guerra dos farrapos, revolta dos males, cabanagem, balaiada, revolta liberal

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Arevolução liberal começou em 1820 com uma espécie de golpe militar, conhecido pelo Pronunciamento Militar de 24 de Agosto de 1824. A partir de então formou-se uma junta provisória do Governo do reino para governar o país enquanto se preparavam eleições e se elaborava uma nova Constituição. Os revoltosos de 1820 defendiam o fim do absolutismo e da sociedade de ordens, enfim o fim do Antigo Regime, ficando conhecidos por liberais vintistas. Mas mesmo entre os liberais, havia divisões e a Martinhada foi disso um exemplo. A família real continuava no Brasil e quando se fizeram as eleições para as cortes não houve um partido que vencesse com maioria. Portanto, havia muita divisão nesta fase da revolução. Em Junho de 1821 o Rei D. João VI regressou do Brasil para jurar e fazer cumprir a nova Constituição que foi aprovada apenas em 1822. No entanto, mesmo entre a família real havia divisões a nível de ideologia política. Identifiquem-nas? D. Carlota e seu filho aliaram-se aos conservadores pois pretendiam restaurar o absolutismo. *ao passe que…+ D. João VI e seu filho mais velho D. Pedro IV eram mais defensores das ideias liberais. Além do descontentamento dos portugueses, como por exemplo da burguesia, havia muita divisão entre o que seria melhor: um regime absolutista ou um regime liberal. Como houve uma mudança em 1820 para o regime liberal, pensava-se que a situação do país melhoraria, mas nem por isso. Como ficou conhecida essa tentativa? Vilafrancada. Com a Vilafrancada, D. Miguel impôs o absolutismo, mas o seu pai conseguiu dominar a situação. D. Miguel tentou novamente no ano seguinte impôs o absolutismo Abrilada mas foi novamente derrotado e expulso do país. D. João VI reina o país de que forma a partir da Abrilada? D. João VI retirou a chefia do exército a D. Miguel, obrigou a abandonar o pais e passou a governar o reino num regime absolutismo moderado até à data da sua morte 26 de Março de 1826. De Abril de 1824 até Março de 1826, D. João VI governou de forma absoluta mas moderada, o que levou muitos dos liberais revoltosos de 1820 a abandonar o país e seguirem para Inglaterra, França e Açores… Quando D. João morreu deveria suceder-lhe o seu filho mais velho D. Pedro IV, mas este recusou o trono português! Porquê? Porque era imperador no Brasil e não quis trocar o Brasil por Portugal. Mas apresentou uma proposta solução para a sucessão ao trono. Qual? A sua filha que contava com 7 anos, D. Maria da Glória [E como reinaria ela?] E esta foi prometida em casamento ao tio D. Miguel que se encontrava em Viena e que seria regente até a sua maioridade. Portanto um casamento entre tio e sobrinha, desde que ele respeitasse um novo documento que D. Pedro IV apresentou para Portugal e que seria uma forma de satisfazer os absolutistas e os liberais. Que documento era esse? A carta Constitucional. Quando D. Miguel chegou a Portugal esqueceu-se de todos os compromissos assumidos perante o irmão e a rainha, sua futura esposa, D. Miguel assumiu um poder verdadeiramente absolutista, dissolvendo as cortes e convocando-as á moda antigo e foi aclamado rei absoluto. Vamos ver no que deu a traição de D. Miguel a seu irmão que ficara no Brasil a pensar que tudo iria correr conforme jurado. Vamos ver a situação agora do ponto de vista do comum das pessoas: os portugueses! Tínhamos um sucessor legítimo ao trono que trocou uma ex-colónia que ele próprio declarou como independente de Portugal que recusou o trono português. Propôs uma filha de 7 anos que nunca tinha estado em Portugal. Por outro lado, um irmão que foi falso, desonesto porque jurara um acordo e falhou com esse acordo logo que pôde. Portanto, havia portugueses a favor de D. Pedro IV porque era liberal e portugueses que eram a favor de D. Miguel que apesar de falso era patriota, defendia Portugal acima de tudo, mas absolutista. Esse problema

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Page 1: Guerra dos Farrapos, Revolta dos males, Cabanagem, Balaiada, Revolta liberal

Arevolução liberal começou em 1820 com uma espécie de golpe militar, conhecido pelo

Pronunciamento Militar de 24 de Agosto de 1824. A partir de então formou-se uma junta

provisória do Governo do reino para governar o país enquanto se preparavam eleições e se

elaborava uma nova Constituição. Os revoltosos de 1820 defendiam o fim do absolutismo e da

sociedade de ordens, enfim o fim do Antigo Regime, ficando conhecidos por liberais vintistas.

Mas mesmo entre os liberais, havia divisões e a Martinhada foi disso um exemplo. A família

real continuava no Brasil e quando se fizeram as eleições para as cortes não houve um partido

que vencesse com maioria. Portanto, havia muita divisão nesta fase da revolução. Em Junho de

1821 o Rei D. João VI regressou do Brasil para jurar e fazer cumprir a nova Constituição que foi

aprovada apenas em 1822. No entanto, mesmo entre a família real havia divisões a nível de

ideologia política. Identifiquem-nas? D. Carlota e seu filho aliaram-se aos conservadores pois

pretendiam restaurar o absolutismo. *ao passe que…+ D. João VI e seu filho mais velho D.

Pedro IV eram mais defensores das ideias liberais. Além do descontentamento dos

portugueses, como por exemplo da burguesia, havia muita divisão entre o que seria melhor:

um regime absolutista ou um regime liberal. Como houve uma mudança em 1820 para o

regime liberal, pensava-se que a situação do país melhoraria, mas nem por isso. Como ficou

conhecida essa tentativa? Vilafrancada. Com a Vilafrancada, D. Miguel impôs o absolutismo,

mas o seu pai conseguiu dominar a situação. D. Miguel tentou novamente no ano seguinte

impôs o absolutismo – Abrilada – mas foi novamente derrotado e expulso do país. D. João VI

reina o país de que forma a partir da Abrilada? D. João VI retirou a chefia do exército a D.

Miguel, obrigou a abandonar o pais e passou a governar o reino num regime absolutismo

moderado até à data da sua morte 26 de Março de 1826. De Abril de 1824 até Março de 1826,

D. João VI governou de forma absoluta mas moderada, o que levou muitos dos liberais

revoltosos de 1820 a abandonar o país e seguirem para Inglaterra, França e Açores… Quando

D. João morreu deveria suceder-lhe o seu filho mais velho D. Pedro IV, mas este recusou o

trono português! Porquê? Porque era imperador no Brasil e não quis trocar o Brasil por

Portugal. Mas apresentou uma proposta solução para a sucessão ao trono. Qual? A sua filha

que contava com 7 anos, D. Maria da Glória [E como reinaria ela?] E esta foi prometida em

casamento ao tio D. Miguel que se encontrava em Viena e que seria regente até a sua

maioridade.

Portanto um casamento entre tio e sobrinha, desde que ele respeitasse um novo documento

que D. Pedro IV apresentou para Portugal e que seria uma forma de satisfazer os absolutistas e

os liberais. Que documento era esse? A carta Constitucional. Quando D. Miguel chegou a

Portugal esqueceu-se de todos os compromissos assumidos perante o irmão e a rainha, sua

futura esposa, D. Miguel assumiu um poder verdadeiramente absolutista, dissolvendo as

cortes e convocando-as á moda antigo e foi aclamado rei absoluto. Vamos ver no que deu a

traição de D. Miguel a seu irmão que ficara no Brasil a pensar que tudo iria correr conforme

jurado. Vamos ver a situação agora do ponto de vista do comum das pessoas: os portugueses!

Tínhamos um sucessor legítimo ao trono que trocou uma ex-colónia que ele próprio declarou

como independente de Portugal que recusou o trono português. Propôs uma filha de 7 anos

que nunca tinha estado em Portugal. Por outro lado, um irmão que foi falso, desonesto porque

jurara um acordo e falhou com esse acordo logo que pôde. Portanto, havia portugueses a

favor de D. Pedro IV porque era liberal e portugueses que eram a favor de D. Miguel que

apesar de falso era patriota, defendia Portugal acima de tudo, mas absolutista. Esse problema

Page 2: Guerra dos Farrapos, Revolta dos males, Cabanagem, Balaiada, Revolta liberal

e essa divisão entre liberais e absolutistas acabaram com uma guerra civil que durou entre

1832 e 1834! Descrevam agora os principais momentos dessa guerra civil! Abdicou do trono

brasileiro e vai para o continente [Portugal] combater com seu irmão. Como acabou a guerra

civil? O exército absolutista foi surpreendido pelas forças liberais, muitos apoiantes de

D.Miguel abandonaram-no condenando à morte o absolutismo. Portanto os liberais venceram

e como ficou o governo de Portugal? Então assinaram a paz em 27 de Maio de 1834 D. Miguel

e D. Pedro e os liberais estabeleceram condições; apesar de todas as dificuldades persistiu a

monarquia constitucional. D. Pedro IV ficou a reinar, mas ele morreu pouco depois. Depois da

morte de D. Pedro subiu ao trono D: Maria II.

Fonte: http://pt.shvoong.com/ ,

Revolta dos Malês: insatisfação contra a escravidão e imposição religiosa

Introdução:A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador

(província da Bahia) entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835. Os principais personagens desta

revolta foram os negros islâmicos que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de

ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros). Apesar de livres, sofriam

muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo. Em função destas

condições, encontravam muitas dificuldades para ascender socialmente.

Causas e objetivos da revolta:Os revoltosos, cerca de 1500, estavam muito insatisfeitos com a

escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros.

Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar

com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao

Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.

Desenvolvimento da revolta:De acordo com o plano, os revoltosos sairiam do bairro de Vitória

(Salvador) e se reuniriam com outros malês vindos de outras regiões da cidade. Invadiriam os

engenhos de açúcar e libertariam os escravos. Arrecadaram dinheiro e compraram armas para

os combates. O plano do movimento foi todo escrito em árabe.

Fim da revolta:Uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. Os

soldados das forças oficiais conseguiram reprimir a revolta. Bem preparados e armados, os

soldados cercaram os revoltosos na região da Água dos Meninos. Violentos combates

aconteceram. No conflito morreram sete soldados e setenta revoltosos. Cerca de 200

integrantes da revolta foram presos pelas forças oficiais. Todos foram julgados pelos tribunais.

Os líderes foram condenados a pena de morte. Os outros revoltosos foram condenados a

trabalhos forçados, açoites e degredo (enviados para a África).O governo local, para evitar

outras revoltas do tipo, decretou leis proibindo a circulação de muçulmanos no período da

noite bem como a prática de suas cerimônias religiosas.

Curiosidade:- O termo “malê” é de origem africana (ioruba) e significa “o muçulmano”.

Page 3: Guerra dos Farrapos, Revolta dos males, Cabanagem, Balaiada, Revolta liberal

Balaiada

No início do século XIX, a população maranhense era composta de escravos e de sertanejos

miseráveis, enquanto o poder estava nas mãos de proprietários rurais e comerciantes.Tudo

isso fez com que a revolta e a insatisfação popular se agravasse, principalmente depois que

políticos conservadores tentaram aumentar os poderes dos prefeitos.A revolta popular

transformou-se em um movimento que foi capaz de mobilizar a classe marginalizada da

sociedade. O início da revolta foi no dia 13 de dezembro de 1838, quando um grupo de

vaqueiros liderados por Raimundo Gomes invadiu a cadeia local para libertar alguns

companheiros que tinham sido presos.

Com o sucesso da invasão e ajudados pela Guarda Nacional os vaqueiros tomaram conta do

lugarejo.A Balaiada representou a luta popular contra as desigualdades e injustiças da

sociedade da época (sociedade escravista).Toda essa insatisfação e revolta uniram cada vez

mais a classe marginalizada da sociedade.A balaiada teve sua origem no confronto entre duas

facções: cabanos (conservadores) e bem-te-vis (liberais). Os membros destes dois partidos

pertenciam à classe alta do Maranhão.

Até 1837, o Maranhão foi governado pelos liberais (bem-te-vis); porém, com a ascensão de

Araújo Lima como regente e a vitória dos conservadores no governo central do Rio de Janeiro,

os conservadores (cabanos) do Maranhão conquistaram o poder e afastaram os bem-te-vis do

governo.Enquanto esses dois grupos brigavam entre si, Raimundo Gomes levava a revolta para

o Piauí e em 1839 contava com a participação de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor

de balaios – cestos de palha). Daí o nome do movimento.

Toda a agitação que a revolta causou, beneficiou os bem-te-vis, pois isso refletia de forma

negativa na administração dos cabanos.A rebelião continuava até que em julho de 1839 os

balaios tomaram a vila de Caxias (segunda cidade da Província do Maranhão).Com a gravidade

da situação, bem-te-vis e cabanos começaram a se unir para dar início à repressão contra os

balaios. Começaram, então, a subornar os rebeldes, com a finalidade de desmoralizar o

movimento. A tática deu certo e em 1839 o governo central nomeou o coronel Luís Alves de

Lima e Silva (futuro Duque de Caxias) presidente da província e comandante de todas as forças

repressivas do Maranhão.Como 1ª medida, o novo presidente pagou os atrasos aos militares,

reorganizou as tropas e começou a atacar e a cercar os redutos balaios, que estavam

enfraquecidos, devido às deserções e a perda do apoio passivo dos bem-te-vis.A anistia

decretada em agosto de 1840, provocou a rendição imediata de cerca de 2500 balaios. Quem

resistiu foi, logo em seguida, derrotado. Estava terminada a Balaiada.Em maio de 1841, Luís

Alves de Lima e Silva fez uma avaliação positiva da sua atuação e com essa atitude dava por

encerrada a sua missão.

Page 4: Guerra dos Farrapos, Revolta dos males, Cabanagem, Balaiada, Revolta liberal

Cabanagem

A História da Cabanagem, causas, objetivos, revolta regencial, os cabanos, Brasil Império

Introdução:A Cabanagem foi uma revolta popular que aconteceu entre os anos de 1835 e 1840

na província do Grão-Pará (região norte do Brasil, atual estado do Pará). Recebeu este nome,

pois grande parte dos revoltosos era formada por pessoas pobres que moravam em cabanas

nas beiras dos rios da região. Estas pessoas eram chamadas de cabanos.

Contexto histórico:No início do Período Regencial, a situação da população pobre do Grão-Pará

era péssima. Mestiços e índios viviam na miséria total. Sem trabalho e sem condições

adequadas de vida, os cabanos sofriam em suas pobres cabanas às margens dos rios. Esta

situação provocou o sentimento de abandono com relação ao governo central e, ao mesmo

tempo, muita revolta.Os comerciantes e fazendeiros da região também estavam descontentes,

pois o governo regencial havia nomeado para a província um presidente que não agradava a

elite local.

Causas e objetivos:Embora por causas diferentes, os cabanos (índios e mestiços, na maioria) e

os integrantes da elite local (comerciantes e fazendeiros) se uniram contra o governo regencial

nesta revolta. O objetivo principal era a conquista da independência da província do Grão-

Pará. Os cabanos pretendiam obter melhores condições de vida (trabalho, moradia, comida).

Já os fazendeiros e comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam obter maior

participação nas decisões administrativas e políticas da província.

Revolta:Com início em 1835, a Cabanagem gerou uma sangrenta guerra entre os cabanos e as

tropas do governo central. As estimativas feitas por historiadores apontam que cerca de 30 mil

pessoas morreram durante os cinco anos de combates.No ano de 1835, os cabanos ocuparam

a cidade de Belém (capital da província) e colocaram na presidência da província Félix Malcher.

Fazendeiro, Malcher fez acordos com o governo regencial, traindo o movimento. Revoltados,

os cabanos mataram Malcher e colocaram no lugar o lavrador Francisco Pedro Vinagre

(sucedido por Eduardo Angelim).Contanto com o apoio inclusive de tropas de mercenários

europeus, o governo central brasileiro usou toda a força para reprimir a revolta que ganhava

cada vez mais força.

Fim da revolta:Após cinco anos de sangrentos combates, o governo regencial conseguiu

reprimir a revolta. Em 1840, muitos cabanos tinham sido presos ou mortos em combates. A

revolta terminou sem que os cabanos conseguissem atingir seus objetivos.

A Guerra dos Farrapos, também chamada Revolução Farroupilha, foi a mais longa

guerra civil brasileira. Durou 10 anos. Foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por

fazendeiros de gado, que usou as camadas pobres da população como massa de apoio no

processo de luta.Apesar da participação do povo, esse movimento difere da Cabanagem e da

Balaiada, pois os fazendeiros, unidos, jamais permitiram que as camadas populares

assumissem a liderança do movimento ou se organizassem em lutas próprias.

Page 5: Guerra dos Farrapos, Revolta dos males, Cabanagem, Balaiada, Revolta liberal

A elite fazendeira do Rio Grande do Sul contestava a centralização política, o desinteresse do

governo central pelos problemas das províncias e os tratados comerciais que prejudicavam o

país. Contestava também os impostos e as baixas taxas alfandegárias cobradas na importação

de produtos estrangeiros, principalmente o charque (carne-seca) argentino e uruguaio, que

concorria com mercados consumidores brasileiros.

Desde o século XVII, a base da economia gaúcha era a criação de gado e principalmente a

fabricação do charque, importante produto para a alimentação dos escravos e das populações

mais necessitadas que viviam nas zonas mineradoras e nos latifúndios do Norte e do Nordeste.

Entretanto, os fazendeiros gaúchos, para venderem o charque nas outras províncias do Brasil,

eram obrigados a pagar impostos alfandegários, como se o produto fosse estrangeiro.

Dessa maneira, o charque do Rio Grande do Sul, produzido em bases escravistas, não podia

competir com o preço e a qualidade do charque argentino e uruguaio, que pagava baixas taxas

de impostos nas alfândegas do Brasil e era produzido em escala superior, com a utilização de

mão-de-obra assalariada, mais dinâmica e produtiva que a escrava.

Diante disso, os fazendeiros de gado organizaram a luta, que tinha como finalidade solucionar

os problemas econômicos da província e obter liberdade de escolherem seus próprios

governantes.

Em 1835, os rebeldes, comandados por Bento Gonçalves, tomaram a cidade de Porto Alegre e,

no ano seguinte, proclamaram a República Rio-Grandense, também chamada República de

Piratini.Sob o comando de Davi Canabarro e auxiliados pelo italiano Garibaldi, os gaúchos

continuaram lutando e conquistaram Santa Catarina, a República Juliana.Os rebeldes iam

ampliando suas conquistas e organizando seu próprio governo. Chegaram a convocar uma

Assembléia Constituinte para a elaboração de um projeto de Constituição.De acordo com as

idéias revolucionárias, o regime político adotado seria uma república presidencialista, em que

o presidente seria eleito pelo voto censitário e governaria assessorado por um grupo de

conselheiros.

Para combater os rebeldes e tentar a paz, o governo central nomeou Caxias como governador

do Rio Grande do Sul.Caxias isolou os rebeldes , cortou as principais linhas de comunicação e

abastecimento dos farrapos e propôs um acordo de paz, que incluía uma anistia aos

combatentes farroupilhas.Entretanto, somente em 1845 os rebeldes aceitaram a paz proposta

por Caxias. Pelo acordo estabelecido, além da anistia ampla e restrita aos rebeldes, o governo

deveria libertar os escravos que lutaram ao lado dos farrapos; incorporar ao Exército Imperial,

com as mesmas patentes, os oficiais rebeldes; devolver aos farrapos as propriedades tomadas

durante a luta; mudar a política de cobrança de impostos. Assim, fez-se a paz.

Fontes , Histórico , bibliografia

www.suapesquisa.com/www.google.com.br/www.historiatecabrasil.com/www.coladaweb.co

m/www.infoescola.com/educacao.uol.com.br