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GÉRSON LIMOEIRO ALVES FITOBENTOS ASSOCIADOS A BANCOS DE RODOLITOS DO LITORAL NORTE DA BAHIA: ASPECTOS TAXONÔMICOS E ECOLÓGICOS FEIRA DE SANTANA BA 2012

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GÉRSON LIMOEIRO ALVES

FITOBENTOS ASSOCIADOS A BANCOS DE RODOLITOS DO

LITORAL NORTE DA BAHIA:

ASPECTOS TAXONÔMICOS E ECOLÓGICOS

FEIRA DE SANTANA – BA

2012

GÉRSON LIMOEIRO ALVES

FITOBENTOS ASSOCIADOS A BANCOS DE RODOLITOS DO

LITORAL NORTE DA BAHIA:

ASPECTOS TAXONÔMICOS E ECOLÓGICOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Botânica da Universidade Estadual

de Feira de Santana, como parte dos requisitos para

a obtenção do título de Mestre em Botânica.

ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ MARCOS DE CASTRO NUNES

CO-ORIENTADORA: PROF. DRA. MARLENE CAMPOS PESO DE AGUIAR

FEIRA DE SANTANA – BA

2012

UEFS

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. José Marcos de Castro Nunes

(Universidade do Estado da Bahia / Universidade Federal da Bahia)

Orientador e Presidente da Banca

Prof. Dr. Augusto Minervino-Netto

(Universidade Federal da Bahia)

Prof. Dr. Paulo Antunes Horta

(Universidade Federal de Santa Catarina)

FEIRA DE SANTANA – BA

2012

“Assim que você escreve alguma coisa ela se

torna fixa. Vira dogma. As pessoas passam a discutir

a respeito, ficam autoritárias, referem-se aos textos,

produzem manuscritos, discutem mais e logo estão

matando umas as outras.”

Merlin sobre o porquê de os druidas não terem

permissão para escrever. Bernard Cornwell – O Rei

do Inverno.

AGRADECIMENTOS

Eis então que concluo mais uma pequena fase do meu ciclo de vida, e

que fase!! Me aprofunfei ainda mais em caminhos nunca dantes mapeados e

águas nunca antes navegadas, por isso nada mais justo do que iniciar

agradecendo àqueles que permitiram que essa trilha fosse mais amena. Meu

muito obrigado ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) pelo suporte

financeiro através da concessão da bolsa, a UEFS e ao seu Programa de Pós-

Graduação em Botânica, ao Laboratório de Algas Marinhas (LAMAR) do

Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia por disponibilizar

equipamento físico e didático para a realização das atividades, à Fiocruz pelo

auxilio e disponibilização do material de Microscopia Eletrônica e a CETREL

empresa ambiental S.A. por ter fornecido todo o material biológico para a

realização desse trabalho.

Agora vamos falar daqueles que permitiram que eu chegasse até aqui.

Ao Professor Dr. José Marcos de Castro Nunes, pela orientação, apoio,

incentivo, auxílio, conselhos e presteza.

Aos meus pais, Maristela e Moises, pelo apoio, pelo suporte, pela

paciência, pelo investimento, e principalmente por acreditarem que “esse

menino que fica o dia todo na frente do computador e passa a madrugada

acordado com a luz acesa e a televisão ligada” não estava brincando, e sim

trabalhando!

Agradeço a Gabriela, Vanessa, Dans e Geovanna (ainda prefiro

Gyowanna), por me proporcionarem momentos de descanso, estresse,

alegria e agonia.

Á minha vó Neném (in memorian) por ter acreditado que “esse menino

ainda vai pra frente”.

Á Nevinha (in memorian) por ter me mostrado um nível de

cumplicidade, companheirismo e afetividade que eu duvido que possa

encontrar em outro ser vivo qualquer (sinto muito sua falta!).

Á todos aqueles que conheci na e apartir da UNEB – André , Ecristio,

Claudia, Gisele, Igor, Jéssica, Joctã, Leilane, Letícia, Lílian, Márcio, Matheus

(in memorian), Rosa(s), Yuka, Yumi, o pessoal da toca dos gatos, da

residência universitária, e muitos outros.

Aos pequenos Cael e Dandara “Sé ono waíse ília” (que seja feliz).

As pessoas que conheci devido a UEFS (aqui falar nomes é arriscado,

são tantas pessoas e a memória está tão cansada), sendo assim, agradeço e

ofereço esse trabalho ao pessoal de biologia, letras, história, pedagogia,

farmácia, engenharia civil, filosofia, geografia.

Ao povo Lafiquiano, Aigara, Carlos, Daniela, Ivania, Wellington, Janete,

aprendi muito com vocês! OBRIGADO por tudo!!

Ao povo Lamariense, Carol, Cristina, Iara, Priscila, Taiara, Patricia, é um

enorme prazer conviver com todas vocês.

Aos mulekes roots, Bojão e Elkiaer, a Neilton muleque bandido e ao

muleque mais brando do mundo todo, Dlonga. Rapaz... sem vocês esse

trabalho não saia não! Ou talvez saísse, mas é um risco que eu não quero

correr.

Ao pessoal da Pós graduação de Botânica, a Adriana e Gardênia pela

ajuda e paciência, aos membros do colegiado, aos discentes e aos demais

docentes, foi um prazer compartilhar esse caminho com vocês.

Aline, Ana Paula(s), Pétala, Pataro, Vanessa, Mudley, Zezé, Fábio,

Eloina, Louise, sempre teremos Serra Bonita com um suco ruim da poha

(rsrsrs).

Ao pessoal da Pós graduação em Zoologia, Recursos Genéticos,

Biotecnologia e Modelagem Ambiental.

Mônica, Albatroz, Flaviane, Geane, Gabriela; vocês não foram

esquecidos!

Ao pessoal da graduação em biologia, principalmente a aqueles que

me auxiliaram durante o curso da disciplina de docência.

Adelina, Geraldo, Ternurinha, Jamilly, Bia, Udirley, pelos incríveis e

inesquecíveis momentos de alegria, diversão e lazer!! Aaaaaaaaa, festa de

final de ano linda!!!

Alana, Katinha, Ionara, Ingryd, Geraldo e Neilton, muito obrigado por

serem pessoas tão maravilhosas! Quem é ponte, é ponte... e não há ponte

mais solidas que vocês. Quantas histórias, quantas resenhas...

A Bárbara Paula, doce destruidora de aquários, que me ajudou de

maneiras e em momentos que ela nunca se dará conta, muito obrigado

Barbilinda, tivemos uma trajetória bonita.

Aos muitos parceiros, que me ajudam e tornam o meu caminhar mais

leve, agradeço a tod@s.

Adelina, Bárbara, Beatriz, Isana, Patricia(s), Priscila, Regiane, Taiara,

Vanessa(s)... meus amores, paixões, paixonites, casos e flertes.

E por último, mas nem por isso menos importante, agradeço a Deus,

Jah, Jeová, aos Orixás, ao Acaso, aos Espíritos de luz, ou seja lá qual for o

nome/forma dessa energia superior que me permitiu chegar até aqui.

UMA COISA QUE APRENDI COM TETRIS É

QUE OS FRACASSOS SE ACUMULAM E O

SUCESSO DESAPARECE. Autoria Anônima

RESUMO

Os bancos de rodolitos são uma das mais importantes comunidades

bentônicas na plataforma continental brasileira, principalmente devido a sua

capacidade de promover alterações estruturais no ambiente, transformando fundos

homogêneos e de sedimentos inconsolidados, em substratos duros e heterogêneos,

ampliando a disponibilidade de nichos e possibilitando o aumento da diversidade de

espécies associadas. O presente trabalho objetivou caracterizar a composição

florística e a estrutura da comunidade fitobentônica associada a bancos de rodolitos,

em uma área do litoral norte da Bahia. Para a análise da estrutura da comunidade

fitobetônica, foi analisado o número total de táxons identificados, a biomassa seca

(g/m²) e composição sedimentológica dos pontos de coleta, além de análises

estatísticas dos resultados obtidos em cada ponto coletado. A composição da flora

fitobentonica da área estudada foi predominantemente tropical, sendo coletados e

identificados um total de 66 táxons infragenéricos de algas marinhas associadas aos

rodolitos, 17 táxons pertenceram à Divisão Chlorophyta, 14 à Divisão

Heterokontophyta e 35 à Divisão Rhodophyta. As ordens Bryopsiales (Chlorophyta),

Dictyotales (Heterokontophyta) e Ceramiales (Rhodophyta), as mais representativas

dentro de suas respectivas divisões. Foram identificadas 4 (quatro) formas de

crescimento das algas calcárias não geniculadas: verrucosa (warty), grumosa

(lumpy), incrustante (encrusting) e fruticosa (fruticose), e 4 (quatro) tipos de

morfologias dos rodolitos: esférica, cilíndrica, laminar e discóide. Lithothamnion

brasiliense Foslie e L. superpositum Foslie foram identificadas como as principais

espécies formadoras do banco de rodolito. A composição do sedimentológica do

fundo oceânico foi classificada como areno-cascalhoso biodetrico durante a estação

seca, e cascalho-arenoso biodetríco durante a estação chuvosa. Observaram-se

também diferenças nos valores de biomassa entre as estações seca e chuvosa,

sendo que a estação seca possuiu uma maior concentração de biomassa do que a

observada na estação chuvosa. Os resultados obtidos pelos valores do índice de

diversidade de Shannon (H’) e equitabilidade de Pielou (J) corroboraram a distinção

observada entre a estação seca e a estação chuvosa, evidenciando assim a

existência de um padrão de sazonalidade no local.

Palavras chave: Infralitoral, Macroalgas, Rodolitos, Brasil.

ABSTRACT

Rhodolith beds are one of the most important benthic communities in the

Brazilian continental shelf, mainly which provides a three-dimensional structure that

transforms homogeneous backgrounds and unconsolidated sediments on hard

substrates and heterogeneous, thus expanding the available niches and allowing an

increase of diversity of associated species. This study aimed to characterize the

floristic composition and community structure of phytobenthic associated to rhodoliths

beds in an area of the northern coast of Bahia. Analysis of the phytobenthic

community structure consisted of total number of taxa identified, dry biomass (g / m²)

and sedimentological composition of collection points, and statistical analysis of

results collected at each point. Composition of the phytobenthic flora of the study

area was predominantly tropical, being collected and identified 66 taxa of algae

associated with rodolith, 17 Chlorophyta, 14 Heterokontophyta-class Phaeophyceae

and 35 Rhodophyta. Bryopsiales (Chlorophyta), Dictyotales (Heterokontophyta) and

Ceramiales (Rhodophyta) were the most representative orders. Four forms of growth

of non-geniculate coralline algae were identified: warty, lumpy, encrusting and

fruticose, and four types of rodoliths morphologies: spherical, cylindrical, laminar and

discoid. Lithothamnion brasiliense Foslie and L. superpositum Foslie were identified

as the main species forming the rhodoliths beds. The composition of the

sedimentology was classified as sandy-gravelly biodetrical during the dry season,

and gravel-sandy biodetrical during the rainy season. There were also differences in

biomass values between the dry and rainy seasons, and the dry season possessed a

higher biomass concentration than that observed in the rainy season. The results

obtained for the values of Shannon diversity index (H ') and Pielou's evenness (J)

corroborated the distinction observed between the dry and rainy season, thus

revealing the existence of a pattern of seasonality in place.

Key-words: Infralittoral, Macroalgae, Rhodolith, Brazil.

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

1. INTRODUÇÃO............................................................................................ Pág. 17

1.1. Estudos ficológicos no infralitoral do Brasil................................. Pág. 19

1.2. Estudos ficológicos no infralitoral da Bahia................................. Pág. 23

1.3. Os bancos do rodolitos................................................................ Pág. 24

2. OBJETIVOS.............................................................................................. Pág. 26

2.1. Objetivo geral............................................................................... Pág. 26

2.2. Objetivos específicos................................................................... Pág. 26

3. ÁREA DE ESTUDO..................................................................................... Pág. 27

4. MATERIAL E MÉTODO............................................................................... Pág. 32

4.1. Amostragem................................................................................ Pág. 32

4.1.1. Coleta do material biológico........................................... Pág. 32

4.1.2. Coleta do material sedimentológico do fundo oceânico Pág.36

4.2. Análise do material biológico....................................................... Pág. 36

4.2.1. Análise da flora associada............................................. Pág. 36

4.2.2. Análise das coralináceas que formam o banco de

rodolitos......................................................................... Pág.37

4.2.3. Formas de crescimento dos rodolitos............................ Pág. 38

4.2.4. Dimensões e volume médio dos rodolitos..................... Pág. 40

4.2.5. Parâmetros ecológicos da comunidade fitobentônica... Pág. 42

4.2.6. Análise do material sedimentológico............................. Pág.43

5. RESULTADOS ......................................................................................... Pág. 45

5.1. Flora associada........................................................................... Pág. 45

5.1.1. Sinopse dos táxons infragenéricos encontrados........... Pág. 45

5.1.1.1. Divisão Chlorophyta...................................... Pág.50

5.1.1.2. Divisão Heterokontophyta - classe

Phaeophyceae.............................................. Pág. 68

5.1.1.3. Divisão Rhodophyta...................................... Pág. 83

5.1.1.4 Comentários adicionais............................. Pág. 121

5.2. Coralináceas que formam o banco de rodolitos......................... Pág. 123

5.2.1. Identificação dos rodolitos............................................. Pág. 123

5.2.1.1. Sinópse dos táxons encontrados.................. Pág. 124

5.2.2. Forma de crescimento dos rodolitos.............................. Pág. 129

5.2.3. Morfologia dos rodolitos................................................. Pág. 129

5.2.4. Dimensões dos rodolitos................................................ Pág.134

5.2.5. Biovolume dos rodolitos................................................. Pág. 136

5.3. Parâmetros qualitativos da comunidade fitobentônica................ Pág. 137

5.3.1. Biomassa seca.............................................................. Pág.137

5.3.2. Número de táxon por subárea amostral........................ Pág. 141

5.3.3. Índice de diversidade de Shannon (H’) e equitabilidade

de pielou (J)................................................................... Pág. 145

5.3.4. Similaridade de Bray Curtis........................................... Pág.146

5.3.5. Sedimentologia.............................................................. Pág. 148

6. DISCUSSÃO.............................................................................................. Pág. 152

7. CONCLUSÕES.......................................................................................... Pág. 156

8. REFERÊNCIAS.......................................................................................... Pág.158

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Mapa esquemático dos estados litorâneos do Brasil

agrupados em suas respectivas zonas litorâneas................ Pág. 18

Figura 2. Representação gráfica da pluviosidade média por trimeste nos

na região do Litoral Norte da Bahia.................................................... Pág. 29

Figura 3. Mapa geológico simplificado mostrando as diferentes

localizações dos setores fisiográficos................................... Pág. 30

Figura 4. Mapa de localização dos pontos de amostragens das

áreas de influência no entorno do emissário submarino da

CETREL com indicação da batimetria do local..................... Pág. 34

Figura 5. Materiais e metodologia utilizados no processo de coleta e

triagem do material biológico................................................ Pág. 35

Figura 6. Diferentes formas de crescimento encontradas nos

rodolitos da área estudada................................................... Pág. 39

Figura 7. Mensuração das dimensões dos rodolitos............................ Pág. 40

Figura 8. Medição do biovolume dos rodolitos..................................... Pág.40

Figura 9. Forma dos rodolitos encontrados na área de estudo........... Pág. 41

Figura 10. Mapa com as subáreas da área estudada............................ Pág. 42

Figura 11. Hábito geral do gênero Caulerpa ......................................... Pág. 65

Figura 12. Hábito geral dos gêneros Avrainvillea, Halimeda e

Udotea.................................................................................. Pág. 66

Figura 13. Hábito geral dos gêneros Dasycladus, Neomeris,

Cladophora e Chamaedoris.................................................. Pág. 67

Figura 14. Hábito geral dos gêneros Canistrocarpus, Dictyopteris e

Dictyota................................................................................. Pág. 81

Figura 15. Hábito geral dos gêneros Padina, Chnoospora,

Colpomenia e Rosenvingea.................................................. Pág. 82

Figura 16. Hábito geral dos gêneros Amphiroa, Jania, Tricleocarpa e

Dotyophycus......................................................................... Pág. 118

Figura 17. Hábito geral dos gêneros Dictyurus, Heterosiphonia, Pág. 119

Claudea, Amansia, Bryothamnion, Digenea, Heterodasya e

Vidalia...................................................................................

Figura 18. Hábito geral dos gêneros Spyridia, Haloplegma, Hypnea,

Cryptonemia e Botryocladia.................................................. Pág. 120

Figura 19. Representação gráfica da porcentagem de ocorrência dos

táxons das ordens pertecentes à Divisão Chlorophyta......... Pág. 121

Figura 20. Representação gráfica da porcentagem de ocorrência dos

táxons das ordens pertecentes à Divisão

Heterokonthophyta................................................................ Pág. 122

Figura 21. Representação gráfica da porcentagem de ocorrência dos

táxons das ordens pertecentes à Divisão Rhodophyta......... Pág.123

Figura 22. Lithothamnion brasiliense. ................................................... Pág. 126

Figura 23. Lithothamnion superpositum................................................. Pág. 128

Figura 24. Representação gráfica da porcentagem de ocorrência das

formas de crescimento dos rodolitos.................................... Pág.129

Figura 25. Representação gráfica da porcentagem de ocorrência das

morfologias dos rodolitos durante o período do estudo........ Pág. 130

Figura 26. Representação gráfica das formas de crescimento dos

rodolitos encontrados nos pontos de coleta durante a

estação seca......................................................................... Pág.131

Figura 27. Representação gráfica da ocorrência das diferentes

formas de crescimento dos rodolitos nos pontos de coleta,

durante a estação seca......................................................... Pág. 132

Figura 28. Representação gráfica das formas de crescimento dos

rodolitos encontrados nos pontos de coleta durante a

estação chuvosa................................................................... Pág. 133

Figura 29. Representação gráfica da ocorrência das diferentes

formas de crescimento dos rodolitos nos pontos de coleta,

durante a estação chuvosa................................................... Pág.134

Figura 30. Representação gráfica da dimensão média dos rodolitos

encontrados em cada ponto de coleta, durante a estação

seca e a estação chuvosa.................................................... Pág. 135

Figura 31. Representação gráfica da dimensão média dos rodolitos

encontrados em cada ponto de coleta durante o período

de estudo..............................................................................

Pág. 135

Figura 32. Representação gráfica da biomassa seca total (g/m²)

encontrada na área de coleta............................................... Pág. 137

Figura 33. Representação gráfica da biomassa seca total (g/m²)

encontrada por divisão taxonômica durante as estações de

coleta.................................................................................... Pág. 138

Figura 34. Representação gráfica da biomassa seca total (g/m²)

encontrada por subárea amostral......................................... Pág. 138

Figura 35. Representação gráfica da biomassa seca total (g/m²) de

cada divisão taxonômica por subárea amostral.................... Pág.139

Figura 36. Representação gráfica do número total de táxons de cada

divisão taxonômica em cada período de coleta.................... Pág.144

Figura 37. Representação gráfica do número total de ocorrência por

divisão taxonômica em cada subárea amostral.................... Pág.144

Figura 38. Representação gráfica do número total de ocorrências de

espécies em cada estação de coleta....................................

Pág. 145

Figura 39. Dendrograma gerado a partir da análise dos dados de

similaridade........................................................................... Pág. 147

Figura 40. Representação gráfica da composição granulométrica da

área estudada....................................................................... Pág. 148

Figura 41. Representação gráfica da composição granulométrica de

cada ponto de coleta durante a estação seca...................... Pág. 149

Figura 42. Representação gráfica da composição granulométrica de

cada ponto de coleta durante a estação chuvosa................ Pág. 149

Figura 43. Representação gráfica da composição sedimentológica da

fração lama........................................................................ Pág. 150

Figura 44. Representação gráfica da composição sedimentológica da

fração areia ............................................................................. Pág. 150

Figura 45. Representação gráfica da composição sedimentológica da

fração cascalho................................................................... Pág. 151

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Trabalhos realizados na região infralitorânea do Brasil

através da utilização do mergulho autônomo como técnica de

amostragem.............................................................................. Pág. 21

Tabela 2 Coordenadas geográficas das estações de amostragem

adotada para os ciclos anuais de monitoramento na área de

influência dos emissários submarinos da CETREL.................. Pág. 33

Tabela 3 Volumes mínimos e máximos aferidos dos rodolitos

encontrados na área de estudo durante a estação chuvosa e

seca........................................................................................... Pág. 136

Tabela 4 Biomassa das espécies encontradas na área estudada........... Pág. 140

Tabela 5 Taxons encontrados na área de estudo nas três subáreas de

amostragens, tanto na estação seca quanto na chuvosa.........

Pág. 142

Tabela 6 Valores do índice de diversidade de Shannon (H’) e

equitabilidade de Pielou (J) segundo os valores de biomassa. Pág. 146

Tabela 7 Percentual de similaridade entre as subáreas na estação

seca e na estaçã chuvosa. ....................................................... Pág. 146

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

17

1. INTRODUÇÃO

O termo fitobentos é uma denominação genérica dada às macroalgas que

possuem hábitos bentônicos. A diversificação de formas das macroalgas

compreende indivíduos que possuem principalmente organização multicelular, de

tamanho diminuto, com poucos centímetros, a até indivíduos com comprimento

maior que 90m, que podem formar estruturas semelhantes a “florestas” submarinas.

Tal denominação agrupa os membros das três grandes divisões de algas:

Chlorophyta, Heterokontophyta, representada pela classe Phaeophyceae e

Rhodophyta (Soares-Gomes et al. 2002).

Segundo informações do “site” Flora do Brasil (http://floradobrasil.jbrj.gov.br),

existem 666 táxons referidos para o Brasil, sendo que destas 170 pertencem

espécies à divisão Chlorophyta, 402 à divisão Rhodophyta e 94 à divisão

Heterokontophyta – classe Phaeophyceae.

Oliveira-Filho (1977) baseando-se na flora marinha brasileira destacou os

aspectos mais marcantes da costa brasileira que delimitam zonas ou regiões

fitogeográficas, separando dessa forma a costa do Brasil em quatro regiões bem

características: zona Norte ou Equatorial, que se inicia na costa do Amapá até a

costa do Piauí, e apresenta uma baixa diversidade devido à descarga de diversos

rios, incluindo o Amazonas; zona Ocidental ou Leste-Nordeste, que se inicia na

costa do Ceará e se estende até o sul do Espírito Santo, sendo aquela que abriga a

flora marinha mais abundante e diversificada, em grande parte devido às suas águas

límpidas, quentes e de elevada salinidade, além da grande quantidade de substratos

rochosos e de formações recifais; a Zona sudeste, delimitada entre o litoral do Rio

de Janeiro e de São Paulo, com uma flora marinha bem desenvolvida e uniforme,

com exceção da flora diferenciada da região de Cabo Frio, e a Zona Sul,

compreendida entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, onde ocorre um

empobrecimento da flora marinha (Figura 1 A). Horta et al. (2001) ao realizarem um

estudo sobre a distribuição e a origem das macroalgas que compõem a ficoflora

marinha do Brasil, propuseram uma redelimitação das zonas fitogeográficas

brasileira, agrupando às zonas Norte e Tropical sensu Oliveira-Filho (1977), em uma

zona única, denominada Zona tropical, e as Zonas Sul e Sudeste sensu Oliveira-

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

18

Figura 1: Mapa esquemático dos estados litorâneos do Brasil agrupados em suas

respectivas zonas litorâneas. (A) Regiões fitogeográficas segundo Oliveira-Filho (1977); (B)

Regiões fitogeográficas segundo Horta et al. (2001)

Filho (1977) corresponderiam a Zona temperada quente; entre estas duas zonas

fitogeográficas há uma Zona de transição, que corresponde ao litoral do estado do

Espírito Santo, uma vez que este litoral apresenta características particulares (Figura

1 B).

O estado da Bahia apresenta a maior extensão litorânea, e ainda assim, o seu

litoral ainda carece de estudos detalhados sobre a estrutura e composição de sua

flora ficológica, sobretudo no infralitoral, situação esta que pode ser agravada devido

aos diversos problemas que podem ser encontrados, como a exploração turística

descontrolada, a pesca predatória, o derramamento de petróleo proveniente de

embarcações ou refinarias, a contaminação por metais pesados (Cd, Cu, Pb e Zn), a

extração de organismos recifais para utilização industrial (obtenção de cal) e

comercial (coleções e ornamentação de aquários), a instalação de projetos

industriais, a construção de emissários submarinos, além do processo de aceleração

da urbanização e especulação imobiliária (Leão, 1996; Amado-Filho et al., 2001;

Oliveira, 2002). Nunes (2005 a) referiu para o litoral da Bahia cerca de 70% das mais

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

19

de 300 espécies de rodofíceas listadas para todo o litoral nordestino, o que

demonstra a grande diversidade de algas que pode ser encontrada no litoral baiano.

1.1. ESTUDOS FICOLÓGICOS NO INFRALITORAL DO BRASIL

Os primeiros estudos ficológicos do infralitoral brasileiro ocorreram a partir de

material coletado através de dragagens realizadas pelos navios Hassler, nas regiões

de Cabo Frio – Rio de Janeiro e de Abrolhos – Bahia, e Albatross na região de

Pernambuco, no ano de 1872. Os dados gerados a partir dessas coletas resultaram

nos trabalhos publicados por Taylor (1930), Howe & Taylor (1931) e Taylor (1931).

A partir da década de 50, os estudos ficológicos ganharam uma nova

abordagem devido aos trabalhos realizados por Aylthon Brandão Joly e seus

colaboradores.

Parte da região do infralitoral da costa do Brasil já foi estudada por meio de

dragagens como é o caso do Amapá (Kempf, 1970); Maranhão (Joly et al., 1976);

Piauí (Joly & Sazima, 1971a); Ceará (Joly & Sazima, 1971b; Joly et al., 1976); Rio

Grande do Norte (Pereira et al., 1981; Joly & Semir 1973; Joly et al 1974; Cocentino

et al. 2006); Paraíba (Joly & Sazima, 1971a; Pereira, 1983); Pernambuco (Joly &

Oliveira Filho, 1968; Pereira, 1974; Joly et al., 1976; Pereira, 1977; Joly et al., 1978;

Ugadim & Pereira, 1978); Sergipe (Kempf, 1970); Bahia (Joly et al., 1976, Teixeira et

al., 1985, Nunes et al. 2005; Nunes & Paula, 2006; Yoneshigue-Valentin et al. 2006;

Nunes, 2007, Nunes & Guimarães, 2009; Nunes & Guimarães, 2010); cadeia de

Vitória Trindade (Joly 1951; Joly & Oliveira Filho, 1968); São Paulo (Joly, 1965); Rio

de Janeiro (Joly & Oliveira Filho, 1967; Oliveira Filho & Quége, 1978; Joly et al.,

1978; Teixeira et al., 1985; Yoneshigue, 1985; Yoneshigue-Valentin et al., 1995;

Bravin et al., 1999; Yoneshigue-Valentin & Gestinari, 2000; Yoneshigue-Valentin et

al., 2003, Yoneshigue-Valentin et al. 2006, Brasileiro et al., 2009). Para áreas mais

extensas da costa há os trabalhos realizados por Joly & Yoneshigue-Braga (1966);

Oliveira Filho & Furtado (1978); Cordeiro-Marino & Guimarães (1981), Guimarães et

al. (1981), Ugadim et al. (1986), Bandeira-Pedrosa et al. (2004) e Yoneshigue-

Valentin et al. (2006).

O mergulho autônomo é outra técnica de amostragem de materiais

provenientes da região infralitorânea. Uma das grandes vantagens dessa

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

20

metodologia de amostragem é sua melhor adequação a lugares de fundo

consolidados e com relevos irregulares, sendo também uma boa alternativa para a

busca de espécies frágeis e efêmeras (Horta, 2000). A utilização do mergulho

autônomo se iniciou com Berchez & Oliveira em 1986, contudo, apenas após o ano

2000 houve um aumento no número de trabalhos que se utilizam dessa metodologia

de coleta (Tabela 1).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

21

Autor/Ano Título do trabalho Tipo de ambiente Estados

Berchez & Oliveira (1986) Uma espécie de Botryocladia (Rhodophyta, Rhodimeniales) no litoral do Estado de São Paulo Infralitoral SP

Eston et al. (1986)Vertical distribution of benthic marine organisms on rocky coasts of the Fernando de Noronha

Archipelago (Brazil). Mesolitoral/ Infralitoral PE

Quége (1988) Laminaria (Phaeophyta) no Brasil - uma perspectiva econômica. Mesolitoral/ Infralitoral ES

Yoneshigue & Villaça (1989)Antithamnion tenuissimum (Ceramiaceae, Rhodophyta) dans la région de Cabo Frio (État de Rio

de Janeiro, Brésil) Première citation pour l‟Atlantique SudInfralitoral RJ

Jansen et al .(1993)Algas bentonicas do infralitoral da praia de piedade (município Jaboatão dos Guararapes - estado

de Pernambuco)Infralitoral PE

Horta (2000) Macroalgas do infralitoral do sul e sudeste do Brasil InfralitoralES, RJ, SP,

PR, SC, RS

Figueiredo & Steneck (2002) Floristic and ecological studies of crustose coralline algae on Brazil̀ s Abrolhos reefs Infralitoral - Formações recifais BA

Paula et al. (2003)Structure of the macroalgae community associated with the seagrass Halodule wrightii Ascherson

in the Abrolhos Marine National Park, Brazil.Infralitoral BA

Barros-Barreto et al. (2004)Algas marinhas bentonicas do sublitoral das formações recifais da Baia de Todos os Santos, BA

– 1. Novas ocorrênciasInfralitoral BA

Figueiredo et al . (2004)Caracterização das macroalgas nas comunidades marinhas da área de proteção ambiental de

Cairuçu, Parati, RJ – subsídios para futuros monitoramentos.Infralitoral RJ

Guimarães & Horta (2004)Morphology and reproduction of Predaea feldmannii Børgesen (Nemastomataceae, Rhodophyta),

an uncommon species from Brazil.Infralitoral ES

Guimarães et al. (2004)

Reavaliação das características morfológicas e suas implicações taxonômicas no gênero

Polysiphonia sensu lato (Ceramiales, Rhodophyta) do litoral dos Estados de São Paulo e Espírito

Santo, Brasil

Mesolitoral/ Infralitoral ES; SP

Oigman-Pszczol et al. (2004)Distribution of benthic communities on the tropical rocky subtidal of Armação dos Búzios,

southeastern BrazilInfralitoral RJ

Amado-Filho et al . (2006) Subtidal benthic marine algae of the Marine State Park of Laje de Santos (São Paulo, Brazil) Infralitoral SP

Barros-Barreto et al. (2006) Molecular systematics of Ceramium and Centroceras (Ceramiaceae, Rhodophyta) from Brazil Mesolitoral/ Infralitoral

PB, PE,

BA, ES, RJ,

SP

Guimarães (2006) A revised checklist of benthic marine Rhodophyta from the State of Espírito Santo, Brazil Mesolitoral/ Infralitoral ES

Nunes & Paula (2006) O gênero Dictyopteris J.V. Lamour. (Dictyotaceae - Phaeophyta) no estado da Bahia, Brasil Mesolitoral/ Infralitoral BA

Silva (2006)Diversidade de macroalgas marinhas bentônicas dos recifes de Maracajaú,

área de preservação dos recifes de corais, Rio Grande do Norte, Brasil.Infralitoral - Formações recifais RN

Amado-Filho et al. (2007)Estructura de los mantos de rodolitos de 4 a 55 metros de profundidad en la costa sur del estado

de Espírito Santo, Brasil. Infralitoral - Banco de rodolitos ES

Amancio (2007)Precipitação de CaCO3 em algas marinhas calcárias e balanço de CO2 atmosférico: os

depósitos calcários marinhos podem atuar como reservas planetárias de carbono? Mesolitoral/ Infralitoral SP, SC

Barros-Barreto et al. (2007) Morphological study of Ceramium clarionense (Ceramiaceae, Rhodophyta) in the Atlantic Ocean Mesolitoral/ Infralitoral Brasil

Ghilardi (2007)Utilização do método dos povoamentos na caracterização de comunidades bentônicas em trecho

do infralitoral consolidado da Enseada das Palmas, Ilha Anchieta, Ubatuba (SP). Infralitoral SP

Lucena et al. (2007)Levantamento da Flora do Infralitoral do Município de Pitimbú, Litoral Sul do Estado da Paraíba,

Brasil.Infralitoral - Formações recifais PB

Tabela 1 – Trabalhos realizados na região infralitorânea do Brasil através da utilização do mergulho autônomo

como técnica de amostragem.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

22

Tabela 1 – Continuação.

Pereira (2007)Caracterização fisionômica da comunidade marinha bentônica de substrato consolidado do

infralitoral no costão oeste da enseada das Palmas, ilha Anchieta, Ubatuba - SP, BrasilMesolitoral/ Infralitoral SP

Surati & Guimarães (2007)Nitophyllum adhaerens (Ceramiales, Delesseriaceae), uma nova ocorrência para o litoral

brasileiroInfralitoral ES

Brayner et al. (2008)Taxonomia e distribuição do gênero Caulerpa Lamouroux (Bryopsidales - Chlorophyta) na costa

de Pernambuco e Arquipélago de Fernando de Noronha, BrasilMesolitoral/ Infralitoral PE

Guimarães & Amado-Filho (2008) A community of gelatinous rhodophytes in the sublitoral of southern Espírito Santo State, Brazil Mesolitoral/ Infralitoral ES

Horta et al. (2008)Macroalgas do Parcel do Carpinteiro - com a adição de Rhodymenia delicatula (Rhodophyta) à

flora brasileiraInfralitoral RS

Marins et al. (2008) Subtidal benthic marine algae of the Todos os Santos Bay, Bahia State, Brazil Infralitoral BA

Nunes & Guimarães (2008) Novas referências de rodofíceas marinhas bentônicas para o litoral brasileiro. Mesolitoral/ Infralitoral BA

Nunes et al. (2008) A família Ceramiaceae (Ceramiales, Rhodophyta) no estado da Bahia, Brasil Mesolitoral/ Infralitoral BA

Burgos et al. (2009)Levantamento florístico das rodofíceas do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) –

BrasilInfralitoral RN

Farias (2009)Aspectos taxonômicos de Lithothamnion superpositum e Mesophyllum engelhartii (Corallinales;

Rhodophyta) do Brasil.Infralitoral - Banco de rodolitos RN, BA, SC

Guimarães & Amado-Filho (2009)First record of Reticulocaulis mucosissimus I. A. Abbott (Naccariaceae, Rhodophyta) for the

western Atlantic OceanInfralitoral - Banco de rodolitos ES

Oliveira et al. (2009)Four new additions to the marine flora of Fernando de Noronha Archipelago, Tropical western

South Atlantic OceanInfralitoral PE

Pascelli (2009)Variação sazonal e estrutura da comunidade fitobêntica do banco de nódulos calcários da reserva

biológica marinha do Arvoredo - um oásis submerso. Infralitoral - Banco de rodolitos SC

Reis (2009)Caracterização da assembléia fitobentônica da praia do Kutuca, ilha da Marambaia, baía de

Sepetiba, RJ, BrasilInfralitoral RJ

Riul et al (2009)Rhodolith beds at the easternmost extreme of South America:

Community structure of an endangered environmentInfralitoral - Banco de rodolitos PB

Vilas-Boas et al. (2009)Rhodolith-forming species of Lithophyllum (Corallinales; Rhodophyta) from Espírito Santo State,

Brazil, including the description of L. depressum sp. nov.Infralitoral - Banco de rodolitos ES

Bahia (2010)Estrutura e composição de um banco de rodolitos ao longo de um gradiente de profundidade (5 –

25 metros) na região oceânica de Salvador, Bahia.Infralitoral - Banco de rodolitos BA

Marins (2010)Aspectos biológicos de Laminaria spp.: taxonomia, filogenia molecular, parâmetros populacionais,

composição química e flora associada.Infralitoral - Banco de rodolitos ES

Rocha-Jorge (2010) Diversidade de macroalgas do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, SP, Brasil Infralitoral SP

Silva (2010)Diversidade de algas marinhas bentônicas dos recifes e ambientes adjacentes de Maracajaú,

APA dos Recifes de Corais, RN, BrasilInfralitoral - Formações recifais RN

Burgos (2011)Composição e Estrutura das comunidades de Macroalgas do Infralitoral do Arquipélago de

Fernando de Noronha, Pernambuco – Brasil, com ênfase nas Calcárias IncrustantesInfralitoral PE

Machado et al. (2011)Flora ficológica da região sublitorânea rasa de costões rochosos do Núcleo Picinguaba, Parque

Estadual da Serra do Mar, Ubatuba, São PauloMesolitoral/ Infralitoral SP

Pacheco (2011) Macroalgas marinhas associadas a bancos de Rodolitos do Infralitoral do Espírito Santo, Brasil Infralitoral - Banco de rodolitos ES

Pinto (2011)Aspectos morfoanatômicos, reprodutivos e moleculares do gênero Lithophyllum

(Lithophylloideae, Corallinales, Rhodophyta) para o sul do BrasilInfralitoral - Banco de rodolitos PR, SC, RS

Autor/Ano Título do trabalho Tipo de ambiente Estados

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

23

1.2. ESTUDOS FICOLÓGICOS NO INFRALITORAL DA BAHIA

Os estudos ficológicos que levam em consideração o infralitoral da Bahia

ganharam grande enfoque a partir do ano 2000. Figueiredo & Steneck (2002)

realizaram um estudo florístico e ecológico das algas calcárias incrustantes

encontradas na região de Abrolhos. Costa Jr. et al. (2002) analizaram a distribuição

espacial e sazonal das algas em recifes de corais do litoral sul da Bahia. Barreto et

al. (2004) referiram cinco novas ocorrências para o estado da Bahia, três novas

ocorrências para a região nordeste brasileira e uma nova citação para o litoral do

Brasil, através do estudo das algas marinhas bentônicas que se desenvolvem em

formações recifais entre as profundidades de 0,5 e 5 m da baía de Todos os Santos.

Nunes et al. (2005) através de estudos no meso e no infralitoral, em profundidade de

até 50 m, referiu pela primeira vez para o litoral baiano, dez táxons de algas

marinhas bentônicas.

Nunes & Paula (2006) estudaram o gênero Dictyopteris J.V.Lamour. no litoral

da Bahia, referindo seis espécies, sendo uma delas uma nova referência para o

Estado. Figueiredo et.al. (2007) realizaram uma análise da importância dos bancos

de rodolitos de Abrolhos como substratos vivos para a infauna associada. Nunes

(2007) através de estudos no meso e no infralitoral desenvolveu estudos com duas

espécies de Rhodymenia Grev. que ocorrem no litoral baiano. Alves (2008) realizou

um estudo morfo-taxonômico das Cladophorophyceae (Chlorophyta) que ocorrem no

litoral da Bahia, analizando no total 46 táxons, distribuídos em duas ordens

(Cladophorales e Siphonocladales), cinco famílias (Anadyomenaceae, Boodleaceae,

Cladophoraceae, Siphonocladaceae e Valoniaceae) e 13 gêneros. Marins et al.

(2008) realizaram um estudo sobre as algas bentônicas da região do infralitoral da

baia de Todos os Santos, e ao amostrarem materiais de profundidades que variavam

entre 1-3 m, identificaram 142 táxons, sendo 31 Chlorophyta, 27 Heterokontophyta -

classe Phaeophyceae, 83 Rhodophyta, e uma fanerógama marinha. Nunes &

Guimarães (2008) ao realizarem estudos no meso e no infralitoral baiano, referiram

pela primeira vez sete novos táxons de rodofíceas marinhas bentônicas para o litoral

brasileiro (Acrochaetium corymbiferum (Thur. in Le Jolis) Batters, A. liagorae

Børgesen, Aglaothamnion herveyi (M. Howe) Aponte, D.L. Ballant. & J.N. Norris,

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

24

Crouanophycus latiaxis (L.A. Abbott) Athanas., Grallatoria reptans M. Howe e

Gelidiella sanctarum Feldmann & Hamel.) sendo que uma delas é uma nova

ocorrência para o Oceano Atlântico (Gelidiopsis repens (Kütz.) Weber Bosse). Farias

et al. (2009) realizou um trabalho de análise dos aspectos taxonômicos de

Lithothamnion superpositum Foslie e Mesophyllum engelhartii (Foslie) Adey

(Corallinales; Rhodophyta) do Brasil. Nunes & Guimarães (2009) registraram pela

primeira vez as fases sexuadas de Spermothamnion nonatoi A.B. Joly.

Bahia (2010) estudou a estrutura e a composição de um banco de rodolitos ao

longo de um gradiente de profundidade entre 5-25 m na região de Salvador. Nunes

& Guimarães (2010) realizaram um estudo morfo-taxonômico da espécie Scinaia

halliae (Setchell) Huisman no litoral da Bahia e do Espírito Santo. Nunes et al.,

(2011) referiram pela primeira vez Dotyophycus pacificum I. A. Abbott para o oceano

Atlântico

1.3. OS BANCOS DO RODOLITOS

A Ordem Corallinales, Divisão Rhodophyta, agrupa algumas algas que

possuem a capacidade de depositar carbonato de cálcio e magnésio, sob a forma de

cristais de calcita, em suas paredes celulares. Essas algas são popularmente

conhecidas como algas calcárias, algas coralíneas ou coralináceas, podem ser

encontradas na maioria dos ambientes marinhos, figurando entre os mais

abundantes organismos bentônicos que vivem na zona fótica da água (Steneck,

1986; Bailey & Chapman, 1998).

Morfologicamente, as algas calcárias podem ser dividas em geniculadas ou

articuladas - caso apresentem no talo regiões calcificadas (intergenículos) alternadas

com regiões não calcificadas (genículos) - e não geniculadas ou incrustantes - caso

o seu talo se apresente totalmente calcificado (Joly, 1967; Woelkerling, 1988; Farr et

al. 2009). As formas não geniculadas podem ser referidas como coralináceas

incrustantes, litotâmnios e/ou melobesoídeas, e podem se desenvolver de forma fixa

(aderida do substrato) – algas calcárias incrustantes - ou livre (desprendida do

substrato) - rodolitos, nódulos e/ou maërl - (Woelkerling, 1988). As comunidades

marinhas bentônicas que possuem a predominância de rodolitos são conhecidas

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

25

como bancos de rodolitos, bancos de algas calcárias ou bancos de maërl (Harvey et

al., 2005).

Os bancos de rodolitos são uma das mais importantes comunidades

bentônicas na plataforma continental brasileira (Gherardi, 2004; Amado Filho et al.,

2007). Parte da importância destas estruturas está na capacidade de promover

alterações estruturais no ambiente, uma vez que através da forma de crescimento

das algas que os compõem, eles proporcionam uma estrutura tridimensional que

transforma fundos homogêneos e de sedimentos inconsolidados, em substratos

duros e heterogêneos, o que amplia a disponibilidade de nichos e leva ao aumento

da diversidade de espécies associadas, uma vez que há uma maior disponibilidade

de refúgios e de outros recursos que reduzem as perdas derivadas da competição,

predação e de eventos de perturbações físicas (Barreto, 1999; Steller et al., 2003;

Lavrado, 2006; Farr et al. 2009). O processo de formação de um banco de rodolito

pode ser dado a partir da fragmentação de rodolitos maiores, onde cada fragmento

passa a se desenvolver de forma independente; desprendimento de algas calcárias

incrustantes, que continuam o seu desenvolvimento fora do substrato de origem;

crescimento dos esporos das algas em materiais como fragmentos de rochas, grãos

de areia, fragmentos de exoesqueleto de animais, entre outros (Scofin et al. 1985;

Piller & Rasser, 1996; Foster, 2001; Steller et al. 2007)

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

26

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Caracterizar a composição florística e a estrutura da comunidade

fitobentônica associada a bancos de rodolitos, em uma área do litoral norte da

Bahia.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer e identificar a composição das populações da flora acompanhante

(Fitobentos) associadas aos bancos de rodolitos da área estudada.

Identificar composição das populações de algas coralináceas não articuladas

construtoras dos bancos de rodolitos do infralitoral baiano entre as profundidades de

21 a 28m, em uma área do litoral norte da Bahia.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

27

3. ÁREA DE ESTUDO

O estado da Bahia situa-se na região Nordeste do Brasil, tem como limite

norte, a barra do Rio Real no município de Jandaíra e, como limite sul, a barra do

Riacho Doce no município de Mucuri. A região litorânea da Bahia possui uma

extensão de 1.103 km, apresenta um clima que varia de úmido a subúmido, com

cerca de 200 dias de sol/ano e precipitação média anual de 1500 mm, apresentando

um período seco entre os meses de setembro e fevereiro, e um período chuvoso

entre março e agosto (Figura 2); as temperaturas máximas são por volta de 33ºC, as

médias de 25ºC e as mínimas de 14ºC; a temperatura da água do mar varia entre

máximas de 27ºC e mínimas de 20ºC (Maida & Ferreira, 1997; Mafalda Jr et al.,

2004).

Bittencourt et al. (2000), subdividiram o litoral baiano em cinco setores,

baseando-se na sua fisiografia (Figura 3):

Setor I – Setor quase que completamente estreito, que se estende desde a

divisa do estado com Sergipe até a praia de Itapoã. Boa parte deste estreitamento é

caracterizada pela presença de depósitos de formação de barreiras próximos à

costa;

Setor II – Setor que se estende de Itapuã até a entrada da Baía de Todos os

Santos. Esse setor se diferencia do setor I por causa de sua evolução durante o Pré-

Cambriano e o Quaternário;

Setor III – Setor compreendido pela Baía de Todos os Santos é composto

também por algumas outras baías e enseadas, e se estende até Itacaré;

Setor IV – Limitado pelas localidades de Itacaré e Ilhéus, assemelha-se em

alguns aspectos ao setor II;

Setor V –Setor que é compreendido entre o município de Ilhéus até o limite

sul da Bahia e se caracteriza pela presença de formações de barreiras que, em

alguns locais chegam à costa, formando falésias;

O litoral norte da Bahia situado no Setor I apresenta ventos que variam

geralmente entre 1 m/s e 10 m/s, temperatura e salinidade das águas superficiais

variando respectivamente, entre 25°C - 26°C e 34 – 37UPS (Unidade Padrão de

Salinidade) (Domingues, 2003). O sistema de circulação de ventos da área de

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

28

estudo apresenta um ciclo sazonal que altera tanto o posicionamento quanto a

intensidade do centro de alta pressão na superfície da região, havendo assim um

predomínio de ventos de NE durante a estação seca e de ventos de E e SW durante

a estação chuvosa (Peixoto & Oort, 1992).

O padrão oceanográfico local é basicamente determinado pela massa de

Água Tropical (AT) e que possui características oligotróficas devido ao escasso teor

em nutrientes, no entanto, o aumento da descarga hidrica, verificada em períodos de

elevada pluviosidade, permite a formação de uma massa de água Costeira (Garfield

1990, Paredes 1991, Mafalda Jr. et al. 2004, Camargo et al. 2009).

Estudos sobre a hidrodinâmica na Baía de Todos os Santos (BTS) e seus

arredores evidenciaram um padrão de circulação gerado principalmente pelos

ventos, e com variação sazonal das propriedades físicas da água, sendo que

durante a estação seca a água se apresenta com temperatura e salinidade maiores

das encontradas durante a estação chuvosa. Há também uma reversão no sentido

da corrente entre os dois períodos, sendo o fluxo residual primariamente em sentido

SW durante a estação seca e NE durante a estação chuvosa (Cirano & Lessa 2007).

As correntes de SW apresentam velocidade média anual na superfície de 0,3

m/s, e em torno de 0,2 m/s em profundidades de 20 metros, enquanto que as

correntes de NE apresentam velocidade média na superfície em torno de 0,3 m/s

decaindo para 0,2 m/s em profundidades de 20 metros. Estas correntes são

impulsionadas pelos ventos dominantes na área oriundos dos quadrantes NE, E e

SE (Mafalda Jr. 2000).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

29

0

100

200

300

400

500

600

1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4° 1° 2° 3° 4°

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Pluviosidade média do trimestre (mm)

Figura 2: Representação gráfica da pluviosidade média por trimeste nos entre os anos de 1998 e 2010, na região do Litoral Norte da

Bahia. Fonte dos dados Agência Nacional de Águas – ANA. (www.ana.gov.br)

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

30

O local onde se desenvolveu o estudo está localizado em uma área sob a

influência do emissário submarino da CETREL/SA – Empresa de Proteção

Ambiental. A empresa de tratamento de efluentes CETREL/SA opera a maior

estação de tratamento de efluentes do país, processando os variados resíduos do

Pólo Industrial de Camaçari, que reúne indústrias petroquímicas e químicas,

automobilísticas, de metalurgia, celulose e cervejarias. O seu sistema de tratamento

de efluentes utiliza a tecnologia de Lodos Ativados, processo biológico pelo qual

uma colônia de microorganismos, em contato com o oxigênio, consome os poluentes

orgânicos. Depois de removida a carga poluidora dos efluentes tratados na ETE,

Estação de Tratamento de Efluentes, eles são transportados para o mar, através do

Figura 3: Mapa geológico simplificado mostrando as diferentes localizações dos setores

fisiográficos. Fonte: Bittencourt et al. 2000.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

31

Sistema de Disposição Oceânica – SDO que está localizado nas proximidades da

praia de Arembepe, e é composto pelo emissário terrestre, com 11 km de

tubulações, e pelo emissário submarino, com 4,8 km de extensão, chegando a uma

profundidade média de 25 m, sendo que nos últimos 500 m do emissário submarino,

a tubulação possui difusores que promovem uma diluição mínima dos efluentes da

ordem de 1:400, o que assegura uma redução significativa do impacto ambiental ao

ecossistema marinho da região (Cetrel, 2008).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

32

4. MATERIAL E MÉTODO

4.1. AMOSTRAGEM

O material foi coletado durante as campanhas oceanográfica do ano de 2011,

sendo que uma ocorreu durante a estação seca (fevereiro) e a outra durante estação

chuvosa (agosto).

4.1.1. COLETA DO MATERIAL BIOLÓGICO

O material foi coletado em 10 pontos de coletas, compreendidos entre as

Latitudes 12ºS 44’ 13”; 12ºS 47' 58" e Longitudes 38º W 05' 12"; 38º W 08' 36",

(Tabela 2 e Figura 4). A coleta do material foi realizada através de dragagens

qualitativas (draga Holme) e quantitativas (draga Petersen) (Figura 5), sendo que em

cada ponto de coleta foram realizados:

Dois arrastos utilizando a draga Holme, sendo cada arrasto com um

minuto de duração;

Oito lançamentos utilizando a draga Petersen, que possui uma área de

0,08m2, perfazendo 0,64m2 de área total amostrada por ponto de coleta;

Depois de coletado, o material foi acondicionado em sacos de ráfia que foram

transferidos para tanques que continham água do mar e oxigenadores. O material

algáceo então foi triado utilizando-se três peneiras, separando as macroalgas

(Figura 5). Após a separação, o material foi acondicionado em sacos plásticos, e

contendo solução de formalina a 4% diluída em água do mar.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

33

Tabela 2 - Coordenadas geográficas das estações de amostragem adotada para os

ciclos anuais de monitoramento na área de influência dos emissários submarinos da

CETREL.

Estação de

amostragem

Coordenadas Geográficas Profundidade Estimada

(m) Latitude (S) Longitude (W)

#A4 12° 44' 13" 38° 05' 12" 23

#C3 12° 45' 26" 38° 07' 12" 22

#C4 12° 45' 50" 38° 06' 34" 22

#C5 12° 46' 17" 38° 05' 56" 27

#D3 12° 46' 14" 38° 07' 54" 21

#D4 12° 46' 41" 38° 07' 16" 25

#D5 12° 47' 05" 38° 06' 38" 26

#E3 12° 47' 05" 38° 08' 36" 23

#E4 12° 47' 32" 38° 07' 58" 26

#E5 12° 47' 58" 38° 07' 21" 28

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

34

Figura 4: Mapa de localização dos pontos de amostragens das áreas de influência no

entorno do emissário submarino da CETREL com indicação da batimetria do local e

sentido das correntes marinhas durante a estação chuvosa (setas azuis) e a estação

seca (setas laranjas).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

35

Figura 5: Materiais e metodologia utilizados no processo de coleta e triagem do material

biológico; (A) Draga Holme; (B) Draga Petersen; (C) Processo de separação da flora

fitobentônica acompanhante dos demais materiais.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

36

4.1.2. COLETA DO MATERIAL SEDIMENTOLÓGICO DO FUNDO OCEÂNICO

O material sedimentológico foi obtido por meio de um amostrador de fundo

oceânico em cada ponto de coleta, sendo posteriormente acondicionado em

vasilhames plásticos.

4.2. ANÁLISE DO MATERIAL BIOLÓGICO

A análise do material fitobentônico foi feita sob microscopia fotônica de rotina

(MF) com estereomicroscópio (marca Tecnival) e microscópio binocular (marca

Bioval), havendo distinção metodológica entre os fitobentos que se desenvolviam

associados aos bancos de rodolitos (flora associada) e as coralináceas que formam

o banco de rodolitos (banco de rodolitos).

4.2.1. ANÁLISE DA FLORA ASSOCIADA

As algas que se desenvolviam associadas aos rodolitos foram

cuidadosamente removidas e separadas para a identificação taxonômica, onde

foram observadas tanto características morfológicas quanto anatômicas. As

ferramentas utilizadas no processo de identificação foram chaves de identificação e

descrições de algas marinhas bentônicas disponíveis em levantamentos florísticos,

dissertações e teses além de trabalhos específicos.

Após o estudo os espécimes foram tombados nos Herbários da Universidade

Federal da Bahia (ALCB) do Departamento de Botânica do Instituto de Biologia, e

duplicatas foram enviadas para o Herbário da Universidade Estadual de Feira de

Santana (HUEFS).

A disposição dos táxons seguiu a proposição de Wynne (2011).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

37

4.2.2. ANÁLISE DAS CORALINÁCEAS QUE FORMAM O BANCO DE RODOLITO:

A metodologia utilizada para a identificação foi adaptada da metodologia

proposta por Moura et al. (1997), que consiste nas seguintes etapas:

I. Descalcificação das amostras em ácido nítrico a 0,6Molar, até que não

haja mais vestígio de calcificação do material;

II. Desidratação do material, em uma série gradual etanólica (10, 20, 30,

40, 50, 60, 70, 80, 90 e 96%) em temperatura ambiente;

III. Infiltração e inclusão das amostras em metacrilato glicol -GMA- (marca

Leica®) com os seguintes passos:

pré-infiltração em solução de infiltração por período de 2 horas, na

geladeira;

infiltração em solução de infiltração pura por não menos de 12

horas, ou até o material afundar, na geladeira;

inclusão em fôrmas de polietileno, sendo definido nesse momento o

sentido do corte do material;

polimerização da resina em estufa a 40C por cerca de 2 horas.

IV. Secção do material em micrótomo rotatório utilizando navalha de aço

com fio C, com espessuras de 8-14m.

A identificação do material foi realizada com base em literatura especializada

(floras, monografias, artigos científicos), e foram observadas características

vegetativas (tamanho das células, presença de fusões celulares e/ou pits

connections, tipo de crescimento do talo) e reprodutivas (tamanho do conceptáculo,

tipo de abertura, presença ou ausência de tampão apical).

Para a aferição das medidas das estruturas analisadas, utilizou-se

microscópio óptico com uma ocular micrométrica.

Para a técnica de microscopia eletrônica de varredura seguiu-se a

metodologia apresentada em Horta (2002), descrita abaixo:

I. Lavagem do material fixado em água corrente para retirada do formol.

II. Secagem em estufa à 50 ºC por 24 h.

III. Fratura da alga calcária com alicate ou lâmina de aço de modo a se

obter secções transversais e superficiais do talo.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

38

IV. Posicionamento dos fragmentos com a orientação desejada em porta-

espécime de alumínio (stub) com fita adesiva dupla face de carbono.

V. Metalização com ouro do porta-espécime contendo as amostras, com

atmostera estabilizada em 50 mTor de Argônio (Denton Vacuum - Desk

IV).

VI. Observação em microscópio eletrônico de varredura (JEOL - JSM 6390

LV) utilizando uma aceleração de voltagem de 8 kV.

Os espécimes observados na microscopia óptica e eletrônica de varredura

foram identificados a partir de chaves e descrições de táxons disponíveis na

literatura (Horta, 2002; Harvey & Woelkerling, 2007; Farr, 2009; Horta et al. 2011).

Para as medições, a altura das células foi considerada como a distância entre as

conexões celulares primárias, enquanto o diâmetro a distância perpendicular das

mesmas. Para a aferição da altura dos conceptáculos, foi considerada a distância

entre o assoalho e o teto da câmara do conceptáculo; já o diâmetro, foi considerado

como a distância entre as paredes internas laterais da câmara do conceptáculo

(Chamberlain, 1983).

4.2.3. FORMAS DE CRESCIMENTO DOS RODOLITOS

A forma de crescimento das algas calcárias incrustantes da superfície dos

rodolitos foi determinada segundo o guia de Farr et al. (2009), e se baseou na forma

predominante das algas calcárias incrustantes da camada externa dos rodolitos

(discoide, incrustante, fruticosa, folhosa, laminar, grumosa, verrucosa) (Figura 6). As

formas de crescimento foram analisadas para cada estação de coleta bem como

para todo o período.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

39

Figura 6: Diferentes formas de crescimento encontradas nos rodolitos da área estudada.

(A) Incrustante (encrusting); (B) Verrucosa (warty); (C) Grumosa (lumpy); (D) Fruticosa

(fruticose). Escalas: 1cm

4.2.4. DIMENSÕES E VOLUME MÉDIO DOS RODOLITOS

Para a aferição das medidas foram escolhidos ao acaso 100 rodolitos por

ponto de coleta, sendo determinadas para cada rodolito as dimensões maior,

intermediária e menor com paquímetro manual (Figura 7). O volume médio do

rodolito foi obtido após a remoção dos organismos epibiontes que se desenvolviam

sobre a amostra do rodolito, determinando-se o valor através da observação do

volume de água deslocado quando o mesmo foi imerso em recipientes graduados

(Figura 8). Posteriormente as medidas foram organizadas em tabelas do software

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

40

Figura 8: Medição do biovolume dos rodolitos: (A) Provetas com volume conhecido

onde é aferido o volume inicial; (B) Provetas com o rodolito imerso, onde é aferido o

volume final.

Figura 7: Mensuração das dimensões dos rodolitos. (A) dimensão maior; (B) dimensão

intermediária; (C) dimensão menor.

Microsoft Excel ©, as quais foram transferidas para o programa Tri-plot v 1.3 de

Graham & Midgley (2000), que qualifica as formas dos rodolitos entre as formas

esférica, discóide, laminar ou cilíndrica (Figura 9) a partir da fórmula: (S²/LI)1/3, onde

S equivale ao menor diâmetro do rodolito, I é referente à medida intermediária e L à

superfície maior (Bosence & Pedley, 1982; Perry, 2005).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

41

Figura 9: Forma dos rodolitos encontrados na área de estudo. (A) esférica; (B) discóide;

(C) laminar; (D) cilíndrica. Escalas: 1cm.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

42

Figura 10: Mapa com as subáreas da área estudada: (sb1) Subárea 1 – pontos

localizados logo após a desembocadura do emissário. (sb2) Subárea 2 – pontos

localizados logo antes da desembocadura do emissário. (sb3) Subárea 3 – pontos

localizados antes da desembocadura do emissário. Setas azuis, sentido das correntes

marinhas durante a estação chuvosa; setas laranja, sentido das correntes marinhas

durante a estação seca.

4.2.5. PARÂMETROS ECOLÓGICOS DA COMUNIDADE FITOBENTÔNICA

Para a análise dos parâmetros ecológicos da comunidade fitobentônica

encontrada no local, a área estudada foi subdividida em três subáreas amostrais

(sb1, sb2, sb3), nas quais os pontos de coleta foram agrupados de acordo com a

sua localização em relação a desembocadura do emissário submarino da

CETREL/SA (Figura 10). Uma vez que o ponto A4 possui uma localização única, o

mesmo foi excluído dessas análises a fim de padronizar o tamanho das amostras

obtidas em cada subárea analisada.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

43

Os parâmetros da comunidade fitobentônica avaliados em cada subárea por

cada período de coleta foram:

Biomassa seca (g/m²).

Número total de táxons.

Equitabilidade de Pielou (J)

Índice de diversidade de Shannon (H’)

Indice de similaridade de Bray-Curtis

Para a mensuração da biomassa seca as populações de cada táxon foram

separadas por pontos de coleta dentro de suas respectivas subáreas amostrais,

quando então procedeu a mensuração da biomassa fresca por meio de balança de

precisão (0,001 g). Posteriormente, para mensuração da biomassa seca de cada

táxon, as populações foram secas em estufa à 60ºC por 48h ou até atingirem massa

constante. Para os espécimes que não atingiram a massa mínima de 0,001 g foi

atribuído o valor arbitrário de 0,001 g a fim de garantir a sua representatividade no

local amostrado. Apenas os táxons coletados por meio da draga Petersen

(dragagem quantitativa) tiveram sua biomassa aferida

Para a análise do número total de táxons, foram consideradas apenas as

ocorrências dos táxons dentro das subáreas amostrais, sendo considerado presente

o táxon que ocorreu em pelo menos um dos pontos de coleta dentro da sua

respectiva subárea amostral.

O grau de confiança para todos os testes de significância foi estipulado em

95% (p = 0,05), sendo o índice de diversidade de Shannon (H’) e de equitabilidade

de Pielou (J) calculados pelo programa PAST v 2.11, e o índice de similaridade de

Bray-Curtis, bem como o dendrograma gerado, obtidos por meio do programa

PRIMER 6 v 6.1.13.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

44

4.2.6. ANÁLISE DO MATERIAL SEDIMENTOLÓGICO

Em laboratório, as amostras foram lavadas em peneira com espaçamento de

malha de 4 phi (0,062 mm) para eliminação de sais, e a fração granulométrica

tamanho lama (< 0,062 mm), quando presente, foi recuperada e pesada.

As amostras foram secas em estufa, peneiradas mecanicamente em peneiras

com espaçamento de malha de 1 phi (1phi= -logd 2 onde d=diâmetro da malha em

mm) (escala de Wentworth, 1922), e cada fração granulométrica foi pesada em

balança analítica.

Os teores dos principais tipos texturais (cascalho, areia e lama), foram

calculados a partir do processo de penairamento mecânico, e a composição do

sedimento foi determinada a partir da identificação de cerca de 100 grãos,

escolhidos ao acaso, das frações granulométricas maiores que 3,0 phi (0,125 mm),

perfazendo um total de cerca de 600 grãos por amostra.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

45

5. RESULTADOS

5.1. FLORA ASSOCIADA

Durante o período de estudo, foram coletados e identificados um total de 66

táxons infragenéricos de algas marinhas associadas aos rodolitos, sendo que destes

17 pertencem à Divisão Chlorophyta, 14 à Divisão Heterokontophyta e 35 à Divisão

Rhodophyta.

5.1.1. SINOPSE DOS TÁXONS INFRAGENÉRICOS ENCONTRADOS

Chlorophyta

Bryopsidophyceae

Bryopsiales

Caulerpaceae

Caulerpa cupressoides var. lycopodium Weber Bosse

C. mexicana Sond. ex Kuntz.

C. prolifera (Forssk.) J.V. Lamour.

C. pusilla (Kutzing) J. Agardh

C. sertularioides (S.G. Gmel.) Howe

C. verticillata J. Agardh

Dichotomosiphonaceae

Avrainvillea nigricans Decne.

Halimedaceae

Halimeda cuneata K. Hering

H. discoidea Decne.

H. gracilis Harv. ex. J. Agardh

Udoteaceae

Udotea cyathiformis Decne.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

46

U. dixonii D.S. Littler & Littler

U. flabellum (J.Ellis & Solander) Lamour.

Dasycladophyceae

Dasycladales

Dasycladaceae

Dasycladus vermicularis (Scop.) Krasser

Neomeris annulata Dickie

Siphonocladophyceae

Cladophorales

Cladophoraceae

Cladophora ordinata (Borgesen) C. Hoek

Siphonocladales

Siphonocladaceae

Chamaedoris peniculum (J.Ellis & Solander) Kuntz.

Heterokontophyta

Phaeophyceae

Dictyotales

Dictyotaceae

Canistrocarpus cervicornis (Kutz.) De Paula & De Clerck

Dictyopteris delicatula J.V.Lamour.

D. jolyana E.C.Oliveira & R.P. Furtado

D. justii J.V.Lamour.

D. polypodioides (DC. in Lam. & DC.) J.V.Lamour.

Dictyota mertensii (Martius) Kutz.

Lobophora variegata (J.V. Lamour.) Womersley ex E.C. Oliveira

Padina boergesenii Allender & Kraft

P. gymnospora (Kutz.) Sond.

P. sanctae-crucis Borgesen

Ectocarpales

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

47

Acinetosporaceae

Hincksia onslowensis (Amsler & Kapraum) P.C.Silva in P.C.Silva et

al.

Scytosiphonaceae

Chnoospora minima (K. Hering) Papenf.

Colpomenia sinuosa (Roth) Derbes & Solier

Rosenvingea orientalis (J. Agardh) Borgesen

Rhodophyta

Florideophyceae

Corallinales

Corallinaceae

Amphiroa rigida J.V.Lamour.

Jania adhaerens J.V.Lamour.

J. cubensis Mont. ex. Kutz

J. subulata (J.Ellis & Solander) Sond

Nemaliales

Galaxauraceae

Tricleocarpa fragilis (L.) Huisman & R.A. Towns

Liagoraceae

Dotyophycus pacificum I.A. Abbott

Ceramiales

Ceramiaceae

Ceramium codii (H.Richards) Mas.

C. luetzelburgii O.C. Schmidt

Dasyaceae

Dictyurus occidentalis J.Agardh

Heterosiphonia gibbesii (Harv.) Falkenb

Delesseriaceae

Claudea elegans J.V.Lamour.

Rhodomelaceae

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

48

Amansia multifida J.V. Lamour.

Bryothamnion seaforthii (Turner) Kutz.

Digenea simplex (Wulfen) C. Agardh.

Heterodasya mucronata (Harv.) M.J. Wynne

Neosiphonia ferulacea (Suhr ex. J. Agardh) S.M. Guimarães & M.T.

Fujii.

Osmundea lata (M. Howe & W.R. Taylor) Yonesh., M.T. Fujii &

Gurgel

Polysiphonia subtilissima Mont.

Vidalia obtusiloba (C.Agardh) J. Agardh

Wrightiella tumanowiczii (Gatty ex. Harv.) F. Schmitz

Sarcomeniaceae

Cottoniella filamentosa (M. Howe) Borgesen

Spyridiaceae

Spyridia filamentosa (Wulfen) Harv. in Hook

Wrangeliaceae

Griffithsia globulifera Harv. ex. Kutz.

Haloplegma duperreyi Mont.

Lejolisia mediterranea Bornet

Gigartinales

Cystocloniaceae

Hypnea spinella (C.Agardh) Kutz

Solieriaceae

Agardhiella ramosissima (Harv.) Kylin

A. subulata (C.Agardh) Kraft & M.J. Wynne

Gracilariales

Gracilariaceae

Gracilaria cuneata Areshoug

Halymeniales

Halymeniaceae

Cryptonemia crenulata (J.Agardh) J. Agardh

C. seminervis (C.Agardh) J. Agardh

Halymenia elongata C. Agardh

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

49

H. floresii (Clemente) C. Agardh

Rhodymeniales

Faucheaceae

Leptofauchea brasiliensis A.B. Joly

Rhodymeniaceae

Botryocladia occidentalis (Borgesen) Kylin

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

50

5.1.1.1. DIVISÃO CHLOROPHYTA

Chave artificial dicotômica para a identificação dos gêneros da Divisão Chlorophyta

1A Talo inteiramente ou parcialmente calcificado......... .............................2

1B Talo não calcificado................................................. ...........................5

2A Talo segmentado, parcialmente calcificado............. ............Halimeda Pág. 56

2B Talo não segmentado, inteiramente calcificado...... ..........................3

3A Talo filamentoso....................................................... ......Chamaedoris Pág. 63

3B Talo cenocítico......................................................... ...........................4

4A Talo em forma de leque ou funil............................... .................Udotea Pág. 59

4B Talo cilíndrico........................................................... ..............Neomeris Pág. 62

5A Talo com estolão e trabéculas presentes................ ...............Caulerpa Pág. 51

5B Talo sem estolão e sem trabéculas.......................... ...........................6

6A Ramificação verticilata, dicotômica,

pseudodicotômica a irregular.................................

...........................7

6B Ramificação ausente................................................ ..........Avrainvillea Pág. 55

7A Ramificação verticilata............................................. ...........Dasycladus Pág. 61

7B Ramificação dicotômica, pseudodicotomica a

irregular....................................................................

..........Cladophora Pág. 63

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

51

Caulerpa J.V. Lamour., 1809: 332.

Talo cenocítico, com porção ereta e prostrada, fixo ao substrato através da

porção estolonífera prostrada, conspícua ou não, com ramos rizoidais descendentes

desenvolvidos na porção ventral dos estolões. Trabéculas presentes, ramos

assimiladores eretos de formato variado desenvolvendo-se opostamente aos

filamentos rizoidais.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Caulerpa

1A Plantas com ramos assimiladores simples................................ .......................2

1B Plantas com ramos assimiladores ramificados.......................... .......................4

2A Ramos assimiladores em forma de lâminas inteiras ou de

margem lisa..............................................................................

........C. prolifera

2B Ramos assimiladores em forma de pínulas.............................. .......................3

3A Pínulas levemente recurvadas, constritas na base e de ápices

pontiagudos..............................................................................

.....C. mexicana

3B Pínulas filiformes, levemente recurvadas, sem constricção na

base...........................................................................................

C.sertularioides

4A Ramos assimiladores mamiliformis.......................................... C. cupressoides

4B Ramos assimiladores compostos por eixos principais

cilíndricos...................................................................................

.......................5

5A Râmulos com marcada constricção na base das dicotomias e

estolão recoberto por rizóides...................................................

...........C. pusilla

5B Râmulos sem constricção na base das dicotomias e estolão

glabro.........................................................................................

.....C. verticillata

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

52

Caulerpa cupressoides var. lycopodium Webber Bosse. Transactions of the

Linnean Society of London, Second Series, Zoology 12: 381-383. 1909

Localidade tipo: “mari Brasiliae et Indiae Occidentalis”.

Figuras: 11 A; Ilustrações adicionais vide Barata (2008).

Talo cenocítico, com estolão cilíndrico, glabro, ramificado, e com rizóides

ramificados. Ramos assimiladores cilíndricos, ramificados, completamente lisos

próximo da região basal e recobertos de râmulos mamiliformes próximo da região

apical. Râmulos basais com ápice mucronado e dispostos de maneira esparsa, e

râmulos medianos e apicais curvados em direção ao eixo principal.

Comentários: Espécie encontrada em apenas 1 (um) ponto de coleta (A4)

durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, BA, AB, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Barata (2008)

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100372).

Caulerpa mexicana Sond. ex Kütz. Species algarum. pp. [i]-vi, [1]-922. 1849.

Localidade tipo: Costa Atlântica do México

Figuras: 11 B; Ilustrações adicionais vide Barata (2008).

Talo cenocítico, com estolão cilíndrico, glabro, as vezes ramificado, e com

rizóides ramificados. Ramos assimiladores não ramificados, lanceolados, de base

levemente pedunculada. Ramos dividido em pínulas dispostas disticamente ao longo

de uma “nervura central”. Pínulas levemente recurvadas, com base constrita e ápice

ponteagudo.

Comentários: Espécie encontrada em 4 (quatro) diferentes pontos de coleta,

ponto D3 (subárea sub2) durante a estação seca, e pontos A4; C4 (subárea sub1) e

E4 (subárea sub3) durante a estação chuvosa.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, BA, ES, RJ.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

53

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (2001); Paula

et al. (2003); Figueiredo (2005); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Barata (2008);

Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D3, Cetrel 02.11

(ALCB 100430); estação A4, Cetrel 08.11 (ALCB 100524); estação C4, Cetrel 08.11

(ALCB 100524); estação E4, Cetrel 08.11 (ALCB 100557).

Caulerpa prolifera (Forssk.) J.V. Lamour. Nouveau Bulletin des Sciences, par

la Société Philomathique de Paris 1: 330-333. 1809.

Localidade tipo: Egito

Figuras: 11 C; Ilustrações adicionais vide Barata (2008).

Talo cenocítico, com estolão cilíndrico, glabro, ramificado, e com rizóides não

ramificados. Ramos assimiladores não ramificados, achatados, pedunculados, com

expansões laminares semelhantes a folhas de formato lanceolado, com margens

lisas e ápice arredondados.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

ponto C4 (subárea sub1) e ponto D3 (subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: PI, CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, RJ, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999); Paula

et al. (2003); Figueiredo (2005); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Barata (2008);

Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100400); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100431).

Caulerpa pusilla (Kütz.) J. Agardh. Afdelningen for Mathematik och

Naturvetenskap 9(8): 1-71. 1873.

Localidade tipo: Brasil

Figuras: 11 D; Ilustrações adicionais vide Barata (2008).

Talo cenocítico, com estolão cilíndrico, totalmente recoberto por rizóides

ramificados. Ramos assimiladores constituídos por eixos principais cilíndricos,

ramificados, com verticilos de râmulos na porção apical. Râmulos compostos por 1-4

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

54

verticilos, constrictos na base das dicotomias e com ápices bimucronados

divergentes.

Comentários: Espécie encontrada no ponto C4 (subárea sub1) durante a

estação seca.

Distribuição: FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, TR.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Yoneshigue-Valentin et al.

(2006); Barata (2008); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100401).

Caulerpa sertularioides (S.G. Gmel.) M. Howe. Bulletin of the Torrey

Botanical Club 32: 563-586. 1905.

Localidade tipo: “in corallis americanis”.

Figuras: 11 E; Ilustrações adicionais vide Barata (2008).

Talo cenocítico, com estolão cilíndrico, glabro, com rizóides ramificados.

Ramos assimiladores simples, plumosos, constituídos por eixos principais cilíndricos,

divididos em pínulas cilíndricas e curvadas em direção ao ápice. Râmulos dispostos

de forma dística a oposta, de ápice afilado e mucronado, conferindo à fronde um

aspecto truncado.

Comentários: Espécie encontrada em apenas um ponto de coleta (E3),

durante a estação seca.

Distribuição: MA, PI, CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, SP, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999);

Figueiredo (2005); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Barata (2008); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100476).

Caulerpa verticillata J. Agardh. Vetenskaps-Adademiens Förhandlingar,

Stockholm 4: 5-17. 1847.

Localidade tipo: Não especificada (West Indies)

Figuras: 11 F; Ilustrações adicionais vide Barata (2008).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

55

Talo cenocítico, com estolão cilíndrico, glabro, com rizóides ramificados.

Ramos assimiladores constituídos por eixos principais cilíndricos, ramificados, com

2-3 tufos de râmulos verticilados na porção apical. Tufos constituídos por 3 (três)

verticilos, formados por 4 (quatro) râmulos laterais, sem constrição na base das

dicotomias.

Comentários: Espécie encontrada no ponto D4 (subárea sub2) durante a

estação seca.

Distribuição: RN, FN, PB, PE, BA, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Costa Jr. et al. (2002);

Figueiredo (2005); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Barata (2008); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D4, Cetrel 02.11

(ALCB 100445).

Avrainvillea Decne., 1842: 108.

Talo filamentoso, ereto, com uma ou várias frondes partindo do estipe, fixo ao

substrato por meio de um apressório constituído por filamentos rizoidais ou por um

sistema prostrado rizomatoso. Frondes achatadas, expandidas, com formato de

cunha a orbicular, inteiras ou fendidas, com textura macia e aveludada, sifões

ramificados dicotomicamente, cilíndricos a moniliformes, com ou sem constrições

regulares e de ápices arredondados, pontiagudos, clavados ou em forma de gancho.

Avrainvillea nigricans Decne. Annales des Sciences Naturelles, Botanique,

Seconde Série 18: 96-128. 1842.

Localidade tipo: West Indies

Figuras: 12 A; Ilustrações adicionais vide Santana (2005).

Talo filamentoso, com estipe cilíndrico raramente ramificado, com sifões

corticais profundamentes moniliformes e sifões medulares levemente moniliformes.

Ramos, 2-4, de ápices arredondados, com lâminas livremente entralaçadas,

zonação inconspícua, margens levemente arredondadas ou rasgadas, região cortical

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

56

formada por sifões moniliformes, 20 - 30 μm de diâmetro e região medular formada

por sifões moniliformes, 27 - 44 μm de diâmetro.

Comentários: Espécie encontrada no ponto A4 durante a estação seca.

Distribuição: PE, BA, ES, TR, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Santana (2005);

Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100371).

Halimeda J.V. Lamour. 1812: 186.

Talo cenocítico, ereto ou prostrado, articulado, alternando segmentos não

calcificados com segmentos calcificados, fixo ao substrato por meio de um

pedúnculo basal, ramificado em um ou em vários planos, de formato e tamanho

variáveis. Região cortical composta por utrículos originados a partir dos ramos

laterais dos sifões medulares.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Halimeda

1A Segmentos do talo de formato discóide a reniforme..................... .H. discoidea

1B Segmentos do talo de formato cuneado a reniformes e

raramente dicóide..........................................................................

...................2

2A Talo levemente calcificado, com segmentos cuneados e

raramente dicóide..........................................................................

....H. cuneata

2B Talo fortemente calcificado, com segmentos subcuneados a

reniformes ou subcilíndricos..........................................................

....H. gracilis.

Halimeda cuneata K. Hering. Flora 29(14): 209-215. 1846.

Localidade tipo: África do Sul

Figuras: 12 B; ilustações adicionais vide Bandeira-Pedrosa (2001).

Talo cenocítico, fixo ao substrato por meio de um pedúnculo basal, ramificado

dicotomicamente, às vezes tricotomicamente e eventualmete irregularmente.

Segmentos do talo levemente calcificados, de formato cuneado e raramente

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

57

discóide. Região cortical formada por 3 (três) camadas de utrículos com 25-60 μm

de diâmetro e 80-132 μm de comprimento e região medular constituída por

filamentos densamente entrelaçados, ramificados, fusionados em grupos de 2-3.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

pontos C4 e C5 (subárea sub1) durante a estação chuvosa.

Distribuição: RN, PB, BA, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Bandeira-Pedrosa (2001); Santana (2005);

Amorim et al. (2008).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 08.11

(ALCB 100526); estação C5, Cetrel 08.11 (ALCB 100537).

Halimeda discoidea Decne. Annales des Sciences Naturelles, Botanique,

Seconde Série 18: 96-128. 1842.

Localidade tipo: “Kamtschatka”

Figuras: 12 C; ilustrações adicionais vide Bandeira-Pedrosa (2001)

Talo cenocítico, fixo ao substrato por meio de um pedúnculo basal, ramificado

dicotomicamente à tricotomicamente. Segmentos do talo calcificados, de formato

discóide a reniforme, e de superfície lisa. Região cortical formada por 2-3 camadas

de utrículos com 30-70 μm de diâmetro e 78-86 μm de comprimento, com utrículos

secundários inflados e subglobosos. Região medular constituída por filamentos

entrelaçados, ramificados, fusionados em grupos de 2-3.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

ponto E5 (subárea sub3) durante a estação seca, e ponto C3 (subárea sub1)

durante a estação chuvosa.

Distribuição: CE, FN, PE, BA, ES, TR, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999);

Bandeira-Pedrosa (2001); Nunes et al. (2001); Costa Jr. et al. (2002); Figueredo

(2005); Santana (2005); Yoneshigue-Valentin et al. (2006).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E5, Cetrel 02.11

(ALCB 100503); estação C3, Cetrel 08.11 (ALCB 100519).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

58

Halimeda gracilis Harv. ex. J. Agardh. Acta Universitatis Lundensis 23(2): 1-

174. 1887.

Localidade tipo: Sri Lanka

Figuras: 12 D; ilustrações adicionais vide Bandeira-Pedrosa (2001)

Talo cenocítico, fixo ao substrato por meio de um pedúnculo basal, ramificado

dicotomicamente à tricotomicamente. Segmentos subcuneado a reniformes ou

subcilíndricos e raramente discóides, fortemente calcificados, achatados, de margem

inteira, ondulada ou levemente lobada. Região cortical formada por 2 (duas)

camadas de utrículos com 44-55 μm de diâmetro e 67-92 μm de comprimento e

região medular constituída por filamentos entrelaçados, ramificados, fusionados em

grupos de 2-3.

Comentários: Espécie encontrada em 19 pontos de coleta, pontos A4; C3,

C4, C5 (subárea sub1); D3, D4, D5 (subárea sub2); E3, E4, E5 (subárea sub3),

durante a estação seca, e pontos A4; C3, C4, C5 (subárea sub1); D3, D4 (subárea

sub2); E3, E4, E5 (subárea sub3), durante a estação chuvosa.

Distribuição: CE, PB, PE, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Santana (2005); Yoneshigue-Valentin et al.

(2006).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100374); estação C3, Cetrel 02.11 (ALCB 100388); estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100399); estação C5, Cetrel 02.11 (ALCB 100415); estação D3, Cetrel 02.11

(ALCB 100429); estação D4, Cetrel 02.11 (ALCB 100444); estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100451); estação E3, Cetrel 02.11 (ALCB 100475); estação E4, Cetrel 02.11

(ALCB 100489); estação E5, Cetrel 02.11 (ALCB 100502); estação A4, Cetrel 08.11

(ALCB 100513); estação C3, Cetrel 08.11 (ALCB 100520); estação C4, Cetrel 08.11

(ALCB 100528); estação C5, Cetrel 08.11 (ALCB 100539); estação D3, Cetrel 08.11

(ALCB 100547); estação D4, Cetrel 08.11 (ALCB 100552); estação E3, Cetrel 08.11

(ALCB 100555); estação E4, Cetrel 08.11 (ALCB 100559); estação E5, Cetrel 08.11

(ALCB 100566).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

59

Udotea Lamour. 1812: 186.

Talo ereto, cenocítico, diferenciado em um estipe e um flabelo calcificado em

forma de leque ou de funil, fixo ao substrato por meio de um apressório rizoidal.

Estipe originado a partir do apressório rizoidal e possui região cortical nítida. Porção

flabelar plana ou afunilada, inteira ou bifurcada, constituída por filamentos

compostos de sifões com ramificação dicotômica,

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Udotea

1A Lâmina em forma de taça, levemente zonada e

ecorticada........................................................................

..........U. cyathiformis

1B Lâmina inteira, em forma de leque, com zonação

distinta............................................................................

...............................2

2A Sifões medulares, cilíndricos, com 30-40µm de

diâmetro..........................................................................

..............U. flabellum

2B Sifões medulares cilíndricos, com 20-30 μm de

diâmetro..........................................................................

..................U. dixonii

Udotea cyathiformis Decne. Annales des Sciences Naturelles, Botanique,

Seconde Série 18: 96-128. 1842

Localidade tipo: Iles dês Saintes, Guadeloupe, Lesser Antilles

Figuras: 12 E; ilustrações adicionais vide Santana (2005).

Talo cenocítico, com estipe cilíndrico, não ramificado. Região medular do

estipe constituída por sifões medulares 60-90 μm de diâmetro, apêndices laterais

repetidamente ramificados formando um córtex, com ápices dilatados ou achatados.

Lâmina em forma de taça, levemente zonada, de constituição fibrosa, ecorticada, e

com região medular constituída por sifões paralelos a entrelaçados, medindo 35 – 68

μm de diâmetro, e sem apêndices laterais.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

pontos C3 (subárea sub1) e E4 (subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: PB, PE, BA, AB, ES, TR.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

60

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Figueiredo (2005); Santana

(2005); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C3, Cetrel 02.11

(ALCB 100390); estação E4, Cetrel 02.11 (ALCB 100490).

Udotea dixonii D.S. Littler & Littler. Phycologia 29(2): 206-252. 1990.

Localidade tipo: Belize

Figuras: 12 F; ilustrações adicionais vide Santana (2005).

Talo cenocítico, com estipe cilíndrico, não ramificado. Lâmina em forma de

leque, lobada, corticada e com zonação distinta. Região medular constituída por

sifões cilíndricos, densamente revestidos com 2 (duas) fileiras verticais de apênides

laterais, levemente moniliformes, medindo 20-30 μm de diâmetro, e região cortical

formada pela comunicação dos apêncies sifonais adjacentes.

Comentários: Espécie encontrada em 5 (cinco) diferentes pontos de coleta,

ponto A4; C4, C5 (subárea sub1); D5 (subárea sub2) e E4 (subárea sub3) durante a

estação chuvosa.

Citação para o litoral da Bahia: Santana (2005).

Distribuição: RN, BA, ES.

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 08.11

(ALCB 100512); estação C4, Cetrel 08.11 (ALCB 100527); estação C5, Cetrel 08.11

(ALCB 100538); estação D5, Cetrel 08.11 (ALCB 100554); estação E4, Cetrel 08.11

(ALCB 100558).

Udotea flabellum (J.Ellis & Solander) Lamour. Bulletin of the Torrey Botanical

Club 31: 91-100. 1904.

Localidade tipo: West Indies

Figuras: 12 G; ilustrações adicionais vide Santana (2005).

Talo cenocítico, com estipe cilíndrico, não ramificado, com sifões medulares

ramificados dicotomicamente, 20-60 μm de diâmetro, com ápices truncados,

formado uma camada cortical. Lâmina inteira, em forma de leque, com zonação

distinta, corticada e com zonação distinta. Região medular constituída por sifões

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

61

cilíndricos, ramificados dicotomicamente, medindo 30-40 μm de diâmetro, e região

cortical formada pela comunicação dos apêncies sifonais adjacentes.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

ponto C5 (subárea sub1) e ponto D3 (subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, BA, ES, TR.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Costa Jr. et al. (2002);

Paula et al. (2003); Figueiredo (2005); Santana (2005); Yoneshigue-Valentin et al.

(2006); Amorim et al. (2008); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C5, Cetrel 08.11

(ALCB 100417); estação D3, Cetrel 08.11 (ALCB 100432).

Dasycladus C. Agardh., 1828: 15

Talo ereto, constituído de um eixo unicelular longo, do qual partem ramos

laterais curtos, com disposição verticilada, fixo ao substrato por rizoides basais.

Ramos laterais com ramificação di-tricotômica, terminando em células filiformes ou

espiniformes.

Dasycladus vermicularis (Scop.) Krasser. Annalen des Kaiserlich-

Königlichen Naturhistorischen Hofmuseums 13: 443-472. 1898.

Localidade tipo: Não identificada

Figuras: 13 A; ilustrações adicionais vide Taylor (1960).

Talo com estile curto, liso, fixo ao substrato por meio de um apressoide

discóide, ramificado. Eixo principal verticilado, espiralado, com 10-15 ramos por

verticilo e com porção terminal com 3-4 râmulos, cada um com 3 (três) espinhos

terminais. Espinhos apicais ocasionalmente terminando em pêlos ramificados

dicotomicamente.

Comentários: Espécie encontrada em 4 (quatro) diferentes pontos de coleta,

pontos C3, C5 (subárea sub1); E3 (subárea sub3) durante a estação seca, e ponto

C4 (subárea sub1) durante a estação chuvosa.

Distribuição: PB, PE, BA, ES, TR, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Figueiredo (2005).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

62

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C3, Cetrel 02.11

(ALCB 100389); estação C5, Cetrel 02.11 (ALCB 100416); estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100474); estação C4, Cetrel 08.11 (ALCB 100529).

Neomeris J.V. Lamour 1816: 241

Talo cenocítico, ereto ou arqueado, calcificado, constituído por um eixo

central do qual partem verticilos de ramos de primeira e segunda ordem, fixo ao

substrato por meio de expansões rizoidais basais. Ramos unido pela porção

superior, formando um córtex monostromático. Tufo de filamentos no ápice do talo

livre entre si, não calcificados.

Neomeris annulata Dickie. Journal of the Linnean Society of London, Botany

14: 190-202. 1874.

Localidade tipo: Mauritius

Figuras: 13 B; ilustrações adicionais vide Valet (1969).

Talo cenocítico, ereto ou arqueado, calcificado, com constricções anelares por

todo o talo, fixo ao substrato por meio de um apressório discóide basal. Eixo central

400-640 μm de diâmetro, com células superficiais 80-135 μm de diâmetro, e tufos

apicais filamentosos decíduos.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E3

(subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, TR.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Costa Jr. et al. (2002);

Figueiredo (2005); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100477).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

63

Cladophora Kützing 1843: 262

Talo filamentoso, ereto ou prostrado, unisseriado, crescendo em tufos ou

isolado, fixo ao substrato por células rizoidais ou apressório discóide, com

ramificação dicotômica, pseudodicotômica ou irregular e crescimento apical e/ou

intercalar.

Cladophora ordinata (Borgesen) C. Hoek. Tweede Reeks 78: 1-236. 1982

Localidade tipo: India

Figuras: 13 C. ilustrações adicionais vide Alves (2008)

Talo filamentoso, unisseriado, de aparência pinada, fixo ao substrato por meio

de filamentos rizoidais originados na região proximal de células basais. Ramificação

oposta em apenas um plano, células do eixo principal 300-1300 μm de comprimento

e 151-258 μm de diâmetro e célula apical com 90-200 μm de comprimento e 45-91

μm de diâmetro.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto C4

(subárea sub1) durante a estação chuvosa.

Distribuição: CE, RN, PB, BA, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes et al. (2005); Yoneshigue-Valentin et

al. (2006); Alves (2008).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 08.11

(ALCB 100525).

Chamaedoris Montagne 1842: 261

Talo filamentoso, ereto, composto de capítulos estipitados, fixo ao substrato

por rizóides ramificados, levemente calcificados, anelados, com ou sem pequenas

células sobrepostas na extremidade distal. Capítulo multicelular, não calcificado,

auriculado, globoso, subgloboso ou oblongo, composto de filamentos de células

filiformes com ramificação unilateral a irregular, dicotômica a subdicotômica. Capítulo

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

64

originado diretamente da extremidade distal e/ou de células sobrepostas na

extremidade distal do estipe.

Chamaedoris peniculum (J.Ellis & Solander) Kuntz. Revisio generum

plantarum. Part 3 (3). pp. 1-576. 1898

Localidade do lectotipo: American seas, particularly near the Bahama Island

Figuras: 13 D. ilustrações adicionais vide Alves (2008)

Talo filamentoso, levemente calcificado, formado por um sifão anelado, fixo ao

substrato por meio de rizóides ramificados. Filamentos ramificados dicotomicamente,

partindo da região apical, formando um capítulo multicelular não calcificado.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

pontos A4 e D5 (subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: FN, RN, PB, PE, BA, AB, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Yoneshigue-Valentin et al.

(2006); Alves (2008).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100373); estação D5, Cetrel 02.11 (ALCB 100452).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

65

Figura 11: Hábito geral do gênero Caulerpa: (A) Caulerpa cupressoides var.

lycopodium; (B) C. mexicana; (C) C. prolifera; (D) C. pussila; (E) C. sertularioides; (F) C.

verticilata. Escalas: A-D: 1 cm; E: 0,25cm; F: 0,5 cm.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

66

Figura 12: Hábito geral dos gêneros Avrainvillea, Halimeda e Udotea: (A)

Avrainvillea nigricans; (B) Halimeda cuneata; (C) H. discoidea; (D) H. gracilis; (E) Udotea

cyathiformis; (F) U. dixonii; (G) U. flabellum. Escalas: (A; E - G) 1 cm; (B-D) 0,5 cm

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

67

Figura 13: Hábito geral dos gêneros Dasycladus, Neomeris, Cladophora e

Chamaedoris: (A) Dasycladus vermicularis; (B) Neomeris annulata; (C)

Cladophora ordinata; (D) Chamaedoris peniculum. Escalas: 0,5 cm

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

68

5.1.1.2. DIVISÃO HETEROKONTOPHYTA - CLASSE PHAEOPHYCEAE

Chave artificial dicotômica para a identificação dos gêneros Divisão

Heterokontophyta – Classe Phaeophyceae

1A Talo filamentoso......................................................... ............Hinckia Pág. 77

1B Talo parenquimatoso................................................. ......................2

2A Talo em forma de fita ou leque................................... .....................3

2B Talo cilíndrico, tubular ou globoso.............................. .....................7

3A Talo em forma de fita.................................................. ......................4

3B Talo em forma de leque.............................................. ......................6

4A Nervura central presente............................................ ....Dictyopteris Pág. 70

4B Nervura central ausente............................................. ......................5

5A Região cortical e medular composta por 1(uma)

camada de células cada uma....................................

Canistrocarpus Pág. 69

5B Região cortical composta por 1(uma) camada de

células e região medular composta por 2(duas)

camadas de células....................................................

...........Dictyota

Pág. 73

6A Margem enrolada........................................................ .............Padina Pág. 75

6B Margem não enrolada.............................................. .......Lobophora Pág. 74

7A Talo globoso............................................................... .....Colpomenia Pág. 78

7B Talo cilíndrico ou tubular............................................. ......................8

8A Talo oco, tubular......................................................... ...Rosenvingea Pág. 79

8B Talo maciço, cilíndrico ou achatado........................... ....Chnoospora Pág. 78

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

69

Canistrocarpus De Paula & De Clerck, 2006: 1285.

Talo ereto ou prostrado, parenquimatoso, em forma de fita, sem nervura

central, com margens lisas, fixo ao substrato por rizóides basais, com ramificação

dicotômica, anisotômica, subdicotômica ou alterna. Região cortical e medular

monostromática. Esporângios globóides, isolados ou em soros, sobre uma célula

peduncular, circundados por uma coroa de células corticais mais altas que as

demais, alongados, espalhados em ambas as superfícies do talo.

Canistrocarpus cervicornis (Kutz.) De Paula & De Clerck Journal of

Phycology 42: 1271-1288. 2006.

Localidade tipo: Key West - USA

Figuras: 14 A; ilustrações adicionais Nunes (1999) como (Dictyota cervicornis

f cervicornis)

Talo em forma de fita, fixo ao substrato por meio de rizóides basais,

ramificado dicotomicamente à pseudodicotomicamente. Ramos com ápice afilado,

arredondado ou cilíndrico, recurvados e/ou espiralados, com região cortical formada

por 1 (uma) camada de células quadráticas e pigmentadas, 10-19 μm de altura e 7-

16 μm de diâmetro, e região medular composta de (1) uma camada de células

quadráticas e incolores, 30-110 μm de altura e 25-110 μm de diâmetro.

Comentários: Espécie encontrada em 4 (quatro) diferentes pontos de coleta,

ponto A4; C3, C5 (subárea sub 1); E3 (subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: MA, CE, RN FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, TR, RJ, SP, PR, SC,

RS.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1999); Nunes &

Paula (2001); Costa Jr. et al. (2002); Nunes & Paula (2002); Paula et al. (2003);

Figueiredo (2005); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Paula (2007); Santos (2010);

Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100375); estação C3, Cetrel 02.11 (ALCB 100391); estação C5, Cetrel 02.11

(ALCB 100419); estação E3, Cetrel 02.11 (ALCB 100479).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

70

Dictyopteris J.V. Lamour., 1809: 332.

Talo ereto, parenquimatoso, em forma de fita, com uma nervura central,

podendo ou não apresentar nervuras secundárias, fixo ao substrato por filamentos

rizoidais, multicelulares e unisseriados, com ramificação dicotômica. Talo

apresentando duas ou mais camadas de células medulares, excetuando-se as

regiões das nervuras, onde este número aumenta, e córtex formado por uma

camada de células.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Dictyopteris

1A Plantas com nervura central evidente e saliente.................. ..........................2

1B Planta com nervura central pouco evidente e não

saliente..................................................................................

.........................3

2A Lâmina com 2 camadas de células medulares.................... ................D. justii

2B Lâmina com 4-7 camadas de células medulares................. ............D. jolyana

3A Ramos com nervura secundárias percorrendo a margem

da fita....................................................................................

.......D. delicatura

3B Ramos sem nervura secundárias......................................... .D. polypodioides

Dictyopteris delicatula J.V.Lamour. Nouveau Bulletin des Sciences, par la

Société Philomathique de Paris 1: 330-333. 1809.

Localidade tipo: West Indies

Figuras: 14 B; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo em forma de fita, decubente, formando tufos aderidos ao substrato por

meio de filamentos rizoidais, com ramificação pseudodicotômica à dicotômica ou

irregular. Lâmina do talo de margem lisa, com porções apicais retorcidas e com

nervura central e secundária presente, nervuras centrais constituídas por 7-8

camadas de células e nervuras secundárias com 4-5 camadas celulares. Região

cortical da lâmina do talo constituída por 1 (uma) camada de células, e região

medular constituída por 2 (duas) camadas de células.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

71

Comentários: Espécie encontrada em 6 (seis) diferentes pontos de coleta,

ponto C4 (subárea sub1) durante a estação seca, e pontos A4; C4, C5 (subárea

sub1) D3 (subárea sub2) e E4 (subárea sub3) durante a estação chuvosa.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, TR, RJ, SP, PR, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1999); Nunes et al.

(1999); Costa Jr. et al. (2002); Nunes & Paula (2002); Paula et al. (2003); Figueiredo

(2005); Nunes & Paula (2006); Santos (2010); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100402); estação A4, Cetrel 08.11 (ALCB 100514); estação C4, Cetrel 08.11

(ALCB 100530); estação C5, Cetrel 08.11 (ALCB 100540); estação D3, Cetrel 08.11

(ALCB 100548); estação E4, Cetrel 08.11 (ALCB 100560).

Dictyopteris jolyana E.C.Oliveira & R.P. Furtado Nova Hedwigia 29: 759-

763. 1978.

Localidade tipo: Brasil

Figuras: 14 C; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo em forma de fita, ereto, aderido ao substrato por meio de filamentos

rizoidais, com ramificação pseudodicotômica. Lâmina do talo com nervura central

evidente, composta por 7-17 camadas de células, sendo a região mais interna

diferenciada por apresentar um contorno de células meristemáticas. Região cortical

da lâmina constituída por 1 (uma) camada de células, e região medular constituída

por 1-5 camadas de células.

Comentários: Espécie encontrada em 6 (seis) diferentes pontos de coleta,

ponto A4; C4, C5 (subárea sub1); D3 (subárea sub2) e E4 (subárea sub3) durante a

estação seca, e pontos C5 (subárea sub1) durante a estação chuvosa.

Distribuição: RN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Figueiredo (2005); Nunes et al. (2005);

Nunes & Paula (2006); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100376); estação C4, Cetrel 02.11 (ALCB 100405); estação C5, Cetrel 02.11

(ALCB 100420); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100434); estação E4, Cetrel 02.11

(ALCB 100492); estação C5, Cetrel 08.11 (ALCB 100541).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

72

Dictyopteris justii J.V.Lamour. Nouveau Bulletin des Sciences, par la Société

Philomathique de Paris 1: 330-333. 1809

Localidade tipo: Antilles

Figuras: 14 D; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo com eixos cilindricos, ereto, formando tufos aderidos ao substrato por

meio de filamentos rizoidais, com ramificação dicotômica. Lâmina do talo com

nervura central presente, nervuras centrais constituídas por 10-12 camadas de

células. Região cortical da lâmina do talo constituída por 1 (uma) camada de células

e região medular composta por 2-4 camadas de células.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E5

(subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: RN, PB, PE, BA, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1999); Nunes &

Paula (2002); Paula et al. (2003); Figueiredo (2005); Nunes & Paula (2006);

Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Brasil, Bahia, Camaçari, estação E5,

Cetrel 02.11 (ALCB 100506).

Dictyopteris polypodioides (DC. in Lam. & DC.) J.V.Lamour. Nouveau

Bulletin des Sciences, par la Société Philomathique de Paris 1: 330-333. 1809.

Localidade tipo: Não identificada

Figuras: 14 E; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo com eixos cilindricos, ereto, formando tufos aderidos ao substrato por

meio de filamentos rizoidais, com ramificação dicotômica a pseudoalterna. Lâmina

do talo com nervura central presente, nervuras centrais constituídas por 6-9

camadas de células. Região medular do talo composta por 2 (duas) camadas de

células. Porção basal do talo desnudado, onde persiste apenas a nervura central.

Comentários: Espécie encontrada em 4 (quatro) diferentes pontos de coleta,

ponto C4 (subárea sub1); D3, D5 (subárea sub2) durante a estação seca, e ponto

C3 (subárea sub1) durante a estação chuvosa.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

73

Distribuição: RN, PB, PE, BA, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1999); Nunes &

Paula (2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100403); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100433); estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100454); estação C3, Cetrel 08.11 (ALCB 100521).

Dictyota J.V. Lamour., 1809: 38.

Talo ereto ou prostrado, parenquimatoso, em forma de fita estreita, sem

nervura central, com margens lisas ou denteadas, podendo apresentar iridescência,

fixa ao substrato por rizóides basais, com ramificação dicotômica, anisotômica,

subdicotômica ou alterna. Região cortical formada por 2 (duas) camadas de células,

e região medular apresentando 1 (uma) camada de células.

Dictyota mertensii (Martius) Kutz. Tabulae phycologicae; oder, Abbildungen

der Tange. Vol. 9 pp. i-vii, 1-42. 1859.

Localidade tipo: Brasil

Figuras: 14 F; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo laminar, aderido ao substrato por meio de rizóides basais, com

ramificação alterna, e iridescência. Proliferações restritas a região basal do talo,

ápice dos ramos arredondados ou agudos e tufos de pêlos esparsos em ambas as

faces. Região cortical formado por 2 (duas) camadas de células e região medular

constituída por 1 (uma) camada de células.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, BA, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1999); Nunes &

Paula (2001); Nunes et al. (2001); Costa Jr. et al. (2002); Nunes & Paula (2002);

Paula et al. (2003); Figueiredo (2005); Paula (2007); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100457).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

74

Lobophora J. Agardh, 1894: 21

Talo ereto ou prostrado, parenquimatoso, expandido em forma de leque,

lobado ou irregularmente ramificado, com margens apicais não enroladas. Região

cortical constituída por 1-várias camadas de células.

Lobophora variegata (J.V. Lamour.) Womersley ex E.C. Oliveira. Algas

marinhas bentônicas do Brasil. pp. [i-iv], [1]-407. 1977.

Localidade tipo: West Indies

Figuras: 14 G; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo foliáceo, achatado, decubente, por vezes prostrado, aderido ao substrato

atravéz de apressório rizoidal. Fronde com formato arredondado, inteiro ou fendido,

ramificado irregularmente, de consistência rígida, com tufos de pelos em linhas

concêntricas. Lâminas do talo com bordas arredondadas, região cortical compostas

por 1 (uma) camadas celulares, e regão medular constituída 5 - 7 camada de células

medulares.

Comentários: Espécie encontrada em 10 (dez) diferente pontos de coleta,

ponto C4, C5 (subárea sub1); D5 (subárea sub2); E3, E4, E5 (subárea sub3) durante

a estação seca, e pontos C3, C4, C5 (subárea sub1) e E4 (subárea sub3) durante a

estação chuvosa.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, TR, RJ, SP, PR, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1999); Costa Jr. et

al. (2002); Nunes & Paula (2002); Paula et al. (2003); Figueiredo (2005);

Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100404); estação C5, Cetrel 02.11 (ALCB 100418); estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100453); estação E3, Cetrel 02.11 (ALCB 100478); estação E4, Cetrel 02.11

(ALCB 100491); estação E5, Cetrel 02.11 (ALCB 100504); estação C3, Cetrel 08.11

(ALCB 100522); estação C4, Cetrel 02.11 (ALCB 100531); estação C5, Cetrel 08.11

(ALCB 100542); estação E4, Cetrel 08.11 (ALCB 100561).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

75

Padina Adanson, 1763: 13, 586.

Talo ereto ou prostrado, parenquimatoso, expandido em forma de leque,

inteiro ou fendido longitudinalmente, levemente calcificado, com margens apicais

distintamente enroladas. Talo constituído por duas a seis camadas de células de

espessura, variando do ápice à base, ou entre as diferentes espécies.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Padina

1A Talo com 6 camadas de céulas de espessura na regão

basal........................................................................................

...P. gymnospora

1B Talo com 2-3 camadas de células de espessura na região

basal........................................................................................

..........................2

2A Plantas com 2 camadas de células entre o ápice e a

base.........................................................................................

P. sanctae crucis

2B Plantas com 3 camadas de célula entre o ápice e a

base.........................................................................................

....P. boergesenii

Padina boergesenii Allender & Kraft. Brunonia 6: 73-130. 1983.

Localidade tipo: U.S. Virgin Islands

Figuras: 15 A; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo laminar, ereto, em forma de leque, aderido ao substrato através de

apressório rizoidal. Fronde com calcificação acentuada, com bordos enrolados e

tufos de pêlos dispostos em linhas concêntricas. Lâmina composta por 3 (três)

camadas de células, da base ao ápice.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

ponto D3 e D5 (subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: AL, BA.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1999); Nunes et al. (1999); Nunes &

Paula (2000); Nunes & Paula (2002); Silva (2010); Santos (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D3, Cetrel 02.11

(ALCB 100435); estação D5, Cetrel 02.11 (ALCB 100459).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

76

Padina gymnospora (Kutz.) Sond. Abhandlungen aus dem Gebiete der

Naturwissenschaften herausgegeben von dem Naturwissenschaftlichen Verein in

Hamburg 5(2): 33-74. 1871.

Localidade tipo: St Thomas, Virgin Islands

Figuras: 15 B; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo laminar, ereto, em forma de leque, inteiro ou partido, aderido ao

substrato através de apressório rizoidal. Fronde levemente calcificada, com bordos

enrolados e tufos de pêlos dispostos em linhas concêntricas. Lâmina composta por 3

(três) camadas de células na região apical, 4-6 camadas na região mediana e 6

(seis) camadas na região basal.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (duas) diferente pontos de coleta,

ponto C3 (subárea sub1) e D3 (subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: MA, CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, TR, RJ, SP, SC, PR,

RS.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a), Nunes (1999); Nunes et al.

(1999); Nunes & Paula (2000); Nunes et al. (2001); Costa Jr. et al. (2002); Nunes &

Paula (2002); Paula et al. (2003); Figueiredo (2005); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C3, Cetrel 02.11

(ALCB 100394); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100436).

Padina sanctae-crucis Borgesen Dansk Botanisk Arkiv 2(2): 68. 1914

Localidade tipo: Virgin Islands

Figuras: 15 C-D; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo laminar, ereto, em forma de leque, inteiro ou partido, aderido ao

substrato através de apressório rizoidal. Fronde levemente calcificado, com bordos

enrolados e tufos de pêlos dispostos em linhas concêntricas. Lâmina composta por 2

(duas) camadas de células desde a região basal até a região apical.

Comentários: Espécie encontrada em 6 (seis) diferentes pontos de coleta,

ponto A4; C3, C5 (subárea sub1); D3 (subárea sub2); E3, E4 (subárea sub3) durante

a estação seca.

Distribuição: CE, RN, PE, BA, ES, SC.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

77

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a), Nunes (1999); Nunes &

Paula (2000); Nunes & Paula (2002); Paula et al. (2003); Figueiredo (2005); Santos

(2010); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100377); estação C3, Cetrel 02.11 (ALCB 100395); estação C5, Cetrel 02.11

(ALCB 100422); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100437); estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100481); estação E4, Cetrel 02.11 (ALCB 100495).

Hincksia J.E. Gray, 1864: 12

Talo ereto, filamentoso, unisseriado, crescendo em tufos, fixo ao substrato por

células rizoidais, com ramificação irregular. Crescimento tricotálico com zonas de

crescimento distribuídas irregularmente, ramos de ultima ordem quase sempre

terminando em pseudopêlos longos e finos.

Hincksia onslowensis (Amsler & Kapraum) P.C.Silva in P.C.Silva et al.

Smithsonian Contributions to Marine Sciences 27: [i-ii] iii-iv, 1-179. 1987.

Localidade tipo: Carolina do Norte, EUA

Figuras: vide Cassano & Valentin (2001)

Talo filamentoso, formando tufos pouco densos, fixo ao substrato por meio de

um estolão com finos filamentos rizoidais, ramificação esparsa, irregulare e

perpendicular ao eixo central. Filamentos constiuídos por células com 20-50 μm de

diâmetro.

Comentários: Espécie encontrada em 6 (seis) diferentes pontos de coleta,

ponto C3, C4, C5 (subárea sub1); D5 (subárea sub2); E4, E5 (subárea sub3) durante

a estação seca.

Distribuição: BA, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Cassano & Valentin (2001)

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C3, Cetrel 02.11

(ALCB 100393); estação C4, Cetrel 02.11 (ALCB 100406); estação C5, Cetrel 02.11

(ALCB 100421); estação D5, Cetrel 02.11 (ALCB 100458); estação E4, Cetrel 02.11

(ALCB 100494); estação E5, Cetrel 02.11 (ALCB 100507).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

78

Chnoospora J. Agardh, 1847: 7

Talo ereto, parenquimatoso, crescendo em tufos, fixo ao substrato por meio

de um apressório discóide, com ramificação dicotômica. Região medular constituída

de células incolores e região cortical de células ricas em cloroplastos. Depressões

do talo com tufos de pêlos pluricelulares unisseriados.

Chnoospora minima (K. Hering) Papenf. Journal of South African Botany 22:

65-77. 1956.

Localidade tipo: África do Sul

Figuras: 15 G; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo ereto, formando tufos cilíndricos, comprimidos ou achatados, fixo ao

substrato por meio de um apressório discóide basal, ramificado dicotomicamente,

polidicotomicamente ou irregularmente. Região cortical do talo formado por 2-3

camadas de células e região medular com várias camadas de células.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E3

(subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: CE, BA, ES, RJ, SP, PR, SC, RS.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1999); Nunes et al.

(1999); Nunes et al. (2001); Nunes & Paula (2002); Nunes & Paula (2004);

Figueiredo (2005)

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100480).

Colpomenia Derbér & Solier., 1851: 95

Talo com aspecto globoso, inteiro, oco, em forma de vesículas que crescem

isoladas ou em grupos. Células corticais pequenas e com cloroplastos, células

medulares grandes e incolores.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

79

Colpomenia sinuosa (Roth) Derbes & Solier. Algues. In: Supplément au

catalogue des plantes qui croissant naturellement aux environs de Marseille. pp. 93-

121. 1851.

Localidade tipo: "Inter Algas e mari Atlantico prope Gades" (Espanha)

Figuras: 15 H; ilustrações adicionais Nunes (1999).

Talo globoso, oco, lobado ou irregularmente expandido e de aspecto

cerebóide. Região cortical do talo composta por 1-2 camadas de células e região

medular constituída de 3-4 camadas de células. Pêlos pluricelulares dispostos em

tufos esparsos.

Comentários: Espécie encontrada em 4 (quatro) diferentes pontos de coleta,

ponto C3 (subárea sub1); D5 (subárea sub2); E4, E5 (subárea sub3) durante a

estação seca.

Distribuição: CE, RN, PB, PE, AL, BA, ES, TR, RJ, SP, PR, SC, RS.

Citação para o litoral da Bahia: Joly et al. (1969); Martins et al. (1991);

Nunes (1998 a); Nunes (1999); Costa Jr. et al. (2002); Nunes & Paula (2002); Paula

et al. (2003); Nunes & Paula (2004); Figueiredo (2005); Santos (2010); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C3, Cetrel 02.11

(ALCB 100392); estação D5, Cetrel 02.11 (ALCB 100456); estação E4, Cetrel 02.11

(ALCB 100493); estação E5, Cetrel 02.11 (ALCB 100505).

Rosenvingea Borgesen, 1914: 22

Talo ereto, parenquimatoso, fixo ao substrato por meio de um apressório

discóide basal, com ramos cilíndricos ou comprimidos e ramificação alterna a

subdicotômica. Região cortical com células pequenas e com cloroplastos, e região

medular com células grandes e incolores. Pêlos simples ou em soros localizados

irregularmente na superfície da fronde.

Rosenvingea orientalis (J. Agardh) Borgesen. Dansk Botanisk Arkiv 2(2): 68.

1914

Localidade tipo: Hab. in mari Indico ad Manillam (Filipinas)

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

80

Figuras: 15 I; ilustrações adicionais Nunes (1999) como (Rosenvingea

sanctae-crucis)

Talo parenquimatoso, cilíndrico, tubular, oco, com estipe curto, fixo ao

substrato por meio de um apressório discóide, com ramificação dicotômica irregular,

atenuada em direção aos ápices. Região cortical formada por 2 (duas) camadas de

células pequenas, e região medular constituída por 1 camada de células grandes.

Comentários: Espécie encontrada em 6 (seis) diferentes pontos de coleta,

ponto A4; C4, C5 (subárea sub1); D3, D5 (subárea sub2) durante a estação seca, e

ponto D3 (subárea sub2) durante a estação chuvosa.

Distribuição: AL, BA, ES, TJ, SP, PR, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1999); Nunes &

Paula (2002); Nunes & Paula (2004); Figueiredo (2005); Yoneshigue-Valentin et al.

(2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100378); estação C4, Cetrel 02.11 (ALCB 100407); estação C5, Cetrel 02.11

(ALCB 100423); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100438); estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100455); estação D3, Cetrel 08.11 (ALCB 100549).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

81

Figura 14: Hábito geral dos gêneros Canistrocarpus, Dictyopteris e Dictyota: (A)

Canistrocarpus cervicornis; (B) Dictyopteris delicatula;(C) D. Jolyana; (D) D. justii; (E) D.

polypodioides; (F) Dictyota mertensii; (G) Lobophora variegata. Escalas: 1 cm.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

82

Figura 15. Hábito geral dos gêneros Padina, Chnoospora, Colpomenia e

Rosenvingea: (A) Padina boergesenii; (B) Detalhe das camadas de células de P.

boergesenii; (C) P. gymnospora; (D) Detalhe das camadas de células de P.

gymnospora; (E) P. sanctae-crucis; (F) Detalhe das camadas de células de P. sanctae-

crucis; (G) Chnoospora minima; (H) Colpomenia sinuosa; (I) Rosenvingea orientalis.

Escalas: 1 cm

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

83

5.1.1.3. DIVISÃO RHODOPHYTA

Chave artificial dicotômica para a identificação dos gêneros da Divisão Rhodophyta

1A Talo inteiramente ou parcialmente calcificado....... .....................2

1B Talo não calcificado............................................... .....................5

2A Talo alternando regiões calcificadas

(intergenículos) e não calcificadas (genículos).....

.....................3

2B Talo inteiramente calcificado................................. ..Dotyophycus Pág. 90

3A Ramos com depressão apical............................... ...Tricleocarpa Pág. 89

3B Ramos sem depressão apical................................ ......................4

4A Células dos filamentos contíguos unidas por pits

secundárias...........................................................

........Amphiroa Pág. 86

4B Células dos filamentos contíguos unidas por

células de fusão.....................................................

...............Jania Pág. 87

5A Talo diferenciado em porção prostrada e porção

ereta......................................................................

......................6

5B Talo ereto a decubente, sem diferenciação de

uma região prostrada.............................................

......................7

6A Fixação ao substrato por meio de rizóides

multicelulares.........................................................

.....Ceramium Pág. 91

6B Fixação ao substrato por meio de rizóides

unicelulares com discos apicais.............................

...........Lejolisia Pág. 107

7A Talo polissifônico.................................................... ......................8

7B Talo não polissifônico............................................. ....................20

8A Nervura central presente........................................ ....................9

8B Nervura central ausente......................................... ..................10

9A Talo com 5 (cinco) células pericentrais, sendo a

região alar originada a partir de 4 (quatro) destas

células....................................................................

........Amansia

Pág. 96

9B Talo com 6-8 células pericentrais, região alar

originada de fileiras de células medulares e

corticais..................................................................

...........Vidalia

Pág. 102

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

84

10A Talo corticado......................................................... ..................11

10B Talo ecorticado ou apenas com corticação

rizoidal....................................................................

..................19

11A Talo com porção ereta e porção decubente......... .....Cottoniella Pág. 104

11B Talo inteiramente ereto.......................................... ..................12

12A Ramos cilíndricos estéreis que auxiliam na

fixação presente.....................................................

.....Wrightiella Pág. 103

12B Ramos cilíndricos que auxiliam na fixação

ausente..................................................................

..................13

13A Ramificação, radial................................................. ..................14

13B Ramificação distica, alterna dística dicotômica,

irregularmente dicotômica ou irregular...................

..................15

14A Sistema de pseudoramos laterais presente........... .......Dictyurus Pág. 93

14B Sistema de pseudoramos laterais inexistente........ .Heterodasya Pág. 98

15A Ramificação dicotômica, irregularmente

dicotômica ou irregular...........................................

..................16

15B Ramificação dística, alterna dística ou tristica...... ..................18

16A Células axiais dos filamentos centrais

perceptíveis ao longo do talo.................................

.........Hypnea Pág. 108

16B Células axiais dos filamentos centrais

imperceptíveis........................................................

..................16

17A Ramos laterais com estrutura polissifônica na

base e monossifônica no ápice..............................

Heterosiphonia Pág. 84

17B Ramos laterais com estrutura polissifônica da

base ao ápice.........................................................

..........Digenea Pág. 98

18A Talo com 6-9 células pericentrais......................... ..Bryothamnion Pág. 97

18B Talo com 2 (duas) células pericentrais............... ......Osmundea Pág. 100

19A Células rizoidais com conexão aberta.................. ...Polysiphonia Pág. 101

19B Células rizoidais com conexão fechada................ ....Neosiphonia Pág. 99

20A Nervura central presente....................................... ...Cryptonemia Pág. 112

20B Nervura central ausente........................................ ....................21

21A Talo pseudoparenquimatoso.................................. ....................22

21B Talo filamentoso..................................................... ....................23

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

85

22A Eixo principal cilíndrico, ramificado em râmulos

em forma de vesícula.............................................

....Botryocladia Pág. 116

22B Eixo principal cilíndrico a achatado, diferenciação

entre eixo principal e râmulos ausente, ou se

presente nunca em forma de vesículas.................

........Gracilaria

Pág. 111

23A Talo laminar........................................................... .......Halymenia Pág. 113

23B Talo cilíndrico a achatado...................................... ....................24

24A Ramificação unilateral, restrita ao ápice do talo... ..........Claudea Pág. 95

24B Ramificação alterna, dicotômica, subdicotômica,

irregular ou radial..................................................

....................25

25A Talo totalmente corticado...................................... ....................26

25B Talo ecorticado ou com corticação restrita............ ....................27

26A Região cortical composta por 1-3 camadas de

células pigmentadas e 2-4 camadas de células

maiores, globosas e ligeiramente alongadas........

......Agardhiella

Pág. 109

26B Região cortical formada apenas por 1-2 camadas

de células pigmentadas........................................

..Leptofauchea Pág. 115

27A Restrita aos nós dos ramos de última ordem......... ...........Spyridia Pág. 105

27B Corticação ausente ou restrita as partes próximas

a base do talo.......................................................

....................28

28A Filamentos monossifônicos unidos de forma a

apresentarem uma organização de rede

tridimensional........................................................

.....Haloplegma

Pág. 106

28B Talo formado com filamentos constituídos por

células grandes, esféricas a cilíndricas.................

.........Griffithsia Pág. 106

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

86

Amphiroa J.V. Lamour., 1812: 186.

Talo ereto ou decumbente, filamentoso, articulado alternando porções não

calcificadas (genículo) com porções calcificadas (intergenículo), fixo ao substrato por

meio de um apressório discóide basal, ramificado dicotômicamente,

tricotômicamente ou policotômicamente. Intergenículos cilíndricos a compressos,

constituídos região cortical pigmentada e região medular não pigmentadas. Região

medular arranjadas em fileiras transversais, com uma a duas fileiras de células

curtas alternadas com uma ou várias fileiras de células longas. Células dos

filamentos contíguos unidos por conexões celulares secundárias,

Amphiroa rigida J.V.Lamour. Hist. polyp. coll. p. 297, 1816

Localidade tipo: Mar Mediterrâneo

Figuras: 16 A; ilustrações adicionais vide Moura (2000).

Talo filamentoso, ereto, formando emaranhados frouxos a densos, fixo ao

substrato por meio de disco de fixação crostoso, ramificado irregularmente ou

dicotomicamente. Ramificações geralmente originadas a partir da bifurcação do

próprio intergenículo. Intergenículo cilíndrico, subcilíndrico ou achatado, região

cortical com 6-10 fileiras de células pequenas, em ângulo reto à medula. Região

medular composta por 2 (duas) fileiras de células longas alternadas com 1 (uma)

fileira de células curtas.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN. FN, PB, AL, BA, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Moura (2000); Nunes (2005

a); Lyra et al. (2007); Marins et al. (2008); Alves (2009); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100460).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

87

Jania J.V. Lamour., 1812: 186

Talo ereto ou decumbente, filamentoso, articulado alternando porções não

calcificadas (genículo) com porções calcificadas (intergenículo), fixo ao substrato por

meio de um disco de fixação diminuto, ramificado dicotômicamente, irregularmente

ou de forma pinada. Intergenículos cilíndricos a compressos, com região cortical

pigmentada, região medular não pigmentada, com 1-20 (-40) fileiras de células

curtas. Células dos filamentos contíguos unidos por células de fusão.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Jania

1A Talo com ramificação dicotômica ou irregular, com

intergenículos cilíndricos.............................................................

...J. adhaerens

1B Talo com ramificação dicotômica e pinada, com disposição

verticilata ou não, e intergenículos cilíndricos a levemente

espatulados ou achatados...........................................................

.....................2

2A Ramificação dicotômica, pinada e com disposição verticilata,

intergenículo cilíndrico a levemente espatulado, às vezes

alargados na porção apical.........................................................

.....J. cubensis

2B Ramificação dicotômica no eixo principal e pinada nos ramos

laterais, intergenículo cilíndrico a achatado, com ápice

truncado.......................................................................................

......J. subulata

Jania adhaerens J.V.Lamour. Histoire des polypiers coralligènes flexibles,

vulgairement nommés zoophytes. pp. [i]-lxxxiv, chart, [1]-560. 1816.

Localidade tipo: Mar Mediterrâneo

Figuras: 16 B; ilustrações adicionais vide Moura (2000).

Talo filamentoso, ereto, formando emaranhados densos, fixo ao substrato por

meio de disco de fixação diminuto, ramificado dicotomicamente ou irregularmente.

Intergenículo cilíndrico a cilíndrico alongado, região cortical delgada, 1-2 fileiras de

células pequenas, quadráticas a alongadas, recorberta externamente por células

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

88

epiteliais alongadas e cutícula delgada. Região medular composta por 4-6 fileiras de

células longas.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E3,

durante a estação seca.

Distribuição: MA, PI, CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, TR, RJ, SP, PR,

SC, RS.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1998 b); Nunes et

al. (1999); Moura (2000); Nunes et al. (2001); Lucio & Nunes (2002); Figueiredo

(2005); Nunes (2005 a); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Lyra et al. (2007); Marins

et al. (2008); Santos (2010); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100486).

Jania cubensis Mont. ex. Kutz. Species algarum. pp. [i]-vi, [1]-922. 1849.

Localidade tipo: Cuba

Figuras: 16 C; ilustrações adicionais vide Moura (2000) como Haliptilon

cubense.

Talo filamentoso, ereto, formando emaranhados densos a esparsos, fixo ao

substrato por meio de disco de fixação diminuto, com ramificação dicotômica, pinada

e não raro com disposição verticilata. Intergenículo cilíndrico a levemente

espatulado, às vezes alargados na porção apical devido à saída de ramos

adventiceos do ápice, com região cortical composta por 1-2 fileiras de células

pequenas, retangulares a quadráticas, dispostas obliquamente em relação a medula.

Região medular composta por 4-6 fileiras de células alongadas.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) pontos de coleta, ponto A4

durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, TR, RJ, SP, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Moura (2000); Nunes (2005 a); Yoneshigue-

Valentin et al. (2006); Marins et al. (2008); Santos (2010); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100384).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

89

Jania subulata (J.Ellis & Solander) Sond. Algae L. Agardh. In: Plantae

Preissianae sive enumeratio plantarum quas in Australasia occidentali et meridionali-

occidentali annis 1838-1841 collegit Ludovicus Preiss. (Lehmann, C. Eds) Vol. 2, pp.

148-160. 1846.

Localidade tipo: West Indies

Figuras: 16 D; ilustrações adicionais vide Moura (2000) como Haliptilon

subulatum.

Talo filamentoso, ereto, formando emaranhados densos, fixo ao substrato por

meio de disco de fixação diminuto, com ramificação dicotômica no eixo principal e

pinada nos ramos laterais. Intergenículo achatados a cilíndrico, com ápice truncado,

com região cortical composta por 1-2 fileiras de células pequenas, retangulares a

quadráticas, dispostas obliquamente em relação a medula. Região medular

composta por 4-5 fileiras de células alongadas.

Comentários: Espécie encontrada em 3 (três) diferente pontos de coleta,

ponto C4 (subárea sub1) durante a estação seca; e pontos A4 e C4 (subárea sub1)

durante a estação chuvosa.

Distribuição: MA, PI, CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, TR, RJ, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1998 b); Nunes et

al. (1999); Moura (2000); Nunes et al. (2001); Costa Jr. et al. (2002); Lucio & Nunes

(2002); Nunes (2005

a); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Lyra et al. (2007); Marins et al. (2008);

Santos (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100413); estação A4, Cetrel 08.11 (ALCB 100517); estação C4, Cetrel 08.11

(ALCB 100536).

Tricleocarpa Huisman & Borowitzka, 1990: 164

Talo ereto, achatado ou cilíndrico, calcificado, fixo ao substrato por meio de

um disco de fixação. Região cortical do talo constituída por células unidas

firmemente formando uma nítida epiderme, e região medular constituída por

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

90

filamentos delgados, a partir dos quais se origina a região cortical. Pericarpo de

filamentos estéreis que se desenvolvem a partir da célula basal do ramo carpogonial,

filamentos estereis ou paráfises, projetadas na cavidade do pericarpo, ausência de

fusões laterais entre as células corticais no gametófito e tetrasporofitos

heteromórficos.

Tricleocarpa fragilis (L.) Huisman & R.A. Towns. Journal of the Linnean

Society of London, Botany 113: 95-101. 1993.

Localidade tipo: “Oceano Americano” (Jamaica)

Figuras: 16 E; ilustrações adicionais vide Huisman & Borowitzka (1990) como

Tricleocarpa oblongata.

Talo filamentoso, ereto, calcificado, fixo ao substrato por meio de um disco de

fixação, ramificado sub-dicotômicamente. Eixos cilíndricos com região cortical

externa composta por 3-4 camadas de células, região cortical interna composta por

2-3 camadas de células.

Comentários: Espécie encontrada em 1(um) ponto de coleta, ponto E3

(subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: CE, FN, BA, AB, ES, TR, RJ, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Costa Jr. et al. (2002); Figueiredo (2005);

Nunes (2005 a); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Lyra et al. (2007); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100488).

Dotyophycus I.A. Abbott, 1976: 125

Talo filamentoso, ereto, calcificado, ramificado subdicotomicamente e com

eixos cilíndricos a comprimidos. Filamentos corticais ou assimilatorios com células

delgadas e alongadas nas regiões jovens, obovadas e clavadas nas regiões mais

antigas, filamentos medulares delgados, aumentando de diâmetro nas partes mais

antigas do talo.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

91

Dotyophycus pacificum I.A. Abbott. Phycologia 15: 125-132. 1976.

Localidade tipo: Hawaiian Islands

Figuras: 16 F; Ilustrações adicionais vide Nunes (2011).

Talo filamentoso, ereto, levemente calcificado no ápice e fortemente

calcificado na base, fixo ao substrato por meio de filamentos rizoidais que se

originam a partir do interior das células corticais, ramificado dicotomicamente ou

subdicotomicamente. Filamentos corticais com células cilíndricas na porção mais

interna e infladas na porção mais externa, filamentos medulares com calcificação em

torno do núcleo medular evidente, 12-25 µm diametro nas porções mais antigas e 9-

17 µm diametro nas porções mais novas.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E4

(subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: BA.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (2005 a); Nunes (2005 b); Nunes

(2011).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E4, Cetrel 02.11

(ALCB 100498).

Ceramium Roth, 1797: 146.

Talo geralmente com uma porção prostrada e uma ereta, filamentoso,

unisseriado, fixo ao substrato por rizóides multicelulares originados a partir de uma

célula periaxial ou outra célula cortical, de onde partem ramos eretos, pouco ou

muito ramificados, com ramificação alterna, subdicotômica, unilateral ou irregular.

Talo com corticação de origem nodal, podendo ser restrita à região dos nós,

cobrindo parcialmente as células axiais. Pêlos hialinos, células glandulares e

espinhos presentes ou ausentes.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

92

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Ceramium

1A Células pericentrais de formato triangular, cada uma delas

com 2 (duas) células acrópetas filhas.........................................

...........C. codii

1B Células pericentrais com formato rombóide, cada uma delas

com 2 (duas) células acrópetas e 2 (duas) células basípetas....

C. luetzelburgii

Ceramium codii (H.Richards) Mas. Bulletin de la Société de l'Histoire

naturelle de l'Afrique du Nord 29: 317-331. 1938.

Localidade tipo: Bermuda

Figuras: vide Nunes et al. (2008).

Talo filamentoso, predominantemente prostrado, fixo ao substrato por meio de

rizóides unicelulares. Região prostrada ramificada irregularmente com eixos

unilaterais que partem a partir das células pericentrais. Região ereta apresentando

ápice reto; nó com 22-40 μm de diâmetro e 8-24 μm de altura; célula axial com 11-22

μm de diâmetro e 11-46 μm de comprimento. Desenvolvimento nodal através de 4

(quatro) células pericentrais, de formato triangular, que se dividem em 2 (duas)

células acrópetas filhas. Nó formado por 2 (duas) camadas de células.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: RN, FN, PE, ES, RJ, SP, PR.

Citação para o litoral da Bahia: Marins et al. (2008).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100462).

Ceramium luetzelburgii O.C. Schmidt. Hedwigia 65: 85-100. 1924.

Localidade tipo: Brasil

Figuras: vide Nunes et al. (2008).

Talo filamentoso, predominantemente prostrado, fixo ao substrato por meio de

rizóides unicelulares. Região prostrada ramificada irregularmente com eixos

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

93

unilaterais partindo das células pericentrais; nó com 38-48 μm de diâmetro e 14-25

μm de altura; célula axial com 13-26 μm de diâmetro e 21-32 μm de comprimento.

Região ereta com ramificação irregular a unilateral, apresentando ápice reto.

Desenvolvimento nodal através de 4-5 células pericentrais com formato rombóide,

cada uma delas com 2 (duas) células acrópetas e 2 (duas) células basípetas. Nó

formado po 4-5 camadas de células.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, BA, ES, RJ, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Marins et al. (2008).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100463).

Dictyurus Bory de Saint-Vincent in Bélanger & Bory, 1834: 170

Talo ereto, com eixo decubente, ramificado radialmente, com porções

superiores semelhantes a folhas plumosas. Eixos de crescimento indeterminado,

ligeiramente comprimidos, com estrutura polissifônica com 4 (quatro) células

pericentrais, corticado, produzindo sistemas de ramos pseudolaterais em todos os

segmentos. Ramos pseudolaterais constituído por células pigmentadas, com

estrutura polisifônica na região basal e mediana do talo, e monosifônica na região

apical, desenvolvendo-se de forma interligada, formando uma estrutura semelhante

a redes.

Dictyurus occidentalis J.Agardh. Vetenskaps-Adademiens Förhandlingar,

Stockholm 4: 5-17. 1847.

Localidade tipo: México

Figuras: 17 A; Ilustrações adicionais vide Joly et. al. (1965).

Talo ereto, cilíndrico, com vários eixos de crescimento indeterminado, fixo ao

substrato por meio de um apressório rizoidal. Eixos axiais densamente corticados,

ramificados irregularmente e radialmente na porção basal do talo, e sem ramificação

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

94

na porção distal. Ramos de segunda ordem ecorticados, formando uma rede

tridimensional de filamentos, dispostos de maneira a formar uma estrutura

prismática, simetricamente disposta ao redor do eixo axial, apenas na porção distal

do talo.

Comentários: Espécie encontrada em 4 (quatro) diferentes pontos de coleta,

ponto C4 (subárea sub1); D3, D5 (subárea sub2); durante a estação seca, e pontos

C5 (subárea sub1) durante a estação chuvosa.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Figueiredo (2005); Nunes

(2005 a); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100409); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100439); estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100467); estação C5, Cetrel 08.11 (ALCB 100544).

Heterosiphonia Mont., 1842: 4

Talo ereto ou parciamente prostrado, ramificado alternadamente,

subdicotomicamente ou irregularmente, de aparência plumosa. Eixos de crescimento

inderteminado achatados, com estrutura polissifônica, e produzindo alternadamente

sistemas de ramos pseudolaterais em intervalos de 2-9 segmentos. Ramos

pseudolaterais pigmentados, com estrutura monosifônica, exceto no segmento basal

que apresenta estrutura polisifônica. Eixos maduros com ou sem corticação rizoidal.

Heterosiphonia gibbesii (Harv.) Falkenb. Fauna und Flora des Golfes von

Neapel, Monographie 26. pp. i-xvi, 1-754. 1901.

Localidade tipo: Não identificada

Figuras: 17 B; ilustrações adicionais vide Cordeiro-Marino (1978).

Talo ereto, arbustivo, fixo ao substrato a partir de um apressório rizoidal, com

ramificações alternas a irregulares, apenas em um plano de divisão. Ramos de

crescimento indeterminado, polissifônicos, com corticação expessa na base e

delgada em direção aos ápices. Ramos de crescimento determinado com

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

95

ramificações pseudodicotômicas, monossifônicos próximo aos ápices e

polissifônicos nas bases.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferente pontos de coleta,

ponto C5 (subárea sub1); D3 (subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, PB, PE, BA, AB, ES, RJ, SP, PR, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes et al. (1999); Nunes et al. (2001);

Nunes (2005 a); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C5, Cetrel 02.11

(ALCB 100426); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100441).

Claudea J.V.Lamour. 1813: 121

Talo ereto, curvo, com diâmetro reduzindo gradualmente em direção ao ápice,

fixo ao substrato a partir de um apressório rizoidal. Porção ereta desprovida de

ramos laterais, e porção curva com fronde unilateral, uniformemente distribuido em

um plano, colocada quase em angulo reto sobre o eixo principal. Fronde formada por

eixos de segunda e terceira ordem, organizada de maneira a formar uma estrutura

semelhante a uma rede.

Claudea elegans J.V.Lamour. Annales du Muséum d'Histoire Naturelle, Paris

20: 21-47, 115-139, 267-293. 1813

Localidade tipo: "Nouv. Holl."

Figuras: 16 C; ilustrações adicionais Joly et al. (1978)

Talo ereto fixo ao substrato a partir de um apressório rizoidal, com eixos que

formam fronde unilateral de margem denteada em forma de rede. Eixos axiais

cilíndricos, densamente corticados e com ramificação ausente ou quando presente

irregular e em todos os planos de divisão. Ramos de primeira ordem corticados, com

várias séries de células, e com ramificações que originam uma rede monostromática.

Ramos de segunda ordem com eixos ecorticados e unisseriados.

Comentários: Espécie encontrada em 5 (cinco) diferentes pontos de coleta,

ponto A4; C4 (subárea sub1); D4 (subárea sub2); E4, E5 (subárea sub3) durante a

estação seca.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

96

Distribuição: PE, BA, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100380); estação C4, Cetrel 02.11 (ALCB 100408); estação D4, Cetrel 02.11

(ALCB 100446); estação E4, Cetrel 02.11 (ALCB 100497); estação E5, Cetrel 02.11

(ALCB 100508).

Amansia J.V. Lamour., 1809: 332.

Talo ereto, filamentoso, polissifônico, em forma de fita, com nervura central

evidente ou pouco distinta, fixo ao substrato por um apressório discóide ou por um

sistema rizomatoso basal. Internamente talo formado por 5 (cinco) células

pericentrais, sendo que 4 (quatro) das pericentrais são responsáveis pela formação

das “alas” ou “asas” de cada lado da nervura. Alas laterais não corticadas, com

margem regularmente ou irregularmente denteadas.

Amansia multifida J.V. Lamour. Nouveau Bulletin des Sciences, par la

Société Philomathique de Paris 1: 330-333. 1809

Localidade tipo: República Dominicana

Figuras: 17 D; ilustrações adicionais Pereira (1977).

Talo ereto, achatado na proção media e apical, e cilíndrico na porção basal,

fixo ao substrato por meio de um apressório diminuto, com nervura mediana

presente e ramificação alterna. Ramos curtos, com ápice enrolado e bordas

denteadas, e estrutura polissifônica com 6 (seis) células pericentrais. Ramos laterais

apresentando 5-6 celulas pericentrais e 2 (duas) camadas de células grandes, sem

corticação na porção alar.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E4

(subárea sub3); durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, BA, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (2001); Lucio &

Nunes (2002); Nunes (2005 a); Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Lazaro (2007);

Lyra et al. (2007).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

97

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E4, Cetrel 02.11

(ALCB 100496).

Bryothamnion Kütz. 1843: 433.

Talo ereto, filamentoso, polissifônico, com ramos recobertos por râmulos,

dística ou tristicamente dispostos, simples ou bi/tri/polifurcados, fixos ao substrato

por meio de um apressório fibroso. Eixo principal cilíndrico, triangular ou achatado,

formado por 6-9 células pericentrais, obscurecidas pela formação de uma medula

pseudoparenquimatosa e da corticação.

Bryothamnion seaforthii (Turner) Kutz. Phycologia generalis: 433. 1843

Localidade tipo: Barbados

Figuras: 17 E; ilustrações adicionais Joly (1965).

Talo ereto fixo ao substrato por meio de um apressorio discóide basal,

ramificado, recobertos por ramos de crescimento determinado, de disposição dística.

Eixos principais cilíndricos na região basal e achatados na região média e apical,

com estrutura polisifônica, 9 (nove) células pericentrais, e de corticação

pseudoparenquimatosa. Células com paredes espessadas, especialmente as mais

internas e as corticais externas.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

ponto D5 (subárea sub2) durante a estação seca, e ponto C4 (subárea sub1)

durante a estação chuvosa.

Distribuição: MA, CE, RN, FN, PB, PE, BA, AB, ES, RJ, SP, PR, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999); Nunes

et al. (2001); Lucio & Nunes (2002); Nunes (2005 a); Lazaro (2007); Lyra et al.

(2007); Marins et al. (2008); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100461); estação C4, Cetrel 08.11 (ALCB 100532).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

98

Digenea C.Agardh, 1822: 388

Talo ereto, com estrutura polissifônica, com poucos ramos inderteminados no

eixo principal, recobertos por ramos laterais curtos de crescimento determinado. Talo

corticado ou ecorticado, ramificado ou não, com células pericentrais muitas vezes

obscurecidos pelo córtex do eixo primário.

Digenea simplex (Wulfen) C. Agardh. Species algarum, v. 1: 389. 1822.

Localidade tipo: Mar Adriático, Itália

Figuras: 17 F; ilustrações adicionais Pereira (1977).

Talo ereto, crescendo em tufos, fixo ao substrato por meio de um apresório

discóide, ramificado irregularmente. Eixos principais cilíndricos, revestidos por

râmulos curtos, filiformes e não ramificados, presentes apenas nas porções

superiores. Porções mais velhas do talo com córtex e com estrutura polissifônica

com 8 (oito) células pericentrais evidente, porções mais novas ecorticada.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, ES, TR.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999); Nunes

et al. (2001); Costa Jr. et al. (2002); Lucio & Nunes (2002); Nunes (2005 a); Lyra et

al. (2007); Lazaro (2007); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100468).

Heterodasya Joly & Oliveira 1966: 118.

Talo ereto, cilíndrico a achatado, formando tufos isolados, aderido ao

substrato através de apressório discóide, ramificado irregularmente, com disposição

radiada dos ramos. Organização uniaxial 4-5 células pericentrais nos eixos

principais. Eixos principais com râmulos ramificados de estrutura monossifônica.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

99

Heterodasya mucronata (Harv.) M.J. Wynne. Nova Hedwigia 129: 1-152.

2005.

Localidade tipo: Não identificada

Figuras: 17 G; ilustrações adicionais Schneide & Searles (1991) como

Micropeuce mucronata.

Talo cilindrico, aderido ao substrato através de apressório discóide. Eixos de

crescimento indeterminado corticados, com ramificações irregulares, alternas,

dispostas radialmente, mais concentradas nos ápices. Ramos de crescimento

determinado ecorticados desde a base, ramificados pseudodicotomicamente e

apresentando ápices em forma de acúleos.

Comentários: Espécie encontrada em 7 (sete) diferentes pontos de coleta,

ponto C4, C5 (subárea sub1); D4, D5 (subárea sub2); E4 (subárea sub3) durante a

estação seca, e ponto C5 (subárea sub1); E4 (subárea sub3) durante a estação

chuvosa.

Distribuição: BA, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100412); estação C5, Cetrel 02.11 (ALCB 100425); estação D4, Cetrel 02.11

(ALCB 100448); estação D5, Cetrel 02.11 (ALCB 100469); estação E4, Cetrel 02.11

(ALCB 100500); estação C5, Cetrel 08.11 (ALCB 100546); estação E4, Cetrel 08.11

(ALCB 100563).

Neosiphonia Kim & Lee, 1999: 272.

Talo ereto ou decumbente, com estrutura polissifônica, fixo ao substrato por

disco basal ou por um sistema basal prostrado, com ramos organizados radialmente,

ramificação subdicotômica, a irregular. Talo cilíndrico, formado por 4-9 células

pericentrais, ecorticadas ou com corticação rizoidal, rizóides unicelulares ou

multicelulares, com extremidades simples ou digitadas, sempre originados em

conexão fechada.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

100

Neosiphonia ferulacea (Suhr ex. J. Agardh) S.M. Guimarães & M.T. Fujii

Revista Brasileira de Botânica 27: 163-183. 2004.

Localidade tipo: Costa Atlântica do México

Figuras: vide Nunes (2005 a); Cordeiro-Marino (1978).

Talo com sistema basal prostrado reduzido, fixo por numerosos rizóides

proximais, a partir do qual se originam eixos eretos de crescimento inderteminados.

Eixos prostados ecorticados, com segmentos duas vezes mais largos que longos em

toda a extenção do eixo, com 4 (quatro) células pericentrais. Eixos eretos com

ramificação alterna, com segmentos duas vezes mais largos que longos, com

tricoblastos e cicatrizes dos tricoblastos raros. Ramos substituindo tricoblastos na

sequencia de desenvolvimento do ápice.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto A4

durante a estação seca.

Distribuição: MA, CE, RN, PB, PE, BA, ES, RJ, SP, PR, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (2005 a);

Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Marins et al. (2008).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100385).

Osmundea Stackhouse 1809: 56, 79, 80

Talo ereto, plano a alongado, polissifônico, fixo ao substrato por meio de um

apressório basal, com ramificação dística a alterna distica. Talo composto por 2

(duas) células pericentrais, região cortical formada por células pequenas e alongada,

e região medular composta por células esféricas grandes.

Osmundea lata (M. Howe & W.R. Taylor) Yonesh., M.T. Fujii & Gurgel.

Phycologia 42: 301-307. 2003.

Localidade tipo: Brasil

Figuras: vide Nunes (2005 a); Yoneshigue-Valentin et al. (2003).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

101

Talo ereto, comprimido, exceto próximo a base, fixo ao substrato por meio de

um apressório basal, com ramificação dística a alterna dística, com últimos ramos

subcilíndricos. Região cortical com 2 (duas) camadas de células alongadas, e região

medular composta por células grandes e levemente comprimidas. Cada segmento

axial dá origem a 2 (duas) células pericentrais.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E4

(subárea sub3) durante a estação chuvosa.

Distribuição: BA, ES, RJ, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E4, Cetrel 08.11

(ALCB 100564).

Polysiphonia Greville, 1823: 309.

Talo ereto ou decubente, cilíndrico, polissifônico, fixo por rizóides formados

pelo prolongamento de uma célula pericentral ventral nos ramos decumbentes. Talo

ecorticado ou com corticação rizoidal, e com ramos organizados radialmente ou mais

raramente de maneira dorsiventral, sempre originados em conexão aberta.

Polysiphonia subtilissima Mont. Annales des Sciences Naturelles,

Botanique, Seconde Série 13: 193-207. 1840.

Localidade tipo: Guiana Francesa

Figuras: vide Nunes (2005 a); Guimarães et al. (2004).

Talo ereto, filamentoso, com sistema de fixação prostrado bem desenvolvido,

com rizóides uni ou multicelulares proximais em relação à origem ou no centro da

célula, sendo que os rizóides são prolongamentos das células pericentrais (conexão

aberta). Ramos ereto ecorticados, constituídos internamente por quatro células

pericentrais em toda sua extensão, diminuindo gradativamente de diâmetro em

direção ao ápice.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

102

Comentários: Espécie encontrada em 7 (sete) diferentes pontos de coleta,

ponto C3, C5 (subárea sub1); D3, D4, D5 (subárea sub2); E4, E5 (subárea sub3)

durante a estação seca.

Distribuição: MA, CE, RN, PE, SE, BA, ES, TR, RJ, SP, PR, SC, RS.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Lucio & Nunes (2002);

Nunes (2005 a); Lyra et al. (2007); Marins et al. (2008).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C3, Cetrel 02.11

(ALCB 100397); estação C5, Cetrel 02.11 (ALCB 100427); estação D3, Cetrel 02.11

(ALCB 100442); estação D4, Cetrel 02.11 (ALCB 100449); estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100471); estação E4, Cetrel 02.11 (ALCB 100501); estação E5, Cetrel 02.11

(ALCB 100510).

Vidalia J.V.Lamour. ex J.Agard., 1863: 1117

Talo ereto a decubente, fixo ao substrato por meio de apressório basal ou

filamentos rizoidais. Margem do talo denteada a serrilhada, com ramificação

irregular, pinada a alterna. Região alar do talo corticada, com nervura central

presente, nervuras laterais presentes ou ausentes. Talo organizado

dorsoventralmente, com ápice dos ramos enrolados. Células pericentrais em número

de 5 (cinco).

Vidalia obtusiloba (C.Agardh) J. Agardh. Species genera et ordines algarum,

seu descriptiones succinctae specierum, generum et ordinum, quibus algarum

regnum constituitur. Volumen secundum: algas florideas complectens. Part 2, fasc. 3.

pp. 787-1138, 1158-1291. 1863.

Localidade tipo: Brasil.

Figuras: 17 H; ilustrações adicionais Pereira (1977).

Talo foliáceo, ereto, com lâminas achatadas, com nervura na porção basal,

aderido ao substrato através de apressório discóide. Frondes com ramificação

irregular, com ápices enrolados, margens serrilhadas e dentículos em disposição

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

103

alterna. Talo composto por 6-8 células pericentrais, e 7-9 camadas celulares, sendo

1 (uma) camada de células corticais diminutas e 5-7 camadas de células medulares.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

ponto A4 durante a estação seca, e ponto A4 durante a estação chuvosa.

Distribuição: MA, CE, RN, FN, PB, PE, AL, BA, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999); Lucio &

Nunes (2002); Nunes (2005 a); Nunes (2005 b); Lazaro (2007); Lyra et al. (2007).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100387); estação A4, Cetrel 08.11 (ALCB 100510).

Wrightiella F.Schmitz, 1893: 221

Talo ereto fixo ao substrato por meio de filamentos rizoidais. Talo cilíndrico,

com estrutura polissifônica composta por 4 (quatro) células pericentrais, com córtex

denso na região basal, recoberto por ramos curtos espinescentes, ramificado

irregularmente e radialmente. Eixo axial com ramos espinescentes não ramificados,

dispostos espiraladamente e ocorrendo aos pares.

Wrightiella tumanowiczii (Gatty ex. Harv.) F. Schmitz. Berichte der deutsche

botanischen Gesellschaft 11: 212-232. 1893.

Localidade tipo: Não identificada

Figuras: 17 I, ilustrações adicionais Oliveira-Filho (1969).

Talo ereto, cilíndrico, recoberto por ramos curtos espinescentes, ramificado

irregularmente e radialmente. Porção basal formando expansões, e com ramos

cilíndricos, que aumentam os pontos de fixação ao substrato. Eixo axial com 4

(quadro) células pericentrais em toda a sua extensão, com corticação densa e ramos

espinescentes não ramificados, dispostos espiraladamente e ocorrendo aos pares.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2); durante a estação seca.

Distribuição: RN, BA, ES, RJ, AB.

Citação para o litoral da Bahia: Taylor (1931); Oliveira-Filho (1974); Nunes

(2005).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

104

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100473).

Cottoniella Borgesen, 1919: 221

Talo filamentoso, delicado, flácido, constituído por filamentos finos,

organizado em porção decubente e porção ereta, fixo ao substrato por meio de

rizóides. Porção rizomatosa, irregularmente bifurcada, com 4 (quatro) celulas

pericentrais, igualmente desenvolvidas, revestindo o eixo central. Filamentos eretos

cilíndricos ou ligeiramente achatados, com 4 (quatro) células pericentrais, sendo que

as 2 (duas) células laterais produzem cada qual 2 (duas) células corticais, ramificado

alternadamente a irregularmente e com râmulos filamentosos, unisseriados, não

ramificados, mais ou menos curvados, que nascem todos de um só lado.

Cottoniella filamentosa (M. Howe) Borgesen. Dansk Botanisk Arkiv 3: 369-

498. 1920.

Localidade tipo: Florida, E.U.A

Figuras: vide Bouzon (1989).

Talo filamentoso, apresentando eixo prostrado corticado e bem desenvolvido,

mas predominantemente ereto, fixo ao substrato através de rizóides multicelulares

com extremidades simples ou digitadas, formando hápteros. Ramos ereto

ecorticados, ramificação pseudodicotomica à irregular, portando 4 (quatro) células

pericentrais. Ramos de última ordem dispostos unilateralmente, ecorticados,

unisseriados e monossifônicos. Râmulos aumentam de comprimento gradativamente

quanto mais distante dos ápices.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: BA, AB, ES, SC, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (2005 a);

Yoneshigue-Valentin et al. (2006); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estaçãoD5, Cetrel 02.11

(ALCB 100464).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

105

Spyridia Harv. in Hook. 1833: 136.

Talo ereto, filamentoso, unisseriado, cilíndrico, densamente ramificado de

maneira alterna subdicotomica a irregular. Ramos de crescimento indeterminado,

apresentando corticação completa, de origem nodal, recobertos por râmulos de

crescimento determinado simples, de corticaçao restrita aos nós.

Spyridia filamentosa (Wulfen) Harv. in Hook. Cryptogamia. Vol. V, Part I.

Comprising the Mosses, Hepaticae, Lichens, Characeae and Algae. pp. 263-265,

265-266, 326-389, 389-405. 1833.

Localidade tipo: Mar Adriático

Figuras: 18 A; ilustrações adicionais Cordeiro-Marino (1978).

Talo filamentoso, ramificado irregularmente, recoberto por ramos de segunda

ordem não ramificados e dispostos radialmente. Ramos de crescimento

indeterminado apresentando corticação completa por células retangulares, 100 - 260

μm de diâmetro. Ramos de crescimento determinado com corticação restrita aos

nós, 35-38 μm de diâmetro e ápices em forma de acúleo não recurvado.

Comentários: Espécie encontrada em 10 (dez) diferente pontos de coleta,

ponto A4; C3, C4, C5 (subárea sub1); D3, D4, D5 (subárea sub2) durante a estação

seca, e ponto D3 (subárea sub2); E3, E4 (subárea sub3) durante a estação chuvosa.

Distribuição: MA, CE, RN, PB, PE, BA, AB, ES, RJ, SP, PR, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999); Nunes

et al. (2001); Figueiredo (2005); Nunes (2005 a); Marins et al. (2008); Santos (2010);

Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100386); estação C3, Cetrel 02.11 (ALCB 100398); estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100414); estação C5, Cetrel 02.11 (ALCB 100428); estação D3, Cetrel 02.11

(ALCB 100443); estação D4, Cetrel 02.11 (ALCB 100450); estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100472); estação D3, Cetrel 08.11 (ALCB 100551); estação E3, Cetrel 08.11

(ALCB 100556); estação E4, Cetrel 08.11 (ALCB 100565).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

106

Griffithsia C. Agardh, 1817: 28.

Talo ereto a decumbente, filamentoso, monossifônico, com filamentos

constituídos por células grandes, esféricas a cilíndricas, fixo ao substrato por rizóides

uni- ou multicelulares, ramificado subdicotomicamente ou tricotomicamente, às

vezes unilateralmente. Ramos adventício e anastomoses entre os ramos, presente

ou ausente e corticação do talo ausente ou restrita a região próxima à base do talo.

Griffithsia globulifera Harv. ex. Kutz. Abbildungen der Tange. Vol. 12 pp. i-iv,

1-30. 1862.

Localidade tipo: Nova York, E.U.A

Figuras: vide Schneider & Searles (1991).

Talo constituído por células esféricas na região apical e células alongadas na

região basal, com constrições regulares, aderido ao substrato através de rizóides

cilíndricos, com 60-650 μm de diâmetro, evidentes e desenvolvidos que se originam

em uma célula basal. Células com 2,0-3,0 μm de diâmetro e 300-800 μm de altura.

Célula apical pode apresentar uma grande diferança de tamanho em relação às

outras células.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E5

(subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: PE, BA.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E5, Cetrel 02.11

(ALCB 100509).

Haloplegma Mont., 1842: 258.

Talo achatado, robusto, filamentoso, monossifônico, em forma de fita e de

textura esponjosa, dividido em lobos de maneira irregular, alterna ou

subdicotomicamente. Filamentos monossifônicos, que se unem de forma a

apresentarem uma organização de rede tridimensional.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

107

Haloplegma duperreyi Mont. Botanique. Plantes cellulaires. In: Histoire

physique, politique et naturelles de l'île de Cuba. (Sagra, R. De La Eds) Vol. 11, pp. i-

x, 1-549. 1842.

Localidade tipo: West Indies

Figuras: 18 B; ilustrações adicionais Womersley (1998)

Talo achatado, fixo ao substrato por meio de um apressório discóide,

ramificado irregularmente, com ápices arredondados e bordas jovens denteadas.

Fronde formada por uma rede tridimendional de filamentos paralelos unisseriados,

pseudodicotomicamente ramificados, constituídos nas partes mais jovens por 7-8

células, e nas partes mais antigas não é possível observar o padrão de formação da

rede. Nas porções mais antigas do talo, observa-se a formação de camada cortical.

Comentários: Espécie encontrada em 11 diferentes pontos de coleta, ponto

A4; C4, C5 (subárea sub1); D3, (subárea sub2); E3, E4 (subárea sub3) durante a

estação seca, e ponto A4; C4, C5 (subárea sub1); D3 (subárea sub2); E4 (subárea

sub3) durante a estação chuvosa.

Distribuição: CE, RN, PB, PE, AL, BA, AB, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (2001); Nunes

(2005 a); Lyra et al. (2007); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100382); estação C4, Cetrel 02.11 (ALCB 100410); estação C5, Cetrel 02.11

(ALCB 100424); estação D3, Cetrel 02.11 (ALCB 100440); estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100484); estação E4, Cetrel 02.11 (ALCB 100499); estação A4, Cetrel 08.11

(ALCB 100516); estação C4, Cetrel 08.11 (ALCB 100535); estação C5, Cetrel 08.11

(ALCB 100545); estação D3, Cetrel 08.11 (ALCB 100550); estação E4, Cetrel 08.11

(ALCB 100562).

Lejolisia Bornet, 1859: 91

Talo prostado ou ereto, polissifônico, fixo ao substrato por rizóides

multicelulares com pequenos discos de fixação nas extremidades. Porção prostrada

ramificada ou simples, e porção ereta ecorticada. Estrutura polissifônica com 3 (três)

células pericentrais

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

108

Lejolisia mediterranea Bornet. Annales des Sciences Naturelles, Botanique,

Quatrième série 11: 88-92. 1859.

Localidade tipo: França

Figuras: vide Nunes (2005 a); Oliveira-Filho (1969).

Talo filamentoso, unisseriado, ecorticado, simples ou ramificado. Porção

prostrada fixa ao substrato por rizóides multicelulares com pequenos discos de

fixação nas extremidades, células com 40-90 μm comprimento X 16-22 μm diametro.

Porção ereta geralmente ramificada, em ângulo reto com o eixo prostrado, células

com 50-100 μm comp. x 8-15 μm diam.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: BA, ES.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100470).

Hypnea J.V. Lamour. 1813: 131.

Talo ereto, cilíndrico ou achatado, crescendo isolada ou emaranhada,

filamentoso ou pseudoparenquimatoso, com eixo central percurrente ou escurrente,

com ramificação radial e irregular. Filamento de células axiais perceptíveis ao longo

de todo o talo, região cortical formada por 1-3 camadas de células, pequenas e

pigmentadas e região medular composta por células grandes, arredondadas a ovais.

Hypnea spinella (C.Agardh) Kutz. Botanische Zeitung 5: 1-5, 22-25, 33-38,

52-55, 164-167, 177-180, 193-198, 219-223. 1847.

Localidade tipo: West Indies

Figuras: 18 C; ilustrações adicionais Schenkman (1986).

Talo ereto ou emaranhado, cilíndrico, fixo ao substrato por meio de apressório

discóide, ramificado em todas as direções, com râmulos em forma de espinho.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

109

Camada da região cortical com 1-2 camadas de células de espessura, com células

pigmentadas, e células da região medular irregulares, circundando um filamento

central de células com paredes espessadas..

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto A4

durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, PB, PE, BA, AB, ES, TR, RJ, SP, SC, RS.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (1998 b); Nunes et

al. (1999); Nunes et al. (2001); Lucio & Nunes (2002); Paula et al. (2003);Figueiredo

(2005); Nunes (2005 a); Lyra et al. (2007); Marins et al. (2008); Santos (2010); Silva

(2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100383).

Agardhiella Schmitz in Engler & Prantl, 1897: 371.

Talo ereto, filamentoso, cilíndrico a achatado, de organização multiaxial, fixas

ao substrato por meio de um apressório discóide ou de um sistema estolonífero,

conspícuo ou não, com ramificação radial ou em um único plano, com ou sem ramos

adventícios e proliferações. Região cortical composta por 1-3 camadas de células

pigmentadas e 2-4 camadas de células maiores, globosas e ligeiramente alongadas

em sentido radial, e região medular composta por filamentos de células alongadas e

muito delgadas, orientadas longitudinalmente e interconectadas por filamentos mais

curtos compostos po 1-3 células.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Agardhiella

1A Talo achatado com estipe cilindrico.......................................... .A. ramosissima

1B Talo cilíndrico a levemente achatado nas partes mais antigas. .......A. subulata

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

110

Agardhiella ramosissima (Harv.) Kylin. Acta Universitatis Lundensis 28(8): 1-

88. 1932.

Localidade tipo: Florida E.U.A

Figuras: vide Guimarães & Oliveira (1996);

Talo ereto, filamentoso, achatado, aderido ao substrato através de apressório

discóide basal, seguido de um estipe cilíndrico. Ramos densamente ramificados,

dística a irregularmente, e com ramos de última ordem cilíndricos à achatados.

Presença de células e filamentos conectivos formados a partir do eixo axial. Córtex

externo constituído por 1-2 camadas de células de formato irregular, geralmente

mais altas que largas e córtex mais interno composto por 2-3 camadas de células

elípticas, ovais ou de formato irregular,

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) E3 (subárea sub3) durante a

estação seca.

Distribuição: RN, PE, CE, BA, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100482).

Agardhiella subulata (C.Agardh) Kraft & M.J. Wynne. Phycologia 18: 325-

329. 1979.

Localidade tipo: "In mari Canadensi" (Localidade incerta)

Figuras: vide Joly (1965).

Talo ereto, filamentoso, cilíndrico, aderido ao substrato a partir de um

apressório discóide ou em forma de domo. Ramos cilíndricos ou por vezes

ligeiramente achatados nas partes mais antigas, ramificados alterna à

irregularmente, córtex externo constituído por 1-2 camadas de células diminutas,

arredondadas a ligeiramente alongadas e córtex mais interno composto por 2-3

camadas de células arredondadas

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

111

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto A4

durante a estação seca.

Distribuição: MA, CE, RN, PB, PE, BA, ES, SP, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação A4, Cetrel 02.11

(ALCB 100379).

Gracilaria Greville, 1830: 121.

Talo ereto ou decumbente, pseudoparenquimatoso, uniaxial com célula apical

dificilmente discernível, cilíndrico, comprimido, achatado ou laminar, fixa ao substrato

por meio de apressórios discóides com diversos padrões de ramificação. Talo com

textura carnosa a cartilaginosa, firme ou mais ou menos rígida, constuído por células

corticais pequenas e células medulares grandes.

Gracilaria cuneata Areschoug Nova Acta Regiae Societatis Scientiarum

Upsaliensis, ser. 3 1: 329-372.

Localidade tipo: Não especificada

Figuras: vide Bellorín (2002).

Talo achatado, ramificado dicotomicamente, com margem ondulada. Região

cortical formada por 1 (uma) camada de celulas e região medular composta por 4-6

camadas de células pigmentadas

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D4

(subárea sub2) durante a estação seca. Espécie encontrada na forma de fragmento.

Distribuição: CE, RN, PB, PE, BA, ES.

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D4, Cetrel 02.11

(ALCB 100447).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

112

Cryptonemia J. Agardh. 1842: 100

Talo ereto, filamentoso, de organização multiaxial, com lâmina achatada

inteira ou ramificada dicotomicamente ou irregularmente, desenvolvendo-se a partir

de um estipe de tamanho variável. Talo com fronde de margem lisa ou denteada,

plana ou ondulada, com região corical compacta e região medular composta por

filamentos orientados no sentido periclinal.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Cryptonemia

1A Talo com bordas da lâmina crenadas e região cortical

composta por 2-3 camadas de células....................................

....C. crenulata

1B Talo com bordas da lâmina onduladas, e região cortical

composta por 1-2 camadas de células.....................................

.C. seminervis

Cryptonemia crenulata (J.Agardh) J. Agardh. Algas florideas complectens.

Vol. 2, Part 1. pp. [ii*-iii*], [i]-xii, [1]-336 + 337-351. 1851.

Localidade tipo: Brasil

Figuras: 18 D; ilustrações adicionais Pinheiro-Vieira (1976).

Talo em forma de fita, ramificado subdicotomicamente, com pedúnculo basal

mais ou menos cilíndrico, que se expande formando uma lâmina de bordos crenados

e ápice arredondados. Região cortical externa com 2-3 fileiras de células maiores,

arredondadas e incolores, e região medular com filamentos dispostos paralela ou

obliquamente à superfície do talo, apresentando células ganglionares de conteúdo

refrigente.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto D5

(subárea sub2) durante a estação seca.

Distribuição: MA, CE, RN, FN, PE, BA, ES, RJ, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Lucio & Nunes (2002);

Nunes (2005 a); Lyra et al. (2007); Marins et al. (2008); Silva (2010).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

113

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100465).

Cryptonemia seminervis (C.Agardh) J. Agardh. Fasculi qui exstant duo. pp.

1-6. 1846.

Localidade tipo: Espanha

Figuras: 18 E; ilustrações adicionais Guimarães (1990).

Talo em forma de fita, com nervura central apenas na parte proximal das

lâminas, ramificações originadas a partir das nervuras, podendo originar-se em uma

base comum, lâminas com bordos ondulados. Região cortical externa com 1-2

fileiras de células maiores e região subcortical com 2-3 camadas de células, região

medular filamentosa, constituída por células estreladas.

Comentários: Espécie encontrada em 5 (cinco) diferentes pontos de coleta,

ponto D5, (subárea sub2) durante a estação seca, e ponto A4; C4, C5 (subárea

sub1); D4 (subárea sub2) durante a estação chuvosa.

Distribuição: MA, CE, RN, PE, BA, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999); Nunes

et al. (2001); Lucio & Nunes (2002); Nunes (2005 a); Yoneshigue-Valentin et al.

(2006); Lyra et al. (2007).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação D5, Cetrel 02.11

(ALCB 100466); estação A4, Cetrel 08.11 (ALCB 100515); estação C4, Cetrel 08.11

(ALCB 100534); estação C5, Cetrel 08.11 (ALCB 100543); estação D4, Cetrel 08.11

(ALCB 100553).

Halymenia C. Agardh, 1817: xix.

Talo ereto, filamentoso, com fronde foliácea, expandida, de formato orbicular

inteira ou fendida, ou ainda cilíndrica e ramificada, fortemente fixo ao substrato por

meio de um apressório discóde basal. Talo com região corical composta por células

arredondadas a isodiamétricas, diminuindo progressivamente de tamanho em

direção à cutícula e região medular constiuída por filamentos frouxamente dispostos,

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

114

predominantemente orientados no sentido anticlinal e com células de formato

estrelado, com algumas células com conteúdo refrativo.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero Halymenia

1A Ramos cilíndrico, composto por 1-3 camadas de células corticais

esféricas a ovais, 3-4 camadas de células medulares

irregulares.......................................................................................

..H. elongata

1B Ramos em forma de lâmina, composto por 2-3 camadas de

células corticais ovais a irregulares, região medular composta

por filamentos medulares cilíndricos, livremente organizados em

gel muscilaginoso...........................................................................

......H. floresii

Halymenia elongata C. Agardh. Species algarum rite cognitae, cum

synonymis, differentiis specificis et descriptionibus succinctis. Volumen primum pars

posterior. pp. [v-vi], 169-398. 1822.

Localidade tipo: Cadiz, Espanha

Figuras: vide Guimarães (1990) (como Halymenia sp.1).

Talo ereto, cilíndrico a achatado, fixo ao substrato por meio de um apressório

discóide, de onde partem diminutos rizóides, ramificado dicotômicamente em vários

graus. Ramo cilíndrico e resistente, composto por 1-3 camadas de células corticais

esféricas a ovais, 3-4 camadas de células medulares irregulares.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto C4

(subárea sub1) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, PB, PE, AL, BA, ES, RJ, SP, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C4, Cetrel 02.11

(ALCB 100411).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

115

Halymenia floresii (Clemente) C. Agardh. Synopsis algarum Scandinaviae,

adjecta dispositione universali algarum. pp. [i]-xl, [1]-135. 1817.

Localidade tipo: Espanha

Figuras: vide Guimarães (1990).

Talo gelatinoso, achatado, fixo ao substrato por meio de um apressório

discóide de onde partem diminutos rizóides, com ramificação oposta a irregular.

Ramos em forma de lâmina, lisos, com ramificações numerosas, estreitas e

irregularmente opostas às margens. Região cortical com 2-3 camadas de células de

espessura, células superficiais de formato oval e células subsuperficiais de formato

irregular, região medular composta por filamentos medulares cilíndricos, livremente

organizados em gel muscilaginoso.

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E3

(subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: CE, RN, BA, AB, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes (2005 a).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100485).

Leptofauchea Kylin, 1931: 9

Talo ereto, com lamina achatada, ramificado dicotomicamente, de estrutura

multaxial, córtex com 1-2 camadas e com células pequenas e pigmentadas e região

medular composta por 1-4 camadas de células grandes a incolores.

Leptofauchea brasiliensis A.B. Joly. Boletim da Faculdade de Filosofia,

Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, Botânica 14: 3-199. 1957.

Localidade tipo: Brasil

Figuras: vide Nunes (2005 a); Joly (1957).

Talo achatado, fixas ao substrato a partir de um apressório discóide, seguido

por estipe cilíndrico, ramificado dicotomicamente, com ápices dicotômicos e de

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

116

terminações agudas ou arredondadas. Região cortical formada por 1-2 camadas de

células pigmentadas, e região medular composta por 1-2 camadas de células

incolores.

Comentários: Espécie encontrada em 2 (dois) diferentes pontos de coleta,

ponto E3 (subárea sub3) durante a estação seca, e ponto C3 (subárea sub1)

durante a estação chuvosa.

Distribuição: BA, AB, ES, RJ, SP, PR, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (2005 a); Silva (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100487); estação C3, Cetrel 08.11 (ALCB 100523).

Botryocladia (J. Agardh) Kylin, 1931: 17

Talo ereto, cilíndrico, fixo ao substrato por meio de um apressório discóide

basal, ramificado ou simples, portando uma ou várias vesículas terminais,

geralmente globosas, de contorno arredondado ou alongado, que apresentam

cavidade central preenchida por mucilagem. Região cortical com número variado de

camadas de células pigmentadas, sendo a camada cortical externa contínua ou

descontínua, com as células podendo apresentar configuração de rosetas, células

medulares margeiam a cavidade central e podem produzir pequenas células

glandulares de formato variado e internamente orientadas.

Botryocladia occidentalis (Borgesen) Kylin. Acta Universitatis Lundensis

27(11): 1-48. 1931.

Localidade tipo: Ilhas Virgens

Figuras: 18 F; Bandeira-Pedrosa (1989).

Talo pseudoparenquimatoso, com eixos principais e secundários cilíndricos,

densamente ramificados, com râmulos curtos, pedicelados, em forma de pequenas

vesículas ocas, infladas e cheias de mucilagem, de formato subsesférico a piriforme.

Vesículas com 1-2 fileiras de células grandes e incolores, e 2 (duas) fileiras de

células pequenas.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

117

Comentários: Espécie encontrada em 1 (um) ponto de coleta, ponto E3

(subárea sub3) durante a estação seca.

Distribuição: MA, CE, RN, FN, PE, BA, ES, RJ.

Citação para o litoral da Bahia: Nunes (1998 a); Nunes et al. (1999); Nunes

et al. (2001); Costa Jr. et al. (2002); Lucio & Nunes (2002); Figueiredo (2005);

Nunes (2005 a); Lyra et al. (2007); Marins et al. (2008).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100483).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

118

Figura 16: Hábito geral dos gêneros Amphiroa, Jania, Tricleocarpa e Dotyophycus:

(A) Amphiroa rigida; (B) Jania adhaerens; (C) J. cubensis; (D) J. subulata; (E)

Tricleocarpa fragilis; (F) Dothyophycus pacificum. Escalas: 1 cm

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

119

Figura 17: Hábito geral dos gêneros Dictyurus, Heterosiphonia, Claudea, Amansia,

Bryothamnion, Digenea, Heterodasya e Vidalia: (A) Dictyurus occidentalis; (B)

Heterosiphonia gibbesii; (C) Claudea elegans; (D) Amansia multifida; (E) Bryothamnion

seaforhii; (F) Digenea simplex; (G) Heterodasya mucronata; (H) Vidalia obtusiloba; (I)

Wrightiella tumanowiczii. Escalas: 1 cm.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

120

Figura 18: Hábito geral dos gêneros Spyridia, Haloplegma, Hypnea, Cryptonemia e

Botryocladia: (A) Spyridia filamentosa; (B) Haloplegma duperreyi; (C) Hypnea spinella;

(D) Cryptonemia crenulata; (E) C. seminervis; (F) Botryocladia occidentalis. Escalas: 0,5

cm.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

121

74%

5%

10%

11%

Bryopsiales Cladophorales Dasycladales Siphonocladales

5.1.1.4. COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Dentro da divisão Chlorophyta, a ordem Bryopsiales foi representada por 14

taxons, sendo que as ordens Siphonocladales, Dasycladales e Cladophorales foram

representadas, respectivamente, por 2, 2 e 1 táxons (Figura 19).

O táxon mais frequente desta divisão foi Halimeda gracilis (estação seca e

chuvosa), já os táxons menos freqüentes foram Caulerpa mexicana, C. pusilla, C.

sertularioides, Halimeda discoidea e Neomeris annulata (estação seca) e

Cladophora ordinata, Dasycladus vermicularis e Halimeda discoidea (estação

chuvosa).

Dentro da Divisão Heterokontophyta – Classe Phaeophyceae, foram

encontrados táxons pertencentes a 2 ordens, Ordem Ectocarpales, com 24% dos

representantes e Ordem Dictyotales com 76% dos representantes (Figura 20).

Figura 19: Representação gráfica da porcentagem de ocorrência dos táxons das ordens

pertecentes à Divisão Chlorophyta

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

122

76%

24%

Dictyotales Ectocarpales

Os táxons mais frequentes desta divisão foram Padina sanctae-crucis,

Lobophora variegata e Hincksia onslowensis (estação seca) e Dictyopteris delicatula

(estação chuvosa), já os táxons menos freqüentes foram Dictyopteris justii e

Chnoospora minima (estação seca) e Dictyopteris jolyana, Dictyopteris polypodioides

e Rosenvingea orientalis (estação chuvosa).

Dentre as 35 rodoficeas encontradas no local do estudo, 25 táxons pertecem

a ordem Ceramiales e 6 pertenciam à Ordem Corallinales, enquanto que as ordens

Gracilariales e Nemaliales foram as que apresentaram o menor número de

representantes (2 táxons) (Figura 21).

Os táxons mais frequentes desta divisão foram Spyridia filamentosa e

Polysiphonia subtilissima (estação seca) e Haloplegma duperreyi (estação chuvosa),

já os táxons menos frequentes foram Amansia multifida, Amphiroa rigida,

Bryothamnion seaforthii, Ceramium codii, C. luetzelburgii, Cottoniella filamentosa,

Cryptonemia crenulata, C. seminervis, Griffithsia globulifera, Halymenia elongata,

Figura 20: Representação gráfica da porcentagem de ocorrência dos táxons das ordens

pertecentes à Divisão Heterokonthophyta

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

123

51%

13%

8%

10%

10%

4%

4%

Ceramiales Corallinales Gigartinales Halymeniales

Rhodymeniales Nemaliales Gracilariales

Lejolisia mediterranea, Leptofauchea brasiliensis, Neosiphonia ferulacea,

Tricleocarpa fragilis, Wrightiella tumanowiczii (estação seca) e Bryothamnion

seaforthii, Dictyurus occidentalis, Leptofauchea brasiliensis, Osmundea lata, Vidalia

obtusiloba (estação chuvosa).

5.2. CORALINÁCEAS QUE FORMAM O BANCO DE RODOLITOS

5.2.1. IDENTIFICAÇÃO DOS RODOLITOS

Durante o período de estudo, foram identificados 2 (dois) táxons de algas

marinhas cuja a forma de crescimento ocorre na forma de rodolito. Ambos os táxons

foram identificados como pertencentes ao gênero Lithothamnion.

Figura 21: Representação gráfica da porcentagem de ocorrência dos táxons das ordens

pertecentes à Divisão Rhodophyta

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

124

5.2.1.1. SINÓPSE DOS TÁXONS ENCONTRADOS

Rhodophyta

Florideophyceae

Corallinales

Hapalidiaceae

Lithothamnion brasiliense Foslie

L. superpositum Foslie

Lithothamnion Heydr.1897: 412

Talo monômero, com células dos filamentos contíguos unidos por fusões

celulares, formando nódulos protuberantes ou ainda crostas de superfície irregular,

com pequenas protuberâncias; Células epiteliais em forma de taça, conceptáculos

tetrasporangiais multiporados, sem tampões apicais, imersos ou elevados em

relação à superfície do talo.

Chave artificial dicotômica para a identificação das espécies do gênero

Lithothamnion

1A Conceptáculos tetra/bisporangial elevados em relação a

suprerficie do talo, canais dos poros com depressões ao

redor.........................................................................................

...L. superpositon

1B Conceptáculos tetra/bisporangial imersos ou levemente

elevado em relação a suprerficie do talo, canais dos poros

sem depressões ao redor........................................................

......L. brasiliense

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

125

Lithothamnion brasiliense Foslie. Norsk Vid. Selsk. Skr. 5: 4. 1900

Localidade tipo: não especificada

Figura: 22 A-F.

Talo pseudoparenquimatoso, monômero nas porções crostosas e radial e

monômera nas protuberâncias, com células do epitalo em forma de taça (flared), 5-

10 µm diâmetro e 3-5 µm comprimento; células do peritalo 6-12 µm diâmetro e 6-20

µm comprimento; células do hipotalo 6-12µm diâmetro e 9-22 µm comprimento; e

células dos filamentos contíguos unidos por fusões célulares. Conceptáculos

tetrasporangiais multiporados, imersos a levemente elevados em relação à

superfície do talo, com diâmetro externo de 400-700 µm; câmara com 300-500 µm

diâmetro e 126-155 µm comprimento; teto da câmara com 30-50 µm de espessura;

poros com 7-14 µm de largura.

Comentários: As características dos espécimes encontrados conferem com

as que foram apresentadas por Foslie (1929), Taylor (1960), Woelkerling (1993)

Horta (2000) e Bahia (2010).

Distribuição: BA, SP.

Citação para o litoral da Bahia: Bahia (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação E3, Cetrel 02.11

(ALCB 100567).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

126

Figura 22: Lithothamnion brasiliense. (A) aspecto geral; (B) células epiteliais em vista

superficial; (C) corte transversal do talo com vista a fusões celulares unindo filamentos

contíguos (setas); (D) conceptáculos multiporados; (E) câmara do conceptáculo; (F)

detalhe da câmara do conceptáculo, com vista interna dos poros (setas).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

127

Lithothamnion superpositum Foslie. K. Norske Vid. Selsk. Skr. 5: 8-9. 1900

Localidade África do Sul

Figura: 23 A-E.

Talo pseudoparenquimatoso, monômero nas porções crostosas e radial e

monômera nas protuberâncias, com células do epitalo em forma de taça (flared), 6-

10 µm diâmetro e 4-5 µm comprimento; células do peritalo 4-10 µm diâmetro e 7-20

µm comprimento; células do hipotalo 7-14µm diâmetro e 16-30 µm comprimento; e

células dos filamentos contíguos unidos por fusões célulares. Conceptáculos

tetrasporangiais multiporados, elevados em relação à superfície do talo, 120-150 µm

de altura, diâmetro externo de 263-513 µm; câmara com 151-303 µm diâmetro e

126-210 µm comprimento; teto da câmara com 27-50 µm de espessura; poros em

depressão, com 6-8 µm de largura, circundado por 5-6 células em rosetas.

Comentários: As características dos espécimes encontrados conferem com

as que foram apresentadas por Farias (2009) e Bahia (2010). A depressão do teto

dos conceptáculos é facilmente distinguível e é uma caracteristica diagnóstica para a

identificação desta espécie, contudo, ela não dispensa a análise das demais

características vegetativas e reprodutivas. Harvey et al. (2003) referiu que a origem

das depressões do conceptáculo, seriam a desintegração das células superiores dos

filamentos que circundam o canal do poro. Basso et al (2011), sinonimizaram

Lithothamnion superpositum ao redescreverem a espécie L. crispatum, no entanto,

tal sinonimização ocorreu após a publicação do trabalho de Wynne (2011). Neste

trabalho optou-se pela utilização do nome referido por Wynne.

Distribuição: RN, BA, ES, SP, SC.

Citação para o litoral da Bahia: Bahia (2010).

Material examinado: Brasil, Bahia, Camaçari, estação C3, Cetrel 02.11

(ALCB 100568).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

128

Figura 23: Lithothamnion superpositum. (A) habito geral; (B) células epiteliais em vista

superficial; (C) conceptáculos multiporados com detalhe das depressões dos poros e com

células em rosetas (setas); (D) câmara do conceptáculo repleta de cristais de sais; (E)

corte transversal do talo, evidenciando fusões célulares (setas).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

129

18%

34%

37%

11%

Incrustante Grumosa Verrucosa Fruticosa

Figura 24: Representação gráfica da porcentagem de ocorrência das formas de

crescimento dos rodolitos.

5.2.2. FORMA DE CRESCIMENTO DOS RODOLITOS

Baseando-se no guia de Farr et al. (2009) foram identificadas 4 (quatro)

formas de crescimento das algas calcárias não geniculadas: verrucosa (warty) que

foi a forma de crescimento de 37% dos rodolitos analisados, grumosa (lumpy) 34%,

incrustante (encrusting) 18% e fruticosa (fruticose) 11% (Figura 24).

5.2.3. MORFOLOGIA DOS RODOLITOS

A morfologia predominante dos rodolitos foi a forma esférica, que

correspondeu a 47% do total analisado, enquanto que as formas cilíndricas e

laminares corresponderam 25% e 21% respectivamente, enquanto que a forma

discóide correspondeu a apenas 7% do total (Figura 25).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

130

Na estação seca, a morfologia de crescimento esférica foi a mais abundante

na maioria dos pontos de coleta, com exceção do ponto E5, que apresentou a

morfologia de crescimento cilíndrica como mais abundante (Figura 26; Figura 27).

47%

7%

21%

25%

ESFÉRICO DISCÓIDE LAMINAR CILINDRÍCO

Figura 25: Representação gráfica da porcentagem de ocorrência das morfologias dos

rodolitos durante o período do estudo

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

131

Figura 26: Representação gráfica das formas de crescimento dos rodolitos encontrados

nos pontos de coleta durante a estação seca. (A) ponto A4; (B) ponto C3; (C) ponto C4;

(D) ponto C5; (E) ponto D3; (F) ponto D4; (G) ponto D5; (H) ponto E3; (I): ponto E4; (J)

ponto E5.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

132

0

10

20

30

40

50

60

A4 C3 C4 C5 D3 D4 D5 E3 E4 E5

ESFÉRICO DISCÓIDE LAMINAR CILINDRÍCO

Durante a estação chuvosa, a forma esférica foi a morfologia de crescimento

mais abundante em todos os pontos de coleta, com exceção do ponto E5, cuja

morfologia de crescimento predominante foi a forma cilíndrica (Figura 28; Figura 29).

Figura 27: Representação gráfica da ocorrência das diferentes formas de crescimento

dos rodolitos nos pontos de coleta, durante a estação seca.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

133

Figura 28: Representação gráfica das formas de crescimento dos rodolitos encontrados

nos pontos de coleta durante a estação chuvosa. (A) ponto A4; (B) ponto C3; (C) ponto

C4; (D) ponto C5; (E) ponto D3; (F) ponto D4; (G) ponto D5; (H) ponto E3; (I): ponto E4;

(J) ponto E5.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

134

0

10

20

30

40

50

60

70

A4 C3 C4 C5 D3 D4 D5 E3 E4 E5

ESFÉRICO DISCÓIDE LAMINAR CILINDRÍCO

A morfologia de crescimento discóide foi a menos abundante em todos os

pontos de coleta tanto durante a estação seca quanto durante a estação chuvosa.

5.2.4. DIMENSÕES DOS RODOLITOS

Durante a estação seca, o ponto D5 apresentou os rodolitos com maior

dimensão média, enquanto que o ponto E5 concentrou os rodolitos de menor

dimensão média; durante a estação chuvosa os rodolitos de maior diâmetro médio

foram encontrados no ponto A4, e os rodolitos de menor diâmetro médio ficaram

concentrados no ponto E5 (Figura 30).

Figura 29: Representação gráfica da ocorrência das diferentes formas de

crescimento dos rodolitos nos pontos de coleta, durante a estação chuvosa.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

135

Figura 31: Representação gráfica da média das dimensões (cm) dos rodolitos

encontrados em cada ponto de coleta durante o período de estudo.

A4 C3 C4 C5 D3 D4 D5 E3 E4 E5

D. médio 1,73 1,50 1,62 1,60 1,60 1,56 1,70 1,58 1,55 1,15

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

Dim

en

sõe

s (c

m)

Média das dimensões dos rodolitos

Durante o período de estudo os pontos A4 e D5 apresentaram o maior

número de rodolito com medidas maiores, enquanto que o maior número de rodolitos

com medidas menores foi encontrado no ponto E5 (Figura 31).

Figura 30: Representação gráfica da dimensão média dos rodolitos (cm) encontrados em

cada ponto de coleta, durante a estação seca e a estação chuvosa.

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

A4 C3 C4 C5 D3 D4 D5 E3 E4 E5

D. med. Seca 1,70 1,59 1,29 1,65 1,61 1,56 1,80 1,67 1,54 1,22

D. med Chuvosa 1,77 1,41 1,77 1,54 1,60 1,56 1,48 1,49 1,56 1,07

Dim

en

são

dia

(cm

)

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

136

5.2.5. BIOVOLUME DOS RODOLITOS

O volume dos rodolitos variou de 1–15 ml, sendo que os de maior volume

médio foram encontrados no ponto A4, enquanto que os de menor volume médio

foram encontrados no ponto E5, tanto durante a estação seca quanto durante a

chuvosa (Tabela 3). Na estação seca foram encontrados rodolitos com volume

médio maiores do que os encontrados durante a estação chuvosa.

Tabela 3 – Volumes mínimos e máximos aferidos dos rodolitos encontrados na área de estudo durante a estação chuvosa e seca. Legenda: (V. min.) Volume mínimo; (V. máx.) Volume máximo; (V. med.) Volume médio.

Estação chuvosa Estação seca

V. min. (ml)

V. máx. (ml)

V. med. (ml)

V. min. (ml)

V. máx. (ml)

V. med. (ml)

A4 1 12 2,7 1 15 3,1

C3 1 3 1,2 1 5 1,6

C4 1 8 2,6 1 8 3,0

C5 1 6 1,8 1 7 2,1

D3 1 6 1,8 1 8 2,0

D4 1 6 1,8 1 7 2,0

D5 1 4 1,4 1 5 1,8

E3 1 4 1,4 1 5 1,8

E4 1 4 1,7 1 4 1,6

E5 1 2 1,1 1 3 1,2

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

137

Figura 32: Representação gráfica da biomassa seca total (g/m²) encontrada na área de

coleta.

27,896 g/m²87%

4,119 g/m²13%

Estação chuvosa

Estação seca

5.3. PARÂMETROS QUALITATIVOS DA COMUNIDADE FITOBENTÔNICA

5.3.1. BIOMASSA SECA

A biomassa seca total encontrada durante o período de estudo foi de 32 g/m²,

sendo que destas, 27,8 g/m² (87,13%) foram obtidas durante a estação seca e 4,1

g/m² (12,87%) durante a estação chuvosa (Figura 32).

Do total de biomassa encontrada na área de estudo, 10,4 g/m² perteceram a

divisão Chlorophyta, 13,4 g/m² perteceram a divisão Heterokontophyta e 8,2 g/m² a

divisão Rhodophyta, excetuando-se destes cálculos as algas calcárias incrustrantes

(Figura 33).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

138

Figura 33: Representação gráfica da biomassa seca total (g/m²) encontrada por divisão

taxonômica durante as estações de coleta.

Sub1 17,018

Sub2 9,025

Sub3 4,208

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Chlorophyta Heterokontophyta Rhodophyta

Estação chuvosa 2,083 0,219 1,816

Estação seca 8,342 13,156 6,399

0

2

4

6

8

10

12

14

16

A subárea sub1 foi a que apresentou os maiores valores de biomassa, sendo

responsável por mais de 56% de toda a biomassa encontrada durante o período do

estudo, enquanto que a subárea sub2 contribuiu com aproximadamente com 30% e

a subárea sub3 com 14% (Figura 34).

Figura 34: Representação gráfica da biomassa seca total (g/m²) encontrada por subárea

amostral.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

139

Sub1 Sub2 Sub3

Chlorophyta 6,41 1,51 1,467

Heterokontophyta 8,105 3,394 1,323

Rhodophyta 2,503 4,121 1,418

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

As divisões Chlorophyta e Heterokontophyta apresentaram seus maiores

valores de biomassa na subárea amostral sub1, enquanto que a divisão Rhodophyta

apresentou o seu pico de biomassa na subárea sub2 (Figura 35).

Dentro do grupo das clorófitas, Halimeda gracilis contribuiu com 4,7 g/m²,

sendo responsável por 45% de toda a biomassa de clorofíceas durante o período de

estudo. Dictyopteris jolyana contribuiu com 3,9 g/m², sendo responsável por 29% de

toda a biomassa de feófitas durante o período de estudo. Dentro do grupo das

rodoficeas, Heterodasya mucronata contribuiu com 1,4 g/m², sendo responsável por

17% de toda a biomassa de rodoficeas durante o período de estudo (Tabela 4).

Os pontos C4 e C5, integrantes da subárea sub1, foram os que contribuíram

com a maior biomassa durante o período de estudo, com repectivamente 7,3 g/m² e

6,5 g/m², o que representa 23% e 20% de toda a biomassa total. Os pontos E5 e E3,

integrantes da subárea sub3, foram os pontos com menor biomassa, cada um com

respectivamente 1,3 g/m² e 1,1 g/m², o que corresponde a 4% e 3% da biomassa

total.

A subárea sub1 concentrou o maior volume total de biomassa por ponto de

coleta, sendo coletado no ponto C4 47% de toda a biomassa total de clorofíceas,

enquanto que no ponto C5 foram coletados 36% da biomassa total de feófitas. As

Figura 35: Representação gráfica da biomassa seca total (g/m²) de cada divisão

taxonômica por subárea amostral.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

140

Tabela 4 – Biomassa das espécies encontradas na área estudada.

Divisão Chlorophyta Biomassa (g/m²)

Halimeda gracilis 4,727

Caulerpa pusilla 3,923

Caulerpa prolifera 1,002

Chamaedoris peniculum 0,429

Udotea cyathiformis 0,127

Caulerpa sertularioides 0,081

Udotea flabellum 0,055

Avrainvillea nigricans 0,041

Dasycladus vermicularis 0,022

Demais espécies 0,019

Sub total 10,425

Divisão Heterokonthophyta Biomassa (g/m²)

Dictyopteris jolyana 3,896

Colpomenia sinuosa 2,217

Padina gymnospora 0,716

Lobophora variegata 0,714

Padina sanctae-crucis 0,700

Padina boergesenii 0,489

Rosenvingea orientalis 0,247

Dictyopteris polypodioides 0,235

Hincksia onslowensis 0,139

Demais espécies 4,021

sub total 13,375

Divisão Rhodophyta Biomassa (g/m²)

Heterodasya mucronata 1,445

Haloplegma duperreyi 1,163

Spyridia filamentosa 1,116

Cryptonemia seminervis 0,189

Bryothamnion seafortii 0,108

Heterosiphonia gibbesii 0,106

Demais espécies 4,089

Sub total 8,215

Biomassa total 32,015

rodofíceas, que tiveram a maior parte de sua biomassa concentrada na subárea

sub2, tiveram apenas no ponto D5, 41% de toda a sua biomassa total.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

141

5.3.2. NÚMERO DE TÁXON POR SUBÁREA AMOSTRAL

Dentro das três subáreas amostrais, foram identificados 61 táxons, sendo 15

clorofíceas, 14 feofíceas e 32 rodofíceas (Tabela 5), sendo registrados 20 táxons

durante a estação chuvosa e 55 durante a estação seca (Figura 36).

Com relação ao número total de ocorrência dos táxons por subárea amostral,

a diferença entre as áreas foi discreta, sendo a subárea sub2 a que apresentou o

maior número de táxons (36), e as subáreas sub1 e sub3 apresentaram,

respectivamente, 34 e 31 táxons (Figura 37). A divisão Rhodophyta apresentou um

maior número de ocorrências em todas as subáreas amostrais, enquanto que a

divisão Chlorophyta apresentou o menor número de ocorrência nas subáreas sub2 e

sub3, e a divisão Heterokontophyta possuiu o menor número de ocorrências da

subárea sub1.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

142

Tabela 5 – Taxons encontrados na área de estudo nas três subáreas de

amostragens, tanto na estação seca quanto na chuvosa. (+) = presença; (-) =

ausência.

CHLOROPHYTA

Táxon / estação seca chuvosa seca chuvosa seca chuvosa

Caulerpa mexicana - + + - - +

Caulerpa prolifera + - + - - -

Caulerpa pusilla + - - - - -

Caulerpa sertularioides - - - - + -

Caulerpa verticillata - - + - - -

Chamaedoris peniculum - - + - - -

Cladophora ordinata - + - - - -

Dasycladus vermicularis + + - - + -

Halimeda cuneata - + - - - -

Halimeda discoidea - + - - + -

Halimeda gracilis + + + + + +

Neomeris annulata - - - - + -

Udotea cyathiformis + - - - + -

Udotea dixonii - + - + - +

Udotea flabellum + - + - - -

sub1 sub2 sub3

HETEROKONTOPHYTA

Táxon / estação seca chuvosa seca chuvosa seca chuvosa

Canistrocarpus cervicornis + - - - + -

Chnoospora minima - - - - + -

Colpomenia sinuosa + - + - + -

Dictyopteris delicatula + + - + - +

Dictyopteris jolyana + + + - + -

Dictyopteris justii - - - - + -

Dictyopteris polypodioides + + + - - -

Dictyota mertensii - - + - - -

Hincksia onslowensis + - + - + -

Lobophora variegata + + + - + +

Padina boergesenii - - + - - -

Padina gymnospora + - + - - -

Padina sanctae-crucis + - + - + -

Rosenvingea orientalis + - + + - -

sub1 sub2 sub3

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

143

Tabela 5 – (continuação)

RHODOPHYTA

Táxon / estação seca chuvosa seca chuvosa seca chuvosa

Agardhiella ramosissima - - - - + -

Amansia multifida - - - - + -

Amphiroa rigida - - + - - -

Botryocladia occidentalis - - - - + -

Bryothamnion seafortii - + + - - -

Ceramium codii - - + - - -

Ceramium luetzelburgii - - + - - -

Claudea elegans + - + - + -

Cottoniella filamentosa - - + - - -

Cryptonemia crenulata - - + - - -

Cryptonemia seminervis - + + + - -

Dictyurus occidentalis + + + - - -

Digenea simplex - - + - - -

Dotyophycus pacificum - - - - + -

Gracilaria cylindrica - - + - - -

Griffithsia globulifera - - - - + -

Haloplegma duperreyi + + + + + +

Halymenia elongata + - - - - -

Halymenia floresii - - - - + -

Heterodasya mucronata + + + - + +

Heterosiphonia gibbesii + - + - - -

Jania adhaerens - - - - + -

Jania subulata + + - - - -

Lejolisia mediterranea - - + - - -

Leptofauchea brasiliensis - + - - + -

Meristotheca gelidium + - - - - -

Polysiphonia subtilissima + - + - + -

Spyridia filamentosa + - + + - +

Tricleocarpa fragilis - - - - + -

Wrightiella tumanowiczii - - + - - -

sub1 sub2 sub3

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

144

Est. seca Est. chuv.

Cholorophyta 11 7

Heterokontophyta 14 5

Rhodophyta 30 8

0

5

10

15

20

25

30

35N

úm

ero

de

xo

ns

sub1 sub2 sub3

Chlorophyta 11 7 8

Heterokontophyta 10 11 9

Rhodophyta 13 18 14

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

me

ro d

e t

áx

on

s

Figura 36: Representação gráfica do número total de táxons de cada divisão taxonômica

em cada período de coleta.

Figura 37: Representação gráfica do número total de ocorrência por divisão taxonômica

em cada subárea amostral.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

145

sub1 sub2 sub3

Est. seca 26 34 27

Est. chuv. 18 7 9

0

5

10

15

20

25

30

35

40

mero

de t

áxo

ns

A comparação entre as estações seca e chuvosa, permitiu observar que há

uma predominância de ocorrência de táxons durante a estação seca, sendo que

durante esse período foi registrado aproximadamente 72% das ocorrências de todo

o período de estudo (Figura 38). A subárea sub2 apresentou os maiores e menores

números de ocorrência (34 e 7 respectivamente) de táxons dentre todas as subáreas

amostrais.

5.3.3. ÍNDICE DE DIVERSIDADE DE SHANNON (H’) E EQUITABILIDADE DE PIELOU (J)

O índice de diversidade de Shannon (H’), e de diversidade de Pielou (J), foi

calculado atraves das medidas de biomassas encontradas nas subáreas amostrais

durante os dois períodos de coleta.

Os maiores valores relacionados aos índices de diversidade de Shannon (H’)

e diversidade de Pielou, foram observados durante a estação seca, sendo

encontrada uma diferença significativa entre a estação seca e a estação chuvosa,

contudo, a diferença entre as subáreas durante as estações de coleta, não foi

significativa (Tabela 6).

Figura 38: Representação gráfica do número total de ocorrências de espécies em cada

estação de coleta

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

146

sub1 Est. seca sub1 Est. chuv. sub2 Est. seca sub2 Est. chuv. sub3 Est. seca sub3 Est. chuv.

sub1 Est. seca

sub1 Est. chuv. 45,28301887

sub2 Est. seca 61,11111111 38,0952381

sub2 Est. chuv. 35 45,16129032 28

sub3 Est. seca 56,25 36,36363636 40,54054054 19,04761905

sub3 Est. chuv. 37,20930233 52,94117647 30,18867925 66,66666667 26,66666667

A subárea sub2 apresentou o maior número de espécies, e os maiores

valores de equitabilidade e diversidade de Shannon durante a estação seca, sendo

também a responsável pelos menores valores durante a estação chuvosa. A

subárea sub1 apresentou o menor número de espécies durante a estação seca,

contudo seus valores de equitatividade e de diversidade de Shannon foram maiores

que os apresentados pela subárea sub3. Durante a estação chuvosa foi na subárea

sub1 que se obtiveram os maiores valores de diversidade de Shannon e de

equitabilidade, bem como o maior número de espécies.

5.3.4. SIMILARIDADE DE BRAY CURTIS

O cálculo de similaridade foi feito baseado nos dados de composição

específica de cada subárea tanto durante a estação seca quanto durante a estação

chuvosa.

O menor valor de similaridade foi encontrado entre a subárea sub2 durante a

estação chuvosa e a subárea sub3 durante a estação seca (19,05), enquanto que o

maior valor de similaridade foi encontrado entre as subáreas sub2 e sub3 durante a

estação chuvosa (66,67) (Tabela 7).

Tabela 7: Percentual de similaridade entre as subáreas na estação seca e na

estação chuvosa

Sub1 - seca Sub2 - seca Sub3 - seca Sub1 - chuv. Sub2 - chuv. Sub3 - chuv.

Num. Espécies 31 41 33 23 9 11

Shannon (H') 2,297 2,61 2,211 0,8074 0,3875 0,6686

Equitabilidade (J) 0,6689 0,7029 0,6324 0,2575 0,1763 0,2788

Tabela 6: Valores do índice de diversidade de Shannon (H’) e equitabilidade de

Pielou (J) segundo os valores de biomassa.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

147

O dendrograma gerado a partir destes dados evidenciou a formação de dois

grandes agrupamentos definidos pela estação chuvosa (49%) e pela estação seca

(48,4%), sendo que durante a estação chuvosa a similaridade entre a subárea sub2

e sub3 chega a 66,6%, enquanto que durante a estação seca a similaridade entre as

subáreas sub1 e sub2 chega a 61,11% (Figura 39).

Figura 39: Dendrograma gerado a partir da análise dos dados de similaridade. (1)

grupamento das subáreas durante a estação chuvosa. (2) grupamento das subáreas

durante a estação seca. (3) grupamento com as subáreas mais similares dentro da

estação seca. (4) grupamento com as subáreas mais similares dentro da estação

chuvosa.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

148

5.3.5. SEDIMENTOLOGIA

O sedimento coletado na área estudada exibiu granulometria principal de

areia durante a estação seca e de cascalho durante a estação chuvosa (Figura 40).

Durante a estação seca, apenas os pontos de coleta C3, D5 e E4

apresentaram cascalho como elemento principal de sua granulometria (Figura 41).

Durante a estação chuvosa, somente os pontos de coleta D4 e D5 apresentaram

areia como elemento principal de sua granulometria, enquanto que os pontos E3 e

E4 apresentaram uma composição próxima da igualdade entre as porções de areia e

casacalho (Figura 42).

Baseando-se nos dados sedimentológicos obtidos, a composição do

sedimento que cobre o fundo oceânico da área estudada, pode ser classificada

como areno-cascalhoso biodetrico durante a estação seca, e cascalho-arenoso

biodetríco durante a estação chuvosa.

Figura 40: Representação gráfica da composição granulométrica da área estudada.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estação seca Estação chuvosa

Cascalho Areia Lama

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

149

Figura 42: Representação gráfica da composição granulométrica de cada ponto de

coleta durante a estação chuvosa

A4 C3 C4 C5 D3 D4 D5 E3 E4 E5

Lama 0,2 0,2 0,1 0,3 0 0,7 1 0 0,3 0,1

Areia 90,8 45,9 54,7 34,7 62,9 51,2 90 84,1 37,3 66,2

Cascalho 9 53,8 45,2 65 37 48,1 9 15,8 62,4 33,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

A4 C3 C4 C5 D3 D4 D5 E3 E4 E5

Lama 0 0,1 0,4 0,3 0,1 0,1 0,1 0,3 0,1 0,4

Areia 46,6 38,3 22,7 12,2 19,5 64 59,4 48,3 32,9 48,9

Cascalho 53,4 61,7 77 87,6 80,4 36 40,5 51,4 67 50,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Figura 41: Representação gráfica da composição granulométrica de cada ponto de

coleta durante a estação seca

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

150

A fração areia fina apresentou a composição sedimentológica composta

principalmente por biodetritos durante a estação seca e quartzo durante a estação

chuvosa (Figura 43).

A fração areia apresentou a composição sedimentológica composta

principalmente por algas calcárias tanto durante a estação seca quanto durante a

estação chuvosa (Figura 44).

Figura 43: Representação gráfica da composição sedimentológica da fração lama na área

de estudo.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Seca Chuv.

Quartzo

Biodetritos

Minerais pesados

Figura 44: Representação gráfica da composição sedimentológica da fração areia na

área de estudo.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Seca Chuv.

Quartzo

Equinoderma

Briozoário

Foraminifero

Halimeda

Molusco

Algas calcárias

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

151

A fração cascalho apresentou a composição sedimentológica composta

principalmente por algas calcárias tanto durante a estação seca quanto durante a

estação chuvosa (Figura 45).

91%

92%

93%

94%

95%

96%

97%

98%

99%

100%

Seca Chuv.

Quartzo

Halimeda

Molusco

Algas calcárias

Figura 45: Representação gráfica da composição sedimentológica da fração cascalho na

área de estudo.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

152

6. DISCUSSÃO

A flora fitobentônica encontrada na área de estudo foi composta por 66 táxons

infragenéricos, sendo 17 táxons de clorofíceas, 14 de feofíceas e 35 de rodofíceas, o

que corrobora com a informação de que Rhodophyta é a divisão de macroalgas mais

abundante em águas marinhas tropicais (Oliveira–Filho, 1981).

A maior ocorrência de Rhodophyta sobre Chlorophyta e Heterokontophyta –

Phaephyceae têm se configurado como um padrão que vêm sendo observado por

todo litoral brasileiro, desde a região norte-nordeste (Pereira, 1974; Pereira, 1977;

Pereira et al., 1981; Eston et al. 1986; Ferreira et al., 1988; Jansen et al., 1993;

Paula et al., 2003; Silva, 2006; Marins et al., 2008; Burgos et al., 2009; Riul et al.

2009; Amado–Filho et al. 2010; Silva, 2010 e Burgos, 2011) até a região sul –

sudeste (Horta, 2000; Oliveira, 2002; Figueredo et al., 2004; Amado-Filho et al.,

2006; Pascelli, 2009; Reis, 2009; Rocha-Jorge, 2010; Machado et al., 2011;

Pacheco, 2011).

Riul et al. (2009), no estado da Paraíba, Pascelli (2009), no estado de Santa

Catarina, e Pacheco (2011), no estado do Espírito Santo, ao realizarem estudos

específicos sobre a comunidade fitobentônica associada a bancos de rodolitos,

observaram respectivamente 67, 45 e 138 táxons de macroalgas. Riul et al. (2009),

ao estudar a comunidade fitobentônica da costa da Paraíba, identificaram 14 táxons

de clorófitas (22%), 13 de feófitas (20%) e 37 de rodófitas (58%). Pascelli (2009)

encontrou na reserva biológica marinha do Arvoredo um total de 12 táxons de

clorofícias (27%), 2 feofíceas (4%) e 31 rodofíceas (69%), enquanto que Pacheco

(2011), ao estudar o infralitoral do Espírito Santo observou 16 clorófitas (12%), 15

feófitas (11%) e 107 rodófitas (78%).

Marins et al. (2008), ao realizar estudos sobre as macroalgas marinhas em

formações recifais na região do infralitoral da Baía de Todos os Santos, encontraram

31 táxons de Chlorophyta (22%), 27 de Heterokontophyta – Phaeophyta (19%) e 83

de Rhodophyta (59%). Os números de ocorrências desse estudo, apesar de maiores

dos que encontrados no presente estudo, assemelham-se na relação de

porcentagem de ocorrência dos táxons (Chlorophyta - 26%, Heterokontophyta –

Phaeophyta - 21% e Rhodophyta - 53%).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

153

As ordens Bryopsiales (Chlorophyta) Dictyotales (Heterokontophyta) e

Ceramiales (Rhodophyta) foram as que apresentaram os maiores números de

táxons identificados, caracteristica esta que também foi observada nos trabalhos de

Horta (2000), Silva (2006), Lucena et al. (2007), Cocentino (2009), Silva (2010),

Burgos (2011), Machado (2011), Pacheco (2011). Tal informação corrobora os

dados obtidos por Martins et al. (2008) para a região sublitorânea da Baía de Todos

os Santos.

Durante a estação seca foram encontrados 55 táxons na área estudada,

enquanto que na estação chuvosa foram registrados 20 táxons, um decréscimo de

63,6% entre as estações, o que evidencia um padrão de sazonalidade onde a

estação seca é mais diversificada que a estação chuvosa. Marins et al. (2008), ao

estudarem a região sublitorânea da Baía de Todos os Santos, encontraram valores

que variaram entre 2,8% – 35% entre as estações seca e chuvosa; Pascelli (2009)

encontrou valores que variaram entre 50% – 65,5% entre as estações seca e

chuvosa, para a comunidade fitobêntica do banco de nódulos calcários da reserva

biológica marinha do Arvoredo; Silva (2010) ao estudar a comunidade fitobentonica

nos recifes e ambientes adjacentes de Maracajaú, observou valores que

decresceram entre 8,5% - 22,8% entre as estações seca e chuvosa.

Foram observadas também diferenças nos valores de biomassa entre as

estações seca e chuvosa, sendo que a estação seca possuiu uma maior

concentração de biomassa do que a observada na estação chuvosa. Do total de

biomassa observado durante o estudo, 87% foi oriunda da estação seca. Amado–

Filho (2006), ao analisar o infralitoral do parque marinho de Laje de Santos no

estado de São Paulo, também encontrou valores maiores de biomassa durante a

estação seca, sendo esta responsável por 56% de toda a biomassa encontrada;

Barbosa et al. (2008), encontraram para a região intramareal da praia de Jacaraípe

no Espírito Santo, aproximadamente 63% de toda a biomassa durante a estação

seca; e Amado–Filho et al. (2010), que ao estudar as algas marinhas encontradas

em um banco de rodolitos no Espirito Santo, encontraram uma variação de

aproximadamente 58% entre as duas estações. No entanto, Marins et al. (2008),

para o infralitoral da Baía de Todos os Santos na Bahia, encontraram valores de

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

154

biomassa maiores durante a estação chuvosa, sendo esta responsável por cerca de

51% da biomassa total encontrada na área de estudo.

Os bancos de rodolitos se configuram como ambientes instáveis uma vez

que, a força do movimento das correntes marítimas possuem a capacidade de se

movimentar livremente, gerando distúrbios que podem, entre outras coisas,

desprender os fitobentos associados aos bancos, promovendo assim condições para

o estabelecimento de novas espécies alterando a composição fitobentônica do

mesmo (Steneck, 1986; Marrack, 1999; Hinojosa-Arango et al., 2009). Vera et al.

(2002) e Amado-Filho et al. (2007) afirmam que durante o inverno a freqüência de

distubios típicos que ocorrem em alguns pontos da costa do Brasil são mais

freqüentes do que a freqüência desses distúrbios no verão, fator esse que corrobora

com a informação da queda na biomassa e da freqüência de táxons durante a

estação chuvosa, devido ao aumento dos disturbios. Na área estudada o aumento

dos distúrbios associado com a alteração da composição do sedimento do fundo

oceânico, pode estar entre os fatores responsáveis pela diferenciação da flora

fitobentônica entre as estações seca e chuvosa.

Os resultados obtidos pelos valores do índice de diversidade de Shannon (H’)

e equitabilidade de Pielou (J) evidenciaram uma grande distinção entre a estação

seca e a estação chuvosa, o que corrobora a existência de um padrão de

sazonalidade na área estudada, uma vez que os pontos de coleta apresentaram

características que lhes assemelharam mais durante uma mesma estação (seca ou

chuvosa) do que entre as estações (seca-chuvosa). O dendrogama gerado

demonstra a sazonalidade existente no local, ao agrupar as subáreas amostrais de

acordo com o período em que foi realizada a coleta, sendo que as subáreas

coletadas durante a estação chuvosa apresentaram 49% de similaridade, e as

subáreas coletadas durante a estação seca 48% de similaridade.

Outro fator que influencia na variação dos valores de biomassa e de número

de táxons entre os períodos de coleta, é a forma de crescimento bem como a

morfologia dos rodolitos. Tais características podem variar de acordo com as

condições ambientais e biológicas sob as quais eles se desenvolvem e de acordo

com as espécies que o compõem, devido a isso, esses organismos são altamente

variáveis morfologicamente, o que reduz a importância dessas características para a

sua identificação taxonômica (Woelkerling et al. 1993; Foster 2001). A morfologia do

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

155

rodolito pode alterar a sua capacidade de utilização como substrato para

desenvolvimento de macroalgas fitobentônicas, bem como a composição das

macroalgas que se desenvolvem sobre elas, o que possibilita uma grande variação

na composição das macroalgas que se associam ao banco de rodolitos entre

períodos distintos.

Estudos como o de Bosellini & Ginsburg (1971), Bosence (1976), Prager &

Ginsburg (1989) e Bosence (1991) sugerem que a forma apresentada por um

rodolito é passível de modificação, mediante a alteração da freqüência das rotações

causadas pela movimentação da água, sendo dessa forma, plenamente possível a

alternância do formato do rodolito a depender das condições ambientais a que estão

submetidos.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

156

7. CONCLUSÕES

Foram encontrados 66 táxons de algas marinhas associadas aos

rodolitos, sendo 17 pertencem à Divisão Chlorophyta, 14 à Divisão

Heterokontophyta e 35 à Divisão Rhodophyta.

A ordem Bryopsiales foi a mais representativa dentro da Divisão

Chlorophyta; Dictyotales foi a mais representativa dentro da Divisão

Heterokontophyta – Classe Phaeophyceae; e Ceramiales a mais

representativa dentro da Divisão Rhodophyta.

A composição da flora fitobentônica encontrada na área estudada foi

predominantemente tropical.

Houve uma forte variação sazonal na área estudada, sendo que a

estação seca se apresentou mais rica e mais diversa que a estação

chuvosa.

Com relação ao número de táxons encontrados, a ocorrência durante a

estação seca foi 2,7 vezes maior que a que foi obtida durante a

estação chuvosa.

A Divisão Heterokontophyta – Classe Phaeophyceae foi a que

apresentou a maior variação de ocorrência entre as estações seca e

chuvosa.

Grande parte da biomassa encontrada no local se concentra durante a

estação seca, sendo essa a responsável, neste ano, por 87% da

biomassa seca anual obtida no local de estudo.

Durante a estação seca, a Divisão Heterokontophyta – Classe

Phaeophyceae foi a principal responsável pela biomassa encontrada.

Durante a estação chuvosa, a Divisão Chlorophyta foi a principal

responsável pela biomassa encontrada.

Foram identificadas 4 (quatro) formas de crescimento das algas

calcárias não geniculadas: verrucosa (warty), grumosa (lumpy),

incrustante (encrusting) e fruticosa (fruticose).

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

157

A forma de crescimento verrucosa (warty) e grumosa (lumpy),

respresentaram mais de 70% da forma de crescimento dos rodolitos

encontrados.

Foram identificadas 4 (quatro) tipos de morfologias dos rodolitos:

esférica, cilíndrica e laminar e discóide.

A morfologia predominante dos rodolitos foi a forma esférica, que

correspondeu a 47% do total analisado, enquanto que a forma discóide

correspondeu a apenas 7% do total.

Foi observada uma maior média de dimensões dos rodolitos durante a

estação seca.

O Biovolume dos rodolitos foi maior durante a estação seca, contudo

as médias dos valores não apresentaram variação estatística

significante.

Os valores de dimensão média dos rodolitos, volume e forma de

crescimento, não demonstraram varaiações em relação à localização

dos pontos em que foram coletados.

As espécies Lithothamnion. brasiliense e L. superpositon, são duas das

principais algas formadoras de rodolitos encontradas no local de

estudo.

A estação seca apresentou valores maiores do índice de diversidade

de Shannon (H’), e de diversidade de Pielou (J), sendo encontrada

uma diferença significativa entre a estação seca e a estação chuvosa.

O cálculo de similaridade de Bray Curtis, agrupou as subáreas

amostrais de acordo com as suas respectivas estações de coleta (seca

e chuvosa).

A sedimentologia da área estudada apresenta uma variação de

composição entre a estação seca e a chuvosa, contituindo-se

principalmente de areia durante a estação seca e de cascalho durante

a estação chuvosa.

A composição do sedimento que cobre o fundo oceânico da área

estudada pode ser classificada como areno-cascalhoso biodetrico

durante a estação seca, e cascalho-arenoso biodetríco durante a

estação chuvosa.

Alves, G.L. Fitobentos Associados a Bancos de Rodolitos do Litoral Norte da Bahia.

158

8. REFERÊNCIAS

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