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PREFEITURA MUNICIPAL DE GUANHES ESTADO DE MINAS GERAIS

LEI COMPLEMENTAR N. 2.219 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006

Institui o Cdigo Tributrio do Municpio de GUANHES e d outras providncias. A Cmara Municipal de Guanhes MG, por seus legtimos representantes legais aprovou, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

Disposio Preliminar Art. 1 - A presente Lei estabelece o Sistema Tributrio do Municpio de Guanhes - MG, as normas complementares de Direito Tributrio a ele relativas e disciplina a atividade tributria do Setor de Arrecadao Municipal.

Ttulo I Das Normas Gerais Captulo I Da Legislao Tributria Art. 2- A expresso Legislao Tributria compreende as leis, decretos e normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos de competncia do Municpio e as relaes jurdicas e eles pertinentes. Art. 3 - Somente a Lei pode estabelecer: I - a instituio de tributos, ou a sua extino; II - a majorao de tributos, ou a sua reduo; III - a definio do fato gerador da obrigao tributria principal e de seu sujeito passivo; IV - a fixao da alquota do tributo e da sua base de clculo; V - a cominao de penalidades para as aes ou omisses contrrias a seus dispositivos, ou para outras infraes nela definidas; VI - as hipteses de excluso, suspenso e extino de crditos tributrios, ou de dispensa ou reduo de penalidades. 1 - Equipara-se majorao do tributo a modificao de sua base de clculo, que importe torn-lo mais oneroso. 2 - No constitui majorao de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualizao do valor monetrio da respectiva base de clculo. Art. 4 - A Legislao Tributria do Municpio observar: I - as normas constitucionais vigentes; II - as normas gerais de Direito Tributrio estabelecidas no Cdigo Tributrio Nacional (Lei n. 5.172 de 25/10/1966) e nas Leis Complementares e subseqentes; III - a Lei de Responsabilidade Fiscal; III - as disposies deste Cdigo e das Leis a ele subseqentes.

Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected]

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Pargrafo nico - O contedo e o alcance de decretos, atos normativos, decises e prticas observados pelas autoridades administrativas restringem-se aos das leis em funo das quais sejam expedidos, no podendo, em especial: I - dispor sobre matria no tratada em lei; II - criar tributos, estabelecer ou alterar bases de clculos ou alquotas, nem fixar formas de suspenso, extino e excluso de crditos tributrios; III - acrescentar ou ampliar disposies legais; IV - suprimir ou limitar disposies legais; V - interpretar a lei de modo a restringir ou ampliar o alcance dos seus dispositivos, ou ampliar as faculdades da Fazenda Municipal. Art. 5 - A Legislao Tributria entra em vigor 90 (noventa) dias aps a sua publicao, salvo se em seu texto constar outra data. Pargrafo nico Desde que respeitado o disposto no caput do presente artigo, entrar em vigor no primeiro dia do exerccio seguinte quele em que ocorra a sua publicao, o dispositivo de lei que: I - institua ou majore tributos; II - defina novas hipteses de incidncia; III - extinga ou reduza isenes, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorvel ao contribuinte. Art. 6 - Na ausncia de disposio expressa, a autoridade competente, para aplicar a Legislao Tributria utilizar, sucessivamente, na ordem indicada: I - a analogia; II - os princpios gerais de direito tributrio; III - os princpios gerais de direito pblico; IV - a equidade. 1 - O emprego da analogia no poder resultar na exigncia de tributo no previsto em lei. 2 - O emprego da equidade no poder resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

Captulo II Da Administrao Tributria Art. 7 - Todas as funes referentes a cadastramento, lanamento, cobrana, recolhimento, restituio e fiscalizao de tributos municipais, aplicao de sanes por infraes de disposies desta Lei, bem como as medidas de preveno e represso s fraudes, sero exercidas pela Fazenda Municipal e reparties a ela subordinadas, segundo as atribuies constantes da lei de organizao dos servios administrativos do Municpio e respectivos regimentos e regulamentos internos. Art. 8 - Os rgos e servidores incumbidos do lanamento, cobrana e fiscalizao dos tributos, sem prejuzo do rigor e vigilncia indispensvel ao bom desempenho de suas atividades, daro assistncia tcnica aos contribuintes e responsveis sobre a interpretao e fiel observncia das leis fiscais do municpio.

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Art. 9 - facultado a qualquer interessado dirigir consulta s reparties competentes sobre assuntos relacionados com a interpretao da Legislao Tributria Municipal. Pargrafo nico - A consulta dever ser formulada com objetividade e clareza e somente poder focalizar dvidas ou circunstncias atinentes situao: I - do contribuinte ou responsvel; II - de terceiro, sujeitado, nos termos da Legislao Tributria, ao cumprimento da obrigao tributria. Art. 10 - A autoridade julgadora dar soluo consulta no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de sua apresentao. 1 - A soluo dada consulta traduz unicamente a orientao do rgo, sendo que a resposta desfavorvel ao contribuinte ou responsvel obriga-o, desde logo, ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniria, se for o caso, independentemente do recurso que couber. 2 - A formulao de consultas no ter efeito suspensivo na cobrana dos tributos e penalidades pecunirias. 3 - Ao contribuinte ou responsvel que procedeu de conformidade com a soluo dada sua consulta, no podero ser aplicadas penalidades que decorram de deciso divergente proferida por instncia superior, mas ficar um ou outro obrigado a agir de acordo com essa deciso to logo ela lhe seja comunicada.

Captulo III Da Obrigao Tributria Seo I Das Modalidades Art. 11 - A Obrigao Tributria principal ou acessria. 1 - A obrigao tributria principal surge com a ocorrncia do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributos ou penalidades pecunirias e extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente. 2 - A obrigao tributria acessria decorre da Legislao Tributria e tem por objeto a prtica ou a absteno de atos nela previstos, no interesse da Fazenda Municipal em arrecadar e fiscalizar os tributos. 3 - A obrigao tributria acessria, pelo simples fato de sua inobservncia, converte-se em obrigao principal, relativamente penalidade pecuniria. Art. 12 - Os contribuintes ou quaisquer responsveis por tributos so obrigados a cumprir as determinaes desta Lei, das leis subseqentes de mesma natureza, bem como dos atos nela previstos, estabelecidos com o fim de facilitar o lanamento, fiscalizao e cobrana dos tributos.

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1 - Sem prejuzo do que vier a ser estabelecido de maneira especial, os contribuintes e os responsveis pelo pagamento dos tributos so obrigados a: I - apresentar declarao e guias e a escriturar, em livros prprios, os fatos geradores da obrigao tributria segundo as normas desta Lei e dos respectivos regulamentos; II - conservar e apresentar Fazenda Municipal, quando solicitado, qualquer documento que, de algum modo, se refira a operaes ou situaes que constituam fato gerador de obrigaes tributrias ou que sirva como comprovante da veracidade dos dados consignados em guias e documentos fiscais; III - sempre que solicitados pelos rgos competentes, prestar esclarecimentos e informaes, que, a juzo da Fazenda Municipal, se refiram a fatos geradores de obrigaes tributrias; IV - de modo geral, facilitar, por todos os meios a seu alcance, as tarefas de cadastramento, lanamento, fiscalizao e cobrana dos tributos devidos ao Errio Municipal. 2 - Mesmo quando enquadrados em hipteses de iseno, ficam os beneficirios sujeitos ao cumprimento do disposto neste artigo. Art. 13 - A Fazenda Municipal poder requisitar a terceiros, e estes ficam obrigados a fornecerlhe, todas as informaes e dados referentes a fatos geradores de obrigao tributria para os quais tenham contribudo, ou tenham conhecimento, salvo quando, por fora de lei, devam guardar sigilo em relao a esses fatos. Pargrafo nico - As informaes obtidas por fora deste artigo tm carter sigiloso e s podero ser utilizadas em defesa dos interesses fiscais do Municpio.

Seo II Do Fato Gerador Art. 14 - Fato gerador da obrigao principal a situao definida nesta Lei como necessria e suficiente para justificar o lanamento e a cobrana de cada um dos tributos de competncia do Municpio. Art. 15 - Fato gerador da obrigao acessria qualquer situao que, na forma da Legislao Tributria do Municpio, impe a prtica ou a absteno de ato que no configure obrigao principal. Pargrafo nico - Salvo disposio de lei em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situao de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que produza os efeitos que normalmente lhe so prprios; II - tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que esteja definitivamente constituda, nos termos de direito aplicvel.

Seo III Dos Sujeitos da Obrigao Tributria

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Art. 16 - O Municpio de Guanhes, Estado de Minas Gerais, sujeito ativo da obrigao tributria, a pessoa jurdica de direito pblico, titular da competncia para exigir o cumprimento desta Lei e das legislaes a ela subseqentes. 1 - A competncia tributria indelegvel, salvo atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, de executar leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra. 2 - No constitui delegao de competncia o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da funo de arrecadar tributos. Art. 17 - Sujeito passivo da obrigao principal a pessoa fsica ou jurdica obrigada, nos termos desta Lei, ao pagamento dos tributos ou penalidades pecunirias de competncia do Municpio. Pargrafo nico - O sujeito passivo da obrigao principal ser considerado: I - contribuinte, quando tiver relao pessoal direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador; II - responsvel, quando, sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa em lei. Art. 18 - Sujeito passivo da obrigao acessria a pessoa obrigada prtica ou absteno de atos previstos na Legislao Tributria, que no configurem obrigao principal. Pargrafo nico - Salvo disposies de lei em contrrio, as convenes particulares, relativas responsabilidade pelo pagamento de tributos, no podem ser opostas Fazenda Municipal para modificar a definio legal do sujeito passivo das obrigaes tributrias correspondentes.

Seo IV Da Capacidade Tributria Passiva Art. 19 - A capacidade tributria passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privao ou limitao do exerccio de atividade civis, comerciais ou profissionais, ou da administrao direta de seus bens ou negcios; III - de estar a pessoa jurdica regularmente constituda, bastando que configure uma unidade econmica ou profissional.

Seo V Da Solidariedade Art. 20 - So solidariamente obrigadas: I - as pessoas expressamente designadas por lei; II - as pessoas que, ainda que no expressamente designadas por lei, tenham interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao principal.Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 5

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Art. 21 - Salvo disposio de lei em contrrio, so os seguintes os efeitos da solidariedade: I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; II - a iseno ou remisso de crdito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III - a interrupo da prescrio, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

Seo VI Do Domiclio Tributrio Art. 22 - Ao contribuinte ou responsvel facultado escolher e indicar Fazenda Municipal o seu domiclio tributrio, assim entendido o lugar onde desenvolve sua atividade, responde por suas obrigaes e pratica os demais atos que constituam ou possam vir a constituir obrigao tributria. 1 - Na falta de eleio pelo contribuinte ou responsvel de domiclio tributrio, considera-se como tal: I - quanto s pessoas naturais, a sua residncia habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade ou negcio; II - quanto s pessoas jurdicas de direito privado ou s firmas individuais, o lugar de sua sede, ou, em relao aos atos ou fatos que derem origem obrigao, o de cada estabelecimento; III - quanto s pessoas jurdicas de direito pblico, qualquer de suas reparties no territrio do Municpio. 2 - Quando no couber a aplicao das regras previstas em quaisquer dos incisos do pargrafo anterior, considerar-se- como domiclio tributrio do contribuinte ou responsvel o lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao tributria respectiva. 3 - A Fazenda Municipal pode recusar o domiclio eleito, quando sua localizao, acesso ou quaisquer outras caractersticas impossibilitem ou dificultem a arrecadao ou a fiscalizao do tributo, aplicando-se, ento, a regra do pargrafo anterior. Art. 23 - O domiclio tributrio ser obrigatoriamente consignado nas peties, requerimentos, reclamaes, guias, consultas e quaisquer outros documentos dirigidos ou apresentados Fazenda Municipal. Art. 24 - Considera-se domiclio tributrio o local da prestao de servios: I - a do estabelecimento prestador ou, na falta de estabelecimento, o do domiclio prestador; II - no caso de construo civil o local onde se efetuar a prestao do servio.

Seo VII Da Responsabilidade dos Sucessores Art. 25 - Os crditos tributrios relativos ao Imposto Predial e Territorial Urbano, ao Imposto Sobre a Transmisso de Bens Imveis, s taxas pela utilizao de servios que gravem os bensPraa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 6

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imveis e Contribuio de Melhoria sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do ttulo a prova de sua quitao. nico - No caso de arrematao em hasta pblica, a sub-rogao ocorre sobre o respectivo preo. Art. 26 - So pessoalmente responsveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos, sem que tenha havido prova de sua quitao; II - o sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus, at a data da partilha ou adjudicao, limitada esta responsabilidade ao montante do quinho, do legado ou da meao; III - o esplio, pelos tributos devidos pelo de cujus, at a data da abertura da sucesso. Art. 27 - A pessoa jurdica de direito privado que resultar de fuso, transformao ou incorporao de outra em outra responsvel pelos tributos devidos pelas pessoas jurdicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas, at a data do respectivo ato. nico - O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extino de pessoas jurdicas de direito privado, quando a explorao da respectiva atividade seja continuada por qualquer scio remanescente, ou seu esplio, sob a mesma ou outra razo social, ou sob firma individual. Art. 28 - A pessoa natural ou jurdica de direito privado que adquirir de outra, a qualquer ttulo, fundo de comrcio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva explorao, sob a mesma ou outra razo social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos at a data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a explorao do comrcio, indstria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na explorao ou iniciar dento de 6 (seis) meses, a contar da data da alienao, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comrcio, indstria ou profisso. 1 - O disposto no caput deste artigo no se aplica na hiptese de alienao judicial: I em processo de falncia; II de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperao judicial. 2 - No se aplica o disposto no 1o deste artigo quando o adquirente for: I scio da sociedade falida ou em recuperao judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperao judicial; II parente, em linha reta ou colateral at o 4o (quarto) grau, consangneo ou afim, do devedor falido ou em recuperao judicial ou de qualquer de seus scios; III identificado como agente do falido ou do devedor em recuperao judicial com o objetivo de fraudar a sucesso tributria. 3 - Em processo da falncia, o produto da alienao judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecer em conta de depsito disposio do juzo de falncia pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienao, somente podendo ser utilizado para o pagamento de crditos extraconcursais ou de crditos que preferem ao tributrio.

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Seo VIII Da Responsabilidade de Terceiros Art. 29 - Nos casos de impossibilidade de exigncia do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omisses de que forem responsveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo esplio; V - o sndico e o comissrio, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatrio; VI - os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razo de seu ofcio; VII - os scios, no caso de liquidao de sociedade de pessoas. Pargrafo nico - O disposto neste artigo s se aplica, em matria de penalidades, s de carter moratrio. Art. 30 - So pessoalmente responsveis pelos crditos correspondentes a obrigaes tributrias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatrios, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado.

Captulo IV Do Crdito Tributrio Seo I Das Disposies Gerais Art. 31 - O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza desta. Art. 32 - As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade, no afetam a obrigao tributria que lhe deu origem. Art. 33 - O crdito tributrio regularmente constitudo somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais no podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivao ou as respectivas garantias. Pargrafo nico Aplicam-se a esta Lei as preferncias do crdito tributrio previstas na Lei n. 5.172 de 25/10/1966.

Seo II Da Constituio do Crdito TributrioPraa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 8

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Subseo I Do Lanamento e da Fiscalizao Art. 34 - Compete privativamente Fazenda Municipal constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel. Pargrafo nico - O ato de lanamento vinculado e obrigatrio, sob pena de responsabilidade funcional. Art. 35 - O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 1 - Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliados os poderes de investigao das autoridades administrativas, ou outorgado ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, neste ltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a terceiros. 2 - O disposto neste artigo no se aplica aos impostos lanados por perodos certos de tempo, desde que a lei respectiva fixe expressamente a data em que o fato gerador deva ser considerado para o efeito de lanamento. Art. 36 - Os atos formais relativos ao lanamento dos tributos ficaro a cargo do rgo fazendrio competente. Pargrafo nico - A omisso ou erro de lanamento no isenta o contribuinte do cumprimento da obrigao fiscal, nem de qualquer modo lhe aproveita. Art. 37 - A Fazenda Municipal efetuar o lanamento dos tributos municipais, atravs de qualquer uma das seguintes modalidades: I - de ofcio, quando for efetuado com base nos dados do Cadastro Fiscal, ou apurado diretamente junto ao contribuinte ou responsvel, ou a terceiro que disponha desses dados; II - por homologao, quando a legislao atribuir ao sujeito passivo o dever de antecipar o lanamento para que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente o homologue; III - lanamento por declarao, quando for efetuado com base na declarao do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislao tributria, presta autoridade fazendria informaes sobre matria de fato, indispensveis sua efetivao. 1 - O pagamento antecipado pelo obrigado, nos termos do inciso II deste artigo, extingue o crdito, sob condio resolutria de ulterior homologao de lanamento. 2 - de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrncia do fato gerador, o prazo para homologao do lanamento a que se refere o inciso II deste artigo. Expirado esse prazo, sem que a Fazenda Municipal se tenha pronunciado, considera-se homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito, salvo se comprovada a ocorrncia de dolo, fraude ou simulao.Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 9

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Art. 38 - Sero objeto de lanamento: I - de ofcio ou direto: a) o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana; b) o Imposto sobre a Transmisso de Bens Imveis (inter vivos), a qualquer ttulo, por ato oneroso; c) as taxas de servios urbanos; d) as taxas de licena; e) a contribuio de melhoria. II - por homologao, o imposto sobre servios, devido pelos contribuintes obrigados emisso de notas fiscais e escriturao de livros fiscais; III - por declarao, quando convier Fazenda Municipal, em relao ao tributo previsto no inciso anterior. Art. 39 - As declaraes devero conter todos os elementos e dados necessrios ao conhecimento do fato gerador das obrigaes tributrias e verificao do montante do crdito tributrio correspondente. 1 - A Fazenda Municipal examinar as declaraes para verificar a exatido dos dados nelas consignados. 2 - Na hiptese de retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, s ser admissvel mediante comprovao do erro em que se funde, e antes de notificado o lanamento. 3 - Os erros contidos na declarao, apurados quando do seu exame, sero retificados de ofcio pela autoridade administrativa qual competir a reviso. Art. 40 - As alteraes e substituies dos lanamentos originais sero feitas atravs de novos lanamentos, a saber: I - lanamento de ofcio, quando o lanamento original for efetuado ou revisto de ofcio pela autoridade administrativa, nos seguintes casos: a) quando no for prestada declarao, por quem de direito, na forma e nos prazos legais; b) quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declarao, nos termos da alnea anterior, deixar de atender, no prazo e na forma da Legislao Tributria, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzo daquela autoridade; c) quando se comprovar falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na Legislao Tributria como sendo de declarao obrigatria; d) quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo ou de terceiros legalmente obrigados que d lugar aplicao de penalidade pecuniria; e) quando se comprove que o sujeito passivo ou terceiro em benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao; f) quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio de lanamento anterior; g) quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial; II - lanamento aditivo - quando o lanamento original consignar diferena a menor contra a Fazenda Municipal, em decorrncia de erro de fato em qualquer das suas fases de execuo;Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 10

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III - lanamento substitutivo - quando, em decorrncia de erro de fato, houver necessidade de anulao do lanamento original, cujos defeitos o invalidam para todos os fins de direito. Art. 41 Com o fim obter elementos que lhe permitam verificar a exatido das declaraes apresentadas pelos contribuintes e responsveis e determinar com preciso a natureza e o montante dos respectivos crditos tributrios, a Fazenda Municipal poder: I - exigir a qualquer tempo a exibio de livros fiscais e comprovantes dos atos e operaes que possam constituir fatos geradores de obrigaes tributrias; II - fazer inspees nos locais e estabelecimentos onde se exercem as atividades sujeitas a obrigaes tributrias ou nos bens ou servios que constituam matria imponvel; III - exigir informaes ou comunicaes escritas ou verbais; IV - notificar para comparecer s reparties da Fazenda Municipal o contribuinte ou responsvel; V - requisitar o auxlio da fora pblica, ou solicitar ordem de autoridade judicial para levar a efeito as inspees ou o registro dos locais e estabelecimentos, assim como de objetos ou livros dos contribuintes ou responsveis, quando estes se opuserem ou criarem obstculos realizao da diligncia. Pargrafo nico - Nos casos a que se refere o inciso V, os funcionrios lavraro auto de diligncia, do qual constaro especificamente os elementos examinados. Art. 42 - O lanamento e suas alteraes sero comunicados ao contribuinte ou responsvel por qualquer uma das seguintes formas: I - atravs de notificao direta, feita como aviso, para servir como guia de recolhimento; II - atravs de edital afixado na Prefeitura; III - atravs de qualquer outra forma estabelecida na Legislao Tributria do Municpio. 1 - Quando o domiclio tributrio do contribuinte localizar-se fora do territrio do Municpio, a notificao, quando direta, considerar-se- feita com a remessa do aviso por via postal. 2 - Na impossibilidade de se localizar pessoalmente o sujeito passivo, quer atravs da entrega pessoal da notificao, quer atravs da sua remessa por via postal, reputar-se- efetuado o lanamento ou efetivadas as suas alteraes: I - mediante comunicao publicada na imprensa em um dos seguintes rgos, indicados pela ordem de preferncia: a) no rgo oficial do Municpio, caso esse existir; b) em qualquer rgo da imprensa local ou de comprovada circulao no territrio do Municpio; c) no rgo oficial de imprensa do Estado de Minas Gerais. II - mediante afixao de edital na Prefeitura. Art. 43 - A recusa do sujeito passivo em receber a comunicao do lanamento ou a impossibilidade de localiz-lo pessoalmente ou atravs de via postal no implica em dilatao do prazo concedido para o cumprimento da obrigao tributria ou para a apresentao de reclamaes ou interposio de recursos. Art. 44 - tambm facultado fiscalizao o arbitramento de bases tributrias, quando ocorrer sonegao de elementos necessrios ao lanamento.

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1 - O arbitramento ser efetuado por preposto da Fazenda Municipal. 2 - O arbitramento, que no ter carter punitivo, determinar a base tributria e servir de fundamento instalao do processo fiscal. 3 - O arbitramento a que se refere este artigo no prejudica a liquidez do crdito tributrio. Art. 45 - A Fazenda Municipal poder estabelecer controle fiscal prprio, instituindo livros e registros obrigatrios, a fim de apurar bases de clculos e fatos geradores de tributos. Pargrafo nico - Independentemente do controle de que trata este artigo, poder ser adotada apurao ou verificao diria no prprio local de atividade, durante determinado perodo, quando houver dvida sobre a exatido do que for declarado para o efeito de tributos municipais. Art. 46 - A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligncias de fiscalizao lavrar os termos necessrios para que se documente o incio do procedimento fiscal, na forma da legislao aplicvel, que fixar o prazo mximo para a concluso daquelas. Pargrafo nico - Os termos a que se refere este artigo sero lavrados, sempre que possvel, em um dos livros fiscais exibidos. Quando lavrados em separado, deles se entregar pessoa sujeita fiscalizao cpia autenticada pela autoridade que proceder ou presidir diligncia. Art. 47 - Mediante intimao escrita, so obrigados a prestar autoridade administrativa todas as informaes de que disponham com relao a bens, negcios ou atividades de terceiros: I - os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio; II - os bancos, caixas econmicas e demais instituies financeiras; III - as empresas de administrao de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os sndicos, comissrios e liquidatrios; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razo de seu cargo, ofcio, funo, ministrio, atividade ou profisso. Pargrafo nico - A obrigao prevista neste artigo no abrange a prestao de informaes quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar sigilo em razo de cargo, ofcio, funo, ministrio, atividade ou profisso. Art. 48 - Sem prejuzo do disposto na legislao criminal, vedada a divulgao, por qualquer meio e para qualquer fim, por parte da Fazenda Municipal e de seus servidores, de informao obtida em razo do ofcio sobre a situao econmica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado dos seus negcios ou atividades. 1 - Excetuam-se do disposto neste artigo, alm dos casos previstos no art. 199 da Lei Federal n. 5.172 de 25/10/1966, os seguintes: I requisio de autoridade judiciria no interesse da justia; II solicitaes de autoridade administrativa no interesse da Administrao Pblica, desde que seja comprovada a instaurao regular de processo administrativo, no rgo ou na entidade

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respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informao, por prtica de infrao administrativa. 2 - O intercmbio de informao sigilosa, no mbito da Administrao Pblica, ser realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega ser feita pessoalmente autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferncia e assegure a preservao do sigilo. 3 - No vedada a divulgao de informaes relativas a: I representaes fiscais para fins penais; II inscries na Dvida Ativa da Fazenda Pblica; III parcelamento ou moratria.

Subseo II Da Decadncia Art. 49 - O direito de a Fazenda Municipal constituir o crdito tributrio extingue-se aps 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, o lanamento anteriormente efetuado. 1 - O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso de prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituio do crdito tributrio, pela notificao ao sujeito passivo de qualquer medida preparatria indispensvel ao lanamento. 2 - Ocorrendo a decadncia abrir-se- inqurito administrativo, na forma da legislao aplicvel, para apurao de responsabilidade. 3 - O servidor fazendrio responder civil e administrativamente pela decadncia de constituio de crditos tributrios sob sua responsabilidade, cabendo-lhe indenizar o Municpio pelos crditos tributrios que deixaram de ser constitudos.

Seo III Da Cobrana e do Recolhimento dos Tributos Subseo I Das Disposies Gerais Art. 50 - A cobrana dos tributos e das penalidades pecunirias far-se- na forma e nos prazos estabelecidos no calendrio fiscal do Municpio, aprovado por decreto baixado pelo Executivo Municipal. Pargrafo nico - Excetua-se do disposto neste artigo a cobrana de contribuio de melhoria cujas condies sero especificadas na notificao do lanamento respectivo.

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Art. 51 - O calendrio a que se refere o artigo anterior poder prever a concesso de descontos por antecipao de pagamento dos tributos de lanamento direto. 1 - Os descontos previstos neste artigo no se aplicam a tributos de responsabilidade de contribuintes pessoas fsicas ou jurdicas que possuam dbitos relativos ao imposto sobre servios ou s taxas em razo do exerccio do poder de polcia. 2 - A concesso dos descontos previstos neste artigo somente se aplica aos casos em que for efetuado o pagamento integral do valor lanado. 3 - Os descontos previstos neste artigo no sero superiores a 10% (dez por cento). Art. 52 - Nenhum recolhimento de tributo ou penalidade pecuniria ser efetuado sem que se expea a competente guia ou conhecimento, na forma estabelecida em decreto baixado pelo Executivo Municipal. Pargrafo nico - Na cobrana a menor do tributo ou penalidade pecuniria respondem solidariamente tanto o servidor responsvel pelo erro quanto o contribuinte. Art. 53 - A cobrana dos tributos e das penalidades pecunirias far-se-: I - para pagamento boca do cofre; II - por procedimento amigvel; III - mediante ao executiva. Art. 54 - Aps o trmino do prazo para o pagamento boca do cofre proceder-se- cobrana amigvel antes de inscrito o dbito como dvida ativa, desde que dentro do exerccio. Art. 55 - O Executivo poder contratar com estabelecimentos de crdito com sede, agncia ou escritrio no Municpio, visando ao recebimento de tributos e penalidades pecunirias, vedada a atribuio de qualquer parcela de arrecadao a ttulo de remunerao, bem como o recebimento de juros desses depsitos. Art. 56 - A Prefeitura far imprimir, e ter em depsito, tales de conhecimento impressos, que sero numerados seguidamente, em srie e contero todos os elementos de autenticidade e os necessrios escriturao dos tributos e das penalidades pecunirias. Pargrafo nico - facultada a emisso de conhecimento mecanizado, na forma que dispuser o decreto baixado pelo Executivo Municipal. Art. 57 - Nos casos de expedio fraudulenta de guias ou conhecimentos, respondero administrativa e criminalmente os servidores que os houverem subscrito ou fornecido. Art. 58 - No se proceder contra servidor ou contribuinte que tenha exigido ou pago tributo ou penalidade pecuniria de acordo com deciso administrativa ou judicial passada em julgado, mesmo que, posteriormente, venha a ser modificada a jurisprudncia. Art. 59 - O pagamento poder ser efetuado por qualquer das seguintes formas: I - moeda corrente do pas; II - cheque;Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 14

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III - vale postal. Pargrafo nico - O crdito tributrio pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. Art. 60 - O pagamento no implica quitao do crdito tributrio, valendo o recibo como prova da importncia nele referida e continuando o contribuinte obrigado a satisfazer qualquer diferena que venha a ser apurada. Art. 61 - Os crditos tributrios no pagos no vencimento sero corrigidos mensalmente conforme o disposto no artigo 178 desta Lei. Art. 62 - Os crditos tributrios no pagos no vencimento, a partir do 1 (primeiro) dia aps a data do vencimento, ficaro sujeitos a juros de mora razo de 1% (um por cento) ao ms ou frao, incidentes sobre o valor atualizado monetariamente, de acordo com o disposto no artigo anterior. 1 - Os juros de mora incidiro sobre o valor total do crdito, quando no houver sido efetuado o pagamento e sobre a diferena apurada, quando efetuado o pagamento de valor menor do que o efetivamente devido. 2 - Os juros de mora incidiro sobre os crditos tributrios sem prejuzo da aplicao da multa correspondente. Subseo II Da Prescrio Art. 63 - A ao para a cobrana do crdito tributrio prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data de sua constituio definitiva. Pargrafo nico - A prescrio se interrompe: I - pelo despacho do juiz que ordenar a citao em execuo fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequvoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo devedor. Art. 64 - Ocorrendo a prescrio e no tendo sido ela interrompida na forma do pargrafo nico do artigo anterior, abrir-se- inqurito administrativo para apurar as responsabilidades, na forma da legislao aplicvel. Pargrafo nico - O servidor fazendrio responder civil e administrativamente pela prescrio de crditos tributrios sob sua responsabilidade, cabendo-lhe indenizar o Municpio pelos crditos tributrios que deixaram de ser recolhidos.

Subseo III Da Concesso de Parcelamento

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Art. 65 - O Executivo Municipal poder, a requerimento do sujeito passivo, conceder novo prazo, aps o vencimento do anteriormente assinalado, para pagamento do crdito tributrio, observadas as seguintes condies: I - o saldo devedor ser corrigido mensalmente conforme o disposto no artigo 178 desta Lei; II sobre o valor da prestao corrigido conforme o inciso anterior sero aplicados juros de 1% (um por cento) ao ms ou frao; III - o no pagamento de 02 (duas) prestaes consecutivas ou no consecutivas implicar no cancelamento automtico do parcelamento, independente de prvio aviso ou notificao, promovendo-se de imediato a inscrio do saldo devedor em dvida ativa, para imediata cobrana executiva. 1 ( 1. Revogado pela Lei Complementar n. 2.260, de 21.12.2007) 2 - O vencimento das parcelas ser mensal e consecutivo, sendo o nmero mximo de parcelas e o valor mnimo de cada parcela definidos em decreto baixado pelo Executivo. Art. 66 - A concesso do parcelamento no gera direito adquirido e ser revogada de ofcio sempre que se apure que o beneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies, ou no cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a concesso do favor: I - com imposio da penalidade cabvel, nos casos de dolo ou simulao do beneficiado ou de terceiros em benefcio daquele; II - sem imposio de penalidade, nos demais casos. Pargrafo nico - Na revogao de ofcio do parcelamento, em conseqncia de dolo ou simulao do benefcio daquele, no se computar, para efeito de prescrio do direito cobrana do crdito, o tempo decorrido entre sua concesso e a sua revogao.

Subseo IV Da Restituio Art. 67 - O sujeito passivo tem direito, independentemente de prvio protesto, restituio total ou parcial do crdito tributrio, seja qual for a modalidade de seu pagamento, nos seguintes casos: I - cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislao tributria aplicvel, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na identificao do sujeito passivo, na determinao da alquota aplicvel, no clculo do montante do dbito ou na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria. Art. 68 - A restituio total ou parcial do crdito tributrio d lugar restituio, na proporo, dos juros de mora e das penalidades pecunirias salvo as referentes a infraes de carter formal no prejudicadas pela causa da restituio. Art. 69 - A restituio de tributos que comporte, por sua natureza, transferncia do respectivo encargo financeiro, somente poder ser feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de t-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a receb-la.Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 16

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Art. 70 - O direito de pleitear a restituio extingue-se com decurso de prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipteses dos incisos I e II do artigo 67 desta lei, da data da extino do crdito tributrio; II - na hiptese do inciso III do artigo 67 desta lei, da data em que se tornar definitiva a deciso administrativa ou passar em julgado a deciso judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a ao condenatria. Art. 71 - Prescreve em 02 (dois) anos a ao anulatria da deciso administrativa que denegar a restituio. Pargrafo nico - O prazo de prescrio interrompido pelo incio da ao judicial, recomeando o seu curso, por metade, a partir da data da intimao validamente feita ao representante da Fazenda Municipal. Art. 72 - Quando se tratar de tributos e multas indevidamente arrecadados, por motivos de erro cometido pela Fazenda Municipal ou pelo contribuinte e apurado pela autoridade competente, a restituio ser de ofcio mediante determinao do Prefeito Municipal, em representao formulada pela Fazenda Municipal e devidamente processada. Pargrafo nico - A restituio deferida em despacho definitivo e no restituda dentro de 60 (sessenta) dias, ficar sujeita atualizao monetria do seu valor. Art. 73 - O pedido de restituio ser indeferido se o requerente criar qualquer obstculo ao exame de sua escrita ou documentos, quando isso se torne necessrio verificao da procedncia da medida, a juzo da administrao. Art. 74 - Os processos de restituio sero obrigatoriamente informados, antes de receberem despacho pelo Prefeito, pela repartio que houver arrecadado os tributos e multas reclamados total ou parcialmente.

Seo IV Da Dvida Ativa Art. 75 - Constitui dvida ativa tributria do Municpio a proveniente de impostos, taxas, contribuio de melhoria e multas decorrentes de infraes legislao tributria, inscritas na Fazenda Municipal, depois de esgotado o prazo fixado por lei para pagamento ou por deciso final proferida em processo regular. 1 - A fluncia de juros de mora no exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crdito. 2 - A inscrio ser feita aps o vencimento dos prazos previstos para pagamento, sem prejuzo dos acrscimos legais e moratrios; ( 2. com redao determinada pela Lei Complementar n. 2.260, de 21.12.2007).

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3 - Nos dbitos parcelados, considera-se como data de vencimento, para efeito de inscrio em dvida ativa, aquela da primeira parcela no paga; 4 - A inscrio do dbito no poder ser feita em dvida ativa, enquanto no forem decididos definitivamente a reclamao, o recurso ou o pedido de reconsiderao. 5 - Ao contribuinte no poder ser negada certido de dbito ou quitao, desde que garantido o dbito fiscal questionado, atravs de cauo do seu valor, em espcie. Art. 76 - As multas por infraes de leis e regulamentos municipais, bem como os crditos relativos a tarifas e outras rendas relativas contratos comerciais do Municpio, sero considerados como dvida ativa no tributria e imediatamente inscritos, assim que se findar o prazo para interposio de recurso, ou quando interposto, no obtiver provimento. Art. 77 - A dvida ativa regularmente inscrita goza de presuno de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pr-constituda. Pargrafo nico - A presuno a que se refere este artigo relativa e pode ser ilidida por prova inequvoca, a cargo do sujeito passivo ou terceiro que aproveite. Art. 78 - O termo de inscrio da dvida ativa, autenticado pela autoridade competente, dever conter obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo o caso, o dos co-responsveis, bem como, sempre que possvel, o domiclio ou residncia de um e de outros; II - o valor originrio da dvida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato; III - a origem e a natureza do crdito e o seu fundamento legal ou contratual; IV - o exerccio ou perodo a que se referir; V - a indicao, se for o caso, de estar a dvida sujeita atualizao monetria, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o clculo; VI - a data em que foi inscrita e o nmero da inscrio; VII - o nmero do processo administrativo ou do auto de infrao se neles estiver apurado o valor da dvida. 1 - A certido de dvida ativa conter, alm dos elementos previstos neste artigo, a indicao do livro e da folha de inscrio. 2 - As dvidas relativas ao mesmo devedor, quando oriundas de vrios tributos, podero ser englobadas numa nica certido. 3 - Na hiptese do pargrafo anterior, a ocorrncia de qualquer forma de suspenso, extino ou excluso de crdito tributrio no invalida a certido, nem prejudica os demais crditos objetos da cobrana. 4 - O termo de inscrio e a certido de dvida ativa podero ser preparados, a critrio da Fazenda Municipal, por processo manual, mecnico ou eletrnico, desde que atendam aos requisitos estabelecidos neste artigo.

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5 - A certido de dvida ativa alm de conter os mesmos elementos do Termo de Inscrio, ser autenticada pela autoridade competente. 6 - At a deciso de primeira instncia, a certido de dvida ativa poder ser emendada ou substituda, assegurada ao executado a devoluo do prazo para embargos. Art. 79 - Sero cancelados, mediante despacho do Prefeito, os dbitos: I - legalmente prescritos; II - de contribuintes que hajam falecido ou desaparecido sem deixar bens que exprimam valor; III - que originarem de erro ou ignorncia escusveis do sujeito passivo quanto matria de fato; IV - que originarem de erro de servidor fazendrio. Pargrafo nico - O cancelamento previsto no inciso II ser determinado de ofcio ou a requerimento da pessoa interessada, desde que fiquem provadas a morte ou ausncia do devedor e a inexistncia de bens, ouvidos a Fazenda Municipal e a assessoria jurdica do Municpio. Art. 80 - A cobrana da dvida ativa tributria do Municpio ser procedida: I - por via amigvel, pela Fazenda Municipal; II - por via judicial, segundo as normas estabelecidas pela Lei Federal n. 6.830, de 22/09/1980 e legislao subseqente. 1 - Nos casos de cobrana amigvel, o sujeito passivo ser notificado e ter o prazo de 30 (trinta) dias para satisfazer o crdito tributrio da Fazenda Pblica Municipal. ( 1. com redao determinada pela Lei Complementar n. 2.260, de 21.12.2007). 2. - Esgotando o prazo de que trata o pargrafo 1., a repartio competente providenciar a deflagrao do processo judicial, de acordo com o inciso II deste artigo. ( 2. acrescentado pela Lei Complementar n. 2.260, de 21.12.2007). 3. - As dvidas relativas ao mesmo devedor, quando conexas ou conseqentes, podero ser acumuladas em uma nica cobrana. ( 3. acrescentado pela Lei Complementar n. 2.260, de 21.12.2007). 4. - As dvidas relativas ao mesmo devedor, quando conexas ou conseqentes, podero ser acumuladas em uma nica ao. ( 4. acrescentado pela Lei Complementar n. 2.260, de 21.12.2007).

Art. 81 - Salvo os casos autorizados em lei, absolutamente vedada a concesso de desconto, abatimento ou perdo de qualquer parcela da dvida ativa, ainda que no se tenha realizado a inscrio. Pargrafo nico - Incorrer em responsabilidade funcional e na obrigao de responder pelo pagamento, aquele que autorizar ou fizer concesso proibida no presente artigo, sem prejuzo do procedimento criminal cabvel. Art. 82 - Os dbitos regularmente inscritos em dvida ativa podero ser parcelados a requerimento do responsvel, ficando sujeitos a deferimento pela autoridade fazendria, observando-se o disposto neste artigo.Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 19

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1 - O requerimento de parcelamento da dvida ativa tributria, no caso de tributos incidentes sobre imveis, poder contemplar mais de um imvel, desde que todos os imveis constantes do requerimento estejam sob a responsabilidade fiscal de um mesmo contribuinte. 2 - O requerimento de parcelamento da dvida ativa tributria, no caso de tributos incidentes sobre imveis, poder contemplar dbitos de exerccios fiscais diferentes no caso do requerimento contemplar apenas um imvel. 3 - O requerimento de parcelamento da dvida ativa tributria que no contemple todos os dbitos no prescritos sob a responsabilidade de determinado contribuinte, dever obrigatoriamente contemplar os dbitos mais antigos. 4 - O parcelamento de dbitos da dvida ativa somente ser concedido caso o requerente, devidamente identificado, preencha o formulrio de confisso de dbito, conforme modelo disposto em decreto. 5 - O parcelamento de dbitos da dvida ativa observar o seguinte: I - o montante a ser parcelado ser corrigido na data do requerimento, conforme o disposto no artigo 178 desta Lei; II - sobre o valor de cada prestao incidiro juros de 1,00% (um por cento) ao ms ou frao, aplicados linearmente, excluindo-se o dbito correspondente ao exerccio vigente na data do parcelamento. III - o no pagamento de 2 (duas) prestaes consecutivas ou no implicar no cancelamento automtico do parcelamento, independente de prvio aviso ou notificao, promovendo-se imediata cobrana executiva. 6 - O vencimento das parcelas ser mensal e consecutivo, sendo o nmero mximo de parcelas e o valor mnimo de cada parcela definidos em decreto baixado pelo Executivo, no podendo o parcelamento se estender alm da gesto na qual foi concedido. Art. 83 - Presume-se fraudulenta a alienao ou onerao de bens ou rendas, ou seu comeo, por sujeito passivo em dbito para com a Fazenda Pblica, por crdito tributrio regularmente inscrito como dvida ativa. Pargrafo nico - O disposto neste artigo no se aplica na hiptese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dvida inscrita. Art. 84 - Na hiptese de o devedor tributrio, devidamente citado, no pagar nem apresentar bens penhora no prazo legal e no forem encontrados bens penhorveis, o juiz determinar a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a deciso, preferencialmente por meio eletrnico, aos rgos e entidades que promovem registros de transferncia de bens, especialmente ao registro pblico de imveis e s autoridades supervisoras do mercado bancrio e do mercado de capitais, a fim de que, no mbito de suas atribuies, faam cumprir a ordem judicial. 1 - A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se- ao valor total exigvel, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 20

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2 - Os rgos e entidades aos quais se fizer a comunicao de que trata o caput deste artigo enviaro imediatamente ao juzo a relao discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido.

Seo V Das Certides Negativas Art. 85 - A prova de quitao de dbito de origem tributria ser feita por certido negativa, expedida vista de requerimento do interessado que contenha todas as informaes exigidas pela Fazenda Municipal. 1 - A certido ser fornecida dentro do prazo mximo de 15 (quinze) dias, contados a partir da data de entrada do requerimento na Fazenda Municipal, sob pena de responsabilidade funcional. 2 - Havendo dbito vencido, a certido ser indeferida e o pedido arquivado, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da data de entrada do requerimento na Fazenda Municipal. 3 - A certido ter validade de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de sua expedio. 4 - A validade a que se refere o pargrafo anterior dever constar da certido fornecida. Art. 86 - A expedio da certido negativa no impede a cobrana de dbito anterior, posteriormente apurado. Art. 87 - A certido negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Municipal, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir pelo crdito tributrio e pelos demais acrscimos legais. Pargrafo nico - O disposto neste artigo no exclui a responsabilidade criminal e funcional que couber e extensivo a quantos colaborarem, por ao ou omisso, no erro contra a Fazenda Municipal. Art. 88 - A venda, cesso ou transferncia de qualquer espcie de estabelecimento comercial, industrial, produtor ou de prestao de servios de qualquer natureza no poder efetivar-se sem a apresentao da certido negativa dos tributos a que estiverem sujeitos esses estabelecimentos, sem prejuzo da responsabilidade solidria do adquirente, cessionrio ou de quem quer que os tenha recebido em transferncia. Pargrafo nico. Para efeito de interpretao da expresso estabelecimento comercial entenda-se como a reunio de bens corpreos e incorpreos, consistente em uma universalidade de fato, destinada a servir uma clientela, com o objetivo de lucro. (Pargrafo nico acrescentado pela Lei Complementar n. 2.260, de 21.12.2007). Art. 89 - Sem prova, por certido negativa ou por declarao de iseno ou de reconhecimento de imunidade com relao aos tributos ou quaisquer outros nus relativos aos imveis de propriedade do vendedor at o ano da operao, inclusive, os escrives, tabelies e oficiais dePraa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 21

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registro no podero lavrar ou registrar quaisquer atos relativos a imveis, inclusive escrituras de enfiteuse, anticrese, hipoteca, arrendamento ou locao. Pargrafo nico - A certido ser obrigatoriamente referida nos atos de que trata este artigo.

Seo VI Das Infraes e Penalidades Subseo I Das Disposies Gerais Art. 90 - Constitui infrao a ao ou omisso, voluntria ou no, que importe a inobservncia, por parte do sujeito passivo ou de terceiros, das normas estabelecidas pela Legislao Tributria do Municpio, sujeitando-se os infratores s seguintes penalidades: I - multas; II - sistema especial de fiscalizao; III - proibio de transacionar com os rgos integrantes da administrao direta e indireta do Municpio. Pargrafo nico - A imposio de penalidade: I - no exclui: a) o pagamento do tributo; b) a fluncia de juros de mora; c) a atualizao monetria do dbito. II - no exime o infrator: a) do cumprimento de obrigao acessria; b) de outras sanes civis, administrativas ou penais que couberem.

Subseo II Das Multas Art. 91 - As multas sero aplicadas e calculadas de acordo com os critrios indicados e em razo das seguintes infraes: I - No cumprimento, por contribuintes ou responsveis, de obrigao tributria principal, que resulte no atraso de pagamento de tributos de lanamento direto: 0,20% (zero vrgula vinte por cento) ao dia sobre o valor de tributo corrigido, limitada a 10% (dez por cento); II - No cumprimento, por contribuintes ou responsveis, de obrigao tributria principal, que resulte no atraso de pagamento ou recolhimento a menor de tributos de lanamento por homologao: 0,33% (zero vrgula trinta e trs por cento) ao dia sobre o valor de tributo corrigido, limitada a 20% (vinte por cento); III - tratando-se de simples atraso no pagamento, estando corretamente escriturada a operao e apurada a infrao mediante ao fiscal: 50% (cinqenta por cento) sobre o valor do tributo corrigido; IV - Sonegao fiscal e independentemente da ao criminal que couber: de 100% (cem por cento) do valor do tributo sonegado;

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1 - Para os efeitos do inciso IV deste artigo, entende-se como sonegao fiscal a prtica, pelo sujeito passivo ou terceiro em benefcio daquele, de quaisquer dos atos definidos na Lei Federal n. 4.729 de 14/07/1965, como crimes de sonegao fiscal, a saber: a) prestar declarao falsa ou omitir, total ou parcialmente, informao que deva ser fornecida a agentes da Fazenda Municipal, com a inteno de eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributos e quaisquer adicionais devidos por lei; b) inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operaes de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pela Legislao Tributria, com a inteno de exonerar-se do pagamento de tributos devidos Fazenda Municipal; c) alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operaes mercantis, com propsito de fraudar a Fazenda Municipal; d) fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-as, com o objetivo de obter deduo de tributos devidos Fazenda Municipal, sem prejuzo das sanes administrativas cabveis. 2 - Para toda ao ou omisso que, diretamente ou indiretamente, prejudique a Fazenda Municipal, ser aplicada multa de igual valor imposta ao contribuinte infrator, podendo ser exigida de qualquer uma das seguintes pessoas fsicas ou jurdicas: a) o sndico, leiloeiro, corretor, despachante ou quem quer que facilite, proporcione ou auxilie de qualquer forma a sonegao de tributo no todo ou em parte; b) o rbitro que prejudicar a Fazenda Municipal, por negligncia ou m-f nas avaliaes; c) as tipografias e estabelecimentos congneres que aceitarem encomendas para confeco de livros e documentos fiscais a que se refere este Cdigo, sem a competente autorizao da Fazenda Municipal; d) as autoridades, funcionrios administrativos e quaisquer outras pessoas que embaraarem ou dificultarem a ao da Fazenda Municipal; 3 - Aplicada a multa por crime de sonegao fiscal, a autoridade fazendria ingressar com ao penal, invocando o artigo 1 da Lei Federal n. 4.729 de 14/07/1965. Art. 92 - As multas cujos montantes no estiverem expressamente fixados nesta Lei sero graduadas pela autoridade fazendria competente, observadas as disposies e os limites fixados nesta Lei. 1 - Na imposio e graduao da multa, levar-se- em conta: I - a menor ou maior gravidade da infrao; II - as circunstncias atenuantes ou agravantes; III - os antecedentes do infrator com relao s disposies da Legislao Tributria. 2 - Considera-se atenuante, para efeito da imposio e graduao de penalidade, o fato de o sujeito passivo procurar espontaneamente a Fazenda Municipal para sanar infrao Legislao Tributria, antes do incio de qualquer procedimento fiscal. Art. 93 - As multas sero cumulativas, quando ocorrer, concomitantemente, o no cumprimento de obrigaes tributrias acessria e principal. 1 - Apurando-se, no mesmo processo, o no cumprimento de mais de uma obrigao tributria acessria pelo mesmo sujeito passivo a pena ser multiplicada pelo nmero de infraes cometidas.Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 23

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2 - Quando o sujeito passivo infringir de forma contnua o mesmo dispositivo da Legislao Tributria, a multa ser acrescida de 50% (cinqenta por cento), desde que a continuidade no resulte em falta de pagamento de tributo, no todo ou em parte. Art. 94 - As multas cujos valores so variveis sero fixadas no limite mnimo se o infrator efetuar o pagamento de crdito apurado no Auto de Infrao ou de Apreenso, dentro do prazo estabelecido para apresentar defesa, desde que no se trate de reincidncia especfica. Art. 95 - O valor da multa ser reduzido em 20% (vinte por cento) e o respectivo processo arquivado se o infrator, no prazo previsto para a interposio do recurso voluntrio, efetuar o pagamento do dbito exigido na deciso de primeira instncia. Art. 96 - As multas no pagas no prazo assinalado, sero inscritas em dvida ativa, para cobrana executiva, sem prejuzo da incidncia e da fluncia de juros de mora de 1% (um por cento) ao ms ou frao e da aplicao da atualizao monetria. Art. 97 - As multas proporcionais e no proporcionais aos tributos e os juros previstos na Legislao Tributria sero calculados em funo do tributo atualizado monetariamente.

Subseo III Das Demais Penalidades Art. 98 - O sistema especial de fiscalizao ser aplicado, a critrio da autoridade fazendria: I - quando sujeito passivo reincidir em infrao Legislao Tributria, da qual resulte falta de pagamento de tributo, no todo ou em parte; II - quando houver dvidas sobre a veracidade ou a autenticidade dos registros referentes s operaes realizadas e aos tributos devidos. Pargrafo nico - O sistema especial a que se refere este artigo poder consistir, inclusive, no acompanhamento temporrio das operaes sujeitas aos tributos, por agentes da Fazenda Municipal. Art. 99 - Os contribuintes que estiverem em dbito com o Municpio, em relao a tributos e multas, no podero receber quaisquer quantias ou crditos que tiverem com a Prefeitura, participar de concorrncia, coleta ou tomada de preos, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza, ou transacionar a qualquer ttulo com a administrao do Municpio. 1 - A proibio a que se refere este artigo no se aplicar quando, sobre o dbito ou a multa, houver recurso administrativo ainda no decidido definitivamente. 2 - Ser obrigatria, para a prtica dos atos previstos no caput deste artigo, a apresentao da certido negativa, expedida pela Fazenda Municipal, na qual esteja expressa a finalidade a que se destina.

Subseo IV Da Responsabilidade por InfraesPraa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 24

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Art. 100 - Exceto nos casos expressamente ressalvados em lei, a responsabilidade por infraes Legislao Tributria do Municpio independe da inteno do agente ou do responsvel, bem como da efetividade, natureza e da extenso dos efeitos do ato. Art. 101 - A responsabilidade pessoal ao agente: I - quanto s infraes conceituadas por lei como crimes ou contravenes, salvo quando praticadas no exerccio regular de administrao, mandato, funo, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto s infraes em cuja definio o dolo especfico do agente seja elementar; III - quanto s infraes que decorram direta e exclusivamente de dolo especfico: a) das pessoas referidas no artigo 29, contra aquelas por quem respondem; b) dos mandatrios, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado, contra estas. Art. 102 - A responsabilidade excluda pela denncia espontnea da infrao, acompanhada, se for o caso, do pagamento do valor atualizado do tributo devido e dos juros de mora, ou do depsito da importncia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apurao. Pargrafo nico - No se considera espontnea a denncia apresentada aps o incio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalizao, relacionados com a infrao.

Subseo V Do Auto de Infrao Art. 103 - O servidor fazendrio competente, ao constatar infrao de dispositivo da Legislao Tributria, lavrar o auto de infrao, com preciso e clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, que dever conter: I - o local, dia e hora da lavratura; II - o nome do infrator e das testemunhas, se houver; III - o fato que constitui infrao e as circunstncias pertinentes; o dispositivo da Legislao Tributria violada; a referncia ao termo de fiscalizao em que se consignou a infrao, quando for o caso; IV - a intimao ao infrator para pagar os tributos e multas devidos ou apresentar defesa e provas nos prazos previstos. V - a assinatura do autuante, a indicao de seu cargo ou funo e sua matrcula. 1 - As omisses ou incorrees do auto no acarretam nulidade, quando do processo constarem elementos suficientes para a determinao da infrao e do infrator. 2 - A aposio da assinatura do infrator no constitui formalidade essencial validade do auto, no implica confisso e nem sua recusa agravar a pena. 3 - Se o infrator, ou quem o represente, no puder ou no quiser assinar o auto, far-se- meno expressa dessa circunstncia.

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Art. 104 - O auto de Infrao poder ser lavrado cumulativamente com o de apreenso, e ento conter, tambm os elementos deste. Art. 105 - Da lavratura do auto ser notificado o infrator: I - pessoalmente, sempre que possvel, mediante entrega de cpia do auto ao autuado, ou ao seu representante ou ao preposto, contra recibo datado no original; II - por carta, acompanhada de cpia do auto, com Aviso de Recebimento datado e firmado pelo destinatrio ou por algum do seu domiclio; III - por edital, com prazo de 30 (trinta) dias, se desconhecido o domiclio tributrio do infrator. Art. 106 - A notificao presume-se feita: I - quando pessoal, na data do recibo; II - quando por carta, na data do recibo de volta e, se for esta emitida, 15 (quinze) dias aps a entrega da carta ao Correio; III - quando por edital, no trmino do prazo, contado este da data de afixao ou publicao em rgo oficial do Estado ou do Municpio, ou em qualquer outro jornal de circulao local ou regional. Art. 107 - As notificaes subseqentes inicial far-se-o pessoalmente, caso em que sero certificadas no processo, e por carta ou edital, conforme as circunstncias, observado o disposto nos artigos 105 e 106.

Subseo VI Da Apreenso de Bens e Documentos Art. 108 - Podero ser apreendidas as coisas mveis, inclusive mercadorias e documentos, que constituam prova material de infrao da Legislao Tributria. Art. 109 - Da apreenso administrativa, lavrar-se- auto com os elementos do auto de infrao, observando-se, no que couber, o procedimento disposto no artigo 103. nico - O auto de apreenso conter a descrio das coisas ou documentos apreendidos, a indicao do lugar onde ficaro depositadas e a assinatura do depositrio, o qual ser designado pelo autuante, podendo a designao recair no prprio detentor, se for idneo, a juzo do autuante. Art. 110 - Os documentos apreendidos podero, a requerimento do autuado, ser-lhes devolvidos, ficando no processo cpia do inteiro teor ou da parte que deva fazer prova, caso o original no seja indispensvel a esse fim. Art. 111 - As coisas apreendidas sero restitudas, a requerimento, mediante depsito das quantias exigveis, cuja importncia ser arbitrada pela autoridade competente, ficando retidos, at deciso final, os espcimes necessrios prova. Art. 112 - Se o autuado no provar o preenchimento da exigncia legal para liberao dos bens apreendidos no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da apreenso, sero os bens levados a hasta pblica.

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1 - Quando a apreenso recair em bens de fcil deteriorao, a hasta pblica poder realizarse a partir do prprio dia da apreenso ou podero ser doados, a critrio da Administrao, a associaes de caridade e demais entidades de assistncia social do Municpio. 2 - Apurando-se, na hasta pblica, importncia superior ao tributo e multa devidos, ser o autuado notificado, no prazo de 15 (quinze) dias, para receber o excedente, se j no houver comparecido para faz-lo. 3 - Decorrido o prazo de prescrio previsto no Cdigo Civil, o saldo excedente ser convertido em renda eventual. Art. 113 - Nos casos de apreenso de semoventes, mercadorias, veculos e materiais, por motivo de infrao de posturas, sero observadas, tambm, no que couber, as normas estabelecidas no Cdigo de Posturas.

Subseo VII Da Representao Art. 114 - Quando incompetente para notificar ou autuar, o agente da Fazenda Municipal deve, e qualquer pessoa pode, representar contra toda ao ou omisso contrria s disposies desta Lei ou de outras leis e regulamentos tributrios do Municpio. Art. 115 - A representao far-se- em petio assinada e mencionar, em letra legvel, o nome, a documentao de identidade, a profisso e o endereo de seu autor; ser acompanhada de provas ou indicar os elementos destas e mencionar os meios ou as circunstncias em razo das quais se tornou conhecida a infrao. Pargrafo nico - No se admitir representao feita por quem haja sido scio, diretor, preposto ou empregado do contribuinte, quando relativa a fatos anteriores data em que tenham perdido essa qualidade. Art. 116 - Recebida a representao, a autoridade fazendria providenciar imediatamente as diligncias para verificar a respectiva veracidade e, conforme couber, notificar o infrator, autulo ou arquivar a representao.

Captulo V Do Processo Administrativo Fiscal Seo I Dos Atos Iniciais Art. 117 - O processo administrativo fiscal ter incio com os atos praticados pelos agentes fazendrios, especialmente atravs de: I - notificao de lanamento; II - lavratura do auto de infrao ou de apreenso de mercadorias, livros ou documentos fiscais; III - representaes.

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Pargrafo nico - A emisso de documentos referidos neste artigo exclui a espontaneidade do sujeito passivo, independente de intimao.

Seo II Da Reclamao e Da Defesa Art. 118 - Ao sujeito passivo facultado o direito de apresentar reclamao ou defesa contra a exigncia fiscal, no prazo de at 30 (trinta) dias, se no constar da intimao ou da notificao outro prazo. Art. 119 - Na reclamao ou defesa, apresentada por petio ao rgo fazendrio mediante protocolo, o sujeito passivo alegar toda a matria que entender til, indicar e requerer provas que pretenda produzir, juntar logo as que possuir e, sendo o caso, arrolar testemunhas, at o mximo de 3 (trs). Art. 120 - Apresentada a reclamao ou a defesa, os funcionrios que praticaram os atos, ou outros especialmente designados no processo, tero o prazo de 15 (quinze) dias para impugn-la, na forma do artigo anterior. Art. 121 - A apresentao da reclamao ou da defesa instaura a fase litigiosa do processo administrativo fiscal.

Seo III Das Provas Art. 122 - Findos os prazos a que se referem os artigos desta Lei, o titular da repartio fiscal deferir, no prazo de 15 (quinze) dias, a produo de provas que no sejam manifestamente inteis ou protelatrias, ordenar a produo de outras que entender necessrias e fixar o prazo, no superior a 30 (trinta) dias, em que uma e outra devam ser produzidas. Art. 123 - As percias deferidas competiro ao perito designado pela autoridade competente, na forma do artigo anterior, quando requeridas pelo sujeito passivo, ou, quando ordenadas de ofcio, podero ser atribudas a agentes da Fazenda Municipal. Art. 124 - Ao servidor fazendrio e ao sujeito passivo ser permitido, sucessivamente, reinquirir as testemunhas. Art. 125 - O sujeito passivo poder participar das diligncias, pessoalmente ou atravs de seus prepostos ou representantes legais, e as alegaes que tiverem sero juntadas ao processo ou constaro do termo de diligncia, para serem apreciadas no julgamento. Art. 126 - No se admitir prova fundada em depoimento pessoal de funcionrios municipais ou representantes da Fazenda Municipal. Pargrafo nico - O exame de livros ou arquivos das reparties municipais s poder ser feito dentro da unidade administrativa a que pertencerem e por perito designado pelo Prefeito.

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Seo IV Da Deciso em Primeira Instncia Art. 127 - Findo o prazo para a produo das provas, ou perempto o direito de apresentar a defesa, o processo ser apresentado autoridade julgadora, que proferir deciso, no prazo de 15 (quinze) dias. 1 - Se entender necessrio, a autoridade poder, no prazo deste artigo, a requerimento da parte ou de ofcio, dar vista, sucessivamente, ao servidor fazendrio e ao sujeito passivo, por 3 (trs) dias a cada um, para as alegaes finais. 2 - Verificada a hiptese do pargrafo anterior, a autoridade ter novo prazo de 15 (quinze) dias para proferir a deciso. 3 - A autoridade no fica restrita s alegaes das partes, devendo julgar de acordo com sua convico, em face das provas produzidas no processo. 4 - Se no se considerar habilitada a decidir, a autoridade poder converter o julgamento em diligncia e determinar a produo de novas provas, observado o disposto na seo anterior e prosseguindo-se na forma desta seo na parte aplicvel. Art. 128 - A deciso, redigida com simplicidade e clareza, concluir pela procedncia ou improcedncia do auto de infrao ou da reclamao contra lanamento, definindo expressamente os seus efeitos num e noutro caso. Art. 129 - No sendo proferida deciso, no prazo legal, nem convertido o julgamento em diligncia, poder a parte interpor recurso voluntrio, cessando, com a interposio do recurso, a jurisdio da autoridade de primeira instncia.

Seo V Do Recurso Voluntrio Art. 130 - Da deciso de primeira instncia caber recurso voluntrio ao Prefeito, interposto no prazo de 20 (vinte) dias, contados da cincia da deciso, pelo sujeito passivo. Art. 131 - vedado reunir em uma s petio recursos referentes a mais de uma deciso, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo contribuinte, salvo quando proferidas em um nico processo fiscal.

Seo VI Da Garantia de Instncia Art. 132 - Nenhum recurso voluntrio ser encaminhado ao Prefeito sem o prvio depsito das quantias exigidas, perecendo o direito do recorrente que no efetuar o depsito no prazo previsto nesta Seo.Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 29

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1 - Quando a importncia total em litgio exceder a R$1.000,00 (mil reais), permitir-se- prestao de fiana. 2 - A fiana prestar-se- por termo, mediante indicao de fiador idneo ou pela cauo de ttulos da dvida pblica da Unio. 3 - A cauo far-se- no valor dos tributos e multas exigidos pela cotao dos ttulos no mercado, devendo o recorrente declarar no requerimento que se obriga a efetuar o pagamento do remanescente da dvida no prazo de 8 (oito) dias contados da notificao, se o produto da venda do ttulo no for suficiente para a liquidao do dbito. Art. 133 - No requerimento que indicar fiador, dever este manifestar sua expressa aquiescncia. 1 - Se a autoridade julgadora de primeira instncia aceitar o fiador, marcar-lhe- prazo no superior a 10 (dez) dias para assinar o respectivo termo. 2 - Se o fiador no comparecer no prazo marcado ou for julgado inidneo, poder o recorrente, depois de intimado e dentro de prazo igual ao que restava quando protocolado o requerimento de prestao de fiana, oferecer outro fiador, indicando os elementos que comprovem a idoneidade do mesmo. 3 - No se admitir como fiador scio solidrio da firma concorrente, nem qualquer pessoa em dbito com a Fazenda Municipal, pelo que, ao termo de fiana, dever ser juntada certido negativa do fiador. Art. 134 - Recusados os 2 (dois) fiadores, ser o recorrente intimado a efetuar o depsito, dentro de 5 (cinco) dias, ou em prazo igual ao que lhe restava quando protocolado o segundo requerimento da prestao de fiana, se este prazo for maior. Art. 135 - No ocorrendo a hiptese de prestao de fiana, o depsito dever ser feito no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data em que o recurso der entrada no protocolo. 1 - Aps protocolado, o recurso ser encaminhado autoridade julgadora de primeira instncia, que aguardar o depsito da quantia exigida ou a apresentao do fiador, conforme o caso. 2 - Efetuado o depsito ou prestada a fiana, conforme o caso, a autoridade julgadora de primeira instncia verificar se foram trazidos ao recurso fatos ou elementos novos no constantes da defesa ou da reclamao que lhe deu origem. 3 - Os fatos novos, porventura trazidos ao recurso, sero examinados pela autoridade julgadora de primeira instncia, antes do encaminhamento do processo ao Prefeito; em hiptese alguma poder aquela autoridade modificar o julgamento feito, mas, em face dos novos elementos do processo, poder justificar o seu procedimento anterior. 4 - O recurso dever ser remetido ao Prefeito no prazo mximo de 10 (dez) dias, a contar da data do depsito ou da prestao de fiana, conforme o caso, independente da apresentao ouPraa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 30

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no de fatos ou elementos que levem a autoridade julgadora de primeira instncia a proceder na forma do pargrafo anterior.

Seo VII Do Recurso de Ofcio Art. 136 - Das decises de primeira instncia contrrias, no todo ou em parte, Fazenda Municipal, inclusive por desclassificao da infrao, ser interposto recurso de ofcio, com efeito suspensivo, sempre que a importncia em litgio exceder R$ 1.000,00 (mil reais). Pargrafo nico - Caso a autoridade julgadora deixar de recorrer de ofcio, no caso previsto neste artigo, cumpre ao servidor iniciador do processo, ou a qualquer outro que do fato tomar conhecimento, interpor recurso, em petio encaminhada por intermdio daquela autoridade. Art. 137 - Subindo o processo em grau de recurso voluntrio, e sendo tambm caso de ofcio no interposto, agir o Prefeito como se tratasse de recurso de ofcio.

Seo VIII Da Execuo das Decises Finais Art. 138 - As decises definitivas sero cumpridas: I - pela notificao do sujeito passivo e, quando for o caso, tambm do seu fiador, para, no prazo de 10 (dez) dias, satisfazer ao pagamento do valor da condenao; II - pela notificao do sujeito passivo para vir receber importncia indevidamente paga como tributo ou multa; III - pela notificao do sujeito passivo para vir receber ou, quando for o caso, pagar, no prazo de 10 (dez) dias, a diferena entre o valor da condenao e a importncia depositada em garantia da instncia; IV - pela notificao do sujeito passivo para vir receber ou, quando for o caso, pagar, no prazo de 10 (dez) dias, a diferena entre o valor da condenao e o produto da venda dos ttulos caucionados, quando no satisfeito o pagamento no prazo legal; V - pela liberao das coisas e documentos apreendidos e depositados, ou pela restituio do produto da venda, se houver ocorrido alienao, ou do seu valor de mercado, se houver ocorrido doao, com fundamento no artigo 112 e seus pargrafos; VI - pela imediata inscrio como dvida ativa e remessa da certido para cobrana executiva dos dbitos a que se referem os incisos I, III e IV, se no satisfeitos no prazo estabelecido. Art. 139 - A venda de ttulos da dvida pblica da Unio aceitos em cauo no se realizar abaixo da cotao; deduzidas as despesas legais de venda, inclusive taxa oficial de corretagem, proceder-se-, em tudo o que couber, na forma do inciso V do artigo anterior e do Pargrafo 3 do artigo 132.

Captulo VIPraa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 31

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Da Suspenso, Extino e Excluso do Crdito Tributrio Seo I Das Disposies Gerais Art. 140 - O crdito tributrio regularmente constitudo somente se modifica ou se extingue, ou tem a sua exigibilidade suspensa ou excluda, nos casos expressamente previstos nesta Lei. Pargrafo nico - Fora dos casos previstos nesta Lei, o crdito tributrio regularmente constitudo no pode ter dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivao ou as respectivas garantias.

Seo II Da Suspenso do Crdito Tributrio Subseo I Das Disposies Gerais Art. 141 - Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio: I - a moratria; II - o depsito de seu montante integral; III - as reclamaes e os recursos, nos termos definidos na parte desta Lei que trata do Processo Administrativo Fiscal; IV - a concesso de medida liminar em mandado de segurana; V a concesso de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espcies de ao judicial; VI o parcelamento. Pargrafo nico - A suspenso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal.

Subseo II Da Moratria Art. 142 - Constitui moratria a concesso de novo prazo ao sujeito passivo, aps o vencimento do prazo originalmente assinalado para o pagamento de crdito tributrio. 1 - A moratria somente abrange os crditos definitivamente constitudos data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lanamento j tenha sido iniciado quela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. 2 - moratria no aproveita os casos de dolo, fraude ou simulao do sujeito passivo ou de terceiro em benefcio daquele. Art. 143 - A moratria somente poder ser concedida: I - em carter geral: por lei, que pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade a determinada regio do territrio do Municpio ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos; II - em carter individual: por despacho da autoridade administrativa, a requerimento do sujeito passivo, desde que autorizada por lei.Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 32

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Art. 144 - A lei que conceder moratria em carter geral ou o despacho que a conceder em carter individual obedecero aos seguintes requisitos: I - na concesso em carter geral, a lei especificar o prazo de durao do favor e, sendo o caso: a) os tributos a que se aplica; b) o nmero de prestaes e os seus vencimentos. II - na concesso de carter individual, o decreto baixado pelo Executivo Municipal especificar as formas e as garantias para a concesso do favor; III a concesso do parcelamento observar o disposto no artigo 65 desta lei. Art. 145 - A concesso de moratria em carter individual no gera direito adquirido e ser revogada de ofcio, sempre que se apure que o beneficiado no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies ou no cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concesso do favor, cobrando-se o crdito acrescido de juros de mora: I - com imposio da penalidade cabvel, nos casos de dolo, fraude ou simulao do beneficiado, ou de terceiros em benefcio daquele; II - sem imposio de penalidades, nos demais casos. 1 - No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concesso da moratria e sua revogao no se computa para efeito de prescrio do direito cobrana do crdito. 2 - No caso do inciso II deste artigo, a revogao s pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.

Subseo III Do Depsito Art. 146 - O sujeito passivo poder efetuar o depsito do montante integral da obrigao tributria: I - quando preferir o depsito consignao judicial prevista nesta Lei; II - para atribuir efeito suspensivo: a) consulta formulada na forma dos artigos 9 e 10 desta Lei; b) reclamao e impugnao referentes contribuio de melhoria; c) a qualquer outro ato por ele impetrado, administrativa ou judicialmente, visando modificao, extino ou excluso, total ou parcial, da obrigao tributria. Art. 147 - A Legislao Tributria poder estabelecer hipteses de obrigatoriedade de depsito prvio: I - como garantia de instncia, na forma prevista nesta Lei; II - como garantia a ser oferecida pelo sujeito passivo, nos casos de compensao; III - como concesso por parte do sujeito passivo, nos casos de transao; IV - em quaisquer outras circunstncias nas quais se fizer necessrio resguardar os interesses da Fazenda Municipal. Art. 148 - A importncia a ser depositada corresponder ao valor integral do crdito tributrio, apurado: I - pela Fazenda Municipal, nos casos de: a) lanamento direto;Praa Nria Coelho Guimares, 100 centro Guanhes/MG CEP: 39.740-000- Fone (33) 3421-1501 FAX: (33) 3421-1515 E-mail: [email protected] 33

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b) lanamento por declarao; c) alterao ou substituio do lanamento original, qualquer que tenha sido a sua modalidade; d) aplicao de penalidades pecunirias. II - pelo prprio sujeito passivo, nos casos de: a) lanamento por homologao; b) retificao da declarao, nos casos de lanamento por declarao, por iniciativa do prprio declarante; c) confisso espontnea da obrigao, antes do incio de qualquer procedimento fiscal. III - na deciso administrativa desfavorvel, no todo ou em parte, ao sujeito passivo; IV - mediante estimativa ou arbitramento procedido pela Fazenda Municipal, sempre que no puder ser determinado o montante integral do crdito tributrio. Art. 149 - Considerar-se- suspensa a exigibilidade do crdito tributrio a partir da data da efetivao do depsito na Tesouraria da Prefeitura, observado o disposto no artigo seguinte. Art. 150 - O depsito poder ser efetuado nas seguintes modalidades: I - em moeda corrente no pas; II - por cheque; III - por vale postal. 1 - O depsito efetuado por cheque somente suspende a exigibilidade do crdito tributrio com o resgate deste pelo sacado. 2 - A Legislao Tributria poder exigir, nas condies que estabelecer, que os cheques entregues para depsito, visando suspenso da exigibilidade do crdito tributrio, sejam previamente visados pelos estabelecimentos bancrios sacados. Art. 151 - Cabe ao sujeito passivo, por ocasio da efetivao do depsito, especificar qual o crdito tributrio ou a parcela do crdito tributrio, quando se for exigido em prestaes, abrangido pelo depsito. Pargrafo nico - A efetivao do depsito no importa em suspenso da exigibilidade do crdito tributrio: I - quando parcial, das prestaes vincendas em que tenha sido decomposto; II - quando total, de outros crditos referentes ao mesmo ou a outros tributos ou penalidades pecunirias. Subseo IV Da Cessao do Efeito Suspensivo Art. 152 - Cessam os efeitos suspensivos relativos com a exigibilidade do crdito tributrio: I - pela extino do crdito tributrio, por qualquer das formas previstas no artigo 153; II - pela excluso do crdito tributrio, por qualquer das formas previstas no artigo 167; III - pela deciso administrativa desfavorvel, no todo ou em parte, ao sujeito passivo; IV - pela cassao da medida liminar concedida em mandado de segurana.

Seo III

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Da Extino do Crdito Tributrio Subseo I Das Disposies Gerais Art. 153 - Extinguem o crdito tributrio: I - o pagamento; II - a compensao; III - a transao; IV - a remisso; V - a prescrio e a decadncia; VI - a converso do depsito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologao do lanamento, na forma indicada nesta Lei; VIII - a consignao em pagamento, quando julgada procedente; IX - a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, que no possa ser objeto de ao