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GRUPO I - CLASSE II - Plenário

TC-011.750/2017-0

Natureza: Solicitação do Congresso Nacional

Interessada: Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal.

Órgão/Entidade/Unidade: Serviço Social do Comércio, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Desenvolvimento Social (ABDI) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Representação legal: Mauro Porto (OAB/DF 12.878), representando o Sesi/DN e o Senai/DN (peças 6 e 7).

SUMÁRIO: SOLICITAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL. SOLICITAÇÃO DE REALIZAÇÃO DE FISCALIZAÇÕES NAS ENTIDADES QUE COMPÕEM O DENOMINADO “SISTEMA S”, FORMULADA POR COMISSÃO PERMANENTE DO SENADO FEDERAL. CONHECIMENTO. AUDITORIAS DE LARGO ESCOPO. UNIVERSO AUDITÁVEL DE 229 UNIDADES INTEGRANTES DO “SISTEMA S”. INVIABILIDADE DE ATENDIMENTO DO PLEITO NO PRAZO ORGINALMENTE PREVISTO NA RESOLUÇÃO TCU 215/2008, SEM REDUÇÃO DO ESCOPO. AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DAS FISCALIZAÇÕES REQUERIDAS COM PRAZO DE ATENDIMENTO INTEGRAL À PRESENTE SOLICITAÇÃO, DE 360 DIAS, EXCEPCIONALMENTE. COMUNICAÇÃO À COMISSÃO REQUERENTE ACERCA DO PRAZO ESTIMADO PARA ATENDIMENTO, COM ENVIO DE CÓPIA DA DELIBERAÇÃO CONTENDO O DETALHAMENTO DA FORMA DE ATENDIMENTO. RETORNO DOS AUTOS À SECRETARIA PARA PROSSEGUIMENTO.

RELATÓRIO

Trata-se de Solicitação do Congresso Nacional, autuada a partir do Requerimento RTG nº 20 de 2017-CTFC, encaminhado pelo Senador Ataídes Oliveira, Presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, por meio do qual solicita a este Tribunal de Contas da União, a realização de auditorias nas entidades componentes do “Sistema S”, no que atine às gestões dos exercícios de 2015 e 2016, quanto aos aspectos que especifica (peça 1).

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2. A solicitação em questão foi recebida neste Tribunal no dia 5/5/2017 e, ato contínuo, distribuída pela Presidência deste Tribunal à Segecex (peça 2), após autuação. Esta remeteu o processo à SecexPrevidência, para o atendimento às disposições constantes do art. 9º da Resolução TCU 215/2008.

3. No âmbito da SecexPrevidência elaborou-se instrução inicial deste feito à peça 10, integralmente acolhida pelos escalões dirigentes às peças 11/12, vazada nos seguintes termos (transcrição com ajustes e observações pertinentes):

“INTRODUÇÃO

1. O Presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, mediante Ofício 30/2017/CTFC, de 3/5/2017, encaminhou o Requerimento 20, de 2017, de autoria do Senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), em que solicita a realização de auditorias nas entidades componentes do denominado ‘Sistema S’ a seguir relacionadas, no que atine às gestões dos exercícios financeiros de 2015 e 2016 (peça 1):

a) Sesi - Serviço Social da Indústria;

b) Senai - Serviço Nacional da Indústria; [leia-se Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial]

c) Sesc - Serviço Social do Comércio;

d) Senac - Serviço Nacional do Comércio; [leia-se Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial]

e) Sest - Serviço Social do Transporte;

f) Senat - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte;

g) Senar - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural;

h) Sescoop - Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo;

i) ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial;

j) Apex - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos; e

k) Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

2. De acordo com o requerimento, as auditorias deverão abranger análises sobre:

a) balanços patrimoniais, em âmbito nacional e regional;

b) disponibilidades financeiras em 31/12/2015 e 31/12/2016;

c) receitas efetivamente arrecadadas nos anos auditados:

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c.1) via Instituto Nacional do Seguro Social e Secretaria da Receita Federal do Brasil, comparando as informações com o informado pelas entidades em seus balanços patrimoniais;

c.2) arrecadação direta e respectivos repasses dos Sesi e Senai regionais feitos via Siafi às entidades nacionais congêneres;

c.3) outras receitas, tais como:

c.3.1) aplicações financeiras;

c.3.2) aluguéis, exploração de restaurantes e cursos cobrados;

d) despesas, principalmente as classificadas nas rubricas publicidade, patrocínios, eventos, comunicação social e similares, como: jornalismo, relações públicas, marketing, etc.;

e) transferências de recursos às federações e confederações a título de participação na aquisição de imóveis de uso comum;

f) folhas de pagamento de pessoal;

g) percentual de gratuidade na oferta de cursos e treinamentos;

h) transparência do Sistema; e

i) investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais dessas instituições.

ADMISSIBILIDADE

3. As entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado que recebem contribuições parafiscais, tais como aquelas integrantes do Sistema ‘S’, por arrecadarem e gerenciarem recursos públicos estão sujeitas à fiscalização do TCU (Ac. TCU 2.469/2008-1ª, Ac. TCU 3.044/2009-Plenário, Ac. TCU 2.105/2009-1ª Câmara, Ac. TCU 1.093/2010-1ª Câmara).

4. O Tribunal de Contas da União, nos termos do art. 1º, II, do Regimento Interno, detém competência para realizar, por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional, de suas casas ou das respectivas comissões, auditorias, inspeções ou acompanhamentos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e demais órgãos e entidades sujeitos à sua jurisdição.

5. Estabelece o art. 232, inciso III, do Regimento Interno do Tribunal, fundado nos incisos IV e VII do art. 71 e § 1º do art. 72 da Constituição Federal, e o art. 4º, inciso I, da Resolução-TCU 215/2008, que o presidente de comissão do Senado Federal integra

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o rol de legitimados aptos a solicitar ao Tribunal a realização de auditorias e inspeções, quando por aquela aprovada.

6. No âmbito do Tribunal, as solicitações do Congresso Nacional são tratadas segundo as orientações contidas na Resolução TCU 215/2008. Nos termos dessa Resolução (arts. 5º e 15), o processo de solicitação do Congresso Nacional tem natureza urgente e tramitação preferencial e deverá ser integralmente atendido em até 180 dias, prorrogável uma única vez por até metade do prazo inicialmente fixado, quando se tratar de solicitação de fiscalização, salvo se prazo distinto houver sido fixado pelo colegiado solicitante ou sido acordado na forma do art. 12 do normativo.

7. Desse modo, entende-se que é possível ao Tribunal conhecer desta solicitação de auditoria, por atender aos requisitos de admissibilidade previstos por esta Corte de Contas.

EXAME TÉCNICO

8. Diante da relevância do objeto proposto, e tendo em vista não haver fiscalizações já realizadas por este Tribunal que atendam integralmente a presente solicitação, esta unidade técnica manifesta-se favoravelmente à realização da fiscalização solicitada, na forma de auditoria de conformidade.

9. Entretanto, cabe ponderar que o sistema ‘S’ é composto por pessoas jurídicas de direito privado, sem fins econômicos, criadas por lei para desempenhar atividades assistenciais ou de ensino a determinadas categorias profissionais. Essas entidades estão distribuídas por todo o território nacional, perfazendo atualmente um universo auditável de 229 unidades (vide quadro anexo).

10. Considerando esse quantitativo de unidades (229), o escopo de auditoria solicitado pelo Senador (receitas, transferências, contratos de despesas, pessoal, transparência das informações, gratuidade de cursos), a descentralização administrativa e financeira que caracteriza os entes e as peculiaridades legais que os cercam, verifica-se a inviabilidade de a SecexPrevidência atender o pleito no prazo máximo de 180 dias, conforme dispõe o art. 15, inciso II, da Resolução-TCU 215/2008. Do mesmo modo, dada a quantidade de UJ a serem auditadas, verifica-se, ainda, a inviabilidade desta Secretaria realizar o trabalho sem o auxílio de outras Secretarias do TCU.

11. Propõe-se, desse modo, que a Secex Previdência, além de prover as Secretarias do TCU das informações necessárias para a execução dos trabalhos, fique responsável pela coordenação das auditorias nos entes nacionais do Sesi; Senai; Sesc; Senac; Sest; Senat; Senar, Sescoop, cabendo à Secex Desenvolvimento a análise dos referidos itens da SCN para a Apex, Abdi e Sebrae, haja vista que estas entidades são de sua clientela.

12. Já em relação às ações fiscalizatórias para os entes regionais do Sistema ‘S’, propugna-se que a Segecex se manifeste quanto à oportunidade e à conveniência de sua

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operacionalização pelas Secex Estaduais para que algumas realizem testes substantivos nas informações prestadas pelos entes.

13. Diante de todo o exposto, o prazo razoável para atendimento a essa solicitação no seu inteiro teor seria de 360 dias, depois de sorteado o relator.

Processos deste Tribunal que atendem parcialmente à solicitação

14. Cabe aqui mencionar alguns processos deste Tribunal que podem atender parcialmente às informações requeridas na presente solicitação (itens g e h do parágrafo 2). Assim, as informações destes processos devem ser consideradas quando da realização do planejamento da auditoria decorrente desta solicitação.

Levantamento sobre transparência nas entidades do sistema S (TC-014.248/2015-8), e respectivo monitoramento das deliberações (TC-027.202/2016-0)

15. O TC-014.248/2015-8, referente a relatório de levantamento, teve por objeto a avaliação do nível de transparência das entidades do Sistema S em relação à divulgação de dados sobre receitas, despesas, demonstrações contábeis, licitações, contratos, entre outras, bem como ao atendimento aos interessados e à sociedade em geral no que tange ao acesso à informação.

16. Os trabalhos resultaram no Acórdão 699/2016-TCU-Plenário, de 30/3/2016, que emanou determinações e recomendações às entidades do Sistema S. Atualmente, o atendimento às referidas deliberações está sendo monitorado por este Tribunal mediante o TC-027.202/2016-0.

Levantamento de auditoria realizado pela SecexEducação (TC-008.089/2015-9)

17. Levantamento de auditoria realizado pela SecexEducação, com o objetivo de aprofundar o conhecimento das ações relacionadas ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e as principais ações governamentais de capacitação profissional, avaliou os acordos de gratuidade firmados entre o governo federal e os serviços sociais autônomos da indústria e do comércio (TC-008.089/2015-9).

18. O referido levantamento constatou, em síntese, a ausência de dados fidedignos sobre o cumprimento dos acordos de gratuidade. Os trabalhos resultaram no Acórdão 3.330/2015-TCU-Plenário, de 9/12/2015, que determinou a realização de novas ações fiscalizatórias por parte desta Corte de Contas.

Auditoria Operacional no Sebrae (TC-013.091/2017-4)

17. A Auditoria Operacional no Sebrae encontra-se na fase de planejamento e tem o objetivo de avaliar o alinhamento da atuação do Sebrae/DN e do Sebrae/DF às suas finalidades institucionais e às políticas nacionais de desenvolvimento (TC-013.091/2017-4).

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18. Para isso serão verificados aspectos relacionados à eficiência, transparência e vinculação das atividades do Sebrae as políticas nacionais de desenvolvimento.

Conflito de competência

19. Deve-se considerar que, nos termos do art. 10 da Resolução TCU 215/2008, o relator do processo de solicitação do Congresso Nacional é o relator da lista de unidades jurisdicionadas em que se inclua o órgão ou entidade de que trata a solicitação. Consoante o parágrafo único, quando houver conflito de competência ou se tratar de assunto que não enseje distribuição segundo os critérios previstos nas normas do Tribunal, o relator do processo de solicitação do Congresso Nacional deverá ser sorteado.

20. Atualmente, os relatores responsáveis pelas unidades integrantes do Sistema ‘S’ são três, Ministro Benjamin Zymler, Ministro Augusto Sherman e Ministro-Substituto André de Carvalho:

Unidade Jurisdicionada Relator

Sesi André de Carvalho

Senai Benjamin Zymler

Sesc André de Carvalho

Senac Benjamin Zymler

Sest André de Carvalho

Senat Benjamin Zymler

Senar Benjamin Zymler

Sescoop Benjamin Zymler

ABDI Augusto Sherman

Apex-Brasil Augusto Sherman

Sebrae Augusto Sherman

19. Diante disso, com fundamento no disposto no art. 10, parágrafo único, da Resolução TCU 215/2008, o presente processo deve ser encaminhado à Secretaria de Sessões, para sorteio de relator, haja vista conflito de competência positivo observado em relação à relatoria do Ministro Benjamin Zymler (relator do Senai, Senac, Senat, Senar e Sescoop), Ministro Augusto Sherman (relator da Apex Brasil, ABDI e Sebrae) e Ministro-Substituto André de Carvalho (relator do Sesi, Sesc e Sest).

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20. Depois de sorteado o relator, requer-se, desde pronto, o prazo de 360 dias para atendimento desta solicitação, considerando tratar-se de pedido de fiscalização, conforme dispõe o art. 15, inciso II, da Resolução-TCU 215/2008.

PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO

21. Pelo exposto, submete-se o presente processo à consideração superior, propondo a adoção das seguintes medidas:

a) encaminhar o presente processo à Secretaria de Sessões/TCU, com fundamento no art. 10, parágrafo único, da Resolução TCU 215/2008, para sorteio de relator, haja vista conflito de competência positivo observado em relação à relatoria do Ministro Benjamin Zymler (relator do Senai, Senac, Senat, Senar e Sescoop), Ministro Augusto Sherman (relator da Apex Brasil, ABDI e Sebrae) e Ministro-Substituto André de Carvalho (relator do Sesi, Sesc e Sest);

b) conhecer da presente Solicitação do Congresso Nacional, com fundamento nos arts. 1º, II, e 38, I, da Lei 8.443/1992, uma vez que foram preenchidos os requisitos de admissibilidade estabelecidos nos arts. 232, III, do Regimento Interno e 4º, I, ‘b’, da Resolução TCU 215/2008;

c) depois de sorteado o relator, requerer, desde pronto, o prazo de 360 dias para atendimento desta solicitação, considerando tratar-se de pedido de fiscalização;

d) autorizar desde já, com fundamento nos arts. 1º, II, e 38, I, da Lei 8.443/1992, a realização de fiscalizações nas unidades nacionais e regionais do Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar, Sescoop, ABDI, Apex-Brasil e Sebrae, com o escopo de averiguar as questões abaixo listadas:

d.1) balanços patrimoniais, em âmbito nacional e regional;

d.2) disponibilidades financeiras em 31/12/2015 e 31/12/2016;

d.3) receitas efetivamente arrecadadas nos anos auditados:

d.3.1) via Instituto Nacional do Seguro Social e Secretaria da Receita Federal do Brasil, comparando as informações com o informado pelas entidades em seus balanços patrimoniais;

d.3.2) arrecadação direta e respectivos repasses dos Sesi e Senai regionais feitos via Siafi às entidades nacionais congêneres;

d.3.3) outras receitas, tais como:

d.3.3.1) aplicações financeiras; e

d.3.3.2) aluguéis, exploração de restaurantes e cursos cobrados.

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d.4) despesas, principalmente as classificadas nas rubricas publicidade, patrocínios, eventos, comunicação social e similares, como: jornalismo, relações públicas, marketing, etc.;

d.5) transferências de recursos às federações e confederações a título de participação na aquisição de imóveis de uso comum;

d.6) folhas de pagamento de pessoal;

d.7) percentual de gratuidade na oferta de cursos e treinamentos;

d.8) transparência do Sistema; e

d.9) investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais dessas instituições.

e) encaminhar cópia da decisão à Segecex para que articule a realização das fiscalizações nos entes regionais do Sistema ‘S’ pelas Secex Estaduais, e no Sebrae, Apex e ABDI pela SecexDesenvolvimento;

f) dar ciência da decisão que vier a ser adotada ao Presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, e autor do requerimento de auditoria encaminhado a esta Corte, Senador Ataídes Oliveira.

Unidades Componentes do Sistema ‘S’

Unidade Jurisdicionada Número de Unidades Integrantes Composição

Sesi 29 Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Departamento Nacional e Conselho Nacional

Senai 28 Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Departamento Nacional

Sesc 28 Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Departamento Nacional

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Senac 28 Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Departamento Nacional

Sest 15 Centro Oeste I, Centro Oeste II, Nordeste I, Nordeste II, Nordeste III, Nordeste IV, Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Conselho Nacional

Senat 15 Centro Oeste I, Centro Oeste II, Nordeste I, Nordeste II, Nordeste III, Nordeste IV, Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Conselho Nacional

Senar 28 Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Administração Nacional

SESCOOP 28 Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Departamento Nacional

ABDI 01 Nacional

APEX-Brasil 01 Nacional

Sebrae 28 Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Departamento Nacional

Total de Unidades Jurisdicionadas 229

Fonte: Sistema Clientela (Data: 25/5/2017)

4. Procedido o sorteio (peça 13), a presente solicitação foi remetida a este Relator sorteado e remetida ao meu Gabinete.

5. Ao tomar conhecimento da matéria objeto destes autos, observei, em despacho de peça 18, o preenchimento dos requisitos necessários ao conhecimento da matéria por este Tribunal e, considerando o universo de 229 unidades, constantes das relações de unidades jurisdicionadas de mais de uma secretaria deste Tribunal, determinei a

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remessa dos autos à Segecex para manifestação, diante das competências descritas nos arts. 33 e 34 da Resolução TCU 284/2016.

6. O Secretário-Geral de Controle Externo Substituto, por sua vez, determinou à SecexPrevidência que juntasse ao processo proposta de fiscalização, nos termos do § 2º do art. 6º da Portaria-Segecex 14/2014, conforme despacho e peça 20.

7. Assim, o titular da 2ª diretoria técnica da SecexPrevidência trouxe o seguinte detalhamento da forma de atendimento proposta à solicitação, a ser implementada mediante a realização de diversas auditorias capazes de propiciar o atendimento à solicitação formulada pela comissão do Senado Federal, com a participação de diversas unidades deste Tribunal, sob a coordenação daquela unidade técnica (peça 23):

1. Trata-se de proposta de fiscalização, do tipo auditorias de conformidade, para atender ao Requerimento 20/2017 do Sr. Presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, mediante Ofício 30/2017/CTFC, de 3/5/2017, de autoria do Senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), em que solicita a realização de auditorias nas entidades componentes do denominado ‘Sistema S’ a seguir relacionadas, no que atine às gestões dos exercícios financeiros de 2015 e 2016 (peça 1):

a) Sesi - Serviço Social da Indústria;

b) Senai - Serviço Nacional da Indústria;

c) Sesc - Serviço Social do Comércio;

d) Senac - Serviço Nacional do Comércio;

e) Sest - Serviço Social do Transporte;

f) Senat - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte;

g) Senar - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural;

h) Sescoop - Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo;

i) ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial;

j) Apex - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos; e

k) Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

2. De acordo com o requerimento, as auditorias deverão abranger análises sobre:

a) balanços patrimoniais, em âmbito nacional e regional;

b) disponibilidades financeiras em 31/12/2015 e 31/12/2016;

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c) receitas efetivamente arrecadadas nos anos auditados:

c.1) via Instituto Nacional do Seguro Social e Secretaria da Receita Federal do Brasil, comparando as informações com o informado pelas entidades em seus balanços patrimoniais;

c.2) arrecadação direta e respectivos repasses dos Sesi e Senai regionais feitos via Siafi às entidades nacionais congêneres;

c.3) outras receitas, tais como:

c.3.1) aplicações financeiras;

c.3.2) aluguéis, exploração de restaurantes e cursos cobrados;

d) despesas, principalmente as classificadas nas rubricas publicidade, patrocínios, eventos, comunicação social e similares, como: jornalismo, relações públicas, marketing, etc.;

e) transferências de recursos às federações e confederações a título de participação na aquisição de imóveis de uso comum;

f) folhas de pagamento de pessoal;

g) percentual de gratuidade na oferta de cursos e treinamentos;

h) transparência do Sistema; e

i) investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais dessas instituições.

3. As fiscalizações aqui referidas têm como objetivo atender a cada item acima descrito, obedecendo ao cronograma de atividades e de responsáveis indicados por esta Secex Previdência.

Exame da Materialidade, Risco, Oportunidade e Relevância

4. Nos últimos anos, o Sistema S tem crescido de importância no cenário nacional, tanto no que concerne à sua atuação, mas também no que refere ao volume de recursos administrados. Em relação à materialidade, o quadro abaixo detalha os valores dos orçamentos aprovados para cada ente do Sistema S para o exercício de 2017:

Orçamento aprovado (R$1,00)

Senat 1.103.314.453,71

Sescoop 456.371.447,00

Senac 4.579.233.000,00

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Senar 1.031.236.307,00

Senai 5.615.024.386,82

Sesi 7.163.423.382,96

Sest 987.741.011,03

Sesc 6.862.635.634,00

Sebrae 4.439.867.000,00

Total 32.238.846.622,52

DOU 29/12/2016, 2/1/17 e 31/1/2017, Seção 1

5. No que tange à relevância, as ações executadas pelas entidades do Sistema S têm grande impacto social, principalmente porque afetam diretamente os trabalhadores vinculados a cada Sistema, uma vez que ações em saúde, educação regular e profissional, lazer e desporto devem ser colocadas à disposição dos trabalhadores. Importante destacar, que potenciais desvios ou má-aplicação de recursos impactam negativamente na atuação finalística desses entes, representando elevado risco a execução orçamentária, financeira e operacional destes entes.

6. Do ponto de vista da oportunidade do trabalho, diversos assuntos têm sido atacados pelo TCU nos últimos anos, dentre eles cabe destacar o do TC-006.694/2013-6, que tratou de representação referente aos repasses feitos às federações sindicais da indústria pelo Sesi e pelo Senai; o TC-028.856/2011-7, que realizou um levantamento sobre as demonstrações contábeis, as fontes de arrecadação e aplicações financeiras das entidades do Sistema S, bem como autorizou auditoria em despesas contratuais das entidades dos serviços sociais autônomos; o do TC-010.375/2014-7, que cuidou de definir regras gerais para a aplicação da Lei 10.101/2000, identificando, nos casos analisados, pagamento de salários, a empregados do sistema, em níveis muito acima dos padrões estabelecidos pelo mercado; o do TC-033.344/2014-0, que requereu do TCU manifestação a respeito do cumprimento das exigências de apresentação de Prestação de Contas Anuais e da correta divulgação trimestral dos valores arrecadados das receitas e despesas dos respectivos orçamentos das entidades integrantes do Sistema S; o do TC-002.772/2015-9, que solicita informações sobre as disponibilidades financeiras do Sistema S, das suas federações e confederações e, ainda, do percentual de cursos gratuitos que estão sendo disponibilizados pelo referido Sistema; o do TC-014.248/2015-8, e respectivo monitoramento das deliberações (TC-027.202/2016-0), que tratou da Transparência das Informações dos entes do Sistema S; o do TC-008.089/2015-9, que tratou de Levantamento de Auditoria realizado pela Secex Educação, com o objetivo de aprofundar o conhecimento das ações relacionadas ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e as principais ações governamentais de capacitação profissional, e avaliou os acordos de gratuidade

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firmados entre o governo federal e os serviços sociais autônomos da indústria e do comércio.

7. Como se vê, a gama de assuntos que são demandados do TCU a respeito do Sistema é complexa e relevante e, por vezes, não há informações disponíveis de forma rápida e confiável para atestá-las, necessitando de trabalhos de fiscalizações do Tribunal para verificar a regularidade dos gastos efetuados por estes entes. Desse modo, tendo em vista a atual ênfase estratégica do Tribunal, no aprimoramento da gestão dos entes, apresenta-se uma oportunidade para a elaboração desse trabalho, pois ter-se-á um panorama atual dessas entidades em relação aos assuntos solicitados pela SCN, descritos no item 2, desta instrução.

HISTÓRICO

8. A admissibilidade da presente SCN foi analisada nos itens 3 a 7, da instrução de peça 10, propondo ao Tribunal conhecer desta solicitação de auditoria, por atender aos requisitos de admissibilidade previstos por esta Corte de Contas e sortear o Relator do feito, tendo em vista conflito negativo de competência.

9. A proposta foi referendada pelo diretor da área e pelo titular da unidade técnica (peças 11 e 12, respectivamente).

10. O Relator sorteado para o presente TC-foi o Ministro Augusto Sherman Cavalcanti (peça 13).

11. Em despacho à peça 18, o Relator do processo se manifestou favorável à proposta desta Secex Previdência, no sentido de que é possível ao Tribunal conhecer desta solicitação, por atender aos requisitos de admissibilidade previstos no art. 232, inciso III, do Regimento Interno do Tribunal, no art. 71, incisos IV e VII, e no art. 72, § 1º da Constituição Federal, e no art. 4º, inciso I, da Resolução-TCU 215/2008.

12. Ponderou, o Relator, que o Sistema S é composto por entidades distribuídas por todo o território nacional, perfazendo atualmente um universo auditável de 229 unidades, conforme quadro anexo à peça 10. Além disso, destacou que as unidades jurisdicionadas listadas elencadas na SCN, componentes do ‘Sistema S’, pertencem à clientela de mais de uma unidade técnica da Secretaria do TCU. Nesse sentido, considerando as competências previstas nos arts. 33 e 34 da Resolução 284/2016, que define a estrutura e as competências da Secretaria do TCU, encaminhou os presentes autos à Segecex para manifestação.

13. Em atenção ao despacho do Ministro Augusto Sherman Cavalcanti, a Segecex encaminhou a esta Secex Previdência os presentes autos, para que juntasse proposta de fiscalização a que se refere a presente solicitação, nos termos do § 2º do art. 6º da Portaria-Segecex 14/2014, bem como do item 3 do respectivo anexo, restituindo, posteriormente, à Segecex para as demais providências (peça 20).

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Proposta de Trabalho

14. Cabe mencionar, mais uma vez, que o Sistema S é composto por pessoas jurídicas de direito privado, sem fins econômicos, criadas por lei para desempenhar atividades assistenciais ou de ensino a determinadas categorias profissionais. Essas entidades estão distribuídas por todo o território nacional, perfazendo atualmente um universo auditável de 229 unidades.

15. Considerando esse quantitativo de unidades, o escopo de auditoria solicitado pelo Senador (receitas, transferências, contratos de despesas, pessoal, transparência das informações, gratuidade de cursos), a descentralização administrativa e financeira que caracteriza os entes e as peculiaridades legais que os cercam, verifica-se a inviabilidade de a Secex Previdência atender o pleito no prazo máximo de 180 dias, conforme dispõe o art. 15, inciso II, da Resolução-TCU 215/2008. Do mesmo modo, dada a quantidade de UJ a serem auditadas, verifica-se, ainda, a inviabilidade desta Secretaria realizar o trabalho sem o auxílio de outras Secretarias do TCU.

16. Propõe-se, desse modo, que as fiscalizações para responder à presente SCN sejam realizadas em blocos, podendo ser realizadas inclusive simultaneamente, mas que, preferencialmente, sigam a seguinte ordem de prioridade: i) despesas contratuais; ii) transparência das informações, inclusive nas demonstrações financeiras das entidades, gratuidade dos cursos e investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais das instituições; iii) folha de pagamento e; iv) balanços patrimoniais, receitas e transferências e disponibilidades financeiras;

17. Em relação ao primeiro bloco, tendo em vista que se trata de auditorias de conformidade nos contratos de jornalismo, relações públicas, marketing, patrocínios e correlatos, ressalta-se que a Secex Previdência solicitou à CGU as informações de banco de dados de contratos dos entes do Sistema S (Sesi/Senai, Sesc/Senac, Sest/Senat, Sescoop e Senar). Não há informações disponíveis sobre o Sebrae, Apex e Abdi. De posse dessa informação, esta unidade técnica realizará pré-seleção dos contratos, considerando os requisitos de materialidade, relevância e risco e obedecendo aos assuntos relacionados na SCN, com vistas a discutir com as Secex regionais, que aderirem ao plano de trabalho dessa fiscalização, os testes substantivos a serem realizados amostralmente nestas localidades (item 2, ‘d’, desta instrução).

18. Sugere-se a alocação de 40 HD para realização desses trabalhos pela regional, sendo 10 para planejamento, 20 para execução e 10 para relatório, podendo as regionais modificarem esses números de acordo com a conveniência de cada uma. O período proposto para a realização dos trabalhos vai de ago/2017 a mar/2018.

19. Desse modo, propõe-se realizar convite a todas as regionais para realização dos trabalhos referentes aos contratos dos entes do Sistema S, em especial, os contratos de jornalismo, relações públicas, marketing, patrocínios e correlatos.

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20. Destaca-se que o detalhamento e seleção desses contratos serão objeto de discussão entre as regionais que aceitarem o convite e a Secex Previdência. Alguns pontos merecem destaque em relação ao primeiro bloco: (i) a Secex Desenvolvimento atuará no apoio da presente SCN - devido ao fato de ter em sua clientela o Sebrae, a Apex e a ABDI - em alinhamento com o plano de trabalho proposto e enviará as informações consolidadas dessas três entidades para a Secex Previdência; (ii) a Secex/SP, por estar responsável pelas entidades nacionais do Sistema S (Portaria Segecex 17/2017), atuará junto com a Secex Previdência na coordenação do bloco referente às despesas; (iii) todas as Secex regionais participantes da fiscalização autuarão processos de fiscalização que serão apensados ao processo principal que será autuado pela Secex Previdência; e, por último, todos os ofícios de solicitação de informações, com vistas a garantir a efetiva coordenação do atendimento das respostas junto aos entes nacionais do Sistema S, serão enviados pela Secex Previdência e as respostas serão disponibilizadas às Secex participantes.

21. Para atender ao segundo bloco (transparência das informações, inclusive nas demonstrações financeiras das entidades, gratuidade dos cursos e investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais das instituições), cabe mencionar alguns processos deste Tribunal que podem atender às informações requeridas na presente solicitação. Assim, as informações destes processos devem ser consideradas quando da realização da resposta a esta SCN. São eles:

Levantamento sobre transparência nas entidades do sistema S (TC-014.248/2015-8), e respectivo monitoramento das deliberações (TC-027.202/2016-0)

22. O TC-014.248/2015-8, referente a relatório de levantamento, teve por objeto a avaliação do nível de transparência das entidades do Sistema S em relação à divulgação de dados sobre receitas, despesas, demonstrações contábeis, licitações, contratos, entre outras, bem como ao atendimento aos interessados e à sociedade em geral no que tange ao acesso à informação.

23. Os trabalhos resultaram no Acórdão 699/2016-TCU-Plenário, de 30/3/2016, que emanou determinações e recomendações às entidades do Sistema S. Atualmente, o atendimento às referidas deliberações está sendo monitorado por este Tribunal mediante o TC-027.202/2016-0.

Levantamento de auditoria realizado pela Secex Educação (TC-008.089/2015-9)

24. Levantamento de auditoria realizado pela Secex Educação, com o objetivo de aprofundar o conhecimento das ações relacionadas ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e as principais ações governamentais de capacitação profissional, avaliou os acordos de gratuidade firmados entre o governo federal e os serviços sociais autônomos da indústria e do comércio (TC-008.089/2015-9).

16

25. O referido levantamento constatou, em síntese, a ausência de dados fidedignos sobre o cumprimento dos acordos de gratuidade. Os trabalhos resultaram no Acórdão 3.330/2015-TCU-Plenário, de 9/12/2015, que determinou a realização de novas ações fiscalizatórias por parte desta Corte de Contas.

Auditoria Operacional no Sebrae (TC-013.091/2017-4)

26. A Auditoria Operacional no Sebrae encontra-se na fase de planejamento e tem o objetivo de avaliar o alinhamento da atuação do Sebrae/DN e do Sebrae/DF às suas finalidades institucionais e às políticas nacionais de desenvolvimento (TC-013.091/2017-4).

27. Para isso serão verificados aspectos relacionados à eficiência, transparência e vinculação das atividades do Sebrae as políticas nacionais de desenvolvimento.

28. Desse modo, tendo em vista que já há processos autuados nesse Tribunal que podem atender à demanda, propõe-se que, as Secretarias envolvidas (Previdência, Educação e Desenvolvimento), ao finalizarem a execução dos trabalhos referentes ao TC-027.202/2016-0, monitoramento do TC-008.089/2015-9, e execução dos trabalhos de auditoria do TC-013.091/2017-4, encaminhem as informações que atendam à SCN para a Secex Previdência, para fins de instrução e informação consolidada do segundo bloco.

29. No que tange ao atendimento ao terceiro bloco, folha de pagamento, sugere-se que os trabalhos sejam realizados pela Secretaria especializada do TCU de fiscalização de pessoal, a Sefip e encaminhado à Secex Previdência.

30. Para o quarto bloco (balanços patrimoniais, receitas e transferências e disponibilidades financeiras), propõe-se que a análise, o tratamento e a consolidação das informações a serem encaminhadas à Secex Previdência sejam realizados pela Secex/SP, tendo em vista a transferência da clientela, referente às entidades nacionais, da Secex Previdência para aquela regional pela Portaria Segecex 17/2017.

31. Diante da relevância do objeto proposto, e tendo em vista não haver fiscalizações já realizadas por este Tribunal que atendam integralmente a presente solicitação, esta unidade técnica manifesta-se favoravelmente à realização das fiscalizações solicitada, na forma de proposta nos itens 16 a 30, desta instrução.

32. Ressalta-se, por oportuno, que os respectivos processos de fiscalização deverão ser autuados pelas unidades técnicas do Tribunal, com exceção para os processos já autuados.

PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO

33. Pelo exposto, submete-se o presente processo à consideração superior, propondo a adoção das seguintes medidas:

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a) autorizar que as fiscalizações sejam realizadas em blocos, podendo ser realizadas inclusive simultaneamente, mas que, preferencialmente, sigam a seguinte ordem de prioridade: i) despesas contratuais; ii) transparência das informações, inclusive nas demonstrações financeiras das entidades, gratuidade dos cursos e investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais das instituições; iii) folha de pagamento e; iv) balanços patrimoniais, receitas e transferências e disponibilidades financeiras;

b) para a realização dos trabalhos do primeiro bloco, propõe-se realizar convite a todas as Secex Regionais, com alocação de 40 HD, no período de ago/2017 a mar/2018, a fim de executar os trabalhos de auditoria nos contratos dos entes;

c) para atendimento ao solicitado no segundo bloco, tendo em vista que já há processos autuados nesse Tribunal que podem atender à demanda, propõe-se que, as Secretarias envolvidas (Previdência, Educação e Desenvolvimento), ao finalizarem a execução dos trabalhos referentes ao TC-027.202/2016-0, monitoramento do TC-008.089/2015-9, e execução dos trabalhos de auditoria do TC-013.091/2017-4, encaminhem as informações que atendam à SCN para a Secex Previdência, para fins de instrução e informação consolidada do segundo bloco;

d) no que tange ao atendimento ao terceiro bloco, folha de pagamento, sugere-se que os trabalhos sejam realizados pela Secretaria especializada do TCU de fiscalização de pessoal, a Sefip e encaminhados à Secex Previdência;

e) para realização dos trabalhos referentes ao quarto bloco, que a análise, o tratamento e a consolidação das informações a serem encaminhadas à Secex Previdência sejam realizados pela Secex/SP, tendo em vista a mudança de clientela definida na Portaria Segecex 17/2017;

f) encaminhar ao Gabinete do Sr. Ministro-Relator a presente instrução a fim de autorizar:

g.1) o prazo de 360 dias para atendimento integral desta solicitação, a partir da data que foi sorteado o Relator, considerando tratar-se de pedido de fiscalização;

g.2) autorizar desde já, com fundamento nos arts. 1º, II, e 38, I, da Lei 8.443/1992, a realização de fiscalizações nas unidades nacionais e regionais do Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar, Sescoop, ABDI, Apex-Brasil e Sebrae, com o escopo de averiguar as questões abaixo listadas:

g.2.1) balanços patrimoniais, em âmbito nacional e regional;

g.2.2) disponibilidades financeiras em 31/12/2015 e 31/12/2016;

g.2.3) receitas efetivamente arrecadadas nos anos auditados:

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g.2.3.1) via Instituto Nacional do Seguro Social e Secretaria da Receita Federal do Brasil, comparando as informações com o informado pelas entidades em seus balanços patrimoniais;

g.2.3.2) arrecadação direta e respectivos repasses dos Sesi e Senai regionais feitos via Siafi às entidades nacionais congêneres;

g.2.3.3) outras receitas, tais como:

g.2.3.3.1) aplicações financeiras; e

g.2.3.3.2) aluguéis, exploração de restaurantes e cursos cobrados.

g.4) despesas, principalmente as classificadas nas rubricas publicidade, patrocínios, eventos, comunicação social e similares, como: jornalismo, relações públicas, marketing, etc.;

g.5) transferências de recursos às federações e confederações a título de participação na aquisição de imóveis de uso comum;

g.6) folhas de pagamento de pessoal;

g.7) percentual de gratuidade na oferta de cursos e treinamentos;

g.8) transparência do Sistema; e

g.9) investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais dessas instituições.

h) após aprovação desta proposta de trabalho, encaminhar cópia desta instrução às unidades técnicas envolvidas;

i) Comunicar à Comissão de Transparência, Governança e Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal que, devido ao grande número de entidades (229) a serem fiscalizadas, o prazo estimado para finalização da presente SCN será, a priori, de 360 dias.”

8. Essas proposições receberam o apoio do titular da SecexPrevidência (peça 23) e do Coordenador-Geral de Controle Externo de Resultados de Políticas e Programas da Secretaria-Geral de Controle Externo que, à peça 24 dos autos, manifestou-se expressamente acerca dos aspectos de relevância, materialidade, risco e oportunidade descritos na proposta de fiscalização, afirmando encontrar-se a proposta em conformidade com as orientações contidas na Resolução-TCU 269/2015, c/c a Portaria-Segecex 14/2014, de 29/10/2014, e favoravelmente à realização da proposta de trabalho formulada.

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É o relatório.

VOTO

Trago à apreciação deste Plenário, solicitação de realização de fiscalização, de autoria da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, formalizada por intermédio do Requerimento RTG 20/2017-CTFC, remetido a este Tribunal pelo Senador Ataídes Oliveira, presidente da referida comissão e autor do requerimento lá aprovado.

I

2. Referida comissão solicita a este Tribunal sejam realizadas auditorias nas entidades do denominado “Sistema S”, especificamente, junto ao Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar, Sescoop, ABDI, Apex e Sebrae, abrangendo:

2.1 - os balanços patrimoniais, em âmbito nacional e regional;

2.2 - as disponibilidades financeiras em 31/12/2015 e 31/12/2016;

2.3 - as receitas efetivamente arrecadadas nos anos auditados:

2.3.1 - via Instituto Nacional do Seguro Social e Secretaria da Receita Federal do Brasil, comparando as informações com o informado pelas entidades em seus balanços patrimoniais;

2.3.2 - arrecadação direta e respectivos repasses dos Sesi e Senai regionais às entidades nacionais congêneres;

2.3.3 - outras receitas, tais como aplicações financeiras, aluguéis, exploração de restaurantes e cursos cobrados;

2.4 - despesas, principalmente as classificadas nas rubricas publicidade, patrocínios, eventos, comunicação social e similares, como jornalismo, relações públicas, marketing, etc.;

2.5 - transferências de recursos às federações e confederações a título de participação na aquisição de imóveis de uso comum;

2.6 - folhas de pagamento de pessoal;

2.7 - percentual de gratuidade na oferta de cursos e treinamentos;

2.8 - transparência do sistema, e

2.9 - investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais dessas instituições.

II

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3. Consigno, preliminarmente, que a presente Solicitação preenche os requisitos de admissibilidade para a espécie, nos termos dos arts. 38, inciso I, da Lei 8.443/1992, c/c o 232, inciso III, do Regimento Interno/TCU, razão pela qual pode ser conhecida por este Tribunal.

4. Como visto no relatório precedente, a solicitação em questão envolve um universo bastante amplo de entidades, em nível nacional e regional (229 unidades do denominado “Sistema S”), as quais estão distribuídas em listas de unidades jurisdicionadas pertencentes a mais de um relator, razão pela qual houve o necessário sorteio de relatoria, cabendo a mim a condução da presente solicitação.

5. Diante do universo amplo de entidades, envolvendo a clientela de mais de uma secretaria deste Tribunal, e considerando o escopo indicado no requerimento formulado, encaminhei os autos à Segecex, a fim de que pudesse, em conjunto com suas unidades, indicar a melhor forma e prazo para atendimento ao pedido, e assim atender ao disposto no art. 14 da Resolução TCU 215/2008. Essa, por sua vez, remeteu o processo à SecexPrevidência, para que juntasse ao processo proposta de fiscalização, com posterior restituição àquela Secretaria Geral.

6. Consoante detalhado na derradeira instrução da SecexPrevidência, reproduzida no relatório precedente, para o atendimento à solicitação, a proposta de trabalho apresentada é de que sejam realizadas fiscalizações divididas em quatro blocos, podendo ser realizadas inclusive simultaneamente, mas que preferencialmente sigam a seguinte ordem de prioridade: i) despesas contratuais; ii) transparência das informações, inclusive nas demonstrações financeiras das entidades, gratuidade dos cursos e investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais das instituições; iii) folha de pagamento e; iv) balanços patrimoniais, receitas e transferências e disponibilidades financeiras.

7. Em relação ao primeiro bloco, que envolve a realização de auditorias de conformidade nos contratos dos entes do “Sistema S”, planeja-se a realização de convites a todas as unidades técnicas regionais para a realização dos trabalhos, sendo o detalhamento e seleção dos contratos objeto de discussão com as regionais, sob coordenação da SecexPreviência. Será necessário também a participação da SecexDesenvolvimento, em razão de em sua clientela haver unidades como o Sebrae, a Apex e a ABDI. Também da Secex/SP, especialmente em razão de ser a unidade técnica que detém em sua clientela as entidades nacionais. A metodologia incluirá a autuação de processos de fiscalização que serão ao final apensados ao processo principal e cujos resultados serão consolidados pela SecexPrevidência, para fins de informação à Comissão solicitante.

8. O segundo bloco compreenderá a transparência das informações, gratuidade dos cursos e investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais das instituições, e que demandarão informações relativas a outros processos em tramitação nesta Corte, relativos a trabalhos das secretarias de Previdência,

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Educação e Desenvolvimento deste Tribunal, cujas informações também serão consolidadas pela SecexPrevidência, para atendimento à solicitação.

9. O terceiro bloco, por sua vez, compreenderá a folha de pagamento das entidades, sendo a realização dos trabalhos a cargo da Secretaria de Fiscalização de Pessoal (Sefip) deste Tribunal, que também remeterá os resultados à SecexPrevidência, unidade encarregada da consolidação das informações a serem prestadas.

10. Por fim, o quarto bloco de auditorias compreende, na proposta de trabalho, as análises relativas aos balanços patrimoniais, receitas, transferências e disponibilidades financeiras, a cargo da Secex/SP, unidade que tem em sua clientela as unidades nacionais do “Sistema S”.

11. Quanto ao prazo para atendimento à Solicitação formulada pela Comissão do Senado Federal, propõe a SecexPrevidência seja fixado, a priori, em 360 dias. Justifica a unidade que o prazo de 180 dias indicado no art. 15, inciso II, da Resolução TCU 215/2008, revela-se inviável, para fins de cumprimento, diante do quantitativo de unidades, do escopo fiscalizatório e em face da descentralização administrativa e financeira que se caracterizam as unidades fiscalizadas, além das peculiaridades legais que as cercam.

12. Ao fim, aquela secretaria reconhece a relevância do objeto proposto e, tendo em vista não haver fiscalizações já realizadas por este Tribunal que atendam integralmente a presente solicitação, manifesta-se favoravelmente à realização das fiscalizações, na forma apresentada em sua proposta.

13. Ouvida, a Coordenação-Geral de Controle Externo de Resultados de Políticas e Programas (Coger), vinculada à Segecex, manifestou-se favorável à proposição, na forma como alvitrada pela SecexPrevidência (peça 24).

14. Dada a atuação coordenada das unidades técnicas deste Tribunal, no esforço necessário ao atendimento à demanda formulada pela Comissão solicitante, consigno que acompanho a proposição de atendimento, nos termos em que formulada pela unidade técnica, para que se possa propiciar o atendimento integral da Solicitação.

15. Quanto ao prazo, entendo que são pertinentes as razões apresentadas pela secretaria para que, excepcionalmente, haja por parte deste Tribunal a fixação do período de 360 dias para o integral atendimento à demanda formulada. De fato, o art. 15 da Resolução TCU 215/2008 dispõe que ressalvado o prazo estabelecido na forma do art. 12, o Tribunal deve atender integralmente a solicitação do Congresso Nacional (...) em até cento e oitenta dias, quando se tratar de solicitação de fiscalização, salvo se prazo distinto houver sido fixado pelo colegiado solicitante, ou sido acordado na forma do art. 12 daquela resolução.

16. De plano, verifica-se que diante das perspectivas de atuação traçadas pelas unidades técnicas envolvidas, face à demanda formulada, torna-se inviável o

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cumprimento do prazo fixado no normativo, que tem, por se tratar de norma regulatória dos processos desta natureza, caráter geral e abrangente.

17. Aplicada com rigor no caso concreto, haveria ou que se reduzir o escopo da própria solicitação, para que se dê o cumprimento naquele prazo, o que demandaria tratativas nesse sentido junto à Comissão solicitante, ou, sem prejuízo das linhas fiscalizatórias requeridas por aquela, haveria que se dilatar o prazo para o integral atendimento à demanda, especialmente, uma vez que as unidades técnicas já se pronunciaram positivamente quanto aos aspectos de relevância, materialidade, risco e oportunidade da realização das ações fiscalizatórias requeridas.

18. Penso que o prazo maior alvitrado possa desde logo ser deliberado e deferido por este Tribunal, que é o órgão competente e responsável pela edição da norma a que se deseja excepcionar, em virtude da peculiaridade do caso concreto, comunicando-se tal prazo à comissão solicitante que, se entender diferente, poderá manifestar-se a posteriori, na forma do art. 12 da Resolução 215/2008, caso assim entenda necessário.

19. Assim procedendo, dá-se início, imediatamente, à realização das atividades de planejamento e execução das auditorias ora propostas, com as devidas estratégias de controle e alocação de recursos humanos e materiais necessários.

20. Ademais, vale registrar que a realização dos trabalhos por meio de blocos permitirá que as informações requeridas sejam enviadas paulatinamente à Comissão solicitante, à medida em que forem sendo concluídos os trabalhos, propiciando a remessa ao Senado Federal em prazos inferiores ao prazo final ora fixado, que se refere ao atendimento integral da demanda.

21. Sem embargo, manifesto-me por que seja determinado à Segecex o apoio necessário às unidades técnicas envolvidas com vistas a que possam conferir integral atendimento à demanda formulada, no prazo ora a ser fixado por este Tribunal.

Ante o exposto, acolhendo os posicionamentos da unidade técnica e da Coordenação-Geral respectiva, manifesto-me por que o Tribunal aprove o acórdão que ora submeto à deliberação deste Colegiado.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 30 de agosto de 2017.

AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI

Relator

ACÓRDÃO Nº 1904/2017 TCU – Plenário

1. Processo TC 011.750/2017 0

2. Grupo: I – Classe: II Assunto: Solicitação do Congresso Nacional.

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3. Interessada: Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal

4. Órgão/Entidade/Unidade: Serviço Social do Comércio, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Desenvolvimento Social (ABDI) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

5. Relator: Ministro Substituto Augusto Sherman Cavalcanti.

6. Representante do Ministério Público: não atuou.

7. Unidade técnica: Secretaria de Controle Externo da Previdência, do Trabalho e da Assistência Social (SecexPrevi).

8. Representação legal: Mauro Porto (OAB/DF 12.878), representando o Sesi/DN e o Senai/DN (peças 6 e 7).

9. Acórdão:

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Solicitação do Congresso Nacional, autuada a partir do Requerimento RTG nº 20 de 2017 CTFC, encaminhado pelo Senador Ataídes Oliveira, Presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, por meio do qual solicita a este Tribunal de Contas da União, a realização de auditorias nas entidades componentes do “Sistema S”, no que atine às gestões dos exercícios de 2015 e 2016, quanto aos aspectos que especifica,

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão de Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1. conhecer da presente Solicitação, com fundamento nos arts. 1º, II, e 38, I, da Lei 8.443/1992, c/c os arts. 232, III, do Regimento Interno/TCU;

9.2. fixar, excepcionalmente, ante as razões apresentadas pelo Relator, fundadas nas justificativas apresentadas pelas unidades integrantes da Secretaria Geral de Controle Externo deste Tribunal, o prazo de trezentos e sessenta dias para o atendimento integral desta Solicitação;

9.3. autorizar desde logo, com fundamento nos arts. 1º, II, e 38, I, da Lei 8.443/1992, a realização de fiscalizações nas unidades nacionais e regionais do Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar, Sescoop, ABDI, Apex Brasil e Sebrae, com o escopo de

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averiguar as questões abaixo listadas, oriundas do requerimento formulado pela comissão solicitante do Senado Federal:

9.3.1. balanços patrimoniais, em âmbito nacional e regional;

9.3.2. disponibilidades financeiras em 31/12/2015 e 31/12/2016;

9.3.3. receitas efetivamente arrecadadas nos anos auditados:

9.3.3.1. via Instituto Nacional do Seguro Social e Secretaria da Receita Federal do Brasil, comparando as informações com o informado pelas entidades em seus balanços patrimoniais;

9.3.3.2. arrecadação direta e respectivos repasses dos Sesi e Senai regionais feitos às entidades nacionais congêneres;

9.3.3.3. outras receitas, tais como:

9.3.3.3.1. aplicações financeiras; e

9.3.3.3.2. aluguéis, exploração de restaurantes e cursos cobrados.

9.3.4. despesas, principalmente as classificadas nas rubricas publicidade, patrocínios, eventos, comunicação social e similares, como: jornalismo, relações públicas, marketing, dentre outras;

9.3.5 transferências de recursos às federações e confederações a título de participação na aquisição de imóveis de uso comum;

9.3.6. folhas de pagamento de pessoal;

9.3.7. percentual de gratuidade na oferta de cursos e treinamentos;

9.3.8. transparência do Sistema; e

9.3.9. investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais dessas instituições;

9.4. autorizar à Segecex e/ou à Secex/Previdência a execução do seguinte plano de trabalho para propiciar o atendimento à solicitação:

9.4.1 que as fiscalizações referidas no subitem 9.3. retro sejam realizadas em blocos, podendo ser realizadas inclusive simultaneamente, observando em todo o caso a seguinte ordem de prioridade:

9.4.1.1. primeiro bloco: despesas contratuais;

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9.4.1.2. segundo bloco: transparência das informações, inclusive nas demonstrações financeiras das entidades, gratuidade dos cursos e investimentos em áreas que não dizem respeito à natureza das atribuições originais das instituições;

9.4.1.3. terceiro bloco: folha de pagamento e;

9.4.1.4. quarto bloco: balanços patrimoniais, receitas, transferências e disponibilidades financeiras;

9.4.2. para a realização dos trabalhos do primeiro bloco, autorizar a realização de convite a todas as Secex Regionais, com alocação de 40 HD, no período de ago/2017 a mar/2018, a fim de executar os trabalhos de auditoria nos contratos dos entes;

9.4.3. para atendimento ao solicitado no segundo bloco, tendo em vista que já há processos autuados nesse Tribunal que podem atender à demanda, autorizar que as Secretarias envolvidas (Previdência, Educação e Desenvolvimento), ao finalizarem a execução dos trabalhos referentes ao TC 027.202/2016 0 (Relator o Min. Subst. Weder de Oliveira), monitoramento do TC 008.089/2015 9, e execução dos trabalhos de auditoria do TC 013.091/2017 4 (Relator o Min. Subst. Augusto Sherman Cavalcanti), encaminhem as informações que atendam à SCN para a Secex Previdência, para fins de instrução e informação consolidada do segundo bloco;

9.4.4. para o atendimento ao terceiro bloco, atribuir à Secretaria de Fiscalização de Pessoal Sefip a realização da ação fiscalizatória, cujos resultados deverão ser encaminhados à SecexPrevidência, unidade responsável pela consolidação para fins de resposta ao requerimento da comissão solicitante;

9.4.5. para realização dos trabalhos referentes ao quarto bloco, autorizar que a análise, o tratamento e a consolidação das informações a serem encaminhadas à SecexPrevidência sejam realizados pela Secex/SP, tendo em vista a mudança de clientela definida na Portaria Segecex 17/2017;

9.5. estender, com fundamento no art. 14, inciso III, da Resolução TCU 215/2008, os atributos indicados no art. 5º da referida Resolução aos processos indicados no subitem 9.4.3 deste acórdão e, por conseguinte, enviar cópia desta deliberação para juntada àqueles processos e para a adoção das medidas necessárias ao cumprimento e observância desses requisitos, dada a conexão parcial ou integral dos seus objetos com o da presente solicitação oriunda de comissão pertencente a uma das casas do Congresso Nacional;

9.6. determinar à Segecex que:

9.6.1. encaminhe cópia integral desta deliberação às unidade técnicas envolvidas com os trabalhos a serem realizados;

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9.6.2. propicie o apoio necessário às unidades técnicas envolvidas com vistas a que possam conferir integral atendimento à demanda formulada, no prazo fixado por este Tribunal;

9.7. comunicar à Comissão de Transparência, Governança e Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal que, devido ao grande número de entidades (229) a serem fiscalizadas, e demais razões apresentadas nesta deliberação, o prazo estimado para finalização da presente Solicitação, com o atendimento integral, será, a priori, de trezentos e sessenta dias, sem embargo do envio antecipado das informações relativas aos blocos de fiscalizações, à medida em que forem concluídas;

9.8. dar ciência do inteiro teor desta deliberação à Presidência da Comissão de Transparência, Governança e Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal; e

9.9. restituir este processo à Segecex, para as providências a seu cargo, de sua Coordenadoria Geral de Controle Externo de Resultados de Políticas Públicas e Programas, da SecexPrevidência e demais secretarias envolvidas.

10. Ata n° 34/2017 – Plenário.

11. Data da Sessão: 30/8/2017 – Ordinária.

12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-1904-34/17-P.

13. Especificação do quorum:

13.1. Ministros presentes: Raimundo Carreiro (Presidente), Walton Alencar Rodrigues, Aroldo Cedraz, Ana Arraes, Bruno Dantas e Vital do Rêgo.

13.2. Ministro-Substituto convocado: Augusto Sherman Cavalcanti (Relator).

13.3. Ministros-Substitutos presentes: Marcos Bemquerer Costa e André Luís de Carvalho.

(Assinado Eletronicamente)

RAIMUNDO CARREIRO (Assinado Eletronicamente)

AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI

Presidente Relator

Fui presente:

(Assinado Eletronicamente)

CRISTINA MACHADO DA COSTA E SILVA

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Procuradora-Geral