governo fernando henrique cardoso

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    3 de outubro de 1994, tendo obtido 54,3% dos votos vlidos. Reelegeu-se presidente daRepblica em 1998 pela coligao PSDB / PFL / PTB / PPB.

    Perodo Presidencial - Sob o impacto do xito do Plano Real, o maior desafio doGoverno Fernando Henrique Cardoso foi manter a estabilizao da moeda e, ao mesmo

    tempo, promover o crescimento econmico.Com esse objetivo, o governo submeteu aprovao do Congresso Nacional uma sriede medidas visando alterar a Constituio Federal de 1988 e promover uma mudanaestrutural na feio do Estado brasileiro, na tentativa de adapt-lo s novas realidades daeconomia mundial. Assim, determinados temas passaram a fazer parte do cotidiano poltico nacional, tais como reforma administrativa e previdenciria, desregulamentaode mercados, flexibilizao das regras de contratao de mo-de-obra e fim domonoplio estatal nas reas de siderurgia, energia e telecomunicaes.

    A reforma da Administrao federal e a da Previdncia Social, consideradasfundamentais na reduo dos gastos pblicos, seriam longamente debatidas noCongresso e sofreriam diversas modificaes. O programa de privatizaes, objeto prioritrio na estratgia do governo, foi alvo de crticas acirradas da oposio, quequestionava as avaliaes sobre o valor das empresas e, em alguns casos, como o daCompanhia Vale do Rio Doce (CVRD), o prprio valor estratgico do setor. A despeitodas crticas, o programa foi implementado com eficcia: o setor de energia eltrica, narea de distribuio e gerao regional, foi completamente privatizado; o setor detelecomunicaes, incluindo a Telebrs e as empresas telefnicas estaduais, passou smos da iniciativa privada na segunda metade de 1998; teve fim o monoplio daPetrobrs sobre a explorao e o refinamento do petrleo e sobre a explorao de gsnatural; e o controle acionrio da CVRD passou, em maio de 1997, a um consrcioformado por bancos nacionais e estrangeiros e fundos de penso.

    No mesmo ano, visando desindexao da economia, o governo proibiu o reajusteautomtico dos salrios pela inflao e estabeleceu a livre negociao entre patres eempregados. Em novembro desse ano, uma medida provisria ampliou os poderes doBanco Central para intervir, quando necessrio, nas instituies bancrias, com oobjetivo de evitar que a crise que atinge o setor - resultante da queda das taxas deinflao, das medidas de conteno do consumo e da conseqente diminuio dos lucrosobtidos com a especulao financeira - se alastrasse e comprometesse todo o sistemafinanceiro, e foi tambm regulamentado o Programa de Fortalecimento do Sistema

    Financeiro Nacional (Proer).Fortemente inserido nos mercados financeiros internacionais, o Brasil enfrentou,durante o governo Fernando Henrique, um quadro internacional adverso, comsucessivas crises econmicas externas, destacando-se a do Mxico, iniciada emdezembro de 1994, a da Rssia, que se declarou moratria da sua dvida externa em1998 e a da Argentina, a partir de 2001, verificando-se nessas ocasies uma expressivasada de divisas do pas. Em que pese os fortes vnculos existentes entre a economianacional e o capital estrangeiro, o Brasil demonstrou capacidade superior a de outros pases em absorver as crises externas e se recuperar. A estabilizao da economia, com aconteno do processo inflacionrio, permitiu o crescimento da renda mdia dos

    trabalhadores assalariados. Contudo, os mecanismos utilizados na defesa da moedanacional e a manuteno de altas taxas de juros implicaram um ritmo lento de

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    crescimento econmico e, em decorrncia, a elevao do ndice de desemprego, queatingiu 5,6% em 1997 e 7,6% em 1998, segundo dados da Fundao Instituto Brasileirode Geografia e Estatstica (FIBGE).

    No que diz respeito poltica agrria, a elevao das alquotas de transmisso de

    propriedades improdutivas, a aprovao de leis que possibilitaram a sua desapropriaoimediata e o aumento do nmero de famlias assentadas pelo governo no foramsuficientes para evitar a intensificao dos conflitos no campo. Assistiu-se, no perodo, adiversas manifestaes e ocupaes de terras promovidas pelo Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), entidade que congrega grande contingente detrabalhadores rurais e desempregados que reivindicam a acelerao do processo dereforma agrria.

    Em 4 de junho de 1997, foi aprovada no Senado, a emenda que permitia a reeleio paramandatos do Executivo nos mbitos federal, estadual e municipal. O presidenteFernando Henrique Cardoso candidatou-se reeleio pela mesma coligao que olevara ao poder em 1994, formada pelo PSDB, PFL e PTB, qual se reuniu o PPB.Mais uma vez favorecido pela estabilidade econmico-financeira promovida pelo PlanoReal, Fernando Henrique venceu o primeiro turno das eleies realizadas em 4 deoutubro de 1998, conquistando 53,06% dos votos. Tomou posse em 1 de janeiro de1999.

    O Brasil e o mundo - Em 1995, Alberto Fujimori foi reeleito presidente do Peru e CarlosMenem, da Argentina. Os Estados Unidos reataram relaes diplomticas com o Vietne, em Oklahoma City, um atentado a bomba, praticado por um americano, matou 169 pessoas. Ainda no mesmo ano, o primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, foiassassinado por um estudante judeu. Em 1996, Boris Yeltsin foi reeleito presidente daRssia e Bill Clinton, dos Estados Unidos. Nelson Mandela, presidente sul-africano,assinou a nova Constituio que aboliu o apartheid, instituindo a igualdade racial. NoBrasil, 19 integrantes do MST foram mortos em confronto com a polcia em Eldoradodos Carajs, no Par, e o filme brasileiro O quatrilho foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Em 1997, cientistas britnicos surpreenderam o mundo com aapresentao da ovelha Dolly, o primeiro animal clonado na histria; Tony Blair foieleito primeiro-ministro britnico e Cuba recebeu os restos mortais de Che Guevara. Em1998, o escritor portugus Jos Saramago ganhou o Prmio Nobel de Literatura e o ex-ditador chileno Augusto Pinochet foi preso em Londres, acusado de terrorismo, tortura egenocdio. O Congresso americano autorizou abertura de processo de impeachment

    contra o presidente Bill Clinton. O filme Central do Brasil, de Walter Sales Jnior, foi premiado no Festival de Berlim.

    Fonte: www.portalbrasil.net

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    modernizao do pas e estabilizao e retomada do crescimento econmico. Entre asmudanas aprovadas destacam-se a quebra dos monoplios do petrleo e dastelecomunicaes e a alterao do conceito de empresa nacional, no sentido de nodiscriminar o capital estrangeiro. Diversas outras reformas foram discutidas peloCongresso Nacional, como a da Previdncia Social e do estatuto do funcionalismo

    pblico, derivando alteraes no to reestruturantes. O governo culpa os deputados,que se negariam a retirar privilgios de apadrinhados. Prope, ainda, o governo, para os prximos anos, reformas tributria, financeira e poltica. No entanto, os conflitos deinteresses entre os deputados impedem que as reformas prossigam com celeridade.

    Plano Real - O Presidente tambm d continuidade ao Plano Real. Ao longo dos meses, promoveu alguns ajustes na economia, como o aumento da taxa de juros, paradesaquecer a demanda interna, e a desvalorizao do cmbio, para estimular asexportaes e equilibrar a balana comercial. Com o plano, o governo controlou ainflao em nveis bastante baixos. Mas surgiram sinais de recesso econmica j nosegundo semestre, como a inadimplncia, queda no consumo e demisses em massa. Areduo da atividade econmica provocou desemprego nos setores industrial e agrcola.O atraso na implementao da reforma agrria agravou os conflitos no campo.

    Crise Asitica - A poltica cambial, estigmatizada pela oposio como populista, propiciou baixos nveis de inflao. No entanto, a dependncia externa aumentou e advida interna explodiu, saltando de 60 bilhes de dlares para mais de US$ 500 bilhes. No final de 1997, iniciou-se uma crise na bolsa de valores de Hong Kong, que posteriormente se alastrou pelo restante do mundo, atingindo fortemente o Brasil. Asreservas monetrias brasileiras caram de US$ 74 bilhes em abril de 1998, para US$ 42 bilhes em outubro. O governo reagiu para salvar o Real e impedir a sada de divisasmediante a elevao das taxas de juros e com o anncio de medidas econmicas.Recorreu ao FMI, obtendo deste um emprstimo emergencial da ordem de US$ 40 bilhes, mas foi obrigado a adotar um reajuste fiscal (desvalorizao cambial, aumentoda arrecadao e diminuio de gastos pblicos. Tais medidas provocaram recesso daatividade econmica.

    Social - A sade pblica permanece em estado lamentvel. A falta de ateno aoshospitais pblicos indigna a populao carente, cuja parca renda no permite autilizao dos hospitais privados. No entanto, h de destacar a tentativa deregulamentao dos planos de sade privado, procurando evitar distores e abusoscontra os consumidores. Constitui, tambm, ponto positivo a implantao do remdios

    genricos, visando a acabar com a oligopolizao do mercado pelas grandes empresas e barateando o preo dos medicamentos.

    Na rea da educao, foi inegvel a ampliao no nmero de crianas escolarizadas no pas. O problema da qualidade no ensino, todavia, mostra-se dia a dia mais preocupante.As universidades pblicas vm passando por dificuldades, e os estudantes universitriosacusam o governo de estar preparando um plano para cobrar mensalidade dos alunosnos anos vindouros. O governo nega.

    Fonte: elogica.br.inter.net

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    Governo Fernando Henrique Cardoso

    (1995 - 2002)

    Fernando Henrique Cardoso (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931) um poltico esocilogo brasileiro formado pela Universidade de So Paulo. tambm comumenteconhecido por seu acrnimo FHC. Foi senador por So Paulo, Ministro das RelaesExteriores e Ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco. Presidente do Brasil por dois mandatos, de 1995 a 2003. Foi idelogo do MDB e teve uma participao decisivanos bastidores das diretas-j e na eleio de Tancredo Neves presidncia da repblica. co-fundador e presidente de honra do Partido da Social Democracia Brasileira(PSDB).

    Origem e formao

    Descendente de militares revolucionrios de 1922 e 1930 e de uma escrava, formou-seem sociologia na USP, onde tornou-se um marxista na linha de Antonio Gramsci.Tambm esto entre seus preferidos Maquiavel e Alexis de Tocqueville. Foi o intrpretedas palestras de Sartre no Brasil, em 1960. Foi professor da USP onde foi aposentadocompulsoriamente em 1968. Em seguida exilou-se. Foi professor na Inglaterra etambm na Frana onde acompanhou de perto o maio de 1968. Foi, nos anos 70, pesquisador do CEBRAP - Centro Brasileiro de Anlise e Planejamento, que davasuporte ideolgico ao MDB. casado com a sociloga Ruth Corra Leite Cardoso.

    O socilogo militante do MDB

    Voltando do exlio em meados dos anos 1970, tornou-se um dos idelogos do MDB.FHC estimulou o MDB a moldar-se no Partido Democrtico norte-americano, isto , um partido "omnibus" em latim, "para todos". FHC pregava que, fazendo alianasamplas e repudiando a luta armada, o MDB chegaria ao poder pelo voto. Em 1978, saiudos bastidores acadmicos da poltica e comea a participar em campanhas polticas pessoalmente. Perdeu a sua primeira eleio em novembro de 1978, em que foicandidato a senador por So Paulo. Mas torna-se suplente de Franco Montoro, eleitonaquela oportunidade senador da repblica. Em 1980 quando so criados novos partidos polticos, FHC filia-se ao PMDB, partido que era o sucessor natural do antigo MDB.FHC assume uma cadeira no senado em 1983, quando Montoro renunciou ao mandatode senador para assumir o governo de So Paulo.

    O homem por trs das diretas-j

    A partir de 1983, com a posse dos 10 governadores de oposio ao governo do presidente Joo Figueiredo, FHC participa das articulaes visando a transio doregime militar para a democracia. Em 1984 foi um dos grandes articuladores dasdiretas-j. Com prestgio junto a Tancredo Neves e Ulisses Guimares e trnsito entre osmilitares e na maonaria, FHC contribuiu para que no houvesse radicalizao poltica eque acontecesse uma transio pacfica do regime militar para a democracia em 1985.Teve voz na formao do governo de Tancredo Neves, mas a morte deste, seguida da

    ascenso de Jos Sarney, reduziu sua rea de influncia.

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    Durante o governo Sarney, exerceu apenas o cargo de lder do governo no Congresso Nacional - funo criada especialmente para ele por Tancredo Neves, quando o senador Humberto Lucena (do PMDB da Paraba), surpreendentemente derrotado por seucorreligionrio Jos Fragelli na disputa pela presidncia do Senado Federal, teve de ser mantido na posio de lder do governo no Senado. Em 1985, foi derrotado para a

    prefeitura de So Paulo por Jnio Quadros. Em 1986, FHC foi reeleito senador, quandoo PMDB teve uma vitria grande em todo o Brasil devido popularidade do PlanoCruzado. Naquele ano, como comum acontecer com os candidatos por So Paulo,Mrio Covas e FHC se tornaram, nessa ordem, os senadores mais votados da histria.Em 1987, reclamando que o PMDB tinha ficado "arenoso" (uma referncia ARENA),ou seja, personalista e acomodado, FHC participou da fundao de um novo partido poltico, o Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), que reunia vrios prceres polticos do PMDB, oriundos principalmente de So Paulo, Minas Gerais e Paran,descontentes com o controle do PMDB em seus estados pelos ento governadoresOrestes Qurcia, Newton Cardoso e lvaro Dias.

    Ministro do Plano Real

    Teve atuao destacada, em 1992, na transio pacfica do governo Collor para ogoverno de Itamar Franco. FHC foi de 1992 a 1993, ministro das Relaes Exteriores deItamar Franco, governo em que FHC foi uma espcie de primeiro-ministro. Em 1993,assumiu o ministrio da Fazenda e implantou o Plano Real, um plano de estabilizaoeconmica idealizado por uma equipe de economistas da qual faziam parte Prsio Arida,Andr Lara Resende, Pedro Malan, Edmar Bacha entre outros. Em outubro de 1994, foieleito no primeiro turno presidente da repblica. Foi fundamental para a sua eleio osucesso do Plano Real, lanado pouco antes, em julho de 1994.

    Presidncia da Repblica

    Tomou posse como presidente em 1 de janeiro de 1995, tendo nos dois mandatos MarcoMaciel, do PFL, como vice-presidente. A poltica de estabilidade e da continuidade doPlano Real foi o principal apelo da campanha eleitoral de 1998 para a reeleio de FHC.Foi reeleito j no primeiro turno. FHC conseguiu para a sua eleio presidncia oapoio total do PSDB, do PFL, do Partido Progressista Brasileiro PPB (atual PP) e de parte do PMDB, e conseguiu manter estes apoios nos seus 8 anos de governo, o que deurelativa estabilidade poltica ao Brasil neste perodo. FHC conseguiu a aprovao deuma emenda constitucional que criou a reeleio para os cargos executivos, sendo o

    primeiro presidente brasileiro a ser reeleito. Em seu governo houve diversas dennciasde corrupo sem nenhuma investigao profunda, ou por falta de provas ou por manobra poltica. Dentre as principais denncias merecem destaque a compra de parlamentares para aprovao da reeleio e o favorecimento de determinados gruposfinanceiros no processo de privatizao das estatais. No incio de seu segundo mandato,uma forte desvalorizao da moeda provocada por crises financeiras internacionais(Mxico, Rssia e sia) leva o Brasil maior crise financeira de sua histria, aos jurosreais mais altos de sua histria e a um aumento enorme na dvida interna. No governoFHC finalmente foi implantado o gasoduto Brasil-Bolvia. Em 1997 entrou em vigor aatual lei eleitoral que se pretende definitiva, pois, antes, tinhamos uma lei eleitoral novaa cada eleio. O governo do presidente FHC findou-se no dia 1 de janeiro de 2003,com a posse de Luiz Incio Lula da Silva. FHC foi o primeiro civil eleito pelo voto

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    direto que conseguiu terminar o mandato de presidente desde Juscelino Kubitscheck.FHC foi o presidente brasileiro que governou por mais tempo depois de Getlio Vargas.

    A reforma do Estado e da economia

    FHC continou o processo de privatizao de empresas estatais iniciadas por FernandoCollor. Enfrentou, por isto, greve de servidores destas empresas. Foram privatizadasvrias rodovias federais, os bancos estaduais responsveis por grande parte do dficit pblico e a telefonia brasileira, o que permitiu o acesso dos brasileiros ao telefone e aoaparelho celular. A presidncia de Fernando Henrique Cardoso tambm se destacou pelareforma do Estado promovida em seus dois mandatos. FHC elaborou um Plano Diretor da Reforma do Estado, de acordo com o qual seria priorizado o investimento emcarreiras estratgicas para a gesto do setor pblico. FHC conseguiu a aprovao devrias emendas constituio, que facilitaram a entrada de empresas estrangeiras noBrasil, e que flexibilizaram o monoplio estatal do petrleo no Brasil.

    Em geral, FHC tentou atacar todas as fontes de dficit pblico, para eliminar o problema crnico da inflao, fazendo, por exemplo, em 1999 uma reforma da previdncia social. Foi adotada a terceirizao de servios e de empregos pblicos emreas consideradas no-essenciais. Foram aprovadas leis mais duras sobre crimes contrao sistema financeiro. E entrou em vigor, em 1998, um cdigo de trnsito mais rigoroso para diminuir nmero de acidentes nas rodovias. Os salrios dos servidores pblicos praticamente no sofreram reajustes no governo de FHC, como forma de se controlar osgastos pblicos e a inflao. Entrou em vigor, em 2000, a Lei de ResponsabilidadeFiscal, o que se caracteriza pelo rigor exigido na execuo dos oramentos pblicos. ALei fiscal limita o endividamento dos estados e municpios e os gastos comfuncionalismo pblico. FHC criou o Bolsa Escola e outros programas sociais destinados populao de baixa renda. Ampliou-se em muito, no governo FHC, o investimento privado em educao superior (faculdades e ps-graduao).

    Obra acadmica

    Como socilogo, FHC escreveu obras importantes para a teoria do desenvolvimentoeconmico e das relaes internacionais. Dedicou-se ao aprofundamento de suas teoriasdurante o perodo em que viveu no exlio durante o regime militar. Foi um dosidelogos da corrente dependentista ou desenvolvimentista. Sua teoria sugere que os pases subdesenvolvidos devam se associar entre si, buscando um caminho capitalista

    alternativo para o desenvolvimento, livrando-se da dependncia das grandes potncias.FHC era contrrio tese de que os pases do terceiro mundo desenvolveriam-se s setivessem uma revoluo socialista. Em julho de 1990, Fernando Henrique Cardoso foihomenageado com o grau de doutor honoris causa da Faculdade de Economia daUniversidade de Coimbra.

    Vida aps a presidncia

    Em 2004, FHC fundou o Instituto Fernando Henrique Cardoso, uma instituio sem finslucrativos que pretende reunir sua obra e propor discusses sobre o Brasil e a AmricaLatina. Em 2004, FHC foi eleito um membro da placa consultiva da Universidade doSul da Califrnia.

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    Em 2005 foi eleito, atravs de uma votao feita pela internet e organizada pela revista britnica Prospect, como um dos 100 maiores intelectuais do mundo, ainda vivosatualmente [2].

    Atualidade

    Fernando Henrique Cardoso co-presidente do Inter-American Dialogue. membrodos Conselhos Consultivos do Institute for Advanced Study, de Princeton, e daFundao Rockefeller, em Nova Iorque. Leciona na Universidade de Brown, emProvidence. Desde junho de 2005, preside a Fundao Osesp, organizao criada paramanter a Orquestra Sinfnica do Estado de So Paulo. At pouco tempo foi presidentedo Club de Madrid, cargo que passou ao ex-presidente do Chile, Ricardo Lagos.Escreveu uma autobiografia avaliando seu governo chamada "A arte da poltica" e umoutro livro "Carta a um jovem poltico". Resume, hoje, seu pensamento poltico,dizendo que "PT e PSDB disputam quem comanda o atraso". FHC no v diferenas profundas entre os dois partidos.

    Fonte: pt.wikipedia.org