grande avanço produtor integrado de tabaco 5 a partir da esq., volnei pottker, ilto maiberg e...

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avanço Grande O produtor Ilto Maiberg, de Marechal Cândido Rondon (PR), aprova a tecnologia: “O sistema oferece ainda mais eficiência, segurança e facilidades” Sucesso entre os produtores, o Galpão Padrão proporciona boas condições de cura, mais facilidade e comodidade no carregamento e maior durabilidade da construção TECNOLOGIA Confira as vantagens da colheita mecanizada do tabaco Galpão GESTÃO Produtores rurais comemoram as conquistas alcançadas com o Programa Propriedade Sustentável ...e muito mais! Julho/Agosto/Setembro de 2013 – N o 158 – www.souzacruz.com.br

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avançoGrande

O produtor Ilto Maiberg, de Marechal Cândido Rondon (PR), aprova a tecnologia: “O sistema

oferece ainda mais eficiência, segurança e facilidades”

Sucesso entre os produtores, o Galpão Padrão proporciona boas condições de cura, mais facilidade e comodidade no carregamento e maior durabilidade da construção

TECNOLOGIAConfira as vantagens da colheita mecanizada do tabaco Galpão

GESTÃOProdutores rurais comemoram as conquistas alcançadas com o Programa Propriedade Sustentável

...e muito mais!

Julho/Agosto/Setembro de 2013 – No 158 – www.souzacruz.com.br

o produtor iNteGrAdo de tAbAco2

editorial

Envie suas dúvidas, opiniões, sugestões ou críticas para o e-mail: [email protected]

ou entregue sua carta ao orientador agrícola.

Esforços recompensados

migo produtor integrado, relatamos nesta edição, com grande satisfação, que os nossos permanen-tes esforços na busca por soluções que possam contribuir para facilitar o trabalho

na cultura e melhorar a qualidade do tabaco têm surtido o efeito desejado. o Galpão padrão e seu inovador sistema de fechamento, por exemplo, vêm merecendo constantes elogios de produtores que já adotaram essas tecnologias. também o sistema de colheita mecanizada de tabaco Galpão, testado e aprovado por vocês, faz grande sucesso.

Para nós, da Souza Cruz, é gratificante ouvir diretamente de vocês elogios e rela-tos sobre os inúmeros benefícios dessas tecnologias, conforme reportagens publicadas nesta edição. o fato de adotarem as novidades que lançamos e de seguirem nossas recomendações, repassadas pelos orientadores agrícolas, é uma amostra do nosso tra-balho conjunto que fortalece nossa parceria.

Para honrar essa confiança de vocês e alavancar cada vez mais nossa parceria de su-cesso, estamos sempre empenhados em disponibilizar para a cultura de tabaco o que há de melhor no mercado, e que possa contribuir para a sustentabilidade do negócio, sem limites de fronteiras. para chegar a essas soluções, a Souza cruz realiza um amplo e minucioso trabalho de pesquisa, inclusive em diferentes países. Nosso objetivo é co-nhecer as últimas novidades e também identificar os materiais mais indicados para as tecnologias planejadas pela empresa, de forma a garantir um resultado que envolva a máxima qualidade e eficiência para aqueles que delas se beneficiam. A tela laminada da cobertura do novo Galpão padrão, por exemplo, encontramos em israel. trata-se de um produto que oferece inúmeras vantagens, como maior resistência e durabilidade. Vale lembrar que essas tecnologias mais eficientes são exclusividade dos produtores integrados com a Souza cruz.

outra iniciativa que vem alcançando grande êxito é o programa propriedade Sus-tentável. chegamos ao quinto ano, com a participação de muitas famílias. e como bem destaca nesta publicação Adriano Schurhoff, presidente do Sindicato dos trabalhadores rurais de braço do Norte (Sc), o programa é um “modelo do futuro”, que foca na propriedade como um todo, considerando não somente a produção, mas também a preservação do meio ambiente e o bem-estar das pessoas que lá residem.

A propósito, a inovação na busca por melhores condições de vida para produtores e suas famílias é um capítulo permanente na história da Souza cruz. Não por acaso, criamos inúmeros projetos e programas de sucesso, inclusive o revolucionário Sistema integrado de produção, que, ainda hoje, após 95 anos, mantém-se atual e é referência no agronegócio brasileiro.

Forte abraço.

A

Espaço do Leitor

o valor da informaçÃo

Somos produtores integra-dos Souza cruz desde 1996 e sempre tivemos um ótimo rela-cionamento com a empresa e com o nosso orientador agrícola, Henrique Menin. Graças a isso e às informações da revista O Pro-dutor Integrado de Tabaco, con-

dIMaR fROzzaDiretor de Tabaco da Souza Cruz

o produtor iNteGrAdo de tAbAco2

O produtor integrado Rubin Delmar Sievers com a esposa, Cenir, o filho, Charles, e o orientador agrícola Henrique Menin (à esq.)

seguimos aperfeiçoar a produção e melhorar a nossa qualidade de vida. Também nosso filho Charles pôde fazer a faculdade de tecnologia de Gestão Ambiental.

Rubin delmar SieversBarra funda – Novo Machado (RS)

o produtor iNteGrAdo de tAbAcoé uma publicação da Souza cruz S/A, destinada aos produtores integrados de tabaco da companhia.As opiniões manifestadas por terceiros não refletem necessariamente posicionamento da empresa.conselho editorial:dimar frozzafernando Pinheiromaria alice TavaresCarlos PalmaHélio mouraJuliana Barretodaniel Pretomarcos HiragamiClaudimir rodriguesÉrika Glóriafernanda vianaleonora Bardinimartin Schneider Sérgio ricardo

Jornalista responsável:Juliana Barreto (mTB JP 26974 rJ) ([email protected])editor: marcelo de andrade ([email protected])revisão:Eduardo ScofanoProjeto gráfico e produção editorial:via Corporativa Comunicaçãowww.viacorporativa.com.brFoto da capa: Janaína Zilio

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 3

conteúdo desta edição

4 inovaçÃoconheça as vantagens do novo modelo de unidade de cura e secagem para tabaco Galpão

7 SUSTEnTaBilidadEProjeto destaca a diversificação como alternativa para maior rentabilidade no campo

8 HiSTÓria dE SUCESSocom dedicação e coragem para mudar, família Michelotti, do paraná, encontrou no tabaco o caminho da prosperidade

10 rESPonSaBilidadE SoCial Liberdade de associação: um direito do trabalhador rural que pode contribuir para melhorias no campo

nEGÓCio dE família

12 CamPEÕES dE ProdUTividadE Aplicação correta das técnicas agrícolas garante resultados surpreendentes

14 GESTÃo os inúmeros benefícios alcançados com o programa propriedade Sustentável

16 divErSifiCaçÃo produtor aprendeu com o pai as vantagens de conciliar culturas e, hoje, colhe os frutos

17 Clima inverno e primavera terão tempo seco e temperatura elevada

18 TECnoloGia colheita mecanizada faz grande sucesso entre produtores de tabaco Galpão

20 SEGUrança Faça uso correto dos agrotóxicos e tenha um grande aliado na lavoura

Fotos: Arquivo Pessoal

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 3

O produtor Jair Fontana com a esposa, Edione da Fonseca Fontana, o filho, Deivid Marques Fontana, e o orientador agrícola Johni Rocha (à dir.)

22 rECEiTa descubra um segredo especial para preparar deliciosas cucas

23 ESPaço da mUlHEr Saiba como fazer lindos bonecos com palha de milho

24 ParCEriaS dE valor conheça o trabalho de parceria entre produtores integrados e orientadores agrícolas

Pág. 18 Pág. 22

Pág. 16

Gostamos muito de receber a revista O Produtor Integrado de Tabaco aqui em casa. ela traz informações importantes e nos faz lembrar dos manejos que devem ser feitos na lavoura. o camalhão e o plantio direto, por exemplo, foram tecnologias que comecei a aplicar depois

que li as matérias da revista. Já a minha esposa, edione, gosta de pôr em prática as receitas. A nossa parceria com a Souza cruz soma mais de 40 anos.

Jair fontanaalegre do Marco – abelardo

Luz (SC)

o produtor iNteGrAdo de tAbAco4

nova padrão de unidade de cura de tabaco tipo Galpão e o também inovador sistema de fechamento, lançados pela Souza Cruz, já fazem grande sucesso entre produtores

A busca por produtos diferencia-dos e o desenvolvimento de

novas tecnologias são práticas cons-tantes da Souza cruz. o novo mode-lo de unidade de cura e secagem de tabacos do tipo Galpão, criado pela empresa, traz inúmeros benefícios aos produtores integrados: melhores con-dições de cura, com secagem mais rá-pida; redução da necessidade de mão de obra e maior facilidade para o car-regamento do tabaco.

o novo Galpão padrão, que já está em fase de comercialização, foi testado e aprovado por quem mais entende do assunto. “pude observar várias vanta-gens em relação aos modelos antigos. A capacidade de cura é maior em rela-ção aos galpões convencionais, poden-do ser utilizadas 33 plantas por metro quadrado de estaleiro. e a cura, mesmo quando realizada em períodos de chu-va, é perfeita. o sistema oferece ain-

Modelos do futuro

da mais segurança e facilidade, já que podemos fazer o trabalho sem ter que subir nos estaleiros. e mais: o carrega-mento pode ser feito por apenas uma pessoa”, enumera o produtor integrado ilto Maiberg, 48 anos, que testou a nova tecnologia de cura em sua propriedade, localizada em porto Mendes, no mu-nicípio de Marechal cândido rondon (pr), nas duas últimas safras de tabaco.

A resistência é outro ponto forte do Galpão. Segundo o orientador agrícola Volnei pottker, uma forte tempestade ocorreu na região e a nova unidade de cura do ilto resistiu sem qualquer dano.

“A fixação da lona de cobertura com o perfil de alumínio é muito prática e proporciona uma maior durabilidade e resistência para os materiais e para a estrutura da construção, além de melhorar o aspecto visual do galpão”, explica eleandro crestani, analista de pesquisa da Souza cruz. A propósito,

inovação

garantir grande resistência e durabili-dade ao Galpão foi um dos objetivos no novo projeto e, para isso, a empresa não poupou esforços. “realizamos um minucioso trabalho de pesquisa, inclu-sive em outros países, para encontrar os melhores materiais disponíveis no mercado. por exemplo, a tela lamina-da da cobertura, que foi importada de Israel, e o próprio perfil de alumínio utilizado na fixação da tela, ambos de excelente qualidade”, afirma Riscala Mocelin, coordenador de pesquisa da Souza cruz. ele lembra que o Galpão padrão traz vantagens competitivas aos produtores integrados. “É um in-vestimento com resultados na quali-dade do produto e na sustentabilidade do negócio”, acrescenta.

o produtor Amarildo dapont, 37 anos, de Alegre do Marco, no muni-cípio de Abelardo Luz (Sc), que tam-bém testou a nova tecnologia na cura

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 5

A partir da esq., Volnei Pottker, Ilto Maiberg e Eleandro Crestani:

maior capacidade de cura e segurança; abaixo, Ilto confere

materiais do galpão

Amarildo Dapont, o analista de Pesquisa Agrícola Souza Cruz Iradi Pascoaloto (no centro)e o orientador agrícola Johni Rocha, à esquerda

futuro

da safra de tabaco, pode constatar es-ses benefícios.

“estou bastante satisfeito. Notei que o processo de cura foi bem mais rápi-do. essa rapidez garantiu uma exce-lente qualidade do meu tabaco, além de reduzir muito a mão de obra, o que nos deixa mais competitivos e ajuda a elevar os lucros. o novo galpão tam-bém é mais bonito e melhora o aspecto da propriedade”, atesta Amarildo, que já está se preparando para construir mais um Galpão padrão.

novo sistema de fechamento:

adequado para todos os tipos de galpões

com a nova tecnologia do Galpão padrão, surgiu também um inovador sistema de fechamento, que oferece inúmeras vantagens e pode, inclusive, ser utilizado nos demais modelos já existentes. o novo sistema tem maior

Confira as inúmeras vantagens do Galpão Padrão:

Pode ser utilizado para produção de mudas, pré-murchamento e cura;

maior facilidade no carregamento do tabaco, tanto no sistema

de colheita mecanizado quanto no manual;

melhoria das condições de cura, em função da temperatura mais

elevada (a tela permanece fechada durante todo o processo de cura e a nova lona de cobertura também

contribui para aquecer o ambiente) e da melhor ventilação em relação

aos modelos convencionais;

Sistemas de fixação da cobertura e das cortinas laterais

proporcionam maior qualidade e durabilidade ao galpão;

Praticidade na montagem e na construção;

Possibilidade de construção do galpão próximo à lavoura e redução da mão de obra no

processo de colheita;

facilidade e comodidade no manejo da secagem e cura, tendo em vista que o sistema

de fechamento com tela agrícola não necessita de mão

de obra para manejo;

Cura mais rápida, além de maior praticidade e velocidade na retirada das plantas curadas.

Foto

s: Ja

nain

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ílio

resistência e durabilidade e reduz a mão de obra no manejo.

“Avaliamos diferentes materiais e for-mas de fixação, para desenvolver um modelo de fechamento padrão eficaz, durável e que facilitasse o trabalho do produtor. chegamos a esse modelo, que é bastante resistente e que perma-nece fixo durante toda a cura e secagem do tabaco”, explica riscala Mocelin.

outra vantagem do novo sistema é que pode ser utilizado em todos os modelos de galpões disponíveis. “o produtor que ainda não aderiu ao modelo pode manter a estrutura do seu galpão e implantar o novo fecha-mento, ou substituir a antiga lona por esta inovadora técnica que usa a tela agrícola preta 65%”, diz Mocelin.

Alguns produtores que já utilizam o novo sistema de fechamento percebe-ram, na prática, os seus benefícios. É o caso de Jandir Zanetin, 56 anos, que

“Realizamos minuciosa pesquisa para encontrar

os melhores materiais disponíveis no mercado”

riscala mocelin,coordenador de pesquisa

o produtor iNteGrAdo de tAbAco6

melhoria do aspecto visual dos galpões de cura e, consequentemente, das propriedades;

maior durabilidade e resistência da cortina de fechamento;

maior facilidade e praticidade na instalação;

Pode ser utilizado em galpões novos e em qualquer tipo de galpão;

Redução significativa de mão de obra, uma vez que a cortina permanece fixa durante a secagem do tabaco.

há 33 anos planta tabaco em parceria com a Souza cruz na sua propriedade, que também fica em Alegre do Marco, no município de Abelardo Luz (Sc). “Fechei o galpão com o novo sistema em janeiro de 2013 e já realizei uma cura nele. posso garantir que a mão de obra diminui bastante, porque não precisa de manejo, já que fica fechada durante todo o período de cura. Além disso, passamos por um período de bastante chuva e ele se mostrou mui-to eficiente na proteção das plantas, pois a nova tela impede os respingos de água no tabaco, sem vedar a pas-sagem de vento de que ele precisa”, frisa Jandir.

clecio Martins, 49 anos, produtor em três irmãs, no município de Mer-cedes (pr), adotou o novo sistema de fechamento nos dois galpões Gb2, em 2012, e, depois de duas curas, recomen-da a novidade a todos os produtores.

“A Souza cruz sempre nos apresen-ta inovações tecnológicas que trazem melhorias tanto para o produtor como para o tabaco, e essa foi uma delas. com o novo sistema, já pude perceber que meu tabaco ficou mais equilibra-do, tendo a umidade e o vento neces-sários para a cura. Além disso, tem a vantagem de ser um sistema de fácil

instalação, baixo custo e alta durabili-dade”, destaca clecio.

o orientador agrícola Vanderlei Lenhardt confirma que, com esse siste-ma, o produtor vai ter menos perdas e mais qualidade. “com a adequada cir-culação de ar, o tabaco não fica úmido e não esfarela nas pontas”, alerta.

AtEnção, PRodutoR!!!

Se quiser mais informações sobre o novo Galpão Padrão e o

inovador sistema de fechamento, consulte o seu orientador agrícola.

Jandir Zanetin: “Fechamento de galpão reduz mão de

obra e é eficiente na proteção contra a chuva”

Entre Vanderlei Lenhardt (à esq.) e Eleandro

Crestani, Clecio Martins ressalta facilidade de

instalação do sistema

Conheça os benefícios do inovador sistema de fechamento de galpões:

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 7

André Dupont: “A produtividade

que alcancei é 60% maior do que a

média da região”

Por meio do Programa muito mais renda, produtores integrados alcançam maior produtividade e rentabilidade com a lavoura de milho

SuStentabilidade

r econhecida como excelente al-ternativa para se obter renda

extra nas propriedades rurais, inclusive no período da entressafra do tabaco, a cultura do milho ganhou um impor-tante aliado, que oferece toda a assis-tência técnica necessária para o produ-tor integrado aumentar ainda mais a rentabilidade com a produção do grão. trata-se do programa Muito Mais ren-da, criado pela bayer cropScience, em 2011, e desenvolvido em parceria com a Souza cruz, por meio do qual os pro-dutores integrados contam com o su-porte técnico desde o preparo do solo até a colheita do milho.

“o principal objetivo do Muito Mais renda é incentivar essa forma de diver-sificação de cultura durante a entressa-fra do tabaco, oferecendo aos produto-

res rurais assistência especializada para que possam obter rentabilidade maior, com aumento da produtividade e da qualidade do milho produzido”, expli-ca o gerente de cultura do milho da bayer cropScience, tiago Nascimento.

produtor integrado Souza cruz há 26 anos, André dupont participa do Muito Mais renda desde que o projeto--piloto foi lançado e já colhe importan-tes frutos. “A produtividade que alcan-cei, de 120 sacas/ha, é 60% maior do que a média da região. com o progra-ma, a gente ganha mais conhecimento sobre a cultura e, por essa razão, a pro-dutividade e a qualidade do milho me-lhoram muito”, ressalta dupont. em sua propriedade de 20 hectares, locali-zada em João rodrigues, no município de rio pardo (rS), André planta 4,8 ha de tabaco e 9 ha de milho, sendo 6 ha na safra e 3 ha na resteva do tabaco.

Ainda em fase de projeto-piloto, o Muito Mais renda é realizado nas regi-ões de Santa cruz do Sul, canguçu e Santa Maria, no rio Grande do Sul, com cerca de 150 produtores. “Nos anos de 2011 e 2012, os produtores que partici-pam do programa tiveram aumento re-

Alternativa rentável

comparativo de produtividade média safra 2012/2013

82,18

104,35

produtividade média na região

Sacas/ha 0 20 40 60 80 120100

produtividade média do programa Muito Mais renda

al de renda com o milho. e eles ainda relatam que a rotação de cultura traz benefícios ao tabaco, melhora as condi-ções do solo e reduz a incidência de pra-gas e doenças”, destaca tiago.

o gerente de produção Agrícola da Souza cruz, na regional Sul, Sergio ricardo, lembra que a lavoura de taba-co, por ocupar áreas menos extensas, é uma das alternativas de diversifica-ção, juntamente com outras culturas, como o milho, contribuindo para a sustentabilidade do negócio.

Atenção, produtor: para obter mais informações sobre o programa muito mais renda, consulte o seu orientador agrícola.

fonte: Bayer CropScienceÁrea pesquisada: Santa Cruz do Sul (RS)

Car

olin

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História de Sucesso

H á pouco mais de 40 anos, de-pois de juntar dinheiro traba-

lhando nas lavouras de um tio em três de Maio (rS), ilmo Luiz Miche-lotti conseguiu comprar sua primei-ra propriedade. com 8,5 hectares, as terras ficavam no município de Santa rosa (rS), onde vivia a então namo-rada clarinda, com quem se casaria em seguida.

por cinco anos, o casal plantou milho e soja. “Não tínhamos um bom lucro com a nossa produção. por isso sentimos necessidade de fa-zer algo diferente. Foi nessa época que alguns amigos e parentes nos falaram sobre uma região do paraná que era boa e próspera, então resol-vemos nos mudar”, relembra ilmo, hoje, aos 64 anos.

eles venderam as terras, em Santa rosa, e, junto com os pais de clarinda, compraram uma área de 14,5 hectares em Linha ibiaçá, no município de dois Vizinhos (pr). “Nessa época, nossa primeira filha já tinha nascido. Foi um verdadeiro recomeço”, resume clarin-da. “e não foi tão fácil como imaginá-vamos. tivemos que trabalhar muito para deixar a nova propriedade em condições de iniciar as lavouras de soja e milho”, ressalta ilmo.

nova faseMas, apesar de todo o empenho e

dedicação, a situação financeira ainda estava muito longe de atender às ne-cessidades da família. “o que ganháva-mos dava somente para pagar as con-tas”, diz ilmo, que após alguns anos passou também a plantar tabaco. Mas, a grande mudança, que representou uma evolução na vida do casal, aconte-ceu cinco anos depois, em 1998. “Foi quando começamos a trabalhar com a Souza cruz, e a receber orientação para garantir o sucesso da safra, que tudo mudou para muito melhor”, des-taca o produtor.

Aposta valiosaA nova fase começou com a planta-

ção de 60 mil pés de tabaco do tipo burley. e, já na primeira safra, tiveram uma grande surpresa. “o lucro foi muito bom. Logo conseguimos cons-truir uma casa bem confortável e, um ano depois, compramos nosso primei-ro trator”, comemora. As conquistas

não ficaram por aí. “Substituímos o trator por um mais moderno e com-pramos também dois carros”, acres-centa ilmo.

parte do lucro que alcançaram, ilmo e clarinda investiram na produ-ção. Há dois anos, os Michelotti im-plantaram a irrigação por goteja-mento na propriedade. desde então, foi possível produzir duas safras por ano, cada uma com 30 mil pés de ta-baco, em uma área de 1,55 hectares. “Antes de poder dividir a produção, garantimos a contratação de mais mão de obra e o aluguel de galpões de vizinhos”, recorda ilmo. para a fa-mília, a irrigação foi a decisão mais acertada que tomaram. “Foi a me-lhor coisa que poderia ter aconteci-

do”, atesta André Luiz Michelotti, 32 anos, filho de Ilmo, que trabalha com o pai na propriedade. o investi-mento que fizeram na irrigação se reverteu em lucro: “o que tu inves-tes no sistema, tu praticamente ga-nhas já na primeira safra, com o lu-cro maior”, garante.

o orientador agrícola Abílio toigo, que sempre deu assistência para os Michelotti e acompanhou de perto a história da família, confirma que a irri-gação mudou ainda mais a vida deles: “Além de poder dividir o trabalho em duas safras, aumentou muito a produ-tividade. Antes, produziam 1.700 kg para cada 30 mil pés e depois passa-ram para 2.600 kg, com a mesma quantidade plantada”, diz Abílio.

Apostando na diversificação, além do tabaco, a família produz milho, soja e leite. “o tabaco é uma importantíssi-ma fonte de renda e já nos ajudou a aumentar a criação de gado de leite, pois com os lucros da safra também conseguimos comprar a ordenhadeira e o resfriador”, finaliza André.

Dedicação: Ilmo, Abílio Toigo e André Michelotti (à dir.) observam

o desenvolvimento das plantas

o produtor iNteGrAdo de tAbAco8

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 9

Sem medo de recomeçar, família michelotti, do rio Grande do Sul, muda de estado, investe na produção de tabaco e, com isso, acumula inúmeras conquistas

9o produtor iNteGrAdo de tAbAco

Quando começamos a plantar para a Souza

Cruz, e a receber orientação para

garantir o sucesso da safra, tudo mudou para muito melhor

Ilmo Michelotti

Fotos: Junio Nunes

Família produz duas safras por ano, com uso de irriga-ção por gotejamento, com resultados excelentes

o produtor iNteGrAdo de tAbAco10

máxima de que “a união faz a força” ganha sentido quando

grupos com interesses comuns se reú-nem em organizações e sindicatos para discutir os seus direitos. A liber-dade de associação, sem interferên-cia do estado ou de governos, é, in-clusive, um dos princípios funda-

direito garantido na Constituição, a união de trabalhadores em

associações e sindicatos é uma forma eficaz de

discutir interesses comuns

mentais da democracia e um direito garantido na constituição Federal.

“com a evolução social, a capaci-dade de organização se tornou essen-cial, pois é um meio eficaz e seguro de garantir a manutenção dos direitos individuais e coletivos”, lembra Ne-fhar borck, advogado da Federação

Questão de

cidadaniaA

reSponSabilidade Social

Com a presença do Secretário da Agricultura de Santa Catarina, João Rodrigues, associados da Uniagri celebram resultados positivos

Arq

uivo

Uni

agri

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 11

dos trabalhadores na Agricultura do estado de Santa catarina (Fetaesc).

Benefícios conjuntosuma experiência bem-sucedida

de associativismo é a união das Asso-ciações dos Agricultores de ituporan-ga (uniagri), em Santa catarina. cria-da em 2004, a instituição congrega, aproximadamente, 1.050 famílias de pequenos agricultores de um total de 32 associações. com o suporte aos produtores rurais nas áreas adminis-trativa, tecnológica, de saúde e finan-ceira – e utilizando recursos de ór-gãos governamentais e não governa-mentais para a realização dos proje-tos –, a uniagri promove também a

profissionalização e a conscientização dos agricultores, para que atuem a fim de garantir a sustentabilidade dos negócios rurais.

“os produtores têm participações expressivas nas decisões da uniagri. periodicamente, são realizadas reuni-ões nas associações com seus dirigen-tes e associados, nas quais são discuti-dos, de forma democrática, os proce-dimentos e as ações a serem realiza-das, com o objetivo de que o grupo cresça, prospere e se multiplique. ou seja, desta forma, buscamos o associa-tivismo dentro da comunidade em que os produtores estão inseridos”,

ressalta orestes demarchi, presidente da uniagri.

edson Schlemper, 48 anos, produ-tor integrado Souza cruz há 30 anos, tornou-se membro da uniagri em 2004. “Associados, os produtores têm mais força, e essa ação conjunta resulta em melhorias na produção e na qualidade de vida”, justifica Ed-son. Segundo ele, que tem uma pro-priedade de 15 hectares (ha) em Alto Águas Negras, no município de itu-poranga (Sc), na comunidade onde vive há uma associação que, por meio da uniagri, disponibiliza para os pro-dutores mais de 30 equipamentos agrícolas e um trator traçado, a custo reduzido. “Além disso, a uniagri ofe-rece curso de informática gratuito, programa de saúde rural feminina com projeto de dança e ginástica la-boral, serraria móvel e beneficiamen-to da madeira, e retroescavadeira pa-ra uso nas propriedades”, enumera edson, que, além de produzir seis hectares de tabaco, planta 3 ha de milho e tem 4 ha de pastagem.

• Inclusão digital: Em parceria com o Programa Beija-flor, com a Souza Cruz e com a Prefeitura municipal, a Uniagri mantém seis laboratórios de informática com internet para 700 pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos.

• Saúde Rural Feminina: Com o objetivo de promover a qualidade de vida de 500 produtoras rurais de 10 comunidades da região, são oferecidas aulas de dança e ginástica laboral com professor de educação física e acompanhamento médico.

• Serraria móvel: Para reforma e construção de casas, estufas e cercas, além da confecção de palets, a estrutura da serraria é levada até a propriedade rural, reduzindo os custos e aumentando a lucratividade do produtor.

“As liberdades de reunião e de associação, de forma pacífica, e não necessariamente ligadas a interesses econômicos

ou profissionais, garantem a existência da sociedade civil, que, por sua vez, assegura o regime democrático”

nefhar Bork,advogado da Fetaesc

Suporte de valor

conheça alguns dos projetos da uniagri voltados às famílias produtoras de ituporanga

Edson Schlemper com a mulher e as filhas:

associados, os produtores têm mais força

Nan

a Fo

togr

afias

o produtor iNteGrAdo de tAbAco12

m produtor que adora o que faz e está sempre empenhado em

conseguir o máximo de qualidade e de produtividade, buscando se superar a cada safra. Foi dessa forma que ivo Ste-fanowski, 53 anos, conseguiu atingir, em 2012, a marca de 4.780 quilos de tabaco por hectare (ha) – 64% acima da média da região. “em cinco anos, au-mentei em 50% a quantidade de tabaco que colho por hectare. Mas, quero me-lhorar ainda mais”, diz, com orgulho.

o desempenho de ivo vem cres-cendo gradativamente, safra a safra.

Prazer com o que faz, atenção permanente à produção e investimentos em tecnologia são a receita da família Stefanowski para o sucesso nas safras de

em 2008, ele produziu 3.177 quilos por hectare; em 2009, 3.670; em 2010, 3.970; em 2011, mesmo com toda a chuva de granizo, chegou a 3.575 kg/ha.

“Sigo sempre as recomendações do orientador agrícola e participo das reu-niões da empresa, pois nelas aprendo muito sobre a cultura. Além disso, pro-curo me qualificar. Participei do treina-mento Nr31, que ensina a trabalhar de forma correta na aplicação dos agrotóxi-cos, e, juntamente com minha esposa, fiz parte do SOL Rural, que ajudou a melhorar a organização da proprieda-de. Foram programas fundamentais pa-ra aumentar a produtividade”, conta. ivo divide com os leitores outro ensina-mento que julga essencial para o suces-so da produção: “É preciso estar sempre atento ao que se passa em cada safra e fazer da experiência um aprendizado para a safra seguinte”, diz o produtor.

Na propriedade dos Stefanowski, na localidade de São pedro, em itaió-polis (Sc), os cuidados com a lavoura são permanentes. “durante a semana, cuido para que seja feito tudo que é necessário e recomendável para o bom desenvolvimento da lavoura, e, aos do-mingos, confiro para ver se está tudo certo. costumo dizer que vou passear pela lavoura”, revela ivo. ele e a esposa, Marilene Stefanowski, são parceiros da Souza cruz há 25 anos. dos 17,5 ha da propriedade, 7,5 ha são destinados à cultura e, o restante, à lavoura de milho e feijão e à criação de frango, porco e peixe, tudo para consumo doméstico. “Também temos uma área de reflores-tamento, que já começa a dar os pri-meiros lucros”, destaca ivo.

o orientador agrícola da Souza cruz Sérgio Malinoski, que há oito anos acompanha os Stefanowski, acrescenta que o sucesso que alcança-

olhar atento

u

campeõeS de produtividadeFo

tos:

Juni

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unes

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 13

“A correção do solo, o bom manejo, a escolha de uma

cultivar adequada e a observação da época

correta de plantio podem garantir uma excelente safra para

o produtor. Basta que ele esteja disposto a pôr em prática todos

os ensinamentos”Sérgio malinoski,Orientador agrícola

Entre a esposa, Marilene, e o orientador agrícola Sérgio Malinoski, o produtor Ivo Stefanowski mostra a bonita e bem-cuidada propriedade

ram se deve também ao fato de esta-rem sempre abertos às novidades, tanto no que se refere ao cultivo da lavoura quanto à mecanização. “ivo foi um dos primeiros produtores da região a fazer o plantio do tabaco no camalhão alto de base larga. Já na pri-meira safra, os resultados foram signi-ficativos. A correção do solo, o bom manejo, a escolha de uma cultivar adequada e a observação da época correta de plantio podem garantir uma excelente safra para o produtor. Basta que ele esteja disposto a pôr em prática todos os ensinamentos”, ensi-na Malinoski.

Evolução contínuaQuando se casaram, há 30 anos,

ivo e Marilene Stefanowski trabalha-ram cuidando de uma chácara na lo-calidade de iracema, também em itai-ópolis (Sc). passados dois anos, por

ocasião do falecimento da mãe de Marilene, eles se mudaram para a propriedade do pai dela, Alexandre rodycz. Foi nessa ocasião que come-çou a história dos Stefanowski com o tabaco. Junto com o sogro, ivo plan-tou, durante três anos, oito mil pés de tabaco. Após esse período, Alexandre concedeu 7,5 hectares de terras ao casal, que então fez a sua própria la-voura de 25 mil pés de tabaco em uma área de 1,5 ha.

pouco tempo depois, em 1988, ivo construiu a primeira unidade de cura. Hoje, tem duas, uma delas LL. “Na medida em que nossa produção ia au-mentando, nós conseguíamos adqui-rir novas tecnologias, o que impulsio-nou significativamente a produtivida-de, a rentabilidade e a gradativa me-lhoria da qualidade de vida. Há oito anos, compramos mais 10 hectares de terra”, comemora ivo.

o produtor iNteGrAdo de tAbAco14

ma gestão mais eficiente, com maior controle financeiro do

negócio, e, por consequência, mais segurança para tomar decisões e au-mentar o lucro. dessa forma, o pro-dutor claudio Joel Liebl, 41 anos, re-sume os benefícios que vem alcan-çando desde que, juntamente com a família, começou a participar do pro-grama propriedade Sustentável, há dois anos. desenvolvido pela Souza cruz em parceria com a epagri (Sc), Fetaesc, Fetag/rS e Fetaep para capa-citar o pequeno agricultor e sua famí-

Produtores integrados comemoram benefícios alcançados por meio do programa Propriedade

Sustentável, que oferece suporte para a gestão

planejada e bem-sucedida dos negócios rurais

lia a fim de que possam gerir a pro-priedade de forma sustentável, o pro-grama faz grande sucesso entre os produtores integrados.

“As ferramentas do propriedade Sustentável nos ajudam a analisar e conhecer a capacidade produtiva, os custos, os lucros e a planejar a diversi-ficação. Com isso, conseguimos inves-tir melhor o dinheiro e aumentar nos-so lucro, o que garante a nossa perma-nência no campo, com boa qualidade de vida”, destaca claudio, que é de uma família de produtores de tabaco. o pai dele, José Liebl Junior, 66 anos, é integrado à Souza cruz desde 1973, também trabalha como transportador e, dos sete filhos, apenas uma, que é enfermeira, não atua na cultura.

integração A esposa de claudio, Sonia car-

mem Grosskopf, 37 anos – que divide com o marido a administração da propriedade –, conta que, desde que começou a participar do propriedade Sustentável, a família está mais envol-vida e unida nas tomadas de deci-sões. “Nosso filho José Ezequiel, de 17 anos, que estuda no colégio agrí-cola de rio Negro (pr), ajuda o pai com as planilhas de controle da pro-dução no computador”, conta ela, que é mãe também de emanueli ca-roline, 11 anos, que cursa o 5o ano do ensino Fundamental.

Na propriedade de 11 hectares lo-calizada em Quicé, no município de piên (pr), além do tabaco, a família Liebl planta milho, feijão e eucalipto para comercialização, cria galinha, porco e gado, para o consumo pró-prio, e cultiva horta.

“Joel e a esposa são muito dedica-dos e comprometidos. têm interesse

transformação no campo

u

GeStão

Claudio Joel Liebl, a esposa Sonia Grosskopf, os filhos José Ezequiel e

Emanueli e o orientador agrícola Reginaldo Dombroski (à dir.): renda e

gastos da propriedade sob controle

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 15

transformação no campo Claudio e o pai, José Liebl Junior, que é transportador: o valor do planejamento

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Sendo assim, foca no Índice de Felicida-de da Família, pois de nada adianta ter boa renda e alta produtividade se as pessoas não estiverem felizes”, frisa.

o vice-presidente e coordenador do departamento de política Agrícola da Federação dos trabalhadores na Agricultura do rio Grande do Sul (Fe-tag), carlos Joel da Silva, aponta outro fator que demonstra a importância do programa. “Nas últimas décadas, a produção agrícola no brasil passou por transformações profundas e, em especial, a agricultura familiar deixou de ser especificamente para consumo próprio e alcançou o mercado. o pro-dutor precisa, portanto, estar sempre

em melhorar cada vez mais e seguem todas as orientações para isso. inclusi-ve, estão sempre dispostos a partici-par de programas e cursos. Assim, o sucesso é garantido”, destaca o orien-tador agrícola reginaldo dombroski, que atende à família.

rumo ao futuroHá cinco anos transformando a vida

de produtores rurais e de suas famílias, o propriedade Sustentável já envolve 240 famílias dos três estados do Sul do país. “percebemos que os jovens que, juntamente com a família, participam do programa passaram a se interessar pela atividade rural e deixaram de lado a vontade de sair do campo para pro-curar um emprego na cidade. obser-vamos também uma mudança positiva na aparência e na organização das pro-priedades. os agricultores perceberam o quanto é importante ter o controle financeiro do negócio”, enumera Adriano Schurhoff, presidente do Sin-dicato dos trabalhadores rurais de bra-ço do Norte (Sc), ao falar sobre os prin-cipais benefícios do programa. ele res-salta, ainda, o caráter inovador do pro-priedade Sustentável. “É o modelo do futuro, em que o técnico não vai até a propriedade somente para ver a pro-dução, mas para analisá-la como um todo, tendo como interesse não ape-nas os animais e a plantação, mas a va-lorização das pessoas que lá residem.

“de nada adianta ter boa renda e alta

produtividade se as pessoas não

estiverem felizes”adriano Schurhoff, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais

de Braço do Norte (SC)

Na mídia

bem informado e com ferramentas para planejar o negócio rural e, assim, garantir espaço nesse concorrido mer-cado”, diz, lembrando que a agricul-tura familiar é responsável, hoje, por nada menos que 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros.

Na avaliação dele, o brasil avançou muito nos últimos anos em políticas públicas para a agricultura familiar, com ações como crédito rural, progra-ma de seguro agrícola e de comercia-lização, mas é preciso investir cada vez mais na capacitação do produtor. “pa-ra que essas políticas possam ser po-tencializadas, é fundamental avançar no planejamento das propriedades e das atividades rurais. A sustentabilida-de da atividade rural passa por pro-gramas como o propriedade Sustentá-vel”, afirma.

carlos Joel elogia a iniciativa da Souza cruz de criar o programa. “o propriedade Sustentável demonstra a preocupação da Souza cruz com a sustentabilidade da produção do ta-baco. Não tenho dúvida quanto ao sucesso dessa iniciativa e a maior pro-va disso é a satisfação das famílias be-neficiadas”, acrescenta.

no último mês de julho, o Propriedade Sustentável foi destaque no noticiário da região de Santa Cruz do Sul (rS). Em uma coletiva de imprensa na propriedade do produtor integrado andré dupont, em rio Pardo, os jornalistas conheceram os resultados práticos do Programa. várias matérias foram publicadas na imprensa naquela ocasião, inclusive em canais de televisão. Confira uma das matérias no Portal Gaz: www.gaz.com.brCom a família, o produtor André Dupont comemora os resultados do Propriedade Sustentável

o produtor iNteGrAdo de tAbAco16

Cada vez mais importante para o sucesso das propriedades rurais, diversificação de culturas atravessa gerações

d

diverSificação

Produto de qualidade:

Joacir Fabro e Ademir Biff

conferem a qualidade

da safra

ganhosSoma de

iversificar a produção e apro-veitar da melhor forma possí-

vel a área de plantio sempre foram princípios seguidos à risca pelo produtor Joacir Fabro, 57 anos. os 78 hectares de terras da família, no município de urussanga (Sc), são divididos entre a produção de taba-co Amarelinho e Virgínia, lavoura de milho, pasto para a criação de gado e, ainda, mata nativa, que ocupa 20 hectares. Além disso, eles plantam feijão e cultivam uma horta para o consumo doméstico. “A possibilida-de de ter colheitas o ano inteiro com culturas alternativas é uma garantia de lucro e de que minha família vai ter mais qualidade de vida”, atesta Joacir Fabro.

o produtor aprendeu a importân-cia da diversificação de culturas com Joacir Fabro entre a mulher, Leonice, e a filha, Isabel, 13 anos; o filho Fábio, 15 anos; a

sogra, Irma Feltrin, e o orientador agrícola Ademir Biff (à dir.)

Milho: diversificação de culturas é garantia de sustentabilidade

ganhos s temperaturas da água no Pacífico Equato-rial mantêm-se em torno da média na parte mais central do oceano, e ligeiramente

abaixo da média na costa da América do Sul, carac-terizando a condição de neutralidade. para os pró-ximos meses, os modelos matemáticos indicam um aumento das temperaturas superficiais ao lon-go do Pacífico. A estimativa, no entanto, é de que o desvio varie entre 0,1ºc e 0,3ºc positivos, o que não altera a condição de neutralidade ao longo do inverno e também da primavera.

Nos estados do Sul do brasil, as chuvas devem continuar com frequência, porém com volumes bem irregulares. o destaque será a passagem, pela região, de massas de ar frio que devem fazer com que as temperaturas sejam típicas da estação, com possibilidade de eventos de geadas nos próximos meses (julho e agosto).

para a primavera, apesar da previsão de retorno das precipitações para o Sudeste, centro-oeste, Norte e Nordeste, a tendência é de acumulados abaixo da média e de precipitações irregulares. Já no Sul, a estação será caracterizada por precipita-ções fortes em setembro e outubro e diminuição das chuvas em novembro. A estação será bem mar-cada na transição entre o frio e o calor. No trimes-tre setembro-outubro-novembro, as temperaturas ficarão na média ou ligeiramente acima dela em todo o interior do país.

A

inverno e primavera com tempo seco e temperaturas acima da média

clima

Fonte: www.somar.com.br

os pais, que plantavam tabaco para a Souza cruz em palmeira do Meio, também em urussanga (Sc). “Meu pai foi um dos primeiros produtores de tabaco da região. depois dos 18 anos, eu comecei trabalhando com ele na lavoura, e ele sempre valo-rizou a diversificação”.

muito mais vantagensesse ensinamento sem-

pre acompanhou Joacir. em 1997, depois que se casou com Leonice Fel-trin, ele se mudou para a propriedade do sogro. em 2001, o casal plantou a primeira lavoura de taba-co. A economia nos custos da produção, alcançada com a diversificação de culturas, garantiu uma lucratividade ainda maior para a família, que logo construiu a primeira estufa LL e, nos dois anos seguin-tes, mais duas. depois que o pai de Leonice faleceu, em 2007, eles herdaram as terras. Hoje, a propriedade de Joacir Fabro reúne as

áreas herdadas do pai, do sogro e novas aquisições.

“Faço o plantio direto do tabaco aproveitando a palhada do milho e, com os resíduos da adubação do tabaco, planto o milho. essas são as nossas prin-cipais culturas. o tabaco, pelo rendimento financei-ro, e o milho, por ser uma lavoura 100% mecanizada, que não necessita de con-tratação de mão de obra”, complementa Joacir.

responsável pela admi-nistração da casa, Leonice Feltrin, que também aju-da o marido a comandar a propriedade, afirma não ter dúvidas de que diversi-ficar a produção é o cami-nho para a manutenção dos produtores no campo. “Quem diversifica tem a ga-rantia de renda o ano todo, principalmente porque fica muito menos sujeito às mudanças climáticas ou às variações do mercado. É a segurança da estabilidade e do bem-estar da família”, atesta ela, que tem dois fi-lhos, Fábio e isabel.

• Proteção do solo;

• Aumento da lucratividade da propriedade;

• Melhor aproveitamento dos recursos (inclusive mão de obra e equipamentos);

• Redução dos custos de produção.

Benefícios da diversificação

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o produtor iNteGrAdo de tAbAco 17

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Sistema de colheita mecanizada é adotado com sucesso e traz excelentes resultados para os produtores integrados

tecnologia

Ágil e eficiente

u ma redução de até 80% da mão de obra, nas etapas de corte e

carregamento, é o principal benefício do sistema para a colheita mecanizada de tabaco Galpão, utilizado junto com a carreta basculante. A nova tecnolo-gia, que a Souza cruz trouxe para o brasil, em 2011, faz grande sucesso entre os produtores. depois de passar por uma criteriosa fase de testes, o equipamento – aprovado, com lou-vor, pelos produtores – já está dispo-nível para ser comercializado.

“A mecanização é uma necessidade, uma vez que existe escassez de mão de obra básica no campo, principalmente para as atividades temporárias, como a colheita do tabaco. e não somente nesta

cultura, mas também em outras, como milho e feijão, por exemplo. buscar no-vas tecnologias, aplicáveis a cada reali-dade, é a alternativa mais adequada pa-ra obter maior produtividade e conforto para o produtor”, enfatiza Alex rodrigo Villa, pesquisador da Souza cruz.

Jacir José Valiati, 48 anos, é um dos produtores integrados Souza cruz que adquiriram os equipamentos para a colheita mecanizada do tabaco Gal-pão. em sua propriedade, localizada em porto Mendes, no município de Marechal cândido rondon (pr), a co-lheita dos 260 mil pés de tabaco da última safra foi totalmente realizada pela colhedora. “estou plenamente satisfeito com a máquina. ela é de fácil manutenção e simples de operar. eu não trabalharia mais sem ela”, afirma o produtor. Segundo Jacir, a mão de obra na região está com o custo muito alto e, por conta disso, ele previa ter que diminuir a área plantada. “Sem a colhedora, eu teria reduzido 50% da minha lavoura, mas agora eu posso até pensar em aumentá-la”, revela.

A partir da esq., o orientador agrícola Volnei Pottker, o analista de pesquisa Vinício Cemin, o produtor Jacir

Valiati e o analista de pesquisa Eleandro Crestani

e as vantagens não param por aí. Jacir conta que, como a colheita se tornou mais rápida, isso evita que o tabaco fique mais tempo do que o ne-cessário no campo e corra o risco de queimar e gerar perdas.

produtor integrado há 17 anos, Ar-lindo Kock, 52, também não poupa elogios à colheita mecanizada. ele ad-quiriu a colhedora e a carreta bascu-lante em parceria com o filho André Sidnei Kock, 28 anos, que é seu sócio na produção de tabaco, na proprieda-de da família em três irmãs, no muni-cípio de Mercedes (pr). “No sistema anterior, precisávamos cortar o pé de tabaco, deixar no chão e depois reco-lher”, conta Arlindo.

os produtores Valdir Vendramin, 56 anos, seu filho Valmir, 33 anos, e seu genro Marcelo pinto correa, 30 anos, também adquiriram uma colhedora em sociedade. como cada um tem a sua propriedade, em Sanga Alegre, Mercedes (pr), eles realizam a colheita do tabaco em momentos diferentes e conseguem um ótimo resultado. “co-

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 19o produtor iNteGrAdo de tAbAco 19

para começar

Arlindo Kock (à dir.) e o filho André:

progresso em sociedade

Abaixo, Valdir Vendramin com o

filho, Valmir; ao lado, o genro,

Marcelo Correa: agilidade para

a produção

mo a colheita mecanizada é mais rápi-da, uma única colhedora faz o serviço nas três lavouras”, explica Valmir.

atenção permanente ao produtor

A Souza cruz investe, continua-mente, em pesquisa sobre novas tec-nologias, a fim de facilitar o trabalho do produtor integrado e garantir a qualidade da produção. um exemplo de inovação lançada pela empresa, com grande sucesso, é a estufa LL, que revolucionou a cura do tabaco Virgínia. o equipamento foi introduzi-do nas lavouras dos produtores inte-grados há mais de 15 anos. “Quando foi lançada, fazendo uma comparação com a estufa convencional, houve uma redução de 50% da mão de obra necessária para curar a lavoura. ou se-ja, tornou-se possível fazer o mesmo trabalho com a metade do esforço”, pontua o pesquisador da Souza cruz Valdir Milak.

Versatilidade

A carreta basculante é indispensável para o produtor que possui a colhedora e também traz muitos benefícios para quem faz o corte manual de tabaco Burley e Comum. Confira algumas vantagens:

• A estrutura da carreta facilita o carregamento do tabaco;

• O tabaco não entra em contato com o solo durante o descarregamento, permanecendo, portanto, limpo;

• Facilidade no descarregamento: após bascular a carreta, o tablado com o tabaco desliza para fora do veículo. em seguida, coloca-se um novo tablado e, imediatamente, a carreta está pronta para receber uma nova carga.

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consulte o seu orientador agrícola e saiba como obter a colhedora e a carreta basculante.

Colhedora de tabaco Virgínia em fase de testes

A Souza cruz vem realizando testes com diversos modelos de equipamentos para facilitar a colheita de tabaco Virgínia, a fim de identificar o que melhor se adapta a essa lavoura, no Brasil. As pesquisas foram iniciadas em 2010 e envolvem, também, as melhores técnicas de manejo do solo, da cultura e da cura, para o sistema mecanizado. “Fazemos os testes com os melhores equipamentos disponíveis mundo afora e já alcançamos resultados positivos. A colheita mecanizada do Virgínia é mais complexa, porque deve ser realizada em diversas etapas e com o cuidado de não danificar as folhas que permanecem na planta”, explica o pesquisador da Souza cruz Jeronimo Scremin.

o produtor iNteGrAdo de tAbAco20

Utilizados dentro das recomendações e na

quantidade correta, os defensivos agrícolas são

grandes aliados do produtor para garantir a qualidade

da safra

Segurança

medidaA dose correta é o que diferencia

o veneno do remédio”, já dizia o médico suíço paracelso. A observa-ção é da pesquisadora científica da Souza cruz tatiana Moraes para aler-tar os produtores de tabaco sobre a importância do uso correto dos agro-tóxicos, o que garante maior seguran-ça ao agricultor e a sua família e não compromete a qualidade da safra.

“É fundamental ler a bula do pro-duto, seguir as instruções e agir de forma responsável. Somente agrotó-xicos registrados especificamente pa-ra a cultura podem ser aplicados”, frisa tatiana. para não errar, o agricul-tor precisa, portanto, estar bem infor-mado. por meio do orientador agrí-cola, os produtores integrados Souza cruz têm acesso a todas as informa-ções necessárias para a utilização des-ses produtos.

“caso seja necessário, use somente agrotóxicos indicados no pacote tec-nológico. dessa forma, o produtor tem a segurança de que está utilizan-do um produto registrado legalmente e o mais indicado para auxiliar na pro-teção, produtividade e qualidade do tabaco”, ressalta.

de acordo com tatiana, no brasil, os agrotóxicos registrados são aprovados depois de passar por avaliações de efi-ciência no controle de pragas e doen-ças, de segurança do aplicador e de impacto ambiental. “As análises são realizadas pelo Ministério da Agricultu-ra (Mapa), Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa) e Ministério do Meio Ambiente (ibama)”, diz tatiana.

Na propriedade de sete hectares, lo-calizada em boa Vista, no município de camaquã (rS), Arlei Spiering osterberg, 35 anos, planta três hectares de tabaco Virgínia para a Souza cruz e segue à ris-ca as recomendações para o uso de agrotóxicos. “tenho o cuidado de se-guir as orientações da Souza cruz, por-que sei que a empresa é bastante preo-

Dedicação: Arlei Osterberg e o

técnico de pesquisa Roberto Lehmann

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cupada com essas questões e, por isso, testa amplamente tudo o que orienta aos produtores”, destaca. ele tem cons-ciência do quanto é importante uma atitude responsável. “uso somente os agrotóxicos que o agrônomo prescreve e da maneira que está indicada nas bu-las dos produtos, pois sei que assim te-rei um tabaco de acordo com as exigên-cias de qualidade do mercado. isso ga-rante a continuidade e a sustentabilida-de do meu negócio”, destaca o produ-tor. Arlei lembra que a questão envolve também a segurança da família: “Fazer uso do produto recomendado e na quantidade certa garante não somente a qualidade do tabaco, mas segurança para mim e para minha família. essa ga-rantia é reforçada com o uso do equipa-mento de proteção individual (epi) e com o descarte correto das embalagens de agrotóxico vazias”.

A fim de reduzir ao mínimo o impac-to dos agrotóxicos, Tatiana Moraes afir-ma que o produtor deve estar atento às boas práticas agrícolas: “Seguindo as instruções, pode-se evitar a geração de resíduos indesejáveis, que acontece quando se aplica quantidades acima do permitido ou fora do período adequa-do, por exemplo”.

Sob controleo cultivo do tabaco, como o de

qualquer cultura agrícola, requer me-didas apropriadas para proteger o de-senvolvimento da planta, a fim de ga-rantir a qualidade e o rendimento dese-jados. Se não forem utilizados adequa-damente, os agrotóxicos podem deixar resíduos indesejáveis – derivados de produtos não registrados ou derivados de doses elevadas – no tabaco, que, dessa forma, corre o risco de ser repro-vado para comercialização.

“o caso da rejeição da exportação, para os estados unidos, de lotes do suco de laranja brasileiro que conti-nham resíduos de carbendazim – fun-gicida usado para controlar doenças de plantas – é um exemplo bastante recente deste tipo de situação. desde o incidente, os citricultores brasileiros deixaram de utilizar produtos a base de carbendazim”, lembra tatiana.

Boas práticas agrícolas para o uso de agrotóxicos

• Use agrotóxicos somente quando necessário e de acordo com Receituário Agronômico;

• Utilize sempre produtos registrados para a cultura do tabaco e indicados no pacote tecnológico;

• Identifique a praga ou a doença para utilizar o produto adequado;• Sempre leia a bula antes de utilizar um agrotóxico;• Siga todas as recomendações da bula cuidadosamente;• Durante o manuseio de agrotóxicos, não é permitido fumar ou

consumir alimentos e bebidas;• Sempre use EPI (Equipamento de Proteção Individual) para o preparo

de calda e aplicação.

de onde podem vir os resíduos de agrotóxicos?

• Do uso de produtos não permitidos; • Da aplicação de uma dose acima da indicada;• Do excessivo número de aplicações, ou seja, uma quantidade

superior à indicada na bula;• Da aplicação próxima à colheita, ainda que o agrotóxico esteja

registrado para a cultura;• Do uso incorreto de agrotóxico após a colheita, com a finalidade

de reduzir infestações do armazenamento;• Da deriva originária da aplicação de agrotóxicos em culturas vizinhas.

uso de defensivos nas principais culturas

(Kg ingrediente Ativo [i.A]/hectare) em 2011

Fonte: ESALQ - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” / USP - dados secundários SINDAG e IBGE, 2012

A indústria de tabaco tem investido, fortemente, na redução dos ingredientes ativos utilizados na plantação. por meio de levantamentos realizados por centros especializados, de iniciativa pública e privada, constatou-se que esse valor já é de apenas 1,1 kg de ingrediente ativo por hectare. esse é o resultado de pesquisa em tecnologia, com desenvolvimento de variedades resistentes a doenças e de agrotóxicos modernos com ação específica em pragas da cultura do tabaco.

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Fonte: Sinditabaco

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 21

o produtor iNteGrAdo de tAbAco22

Receita

Para crescer: fermen-to de batata inglesa garante rendimento

da receita

c lementina rossato, 77 anos, é mãe dos produtores integrados

Souza cruz Gilmar, 52 anos, Amauri, 48 anos, Flávio, 44 anos, e de mais sete filhos. Com uma família grande, nunca faltou estímulo para testar delícias culi-nárias. “Gosto de cozinhar. com tantos filhos para alimentar, faço muito pão, bolachas e cucas, além do arroz e feijão de cada dia”, diz ela, que está sempre atenta a novas receitas. “Quando recebo a revista O Produtor Integrado de Tabaco, a primeira coisa que faço é olhar as recei-tas. Gosto de testar todas”, acrescenta.

casada com o produtor aposentado claudino rossato, 79 anos – que plan-tou tabaco para a Souza cruz durante mais de 50 anos, na localidade de boa esperança, em Vicente dutra (rS), onde moram –, clementina conta como se valeu do talento culinário para ajudar a aumentar a renda da família. durante muitos anos, vendeu, na feira rural, ver-duras, galinha, ovos, feijão, mandioca e as iguarias preparadas por ela, como carne de porco assada, salame, queijo, açúcar mascavo, bolachas, pães e cucas.

Segundo ela, o maior segredo do sucesso da cuca é o fermento caseiro, preparado com batata inglesa.

Segredo daaprenda com Clementina rossato como preparar a tradicional e deliciosa cuca, uma das principais delícias da culinária gaúcha

Ingredientes:� 1 xícara de água � 1 e ½ xícara de açúcar � 1 colher de sopa de sal � 4 ovos� farinha de trigo até o ponto de massa mole� 1 xícara de fermento de batata inglesa

Modo de fazer:bata os quatro primeiros ingredientes no liquidificador. Junte, numa bacia, essa mistura com o fermento e a farinha. deixe crescer. depois, acrescente ½ colher de sopa de erva doce, ½ colher de sopa de noz moscada ralada, uma colher de sopa de essência de baunilha, uma xícara de chá de banha e a farinha de trigo até o ponto de poder sovar a massa (ponto de pão). É preciso sovar bem. coloque uma porção de massa em cada forma (untada) e deixe crescer bastante. passe os ovos batidos O fermento caseiro também pode ser usado para pães e massas de pizza.

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dica:

cuca da Nonasobre a cuca, cubra-a com a farofa e leve para assar por aproximadamente uma hora no forno a lenha. Se usar forno a gás ou elétrico, a temperatura deve estar entre 180° e 200° c. rende quatro cucas.

Farofa (para a cobertura):Misture bem uma xícara de açúcar, ½ xícara de farinha de trigo, uma colher de sopa de margarina e uma colher de sopa de açúcar de baunilha.

Fermento caseiro:Bata no liquidificador uma colher de sopa de fermento biológico, uma batata inglesa média sem casca, um copo de água morna, três colheres de sopa de açúcar e uma colher de sopa de sal. coloque a mistura dentro de um frasco

de vidro parcialmente fechado (pode cobrir com pano), na geladeira. tire essa mistura da geladeira e espere até que atinja a temperatura ambiente. No liquidificador, bata mais uma batata média com um copo de água morna, três colheres (sopa) de açúcar e uma colher (sopa) de sal e junte à mistura, que já deverá estar na temperatura ambiente. deixe descansar em outro frasco de vidro maior até o dia seguinte. essa mistura vai crescer dentro do frasco. use a quantidade necessária para fazer a cuca, e o restante, guarde na geladeira. Quando fizer outra receita, “alimente” este fermento que sobrou com a porção de batata, água morna, sal e açúcar batidos no liquidificador.

o produtor iNteGrAdo de tAbAco 23

Seja na produção agrícola ou com trabalhos artesanais, mãe e filhos exercitam juntos os seus talentos

Espaço da Mulher

a casa da produtora integra-da bárbara Golombieski

Kuiava, 56 anos, as tarefas diárias são divididas entre a família. ela, que há oito anos ficou viúva, vive com os filhos Marcelo, 25 anos, e Marisa, 23 anos, e com o sobrinho Arlei, 22 anos, em Nossa Senhora do rosário, no município de Santo Antônio do Palma (RS).

“tenho muito orgulho da minha família. Passamos algumas dificul-dades, principalmente depois que perdi o meu marido, mas nos uni-mos e trabalhamos muito para che-gar até aqui. conseguimos terminar a construção da nossa casa, compra-mos carro, trator e implementos”,

conta bárbara. Na propriedade, eles produzem tabaco, milho e soja.

Mas, não é somente em torno do trabalho que a família se une. “de-pois da lida no campo, gostamos de estar juntos para conversar e fazer trabalhos manuais, como as bone-cas de palha de milho”, conta.

bárbara gosta de trabalhos ma-nuais, e a primeira técnica que aprendeu foi o crochê. A habilidade foi herdada pela filha Marisa, que fez cursos como crochê, tricô e pintura em tecido. “Somos de origem polo-nesa e, em nossa cultura, o artesana-to é muito forte”, diz Marcelo. os Kuiava ensinam agora como fazer lindas peças com palha de milho.

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Bárbara com Marcelo e Marisa: arte em família

Bonecos de palha de milhomaterial:

Arame flexível

Cola quente

Algodão

Tesoura

Alicate

Palha de milho seca (quanto mais macia, melhor para trabalhar)

Flores secas para enfeitar

Canetas hidrocor preta e vermelha

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5 7

2 3

4 6

dica: Você pode colorir a palha. Dissolva um pouco de tinta para tingir tecido na água quente – na cor desejada – e deixe a palha de molho por, aproximadamente, 15 minutos.

Como fazer:

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1 Corte um pedaço de arame, com 15 cm, para confeccionar os braços, e outro com 25 cm, para o corpo do boneco. Se o arame tiver espessura fina, corte o dobro da medida, dobre ao meio e retorça. Junte os dois pedaços formando um T.

2 Recubra a estrutura de arame que forma os braços com um pedaço de palha e utilize cola quente para fixar a palha no arame. Em seguida, com dois pedaços de palha de 15 cm x 10 cm, faça as mangas da camisa, amarrando cada uma nas pontas dos braços e nos ombros do boneco.

3 Para fazer a parte de cima do corpo, dobre, no sentido do comprimento, dois pedaços de palha de aproximadamente 16 cm de comprimento, até que fiquem com 4 cm de largura. Coloque cada um deles por cima dos ombros e cole as pontas, unindo frente e costas.

4 Para a cabeça, faça uma pequena bola com um chumaço de algodão e enrole com palha. Encaixe ao corpo.

5 Confeccione a saia prendendo várias camadas de palha coladas uma a uma

com cola quente até atingir o tamanho desejado. Use a tesoura ziguezague para fazer o acabamento. E, com uma trança de palha, faça um cinto.

6 Cole a ponta de uma tira de palha na cabeça e a outra ponta nas costas da boneca para fazer o lenço.

7 Faça um laço de palha, que deve estar úmida, e cole na cintura, na parte de trás. Enfeite a boneca com corações de palha e flores secas. Com a caneta vermelha, desenhe a boca, e com a preta, os olhos.

o produtor iNteGrAdo de tAbAco24

parcerias de valorprodutores integrados e orientadores agrícolas: parabéns aos responsáveis pelo grande sucesso

do Sistema integrado de produção

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a partir da esq., Clara Naidek Maizak, o marido, o produtor Valentim Maizak, a nora,

Sílvia, com a neta, Cyntia, o filho, Vilmar, e o orientador agrícola Cassiano Geraldo

Neudorf . CERQUEIRa – ITaIÓPOLIS (SC)

“a assistência técnica, as novas tecnologias e a revista O Produ-tor Integrado de Tabaco, que sempre traz informações impor-tantes, oferecidas pela Souza Cruz, contribuem muito para o progresso da nossa proprieda-de. a Souza Cruz sempre está ao lado do produtor e se preocupa com o seu futuro. Este é o maior diferencial da Empresa”.

“Sou produtor integrado desde 2001, quando adquiri 10 hectares de terra e fiz a minha primeira la-voura de tabaco. os bons resulta-dos permitiram a compra de mais 13 hectares e a diversificação da produção com gado, morango, batata-doce, milho, além de área de reflorestamento. A qualidade dos insumos, as tecnologias de-senvolvidas pela Souza Cruz e a assistência técnica prestada pelo orientador agrícola Cristiano Sfo-glia contribuem muito para o meu sucesso”.

a partir da esq., Ricardo da Silva Santos, a esposa, Maria Castorina, os filhos, Adrielli, Welder e Beatriz,

e o orientador agrícola Ely fernando dalpra. NOVa aMOREIRa - MaRILÂNdIa dO SUL (PR)

“Em nossa propriedade, procuramos inovar e explorar ao máximo as tecnologias e os cultivares oferecidos pe-la Souza Cruz. Com a assistência do orientador Ely dal-pra, realizamos safras cada vez melhores e estamos muito satisfeitos. Conseguimos construir uma casa no-va e dar educação aos nossos filhos. A Souza Cruz é uma empresa séria, responsável e que se preocupa com os produtores e com a sustentabilidade do negócio”.

“Sou produtor de tabaco há mais de 34 anos e sempre mantive par-ceria com a Souza Cruz. Essa rela-ção tem grande valor, porque foi por meio dela que tornei minha propriedade sustentável. E tudo o que tenho foi conquistado graças à produção de tabaco”.

O produtor antonio Elias de Quevedo entre a esposa,

Izabel, e o orientador agrícola Saluar dalbosco.

CaMPO BONITO – aRVOREzINHa (RS)

O produtor Marcos Thiesen, com a filha Isadora no colo, a esposa, Izolete, e os filhos Vinicius e Marlon (à dir.), e o orientador agrícola Cristiano Sfoglia (à esq.). VaLE VERdE (RS)

Produtor Ronaldo Gilz com a esposa, Patrícia, os filhos, Laura e Marcos Antonio, e o orientador agrícola damir Luis Nierotka (à esq.). aLTO fIGUEIREdO – CHaPadÃO dO LaGEadO (SC)

“Com a parceria da Souza Cruz e o nosso tra-balho, alcançamos, em oito anos, estabilidade financeira e estamos muito felizes. Foi utilizan-do as novas tecnologias, apresentadas pela Empresa, que conseguimos dobrar a nossa produção para 110 mil pés. além disso, temos área de reflorestamento, adquirimos mais ter-ras, compramos um trator e um carro”.