem”, recorda.

Foram mais de 20 anos participando e crescendo com

a prova. “Crescemos juntas. Vi tudo acontecer e fui evoluindo

também. Nossas histórias se cruzam”, ressalta Leone, que tem

como grande resultado na carreira a vitória na Maratona de

Barcelona, na Espanha, em 2001. “Essa prova, sem dúvida, foi

um trampolim importante para que eu pudesse participar de

desafios internacionais”, diz.

Em 2012, ela decidiu deixar de competir os 10 KM. Ao lado

de seu marido e treinador, João Roberto de Souza, ela já estava

se dedicando, desde 2006, a novos planos na cidade mineira

de Bom Repouso, a 180 km de Santos. “Queria montar o meu

instituto e treinar crianças em altitude, proposta parecida com o

que é feita na África do Sul”, revela.

“Ainda não conseguimos concretizar o projeto em prática,

mas tenho certeza de que em breve voltaremos com as nossas

atividades. Por enquanto, recebemos no centro de treinamento

uma série de atletas”, fala a corredora.

Ainda com residência em Minas Gerais, Leone Justino

resolveu terminar com um hiato de três anos: a maratonista

confirmou seu retorno à 31ª edição dos 10 KM Tribuna FM-Unilus.

“Percebi que as últimas competidoras estão em índices que eu

já tinha feito em anos anteriores. Foi quando me toquei de que

poderia sair do conforto de comer pãozinho de queijo quase

que diariamente para voltar aos meus treinos”, brinca a atleta,

que tomou essa decisão no fim de 2015, quando passou as férias

ao lado de sua família na Baixada Santista.

Leone Justino se sente ainda mais segura nos dias de hoje.

“Atletismo não tem idade, só força de vontade”, anuncia. Aos

43 anos de idade, ela volta aos 10 KM como seu teste mais

importante do ano. “Vou encarar a largada como se fosse

nos tempos antigos. Ficarei bem concentrada, não deixar

as adversárias aproveitarem as brechas de ultrapassagem. E

acima de tudo, quero colocar tudo o que eu treinei em prática.

Acredito que os meus treinamentos são a minha razão para

crescer cada vez mais”, comenta.

Leone Justinoo DNA dos 10 KMTribuna FM-UnilusPor Natasha Guerrize

DNA no atletismo

Leone também destaca a importância de sua família para

que pudesse dar continuidade aos treinamentos. “Antes de

mudar para Minas, morava com os meus pais e irmãos. Tive

muita sorte em não precisar trabalhar em outra área e me

dedicar 100% ao atletismo. Sou eternamente grata à minha

família, que além de carregar o DNA deles, pude carregar o

DNA da prova dos 10 KM”, agradece.

Indispensável em seu desempenho como atleta, o treinador

e marido João Roberto de Souza foi peça fundamental para que

Leone conquistasse um lugar ao sol. Os dois se conheceram em

uma das seletivas da maratonista. “Ela tinha um outro treinador e

eu estava acompanhando o processo de convocação de atletas

para a equipe principal da Cidade”, lembra Roberto.

Reconhecendo seu potencial, ele fez um convite a atleta.

“Você não quer se tornar uma atleta de nível internacional?,

perguntei a ela”. Após o “sim”, caíram na estrada em busca do

mais alto rendimento no esporte. Além da parceria profissional,

companheirismo no amor. “Uma das maiores emoções da

minha vida foi vê-la campeã em Barcelona”, conta.

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Melhor resultado brasileiro nos últimos três anos dos 10 KM

Tribuna FM-Unilus, o fundista Solonei Silva pode se orgulhar

de ter vencido na vida. Já classificado para representar o Brasil

na maratona dos Jogos Olímpicos do Rio, ele correu muito

antes de se efetivar como atleta, trabalhando como coletor

de lixo. Uma profissão que o agora maratonista valoriza e faz

uma relação direta com o seu sucesso.

Foram anos correndo atrás do caminhão, que acabaram

servindo como preparação para o que viria pela frente. “Me

ajudou em ganho de força, porque trabalhar com carga,

correndo com sacolas pesadas, até chegar no caminhão, é

um ótimo trabalho de resistências muscular. Todo momento

fazendo tiros curtos, o fartlek, ter de terminar o setor mesmo

quando o corpo já está cansado e pedindo descanso,

aumentou e muito a minha resistência”, comenta.

Estudante de Educação Física, Solonei explica outros

pontos que o ajudaram a evoluir, como subir do solo até os

estribos (local onde fica em pé no caminhão). “É realizar

pliometria (forma de exercício que busca a máxima utilização

dos músculos em movimentos rápidos e de explosão).

Quando não tinha de subir no caminhão, tinha a calçada.

Se analisarmos com atenção, a corrida é uma sucessão de

pequenos saltos. O gastrocnêmio e o sóleo (músculos da

panturrilha) são exigidos a todo momento”, explica.

“Hoje, como atleta de alto rendimento e estudante de

Educação Física, tenho a ideia exata de como a coleta me

ajudou a ser o profissional bem-sucedido que sou hoje”,

destaca o agora ex-coletor, com a expectativa de uma grande

atuação na maratona dos Jogos. “É a melhor possível. Quero

chegar bem preparado e surpreender. As dificuldades serão

gigantescas, porém quem trabalha sério, focado e com muita

dedicação, pode se sobressair. Sonhar com uma medalha no

Rio, no Brasil, é a melhor parte deste processo todo”, relata.

Atualmente, o foco é para os Jogos do Rio, mas Solonei

tem entre seus planos estar na seleta galeria de campeões

dos 10 KM Tribuna FM-Unilus. “Vencer essa prova é vencer o

melhor 10 km do Brasil e ouso dizer o melhor da América do

Sul. Pelo percurso ser totalmente plano, faz dela uma corrida

que tanto os amadores como a elite corram em busca de seu

‘personal best’ e para ser campeão tem de estar muito bem

preparado, porque a concorrência é muito grande”, elogia.

O início nas corridas foi “por acaso”. Trabalhava numa

fábrica de couros e por insistência de um amigo, participou

de uma corrida interna, em 2003. Foram só 3.300 metros

e Solonei correu de chuteiras. “Decidi participar por

curiosidade. Não sabia como funcionava ou se conseguiria

concluir o percurso sem ter de caminhar e acabei sendo o

campeão”, conta o atleta.

“Antes só jogava futebol. O corpo todo ficou bem dolorido

e no outro dia tive de pedir para mudar de ofício no trabalho,

para uma função que eu poderia ficar parado”, lembra Solonei,

hoje treinado por Ricardo D’Angelo, que também foi treinador

de Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro medalhista

em maratona olímpica e que também fez história nos 10 KM

Tribuna FM, vencendo com recorde do percurso.

Será esse um sinal de resultados futuros tanto no Rio

quanto em Santos? O otimismo é grande. “Meus principais

adversários no Rio serão eu, o clima e o relógio. É uma página

em branco que quero muito pintar de verde e amarelo”,

completa o atleta da equipe Orcampi/Unimed Campinas.

SoloneiSilva, de catador de lixoa atleta olímpicoPor Natasha Guerrize

Santos também tem seus

coletores de lixo-corredores Eles não são corredores de elite, nem aspiram vaga

olímpica ou pódio nos 10 KM Tribuna FM-Unilus, mas se

destacam pela simpatia e bom humor constantes. Ao

contrário de Solonei, os gêmeos Roberto Luiz e Luiz Roberto

Biscaia seguem firmes na profissão de coletores de lixo. Em

comum com o destaque do atletismo, o condicionamento

físico conquistado com o árduo trabalho.

São 18 anos nesse cotidiano de corridas atrás do caminhão

e, seja no trabalho, embaixo de sol ou chuva, ou nas corridas,

procuram estar juntos e com sorrisos estampados nos rostos.

“São 11 quilômetros em média todos os dias. Ajuda bastante e

ainda vamos correndo para o serviço”, conta Roberto Luiz.

O começo nas corridas foi pelo incentivo de colegas de

trabalho e o que antes era obrigação, virou prazer, paixão.

“Adoramos correr, participar das provas, fazer amizades”, diz

Luiz Roberto, explicando a constante alegria. “Não tem como

ficar aborrecido ou de mau humor. Estamos em contato com

os munícipes no dia a dia”, dá o exemplo.

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Conheça Santos TURISMO

Aquário Localizado na Ponta da Praia, o Aquário Municipal de Santos

apresenta espécies raras e curiosas da fauna aquática de diversas

localidades do Mundo. Com o objetivo de “montar” o habitat

natural dos animais, o local se tornou a atração mais visitada

da Cidade. Funciona de terça a sexta-feira, das 9 às 17h45, e

aos sábados, domingos, pontos facultativos e feriados, das 9 às

19h45. O ingresso custa R$ 5,00, e menores de 12 anos e maiores

de 60 anos tem entrada gratuita; estudantes e professores, com

apresentação de documentos, pagam meia entrada (R$ 2,50).

Parque Roberto Mario Santini Localizado no Emissário Submarino, também conhecido

como Quebra-Mar, o Parque Municipal Roberto Mario

Santini está localizado na praia do José Menino e possui

diversas atrações, como playground, pista de skate, área

para acompanhar o surf, pistas de corrida e caminhada. Em

homenagem à imigração japonesa, há também o monumento

da artista plástica Tomie Ohtake, com 15 metros de altura.

Orquidário Com 24 mil metros quadrados e abrigando cerca de 400

animais, o Orquidário de Santos abriga espécies nativas,

aspectos da mata natural, árvores frutíferas e diversas orquídeas.

Localizado à Praça Washington, sem número, no José Menino, o

Orquidário abre as portas aos visitantes de terça a domingo, das

9 às 18 horas, com venda de ingressos até as 17 horas. O ingresso

custa R$ 5,00, com desconto de 50% para estudantes, mediante

a apresentação de documento, e gratuidade para crianças de até

12 anos e maiores de 60 anos.

Museu Pelé Uma das grandes atrações de Santos hoje é o Museu

Pelé. O templo do maior jogador de futebol, Rei Pelé,

conta com 4.400m² para se conhecer a fundo a vida e sua

carreira. Oferece uma opção de entretenimento atraente

de conteúdos culturais e históricos, promovendo o diálogo

entre a experiência da visita e o cotidiano do público. O

museu fica localizado no Largo Marquês de Monte Alegre,

sem número (Antiga Rua São Bento, 392), no Valongo.

A entrada custa R$ 10,00, estudantes, maiores de 60

anos, portadores de necessidades especiais, professores e

policiais (Militares, Civis e Federais) pagam meia entrada

(R$5,00). Nas terças-feiras todos pagam meia entrada.

Horário de funcionamento de terça a domingo, das 10h às

18h. Bilheteria aberta até às 17h.

Page 20: Guia 10 Km

38 39GUIA 10 KM GUIA 10 KM

TURISMO

Memorial dasConquistas do Santos FC O espaço de mais de 380 metros quadrados, situado no

Estádio da Vila Belmiro, à Rua Princesa Isabel, s/nº, é o berço

dos principais troféus conquistados pelo Santos FC ao longo

dos seus 101 anos de história. Contando com orientadores

bilíngues, o Museu do Peixe apresenta também fotos ampliadas

em tamanho natural, flâmulas, documentos, uniformes, bolas,

recursos multimídia e outros objetos.

O Memorial funciona de terça a domingo, das 9 às 19 horas,

com visitas monitoradas ao Centro de Imprensa, ao vestiário, à

arquibancada e ao gramado a cada hora cheia, das 10 às 17 horas,

com limite de até 50 pessoas.

Monte Serrat Talvez o local com a melhor visão 360 graus das cidades

de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande, o

topo do Monte Serrat, a 157 metros do nível do mar, é o berço

da imagem de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira de

Santos. Os visitantes podem subir o monte através da famosa

escadaria, de 402 degraus, ou pelo bondinho (R$ 35,00,

passagem ida e volta, meia passagem de ida e volta para

maiores de 65 anos e grátis para crianças de até oito anos),

que funciona todos os dias, das 8 às 20 horas, com saídas a

cada meia hora. Sábados, domingos e feriados com saída a

cada 20 minutos. O Monte Serrat está localizado na Praça

Correia de Mello, nº 33, no Centro Histórico de Santos.

Orla da Praia Com cerca de 7 km, a orla da Praia em Santos possui o

maior jardim do Mundo, incluso no Guiness Book, o Livro

dos Recordes desde 2007, com 5.335m de comprimento,

variando entre 45 e 50m de largura. É o principal cartão

postal da Cidade.

Museu do Café Considerada um ponto de encontro e um local “obrigatório”

de visita para os turistas, a Bolsa Oficial do Café está instalada

em um prédio, à Rua XV de Novembro, nº 95, no Centro Histórico

de Santos. O local abriga, desde 1998, o Museu do Café, que

conta com uma tradicional cafeteria. A entrada custa R$ 6,00.

Estudantes e terceira idade pagam meia entrada (R$ 3,00).

Funcionários da rede pública do Estado de São Paulo são isentos.

Aos sábados, a visitação é gratuita.

O Museu do Café funciona de terça a sábado das 9 às 17 horas

e aos domingos, das 10 às 17 horas. O Museu do Café oferece,

quinzenalmente, visitação noturna até às 21h. Entre os meses

de novembro e março, o Museu funciona também às segundas-

feiras. A cafeteria abre de segunda à sábado das 9 às 17 horas e

aos domingos, das 10 às 18 horas.

Com saídas da Estação do Valongo, cinco bondes e um

reboque circulam pelas principais ruas e edifícios do Centro

Histórico, proporcionando uma verdadeira viagem ao

passado, em um roteiro de 5 km.

Até às 15h, o passeio dá direito a desembarque na Casa

do Trem Bélico, Praça Mauá e no Palácio Saturnino de Brito.

Deste ponto também é possível chegar ao Complexo Turístico

do Monte Serrat. Ao todo, o passeio percorre 40 pontos de

interesse turístico e histórico, com acompanhamento de

guias de turismo. O reembarque será realizado no mesmo

local, com o mesmo ingresso, mas o passageiro fica sujeito à

disponibilidade de lugar. Embarque: Estação do ValongoLargo Marquês de Monte Alegre, 2 - ValongoTel: (13) 3201-8000, Disk Tour 0800 17 38 87Funciona de terça a domingo, das 11h às 17h, a cada hora(Venda até 30 minutos antes do encerramento).Equipamento com acessibilidade para portadoresde necessidades especiais. Funcionamento - Bonde Café:Quinta e sexta, saídas às 14h30, 15h30 e 16h30Sábados, saídas às 12h20, 13h20, 14h20, 15h20 e 16h20Domingos, saídas às 11h30, 12h30, 13h30, 14h30, 15h30 e 16h30Duração de 25 minutos Até as saídas das 15h20/15h30, o passeio dá direito a desembarques na Casa do Trem Bélico e Praça Mauá. O reembarque será realizado no mesmo local, com o ingresso e o passageiro fica sujeito à disponibilidade de lugar. Agendamentos (Bonde regular e Bonde Café):Pelo site www.egov1.santos.sp.gov.br/turismoou pelo telefone (13) 3201-8000, ramal 8053

Saídas do Valongo:Terça e Quarta, das 10h às 16h (saídas a cada hora)Quinta e sexta, saídas às 10h, 11h e 12h Valor: R$6,50 - O bilhete de acesso ao Bonde podeser adquirido na bilheteria do Museu Pelé (Largo Marquêsde Monte Alegre, 1 - Valongo)

LinhaTurísticade Bondeno Centrode Santos

Page 21: Guia 10 Km

TURISMO

Shopping Praiamar Inaugurado em 2000, o Praiamar Shopping conta com 220

lojas, um hipermercado, dez salas de cinema e estacionamento

com 2300 vagas. A ampla praça de alimentação, com mais de

20 opções de restaurantes e fast-food, comporta 1000 pessoas

sentadas. Fica na Rua Alexandre Martins, nº 80, no bairro da

Aparecida. Horário de funcionamento de segunda a sábado das

10 às 22 horas. Aos domingos e feriados, praça de alimentação e

lazer das 11 às 22 horas e lojas das 15 às 21 horas.

Miramar Shopping Situado na Rua Euclides da Cunha, nº 21, no Gonzaga, o

Shopping Miramar, oferece opções de compras, cultura e

entretenimento. Conta com 106 lojas, três salas de cinema, uma

praça de alimentação com opções variadas e ligação direta com

o complexo hoteleiro. Aberto de segunda a sábado das 10 às 22

horas e aos domingos das 12 às 21 horas.

Shopping Parque Balneário O Shopping Parque Balneário foi o primeiro centro de

compras vertical construído em Santos, inaugurado em

novembro de 1977. Também situado no Gonzaga, na Avenida

Ana Costa, nº 549. Conta 200 lojas, estacionamento coberto,

além de uma praça de alimentação completa O horário de

funcionamento de segunda à sábado é da 10 às 22 horas e

aos domingo e feriados das 12 às 22 horas.

Shopping Pátio Iporanga Localizado na Avenida Ana Costa, nº 465, também no bairro

do Gonzaga. Conta com 80 lojas, além de oferecer serviços

de agências bancárias, quatro salas de cinema e praça de

alimentação. Aberto de segunda a sábado das 10 às 22 horas e

aos domingos das 12 às 21 horas

Super Centro Boqueirão Situado na Rua Oswaldo Cruz, nº 319, o Super Centro

Boqueirão oferece uma diversidade em loja, além de serviços

como caixas eletrônicos, fraldário, lotérica, salão de beleza,

armarinhos, lanchonetes e restaurantes. Estacionamento

descoberto. Horário de funcionamento de segunda a sábado

das 9 às 20 horas.

Page 22: Guia 10 Km

42 43GUIA 10 KM GUIA 10 KM

Para chegar a prova, táxi é a melhor pedida

Paraanimara galera

SERVIÇOS

Seja de carona, de transporte coletivo ou de táxi,

programe-se para chegar com tranquilidade à largada dos 10

KM Tribuna FM-Unilus, no Centro de Santos. A melhor opção

é o táxi. Indicamos alguns telefones para você chamar um

carro e, hoje em dia, em tempos de modernidade, também

apresentamos os principais aplicativos para smartphones,

cada vez mais utilizados.

Mas lembre-se: são 20 mil atletas indo para o mesmo local.

Então, organize seu horário, evitando imprevistos.

AGÊNCIAS E COOPERATIVAS

DE TÁXIS EM SANTOS

Cooper Rádio Táxi

Telefone: (13) 3229-7177 / 0800-7727177

Disk Táxi

Telefone: (13) 3202-1150 / 0800-7700231

ACAT - Associação dos Condutores

Autônomos de Táxis de Santos

Telefone: (13) 3234-8687 / 0800-148687 / 0800-708687

Onda Azul Rádio Táxi

(13) 3271-1313

Agência Irmãos Unidos da Ponta da Praia

Telefone: (13) 3236-1411

Agência Táxi Boqueirão

Telefone: (13) 3288-2240

Ponto de Táxi Marapé – Canal 1

(13) 3239-1252

APLICATIVOS

PARA SMARTPHONES

site.waytaxi.com

www.99taxis.com

www.easytaxi.com.br

No percurso, os atletas terãotrês atrações musicais paradeixar a prova ainda mais alegre

KM 1,5 - DJ Xande

KM 4 - Mais Q’Novidade

KM 8 - Na Malandragem

Foto

: Dougla

s A

by

Sab

er

Page 23: Guia 10 Km

44 45GUIA 10 KM GUIA 10 KM

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Estrada da Aldeinha, 356 - Alphaville EmpresarialALPHAVILLE - (11) 3173-1100

Avenida Campos Sales, 126 – Vila MatiasSANTOS - (13) 3223-1353

A primeira largada do pelotão amador será 8h15. Programe-se para nãoperder a hora.

Foto

: Alb

erto

Mar

ques

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ribuna

Page 24: Guia 10 Km

46 47GUIA 10 KM GUIA 10 KM

Page 25: Guia 10 Km

48 49GUIA 10 KM GUIA 10 KM

Page 26: Guia 10 Km

50 51GUIA 10 KM GUIA 10 KM

Após a linha de chegada, continue em movimento. Não atrapalhe quem vem depois de você.Pegue a sua medalha de participação, frutas,água, suco. E comemore!

Corrida para todos os níveis TriathlonAlongamento CaminhadaCorrida Kids Natação

BiathlonCircuito

Organização de viagens para eventos esportivos

Tenda Uniforme HidrataçãoFisioterapeuta Nutricionista

Ponta da Praia - SantosNa areia da praia, entreo canal 6 e o Aquário

Terças e Quintas

SábadosDas 8:00 às 10:30h

Turma 1 - das 6:30 às 8:00hTurma 2 - das 7:30 às 9:00hTurma 3 - das 18:30 às 20:00h Turma 4 - das 19:30 às 21:00h

TREINAMENTOS

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Foto

: Dougla

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Sab

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Page 27: Guia 10 Km

52 GUIA 10 KM

Manual do atleta2016

Camisetas Todos os participantes da prova recebem no kit uma camiseta

confeccionada em tecido poliamida fitness, material utilizado nas

principais corridas do País e do Mundo. Neste ano, a cor escolhida

é o azul escuro, com detalhes em dourado para os homens

(modelo tradicional – P, M, G, GG e Extra GG) e rosa com azul

para as corredoras (baby look nos tamanhos P, M, G e GG).

Guarda-volumes Serão colocados à disposição dos atletas inscritos caminhões

guarda-volumes (com exceção das categorias especiais) na

região das vias de acesso à largada e chegada, conforme regras

da CBAt e IAAF. Das 6 às 7h50, os caminhões ficarão localizados

na área da largada. Após as 08h, os caminhões ficarão localizados

na área da chegada até às 12h.

Para as categorias especiais (cadeirantes, deficientes físicos

e visuais) será disponibilizado um guarda-volumes exclusivo no

acesso da área de largada da categoria, mais precisamente na

Rua Dom Pedro II, das 6h30 às 7h20. A retirada dos volumes das

categorias especiais deverá ser feita na área de chegada, no local

destinado à saída dos atletas desta categoria.

A organização do evento não recomenda que os atletas

deixem materiais de valor no guarda-volumes, como: relógios,

roupas ou acessórios de alto valor, equipamentos eletrônicos,

MP3 ou celulares, cheques, cartões de crédito.

Page 28: Guia 10 Km

54 55GUIA 10 KM GUIA 10 KM

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Shineray_Anuncio_202x130mm_ABR16_1204.pdf 1 12/04/2016 17:20:46

Chip Assim como o número de peito, obrigatório, o

chip de cronometragem é item indispensável na

prova. Com ele, você garante a sua classificação

oficial na prova. Idealizado pela Chip Timing,

o Advanced Timing System é de uso único e

não precisa ser devolvido no final da corrida.

O equipamento possui área de captação muito

maior do que os convencionais. É entregue

com um amarradilho, que deve ser colocado,

obrigatoriamente, no tênis, em forma de U

(VEJA NAS FOTOS). No site www.triesportes.

com.br você encontra um vídeo explicando

como utilizar o chip.

Coloque o amarradilho em forma de “U”, passando – pelo menos – por dois lances do cadarço

Use somente nesta posição. Qualquer outro modo, o chip não será lido e você ficará sem resultado.

Una as pontas do chip em forma de círculo, alinhando os furos e passe pelo amarradilho. Torça-o firmemente. O chip deve ficar com o número para cima.

Não amasse, não dobree não danifique o chipem hipótese alguma.

NÃO USE nestas posições

3

1 2

Page 29: Guia 10 Km

Canal 5 - Av. Almirante CochraneAv. Cons. Nébias

Túnel Rubens Ferreira Martins

R. Rangel Pestana

Av. Ana Costa

Canal 3

Av. Afonso Pena

Canal 4

Av. da Praia

Av. Francisco Glicério

LARGADA

CENTRODE SANTOS

PRAIA

R. João Pessoa

CHEGADAPça. das Bandeiras

km

1

km

2

km

3

km

4km

5

km

6

km

7

km

8km

9

PERCUR

SO 2016

Page 30: Guia 10 Km

58 59GUIA 10 KM GUIA 10 KM

CADEIRANTES, DEF. FÍSICOS E VISUAIS

ELITE A FEMININA

ELITE A MASCULINA

PELOTÃO PREMIUM

ELITE B MASCULINA / FEMININA

AMADOR 1º PELOTÃO

AMADOR 2º PELOTÃO

AMADOR 3º PELOTÃO

CAMINHANTES

R. Dom Pedro II

R. Dom Pedro II

R. Dom Pedro II

R. Dom Pedro II

R. Frei Caneca

Av. Senador Feijó

R. Brás Cubas

R. da Constituição

R. da Constituição

7h507h588h138h138h138h158h358h458h45

Page 31: Guia 10 Km

60 GUIA 10 KM

NÚMEROSUma corrida que reúne 20 mil atletas demandauma estrutura à altura. A grandiosidade é atestadapor números incontestáveis.

10 MAIORES GRUPOS

10 MAIORES PARTICIPAÇOESDE INSCRITOS POR CIDADES

HOMENS MULHERES

1.200 pessoas trabalhando

na retaguarda

80 mil alfinetes para fixar número de peito

20 mil sucos

180sanitários químicos

+ de 6 kmde grades

20 mil medalhas

240 milcopos de água

média de 12 copos por atleta

20 mil bananas

5 toneladas de gelo

20 mil maçãs

R$ 112,4 milem premiação aos 10 melhores

do masculino e feminino

R$ 5 mil para o atleta (masculino e feminino)

que bater o recorde atual

UP! FITNESS ACADEMIA

SANTOS BRASIL

TÊNIS CLUBE DE SANTOS

EMBRAPORT

EQUIPE BTP

ASSOC. DE ENG E ARQ. DE SANTOS

S. MAGALHÃES

ADM DO BRASIL

EQUIPE REDE KRILL

RUMO

SANTOS / SP

SÃO VICENTE / SP

SÃO PAULO / SP

GUARUJÁ / SP

PRAIA GRANDE / SP

CUBATÃO / SP

SANTO ANDRÉ / SP

SÃO BERNARDO DO CAMPO / SP

CAMPINAS / SP

BERTIOGA / SP

594

569

349

343

244

203

181

152

144

141

9.614

2115

2079

1040

900

407

320

278

170

122

53% 47%

Page 32: Guia 10 Km

62 63GUIA 10 KM GUIA 10 KM

ATENÇÃO Chegue até 10 minutos antes do horário de largada.

ACESSOS Preste atenção aos locais de acesso das categorias.

IDENTIFICAÇÃOUtilize o chip e o número de peito corretamente (SEM DOBRAR OU CORTAR), sob risco de desclassificação em caso de mau uso.

MEDALHASEntregue a serrilha do número de peito para retirar a medalha, após a chegada.

SANITÁRIOSHá sanitários químicos no setor da largada e chegada do evento,à disposição dos atletas inscritos na prova.

POSTOS DE HIDRATAÇÃOO evento contará com quatro postos de hidratação durante o percurso(Km 2 – 4 – 6 - 8), além do posto montado na chegada da prova.

RESULTADOSO resultado extraoficial da prova será divulgado no dia seguinte ao evento (segunda-feira, dia 16), no Jornal A Tribuna. O resultado oficial será divulgado no site do evento (www.triesportes.com.br), em até 72 horas após o término da prova. Eventuais dúvidas e contestações dos resultados deverão ser realizadas através do e-mail:[email protected].

PREMIAÇÃO DAS CATEGORIASTodo atleta que completar a corrida, com colocação entre 1º e 3º lugar na sua faixa etária - nas categorias geral masculino e feminino – receberá, além da medalha de participação, um troféu de premiação. Atletas da categoria Elite A não participarão desta premiação.Não haverá solenidade de premiação. Os troféus serão entregues via correio no endereço constante no ato da inscrição do atleta.

PROIBIDOÉ terminantemente proibido que os atletas inscritos (corredores ou caminhantes) levem crianças no colo, em carrinhos ou mesmo no chão, assim como pessoas conhecidas ou parentes, que não estejam devidamente inscritas no evento, para participar do percurso. Também não é permitido o acesso a participantes portando patins ou outros equipamentos de locomoção (que não o tênis) para a conclusão da prova. E estarão proibidos o acesso e participação de pessoas acompanhadas de animais como cães, gatos etc.

Bom saberQuer garantir a suavaga na Elite B em 2017

Ação Social

Para garantir sua participação na Elite B em 2017, o atleta precisa completar o 31º 10 KM Tribuna FM-Unilus no tempo igual ou inferior a 46 minutos para os homens e 55 minutos para as mulheres. Também estarão classificados os além dos 5 primeiros homens e 5 primeiras mulheres na classificação geral da prova de 10 Km da Meia Maratona A Tribuna - Praia Grande 2016.

O 31º 10 KM Tribuna FM - Uniluspromove ação social:

Doação de tênis – Doe o seu parde tênis usado na retirada do kit.Todos os calçados arrecadadosserão entregues ao Fundo Socialde Solidariedade de Santos.

Foto

: Dougla

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Sab

er

Page 33: Guia 10 Km

64 GUIA 10 KM

Ser santista vai além do nascimento na principal cidade

do litoral de São Paulo. É possível até arriscar que torcer

para o Santos, ir à praia, ler A Tribuna, praticar esportes

são alguns pré-requisitos fundamentais para a formação

da identidade caiçara. Poucos ainda mantêm essa rotina

de amor à Cidade por tanto tempo. É o caso de Nelson

Teixeira, presidente da Fundação Lusíada e reitor do Centro

Universitário Lusíada (Unilus), patrocinador master da

corrida de 10 Km mais importante do País.

Nelson Teixeira nasceu nos arredores da Vila Belmiro.

Pode-se dizer que é uma prova viva de quem pode

nascer, viver e crescer em Santos. Tamanha paixão pela

modalidade transparecia não somente pelo convívio diário

próximo com seus amigos. Seu pai, Teixeira, também fazia

jus ao esporte: foi zagueiro da Portuguesa Santista.

“Meu pai chegou a jogar, também, pela Seleção Paulista.

O futebol sempre esteve presente em nossa casa, junto aos

meus amigos do bairro do Marapé, para onde mudamos

aos seis anos de idade. Mas nunca aspirei a ser jogador”,

lembra o reitor, indo na contramão dos sonhos de muitos

jovens de sua época.

Jogou no futebol de várzea, com passagem por clubes

como Portuários e São João Futebol Clube. Aos 17 anos,

conheceu o atletismo na época em que servia o Exército

- um típico velocista pelo uso de sapatilhas com ferro

debaixo das solas, como mesmo conta.

Até hoje continua se exercitando e junto com a pesca,

fez da caminhada sua rotina aos finais de semana. Acorda

às 5 horas em ponto, lê o jornal A Tribuna inteiro e sai para

caminhar cerca de 15 km na praia.

Administrador por paixão e vocação, Teixeira destacou-

se rapidamente em seu primeiro emprego. Foi chefe de

setor em despacho aduaneiro na Comissária Paulistânia,

empresa que lhe admitiu quando tinha 14 para 15 anos.

Após o Exército, trabalhou em uma companhia de

navegação marítima internacional, com porte de navios

de bandeira sueca. Aprendeu até mesmo a desenvolver

plano de cargas de uma maneira bem rústica. “Desenhava

a estrutura de navio em molde de gelatina”, recorda.

Mas antes de se tornar reitor e presidente da Fundação

Lusíada, passou por um cargo que mudaria sua vida

como gestor e empresário. Em 1958, assumiu a gerência

do Banco Comercial do Brasil. Considerado o mais jovem

gerente bancário da região.

Já na década de 1960 conheceu e estreitou laços

com Giusfredo Santini, à época presidente do Jornal A

Tribuna. Entre tantas parcerias que vieram nas décadas

seguintes, várias conquistas como a equipe feminina

de ciclismo A Tribuna-Unilus, os patrocínios em várias

corridas, com destaque para a Escolar e, há seis anos,

chegou à principal prova.

Não só garantiu o Unilus como patrocinador, mas

conquistou o inédito naming-rights em 2011, colocando a

instituição em mais evidência, com a denominação de 10

KM Tribuna FM-Unilus.

“Acompanhar o crescimento desse evento é uma

grande satisfação porque vai ao encontro à filosofia da

Fundação Lusíada. Aliar esporte, educação e saúde”,

explica Teixeira. “Todo ano, no dia da prova saio de onde

moro, na Rua Oswaldo Cruz com a Avenida da Praia, e vou

caminhando até a chegada. Muitos me cumprimentam, vão

reconhecendo o trabalho feito durante anos. É algo que

realmente nos emociona”, destaca.

Conheça

NelsonTeixeira, reitor do Unilus

Nelson Teixeira posa à frente do quadro do médico Eduardo Dias Coelho

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Page 34: Guia 10 Km

66 67GUIA 10 KM GUIA 10 KM

Na Fundação Lusíada desde o início A fundação do complexo educacional começou com

um sonho de um outro contato que Teixeira teve durante sua

carreira no Banco Comercial do Brasil. Numa noite de 1965,

o ginecologista Eduardo Dias Coelho ligou para a sua casa,

anunciando a meta em construir a primeira Faculdade de

Medicina da Baixada Santista.

A princípio reticente, Teixeira se mobilizou com a

determinação do médico ao aceitar compor a equipe de criação

da Fundação Lusíada em 1966, com o curso tão aguardado.

“Eduardo era uma pessoa formidável. Tudo o que ele imaginou,

sempre achava uma maneira de fazer acontecer”, elogia Teixeira.

O sonho da Medicina avançou para a criação de novas

graduações, surgindo assim o Centro Universitário Lusíada,

atualmente com 1.260 alunos distribuídos em nove cursos de

graduação. Entre eles, Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia,

Biomedicina, Relações Internacionais, Tecnologia em Radiologia,

Administração, Enfermagem e Tecnologia em Análise e

Desenvolvimento de Sistemas.

Em sua gestão na Fundação Lusíada desde 2003, como

Presidente, fica visível a evolução da instituição em diversos

setores. Em infraestrutura, por exemplo, A entidade ganhou

inúmeros avanços, especialmente na construção de uma

moderna academia, do ginásio de esportes, do centro de

fisioterapia, do Centro de Saúde Escola, da Unidade de Pronto

Atendimento (UPA), entre outras instalações.

A Fundação Lusíada ainda apostou na criação de uma escola,

sonho antigo de Nelson Teixeira. “Minha meta era destinar as vagas

aos estudantes, procedentes de escolas públicas que não teriam

oportunidade de ter uma escola de qualidade e gratuita. Passei por

isso, por ter estudado em escola pública”, argumenta.

“Oferecemos uniformes, material escolar gratuito, mas também

temos regras. Os alunos precisam manter boas notas para

permanecer estudando conosco e é proibido o uso de celulares e

outros aparelhos eletrônicos”, ressalta o presidente, que não mede

esforços para alcançar novos objetivos. “Podem escrever: em 2019,

o Colégio Unilus será o primeiro lugar no Enem”, crava Teixeira.

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68 GUIA 10 KM