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  • 7/24/2019 Grupo2.Artigo - o Empresario - Ascarelli

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    -

    . -_ - 4

    O EMPRESRIO

    Swmirio:

    l Empresrio e atividade;

    ' IHEON

    00

    'H l

    )U

    DE

    AGOSTO

    2 - AtiVidade e ato.

    I. O que qulifica o empresano conceito central

    no

    sistematica da legislao italiana -- , em minha opinio, uma atividade

    econmica {assim como uma atividade econmica qualificava o

    comerciante): empres:i.rio", reza o art. 2.082

    do

    Cdigo Civil, "quem

    exerce

    profissionalmente uma atividade econmica organizada, dirigida

    produo ou troca de bens ou servios . ---

    W

    pois a natureza (e o exerccio) da atividade que qualifica

    o empres:i.rio (e no, ao contrario, a qualificao do sujeito que determina

    a atividade) e nessa prioridade da atividade exercida para a qualificao

    o

    sujeito

    podese

    notar a persistncia de

    um

    elemento objetivo,

    como

    critrio de aplicabilidade da especial disciplina ditada para a atividade e

    para quem a exerce.

    Importa, por isso, determonos

    na

    anlise do conceito de

    atividade, mesmo se alguns dos problemas que mencionaremos sob esse

    aspecto sero depois retomados na ilustrao ulterior da doutrina do

    empresrio.

    Isto, por um lado, porque se trata da primeira conotao do

    empresano

    definido no

    art.

    2.082 como aquele que exerce a atividader

    qualificada no mesmo artigo (econmica, organizada, dirigida produo

    ou troca de bens ou servios). De outro lado, porque o o ~ e i t o

    de

    empresrio esta ligado importucia da atividade, de )lodo geral. A

    doutrina juridica tradicional, na refinada elaborao dos conceit's de ato e

    negcio juridico, tem negligenciado a elaborao

    do

    conceito de atividade.

    Deve-se, pois, examinar quais so as

    categorias juridicas do direito

    tradicional aplicveis

    atividade .

    Veremos como o conceitu de atividade se coordena com o

    de

    probabilidade

    de

    ganho e

    a

    esses

    ca'ncetos

    que

    deveremos recorrer

    Traduo de Fbio

    Konder omparato

    --..-..

    ----- '''

    1

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    .

    .

    .

    2

    ,na avaliao juridica dos fenmenos prprios de uma ec'()nonua

    caracterizada pela produo

    industrial

    de massa.

    2 a) A atividad

    no

    significa ato: mas uma serie de atos

    coordenveis entre si, em funo de uma finlidade comum, O termo

    ato , ao invs de ser tomado em seu alcance jurdico tcnico, deve ser

    nesse particular entendido, ao menos para as pessoas fisicas, como

    equivalente a "negcio" (no sentio vulgar), por sua vez resultante de um

    ou

    mais atos juridicos, nado

    que,

    para as pessoas fisicas, uma

    pluralidade de negcios , e no puramente de . atos , que pode

    apresentar coffio coordenada a lUila atividade e, por isso, elemento

    integrante

    desta.

    ESsa

    referncia

    serv: para

    excluir,

    em

    minha opinio,

    a

    qualificao de empresrio em razo do cumprimento de uma pluralidade

    de atos que tenham, de per si, mero valor instrumental, relativamente a

    outras operaes s quais se rl:eve remontar. Assim, a reiterada subscrio

    ou mesmo negociao

    de

    cambiais no representa, por si s, uma

    atividade empresarial, a qual ao contrrio resultar das operaes

    ulteriores,

    em

    relao

    s

    quais

    a

    \emisso

    e a circulao

    de cruhbiais

    I o

    meios instrumentais, como, por eumplo compra e venda de mercadorias

    a

    crdito ou a prpria intermediao no crdito.

    Essa finalidade, para as pessoas juridicas e coletividades

    organizadas, coincidir por sua vez com o seu escopo, ou estar

    coordenada com este. Quando assim, no seja, a atividade desenvolvida

    estar em contraste com o escopo do ente e deverse ento, antes de

    mais nada, perguntar se a atividade imputvel ou no ao ente, podendo,

    apenas na primeira hiptese, ser invocada para a aplicao ao ente

    das

    normas pertinentes.

    Tais precises servem para dirimir vrios problemas, Da

    proibio de uma atividade no pode derivar a sua nulidade; no deriva

    nem

    mesmo

    necessariamente, a nulidade dos atos isolados, que podem

    permanecer vlidos, embora sendo ilcita a atividade. A distino pode ser

    essencial, no tocante s normas

    de

    disciplina publicista da economia, que

    podem fulminar a ativid;lde (e portanto o sujeito 'que a exerce), sem

    prejudicar a validade (e, por conseguinte, em seus efeitos relativamente a

    terceiros) do ato singular, ou -sem lhe"'l plicar a pena de nulidade (ao

    contrrio, dando, por exemplo, a possibilidade de Sua resolubilidade a

    pedido da outra parte), Se ,examinamos a disciplina publicista da

    e o n o m i ~ no

    de

    fato dificil perceber como ela considera, por vezes

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    , .

    ~ ~ ~ ~ ~

    ~ ~

    ;

    ...

    )

    atos detenninados; outras vezes, a possibilidade de exercicio de

    determinada atividade ou a sua localizao, ou ainda o desenvolvimento

    da atividade, prevendo sanes tais como a liquidao administrativa,

    para os estabelecimentos de crdito, empresas de seguros, cooperativas; a

    cessao do exerccio, para empresas de venda ao pblico), sanes essas

    que dizem respeito ao exerccio ou localizao) da atividade. A

    disciplina privatista do

    ato

    pode, pois, permanecer independente da

    disciplina publicistada atividade

    . b) A atividade dever ser apreciada de modo autnom,

    isto , independentemente da apreciao dos atos singulares,

    individualmente considerados. Independentemente da disciplina dos atos

    singulares pode ser considerado ilcito o fim perseguido com a atividade,

    ou pode ser submetido a normas particulares o exerccio da atividade.

    A ilicitude

    da

    finalidade, ou do exerccio, no exclui a

    imputabilidade da atividade, mas acarreta a aplicao de sanes.

    A atividade poder ser licita ou ilcita, mas no poder ser

    nula.

    s

    normas sobre nulidade ou anulabilidade dos atos no podem ser

    aplicadas atividade, que ser existente ou inexistente e no primeiro

    caso, regular ou irregular, lcita ou ilcita, mas nunca nula por vcios dos

    atos singulares, pois o cumprimento de atos ntilos e anulveis pode

    vincular-se ao exerccio de uma atividade.

    Por

    outro lado, a atividade poder ser real ou simplesmente

    aparente, mas no poder ensejar a aplicao da disciplina d simulao

    dos negcios juriclicos.

    A apreciao da atividade implica a de sua finalidade, a

    qual, por sua

    vez

    reflete-se na coordenao dos atos singulares praticados

    no exerccio de uma atividade, mas que permanecem estranhos causa de

    cada um desses atos.

    c) Por vezes vem disciplinada uma especial habilitao do

    sujeito ao exerccio

    da

    atividade e ento a falta de habilitao precluir a

    titularidade da atividade, salvo no entanto o exame segundo as normas

    aplicveis) da disciplna dos atos singultes.

    s

    normas que regem a habilitao ao cumprimento da

    atividade cuja violao

    oSancionada

    pela falta de aquisio da

    5

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    ' '

    -

    .

    .

    4

    -titularidade

    d

    atividade) protegem o prprio. sujeito; ao passo que as que

    precluem ou limitam o acesso a detenninadas atividades so ditadas para

    proteo de um interesse diverso

    do

    sujeito ao qual se probe a atividade

    e, por isso, sua -violao acarreta a aplicao de sanes, mas no o

    impedimento em ver reconhecida a titularidade da atividade.

    '

    d) Sujeito da atividade (ou seja, termo de imputao

    juridica da atividade e, segundo ~ e parece, no sistema italiano, o sujeito

    dos atos singulares

    que

    a

    formam.

    Podese,

    p a r e c e ~ m e

    recorrer, no

    sistema italiano, em linha de princpio, unicamente a esse concdto

    juridico, ao plli.sa que

    e

    mpossvel recorrerse, coma

    s

    vezes se afirma, a

    um

    conceito econmico, referindo-se a subjetividade da atividade a quem,

    economicamente, tenha a direo e o

    risco dela. No seria, alis, possvel

    referir a subjetividade da empresa a todo aquele que, na variedade dos

    casos, corre economicamente; o risco da atividade. A prpria certeza da

    aplicao do direito requer a referncia a caractersticas tpicas, cuja

    relao com uma detenninada funo econmica no pode ocorrer seno

    normalmente, no podendo corresponder a uma constante e rigorosa

    coincidncia. As caractersticas que iremos enumerando correspondem s

    que normalmente ocorrem naquele que, economicamente, considerado

    empresrio, coordenador dos fatores de produo; naquele que, correndo

    o risco e tendo o poder, organiza a atividade econmica e dela tira lucro.

    Mas o jurista no pode, em cada caso concreto, identificar aquele que,

    economicamente, empresrio, assim como no poderia ditar regras

    especiais para aquilo que, economicamente, e em cada caso concreto, o

    '

    lucro, mas deve, ao contrrio, recorrer a caractersticas tpicas que,

    normalmente, correspondem funo econmica. Na variedade dos casos ~

    concretos, aquilo que, economicamente,

    lucro

    e .aquele que,

    economicamente, e

    empresrio

    pode assumir caractersticas diversas 1 -

    entre os que o jurista pode tomar em considerao, justamente porque o

    1

    ~ .

    jurista, ao falar de risco e de iniciativa, deve defini-los em funo de ~ _ o : ; ;

    caracteristicas tpicas que possam ser objeto de um sistema normativo.

    :

    '-- '

    Importa, porm, definir de que risco

    s

    tr t e o risco relevante ento, \ ,

    no

    nosso sistema, o da necessidade de .adimplemento, perante terceiros, ~

    das obrigaes assumidas no exerccio da atividade, assim como, por \ -S

    '

    -

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    :

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    ..

    .. .

    ' '

    ... _ _

    .-

    5

    lljtla responsabilidade jurdica e de lljtla imputao jurdica, mas no de

    uma incidncia econmica do risco que.

    em

    ltima anlise.

    economicamente, incidir sobre os scios da sociedade), ou

    de

    lljtla

    efetiva paternidade.

    da

    iniciativa (qqe, efetivamente, ser se llpre dos

    homens e no das pessos jurdicas).

    Eis .porque me p ~ e c e impossvel referir a subjetividade da

    atividade a quem no seja sujeito dos atos dos quais resulta a mesma

    atividade, e sujeito (juridicamente) dos atos (dos quais resulta a atividade)

    aquele que, om bases nesses, adquire direitos e asswne obrigaeS ,

    independentemente

    da

    iniciativa (que, por exemplo, poder vir do

    representante e no do representado, embora sendo o representado quem

    adquire direitos e assume obrigaes), ou tambm

    do

    risco econmico

    (que, no caso concreto, poder ser de outrem).

    . '

    E o que nos permite entender por que, como lembrado,

    os

    sujeitos da atividade sejam tambm expressamente considerados pessoas

    jurdicas ou coletividades de pessoas, enquanto a iniciativa e o risco

    econmico so, necessariamente, to s

    d s

    pessoas fisicas, dado que, em

    contrapartida

    e

    o ponto de partida de todos os problemas

    das

    sociedades), os que tm a iniciativa (por meio

    da

    maioria da assemblia) e

    os que correm os riscos todos os scios) no c o i n c ~ d e r n

    e) Enquanto, porm. nas pessoas fisicas a atividade no

    -podera

    ser imputada seno em razo do efetivo

    cmnprimento

    dos atos

    pelos quais ela

    se

    desdobra sendo, por isso, considerada como um

    "fato"), nas pessoas jurdicas ser suficiente o escopo de realiz-la, ainda

    que

    independentemente

    do

    seu efetivo desenvolvimento. Em tais

    hipteses, pois o escopo o elemento ao qual

    se

    deve antes de tudo

    recorrer para a qualificao do sujeito.

    Toda vez, porm, que seja desenvolvida efetivamente uma

    atividade em contraste com o escopo

    estatutrio

    e

    que

    ela possa ser

    imputada (apesar do contraste com o escopo estatutrio) pessoa jurdica,

    dever-se- recorrer atividade efetivamente exercida, pois de outra forma

    seria violada uma disciplina imposta em razo

    do

    interesse pblico.

    Fazendo proceder a

    i m ~ r l t o

    da atividade da imputao

    dos atos, possvel (como precedentemente

    1>bservado)

    Teferir a

    atividade, e a sua qualificao, a

    .uma

    pessoa jurdica ou a .uma

    .- . ~ _ . . . . ~ ~ ~ - - - -

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    - -- .__,

    .

    6

    . coletividade organizada, como

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    .

    :

    .

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    __ :._

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    __ -_;_.

    .

    :

    .

    7

    Posta essa soluo nonnativa indubitvel, prefervel a

    respo_sta

    negativa indagao acima feita. A resposta positiva poderia,

    sem dUvida justificar-se com a possibilidade (qu,e, ento, diria respeito a

    -

    qualquer scio de resolver-se a qualificao

    da

    sociedade na dos scios

    (mas, a, a qualificao

    j

    no poderia ser atribuda simultaneamente

    sociedade), devendose portanto, ressalvar o diferente alcance da

    qualificao quando aplicada diretamente pessoa fisica e quando

    aplicada ao membro da corporao, enquanto membro desta. Esse diverso

    alcance ; justamente, a consequncia da peculiar ordem nonnatiya

    indicada com as expresses de pessoa juridica e

    de

    coletividade

    organizada

    11

    ;

    e

    esse

    alcance diverso que exclui a extenso da falncia

    aos scios ilimitadalnente responsx,eis, e

    que

    admite a extenso

    da

    falncia social,

    mas no da falncia em razo da prpria insol vncia, aos

    scios de responsabilidade ilimitada.

    esse alcance diverso, tambm, que

    se coordena com diferente sentido que, de modo definitivo, assume a

    imputao de uma atividade e sua respectiva qualificao em relao a

    pessoas jurdicas e coletividades organizadas, de um lado, e pessoas

    fisicas de outro.

    f A atividade efetivamente exercida constitui, como

    notado, um fato , e um fato para cuja relevncia jurdica a vom::d2 do

    sujeito

    indiferente. no s

    quanto s

    consequncias que legalmente dela

    derivam, mas quanto sua prpria subsistncia.

    g

    A atividade se desenvolve

    no

    tempo: tem um inicio,

    um

    fim e uma localizao,

    que

    podem ser considerados de modo autnomo,

    com relao aos atos singulares (por sua

    vez

    localizveis no escopo e no

    tempo). Ainda a esse respeito, somos, para as pessoas fisicas,

    reconduzidos relevncia de elementos de fato; para as pessoas jurdicas,

    relevncia do

    escopo

    e de suas determinaes. A subsistncia do escopo

    de uma atividade empresarial detenninar, para as pessoas jurdica, a

    .aquisio

    da

    qualificao de empresrio mesmo antes do efetivo exerccio;

    e a persistncia do escopo (e em sentido contrrio, a liquidao

    conseqente cessao do escopo) importa a persistncia d qualidade de

    empresrio, mesmo quando cessou o exerccio efetiv da atividade.

    h) Enquanto ao ato eonsiderado

    em

    relao aos seus

    destinatrios, a :atividade, como

    tal,

    no tem destinatrio.

    No

    esmo

    -sentido. observa-se que a atividade dirigida ao mercado ou ao consumo

    do prprio sujeito. Essa observao justamente, no diz respeito

    .

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    -' -

    8

    identificao de um destinatrio da atividade considerada em si mesma,

    mas pretende ao invs indicar a destinao dos atoS dos quais resulta a

    atividade e sempre aos atos, e no atividade deles distinta, que se

    refere a destinao.

    i Do exercicio da atividade (para as pessoas fisicas) ou do

    escopo de exerc-la (para as pessoas jutidicas) deriva uma qualificao

    do

    sujeito.

    Essa qualificao constitui, por sua vez, o pressuposto para

    a aplicao ao sujeito de uma disciplina especial, ou para a aplicao de

    uma disciplina especial aos atos

    por

    eles praticados no exerccio da

    atividade.

    I Essa qualificao sempre adquirida, necessariamente, a

    ttulo originrio, ou seja, para o exerccio da prpria atividade ou com o

    fito de exerc-la, justamente porque uma atividade'\ por si s, no pode

    ser transferida.

    A transferncia pode dizer respeito ao complexo de bens

    que servem de instrumento atividade, mas no, a rigor, prpria

    atividade.

    m A qualificao de empres:i.rio no constitui st tus que

    diga respeito posio do sujeito num particular ordenamento jutidico e

    possa ser objeto de uma certificao autnoma.

    n A natureza da atividade reage sobre a qualificao do

    ato, como pertencente administrao ordinria ou extraordinria. Na

    verdade,

    em

    relao

    a t i v i d a d e ~ em funo da qual

    c o n s i d e r a d o ~

    que

    um ato, embora mantendo as mesmas caractersticas tpicas quando

    considerado isoladamente, ser considerado de administrao ordinria ou

    extraordin:i.ria, a no ser que seja diretamente considerado numa outra

    categoria. Assim, o ato de alienao de um bem, considerado de

    administrao extraordin:i.ria em relao a uma atividade de fruio desse

    bem, ser ao contrrio

    d.e

    .administrao ordinria relativamente a uma

    atividade cujo exerccio importa

    n su

    venda.

    .

    ; . ~

    J>

    o) Se examinamos as

    vn s

    atividades

    p o s s v i s ~

    no

    tardaremos em discernir uma grande diviso: entre atividades autnomas.

    de um lado, e atividades subordinadas, de outro, isto , atividades que se

    : . . - - - - - - - ~ ~

    '

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    . ~

    :

    ..

    0

    , exercem

    na

    dependncia de outrem e cujos resultados v i n c u l a m ~ s e a bens

    alheios ou servios fornecidos por outras pessoas.

    s

    duas caractersticas

    ora indicadas devem concorrer para dar lugar a uma atividade

    subordinada, pois tanto a falta da priJneira quanto a da segunda deixariam

    subsistir uma atividade autnoma e pense-se -- quanto

    ausncia da

    primeira na empreitada e - quant J

    inexistncia

    da

    segunda -- numa

    atividade exercida autonomamente, mas segundo diretrizes alheias) .

    .

    autnoma a atividade

    do

    . empresrio, assim como

    autnoma a atividade

    do

    profissional autnomo e autnomas as atividaes

    no econmiCas e tambni prescindindo, como bvio, das atividade"s de

    consumo e fruio).

    subordinada a atividade do empregado. Esta, como Ja

    notado, pode ser prestada somente por pessoas fisicas, dado que em

    relao

    s

    pessoas juridicas

    ciu s

    coletividades organizadas, a prestao

    de trabalho por parte de seus membros considerada no s como

    --exerccio de uma atividade

    da

    pessoa jurdica

    ou

    da coletividade, como

    tambm corno exerccio de uma atividade autnoma desta.

    A atividade autnoma poder ser diversamente qualificada,

    tendo em vista a diversidade de sua natureza e finalidade. Veremos que a

    primeira caracterstica da atividade empresari'al de ser uma atividade

    econmica, dirigida

    produo e

    troca, organizada (de onde distinguir

    se da a ~ i v i d a d e

    do

    profissional autnomo), exercida profissionahnente.

    Por outro lado,

    com relao ao trabalho subordinado que

    se apresenta uma problemtica especial, cujo surgimento constitui uma

    das

    notas mais salientes das estruturas econmicas caracterizadas pela

    produo de massa, em razo da maior relevncia que assume nesta o

    trabalho subordinado e a concentrao

    d

    produo.

    Essa problemtica encontra seu ponto de parrida n

    relevncia que a contribuio do trabalhador empr:

    ; ~ : : :

    z.u exerccio de

    uma atividade; elemento esse que, por sua vez, quando aparece em outros

    contratos,

    cria

    uma problemtica especial - assim., por exemplo, no

    contrato de agncia

    ou

    preposio mercantil - e que, de modo geral,

    ignorado no direito tradicional, encontrai.i:io sua origem no trabalho livre e

    a sua importncia naquela estrutura econmica

    .mais

    complexa .que

    fruto da revoluo industrial.

    por

    isso .que se pem problemas peculiares

    '

    Oi

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    Q:)f..

    .. quanto disciplina

    0

    da prestao da atividade quanto o contrato llJllo; ou

    quanto ao simultneo exerccio de uma atividade diversa ou concorrente

    com a do. empregador; quanto

    cessao da relao, omo, em geral, nos

    contratos de execuo continuada; quanto ao perodo durante o qual a

    atividade exercida e assim por diante. A prestao do trabalhador

    implica o exerccio de wna atividade pessoal e essa segunda caracterstica

    suscita, por sua vez., novos problemas pe.se-se,

    no

    direito privado, na

    disciplina d concluso

    do

    contrato e note-se a analogia com os problemas

    que se pem no caso

    da.

    prestao de qualquer atividade pessoal).

    _.A

    prestao do trabalhador importa o exerccio de uma atividade

    subordinada e colocam-se, por isso, problemas atinentes a essa

    subordinao, aos seus limites. A prestao do trabalhador importa o

    exerccio de uma atividade cujos resultados imediatos pertencem ao

    empregador e pem-se, com isso, problemas relativos

    incidncia dos

    riscos atinentes ao desenvolvimento da atividade do empregado. A

    prestao do trabalhador importa o exerccio de uma atividade

    subordinada, pessoalmente prestada,

    de

    modo geral, por vrios

    trabalhadores para um s empresrio, o que acentua a fraqueza de cada.

    um dos primeiros em relao ao segundo e eis a problemtica - que

    assume relevncia central no

    mundo

    moderno - resolvida por meio de

    wna srie de institutos, tais como: a organizao sindical dos

    trabalhadores como compensao inferioridade do individuo (que ,

    alis, tambm um elemento de equilbrio de foras na estrutura poltica);

    s contrataes coletivas

    enquanto

    instrumento para compensar a

    inferioridade na qual

    s

    encontraria o indivduo

    c o n t r t n t e ~

    a disciplina

    das despedidas de empregados, voltada a proteger a inferioridade do

    individuo; o direito de greve como arma dos trabalhadores

    org-anjzados

    para

    fazer valer, como ao concertada, interesses que cada individuo no

    poderia sustentar.

    Reproduzem-se, por vezes, no direito do trabalho,

    fenmenos que podem talvez recordar outros prprios das primeiras

    origens do direito comercial, quando a nascente classe dos empiesrios s

    afirmava perante as aristocracias feudais. A ;asspciao compensa a

    fraqueza do individuo e visa a elaborar,

    alm

    de

    = a

    rlisciplina interna,

    normas que regulem as prestaes dos i J.dividuos. obra do legislador se

    substitui em parte a atividade normativa por meio das convenes

    coletivas. A elaborao de princpios por

    parte das

    comisses internas e

    dos juizos arbitrais acaba por constituir um direito judicirio. Por vezes -

    _lo

  • 7/24/2019 Grupo2.Artigo - o Empresario - Ascarelli

    11/11

    '

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    .

    .

    11

    em

    relao

    s diversas

    estruturas

    econmicas dos

    vrios

    pases e diversa

    for das .organizaes dos trabalhadores -- prevalece a interveno direta

    do Estado e da

    sua

    disciplina; outras vezes, ao cootrrio, a elaborao das

    contrataes coletivas e

    de

    rgos especiais

    TULLIO ASCARELLI

    Corso di Diritto Conunerciale - ltttroduzione

    e Teoria'dell'Impresa , 3 ed., Milo. (Giuffr),

    1962, pp.l45 a 160.

    Traduo de Fbio Konder Comparato

    .,

    _{