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Título
Portugal, a Europa e o Mundo do pós-“Guerra Fria”
Curso, 25 horas, 1 crédito
Destinatários
Os professores dos âmbitos de docência identificados são responsáveis pela leccionação
tanto de disciplinas como de módulos de História em diversos níveis dos ensinos básico
e secundário. É, assim, importante que desenvolvam os seus conhecimentos e
capacidades em termos da abordagem de conteúdos relativos à história do tempo
presente. Para além do mais, o período que decorre de 1991 até aos nossos dias foi
recentemente integrado nos módulos e programas das discipinas de História do ensino
básico e do ensino secundário.
Razões
Sendo a investigação em história e em didáctica da História dois dos saberes
estruturantes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) desde a sua
criação em 1911, é responsabilidade desta unidade orgânica da UC contribuir para a
formação inicial e contínua dos professores de História dos ensinos básico e secundário.
Face ao envolvimento de docentes do Departamento de História, Estudos Europeus,
Arqueologia e Artes (DHEEAA) da FLUC em processos, quer de investigação, ensino e
divulgação científica sobre temas de história do tempo presente, quer de elaboração de
Metas Curriculares de História, considerou-se ser socialmente relevante e coerente com
os objectivos do DHEEAA da FLUC a estruturação de uma acção de formação acerca
da problemática Portugal, a Europa e o Mundo do pós-“Guerra Fria”.
Objectivos
Visa-se conhecer melhor os conceitos de história contemporânea, de história recente e
de história do tempo presente enquanto instrumentos estruturação da aprendizagem
sobre a evolução das sociedades humanas desde o século XVII até aos nossos dias.
Pretende-se, também, adquirir e sistematizar conhecimentos acerca do período que
decorreu entre 1991 e os nossos dias, ou seja, sobre Portugal, a Europa e o Mundo do
pós-“Guerra Fria”.
Desenvolver-se-ão capacidades de utilização dos conceitos de história contemporânea,
de história recente e de história do tempo presente enquanto instrumentos de
estruturação das práticas docentes e de correlacionamento com as Metas Curriculares de
História.
Promover-se-á a aquisição de capacidades de reconstituição e análise da evolução das
sociedades humanas desde o fim da “Guerra Fria” até aos nossos dias, com destaque
para fenómenos como a “globalização neoliberal”, a desagregação dos “Estados-
Providência”, a afirmação dos “países emergentes”.
Conteúdos
1ª Sessão (3 horas): Apresentação da Acção de Formação. Características, viabilidade e
legitimidade da história do tempo presente no âmbito da história recente e da história
contemporânea.
2ª Sessão (3 horas): O pós-“Guerra Fria. Do “fim da história e das ideologias” ao
“conflito de Civilizações”.
3ª Sessão (3 horas): Gestão multilateral ou unilateral de um sistema de relações
internacionais unipolar, bipolar ou multipolar.
4ª Sessão (3 horas): “Globalização neoliberal”, desmantelamento dos “Estados-
Providência” e “países emergentes”.
5ª Sessão (3 horas): Integrismo religioso, “terrorismo global”, subdesenvolvimento e
“Estados falhados”.
6ª Sessão (3 horas): “Crise de 2008”, monetarismo, keynesianismo e marginalismo.
7ª Sessão (3 horas): A UE e Portugal no pós-“Guerra Fria”.
8ª Sessão (4 horas): Debate acerca das tarefas apresentadas pelos formandos. Avaliação
dos formandos e avaliação do formador/da Acção.
Metodologias
A Acção de Formação funcionará em modalidade de Curso, com sessões de natureza
teórico-prática, adoptando o regime de avaliação contínua.
Os formadores apresentação conteúdos e proporão tarefas a serem concretizadas pelos
formandos. Esclarecerão dúvidas e orientarão, tanto as sessões de formação como as
tarefas a realizar entre sessões.
Os formandos deverão participar nas sessões (sendo assíduos; explicitando dúvidas,
comentários e propostas), bem como elaborar individualmente e entregar por escrito um
projecto de intervenção no âmbito das Metas Curriculares de História.
Regime de avaliação dos formandos
À luz do Regime Jurídico da Formação Contínua e da Carta Circular nº 3/2007 do
Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, a avaliação dos formandos
basear-se-á na análise — quantitativa e qualitativa — da assiduidade, da participação
nas sessões, do projecto apresentado de intervenção na escola a partir da problemática
das Metas Curriculares de História.
Os formandos serão classificados numa escala de 1 a 10 valores: insuficiente (1 a 4,9
valores), regular (5 a 6,4 valores), bom (6,5 a 7,9 valores), muito bom (8 a 8,9 valores),
excelente (9 e 10 valores).
Modelo de avaliação da Acção
A avaliação do formador e da Acção serão feitos através de um questionário, a ser
preenchido por cada formando. Resultará, também, da análise do trabalho dos
formadores e dos conteúdos
Bibliografia fundamental
ANDRADE, João Sousa e outros, A crise financeira internacional, Coimbra, IUC,
2009.
ARACIL, Rafael e outros, El Mundo actual. De la Segunda Guerra Mundial a nuestros
dias, Barcelona, Ediciones Universitat de Barcelona, 1998, 2ª edição.
GEARY, Patrick J., O mito das Nações (trad. do inglês), Lisboa, Gradiva, 2008.
HOBSBAWM, Eric, A era dos extremos. História breve do século XX (1914-1991)
(trad. do inglês), Lisboa, Editorial Presença, 1996.
JUDT, Tony, Pós-guerra. História da Europa desde 1945 (trad. do inglês), Lisboa,
Edições 70, 2007, 2ª edição.
JUDT, Tony, Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos (trad. do inglês),
Lisboa, Edições 70, 2010.
NUNES, António José Avelãs, O keynesianismo e a contra-revolução monetarista,
Coimbra, FDUC, 1991.
NYE, Joseph, Compreender os conflitos internacionais (trad. do inglês), Lisboa,
Edições Gradiva, 2002, 3ª edição.
ROBERTS, J.M., História do século XX (trad. do inglês), 2 volumes, Lisboa, Editorial
Presença, 2007.
SEN, Amartya, Identidade e violência. A ilusão do destino (trad. do inglês), Lisboa,
Edições Tinta-da-China, 2007.