gramática portuguesa

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AbreviaturasAtualmente, com a globalizao, o avano nas comunicaes e o uso da internet, tudo se tornou muito rpido. As pessoas sentem mais do que nunca a necessidade de acompanharem o ritmo dos acontecimentos e de realizarem o maior nmero de tarefas possvel no intervalo de tempo de que dispem. A lngua no poderia ficar de fora desta dinmica, j que atravs dela que nos comunicamos, e a que entra uma sada ainda no completamente aceita como norma, mas totalmente aderida: as ABREVIATURAS. Quem j entrou em algum chat ou mandou um email apressado para um colega, enviou um torpedo do celular ou deixou um bilhetinho pra algum na porta da geladeira com certeza j fez uso delas, vejamos algumas das mais utilizadas na atualidade, especialmente pelos mais jovens: Bjs (beijos) c/ (com) msg (mensagem) msm (mesmo) (no) obg (obrigado) p/ (para) pq (porque) tb (tambm) A maioria das pessoas, quando vo abreviar as palavras o fazem de qualquer maneira, mas os mais cuidadosos devem se perguntar: como eu fao para abreviar esta palavra? Existe regra pra isso? A resposta simples. Existem algumas regras para abreviar as palavras, porm a maioria das abreviaturas que ganham o gosto do pblico so aquelas que, mesmo sem seguir as regras preditas pela gramtica, so usuais, prticas. o caso, por exemplo, do famoso VC, criado nos sites de bate-papo. Esta abreviatura no reconhecida pela gramtica como norma, porm reconhecida por todos ns, usurios da lngua. Vejamos, pois, algumas regras para se fazer uma abreviatura da maneira correta (prevista na gramtica). REGRA GERAL: primeira slaba da palavra + a primeira letra da slaba seguinte + ponto abreviativo. Exemplos: adj. (adjetivo), num. (numeral). Outras regras:

a) Nunca se deve cortar a palavra numa vogal, sempre na consoante. Caso a primeira letra da segunda slaba seja vogal, escreve-se at a consoante. b) Se a palavra tiver acento na primeira slaba, ele conservado. nm. (nmero) lg. (lgica) c) Caso a segunda slaba se inicie por duas consoantes, utiliza-se as duas na abreviatura. Constr. (construo) Secr. (secretrio) d) O ponto abreviativo tambm serve como ponto final, sendo assim, se a abreviatura estiver no final da frase, no h necessidade de se utilizar outro ponto. Ex: Comprei frutas, verduras, legumes, etc. e) Alguns gramticos no admitem que as flexes sejam marcadas na abreviatura. Prof (professora) Pgs. (pginas) Algumas palavras, mesmo no seguindo as regras descritas acima, so aceitas pela gramtica normativa, o caso de: a.C. ou A.C. (antes de Cristo) ap. ou apto. (apartamento) bel. (bacharel) cel. (coronel) Cia. (Companhia) cx. (caixa) D. (Dom, Dona) Ilmo. (Ilustrssimo)

Ltda. (Limitada) p. ou pg. (pgina) e pp. Pgs. (pginas) pg. (pago) vv. (versos, versculos) Mesmo sabendo que estas siglas so permitidas e reconhecidas pela gramtica, ao escrevermos textos oficiais, artigos, trabalhos, redaes, no devemos utiliz-las abusivamente, pois acabar atrapalhando a clareza da comunicao. Em textos informais, no entanto, no h nenhuma restrio, a abreviatura pode ser utilizada quando quisermos.

SIGLAExiste uma outra maneira de abreviarmos, a sigla. Esta tambm reconhecida por muitos gramticos como um processo de formao de palavras, pois a sigla acaba tomando um significado prprio. As siglas so a juno das letras iniciais de um termo composto por mais de uma palavra: EUA (Estados Unidos da Amrica) USA (United States af America) P.S. (ps escrito = escrito depois) S.A. (Sociedade Annima) S.O.S. (Save Our Souls = salvai nossas almas) IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica) Convencionou-se dizer que se a sigla tiver at trs letras, ou se todas as letras forem pronunciadas individualmente, todas ficam MAISCULAS. ONU, MEC, USP, PM, PMDB, INSS, CNBB. Se, porm, a sigla tiver a partir de quatro letras, e nem todas forem pronunciadas separadamente, apenas a primeira letra ser maisculas, e as seguintes minsculas: Aids, Embrapa, Detran, Unesco.

AlomorfiaDe acordo com o dicionrio, alomorfia significa passagem de uma forma para outra diferente, metamorfose. Sendo assim, quando h alomorfia existe uma mudana apenas na forma, porm conserva-se funo e significado daquele fonema. A alomorfia a mudana na forma de um morfema. Para entendermos melhor, vejamos as ocorrncias do prefixo IN-: infeliz, incomum, indubitvel, inconstante, etc. Percebemos que em todos os casos o fonema tem a mesma funo, a de negar o significado da palavra que vem em seguida a ele. Acontece, porm, que tambm temos as palavras imoral, ilegal, ilcito, irrepreensvel, s quais acrescido o prefixo I-, que tem exatamente o mesmo significado que IN. No coincidncia. Neste caso, o prefixo IN sofreu uma alomorfia, uma mudana de forma, e pode ser identificado atravs de doisALOMORFES: IN e I. Alomorfes so, portanto, as diferentes formas que um mesmo morfema pode adquirir ao sofrer o processo de alomorfia. Esta mobilidade, este processo de mutao constante na lngua ocorre por conta de uma das suas principais caractersticas: o dinamismo da lngua. Como ela no parada, esttica, vemos muitas mudanas ocorrerem todos os dias, cada vez que algum cria uma palavra ou expresso nova, ou cada vez que utiliza de maneira inusitada aquela palavra comum, qual todos j esto acostumados. Esse processo no novo e nem exclusivo dos morfemas. Assim como acontece na MORFOLOGIA, tambm acontece na FONOLOGIA, um processo idntico, porm envolvendo os sons das palavras, os FONEMAS. Quando um mesmo fonema aparece com dois sons diferentes, dizemos que ele sofreu uma ALOFONIA, e cada um dos sons que ele assume , pois, chamado de ALOFONE.

AdjetivosAdjetivos so palavras que caracterizam o substantivo atribuindo-lhes qualidades, estados, aparncia, etc. Quanto classificao podem ser: -Simples Quando formados por apenas um radical. claro, escuro - Compostos Quando formados por dois ou mais radicais. amarelo-claro, azul-escuro -Primitivos Quando no derivados de outra palavra em lngua portuguesa. bom, feliz -Derivados Quando derivados de outros substantivos ou verbos. bondoso, amado Existem ainda os adjetivos ptrios, que se referem origem ou nacionalidade. brasileiro, paulistano, santista Os adjetivos flexionam-se um gnero, nmero e grau. Quanto ao gnero, podem ser: - Uniformes Quando uma nica forma usada tanto para concordar com substantivos masculinos quanto com femininos. menino feliz, menina feliz -Biformes Quando se flexionam para concordar com o substantivo que qualificam. menino bonito, menina bonita Quanto ao nmero, podem ser singular ou plural para acompanhar o substantivo que qualificam. menina bonita meninas bonitas pessoa feliz pessoas felizes

Flexionam-se em grau para expressar a intensidade das qualidades do substantivo ao qual se referem. Quanto ao grau, podem ser comparativos ou superlativos. O grau comparativo pode designar: - igualdade: Sou to bonita quanto ela. - superioridade: Sou mais bonita do que ela. - inferioridade : Ela menos bonita do que eu. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo. - absoluto analtico: Ela muito bonita. - absoluto sinttico: Ela belssima. - relativo de superioridade (analtico): Ela a mais bonita de todas. (sinttico): Esta vila a maior de todas. - relativo de inferioridade: Ela a menos bonita de todas ns.

Locues adjetivasTem o mesmo valor que um adjetivo, j que detm a funo de caracterizar e qualificar um substantivo.As Locues adjetivas renem em sua estrutura mais de uma palavra como uma preposio e um substantivo ou preposio e um advrbio, sendo que os dois juntos equivalem a um adjetivo. Exemplos: - Amor de gelo. - Dia de chuva. - Futebol do Brasil. - Jornal de ontem. Algumas locues adjetivas possuem os seus respectivos adjetivos: LOCUO ADJETIVA de abelha de abdmen de ano de asno de astro de audio de boca de co de estrela de face de gado de gato de gelo de guerra de junho de lua de me de pai de pscoa de pombo de rim de serpente de sol de tarde de vero sem piedade ADJETIVO apcola abdominal anual asinino sideral tico bucal canino estelar facial pecurio felino glacial blico junino lunar maternal paternal pascal columbino renal ofdico solar vespertino estival impiedoso

Adjetivo AdverbializadoSegundo Martin Hummel (08/06/2001), a converso do adjetivo emadvrbio adjetivo adverbializado um fenmeno corrente desde o latim. Ela j se encontrava no latim vulgar e, raramente, no latim clssico. Atualmente, a primeira equivale linguagem informal e a segunda funciona como formal. Hummel afirma que em Portugal, tanto na fala como na escrita, utiliza-se o advrbio terminado em mente, j no Brasil, o advrbio, normalmente, substitudo por um adjetivo. Ao escrever, os brasileiros usam advrbios em -mente, pois causam uma melhor impresso ao texto, o que acaba criando uma viso culta ao leitor. Tal processo tambm utilizado por falantes formais, os quais o aplicam em situaes propcias. O autor defende que o adjetivo adverbializado s funciona substituindo advrbios de modo, isto , quando o primeiro caracteriza a ao do antecessor no perodo proposto (em estudo) neutralizando o agente adverbial (sufixo mente) e, transformando-o em adjetivo. Tal ao encontrada, principalmente, em campanhas de publicidade e propaganda. Devido a uma maior facilidade de compreenso da ideia a ser transmitida a seus leitores/ouvintes/visualizadores. Para isso, utilizam-se destes veculos de comunicao: Televiso, rdio, outdoors, revistas, jornais, etc. Para haver a compreenso do que adjetivo adverbializado, necessrio conhecer duas das classes gramaticais, que so: Adjetivo palavra que acompanha o substantivo ou a ele se refere, atribuindo qualidade, estado de especificao a um ser. Segundo Sacconi (1996, p. 143), adjetivo toda e qualquer palavra que, junto de um substantivo, indica qualidade, defeito, estado ou condio. Ex.: Homem bom; casa suja; velho amigo. Advrbio palavra que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advrbio, trazendo ideia de circunstncia de modo, tempo, intensidade etc. Conforme Sacconi (1996, p. 252), advrbio a palavra invarivel que modifica essencialmente o verbo exprimindo uma circunstncia (tempo, modo lugar etc.). Ex.: Volto logo; Transcreveu a carta errado. O adjetivo adverbializado s existe quando substitudo por um advrbio de modo, diferenciam-se por que o primeiro varia em gnero e nmero. Ao ocorrer terminao mente (advrbio de modo), sua forma torna-se nica. Depois que o adjetivo neutraliza o advrbio, ele mantm-se invarivel. Sacconi (1996, p. 253) afirma que Adjetivos adverbializadosso os que substituem advrbios terminados em mente e, por isso mesmo, mantm-se invariveis. Ex.: Falem baixo!. Quando ocorre a converso, muitos advrbios podem ser transformados em adjetivos, recebendo conectivos para um melhor entendimento. A mesma permite o emprstimo de sentido quando ocorre substituio de um elemento para o outro (advrbio adjetivo).

Exemplo de frases com conectivo: Beba com moderao. (Revista CARAS, 2006, p. 15) = Beba moderadamente. Exemplo sem conectivo: Viaje tranqilo, v pela Unio (Empresa Unio, 2006) = Viaje tranquilamente, v pela Unio. Comprovando o fenmeno estudado, a Revista Super Interessante (2006, p. 63) afirma que: Em todos os idiomas, palavras se alongam, encurtam e trocam de significado; expresses so criadas enquanto outras perdem a razo de existir; substantivos, verbos, adjetivos e advrbios emprestam sentido uns aos outros.

Adjetivo CompostoComo j ouvimos muitas vezes, adjetivo a palavra que d caractersticas ao substantivo. Na frase, ele pode assumir funes de predicativo do sujeito, predicativo do objeto ou adjunto adnominal. Os adjetivos simples so aqueles que possuem apenas um radical, osADJETIVOS COMPOSTOS, por sua vez, so aqueles que so formados por mais de uma palavra, ou por mais de um radical. Exemplos: blusa verde-clara, produto anglo-brasileiro.

Plural dos adjetivos compostosNos adjetivos compostos, s o ltimo elemento vai para o plural: cantor norte-americano cantores norte-americanos Excees: 1. adjetivos compostos invariveis:

sapato azul-marinho sapatos azul-marinho camisa azul-celeste camisas azul-celeste

2. So invariveis os adjetivos compostos cujo ltimo elemento um substantivo:

Blusa verde-bandeira blusas verde-bandeira tecido verde-abacate tecidos verde-abacate batom vermelho-paixo batons vermelho-paixo

3. Tambm so invariveis os adjetivos composto por COR+DE+SUBSTANTIVO:

Blusa cor-de-rosa Blusas cor-de-rosa

4. Flexo dos dois elementos:

Menino surdo-mudo meninos surdos-mudos

Gnero dos adjetivos compostos1. Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos somente o segundo varivel:

guerra franco-alem roupa azul-escura.

2. Os adjetivos compostos cujo segundo elemento um substantivo, no variam em gnero:

terno verde-garrafa blusa amarelo-limo.

3. Flexo dos dois elementos:

menino surdo-mudo menina surda-muda.

* Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficar invarivel. o exemplo da palavra ROSA, que originalmente um substantivo, mas pode ser adjetivada em alguns casos como os seguintes:

Camisas rosa-claro Blusas rosa-choque

Adjetivo Derivado

No se confunda adjetivo derivado com adjetivo composto. Cada um formado atravs de um processo diferente da lngua. O adjetivo composto formado por composio, como o prprio nome j diz, e isso significa que ele possui mais de um radical, ou seja, que foi formado pela juno de mais de uma palavra.

LUSITANO + BRASILEIRO = LUSOBRASILEIRO LATINO + AMERICANO = LATINOAMERICANO VERDE + BANDEIRA = VERDE-BANDEIRA

J o adjetivo DERIVADO formado atravs do processo de DERIVAO da lngua, ou seja, h uma palavra primitiva qual so acrescentados afixos, e esse acrscimo resulta em uma nova palavra. Vejamos:

NORMAL + A- = ANORMAL SENSATO + IN- = INSENSATO EM- + BRANCO + -ECIDO = EMBRANQUECIDO

Adjetivo Derivado aquele que provm de um substantivo, de um verbo ou de outro adjetivo. SUBSTANTIVO: morte VERBO: lamentar ADJETIVO: mortal

ADJETIVO: lamentvel

Muitos adjetivos derivados, hoje so utilizados mais como locues adjetivas. Vejamos:

PALAVRA PRIMITIVA ADJETIVO DERIVADO LOCUO ADJETIVA Abdmen Estrela Orelha Face Osso Ouro Pai Paixo abdominal Estelar Auricular Facial sseo ureo Paterno Passional De abdmen De estrela De orelha De face De osso De ouro De pai De paixo

Paraso Filho Anjo Anel Aranha Galinha

Paradisaco Filial Angelical Anular Aracndeo Galinceo

De paraso De filho De anjo De anel de aranha De galinha

Outro exemplo de adjetivos derivados so os adjetivos ptrios que tm sua origem, normalmente, no nome do local ao qual se referem.

ESTADO ACRE ALAGOAS AMAP AMAZONAS BAHIA CEAR GOIS MARANHO MINAS GERAIS PAR PARABA PARAN

ADJETIVO acreano alagoano amapaense amazonense baiano cearense Goiano Maranhense Mineiro paraense , paroara Paraibano Paranaense

PERNAMBUCO PIAU RORAIMA

Pernambucano Piauiense roraimense

SANTA CATARINA Catarinense SO PAULO SERGIPE TOCANTINS Paulista Sergipano tocantinense

Adjetivo Restritivo e ExplicativoQuanto sua funo como determinante, o adjetivo pode se comportar basicamente de duas maneiras:

1. ele pode servir para restringir o substantivo, tornando-o nico entre um grupo:

O aluno foi suspenso por trs dias. O aluno paulista foi suspenso por trs dias.

2. o adjetivo pode ainda explicar o substantivo, destacando caractersticas inerentes ao substantivos:

O fogo foi o causador da queimadura. O fogo quente foi o causador da queimadura. A faca representa perigo. A faca afiada representa perigo.

Sendo assim, os adjetivos podem ser classificados de duas maneiras, considerando as caractersticas acima:ADJETIVOS RESTRITIVOS ou ADJETIVOS EXPLICATIVOS.

ConceituandoADJETIVO RESTRITIVO: particulariza o significado do substantivo a que se refere, uma qualidade que no prpria do ser: fruta madura, homem baixo, cu alaranjado, etc. ADJETIVO EXPLICATIVO: exprime caractersticas inerentes ao substantivo a que se refere, uma qualidade prpria do ser: fogo quente, neve fria, cu azul, etc. Alm de serem classificados como explicativos ou restritivos, os adjetivos tambm podem ser classificados como:SIMPLES ou COMPOSTOS; PRIMITIVOS ou DERIVADOS. ADJETIVOS SIMPLES: formado por um s radical. ADJETIVOS COMPOSTOS: formados por mais de um radical. ADJETIVOS PRIMITIVOS: formado apenas pelo radical, no possui afixos, nem se origina em outro adjetivo. ADJETIVOS DERIVADOS: adjetivos formados por derivao, ou seja, provm de um adjetivo primitivo ao qual so acrescentados afixos.

SINTAXEQuanto sintaxe, o adjetivo funciona como um modificador do substantivo ou de uma palavra com valor de substantivos. O adjetivo pode ainda ser substantivado ou acrescido de uma preposio, formando, neste ltimo caso, uma locuo adjetiva. A locuo adjetiva pode ser formada tambm por substantivos, advrbios, etc., mas ter sempre valor de adjetivo.

Faz um bom tempo em Fortaleza hoje. Os maus pagaro pelos seus atos. Aqueles homens sem escrpulos no escaparo da cadeia.

Posio do AdjetivoO adjetivo pode aparecer antes ou depois da palavra a qual faz referncia (geralmente o substantivo), mas em alguns casos, dependendo de sua anteposio ou posposio ao substantivo, o adjetivo pode mudar de significado:

Aquela era uma pobre criana. / Aquela era uma criana pobre. Esta uma simples frase. / Esta uma frase simples.

O adjetivo pode aparecer, tambm, em forma de ORAO. Nesse caso, ele ir ganhar uma nova denominao: ORAO SUBORDINADA ADJETIVA. Este tipo de orao pode ser classificada de duas maneiras, segundo os mesmos critrios do adjetivo: RESTRITIVAS ou EXPLICATIVAS. As O. S. Adjetivas Restritivas so aquelas que do ao referente uma caracterstica que o difere dos demais de seu grupo, particularizando-o. Elas no so separadas por vrgula.

Os homens que no procuram o dilogo possuem muitos conflitos em casa.

J as O. S. Adjetivas Explicativas so as que trazem uma caracterstica prpria daquele indivduo, inerente, justificando-o. Estas, por sua vez, aparecem entre vrgulas.

As mulheres, que so sensveis, sofrem pela falta de dilogo.

As vrgulas nas Oraes AdjetivasObserve as seguintes frases:

As mulheres que so mes tm trabalho dobrado. (apenas aquelas que so mes tm trabalho dobrado) As mulheres, que so mes, tm trabalho dobrado. (as mulheres so mes e por isso tm trabalho dobrado) Os homens que no trabalham so muito criticados. (aqueles que no trabalham so criticados) Os homens, que no trabalham, so muito criticados. (j que os homens no trabalham, eles so criticados)

Como podemos ver, devemos tomar um cuidado especial com o uso da vrgula nestas oraes, pois dependendo da presena ou da ausncia da vrgula, obteremos um sentido diferente para as frases.

Adjetivo PrimitivoQuando estudamos a formao das palavras, vemos que elas podem se formar de duas maneiras, por composio ou por derivao. No diferente com os adjetivos. Eles podem se classificar entre simples ou compostos (os primeiros possuem apenas um radical, os segundos possuem mais de um, ou seja, so formados pela juno de duas ou mais palavras simples), ou eles podem se classificar entre PRIMITIVOS ou DERIVADOS. PRIMITIVOS so os adjetivos que possuem apenas um radical, e que no recebem nenhum afixo. DERIVADOS so os adjetivos formados a partir de um adjetivo primitivo, ao qual so

acrescentados afixos (prefixos, sufixos ou infixos),formando assim uma nova palavra atravs do processo de derivao. Vejamos alguns exemplos:

PRIMITIVOS DO ORIGEM A Branco Alegre Novo Fiel Falso Fcil esbranquiado, embranquecido, embranquecer, brancura. alegria, alegremente, alegrar, alegoria. novidade, novilho, inovar. fidelidade, fidelizar, infiel, infidelidade. falsificar, falsidade, falsete, falsear. facilitar, facilmente.

Sendo assim, podemos definir ADJETIVO PRIMITIVO como aquele que d origem a outras palavras e que no deriva de nenhuma outra palavra da lngua, quer seja ela um adjetivo, um verbo ou um substantivo.

Adjetivo SimplesAdjetivo a classe que agrupa palavras variveis, que se flexionam em gnero, nmero e grau, alm de terem a funo de caracterizar osubstantivo, qualificando-o ou modificando-o. O adjetivo concorda com o substantivo ao qual se refere em gnero e nmero. Exemplos: menino estudioso, meninas estudiosas. Os adjetivos podem ser simples, compostos, primitivos, derivados, ptrios, restritivo, explicativo, uniformes ou biformes. Trataremos aqui, particularmente, dos ADJETIVOS SIMPLES, que so aqueles que se formam por um nico elemento, um nico radical.

Exemplos: feliz, triste, pobre, impertinente.

Flexo de gnero (feminino)1. em adjetivos terminados com o, troca-se o o por a. Exemplos: lindo, linda; belo, bela; briguento, briguenta. 2. os adjetivos terminados em o, ao passarem para o feminino, podem terminar em ou ona. Exemplos: ano, an; rfo, rf; cristo, crist; so, s; valento, valentona; turro, turrona. 3. as palavras terminadas com eu tm seu feminino terminado em ia. Exemplos: pigmeu, pigmia; ateu, atia; europeu, europia; caldeu, caldia; plebeu, plebia. Excees: judeu, judia; sandeu, sandia.

Flexo de nmero (plural)1. Os adjetivos simples que terminam em a, e, o, u, recebem a letra s no plural. Exemplos: otimista, otimistas; leve, leves; esperto, espertos; hindu, hindus. 2. Os adjetivos terminados em al, formam plural em ais. Exemplos: leal, leais; irreal, irreais; manual, manuais; legal, legais; abdominal, abdominais; oral, orais; bucal, bucais; rural, rurais. 3. Os adjetivos simples que terminam em il formal plural em is, caso sejam oxtonas, e em eis, caso no sejam oxtonas. Exemplos: gentil, gentis; anil, anis; fcil, fceis; til, teis; frgil, frgeis; difcil, difceis. 4. Adjetivos terminados em m, formam o plural em ns. Exemplos: bom, bons; jovem, jovens. 6. Os adjetivos terminados em o podem formar o plural atravs de trs terminaes diferentes, dependendo de sua raiz, so elas es, es e aos.

Exemplos: babo, babes; alemo, alemes; cristo, cristos. 7. Os adjetivos terminados em el, fazem plural retirando-se o l e acrescentando-se is. Exemplos: cruel, cruis; fiel, fiis; sensvel, sensveis; incrvel, incrveis; visvel, visveis.

ATENO!As regras acima no se aplicam a 100% dos casos. Alguns adjetivos vo fazer plural de outras maneiras, e em algumas gramticas sero encontradas outras regras a respeito da flexo dos adjetivos, porm, na maioria dos casos possvel utilizar uma das regras acima. No mais, leia bastante e no haver necessidade de consult-las cada vez que for escrever. Morfossintaxe: basicamente, o adjetivo assume funo de adjunto adnominal em uma frase, quando submetido a uma anlise sinttica. Em alguns casos, porm, pode assumir papel de predicativo do sujeito ou do objeto. Exemplos: A mulher sensvel. O homem insensvel, porm, no a compreende. * O adjetivo sensvel assume a funo de predicativo do sujeito, e o adjetivo insensvel funciona como adjunto adnominal.

AdvrbiosDefinio: palavra invarivel que modifica essencialmente o verbo, exprimindo uma circunstncia. ADVRBIO MODIFICANDO UM VERBO OU ADJETIVO Ocorre quando o advrbio modifica um verbo ou um adjetivo acrescentando a eles uma circunstncia. Por circunstncia entende-se qualquer particularidade que determina um fato, ampliando a informao nele contida. Ex.: Antnio construiu seu arraial popular ali. Estradas to ruins. ADVRBIO MODIFICANDO OUTRO ADVRBIO

Ocorre quando o advrbio modifica um adjetivo ou outro advrbio, geralmente intensificando o significado. Ex.: Grande parte da populao adulta l muito mal ADVRBIO MODIFICANDO UMA ORAO INTEIRA Ocorre quando o advrbio est modificando o grupo formado por todos os outros elementos da orao, indicando uma circunstncia. Ex.:Lamentavelmente o Brasil ainda tem 19 milhes de analfabetos. Locuo Adverbial um conjunto de palavras que pode exercer a funo de advrbio. Ex.: De modo algum irei l. TIPOS DE ADVRBIOS DE MODO: Ex.:Sei muito BEM que ningum deve passar atestado da virtude alheia. Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde,devagar, s pressas, s claras, s cegas, toa, vontade, s escondas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a p, de cor, em vo e a maior parte dos que terminam em -mente:calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente DE INTENSIDADE: Ex.:Acho que, por hoje, voc j ouviu BASTANTE. Muito, demais, pouco, to, menos, em excesso, bastante, mais, demasiado, quanto, quo, tanto, assaz, que(equivale a quo), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo,bem (quando aplicado a propriedades graduveis) DE TEMPO: Ex.: Leia e depois me diga QUANDO pode sair na gazeta. Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, amanh, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, ento, ora, jamais, agora, sempre, j, enfim, afinal, amide, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, s vezes, tarde, noite, de manh, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia DE LUGAR: Ex.: A senhora sabe AONDE eu posso encontrar esse pai-de-santo? Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acol, atrs, alm, l, detrs, aqum, c, acima, onde, perto, a, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, embaixo, externamente, a distancia, distancia de, de longe, de perto, em cima, direita, esquerda, ao lado, em volta

DE NEGAO :Ex.: DE MODO ALGUM irei l No, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum DE DVIDA: Ex.: TALVEZ ela volte hoje Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, qui, talvez, casualmente, por certo, quem sabe DE AFIRMAO: Ex.: REALMENTE eles sumiram Sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmente DE EXCLUSO: Apenas, exclusivamente, salvo, seno, somente, simplesmente, s, unicamente DE INCLUSO: Ex.: Emocionalmente o indivduo TAMBM amadurece durante a adolescncia. Ainda, at, mesmo, inclusivamente, tambm DE ORDEM: Depois, primeiramente, ultimamente DE DESIGNAO: Eis DE INTERROGAO: Ex.: E ento?QUANDO que embarca? onde?(lugar), como?(modo), quando?(tempo), porque?(causa), quanto?(preo e intensidade), para que?(finalidade

Palavras Denotativas H, na lngua portuguesa, uma srie de palavras que se assemelham a advrbios. A Nomenclatura Gramatical Brasileira no faz nenhuma classificao especial para essas palavras, por isso elas so chamadas simplesmente de palavras denotativas. ADIO: Ex.: Comeu tudo e ainda queria mais Ainda, alm disso AFASTAMENTO: Ex.: Foi embora daqui. embora

AFETIVIDADE: Ex.: Ainda bem que passei de ano Ainda bem, felizmente, infelizmente APROXIMAO: quase, l por, bem, uns, cerca de, por volta de DESIGNAO: Ex.: Eis nosso novo carro eis EXCLUSO: Ex.: Todos iro, menos ele. Apenas, salvo, menos, exceto, s, somente, exclusive, sequer, seno, EXPLICAO: Ex.: Viajaremos em julho, ou seja, nas frias. isto , por exemplo, a saber, ou seja INCLUSO: Ex.: At ele ir viajar. At, inclusive, tambm, mesmo, ademais LIMITAO: Ex.: Apenas um me respondeu. s, somente, unicamente, apenas REALCE: Ex.: E voc l sabe essa questo? que, c, l, no, mas, porque, s, ainda, sobretudo. RETIFICAO: Ex.: Somos trs, ou melhor, quatro alis, isto , ou melhor, ou antes SITUAO: Ex.: Afinal, quem perguntaria a ele? ento, mas, se, agora, afinal

Grau dos Advrbios Os advrbios, embora pertenam categoria das palavras invariveis, podem apresentar variaes com relao ao grau. Alm do grau normal, o advrbio pode-se apresentar no grau comparativo e no superlativo. - GRAU COMPARATIVO: quando a circunstncia expressa pelo advrbio aparece em relao de comparao. O advrbio no flexionado no grau comparativo. Para indicar esse grau utilizam as formas toquanto, maisque, menosque. Pode ser: => comparativo de igualdade: Ex.; Chegarei to cedo quanto voc.

=>comparativo de superioridade: Ex.: Chegarei mais cedo que voc. =>comparativo de inferioridade: Ex.: Chegaremos menos cedo que voc. - GRAU SUPERLATIVO: nesse caso, a circunstancia expressa pelo advrbio aparecer intensificada. O grau superlativo do advrbio pode ser formado tanto pelo processo sinttico (acrscimo de sufixo), como pelo processo analtico (outro advrbio estar indicando o grau superlativo). =>superlativo (ou absoluto) sinttico: formado com o acrscimo de sufixo. Ex.:Cheguei tardssimo. =>superlativo (ou absoluto) analtico: expresso com o auxilio de um advrbio de intensidade. Ex.:Cheguei muito tarde. Observaes: =>Quando se empregam dois ou mais advrbios terminados em mente, pode-se acrescentar o sufixo apenas no ultimo. Ex.: Nada omitiu de seu pensamento; falou clara, franca e nitidamente. =>Quando se quer realar o advrbio, pode-se antecip-lo. Ex.: Imediatamente convoquei os alunos.

Locuo AdverbialAdvrbio a palavra que indica as circunstncias em que se d a ao verbal. Apesar disso, os advrbios de intensidade tambm podem acompanhar, alm dos verbos, substantivos, adjetivos e outros advrbios. Exemplos:

Falava muito, e nada do que falava surtia efeito. Quase morto, andava a passos lentos pela rua. As crianas possuem uma curiosidade muito grande. Os seus pais passam muito bem.

O conjunto de duas ou mais palavras que tm valor de advrbio denomina-se LOCUO ADVERBIAL. Os advrbios e as locues adverbiais so classificados de acordo com o seu valor semntico, isto , com o sentido que apresentam ou a circunstncia que indicam.

Alguns dos valores semnticos so: tempo, lugar, modo, dvida, afirmao e negao. Alm de ter esses valores semnticos, as locues adverbiais podem indicar ainda outras circunstncias como: assunto, companhia, fim, etc. Vejamos alguns exemplos:

Concesso: Apesar da proibio, o menino foi ao jogo de futebol. Condio: Em caso de autorizao, voc sair da escola. Conformidade: Fez o edifcio de acordo com o projeto. Negao: De maneira alguma ele ser punido. Lugar: Encontramos o dinheiro embaixo da cama. Tempo: Terminamos o trabalho noite.

Algumas Locues Adverbiais mais Utilizadas Tempo: noite; tarde; s vezes; de dia; de manh; de noite; de quando em quando; de vez em quando; de tempos a tempos; em breve; por vezes; Lugar: direita; esquerda; distncia; ao lado; ao largo; de cima; de dentro; de fora; de longe; de perto; em baixo; em cima; para dentro; para onde; por ali; por aqui; por dentro; por fora; por perto;

Modo: a custo; pressa; toa; vontade; s avessas; s claras; s direitas; s escuras; ao acaso; a torto e a direito; ao contrrio; a ss; de bom grado; de cor; de m vontade; em geral; em silncio; em vo;

Afirmao: com certeza; com efeito; de facto; na verdade; sem dvida; Negao: de forma alguma; de maneira nenhuma; de modo algum.

Advrbios de AfirmaoOs advrbios e locues adverbiais de afirmao se ligam aos verbospara expressar uma opinio afirmativa do emissor da mensagem: Advrbios de Afirmao: Sim, decerto, certamente, efetivamente, seguramente, realmente, positivo etc. Locues adverbiais de afirmao: na verdade, de fato, sem dvida, por certo, com certeza etc. Vejamos alguns exemplos:

sim = Ele vai sim festa. decerto = Decerto que eu vou! certamente = Certamente meu time vai ganhar. efetivamente = Precisamos efetivamente de uma reformatributria.

seguramente = Este seguramente um bom emprego. realmente = Realmente fiz um mau negcio. positivo = Foi o Sr. que prendeu o acusado? Positivo, disse o policial. na verdade = Na verdade no foi isso que eu quis dizer. de fato = Este vestido foi, de fato, o mais bonito do desfile. sem dvida = Maria , sem dvida, uma das melhores alunas da classe. por certo = Por certo voc vai atingir seus objetivos. com certeza = Vamos viajar este ano com certeza.

Como os advrbios e as locues adverbiais de afirmao se ligam aos verbos?Muitas vezes eles podem servir para confirmar algo, um sentimento, uma ao, um estado, etc. So utilizados muito para enfatizar uma idia, uma expresso, etc. Principalmente na lngua falada, so muito aplicados, pois h a necessidade de se fazer entender naquele momento, j que neste caso no se pode voltar para ler novamente a frase. Em respostas curtas eles podem vir sozinhos, semelhantemente a interjeies: Voc vai viajar este final de semana? - Sim! Com certeza! Voc tem uma caneta? - Claro!

Advrbios de DvidaDentre os demais tipos de advrbios, temos uma denominao um tanto recente, que classifica determinadas palavras como ADVRBIO DE DVIDA. Os advrbios de dvida ou hesitao so aqueles que indicam incerteza ou hesitao nas frases. Exemplos: possivelmente, talvez, aparentemente, supostamente, provavelmente, acaso, casualmente, porventura, qui. H ainda as Locues Adverbiais de Dvida, que se comportam da mesma forma que o Advrbio, indicando incerteza nas sentenas em que aparecem. Exemplos: por certo, quem sabe. Vejamos alguns exemplos de frases contendo Advrbios ou Locues Adverbiais de dvida:

ADVRBIOS DE DVIDA Possivelmente haver prova semana que vem. Talvez v hoje a casa do Rodrigo. Aparentemente no h nenhum defeito no aparelho. Supostamente seria este o meu trabalho. Provavelmente iremos sair amanh. Ela vem aqui casualmente. Porventura viste o meu cachorro? Se acaso vier o Gilberto, vamos passear os dois. Este azeite qui melhor que o de ontem.

LOCUES ADVERBIAIS DE DVIDA Por certo iremos fazer compras hoje. Quem sabe eu possa te visitar um dia destes?

Advrbios de IntensidadeAdvrbios tradicionalmente integrados nesta classe: assaz (bastante, suficientemente), bastante, demais, mais, menos, muito, quanto, quo, quase, tanto, pouco. Exemplos de Locues adverbiais de intensidade: em excesso, de todo, de muito, por completo, por demais. Advrbio de intensidade ou advrbio de quantidade? A palavra nada considerada um advrbio de intensidade, embora voc possa encontrar alguns autores que a classefiquem como advrbio de quantidade. Considemos, pois, ambos como sinnimos, ou seja, a designao de advrbio de quantidade caiu em desuso, e hoje equivale designao de advrbio de quantidade. Trata-se da mesma classificao semntica do advrbio, portanto. Exemplos de Advrbios em frases: Ele bebeu muito. Na frase acima o advrbio muito est intensificando o sentido do verbo BEBER, ou seja, um advrbio de intensidade. A banda chegou hoje.

Nessa outra frase o advrbio hoje acrescenta ao verbo CHEGAR uma circunstncia de tempo, ou seja, um advrbio de tempo. Veja outros exemplos: - muito = Ele muito forte - pouco = Estudar pouco no bom. - mais = Bata mais forte! - menos = Faa menos fora. - bastante = Hoje estudei bastante. - demais = Ela linda demais! - bem = Ele bem informado. - tanto = Pedro repetiu tanto que acabou decorando o poema. - deveras = Francisco deveras estudioso. - quanto = Voc no sabe quanto querida por todos. - quase = Eles esto quase chegando. - apenas = Tenho apenas uma moeda. - mal = Ele est mal de grana. - to = Ele to inteligente - de pouco = Somos casados de pouco. - de todo = Ele no estava de todo alegre. - de muito = O rapaz a conhecia de muito, mas nunca conversaram. Os advrbios e locues adverbiais de intensidade so para intensificar o sentido dos verbos, adjetivos ou advrbios a que se ligam. Muito: advrbio ou pronome indefinido? Advrbio: refere-se a um verbo, adjetivo ou a outro advrbio e no sofre flexes.

ex.: Eu corri muito. (No caso, muito o advrbio) Pronome indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexes. ex.: Eu corri muitos quilmetros. (No caso, muitos o pronome indefinido. Referiu-se ao substantivo quilmetros e variou em nmero). Flexo dos Advrbios de Intensidade: A nica flexo propriamente dita que existe na categoria dos advrbios de intensidade a de grau, a saber: Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: muito muitssimo, pouco pouqussimo. Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: pouco pouquinho. Os advrbios bem e mal admitem ainda o grau comparativo de superioridade, respectivamente, melhor e pior. Que pronome indefinido ou advrbio de intensidade? Quando a palavra que anteceder o substantivo e tiver o valor de quanto, ser o pronome indefinido. J quando a palavra que anteceder o adjetivo e tiver o valor de quo, ser advrbio de intensidade. Observe, ento, as seguintes frases: Que linda voc ! Que baguna! Na primeira frase, o que intensifica o adjetivo linda. , portanto, advrbio de intensidade. Pode-se substitu-lo por quo: Quo linda voc ! J na segunda frase, o que modifica o substantivo baguna. , ento, pronome indefinido. Pode-se substitu-lo por quanta: Quanta baguna!

Advrbios InterrogativosOs advrbios interrogativos podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas. Esses advrbios podem exprimir idias sobre lugar, tempo, modo ou causa. Exemplo:

Onde estavas ontem? / Perguntei onde estavas ontem. ( adv.lugar) Por que voc no veio? diga por que voc no veio . (adv. causa )

Advrbios interrogativos so palavras como onde, aonde, donde, quando, como e por que, utilizadas em interrogaes diretas ou indiretas, referentes s circunstncias de lugar, tempo, modo e causa. Exemplos:

Interrogao Direta Como aprendeu? Onde mora? Por que choras? Aonde vai? Donde vens? Quando voltas?

Interrogao Indireta Perguntei como aprendeu. Indaguei onde morava. No sei por que riem. Perguntei aonde ia. Pergunto donde vens. Pergunto quando voltas.

Porque, por que e porqu1 Escreve-se porque a) Quando conjuno causal: No saio, porque est chovendo. b) Quando advrbio interrogativo: Nestas oraes interrogativas diretas, um advrbio, porque est ligado a um verbo: Porque no vens comigo?

Porque ele faz isto? Tambm advrbio interrogativo nas oraes interrogativas indiretas: Diga-me porque faltaste aula. O pai perguntou-lhe porque ele no veio. 2 Escreve-se por que: a) Quando por preposio e que pronome relativo. Este o dinheiro por que (pelo qual) vendo a casa. A ideia por que (pela qual) luto a melhor. Os 100 contos, por que (pelos quais) vendi o carro, d-los-ei aos pobres. b) Quando por preposio e o que pronome interrogativo adjunto: (chamase adjunto por vir junto dum substantivo, ligado a ele pelo sentido). Por que (= por qual) razo/motivo/causa/pretexto, etc., no vieste ontem? Por que (= por quais) livros aprendeste? c) Quando por preposio e que pronome interrogativo: Por que esperas? (= por que coisa esperas?). Que coisa esperas? 3- Escreve-se porqu, quando advrbio interrogativo ou substantivo: a) Advrbio interrogativo: - Andas triste, porqu? b) Substantivo: quando significa causa, motivo, razo, como na frase seguinte: - Precisamos de investigar o porqu dos acontecimentos.

Advrbios de LugarLeia o texto a seguir: Advrbios de Lugar Vem para aqui, porque a est muito sol; ou vamos para ali, que h mais sombra. E se fssemos para alm? Abaixo do socalco, para aqum do castanheiro, um stio muito agradvel. Vamos ento para l. O Joo est fora do alpendre, e o Rogrio est dentro. Acima do meu quarto esto as guas-furtadas. Diante da casa h um jardim e atrs fica uma horta.Onde est o poo, est tambm o tanque, e no muito longe est uma lago com peixes. Perto andam sempre as pombas cujo pombal fica defronte. O Toms foi a algures? Est c: no foi a nenhures. A idia geral guardada por este grupo de advrbios que seus elementos respondem pergunta: onde?. Assim como no caso dos advrbios de tempo, neste conjunto tambm ocorrem subdivises. Podemos definir estas divises em dois grupos: 1. Os Diticos, que fazem referncia ao emissor e ao receptor da mensagem (aqui, a); 2. Aqueles que se relacionam com outro ponto de referncia. Os diticos podem exercer a funo sinttica de sujeito ou de adjunto adverbial. Exemplo: Aqui no um bom lugar para conversarmos. (Sujeito) Estarei aqui amanh aguardando sua resposta. (Adjunto adverbial) O segundo grupo pode apresentar uma relao com um ponto de referncia mais subjetivo (longe/perto) ou maisobjetivo (abaixo, acima, dentro, fora etc.). Exemplo: A universidade fica bem perto daqui, depois desse estdio de futebol.

Outros exemplos de Advrbios de Lugar: abaixo, acima, adentro, adiante, afora, a, alm, algures (em algum lugar), alhures (em outro lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aqum, atrs, c, dentro, embaixo, externamente, l, longe, perto. Locues Adverbiais de Lugar: a distncia, distncia de, de longe, de perto, em cima, direita, esquerda, ao lado, em volta.

Advrbios de ModoOs advrbios de modo, em sua maioria, so terminados pelo sufixo -mente. Este sufixo se junta forma feminina dos adjetivos. Mas por que so chamados advrbio de modo? Eis a resposta histrica: Dos advrbios latinos, originados, na maior parte, de nomes ou pronomes, poucos passaram s lnguas romnicas. Enriqueceram-se estas todavia com algumas formaes desconhecidas do latim literrio, com vrias criaes novas e, em especial, com os advrbios em mente que se tiram de adjetivos. O trabalho de Eneida Bonfim,Advrbios (1988), traz o estudo de Pottier, que defende que os legtimos advrbios so os de modo, verdadeiros qualificadores (modificadores) verbais, sustentando a teoria de que o advrbio est para o verbo, assim como o adjetivo est para o substantivo. Exemplos:

Provavelmente, a carga tributria continuar se elevando. certamente difcil a disputa em concursos pblicos. Mais investimento em educao uma iniciativa extremamente importante. Crianas em situao de risco ficam em condies terrivelmente cruis.

Porm, no podemos esquecer de enfatizar que nem todas as palavras terminadas em mente so advrbios de modo. Alm dos Advrbios de modo, tambm podem terminar em -mente os advrbios:

de dvida (provavelmente, possivelmente); de intensidade (excessivamente, demasiadamente); de tempo (imediatamente, diariamente); de afirmao (certamente, realmente); de ordem (primeiramente, ultimamente).

Podem construir-se inmeros advrbios com a terminao mente. Basta juntar essa terminao a um adjetivo: Exemplos:

feliz felizmente; portugus portuguesmente; duro ou dura duramente;

teimoso ou teimosa teimosamente; rico ou rica ricamente.

Quando se empregam sucessivamente dois ou mais advrbios terminados em mente, s no ltimo que a terminao aparece: Exemplo:

Joo apresentou-se pobre, triste e humildemente, por causa do que tinha acontecido. Outros exemplos de advrbios de modo: V como eu disponho os objectos do toucador. Amanh vais disp-los assim. Esse leno est bem lavado, mas este est mal, e aquele tambm. Vai devagar, olha que assim podes cair. Este caminho est melhor calcetado, alis no viramos por ele, porque um piso mal arranjado dificilmente se suporta. Cheguei apressadamente, porque tarde.

Advrbios de NegaoAdvrbios de Negao so palavras que pertencem a uma subclasse dos advrbios e que podem ser modificadores do grupo verbal ou de constituintes do grupo verbal. Tradicionalmente considerava-se no o nico advrbio de negao, mas as gramticas mais atuais j admitem outros, como vemos abaixo. Exemplos: Advrbios de Negao: no, tampouco, nem, nunca, jamais, etc. H tambm locues de palavras que funcionam como um advrbio de negao, nestes casos so chamadas de Locues Adverbiais de Negao. Exemplos: Locues Adverbiais de Negao: de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma. Em construes de negao frsica, a distribuio do advrbio bastante restrita. Nestes casos, ocorrem sempre em posio de adjacncia esquerda do verbo, mesmo em construes interrogativas que envolvem a inverso do sujeito com o verbo. Exemplos:

a) O Joo (no) comprou flores Ana. b) O que (no) comprou o Joo Ana?

Em construes de negao do grupo verbal, o advrbio pode modificar qualquer constituinte do grupo verbal. Neste caso, no encontra-se adjacente ao constituinte modificado, conforme abaixo: Exemplos: a) modifica toda o grupo verbal. O Joo (no comprou flores Ana ontem). b) modifica o objeto direto O Joo comprou Ana ontem (no flores), mas livros. c) modifica o advrbio de tempo O Joo comprou flores Ana (no ontem), mas hoje. d) modifica o objeto indireto O Joo comprou flores ontem (no Ana), mas Raquel.

A palavra nem e os advrbios de negaoA tradio gramatical portuguesa considera nem apenas uma conjuno coordenativa correlativa, que ocorre sempre na estrutura nem nem. Em outras palavras ela tem a funo de correlacionar duas frases coordenadas, independentes sintaticamente.

Porm, muitos autores atuais divergem na classificao desta palavra. o caso da gramtica de Antnio Borregana, na qual se inclui nem na subclasse dos advrbios de negao. Confirma tambm esta classificao o Dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa, dando como exemplo: Nem pense em fazer isso. A maioria dos gramticos consideram tal palavra apenas como conjuno coordentativa, mas torna-se completamente aceitvel, com base em diversos exeplos, que a palavra seja considerada um advrbio de negao. Vejamos outros exemplos:

Nem imaginas o sucesso da festa! O aniversariante nem conseguiu conversar com toda a gente. Eu nem parei um minuto.

Advrbios de TempoSo advrbios de tempo as palavras: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanh, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, ento, ora, jamais, agora, sempre, j, afinal, amide (de vez em quando), breve, constantemente, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, primeiramente, tarde, provisoriamente, sucessivamente,

Locues Adverbiais de Tempos vezes, tarde, noite, de manh, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.

Advrbios de tempo possvel observar alguns traos particularizantes que distinguem umas formas de outras. O par cedo/tarde, por exemplo, tem ligao direta com o processo verbal, como em: Ele dorme cedo ou A professora chegou tarde. Entretanto, no especifica uma posio no tempo determinada, ou seja, no focaliza um momento especfico, e por isso pode conviver com, e at determinar, outra forma temporal precisa. Por exemplo:

O mestre chegou cedo hoje. O mestre chegou hoje cedo.

Alm da alterao semntica, a troca de posio implica tambm mudana do termo determinado: no exemplo 5, cedo refere-se ao verbo; no 6, ao advrbio hoje, considerando ainda que a faixa temporria especfica est sempre no hoje. Como mais uma caracterstica particular, podemos destacar que cedo/tarde podem ser intensificados: O carteiro passou hoje bem cedo / muito cedo / cedo demais / cedinho. Em relao ao grupo ontem/hoje/amanh, podemos identificar uma extenso definida de tempo (24 horas), que pode se referir ao verbo, como tambm ao enunciado como um todo.

Porm, a caracterstica mais notvel desses advrbios seu carter ditico. Assim, em hoje o tempo do enunciado coincide com o tempo de sua emisso (enunciao); ontem o tempo anterior a este, e amanh, o posterior. Alm disso, diferenciam-se do par anterior por no serem passveis de intensificao e por poderem desempenhar a funo de sujeito. Por exemplo: Hoje e amanh sero dias de festa. Por isso, este grupo se aproxima muito mais da classe de pronomes que da de advrbios. O advrbio agora apresenta as mesmas propriedades de hoje, com a diferena de estreitar muito mais o espao temporal.

Anlise Sinttica e Anlise MorfolgicaTodos ns j estudamos a gramtica da lngua portuguesa nas escolas, logo sabemos que uma gramtica dividida em vrias partes: fontica, morfologia, sintaxe, etc. A diviso foi feita para nos ajudar a compreender como funcionam as palvras na orao: sozinhas ou em relao s outras. Porm tal diviso, s vezes, confunde os alunos, principalmente quando o assunto morfologia e sintaxe. Muitos confundem as duas partes e acabam por mistur-las em uma anlise. A morfologia a parte da gramtica que considera a palavra em si (sozinha), j a sintaxe estuda a palavra em relao s outras que se acham na mesma orao. Em resumo, uma palavra exerce na orao duas funes: a morfolgica que a que a palavra exerce quanto classe a que pertence (substantivo, adjetivo, pronome, etc) e a sinttica, que vem a ser a que a palavra exerce em relao a outros termos da orao. Nesse caso, a palavra poder desempenhar vrios papis (sujeito, objeto, etc). EXEMPLO: Maria comprou um carro. Se analisarmos a palavra Maria no sentido morfolgico, temos um substantivo prprio, j na sintaxe Maria sujeito simples da orao.

ANLISE MORFOLGICAMaria: substantivo prprio comprou: verbo um: artigo carro: substantivo comum

ANLISE SINTTICAMaria: sujeito comprou: ncleo do predicado verbal (comprou um carro) um: adjunto adnominal carro: ncleo do objeto direto (um carro)

No difcil, basta o aluno prestar ateno e saber qual tipo de anlise o professor est pedindo (a morfolgica ou a sinttica). Porm, s vezes, as duas so pedidas na chamada anlise morfo-sinttica.

ArtigosSo amigos inseparveis do substantivo, pois toda vez que tiver artigo o mesmo estar se referindo a um substantivo. Esta referncia poder ser definindo ou indefinindo. Artigos definidos: tem a funo de caracterizar o ser ou objeto em particular. Artigos indefinidos: tem a funo de apresentar um elemento qualquer de uma espcie, ou seja, sem particularizar. - No brinque com os artigos, pois ele tem o poder de mudar as classes de algumas palavras. Exemplo: verbo passar a ser substantivo -> O cantar belo. Adjetivo ganha a funo de substantivo -> O azul do mar irradiante. Advrbio funciona como substantivo -> Falou um no.

ARTIGOS DEFINIDOS O OS A AS

ARTIGOS INDEFINIDOS UM UNS UMA UMAS

Exemplos: o mal lhe cresce (Gregrio de Matos) Assim vamos de todo o nosso vagar contemplando este majestoso e pitoresco anfiteatro (Almeida Garret). As crnicas da vila de Itagua (Machado de Assis). -A cincia, disse ele a Sua Majestade, o meu emprego nico (Machado de Assis). No havia na colnia, e ainda no reino, uma s autoridade em semelhante matria (Machado Assis). tinha decorado para os dramas majestosos dos elementos (Jos de Alencar). No todo dia que surge um craque de basquete.

Colocao Pronominal (prclise, mesclise, nclise) o estudo da colocao dos pronomes oblquos tonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relao ao verbo. Os pronomes tonos podem ocupar 3 posies: antes do verbo (prclise), no meio do verbo (mesclise) e depois do verbo (nclise). Esses pronomes se unem aos verbos porque so fracos na pronncia. PRCLISE Usamos a prclise nos seguintes casos: (1) Com palavras ou expresses negativas: no, nunca, jamais, nada, ningum, nem, de modo algum. - Nada me perturba. - Ningum se mexeu. - De modo algum me afastarei daqui. - Ela nem se importou com meus problemas. (2) Com conjunes subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que. - Quando se trata de comida, ele um expert. - necessrio que a deixe na escola. - Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros. (3) Advrbios - Aqui se tem paz. - Sempre me dediquei aos estudos. - Talvez o veja na escola. OBS: Se houver vrgula depois do advrbio, este (o advrbio) deixa de atrair o pronome. - Aqui, trabalha-se.

(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos. - Algum me ligou? (indefinido) - A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo) - Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo) (5) Em frases interrogativas. - Quanto me cobrar pela traduo? (6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo). - Deus o abenoe! - Macacos me mordam! - Deus te abenoe, meu filho! (7) Com verbo no gerndio antecedido de preposio EM. - Em se plantando tudo d. - Em se tratando de beleza, ele campeo. (8) Com formas verbais proparoxtonas - Ns o censurvamos. MESCLISE Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer amarei, amars, ) ou no futuro do pretrito (ia acontecer mas no aconteceu amaria, amarias, ) - Convidar-me-o para a festa. - Convidar-me-iam para a festa. Se houver uma palavra atrativa, a prclise ser obrigatria. - No (palavra atrativa) me convidaro para a festa. NCLISE nclise de verbo no futuro e particpio est sempre errada. - Tornarei-me. (errada) - Tinha entregado-nos.(errada)

nclise de verbo no infinitivo est sempre certa. - Entregar-lhe (correta) - No posso receb-lo. (correta) Outros casos: - Com o verbo no incio da frase: Entregaram-me as camisas. - Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se. - Com o verbo no gerndio: Saiu deixando-nos por instantes. - Com o verbo no infinitivo impessoal: Convm contar-lhe tudo. OBS: se o gerndio vier precedido de preposio ou de palavra atrativa, ocorrer a prclise: - Em se tratando de cinema, prefiro o suspense. - Saiu do escritrio, no nos revelando os motivos. COLOCAO PRONOMINAL NAS LOCUES VERBAIS Locues verbais so formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerndio ou particpio. AUX + PARTICPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome dever ficar antes do verbo auxiliar. - Havia-lhe contado a verdade. - No (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade. AUX + GERNDIO OU INFINITIVO: se no houver palavra atrativa, o pronome oblquo vir depois do verbo auxiliar ou do verbo principal. Infinitivo - Quero-lhe dizer o que aconteceu. - Quero dizer-lhe o que aconteceu. Gerndio - Ia-lhe dizendo o que aconteceu. - Ia dizendo-lhe o que aconteceu. Se houver palavra atrativa, o pronome oblquo vir antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Infinitivo - No lhe quero dizer o que aconteceu. - No quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerndio - No lhe ia dizendo a verdade. - No ia dizendo-lhe a verdade.

Concordncia NominalConcordncia nominal nada mais que o ajuste que fazemos aos demais termos da orao para que concordem em gnero e nmero com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Alm disso, temos tambm o verbo, que se flexionar sua maneira, merecendo um estudo separado de concordncia verbal. REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gnero e nmero com o substantivo. - A pequena criana uma gracinha. - O garoto que encontrei era muito gentil e simptico. CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem regra geral, mostrada acima. a) Um adjetivo aps vrios substantivos 1 Substantivos de mesmo gnero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais prximo. - Irmo e primo recm-chegado estiveram aqui. - Irmo e primo recm-chegados estiveram aqui. 2 Substantivos de gneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais prximo. - Ela tem pai e me louros. - Ela tem pai e me loura. 3 Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural. - O homem e o menino estavam perdidos. - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. b) Um adjetivo anteposto a vrios substantivos 1 Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais prximo. Comi delicioso almoo e sobremesa. Provei deliciosa fruta e suco.

2 Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais prximo ou vai para o plural. Estavam feridos o pai e os filhos. Estava ferido o pai e os filhos. c) Um substantivo e mais de um adjetivo 1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava fluentemente a lngua inglesa e a espanhola. 2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as lnguas inglesa e espanhola. d) Pronomes de tratamento 1 sempre concordam com a 3 pessoa. Vossa santidade esteve no Brasil. e) Anexo, incluso, prprio, obrigado 1 Concordam com o substantivo a que se referem. As cartas esto anexas. A bebida est inclusa. Precisamos de nomes prprios. Obrigado, disse o rapaz. f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) 1 Aps essas expresses o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural. Renato advogou um e outro caso fceis. Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. g) bom, necessrio, proibido 1- Essas expresses no variam se o sujeito no vier precedido de artigo ou outro determinante.

Canja bom. / A canja boa. necessrio sua presena. / necessria a sua presena. proibido entrada de pessoas no autorizadas. / A entrada proibida. h) Muito, pouco, caro 1- Como adjetivos: seguem a regra geral. Comi muitas frutas durante a viagem. Pouco arroz suficiente para mim. Os sapatos estavam caros. 2- Como advrbios: so invariveis. Comi muito durante a viagem. Pouco lutei, por isso perdi a batalha. Comprei caro os sapatos. i) Mesmo, bastante 1- Como advrbios: invariveis Preciso mesmo da sua ajuda. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. 2- Como pronomes: seguem a regra geral. Seus argumentos foram bastantes pra me convencer. Os mesmos argumentos que eu usei, voc copiou. j) Menos, alerta 1- Em todas as ocasies so invariveis. Preciso de menos comida para perder peso. Estamos alerta para com suas chamadas. k) Tal Qual 1- Tal concorda com o antecedente, qual concorda com o conseqente. As garotas so vaidosas tais qual a tia. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

l) Possvel 1- Quando vem acompanhado de mais, menos, melhor ou pior, acompanha o artigo que precede as expresses. A mais possvel das alternativas a que voc exps. Os melhores cargos possveis esto neste setor da empresa. As piores situaes possveis so encontradas nas favelas da cidade. m) Meio 1- Como advrbio: invarivel. Estou meio insegura. 2- Como numeral: segue a regra geral. Comi meia laranja pela manh. n) S 1- apenas, somente (advrbio): invarivel. S consegui comprar uma passagem. 2- sozinho (adjetivo): varivel. Estiveram ss durante horas.

Concordncia VerbalSUJEITO CONSTITUDO PELOS PRONOMES QUE & QUEM QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo. - Fui eu que falei. (eu falei) - Fomos ns que falamos. (ns falamos) QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficar na terceira pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome (pouco usado). - Fui eu quem falou. (ele (3 pessoa) falou) Obs: nas expresses um dos que, uma das que, o verbo deve ir para o plural. Porm, alguns estudiosos e escritores aceitam ou usam a concordncia no singular. - Joo foi um dos que saram. PRONOME DE TRATAMENTO O verbo fica sempre na 3 pessoa (ele eles). - Vossa Alteza deve viajar. - Vossas Altezas devem viajar. DAR BATER SOAR (indicando horas) Quando houver sujeito (relgio, sino) os verbos concordam normalmente com ele. - O relgio deu onze horas. - O Relgio: sujeito Deu: concorda com o sujeito. Quando no houver sujeito, o verbo concorda com as horas que passam a ser o sujeito da orao. - Deram onze horas. - Deram trs horas no meu relgio. SUJEITO COLETIVO (SUJEITO SIMPLES) - O cardum- e escapou da rede. - Os cardumes escaparam da rede.

Nesses dois exemplos o verbo concordou com o coletivo (sujeito simples). Quando o sujeito formado de um coletivo singular seguido de complemento no plural, admitem-se duas concordncias: 1) verbo no singular. - O bando de passarinhos cantava no jardim. - Um grupo de professores acompanhou os estudantes. 2) o verbo pode ficar no plural, nesse caso o verbo no plural dar nfase ao complemento. - O bando de passarinhos cantavam no jardim. - Um grupo de professores acompanharam os estudantes SE Verbos transitivos diretos e verbos transitivos diretos e indiretos + se: Se o termo que recebe a ao estiver no plural, o verbo deve ir para o plural, se estiver no singular, o verbo deve ir para o singular. - Alugam-se cavalos. Alugar verbo transitivo direto. Cavalos recebe a ao e est no plural, logo o verbo vai para o plural. Aqui o se chamado de partcula apassivadora (Cavalos so alugados). Outros exemplos: - Vendem-se casas. - Alugam-se apartamentos. - Exigem-se referncias. - Consertam-se pianos. - Plastificam-se documentos. - Entregou-se uma flor mulher. (verbo transitivo direto e indireto) OBS: Somente os verbos transitivos diretos tm voz passiva. Qualquer outro tipo de verbo (transitivo indireto ou intransitivo) fica no singular. - Precisa-se de professores. (Precisar verbo transitivo indireto) - Trabalha-se muito aqui. (trabalhar verbo intransitivo)

Nesse caso, o se chamado de ndice de indeterminao do sujeito ou partcula indeterminadora do sujeito. HAVER FAZER Haver no sentido de existir, indicando tempo ou no sentido de ocorrer ficar na terceira pessoa do singular. impessoal, ou seja, no admite sujeito. Fazer quando indica tempo ou fenmenos da natureza, tambm impessoal e dever ficar na terceira pessoa do singular. - Nesta sala h bons e maus alunos. (= existe) - J houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer) - Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido) SUJEITO COMPOSTO RESUMIDO POR UM INDEFINIDO O verbo concordar com o indefinido. - Tudo, jornais, revistas, TV, s trazia boas noticias. - Ningum, amigos, primos, irmos veio visit-lo. - Amigos, irmos, primos, todos foram viajar. PESSOAS DIFERENTES O verbo flexiona-se no plural na pessoa que prevalece (a 1 sobre a 2 e a 2 sobre a 3). Eu e tu: ns Eu e voc: ns Ela e eu: ns Tu e ele: vs - Eu, tu e ele resolvemos o mistrio. (1 pessoa prevalece) - O diretor, tu e eu samos apressados. (1 pessoa prevalece) - O professor e eu fomos reunio. (1 pessoa prevalece) - Tu e ele deveis fazer a tarefa. (2 pessoa prevalece) Obs: como a 2 pessoa do plural (vs) muito pouco usado na lngua contempornea , prefervel usar a 3 pessoa quando ocorre a 2 com a 3. - Tu e ele riam bea. - Em que lngua tu e ele falavam? Podemos tambm substituir o tu por voc.

- Voc e ele: vocs NOMES PRPRIOS NO PLURAL Se o nome vier antecedido de artigo no plural, o verbo dever concordar no plural. - Os Andes ficam na Amrica do Sul. Se no houver artigo no plural, o verbo dever concordar no singular. - Santos fica em So Paulo. - Memrias Pstumas de Brs Cubas consagrou Machado de Assis. Obs 1: Com nome de obras artsticas, admite-se a concordncia ideolgica com a palavra obra, que est implcita na frase. - Os Lusadas imortalizou Cames. Obs 2: Com o verbo ser e o predicativo no singular, o verbo fica no singular. Os Lusadas a maior obra da Literatura Portuguesa. - Os EUA j foi o primeiro mercado consumidor. SER O verbo ser concordar com o predicativo quando o sujeito for o pronome interrogativo que ou quem. - Quem so os eleitos? - Que seriam aqueles rudos estranhos? - Que so dois meses? - Que so clulas? - Quem foram os responsveis? Quando o verbo ser indicar tempo, data, dias ou distncia, deve concordar com a apalavra seguinte. - uma hora. - So duas horas. - So nove e quinze da noite. - um minuto para as trs. - J so dez para uma. - Da praia at a nossa casa, so cinco minutos. - Hoje ou so 14 de julho?

Em relao s datas, quando a palavra dia no est expressa, a concordncia facultativa. Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal, o verbo concordar com ele. - Eu sou o chefe. - Ns somos os responsveis. - Eu sou a diretora. Quando o sujeito um dos pronomes isto, isso, aquilo, o, tudo, o verbo ser concordar com o predicativo. - Tudo so flores. - Isso so lembranas de viagens. Pode ocorrer tambm o verbo no singular concordando com o pronome (raro). - Tudo flores. Quando o verbo ser aparece nas expresses muito, bastante, pouco, suficiente denotando quantidade, distncia, peso, etc ele ficar no singular. - Oitocentos reais muito. - Cinco quilos suficiente.

ConectivosConectivos so conjunes que ligam as oraes, estabelecem a conexo entre as oraes nos perodos compostos e tambm as preposies, que ligam um vocbulo a outro. O perodo composto formado de duas ou mais oraes. Quando essas oraes so independentes umas das outras, chamamos de perodo composto por coordenao. Essas oraes podem estar justapostas (sem conectivos) ou ligadas por conjunes (= conectivos). CONECTIVOS coordenativos so as seguintes conjunes coordenadas: ADITIVAS (adicionam, acrescentam): e, nem (e no),tambm, que; e as locues: mas tambm, seno tambm, como tambm Ela estuda e trabalha. ADVERSATIVAS (oposio, contraste): mas, porm, todavia, contudo, entretanto, seno, que. Tambm as locues: no entanto, no obstante, ainda assim, apesar disso. Ela estuda, no entanto no trabalha. ALTERNATIVAS (alternncia): ou. Tambm as locues ouou, oraora, jj, querquer Ou ela estuda ou trabalha. CONCLUSIVAS (sentido de concluso em relao orao anterior): logo, portanto, pois (posposto ao verbo).Tambm as locues: por isso, por conseguinte, pelo que Ela estudou com dedicao, logo dever ser aprovada. EXPLICATIVAS (justificam a proposio da orao anterior): que, porque, porquanto Vamos estudar, que as provas comeam amanh. Quando as oraes dependem sintaticamente umas das outras, chamamos perodo composto por subordinao. Esses perodos compem-se de uma ou mais oraes principais e uma ou mais oraes subordinadas. CONECTIVOS subordinativos so as seguintes conjunes e locues subordinadas: CAUSAIS (iniciam a orao subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Tambm as locues: por isso que, pois que, j que, visto que Ela dever ser aprovada, pois estudou com dedicao. COMPARATIVAS (estabelecem comparao): que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior), comoTambm as locues: tocomo, tantocomo, maisdo que, menosdo que, assim como, bem como, que nem Ela mais estudiosa do que a maioria dos alunos.

CONCESSIVAS (iniciam orao que contraria a orao principal, sem impedir a ao declarada): que, embora, conquanto. Tambm as locues: ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que Ela no foi aprovada, embora tenha estudado com dedicao. CONDICIONAIS (indicam condio): se, caso. Tambm as locues: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a no ser que, exceto se Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicao. Finais (indicam finalidade): As locues para que, a fim de que, por que necessrio estudar com dedicao,para que se obtenha aprovao. TEMPORAIS (indicam circunstncia de tempo): quando, apenas, enquantoTambm as locues: antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, sempre que Ela deixou de estudar com dedicao,quando foi aprovada. CONSECUTIVAS (indicam conseqncia): que (precedido de to, tanto, tal) e tambm as locues: de modo que, de forma que, de sorte que, de maneira que Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se famlia. INTEGRANTES (introduzem uma orao):se, que. Ela sabe que importante estudar com dedicao.

ConjunesConjuno a palavra invarivel que liga duas oraes ou dois termos semelhantes de uma mesma orao. CLASSIFICAO - Conjunes Coordenativas - Conjunes Subordinativas CONJUNES COORDENATIVAS Dividem-se em: - ADITIVAS: expressam a idia de adio, soma. Observe os exemplos: - Ela foi ao cinema e ao teatro. - Minha amiga dona-de-casa e professora. - Eu reuni a famlia e preparei uma surpresa. - Ele no s emprestou o joguinho como tambm me ensinou a jogar. Principais conjunes aditivas: e, nem, no smas tambm, no scomo tambm. - ADVERSATIVAS Expressam idias contrrias, de oposio, de compensao. Exemplos: - Tentei chegar na hora, porm me atrasei. - Ela trabalha muito mas ganha pouco. - No ganhei o prmio, no entanto dei o melhor de mim. - No vi meu sobrinho crescer, no entanto est um homem. Principais conjunes adversativas: mas, porm, contudo, todavia, no entanto, entretanto. ALTERNATIVAS Expressam idia de alternncia. - Ou voc sai do telefone ou eu vendo o aparelho. - Minha cachorra ora late ora dorme. - Vou ao cinema quer faa sol quer chova. Principais conjunes alternativas: Ouou, oraora, querquer, jj. CONCLUSIVAS Servem para dar concluses s oraes. Exemplos:

- Estudei muito por isso mereo passar. - Estava preparada para a prova, portanto no fiquei nervosa. - Voc me ajudou muito; ter, pois sempre a minha gratido. Principais conjunes conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. EXPLICATIVAS Explicam, do um motivo ou razo: - melhor colocar o casaco porque est fazendo muito frio l fora. - No demore, que o seu programa favorito vai comear. Principais conjunes explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. CLASSIFICAO DAS CONJUNES SUBORDINATIVAS CAUSAIS Principais conjunes causais: porque, visto que, j que, uma vez que, como (= porque). Exemplos: - No pude comprar o CD porque estava em falta. - Ele no fez o trabalho porque no tem livro. - Como no sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio. COMPARATIVAS Principais conjunes comparativas: que, do que, tocomo, maisdo que, menosdo que. - Ela fala mais que um papagaio. CONCESSIVAS Principais conjunes concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. Indicam uma concesso, admitem uma contradio, um fato inesperado.Traz em si uma idia de apesar de. - Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada) - Apesar de ter chovido fui ao cinema. CONFORMATIVAS Principais conjunes conformativas: como, segundo, conforme, consoante - Cada um colhe conforme semeia. - Segundo me disseram a casa esta.

Expressam uma idia de acordo, concordncia, conformidade. CONSECUTIVAS Expressam uma idia de conseqncia. Principais conjunes consecutivas: que ( aps tal, tanto, to, tamanho). - Falou tanto que ficou rouco. - Estava to feliz que desmaiou. FINAIS Expressam idia de finalidade, objetivo. - Todos trabalham para que possam sobreviver. - Viemos aqui para que vocs ficassem felizes. Principais conjunes finais: para que, a fim de que, porque (=para que), PROPORCIONAIS Principais conjunes proporcionais: medida que, quanto mais, ao passo que, proporo que. - medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. - Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam. TEMPORAIS Principais conjunes temporais: quando, enquanto, logo que. - Quando eu sair, vou passar na locadora. - Chegamos em casa assim que comeou a chover. - Mal chegamos e a chuva desabou. Obs: Mal conjuno subordinativa temporal quando equivale a logo que. O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjuno chama-se locuo conjuntiva. Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, proporo que. Algumas pessoas confundem as circunstncias de causa e conseqncia. Realmente, s vezes, fica difcil diferenci-las. Observe os exemplos: - Correram tanto, que ficaram cansados.

Que ficaram cansados aconteceu depois deles terem corrido, logo uma conseqncia. Ficaram cansados porque correram muito. Porque correram muito aconteceu antes deles ficarem cansados, logo uma causa.

Conjunes coordenativasA conjuno a palavra que liga duas oraes ou termos de mesma funo na orao. Quando a conjuno exerce seu papel de ligar as oraes, estabelece entre elas uma relao de coordenao ou subordinao. Exemplo: A lua surgiu e as estrelas inundaram o cu de luz. A conjuno coordenativa tambm ocorre quando duas palavras so ligadas na mesma orao. Exemplo: Ele vender brinquedos ou revistas. Classificam-se as conjunes coordenativas em ADITIVAS, ADVERSATIVAS, ALTERNATIVAS, CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS.

Conjunes coordenativas aditivasIndicam uma relao de adio frase. Unem palavras de mesma funo sinttica. So elas: e, nem, mas tambm,como tambm, alm de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como e etc. Ex: Comi e fiquei satisfeita.

Conjunes coordenativas adversativasIndicam uma relao de oposio bem como de contraste ou compensao entre as unidades ligadas. Tambm pode gerar um sentido de consequncia a algo dito anteriormente. So elas: mas, porm, todavia, entretanto, no entanto,seno, no obstante, contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vrgula obrigatria. Ex: O carro bateu, mas ningum se feriu.

Conjunes coordenativas alternativas ou disjuntivasComo o seu nome indica, expressam uma relao de alternncia, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalncia dos mesmos. So elas: ouou, ou, oraora,jj, querquer, etc. Ex.: Ou ela, ou eu.

Conjunes coordenativas explicativasExpressam a relao de explicao, razo ou motivo. So elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo). Ex: Ele no entra porque est sem tempo.

Conjunes coordenativas conclusivasIndicam relao de concluso. So elas: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, ento, por isso, por conseguinte, por isto, assim, etc. Ex: Ele bebeu bem mais do que poderia, logo ficou embriagado.

Conjunes subordinativasA orao subordinativa, como o prprio nome j indica, estabelece uma relao de subordinao (dependncia) entre palavras ou frases. Geralmente aparecem ligando uma orao de nvel sinttico inferior, chamada orao subordinada, a uma outra orao, de nvel sinttico superior. A orao subordinada est dentro da orao principal, isso quer dizer que ela assume uma funo na orao principal que pode ser de: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, etc. Esta orao ligada orao principal atravs de uma conjuno subordinativa. Ex: Seria mais poeta, se fosse menos poltico. Tudo foi planejado para que no houvesse falhas. As conjunes subordinativas classificam-se em CAUSAIS, CONCESSIVAS, CONDICIONAIS, CONFORMATIVAS, COMPARATIVAS, CONSECUTIVAS, FINAIS, PROPORCIONAIS, TEMPORAIS, e INTEGRANTES.

1. Conjunes subordinativas integrantesque, se Introduzem as oraes substantivas, que podem funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal No sei se existe ou se di. Espero que voc no demore.

2. Conjunes subordinativas causaisporque, pois, porquanto, como, por isso que, j que, uma vez que, visto que, visto como Iniciam uma orao que indica causa. Dona Lusa fora para l porque estava s. Como o frio era grande, aproximou-se da lareira.

3. Conjunes subordinativas comparativas

(mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se. Iniciam uma orao que indica comparao. Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada. O menino est to confuso quanto o irmo.

4. Conjunes subordinativas concessivasembora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que. Inicia uma orao que indica contrariedade. Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados. todo graa, embora as pernas no ajudem..

5. Conjunes subordinativas condicionaisse, caso, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, a no ser que. Iniciam uma orao em que se indica uma condio Seria mais poeta, se fosse menos poltico. Caso eu esteja melhor, irei com voc no Sbado.

6. Conjunes subordinativas conformativasconforme, como, segundo, consoante etc. Inicia uma orao subordinada em que se exprime conformidade. Conforme o que eu havia dito, no viajarei. Tal foi a concluso de Aires, segundo se l no Memorial. (Machado de Assis)

7. Conjunes subordinativas consecutivastanto que, tal que, de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que Iniciam uma orao na qual se indica a consequncia.

Soube que tivera uma emoo to grande que Deus quase a levou. Falou tanto na reunio que ficou rouco

8. Conjunes subordinativas finaispara que, a fim de que, porque [para que], que Iniciam uma orao subordinada que indica a finalidade, objetivo. Aqui vai o livro para que o leia. Fiz-lhe sinal que se calasse.

9. Conjunes subordinativas proporcionais medida que, ao passo que, proporo que, enquanto, quanto mais (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais (menos), quanto mais (tanto menos), quanto menos (menos), quanto menos (tanto menos), quanto menos (mais), quanto menos (tanto mais) Iniciam uma orao que indica proporo. Ao passo que nos elevvamos, elevava-se igualmente o dia nos ares. O preo do leite aumenta proporo que esse alimento falta no mercado.

10. Conjunes subordinativas temporaisquando, antes que, depois que, at que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc. Iniciam uma orao subordinada indicadora de circunstncia de tempo Custas a vir e, quando vens, no demora. Implicou comigo assim que me viu;

Locuo ConjuntivaDuas ou mais palavras empregadas com valor de conjuno constituem uma LOCUO CONJUNTIVA:

J que, visto que, a fim de que, etc.

De uma maneira geral, as conjunes podem estabelecer dois tipos de relao entre as oraes: coordenao ou subordinao. Asconjunes coordenativas ligam oraes de mesmo valor sinttico, que so independentes uma da outra. J as conjunes subordinativas relacionam oraes inserindo-as uma dentro da outra, estabelecendo entre elas uma relao de dependncia sinttica. Exemplos:

Ele um profissional excelente, mas um pouco indisciplinado. Eu quero que voc faa um relatrio urgentemente.

No primeiro caso, a conjuno liga duas oraes que independem sintaticamente uma da outra Ele um profissional excelente e Ele um pouco indisciplinado. J no segundo exemplo, a primeira orao Eu quero e a segunda Que voc faa um relatrio urgentemente; como podemos observar, uma se funde com a outra, dificultando at mesmo uma separao, j que a segunda funciona como objeto direto, complementando o verbo querer, isto uma relao de subordinao. Da mesma maneira acontece com as locues conjuntivas. Elas so classificadas segundo o mesmo critrio, recebendo a nomenclatura de locuo conjuntiva de coordenao ou locuo conjuntiva de subordinao dependendo da relao que estabelecem entre as oraes. Vejamos alguns exemplos de locues conjuntivas

Locuo Conjuntiva de Coordenao Gosto de viajar de navio, no entanto, prefiro o avio. (adversativa) Sa de casa muito atrasado, por conseguinte no consegui chegar na hora marcada. (conclusiva)

Locuo Conjuntiva de Subordinao Uma vez que ele chegou at aqui, merece ir at o fim. (causal) Comprarei as passagens, ainda que precisemos viajar noite. (concessiva) Posso fazer-lhe este favor, contanto que no me pea mais nada. (condicional)

Ele sempre passa pela mesma rua, de modo que os moradores j o conhecem. (consecutiva) Ele fez isso a fim de que todos se lembrassem de sua pessoa. (final) medida que as pessoas vo chegando, ela fica mais nervosa. (proporcional)

Elementos MrficosUma palavra formada por elementos mrficos, ou morfemas. MRFICO -> MORFO = FORMA -> MORFEMAS Existem dois tipos de morfemas: lexicais e gramaticais. Os morfemas lexicais podem ser definidos como um ser ou fato da realidade, do mundo exterior lngua. Os morfemas gramaticais podem ser definidos como de fato a gramtica da lngua, de fato a parte interna da palavra. Os elementos mrficos de uma palavra dividem-se em: - Radical - Vogal temtica - Tema - Desinncia - Afixo - Vogais ou consoantes de ligao Passemos a conhecer minuciosamente cada um dos elementos citados.

Radical nesta parte da palavra que guarda o significado bsico, consegue acoplar os outros elementos para formar novas palavras ou dar significados diferenciados. considerado morfema lexical. - Menino - Falar - Caderno

Vogal temtica um morfema gramatical, sua funo principal preparar o radical para receber as desinncias.

- Vogal temtica nos nomes (-a, -o, -e)-Garoto -Menino - Presidente

Vogal temtica nos verbos (ar, er, ir)-Comer -Partir - Andar

Tema o radical + vogal temtica, o radical recebeu a vogal temtica. Observao: existem palavras que so atemticas, ou seja, no tem vogal temtica. - Peru no tem vogal temtica

DesinnciasAparecem no final das palavras e esto diretamente relacionadas s flexes. So morfemas gramaticais flexionais.

Desinncia nominalApresenta o gnero e o nmero dos nomes. - Autor autor a autora s - Gato gat a gato s

Desinncia verbalApresenta o tempo, o modo, a pessoa e o nmero em relao aos verbos.

Anda (vogal temtica)

(desinncia modotemporal)

va (desinncia nmeropessoal)

mos

AfixoTem a funo de gerar novas palavras.

Prefixo o morfema colocado antes do radical. - Desleal - Indigno

Sufixo o morfema colocado depois do radical. - Lealmente - Dignidade

Vogais ou consoantes de ligaoSo morfemas colocados nas palavras para facilitar a pronncia. Caf + eira = cafe t eira = cafeteira Caf + cultura = cafe i cultura = cafeicultura

MorfemasMorfemas so as partes de uma palavra, a menor partcula significativa da lngua portuguesa. Quando analisamos uma palavra morfologicamente, ou seja, quando analisamos a sua forma, podemos separar as partes desta palavra, seus morfemas. Chamam-se morfemas: RAIZ, RADICAL, DESINNCIA, VOGAL TEMTICA, TEMA e AFIXOS. Em uma palavra como SOL temos apenas um morfema, mas j na palavra ensolao, podemos encontrar trs: en+sol+ao. Neste caso, SOL seria a RADICAL da palavra, EN seria o PREFIXO e AO o sufixo. Vejamos cada um dos morfemas citados acima e sua definio: RAIZ o morfema que contm o ncleo significativo comum a uma famlia lingstica, ou seja, a partir da raiz da palavra que se associa ela a outras da mesma famlia e que identificamos o seu significado. Por exemplo, as palavras erva e herbvoro so da mesma famlia. Sabemos disso por causa da sua raiz em comum: herbae. Mesmo que o radical tenha sofrido alteraes, identificamos a semelhana atravs do significado. RADICAL o morfema que funciona como o segmento lexical da palavra, geralmente se repetindo em todas ou na maioria das palavras daquela famlia. Temos como exemplo as palavras pedra, pedreira, pedregulho e empedrar que possuem o mesmo radical pedr-. Vale ressaltar que nem sempre o radical permanece intacto, na maioria dos casos sofre alteraes por conta da evoluo sofrida pela lngua. DESINNCIA este morfema serve para indicar as flexes da palavra, ou seja, as variaes de gnero e nmero, no caso dos nomes, e de pessoa, nmero, modo e tempo, no caso dos verbos. Exemplos: menina, menino, meninas, meninos (nome) e cantar cantaremos, cantaro, cantaria (verbo). VOGAL TEMTICA o morfema que caracteriza nomes e verbos quando no so flexionados, ou seja, quando esto estanques. No caso dos nomes, a vogal temtica aparece quando no h variao de gnero ou de nmero: poeta, casa, corpo,livro, dente, ponte. So elas as letras A, E e O.

No caso dos verbos, servem para indicar a qual das trs conjugaes tal verbo pertence: A (primeira conjugao), E ou O (segunda conjugao) e I (terceira conjugao). TEMA quando juntamos o radical vogal temtica formamos o tema da palavra. AFIXOS quando uma palavra formada por processo de derivao ela recebe uma partcula a mais no incio, no meio ou no fim da mesma. Essas partculas so chamadas de afixos, e dependendo do local onde se encontram na palavra so denominadas diferentemente. Existem, pois, trs tipos de AFIXOS: o prefixo (que aparece no incio da palavra), o infixo (que fica no meio da palavra) e o sufixo (que aparece no final da palavra). importante diferenciar que os afixos no servem para flexionar a palavra, mas para formar uma nova palavra ao serem acrescentado. As desinncias, por sua vez, no formam uma nova palavra, mas flexionam aquela que j existe para gerar uma concordncia com o restante das palavras a ela relacionadas.

Estrutura das PalavrasAs palavras podem se estruturar em: radical, vogal temtica, tema, desinncia, afixo e vogal ou consoante de ligao.

RADICAL a parte da palavra que tem significado. Tambm chamado demorfema lexical. TERR radical da palavra terra, terreiro ou terrao. CAMP radical da palavra campo, campestre.

VOGAL TEMTICA a vogal que aparece depois do radical, ajudando a palavra a receber outros elementos. Vai estar nos verbos. Amar vogal temtica A 1 conjugao Vender vogal temtica E 2 conjugao Partir vogal temtica I 3 conjugao

TEMARadical + vogal temtica ou desinncia nominal. Terra = terr (radical) + a (desinncia nominal) Ama = am (radical) + a (vogal temtica)

DESINNCIAIndica gnero e nmero para desinncia nominal e expressa modo, tempo e pessoa para desinncia verbal (usado somente em verbos). Rato = o desinncia nominal (gnero masculino) Rata = a desinncia nominal (gnero feminino) Amava = va desinncia verbal Partssemos = ssemos desinncia verbal

AFIXOElementos que se juntam ao radical e formam novas palavras. - Prefixo: colocado antes do radical. Infeliz, incapaz e desconfiar.

- Sufixo: colocado aps o radical. Felizmente, garotinha e sapateiro.

VOGAL OU CONSOANTE DE LIGAO o elemento que ajuda na pronncia da palavra. Pobrezinho e cafeicultura.

GerndioO gerndio que uma forma nominal do verbo chama-se assim por no ter nem tempo ou modo verbal. Em geral o gerndio formado com o acrscimo do ndo no final do verbo. Exemplo: partindo, saindo, surgindo. So verbos capazes de assumir outra classe gramatical como substantivo, adjetivo ou verbo. Exemplos: - Vamos cantar? (verbo) - O cantar belo. (substantivo) - Joo Paulo j tinha preparado o casamento com antecedncia. (verbo) - Joo Paulo est preparado para a viagem. (adjetivo) Observao: podemos fazer a seguinte combinao para no esquecernos do gerndio. GERNDIO AMANDO GOSTANDO COMENDO CORRENDO

GerundismoA maior moda agora usar o gerundismo entre os secretrios, atendentes, telefonistas e assim impregnando outros interlocutores. O gerundismo surge em desacordo norma culta da Lngua Portuguesa, um fenmeno recente da lngua no Brasil. Historicamente cogita-se o aparecimento do gerundismo as tradues de manuais americanos, principalmente os manuais dos operadores de telemarketing, uma profisso bem atual. Considerado como um vcio da linguagem. Gerundismo o uso de uma locuo verbal, ou seja, verbo auxiliar + verbo no gerndio. Exemplos: Estaro lhe enviando uma correspondncia com explicaes. Melhor: Enviaro uma correspondncia com explicaes. O senhor pode estar aguardando na linha Melhor: O senhor pode aguardar na linha. Vou estar reservando Melhor: Reservarei ou vou reservar Vou estar transferindo Melhor: Vou transferir Voc poder estar comprando por Melhor: voc poder comprar por O senhor pode estar anotando o nmero Melhor: O senhor pode anotar o nmero

ImperativoNa lngua portuguesa, classificamos as formas verbais em trs modos, segundo a maneira como expressam a ao:

Modo Indicativo: quando o verbo indica uma certeza, uma realidade, algo que de fato acontece, aconteceu ou acontecer. Modo Subjuntivo: quando o verbo indica dvida, possibilidade, ou seja, no exprime certeza de que realmente a ao verbal um fato consumado. Modo Imperativo: quando o verbo indica uma ordem, um pedido, uma sugesto.

Deteremo-nos aqui em estudar o modo verbal chamado IMPERATIVO, que expressa uma ordem, pedido, recomendao, alerta, convite, conselho, splica, etc. Vejamos alguns exemplos de verbos no modo imperativo para ficar mais claro o conceito deste modo verbal. Exemplos:

Vamos, corram! Perdoe-me, eu lhe imploro. Por favor, diga-me onde fica esta praa. Organizem-se rapidamente. Faa o que digo, agora!

Formao do imperativoO imperativo formado de uma maneira diferente dos demais modos. Notem-se duas coisas: a) No imperativo, no existe a primeira pessoa do singular (eu). b) O imperativo indeterminado em tempo. Supe-se que, como se trata de uma ordem, a ao se dar no futuro. Imperativo Afirmativo:

para tu pare voc paremos ns parai vs parem vocs

OBSERVAES: a) Na segunda pessoa (Tu ou Vs) usa-se o verbo conjugado nas segundas pessoas do singular e plural, respectivamente, pertencentes ao presente do indicativo cortando-se a letra s. A exceo o verbo ser: s tu, sede vs. b) Para os pronomes voc ou vocs usa-se o verbo conjugado na terceira pessoa do presente do subjuntivo. c) Na primeira pessoa do plural (ns), usamos o verbo conjugado na primeira pessoa do singular do presente do subjuntivo. Imperativo Negativo:

no pares tu no pare voc no paremos ns no pareis vs no parem vocs

OBSERVAO: No imperativo negativo, todas as pessoas coincidem com a forma verbal do presente do subjuntivo.

InterjeioInterjeies so palavras que expressam os nossos sentimentos como: emoo, alegria, tristeza, dor, surpresa e aplauso. As interjeies classificam-se em:

Advertncia Agradecimento Alegria Alvio Animao Apelo Aplauso Concordncia Desejo Dor Admirao Pena Satisfao Saudao Silncio Medo

Cuidado! Olha! Ateno! Calma! Grato! Obrigado! Ah! Eh! Oh! Oba! Viva! Ah! Uf! Ufa! Coragem! Fora! Vamos! Eia! Socorro! Psiu! Hei! Parabns! timo! Viva! Bis! Sim! Claro! Oh! Oxal! Tomara! Ah! Oh! Ai! Ui! Caramba! Nossa! Opa! Puxa! Coitado! Boa! Oba! Opa! Upa! Ol! Salve! Adeus! Viva! Psiu! Silncio! Calada! Credo! Cruzes! Ui!

Locuo InterjetivaInterjeio a palavra que expressa emoes, apelos, sentimentos, sensaes, estados de esprito. Por sua vez, Locuo Interjetiva um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, desempenham opapel de interjeio. Vejamos o exemplo: Voc acha que ele vir? Que esperana! As interjeies e locues interjetivas se classificam de acordo com seus valores semnticos, que dependem fundamentalmente do contexto em que se encontram e da entonao que empregada. Vejamos algumas:

Agradecimento: Muito obrigado(a)! Alegria: Que bom! Alvio: Que alvio! nimo: Em frente! Apelo ou chamamento: de casa! Aplauso: isso a! Muito bem! Lamento: Que pena! Desejo: Queira Deus! Quem dera! Espanto, surpresa: Nossa me! Reprovao: De jeito nenhum! Satisfao: Que bom! Medo: Meu Deus!

Vale lembrar que as locues interjetivas, assim como as interjeies, possuem o valor de frase. Diz-se isso porque elas, por si mesmas, possuem uma mensagem completa, possvel de ser compreendida, alm do fato de poderem aparecer sozinhas no discurso, e terem eficincia comunicativa. Elas no possuem nenhum tipo de relao sinttica com as demais frases do discurso, e mesmo quando aparecem compostas por um verbo, como em S faltava essa!, elas no deixam de possuir um sentido nico. As discusses sobre as interjeies, entre os gramticos, no param. Alguns defendem que elas devem deixar de ser uma classe de palavras, j que funcionam como frases, outros defendem o ponto de vista contrrio, e todos tem argumentos e questionamentos no resolvidos a respeito delas. No podemos, portanto, fechar conceitos e aplicaes das locues interjetivas, pois possvel e provvel que encontremos diferentes anlises a respeito das mesmas.

Letra e FonemaLetr