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Grande Mesquita de Hassan II (1990/93, Casablanca Marrocos) Segunda mesquita maior do mundo

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Grande Mesquita de Hassan II(1990/93, Casablanca Marrocos)Segunda mesquita maior do mundo

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Cidades islâmicas

Fundadas ou transformadas pelos árabes, do Atlântico até a Índia, as cidades muçulmanaseram muito semelhantes entre si e conservam

a sua estrutura originária até a época moderna, bastante semelhante às antigas.

Basicamente, todo o conjunto urbano de sua construção, incluindo casas, palácios e edifícios públicos, forma uma série de recintos que se voltam para os ambientes internos (pátios) e

não para o espaço externo da cidade.

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A simplicidade e o isolamento do novo

sistema cultural defendido pelo

ALCORÃO (al-Qu’ran) acabaram por reduzir

todas as relações sociais, o que fez com que se diminuísse a complexidade e a uniformidade das

cidades helenísticas e romanas. O Islão acentua o caráter

reservado e secreto da vida familiar.

Rua muçulmana

Interior deMesquita

Salaat

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Ao invés de basílicas, teatros ou estádios, a CIDADE MUÇULMANAenfatiza as habitações particulares (casas e

palácios), além de dois tipos de edifícios

públicos: os banhospara as necessidades

do corpo, que correspondiam às

antigas termas; e as mesquitas para o culto

religioso.

Sala públicade banho

Minarete da Mesquita

Banho individual

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Suas praças (ágoras, foros e mercados) são recintos maiores e não se confundem com as

ruas, as quais são corredores apenas suficientes para a passagem de pedestres e tráfego, sendo raras as praças alongadas ou as grandes ruas

porticadas (Benévolo, 2001).

Rua da Medina

Bazaar

Mercador detapetes

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Com o Islão, perde-se a regularidade em grande

escala das antigas cidades helenísticas assim como uma administração municipal para

impô-la.

A cidade torna-se um agregado de casas,

geralmente de um andar só (como prescreve a religião), que se voltam para o interior e mantêm fachadas austeras; e as ruas são estreitas (sete

pés, conforme a regra de Maomé), na maioria cobertas

e em labirinto.

Cidade de Argel ouEl-Djazair (Al-Djaza’ir)(Argélia, África)

Cidade de Al-Medina(Arábia Saudita, Oriente Médio)

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O organismo urbano torna-se compacto e

fechado por um ou mais muros que diferenciam vários recintos, sendo o

mais interno chamado de MEDINA (madina).

As lojas dos comerciantes não são agrupadas em

uma praça, mas sim alinhadas em uma ou

mais ruas, cobertas ou não, cujo conjunto forma

o BAZAAR.

Vista da medina(Fez, Marrocos)

Bazaar (Cairo, Egito)

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Na CIDADE MUÇULMANA, o labirinto de passagens cobertas não permite uma orientação

e uma visão de conjunto do bairro; e, nessa tessitura irregular, abrem-se e se valorizam os

grandes pátios regulares (sahn) das mesquitas, as quais são localizadas por suas torres (minaretes).

Grande Mesquita(705/15 dC, Damascus Síria)

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Dentro do tecido urbano emaranhado da cidade islâmica, cada grupo étnico religioso tem seu bairro distinto e o

príncipe geralmente reside em uma zona periférica, protegida

por muros e chamada de MAGHZEN.

Cidade de Marrakesh(Marrocos, África)

Complexo da Madrasa de Qalawun(1285/1356, Cairo Egito)

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A porta de entrada da cidade ou BAB é muitas vezes um

edifício monumental e complicado – com uma porta externa, um ou

mais pátios intermediários e uma

porta interna –, de cuja entrada nasce a rede de ruas a partir

de onde não são mais possíveis o encontro e

a parada.

Bab Boujloud(898 dC, Fez Marrocos)

Bab al-Nasre Bab Zuwayla

(1088/90, Cairo Egito)

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No islamismo, a proibição religiosa da

representação da forma humana impede o

desenvolvimento das artes figurativas

(pintura e escultura) e promove uma

decoração abstrata composta de figuras

geométricas e de sinais da escrita mulçumana

(ARABESCOS), com notável uniformidade e totalmente integrada

com a arquitetura.

Caligrafia islâmica

Ornatos geométricosmulçumanos

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Maydan-i-Shah (1611/39,Isfahan Irã)

ARABESCOSMausoleum SultanQalawun (1284/5)

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Entre as cidades muçulmanas mais características, além de algumas já citadas, destacam-se: Toledo (Espanha), Casbah e

Ghardaia (Argélia), Fez e Marrakesh (Marrocos), Tunis (Tunísia), Trípoli (Líbia) e Aleppo (Síria).

Cidade de Ghardai(Argélia, África)

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Situada à margem do rio Tigre, BAGDÁ

(Bahgdad) foi fundada em 762, pelo califa abássida al-Mansur,

segundo um ambicioso plano urbanístico

circular, com mais 2,5 km de diâmetro, tendo

sido destruída pelos mongóis em 1258 e

reconstruída no mesmo lugar, sem

reproduzir a originária regularidade.

Bagdá

Vista da cidade

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Como a nova capital dos califas abássidas, BAGDÁteve mais de um milhão de habitantes e foi, até o

século IX, o mais importante centro de

comércio e cultura mundial.

Governada pelos otomanos a partir do século XVI, foi várias

vezes conquistada pelos iranianos, somente

retomando sua prosperidade no século XVIII e tornando-se a

capital do atual Iraque.

Madrasa al-Mustansiriya(1236, Bagdá Iraque)

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Jerusalém

Berço das três maiores religiões do mundo –

o cristianismo, o islamismo e o

judaísmo – a cidade teve sua origem por volta de 3000 a.C.,

quando tribos nômades da Palestina,

originalmente pastores, passaram a viver da agricultura.

Mapa de Israel

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Segundo a tradição bíblica, em cerca de 1000

a.C., o rei hebreu Davi escolheu este povoado às

margens do deserto da Judéia como capital de

seu reinado, seguido pelo do seu filho, Salomão, que

construiu ali um templo em adoração a Deus,

transformando a cidade no centro da religião

judaica. Daquele, só o Muro das Lamentações

teria restado, sendo assim sagrado para os judeus.

Muro das Lamentações

Templo de Salomão(Reconstituição)

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Cidade Velha (Jerusalém, Israel)

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Por volta do ano 30 d.C., JERUSALÉM foi palco da

crucificação de Jesus, tornando-se também

sagrada para os cristãos. E, em 335,

ergueu-se a Igreja do Santo Sepulcro, no local

do seu sepultamento.

No século II, após uma série de revoltas contra o domínio romano, os judeus foram expulsos

da TERRA SANTA e, com a expansão muçulmana, o Islão chegou à cidade

no século VII.

Igreja do Sto. Sepulcro(335 dC, Jerusalém Israel)

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Entre 688 e 692, os árabes ergueram sobre a pedra onde Abraão teria sido

impedido de sacrificar seu filho Isaac e Maomé

supostamente teria subido ao céu, o Domo da Rocha(Qubbat al-Sakhra), local sagrado para os islâmicos.

Durante as Cruzadas, JERUSALÉM foi alvo da disputa acirrada entre cristãos e muçulmanos

tendo sido conquistada 25 vezes e destruída cerca de

17 vezes ao total.Cúpula do Rochedo(688/92, Jerusalém Israel)