greve um direito antipatico-francisco_gerson

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SINDPD/SP CSB Gérson Marques MPT/ Conal is Out/2015

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SINDPD/SP – CSB

Gérson MarquesMPT/Conalis Out/2015

DE ONDE VEM A LIBERDADE DE GREVE?

Social

Luta de classes

Equilíbrio de forças

Organização coletiva de

classes

Político

Espaços de poder

Participação do trabalhador

Emancipação operária

Econômico

Acesso ao bem estar

Conquistas econômicas

Discussões sobre a condição

laboral

Jurídico

Constituição (arts. 9º e 37)

Lei 7.783/89

Liberdades sindicais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Título II:

Direitos e Garantias Fundamentais

Capítulo I: dos direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º)

(Vida, liberdade, segurança, igualdade, direito ao trabalho...)

Capítulo II: dos Direitos Sociais (arts. 6º a 11)

(FGTS, salário, repouso, liberdade sindical, greve...)

Capítulo III: da Nacionalidade (arts. 12 e 13)

(quem é nacional, perda da nacionalidade, cargos privativos...)

Capítulo IV: dos Direitos Políticos (arts. 14 a 16)

(alistamento eleitoral, direito a voto, elegibilidade, referendo...)

Capítulo V: dos Partidos Políticos (art.17)

(organização partidária, custeio dos partidos, criação...)

DIREITO DE GREVE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 9º: É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interessesque devam por meio dele defender.

§ 1º. A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º. Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

DIREITO DE GREVE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 37:

“VII - o direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em lei específica”.

STF, Mandados de Injunção 20-4, 708 e 712.

Art. 142.

“IV – ao militar serão proibidas a sindicalização e a greve.”

A GREVE COMO DIREITO FUNDAMENTAL

Servidores Militares

(proibidos)

Servidor Público

(Lei 7.783/89)

Lei 7.783/89

(iniciativa privada)

Just

iça

do

Tra

bal

ho

Just

iça

Co

mu

m

Trabalhadores(setor privado)

Servidores militares

Servidoresceletistas

Servidoresestatutários

Greve

PREVISÃO CONSTITUCIONAL DO DIREITO DE GREVE

• Compete privativamente à União legislar sobre:

• Direito do Trabalho (inc. I)

• Exercício de profissões (inc. XVI)

Art. 22

• Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre:

• Todas as matérias de competência da União

Art. 48

• Setor privado: Art. 9º

• Setor público: Art. 37, inc. VII

• OIT: decisões do Comitê de Liberdade Sindical

Greve

A GREVE COMO DIREITO FUNDAMENTAL

Integra a pauta dos direitos sociais (CF, Título II, Capítulo II)

É importante para a dignidade dos trabalhadores

Assegura outros direitos e condições de trabalho

Garantia material dos trabalhadores

Instrumento de justiça social, na distribuição de renda

Instrumento de equilíbrio de forças entre capital e trabalho

Previsão constitucional (arts. 9º e 37, CF)

Lei 7.783/89 (Serviços essenciais)

I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;

II - assistência médica e hospitalar;

III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;

IV - funerários;

V - transporte coletivo;

VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;

VII - telecomunicações;

VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;

IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;

X - controle de tráfego aéreo;

XI - compensação bancária.

Art. 10. São considerados serviços ou atividades essenciais:

GREVE x CONFLITOS DE INTERESSES

Greve

Interesses econômicos

Interesses sociais

Interesses políticos

Interesses públicos

Interesses categoriais

Interesses particulares

OPRESSÃO DA GREVE

Direito de greve

Estado

Greve

MP

Administração Pública

Polícia

Judiciário

LIMITES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Jurídicos

• Confronto com outros direitos fundamentais

• Limites na Constituição

• Limites autorizados pela Constituição ao legislador

• Conflitos e antinomias constitucionais

• Princípio da unidade da Constituição (Constituição sistêmica)

• Relativização dos direitos fundamentais

Materiais

• Impossibilidades fáticas

• Empecilhos operacionais

• Exemplo: incapacidade econômico-financeira em sua implementação;

• dificuldades técnicas ou científicas

Circunstanciais

• Impossibilidades momentâneas

• Limites efêmeros

• Exemplo: proteção a maquinários indispensáveis ao retorno à atividade empresarial

• E as conveniências políticas, econômicas e sociais??

Liberdade de paralisação coletiva do

trabalho

Serviços inadiáveis

Segurança

Vida, sobrevivência

Saúde

Interditos proibitórios

Dissídios de abusividade

Multas elevadasMultas definidas inaudita altera

parte

Bloqueio direto na conta, antes de

qualquer execução

Destinatários das multas

Comunicação prévia

Atividades perigosas

Não fornecimento de EPI pela empresa

Paralisação imediata

Maquinário inadequado (risco)

Acidente fatal, sem providências pela

empresa

Atraso salarial

Serviços inadiáveis

Responsabilidade mútua por sua

prestação

Na greve, não se pode exigir dos trabalhadores

condições superiores às normais

Liberdade econômica e justiça social devem conviver

A greve constitui direito fundamental

Como direito social coletivo, a greve integra a pauta do mínimo existencial

O núcleo essencial da greve é a liberdade de trabalho e, portanto, de suspensão da atividade laboral

A greve não é direito absoluto nem inferior aos demais

CONCLUSÕES

LIMA, Francisco Gérson Marques de

• GREVE, um direito antipático: perspectiva humanística e crítica ao dogmatismo jurídico-econômico. Fortaleza: Premius, 2014.

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