granito- rochas ornamentais

Upload: igor-henry

Post on 02-Nov-2015

227 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Trabalho que descreve a extração, beneficiamento, e aproveitamento do granito, bem como os métodos de lavra empregados, principais estados brasileiros produtores etc.

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE- UFCGCENTRO DE TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS- CTRNUNIDADE ACADMICA DE MINERAO E GEOLOGIA- UAMGCURSO DE ENGENHARIA DE MINASDISCIPLINA: ROCHAS ORNAMENTAIS

TRABALHO DE ROCHAS ORNAMENTAIS: GRANITO

Alunos:Felipe Almeida Nery da Nbrega Mat:. 111110678 Igor Henry Cavalcante de Almeida Mat:. 111110682

Professor: Antnio Pedro F. Sousa

Campina Grande-PB, 06 de abril de 2015.GranitoNeste trabalho sero apresentadas as principais caractersticas do granito, bem como seu mercado e aplicaes, caractersticas geolgicas dos principais produtores, alm dos mtodos de lavra utilizados na extrao de rochas ornamentais em geral. Feito isso, sero apresentados as formas de beneficiamento e o aproveitamento de resduos gerados pela extrao dessa rocha.Para tal, utilizou-se, principalmente, do livro Tecnologia de rochas ornamentais: Pesquisa, Lavra e Beneficiamento, escrito por Francisco Holanda Vidal, Hlio Azevedo e Nria Castro, ao qual serviu de grande instrumento de pesquisa nessa rea.1. Introduo

1.1. Histrico das rochas ornamentais As rochas ornamentais so materiais rochosos extrados e beneficiados de modo a serem utilizados com funes de revestimento, decorao ou estruturao na rea da construo civil. Sua utilizao acompanhou a evoluo da humanidade e, devido sua durabilidade, serve de registro dessa evoluo, da cultura e dos costumes ao longo da histria [1].Na poca do Egito antigo, os egpcios usavam uma grande variedade de rochas como granitos, basaltos, travertinos, mrmores, gnaisses etc. e foram aprendendo a trabalhar com elas ao longo do tempo e transmitiram seus conhecimentos para os gregos e romanos. Estes ltimos aperfeioaram as tcnicas construtivas dos egpcios com uso de argamassas, cimento e concreto e, pela longa durao e extenso geogrfica de seu imprio, deixaram muitos registros em pedra. Deixaram, inclusive, registros escritos sobre o uso das rochas [1].O homem continuou desenvolvendo estilos arquitetnicos durante a Idade Mdia e utilizando as rochas, tendo muitos registros de construes monumentais no mundo, passando-se da arquitetura romana arquitetura bizantina, cujas principais obras so religiosas, como a Catedral de Santa Sofia (Istambul-TUR), por exemplo. A partir do Renascimento, comearam a serem desenvolvidos estilos prprios de construo em cada pas ou regio ainda tendo a rocha como elemento fundamental [1]. No entanto, a partir do sculo XIX, com o advento da revoluo industrial, a rocha passou a ser menos utilizada, graas introduo do metal e concreto nas construes. No sc. XX, a evoluo da tecnologia colaborou para a criao de chapas de pedra para revestimento, que at hoje a sua principal utilizao, concorrendo com materiais como cermica e vidro [1]. No Brasil at o sc. XX, as rochas ornamentais eram extradas em pequenas pedreiras, de modo rudimentar, em todas as regies do pas. Foi a partir da explorao dos mrmores do Esprito Santo que comeou a se desenvolver a indstria para o beneficiamento, primeiro de mrmore e depois para granito [1]. Na dcada de 1970, iniciou-se a produo de granito em Cachoeiro de Itapemirim-ES (maior produtora na poca), Nova Vencia-ES e Colatina-ES.A partir dos anos 1980, a demanda mundial pelo granito- material mais resistente e com maior diversidade cromtica que os mrmores - se intensificou e a regio de Cachoeiro de Itapemirim no possua mais jazidas de destaque dessa rocha. Deu-se, ento, a expanso das atividades de produo na regio norte do estado (Nova Vencia e Colatina) que conta com imensas reservas de granito [1].A produo experimentou um grande crescimento nos anos 1990, seguindo a tendncia mundial, o que foi facilitado pela introduo do corte atravs do fio diamantado nas pedreiras.O beneficiamento de quase toda a produo do Esprito Santo se d em Cachoeiro de Itapemirim, cujo qual o aumento da demanda internacional pelos granitos brasileiros resultou, tambm na consolidao e expanso da indstria de beneficiamento e a consequente carncia de empresas fornecedoras de equipamentos e insumos e prestadores de servios para seu parque industrial [1]. 1.2. Rochas ornamentais hojeNo Brasil, somente a partir do final da dcada de 1980 a extrao de rochas ornamentais comeou a se destacar como atividade de minerao. Hoje, esse setor considerado um dos mais importantes quando se fala em exportao, contando com mais de 400 empresas exportadoras [1].As rochas ornamentais e de revestimento abrangem os tipos litolgicos que podem ser extrados em blocos ou placas, cortados e beneficiados de diferentes formas [1]. A ABNT define, na norma NBR 15012/2013, rocha ornamental como material ptreo natural utilizado em revestimentos internos e externos, estruturas, elementos de composio arquitetnica, decorao, arte funerria e mobiliria [1].As rochas ornamentais comercializadas em forma de chapas ou ladrilhos polidos so subdivididas comercialmente em dois tipos principais: mrmores e granitos. Essa terminologia geologicamente errnea, pois para o comrcio granito qualquer rocha no calcria, capaz de receber corte e polimento e passvel de ser usado como material de revestimento (incluindo uma grande variedade de rochas gneas e metamrficas como basalto, gabro, gnaisse, granito etc.); ao passo que mrmore toda rocha carbonatada, de origem sedimentar (dolomito ou calcrio) ou metamrfica [1].Por ser utilizado como revestimento ou ornamento, este tipo de material escolhido em funo de suas caractersticas estticas, seguido das caractersticas tcnicas e da disponibilidade comercial. Diferente dos outros bens minerais, que tem suas respectivas commodities, com valor definido pelo mercado, o valor comercial das rochas ornamentais ser determinado em funo dessas caratersticas e, por isso, diferente para cada tipo de material e tambm varivel para um mesmo tipo de rocha quando sua anisotropia proporcione um aspecto visual variado sua superfcie [1].1.2.1. Caractersticas estticasEste o primeiro fator que chama a ateno para a possibilidade comercial de um material. Constituindo-se como um elemento de caracterizao de uma determinada variedade de material, usado a priori com funo ornamental e em alguns casos como elemento estrutural legtimo. Este aspecto resultado da interao de trs componentes fundamentais e ligados as suas caractersticas petrogrficas, como cor (mais importante no aspecto esttico, de modo a viabilizar o comrcio de uma rocha em detrimento de outros parmetros), textura (caracterizada pela distribuio espacial dos minerais que constituem a rocha) e granulometria (classificando-se como rochas de granulometria fina, mdia ou grossa) [1].

1.2.2. Caractersticas tcnicasAs rochas ornamentais, quando usados, esto submetidas a uma srie de esforos fsicos e solicitaes qumicas e mecnicas, por isso deve ser escolhido adequadamente, de modo a suportar e, consequentemente, no comprometer a estrutura da construo, a segurana das pessoas ou a durabilidade da obra. Para garantir isso, existem ensaios de laboratrio normatizados que simulam as condies de trabalho desses materiais de modo a calcular sua resistncia [1].1.2.3. Caractersticas comerciaisAs rochas ornamentais tm valor comercial muito significativo diante outras matrias-primas minerais. Como dito antes, seu valor varia muito entre materiais e para os mesmos materiais, inclusive, dependendo da esttica. Por exemplo, um bloco de granito pode variar de US$100-US$1500, sendo os mais baratos os materiais de cores ou aspectos menos valorizados, como os de cor cinza e os mais caros aqueles considerados exticos. Esses valores no dependem s da oferta- que pode se considerar baixa por se tratar de materiais nicos de cada regio- mas dependem mais da moda e esttica.

1.1. 1.2. 1.3.

2. Reservas no Brasil e no Mundo

2.1. Principais produtores mundiaisSegundo Montani (2013), a produo mundial estimada de rochas ornamentais, em 2012, totalizou 123,5 Mt, dentre os quais 72,25 Mt (58,5%) de rochas carbonticas (mrmores, calcrios...), 45,75 Mt (37%) de rochas silicticas (como o granito) e 5,5 Mt (4,5%) de ardsias e outras rochas xistosas. A tabela a seguir mostra o perfil histrico da produo mundial de granito [2]:Tabela 1-Produo mundial de granito [2, adaptado]AnoGranito

1.000 t%

19261759,8

19763.40019,1

19867.38534,0

199617.62537,9

199819.00037,3

200021.70036,3

200225.00037,0

200433.00040,6

200634.80037,5

200838.30036,5

201040.50036,3

201245.75037,0

Como resultado do desenvolvimento de tecnologias mais adequadas para lavra e beneficiamento de rochas duras, como granito, a participao desse tipo de rocha evoluiu de aprox. 10% em 1926, para um patamar atual de quase 40%. Um dos principais responsveis por esse crescimento foi, sem dvida, o Brasil que, a partir da dcada de 1980 colocou centenas de novos granitos no mercado internacional [1].A china foi a maior produtora em 2012, com 38 Mt. Alm disso, desde a dcada de 1990, a China a maior exportadora de rochas processadas e maior importadora de rochas brutas, seguida da ndia, com 17,5 Mt; da Turquia e o Brasil, com aprox. 9 11 Mt em 2012 [1].Em 2012, o Brasil foi o terceiro maior exportador de rochas silicticas brutas, representados pelos blocos de granito e quinto maior exportador de rochas processadas especiais, relativas, sobretudo, a chapas polidas de granito [1].1. 2. 2.1. 2.2. Reservas no BrasilDe acordo com o Anurio Brasileiro 2010, base 2009, a reserva (m3) nacional de granitos e afins, aprovados pelo DNPM esto assim definidas: Reserva medida: 22.378.347.693 m3 (82,30% da reserva medida); Reserva indicada: 12.751.080.722 m3 (68,62% da reserva indicada); Reserva inferida: 7.271.081.285 m3 (45,12% da reserva inferida); Reserva lavrvel: 4.154.545.544 m3 (56,60% da reserva lavrvel).A partir de estudos realizados para o Ministrio da Cincia e Tecnologia e Inovao em 2002 (MCTI), constatou-se a existncia de 18 aglomeraes produtivas relacionadas com o setor de rochas ornamentais e de revestimento no Brasil, envolvendo 10 estados e 80 municpios da Federao [1]. O perfil da produo brasileira de granito no ano de 2012 mostrada na tabela abaixo [3, adaptado]:Tabela 2- Perfil da produo Brasileira de granito em 2012.Tipo de rochaProduo (Mt)Participao (%)

Granito e similares4,649,5

Total estimado9,3100

Os maiores estados produtores de granito no Brasil so [1]: 1-Esprito Santo, com 3,6 Mt, 2- Minas Gerais, com 2,1 Mt; 3- Bahia, 0,75 Mt; 4-Cear, 0,63Mt; 5- Paraba, 0,45 Mt; 6-Gois, com 0,29 Mt; 7- Rio de Janeiro, com 0,2 Mt; 8- Rio Grande do Norte, 0,17 Mt; 9- Alagoas, 0,16 Mt; 10- Paran, 0,15 Mt.

3. Mercado e aplicaesEm 2006, o Brasil chegou a colocar-se como o quarto maior produtor e exportador mundial de rochas ornamentais e de revestimento, superando vrios concorrentes europeus tradicionais e se tornando notvel pela grande geodiversidade de suas matrias-primas [1].A partir de 2008, com o acontecimento da crise do mercado imobilirio dos EUA, e j em 2009, com a recesso da economia mundial, diminuram tanto a produo quanto, principalmente, as exportaes brasileiras de rochas ornamentais. Caindo de 2,5Mt em 2007 para 1,67 Mt em 2009 [1].No entanto, nesta mesma poca houve um expressivo aquecimento no mercado imobilirio brasileiro, que se tornou um grande alvo para os grandes fornecedores mundiais de revestimentos, bem como uma alternativa real para as exportaes [1]. A situao voltou a melhorar a partir de 2010, com um volume fsico comercializado de 2,24 Mt. Em 2011 houve uma pequena diminuio, com 2,19 Mt. No ano seguinte, houve um novo aumento, de 2,24 Mt, marcando uma variao positiva de 2,27% em relao a 2011. Aumento este, relacionado a rpida mudana tecnolgica no parque brasileiro de beneficiamento desses materiais, principalmente, com a aplicao dos teares multifio diamantados e com a desvalorizao do real, resultando na ampliao das margens de lucratividade e na melhoria da competitividade das empresas.Nos primeiros nove meses de 2013, as exportaes brasileiras de rochas somaram US$979,24 milhes e 2,01 Mt, quase igualando o total exportado em todo o ano anterior [1].Estima-se que os negcios brasileiros neste setor, no mercado externo e interno, incluindo servios e comercializao de equipamentos, maquinas e insumos, tenham movimentado cerca de US$4,6 bilhes em 2012. Cerca de 10.000 empresas dentre as quais pelo menos 400 exportadoras, compem sua cadeia produtiva e respondem por 120 mil empregos diretos e aproximadamente 360 mil indiretos [1], sendo as marmorarias correspondentes a 60% das empresas do setor, essencialmente formadas por micro e pequenas empresas. A partir de dados registrados para as exportaes brasileiras de 2012, a tabela abaixo apresenta o preo mdio dos produtos de granito no mercado internacional [1]:Tabela 3- Preo mdio dos principais produtos de granito exportados em 2012, adaptado de [1] Pg. 500.ProdutoPreo MdioFaixa de variao do PreoCdigos Fiscais de Referncia

Blocos de granito e similaresUS$ 600/m3US$ 300 1.500/m32516.12.00 2516.11.00

Chapas polidas de granitoUS$ 50/m2US$ 30 200/m26802.93.90 6802.23.00

As aplicaes das rochas ornamentais podem ser consideradas abrangentes, devido sua infinidade de usos e utilizaes, principalmente devido combinao de suas qualidades estruturais e estticas, podendo ser divididas em quatro grupos [1]: construo e revestimento de elementos urbanos; arquitetura e construo; arte funerria; arte e decorao.O ciclo produtivo desses produtos finais tem quatro etapas bem definidas: pesquisa mineral, extrao, beneficiamento e acabamento.

4. Caractersticas geolgicas das principais regies produtorasPara o perfeito conhecimento e estudo de uma jazida deve-se levar em considerao o contexto tectnico-estrutural da rea a ser prospectada e seu ambiente geolgico, sendo que esses fatores interferem diretamente na formao da ocorrncia a ser trabalhada, tipologia, formato e dimenses do corpo [1].Em virtude de sua maior continuidade espacial, os depsitos de granito podem ser considerados como macios isotrpicos; alm das irregularidades genticas do material, estes apresentam caractersticas espaciais muito mais constantes. Do ponto de vista morfolgico, os depsitos de granito apresentam-se com formas arredondadas, geralmente precedidas pela presena de massas subesferoidais com volume variando muito, separadas por processos fsico-qumicos, do afloramento no qual se localizavam [1].Devido tipologia dos depsitos, a extrao de blocos de granitos ornamentais, no Brasil, feita a partir de jazimentos a cu aberto, relacionados a macios rochosos ou a grandes praas de mataces. Na maioria dos casos, a lavra se inicia nos mataces expostos na superfcie, evoluindo para a lavra em macio por meio de bancadas, onde formada a pedreira propriamente dita. A altura, disposio das bancadas e profundidade das pedreiras variam em funo do condicionamento geolgico de cada jazida [1].Devido a grande diversidade geolgica do seu embasamento, o Brasil evidencia uma ampla vantagem competitiva em termos de rochas ornamentais, mais precisamente em rochas ricas em silicatos, os granitos [1].Os estados situados na Provncia da Mantiqueira (Espirito Santo, So Paulo, Rio de Janeiro, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) respondem por 58% da produo nacional de rochas ornamentais, seguidos pela Provncia So Francisco (Bahia e Minas Gerais) com 30%; ao passo que a Provncia Borborema (que engloba os estados do Cear, Rio Grande do Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoa, Sergipe e parte da Bahia) responsvel por 10%, enquanto as Provncias Tocantins (Gois e Mato Grosso do Sul), Amazonas Norte e Amazonas Sul, contemplam 2% do total da produo brasileira [1].Os granitos, de modo geral, surgiram durante o perodo Neoproterozoico (compreendida entreum bilho e 541 milhes de anos atrs) tendo-se como exemplos os granitos Tropical Fashion, Tropical Gaugan, Verde Reis Imperial, Marinace e Verde Marinace, extrados a partir de metaconglomerados, localizados em afloramentos nos estados do Rio Grande do Norte, Paraba e Bahia [1].Durante esse perodo ocorreram intensos processos de granitizao ao longo do escudo brasileiro, resultando na formao de inmeras jazidas de rochas ornamentais, representadas pelos granitos cinza e brancos (leucocrticos) do Esprito Santo (Cinza Andorinha, Cinza Ocre, Cinza Corumb e Branco Marfim). Tm-se ainda os granitos vermelhos tipo Capo Bonito, Bragana Paulista e Colorado Gacho, aflorantes na Provncia Mantiqueira (So Paulo e Rio Grande do Sul), o Red Brasil de Gois (Provncia Tocantins), alm dos Granitos Vermelho Ventura e Ipanema em Pernambuco e dos granitos Verde Meruoca, Filomena, Verde Cear e Rosa Iracema, explorados no Cear (Provncia Borborema). Alm desses, temos o granito reconhecido internacionalmente, o Granito Marrom Imperial, extrado na cidade de Bom Jardim-PE.Datadas do final do Neoproterozoico, tem-se as intruses gabro-norticas da Provncia Borborema (Casserengue-PB), que resultaram non Granito Preto So Marcos, equivalente a outros tipos similares do pas como o Preto Tijuca, na Provncia Mantiqueira.Associadas a essa fase da evoluo da nossa plataforma tm-se os corpos reconhecido internacionalmente como Azul Bahia catalogado na Bahia. Datados dessa fase, tambm, afloram os diques de riodacitos porfirticos azulados, conhecidos como Azul Sucuru, oriundos de Serra Branca e Sum, ambas no estado da Paraba.5. Mtodos de lavra A lavra das rochas ornamentais consiste em uma atividade cuja meta remover o material economicamente aproveitvel do macio rochoso ou dos mataces. O resultado da etapa de lavra o bloco de arestas aproximadamente retangulares, de dimenses variadas que procuram aproximar-se o mximo possvel daquelas que proporcionem o melhor aproveitamento do material e a maior utilizao da capacidade produtiva dos equipamentos nas etapas de beneficiamento [1].Existem vrios mtodos de lavra das rochas ornamentais, cada um com rendimento e eficincia variveis, dependendo do grau de aplicao das tecnologias mais adequadas de acordo com as condies estruturais e geolgicas, ocasionando, assim, variaes acentuadas nos custos operacionais da extrao. O fluxograma a seguir apresenta os diferentes mtodos de lavra para desmonte de blocos de rochas ornamentais [1].

Figura 1- Mtodos de lavra de blocos de rochas ornamentais.O mtodo mais utilizado no Brasil o de lavra de macio em bancadas altas combinado com o de painis verticais. A principal tecnologia de extrao o corte com fio diamantado, tanto para cortes primrios (isolamento de grandes volumes de rocha do macio), quanto para secundrios (subdiviso desses volumes em pranchas e esquadrejamento de blocos, que consiste no corte das pranchas em blocos de rocha de volumes de 8-12m3, tamanho necessrio para produzir chapas polidas no beneficiamento) [1].Alm do fio diamantado, utilizam-se para o granito: explosivos (para cortes de desmonte de estril do macio e para esquadrejamento de blocos); perfurao e insero de cunhas para cortes secundrios e esquadrejamento; e argamassa expansiva, para cortes de desmonte e alguns cortes primrios [1].A introduo do fio diamantado substituiu, e vem substituindo, tecnologias como o maarico, Jet-flame, o fio helicoidal e no permitiu a entrada de outras como o corte com gua a presso, Water-Jet, no Brasil [1].A escolha da tecnologia a ser empregada depende dos custos, disponibilidade de mo de obra e fornecedores de servios de manuteno, peas ou insumos na regio.Os principais estados produtores de rochas ornamentais esto localizados na regio sudeste e nordeste do pas: Espirito Santo, Minas Gerais, Bahia, Cear e Paraba [1]. 5.1. Lavra por desabamentoEste mtodo aplicado para casos em que a rocha se apresente sob a forma de prismas delimitados por falhas ou planos de esfoliao, dispostos em afloramentos caracterizados por altos gradientes topogrficos. A estrutura cebolar existente no macio (fraturas subparalelas que acompanham a morfologia do macio rochoso possibilita a remoo d e grandes volumes de rocha, atravs do uso de explosivos deflagrantes, sendo a plvora negra o explosivo carregado nos furos [1].O desabamento se d ao longo dos planos de fraturas existentes, com auxlio da gravidade, a partir da deflagrao com plvora negra [1].Embora sejam tomados todos os cuidados, inevitvel o desperdcio de uma considervel quantidade de rocha, pelas caractersticas geolgico-estruturais presentes no macio e pelo desabamento propriamente dito, ocasionando perdas econmica pelo baixo ndice de recuperao da lavra [1]. Existe, tambm, o aumento do custo de transporte dos rejeitos gerados, para as pilhas de disposio controlada desses volumes descartados, para liberao dos espaos, evitando no comprometer a evoluo dos trabalhos de lavra. Mas, de modo geral, as condies de segurana neste mtodo so consideradas crticas [1].5.2. Lavra de matacesEste mtodo ainda aplicado em diversos pases, principalmente nas regies que apresentam mataces de grandes dimenses, normalmente, pouco afetados por fenmenos de alterao. Os mataces so divididos em duas ou mais partes, que so tombadas para serem esquadrejadas em blocos.O uso de plvora negra se destacava h alguns anos: consistia na realizao de fogo raiado, para orientao dos gases oriundos da deflagrao da plvora, atravs da realizao de duas aberturas no interior do(s) furo(s), com intuito de se obter melhor direcionamento do corte [1]. No entanto, o uso de novas tecnologias de corte vem apresentando uma boa relao custo x benefcio.Em sua maioria, grande parte dos mataces no so aflorantes, sendo expostos somente aps a remoo do solo sobrejacente, dificultando a cubagem de reservas e a preciso da produo da lavra, acarretando num planejamento de curto prazo e um constante constrangimento na rea comercial para a empresa [1].A viabilidade econmica das operaes de lavra deste tipo reside na qualidade da rocha. Os resultados mais visveis do problema desse tipo de lavra so oriundos da baixa categorizao comercial, fortes restries qualitativas e quantitativas de suprimento, tendo dificuldade de abertura de novos mercados para exportaes. As jazidas formadas por mataces tm vida til bastante limitada, resultando ainda num grande impacto paisagstico e danos considerveis ao meio ambiente [1].5.3. Lavra seletivaAplica-se nos casos onde o macio possui, como caracterstica, a presena de diferentes famlias de fraturas, com orientaes principais ortogonais. Com isso essas fraturas podem ser aproveitadas como planos naturais de separao de pores rochosas, e com auxlio de corte complementares, obtm-se volumes prontos para a realizao das operaes de recorte e esquadrejamento [1].A diferena entre este mtodo e o de desabamento que o primeiro adota critrios para a seleo que permitem a identificao de volumes de rochas passveis de serem deslocados e transportados. Enquanto o segundo condiciona os trabalhos de confeco dos blocos no local em que se posicionam as pores rochosas aps o desmonte principal [1].Na parte de organizao dos trabalhos de explotao, o mtodo de lavra seletiva possibilita a transferncia imediata dos blocos primrios, caracterizados por suas formas irregulares, at a rea de praa destinada aos trabalhos de esquadrejamento, atravs das ps-carregadeiras sobre pneus, cujas quais so operadas de modo gil e verstil em espaos operacionais limitados.Em geral, a produtividade deste mtodo baixa, e assim, torna-se necessrio a adoo de equipamentos que possibilitem potncia, versatilidade e alta produtividade. Por fim, a configurao da pedreira apresenta-se com seus elementos bastante definidos (frentes de lavra, praas, rampas de acesso, rea de manobras, zonas de deposio de rejeitos etc.)5.4. Lavra por bancadasAqui, a mina subdividia em nveis sucessivos de lavra, que evoluem lateralmente de forma sequenciada, com altura definida em funo da geomorfologia da jazida e das caractersticas fsico-mecnicas da rocha. A configurao espacial de uma pedreira por este mtodo melhor observada quando a fase de lavra est avanada [1].5.4.1. Bancadas baixasEste mtodo consiste na extrao de blocos nas dimenses finais, diretamente do macio rochoso, sem a necessidade de recorrer a processos de subdivises sucessivas, com reduo das etapas do ciclo de produo.So aplicveis a macios homogneos com poucos defeitos com relao ao ponto de vista comercial, permitindo uma lavra com elevados nveis produtivos. No entanto, se aplicado a macios heterogneos, este mtodo se mostra pouco seletivo, aumentando sensivelmente a produo de blocos de qualidade inferior, que so descartados na forma de rejeito.Este mtodo se aplica perfeitamente em casos onde a jazida possui grande ndice de incidncia de planos de descontinuidades sub-horizontais, pouco espaados, delimitando naturalmente a altura das bancadas, tornando obrigatrio seu emprego [1].De modo geral, a configurao da mina apresenta-se com seus elementos constituintes definidos (frentes de lavra, praa para movimentao e carregamento de blocos, rampas de acesso etc.).Do ponto de vista ambiental, este mtodo oferece menor impacto visual sobre o meio ambiente, devido a uma menor superfcie exposta, alm de facilitar a recuperao da rea minerada. Entretanto, a baixa recuperao da lavra sugere a disponibilidade de grandes reas para a disposio do rejeito gerado. Bancadas baixas tambm apresentam vantagens do ponto de vista de segurana do trabalho, pois reduz a exposio ao risco de quedas, alm de permitir um maior controle da estabilidade das bancadas [1].5.4.2. Bancadas altasA evoluo lateral de cada nvel obedece a uma geometria em forma de L, formando corredores, que so subdivididos em volumes primrios de rocha de formato paralelepipdico, chamados quadrotes, que so lavrados sequencialmente, de modo que cada quadrote avance lateralmente em relao ao outro, caracterizando a geometria L [1].Os quadrotes so desdobrados em volumes secundrios, denominados de files, que por conseguinte, so tombados em um leito constitudo por terra e fragmentos de rocha, com o intuito de amortecer o impacto de queda. Aps seu tombamento, o filo passa a ser denominado de prancha, devido sua posio horizontal que assume, passando a ser esquadrejada em blocos nas dimenses comercializveis. Este mtodo permite a otimizao da produo, graas a possibilidade dos nveis evolurem lateralmente e simultaneamente, compensando qualquer deficincia qualitativa da rocha, de modo a corrigir rapidamente as oscilaes das quantidades demandadas [1].Por se tratar de um mtodo seletivo, altamente aplicvel na lavra de macios que apresentam grande heterogeneidade qualitativa, permitindo a escolha de blocos com elevado padro de qualidade [1].5.4.3. Painis verticaisAplicado em macios com elevado gradiente topogrfico e na fase inicial de abertura da mina. O avano da lavra se d de maneira ascendente, em um nico nvel, atravs do desmonte individual de painis verticais com altura varivel e cuja espessura corresponde, em geral, ao comprimento do bloco comercializvel. A extenso da rea dos painis relativamente grande e permite boa seletividade [1].Este mtodo consiste no isolamento do painel, seu tombamento e esquadrejamento em blocos. A partir da movimentao dos blocos e do rejeito gerado de cada painel esquadrejado, construdo um novo aterro com altura igual quela definida pela diferena de cota topogrfica entre as partes anterior e posterior do painel lavrado [1].O tombamento dos painis verticais ocorre atravs de uma tcnica especial, a boca de lobo, que consiste na obteno de uma cunha localizada na base do painel, que detonada, descalando e desmontando o painel [1].

5.5. Lavra subterrneaEm alguns casos a lavra subterrnea adotada para alguns tipos de materiais que, graas a utilizao de novas tecnologias, podem ter os custos semelhantes aos da lavra a cu aberto. Essa atividade realizada mediante a criao de espaos subterrneos, sales, sustentado por pilares, geralmente constitudos por material de qualidade inferior, enchimento, que no sero lavrados. A dimenso dos pilares depende da resistncia geomecnica do macio e da profundidade da frente de lavra [1].Este mtodo encontra muitas aplicaes na extrao de calcrios, mrmores e ardsias (rochas carbonticas), que apresentam uma maior facilidade de corte com as novas tecnologias.No Brasil, atualmente, no h nenhuma pedreira subterrnea em operao [1].Do ponto de vista ambiental, o impacto sobre a paisagem mnimo, no entanto deve-se atentar para problemas de estabilidade do macio com o aumento da profundidade da lavra.O mtodo de lavra mais utilizado em pedreiras subterrneas o mtodo de cmaras e pilares [1], que se caracteriza pela presena de galerias retas e paralelas.6. Tcnicas de corteAtualmente, o desenvolvimento e a inovao tecnolgica oferecem muitas opes para as operaes que integram o ciclo de produo de uma mina, permitindo, assim, definir o planejamento de lavra a melhor escolha das tecnologias mais adequadas do ponto de vista tcnico e econmico.A escolha das tecnologias de corte funo das caractersticas da jazida, no tangente a reservas, caractersticas geoestruturais da rocha, da infraestrutura local e das disponibilidades financeiras do empregador. Esses fatores contriburam para o aperfeioamento das tecnologias tradicionais (tecnologia de perfurao) e avanadas (fio diamantado), j consagradas e de largo emprego [1]. Outras so de carter inovador e merecem consideraes particulares, principalmente com jato dgua (Water-jet).As tecnologias de corte tradicionais e avanadas podem ser divididas em dois grupos: tecnologias cclicas e tecnologias de corte contnuo [1].As cclicas so aquelas em que os cortes so realizados mediante a sequncia de diversas operaes, constituindo as fases do ciclo de produo. Apresenta, grande versatilidade e poder de adaptao para situaes adversas [1]. So elas: Diviso mecnica com cunhas; Corte com perfurao e explosivo; Corte com perfurao contnua; Diviso mediante argamassa expansiva.As de corte contnuo so aquelas operaes que no h o uso predominante de perfurao. So elas: Fio diamantado; Cortador corrente; Jet flame (maarico): antes muito usada na extrao de granitos, hoje substitudo quase que totalmente por fio diamantado. Water-jet; Fio helicoidal (corte de mrmores).Nas pedreiras de granitos, a extrao feita usando tcnicas tradicionais e avanadas, como perfurao descontnua com uso de explosivo (cordel detonante imerso em gua) ou argamassa expansiva, empregados para cortes primrios e secundrios, e cunhas manuais ou hidrulicas para as operaes de recorte e esquadrejamento de blocos. Entretanto, desde 2005, a tecnologia de corte com fio diamantado comeou a ser mais utilizado no Brasil, aumentando a velocidade de corte e a vida til das prolas diamantadas, com reduo expressiva do custo por metro quadrado de rocha cortada [1]. A seguir ser apresentado alguns parmetros tcnicos comparando o desempenho do uso do fio diamantado sobre o Jet-flame.Tabela 4- Parmetros tcnicos comparativos do fio diamantado e jet flame para granitos [1].Modalidade OperacionalFio diamantadoJet-flame

Velocidade de corte (m2/h)10 301 2

Largura do corte (mm)8,0 11,5100

Desvio superficial (cm)1 5 10 30

Consumo de gua (m3/h)1,01,0

Nvel de rudo (dba)70130

O desenvolvimento dessas tecnologias resultou em que o uso do corte com fio diamantado mais barata que as outras, conforme tabela abaixo, que compara em termos de custo, as trs tecnologias mais baratas usadas hoje para o corte de granitos e rochas duras, a saber, argamassa expansiva, explosivo e fio diamantado [1].Tabela 5- Comparativo econmico e produtivo das tecnologias de corte para o granito duro [1- Pg. 192].Argamassa expansivaExplosivoFio diamantado

Custo (R$/m2)25,3122,8818,99

Prod. Corte (m2/h)1,331,337,50

Produo (m3/h)0,670,672,8

7. BeneficiamentoO beneficiamento de rochas ornamentais objetiva a transformao de blocos, extrados durante a lavra, em produtos finais ou semiacabados. Assim, pode se separar as fases de beneficiamento em primrio e secundrio. O primrio corresponde a preparao e serragem dos blocos em chapas de espessura varivel. No secundrio, as chapas so submetidas a acabamento superficial, com ou sem resinagem, podendo ser um simples desbaste, polimento, escovado, flameado etc., assim como a produo de ladrilhos e outras peas [1].O beneficiamento primrio tambm conhecido como serragem, consistindo no corte dos blocos em chapas com espessuras aproximadas as do produto acabado. Isso realizado com uso de tear de lminas de ao para granitos (tear multilmina ou convencional), talha-blocos de discos diamantados e tear de fios diamantados (multifio). O tear multifio, apesar de ter o custo de aquisio duas vezes maior que o de lminas, tem uma produtividade seis vezes maior. O multifio, alm de processar o corte muito mais rpido que o convencional, gera um resduo constitudo de p de rocha e gua, motivo pelo qual pode ser instalado na prpria pedreira, reduzindo os custos de transporte [1].No beneficiamento secundrio, ou final, so obtidos diversos produtos a serem consumidos pelas diversas categorias do setor de aplicao de rochas ornamentais. Os processos envolvidos envolvem o tratamento superficial, que representa a fase na qual as chapas brutas so polidas, apicoadas ou flameadas e transformando-se em chapas acabadas [1].8. Aproveitamento de resduosA minerao um dos setores industriais que gera maior quantidade de resduos. Na Europa, por exemplo, em 2008, 27,8% de todos os resduos gerados foram oriundos da indstria mineral, representando mais de 700 milhes de toneladas de resduos naquele ano [1].No setor de minerao, a produo de rochas ornamentais, graas as baixas taxas de aproveitamento, uma grande contribudora para a gerao desse tipo de resduos slidos. Segundo levantamentos do CETEM, em 2003, estima-se que foram geradas 109 Mt de resduos da produo de rochas ornamentais no mundo e se considerarmos o Run Out Mine (ROM) nas pedreiras de 78 Mt, teramos uma taxa de aproveitamento total de 28,8% [1]. Se utilizarmos essa lgica, em 2011, a produo mundial foi de quase 120 Mt, e a quantidade de resduos gerados pela indstria de rochas ornamentais pode ter sido de 170Mt [1].No Brasil, pode-se estimar que foram geradas 22Mt de resduos em 2012, sendo a maior parte, aprox.20Mt, constituda por resduos grossos gerados nas prprias pedreiras, como blocos no aproveitados por estarem fora do padro, fragmentos de rocha etc. E mesmo no representando um grave problema ambiental, geram um forte impacto visual e representam um desperdcio de um recurso natural, uma vez que podem ser utilizados para outras finalidades, como subprodutos por exemplo [1].Desse modo, minimizar impactos ambientais, como a minimizao da produo de resduos, e maximizar o uso dos recursos naturais no renovveis so diretrizes das sociedades modernas, j engajadas na busca do desenvolvimento sustentvel. Desse modo, no Brasil tanto a legislao ambiental quanto a Poltica Nacional de Resduos Slidos, exigem que sejam alcanadas solues tcnicas para o aproveitamento desses resduos.Diversas alternativas para a utilizao dos resduos gerados na lavra e no beneficiamento de rochas ornamentais esto sendo estudadas. Alm do aproveitamento dos subprodutos de forma direta, nas pedreiras, para elementos de construo civil, como brita por exemplo, muitos estudos buscam encontrar a viabilidade tcnica e econmica de transformar os resduos finos da serragem em insumos para setores industriais como a indstria cermica, a agricultura, o setor de polimentos, indstria cimenteira e de argamassa para a construo civil e a prpria indstria de rochas ornamentais e de revestimento (uso em mosaicos por exemplo) [1].As tcnicas a serem aplicadas no tratamento dos resduos de rochas ornamentais dependem da forma como esses resduos se dispem: se na forma de resduos slidos secos (grossos e finos) ou na forma de efluente (lama). Seu aproveitamento pode ser feito na forma direta (sem qualquer tratamento) ou por meio de algum tratamento, com intuito de melhorar suas qualidades para a aplicao industrial que se deseja. Esse tratamento realizado por meio de operaes unitrias normalmente utilizadas no beneficiamento de minrios como britagem, moagem, peneiramento, classificao e concentrao [1].Em casos do resduo se encontrar na forma de efluente, o tratamento comea com a realizao de operaes de desaguamento resultando em material slido seco e gua que pode ser recirculada.Para o caso do granito, algumas aplicaes para seus resduos so: agricultura (suprindo nutrientes do solo); pavimentao asfltica (como agregados para brita, estabilidade do pavimento e aumentar a dureza e a resistncia trao); fabricao de vidros; fabricao de concreto e argamassa (aumentando a resistncia compresso e abraso do concreto; artesanatos ou artefatos minerais (estatuetas, cinzeiros, jarros, etc.), dentre outros.

9. ConclusesA motivao das Leis, do mercado e da sociedade constitui um marco para que a indstria mineira se comprometa com a gesto ambiental e com a responsabilidade social visando as futuras geraes: proteo do meio ambiente em termos de minimizao dos impactos, contnuo melhoramento nos processos, proteo da biodiversidade e educao ambiental para a comunidade. Ultimamente as empresas de minerao vm dando prioridade gesto ambiental, desenvolvendo uma poltica com o objetivo de manter relaes harmoniosas com as comunidades e seu entorno, fazendo aquela poltica da boa vizinhana [1].O desenvolvimento sustentvel das atividades de minerao compreendendo a geologia de explorao, lavra e beneficiamento de minrios e, o cuidado intensivo com o meio ambiente, possibilitar a aprovao da comunidade e de seu entorno a esta atividade, dando a chamada licena social. preciso insistir no aperfeioamento tecnolgico continuado dos processos produtivos da lavra e serragem de blocos, na exportao de chapas e na qualificao das marmorarias brasileiras. Essas seriam formas adequadas de assegurar o desenvolvimento e a competitividade brasileira do setor de rochas ornamentais, tanto no mercado interno quanto externo.

10. Referncias

[1] Vidal, F.W. H; Azevedo, H.C. A; Castro, N.F. Tecnologia de rochas ornamentais: pesquisa, lavra e beneficiamento. Rio de Janeiro: CETEM/MCTI, 2013. Cps. 1, 2, 3,4 26-39.

[2] Montani, C.S. Repertorio Economico Mondiale. Milo-ITA: Faenza Editrice, edies de 1998-2009.

[3] Chiodi, F.C. Balano das exportaes e importaes brasileiras de Rochas Ornamentais no perodo de janeiro a setembro de 2013. Informe Abirochas, So Paulo, n.15, 2013c.2