grandes obras da engenharia portuguesa - somague.pt · uma palavra de apreço para todos os nossos...

24
nº47 Maio - 2011 Grandes Obras da Engenharia Portuguesa A Somague em Luanda

Upload: lythu

Post on 01-Dec-2018

224 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

nº47Maio - 2011

Grandes Obras daEngenharia Portuguesa

A Somague em Luanda

Page 2: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

SintraCascais Escritórios

Rua da Tapada da Quinta de Cima - Linhó

2714-555 SINTRA - PORTUGAL

Tel.: +351 21 910 40 00 Fax: +351 21 910 40 01

www.somague.pt

Ficha Técnica

Propriedade: Somague

Periodicidade: trimestral

Edição: Direcção de Marketing e Comunicação - Somague

Tiragem: 3000 exemplares | N.º de Depósito Legal: 16881/10

Índice

Editorial

Ambiente· UNICER é o novo contrato da AGS

SyV· Resultados

Engenharia· Grandes obras da engenharia portuguesa

· A Somague está com a EPIS desde o seu início

Engenharia · Inovação tecnológica faz parte da cultura

Neopul

· Kinaxixi MXD Complex

pág. 3

pág. 4 - 6

pág. 7

pág. 12 - 15

pág. 8 - 11

pág. 13 - 21

Breves· Circuito hidráulico dos Olivais inaugura no

Dia Mundial da Água

· Arranque integral da ETAR de Alcântara

· Somague concebe operação de

verticalização do NRP Albacora

· Vestir a causa do MSV não é de agora

· Neopul no IX Seminário sobre

transporte ferroviário

· Relatório Anual da Somague com

novo formato

· Pirilampo Mágico visita Somague

Page 3: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

EditorialPela primeira vez, desde que em 2003 a Somague editou o seu Relatório de Sustentabilidade nº1, a informação contidanaquele documento passou a fazer parte integrante do Relatório Anual, englobando o relatório e contas e o relatório desustentabilidade.

Damos aqui relevo às principais mensagens contidas na carta de abertura do Presidente da Somague, José LuisMachado do Vale, no Relatório Anual de 2010.

“A forte crise nacional, aliada à crise económica internacional, vieram marcar o ano de 2010 por uma grande incerteza,com a consequente contracção no investimento com o objectivo de controlo das finanças públicas.

A redução da procura dirigida à construção, resultado das quedas acentuadas nos níveis de investimento, quer públicoquer privado, levaram a situações de difícil resolução para grande parte das empresas do sector da construção. Aincerteza relativa aos investimentos públicos anteriormente anunciados não trouxe luz a este cenário.

Nesta conjuntura recessiva, em linha com a estratégia que vinha já desenvolvendo anteriormente, a Somague continuoua sua política de contenção e racionalização, que norteia a reestruturação do Grupo SyV desde o início de 2008,procurando “fazer sempre bem à primeira, construindo com segurança, com qualidade, nos prazos contratualizados ecom resultados positivos”.

Assim, apesar do fraco desempenho da economia nacional e da continuada crise no mercado da construção, o RelatórioAnual mostra-nos que a estratégia desenvolvida pela Somague irá permitir enfrentar o futuro próximo, que se prevê difícil,com acrescida segurança.

Um volume de negócios ao nível do ano anterior, mas com uma melhoria significativa do resultado do exercício e com aconsequente melhoria dos indicadores de rendibilidade e solidez financeira, são um ponto de partida positivo para 2011.

O reforço e a aposta nas capacidades e competências que diferenciam a Somague, sejam elas a nível das obrasferroviárias, hidráulicas ou marítimas, para apenas citar algumas, irão permitir a preparação de um futuro que seránecessariamente diferente e para o qual apenas haverá lugar para as empresas que mantiverem uma forte consistênciaorganizativa.

Por outro lado, apesar do cenário de crise mundial, a actividade internacional da Somague teve um comportamento muitopositivo - representa hoje 40% do volume de negócios - principalmente graças a dois mercados estratégicos, Angola eCabo Verde, para além da manutenção da actividade em Espanha e na Irlanda, onde as valências técnicas da Somaguefazem a diferença. E a internacionalização passará, para além dos países atrás referidos, pelo reforço no mercadobrasileiro e pelo regresso a Moçambique, onde se iniciou já uma forte actividade comercial.

O ano de 2011, embora difícil, fruto da complexidade da situação actual, vamos encará-lo com a garra que nos permitiu,em mais de 60 anos, ultrapassar dificuldades semelhantes, com muita prudência e realismo, mas com a determinaçãoque permitiu aos nossos antepassados descobrir novos mundos.Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos osresultados do ano e a confiança de que seremos capazes de ultrapassar as dificuldades futuras, com racionalização econsistência na organização. Uma palavra de agradecimento pela confiança e colaboração dos nossos accionistas,clientes, parceiros, fornecedores e bancos, que sempre nos têm acompanhado (…)”.

O Relatório Anual de 2010 pode ser consultado em www.somague.pt

Luis GarcezDirector Geral de Marketing e ComunicaçãoK

inax

ixi M

XD C

ompl

ex

– Lu

anda

3

Page 4: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

BREVES

4 Circuito hidráulico dos

Olivais inaugura no

Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água, assinaladoa 22 de Março passado, foi a dataescolhida para colocar em funcio-namento o novo circuito hidráulico daEstação Elevatória dos Olivais, emLisboa. Construída em 1948, aestação apresentava evidentes sinaisde deterioração, elevados índices deperdas físicas e desgaste nos equi-pamentos electro-mecânicos, obri-gando à remodelação do circuitohidráulico.

A Somague realizou a obra de forma aevitar incómodos para os utentes,mantendo a estação sempre afuncionar para garantir o abaste-cimento de água à cidade de Lisboa. Oprojecto contemplou a execução dasobras de construção civil, a substituiçãointegral do circuito hidráulico de toda aEstação Elevatória, bem como dosequipamentos e instrumentos que oconstituem, e ainda as respectivasligações ao exterior.

A cerimónia de inauguração desta obraessencial à cidade reuniu o Presidentedo Conselho de Administração daEPAL, Eng. João Fidalgo, bem comooutros membros da administração daempresa, o Presidente da Somague,Eng. José Luis Machado do Vale, e oDirector da obra, Eng. Pedro Júlio,entre outros convidados.

Arranjo paisagístico da cobertura da ETAR

Arranque integral da ETAR de Alcântara

No passado dia 29 de Abril entrou em funcionamento o sistema integral daEstação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara, a maior do país, sujeitaa obras de adaptação e ampliação levadas a cabo pelo consórcio liderado pelaSomague, durante as quais se garantiu o pleno funcionamento da ETAR.

A operar com a sua capacidade total, a ETAR de Alcântara permite o tratamentosecundário e a desinfecção de todas as águas residuais provenientes do subsistemade parte do Município de Lisboa, incluindo a zona ribeirinha do Terreiro do Trigo, emSanta Apolónia, até Belém, e parte dos Municípios de Amadora e de Oeiras. A estaçãovem beneficiar cerca de 756 mil habitantes, que agora poderão desfrutar de um Tejorequalificado, livre da afluência de águas residuais, e de uma melhoria ambiental epaisagística nas zonas de intervenção.

A cerimónia contou com a presença do Primeiro-Ministro, José Sócrates,acompanhado da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dulce ÁlvaroPássaro, pelo Presidente da CML, António Costa, e pelo Presidente das AdP, PedroSerra, entre outras individualidades.

Da parte do Dono de Obra, a Simtejo, esteve presente todo o Conselho deAdministração. Pela Somague, marcou presença o Presidente Eng. José Machado doVale e as equipas que, directa ou indirectamente, estiveram envolvidas neste projecto.

Page 5: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

BREVES

5

Somague concebe

operação de verticalização do NRP Albacora

O Albacora, o primeiro dos quatro navios que vieram a compor a 4ª Esquadrilhade Submarinos da Marinha Portuguesa, desactivado há mais de uma década eimobilizado no cais da antiga Lisnave, junto ao Alfeite, sofreu recentemente umafundamento devido ao seu avançado estado de desmantelamento. A embarcaçãoadornou aproximadamente 45° a bombordo, assentando a ré no fundo e ficando,unicamente à maré, com a torre fora de água.

O submarino, que será entregue à Câmara Municipal de Portimão para integrar umpólo museológico, foi recolocado na posição vertical numa operação concebidapela Somague Engenharia, reconhecida pela experiência na área das obrasmarítimas e forte presença neste mercado. Após o estudo realizado peloDepartamento Técnico da Somague, a solução técnica a adoptar foiprojectada em parceria com a Dustrimetal, empresa da área dametalomecânica.

Para levar a cabo a operação, foi projectada e executada uma estrutura de apoioa um guincho com uma capacidade de puxo de 160 toneladas. Foram aindaefectuadas alterações em Moitões de gruas pertencentes à Somague, para permitir amontagem de um sistema de cadernal, com capacidade para resistir aos esforçossolicitados.

A operação foi realizada na data prevista e sem contratempos, para o que muitocontribuiu o elevado profissionalismo e colaboração inexcedível das equipasenvolvidas, tanto da Somague como da Marinha Portuguesa, que desenvolveramum espírito de cooperação acessível e com uma extraordinária elevação.

Vestir a causa do MSV não é de agora

Há já alguns anos que a Somague recebe o MSV – Movimento ao Serviço daVida nas suas instalações, acolhendo as suas acções de solidariedade em proldos mais desfavorecidos. Este ano, o MSV visitou a Somague, instalando o seuespaço de venda de t-shirts no hall de entrada, local estratégico para convidarcolaboradores e visitantes a conhecer melhor os seus projectos e a participarnesta acção de angariação de fundos.

Page 6: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

BREVES

6 Neopul no

IX Seminário sobre

transporte ferroviário

O IX Seminário “Transporte Ferroviário

- Uma solução sustentável e

competitiva para a mobilidade”

decorreu no Instituto Superior

Técnico em Novembro passado.

Como não podia deixar de ser, a

Neopul marcou presença, tanto no

stand do ACE AVIAS, como na

exposição exterior para a qual

contribuiu com material pesado.

O seminário, sobre Certificação,Inovação e Desenvolvimento Tec-nológico no domínio ferroviário,contou com diversos oradoresnacionais e estrangeiros e juntouparticipantes de diversas áreas,nomeadamente da construção egestão de infra-estruturas, do fabricode material circulante, da operação eexploração e da investigação edesenvolvimento científico.

Esta iniciativa conjunta da APNCF –Associação Portuguesa para aNormalização e Certificação Ferro-viária e do IST, ficou marcadatambém pela exposição de três dias onde a Neopul marcou presençacom um conjunto de pórticos PEMeLorrys LEM para substituição de AMV’s (constituído pelo pórtico motorizado Geismar PEM 807 00 H eLorry Motorizado Geismar LEM 46000 Q) e com um Sistema ligeiro delançamento e recolha de cabos decatenária LEM’s + OMAC RU70. Só ogrande empenho e esforço de toda aequipa envolvida permitiram amontagem da exposição, uma opera-ção que envolveu enorme comple-xidade e uma pesada logística.

Relatório Anual da Somague com novo formato

Pela primeira vez a Somague reúne num único volume o seu relatório econtas e o relatório de sustentabilidade. No Relatório Anual 2010 a Somaguefaz o reporte não só da sua actividade económica,mas também do seu desempenho social eambiental. As diversas alterações introduzidas,desde 2003, ano da primeira publicação do relatóriode sustentabilidade, visam aumentar a qualidade dainformação reportada. A aplicação dos critérios daGRI, sujeita a verificação externa, foi uma vez maisde nível A, respeitando a Somague as directrizes G3de divulgação da informação exigidas para essenível. Com este novo modelo de relatório a Somagueprossegue a sua política de reporting comtransparência e veracidade.

Relatório Anual2010Somague SGPS

Pirilampo Mágico visita Somague

Todos os anos a FENACERCI – Federação Nacional de Cooperativas deSolidariedade Social e a RTP – Antena 1 realizam a campanha Pirilampo Mágicopara angariar fundos e prover às necessidades das cooperativas associadas.

À semelhança de anos anteriores, a Somague acolheu mais uma campanhaPirilampo Mágico, que também está de Parabéns – há 25 anos que assinala gestos

de solidariedade. No passado dia 9 de Maio, recebeu o C.E.C.D.Mira Sintra (Centro de Educação para o Cidadão Deficiente),que desenvolve serviços para pessoas com deficiência. A venda

do Pirilampo Mágico e de pins foi, como já é hábitoentre os colaboradores da Somague,

muito bem acolhida e participada.

Pórticos motorizados Geismar - PEM/LEM e Rebobinador de Catenária OMAC

Page 7: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

AMBIENTE

7

AGS iniciou, no passado dia 1 de Novembro de 2010, a prestação deserviços de gestão da ETARI do Centro de Produção de Cervejas daUNICER, localizado na freguesia da Várzea, Santarém.

Dentro dos princípios dodesenvolvimento sustentável que aUNICER defende, a ETARI deste Centrode Produção, é um exemplo entremuitos, das preocupações ambientaisdo Grupo UNICER. Actualmente, estainstalação é composta por duas linhasde tratamento, a Linha I construída em1974 e a Linha II, mais recente,construída em 1999.

Os órgãos que compõem a ETAR foramdimensionados de forma a garantir aplena capacidade de tratamento dosefluentes industriais à capacidade máximaou produção anual prevista, que é de2.000.000 hl de cerveja.

Em 2002, a UNICER, concluiu ainda ainstalação da EPTAR da Fábrica deRefrigerantes e mais recentemente, em2009, a reabilitação integral das etapas detratamento e desidratação de lamas.

A O&M destas instalações pela AGS realiza-se em estreita parceria e colaboraçãocom os Técnicos e Engenharia da UNICER, sendo mensalmente compilados eavaliados os indicadores de consumo das principais utilidades (Energia, Água eProdutos Químicos).

Mais um exemplo em que a AGS demonstra o seu conhecimento dasnecessidades particulares do cliente e as competências desenvolvidas naprestação de serviços para a indústria.

UNICER É O NOVOCONTRATO DA AGS

a

ETARI CP SANTARÉM LINHA I – CARROUSSEL LINHA II – MLE

Caudal Dimensionamento 50 m3/h 130 m3/h

Volume Reactor Biológico 3.300 m3 8.176 m3

Capacidade de Tratamento 1.200 kg O2/d 3.100 kg O2/d

20.000 hab.eq. 51.667 hab.eq.

Page 8: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

ENGENHARIA

8

Page 9: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

Neopul está na linha da frente da inovação tecnológica no que diz respeitoà fiabilidade dos parâmetros geométricos na construção e manutenção devias-férreas.

Na realidade, o desafio futuro relacionado com o grau de exigência nos parâmetros defiabilidade e disponibilidade das infra-estruturas ferroviárias, bem como os índices de confortoreclamados pelos passageiros que utilizam cada vez mais os transportes ferroviários, nãodeixa margem para distracções, quando se trata da aplicação de novas tecnologias.

Nesta perspectiva a Neopul apetrechou-se com o troley / carro de medição deparâmetros de via Amberg Rail System GRP 3000.

Este sistema permite um ganho muito substancial de produtividade, tornando os trabalhosde topografia aplicados a vias-férreas mais precisos, mais rápidos e económicos e maiscompletos, através de uma recolha de dados alicerçados em dois modos de medição.

A estação total Leica TCRP 1201+R400, integrada no equipamento, permite obter oposicionamento absoluto da via em termos de X, Y e Z, em conjugação com o carrode via GRP 3000, que regista todos os parâmetros geométricos da via tais como aflecha, nivelamento longitudinal e nivelamento transversal.

A medição é executada de modo contínuo com uma frequência de três registos porsegundo, o que permite recolher informação de uma forma muito mais completa queo modo tradicional, normalmente de 10 em 10 metros, ou de 20 em 20 metros.

Os dados recolhidos podem ser tratados no gabinete ou directamente em campo,através do programa Amberg Rail – Tamping, gerando em tempo real quer dados deanálise da qualidade da via (Tela Final), quer dados de correcção que podem serpassados directamente para as máquinas de ataque pesado de via durante aexecução dos trabalhos.

O sistema GRP 3000 vem equipado com um medidor laser, que permite relacionar medidasde pontos que se encontrem fora da via com a mesma, o que é bastante importante paraos trabalhos de catenária. Assim, consegue-se uma interligação entre os vários sectores(topografia, catenária, montagem de via e grupos de ataque de via) que permitirá umaoptimização, quer de meios humanos quer de meios materiais, ao mesmo tempo quereduz custos e aumenta a produtividade bem como a qualidade do trabalho final.

A Amberg Technologies procedeu à entrega do equipamento em Pegões, ondetambém ministrou formação específica a seis técnicos da Neopul, que ficaramcertificados para operar com esta nova tecnologia.

ENGENHARIA

9

a

INOVAÇÃO TECNOLÓGICAFAZ PARTE DA CULTURANEOPUL

Page 10: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

ENGENHARIA

10

Somague continua presente nas grandes obrasde Angola, contribuindo para o esforço demodernização e desenvolvimento do país. O

contrato de 85 milhões de Euros ganho recentemente paraa construção do complexo do Kinaxixi em Luanda, eleva acarteira de obras da Somague no país aos 270 milhões deeuros.

A Somague acabou de ganhar o contrato de construção doempreendimento Kinaxixi MXD Complex, um conjuntoarquitectónico surpreendente e grandioso, que secaracteriza por espaços amplos e luxuosos, onde domina obem-estar, o conforto, as linhas estéticas actuais e umaaposta nos materiais nobres e contemporâneos.

Contemplará a construção da estrutura desteempreendimento, que irá contar com duas torres de 25pisos, sendo uma para habitação e outra para escritórios,um centro comercial com 5 pisos e 5 caves paraestacionamento e áreas técnicas.

Para além do empreendimento do Kinaxixi, a Somaguedesenvolve ainda outros projectos e obras em Angola,destacando-se a intervenção no Aeroporto 4 de Fevereiro ea adjudicação do empreendimento Marina Baía - Obra Terra,também em Luanda.

a

Kinaxixi em números

O Kinaxixi MXD Complex , situado na praça do Kinaxixi, uma dasmais emblemáticas de Luanda – prevê um prazo de execuçãode 2+16 meses.

Área de construção: 250.000 m2

Movimento de terras: 25.000 m3

Cofragem: 504.000 m2

Betão: 120.000 m3

Aço: 16.600 Ton.Pavimentos: 90.000 m2

KINAXIXIMXD COMPLEX

Page 11: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

ENGENHARIA

11

Page 12: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

A 31 Dezembro 2010, o volume de negócios do Grupo SyV atingiu os 4820

milhões de euros, o que foi impulsionado pela boa evolução das actividades de

serviços e concessões do Grupo. A variação relativa ao mesmo período do ano

anterior foi de -17,3 %, mas a descida reduz-se a -8,5 %, se se tiver em conta

que, em 2009, fecharam-se várias operações extraordinárias de vendas de

terrenos e de produtos habitacionais na Vallehermoso e na Testa, no valor de

1426 milhões de euros.

A actividade de construção atingiu um volume de negócios de 2819 milhões de

euros, em 2010. A variação relativa a 2009 foi de -12,8 % e deve-se ao

abrandamento da actividade nacional. Contudo, o volume de negócios

internacional cresceu em 17,4 %. O valor das obras em carteira, que ascendia a

7138 milhões de euros a 31 de Dezembro de 2010, garante a evolução desta

actividade no futuro.

A actividade de serviços continuou com o forte ritmo de crescimento registado

em períodos anteriores e registou um aumento do volume de negócios de 8,4 %,

atingindo os 1005 milhões de euros. O crescimento é especialmente relevante

na área da água, que cresceu 18 %, bem como na área dos multisserviços e do

meio ambiente, que cresceram 11 % e 5 %, respectivamente.

O conjunto das vendas escrituradas na actividade de promoção habitacional

atingiu os 783 milhões de euros, com 2039 habitações entregues. O dado é

muito positivo tendo em conta a actual conjuntura do sector.

Na área de concessões, o volume de negócios cresceu 63,5 %, devido ao bom

comportamento das concessões e à colocação em exploração da Autopista del

Sol, na Costa Rica, e das auto-estradas irlandesas N-6 e M-50.

As receitas resultantes da actividade de património atingiram os 250 milhões de

euros, ou seja, menos 7,4 % que no ano anterior. Esta variação deve-se também

ao efeito da venda de determinados activos patrimoniais nos finais de Março de

2009. A variação das receitas de arrendamentos para a mesma área de

superfície foi de -3,4 %.

A FACTURAÇÃO INTERNACIONAL PASSA DE 22 % PARA 31 %

A facturação procedente da nossa actividade internacional registou um

crescimento de 19 % e representa já 31 % da facturação do Grupo SyV,

relativamente aos 22 % previstos no fim de 2009. Esta percentagem crescerá no

futuro, quando se incorporar no volume de negócios os importantes projectos

em carteira (Itália, Panamá, Austrália, Angola etc.). Por zonas geográficas, 33,5

% do volume de negócios internacional foi gerado em Portugal, 12,6 % em Itália,

8,8 % no Panamá, pelas obras de ampliação do Canal, 7,8 % na Irlanda, pela

construção realizada para as concessões adjudicadas, 6,2 % na Austrália, 15,2

% em Angola, pela actividade de construção da Somague e pela actividade de

serviços da Valoriza. Os restantes 15,9 % referem-se, principalmente, à

actividade na Costa Rica e no Chile, bem como aos arrendamentos dos imóveis

que a Testa explora em Miami e Paris.

O EBITDA CRESCEU 36 % E ATINGIU OS 572 MILHÕES

O esforço de contenção de custos realizado pelo Grupo reflecte-se no bom

comportamento da margem operativa sobre o volume de negócios, que

A SYV GANHOU, EM 2010, 204 MILHÕES, SEM CO EXTRAORDINÁRIOS, E AUMENTOU O EBITDA EM OS 572 MILHÕES12

• A Sacyr Vallehermoso facturou, em 2010, 4820

milhões de euros. As vendas na área internacional

sobem de 22 % para 31 %. Aproximadamente 58 %

das obras e dos serviços em carteira, no valor de

51 531 milhões, com um resultado implícito de 24

906, provêm já do exterior. Os importantes

projectos em carteira na Itália, no Panamá, na

Austrália ou em Israel, entre outros países,

continuarão a aumentar a internacionalização do

grupo.

• O EBITDA cresceu 36 % relativamente ao

exercício anterior, tendo alcançado os 572

milhões de euros. A margem bruta cresceu 4,7

pontos, uma vez que a margem de EBITDA sobre

o volume de negócios de 2010 foi de 11,9 %,

tendo sido de 7,2 % no ano anterior. A 31 de

Dezembro de 2010, o EBIT ascendeu a 393

milhões de euros, em comparação com os dois

milhões de euros do ano anterior.

• O resultado depois de impostos das actividades

continuadas ascendeu a 218 milhões de euros,

em comparação com as perdas no montante de

386,9 milhões de euros registadas em 2009. O

resultado líquido atribuível foi de 204 milhões de

euros, tendo sido de 518 milhões de euros em

2009, que incluíam 856 milhões de euros de lucro

das actividades interrompidas que a venda da

Itínere gerou.

• A dívida líquida da SyV foi reduzida em 866

milhões, ou seja, 7,3 %, e a queda situou-se nos

10 955 milhões de euros. A dívida corporativa,

que continuará a diminuir neste exercício, tal

como foi adiantado pela empresa, também foi

reduzida em 21,4 %, de 527 milhões para 414

milhões de euros.

• O aumento de capital no valor de 401 milhões de

euros permitiu captar fundos para investir nas

actividades operativas e assegurar o crescimento.

Em Fevereiro de 2011, a SyV efectuou outro

aumento de capital no valor de 96 milhões, cujo

efeito na dívida e nos fundos próprios do grupo

não está, contudo, representado nos resultados

financeiros do Grupo.

Page 13: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

melhorou em 4,7 pontos e alcançou 11,9 % do volume de negócios, tendo sido

de 7,2 % em 2009. Deste modo, o resultado bruto de exploração do Grupo

situou-se nos 572 milhões de euros, ou seja, mais 36 % que em 2009. É de

destacar a manutenção do EBITDA na área de construção, apesar da

contracção da actividade, o que permitiu atingir uma margem bruta de 6,1 % no

final de 2010, valor consideravelmente inferior aos 5,3 % registados em 2009. Do

mesmo modo, destaca-se o importante crescimento do EBITDA na actividade

de serviços, que foi de 21 %, em comparação com o crescimento das receitas,

que foi de 8 %. A margem bruta da Valoriza atingiu 14,9 %, tendo sido de 13,3

%, em 2009. O crescimento do EBITDA também contribuiu para estes valores na

actividade de concessões, até atingir 69,5 %. Por fim, destaca-se igualmente a

melhoria da margem de EBITDA na actividade de património, que se situa em

78,7 %, tendo sido de 77,8 %, em 2009.

PARTICIPAÇÃO NA REPSOL

No que se refere à participação na Repsol, a SyV apurou o resultado de 298

milhões de euros, a 31 de Dezembro de 2010. Para tal, reduziram-se

contabilisticamente, no valor de 641 milhões de euros, os resultados

correspondentes à consolidação por colocação em participação na Repsol YPF

(20,01 % dos 4693 milhões de euros de resultado líquido da Repsol YPF, ou seja,

939 milhões de euros), para adequar o valor contabilístico da participação ao

seu valor em uso.

RESULTADO LÍQUIDO DE 204 MILHÕES, EM COMPARAÇÃO COM AS

PERDAS DE 387, EM 2009

O resultado líquido das actividades continuadas atingiu os 218 milhões de

euros. No período homólogo do ano anterior, o resultado líquido foi negativo,

tendo-se registado o valor de -387 milhões de euros. O resultado líquido

atribuível foi de 204 milhões de euros, tendo sido de 518 milhões de euros em

2009, que incluíam 856 milhões de euros de lucro das actividades interrompidas

que a venda da Itínere gerou.

Em 2010, reconhece-se como resultado das actividades interrompidas as

receitas e despesas líquidas de impostos dos quatro activos da actividade de

concessões, dos quais a SyV vendeu 49 % – Intercambiador de Transportes de

Moncloa, Intercambiador de Transportes de Plaza Elíptica, Autovía del Noroeste

e Autovía del Turia –, até à data de liquidação da operação (Julho de 2010), bem

como o resultado gerado pela venda. Inclui-se igualmente o resultado pela

venda de 0,51 % da nossa participação na Itínere. A 31 Dezembro 2009, foi

reconhecido o lucro gerado pela venda da Itínere (OPA e posterior venda de 17

%, em Julho), pelo valor de 856,2 milhões de euros.

A CARTEIRA ATINGE OS 51 531 MILHÕES, DOS QUAIS 58 %

CORRESPONDE A ACTIVIDADE INTERNACIONAL

As futuras receitas em carteira atingiram os 51 531 milhões de euros e

apoiam-se sobretudo nas actividades mais recorrentes: concessões e serviços.

Destaca-se também o elevado volume de obras em carteira pelas adjudicações

obtidas no exterior. A Sacyr Concesiones e a Valoriza representam 57 % e 23 %

da carteira total, respectivamente. As construções em carteira representam 14 %

do total, como consequência da elevada actividade de contratação internacional

desenvolvida no período. O resultado operacional implícito da carteira atingiu os

24 906 milhões de euros. A 31 de Dezembro de 2010, 58 % da carteira era

procedente da actividade internacional. Dentro da actividade

de construção, esta percentagem ascende a 71 %, devido à

intensa actividade licitadora que se tem realizado fora de

Espanha e à obtenção de contratos em Itália, no Panamá, em

Israel, na Austrália, em Angola e noutros países.

A DÍVIDA LÍQUIDA CAIU 7,3 % E A CORPORATIVA 21,4 %

O valor da dívida líquida do Grupo a 31 Dezembro 2010 foi de

10 995 milhões de euros, 7,3 % menos do que no fim de 2009,

uma vez que se cancelou a dívida líquida pelo valor de 866

milhões de euros. Isto foi conseguido devido ao aumento de

capital realizado em Dezembro de 2010 de 401 milhões de

euros, que permitiu também a captação de fundos para investir

nas actividades operacionais e assegurar o crescimento. Em

Fevereiro de 2011, a SyV realizou outro aumento de capital, no

valor de 96 milhões de euros, cujo efeito na dívida e nos fundos

próprios do Grupo não está reconhecido nos resultados

financeiros apurados a 31 Dezembro de 2010.

O exercício de 2010 representou a estabilização financeira da

SyV. De facto, a 5 de Agosto do ano passado, o Grupo terminou

com êxito o processo de refinanciamento da sua divisão de

promoção imobiliária, ao celebrar acordos bilaterais com as 29

entidades financeiras credoras da Vallehermoso. O acordo

prevê um adiamento de cinco anos, que pode ser alargado até

oito. Além disso, obteve-se liquidez suficiente para dar resposta

às necessidades operacionais da divisão e dos projectos em

curso nos próximos cinco anos. A venda de activos permitiu

anular dívidas no valor de 339 milhões de euros. O acordo

realizado com o fundo de investimento Eiser para a venda

parcial de activos concessionais representou uma diminuição

da dívida de 196 milhões de euros. Deste modo, a dívida líquida

corporativa ascendeu a 414 milhões de euros e foi reduzida

durante o exercício em 21,4 %. É vontade da SyV continuar a

reduzir esta dívida no actual exercício, com o objectivo firme de

que fique a zero o quanto antes.

Descreve-se, de seguida, a actividade por áreas de negócio.

Construção (Sacyr + Somague) – As receitas da área

atingiram os 2819 milhões, em 2010, 12,8 % menos que em

NTAR COM RESULTADOS 36 %, ATÉ ALCANÇAR

13

NEGÓCIOS EM CARTEIRA Dez.10

(milhares de euros) Receitas

Sacyr – Somague (obras em carteira) 7 138 198

Vallehermoso (pré-vendas em carteira) 166 967

Sacyr Concesiones (receitas em carteira)* 29 597 680

Testa (arrendamentos em vencimento) 2 585 070

Valoriza (serviços em carteira) 12 043 583

NEGÓCIOS EM CARTEIRA 51 531 498

Page 14: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

14

2009, devido à diminuição da actividade nacional, originada

pela queda generalizada da construção habitacional.

Destaca-se, contudo, o crescimento evidenciado pela

actividade internacional, que registou uma facturação de 1266

milhões de euros, o que representa um aumento de 12,5 %

relativamente ao exercício de 2009, bem como representa já 45

% do total em comparação com os 35 % registados em 2009.

O EBITDA atingiu 171 milhões de euros. A margem bruta

sobre as vendas situa-se em 6,1 %, o que representa uma

melhoria de 0,8 pontos relativamente a 2009, cuja margem se

situou em 5,3 %. As importantes obras em carteira atingiram,

até 31 de Dezembro, 7138 milhões de euros e garantem 30,4

meses de actividade. No que respeita à composição, as obras

em carteira representam 88,5 % da carteira total, a construção

não habitacional representa 10,2 % e a construção

habitacional 1,3 %.

A 31 de Dezembro de 2010, 71,6 % das obras em carteira do

Grupo Sacyr Vallehermoso é procedente dos projectos

internacionais, como consequência da intensa actividade

licitadora desenvolvida. 72,6 % da carteira situa-se na União

Europeia, correspondendo 28,4 % a Espanha, 35,1 % a Itália e

9,1 % a Portugal. Os restantes 27,4 % correspondem a outros

países, com destaque para as obras de ampliação do Canal do

Panamá.

Serviços (Valoriza) – Em 2010, a Valoriza atingiu receitas no

valor de 1005 milhões de euros, o que representa um aumento

de 8,4 %, em comparação com os 927 milhões de euros

registados no período homólogo de 2009. Este aumento

deve-se ao crescimento orgânico que se verificou nas quatro

áreas de actividade com o arranque de novos projectos. Este

crescimento foi especialmente notório da área da água,

tendo-se registado mais 18 % que em 2009, enquanto a

área de miltisserviços e meio ambiente cresceram 11 % e

5 %, respectivamente. Por sua vez, o EBITDA registou um

crescimento muito forte de 21,3 % e atingiu os 149

milhões de euros a 31 de Dezembro de 2010. A margem

operativa sobre o volume de negócios situou-se nos 14,9 %,

tendo sido de 13,3 % no período homólogo do exercício

anterior.

Apresenta-se, de seguida, a divisão de receitas e a contribuição do EBITDA

pelas diferentes áreas.

Património em arrendamento (Testa) – A Testa obteve, em 2010, receitas no

valor de 250 milhões de euros. Deste valor, 244 milhões de euros são receitas

provenientes de arrendamentos de património em exploração. O restante valor

do volume de negócios, ou seja, 6 milhões de euros, corresponde à prestação

de serviços de gestão patrimonial.

A diminuição do volume de negócios de 7,4 % relativamente a 2009 deve-se

principalmente à transferência de imóveis realizada nos últimos dias de Março

de 2009, mais especificamente, um centro comercial, vários lares de terceira

idade e outros activos, que contribuíram para o volume de negócios durante

parte do ano anterior. Sem ter em conta este aspecto, as receitas provenientes

de arrendamentos diminuíram apenas 3,4 %. Isto deveu-se, principalmente, ao

facto de as revisões das rendas dos contratos de arrendamento, realizadas

entre Junho e Setembro de 2009, que se aplicaram nas renovações dos

contratos terem sido negativas, em consequência dos índices negativos inter-

anuais do IPC.

Promoção imobiliária (Vallehermoso) – Em 2010, as receitas da Vallehermoso

atingiram os 783 milhões de euros, tendo sido de 2204 milhões de euros, em

2009, ou seja, menos 61,3 %, Esta diferença deve-se à conjuntura do sector e

ao elevado número de vendas de terrenos levado a cabo naquele período. A

Vallehermoso não ficou alheia ao forte abrandamento das vendas de habitações

durante este período. Apesar disso, conseguiu entregar 2039 habitações

durante um exercício especialmente complicado para a actividade de promoção

imobiliária. O valor da facturação do exercício procede de vendas de produto

habitacional, no valor de 478 milhões de euros, e de vendas extraordinárias de

terrenos e habitações, no valor de 299 milhões de euros. Por outro lado, as

receitas por serviços ascendem a seis milhões de euros. A margem bruta do

produto habitacional situa-se em 10,5 %. No entanto, a margem total sofreu o

impacto negativo da materialização de operações com perdas cujo impacto

NEGÓCIOS EM CARTEIRA Dezembro

(milhares de euros) 2010 %

Obra civil 6316 88,5 %

Construção não habitacional 731 10,2 %

Construção habitacional 92 1,3 %

7138 100,0 %

Água 31%

Energias alternativas 31 %

Meio ambiente 27 %

Multisserviços 11%

EBITDA

Água 32 %

Meio ambiente 30 %

Multisserviços 22 %

Energias alternativas 17 %

VOLUME DE NEGÓCIOS

Page 15: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

15

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

Dezembro Var.

2010 2009* 10/09

(milhares de euros)

4 820 443 5 825 536 -17,3 %

295 643 282 557 4,6 %

5 116 086 6 108 093 -16,2 %

-4 544 530 -5 687 288 -20,1 %

571 557 420 805 35,8 %

-164 365 -140 461 17,0 %

-13 684 -278 025 -95,1 %

393 507 2318 n.s.

-477 353 -561 362 -15,0 %

3096 -839 n.s.

273 629 -168.379 n.s.

-2326 4960 n.s.

21 -53 n.s.

-2226 64 145 n.s.

188 349 -659 209 n.s.

30 150 272 308 -88,9%

218 500 -386 901 n.s.

-7960 913 535 n.s.

210 540 526 634 -60,0 %

-6124 -8105 n.s.

204 416 518 528 -60,6 %

Valor líquido do volume de negócios

Outras receitas

Total das receitas de exploração

Gastos externos e de exploração

RESULTADO BRUTO DE EXPLORAÇÃO

Amortizações do imobilizado

Provisões

RESULTADO LÍQUIDO DE EXPLORAÇÃO

Resultados financeiros

Resultados por diferenças no câmbio

Resultado de sociedades em participação

Provisões de investimentos financeiros

Resultado com base na variação do valor dos instrumentos

financeiros a justo valor

Resultado da alienação de activos não-correntes

Resultado antes de impostos

Imposto sobre as sociedades

RESULTADO ACTIVIDADES CONTINUADAS

RESULTADO ACTIVIDADES INTERROMPIDAS

RESULTADO CONSOLIDADO

Atribuível a minoritários

RESULTADO LÍQUIDO ATRIBUÍVEL

(*) A demonstração de resultados de 2009 foi novamente expressa por aplicação da CNIIF 12 e da NIIF 5

contabilístico se reconhece parcialmente no exercício anterior, uma vez que se

fez a correspondente provisão.

Concessões de infra-estruturas (Sacyr Concesiones) – Em 2010, a Sacyr

Concesiones facturou 94 milhões de euros, em comparação com os 57 milhões

de euros facturados em 2009. Este crescimento das receitas responde ao bom

comportamento do tráfego e à colocação em exploração de novas concessões:

a Autopista del Sol (S. José-Caldeira), na Costa Rica, em Janeiro de 2010, na

qual já havia entrado em funcionamento um lanço em Junho de 2009, e a auto-

-estrada N-6 entre Gatway e Ballinasloe, na Irlanda, a 18 de Dezembro de 2009.

Nos últimos dias de Setembro de 2010, foi aberto ao tráfego a

auto-estrada da circunvalação M-50, em Dublin (Irlanda).

O resultado bruto de exploração cresceu até aos 65 milhões de

euros, o que permitiu atingir uma margem operativa de 69,5 %,

tendo sido de 61,9 % no período homólogo de 2009. A

evolução acumulada do tráfego nas auto-estradas do Grupo

até Dezembro foi positiva e destaca-se o bom comportamento

das auto-estradas de Eresma, Barbanza, Viastur e Turia.

Page 16: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

ENGENHARIA

16

GRANDES OENGENHARIA POR

Page 17: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

m 60 anos Portugal mudou muito e com o PlanoNacional de Barragens de Elevado PotencialHidroeléctrico em execução vai continuar a mudar,

sempre para melhor. A construção de Foz Tua, a quartagrande barragem prevista no Plano e actualmente o maiorinvestimento da EDP, já está em marcha. A cerimónia delançamento da obra decorreu no passado dia 18 de Fevereiro,com a presença do Primeiro-Ministro José Sócrates e doPresidente da EDP, António Mexia. A assinatura do contratoentre a EDP e o ACE Mota-Engil/Somague/MSF dá um novofôlego e visibilidade às grandes obras da engenharia nacional.

17

ENGENHARIA

e

Castelo de Bode

Uma referência com 60 anos

Foi inaugurada em 21 de Janeiro de 1951. Mas as obrasarrancaram em 1946, a cargo da empresa Sociedade deEmpreitadas Moniz da Maia, Duarte & Vaz Guedes, Lda.,embrião da Somague, criada especificamente paraconcorrer à construção da barragem de Castelo de Bode, noRio Zêzere.

A obra durou quatro anos e prova o acerto da sociedade e avisão estratégica dos seus fundadores. Foi a partir deCastelo de Bode que se construiu a primeira grande rede dealta tensão com ligação a Lisboa, um importante marco noarranque da electrificação em grande escala de todo o país.

Hoje, para além da produção de energia eléctrica, comtrês grupos geradores que totalizam 159 MW depotência, Castelo de Bode ainda dá água para beber a80% da população da grande Lisboa.

Uma obra de engenharia gigantesca, que movimentou

meios, até à altura, nunca vistos em Portugal:

• Paredão: 115 m de altura; • Albufeira: ocupa uma área de 3 300 ha, estendendo-se

por 60 km; • Cota do coroamento: 124,3 m; Comprimento do

coroamento: 402 m.

OBRAS DARTUGUESA

Da Barragem de Castelo de Bode, construídaem 1951 pela Sociedade de EmpreitadasMoniz da Maia, Duarte & Vaz Guedes, Lda.(embrião da Somague), até ao lançamento daprimeira pedra da Barragem de Foz Tua, emFevereiro deste ano, a Somague tem estadopresente nos grandes momentos e nasgrandes obras nacionais, orgulhando-se departicipar activamente no desenvolvimento ena criação de infra-estruturas essenciais aopaís, ajudando a construir a história nacional.

Bar

rage

m d

e C

aste

lo d

e B

ode

Page 18: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

ENGENHARIA

18Este aproveitamento hidroeléctrico de Foz Tua seráconstituído por um só escalão, com uma cota de exploraçãode 170 metros. De acordo com o planeamento previsto,entrará em serviço em Setembro de 2015, com umaprodução média bruta de 585 GWh/ano, a que correspondeuma produção média líquida de 275 GWh/ano.

O investimento global previsto é da ordem dos 305 milhõesde euros, dos quais 160 milhões de euros se destinam àsobras de construção civil, realizadas através do contrato deempreitada celebrado com o agrupamento de empresasMota-Engil, Somague e MSF.

As obras criarão cerca de 4 000 postos de trabalho, dosquais 1 000 directos.

Enquadramento da obra

Um empreendimento desta magnitude contempla a construçãode diversas infra-estruturas, para além da barragem em betão,propriamente dita. Da central hidroeléctrica aos acessos à zona,muito há a projectar e construir.

Barragem em betão

Do tipo abóbada de dupla curvatura, com 108 m de alturamáxima e 275 m de desenvolvimento de coroamento,localizada a cerca de 1100 m da foz do rio Tua, dispondo deum descarregador de cheias inserido no corpo da barragemequipado com comportas, de uma descarga de fundo e deum dispositivo para libertação de caudal ecológico. Aalbufeira terá um volume de 106,1 hm3 e uma áreainundada de 420.9 ha.

Vale do Tua

Crescimento Económico

Tendo em vista a valorização dos recursos endógenos eo aproveitamento de oportunidades geradas peloAproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua, quepromovam o desenvolvimento económico, social ecultural do Vale do Tua, nomeadamente através daconcretização de projectos estruturantes para a região,será criada a Sociedade de Desenvolvimento Regionaldo Vale do Tua, com a participação dos Municípios deAlijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor.

Desenvolvimento Cultural

Ainda, e face à desactivação da linha ferroviária do Tuaentre a barragem e a estação de Brunheda, irá serdesenvolvido um Projecto de Mobilidade com umsistema multimodal. Serão implementados dois sistemascomplementares de mobilidade, um destinado àmobilidade quotidiana e outro com finalidade turística.

Para este efeito, a EDP disponibilizará um montantemáximo de 10 milhões de euros destinados a alavancaro financiamento global das acções-âncora do projecto,cuja solução contempla:• A utilização do troço de via-férrea entre a Estação da

Foz do Tua e a base da barragem; • Um funicular entre a base da barragem e o seu

coroamento; • O transporte fluvial entre a barragem e Brunheda, e a

construção de embarcadouros; • A qualificação da infra-estrutura ferroviária a partir de

Brunheda.

O serviço multimodal do Tua deverá ser explorado emregime de concessão.

Barragem de Foz Tua

Lançamento da primeira pedra

A construção da Barragem de Foz Tua teve início nodia 1 de Abril, prevendo-se um prazo de execução de54 meses. Situada no rio Tua, um afluente da margemdireita do Douro que separa os concelhos de Alijó(distrito de Vila Real) e de Carrazeda de Ansiães(Distrito de Bragança), a barragem abrangerá ainda osconcelhos de Murça, Vila Flor e Mirandela.

Page 19: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

ENGENHARIA

19

O projecto contempla ainda a construção dasestradas de acesso ao coroamento da barragempela margem direita, às tomadas de água, ao caisfluvial e aos bocais da restituição, bem como arectificação da EN 212 e todos os trabalhosacessórios e complementares, nomeadamente otúnel da derivação provisória e as respectivasensecadeiras.

Central subterrânea em poço

Localizada na margem direita do rio Tua, adjacente àponte da estrada EN108 e a cerca de 600m da confluênciacom o rio Douro, inclui um edifício de descarga ecomando situado à superfície, numa plataforma localizadaa montante do encontro direito da ponte rodoviária EdgarCardoso que liga os concelhos de Alijó e Carrazeda deAnsiães. Estará equipada com dois grupos reversíveis,com uma potência nominal total de 255 MW.

Circuito hidráulico subterrâneo

Situado na margem direita do rio, é constituído por doistúneis paralelos, independentes e revestidos, comdiâmetros interiores entre 7,5 m e 5,5 m e uma extensãoaproximada de 700 m cada.

Subestação compacta

Para ligação à Rede Nacional de Transporte, comequipamento GIS, situada na plataforma do edifício dedescarga e comando da Central.

Uma mega obra em mega números

Escavações a céu aberto 588.500 m3

Escavações submersas 192.000 m3

Escavações subterrâneas 187.400m3

Betão 510.000 m3

Aço 13.024.650 Kg

EDP investe em novas barragens até 2020

Até 2020 o Plano Nacional de Barragens de ElevadoPotencial Hidroeléctrico prevê a construção de 7 novasbarragens e o reforço de 6 barragens existentes.

A EDP construirá no total uma capacidade adicional decerca de 3 500 MW com investimentos próximos de 3 200milhões de euros, gerando cerca de 33 500 postos detrabalho directos e indirectos.

Neste momento, estão em curso as obras de construçãode 4 barragens – incluindo a de Foz Tua – e de 4 reforçosde potência.

Contribuir para a auto-suficiência energética

As novas barragens aumentam a potência instalada emmais de 4 000 MW, o que corresponde a mais de 40% daponta máxima de consumo nacional.

A sua construção pode contribuir para satisfazer 7% doconsumo de electricidade. Este valor corresponderá acerca de 1,5% do consumo final de energia, mascontribui para a redução de 3 a 4% do total de energiaprimária importada e contribui ainda para a redução demais de 1 milhão de toneladas de Co2.

As novas barragens apresentam, ainda, um conjuntoalargado de benefícios ao nível de criação de reservasestratégicas de água, da segurança de abastecimentode energia e água, da regularização dos caudaiscontrolando cheias e minorando efeitos de seca, docombate aos incêndios e do turismo.

Bar

rage

m –

Pla

nta

Ger

al

Page 20: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

20

ENGENHARIA

A SOMAGUEESTÁ COM A EPIS

DESDE O SEU INÍCIO

A Associação EPIS – Empresários pela Inclusão Social foi constituída em2006, por um grupo de 10 empresários portugueses, em resposta a umaconvocatória concreta de acção feita por Sua Excelência o Presidente daRepública à sociedade. Desde a sua constituição que a EPIS conta com oAlto Patrocínio do Presidente da República, que aceitou ser associado dehonra e presidente de honra do conselho consultivo da associação.

Page 21: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

omo missão prioritária, os 10 fundadoresestabeleceram que a actividade da EPIS sedeveria centrar na educação, sobretudo, no

combate ao insucesso e abandono escolares e pelainclusão social. A Somague é um desses 10 fundadores edesde muito cedo acreditou e apostou no desenvolvimentoda missão da EPIS.

Hoje, a EPIS é composta por mais de 150 Empresas queapoiam a implementação dos projectos (quer comoAssociados, Parceiros, Autarquias Parceiras, FornecedoresParceiros, Empresas Locais Parceiras), por um conselhocientífico que desenvolve e garante a metodologia deintervenção, e por equipas de gestão, de projecto e demediadores, que operacionalizam todo o trabalho no terreno.

O seu objecto estatutário assenta na criação emcolaboração com o estado de oportunidades de trabalho ereinserção social de pessoas ou grupos em situação deexclusão ou risco de exclusão social, bem como contribuirpara a afirmação do papel decisivo dos empresários nodesenvolvimento social e da liderança da sociedade civil emmatérias de inclusão social, organização e promoção deeventos e acções de carácter social, pedagógico, cultural ede solidariedade.

A EPIS conta com a participação e colaboração de todos osAssociados e Parceiros para garantir a operacionalidadedos seus projectos, e só o empenho e ambição de todospode conduzir aos bons resultados. É importante continuara trabalhar para reduzir o atraso de qualificação dos jovensportugueses, e alargar a visão de investimento na educaçãoa longo prazo. A Somague continua empenhada nosprojectos da EPIS para 2011, contribuindo para ajudar osjovens a realizarem-se pela Educação.

Plano de actividades para 2010-2011

A nova Direcção da EPIS eleita em Maio 2010, presidida pelo Dr.António Pires de Lima e da qual a Somague também faz parte,representada pelo seu Presidente, Eng. José Machado do Vale,delineou um plano de actividades para 2010-2011, que apostaem mais projectos e com maior dinamização em conjunto comos seus Associados e Parceiros:

• Todos Bons Alunos – 2.º ciclo: consiste na migração dasmetodologias da Rede de Mediadores do 3.º ciclo para o 2.ºciclo, como forma de prevenção para o sucesso escolar – jáem piloto no concelho de Paredes.

• Abandono Zero – 3.º ciclo: tem por objectivo erradicar oabandono escolar e continuar a apoiar jovens carenciados – jáem desenvolvimento em Sesimbra.

• Conferência Internacional Escolas de Futuro – teve lugarno passado dia 6 de Abril de 2011, na Fundação CalousteGulbenkian, um fórum para (1) partilha do conhecimento eexperiências que a EPIS tem adquirido ao longo destes 4 anos detrabalho no terreno, e (2) aprender com os bons exemplosnacionais e internacionais, nomeadamente com o investigadoracadémico Daniel Buckley, que foi orador principal na conferência.

• Cadernos de Inovação Social: tem por objectivo reforçar osresultados das metodologias desenvolvidas e gerar o balançode 4 anos de trabalho no terreno, e foram lançados osprimeiros cadernos no passado dia 6 de Abril.

• Rota das Vocações de Futuro: tem por objectivo proporcionarférias activas e intercâmbios para jovens EPIS, apostando napromoção das vocações. Uma viagem entre o dia 27 de Junhoe 2 de Julho de 2011, que levará cerca de 50 alunos EPIS numaviagem aos Concelhos EPIS com finalidade de promover omercado das profissões e escolhas profissionais.

• Voluntariado - Vocações de Futuro: é um programa devoluntariado que intersecta os mundos empresarial e educativo,focado no emparelhamento de um quadro de uma empresaassociada e um aluno EPIS, sobre um modelo de tutor.

Membros da Direcção da EPIS

c

ENGENHARIA

21

Page 22: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

ENGENHARIA

22 Projectos & resultados

1) Rede de mediadores para o sucesso escolar Terminou no Verão 2010 o projecto-piloto “Novos bonsalunos - Mediadores para o sucesso escolar”, que a EPISlançou em Setembro de 2007, em parceria com o Ministérioda Educação e 10 concelhos – Paredes, Matosinhos, eResende, Santarém, Vila Franca de Xira, Odivelas, Amadorae Setúbal, Aljezur e Tavira:

• Em 2007/2008 foram analisados cerca de 20.000 alunos,tendo sido seleccionados e acompanhados 5.812 jovenscom risco escolar.

• Em 2008/2009, a taxa de sucesso escolar dos 5.812alunos EPIS aumentou 22%, tendo passado de 63% para77%. Este resultado traduziu-se em 879 novos bonsalunos EPIS.

• Em 2009/2010, a EPIS continuou a acompanhar 3.404alunos e a taxa de sucesso escolar aumentou 5%, tendopassado de 73% para 77%. Neste último ano, a EPISajudou a criar mais 195 novos bons alunos. A EPISajudou 1.074 novos bons alunos em dois anos.

• No 1.º período de 2010/2011, a zona de aprovação tevemais um impacto positivo de 20,0 pontos percentuais, oque significa mais 205 “novos bons alunos”. Nesteperíodo, ficou também reflectido um aumento daqualidade das notas dos alunos EPIS, ficando reflectido oaumento das notas de classe 4 e 5, em 4,8 pontospercentuais e 0,5 pontos percentuais, respectivamente.

Em 2010/2011, com o objectivo de consolidação edisseminação desta metodologia, a EPIS está a iniciar umnovo ciclo de três anos de trabalho em 6 dos 10 concelhosiniciais – Paredes, Matosinhos, Resende, e, em parceriacom o Ministério da Educação, Santarém, Amadora eSetúbal. Estes concelhos internalizaram nas suas estruturasa totalidade do investimento necessário, restando à EPIS afunção de parceiro metodológico A presença actual noterreno fica completa com Sesimbra e Pampilhosa da Serra,estando mais concelhos da Região Centro e do Alentejo. Aesta data, a EPIS está presente em 48 escolas com 3.ºCiclo, com uma rede de 50 mediadores.

Conferência Escolas de FuturoAlunos da Escola Profissional Gustavo Eiffel, Venda Nova

Page 23: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados

2) Escolas de futuro – Boas práticas de gestãoO projecto “Escolas de Futuro - Boas práticas de gestão nasescolas” consiste num desafio de mudança e melhoriacolocado às escolas enquanto organizações, através deuma relação de parceria com as Direcções Regionais deEducação (DREC, DRELVT e DREN).

A metodologia de implementação proposta é baseada emduas grandes etapas: (1) processo de auto-avaliação faceàs boas práticas propostas no manual, com vista àidentificação de “gaps” e à elaboração de planos demelhoria do desempenho em áreas concretas e (2) construire calendarizar um programa de acção para a melhoria dodesempenho da escola, com indicadores de sucesso,métricas e janelas de controlo periódico de progresso.

No terreno, o projecto está presente em 96 agrupamentos,escolas secundárias e profissionais de 51 concelhos,contando com 30 colaboradores das Direcções Regionaisde Educação alocados em tempo parcial. A fase de auto--avaliação, reconhecida pelo Ministério de Educação, jáestá concluída em cerca de 90% das escolas, a faseintermédia de identificação de planos de melhoria já estáconcluída em 72% das escolas e cerca de 20% já iniciaramo processo de elaboração do Scorecard. Este é umcaminho que vale a pena percorrer e que contribuirá para aelevação das práticas de gestão nas escolas portuguesas.

Assembleia Geral da EPIS – Testemunhos de alguns alunosEscola Miguel Torga, Amadora

E N G E N H A R I A

23

3) Outras iniciativas Desde 2009 que a equipa da EPIS tem vindo a reforçar odesafio a todos os seus Associados e Parceiros para arealização de novas iniciativas conjuntas, que permitamestreitar o seu envolvimento e explorar sinergias entreprojectos em zonas de interesse comum:

• Alargamento da “Rede de mediadores para o sucessoescolar no 3.º ciclo” a novos concelhos e escolas. Éobjectivo de primeira linha abordar outros concelhos paraconsiderarem a entrada no projecto da EPIS.

• “Liderança 360º”. No âmbito do projecto “Boas práticasde gestão nas escolas – Escolas de Futuro”, têm vindo aser realizados workshops sobre temas como liderança,avaliação e indicadores de desempenho chave. Estassessões contaram com a presença dos líderes dosAssociados e Parceiros.

• “Siga o mestre”: master classes para Directores deEscola. Também no âmbito das “Escolas de Futuro”,vários líderes de empresas têm aceite o desafio de daremo testemunho sobre a sua forma de liderança e sobre ospercursos de empreendedorismo da organização, com osentido de partilhar mensagens inspiradoras para osresponsáveis de escolas.

• “Tango”: emparelhamento escola-empresa. Ainda noâmbito das “Escolas de Futuro”, a EPIS promove aaproximação entre escolas e empresas associadas, nosentido de estimular a fertilização cruzada das práticas deliderança e gestão.

• “Conversas em família”. Sessões de formação parentalpara colaboradores dos Associados Parceiros EPIS.

Page 24: Grandes Obras da Engenharia Portuguesa - somague.pt · Uma palavra de apreço para todos os nossos colaboradores pois com o seu desempenho e dedicação conseguimos os resultados