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GOVERNOS POPULISTAS NO BRASIL

Autor: Iracema Peres Ruiz1

Orientador: Lupércio Antonio Pereira2

Resumo

O objetivo deste artigo foi Identificar a ideologia populista, como surgiu na América Latina,   ressaltando os  períodos da história  política  do  Brasil,  em que o  país   foi governado por presidentes populistas. A metodologia aplicada para se alcançar este objetivo foi a da pesquisa bibliográfica, utilizando­se de uma bibliografia que contém os   conteúdos   identificados   no   tema.   Justifica­se   a   escolha   deste   tema   para   a elaboração   de   um   artigo   de   conclusão   do  Programa   de   Desenvolvimento Educacional – PDE, na área de história pela relevância que tem e por se tratar da escola é o espaço ideal para formar cidadãos críticos e conscientes para o exercício de sua cidadania, principalmente na hora de exercer o direito do voto, é de inteira responsabilidade do eleitor a escolha dos governantes do país, para evitar compra de votos ou submeter­se ao “voto de cabresto”, que ainda ocorre neste país. Espera­se   alcançar   o   resultado   de   ampliação   da   aprendizagem   sobre   os   conteúdos trabalhados e que se possa melhorar a qualidade do ensino destes. 

Palavras­Chave: Populismo; Governo; Voto; Consciente; Cidadania.

1 Introdução

1 Pós­graduada em Didática e Metodologia de Ensino pela Faculdades Integradas do Norte do Paraná (UNOPAR),  graduada em História pela  Faculdade de Filosofia,  Ciências e Letras de Mandaguari (FAFIMAN),   atua   no   Colégio   Estadual   José   Luiz   Gori   –   Ensino   Fundamental,   Médio   e Profissionalizante e no Centro de Estudo de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBEJA).2  Graduado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, mestrado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. Atua como docente no ensino de graduação e de pós­graduação na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

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O populismo marca a história da humanidade em todos os tempos, porém 

na atualidade os meios de comunicação e a facilidade para receber  informações 

através destes, as atenções de muitas pessoas para a cidadania e todo o conjunto 

de princípios que a compõem. 

Por isso, a conscientização política na formação do aluno para o exercício 

de sua cidadania na hora de escolher os governantes através do voto.

Há um conceito generalizado, que ouvimos que todos os políticos são iguais 

e em sua maioria desonestos e corruptos, e que o voto é apenas uma obrigação 

uma vez que no Brasil é obrigatório.

Muitas pessoas em particular jovens ­ adolescentes não conhecem o poder 

do voto e o significado que a política tem em suas vidas.

Durante   as   aulas   de   História,   nota­se   o   desinteresse   dos   alunos   pelos 

assuntos que envolvem a política do país. Este fato é  preocupante uma vez que 

todos os jovens tem o direito de “votar” aos 16 anos de idade, e não tem maturidade 

para   identificar  as  promessas demagógicas  de  campanhas,  com propostas  mais 

comprometidas com a realidade do país, muitos são os manipulados pela mídia, 

geralmente  pelos  comunicadores  de   rádio  e   televisão  que   fazem dos  meios  de 

comunicação seu palanque eleitoral.

Pretendemos elaborar um roteiro de estudo e atividades para enfrentar esta 

situação. Tentaremos levar os alunos a refletir sobre o exercício de cidadania na 

hora de votar. O voto é de inteira responsabilidade do eleitor como a escolha dos 

governantes do país.

Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental 

importância, além de representar um ato de cidadania. Da o direito aos cidadãos de 

escolher   livremente  os   representantes  do  povo  ao  governo  e  são  eles  que  vão 

elaborar e executar as leis que interferem diretamente em nossas vidas.

Devemos votar em candidatos com passado limpo e com propostas sérias 

capazes de trazer melhoria de vida para a sociedade brasileira.  Devemos adotar 

critérios   na   escolha   dos   governantes,   pois   são   eles   depois   de   eleitos   que   vão 

gerenciar   o   dinheiro   público,   isto   é,   os   impostos   que   pagamos.   Dessa   forma 

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devemos   acompanhar   com   atenção   o   desempenho   dos   governos   municipais, 

estaduais e federal.

2 Fundamentação Teórica

2.1 Considerações iniciais

A política populista esta articulada com os conteúdos estruturantes: relação 

de poder, trabalho e cultura das Diretrizes Curriculares para o Ensino de Historia, no 

ensino fundamental e médio.

Pode­se   definir   poder   como   “a   capacidade   ou   possibilidade   de   agir   ou 

produzir efeitos” e “pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos” (BOBBIO in 

BOBBIO et.  al,  2000, p. 993 apud DIRETRIZES CURRICULARES). O poder não 

apresenta forma de coisa ou de objeto, mas se manifesta como relações sociais e 

ideológicas estabelecidas entre aqueles que exercem e aqueles que se submetem, 

portanto o que existe são as relações de poder.

Michel   Foucault   optou   pela   idéia   de   que   os   saberes   são   poderes.   Tais 

poderes são exercidos em instituições, como: escolas, prisões, hospitais, famílias e 

comunidades; nos estados nacionais nas igrejas e nos organismos  internacionais 

políticos e econômicos.

Entender que as relações de poder são exercidas nas diversas instâncias 

sócio­históricas,   como  o  mundo  do   trabalho  as  políticas  públicas  e  as  diversas 

instituições permitem ao aluno perceber que tais relações estão em seu cotidiano.

A   construção   de   um   novo   populismo   está   ocorrendo   no   governo   Lula 

segundo Marques 2006, mais do que em qualquer outra área, as ações do governo 

Lula no campo social revelam os contornos do seu projeto de poder populista, sua 

compreensão sobre a realidade e sua idéia de que é possível o governo representar 

as diferentes classes sociais. E isso é motivo suficiente para que os trabalhadores 

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em   geral   e   as   classes   mais   exploradas   no   Brasil   acompanhem   pari   passo   o 

desenvolvimento   dessas   políticas   atentando   especialmente   para   o   fato   de   sua 

implantação está permitido uma construção de uma nova base de apoio, diferente 

daquela que lançou o partido dos trabalhadores.

Segundo o cientista  social  brasileiro  Octávio   Ianni   (1991),  populismo é  a 

política de massa ou movimento nacional popular.

O populismo tem sido uma experiência política importante para a maioria 

dos países da América Latina nas últimas décadas. O populismo latino americano 

tem sido bastante estudado, a partir da década de 50, por sociólogos e cientistas 

políticos. É  um tema controverso, complexo, que recebeu várias  interpretações e 

suscitou muitas polêmicas.

Há   fenômenos   muito   diversos   no   tempo   e   no   espaço   denominado 

populismo, como os movimentos sociais e políticos ocorridos na África, Ásia, Europa 

do Leste, Rússia e Estados Unidos. Neste trabalho o objeto de estudo é o populismo 

latino americano (em particular os governos populistas no Brasil).

Na   maioria   dos   casos   o   populismo   tem   sido   um   experimento   político 

malogrado cujo sucesso tem sido bastante reduzido. A despeito disso, continua a 

ser um aspecto básico da vida política de cada país latino­americano.

A   análise   mais   conhecida   sobre   o   populismo   latino­americano   procura 

estabelecer algumas características comuns a todos os movimentos em busca de 

um conceito abrangente de todas essas realidades. Os sociólogos argentinos Gino 

Germani  e  Torcuato  Di  Tella   construíram modelos  que  pretendem dar  conta  da 

explicação do fenômeno. Partem do pressuposto de que o populismo ocorre numa 

situação  de   “transição”  da  passagem de  uma sociedade   tradicional­agrária,  pré­

capitalista, atrasada – capitalista urbana e industrial.

As raízes do populismo estão na assincronia entre o processo de transição 

de   uma   sociedade   para   outra.   Germani   faz   uma   distinção   muito   clara   entre   o 

processo   histórico   europeu   e   o   latino­americano   distinguindo   as   especificidades 

próprias de uma sociedade subdesenvolvida. Assim, na Europa a passagem de uma 

democracia com participação limitada para uma democracia ampliada se fez sem 

grandes rupturas do ponto de vista político, ocorrendo uma integração através dos 

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canais políticos legalizados pelo sistema vigente. Na América Latina a mobilização 

prematura das massas, gerando pressões sobre o aparelho político não encontrou 

amadurecidos os canais de participação política exigidas. Assim, a integração, das 

massas   não   ocorre   como   no   modelo   europeu,   surgindo   à   possibilidade   na 

manipulação das massas caracterizada pela coexistência de traços tradicionais e 

modernos em sua constituição.

Tanto Germani quanto Di Tella elaboram modelos genéricos e tipológicos 

para compreensão do populismo latino­americano.

Na   análise   de   Maria   Ligia   Prado,   sobre   o   populismo   esta   próximo   da 

perspectiva teórica de Francisco Weffort,  que pressupõe um estudo de situações 

especificas,   para   se   chegar   à   compreensão   do   populismo   em   suas   diversas 

vertentes latino­americanas.

Para Weffort (apud PRADO, 1981) o populismo foi um fenômeno político que 

assumiu muitas facetas e se tomou muito difícil fazer “uma referência de conjunto ao 

movimento populista que englobe toda a sua diversidade”.

Para o autor, o populismo se apresenta como expressão da emergência de 

classes populares no cenário político. Essa emergência ocorre no momento de crise 

de 1929, e propicia uma ruptura da hegemonia política oligárquica. Essa crise de 

hegemonia quando nenhuma fração de classe tem força suficiente para assumir o 

poder, oferece a possibilidade de surgimento dos regimes ou governos populistas na 

América Latina.

Vejamos   como   Gino   Germani,   Torcuato   Di   Tella   e   Jorge   Graciarena 

caracterizam o populismo latino­americano de modo mais ou menos sistemático.

Para Gino Germani, os movimentos populistas ou nacionais populares, são 

fenômenos   socioculturais   e   políticos   característicos   do   período   de   transição   da 

sociedade tradicional para uma sociedade urbana e industrial. Ela exprime de forma 

suigeneres   assumida   pelo   processo   de   secularização   da   cultura   e   do 

comportamento   da   America   Latina.   Essa   singularidade   seria   conseqüência   da 

“simultaneidade de não contemporâneos”, já que as sociedades latino­americanas 

estão   permeadas   de   assincronias   sociais,   culturais   e   políticas.   Por   exemplo, 

tecnologias arcaicas e modernas são igualmente utilizadas na produção econômica.

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Os movimentos   “nacional­populares”   têm surgido em  todos os países da 

America   Latina.   Esses   movimentos   têm   a   curiosa   singularidade   de   combinar 

heterogêneos,   no  nível   da   política.   Ao   mesmo   tempo   em   que   representam   um 

descompasso, no curso do processo de formação do regime democrático, mobilizam 

e   incorporam   politicamente   as   camadas   sociais   marginais   no   mundo   urbano­ 

industrial, onde imperam as relações de mercado, sobrevivem ou predominam as 

massas e o líder, cujos vínculos são a demagogia e o carisma.

Na compreensão do populismo latino­americano a analise de Gino Germani 

é uma das mais generalizadas e aceitas, tanto na visão de Octávio Ianni como de 

Maria Ligia Prado. Nota­se com tudo que Germani volta muito mais para o caráter 

autoritário   ou   ditatorial   do   populismo   latino­americano   em   suas   analises   e 

interpretações.   Ao   mesmo   tempo   coloca   em   segundo   plano   os   elementos 

nacionalistas   desenvolvimentistas   e   antiimperialistas   presentes   nos   vários 

populismos   principalmente   no   cardenismo   (México),   peronismo   (Argentina)   e 

varguismo (Brasil).

Por fim, Germani concebe o populismo como um movimento de massas no 

qual   estão  naturalmente  diluídas  ou  obscurecidas  pela  demagogia   ás   linhas  de 

classe.  Por  essa   razão  ele   insiste  nas  noções  de   “massas  marginais”,   “massas 

disponíveis”, no máximo chamadas de “classes populares”. Ao mesmo tempo opera 

com   os   termos   “líder   e   massas”,   cujos   vínculos   principais   são   o   carisma   e   a 

demagogia.

Segundo Torcuato S. Di Tella conceitua o populismo latino­americano nos 

seguintes termos:

É um movimento político, com forte apoio popular, com a participação de 

setores   de   classes   não   operárias   com   importante   influência   no   partido   e   que 

sustenta uma ideologia anti­estatus. Suas fontes de força são: I) elite localizada nos 

níveis   médios   e   altos   da   estratificação   e   dotada   de  motivações   anti­estatus;   ll) 

massa mobilizada em resultado da “revolução de aspirações”; lll) uma ideologia ou 

estado emocional difundido que favoreça a comunicação entre lideres e seguidores 

e crie um entusiasmo coletivo.

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Segundo Di Tella (apud Prado, 1981) examina os movimentos de massa, os 

partidos políticos e os governos populistas com base nos paradigmas europeus. 

Assim   a   coalização   populista   seria   conseqüência   da   debilidade   das   “alternativa 

liberal e operária” na América Latina,  isto é, as condições sociais e políticas que 

favoreceriam as alianças populistas e dificultariam o funcionamento da democracia 

representativa.

Segundo   Jorge   Graciarena   (apud   IANNI,   1991)   ressaltou   o   caráter 

mistificador da ideologia populista. E apontou a subordinação da ideologia ao líder, 

como no justicialismo peronista ou no trabalhismo varguista.

Ideologicamente,   estes   movimentos   se   caracterizam   por   uma   retórica 

dirigida contra a oligarquia e o sistema vigente, em geral definidos de modo vago, 

numa linguagem que não toma essas questões em termo de lutas de classes. Fala­

se em pobres e ricos, trabalhadores e ociosos, ou em descamisados, como gostava 

de dizer Perón. Mas para que esse tipo de linguagem possa ter eficácia sobre os 

diversos setores da classe média, os movimentos nacional­populares têm evitado 

utilizar abertamente a terminologia classista. Outros componentes importantes dessa 

ideologia  têm sido o nacionalismo e o anti­imperialismo temas que podem servir 

para sensibilizar e aglutinar a classe média desenvolvimentista. Entretanto, nesses 

movimentos   a   ideologia   é   secundária,   já   que   para   ter   efeito   precisa   ser 

“personificada”. Aqui a fonte de poder é o líder e não a ideologia. Tanto assim que o 

líder   pode   variar   os   seus   conteúdos   com   certa   liberdade.  O  que   importa,   para 

legitimidade da ideologia, é  que esta emane do  líder. Os líderes carismáticos na 

América   Latina   criadores   de   ideologias   conhecidas   como   o   ”varguismo”,   o 

“peronismo”, como doutrinas “originais”.

Para   Graciarena,   o   movimento   nacional­popular   surge   à   margem   dos 

partidos   tradicionais,   oligárquicos   ou   de   inspiração   européia,   Ele   inclui   aqui   o 

socialista   e   o  comunista,   que  não   teriam sido  capazes  de  observar   as  massas 

formadas   com   a   urbanização   e   a   industrialização.   Nisto,   consistiria   uma   das 

singularidades desse tipo de movimento: o ter atraído e incorporado as massas que 

se encontravam marginalizadas da vida política.

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Em   síntese,   nas   contribuições   de   Germani,   Di   Tella   e   Graciarena   está 

presente e predominante a preocupação com as condições sociais e políticas de 

formação da democracia na América Latina. Em conseqüência, o populismo acaba 

por ser encarado como um desvio no que deveria ser uma evolução,  natural  ou 

desejável,   para   o   regime   democrático.   Daí   a   preocupação   com   os   seguintes 

aspectos:   revolução de expectativas,  efeito  demonstração,  ou deslumbramento  e 

anti­status:  o caráter  demagógico e carismático da  relação  líder­massa;  o cunho 

emocional,   personalizado   e   enganoso   da   ideologia;   a   tendência   autoritária,   o 

desprezo pelas liberdades civis e os traços fascistas; o nacionalismo retórico.

Não   se   trata   de   negar   a   importância   desses   aspectos   para   explicar   o 

populismo. Eles são fundamentais e precisam ser incorporados à discussão, a fim 

de que se possa avançar na pesquisa e interpretação do tema.

2.2 O Populismo no Brasil

2.2.1 Na era Vargas

O período classificado como populista no Brasil vai de 1945 a 1964, mas 

teve sua origem na revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder. Entre 

1930 a 1937, Getúlio Vargas ensaiou uma democracia de bases populares, fazendo 

concessões  à   classe  média  e  ao  proletariado.  Nesses  anos,   criou  as  bases  do 

populismo   brasileiro,   formulando   a   doutrina   da   “paz   social”,   reconhecendo   os 

sindicatos como legítimos órgãos do proletariado. Nos anos de 1937 a 1945 Vargas 

instalou uma ditadura do tipo populista, sob a denominação de Estado Novo, com 

elementos de inspiração corporativista. Nesse período, outorgou a Consolidação das 

Leis do Trabalho (CLT) conjunto de leis que estabelece os direitos e deveres entre 

patrões e empregados dos setores secundários e terciários.   A CLT estabelecia o 

salário mínimo, as férias remuneradas, o aviso prévio, proteção à  maternidade e 

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jornada de trabalho de oito horas. Ao mesmo tempo, criaram­se os requisitos para o 

aparecimento  do  peleguismo.  O  pelego  passa  a   ser   um elemento  essencial   da 

burocracia sindical populista.

Getúlio Vargas foi o primeiro governo populista do Brasil, chegou ao poder 

em l930 através de uma revolução, governou por um período de 15 anos (1930 a 

1945), por meio de uma ampla aliança e o controle dos meios de comunicações, se 

transforma   em   um   grande   líder   populista.   Seu   discurso   nacionalista   e   a 

concentração de poderes políticos lhe ofereceram uma longa carreira presidencial. 

Como   exemplo   de   popularidade   de   seu   governo,   Vargas   conseguia   ao   mesmo 

tempo, ser considerado o “pai dos pobres” e a “mãe dos ricos”. Sua popularidade 

entre   o   povo   é   atribuída   a   sua   liderança   carismática  e   a   seu  desempenho   na 

aprovação   de   reformas   trabalhistas   que   favoreceram   o   operariado.   Entretanto 

críticos do seu governo alegam que suas medidas minaram o poder dos sindicatos e 

de   seus   líderes,   tornando­os   dependentes   do   Estado   e   usado   pelos   políticos 

varguistas por muito tempo para ganhar votos.

Marcas do populismo varguista:

Aspectos positivos

• Incentivo a indústria, ao comércio e agricultura;

• Criação da indústria de base como a Companhia Siderúrgica Nacional, 

mineradora Vale do Rio Doce;

• Criou a Petrobras;

• Criação das Leis do Trabalho (CLT);

• A economia cresceu entre 1933 a 1939 11,2%.

Aspectos negativos

Implantação de um regime ditatorial (Estado Novo 1937 a 1945);

• Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial;

• Controle dos meios de comunicações e dos sindicatos.

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Assim, temos como exemplo máximo do populismo no Brasil Getúlio Vargas 

que chegou ao poder através de um Golpe de Estado com a revolução de 1930, 

iniciando a chamada Era Vargas, após 15 anos de governo dos quais nove anos 

(1937 a 1945)  governou como ditador,  deixa o governo após o  fim da Segunda 

Guerra   Mundial   com   a   derrota   dos   regimes   totalitários   e   a   campanha   pela 

democratização do país, Getúlio foi deposto por militares em 29 de outubro de 1945.

Getúlio Vargas volta ao poder elegendo­se democraticamente a Presidente 

da   República   com   expressiva   votação.   O   povo   brasileiro   cheio   de   problemas, 

acreditava   que   Getúlio   pudesse   resolvê­los.   De   fato,   ele   mostrou   interesse   em 

ajudar o povo, aumentando o salário mínimo em 100% e dando força aos sindicatos, 

adotou   o   nacionalismo   e   o   intervencionismo   na   economia,   controlando   as 

importações procurando desenvolver  o  nosso comércio  e   indústria.  Essa política 

nacionalista   lhe   trouxe   sérios   problemas   e   descontentamentos   de   empresas 

estrangeiras e de comerciantes importadores, militares e setores das classes médias 

e  altas  e  políticos  de  oposição  organizaram uma  forte   campanha  para  derrubar 

Getúlio do poder. Essa crise política levou Vargas a suicidar­se no dia 24 de agosto 

de 1954.

2.2.2 No governo de Juscelino Kubitschek

Outro governo populista foi Juscelino Kubitschek governou o Brasil de 1956 

a  1960.  Prometendo  que   faria  o  Brasil  progredir   “50  anos em 5”,  JK  como era 

chamado popularmente, com sua política desenvolvimentista, abriu as portas para 

as indústrias multinacionais estrangeiras, elevou o padrão de consumo e conforto 

das populações urbanas com a  introdução de aparelhos eletrodomésticos e  dos 

primeiros   carros   populares.   O   ousado   e   dispendioso   projeto   de   construção   de 

Brasília, fez com que o empreendedorismo fosse a marca de seu governo.

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Num estilo otimista e arrojado, JK iniciou seu mandato apresentando ao país 

seu Plano de Metas; que previa  investimentos públicos em cinco grandes áreas; 

energia, transporte, indústria, alimentação e educação.

Aspectos marcantes do governo JK:

­ com o apoio do Congresso respeitou a liberdade de imprensa, conseguindo 

assim, manter a estabilidade política do país;

­ conseguiu combinar estabilidade política e crescimento industrial, mas, em 

contrapartida, seu governo foi marcado por inflação alta e um grande aumento das 

desigualdades sociais e regionais.

Tanto Vargas como Juscelino defendiam a industrialização acelerada como 

forma de desenvolver e modernizar o país. Para Vargas, o governo deveria limitar a 

entrada de capital estrangeiro, para JK o governo deveria atrair o capital estrangeiro, 

facilitando às empresas multinacionais aqui instaladas concedendo a elas isenção 

de impostos por vários anos.

2.2.3 No governo de Jânio Quadros

Jânio  da  Silva  Quadros   foi  um  típico   líder  populista.  Para  ganhar  votos, 

prometia, num português correto, que se eleito, ia “varrer a corrupção” do governo. 

Para reforçar essa imagem de político honesto, usava uma vassoura como símbolo 

de sua campanha acompanhada por uma música muito cantada na época, “varre, 

varre vassourinha/varre, varre a bandalheira, que o povo está  cansado, de sofrer 

dessa maneira”.

Jânio conquistou a simpatia das classes médias e de lideranças militares, 

defendendo a Moralização das  instituições políticas.  Também recebeu apoio dos 

grandes grupos de empresários  ao  defender  a   livre   iniciativa,  aos   trabalhadores 

prometia diminuir as injustiças sociais.

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Quadros foi eleito Presidente com 48% dos votos do eleitorado brasileiro, 

assumiu o Governo em l96l, governou apenas sete meses, devido à crise política 

renunciou à presidência da República em 25 de agosto de 1961.

2.2.4 No governo João Goulart

Com a renúncia de Jânio Quadros, o vice João Goulart deveria assumir a 

presidência, no entanto vários políticos e militares se opuseram à sua posse. João 

Goulart, popularmente conhecido como Jango, havia sido ministro do Trabalho no 

último mandato de Getúlio Vargas e era um defensor da política varguista. Tal fato 

era   visto   pelos   militares   como   uma   possibilidade   para   a   infiltração   de   idéias 

socialistas, uma vez que Jango era considerado um político de esquerda.

Logo após a renúncia de Jânio, assumiu o governo o presidente da Câmara, 

Ranieri Mazzilli porque o vice­presidente João Goulart estava viajando a negócios 

pela China Popular. Alguns militares, desconfiados das intenções esquerdistas de 

João   Goulart,   não   queriam   que   ele   assumisse   o   governo.   No   entanto,   o   povo 

desejava que se cumprisse a Constituição, colocando o vice no poder. Para evitar 

choques ou mesmo luta armada, o Congresso Nacional resolveu mudar o sistema 

de governo do Brasil  para o Parlamentarismo. Assim, no dia 07 de setembro de 

1961,  João  Goulart  assumiu  o  governo,  mas  com poderes   limitados,  porque  no 

sistema parlamentarista os poderes do presidente são limitados pelo Conselho de 

Ministros e pelo Poder Legislativo.

Após a posse de Jango,  foi  marcado um plebiscito para o ano de 1965, 

quando o  povo decidiria  entre  a  manutenção do parlamentarismo ou a  volta  do 

presidencialismo. A situação do país era tumultuada. A inflação aumentava a cada 

mês e havia um déficit na balança comercial. Além disso, os movimentos sociais se 

organizavam, aumentando sua atuação e acirrando as tensões políticas.

Diante dessa situação, João Goulart conseguiu a antecipação do plebiscito 

e, em janeiro de 1963, pós uma campanha massiva, a população decidiu pela volta 

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do presidencialismo. Jango passou a governar com plenos poderes presidenciais. 

Tomou uma série de medidas econômicas e sociais, como o combate à inflação e a 

reforma agrária,  por  meio do Plano chamado Trienal.  Esse plano  fracassou e  a 

inflação e o custo de vida aumentaram. Começaram as greves dos trabalhadores e 

surgiu um forte descontentamento da classe média e alta, de grandes empresários, 

de elementos da Igreja e de militares graduados.

Em março de 1964, Jango anunciou as chamadas Reformas de Base, que 

previa  várias  medidas de  grande  impacto.  No campo social  propunha a   reforma 

agrária, no campo político, concedia o direito de voto a analfabetos e a militares de 

baixo escalão. Na economia, as medidas tinham cunho nacionalista e propunham a 

estatização   de   empresas   concessionárias   de   serviços   públicos,   refinarias   de 

petróleo privadas que passariam a ser administradas pela Petrobrás.

O governo de Goulart revelou os limites do reformismo. Numa época em que   as   contradições   sociais   chegaram   à   situação   de   tensão   pré­revolucionária, Goulart insistiu num programa de reformas de base que não atendiam   completamente   os   anseios   populares   e   desagradavam profundamente os setores conservadores,  questionando a capacidade do populismo de continuar mantendo a estabilidade política e a acumulação de capitais no país, essenciais para a burguesia (apud DANTAS FILHO, 2010, p. 193).

As  reformas de base provocaram a   reação das elites,  principalmente  do 

setor agrário e industrial. Essas elites, aliadas à classe média organizaram várias 

manifestações contra o governo. A maior delas foi a Marcha da Família com Deus 

pela Liberdade,  ocorrida em 19 de março de 1964,  que  levou cerca de 500 mil 

pessoas às ruas de São Paulo.

Assim, a manifestação civil deu respaldo aos militares, que organizaram um 

golpe  de  Estado,  deflagrado  em 31  de  março  de  1964,   ocupando  as   ruas  das 

principais cidades brasileiras. Deposto João Goulart se refugiou no Rio Grande do 

Sul e, em seguida, exilou­se no Uruguai.

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2.2.5 No governo Lula: um novo populismo?

Entre   as   décadas   de   1950   e   1960,   estudiosos   brasileiros   definiram   o 

conceito   de   populismo   como   um   fenômeno   político   em   que   as   massas   de 

trabalhadores seriam tuteladas pelo Estado. Nessas condições, o Estado dificultava 

o processo de organização dos trabalhadores, enquanto concedia benefícios, como 

direitos trabalhistas, em troca de apoio político (PELLEGRINI; DIAS; GRINBERG, 

2010).

Para seduzir as massas, o Estado se personificava na figura de um líder 

político carismático, apresentado pela propaganda ideológica como um “protetor dos 

pobres”,   com   isso,   o   Estado   continuava   atendendo   aos   interesses   dos   grupos 

dominantes   (a   burguesia   e   as   oligarquias),   ao   mesmo   tempo   em   que   buscava 

“manipular” as massas, realizando reformas que satisfaziam de forma superficial as 

necessidades. Desse modo, apesar da instabilidade, o governante conseguia manter 

certo equilíbrio entre as forças políticas (PELLEGRINI; DIAS; GRINBERG, 2010).

Atualmente,  o conceito  de populismo é  bastante criticado,  pois   relega os 

trabalhadores à condição de sujeitos “passivos” no processo histórico. Estudos mais 

recentes apontam para o fato de que, apesar da relação desigual entre as forças 

populares  e  as  do  Estado,  os   trabalhadores  possuíam mecanismos  próprios  de 

mobilização   e   de   pressão   política.   Dessa   forma,   os   trabalhadores   não   teriam 

adotado uma atitude de “submissão”, mas sim procurado estabelecer “alianças” com 

o   Estado,   utilizando   os   meios   de   que   dispunham   para   defender   seus   próprios 

interesses (PELLEGRINI; DIAS; GRINBERG, 2010).

De acordo com alguns analistas,  um novo populismo começou a ganhar 

força no Brasil, com a chegada ao poder de um operário. Em 2002 Luis Inácio Lula 

da Silva, mais conhecido como Lula venceu as eleições com mais de 52 milhões de 

votos   contra   33   milhões   dados   a   seu   adversário   José   Serra.   Lula   tinha   forte 

identificação com as camadas populares trabalhadoras que ansiavam por grandes 

mudanças.

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No entanto, seus primeiros anos de governo causaram certas frustrações, 

por manter os aspectos essenciais da política do governo anterior, para manter a 

estabilidade da moeda e da economia do país.  Por outro  lado, a ênfase dada a 

programas sociais como o Fome Zero, com objetivo de acabar com a fome que é 

causa  e  conseqüência  da  miséria.  Mais   tarde,  o  Fome Zero,   juntamente  com o 

programa já em andamento do governo FHC seria incorporado a um único programa 

de redistribuição de renda: o Bolsa Família, que em 2007 beneficiava cerca de 46 

milhões  de   famílias   de  baixa   renda.  Esses  programas   trouxeram melhorias  nas 

condições de vida delas. Por outro lado especialistas criticam esses programas os 

taxam de assistencialismo.

Conforme José Murilo Carvalho (ARANHA, 2010, p. 59), ao longo de seus 

dois mandatos a popularidade do presidente Lula se manteve em alta, mesmo com a 

descoberta de um esquema de corrupção envolvendo membros do alto escalão de 

seu governo. No entanto seu partido, o PT, com a crise foi perdendo a aura de ética 

na política e de combate à  corrupção que caracterizava as propostas defendidas 

pelo partido desde a sua fundação.

Na história do Brasil não faltaram figuras históricas cuja liderança tem um 

estilo personalista e populista comparável ao de Lula. A que surge de modo mais 

recorrente nas análises é o ex­presidente Getúlio Vargas, considerado nos livros de 

História o maior líder populista da história brasileira. De acordo com o historiador 

José Murilo de Carvalho, o populismo de Lula tem características comuns com a de 

Getúlio. Mas Carvalho diz também que Lula explora sua imagem de “pai dos pobres” 

de um modo distinto.  Em discurso, Getúlio  disse que, com ele, os trabalhadores 

estavam   no   governo.   “Mas,   no   futuro,   eles   seriam   o   governo”,   diz   ”Isso   não 

infantiliza, isso defende a ação e a cidadania ativa”. A campanha do PT, segundo 

Carvalho,   explora   a   “simplicidade”   e   a   “ingenuidade”   do   eleitor   pobre.   “Estão 

desrespeitando   e   infantilizando   o   eleitor   transformando­o   em   tutelado   e   súdito”, 

afirma Carvalho. “É  paternalismo, maternalismo, populismo explícito e um grande 

desserviço á democracia” (ARANHA, 2010).

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3 Metodologia

Trata – se de uma proposta de trabalho como parte integrante do programa 

Plano de Desenvolvimento Educacional – PDE, realizado no Estado do Paraná, na 

Universidade Estadual de Maringá em 2010 e 2011. 

O   desenvolvimento   desta   proposta   deu   –   se   através   das   seguintes 

atividades  para  a  produção  deste  artigo  que  foram:  a  elaboração  do  projeto  de 

intervenção pedagógica juntamente com leituras, a elaboração da produção didático­

pedagógica,  a participação,  elaboração e a realização do GTR contribuindo com 

discussões sobre o assunto em questão e a implementação da produção didático­

pedagógica na escola. 

A estratégia metodológica para a implementação foi a pesquisa bibliográfica 

e pesquisa de campo desenvolvida por alunos da 8ª série do Ensino Fundamental 

do Colégio Estadual José  Luis Gori  em Mandaguari­PR, no período de Agosto a 

Dezembro   de   2011.   Com   este   trabalho   de   pesquisa   os   alunos   puderam   ter 

conhecimentos,  formar   cidadãos   críticos  e   conscientes  para  o   exercício   de   sua 

cidadania.

4 Implementação na Escola

A implementação foi dividida em ações que foram criadas para o Projeto de 

Intervenção utilizando todo o aprendizado ocorrido ao longo das pesquisas e das 

participações   em   cursos   específicos   e   encontros   de   área,   inserção   acadêmica, 

seminários, encontros de orientação obtido através do orientador da UEM.   Com a 

utilização do Material Didático elaborado “Caderno Temático”.

Na ocasião, o professor  teve relevância satisfatória com o tema proposto 

para atender os problemas da realidade escolar, com excelente articulação com a 

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Equipe   Pedagógica,   Equipe   Gestora,   Professores   e   com   os   outros   segmentos 

envolvidos na execução das ações de implementação da proposta na Escola. 

Neste sentido, houve, por parte do professor PDE, o compromisso com a 

implementação das ações previstas nesta proposta e também iniciativas na busca 

de   soluções   para   os   obstáculos   encontrados   e   sanados   por   ele,   cumprindo 

totalmente o cronograma estabelecido, contribuindo com a proposta de iniciar uma 

reflexão sobre o populismo no Brasil o qual fez sua implementação, com excelentes 

resultados alcançados.

4.1 Relatos das Ações Realizadas

As ações realizadas em sala de aula tiveram como finalidade uma ampla 

discussão sobre a política populista e os governos populistas que já governaram o 

Brasil.

Para dar início as atividades foram realizadas uma pesquisa de campo, que 

constou   de   um   questionário   para   saber   a   opinião   de   eleitores   a   respeito   da 

importância  do  voto  na  escolha  dos  governantes  do  país.  Esse  questionário   foi 

aplicado pelos alunos nas comunidades onde residem os mesmos (bairro, centro e 

vilas) e teve como público alvo, jovens de 16 a 25 anos, adultos de 26 a 50 anos e 

acima  de  51  anos.  De  acordo   com a   tabulação  da  pesquisa.  Como  mostra  os 

gráficos  com os   resultados  da  pesquisa  de  campo   realizada,  para  saber  o  que 

pensam os eleitores de várias idades:

Gráfico 1: Faixa Etária (100 entrevistados)

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Gráfico 1

20%

27%

35%

18%

Adolescente - 16a 18 anosJovem - 19 a 29anosAdulto - 30 a 59anosAcima de 60 anos

Gráfico 2: Importância do Voto.

Gráfico 2

74%

26%

SimNão

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Gráfico 3: Voto não obrigatório votaria.

Gráfico 3

63%

37%SimNão

Gráfico 4: Votaria em candidatos honestos, mas semianalfabetos.

Gráfico 4

52%48% SimNão

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Gráfico 5: A lei proíbe, mas a compra de voto continua nos dias de hoje.

Gráfico 5

90%

10%

SimNão

Gráfico 6: Venderia seu voto em troca de favores, cargos ou emprego, ou dinheiro.

Gráfico 6

32%

68%

SimNão

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Gráfico   7:  Votaria   em   candidatos   populares   como   apresentadores   de   rádio   e televisão.

Gráfico 7

42%

58%

SimNão

Gráfico 8:  Getúlio  Vargas  foi  o  presidente do Brasil,  mais populista  e  que mais tempo governou o Brasil.

Gráfico 8

35%

65%

SimNão

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Gráfico 9: O horário político gratuito no rádio e na televisão contribui para a escolha do candidato.

Gráfico 9

26%

74%

SimNão

Gráfico 10: Todos os políticos são iguais, corruptos e desonestos.

Gráfico 10

46%54%

SimNão

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Gráfico 11: No Brasil o regime democrático nunca foi interrompido, o povo sempre teve direito de votar para presidente da república.

Gráfico 11

67%

33%

SimNão

Após o resultado desta pesquisa de campo foi feita uma avaliação do perfil 

do eleitor na escolha do seu candidato, com a finalidade de promover junto com os 

alunos condições de ação junto a sua comunidade, de uma conscientização política 

para o exercício  de sua cidadania plena.  Todos os passos serão precedidos da 

literatura proposta nas referências e de outras que se fizerem necessárias para a 

fundamentação, esta avaliação ocorreu em sala de aula com os alunos. 

A sala   foi  organizada em  forma de um grande círculo,  cada equipe  que 

participou   da   pesquisa   apresentou   seu   resultado,   tecendo   comentário   sobre   a 

mesma.   Terminada   as   exposições   a   professora   fez   o   fechamento   do   trabalho 

fazendo algumas considerações e  levantando questionamentos,  junto aos alunos, 

sobre a importância do voto num país democrático, pois segundo o filósofo grego 

Aristóteles democracia é o governo de um povo livre é a soberania do povo.

Após apresentar o tema populismo aos alunos em sala de aula a professora, 

levantou   alguns   questionamentos   junto   aos   alunos,   para   fazer   uma   pequena 

sondagem sobre o que eles já  sabem sobre populismo ou política populista.  Em 

seguida  os  conduziu  até   o   laboratório  de   informática  –  dois  ou   três  alunos  por 

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monitor   foram   informados   sobre   a   realização   das   atividades   coletiva.   Todos 

analisaram os textos sobre a origem do populismo na América Latina e no Brasil, 

como alguns autores conceituam o populismo. Todos com os  textos abertos nos 

monitores fizeram uma leitura conjunta. Após a leitura, a professora solicitou aos 

alunos que anotassem em seus cadernos como se caracteriza o populismo e como 

alguns autores o conceituam. Este “conceito” foi o pano de fundo, que norteou todas 

as   atividades   individuais   e   coletivas   sobre   os   governos   populistas   no   Brasil. 

Retornando à  sala de aula, a professora entregou aos alunos um texto do autor 

Marcos   Cesar   Pelegrini   –   O   Conceito   de   Populismo.   São   Paulo:   FTD,   2010   – 

(Coleção   novo   olhar;   volume   3).   Feita   a   leitura   do   novo   texto,   analisando   e 

comparado com o conceito já pesquisado na internet, os alunos desenvolveram as 

seguintes atividades:

Atividades individuais 01

­ Leia com atenção os textos já estudados e explique, porque o conceito de 

populismo é atualmente muito criticado?

­   O   Brasil   já   foi   governado   por   presidentes   populistas?   Justifique   sua 

resposta citando exemplos. 

­  De  acordo  com o  que  pesquisou  nos   textos  da   internet,   como  alguns 

autores conceituam o populismo?

Material: laboratório de informática, texto impresso, aparelho para reproduzir 

imagens: TV pen drive.

Tempo: 90 minutos.

Atividades individuais 02

O populismo da Era Vargas

Foi trabalhado o texto “O populismo no Brasil” e o livro didático do aluno. 

Após a leitura a professora levantou algum questionamento: Porque Getúlio Vargas 

foi chamado de o “pai dos pobres” e a “mãe dos ricos”? Mesmo atuando de forma 

autoritária   conquistou   apoio   de   quase   todos   os   setores   sociais   da   população 

brasileira, tornando­se assim, um grande líder populista.

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As Leis Trabalhistas teriam sido criadas independentes de seu governo, pois 

já era uma luta dos trabalhadores?

Após questionamentos e comentários, foram exibidos trechos do filme “A Era 

Vargas”  da  TV  Escola.  Em seguida,   sob  a  orientação  da  professora  os  alunos 

responderam no caderno as questões abaixo:

­ Explique como surgiu o populismo no Brasil, em qual período da história 

política ocorreu?

­ De acordo com o texto a Era Vargas, quais foram as bases de sustentação 

do populismo de Vargas?

­   Cite   as   principais   medidas   tomada   por   Getúlio   Vargas   em   relação   à 

legislação trabalhista.

Material: texto impresso, livro didático, TV pen drive, filme TV Escola.

Tempo: 90 minutos.

Atividades: coletivas 03 

Os presidentes populistas no Brasil.

Esta  atividade   foi   trabalhada  em grupo.      A  sala   foi   dividida  em quatro 

grupos.  Cada grupo escolheu um elemento  da  equipe  para   representar  um dos 

presidentes populistas.

Equipe A – Governo de Getúlio Vargas.

Equipe B – Governo de Juscelino Kubitschek.

Equipe C – Governo de Jânio Quadros.

Equipe D – Governo de João Goulart.

As equipes montaram um discurso com os fatos que marcaram cada um dos 

governos e que lhes deram grande popularidade junto ao povo. O discurso deve ser 

bem ao estilo populista (tudo o que o povo gosta de ouvir). As equipes usaram de 

sua criatividade para dar ênfase ao discurso.

Antes de montar o discurso foram exibidos trechos de filmes da TV Escola 

que mostram os presidentes discursando, para orientar as equipes na elaboração do 

discurso. Foi dado o tempo de uma aula para preparar o discurso. A atividade foi 

orientada pela professora em torno das equipes.

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Apresentação: o representante de cada equipe foi chamado a se posicionar 

na   frente   da   turma   e   fazer   o   seu   discurso   como   se   fosse   o   presidente   que 

representa.   Terminadas   as   apresentações,   as   equipes   foram   avaliadas   com 

conceito:

O para ótimo – B para Bom – R para regular.

Material: texto impresso, livro didático, Filme, TV pen drive.     

Tempo: 90 minutos.

Atividade 04

Foram   apresentados   aos   alunos   alguns   temas   relacionados   com   os 

conteúdos discutidos em sala de aula.

Exposição   oral   sobre   “voto   consciente”   mostrando   que   não   devemos 

generalizar a  idéia de que todos os políticos são corruptos e desonestos, porém 

existem   políticos   que   levam   seu   trabalho   a   sério   no   cargo   que   exercem.   Para 

identificar um bom candidato, é preciso adotar certos critérios:

­ Acompanhar os noticiários, para saber o que o candidato anda fazendo;

­  Conhecer sua proposta de trabalho, seus projetos. Será que há recursos 

disponíveis para a execução de tais projetos caso seja eleito?

­  Se   já   exerceu   cargos   ou   mandatos   políticos   anteriores,   cumpriu   suas 

promessas?

Outro aspecto que faz parte da prática foi o conceito de cidadania.

A cidadania é  a  posse de direitos,  mas é  bom  lembrar  que direitos são 

acompanhados de deveres.

Inicialmente procurar­se­á estabelecer uma conceituação de cidadania. Para 

tanto, analisamos este aspecto a partir dos estabelecidos na Constituição Federal de 

1988.

Partindo   de   um   questionamento   sobre   a   conceituação   que   os   alunos 

construíram sobre cidadania. Esta conceituação foi ampliada pela fala do professor. 

Em seguida apresentamos tiras contendo direitos coletivos,  individuais e políticos 

estabelecidos na Constituição Federal de 1988.

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Esta atividade foi trabalhada através de Dinâmica de Grupo com objetivo de 

ampliar a participação do aluno na construção de seu conhecimento, num ambiente 

mais descontraído de aprendizagem. Foram  formadas equipes de quatro alunos, 

acompanhados pela professora para o  laboratório de  informática pesquisar sobre 

outros direitos fundamentais instituídos na Constituição Federal de 1988.

Esta atividade foi trabalhada em duas aulas de 50 minutos.

4.2 Resultados Alcançados

Uma das etapas do projeto  que deu bons resultados e subsídios para o 

debate em sala de aula foi o resultado da pesquisa de campo sobre o que pensa o 

eleitor.  A  maioria  dos  eleitores  acima de  35  anos entrevistados  disseram sim a 

importância do voto e votariam mesmo que não fosse obrigatório, entre os eleitores 

jovens o percentual foi menor, quanto a compra de votos nas campanhas eleitorais e 

a  preferência  por  candidatos  populares  se  confirmou pela  maioria.  O presidente 

populista que mais tempo governou, a maioria afirmou ser o ex presidente Lula, por 

aí se observa a falta de conhecimento de boa parte dos eleitores tanto jovens como 

os mais velhos.

As atividades realizadas em sala de aula tiveram a finalidade de formar um 

cidadão   politizado   que   possa   exercer   sua   cidadania   plena   em   uma   sociedade 

democrática, e que saiba escolher criteriosamente através do voto, os governantes 

do país. É dentro da comunidade escolar, que o educando começa a vivenciar e 

praticar a democracia como, por exemplo, a escolha do diretor da escola, o líder de 

classe e etc. É com essa prática social que a criança, os jovens e adultos vão se 

politizando e estabelecendo critérios de escolha.

Desta   forma   foi   realizada  uma  ampla  discussão  sobre  a  política  populista  e  os 

governos populistas que já governaram o Brasil

Por   fim,   todas  as  atividades   tiveram como  finalidade  envolver  os  alunos 

numa ação  junto a sua comunidade de conscientização política e valorização do 

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voto para o exercício de uma cidadania plena, também contribuiu para a formação 

de   uma   consciência   política   nos   educando   futuros   eleitores   para   o   não 

endeusamento dos líderes populistas e suas práticas demagógicas junto ao povo. 

Uma vez que o tema de estudo deste projeto foi os Governos Populistas no Brasil.

5 Considerações Finais

Ao terminar discutir e analisar as partes deste artigo pode­se concluir que as 

de pesquisa bibliográficas e práticas junto aos alunos em sala de aula, foi uma forma 

de se sair da rotina cotidiana ao longo de anos, apenas atualizando fatos históricos 

que foram incluídos nos livros didáticos.

O assunto cujos conteúdos foram analisados tem importância em todos os 

tempos, mas são mais considerados diante do modelo de populismo implantado no 

país a partir dos primeiros anos do século XXI.

Embora não seja novidade no Brasil e no mundo ao longo de toda a história, 

com aceitação no século XX, o populismo que é aceito por muitos e julgados por 

alguns,   tem seus pontos positivos e negativos para a vida da sociedade por ele 

governada. Porém, é preciso reconhecer que deixa a desejar, quando seu princípio 

fundamental se volta para o assistencialismo junto às classes sociais mais pobres, 

criando  nestas  um parasitismo que   impede  o  desenvolvimento   integral   tanto  no 

aspecto econômico, como sócio­cultural das classes beneficiadas com este tipo de 

ação, matando o sentimento de cidadão, e está muito mais fundamentado no sentido 

de garantir a cada ser humano a dignidade de se prover e prover sua família.

Tanto no aspecto bibliográfico, como nas atividades desenvolvidas com os 

alunos,   o   aprendizado   foi   importante,   pois   se   sentiu   que   o   modelo   de   política 

educacional vigente não oferece condições para a formação da cidadania tal qual 

deveria ser.

Isso leva a crer que a responsabilidade de eleger conteúdos, de oferecer 

condições de um aprendizado aos alunos, com a contextualização de nosso tempo 

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em seus diferentes ambientes, analisando em especial  o modelo  ideológico, cuja 

finalidade, dos que ocupam os cargos públicos, é se manter no poder.

Foi assim que o populismo se mostrou na década de 1930 na Europa entre 

as duas Guerras mundiais como o Nazi­fascismo na Alemanha e na Espanha. No 

Brasil da mesma década com ideologia copiada do que acontecia no Novo mundo e 

na   atualidade,   quando   o   Brasil   foi   governado   por   um   operário   que   continua 

comandando de longo o populismo de sua sucessora.

Referências

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PELLEGRINI, Marco Cesar; DIAS, Machado Adriana; GRINBERG, Keila. Novo Olhar História. 1. ed. São Paulo, 2010.

PILETTI, Nelson. História e Vida Integrada. 4. ed. São Paulo, 2009.

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