gravidez na adolescência

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Gravidez na Adolescên cia Trabalho realizado p Ana Vasco Nº1 Carolina Antão Nº3 8ºB

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Page 1: Gravidez na adolescência

Gravidez na Adolescência

Trabalho realizado por:Ana Vasco Nº1Carolina Antão Nº3

8ºB

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Gravidez na adolescência

A adolescência implica um período de

mudanças físicas e emocionais que é considerado, por vários autores, um “momento de crise”. Não podemos descrever a adolescência como uma simples adaptação às transformações corporais, mas sim, como um importante período no Ciclo de Vida, que corresponde a diferentes mudanças, tanto a nível social e familiar como sexual.

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Gravidez desejada e gravidez indesejada

Uma gravidez indesejada na adolescência ocorre por várias razões: porque o método contraceptivo falhou ou pela má utilização do mesmo; porque não se utilizou qualquer protecção durante as relações sexuais; por falta de informação; pela existência do pensamento mágico de que “só acontece aos outros”, ou ainda, por crendices e mitos à volta das relações sexuais, como por exemplo: na primeira vez não há risco de ficar grávida ou que quando “se faz de pé” não há problema! Existem, também, gravidezes que são desejadas durante a adolescência e que são determinadas por padrões culturais ou por questões mais complexas: como por exemplo: o sentir que estando grávida se consegue o amor do namorado; a fantasia de que a gravidez lhe trará mais afecto, atenção por parte dos outros; como forma de sair de casa dos pais mais rapidamente ou até mesmo pela idealização de que o bebé lhe trará o “papel da sua vida”.

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Antes de decidir engravidar, a rapariga e o rapaz, devem pensar e falar entre si e talvez com os amigos ou com um adulto em quem confiem, na responsabilidade que é ter um filho, como um filho altera completamente a nossa vida e da quantidade de coisas de que é preciso prescindir depois de se ter um filho: sair com os amigos, idas à discoteca, direito a não fazer

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Será que estou grávida? Será que ela está

grávida? Se existiram relações sexuais desprotegidas -

pelos mais variados motivos - e a menstruação não apareceu na altura em que deveria surgir, não vale a pena entrar em pânico, mas também não adianta “fingir” que não é nada. É preciso reflectir um pouco sobre a situação e avançar para um teste de gravidez! Este pode ser comprado na farmácia e levado para fazer em casa (com a primeira urina da manhã) ou então pode ser feito na própria farmácia (levando a urina num recipiente esterilizado). Pode ainda fazer-se o teste no Centro de Saúde numa consulta de Planeamento Familiar ou num Centro de Atendimento a Jovens.

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Se deu negativo… São muitas as raparigas e rapazes que já passaram por

este tipo de experiência, sentindo certamente o mesmo pânico, os mesmos medos, tendo as mesmas dúvidas, as mesmas preocupações e partilhando a mesma esperança de que o resultado vai dar negativo e tudo “não passou de um susto” ou que “felizmente desta escapámos”! Desta vez tiveram sorte, mas é importante lembrar de que nem sempre a sorte anda connosco. Após esta experiência é importante pensarem no método contraceptivo que melhor se adapte a vocês e que não vale a pena correr riscos desnecessários. Devem marcar uma consulta de Planeamento Familiar, quer no Centro de Saúde da área de residência ou outro, dirigirem-se a um Gabinete de Apoio a Jovens ou ligar para a Sexualidade em Linha, no caso de haver alguma dúvida quanto ao método que utilizam ou para obterem contactos de Espaços de Atendimento a Jovens na área da Sexualidade.

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Deu positivo, e agora? Uma gravidez precoce não planeada implica sempre

uma tomada de decisão. Independentemente da decisão que se venha a tomar, é importante procurar o apoio de uma ou mais pessoas para que esta possa ser uma reflexão ponderada, de forma a conseguir lidar melhor com a situação. Neste momento surgem perguntas como: “o que vão dizer os meus pais?”, “como vai ser o meu futuro?” ou “será que devemos prosseguir com a gravidez?”. Qualquer que seja a vossa decisão, não deve ser fácil. Procurem ajuda falando com alguém da vossa confiança: o pai ou a mãe ou outro familiar, um professor, um amigo. Tens, também, a Sexualidade em Linha, a Linha Opções e a Linha Saúde 24 onde poderás encontrar o apoio de técnicos especializados em Saúde Sexual e Reprodutiva.

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As várias opções…

Quando confrontados com um teste positivo é natural, o(a) jovem sentir uma grande angústia, sentir-se perdido(a), não saber o que fazer, onde se dirigir, com quem falar. Quando há a tomada de consciência da situação que está a viver pode ser a altura de todas as dúvidas. O que quer, o que não quer, o que esperava ou não, o colocar tudo em causa, o “desarrumar para voltar a arrumar” todos os pensamentos e sentimentos que o(a) assaltam. Chega a hora de decidir... Perante esta situação existem várias opções: prosseguir com a gravidez e assumir a maternidade/paternidade; prosseguir com a gravidez e se esta for levada a termo, colocar o bebé em instituição oficial para adopção; ou interromper a gravidez, tendo em conta a legislação em vigor (Lei n.º 16/2007 – artigo 1º). No caso da rapariga ser menor de 16 anos, o consentimento para realizar a interrupção da gravidez é prestado pelo representante legal.

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Decidir pela IVG (Interrupção Voluntária da

Gravidez) De acordo com a legislação portuguesa, a IVG não é

punível se for efectuada por um médico ou sob sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida quando:

Constitui o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo da mulher ou para a saúde física e psíquica da mulher grávida;

Se mostra indicado para evitar perigo de morte e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, e seja realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez; 

Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável de grave doença ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez, excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;   

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A gravidez tenha sido resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas;

For realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas da gravidez.

Isto é o que a Lei n.º 16/2007 nos diz sobre a IVG. No entanto, deves reflectir sobre o que sentes relativamente ao resultado positivo do teste, qual o impacto que uma gravidez pode vir a ter na tua vida e na do teu namorado/companheiro e qual a melhor decisão a tomar neste momento. Ainda que possa parecer complicado e confuso, é possível encontrar uma solução para este problema. Como acima foi referido, com o apoio da família, do companheiro, de amigos e com a ajuda especializada dos técnicos de saúde, apesar de difícil, podes tomar uma decisão mais coerente contigo mesma, com os teus valores, de acordo com os teus projectos de vida e, sobretudo, tens a opção de tomar esta decisão de forma esclarecida e informada.

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Decidir prosseguir com a Gravidez

Depois de dada a notícia aos pais, podem surgir grandes dificuldades de relacionamento familiar porque perante o confronto com a gravidez da filha, os pais podem ser invadidos por sentimentos de desilusão, de fracasso, de culpa, de zanga e de grande frustração.

Por outro lado, a jovem pode entrar em conflito consigo própria pela necessidade de integrar a gravidez e a expectativa da maternidade, nos seus projectos e interesses pessoais. O receio das alterações no relacionamento com o seu namorado e em conseguir gerir a relação com o seu grupo de amigos também pode constituir uma grande fonte de stress na rapariga.

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Qual a forma de torna toda esta situação mais

fácil? Se a família e as pessoas mais próximas da adolescente que

engravida, forem capazes de acolher o novo facto com compreensão, harmonia e respeito, dando espaço e tempo para se reflectir e tomar decisões, a gravidez tem maior possibilidade de ser levada a termo sem grandes transtornos e até de uma forma gratificante. Os jovens que vão ser pais, deverão ser apoiados de um modo coerente, consciente e realista. O bem estar afectivo é muito importante para a jovem grávida e também para o jovem que vai ser pai, que deve ser ouvido e devem ser criadas as condições para a expressão de sentimentos em relação a si próprio, à gravidez e à alteração dos seus projectos pessoais e profissionais. É possível continuar a sair com o grupo de amigos e namorar, mas de forma diferente. A gravidez não torna os adolescentes em adultos de uma hora para a outra, mas provoca grandes mudanças no seu ciclo de vida.

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É importante a gravidez ser acompanhada por um médico, de modo a ir sendo vigiada a viabilidade da gravidez e o desenvolvimento do feto, bem como a saúde da jovem.

Este é um assunto que não deve ser subestimado, pelos pais, pelos adolescentes, ou pelos educadores e professores. O rapaz e a rapariga devem ser estimulados a pensar e a viver a sexualidade, não só como uma maneira de sentir prazer com as suas novas capacidades reprodutivas e sexuais, mas também acompanhadas de um conjunto de responsabilidades perante si e perante a sociedade.