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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Governador: Miguel Arraes de Alencar

SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE

Secretário: Sérgio Machado Rezende

COMPANHIA PERNAMBUCANA DE MEIO AMBIENTE - CPRH

Diretor-Presidente: Ricardo Braga

Diretor Administrativo e Financeiro: Amauri José de Andrade

Diretora de Recursos Naturais: Simone Nascimento de Souza

Diretor de Controle de Fontes Poluidoras: Genaro Albuquerque de Melo Filho

Cooperação técnica BRASIL - ALEMANHAPROJETO CONTROLE AMBIENTAL NO

ESTADO DE PERNAMBUCOCompanhia Pernambucana de Meio Ambiente - CPRH

Deutsche Gesellschaft für Technische Zuzammenarbeit - GTZCoordenadores: José Antônio Sales de Melo Filho (CPRH) e Axel Macht (GTZ)

Telefone: (081) 441 5027 Fax: (081) 441.3215e-mail: [email protected]

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ROTEIRO COMPLEMENTARDE LICENCIAMENTO E

FISCALIZAÇÃOINDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE

Recife, 1998

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Copyright © 1998 by CPRHÉ permitida a reprodução parcial da presente obra, desde que citada a fonte

Companhia Pernambucana do Meio Ambiente - CPRHrua Santana, 367, Casa Forte, Recife/PEPabx (081) 441 5877 Fax (081) 441 6088

1998

C737rCPRH, Roteiro Complentar de Licenciamento e

Fiscalização: Indústria de papel e CeluloseRecife::1998. 95p.

1. Indústria - Papel Celulose Z. Celulose - Indústria3. Licenciamento 4. Fiscalização I. Titulo II. Autor

CDU: 614.715

Conselho Editorial:

Evângela Azevedo de Andrade

Martim Assueros Gomes

Madalena Barbosa de Albuquerque

Consultoria:

Urivald Pawlowsky

Equipe técnica:

Gilson Lima

Aguinaldo Batista

Rosário Malheriros

José Carlos de Lucena

Alíria Cunha

Cândida Portela

Rita Alves

Revisão:

Martim Assueros Gomes

Madalena Barbosa de Albuquerque

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS.............................................................................................................................................. 07

LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................................. 09

LISTA DE QUADROS ........................................................................................................................................... 09

LISTA DE ANEXOS .............................................................................................................................................. 09

PREFÁCIO ............................................................................................................................................................ 11

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 13

1 INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO

AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES ................................................................... 15

1.1 PRODUTOS E PROCESSOS ................................................................................................................. 15

1.1.1 Polpa Química ...................................................................................................................................... 15

1.1.2 Pastas de Alto Rendimento.................................................................................................................... 17

1.1.3 Produção de Papel e Papelão ............................................................................................................... 17

1.2 EFLUENTES LÍQUIDOS....................................................................................................................... 23

1.2.1 Características dos Efluentes e suas Medidas de Controle Interno ........................................................ 23

1.2.1.1 Pátio de Madeira � Descascamento ..................................................................................................... 23

1.2.1.2 Produção de Celulose Química............................................................................................................. 24

1.2.1.3 Pastas de Alto Rendimento.................................................................................................................... 31

1.2.1.4 Destintamento ...................................................................................................................................... 32

1.2.1.5 Fabricação de Papel ............................................................................................................................. 33

1.2.2 Resumo das Principais Fontes de Poluição das Águas e Medidas Internas de Controle (Ref. 10) ........... 34

1.2.2.1 Principais Fontes de Poluição das Águas ............................................................................................... 34

1.2.2.2 Medidas Internas de Controle ............................................................................................................... 34

1.2.3 Regulamentação Internacional para Efluentes Líquidos.......................................................................... 35

1.2.3.1 Padrões Recomendados ....................................................................................................................... 35

1.2.3.2 Padrões de lançamento para alguns países............................................................................................ 38

1.2.3.3 Valores Referenciais .............................................................................................................................. 39

1.2.4 Regulamentação Federal Brasileira para Efluentes Líquidos do Setor Celulose-Papel ........................... 41

1.2.5 Regulamentação Estadual Brasileira para Efluentes Líquidos do Setor Celulose-Papel ........................ 41

1.2.6 Parâmetros para Efluentes Líquidos Recomendados ao Licenciamento ................................................ 42

1.3 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ................................................................................................................. 43

1.3.1 Características das Emissões Atmosféricas ........................................................................................... 43

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1.3.2 Medidas de Controle das Emissões Atmosféricas ................................................................................. 50

1.3.3 Regulamentações Internacionais para Emissões Atmosféricas ............................................................... 51

1.3.3.1 Padrões de lançamento para alguns países............................................................................................ 51

1.3.3.2 Valores Referenciais .............................................................................................................................. 56

1.3.4 Regulamentações em Nível Federal para Emissões Atmosféricas do Setor Papeleiro ........................... 58

1.3.5 Regulamentação em Nível Estadual para Emissões Atmosféricas do Setor Papeleiro............................ 59

1.3.6 Valores Referenciais Brasileiros ............................................................................................................ 59

1.3.7 Parâmetros para Emissões Atmosféricas Recomendados ao Licenciamento ......................................... 61

1.4 RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................................................................... 64

1.4.1 Pontos de Geração ............................................................................................................................... 64

1.4.2 Características e Quantidades Geradas ................................................................................................ 64

1.4.3 Disposição dos Lodos .......................................................................................................................... 66

1.4.4 Medidas de Controle Interno ................................................................................................................ 67

1.4.5 Recomendações para o Licenciamento ................................................................................................. 67

2 PARÂMETROS RECOMENDADOS À FISCALIZAÇÃO ............................................................... 69

2.1 PONTOS DE GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS ........................................................................ 69

2.1.1 Pontos Críticos ..................................................................................................................................... 70

2.2 PONTOS DE GERAÇÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS .................................................................. 70

2.2.1 Pontos Críticos ..................................................................................................................................... 71

2.3 PONTOS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................. 71

2.3.1 Pontos Críticos ..................................................................................................................................... 72

2.4 PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO ............................................................................................. 72

2.4.1 Equipamentos Necessários e Amostragem ........................................................................................... 72

2.4.1.1 Efluentes Líquidos ................................................................................................................................. 73

2.4.1.2 Emissões Atmosféricas.......................................................................................................................... 73

2.4.1.3 Resíduos Sólidos ................................................................................................................................... 74

2.5 POSTURA DE INVESTIGAÇÃO/ROTEIRO DE INSPEÇÃO ................................................................. 74

2.5.1 Preparação da Vistoria ......................................................................................................................... 74

2.5.2 Passos na Vistoria ................................................................................................................................. 75

2.5.3 Elaboração do Relatório de Vistoria ..................................................................................................... 75

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................ 77

ANEXOS ............................................................................................................................................................. 78

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LISTA DE TABELAS

1 Valores de carga poluidora para pátio de madeira nos países escandinavos (Ref.3) ................................... 23

2 Estágios usados no branqueamento. ........................................................................................................... 24

3 Emissões do branqueamento de processo Kraft (Ref. 1) ............................................................................. 25

4 Emissões típicas de alguns processos de obtenção de polpa antes do tratamento externo

(Ref. 1) ........................................................................................................................................................ 26

5 Efeito de alguns métodos de delignificação nas propriedades do efluente

do processo Kraft (Ref. 1 e 9) ..................................................................................................................... 26

6 Efeito de alguns métodos de delignificação nas propriedades dos efluentes da planta de branqueamento

de polpa Kraft (Ref. 1) ............................................................................................................................... 27

7 Características dos efluentes líquidos de diversas fontes (Ref. 1) ................................................................ 27

8 Evolução tecnológica na produção de celulose Kraft branqueada (Ref. 4) .................................................. 28

9 Resumo dos efluentes do processo Kraft (fibras longa e curta) (Ref. 1) ....................................................... 29

10 Pastas de alto rendimento (Ref. 1) .............................................................................................................. 31

11 Características dos efluentes de pastas de alto rendimento (Ref. 1 e 2) ...................................................... 32

12 Consumo de água, DBO e DQO no processo de destintamento (Ref. 5) .................................................... 32

13 Características de efluentes da máquina de papel (Ref. 5) ........................................................................... 34

14 Padrões de emissão para polpa sulfito (Ref. 3 e 6) ...................................................................................... 36

15 Padrões de emissão por país para polpa química (Ref. 6) ........................................................................... 38

16 Padrões de emissão do Canadá (Ref. 6) ...................................................................................................... 39

17 Emissões para produção de polpa � Fábrica Kraft ..................................................................................... 40

18 Emissões para polpas branqueadas e não-branqueadas � Fábricas Sulfito.. ................................................ 40

19 Emissões para pastas de alto rendimento. .................................................................................................. 40

20 Padrões de emissão para fábricas de papel não-integradas. ....................................................................... 41

21 Concentrações típicas de gases TRS para celulose Kraft (Ref. 6) ................................................................ 45

22 Fatores de emissão de TRS por fontes no processo Kraft (Ref. 3, 5, 6) ....................................................... 46

23 Valores típicos de TRS por setor (Ref. 6) .................................................................................................... 47

24 Emissões atmosféricas representativas dos processos Kraft e Soda (Ref. 6) .............................................. 47

25 Fatores de emissão de particulados no processo Kraft após controle Ref. 6 e 10) ..................................... 47

26 Fatores de emissão para caldeiras de vapor sem controle para diversos combustíveis (Ref. 10) ............... 48

27 Típicos fatores de emissão e concentrações de SO2 e NO

x de fontes de combustão de processos Kraft

(Ref. 5, 6) .................................................................................................................................................... 49

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28 Emissão de particulados de caldeiras de vapor. ......................................................................................... 49

29 Poluentes típicos da combinação de combustíveis (Ref. 6) ......................................................................... 50

30 NSPS para novas fontes de celulose Kraft (Ref. 6, 10, 3) ............................................................................. 52

31 Limites regulamentados para processo Kraft em termos de TRS para

indústrias novas e já existentes (USA) ......................................................................................................... 53

32 Padrões de emissão atmosférica (1990) para fábricas de celulose Kraft � Austrália ................................... 54

33 Emissões atmosféricas para novas fábricas de celulose Kraft (Ref. 3) � Canadá.......................................... 55

34 Emissões atmosféricas para fábricas de celulose � Portugal (Ref. 3) ........................................................... 55

35 Emissões atmosféricas para fábricas de celulose � Suécia (Ref. 3) .............................................................. 56

36 Emissões atmosféricas para unidades Kraft ................................................................................................ 57

37 Emissões atmosféricas para processo Sulfito .............................................................................................. 57

38 Emissões atmosféricas para pastas de alto rendimento .............................................................................. 58

39 Emissões atmosféricas para fábrica de papel ............................................................................................. 58

40 Valores referenciais de emissão no Brasil (Ref. 3) ....................................................................................... 60

41 Geração de lodo por categoria de produção (Ref. 6) ................................................................................. 65

42 Tipos de resíduos por área (Ref. 3) ............................................................................................................ 65

43 Composição combinada de lodo nas ETES (Ref. 6) .................................................................................... 66

44 Disposição de lodos de tratamento............................................................................................................ 66

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LISTA DE FIGURAS

Fluxograma do Processo Kraft � Pátio de madeira � Cozimento � Massa (Ref. 10) .............................................. 018

Fluxograma do Bbranqueamento Convencional (Ref. 10) ..................................................................................... 019

Fluxograma da Recuperação ................................................................................................................................ 020

Fluxograma Básico de uma Unidade de Polpa de Alto Rendimento (CTPM). ....................................................... 021

Fluxograma do Processo de Fabricação de Papel e Papelão. ............................................................................... 022

LISTA DE QUADROS

Reuso de água em indústrias Kraft (Ref. 10) .......................................................................................................... 035

Resumo das emissões por fontes (Ref. 6 e 10) ....................................................................................................... 044

Composição de poluentes atmosféricos (Ref. 10) ................................................................................................. 044

Resumo da geração de efluentes líquidos .............................................................................................................. 069

Resumo das fontes de emissões atmosféricas (Ref. 10) .......................................................................................... 071

Resumo das fontes de geração de resíduos sólidos ............................................................................................... 072

LISTA DE ANEXOS

Informações atuais sobre fábricas brasileiras ........................................................................................................ 079

Experiência no Brasil- controle de poluição atmosférica ...................................................................................... 081

Resolução CONAMA n.º 20 de 1986 ................................................................................................................... 085

Resolução CONAMA n.º 008 de 6/12/90............................................................................................................. 098

Resolução CONAMA n.º 003 de 28/06/90 .......................................................................................................... 101

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PREFÁCIO

A padronização dos procedimentos administrativos e operacionais é um dos grandes desafios que o Projeto ControleAmbiental no Estado de Pernambuco, viabilizado através de um convênio de Cooperação Técnica entre Brasil eAlemanha e executado pela Companhia de Controle da Poluição Ambiental e de Administração dos Recursos Hídricos(CPRH) e a Sociedade Alemã de Cooperação Técnica (GTZ), está procurando atingir; para facilitar e tornar maiseficiente e ágil a atuação da CPRH no Controle Ambiental em Pernambuco. Neste contexto foram elaborado osManuais de Licenciamento e Fiscalização Ambiental.

Nesta oportunidade apresentamos o Roteiro Complementar de Licenciamento e Fiscalização para as Indústrias dePapel e Celulose que foi elaborado pelo Consultor Urivald Pawlowsky com o apoio da equipe técnica de ControleIndustrial da CPRH e que visa complementar os manuais mencionados com informações técnicas específicas para olicenciamento e fiscalização desta tipologia industrial.

Acreditamos que este roteiro, além de oferecer muitas informações básicas sobre esta tipologia industrial, serve deguia prático no trabalho de dia a dia para os técnicos da CPRH, mas também com referência e subsídio técnico emoutras instituições públicas e privadas vinculadas as atividades de licenciamento e fiscalização ambiental.

Recife, novembro de 1997

José Antônio Sales de Melo e Axel Macht

Coordenadores Projeto CPRH/GTZ

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INTRODUÇÃO

As indústrias de papel e celulose têm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargasde matéria orgânica e sustâncias tóxicas geradas no processo produtivo. Deste modo, o Projeto CPRH/GTZ daCooperação Técnica Bilateral entre Brasil e Alemanha priorizou a indústria de papel e celulose em Pernambuco comoobjeto de estudos, de avaliação e monitoramento. O resultado deste trabalho é o presente roteiro que visa subsidiartécnica e metodologicamente os trabalhos vinculados ao licenciamento e a fiscalização das indústrias de papel ecelulose.

A primeira parte do trabalho dedica-se à descrição dos diversos processos produtivos existentes nesta tipologiaindustrial. Em seguida são apresentadas as características dos efluentes líquidos, das emissões atmosféricas e dosresíduos sólidos gerados por tipo e etapa das diversas fases de produção. Especial ênfase é dada nas medidas decontrole no próprio processo produtivo para evitar a geração de efluentes e resíduos ou para reduzir a carga poluidora.

Apresenta-se um levantamento de regulamentações nacionais e internacionais, englobando os padrões de emissãopara efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos que o técnico do órgão licenciador e fiscalizador develevar em conta.

A segunda parte do trabalho está especificamente voltada para os procedimentos de fiscalização, incluindo os pontoscríticos de geração dos efluentes a serem observados pelo fiscal, os equipamentos necessários e a realização dasvistorias das plantas industriais de papel e celulose.

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DEPRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E

REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES

1.1 PRODUTOS E PROCESSOSO papel é produzido a partir da polpa, um material celulósico fibroso obtido de várias matérias-primas como madeira(principal), palhas, bagaço de cana, algodão, linho, sisal, bambu e similares.

A polpa pode ser classificada em função de suas propriedades físico-químicas e dos processos de produção:

� Polpa Química, obtida por tratamento químico, abrange o processo de polpeamento alcalino (Processo Sulfato ou Krafte Processo Soda) e o polpeamento ácido (Processo Sulfito).

� Polpa Químicotermomecânica, obtida pelo amolecimento da madeira através de tratamento semiquímico, térmico edesfibramento mecânico.

� Polpa Quimimecânica, produzida pelo amolecimento inicial da madeira por tratamento químico, seguido de desfibramentomecânico.

� Polpa Termomecânica, em que o desfibramento mecânico é precedido de tratamento térmico para amolecimento.

� Polpa Mecânica, produzida pela desintegração mecânica da madeira na presença de água.

O papel é produzido a partir da polpa, pela incorporação de enchimentos como talco, gesso, caulim, além de outrosprodutos.

A matéria prima para a produção de polpa é preparada nos pátios de madeira, onde é cortada, descascada, transformadaem cavacos, lavada e encaminhada aos diversos processos produtivos. A unidade de descascamento/pátio de madeira éa etapa inicial geradora de efluentes, líquidos e sólidos.

1.1.1 POLPA QUÍMICA

Na produção de polpa química pelo processo Kraft temos algumas etapas fundamentais, além do preparo da madeira:

� Cozimento.

� Preparo da massa pela lavagem, depuração e espessamento.

� Branqueamento.

� Recuperação de produtos químicos.

a) Cozimento:

O cozimento provoca a formação das fibras individuais, do licor negro e dos gases da digestão. O licor de cocção éconstituído de hidróxido de sódio e sulfato de sódio, enquanto no processo soda utiliza-se apenas o hidróxido de sódio. Osreagentes químicos são preparados a partir do chamado licor branco, proveniente da unidade de recuperação de produtosquímicos. A mistura reagente é encaminhada ao Blow Tank, sendo os gases condensados e a massa (polpa e licor) é levadospara a lavagem.

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES16

b) Lavagem, depuração e espessamento:

A lavagem tem por finalidade separar, da melhor maneira possível, a polpa celulósica do licor negro, e é feita em filtrosrotativos especiais operados em série, com lavagem em contracorrente.

A depuração é feita em depuradores centrífugos (ou peneiras finas) e serve para separar pedaços de cavacos que nãoforam devidamente desfibrados.

O espessamento serve para aumentar a consistência da massa que é, posteriormente, enviada ao branqueamento e àmáquina de papel. Todo o processamento do licor negro gera gases odoríferos (reduzidos de enxofre).

c) Branqueamento:

Consiste basicamente na remoção das substâncias que conferem cor à massa de celulose. Estas substâncias encon-tram-se associadas à lignina, representando apenas uma porção pequena em relação a ela. O branqueamento érealizado em três etapas fundamentais:

� Deslignificação por oxidantes como cloro, oxigênio e outros.

� Tratamento cáustico para remoção das cloroligninas solúveis em álcalis.

� Branqueamento propriamente dito por agentes fortemente oxidantes como cloro, hipocloritos, peróxidos, dióxidosde cloro, etc.

É o processo que provoca a maior preocupação ambiental, pois mais de 3.000 substâncias e produtos químicos sãogerados, principalmente no branqueamento convencional, em que o agente oxidante mais comum é o cloro. Váriasmudanças foram e estão sendo feitas para minimizar os efeitos ambientais e ainda proporcionam uma celulose comalvura aceitável.

A Utilização de oxigênio na deslignificação e substituição de cloro por dióxido de cloro minimizam a geração deorganoclorados como clorofórmio e dioxinas.

O branqueamento gera efluentes líquidos em quantidades significativas.

d) Recuperação de produtos químicos:

O licor negro é excelente fonte para recuperar o hidróxido de sódio e a energia armazenada, energia esta que supre emgrande parte as necessidades de vapor da fábrica.

Algumas etapas são determinantes na recuperação:

I. Concentração do licor negro:

É realizada em evaporadores de múltiplo efeito e no geral a concentração de sólidos no licor passa de 15% para 55%.Os condensados são despejos industriais importantes. Concentração posterior é feita em evaporadores de contatoindireto (ou direto para processos antigos), passando para 65-70% de sólidos. Nesta etapa, há formação e liberaçãode compostos reduzidos de enxofre (TRS).

II. Incineração do licor concentrado:

É feita na caldeira de recuperação, em que os gases de combustão são usados para geração de vapor e o materialfundido, constituído basicamente de carbonato de sódio e sulfeto de sódio, é dissolvido com o licor branco, fraco darecaustificação, formando o licor verde.

O licor verde é clarificado, dando origem a impurezas sólidas que, após lavagem, se constituem nos resíduos sólidoschamados Dregs. A caldeira de recuperação gera ainda material particulado, gases odoríferos, além de gasesoxidados de enxofre e nitrogênio.

III. Caustificação do licor verde:

Constitui-se basicamente na reação de cal com o licor verde, formando o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio.Um clarificador separa a lama contendo carbonato de cálcio do clarificado (hidróxido de sódio). A lavagem da lamaacontece com água fresca, água dos condensadores da evaporação ou água de lavagem dos Dregs e se constitui nolicor branco fraco. Os sólidos aqui retidos são chamados de Grits. Formam-se também gases malcheirosos (TRS).

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iv. Recuperação da cal:

A lama de cal é adensada em filtros a vácuo e calcinada em forno de cal, transformando-se em óxido de cálcio, queretorna ao processo.

O forno de cal é grande fonte de emanação de material particulado e compostos reduzidos de enxofre.

As figuras 1, 2, e 3 mostram os fluxogramas básicos do processo Kraft com a indicação dos principais pontos degeração de poluentes.

1.1.2 PASTAS DE ALTO RENDIMENTO

As polpas obtidas pelo desfibramento mecânico são chamadas também de pastas de alto rendimento, já que orendimento vai de 80 a 97%. Na pasta puramente mecânica e pressurizada (SGWP e PGWP) as toras são desfibradaspor pedras, enquanto que nas demais utilizam-se cavacos para o desfibramento.

Nos processos à temperatura ambiente e sem adição de produtos químicos as águas residuárias contêm pouca matériaorgânica solubilizada, mas para os casos de impregnação química com soda e um pouco de enxofre há a geração deuma lixívia escura, com acentuado potencial poluidor. A presença de sólidos é bastante baixa nestas lixívias (entre 5 e10%), de tal forma que sua recuperação não apresenta boa viabilidade econômica. A pasta quimicotermomecânica(CTMP) branqueada com peróxido (BCTMP) propiciam lixívias difíceis de tratar. As unidades de pastas de altorendimento no Brasil são integradas, de tal forma que, na maioria das situações, as águas residuárias do desfibramentosão incorporadas aos efluentes da máquina de papel. Os poluentes atmosféricos gerados nas unidades acima provêmbasicamente das caldeiras de vapor, em função do tipo de combustível utilizado. No Brasil este combustível tem sidolenha e cascas de madeira. A figura 4 mostra o fluxograma básico de uma Unidade de Pasta de Alto Rendimento.

1.1.3 PRODUÇÃO DE PAPEL E PAPELÃO

A fabricação de papel é constituída, basicamente, de duas etapas, sendo a primeira o preparo da massa e a segunda aprodução da folha.

A matéria prima da massa pode ser polpa pura (química, mecânica, semiquímica, etc.) ou aparas. No caso de aparas,é necessário inicialmente limpá-las, pois, na maioria das situações, estão misturadas com diversos materiais comoplásticos, arames, metais e sujeiras várias.

Nos hidrapulpers as aparas são desagregadas com água, de modo a formar uma massa fibrosa de consistência de 2,5a 3%, onde se separam os materiais estranhos livres (plásticos). Um turboseparador consegue separar as impurezasmaiores.

PRODUTOS E PROCESSOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES18

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19PRODUTOS E PROCESSOS

FIGURA 2 - FLUXOGRAMA DO BRANQUEAMENTO CONVENCIONAL (REF. 10)

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES20

FIGURA 3 - Fluxograma de recuperação

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21PRODUTOS E PROCESSOS

FIGURA 4 - Fluxograma básico de uma unidade de polpa de alto rendimento (ctmp)

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES22

A massa é agora encaminhada a depuradores, onde são removidos os materiais pesados (metais, pedras, areia) e emseguida passa por engrossadores que aumentam sua consistência para 3 � 4%. A suspensão fibrosa é submetida arefinadores que provocam a fibrilação e a posterior flexibilização das fibras. A massa é diluída para uma consistênciade 0,4 a 1% e passa por uma depuração fina, em depuradores verticais, para ser finalmente alimentada na caixa deentrada da máquina de papel.

A máquina de papel é constituída por uma tela formadora que recebe a massa. A folha úmida formada é retirada datela, prensada para reduzir seu conteúdo em água, sendo em seguida seca. Na saída da tela formadora a consistênciasitua-se entre 14 e 18% e na saída das prensas entre 35 e 45%. As máquinas de papel modernas podem ter até 10metros de largura e velocidades de 1500 metros por minuto.

A figura 5 apresenta o fluxograma básico de uma fábrica de papel.

FIG

URA

5 -

Flu

xogr

ama

do P

roce

sso

de fa

bric

ação

de

pape

l e p

apel

ão

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23

1.2 EFLUENTES LÍQUIDOS

1.2.1 CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES E SUAS MEDIDAS DE CONTROLEINTERNO

Os efluentes líquidos gerados pela tipologia celulose-papel é extremamente variável, tanto em características qualita-tivas quanto em quantidade por unidade de produto. A quantidade de água usada nos processos é bem próximadaquela lançada como águas residuárias, havendo uma diminuição em torno de 5%.

A seguir serão apresentadas características das diversas etapas de fabricação de celulose e papel, com ênfase à etapamais crítica, que é o branqueamento.

1.2.1.1 PÁTIO DE MADEIRA � DESCASCAMENTO

O descascamento pode ser feito a úmido ou a seco. Valores médios das cargas poluidoras de fábricas dos paísesEscandinavos, que conferem com os da América do Norte e Brasil, são apresentados a seguir. Valores típicos paradescascamento por via úmida são apresentados na Tabela 1, abaixo (Ref. 3):

TABELA 1

VALORES DE CARGA POLUIDORA PARA PÁTIO DE MADEIRA NOS PAÍSES ESCANDINAVOS

(REF. 3)

Tcsa = tonelada de celulose seca ao ar.

Por via seca as toras são lavadas somente após os descascamentos com água recirculada, diminuindo sensivelmente ageração de efluente. (Ref. 3)

A utilização de água pressurizada pode diminuir a necessidade de água, tanto nos processos úmidos quanto nos secos.É possível chegar a valores como (Ref.: 6):

DBO5 = 1 � 3 Kg/t

csa

SS = 2 � 5 Kg/tcsa

Vazão = 2 �3 m3/tcsa

(processo úmido com lavagem pressurizada)

DBO5

Kg/tcsa

4 - 10

Vazão

m3/tcsa

10 -30

DQO

Kg/tcsa

20 - 40

Cor

KgPt/tcsa

5 �15

SS

Kg/tcsa

5 � 20

Vazão

m3/tcsa

0 � 5

DBO5

Kg/tcsa

0 � 2,5

SS

Kg/tcsa

0 � 5

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES24

No caso de uma instalação brasileira moderna com descascamento a seco os contribuintes específicos são:

DBO5 = 0,10 Kg DBO/t

csa

Vazão = 1,25 m3/tcsa

SS = 0,59 Kg SS/tcsa

Medidas de controle interno

Usar água pressurizada no descascamento a úmido pode reduzir a vazão de água para0,4 m3/m3 de madeira.

A DBO5 pode ser reduzida em 50%, podendo atingir 0,7 Kg/m3 de madeira.

Utilizar descascamento a seco.

1.2.1.2 PRODUÇÃO DE CELULOSE QUÍMICA

As emissões da produção de celulose dependem de uma série de fatores como o tipo de madeira utilizado, o grau dereaproveitamento interno, o processo de fabricação, o processo de branqueamento adotado, entre outros.

Os despejos são provenientes das fontes:

� Condensados dos gases de alívio do digestor.

� Condensados do tanque de descarga.

� Lavagem, depuração e espessamento (licor negro diluído).

No branqueamento há geração de dois tipos de despejos: os despejos fortemente alcalinos, provenientes do estágio deextração alcalina e os despejos fortemente ácidos, originados do estágio de oxidação. Existem várias seqüências debranqueamento e que podem originar cargas poluidoras bem distintas. É apresentada a seguir a Tabela 2 com osdiversos estágios usados no branqueamento:

TABELA 2

ESTÁGIOS USADOS NO BRANQUEAMENTO

Estágio de branqueamento

Cloração

Extração alcalina

Hipocloração

Dióxido de cloro

Peróxido

Tratamento ácido

Oxigênio

Ozônio

Dióxido com cloro

Cloro com dióxido

Extração oxidativa

Extração alcalina com peróxido

Notação

C

E

H

D

P

A

O

Z

D/C

C/D

E/O ou E0

E/P ou Ep

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O uso da cloração, processo mais convencional de branqueamento de polpas, causa a geração de produtosorganoclorados (mais de 200), cuja toxicologia da mistura é muito complexa.

Para a estimativa dessas cargas têm sido utilizados os parâmetros AOX ou TOCL.

AOX � medida do conteúdo em organoclorados que podem ser adsorvidos em carvão ativado.

TOCL � total de organoclorados.

Do AOX, 1-3% apresenta-se solúvel em solventes orgânicos não polares e são os de maior significância ambiental, porserem bioacumulativos.

Os compostos de maior toxicidade são as dioxinas e os compostos dibenzo furanos, dentre os quais o 2, 3, 7, 8 �tetracloro � dibenzo � p-dioxina (TCDD) e o 2, 3, 7, 8 � tetracloro � dibenzo � furano (TCDF) são os mais tóxicos.

Os despejos do branqueamento constituem-se na maior parcela da carga poluidora de uma fábrica de celulose, alémde sua particular toxicidade.

As alternativas de branqueamento geram cargas poluidoras diferentes, conforme Tabela 3, a seguir.

TABELA 3

EMISSÕES DO BRANQUEAMENTO DE PROCESSO KRAFT - FIBRA LONGA, PARA DIFERENTESALTERNATIVAS DE BRANQUEAMENTO. NÃO INCLUÍDAS AS EMISSÕES DOS OUTROSDEPARTAMENTOS (ALVURA 89-90% ISO) (REF. 1)

A Tabela 4 apresenta emissões típicas de alguns processos de obtenção de polpa antes do tratamento externo.

Processo DQO

Kg/tcsa

DBO7 (a)

Kg/tcsa

15 � 20

12

12

12

75 � 100

50

50

45

6 � 8

3,5

2

0,2

Cozimento convencional sem delignificação com oxigênio

Cozimento convencional, delignificação com O2, 15% de substituição

com dióxido de cloro

Cozimento convencional, sem delignificação com O2, baixo fatorKappa, 30-40% de substituição por dióxido de cloro

Cozimento prolongado, 100% de substituição por dióxido de cloro,delignificação com O

2 e alvura de 80-82% ISO

(a) DBO5 = DBO

7 x 0,85

AOX

Kg/tcsa

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES26

Kraft branqueada SulfitoBranqueada

CTMPBranqueada

Kg/tcsa

Kg/tcsa

Kg/tcsa

Kg/tcsa

Kg/tcsa

Kg/tcsa

Kg/tcsa

% v/v

20 - 25

65 - 75

10 - 15

3.5 - 4.0

70

0.06 - 0.09

0.2 - 0.3

5 - 90

10

40

10 - 15

1.5 - 2.0

30

50 - 80

120 - 180

15 - 20

1

2 - 100

40 - 60

100 - 170

20 - 50

0.8 - 1.8

Fibra curtaFibra longa

Unidade

tcsa

= Tonelada de celulose seca ao ar

BOD7

DQO

SS

AOX

Cor (Pt)

Fósforo

Nitrogênio

Toxicidade, LC50

Kappa AOX

Kg/tcsa

Kraft Standard

Cozimento prolongado

Deslignificação comoxigênio

Cozimento prolongado edeslignificação com

oxigênio

TABELA 4

EMISSÕES TÍPICAS DE ALGUNS PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE POLPA ANTES DO TRATAMENTOEXTERNO (DELIGNIFICAÇÃO COM OXIGÊNIO INCLUÍDO PARA AS POLPAS KRAFT) (REF. 1)

A Tabela 5 mostra o efeito dos processos de delignificação nas cargas poluidoras brutas de polpa Kraft � fibra longa.

TABELA 5

EXEMPLO DO EFEITO DE ALGUNS MÉTODOS DE DELIGNIFICAÇÃO NAS PROPRIEDADES DOEFLUENTE DE PROCESSO KRAFT � FIBRA LONGA, ANTES DO TRATAMENTO (REF. 1 E 9)

O desempenho do sistema de tratamento de efluentes também é afetado de acordo com o processo de delignificaçãoutilizado, conforme pode ser visto na Tabela 6.

7

4.8

3.5

2.8

DQO

Kg/tcsa

Cor

Kg/tcsa

BOD7

Kg/tcsa

200

150

120

100

80

60

50

39

16

14

12

9

30

24

18

14

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27

TABELA 6

EXEMPLO DO EFEITO DE ALGUNS MÉTODOS DE DELIGNIFICAÇÃO SOBRE AS PROPRIEDADESDOS EFLUENTES DA PLANTA DE BRANQUEAMENTO DE POLPA KRAFT � FIBRA LONGA (APÓSTRATAMENTO DOS EFLUENTES DAS FÁBRICAS POR LODOS ATIVADOS) (REF. 1)

Além dos despejos do branqueamento, ainda há a formação de correntes líquidas residuárias na unidade de recupera-ção de produtos químicos que são representadas pelos condensados dos evaporadores e os despejos fortementealcalinos oriundos da caustificação. Os mesmos podem ser reaproveitados desde que tratados previamente emcolunas de Stripping. Outros despejos são provenientes da evaporação, caldeira de recuperação, forno de cal e maisalguns pequenos pontos, conforme Tabela 7.

TABELA 7

CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES LÍQUIDOS DE DIVERSAS FONTES (REF. 1)

AOX

Kg/tcsa

Kraft Standard

Cozimento prolongado

Deslignificação com oxigênio

Cozimento prolongado

e deslignificação com oxigênio

DQO

Kg/tcsa

DBO7

Kg/tcsa

Cor

Kg/tcsa

2.4

2.2

2.0

1.7

45

36

31

27

180

130

100

85

3.9

2.2

1.9

1.3

DBO5

Kg/tcsa

Efluentes

líquidos m3/tcsa

Evaporação

Caldeira de recuperação

Sistema de água de alimentação

Caldeira de força (biomassa)

Turbogeradores

Caustificação

Forno de cal

Estocagem de óleo combustível

Total

1,22

0,45

0,36

0,13

0,06

0,95

0,6

0,02

3,79

0,3

0,15

0,03

0,03

-

0,07

0,03

-

0,60

-

-

-

-

-

3,0

0,7

-

3,7

FonteSólidos

suspensos Kg/tcsa

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES28

A vazão total dos despejos das indústrias de celulose é muito variável. Para as mais antigas o consumo de água era de80 a 250 m3/t para polpas não branqueadas e de 110 a 360 m3/t para branqueadas, enquanto fábricas mais modernasforam projetadas e operam com consumos de 40-60 m3/t de celulose, havendo possibilidades concretas de baixarainda mais estes valores. Segundo informações obtidas no Instituto Ambiental do Paraná e Firmas de Consultoria doramo de celulose e papel, pode-se estabelecer uma certa correlação entre o avanço tecnológico e a geração de cargaspoluidoras nas 3 últimas décadas, demonstrada na Tabela 8.

TABELA 8

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NA PRODUÇÃO DE CELULOSE KRAFT BRANQUEADA (REF. 4)

Já existem possibilidades tecnológicas reais de se produzir celulose com menor consumo de água, conforme informa-ções resumidas da Firma Jaakko Pöyry Engenharia Ltda. (Ref. 1) e apresentadas na Tabela 9.

É importante observar como a seqüência e tipos de tecnologias de branqueamento influenciam na formação depoluentes, bem como de águas residuárias.

AOX

Kg/tcsa

Cor

Kg Pt/tcsa

Carga DBO5

Kg/tcsa

Consumo de

água m3/tcsa

Década

70

80

90

Isenta de cloro

Celulosecom mínimo de

cloro

120

70 - 80

40 - 60

35 - 50

100

21

15

15

>200

100

75

75

6-8

<1,0

<0,5

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29

TABELA 9

RESUMO DOS EFLUENTES DO PROCESSO KRAFT (FIBRAS LONGA E CURTA) (REF. 1)

C(D)E(O)DED OC(D)E(O)D Redução%

Fibra Longa

Fibra Curta

DBOKg/ton métrica

DQOKg/ton métrica

CorKgPt/ton métrica

TOClKg/ton métrica

Vazão, 103

L/ton métrica

DBOKg/ton métrica

DQOKg/ton métrica

CorKgPt/ton métrica

VazãoL/ton métrica

Redução do n.º de Kappa no estágio de oxigênio � 45-50%

15-21

65-75

200-300

5-8

20-25

10-15

40-45

90-125

20-25

8-11

30-40

80-120

3-4

15-20

5-7

20-25

15-25

15-20

40-50

45-55

60-75

35-50

25-30

40-55

40-55

75-85

25-30

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES30

MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO

a) Processo Kraft � soda

- Reciclagem de águas de resfriamento, condensados secundários, água branca da máquina de secagem e filtrados daplanta de branqueamento.

- Cozimento prolongado.

- Pré-delignificação com oxigênio.

- Substituição de cloro por dióxido de cloro, para minimizar a emissão de compostos tóxicos.

- Modernização das linhas de depuração e lavagem de polpa, como as mesas planas (ultra-wash), que reduzem aquantidade de água e permitem maior recuperação de licor preto.

- Stripping dos condensados contaminados com vapor (reduz mais de 90% de enxofre e remove metanol).

- Prevenção e contenção de perdas acidentais.

b) Processo sulfito

- Recuperação de produtos químicos.

- Cozimento prolongado.

- Neutralização do licor sulfítico antes da evaporação.

- Tratamento dos condensados.

- Branqueamento livre de cloro.

- Redução de perdas acidentais.

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31

1.2.1.3 PASTAS DE ALTO RENDIMENTO

A Tabela 10 mostra um resumo das pastas de alto rendimento, dando algumas características do processo industrial,o rendimento e a nomenclatura universal.

TABELA 10

PASTAS DE ALTO RENDIMENTO (REF. 1)

Designação Processo

Internacional %Nacional

Pasta mecânica

Pasta mecânicapressurizada

Pasta mecânica derefinador

Pasta termomecâ-nica

Pasta mecanoquí-mica

Pasta termomeca-noquímica

Pasta termomeca-noquímica

branqueada

SGWP

PGWP

RMP

TMP

CMP

CTMP

BCTMP

95 a 97

93 a 95

94 a 95

92 a 95

91 a 93

80 a 93

78 a 91

Desfibração atmosférica com pedra, da madeira emtoras.

Desfibração pressurizada com pedra, da madeiraem toras.

Desfibração atmosférica de cavacos.

Cavacos pré-aquecidos acima de 100 ºC e trata-dos:- 1º Estágio � Refinação pressurizada acima de

100 ºC.- 2º Estágio � Refinação atmosférica.

Desfibração atmosférica com pedra, da madeira emtoras, com prévia e ligeira impregnação química.

Impregnação química, antes ou durante o pré-aque-cimento dos cavacos, acima de 100 ºC, seguida de:- 1º Estágio � Refinação pressurizada, acima de

100 ºC.- 2º Estágio � Refinação atmosférica.

CTMP branqueada por adição de peróxido de hi-drogênio e/ou ditionito.

Observação: O rendimento dos processos Kraft e Soda é de 50% de fibra em relação à matéria-prima

Rendimento

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES32

As indústrias mais modernas de pastas de alto rendimento geram de 25 a 40 m3 de despejos por tonelada de polpaproduzida. Duas unidades estabelecidas no Paraná (TMP e BCTMP) estão produzindo em torno de 25 m3 de despejospor tonelada de papel produzido, já que toda a polpa é usada na fabricação de papel de impressão. A carga de DBObruta da unidade de TMP é da ordem de 21 KgDBO

5/ton de papel, enquanto de sólidos suspensos é de aproximada-

mente 30 Kg/ton. A tabela 11 mostra um resumo das características dos efluentes dos principais processos deprodução de pastas de alto rendimento.

TABELA 11

CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES DE PASTAS DE ALTO RENDIMENTO (PAR) (REF. 1 E 2)

MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO

- Fechamento do sistema de águas (reutilização de águas brancas da fabricação de papel após remoção defibras e finos).

- Redução da descarga de rejeitos.

- Controle de perdas acidentais (capacidade de estocagem de água branca e polpa produzida).

1.2.1.4 DESTINTAMENTO

Em muitas instalações em que se usam aparas é comum a remoção do negro do carbono, partículas de tinta, amidos esujeiras diversas. Esta operação é feita por lavagem ou flotação.

A Tabela 12 apresenta um resumo das principais características do processo de destintamento.

TABELA 12

CONSUMO DE ÁGUA, DBO E DQO NO PROCESSO DE DESTINTAMENTO (REF. 5)

PGWPCaracterística Unid. SGWP TMP CTMP BCTMP

pH

DBO7

DQO

S. S.

Temperatura

Kg/tcsa

Kg/tcsa

Kg/tcsa

ºC

6.5-7

12-15

25-30

10-15

60

6.5-7

15-17

30-35

12-17

75

6.0-6.5

20-25

40-45

15-20

80

6-6.5

20-30

45-55

7-10

80

7-8

45-65

90-130

10-15

80-90

Processo DBO7

Kg/t

DQO

Kg/t

Consumo de

água fresca m3/t

Flotação 10 40 140

Lavagem 90 50 190

Vazão � 25-40 m3/t produzida

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33

MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO

- Redução do consumo de água fresca.

- Melhorias no sistema de manuseio de rejeitos e lodo.

- Prevenção de perdas acidentais e sistema de coleta de derrames.

1.2.1.5 FABRICAÇÃO DE PAPEL

Os despejos líquidos da fabricação de papel originam-se principalmente na máquina de papel, refinadores, caixas deregulagem de consistência e mistura de massa nas peneiras depuradoras. As cargas poluidoras dependem fundamen-talmente do tipo de papel fabricado e da prática ou não da recirculação da água branca.

A vazão dos despejos é extremamente variável e isto é mais acentuado em países como o Brasil, em que existem muitasempresas que estão operando com máquinas de papel usadas e adquiridas de fabricantes maiores. O uso de aparaspode minimizar o consumo de água e geração de efluentes.

Papéis especiais como higiênico e para cigarros requerem mais água do que papéis mais grosseiros para embalagens.

O maior problema de poluição hídrica na fabricação de papel está associado ao lançamento de sólidos suspensos quepassam pela tela da máquina. A maior parte destes sólidos é constituída por fibras que representam cerca de 5% dototal de fibras para papéis pesados.

Portanto, sem recuperação, uma fábrica que produz 200 ton/dia de papel perde 10 ton/dia de material fibroso. Parapapéis finos, tal perda pode chegar a 50%.

A matéria orgânica é proveniente de duas fontes:

� Transferida da polpa ou da apara.

� Gerada no processo de fabricação do papel pela incorporação de aditivos químicos específicos (amido, cola,antiespumantes, caulim, etc.).

A DBO5 gerada no processo de fabricação varia de 3 a 8 Kg/t, sendo de 4 Kg/t o valor mais comum para sistemas com

recuperação de água e fibras.

Para as fábricas que trabalham com aparas de melhor qualidade, as características dos efluentes líquidos são, pratica-mente, as mesmas daquelas produzidas pelas polpas de fabricação própria ou compradas.

Quando se utilizam aparas de qualidade inferior, as mesmas são beneficiadas nas centrais de aparas em que osmateriais sólidos diferentes de papel são separados e as águas de lavagem dos hidrapulpers são recirculadas naprópria unidade. No caso de fabricação de papéis claros há o processo de destintamento, que utiliza água e gerapoluição conforme descrito no item anterior e na tabela 12.

Dependendo da tecnologia usada para a recuperação de fibras e fechamento do circuito da água branca e ainda daqualidade das aparas, não haverá significativa variação de carga poluidora em relação à fabricação de papel a partirde polpas puras.

Não têm sido citadas preocupações com respeito a metais pesados a partir de papéis coloridos, pois muitas vezes acor é originária de anilinas e outros compostos orgânicos (Ref. 6, 5, 10). As concentrações finais de eventuais metaisestão dentro dos padrões de lançamento normalmente adotados no Brasil.

A Tabela 13 apresenta, de forma resumida, as características de efluentes de máquina de papel para alguns tipos depapel.

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES34

TABELA 13

CARACTERÍSTICAS DE EFLUENTES DA MÁQUINA DE PAPEL (REF. 5)

MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO

� Fechamento do circuito de água branca.

� Recuperação de fibras.

� Separação de águas limpas das contaminadas.

� Bom sistema de tancagem de massa e água branca.

1.2.2 RESUMO DAS PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS E MEDIDASINTERNAS DE CONTROLE (REF. 10)

1.2.2.1 PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

� Despejos das operações de lavagem e descascamento da madeira.

� Despejos do setor de obtenção de polpa provenientes da lavagem, depuração e engrossamento e condensados dodigestor e tanque de descarga (Blow Tank).

� Despejos ácidos e alcalinos do branqueamento.

� Despejos da recuperação de produtos provenientes da caustificação e condensados dos evaporadores.

� Despejos da fabricação de papel.

1.2.2.2 MEDIDAS INTERNAS DE CONTROLE

Podem ser divididas em: Modificações de Processos; Reciclagem e Reuso de Águas; Controle de Descargas Acidentaise Derrames.

� Modificações de Processos:

Como exemplo podem ser citados: melhor lavagem da polpa em mesa plana, pré-branqueamento com oxigênio esubstituição de cloro ou hipoclorito por dióxido de cloro. O pré-branqueamento com oxigênio pode reduzir em 50%a geração de DBO

5, 70% na cor e significativa redução de organoclorados.

Tipo de Papel

Característica

CartãoDuplexJornal

Impressão/Escrita

ColagemÁcida

Impressão/Escrita

ColagemAlcalina

-2.0

4.0

-

4.5

40-43

23.0

1.010.0

4.5

9.0

7

40-43

15.0

%Kg/t

Kg/t

Kg/t

-

ºC

m3/t

Sólidossuspensos

DBO5

DQO

PH

Temperatura

Vazão específica

1.010.0

2.0

4.0

5

40-43

11.0

-10.0

6.0

-

5

43

18.0

Vazão para papéis especiais variam até 300 m3/tVazão para papéis usados variam de 0-15 m3/t

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35

� Reciclagem e Reuso de Águas

A reciclagem compreende a reutilização da água no próprio processo que a gerou, enquanto o reuso significa que amesma possa ser usada em outros processos.

O quadro 1, abaixo, resume as principais fontes de poluentes reusáveis e sua forma de uso.

� Controle de Descargas Acidentais e Derrames

O licor negro representa grande ameaça aos sistemas de tratamento, devendo ser previstas grandes capacidades dereservação. Todos os equipamentos ou mesmo áreas onde possam ocorrer derrames e vazamentos devem sercircundadas por sistema de coleta deste líquido. Essas áreas são aquelas onde se localizam os digestores, tanques dedescarga, evaporadores e caldeira de recuperação. Também é importante o monitoramento contínuo nas tubulaçõesde esgotamento para imediata detecção de derrames. Podem ser conseguidas reduções de 45% a 65% no volume deefluentes totais da indústria e de 50% a 70% na carga de DBO5.

1.2.3 REGULAMENTAÇÃO INTERNACIONAL PARA EFLUENTES LÍQUIDOS

1.2.3.1 PADRÕES RECOMENDADOS

a) Comissão de Helsinki � parâmetros adotados: (Ref. 3 e 6).

� Polpas Químicas

EFLUENTES LÍQUIDOS

Reuso de água em Indútrias Kraft (Ref. 10)

Fonte Reuso

1. Cozimento, lavagem, depuração e espessamento

� Condensados do tanque de descarga e dos trocado-res de calor do digestor, após tratamento por stripping;� Condensados dos gases de alívio do digestor, apóstratamento por stripping;

2.Branqueamento� Águas de lavagem do filtrado excessos de água doslavadores do selo hidráulico e águas de refrigeração;

3. Recuperação de produtos químicos� Condensados dos evaporadores de múltiplo efeito.

4. Máquinas de papel� Águas brancas.

5. Casa de força e água de refrigeração� Águas de refrigeração da casa de força e águas derefrigeração em geral.

� lavagem da polpa, água de chuveiros dos filtros, dis-solução do fundido, preparação da madeira;� diluição da polpa, água dos chuveiros do filtro delodo.

� diluição da polpa, águas de diluição nas torres debranqueamento.

� lavagem da polpa, lavagem dos sedimentos de licorverde, lavagem do lodo calcário, chuveiros do filtrocal, preparação da madeira e lavagem dos gases doforno de cal.

� Águas brancas.� máquina de papel, preparação de massa, prepara-ção da madeira, branqueamento.

� água de processo.

QUADRO 1

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES36

Polpa Kraft:

Para todas as fábricas, a partir de 1995 (1); novas, imediatamente (2 e 3); e existentes em 1989, a partir do ano 2000(2 e 3) - a descarga de substâncias não deverá, em média, exceder os valores, para cada fábrica:

Kraft branqueada � fibra longa: 2 Kg AOX/tcsa

Kraft branqueada � fibra curta: 1 Kg AOX/tcsa

Ou como média total para cada país: 1,4 Kg AOX/tcsa

DQO: 65 Kg/tcsa

DBO: reduzido proporcionalmente à DQO

Fósforo: Parâmetros a serem examinados em 1994

Polpa sulfito

Para todas as fábricas, a partir de 1995 (1), as substâncias não devem exceder, em média, os valores seguintes, paracada fábrica (Tabela 14):

TABELA 14

PADRÕES DE EMISSÃO PARA POLPA SULFITO (REF. 3, 6)

Para todas as fábricas a partir do ano 2000:

Para todas as fábricas processo NSSC, a partir de 1995:

Acordo de fixar nitrogênio total antes de 1993NSSC = Processo semiquímico sulfito neutro

� Fábricas de Papel (1992)

Comissão Helsinki � Proposta para fábricas de papel feita em 1992.

Para novas fábricas a partir de 1994 e para existentes a partir de 1995, as descargas de substâncias poluentes nãodevem exceder, em média, os valores seguintes para cada fábrica:

DQO

90

150

Kg/tcsa

1. Não branqueada

Branqueada

Ptot

0.08

0.1

DBO5

15

20

AOX

-

2-3

DQO

50

100

Kg/tcsa

3. Não branqueada

Branqueada

Ptot

0.05

0.08

AOX

-

1

DBO5

10

15

DQO

30

200

Kg/tcsa

2. NSSC � Água Fresca

Água Salgada

Ptot

0.05

0.15

AOX

-

-

DBO5

6

15

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37

1. Fábricas não integradas: 5 KgDQO/t papel

1 KgSS/t papel

2. Fibras secundárias: 20 KgDQO/t papel

2 KgSS/t papel

3. Papel jornal: 10 KgDQO/t papel

2 KgSS/t papel

4. Embalagem: 10 KgDQO/t papel

15 g P/t papel

5. Embalagem 5 KgDQO/t papel

(depois de 2000): 10 g P/t papel

6. Embalagem (sem madeira) 5 KgDQO/t papel

(depois de 1996): 10 g P/t papel

b) União Européia

3ª Conferência do Mar do Norte em Hague:

AOX (1995): Polpa Kraft branqueada (fibra longa): 2 Kg/tcsa

Polpa Kraft branqueada (fibra curta): 1 Kg/tcsa

Polpa sulfito branqueada: 1 Kg/tcsa

(média anual com pelo menos uma amostra por mês representativa de 24 horas)

DQO: Polpa Kraft: 35 Kg/tcsa

Polpa Sulfito: 35 � 70 Kg/tcsa

SS: Polpa Kraft: 10 � 15 Kg/tcsa

Polpa Sulfito: 10 � 15 Kg/tcsa

(média de 30 dias)

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES38

1.2.3.2 PADRÕES DE LANÇAMENTO PARA ALGUNS PAÍSES

TABELA 15

PADRÕES DE EMISSÃO POR PAÍS PARA POLPA QUÍMICA (REF. 6)

a) Alemanha

� 19ª Portaria Administrativa para Despejos (1989) - Parte A (para polpa sulfito)

Em amostras compostas de 24 horas, os limites máximos são:

DQO = 40-70 Kg/tcsa

DBO = 5-10 Kg/tcsa

AOX = 1 Kg/tcsa

FDpeixes = 2 (FD é o fator de diluição)

� 19ª Portaria Administrativa para Despejos (1992) - parte B

Para despejos de fabricação de papel e papelão, bem como para pasta mecânica, os limites máximos em amostrascompostas de 2 horas, são:

DBO5 = 25 mg/l, podendo ser admitidos até 50 mg/l para papéis reciclados quando a vazão específica for abaixo de

10 m3/t e a carga não ultrapassar 0,25 Kg DBO5/t. Não é fixada carga em Kg/t, devido à grande variação de tipos de

papel.

b) Austrália (novas fábricas de celulose branqueada fibra curta � eucalipto):

AOX: 1 Kg/tcsa

média anual

Toxicidade aguda: LC 50%, 96 h Truta �Rainbow� = 100%

LC 50%, 48 h Daphnia = 100%

c) Áustria:

AOX (1990): Polpa sulfato: 2 Kg/tcsa

Polpa sulfito: 1 Kg/tcsa

AOX (1995): Polpa sulfato: 1 Kg/tcsa

Polpa sulfito: 0,5 Kg/tcsa

Kg/tcsa

País Comentários DBO5

DQO SS

Kraft Sulfito Kraft Sulfito Kraft Sulfito

Áustria

Bélgica

França

Japão

Coréia

USA

Proposta

Valores típicos

Valores típicos

Intervalo por Prefeituras

Diária máxima

Média de 30 dias

3.0

2.5-5.0

3-14

20-20 ppm

100 ppm

5,7

3,1

3.0

30-50

30

25-60

60-100

20-120 ppm

100 ppm

50-70

>70

3.0

7-14

5-15

20-120 ppm

100 ppm

9,1

4,8

3.0

35-50

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39

d) Canadá:

TABELA 16 (REF. 6)

PADRÕES DE EMISSÃO DO CANADÁ

e) Estados Unidos:

Estado de Oregon: AOX (1992): 1,5 Kg/tcsa

Estado de Washington: AOX (1994): 1,5 Kg/tcsa

f) Noruega:

AOX (1995) Polpa Kraft: 2,0 Kg/tcsa

: valor médio em 6 meses

Polpa sulfito: 1,0 Kg/tcsa

: valor médio em 6 meses

g) Suécia:

TOCL (1990): Polpa Kraft: 1,0-2,0 Kg/tcsa

(valor médio anual)

Tecnologia compulsória:

� Alta substituição de cloro por dióxido de cloro: 50%

90%

- Fibra longa

- Fibra curta

� Branqueamento com oxigênio:

TOCL (2005): 0,5 Kg/tcsa

TOCL (após 2005): 0,1 Kg/tcsa

AOX (1995): Polpa Kraft (fibra longa): 1,0 Kg/tcsa

Polpa Kraft (fibra curta): 0,5 Kg/tcsa

AOX (2000): Polpa Kraft (fibra longa): 0,5 Kg/tcsa

Polpa Kraft (fibra curta): 0,3 Kg/tcsa

1.2.3.3 VALORES REFERENCIAIS

� Levantamento de valores referenciais de emissão feito em junho de 1997 em várias fábricas européias e da Américado Norte (Jaako Poyry � 1997)

Os valores apresentados por este levantamento, muito recente, são os padrões de emissão em uso por uma série deunidades industriais do setor de celulose e papel na Europa e na América do Norte. Como as empresas, normalmente,estão operando com emissões muito próximas ou inferiores às exigências dos órgãos de proteção ambiental, pode-seadmitir que os valores coletados representam valores referenciais de grande utilidade para o presente trabalho.

Província AOX (Kg/tcsa)

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996

Alberta Novas

Existentes

1,0

1,5

1,4

British Columbia

Ontário

Quebec

2,52,5

1,5

1,5

2,5

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES40

a) Fábricas Kraft:

TABELA 17

EMISSÕES PARA PRODUÇÃO DE POLPA (EMISSÕES PARA ÁGUA)

b) Fábricas Sulfito:

TABELA 18

EMISSÕES PARA POLPAS BRANQUEADAS E NÃO-BRANQUEADAS

(EMISSÕES PARA ÁGUA)

c) Pastas de alto rendimento (CMP, CTMP e BCTMP):

TABELA 19

EMISSÕES PARA ÁGUA DE PASTAS DE ALTO RENDIMENTO

Parâmetro Não-Branqueada Branqueada

Unidade Valor Unidade Valor

DQO

DBO5

SS

P, total

N, total

AOX

Cloratos

Kg/t

Kg/t

Kg/t

g/t

g/t

10-40

Não usado

0,4-1,4

7-70

350-400

Kg/t

Kg/t

g/t

g/t

Kg/t

Kg/t

20-40

Não usado

0,3-1,4

70

350-400

0,2-0,4

0,1-02

Parâmetro Unidade Valor

Kg/t

Kg/t

Kg/t

g/t

g/t

Kg/t

Kg/t

DQO

DBO5

SS

P, total

N, total

AOX

Cloratos

10-70

4-20

6-7

50-70

600-700

0-0,2

0,2

Parâmetro Unidade Valor

Kg/t

Kg/t

Kg/t

g/t

DQO

DBO5

SS

P, total

10-12

0,1

30

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41

d) Fábricas de papel não-integradas (não fabricam polpa):

TABELA 20

PADRÕES DE EMISSÃO PARA FÁBRICAS DE PAPEL NÃO-INTEGRADAS

(EMISSÕES PARA ÁGUA)

e) Fábricas de Processo Soda:

Os padrões de emissão do Processo Soda são os mesmos adotados para o Processo Kraft

1.2.4 REGULAMENTAÇÃO FEDERAL BRASILEIRA PARA EFLUENTES LÍQUIDOSDO SETOR CELULOSE-PAPEL

Não há regulamentação específica federal com relação ao lançamento de efluentes líquidos do setor papeleiro. AResolução n.º 20 do CONAMA, de 1986, estabelece a classificação dos recursos hídricos de acordo com seus usospreponderantes e atribui uma série de parâmetros a cada classe. No seu artigo 21 estabelece uma série de restriçõesao lançamento de efluentes de qualquer fonte poluidora, independente da classe e condições do corpo receptor.

É muito importante observar que os órgãos de controle ambiental poderão acrescentar outros parâmetros ou tornarmais restritivos os estabelecidos na Resolução n.º 20, tendo em vista as condições locais (Art. 15).

1.2.5 REGULAMENTAÇÃO ESTADUAL BRASILEIRA PARA EFLUENTES LÍQUIDOSDO SETOR CELULOSE-PAPEL

No Brasil, os estados deliberam sobre os padrões de lançamento de efluentes líquidos industriais, tendo em vista ascaracterísticas regionais e locais e os usos preponderantes ou classe do receptor.

São adotados, normalmente, os padrões fixados pelo artigo 21 da Resolução n.º 20 do CONAMA e, adicionalmente,fixam-se valores para a carga orgânica (DBO

5 e DQO mais comumente) ou para outros parâmetros, eventualmente.

A título de ilustração, citamos: no Rio Grande do Sul existe uma listagem de parâmetros, parecida com aquela do art.21 da Resolução n.º 20 CONAMA, que estabelece padrões gerais, onde que a carga orgânica e sólidos suspensos sãoexigidos em função da vazão do lançamento, sem diferenciar para tipologia industrial nem classe do corpo receptor.

No Estado de São Paulo também se trabalha com uma listagem de padrões gerais (como no CONAMA) em que oabatimento da carga orgânica (DBO

5) estabelece um padrão máximo de 60 mg/l para DBO

5 e que somente poderá ser

ultrapassado caso a eficiência do sistema de tratamento ultrapasse 80%. Estabelece ainda que os efluentes lançados,mesmo quando dentro dos padrões estabelecidos, não podem causar toxicidade aguda ou crônica aos microorganismosaquáticos do corpo receptor.

No Estado do Paraná a avaliação é feita caso a caso, levando-se em conta a melhor tecnologia viável e as caracterís-ticas dos corpos receptores, sendo admitida uma concentração máxima de 50 mg/l para DBO

5 e de 150 mg/l de DQO

para despejos do setor papeleiro. Conforme o caso, é fixado um limite para a toxicidade aguda dos organismosaquáticos, sendo adotados o Fator de Diluição 2 para peixes e Fator de Diluição 4 para Daphnias. Adotam-se ospadrões gerais do CONAMA, enquanto que aqueles por tipologia industrial são de uso interno do licenciamentoambiental.

Parâmetro Unidade Valor

Kg/t

Kg/t

Kg/t

g/t

g/t

DQO

DBO5

SS

P, total

N, total

2,5-8,5

3,0-3,2

0,8-2,8

5-10

120-150

EFLUENTES LÍQUIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES42

1.2.6 PARÂMETROS PARA EFLUENTES LÍQUIDOS RECOMENDADOS AOLICENCIAMENTO

Recomenda-se que o licenciamento seja feito em função do uso de padrões de emissão por tipo de indústria e das reaisnecessidades do corpo receptor, para resguardar as características exigidas pelos usos preponderantes do mesmo.Isto significa que embora uma indústria de celulose e papel possa oferecer padrões de emissão dentro das especificaçõesprevistas nas normas da tipologia, além disso possa ter exigências ainda mais restritivas para não descaracterizar aqualidade do corpo receptor. Esta é uma cláusula de fundamental importância e deve estar bem caracterizada nasnormas de licenciamento que a CPRH adotar.

Recomenda-se, ainda, utilizar os padrões gerais de emissão previstos no Art. 21 da Resolução CONAMA n.º 20sempre que o corpo receptor tenha condições de assimilar tais poluentes.

É de grande valia ter a vazão mínima dos corpos receptores bem como a sua classificação de acordo com a ResoluçãoCONAMA n.º 20.

A combinação das medidas internas e externas de controle da poluição oferece a alternativa mais econômica para aredução das descargas de fábricas de celulose e papel.

a) Considerações sobre o porte das indústrias de celulose e papel, conforme a produção (de acordo com proposta doInstituto Ambiental do Paraná � Ref. 4)

� Pequena = até 50 toneladas/dia

Recomenda-se exigir relatórios anuais de automonitoramento

� Média = 50-100 toneladas/dia

� Recomenda-se exigir relatórios semestrais de automonitoramento

� Recomenda-se usar medidores automáticos de vazão para indústrias de médio porte

� Grande = mais de 100 toneladas/dia

� Recomenda-se exigir relatórios trimestrais de automonitoramento, mais um anual, das indústrias de porte grande

� Recomenda-se usar medidores automáticos de vazão para indústrias de grande porte

� Recomenda-se usar amostradores automáticos de efluente para indústrias de grande porte

Observação: A produção se refere ao produto final.

b) Considerações sobre o consumo de água

� Recomenda-se a minimização do consumo específico de água, sendo negociados caso a caso os cronogramas, tendoem vista as melhores tecnologias disponíveis. Para as indústrias novas, deverá ser exigido o mínimo consumo especí-fico de água, de acordo com a melhor tecnologia disponível (Tabelas 1, 8, 9, 11, 12, 13).

c) Considerações sobre as tecnologias de produção

� Recomenda-se exigir a substituição de cloro como agente de branqueamento de celulose, preferencialmente, porprodutos isentos desse elemento químico.

� Não devem ser licenciadas indústrias de celulose cujo processo não permita a recuperação dos produtos químicos.

� As máquinas de papel devem ter sistemas de recuperação de água e fibras.

d) Exigências para os despejos de indústrias novas

� Produção de celulose, processos Kraft, soda e pasta mecânica (exceção CTMP), integradas ou não

Propõe-se como limites máximos para lançamento dos efluentes em águas (amostras compostas � 24 horas):

DBO5 � 2,5 Kg DBO5/t de celulose ou pasta mecânica, seca ao ar

DBO5 � 50 mg/l

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43

DQO � 10 Kg DQO/t de celulose ou pasta mecânica produzida, seca ao ar

AOX � 1 Kg AOX/t de celulose fibra curta branqueada produzida, seca ao ar

2 Kg AOX/t de celulose fibra longa branqueada produzida, seca ao ar

Toxicidade aguda � FD = 2 (peixes)

FD = 4 (daphnias)

� Produção de pastas de alto rendimento pelos processos CTMP e BCTMP

Propõe-se como limites máximos para lançamento dos efluentes em águas (amostras compostas � 24 horas):

DBO5 � 5 Kg DBO5/t de pasta produzida, seca ao ar

DBO5 � 50 mg/l

DQO � 10 Kg DQO/t de pasta produzida, seca ao ar

� Produção de papel e embalagem

Propõe-se como limites máximos para lançamento dos efluentes em águas (amostras compostas � 24 horas):

DBO � 1 Kg DBO5/t de papel produzido, seco ao ar

DBO � 25 mg/l (se a vazão específica for abaixo de 10 metros cúbicos por tonelada, poderá ser de 50 mg/l, com cargaespecífica menor)

DQO � 5 Kg DQO/t de papel produzido, seco ao ar

Observação: Casos especiais, como papéis altamente refinados, poderão ter seus limites ampliados.

e) Outros Critérios para o Licenciamento

� Devem ser previstos tanques e sistemas de contenção de derrames, por setor, garantindo controle por área deprodução.

� Deve-se analisar caso a caso o consumo de água e o balanço hídrico, garantindo-se o maior índice de reciclagem queo processo permita.

� As linhas de efluentes devem permitir o controle setorial (separação de linhas de efluentes).

� Condensados contaminados apresentam altas cargas de matéria orgânica e toxicidade. Devem ser tratados ereaproveitados.

� Deve ser previsto sistema de reservação de emergência (lagoa de emergência) com capacidade de 18-24 horas detempo de retenção.

� Sistemas biológicos de tratamento exigem equalização dos efluentes e devem ter entre 18-24 horas de tempo deretenção hidráulica.

� Deve ser avaliada a temperatura dos efluentes, para que seja mantida em níveis aceitáveis para os sistemas detratamento biológico.

� O lodo biológico de sistemas de tratamento de efluentes de fábricas de celulose e papel é de difícil secagem.Melhores resultados são obtidos quando são misturados aos lodos primários antes do desaguamento.

� O parâmetro cor, principalmente para as indústrias de celulose, deve ser considerado, tendo em vista a manutençãodas características do corpo receptor.

1.3 MISSÕES ATMOSFÉRICAS

1.3.1 CARACTERÍSTICAS DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICASAs emissões gasosas dos processos de produção de celulose, sob o ponto de vista de características físicas, sãoconstituídas principalmente de material particulado e de compostos reduzidos de enxofre. As caldeiras de geração devapor têm suas emanações dependentes do combustível usado.

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES44

Os compostos reduzidos são uma mistura dos gases sulfeto de hidrogênio, metil mercaptana, sulfeto de dimetila edissulfeto de dimetila e são chamados de TRS.

O Quadro 2, abaixo, apresenta um resumo das emissões por fontes (Ref. 10 e Ref. 6) (Celulose Kraft)

Fonte Emissões

Digestor Vapor de água e TRS

Depuradores e tanques de lavagem Névoas e TRS

Armazenamento de licor negro TRS

Torre de oxidação de licor negro TRS

Evaporadores de múltiplos efeitos TRS

Caldeira de recuperação Particulados, TRS, SO2, NO

2

Tanque de dissolução de fundidos Névoas e TRS

Forno de cal Particulados, TRS, SO2 e NO2

Tanque de caustificação Névoas e TRS

Caldeira para geração de energia Particulados, SO2, NO

2, CO e CH

4

A composição qualitativa dos poluentes atmosféricos pode ser resumida no Quadro 3, a seguir (Ref. 10):

Categoria Composição qualitativa

Particulados Carbonato de sódio, sulfeto de sódio, cal, óxido de sódio, carbono e cinzas

TRS Sulfeto de hidrogênio, metil mercaptana, sulfeto de dimetila, dissulfeto de dimetila,etil mercaptana, isopropil mercaptana, N-propil mercaptana, sulfeto de etila e outros

Outros gases Monóxido de carbono, dióxido de enxofre, cloro, dióxido de cloro, dióxido decarbono, álcool metílico, álcool etílico e acetona

As fontes mais importantes de geração de material particulado são:

� Caldeira de recuperação

� Forno de cal

� Tanque de dissolução de fundidos

� Caldeira de geração de vapor (principalmente usando biomassa como combustível)

QUADRO 2 - Resumo das emissões por fonte (Ref. 6 e 10)

QUADRO 3 - Composição de poluentes atmosféricos (Ref. 10)

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45

Concentração (ppm por volume)

Fonte H2S CH

3SH CH

3SCH

3CH

3SSCH

3

Digestor Batch- gases do Blow- gases de alívio

Digestor contínuo

Respiro dos filtros lavadores

Selo do tanque do filtrado

Evaporadores � tanque deágua quente

Torre de oxidação dolicor negro

Caldeira recuperação� após evaporador de con-tato direto

Tanque de dissolução

Forno de cal

Respiro do Slaker

0-1.0000-2.000

10-300

0-5

0-2

600-9.000

0-10

0-1.500

0-75

0-250

0-20

0-10.00010-5.000

500-10.000

0-5

10-50

300-3.000

0-25

0-200

0-2

0-100

0-1

100-45.000100-60.000

1.500-7.500

0-15

10-700

500-5.000

10-500

0-100

0-4

0-50

0-1

10-10.000100-60.000

500-3.000

0-3

1-150

500-6.000

2-95

2-95

0-3

0-20

0-1

As fontes mais importantes de TRS são:

� Digestor

� Tanque de descarga (blow tank) e tanque de água quente

� Evaporação de múltiplo efeito

� Coluna de destilação

� Caldeira de recuperação

� Tanque de dissolução de fundidos

� Forno de cal

A tabela 21 mostra valores típicos de concentração de gases reduzidos de enxofre para uma planta Kraft (Ref. 6).

TABELA 21

CONCENTRAÇÕES TÍPICAS DE GASES TRS PARA CELULOSE KRAFT (REF. 6)

Os fatores de emissão dos compostos reduzidos de enxofre foram estabelecidos pela EPA e são apresentados emvárias publicações (Ref. 3, 5, 6), conforme mostra a tabela 22.

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES46

TABELA 22

FATORES DE EMISSÃO DE TRS POR FONTES NO PROCESSO KRAFT (REF. 3, 5, 6)

Os gases formados pelos compostos reduzidos de enxofre são produzidos em sua maior parte no cozimento e naevaporação, sendo queimados em incinerador especial, no forno de cal, em caldeira auxiliar ou na caldeira de recupe-ração.

Valores típicos globais de TRS são apresentados na Tabela 23.

Fatores de emissão em Kg enxofre por tonelada de celulose seca ao ar

Fonte H2S CH3SH CH3SCH3 CH3SSCH3

Digestor Batch- gases do Blow- gases de alívio

Digestor contínuo

Respiro dos filtros lavadores

Selo do tanque do filtrado

Tanque de água quente doevaporador

Torre de oxidação dolicor negro

Caldeira recuperaçãoapós evaporador decontato direto

Caldeira recuperação semevaporador de contatodireto

Tanque de dissolução

Forno de cal

Respiro do Slaker

0-0,150-0,05

0-0,1

0-0,01

0-0,01

0,05-1,5

0-0,01

0-25

0-1

0-1

0-0,05

0-0,01

0-1,30-0,3

0,5-1,0

0,05-1,0

0-0,01

0,05-0,8

0-0,01

0-2

0-0,01

0-0,8

0-0,2

0-0,01

0,05-3,30,05-0,8

0,05-0,5

0,05-0,5

0-0,05

0,05-1,0

0-0,4

0-1

0-0,01

0-0,05

0-0,1

0-0,01

0,05-2,00,05-1,0

0,05-0,4

0,05-0,4

0-0,03

0,05-1,0

0-0,3

0-0,3

0-0,1

0-0,3

0-0,05

0-0,01

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47

TRS

SO2

Particulados

NOx

0,12

2,3

2,8

21,9

0,0002

0,9

2,7

27,1

TABELA 23

VALORES TÍPICOS DE TRS POR SETOR (REF. 6)

Parâmetros

Setores TRS, Kg/tcsa

Vazão, m3/tcsa

As emissões de poluentes atmosféricos derivados do enxofre são bastante inferiores nas polpas soda quando compa-radas com as polpas Kraft, principalmente nos casos em que não se usa nenhum derivado de enxofre no licor decozimento. A Tabela 24, abaixo, mostra estas diferenças.

TABELA 24

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS REPRESENTATIVAS DOS PROCESSOS KRAFT E SODA

(REF. 6)

Parâmetro Fator de Emissão, Kg/tcsa

Kraft Soda

As principais fontes de geração de material particulado são a caldeira de recuperação, forno de cal, caldeira de forçae tanque de dissolução. No processo Kraft os fatores de emissão após controle são mostrados na Tabela 25(Ref. 10, 6)

TABELA 25

FATORES DE EMISSÃO DE PARTICULADOS NO PROCESSO KRAFT APÓS CONTROLE

(REF. 6, 10)

Fonte de emissão Fator de emissão, Kg/tcsa

Caldeira de recuperação:

� Após Precipitador eletrostático

� Após evaporação venturi dos gases

Forno de cal

Tanque de dissolução

Cozimento

Evaporação

0,25-2,5

0,1-1,5

0,6-6,0

0,6-13

0,5 a 12

7 a 25

0,15 a 2,5

0,01 a 0,5

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES48

Para caldeiras de força as emissões são relacionadas aos tipos de combustíveis. Para estimar os fatores de emissão sãocomumente usados os valores médios de poder calorífico estabelecidos para os principais combustíveis pela EPAamericana.

TABELA 26

FATORES DE EMISSÃO PARA CALDEIRAS DE VAPOR SEM CONTROLE PARA DIVERSOSCOMBUSTÍVEIS (REF. 10)

a) Baseado num valor de poder calorífico médio de 25,7 MJ/Kg carvão.

b) Baseado num valor de poder calorífico médio de 41,9 GJ/m3 de óleo.

c) Baseado num valor de poder calorífico médio de 39,1 MJ/m3 de gás natural.

d) Baseado num valor de poder calorífico médio de 18,6 MJ/Kg de madeira seca ou 9,3 MJ/Kg de madeira com 50%de umidade.

Em relação à emissão de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio considera-se a Tabela 27.

Tipo de poluente Fator de Emissão em Kg/106KJ

Carvão Óleo residual (b) Gás natural (c) Resíduos debetuminoso (a) madeira (d)

0,38

0,84

0,39

0,007

0,021

Material particulado

Óxidos de enxofre, como SO2

Óxidos de nitrogênio, comoNO

2

Hidrocarbonetos, como CH4

Monóxido de carbono

0,024

0,46

0,23

-

-

0,005

-

0,16

0,17

-

1,50

0,16

0,43

0,11

0,11

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49

TABELA 27

TÍPICOS FATORES DE EMISSÃO E CONCENTRAÇÕES DE SO2 E NOX DE FONTES DE COMBUSTÃODE PROCESSOS KRAFT (REF. 5, 6)

A eficiência dos sistemas de controle de particulados nas caldeiras de vapor é função do tipo de combustível e doprocesso de controle, segundo adaptação da tabela 28, a seguir.

TABELA 28

EMISSÃO DE PARTICULADOS DE CALDEIRAS DE VAPOR

Fonte

Concentraçãoppm por volume

Fator de emissãoKg/t celulose seca ao ar

SO2

SO3

NOx

(como NO2)

SO2 SO3 NOx

(como NO2)

0-1.200

0-1.500

0-200

0-100

Caldeira de recuperação:� Sem comb. auxiliar

� Com comb. auxiliar

Forno de cal

Tanque de dissolução

Caldeira de força

0-100

0-150

10-70

50-400

100-260

161-232

0-40

0-50

0-1,4

0-0,2

0-4

0-6

(b) Kg/t de óleo

0,7-5

1,2-10

10-25

5-10(b)

N.º de

caldeiras

% de combustível porpoder calorífico

carvão óleo gás res.mad.

Eq. de

Controle

Conc. de particula

do em g/m3

entrada saída

Taxa de

emissão

Kg/h

Eficiência

do coletor

em %

ciclone

lavador c/líquido

precipitadoreletrostático

ciclone

ciclone

ciclone

ciclone

ciclone

ciclone

100

100

100

0

75

0

73

0

0

18

2

2

16

2

2

2

3

2

0

0

0

46

0

0

16

25

0

0

0

0

0

0

62

0

39

0

0

0

0

54

25

38

11

36

100

4,28

-

11,2

7,9

-

5,3

-

4,3

3,2

0,5

-

0,98

1,05

0,39

0,71

0,89

80

-

91

87

-

93

-

84

72

129

136

180

140

73

70

228

202

44

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES50

Os resíduos de madeira oferecem menor eficiência na remoção de particulados usando ciclones, conforme mostra aTabela acima.

No forno de cal o controle de particulados é, na maioria dos casos, feito por lavadores tipo Venturi. O sistema delavagem por aspersão é menos eficiente, conforme é mostrado por Springer (Ref. 6). A eficiência média para o lavadorVenturi foi de 94,8 % enquanto que o sistema de aspersão proporcionou 92,2%. O mais indicado, entretanto, é oprecipitador eletrostático que pode proporcionar uma eficiência de 99%.

A tabela 29, adiante, aponta uma listagem de poluentes que poderiam estar presentes nos combustíveis mais comunsda indústria de celulose e papel e usados nas caldeiras auxiliares de utilidades.

TABELA 29

POLUENTES TÍPICOS DA COMBINAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS (REF. 6)

Fonte Poluentes

Caldeiras de Utilidades Arsênio, cádmio, cromo, chumbo, manganês, níquel, selênio, formaldeído,

hexano, tolueno, benzeno, berílio, mercúrio, fósforo, matéria orgânicapolicíclica.

Observação: No caso específico de fábricas de papel não-integradas as emissões atmosféricas são provenientesbasicamente das caldeiras de vapor/força, para as quais são aplicáveis os fatores de emissão apresentados nas tabelas26, 27 e 28.

1.3.2 MEDIDAS DE CONTROLE DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

As medidas principais de controle por poluente são:

� Compostos Reduzidos de Enxofre

Para minimizar seus efeito, os gases odoríferos contendo TRS deverão ser coletados e tratados em condensadores e osgases não-condensáveis queimados em incinerador específico ou no forno de cal. Nas fontes mais importantes, ou seja,caldeira de recuperação e forno de cal, deve haver monitoramento contínuo com registrador gráfico para medir asconcentrações e acionar sistemas de alarme no caso de locais muito sensíveis. A adoção destas medidas aliadas àadequada operação e manutenção dos equipamentos, permitirá atingir eficiências de remoção em torno de 95%.

� Material Particulado

As principais fontes de emissão de particulados são a caldeira de recuperação, o forno de cal, a caldeira de geração devapor e o tanque de dissolução.

A tecnologia de controle mais recomendada é o precipitador eletrostático com vários campos (pelo menos 3),possibilitando eficiências de remoção da ordem de 99,5% e bastante usada nas caldeiras de recuperação, forno de cale caldeira de geração de vapor.

Ciclones e lavadores Venturi também são usados, podendo chegar a eficiências acima de 90%.

� Controle de Dióxido de Enxofre

Pode ser gerado nas caldeiras de geração de vapor (no caso de óleo ou carvão), na caldeira de recuperação e nasdemais fontes de uso de combustíveis que contenham enxofre.

Recomenda-se substituir o óleo de alto teor de enxofre pelo de baixo teor, por biomassa ou por gás natural.

As seguintes medidas operacionais e complementares de controle das emissões atmosféricas são recomendadas:

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51

� Caldeiras de Recuperação

- Deverá operar próxima da sua capacidade operacional.

- O sistema de distribuição de ar deverá ter válvulas ou registros para sua regulagem.

- Deverá dispor de visores da câmara de combustão.

- A caldeira deverá possuir instrumentação básica para registrar quantidade, pressão e temperatura do ar, concentra-ção de TRS, CO e CO

2.

- A caldeira deverá ter altura suficiente para permitir boa dispersão.

� Forno de Cal e Caustificação

- Não usar água contaminada com sulfetos orgânicos na caustificação.

- A lama deve estar bem lavada.

- Devem ser monitorados: consumo de óleo, oxigênio residual, temperatura na câmara de combustão e nos gases desaída.

� Combustíveis

Para as caldeiras de vapor procurar utilizar combustíveis com menor impacto sobre a saúde e o meio ambiente. Apreferência deve ser pelo gás natural (tabela 26). As biomassas produzem muito material particulado e cinzas,enquanto o óleo combustível e o carvão mineral são grandes geradores de dióxido de enxofre. O carvão tambémproduz muita cinza. O gás natural é a melhor indicação em qualquer situação, enquanto que as biomassas são maisindicadas para ambientes afastados de aglomerados humanos.

1.3.3 REGULAMENTAÇÕES INTERNACIONAIS PARA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

1.3.3.1 PADRÕES DE LANÇAMENTO PARA ALGUNS PAÍSES

a) EUA

Os padrões americanos, constantes no Federal Register (vol. 43, n.º 37, part 60, February, 1978), têm sido aplicadose usados em muitos países, inclusive no Brasil, onde foram e estão sendo usados como referência em todos os grandesempreendimentos do setor papeleiro. É interessante observar que, enquanto no controle de efluentes hídricos houvee tem havido um enorme avanço no sentido de minimizar as cargas orgânicas, notadamente as tóxicas, no controle dasemanações gasosas o aumento de restrições tem sido bem menor.

Na Tabela 30, a seguir, é apresentada, de forma resumida, a Norma Americana para novas fontes (NSPS) de 1978, parao processo Kraft.

O Clean Air ACT (USA) de 1990 (Ref. 6) estabeleceu que nos 6 anos seguintes deveria haver um abatimento depoluentes atmosféricos convencionais de 15% e de 3% para cada ano seguinte. A aplicação desta legislação foidependente das regiões, dando-se mais tempo para aquelas com maiores problemas ambientais. O setor de celulosee papel foi afetado ainda por se enquadrar naquelas categorias com possíveis lançamentos de produtos tóxicos,principalmente oriundos de caldeiras de força que usam diferentes fontes de combustíveis.

Um aspecto interessante a analisar é como se proceder com unidades de celulose e papel já existentes com relação àsexigências novas em padrões de emissão. Pode ser citado o caso das experiências em relação aos compostos TRS nasfábricas de celulose Kraft nos Estados Unidos (Ref. 6) e mostrado na Tabela 31, adiante. O objetivo é minimizar aemanação dos gases odoríferos.

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES52

TABELA 30

NSPS PARA NOVAS FONTES DE CELULOSE KRAFT (REF. 6, 10, 3)

Fonte Poluente Nível de emissão Monitoramentorequerido

Particulados

Opacidade

TRS� recuperação

direta

� recuperaçãoindireta

Particulados

TRS

Particulados

TRS

TRS

100 mg/Nm3, base seca, corrigido para 8% de O2

35%

5 ppm por volume em base seca, corrigido para 8%de O

2 (média de 12 horas consecutivas)

25 ppm por volume em base seca, corrigido para8% de O

2 (média de 12 horas consecutivas)

0,1 g/Kg de sólido seco do licor negro queimado nacaldeira de recuperação

0.0084 g/Kg de sólido seco no licor preto queimadona caldeira de recuperação (média de 12 horas

consecutivas)

300 mg/Nm3 base seca, corrigido para 10% de O2,

usando óleo combustível150 mg/Nm3 base seca, corrigido para 8% de O

2,usando gás

8 ppm por volume em base seca, corrigido para 8%de O

2 (média de 12 horas consecutivas)

5 ppm por volume corrigido para 10 % de O2

(média de 12 horas consecutivas)

Não requerido

contínuo

Contínuo

Contínuo

Não requerido

Não requerido

Não requerido

Contínuo

Contínuo(na unidade de

queima)

Caldeirade

recuperação

Tanque dedissolução

Fornode cal

Digestor,lavagem,

evaporadores,oxidação do

licor ousistemas deseparação

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53

Fonte Unidade nova Unidade nova

Caldeira de recuperação, ppm (em volume)� Projeto� Projeto novo� Recuperação indireta

Digestor, ppm (em volume)

Evaporadores múltiplo efeito, ppm (em volume)

Forno de cal, ppm (em volume)

Lavagem massa escura, ppm (em volume)

Oxidação licor negro, ppm (em volume)

Separação dos condensados, ppm (em volume

Tanque de dissolução, mg/Kg de sólidos do licor

5a

5a

25a

5

5

8

5

5

5

8,4

20a

5a

25a

5

5

20b

Sem controle

Sem controle

5

8,4

TABELA 31

LIMITES REGULAMENTADOS PARA PROCESSO KRAFT EM

TERMOS DE TRS PARA INDÚSTRIAS NOVAS E JÁ EXISTENTES (USA)

a � a ser alcançado em 99% de 12 horas contínuas de amostragem b � a ser alcançado em 98% dos períodos de 12 horas contínuas de amostragem

A Associação Nacional de Fabricantes de Papel e Celulose (Ref. 3) compilou os padrões de emissão atmosférica dealguns países, apresentados, a seguir, nas Tabelas 32, 33, 34 e 35.

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES54

b) Austrália:

TABELA 32

PADRÕES DE EMISSÃO ATMOSFÉRICA (1990) PARA FÁBRICAS DE CELULOSE KRAFT

Particulados:

� Caldeira de recuperação (12% CO2)

� Forno de cal (10% CO2)

� Caldeira auxiliar (12% CO2)

Névoas ácidas e SO3

200

Compostos reduzidos de enxofre � TRS (como H2S)

� Caldeira de recuperação (8% de O2)

� Forno de cal (10% de O2)

Ácido clorídrico

Cloro e compostos clorados (exceto HCl)

Óxidos de nitrogênio, como NO2 (7% O

2)

Opacidade

� Caldeira de recuperação

� Outras caldeiras

� Forno de cal

� Outros calcinadores

150

150

225

200

5

10

400

200

500

% obscurecimento

35

20

10

20

Poluente/Fonte Padrão, mg/Nm3

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55

c) Canadá:

TABELA 33

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA NOVAS FÁBRICAS DE CELULOSE KRAFT (REF. 3)

d) Portugal:

TABELA 34

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA FÁBRICAS DE CELULOSE (REF. 3)

Província de British Columbia

Fonte Poluente Unidade Valor

Caldeira de

recuperação

Forno de cal

Branqueamento

Caldeira de biomassa

Particulados

TRS

SO2

Particulados

TRS

Cl2 + ClO

2

Particulados

Kg/tcsa

Kg/tcsa

ppm

Kg/tcsa

Kg/tcsa

ppm

mg/Nm3 (12% CO2)

2,3

0,0073

200

0,68

0,18

0,1

230

mg/Nm3

Fonte Particulados H2S SO2

Kraft Sulfito Kraft Kraft Sulfito

150 150 10 500

50

1700 1700

Caldeira derecuperação

Forno de cal

Caldeira auxiliar

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES56

e) Suécia:

TABELA 35

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA FÁBRICAS DE CELULOSE � VALORES DE REFERÊNCIA (REF. 3)

a Pode ser excedido em 10% do tempo de operação em cada mês.b Pode ser excedido em 5% do tempo de operação de cada mês.c Vigente em 1995.

1.3.3.2 VALORES REFERENCIAIS

� Levantamento de valores referenciais de emissão feito em junho de 1997 em várias fábricas européias e da Américado Norte (Jaako Poyry � 1997)

A informação mais recente sobre padrões de emissão do setor celulose e papel foi conseguido da Firma ConsultoraJaako Pöyry, em junho de 1997, e engloba o levantamento de indústrias da Europa e da América do Norte. Os valoressão apresentados nas Tabelas adiante (36, 37, 38 e 39) e representam o estado da arte em nível de emissões.

Fontes Particulados

mg/Nm3

H2S

mg/Nm3

SO2 Kg/t

csaCl

2/ClO

2

KgCL2/t

csa

Forno de cal:

� Antigo (média de 12 meses

� Novo (média mensal)

Caldeira de recuperação

� Antiga (Kraft)

� Nova (Kraft)

� Antiga (Sulfito)

Caldeira auxiliar

� Biomassa (10% CO2)

Branqueamento

Fábrica total:

� Kraft

� Sulfito

250 50a

150

250 10a

150 10b

50

500 (menos

que 30 Kg/h)

0,2-0,3

3c

5c

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57

a) Celulose Kraft:

TABELA 36

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA UNIDADES KRAFT

b) Celulose sulfito:

TABELA 37

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA PROCESSO SULFITO

Enxofre(como S)

NOx

(como NO2)

Materialparticulado

total

Kg/t

Kg/t

mg/Nm3

(em arseco)

3-5

1,7-2,5

50 200

Poluente Unidade Total do Sistema de Caldeira de Óleo comoprocesso recuperação casca combustível

Enxofre(como S)

NOx

(como NO2)

NOx

(como NO2)

Materialparticulado

total

Kg/t

Kg/t

mg/MJ

mg/Nm3

(gás seco)

0,5-1,5

1,2-2,0 0,6-1,8

50-90

100-250

0,3

140-200

150-250

0,5

80-100

100-500

1,0

150-250

1,5g/Kg de óleo

Poluente Unidade Total do Caldeira de Forno Caldeira de Óleo comoprocesso recuperação de cal casca combustível

1,5g/Kg de óleo

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES58

c) Polpas de alto rendimento (CMP, CTMP e BCTMP):

TABELA 38

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA PASTAS DE ALTO RENDIMENTO

d) Fábricas de papel não-integradas

TABELA 39

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA FÁBRICA DE PAPEL

Poluente Unidade Total do processo Carvão Óleo

1.3.4 REGULAMENTAÇÕES EM NÍVEL FEDERAL PARA EMISSÕES ATMOSFÉRICASDO SETOR PAPELEIRO

Não existe nenhuma regulamentação federal específica para as indústrias de celulose e papel. Duas Resoluções doCONAMA estão relacionadas com o setor e são as seguintes:

� Resolução n.º 3/80, de 22/06/90, publicada em 22/08/90:

Estabelece padrões de qualidade do ar e os níveis de concentração para a elaboração de planos de emergência paraepisódios críticos de poluição do ar.

Poluente Unidade Total do Caldeira de Carvão Óleo comoprocesso casca como combustível

combustível

Enxofre(como S)

NOx

(como NO2)

Materialparticulado

total

-

-

mg/Nm3

(em ar seco)

-

-

-

-

500

-

-

35

-

-

1,5 g/Kgde óleo

NOx (como NO

2)

Materialparticulado total

Kg/t

mg/Nm3

(base seco)

0,5

- 1 g/Kgde óleo

35

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59

� Resolução n.º 8/90, de 06/12/90, publicada em 28/12/90:

Estabelece, em nível nacional, limites máximos de emissão de poluentes no ar para processos de combustão externaem novas fontes estacionárias de poluição, segundo suas capacidades nominais.

A Resolução n.º 8/90 pode afetar os limites de emissão de fontes dentro da indústria de celulose e papel, caso as áreascircunvizinhas tenham sido devidamente classificadas.

1.3.5 REGULAMENTAÇÃO EM NÍVEL ESTADUAL PARA EMISSÕES ATMOSFÉRI-CAS DO SETOR PAPELEIRO

Os Estados têm procurado exigir o controle das fontes de poluição, com base na aplicação de melhor tecnologiaprática disponível.

O Estado de São Paulo estabeleceu padrões de emissão das indústrias de celulose e papel baseado nos padrõesamericanos de 1978, adotando em alguns casos valores mais restritivos que refletem o avanço tecnológico dosprocessos produtivos e de controle praticados em nível internacional (para processo Kraft).

Os padrões de emissão são os seguintes (Ref. 10):

� Compostos reduzidos de enxofre

- Caldeira de recuperação: 5 ppm por volume em base seca, corrigido para 8% de O2 (média de 12 horas consecuti-

vas)

- Tanques de dissolução de fundidos: 0,0084 g/Kg de sólido seco contido no licor negro queimado na caldeira (médiade 12 horas consecutivas)

- Forno de cal: 8 ppm por volume em base seca, corrigido para 10% de O2 (média de 12 horas consecutivas)

Observação: Os gases com TRS dos digestores, evaporação, tratamento de condensado contaminado, lavagens depolpa e oxidação de licor negro devem ser coletados e queimados em forno de cal ou incinerador próprio.

� Material particulado

- Caldeira de recuperação: 80 mg/Nm3 base seca, corrigido para 8% de O2.

- Tanques de dissolução: 0,1 g/Kg de sólido seco contido no licor negro processado nas caldeiras de recuperação.

- Forno de cal: 143 mg/Nm3 base seca, corrigido para 10% de O2, utilizando óleo combustível.

1.3.6 VALORES REFERENCIAIS BRASILEIROS

A Associação Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose (Ref. 3) fez um levantamento de valores referenciais deemissão para vários projetos de indústrias de celulose e papel no Brasil, novas e ampliações, e resumiu os mesmos natabela 40, a seguir. A publicação não fornece o nome das indústrias nem a sua localização. É uma informação importan-te que demonstra a diversidade de valores ainda adotados.

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES60

Fontes Material particulado Dióxido de enxofre TRS

Caldeira derecuperação

Fornos de cal

Tanque dedissolução de

fundidos

Caldeira debiomassa

125 mg/Nm3, (8% O2)

107 mg/Nm3, base seca, 8% O2

100 mg/Nm3, (8% O2)

80 mg/Nm3, base seca, (8% O2)

150 mg/Nm3, (10% O2)

143 mg/Nm3, base seca,(10% O2)

100 mg/Nm3, (10% O2)

0,1 g/Kg de sólidos secos do licornegro

200 mg/Nm3, (10% O2)

100 mg/Nm3, (10% O2)

200 mg/Nm3

100 mg/Nm3*

100 mg/Nm3**

200 mg/Nm3, (8% O2) 5,0 ppm,

(8% O2)

3,0 ppm, base seca(8% O

2)

2,0 ppm, base seca(8% O

2)

1,5 ppm, base seca(8% O

2)a

1,0 ppm, base seca(8% O

2)b

8,0 ppm, base seca(10% O

2)

3,0 ppm, base seca(10% O

2)b

0,0084 g/Kg de sólidossecos do licor negro

TABELA 40

VALORES REFERENCIAIS DE EMISSÃO NO BRASIL (REF. 3)

a = ano 1994b = ano 1995

Nota: Os valores não guardam correspondência nas linhas.

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61

1.3.7 PARÂMETROS PARA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS RECOMENDADOS AOLICENCIAMENTO

Recomenda-se que o licenciamento a ser executado pela CPRH utilize padrões de emissão específicos para a tipologiacelulose e papel, resguardada a qualidade do ar ambiental dentro dos padrões de qualidade prevista na legislaçãofederal (Resolução CONAMA).

O padrão de emissão é importante por refletir o nível de tecnologia de processos de produção e de controle final,fazendo com que haja homogeneidade nas exigências mínimas de um setor industrial. O padrão de emissão devegarantir uma qualidade de ar adequada para a maioria das situações, podendo, entretanto, não ser suficiente para oscasos de grande proximidade de aglomerados humanos, ainda mais em condições meteorológicas adversas. Ospadrões de emissão também devem ser dinâmicos, de tal forma que possam incorporar avanços tecnológicos e novosconhecimentos sobre os efeitos dos poluentes sobre a saúde ou sobre os recursos ambientais.

No Brasil foram implantadas, nos últimos anos, fábricas novas e ampliadas várias existentes com tecnologias atualiza-das nos processos produtivos e também nos processos de controle ambiental. Tanto é que a primeira empresa dosetor de celulose no mundo a obter a certificação da ISO 14000 foi a Bahia Sul (Ref. 12). As exigências no controleambiental das empresas mais modernas no Brasil estão muito próximas daquelas utilizadas em outras partes domundo, conforme já ficou evidenciado no material bibliográfico levantado e apresentado no presente documento.Como o setor papeleiro é muito dinâmico e depende da exportação, é impelido a acompanhar a evolução tecnológicapara manter-se competitivo. Obter a certificação da ISO 9000 e também da ISO 14000 é uma questão de sobrevivên-cia para as empresas de certo porte. Baseado nestes fatos é que a exigência de um bom desempenho ambiental nãodeve mais ser encarado como um fator de inibição ao desenvolvimento e modernização das empresas mas como umaforma de acelerar a sua competitividade.

Aqui são considerados 3 grupos de fábricas representativas do setor de celulose e papel:

Grupo I: Celulose Kraft, Sulfito e Soda.

Grupo II: Pastas de Alto Rendimento.

Grupo III: Fábricas de Papel sem produção de polpa.

a) Considerações sobre o porte das indústrias conforme a produção

(de acordo com proposta do Instituto Ambiental do Paraná, Ref. 4):

Pequena: até 50 toneladas por dia.

Média: de 50 a 100 toneladas por dia.

Grande: mais de 100 toneladas por dia.

Observação: A produção se refere ao produto final

Recomendações sobre monitoramento de acordo com o porte e o grupo:

� Relatórios de Automonitoramento:

- Recomenda-se exigir relatórios semestrais para as empresas de médio e grande portes pertencentes ao Grupo I.

- Recomenda-se exigir relatórios anuais para as empresas de todos os portes pertencentes aos Grupos II e III e depequeno porte do Grupo I.

- Os relatórios de automonitoramento do Grupo I devem conter a avaliação dos seguintes parâmetros:

◊ Compostos Reduzidos de Enxofre e Particulados dos processos de polpação (digestor e outros) e de recuperaçãoquímica (caldeira e forno de cal).

◊ Particulados das caldeiras auxiliares que queimam biomassa e, adicionalmente, dióxido de enxofre, no caso dequeimar carvão ou óleo combustível.

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES62

- O monitoramento deverá ser contínuo para TRS na caldeira de recuperação e no forno de cal para as unidades doGrupo I de porte grande. Deverá ter registro gráfico de TRS e da porcentagem de oxigênio por volume.

- Os relatórios de automonitoramento dos Grupos II e III devem conter a avaliação de particulados das caldeiras devapor/força quando o combustível for biomassa, e, adicionalmente, dióxido de enxofre no caso do combustível sercarvão ou óleo.

- No caso das pastas CTMP e BCTMP (químicas) que tiverem processos de concentração e queima do licor decozimento haverá também necessidade de monitoramento de TRS e particulados. Nas unidades de grande porte estemonitoramento deverá ser contínuo para TRS.

b) Considerações sobre as tecnologias de produção:

� Recomenda-se não licenciar indústrias de celulose, Grupo I, cujo processo não permita a recuperação de produtosquímicos.

� Nas regiões em que houver a possibilidade de utilizar gás natural como combustível para as caldeiras auxiliaressugere-se que o licenciamento ambiental apoie fortemente o uso de tal combustível, pelas grandes vantagens de ordemambiental que oferece. Para as áreas urbanizadas deveria ser uma exigência.

� Recomendar instalação de caldeiras de recuperação do tipo �Odor-Less�, que não permitam o contato dos gases decombustão diretamente com a lixívia negra, reduzindo, com isto, consideravelmente, a emanação de TRS. Este tipo decaldeira evita a necessidade de oxidar o licor negro.

� Favorecer e recomendar o uso de combustíveis sem ou com o menor teor de enxofre, como as biomassas e óleo combaixo teor de enxofre.

c) Padrões de emissão para indústrias novas:

Grupo I: Celulose Kraft

Recomenda-se, ainda, utilizar os principais padrões estabelecidos pela legislação americana (Federal Register, vol. 43,n.º 37, 1978), com algumas modificações em face dos licenciamentos feitos no Brasil na década de 90.

Emissão de compostos reduzidos de enxofre:

� Caldeira de recuperação:

- �Emissão de TRS não superior a 5 ppm por volume, em base seca, corrigido a 8% de O2�

- �Exigência de sistema de monitoramento contínuo com registrador gráfico para monitorar e gravar a concentraçãodas emissões de TRS e a porcentagem de oxigênio por volume�.

� Tanque de dissolução de fundidos (licor verde):

- �Emissão de TRS não superior a 0,0084 g/Kg de sólido seco contido na lixívia negra processada na caldeira derecuperação�.

� Forno de cal:

- �Emissão de TRS não superior a 5 ppm por volume, em base seca, corrigido para 10% de O2�.

- �Exigência de sistema de monitoramento contínuo com registrador gráfico para mostrar e gravar a concentração dasemissões de TRS e a porcentagem de oxigênio por volume�.

� Outras fontes como: digestor, evaporadores, tratamento de condensado contaminado, lavagem ou oxidação de licornegro:

- �Todos os gases com TRS das fontes acima deverão ser coletados e incinerados no forno de cal ou incineradorpróprio, obedecendo às exigências do forno de cal�.

Emissão de material particulado:

� Caldeira de recuperação:

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- n�Emissão de particulados não superior a 100 mg/Nm3 base seca, corrigida para 8% de oxigênio�.

� Tanque de dissolução:

- �Emissão de particulados não superior a 0,1 g/Kg de sólidos secos contidos na lixívia negra processada na caldeira derecuperação�.

� Forno de cal:

- �Emissão de particulados não superior a 150 mg/Nm3 de sólidos secos corrigido para 10% de oxigênio, utilizandoóleo combustível�.

� Caldeiras auxiliares (Força/vapor)

- �Emissão de particulados não superior a 150 mg/Nm3 base seca, corrigida para 10% de O2, usando biomassa como

combustível. No caso de usar óleo como combustível a emissão não pode ser superior a 1,5 g de material particuladopor Kg de óleo�.

Grupo I: Processo soda

No caso do processo soda, em que o licor de cozimento é apenas o carbonato de sódio, o mesmo torna-se livre deenxofre. Neste caso, os padrões de emissão para o processo Kraft são também aplicados, com exceção dos compos-tos reduzidos de enxofre, que se tornam insignificantes.

Grupo I: Processo sulfito

Os processos de polpação com sulfito normalmente não causam problemas de odor similares ao processo Kraft. Oprincipal poluente atmosférico é o dióxido de enxofre, além de particulados.

No processo sulfito base magnésio, o mais comum atualmente, a maior parte do SO2 é retirada no sistema de recupe-

ração e usada no próprio do licor de cozimento.

Sugere-se uma emissão total de enxofre da unidade de sulfito não superior a 5 Kg por tonelada de polpa.

Para particulados o sistema de recuperação não pode emitir mais do 50 mg/Nm3, base seca, e na caldeira de forçapermanece a mesma recomendação para o processo Kraft.

Grupo II: Pastas de alto rendimento

As pastas mecânicas de alto rendimento podem ter seus efluentes tratados na fase líquida, havendo geração depoluentes atmosféricos significativos apenas nas caldeiras de vapor/força. Estes poluentes hídricos são mais importan-tes nas pastas em que há impregnação química dos cavacos com aquecimento (CTMP e BCTMP). Para evitar umaunidade especial de branqueamento foi introduzido um outro processo, recentemente, no qual o branqueamento (comperóxido de hidrogênio) já é feito junto com a operação de impregnação com soda cáustica. Este processo é chamadode APMP, Polpação Alcalina Peróxido Mecânica, e apresenta menor consumo de energia, menor investimento decapital e minimiza a geração de efluentes.

A alternativa ao tratamento dos efluentes líquidos é concentrá-los, apesar de ter apenas de 1 a 2% de sólidos (contra10 - 15% no processo Kraft), e queimá-los posteriormente em fornos especiais ou mesmo em caldeiras de recupera-ção. Nos processos convencionais CTMP e BCTMP usa-se enxofre na forma de sulfito de sódio e soda cáustica naimpregnação, de tal forma que a concentração e a incineração da lixívia produzem gases de enxofre, principalmente odióxido, que precisa ser lavado antes do lançamento para a atmosfera. No processo APMP não é usada fonte deenxofre, diminuindo sensivelmente a geração de gases como SO

2, além de poder recuperar a soda para o processo de

impregnação.

Para os processos CTMP e BCTMP com concentração e queima do licor serão aplicados os mesmos padrões deemissão do processo Kraft. No processo APMP bastará aplicar os padrões de emissão para material particulado parao processo de queima e concentração, como foi feito para o processo Kraft.

As caldeiras de vapor/força devem obedecer os mesmo padrões de emissão de particulados previstos no processoKraft.

MISSÕES ATMOSFÉRICAS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES64

Grupo III: Fábricas de papel sem produção de polpa

As emanações gasosas aqui produzidas são provenientes das caldeiras de utilidades e se aplicam os padrões deemissão recomendados para o processo Kraft.

Observação:

Tendo em vista que os padrões de emissão aqui recomendados representem valores médios que possibilitem ao órgãode proteção ambiental condições de ser mais exigente quando a situação particular assim o exigir, sugere-se não incluirnenhum outro parâmetro como, por exemplo, óxidos de nitrogênio.

1.4 RESÍDUOS SÓLIDOS

1.4.1 PONTOS DE GERAÇÃO

Os resíduos sólidos gerados nas fábricas de celulose e papel dependem das características do processo e das técnicasde reaproveitamento empregadas. Podem variar muito de uma unidade fabril para outra, mesmo nos casos em que osprodutos finais são semelhantes.

Os principais resíduos gerados são (Ref. 6, 3, 10):

� Resíduo do manuseio de madeira;

� Cinzas da caldeira auxiliar;

� Grits do apagador de cal da caustificação;

� Dregs do clarificador da caustificação;

� Lamas da planta química;

� Rejeitos da depuração da massa;

� Refugos de cavacos nas peneiras classificatórias;

� Lodos da estação de tratamento de águas residuárias;

� Lodos da estação de tratamento de água potável;

� Diversos (varreduras, restaurante, escritório, etc.).

1.4.2 CARACTERÍSTICAS E QUANTIDADES GERADAS

De modo geral esses resíduos não são classificados como perigosos, sendo enquadrados como classe II de acordo coma Norma ABNT (NBR 10.004). Num levantamento recente feito nas Indústrias Klabin do Paraná, a classificaçãoresultou em resíduos de classe II, apesar da observação feita na Referência 3, de que os dregs e grits, por seu pH alto,poderiam ser enquadrados como classe I (materiais corrosivos).

Uma característica extremamente importante dos resíduos sólidos é a sua capacidade de desidratação, por ser umprocessamento quase sempre necessário e caro. Os lodos primários desidratam melhor do que os secundários, daí avantagem de misturá-los antes da desidratação. A maior geração de lodos é exatamente nos processo de tratamentode águas residuárias.

A Tabela 41 mostra a quantidade geral de lodos gerados em função do tipo de processo produtivo.

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65

TABELA 41

GERAÇÃO DE LODO POR CATEGORIA DE PRODUÇÃO (REF. 6)

Categoria de produção Kgsólidos

/tonprodução

Polpação química

Pasta mecânica / papel impressão e outros

Semiquímico / meio corrugado

Destintamento / papéis finos e higiênico

Fábrica não-integrada / papéis finos

Papelão reciclado

Na Tabela 42, a seguir, é apresentada uma estimativa da geração de resíduos com as respectivas áreas:

TABELA 42

TIPOS DE RESÍDUOS POR ÁREA (REF. 3)

Quando houver tratamento secundário compacto (lodos ativados) das águas residuárias, a produção de lodos secun-dários tem uma participação muito significativa, de acordo com a Tabela abaixo:

9-68

9-45

9-27

36-136

9-36

0-27

Área de origem Tipo de resíduo Carga espec., Kg/tcsa

Classificação

Manuseio de madeira

Caldeira auxiliar

Caustificação

Planta química

Estação trat. despejos

Diversos

Total

Areia

Cinzas

Dregs

Grits

Lamas

Lodo primário

Gerais

13

8

3

12

0,4

28

1,0

65,4

Classe II

Classe II

Classe II

Classe II

Classe II

Classe II

Classe II

RESÍDUOS SÓLIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES66

TABELA 43

COMPOSIÇÃO COMBINADA DE LODO NAS ETES (REF. 6)

Produção polpa / produção de papel % lodo secundário

Kraft branqueada / papel, papelão 20-40

Pasta mecânica / papel impressão 25-35

Sulfito / papel higiênico 50

Semiquímico / cartolina 60

Papel fino não-integrado 25

Papelão reciclado 100

Desta forma, podemos acrescentar mais o lodo secundário, na Tabela 42, aos tipos de resíduos por área (da ordem de40% em média).

A unidade Bahia Sul tem uma geração de resíduos sólidos da ordem de 62 Kg/ ton de celulose, o que está de acordocom as estimativas mostradas na Tabela 42 acima. Com tratamento secundário compacto (lodos ativados), a gera-ção diária seria em torno de 73 Kg/ton de celulose seca ao ar.

Para as unidades de pastas de alto rendimento não se teria os resíduos da caustificação, ou seja, 20% a menos,resultando numa geração aproximada de 50 Kg/ton de polpa seca ao ar.

No caso da PONSA, de Goiana, a geração de resíduos sólidos é da ordem de 40 Kg/ton de papel. Para a Portela aprodução é da ordem de 1224 Kg/ton de celulose, em face da alta taxa de geração do desmedulamento e da nãorecuperação da lama de cal da caustificação.

1.4.3 DISPOSIÇÃO DOS LODOS

O maior volume de resíduos sólidos provém dos lodos do tratamento de águas residuárias. O lodo primário tem sidoreutilizado no preparo da massa, nas fábricas de papel, para caixas e embalagens (Ref. 13). De um modo geral, esteslodos são desidratados e dispostos em aterros sanitários ou incinerados.

Os resíduos cinzas, lodo secundário, grits e dregs também podem ser usados como corretivos de solos (Ref. 3). ATabela 44, abaixo, apresenta as práticas mais comuns para os lodos de tratamento de águas residuárias do setor decelulose e papel (EPA, USA).

TABELA 44

DISPOSIÇÃO DE LODOS DE TRATAMENTO

Processos de disposição Ano - 1979 Ano - 1988/89

Aterro sanitário ou lagoa

Incineração para energia

Aplicação no solo

Reciclagem / reuso

Outros

86%

11%

2%

<1%

<1%

70%

21%

8%

1%

<1%

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67

No Brasil o método de disposição mais comum tem sido em aterros, muitas vezes não devidamente projetados eoperados. As unidades de celulose maiores e mais recentes têm aterros corretamente dimensionados e operados.

As fábricas de papel que utilizam aparas como matéria prima geram também resíduos como plástico, arames, metaise outros que devem ter disposição diferenciada, sendo recomendado encaminhá-los a aterros sanitários.

Os lodos de origem orgânica (primário e secundário) também podem ser incorporados ao solo. A incorporação podeser direta ou após a compostagem, processo de oxidação biológica aeróbia que transforma os lodos em matériahumidificada. O húmus é um bom condicionante de solos, aumentando a sua porosidade e permitindo uma maioraeração e atividade microbiana. A RIOCELL, de Porto Alegre, é uma empresa de celulose que transforma seusresíduos sólidos em composto e o utiliza no reflorestamento.

Cuidado especial deve ser tomado quando houver grande presença de aparas coloridas, pois podem solubilizarmetais pesados no caso do corante ser algum óxido metálico.

O resíduo sólido apresenta, assim, perspectivas de comercialização, mesmo não tendo grande rentabilidade. Oimportante é que possa minimizar ou mesmo dispensar custos de disposição final.

1.4.4 MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO

Como qualquer resíduo, o sólido deve ter sua geração minimizada dentro do processo industrial ou oferecer perspec-tivas de reaproveitamento.

Algumas medidas aplicáveis:

� No caso de fábricas de papel que usam aparas comprar e incentivar a produção de aparas de boa qualidade.

� Reutilizar todos os rejeitos de matéria prima no processo produtivo da massa ou como combustível.

� Utilizar combustíveis nas caldeiras auxiliares que gerem pouca cinza, como gás natural ou óleo combustível.

� Monitorar a geração de resíduos e segregá-los para um melhor reaproveitamento.

� Considerar o processo de compostagem para os resíduos orgânicos como forma de minimizar os custos de dispo-sição final.

� Considerar a comercialização de resíduos como uma medida fundamental, tanto do ponto de vista ambiental quantodo econômico.

� Avaliar o uso de lodos, principalmente os provenientes do tratamento primário, como matéria prima no preparo damassa para fabricação do papel.

1.4.5 RECOMENDAÇÕES PARA O LICENCIAMENTO

� Independente do tipo ou do tamanho da instalação industrial, a disposição final dos resíduos sólidos em aterrosdeverá ser feita dentro das normas da ABNT.

Gerais:

- NBR 10.004 � Resíduos sólidos � Classificação

- NBR 10.005 � Lixiviação de resíduos sólidos � Métodos de ensaio

- NBR 10.006 � Solubilização de resíduos sólidos � Métodos de ensaio

- NBR 10.007 � Amostragem de resíduos sólidos � Procedimentos

- NBR 10.703 � Degradação do solo � Terminologia

- NBR 8.418 � Apresentação de projetos de aterros industriais � Perigosos

- NBR 10.157 � Aterros de resíduos perigosos � Critérios para projeto, construção e operação

- PN 1:63.04.001 � Armazenamento de resíduos sólidos perigosos

- PN 1:63.04.002 � Armazenamento de resíduos de classe II � não inertes e III - inertes

RESÍDUOS SÓLIDOS

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES68

- PN 1:63.06.006 � Aterros de resíduos não perigosos, critérios para projeto, construção e operação

- NBR 9.690 � Mantas e polímeros para impermeabilização (PVC)

� Incentivar a minimização e reciclagem de resíduos dentro do próprio setor produtivo ou fora dele, como porexemplo:

- Rejeito da depuração e refugos de cavacos: voltar ao circuito produtivo ou queimar na caldeira auxiliar.

- Cinzas: como corretivo de solos, de pH em efluentes líquidos, como material de pavimentação ou como matériaprima nas indústrias de cimento.

- Lodos primários e secundários podem ser considerados na reciclagem para o preparo de massa na fabricação depapéis com menos qualidade.

� A caracterização do drenado dos leitos de secagem ou de outros processos de desidratação, bem como do drenadodos aterros sanitários industriais, faz parte do sistema de automonitoramento a ser enviado periodicamente ao órgãode proteção ambiental.

� A quantificação e classificação dos resíduos devem ser processadas para se obter o licenciamento, juntamente como projeto da disposição final.

� O relatório de automonitoramento deve ser encaminhado ao órgão de proteção ambiental uma vez por ano,independente do tipo e do tamanho da instalação industrial, e deve conter:

- Quantificação e classificação dos resíduos gerados;

- Descrição das etapas e geração de resíduos adicionais até o processo de disposição final;

- Monitoramento dos efeitos ambientais da disposição final, como a caracterização e o encaminhamento dos drena-dos.

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2

PARÂMETROS RECOMENDADOS ÀFISCALIZAÇÃO

2.1 PONTOS DE GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOSA carga poluidora contida nos efluentes de fábricas de celulose e papel varia de fábrica para fábrica e depende do tipode processo, qualidade da matéria prima e do produto final.

O volume d�água é captado e utilizado em diversas etapas do processo, além de ser o veículo de transporte das fibras.

As águas residuárias são de caráter orgânico e retornam aos corpos hídricos, sendo que uma pequena parte (menos de5%) é perdida por evaporação.

Os principais pontos de geração dos despejos líquidos estão descritos no quadro 4 e apontados nos fluxogramas dasfiguras 1, 2, 3, 4 e 5.

Fonte Tipo de Emissão

Pátio de matéria prima (fig. 1):(madeira, bambu, bagaço, sisal)

Obtenção da polpa (fig. 1):� Blow Tank (tanque de descarga)� Lavagem da massa� Engrossador (espessador)� Depuração� Refrigeração

Branqueamento (fig. 2):� Pré-deslignificação (cloração ou oxigenação)� Extração alcalina

Recuperação de produtos químicos (fig. 3):� Evaporadores de múltiplo efeito� Clarificador de Licor Verde� Forno de cal� Caldeira de recuperação

Fabricação de papel (Fig. 5):� Tanque de água branca filtrada (falta de capacidade)� Centricleaners

Águas de lavagem

� Condensados dos recuperadores de calor� Águas de lavagem� Águas de prensagem� Águas de diluição� Águas de refrigeração

� Águas ácidas de lavagem� Águas alcalinas de lavagem

� Condensados dos gases� Águas de lavagem de DREGS� Águas de lavagem de gases� Águas de lavagem, no caso de haver lavagem

de gás antes do precipitador eletrostático

� Água branca filtrada� Água da centrifugação

Continua

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES70

2.1.1 PONTOS CRÍTICOS

Com relação a geração de efluentes líquidos podemos considerar como críticos os seguintes pontos do processo:

� Reutilização de águas.

Como foi levantado durante a avaliação dos processos produtivos, são necessários grandes volumes de água naobtenção da celulose e papel. Práticas de recuperação de produtos e reutilização de águas podem reduzir considera-velmente o volume e a carga dos despejos gerados.

� Lavagem da polpa.

Do ponto de vista ambiental, é fundamental lavar o máximo possível a celulose antes que ela vá ao branqueamento, umavez que o efluente gerado nesta etapa não pode ser recuperado e tem que ser enviado à Estação de Tratamento deEfluentes.

� Branqueamento.

A realização do branqueamento com estágio de oxigênio, gera efluentes com menor teor de organoclorados, menorDBO e cor.

� Derrames e descargas acidentais

Uma parcela importante do potencial poluidor deve-se a derrames e vazamentos devido a falhas de equipamentos,paradas forçadas e de rotina. A minimização destes problemas é conseguida através da previsão de grande capacida-de de reservação para o licor negro e fraco, tanques de água recuperada e massa e construção de sistema de coleta delíquidos em áreas ou equipamentos sujeitos a derrames ou vazamentos.

2.2 PONTOS DE GERAÇÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICASVários são os pontos de geração de emissões atmosféricas nos processos produtivos de papel e celulose.

Fonte Tipo de Emissão

� Depuradores� Seção de prensagem da máquina de papel

Central de aparas� Equipamentos (hidrapulpers,

depuradores e engrossadores)� Paradas por problemas de manutenção

Polpas de alto rendimento� Lavagem de cavacos� Drenagem de cavacos� Polpa formada

Sistemas de refrigeração

Sistemas de disposição de resíduos sólidos� Desidratação de lodos� Aterros sanitários

� Água contendo finos� Água branca

� Águas de lavagem (água branca e água recuperada)

� Águas branca e recuperada

� Águas de lavagem� Águas com material orgânico solubilizado� Águas de lavagem

� Águas de refrigeração

� Águas de drenagem� Águas de drenagem

QUADRO 4 - Resumo da geração de efluentes líquidos

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71

O quadro 5 apresenta um resumo das emissões, esquematizadas na figura 1.

No caso de fábricas de polpas de alto rendimento e de papel não-integradas, a geração de emissões atmosféricas defontes primárias se resume àquelas provenientes das caldeiras de vapor. Material particulado é o poluente maisimportante.

2.2.1 PONTOS CRÍTICOS

Do ponto de vista da poluição do ar, o odor é o fator mais importante nas indústrias de celulose e papel. Os compostosreduzidos de enxofre (TRS) são os responsáveis por tal efeito, devendo ser coletados e queimados no forno de cal ouqueimador especial para tal fim. Os condensados também devem ser coletados e separados em coluna de destilaçãoe os gases residuais queimados no forno de cal.

Os processos de combustão, caldeiras de um modo geral, são também grandes geradores de material particulado,além de óxidos de nitrogênio e enxofre. Para minimizar estes poluentes é de fundamental importância a escolha de umcombustível limpo, como é o caso do gás natural. Carvão seria o menos recomendado. Óleo combustível com baixoteor de enxofre (BTE) seria ainda razoável em nível de geração de poluentes.

As biomassas têm sido muito usadas no Brasil, mas produzem muita cinza, que é responsável pela maior parte dasemissões atmosféricas, exigindo sistemas de controle de material particulado (precipitador eletrostático, lavagemcom água e ciclones).

2.3 PONTOS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOSOs resíduos sólidos gerados na fabricação de celulose e papel dependem das características do processo, das técnicasde reaproveitamento utilizadas, podendo variar consideravelmente de uma fábrica para outra.

De um modo geral são resíduos classe II e III e cerca de 50% são de natureza orgânica. O quadro 6 apresenta umresumo das fontes e tipos de resíduos sólidos gerados.

PONTOS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Emissão Fonte Primária Fonte Secundária

Compostosreduzidos de

enxofre

MaterialParticulado

SO2

� Digestor.� Blow Tank.� Evaporador múltiplo efeito.� Caldeira de recuperação.� Tanque de dissolução.� Forno de cal.

� Caldeira de recuperação.� Forno de cal.� Tanque de Dissolução.� Caldeira de geração de vapor.

� Caldeira de geração de vapor(óleo ou carvão como combustível).

� Secagem da celulose química.� Caldeira de recuperação.� Forno de cal.� Incinerador para queima de gases

(TRS), utilizando óleo como combustível.

� Depuradores e lavagem da polpa.� Silos de cavacos do digestor (quandopré-aquecidos com vapor secundário)� Tanques de caustificação.

� Poeiras das operações de descas-camento, picagem, armazenagem e sele-ção de combustíveis (cavacos, bagaço,bambu, etc.).

QUADRO 5 - Resumo das fontes de emissões atmosféricas (Ref. 10)

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES72

QUADRO 6 - Resumo das Fontes de Geração de Resíduos Sólidos

Fonte Resíduo

Sistemas de tratamento de águas residuárias � Lodos primários (físico-químicos)� Lodos do tratamento secundário (biológicos)

Sistemas de tratamento de água potável � Lodos primários

Caldeiras de vapor (carvão e biomassa) � Cinzas

Depuração de massa � Nós e palitos

Peneiras classificatórias � Refugos de cavacos (madeira) e outros refugos(bambu, sisal, bagaço)

Apagador de cal (Slaker) � Grits

Clarificador de licor verde � Dregs

Clarificador de licor branco � Lama de cal (quando não há forno de cal)

Central de aparas � Resíduos de plásticos, arames, pedras, etc.

Cozinha � Lixo doméstico

Pisos (varredura) � Diversos

Escritórios � Papel

Beneficiamento da madeira � Cascas, serragem

Beneficiamento de biomassas como bambu e bagaço � Medulas

2.3.1 PONTOS CRÍTICOSOs Dregs e os Grits, por sua natureza cáustica, requerem disposição especial, normalmente em aterros especiais. Mais umavez convém ressaltar a vantagem de se utilizar gás natural para evitar a formação de grandes quantidades de cinzas,dificultando a sua disposição final.

A maior parte dos resíduos sólidos de fábricas de celulose e papel é formada dos lodos provenientes dos sistemas detratamento de águas residuárias. Uma tecnologia muito recomendada para estes lodos é o processo de compostagem, quepossibilita a geração de um produto final com utilização no condicionamento de solos. Desta forma, agrega-se a um resíduoum processo que o torna um produto de valor comercial que pode apresentar retorno financeiro.

A disposição final mais utilizada tem sido em aterros sanitários, que é aceitável mas merece ser reavaliada frente àcompostagem.

2.4 PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO2.4.1 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS E AMOSTRAGEMRecomenda-se que para cada vistoria o fiscal avalie a situação ambiental global da empresa, isto é, todos os pontospossíveis de causar poluição devem ser verificados. Deve o fiscal estar munido de equipamentos de amostragem e mediçãopara comprovar possíveis irregularidades. Amostragem e medições são mais fáceis de realizar em efluentes líquidos; paraemissões atmosféricas e resíduos sólidos há mais dificuldades. Não se pode carregar rotineiramente todo o equipamentonecessário para uma amostragem de chaminé, mas pode-se levar alguns equipamentos leves para análise e amostragem dedespejos líquidos.

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73

O fiscal deve estar treinado para as amostragens e análises básicas ou poderá estar acompanhado de um amostrador,mas não pode perder a oportunidade de uma vistoria para comprovar qualquer violação em termos de lançamentosirregulares. É muito demorado e caro deslocar uma equipe especial para amostragem e análise local. Isto se justificaapenas quando se quer fazer uma avaliação mais detalhada do processo produtivo e das diversas etapas de um sistemade tratamento de efluentes líquidos, de uma amostragem de poluentes atmosféricos ou de um sistema de tratamento edisposição de resíduos sólidos.

Os equipamentos de amostragem e medição devem estar devidamente calibrados antes de sua utilização.

2.4.1.1 EFLUENTES LÍQUIDOS

Os principais equipamentos recomendados para serem levados para uma vistoria de rotina são:

� Potenciômetro portátil

� Medidor de oxigênio dissolvido

� Termômetro

� Frascos de polietileno ou vidro

� Caixa para transporte de amostras com gelo

� Reagentes químicos para preservação de amostras

� Vestimenta de proteção (óculos, luvas, botas)

� Máquina fotográfica

As amostras devem ser coletadas em pontos de alta turbulência, para garantir boa mistura, como junto a uma calhaParshal ou vertedouro.

Para sistemas de tratamento com grande tempo de retenção hidráulica (lagoas aeradas e de estabilização) basta umaamostra simples na saída para avaliar o enquadramento nos padrões de emissão. No caso de sistemas compactos(lodos ativados, filtros biológicos, processos anaeróbios) é conveniente que a amostra seja composta por várias horas(1 turno de trabalho pelo menos).

Temperatura, pH, vazão e gases dissolvidos devem ser medidos no local da amostragem, enquanto para os demaisparâmetros deve haver preservação das amostras, segundo as normas do �Standard Methods�.

A título de ilustração, é apresentada abaixo uma pequena listagem com os parâmetros mais indicados para as indústri-as de celulose e papel e os respectivos volumes de amostra (Standard Methods).

Parâmetro Volume da amostra (ml)

DBO5 100 a 500

DQO 50 a 100

pH 100

Nitrogênio total 500 a 1000

Sólidos suspensos totais 50 a 200

Sólidos decantáveis 1000

Fósforo total 50 a 100

2.4.1.2 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Nas fiscalizações de rotina há dificuldade de se coletar amostras de emanações gasosas, de tal forma que não serecomendam equipamentos especiais de amostragem. A máquina fotográfica é um equipamento de grande utilidade eserve para documentar emanações gasosas provenientes de chaminés, sistemas de transporte e processamento decombustíveis e matérias primas sólidas. No caso das emissões gasosas o automonitoramento é o melhor instrumentode monitoramento e avaliação e deve incluir todos os parâmetros previstos no licenciamento (Item 1.3.5). A suaexigência é em função do porte e do tipo de indústria, conforme especificado no Item 1.3.5.

PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES74

Para uma efetiva avaliação das emissões atmosféricas, que serve para verificar as informações obtidas noautomonitoramento, recomenda-se uma amostragem anual para os seguintes parâmetros:

� Compostos Reduzidos de Enxofre:

- Unidades: Caldeira de recuperação e forno de cal

- Local: Chaminés

- Métodos de amostragem e análise adotados oficialmente pela CPRH.

� Material Particulado

- Unidades: Caldeira de recuperação, forno de cal e caldeira de geração de vapor

- Local: Chaminés

- Métodos de amostragem e análise adotados oficialmente pela CPRH.

Para o caso de fábricas de papel não-integradas não haverá necessidade de avaliar os compostos reduzidos deenxofre, apenas as emissões da chaminé da caldeira de vapor. Os parâmetros mais importantes, em função doscombustíveis, são:

� Biomassas: material particulado

� Carvão mineral: dióxido de enxofre e particulados

� Óleo combustível: dióxido de enxofre e particulados

� Gás natural: nenhum

2.4.1.3 RESÍDUOS SÓLIDOS

A vistoria de rotina deve inspecionar todos os pontos de geração e disposição dos resíduos sólidos gerados, segundoo item 1.4.1.

No caso de haver desidratação de lodos como em leitos de secagem ou processo mecânicos (filtros, prensas, centrí-fugas) deve haver coleta e análise dos drenados, o mesmo acontecendo com os aterros sanitários.

O automonitoramento da empresa deve quantificar e qualificar os resíduos sólidos gerados por unidade de tempo. Asnormas a serem seguidas são da ABNT � NBR 10.007 (amostragem) e NBR 10.004 (classificação).

A CPRH poderá, eventualmente, proceder uma amostragem e caracterização dos resíduos para verificação dasinformações prestadas pela empresa.

2.5 POSTURA DE INVESTIGAÇÃO/ROTEIRO DE INSPEÇÃOA data da visita da fiscalização deve ser estabelecida aleatoriamente, dentro da freqüência determinada pela instituiçãoe sem aviso prévio à indústria inspecionada.

O profissional envolvido na fiscalização deve coletar todas as informações necessárias à checagem ambiental daempresa. Estas informações devem ser relatadas em formulários específicos de forma clara e objetiva. As evidênciaslevantadas devem ser comprovadas por amostras, fotos, cópias de documento etc.

2.5.1 PREPARAÇÃO DA VISTORIA

Sugere-se, antes da realização da visita de vistoria, a verificação dos seguintes pontos:

� Layout geral da empresa a ser fiscalizada com identificação das etapas do processo.

� Processo de licenciamento.

� Projeto de tratamento de todos os resíduos encaminhado ao órgão de proteção ambiental e especificação detalhadados seus pontos de lançamento final.

� Histórico ambiental da empresa (reclamações, autuações anteriores, renovação da licença de operação, etc.).

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� Preparo do equipamento de amostragem (calibragem) e fotográfico.

� Agendamento com o laboratório analítico do órgão de proteção ambiental.

� Verificação dos relatórios de automonitoramento.

� Verificar pessoa(s) de contato da empresa.

2.5.2 PASSOS NA VISTORIA

1º PASSO: REUNIÃO COM RESPONSÁVEL DA INDÚSTRIA

O primeiro passo no processo de vistoria é um contato inicial do fiscal com o responsável da empresa perante o órgãode proteção ambiental.

Este contato inicial visa buscar informações sobre a produção, consumo de combustível, diversificação de produtos,mudanças operacionais e de processo que possam ter ocorrido desde a última vistoria.

Devem ser solicitados gráficos de variação da vazão do efluente líquido bruto e tratado bem como os últimos boletinsde controle da Estação de Tratamento. A geração e sistema de tratamento de resíduos sólidos devem ter boletinsatualizados e serem analisados. Os processos de geração de poluentes atmosféricos, como caldeiras de recuperação,fornos de cal e caldeiras de vapor, devem ter registrados seus parâmetros de controle mais importantes.

Todas as informações devem ser anotadas pelo fiscal.

2º PASSO: VISITA DE CAMPO

Consta de uma detalhada averiguação das condições dentro da unidade industrial. As informações prestadas no 1º

passo são agora verificadas nos diversos pontos da indústria, detendo-se mais naqueles considerados mais importan-tes.

Amostras devem ser coletadas na saída do sistema de tratamento de efluentes, dos drenados dos sistemas de desidra-tação de lodos e aterros sanitários.

Fotografar derrames de tanques de massa escura e massa branca, cor das emissões atmosféricas, estado geral dosprocessos de disposição de resíduos sólidos e anotar por escrito quando houver características em desacordo com asituação normal.

Nas fábricas de papel é importante verificar-se como está o sistema de recuperação de fibras.

Gases malcheirosos podem ser detectados, principalmente nas etapas de lavagem de massa escura no digestor, notanque de dissolução e na caldeira de recuperação.

Verificar sempre e com cuidado as canalizações de água pluvial ou qualquer outra tubulação não ligada ao sistema detratamento de efluentes, pois podem estar poluídos com ligações de despejos industriais. Em caso de dúvida, coletaruma amostra para análise.

3º PASSO: RELATÓRIO DE VISTORIA

Todas as informações levantadas e amostras coletadas devem ser apresentadas ao responsável da empresa, quedeverá assinar o Relatório de Vistoria juntamente com o fiscal.

2.5.3 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE VISTORIA

O Relatório de Vistoria deve ser objetivo, factual e livre de considerações pessoais.

É importante que possua informações detalhadas da visita realizada, amostras coletadas e das observações feitas.

Devem incluir fotografias e declarações assinadas de pessoas envolvidas nos problemas levantados.

O principal objetivo do relatório de vistoria é conter informações factuais e relevantes, escritas de maneira clara eobjetiva, de maneira que possa ser usado como documento no caso de comprovação de uma infração.

Informações contidas no relatório conforme formulário correspondente no Manual de Fiscalização Ambiental:

POSTURA DE INVESTIGAÇÃO/ROTEIRO DE INSPEÇÃO

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INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES76

� Nome da empresa.

� Endereço.

� Contato com o órgão de meio ambiente.

� Data da fiscalização.

� Fiscal.

� Observações relevantes no processo produtivo.

� Observações no tratamento de efluentes líquidos, emissões gasosas e na disposição de resíduos sólidos.

� Verificação dos pontos de emissão de poluentes e indicação dos pontos coletados.

� Irregularidades observadas.

� Indicação das planilhas e boletins avaliados e indicação dos seus pontos principais.

� Assinatura do fiscal e do contato da empresa.

� Anexar boletins, laudos, planilhas, fotografias e documentos levantados.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CETESB. Nota Técnica sobre Fabricação de Celulose Kraft e Papel � NT 18. São Paulo. 1990.

FACELPA. Fábrica de papel e embalagens. Comunicação particular. Curitiba , maio, 1977.

FURTADO, Marcelo Rijo. ISO 14000: foi dada a largada na gestão ambiental: In: Química e Derivados. V.31, n. 343,p.04-10, out. 1996.

GALLOWAY, L. R. Overview of clean technologies on bleachd kraft pulp manufacture.. In: Tec Bahia. v. 11, n.º 3,1996.

INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Comunicação particulat, maio, 1996.

JAAKO PÖYRY ENGENHARIA. Apostila do curso de efluentes líquidos nas indústrias de celulose e papel.Curitiba: SUREHMA, 1992.

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SOMESHWAR, A. V. Impact of burning oil as fuel in kraft recovery furnaces apon SO2 emissions. In NCASI TecnicalBulletim, n.º 578, Dez, 1989.

SPRINGER, Allan S. Industrial environmental control pulp and paper industry. USA: TAPPI Press, 1981.

SUREHMA. Processo de produção de celulose e papel. Curitiba, junho 1991.

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Webb. Leslie . Environmental protection through sound water management in the pulp and paper industry.USA: Pira International, 1992.

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ANEXOS

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ANEXO 1

Informações Atuais sobreFábricas Brasileiras

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INFORMAÇÕES ATUAIS SOBRE FÁBRICAS BRASILEIRAS

1. Fonte: Saneamento Ambiental, Abril/Maio de 1995 � Francisco Alves.

A Cia. Suzano de Papel e Celulose obteve 0,005 Kg de AOX/ADt, graças às mudanças no processo de branqueamento,quando o padrão mais rigoroso do mundo, entrando em vigor em 1995, em Quebec � Canadá, é de 0,1 Kg AOX/ADt.

Para outros poluentes, alcançou:

DBO = 7,8 mg/l - 0,53 Kg/tcsa

DQO = 91 mg/l - 6,3 Kg/tcsa

SS = 12 mg/l - 0,81 Kg/tcsa

Foram tomadas medidas de reaproveitamento de águas e mudanças no sistema de branqueamento, com tratamentodos efluentes por lagoa aerada.

2. Uma unidade de TMP, instalada no Paraná, de 500 t/dia de papel imprensa tem os seguintes lançamentos, apóstratamento com lodos ativados em 2 estágios (Ref. 7):

DBO5 = 12 mg/l - 0,24 Kg/tcsa

DQO = 106 mg/l - 2,1 Kg/tcsa

SS = 8 mg/l - 0,16 Kg/tcsa

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ANEXO 2

Experiência no Brasil � Controle dePoluição Atmosférica

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EXPERIÊNCIA NO BRASIL � CONTROLE DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Foi feita uma avaliação no segundo semestre de 1991, abrangendo cerca de 44,5% de celulose química produzida noperíodo (8 indústrias) e 17,9% de novos projetos que iniciaram sua operação em 1992. Essa avaliação apresentou osseguintes resultados (Ref. 3):

- Caldeiras de recuperação: 80% possuem precipitadores eletrostáticos com eficiência de remoção de particuladosde 90 a 99,5%, enquanto as demais usam lavadores tipo Venturi com eficiência de 80%. Quanto a TRS, 40% usamcaldeiras do tipo Odorless e outras 26,7% usam sistemas de oxidação de licor negro. As emissões finais informadasapresentam os seguintes percentuais absolutos de ocorrência:

Material Particulado:

TRS:

- Tanque de dissolução de fundidos: 80% apresentam controle de particulados, dos quais 83,33% se constituemem lavadores e o restante em eliminadores de gotas. Os lavadores tiveram eficiência variando de 90 a 95%. Das 15empresas contactadas, 10 informaram suas emissões de TRS em ppm. Os resultado gerais foram:

- Fornos de cal: das 11 unidades avaliadas, 18,18% operam precipitadores eletrostáticos para controle de particuladoscom eficiências de 99 a 99,86%, enquanto as 81,82% restantes operam lavadores com eficiência de 88,1 a 98,0%.

Percentual de empresas Fator de Emissão, Kg/tcsa

50%

28,57%

21,43%

0,37-0,89

1,57-9,61

10,39-47,86

Percentual de empresas ppm

57,14%

21,43%

21,43%

0,55-5

10-17

> 17

Percentual deempresas

40%

40%

20%

TRS, em ppmr

0,16-10,7

17,3-28

> 35

Fator de emissão departiculados, Kg/t

csa

0,05-0,10

0,12-0,26

1,28-1,6

Percentual deempresas

40%

30%

20%

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Os resultados gerais foram os seguintes:

- Outras fontes de TRS: dos 9 empreendimentos apontados, 3 promovem incineração dos compostos TRS prove-nientes do cozimento, evaporação e stripping dos condensados em fornos de cal. Dois outros empreendimentospromovem a queima em incineradores específicos.

Percentual deempresas

50,56%

22,22%

22,22%

TRS, em ppmr

1-8,0

20,0-90,5

> 90,5

Fator de emissão departiculados, Kg/t

csa

0,06-0,51

1,00-1,56

1,82-2,89

Percentual deempresas

50%

40%

10%

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ANEXO 1

Informações Atuais sobre FábricasBrasileiras

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ANEXO 3

Resolução CONAMA nº 20, de 1986

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etas

visa

ndo

atin

gir g

rada

tivam

ente

os o

bjet

ivos

per

man

ente

s;

Con

sider

ando

a n

eces

sidad

e de

ref

orm

ular

a c

lass

ifica

ção

exist

ente

, par

am

elho

r di

strib

uir

os u

sos,

con

tem

plar

as

água

s sa

linas

e s

alob

ras

e m

elho

res

peci

ficar

os

parâ

met

ros e

limite

s ass

ocia

dos a

os n

ívei

s de

qual

idad

e re

quer

idos

, sem

pre

-ju

ízo

de p

oste

rior a

perf

eiço

amen

to ;

RESO

LVE

esta

bele

cer

a se

guin

te c

lass

ifica

ção

das

água

s, d

oces

, sal

obra

s e

salin

as d

o Te

rritó

rio N

acio

nal:

Art

. 1º -

São

cla

ssifi

cada

s, se

gund

o se

us u

sos p

repo

nder

ante

s, e

m n

ove

clas

-se

s, a

s águ

as d

oces

, sal

obra

s e sa

linas

do

Terr

itório

Nac

iona

l :

ÁG

UA

S D

OC

ES

1 - C

lass

e Es

peci

al -

água

s des

tinad

as:

a) a

o ab

aste

cim

ento

dom

éstic

o se

m p

révi

a ou

com

sim

ples

des

infe

cção

;

b) à

pre

serv

ação

do

equi

líbrio

nat

ural

das

com

unid

ades

aqu

átic

as.

ll - C

lass

e 1

- águ

as d

estin

adas

:

a) a

o ab

aste

cim

ento

dom

éstic

o ap

ós tr

atam

ento

sim

plifi

cado

;

b) à

pro

teçã

o da

s com

unid

ades

aqu

átic

as;

c) à

recr

eaçã

o de

con

tato

prim

ário

(nat

ação

, esq

ui a

quát

ico

e m

ergu

lho)

;

d) à

irrig

ação

de

hort

aliç

as q

ue s

ão c

onsu

mid

as c

ruas

e d

e fr

utas

que

se

dese

nvol

vam

ren

tes

ao s

olo

e qu

e se

jam

inge

ridas

cru

as s

em r

emoç

ão d

epe

lícul

a;

e) à

cria

ção

natu

ral e

/ou

inte

nsiv

a (a

quic

ultu

ra) d

e es

péci

es d

estin

adas

à a

li-m

enta

ção

hum

ana.

lll -

Cla

sse

2 - á

guas

des

tinad

as:

a) a

o ab

aste

cim

ento

dom

éstic

o, a

pós t

rata

men

to c

onve

ncio

nal;

b) à

pro

teçã

o da

s com

unid

ades

aqu

átic

as;

c) à

recr

eaçã

o de

con

tato

prim

ário

(esq

ui a

quát

ico,

nat

ação

e m

ergu

lho)

;

d) à

irrig

ação

de

hort

aliç

as e

pla

ntas

frut

ífera

s;

e) à

cria

ção

natu

ral e

/ou

inte

nsiv

a (a

quic

ultu

ra) d

e es

péci

es d

estin

adas

à a

li-m

enta

ção

hum

ana.

lV -

Cla

sse

3 - á

guas

des

tinad

as:

a) a

o ab

aste

cim

ento

dom

éstic

o, a

pós t

rata

men

to c

onve

ncio

nal;

b) à

irrig

ação

de

cultu

ras a

rbór

eas,

cer

ealíf

eras

e fo

rrag

eira

s;

c) à

des

sede

ntaç

ão d

e an

imai

s.

Page 87: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

V - C

lass

e 4

- águ

as d

estin

adas

:

a) à

nav

egaç

ão;

b) à

har

mon

ia p

aisa

gíst

ica;

c) a

os u

sos m

enos

exi

gent

es.

ÁG

UA

S SA

LIN

AS

VI -

Cla

sse

5 - á

guas

des

tinad

as:

a) à

recr

eaçã

o de

con

tato

prim

ário

;

b) à

pro

teçã

o da

s com

unid

ades

aqu

átic

as;

c) à

cria

ção

natu

ral e

/ou

inte

nsiv

a (a

quic

ultu

ra) d

e es

péci

es d

estin

adas

à a

li-m

enta

ção

hum

ana.

VII -

Cla

sse

6 - á

guas

des

tinad

as:

a) à

nav

egaç

ão c

omer

cial

;

b) à

har

mon

ia p

aisa

gíst

ica;

c) à

recr

eaçã

o de

con

tato

secu

ndár

io.

ÁG

UA

S SA

LOBR

AS

VIII

- Cla

sse

7 - á

guas

des

tinad

as:

a) à

recr

eaçã

o de

con

tato

prim

ário

;

b) à

pro

teçã

o da

s com

unid

ades

aqu

átic

as;

c) à

cria

ção

natu

ral e

/ou

inte

nsiv

a (a

quic

ultu

ra) d

e es

péci

es d

estin

adas

à a

li-m

enta

ção

hum

ana.

IX -

Cla

sse

8 - á

guas

des

tinad

as:

a) à

nav

egaç

ão c

omer

cial

;

b) à

har

mon

ia p

aisa

gíst

ica;

c) à

recr

eaçã

o de

con

tato

secu

ndár

io

Art

. 2º -

Par

a ef

eito

des

ta re

solu

ção

são

adot

adas

as s

egui

ntes

def

iniç

ões:

a) C

LASS

IFIC

ÃO

: qua

lific

ação

das

águ

as d

oces

, sal

obra

s e

salin

as c

om

base

nos

uso

s pre

pond

eran

tes (

siste

ma

de c

lass

es d

e qu

alid

ade)

;

b) E

NQ

UA

DRA

MEN

TO

: est

abel

ecim

ento

do

níve

l de

qual

idad

e (c

lass

e) a

ser

alca

nçad

o e/

ou m

antid

o em

um

segm

ento

de

corp

o d�

água

ao

long

o do

tem

-po

;

c) C

ON

DIÇ

ÃO

: qua

lific

ação

do

níve

l de

qual

idad

e ap

rese

ntad

o po

r um

seg-

men

to d

e co

rpo

d�ág

ua, n

um d

eter

min

ado

mom

ento

, em

term

os d

os u

sos

poss

ívei

s com

segu

ranç

a ad

equa

da;

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FET

IVA

ÇÃ

O D

O E

NQ

UA

DRA

MEN

TO

: con

junt

o de

med

idas

nec

essá

ri-as

par

a co

loca

r e/o

u m

ante

r a c

ondi

ção

de u

m se

gmen

to d

e co

rpo

d�ág

ua e

mco

rres

pond

ênci

a co

m a

sua

clas

se;

e) Á

GU

AS

DO

CES

: águ

as c

om sa

linid

ade

igua

l ou

infe

rior a

0,5

0 %

o;

f) Á

GU

AS

SALO

BRA

S: á

guas

com

salin

idad

e ig

ual o

u in

ferio

r a 0

,5 %

o. e

30

%o;

g) Á

GU

AS

SALI

NA

S: á

guas

com

salin

idad

e ig

ual o

u su

perio

r a 3

0 %

o.

Art

. 3º

- Par

a as

águ

as d

e C

lass

e Es

peci

al, s

ão e

stab

elec

idos

os

limite

s e/

ouco

ndiç

ões s

egui

ntes

:

CO

LIFO

RMES

: pa

ra o

uso

de

abas

teci

men

to s

em p

révi

a de

sinfe

cção

os

colif

orm

es to

tais

deve

rão

esta

r aus

ente

s em

qua

lque

r am

ostr

a.

Art

. 4º -

Par

a as

águ

as d

e cl

asse

1, s

ão e

stab

elec

idos

os l

imite

s e/o

u co

ndiç

ões

segu

inte

s:

a) m

ater

iais

flutu

ante

s, in

clus

ive

espu

mas

não

nat

urai

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

b) ó

leos

e g

raxa

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

c) su

bstâ

ncia

s que

com

uniq

uem

gos

to o

u od

or: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

d) c

oran

tes a

rtifi

ciai

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

e) su

bstâ

ncia

s que

form

em d

epós

itos o

bjet

ávei

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

f) co

lifor

rnes

: par

a o

uso

de re

crea

ção

de c

onta

to p

rimár

io d

ever

á se

r obe

de-

cido

o A

rt. 2

6 de

sta

Reso

luçã

o. A

s águ

as u

tiliz

adas

par

a a

irrig

ação

de

hort

a-liç

as o

u pl

anta

s fr

utífe

ras

que

se d

esen

volv

am r

ente

s ao

sol

o e

que

são

cons

umid

as c

ruas

, sem

rem

oção

de

casc

a ou

pel

ícul

a, n

ão d

evem

ser p

oluí

das

por e

xcre

men

tos h

uman

os, r

essa

ltand

o-se

a n

eces

sidad

e de

insp

eçõe

s san

itá

Page 88: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

rias

perió

dica

s. P

ara

os d

emai

s us

os, n

ão d

ever

á se

r ex

cedi

do u

m li

mite

de

200

colif

orm

es fe

cais

por

100

mili

tros

em

80%

ou

mai

s de

pel

o m

enos

5am

ostr

as m

ensa

is co

lhid

as e

m q

ualq

uer m

ês; n

o ca

so d

e nã

o ha

ver n

a re

gião

mei

os d

ispon

ívei

s par

a o

exam

e de

col

iform

es fe

cais,

o ín

dice

lim

ite se

rá d

e1.

000

colif

orm

es to

tais

por

100

mili

tros

em

80%

ou

mai

s de

pel

o m

enos

5am

ostr

as m

ensa

is co

lhid

as e

m q

ualq

uer m

ês;

g) D

BO5 d

ias a

20°

C a

té 3

mg/

l O2;

h) O

D, e

m q

ualq

uer a

mos

tra,

não

infe

rior a

6 m

g/l O

2;

i) Tu

rbid

ez a

té 4

0 un

idad

es n

efel

omét

rica

de tu

rbid

ez (U

NT

);

j) co

r: n

ível

de

cor n

atur

al d

o co

rpo

de á

gua

em m

g Pt

/l;

l) pH

: 6,0

a 9

,0;

m) s

ubst

ânci

as p

oten

cial

men

te p

reju

dici

ais (

teor

es m

áxim

os) :

Alu

mín

io:

0,1

mg/

l Al

Am

ônia

não

ioni

záve

l:0,

02 m

g/l N

H3.

Ars

ênio

:0,

05 m

g/l A

sBá

rio:

1,0

mg/

l Ba.

Beríl

io:

0,1

mg/

l Be

Boro

:0,

75 m

g/l B

Benz

eno

:0,

01 m

g/l

Benz

o-a-

pire

no:

0,00

001

mg/

l

Cád

mio

:0,

001

mg/

l Cd

Cia

neto

s:0,

01 m

g/l C

NC

hum

bo:

0,03

mg/

l Pb

Clo

reto

s:25

0 m

g/l C

I

Clo

ro R

esid

ual:

0,01

mg/

lCl

Cob

alto

:0,

2 m

g/l C

o

Cob

re:

0,02

mg/

l Cu

Cro

mo

Triv

alen

te:

0,5

mg/

l Cr

Cro

mo

Hex

aval

ente

:0,

05 m

g/l C

r1,

1 di

clor

oete

no :

0,00

03 m

g/l

1,2

dicl

oroe

tano

:0,

01 m

g/l

Esta

nho:

2,0

mg/

l Sn

Índi

ce d

e Fe

nóis:

0,00

1 m

g/l C

6H5 O

H

Ferr

o so

lúve

l:0,

3 m

g/l F

eFl

uore

tos:

1,4

mg/

l F

Fosf

ato

tota

l:0,

025

mg/

l P

Lítio

:2,

5 m

g/l L

iM

anga

nês:

0,1

mg/

l Mn

Mer

cúrio

:0,

0002

mg/

l Hg

Níq

uel:

0,02

5 m

g/l N

iN

itrat

o10

mg/

lN

Nitr

ito:

1,0

mg/

l N

Prat

a:0,

01m

g/lA

g

Pent

aclo

rofe

nol:

0,01

mg/

lSe

lêni

o:0,

01m

g/lS

e

Sólid

os d

issol

vido

s to

tais:

500

mg/

l

Subs

tânc

ias t

enso

-ativ

as q

ue re

agem

com

o a

zul d

e m

etile

no:

0,5

mg/

l LA

S

Sulfa

tos:

250

mg/

l SO

4

Sulfe

tos (

com

o H

2S nã

o di

ssoc

iado

):0,

002

mg/

l S

Tetr

aclo

roet

eno:

0,01

mg/

lTr

iclo

roet

eno:

0,03

mg/

l

Tetr

aclo

reto

de

carb

ono:

0,00

3 m

g/l

2, 4

, 6 tr

iclo

rofe

nol:

0,01

mg/

lU

râni

o to

tal:

0,02

mg/

l U

Vaná

dio:

0,1

mg/

l V

Zin

co:

0,18

mg/

lZn

Ald

rin:

0,01

µg/

l

Clo

rdan

o:0,

04 µ

g/l

DD

T:0,

002

µg/l

Page 89: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

de p

elo

men

os 5

am

ostr

as m

ensa

is co

lhid

as e

m q

ualq

uer m

ês;

c) C

or: a

té 7

5 m

g Pt

/l;

d) T

urbi

dez:

até

100

UN

T;

e) D

BO5 d

ias a

20°

C a

té 5

mg/

l O2;

f) O

D, e

m q

ualq

uer a

mos

tra,

não

infe

rior a

5 m

g/l O

2.

Art

. 6º

- Par

a as

águ

as d

e C

lass

e 3

são

esta

bele

cido

s os l

imite

s ou

cond

içõe

sse

guin

tes:

a) m

ater

iais

flutu

ante

s, in

clus

ive

espu

mas

não

nat

urai

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

b) ó

leos

e g

raxa

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

c) su

bstâ

ncia

s que

com

uniq

uem

gos

to o

u od

or: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

d) n

ão se

rá p

erm

itida

a p

rese

nça

de c

oran

tes a

rtifi

ciai

s que

não

seja

m re

mo-

víve

is po

r pro

cess

o de

coa

gula

ção,

sedi

men

taçã

o e

filtr

ação

con

venc

iona

is;

e) su

bstâ

ncia

s que

form

em d

epós

itos o

bjet

ávei

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

f) nú

mer

o de

col

iform

es fe

cais

até

4.00

0 po

r 100

mili

litro

s em

80%

ou

mai

sde

pel

o m

enos

5 a

mos

tras

men

sais

colh

idas

em

qua

lque

r mês

; no

caso

de

não

have

r, na

regi

ão, m

eios

disp

onív

eis p

ara

o ex

ame

de c

olifo

rmes

feca

is, o

índi

celim

ite se

rá d

e at

é 20

.000

col

iform

es to

tais

por 1

00 m

ililit

ros e

m 8

0% o

u m

ais

de p

elo

men

os 5

am

ostr

as m

ensa

is co

lhid

as e

m q

ualq

uer m

ês;

g) D

BO5 d

ias a

20°

C a

té 1

0 m

g/lO

2;

h) O

D, e

m q

ualq

uer a

mos

tra,

não

infe

rior a

4 m

g/I O

2;

i) Tu

rbid

ez: a

té 1

00 U

NT;

j) C

or: a

té 7

5 m

g Pt

/l;

l) pH

: 6,0

a 9

,0;

m) S

ubst

ânci

as p

oten

cial

men

te p

reju

dici

ais (

teor

es m

áxim

os) :

Alu

mín

io :

0,1

mg/

l Al

Ars

ênio

:0,

005

mg/

l As

Bário

:1,

0 m

g/l B

aBe

rílio

:0,

1 m

g/l B

eBo

ro:

0,75

mg/

l B

Die

ldrin

:0,

005

µg/l

Endr

in:

0,00

4 µg

/l

Endo

ssul

fan:

0,05

6 µg

/lEp

óxid

o de

Hep

tacl

oro:

0,01

µg/

l

Hep

tacl

oro:

0,01

µg/

l

Lind

ano

(gam

a.BH

C):

0,02

µg/

lM

etox

iclo

ro:

0,03

µg/

l

Dod

ecac

loro

+ N

onac

loro

:0,

001

µg/l

Bife

nila

s Pol

iclo

rada

s (PC

B�S)

:0,

001

µg/l

Toxa

feno

:0,

01 µ

g/l

Dem

eton

:0,

1 µg

/l

Gut

ion:

0,00

5 µg

/l

Mal

atio

n:0,

1 µg

/lPa

ratio

n:0,

04 µ

g/l

Car

baril

:0,

02 µ

g/l

Com

post

os o

rgan

ofos

fora

dos e

car

bam

atos

tota

is:10

,0 µ

g/l e

m P

arat

ion

2,4

- D:

4,0

µg/l

2,4,

5 - T

P:10

,0 µ

g/l

2,4,

5 - T

:2,

0 µg

/l

Art

. 5º

- Par

a as

águ

as d

e C

lass

e 2,

são

est

abel

ecid

os o

s m

esm

os li

mite

s ou

cond

içõe

s da

Cla

sse

1, à

exc

eção

dos

segu

inte

s:

a) n

ão se

rá p

erm

itida

a p

rese

nça

de c

oran

tes a

rtifi

ciai

s que

não

seja

m re

mov

í-ve

is po

r pro

cess

o de

coa

gula

ção,

sedi

men

taçã

o e

filtr

ação

con

venc

iona

is;

b) C

olifo

rmes

: par

a us

o de

recr

eaçã

o de

con

tato

prim

ário

dev

erá

ser o

bede

-ci

do o

Art

. 26

dest

a Re

solu

ção.

Par

a os

dem

ais u

sos,

não

dev

erá

ser e

xced

ido

um li

mite

de

1.00

0 co

lifor

mes

feca

is po

r 10

0 m

ililit

ros

em 8

0% o

u m

ais

depe

lo m

enos

5 a

mos

tras

men

sais

colh

idas

em

qua

lque

r m

ês; n

o ca

so d

e nã

oha

ver,

na re

gião

, mei

os d

ispon

ívei

s par

a o

exam

e de

col

iform

es fe

cais,

o ín

dice

limite

será

de

até

5.00

0 co

lifor

mes

tota

is po

r 100

mili

litro

s em

80%

ou

mai

s

Page 90: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

Benz

eno:

0,00

1 m

g/l

Benz

o-a-

pire

no:

0,00

001

mg/

lC

ádm

io:

0,01

mg/

lCd

Cia

neto

s:0,

2 m

g/lC

NC

hum

bo:

0,05

mg/

l Pb

Clo

reto

s:25

0 m

g/lC

lC

obal

to:

0,2

mg/

lCo

Cob

re:

0,5

mg/

lCu

Cro

mo

Triv

alen

te:

0,5

mg/

lCr

Cro

mo

Hex

aval

ente

:0,

05 m

g/lC

r1,

1 di

clor

oete

no:

0,00

03 m

g/l

1.2

dicl

oroe

tano

:0,

01 m

g/l

Esta

nho:

2,0

mg/

lSn

Índi

ce d

e Fe

nóis:

0,3

mg/

l C6H

5OH

Ferr

o so

lúve

l:5,

0 m

g/lF

eFl

uore

tos:

1,4

mg/

l FFo

sfat

o to

tal:

0.02

5 m

g/lP

Lítio

:2,

5 m

g/l L

iM

anga

nês:

0,5

mg/

l Mn

Mer

cúrio

:0,

002

mg/

l Hg

Níq

uel:

0,02

5 m

g/l N

iN

itrat

o:10

mg/

l NN

itrito

:1,

0 m

g/l N

Nitr

ogên

io a

mon

iaca

l:1,

0 m

g/l N

Prat

a:0,

05 m

g/l A

gPe

ntac

loro

feno

l:0,

01 m

g/l

Selê

nio:

0,01

mg/

lSe

Sólid

os d

issol

vido

s to

tais:

500

mg/

lSu

bstâ

ncia

s ten

so-a

tivas

que

reag

emco

m o

azu

l de

met

ileno

:0,

5 m

g/l L

AS

Sulfa

tos:

250

mg/

lSO

4

Sulfa

tos (

com

o H

2S n

ão d

issoc

iado

):0,

3 m

g/l S

Tetr

aclo

roet

eno:

0,01

mg/

lTr

iclo

roet

eno:

0,03

mg/

lTe

trac

lore

to d

e C

arbo

no:

0,00

3 m

g/l

2, 4

, 6 tr

iclo

rofe

nol:

0,01

mg/

lU

râni

o to

tal:

0,02

mg/

l UVa

nádi

o:0,

1 m

g/l V

Zin

co:

5,0

mg/

l Zn

Ald

rin:

0,03

µg/

lC

lord

ano:

0,3

µg/l

DD

T:1,

0 µg

/lD

ield

rin:

0,03

µg/

lEn

drin

:0,

2 µg

/lEn

doss

ulfa

n:15

0 µg

/lEp

óxid

o de

Hep

tacl

oro:

0,1

µg/l

Hep

tacl

oro:

0,1

µg/l

Lind

ano

(gam

a-BH

C):

3,0

µg/l

Met

oxic

loro

:30

,0 µ

g/l

Dod

ecac

loro

+ N

onac

loro

:0,

001

µg/l

Bife

nila

s Pol

iclo

rada

s (PC

B�S)

:0,

001

µg/l

Toxa

feno

:5,

0 µg

/lD

emet

on:

14,0

µg/

lG

utio

n:0,

005

µg/l

Mal

atio

n:10

0,0

µg/l

Para

tion:

35,0

µg/

lC

arba

ril:

70,0

µg/

lC

ompo

stos

org

anof

osfo

rado

s eca

rbam

atos

tota

is em

Par

atio

n:10

0,0

µg/l

2,4

- D:

20,0

µg/

l2,

4,5

- TP:

10,0

µg/

l2,

4,5

- T:

2,0

µg/l

Page 91: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

Art

. 7º -

Par

a as

águ

as d

e C

lass

e 4,

são

esta

bele

cido

s os l

imite

s ou

cond

içõe

sse

guin

tes:

a) m

ater

iais

flutu

ante

s, in

clus

ive

espu

mas

não

nat

urai

s: v

irtua

lmen

te a

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tes;

b) o

dor e

asp

ecto

: não

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etáv

eis;

c) ó

leos

e g

raxa

s: to

lera

m-s

e iri

dicê

ncia

s;

d) su

bstâ

ncia

s fac

ilmen

te se

dim

entá

veis

que

cont

ribua

m p

ara

o as

sore

amen

tode

can

ais d

e na

vega

ção:

virt

ualm

ente

aus

ente

s;

e) ín

dice

de

fenó

is at

é 1,

0 m

g/l C

6H5O

H ;

f) O

D su

perio

r a 2

,0 m

g/l O

2, e

m q

ualq

uer a

mos

tra;

g) p

H: 6

,0 a

9,0

.

ÁG

UA

S SA

LIN

AS

Art

. 8º -

Par

a as

águ

as d

e C

lass

e 5,

são

esta

bele

cido

s os l

imite

s ou

cond

içõe

sse

guin

tes:

a) m

ater

iais

flutu

ante

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

b) ó

leos

e g

raxa

s: v

irtua

lmen

te a

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tes;

c) su

bstâ

ncia

s que

pro

duze

m o

dor e

turb

idez

: virt

ualm

ente

aus

ente

s;

d) c

oran

tes a

rtifi

ciai

s: v

irtua

lmen

te a

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tes;

e) su

bstâ

ncia

s que

form

em d

epós

itos o

bjet

ávei

s: v

irtua

lmen

te a

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tes;

f) co

lifor

mes

: par

a o

uso

de re

crea

ção

de c

onta

to p

rimár

io d

ever

á se

r obe

de-

cido

o A

rt. 2

6 de

sta

Reso

luçã

o. P

ara

o us

o de

cria

ção

natu

ral e

/ou

inte

nsiv

a de

espé

cies

des

tinad

as à

alim

enta

ção

hum

ana

e qu

e se

rão

inge

ridas

cru

as, n

ãode

verá

ser

exc

edid

a um

a co

ncen

traç

ão m

édia

de

14 c

olifo

rmes

feca

is po

r10

0 m

ililit

ros,

com

não

mai

s de

10%

das

am

ostr

as e

xced

endo

43

colif

orm

esfe

cais

por

100

mili

litro

s. P

ara

os d

emai

s us

os n

ão d

ever

á se

r ex

cedi

do u

mlim

ite d

e 1.

000

colif

orm

es fe

cais

por 1

00 m

ililit

ros e

m 8

0% o

u m

ais d

e pe

lom

enos

5 a

mos

tras

men

sais

colh

idas

em

qua

lque

r mês

; no

caso

de

não

have

r,na

regi

ão, m

eios

disp

onív

eis p

ara

o ex

ame

de c

olifo

rmes

tota

is po

r 100

mili

-lit

ros e

m 8

0% o

u m

ais d

e pe

lo m

enos

5 a

mos

tras

men

sais

colh

idas

em

qua

l-qu

er m

ês;

g) D

BO5 d

ias a

20°

C a

té 5

mg/

l O2;

h) O

D, e

m q

ualq

uer a

mos

tra,

não

infe

rior a

6 m

g/l O

2;

i) pH

: 6,5

a 8

,5, n

ão d

even

do h

aver

um

a m

udan

ça d

o pH

nat

ural

mai

or d

o qu

e0,

2 un

idad

e;

j) su

bstâ

ncia

s pot

enci

alm

ente

pre

judi

ciai

s (te

ores

máx

imos

) :

Alu

mín

io:

1,5

mg/

l AI

Am

ônia

não

ioni

záve

l:0,

4 m

g/l N

H3.

Ars

ênio

:0,

05 m

g/l A

s

Bário

:1,

0 m

g/i B

a

Beríl

io:

1,5

mg/

l Be

Boro

:5,

0 rr

ig/l

B

Cád

mio

:0,

005

mg/

l Cd

Chu

mbo

:0,

01 m

g/l P

bC

iane

tos:

0,00

5 m

g/l C

N

Clo

ro re

sidua

l:0,

01 m

g/l C

l

Cob

re :

0,05

mg/

l Cu

Cro

mo

hexa

vale

nte:

0,05

mg/

l Cr

Esta

nho:

2,0

mg/

l Sn

Índi

ce d

e fe

nóis:

0,00

1 m

g/l C

6H5 O

H

Ferr

o:0,

3 m

g/l F

eFl

uore

tos:

1,4

mg/

l F

Man

ganê

s:0,

1 m

g/l M

n

Mer

cúrio

:0,

0001

mg/

l Hg

Níq

uel:

0,1

mg/

l Ni

Nitr

ato

:10

,0 m

g/lN

Nitr

ito :

1,0

mg/

N

Prat

a:0,

005

m/l

Ag

Selê

nio:

0,01

mg/

l Se

Subs

tânc

ias t

enso

ativ

as q

ue re

agem

com

o az

ul d

e m

etile

no:

0,5

mg/

l - L

AS

Sulfe

tos c

om H

2S:0,

002

mg/

l S

Page 92: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

Tál

io :

0, 1

mg/

l Tl

Urâ

nio

Tota

l:0,

5 m

g/l U

Zin

co:

0,17

mg/

l Zn

Ald

rin:

0,00

3 - µ

g/l

Clo

rdan

o:0,

004

µg/l

DD

T:0,

001

µg/l

Dem

eton

:0,

1 µg

/lD

ield

rin:

0,00

3 µg

/l

Endo

ssul

fan:

0,03

4 µg

/l

Endr

in:

0,00

4 µg

/lEp

óxid

o de

Hep

tacl

oro:

0,00

1 µg

/l

Hep

tacl

oro:

0,00

1 µg

/l

Met

oxic

loro

:0,

03 µ

g/l

Lind

ano

(gam

a - B

HC

):0,

004

µg/l

Dod

ecac

loro

+ N

onad

oro:

0,00

1 µg

/l

Gut

ion:

0,01

µg/

l

Mal

atio

n:0,

1 µg

/lTo

xafe

no:

0,00

5 µg

/l

Com

post

os o

rgan

ofos

fora

dos e

car

bam

atos

tota

is:

10,0

µg/

l em

Par

atio

n2,

4 .-

D:

10,0

µg/

l

2, 4

, 5 -

TP:

10,0

µg/

l

2, 4

, 5 -

T:10

,0 µ

g/l

Art

. 9º -

Par

a as

águ

as d

e C

lass

e 6,

são

esta

bele

cido

s os l

imite

s ou

cond

içõe

sse

guin

tes:

a) m

ater

iais

flutu

ante

s; v

irtua

lmen

te a

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tes;

b) ó

leos

e g

raxa

s: to

lera

m-s

e iri

dicê

ncia

s;

c) su

bstâ

ncia

s que

pro

duze

m o

dor e

turb

idez

: virt

ualm

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s;

d) c

oran

tes a

rtifi

ciai

s: v

irtua

lmen

te a

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tes;

e) su

bstâ

ncia

s que

form

em d

epós

itos o

bjet

ávei

s: v

irtua

lmen

te a

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tes;

f) co

lifor

mes

: não

dev

erá

ser e

xced

ido

um li

mite

de

4.00

0 co

lifor

mes

feca

ispo

r 100

ml e

m 8

0% o

u m

ais d

e pe

lo m

enos

5 a

mos

tras

men

sais

colh

idas

em

qual

quer

mês

; no

caso

de

não

have

r na

regi

ão m

eio

disp

onív

el p

ara

o ex

ame

de c

olifo

rmes

feca

is, o

índi

ce li

mite

será

de

20.0

00 c

olifo

rmes

tota

is po

r 100

mili

litro

s em

80%

ou

mai

s de

pel

o m

enos

5 a

mos

tras

men

sais

colh

idas

em

qual

quer

mês

;

g) D

BO5 d

ias

a 20

°C a

té 1

0 m

g/l O

2

h) O

D, e

m q

ualq

uer a

mos

tra,

não

infe

rior a

4 m

g/l O

2 ;

i) pH

: 6,5

a 8

,5, n

ão d

even

do h

aver

um

a m

udan

ça d

o pH

nat

ural

mai

or d

o qu

e0,

2 un

idad

es.

ÁG

UA

S SA

LOBR

AS

Art

. 10

- Par

a as

águ

as d

e C

lass

e 7,

são

esta

bele

cido

s os l

imite

s ou

cond

içõe

sse

guin

tes:

a) D

BO5 d

ias a

20°

C a

té 5

mg/

l O2;

b) O

D, e

m q

ualq

uer a

mos

tra,

não

infe

rior a

5 m

g/l O

2 ;

c) p

H: 6

,5 a

8,5

;

d) ó

leos

e g

raxa

s: v

irtua

lmen

te a

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tes;

e) m

ater

iais

flutu

ante

s: v

irtua

lmen

te au

sent

es;

f) su

bstâ

ncia

s que

pro

duze

m c

or, o

dor e

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idez

: virt

ualm

ente

aus

ente

s;

g) su

bstâ

ncia

s que

form

em d

epós

itos o

bjet

ávei

s: v

irtua

lmen

te a

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tes;

h) c

olifo

rmes

; par

a us

o de

recr

eaçã

o de

con

tato

prim

ário

dev

erá

ser o

bede

-ci

do o

Art

. 26

dest

a Re

solu

ção.

Par

a o

uso

de c

riaçã

o na

tura

l e/o

u in

tens

iva

dees

péci

es d

estin

adas

à a

limen

taçã

o hu

man

a e

que

serã

o in

gerid

as c

ruas

, não

deve

rá s

er e

xced

ida

uma

conc

entr

ação

méd

ia d

e 14

col

iform

es fe

cais

por

100

mili

litro

s com

não

mai

s de

10%

das

am

ostr

as e

xced

endo

43

colif

orm

esfe

cais

por

100

mili

litro

s. P

ara

os d

emai

s us

os n

ão d

ever

á se

r ex

cedi

do u

mlim

ite d

e 1.

000

colif

orm

es fe

cais

por 1

00 m

ililit

ros e

m 8

0% o

u m

ais d

e pe

lom

enos

5 a

mos

tras

men

sais,

col

hida

s em

qua

lque

r mês

; no

caso

de

não

have

rna

regi

ão, m

eios

disp

onív

eis p

ara

o ex

ame

de c

olifo

rmes

feca

is, o

índi

ce lim

ite

Page 93: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

será

de

até

5.00

0 co

lifor

mes

tota

is po

r 100

mili

litro

s em

80%

ou

mai

s de

pelo

men

os 5

am

ostr

as m

ensa

is, c

olhi

das e

m q

ualq

uer m

ês;

i) su

bstâ

ncia

s pot

enci

alm

ente

pre

judi

ciai

s (te

ores

máx

imos

) ;

Am

ônia

não

ioni

záve

l0,

4 m

g/l N

H3.

Ars

ênio

:0,

05 m

g/l A

sC

ádm

io:

0,00

5 m

g/l C

d

Cia

neto

s:0,

005

mg/

l CN

Chu

mbo

:0,

0l m

g/l P

bC

obre

:0,

05 m

g/l C

u

Cro

mo

hexa

vale

nte

:0,

05 m

g/l C

r

Índi

ce d

e fe

nóis:

0,00

1 m

g/lC

6H5O

H

Fluo

reto

s:1,

4 m

g/l F

Mer

cúrio

:0,

0001

mg/

l Hg

Níq

uel:

0,1

mg/

l Ni

Sulfe

tos c

omo

H2S

:0,

002

mg/

l SZ

inco

:0,

17 m

g/l Z

n

Ald

rin:

0,00

3 µg

/l

Clo

rdan

o:0,

004

µg/l

DD

T:0,

001

µg/l

Dem

eton

:0,

1 µg

/l

Die

ldrin

:0,

003

µg/l

Endr

in :

0,00

4 µg

/lEn

doss

ulfa

n:0,

034

µg/l

Epóx

ido

de h

epta

clor

o:0,

001

µg/l

Gut

ion:

0,01

µg/

lH

epta

clor

o:0,

001

µg/l

Lind

ano

(gam

a-BH

C) :

0,00

4 µg

/l

Mal

atio

n:0,

1 µg

/l

Met

oxic

loro

:0,

03 µ

g/l

Dod

ecac

loro

+ N

onac

loro

:0,

001

µg/l

Para

tion:

0,04

µg/

lTo

xafe

no:

0,00

5 µg

/l

Com

post

os o

rgan

ofos

fora

dos e

car

bam

atos

tota

is:10

,0 µ

g/l e

m P

arat

ion

2,4

- D:

10,0

µg/

l2,

4, 5

- T:

10,0

µg/

l

2, 4

, 5 -

TP:

10,0

µg/

l

Art

.11

- Par

a as

águ

as d

e C

lass

e 8,

são

esta

bele

cido

s os l

imite

s ou

cond

içõe

sse

guin

tes:

a) p

H: 5

a 9

;

b) O

D, e

m q

ualq

uer a

mos

tra,

não

infe

rior a

3,0

mg/

l O2;

c) ó

leos

e g

raxa

s: to

lera

m-s

e iri

dicê

ncia

s;

d) m

ater

iais

flutu

ante

s: v

irtua

lmen

te a

usen

tes;

e) su

bstâ

ncia

s que

pro

duze

m c

or, o

dor e

turb

idez

: virt

ualm

ente

aus

ente

s;

f) su

bstâ

ncia

s fac

ilmen

te se

dim

entá

veis

que

cont

ribua

m p

ara

o as

sore

amen

tode

can

ais d

e na

vega

ção:

virt

ualm

ente

aus

ente

s;

g) c

olifo

rmes

: não

dev

erá

ser e

xced

ido

um li

mite

de

4.00

0 co

lifor

mes

feca

ispo

r 100

ml e

m 8

0% o

u m

ais d

e pe

lo m

enos

5 a

mos

tras

men

sais

colh

idas

em

qual

quer

mês

; no

caso

de

não

have

r, na

reg

ião,

mei

os d

ispon

ívei

s pa

ra o

exam

e de

col

iform

es fe

cais,

o ín

dice

será

de

20.0

00 c

olifo

rmes

tota

is po

r 100

mili

litro

s em

80%

ou

mai

s de

pel

o m

enos

5 a

mos

tras

men

sais

colh

idas

em

qual

quer

mês

.

Art

. 12

- Os

padr

ões

de q

ualid

ade

das

água

s es

tabe

leci

dos

nest

a Re

solu

ção

cons

titue

m-s

e em

limite

s ind

ivid

uais

para

cada

subs

tânc

ia. C

onsid

eran

do e

ven-

tuai

s açõ

es si

nerg

étic

as e

ntre

as m

esm

as, e

stas

ou

outr

as n

ão e

spec

ifica

das,

não

pode

rão

conf

erir

às á

guas

car

acte

rístic

as c

apaz

es d

e ca

usar

efe

itos l

etai

sou

alte

raçã

o de

com

port

amen

to, r

epro

duçã

o ou

fisio

logi

a da

vid

a.

§ 1º

- A

s sub

stân

cias

pot

enci

alm

ente

pre

judi

ciai

s a q

ue se

refe

re e

sta

Reso

lu-

ção,

dev

erão

ser i

nves

tigad

as se

mpr

e qu

e ho

uver

susp

eita

de

sua

pres

ença

.

§ 2º

- C

onsid

eran

do a

s lim

itaçõ

es d

e or

dem

técn

ica

para

a q

uant

ifica

ção

dos

níve

is de

ssas

subs

tânc

ias,

os l

abor

atór

ios d

os o

rgan

ismos

com

pete

ntes

dev

e

Page 94: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

rão

estr

utur

ar-s

e pa

ra a

tend

erem

às c

ondi

ções

pro

post

as. N

os c

asos

ond

e a

met

odol

ogia

ana

lític

a di

spon

ível

for i

nsuf

icie

nte

para

qua

ntifi

car a

s con

cent

ra-

ções

des

sas s

ubst

ânci

as n

as á

guas

, os s

edim

ento

s e/o

u bi

ota

aquá

tica

deve

rão

ser i

nves

tigad

os q

uant

o a

pres

ença

eve

ntua

l des

sas s

ubst

ânci

as.

Art

. 13

- Os l

imite

s de

DBO

, est

abel

ecid

os p

ara

as C

lass

es 2

e 3

, pod

erão

ser

elev

ados

, cas

o o

estu

do d

a ca

paci

dade

de

auto

depu

raçã

o do

cor

po re

cept

orde

mon

stre

que

os t

eore

s mín

imos

de

OD

, pre

vist

os, n

ão se

rão

deso

bede

ci-

dos e

m n

enhu

m p

onto

do

mes

mo,

nas

con

diçõ

es c

rític

as d

e va

zão

(Qcr

it. �

Q7,

10 ,

onde

Q7.

10, é

a m

édia

das

mín

imas

de

7 (s

ete)

dia

s con

secu

tivos

em

10 (d

ez) a

nos d

e re

corr

ênci

a de

cad

a se

ção

do c

orpo

rece

ptor

).

Art

. 14

- Par

a os

efe

itos d

esta

Res

oluç

ão, c

onsid

eram

-se

ente

s, c

aben

do a

osór

gãos

de

cont

role

am

bien

tal,

quan

do n

eces

sário

, qua

ntifi

cá-lo

s pa

ra c

ada

caso

.

Art

. 15

- Os ó

rgão

s de

cont

role

am

bien

tal p

oder

ão a

cres

cent

ar o

utro

s par

â-m

etro

s ou

torn

ar m

ais r

estr

itivo

s os e

stab

elec

idos

nes

ta R

esol

ução

, ten

do e

mvi

sta

as c

ondi

ções

loca

is.

Art

. 16

- Não

impe

dim

ento

no

apro

veita

men

to d

e ág

uas d

e m

elho

r qua

li-da

de e

m u

sos m

enos

exi

gent

es, d

esde

que

tais

usos

não

pre

judi

quem

a q

uali-

dade

est

abel

ecid

a pa

ra e

ssas

águ

as.

Art

. 17

- Não

será

per

miti

do o

lanç

amen

to d

e po

luen

tes n

os m

anan

ciai

s sub

-su

perf

icia

is.

Art

. 18

- Nas

águ

as d

e C

lass

e Es

peci

al n

ão s

erão

tole

rado

s la

nçam

ento

s de

água

s re

siduá

rias,

dom

éstic

as e

indu

stria

is, li

xo e

out

ros

resíd

uos

sólid

os,

subs

tânc

ias p

oten

cial

men

te tó

xica

s, d

efen

sivos

agr

ícol

as, f

ertil

izan

tes q

uím

i-co

s e o

utro

s pol

uent

es, m

esm

o tr

atad

os. C

aso

seja

m u

tiliz

adas

par

a o

abas

te-

cim

ento

dom

éstic

o de

verã

o se

r sub

met

idas

a u

ma

insp

eção

sani

tária

pre

limi-

nar.

Art

. 19

- Nas

águ

as d

as C

lass

es 1

a 8

serã

o to

lera

dos l

ança

men

tos d

e de

sejo

s,de

sde

que,

alé

m d

e at

ende

rem

ao

disp

osto

no

Art

. 21

dest

a Re

solu

ção,

não

venh

am a

faze

r com

que

os l

imite

s est

abel

ecid

os p

ara

as re

spec

tivas

cla

sses

seja

m u

ltrap

assa

dos.

Art

. 20

- Ten

do e

m v

ista

os u

sos f

ixad

os p

ara

as C

lass

es, o

s órg

ãos c

ompe

ten-

tes e

nqua

drar

ão a

s águ

as e

est

abel

ecer

ão p

rogr

amas

de

cont

role

de

polu

ição

para

a e

fetiv

ação

dos

resp

ectiv

os e

nqua

dram

ento

s, o

bede

cend

o ao

segu

inte

:

a) o

cor

po d

e ág

ua q

ue, n

a da

ta d

e en

quad

ram

ento

, apr

esen

tar c

ondi

ção

emde

saco

rdo

com

a su

a cl

asse

(qua

lidad

e in

ferio

r à e

stab

elec

ida,

), se

rá o

bjet

ode

pro

vidê

ncia

s com

pra

zo d

eter

min

ado

visa

ndo

a su

a re

cupe

raçã

o, e

xcet

u-ad

os o

s par

âmet

ros q

ue e

xced

am a

os li

mite

s dev

ido

as c

ondi

ções

nat

urai

s;

b) o

enq

uadr

amen

to d

as á

guas

fede

rais

na c

lass

ifica

ção

será

pro

cedi

do p

ela

SEM

A,

ouvi

dos

o C

omitê

Esp

ecia

l de

Est

udos

Int

egra

dos

de B

acia

sH

idro

gráf

icas

; - C

EEIB

H e

out

ras

entid

ades

púb

licas

ou

priv

adas

inte

ress

a-da

s;

c) o

enq

uadr

amen

to d

as á

guas

est

adua

is se

rá e

fetu

ado

pelo

órg

ão e

stad

ual

com

pete

nte,

ouv

idas

out

ras e

ntid

ades

púb

licas

ou

priv

adas

inte

ress

adas

;

d) o

s órg

ão c

ompe

tent

es d

efin

irão

as c

ondi

ções

esp

ecifi

cas d

e qu

alid

ade

dos

corp

os d

e ág

ua in

term

itent

es;

e) o

s cor

pos d

e ág

ua já

enq

uadr

ados

na

legi

slaçã

o an

terio

r, na

dat

a da

pub

li-ca

ção

dest

a Re

solu

ção,

serã

o ob

jeto

s de

rees

tudo

a fi

m d

e a

ela

se a

dapt

arem

;

f) en

quan

to n

ão fo

rem

feito

s os e

nqua

dram

ento

s, a

s águ

as d

oces

serã

o co

nsi-

dera

das

Cla

sse

2, a

s sa

linas

Cla

sse

5 e

as s

alob

ras

Cla

sse

7, p

orém

, aqu

elas

enqu

adra

das

na le

gisla

ção

ante

rior

perm

anec

erão

na

mes

ma

clas

se a

té o

reen

quad

ram

ento

;

g) o

s pro

gram

as d

e ac

ompa

nham

ento

da

cond

ição

dos

cor

pos d

e ág

ua se

gui-

rão

norm

as e

pro

cedi

men

tos a

sere

m e

stab

elec

idos

pel

o C

onse

lho

Nac

iona

ldo

Mei

o A

mbi

ente

- C

ON

AM

A.

Art

. 21

- Os e

fluen

tes d

e qu

alqu

er fo

nte

polu

idor

a som

ente

pod

erão

ser l

ança

-do

s, d

ireta

ou

indi

reta

men

te, n

os c

orpo

s de

águ

a de

sde

que

obed

eçam

às

segu

inte

s con

diçõ

es:

a) p

H e

ntre

5 a

9;

b) te

mpe

ratu

ra :

infe

rior

a 40

°C, s

endo

que

a e

leva

ção

de te

mpe

ratu

ra d

oco

rpo

rece

ptor

não

dev

erá

exce

der a

3°C

;

c) m

ater

iais

sedi

men

táve

is: a

té m

l/litr

o em

test

e de

1 h

ora

em c

one

Imho

ff.Pa

ra o

lanç

amen

to e

m la

gos e

lago

as, c

uja

velo

cida

de d

e ci

rcul

ação

seja

pra

-tic

amen

te n

ula,

os m

ater

iais

sedi

men

táve

is de

verã

o es

tar v

irtua

lmen

te a

usen

-te

s;

d) re

gim

e de

lanç

amen

to c

om v

azão

máx

ima

de a

té 1

,5 v

ezes

a v

azão

méd

ia

Page 95: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

do p

erío

do d

e at

ivid

ade

diár

ia d

o ag

ente

pol

uido

r;

e) ó

leos

e g

raxa

s:

- óle

os m

iner

ais a

té 2

0 m

g/l;

- óle

os v

eget

ais e

gor

dura

s ani

mai

s até

50

mg/

l;

f) au

sênc

ia d

e m

ater

iais

flutu

ante

s;

g) v

alor

es m

áxim

os a

dmiss

ívei

s das

segu

inte

s sub

stân

cias

:

Am

ônia

:5,

0 m

g/l N

Ars

ênio

tota

l:0,

5 m

g/l A

s

Bário

:5,

0 m

g/ B

aBo

ro :

5,0

mg/

l B

Cád

mio

:0,

2 m

g/l C

d

Cia

neto

s:0,

2 m

g/l C

NC

hum

bo:

0,5

mg/

l Pb

Cob

re:

1,0

mg/

l Cu

Cro

mo

hexa

vele

nte

:0,

5 m

g/l C

r

Cro

mo

triv

alen

te :

2,0

mg/

l Cr

Esta

nho

:4,

0 m

g/l S

n

Índi

ce d

e fe

nóis:

0,5

mg/

lC6H

5OH

Ferr

o so

lúve

l:15

,0 m

g/l F

eFl

uore

tos:

10,0

mg/

l F

Man

ganê

s sol

úvel

:1,

0 m

g/l M

n

Mer

cúrio

:0,

01 m

g/l H

gN

íque

l:2,

0 m

g/l N

i

Prat

a :

0, 1

mg/

l Ag

Selê

nio:

0,05

mg/

l Se

Sulfe

tos:

1,0

mg/

l SSu

lfito

s:1,

0 m

g/l S

03

Zin

co:

5,0

mg/

l Zn

Com

post

os o

rgan

ofos

fora

dos e

car

bom

atos

tota

is:1,

0 m

g/l e

m P

arat

ion

Sulfe

to d

e ca

rbon

o :

1,0

mg/

l

Tric

loro

eten

o : 1

,0 m

g/l

Clo

rofó

rmio

:1,

0 m

g/l

Tetr

aclo

reto

de

Car

bono

: 1,0

mg/

lD

iclo

roet

eno:

1,0

mg/

l

Com

post

os o

rgan

oclo

rado

s não

list

ados

aci

ma

(pes

ticid

as, s

olve

ntes

, etc

) :0,

05 m

g/l

Out

ras s

ubst

ânci

as e

m c

once

ntra

ções

que

pod

eria

m se

r pre

judi

ciai

s: d

e ac

or-

do c

om li

mite

s a se

rem

fixa

dos p

elo

CO

NA

MA

.

h) tr

atam

ento

esp

ecia

l, se

pro

vier

em d

e ho

spita

is e

outr

os e

stab

elec

imen

tos

nos q

uais

haja

des

pejo

s inf

ecta

dos c

om m

icro

orga

nism

os p

atog

ênic

os.

Art

. 22

- Não

será

per

miti

da a

dilu

ição

de

eflu

ente

s ind

ustr

iais

com

águ

as n

ãopo

luíd

as, t

ais c

omo

água

s de

abas

teci

men

to, á

gua

de m

ar e

águ

a de

refr

iger

a-çã

o.

Pará

graf

o Ú

nico

- N

a hi

póte

se d

e fo

nte

de p

olui

ção

gera

dora

de

dife

rent

esde

spej

os o

u em

issõe

s ind

ivid

ualiz

adas

, os l

imite

s con

stan

tes d

esta

regu

lam

en-

taçã

o ap

licar

-se-

ão a

cad

a um

del

es o

u ao

con

junt

o ap

ós a

mist

ura,

a c

ritér

iodo

órg

ão c

ompe

tent

e.

Art

. 23

- Os e

fluen

tes n

ão p

oder

ão c

onfe

rir a

o co

rpo

rece

ptor

car

acte

rístic

asem

des

acor

do c

om o

seu

enqu

adra

men

to n

os te

rmos

des

ta R

esol

ução

.

Pará

graf

o Ú

nico

- Re

sgua

rdad

os o

s pad

rões

de

qual

idad

e do

cor

po re

cept

or,

dem

onst

rado

s por

est

udo

de im

pact

o am

bien

tal r

ealiz

ado

pela

ent

idad

e re

s-po

nsáv

el p

ela

emiss

ão, o

órg

ão c

ompe

tent

e po

derá

aut

oriz

ar la

nçam

ento

sac

ima

dos l

imite

s est

abel

ecid

os n

o A

rt. 2

1, fi

xand

o o

tipo

de tr

atam

ento

e a

sco

ndiç

ões p

ara

esse

lanç

amen

to.

Art

. 24

- Os m

étod

os d

e co

leta

e a

nális

e da

s águ

as d

evem

ser o

s esp

ecifi

cado

sna

s nor

mas

apr

ovad

as p

elo

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Met

rolo

gia,

Nor

mat

izaç

ãoe

Qua

lidad

e In

dust

rial -

INM

ETRO

ou,

na a

usên

cia d

elas

, no

Stan

dard

Met

hods

for t

he E

xam

inat

ion

of W

ater

and

Was

tew

ater

APH

A-A

WW

A-W

PCF,

últi

ma

ediç

ão, r

essa

lvad

o o

disp

osto

no

Art

. 12.

O ín

dice

de

fenó

is de

verá

ser d

eter

-m

inad

o co

nfor

me

o m

étod

o 51

0 B

do S

tand

ard

Met

hods

for t

he E

xam

inat

ion

of W

ater

and

Was

tew

ater

, 16ª

edi

ção,

de

1985

.

Page 96: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

Art

. 25

- As i

ndús

tria

s que

, na

data

da

publ

icaç

ão d

esta

Res

oluç

ão, p

ossu

írem

inst

alaç

ões o

u pr

ojet

os d

e tr

atam

ento

de

seus

des

pejo

s apr

ovad

os p

or ó

rgão

inte

gran

te d

o Si

stem

a N

acio

nal d

o M

eio

Am

bien

te -

SISN

AM

A q

ue a

tend

am à

legi

slaçã

o an

terio

rmen

te e

m v

igor

, ter

ão p

razo

de

três

(3) a

nos,

pro

rrog

ávei

sat

é ci

nco

(5) a

nos,

a c

ritér

io d

o Ó

rgão

Est

adua

l Loc

al, p

ara

se e

nqua

drar

emna

s exi

gênc

ias d

esta

Res

oluç

ão. N

o en

tant

o, a

s cita

das i

nsta

laçõ

es d

e tr

ata-

men

to d

ever

ão se

r man

tidas

em

ope

raçã

o co

m a

cap

acid

ade,

con

diçõ

es d

efu

ncio

nam

ento

e d

emai

s ca

ract

eríst

icas

par

a as

qua

is fo

ram

apr

ovad

as, a

téqu

e se

cum

pram

as d

ispos

içõe

s des

ta R

esol

ução

.

BALN

EABI

LID

AD

E

Art

. 26

- As á

guas

doc

es, s

alob

ras e

salin

as d

estin

adas

à b

alne

abili

dade

(rec

re-

ação

de

cont

ato

prim

ário

) ser

ão e

nqua

drad

as e

terã

o su

a co

ndiç

ão a

valia

dana

s cat

egor

ias E

XC

ELEN

TE, M

UIT

O B

OA

, SAT

ISFA

TÔRI

A e

IMPR

ÓPR

IA, d

ase

guin

te fo

rma:

a) E

XC

ELEN

TE

(3 e

stre

las)

: qu

ando

em

80%

ou

mai

s de

um

con

junt

o de

amos

tras

obt

idas

em

cad

a um

a da

s 5 se

man

as a

nter

iore

s, c

olhi

das n

o m

esm

olo

cal,

houv

er, n

o m

áxim

o, 2

50 c

olifo

rmes

feca

is po

r l,0

0 m

ililit

ros

ou 1

.250

colif

orm

es to

tais

por 1

00 m

ililit

ros;

b) M

UIT

O B

OA

S (2

est

rela

s): q

uand

o em

80%

ou

mai

s de

um

con

junt

o de

amos

tras

obt

idas

em

cad

a um

a da

s 5 se

man

as a

nter

iore

s, c

olhi

das n

o m

esm

olo

cal,

houv

er, n

o m

áxim

o, 5

00 c

olifo

rmes

feca

is po

r 10

0 m

ililit

ros

ou 2

.500

colif

orm

es to

tais

por 1

00 m

ililit

ros;

c) S

ATIS

FAT

ÓRI

AS

(1 e

stre

la):

quan

do e

m 8

0% o

u m

ais d

e um

con

junt

o de

amos

tras

obt

idas

em

cad

a um

a da

s 5 se

man

as a

nter

iore

s, c

olhi

das n

o m

esm

olo

cal,

houv

er, n

o m

áxim

o 1.

000

colif

orm

es fe

cais

por 1

00 m

ililit

ros o

u 5.

000

colif

orm

es to

tais

por 1

00 m

ililit

ros;

d) IM

PRÓ

PRIA

S: q

uand

o oc

orre

r, no

trec

ho c

onsid

erad

o, q

ualq

uer u

ma

das

segu

inte

s circ

unst

ânci

as:

1. n

ão e

nqua

dram

ento

em

nen

hum

a da

s ca

tego

rias

ante

riore

s, p

or t

erem

ultr

apas

sado

os í

ndic

es b

acte

rioló

gico

s nel

as a

dmiti

dos;

2. o

corr

ênci

a, n

a re

gião

, de

inci

dênc

ia re

lativ

amen

te e

leva

da o

u an

orm

al d

een

ferm

idad

es tr

ansm

issív

eis p

or v

ia h

ídric

a, a

crit

ério

das

aut

orid

ades

sani

tá-

rias;

3. si

nais

de p

olui

ção

por e

sgot

os, p

erce

ptív

eis p

elo

olfa

to o

u vi

são;

4. re

cebi

men

to re

gula

r, in

term

itent

e ou

esp

orád

ico,

de

esgo

tos p

or in

term

é-di

o de

val

as, c

orpo

s d�á

gua

ou c

anal

izaç

ões,

incl

usiv

e ga

leria

s de

água

s plu

vi-

ais,

mes

mo

que

seja

de

form

a di

luíd

a;

5. p

rese

nça

de re

síduo

s ou

desp

ejos

, sól

idos

ou

líqui

dos,

incl

usiv

e ól

eos,

gra

-xa

s e o

utra

s sub

stân

cias

, cap

azes

de

ofer

ecer

risc

os à

saúd

e ou

torn

ar d

esa-

grad

ável

a re

crea

ção;

6. p

H m

enor

que

5 o

u m

aior

que

8,5

;

7. p

rese

nça,

na

água

, de

para

sitas

que

afe

tem

o h

omem

ou

a co

nsta

taçã

o da

exist

ênci

a de

seus

hos

pede

iros i

nter

med

iário

s inf

ecta

dos;

8. p

rese

nça,

nas

águ

as d

oces

, de

mol

usco

s tr

ansm

issor

es p

oten

ciai

s de

esqu

istos

som

o, c

aso

em q

ue o

s avi

sos d

e in

terd

ição

ou

aler

ta d

ever

ão m

enci

-on

ar e

spec

ifica

men

te e

sse

risco

sani

tário

;

9. o

utro

s fat

ores

que

cont

ra-in

diqu

em, t

empo

raria

men

te o

u pe

rman

ente

men

-te

, o e

xerc

ício

da

recr

eaçã

o de

con

tato

prim

ário

.

Art

. 27

- No

acom

panh

amen

to d

a co

ndiç

ão d

as p

raia

s ou

baln

eário

s as c

ate-

goria

s EX

CEL

ENT

E, M

UIT

O B

OA

e S

ATIS

FAT

ÓRI

A p

oder

ão s

er r

euni

das

num

a ún

ica

cate

goria

den

omin

ada

PRÓ

PRIA

.

Art

. 28

- Se

a de

terio

raçã

o da

qua

lidad

e da

s pra

ias o

u ba

lneá

rios f

icar

car

ac-

teriz

ada

com

o de

corr

ênci

a da

lava

gem

de

vias

púb

licas

pel

as á

guas

da

chuv

a,ou

com

o co

nseq

üênc

ia d

e ou

tra

caus

a qu

alqu

er, e

ssa

circ

unst

ânci

a de

verá

ser

men

cion

ada

no B

olet

im d

e co

ndiç

ão d

as p

raia

s e b

alne

ário

s.

Art

. 29

- A c

olet

a de

am

ostr

as se

rá fe

ita, p

refe

renc

ialm

ente

, nos

dia

s de

mai

oraf

luên

cia

do p

úblic

o às

pra

ias o

u ba

lneá

rios.

Art

. 30

- Os r

esul

tado

s dos

exa

mes

pod

erão

, tam

bém

, se

refe

rir a

per

íodo

sm

enor

es q

ue 5

sem

anas

, des

de q

ue c

ada

um d

esse

s per

íodo

s sej

a es

peci

fica-

do e

tenh

am si

do c

olhi

das e

exa

min

adas

, pel

o m

enos

, 5 a

mos

tras

dur

ante

ote

mpo

men

cion

ado.

Art

. 31

- Os

exam

es d

e co

limet

ria, p

revi

stos

nes

ta R

esol

ução

, sem

pre

que

poss

ível

, ser

ão fe

itos

para

a id

entif

icaç

ão e

con

tage

m d

e co

lifor

mes

feca

is,se

ndo

perm

itida

a u

tiliz

ação

de

índi

ces e

xpre

ssos

em

col

iform

es to

tais,

se a

iden

tific

ação

e c

onta

gem

fore

m d

ifíce

is ou

impo

ssív

eis.

Page 97: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

Art

. 32

- À b

eira

mar

, a c

olet

a de

am

ostr

a pa

ra a

det

erm

inaç

ão d

o nú

mer

o de

colif

orm

es fe

cais

ou to

tais

deve

ser,

de p

refe

rênc

ia, r

ealiz

ada

nas c

ondi

ções

de m

aré

que

apre

sent

em, c

ostu

mei

ram

ente

, no

loca

l, co

ntag

ens b

acte

rioló

gi-

cas m

ais e

leva

das.

Art

. 33

- As p

raia

s e o

utro

s bal

neár

ios d

ever

ão se

r int

erdi

tado

s se

o ór

gão

deco

ntro

le a

mbi

enta

l, em

qua

lque

r dos

seus

nív

eis (

Mun

icip

al, E

stad

ual o

u Fe

de-

ral),

con

stat

ar q

ue a

qual

idad

e da

s águ

as d

e re

crea

ção

prim

ária

just

ifica

am

edid

a.

Art

. 34

- Sem

pre

juíz

o do

disp

osto

no

artig

o an

terio

r, se

mpr

e qu

e ho

uver

um

aaf

luên

cia

ou e

xtra

vasa

men

to d

e es

goto

s cap

az d

e of

erec

er sé

rio p

erig

o em

prai

as o

u ou

tros

bal

neár

ios,

o tr

echo

afe

tado

dev

erá

ser s

inal

izad

o, p

ela

enti-

dade

resp

onsá

vel,

com

ban

deira

s ver

mel

has c

onst

ando

a p

alav

ra P

OLU

ÍDA

em c

or n

egra

.

DIS

POSI

ÇÕ

ES G

ERA

IS

Art

. 35

- Aos

órg

ãos d

e co

ntro

le a

mbi

enta

l com

pete

a a

plic

ação

des

ta R

eso-

luçã

o, c

aben

do-lh

es a

fisc

aliz

ação

par

a o

cum

prim

ento

da

legi

slaçã

o, b

emco

mo

a ap

licaç

ão d

as p

enal

idad

es p

revi

stas

, inc

lusiv

e a

inte

rdiç

ão d

e at

ivid

a-de

s ind

ustr

iais

polu

idor

as.

Art

. 36

- Na

inex

istên

cia

de e

ntid

ade

esta

dual

enc

arre

gada

do

cont

role

am

bi-

enta

l ou

se, e

xist

indo

, apr

esen

tar f

alha

s, o

miss

ões

ou p

reju

ízo

sens

ívei

s ao

sus

os e

stab

elec

idos

par

a as

águ

as, a

Sec

reta

ria E

spec

ial d

o M

eio

Am

bien

tepo

derá

agi

r dire

tam

ente

, em

car

áter

supl

etiv

o.

Art

. 37

- Os

órgã

os e

stad

uais

de c

ontr

ole

ambi

enta

l man

terã

o a

Secr

etar

iaEs

peci

al d

o M

eio

Am

bien

te in

form

ada

sobr

e os

enq

uadr

amen

tos d

os c

orpo

sde

águ

a qu

e ef

etua

rem

, bem

com

o da

s nor

mas

e p

adrõ

es c

ompl

emen

tare

squ

e es

tabe

lece

rem

.

Art

. 38

- O

s es

tabe

leci

men

tos

indu

stria

is, q

ue c

ausa

m o

u po

ssam

cau

sar

polu

ição

das

águ

as, d

evem

info

rmar

ao

órgã

o de

con

trol

e am

bien

tal,

o vo

lu-

me

e o

tipo

de se

us e

fluen

tes,

os e

quip

amen

tos e

disp

ositi

vos a

ntip

olui

dore

sex

isten

tes,

bem

com

o se

us p

lano

s de

ação

de

emer

gênc

ia, s

ob p

ena

das s

an-

ções

cab

ívei

s, fi

cand

o o

refe

rido

órgã

o ob

rigad

o a

envi

ar c

ópia

des

sas i

nfor

-m

açõe

s ao

IBA

MA

, à S

TI (

MIC

), ao

IBG

E (S

EPLA

N) e

ao

DN

AEE

(MM

E).

Art

. 39

- Os E

stad

os, T

errit

ório

s e o

Dist

rito

Fede

ral,

atra

vés d

os re

spec

tivos

órgã

os d

e co

ntro

le a

mbi

enta

l, de

verã

o ex

erce

r su

a at

ivid

ade

orie

ntad

ora,

fisca

lizad

ora

e pu

nitiv

a da

s at

ivid

ades

pot

enci

alm

ente

pol

uido

ras

inst

alad

asem

seu

terr

itório

, ain

da q

ue o

s cor

pos d

e ág

ua p

reju

dica

dos n

ão se

jam

de

seu

dom

ínio

ou

juris

diçã

o.

Art

. 40

- O

não

cum

prim

ento

ao

disp

osto

nes

ta R

esol

ução

aca

rret

ará

aos

infr

ator

es a

s san

ções

pre

vist

as n

a Le

i nº 6

.938

, de

31 d

e ag

osto

de

1981

, e su

are

gula

men

taçã

o pe

lo D

ecre

to n

º 88.

351,

de

01 d

e ju

nho

de 1

983.

Art

. 41

- Est

a Re

solu

ção

entr

ará

em v

igor

na

data

de

sua

publ

icaç

ão, r

evog

a-da

s as d

ispos

içõe

s em

con

trár

io.

Den

i Lin

eu S

chw

artz

Page 98: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

ANEXO 4

Resolução CONAMA n.º 008 de 6/12/90

Page 99: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

RES

OLU

ÇÃ

O C

ON

AM

A N

.º 0

08,

de 0

6 de

dez

embr

ode

199

0Pu

blic

ada

no D

.O.U

de

28/1

2/90

, Seç

ão I,

Pág

. 25.

539

O C

ON

SELH

O N

AC

ION

AL

DO

MEI

O A

MBI

ENT

E - C

ON

AM

A, n

o us

o da

sat

ribui

ções

que

lhe

são

conf

erid

as p

ela

Lei n

º 6.9

38, d

e 31

de

agos

to d

e 19

81,

alte

rada

pel

a Le

i nº

8.02

8, d

e 12

de

abril

de

1990

, re

gula

men

tada

s pe

loD

ecre

to n

º 99.

274,

de

06 d

e ju

nho

de 1

990,

e te

ndo

em v

ista

o di

spos

to e

mse

u Re

gim

ento

Inte

rno,

e

Con

sider

ando

o p

revi

sto

na R

esol

ução

CO

NA

MA

05, d

e 15

de

junh

o de

1989

, que

inst

ituiu

o P

rogr

ama

Nac

iona

l de

Con

trol

e da

Qua

lidad

e do

Ar

-PR

ON

AR;

Con

sider

ando

a ne

cess

idad

e do

est

abel

ecim

ento

de

limite

s máx

imos

de

emis-

são

de p

olue

ntes

do

ar (p

adrõ

es d

e em

issão

) em

font

es fi

xas d

e po

luiç

ão;

Con

sider

ando

que

o e

stab

elec

imen

to d

este

mec

anism

o, e

m n

ível

nac

iona

l,co

nstit

ui-s

e no

mai

s efic

az in

stru

men

to d

e co

ntro

le d

a po

luiç

ão a

tmos

féric

a,em

con

junt

o co

m o

s lim

ites m

áxim

os d

e em

issão

vei

cula

res,

já fi

xado

s pel

oPR

OC

ON

VE;

Con

sider

ando

que

, ent

re to

da a

tipo

logi

a in

dust

rial,

os p

roce

ssos

de

com

bus-

tão

exte

rna

cons

titue

m-s

e no

mai

or c

ontig

ente

de

font

es fi

xas d

e po

luen

tes

atm

osfé

ricos

, o q

ue ju

stifi

ca s

er a

prim

eira

ativ

idad

e a

ter

emiss

ões

regu

la-

men

tada

s em

nív

el n

acio

nal,

RESO

LVE:

Art.

1º -

Esta

bele

cer,

em n

ível

nac

iona

l, lim

ites m

áxim

os d

e em

issão

de

polu

ente

sdo

ar (

padr

ões d

e em

issão

) par

a pr

oces

sos d

e co

mbu

stão

ext

erna

em

font

esno

vas

fixas

de

polu

ição

com

pot

ênci

as n

omin

ais

tota

is at

é 70

MW

(set

enta

meg

awat

ts) e

supe

riore

s.

§ lº

- A d

efin

ição

de

limite

s máx

imos

de

emiss

ão é

aqu

ela

dada

pel

a Re

solu

ção

CO

NA

MA

nº 0

5, d

e 15

.06.

89, q

ue in

stitu

iu o

PRO

NA

R.

§ 2º

- Pa

ra o

s ef

eito

s de

sta

Reso

luçã

o fo

ntes

nov

as d

e po

luiç

ão s

ão a

quel

aspe

rten

cent

es a

em

pree

ndim

ento

s cuj

as L

P ve

nha

a se

r sol

icita

da a

os ó

rgão

slic

enci

ador

es c

ompe

tent

es a

pós a

pub

licaç

ão d

esta

Res

oluç

ão.

§ 3º

- En

tend

e-se

por

pro

cess

o de

com

bust

ão e

xter

na e

m fo

ntes

fixa

s tod

a a

quei

ma

de s

ubst

ânci

as c

ombu

stív

eis

real

izad

a no

s se

guin

tes

equi

pam

ento

s:ca

ldei

ras;

ger

ador

es d

e va

por;

cen

trai

s pa

ra a

ger

ação

de

ener

gia

elét

rica;

forn

os, f

orna

lhas

, est

ufas

e se

cado

res p

ara

a ge

raçã

o e

uso

de e

nerg

ia té

rmic

a,in

cine

rado

res e

gas

eific

ador

es.

Art

2º -

Par

a ef

eito

des

ta R

esol

ução

, fic

am d

efin

idos

os s

egui

ntes

limite

s máx

i-m

os d

e em

issão

par

a pa

rtíc

ulas

tota

is e

dióx

ido

de e

nxof

re (S

O2)

, exp

ress

osem

pes

o de

pol

uent

es p

or p

oder

col

orífi

co su

perio

r do

com

bust

ível

e d

ensi-

dade

col

orim

étric

a, c

onso

ante

a c

lass

ifica

ção

de u

sos p

rete

ndid

os d

efin

idas

pelo

PRO

NA

R:

2.1

Para

nov

as fo

ntes

fixa

s com

pot

ênci

a no

min

al to

tal i

gual

ou

infe

rior a

70

MW

(set

enta

meg

awat

ts).

2.1.

1 Á

reas

Cla

sse

1

2.1.

1.1Á

reas

a se

rem

atm

osfe

ricam

ente

pre

serv

adas

(Uni

dade

s de

Con

serv

a-çã

o co

m e

xceç

ão d

as A

PA�S

.

Nes

tas

área

s fic

a pr

oibi

da q

ualq

uer

ativ

idad

e ec

onôm

ica

que

gere

pol

uiçã

odo

ar.

2.1.

1.2Á

reas

a se

rem

atm

osfe

ricam

ente

con

serv

adas

(laz

er, t

urism

o, e

stân

ci-

as c

limát

icas

, hid

rom

iner

ais e

hid

rote

rmai

s)

a) P

artíc

ulas

Tot

ais

- 120

(cen

to e

vin

te) g

ram

as p

or m

ilhão

de

quilo

calo

rias.

b) D

ensid

ade

Col

orim

étric

a

- Máx

imo

de 2

0% (v

inte

por

cen

to),

equi

vale

nte

a Esc

ala d

e Ri

ngel

man

n nº

01,

exce

to n

a op

eraç

ão d

e ra

mon

agem

e n

a pa

rtid

a do

equ

ipam

ento

.

c) D

ióxi

do d

e En

xofr

e (S

O2)

- 2.0

00 (d

ois

mil)

gra

mas

por

milh

ão d

e qu

iloca

loria

s.

d) O

limite

de

cons

umo

de ó

leo

com

bust

ível

por

font

e fix

a (c

orre

spon

dent

e à

capa

cida

de n

omin

al to

tal d

o(s)

equ

ipam

ento

(s))

, ser

á de

3.0

00 to

nela

das p

oran

o. C

onsu

mos

de

óleo

supe

riore

s ao

ora

esta

bele

cido

, ou

o us

e de

out

ros

com

bust

ívei

s est

arão

suje

itos à

apr

ovaç

ão d

o ór

gão

Esta

dual

do

Mei

o A

mbi

-en

te p

or o

casiã

o do

lice

ncia

men

to a

mbi

enta

l.

2.1.

2 Á

reas

Cla

sse

II e

III

a) P

artíc

ulas

Tot

ais

Page 100: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

- 350

(tre

zent

os e

cin

qüen

ta) g

ram

as p

or m

ilhão

de

quilo

calo

rias (

para

óle

oco

mbu

stív

el).

- 1.

500

(hum

mil

e qu

inhe

ntos

) gr

amas

por

milh

ão d

e qu

iloca

loria

s (p

ara

carv

ão m

iner

al).

b) D

ensid

ade

Cal

orim

étric

a

- Máx

imo

de 2

0% (v

inte

por

cen

to),

equi

vale

nte

a Esc

ala d

e Ri

ngel

man

n nº

01,

exce

to n

a op

eraç

ão d

e ra

mon

agem

e n

a pa

rtid

a do

equ

ipam

ento

.

c) D

ióxi

do d

e En

xofr

e (S

O2)

- 5.0

00 (c

inco

mil)

gra

mas

por

milh

ão d

e qu

iloca

loria

s (pa

ra ó

leo

com

bust

ível

e ca

rvão

min

eral

).

2.2

Para

nov

as fo

ntes

fixa

s co

m p

otên

cia

nom

inal

tot

al s

uper

ior

a 70

MW

(set

enta

meg

awat

ts).

2.2.

1 Á

reas

Cla

sse

I

Nes

tas á

reas

não

será

per

miti

da a

inst

alaç

ão d

e no

vas f

onte

s fix

as c

om e

ste

port

e.

2.2.

2 Á

reas

Cla

sse

II e

III

a) P

artíc

ulas

Tot

ais

- 120

(cen

to e

vin

te) g

ram

as p

or m

ilhão

de

quilo

calo

rias (

para

óle

o co

mbu

s-tív

el).

- 800

(oito

cent

os) g

ram

as p

or m

ilhão

de

quilo

calo

rias (

para

car

vão

min

eral

).

b) D

ensid

ade

Cal

orim

étric

a

- Máx

imo

de 2

0% (v

inte

por

cen

to),

equi

vale

nte

a Esc

ala d

e Ri

ngel

man

n nº

01,

exce

to n

a op

eraç

ão d

e ra

mon

agem

ou

na p

artid

a do

equ

ipam

ento

.

c) D

ióxi

do d

e En

xofr

e (S

O2)

- 2.0

00 (d

ois m

il) g

ram

as p

or m

ilhão

de

quilo

calo

rias (

para

óle

o co

mbu

stív

ele

carv

ão m

iner

al).

Art

3º -

Par

a ou

tros

com

bust

ívei

s, e

xcet

o ól

eo c

ombu

stív

el e

car

vão

num

eral

,ca

berá

aos

Órg

ãos E

stad

uais

de M

eio

Am

bien

te o

est

abel

ecim

ento

de

limite

sm

áxim

os d

e em

issão

par

a pa

rtíc

ulas

tota

is, d

ióxi

do d

e en

xofr

e e,

se fo

r o c

aso,

outr

os p

olue

ntes

, qua

ndo

do lic

enci

amen

to a

mbi

enta

l do

empr

eend

imen

to.

Art

- Cab

e ao

s órg

ãos E

stad

uais

de M

eio

Am

bien

te p

ropo

r aos

gov

erno

sde

seu

s re

spec

tivos

est

ados

o e

nqua

dram

ento

de

suas

áre

as C

lass

e I e

III,

conf

orm

e já

pre

vist

o na

Res

oluç

ão C

ON

AM

A n

º 05/

89 e

Res

oluç

ão C

ON

AM

Anº

03/

90.

Art

. 5º -

O a

tend

imen

to a

os li

mite

s máx

imos

de

emiss

ão a

qui e

stab

elec

idos

,nã

o ex

ime

o em

pree

nded

or d

o at

endi

men

to a

even

tuai

s exi

gênc

ias d

e co

ntro

-le

com

plem

enta

res,

con

form

e a

legi

slaçã

o vi

gent

e.

Art

6º -

A v

erifi

caçã

o do

ate

ndim

ento

aos

lim

ites m

áxim

os d

e em

issão

fixa

doat

ravé

s des

ta R

esol

ução

, qua

ndo

do fo

rnec

imen

to d

a LO

- Li

cenç

a de

Ope

ra-

ção,

pod

erá

ser r

ealiz

ada

pelo

órg

ão a

mbi

enta

l lic

enci

ador

ou

pela

Em

pres

aem

Lic

enci

amen

to, d

esde

que

com

aco

mpa

nham

ento

do

refe

rido

órgã

o am

-bi

enta

l lic

enci

ador

.

Art

7º -

Os l

imite

s máx

imos

de

emiss

ão a

qui f

ixad

os sã

o pa

ssív

eis d

e um

a 1a

.re

visã

o de

ntro

de

dois

anos

, e e

m s

egui

da a

cad

a 05

(cin

co) a

nos,

qua

ndo

tam

bém

pod

erão

ser,

even

tual

men

te, a

cres

cent

ados

out

ros p

olue

ntes

ger

a-do

s nos

pro

cess

os d

e co

mbu

stão

ext

erna

em

font

es fi

xas.

Art

8º -

Est

a Re

solu

ção

entr

a em

vig

or n

a da

ta d

e su

a pu

blic

ação

.

Tân

ia M

aria

Ton

elli

Mun

hoz

/ Jos

é A

. Lut

zenb

erge

r

Page 101: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

ANEXO 5

Resolução CONAMA n.º 003 de 28/06/90

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RES

OLU

ÇÃ

O C

ON

AM

A N

.º 0

03, d

e 28

de

junh

o de

199

0

Publ

icad

a no

D.O

.U d

e 22

/08/

90, S

eção

I, P

ágs.

15.

937

a 15

.939

.

O C

ON

SELH

O N

AC

ION

AL

DO

MEI

O A

MBI

ENT

E - C

ON

AM

A, n

o us

o da

sat

ribui

ções

que

lhe

conf

ere

o in

ciso

II, d

o A

rt. 6

º, d

a Le

i nº

7.80

4, d

e 18

de

julh

o de

198

9, e

tend

o em

vist

a o

disp

osto

na

Lei n

º 8.

028,

de

12 d

e ab

ril d

e19

90, D

ecre

to n

º 99

.274

, de

06 d

e ju

nho

de 1

990

e,

Con

sider

ando

a n

eces

sidad

e de

am

plia

r o n

úmer

o de

pol

uent

es a

tmos

féric

ospa

ssív

eis d

e m

onito

ram

ento

e c

ontr

ole

no P

aís;

Con

sider

ando

que

a P

orta

ria G

M 0

231,

de

27.0

4.76

, pre

via

o es

tabe

leci

men

-to

de

novo

s pad

rões

de

qual

idad

e do

ar q

uand

o ho

uves

se in

form

ação

cie

ntí-

fica

a re

spei

to;

Con

sider

ando

o p

revi

sto

na R

esol

ução

CO

NA

MA

05, d

e 15

.06.

89, q

uein

stitu

iu o

Pro

gram

a N

acio

nal d

e C

ontr

ole

da Q

ualid

ade

do A

r - P

RON

AR,

reso

lve:

Art

. 1º

- Sã

o pa

drõe

s de

qua

lidad

e do

ar

as c

once

ntra

ções

de

polu

ente

sat

mos

féric

os q

ue, u

ltrap

assa

das,

pod

erão

afe

tar

a sa

úde,

a s

egur

ança

e o

bem

-est

ar d

a po

pula

ção,

bem

com

o oc

asio

nar

dano

s à

flora

e à

faun

a, a

osm

ater

iais

e ao

mei

o am

bien

te e

m g

eral

.

Pará

graf

o Ú

nico

- En

tend

e-se

com

o po

luen

te a

tmos

féric

o qu

alqu

er fo

rma

dem

atér

ia o

u en

ergi

a co

m in

tens

idad

e e

em q

uant

idad

e, c

once

ntra

ção,

tem

poou

car

acte

rístic

as e

m d

esac

ordo

com

os n

ívei

s est

abel

ecid

os, e

que

torn

emou

pos

sam

torn

ar o

ar:

I - im

próp

rio, n

ociv

o ou

ofe

nsiv

o à

saúd

e;

II - i

ncon

veni

ente

ao

bem

-est

ar p

úblic

o;

III -

dano

so a

os m

ater

iais,

à fa

una

e flo

ra;

IV -

pre

judi

cial

à s

egur

ança

, ao

uso

e go

zo d

a pr

oprie

dade

e à

s at

ivid

ades

norm

ais d

a co

mun

idad

e.

Art

. 2º

- Pa

ra o

s ef

eito

s de

sta

Reso

luçã

o fic

am e

stab

elec

idos

os

segu

inte

sco

ncei

tos:

I - P

adrõ

es P

rimár

ios d

e Q

ualid

ade

do A

r são

as c

once

ntra

ções

de

polu

ente

squ

e, u

ltrap

assa

das,

pod

erão

afe

tar a

saúd

e da

pop

ulaç

ão;

II - P

adrõ

es S

ecun

dário

s de

Qua

lidad

e do

Ar s

ão as

conc

entr

açõe

s de

polu

ente

sab

aixo

das

qua

is se

pre

vê o

mín

imo

efei

to a

dver

so s

obre

o b

em-e

star

da

popu

laçã

o, a

ssim

com

o o

mín

imo

dano

à fa

una,

à fl

ora,

aos

mat

eria

is e

aom

eio

ambi

ente

em

ger

al.

Pará

graf

o Ú

nico

- O

s pa

drõe

s de

qua

lidad

e do

ar

serã

o o

obje

tivo

a se

rat

ingi

do m

edia

nte

a es

trat

égia

de

cont

role

fixa

da p

elos

pad

rões

de

emiss

ão e

deve

rão

orie

ntar

a e

labo

raçã

o de

Pla

nos R

egio

nais

de C

ontr

ole

de P

olui

ção

do A

r.

Art

. 3º -

Fic

am e

stab

elec

idos

os s

egui

ntes

Pad

rões

de

Qua

lidad

e do

Ar:

I - P

artíc

ulas

Tot

ais e

m S

uspe

nsão

a) P

adrã

o Pr

imár

io

1 - c

once

ntra

ção

méd

ia g

eom

étric

a an

ual d

e 80

(oite

nta)

mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o de

ar.

2 -

conc

entr

ação

méd

ia d

e 24

(vi

nte

e qu

atro

) ho

ras

de 2

40 (

duze

ntos

equ

aren

ta) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

de a

r, qu

e nã

o de

ve se

r exc

edid

am

ais d

e um

a ve

z po

r ano

.

b) P

adrã

o Se

cund

ário

1 - c

once

ntra

ção

méd

ia g

eom

étric

a an

ual d

e 60

(ses

sent

a) m

icro

gram

as p

orm

etro

cúb

ico

de a

r.

2 - c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 24

(vin

te e

qua

tro)

hor

as d

e 15

0 (c

ento

e c

inqü

en-

ta) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

de a

r, qu

e nã

o de

ve se

r exc

edid

a m

ais d

eum

a ve

z po

r ano

.

II - F

umaç

a

a) P

adrã

o Pr

imár

io

1 - c

once

ntra

ção

méd

ia a

ritm

étic

a an

ual d

e 60

(ses

sent

a) m

icro

gram

as p

orm

etro

cúb

ico

de a

r.

2 -c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 24

(vin

te e

qua

tro)

hor

as d

e 15

0 (c

ento

e c

inqü

en-

ta) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

de a

r, qu

e nã

o de

ve se

r exc

edid

a m

ais d

eum

a ve

z po

r ano

.

b) P

adrã

o Se

cund

ário

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por a

no.

VI -

Ozô

nio

a) P

adrã

o Pr

imár

io e

Sec

undá

rio

1 - c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 1

(um

a) h

ora d

e 16

0 (c

ento

e se

ssen

ta) m

icro

gram

aspo

r met

ro c

úbic

o de

ar,

que

não

deve

ser e

xced

ida

mai

s de

uma

vez

por a

no.

VII -

Dió

xido

de

Nitr

ogên

io

a) P

adrã

o Pr

imár

io

1 - c

once

ntra

ção

méd

ia a

ritm

étic

a an

ual d

e 10

0 (c

em) m

icro

gram

as

por m

etro

cúb

ico

de a

r.

2 -

conc

entr

ação

méd

ia d

e 1

(um

a) h

ora

de 3

20 (

trez

ento

s e

vint

e)m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

de a

r.

b) P

adrã

o Se

cund

ário

1- c

once

ntra

ção

méd

ia a

ritm

étic

a an

ual d

e 10

0 (c

em) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúbi

co d

e ar

.

2 - c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 1

(um

a) h

ora d

e 19

0 (c

ento

e n

oven

ta) m

icro

gram

aspo

r met

ro c

úbic

o de

ar.

Art

. 4º -

Fic

am e

stab

elec

idos

os s

egui

ntes

mét

odos

de

amos

trag

em e

aná

lise

dos p

olue

ntes

atm

osfé

ricos

a se

rem

def

inid

os n

as re

spec

tivas

Inst

ruçõ

es N

or-

mat

ivas

:

a) -

Par

tícul

as T

otai

s em

Sus

pens

ão -

Mét

odo

de A

mos

trad

or d

e G

rand

esVo

lum

es o

u M

étod

o Eq

uiva

lent

e.

b) -

Fum

aça

- Mét

odo

da R

efle

tânc

ia o

u M

étod

o Eq

uiva

lent

e.

c) -

Part

ícul

as In

aláv

eis -

Mét

odo

de S

epar

ação

Iner

cial

/Filt

raçã

o ou

Mét

odo

Equi

vale

nte.

d) -

Dió

xido

de

Enxo

fre

- Mét

odo

de P

arar

onas

ilina

ou

Mét

odo

Equi

vale

nte.

e) -

Mon

óxid

o de

Car

bono

- M

étod

o do

Infr

a-Ve

rmel

ho n

ão D

isper

sivo

ouM

étod

o Eq

uiva

lent

e.

f) - O

zôni

o - M

étod

o da

Qui

mio

lum

ines

cênc

ia o

u M

étod

o Eq

uiva

lent

e.

g) -

Dió

xido

de

Nitr

ogên

io -

Mét

odo

da Q

uim

iolu

min

escê

ncia

ou

Mét

odo

1 - c

once

ntra

ção

méd

ia a

ritm

étic

a an

ual d

e 40

(qua

rent

a) m

icro

gram

as p

orm

etro

cúb

ico

de a

r.

2 - c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 24

(vin

te e

qua

tro)

hor

as d

e 10

0 (c

em) m

icro

gram

aspo

r met

ro c

úbic

o de

ar,

que

não

deve

ser e

xced

ida

mai

s de

uma

vez

por a

no.

III -

Part

ícul

as In

aláv

eis

a) P

adrã

o Pr

imár

io e

Sec

undá

rio

1- c

once

ntra

ção

méd

ia a

ritm

étic

a an

ual d

e 50

(cin

qüen

ta) m

icro

gram

as p

orm

etro

cúb

ico

de a

r.

2 - c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 24

(vin

te e

qua

tro)

hor

as d

e 15

0 (c

ento

e c

inqü

en-

ta) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

de a

r, qu

e nã

o de

ve se

r exc

edid

a m

ais d

eum

a ve

z po

r ano

.

IV -

Dió

xido

de

Enxo

fre

a) P

adrã

o Pr

imár

io

1- c

once

ntra

ção

méd

ia a

ritm

étic

a an

ual d

e 80

(oi

tent

a) m

icro

gram

as p

orm

etro

cúb

ico

de a

r.

2- c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 24

(vi

nte

e qu

atro

) ho

ras

de 3

65 (

trez

ento

s e

sess

enta

e c

inco

) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

de a

r, qu

e nã

o de

ve s

erex

cedi

da m

as d

e um

a ve

z po

r ano

.

b) P

adrã

o Se

cund

ário

1 - c

once

ntra

ção

méd

ia a

ritm

étic

a an

ual d

e 40

(qua

rent

a) m

icro

gram

as p

orm

etro

cúb

ico

de a

r.

2 -

conc

entr

ação

méd

ia d

e 24

(vin

te e

qua

tro)

hor

as d

e 10

0 (c

em) m

icro

gram

aspo

r met

ro c

úbic

o de

ar,

que

não

deve

ser e

xced

ida

mai

s de

uma

vez

por a

no.

V - M

onóx

ido

de C

arbo

no

a) P

adrã

o Pr

imár

io e

Sec

undá

rio

1- c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 8

(oito

) hor

as d

e 10

.000

(dez

mil)

mic

rogr

amas

por m

etro

cúb

ico

de a

r (9

ppm

), qu

e nã

o de

ve se

r exc

edid

a m

ais d

e um

a ve

zpo

r ano

.

2 - c

once

ntra

ção

méd

ia d

e 1

(urn

a) h

ora d

e 40

.000

(qua

rent

a mil)

mic

rogr

amas

por m

etro

cúb

ico

de a

r (35

ppm

), qu

e nã

o de

ve se

r exc

edid

a m

ais d

e um

a ve

z

Page 104: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

Equi

vale

nte.

§ 1º

- C

onst

itui-s

e M

étod

o de

Ref

erên

cia,

os m

étod

os a

prov

ados

pel

o In

stitu

-to

Nac

iona

l de

Met

rolo

gia,

Nor

mal

izaç

ão e

Qua

lidad

e In

dust

rial -

INM

ETRO

e na

aus

ênci

a de

les o

s rec

omen

dado

s pel

o IB

AM

A c

omo

os m

ais a

dequ

ados

equ

e de

va se

r util

izad

o pr

efer

enci

alm

ente

.

§ 2º

- Po

derã

o se

r ado

tado

s mét

odos

equ

ival

ente

s aos

mét

odos

de

refe

rên-

cia,

des

de q

ue a

prov

ados

pel

o IB

AM

A.

§ 3º

- Fi

cam

def

inid

as c

omo

cond

içõe

s de

refe

rênc

ia a

tem

pera

tura

de

25ºC

e a

pres

são

de 7

60 m

ilím

etro

s de

colu

na d

e m

ercú

rio (1

.013

,2 m

iliba

res)

.

Art

. 5º -

O m

onito

ram

ento

da

qual

idad

e do

ar é

atr

ibui

ção

dos E

stad

os.

Art

. 6º

- Fic

am e

stab

elec

idos

os N

ívei

s de

Qua

lidad

e do

Ar p

ara

elab

oraç

ãodo

Pla

no d

e Em

ergê

ncia

par

a Ep

isódi

os C

rític

os d

e Po

luiç

ão d

o A

r, vi

sand

opr

ovid

ênci

as d

os g

over

nos d

e Es

tado

e d

os M

unic

ípio

s, a

ssim

com

o de

ent

i-da

des p

rivad

as e

com

unid

ade

gera

l, co

m o

obj

etiv

o de

pre

veni

r gra

ve e

imi-

nent

e ris

co à

saúd

e da

pop

ulaç

ão.

§ lº

- C

onsid

era-

se E

pisó

dio

Crít

ico

de P

olui

ção

do A

r a

pres

ença

de

alta

sco

ncen

traç

ões d

e po

luen

tes n

a at

mos

fera

em

cur

to p

erío

do d

e te

mpo

, res

ul-

tant

e da

oco

rrên

cia

de c

ondi

ções

met

eoro

lógi

cas d

esfa

vorá

veis

à di

sper

são

dos m

esm

os.

§ 2º

- Fi

cam

est

abel

ecid

os o

s Nív

eis d

e A

tenç

ão, A

lert

a e

Emer

gênc

ia, p

ara

aex

ecuç

ão d

o Pl

ano.

§ 3º

- N

a de

finiç

ão d

e qu

alqu

er d

os n

ívei

s enu

mer

ados

pod

erão

ser c

onsid

e-ra

das c

once

ntra

ções

de

dióx

ido

de e

nxof

re, p

artíc

ulas

tota

is em

susp

ensã

o,pr

odut

o en

tre

part

ícul

as to

tais

em su

spen

são

e di

óxid

o de

enx

ofre

, mon

óxid

ode

car

bono

, ozô

nio,

par

tícul

as in

aláv

eis,

fum

aça,

dió

xido

de

nitr

ogên

io, b

emco

mo

a pr

evisã

o m

eteo

roló

gica

e o

s fat

os e

fato

res i

nter

veni

ente

s pre

vist

os e

espe

rado

s.

§ 4º

- A

s pro

vidê

ncia

s a se

rem

tom

adas

a p

artir

da

ocor

rênc

ia d

os N

ívei

s de

Ate

nção

e d

e A

lert

a tê

m p

or o

bjet

ivo

evita

r o a

tingi

men

to d

o N

ível

de

Emer

-gê

ncia

.

§ 5º

- O

Nív

el d

e A

tenç

ão se

rá d

ecla

rado

qua

ndo,

pre

vend

o-se

a m

anut

ençã

oda

s em

issõe

s, b

em c

omo

cond

içõe

s met

eoro

lógi

cas d

esfa

vorá

veis

à di

sper

-sã

o do

s pol

uent

es n

as 2

4 (v

inte

e q

uatr

o) h

oras

subs

eqüe

ntes

, for

atin

gida

um

a

ou m

ais d

as c

ondi

ções

a se

guir

enum

erad

as:

a) -

conc

entr

ação

de

dióx

ido

de e

nxof

re (S

O2),

méd

ia d

e 24

(vin

te e

qua

tro)

hora

s, d

e 80

0 (o

itoce

ntos

) mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o;

b) -

con

cent

raçã

o de

par

tícul

as t

otai

s em

sus

pens

ão, m

édia

de

24 (v

inte

equ

atro

) hor

as, d

e 37

5 (t

reze

ntos

e se

tent

a e

cinc

o) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúbi

co;

c) -

pro

duto

, igu

al a

65x

103,

ent

re a

con

cent

raçã

o de

dió

xido

de

enxo

fre

(SO

2) e

a co

ncen

traç

ão d

e pa

rtíc

ulas

tot

ais

em s

uspe

nsão

- a

mba

s em

mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o, m

édia

de

24 (v

inte

e q

uatr

o) h

oras

;

d) -

conc

entr

ação

de

mon

óxid

o de

car

bono

(CO

), m

édia

de

08 (o

ito) h

oras

,de

17.

000

(dez

esse

te m

il) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

(15

ppm

);

e) -

conc

entr

ação

de

ozôn

io, m

édia

de

1 (u

ma)

hor

a, d

e 40

0 (q

uatr

ocen

tos)

mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o;

f) - c

once

ntra

ção

de p

artíc

ulas

inal

ávei

s, m

édia

de

24 (v

inte

e q

uatr

o) h

oras

,de

250

(duz

ento

s e c

inqü

enta

) mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o;

g) -

con

cent

raçã

o de

fum

aça,

méd

ia d

e 24

(vi

nte

e qu

atro

) ho

ras,

de

250

(duz

ento

s e c

inqü

enta

) mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o.

h) -

conc

entr

ação

de

dióx

ido

de n

itrog

ênio

(NO

2), m

édia

de

1 (u

ma)

hor

a, d

e11

30 (h

um m

il ce

nto

e tr

inta

) mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o.

§ 6º

- O

Nív

el d

e A

lert

a se

rá d

ecla

rado

qua

ndo,

pre

vend

o-se

a m

anut

ençã

oda

s em

issõe

s, b

em c

omo

cond

içõe

s met

eoro

lógi

cas d

esfa

vorá

veis

à di

sper

-sã

o de

pol

uent

es n

as 2

4 (v

inte

e q

uatr

o) h

oras

subs

eqüe

ntes

, for

atin

gida

um

aou

mai

s das

con

diçõ

es a

segu

ir en

umer

adas

:

a) -

conc

entr

ação

de

dióx

ido

de e

nxof

re (S

O2),

méd

ia d

e 24

(vin

te e

qua

tro)

hora

s, 1

.600

(hum

mil

e se

iscen

tos)

mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o;

b) -

con

cent

raçã

o de

par

tícul

as t

otai

s em

sus

pens

ão, m

édia

de

24 (v

inte

equ

atro

) hor

as, d

e 62

5 (s

eisc

ento

s e

vint

e e

cinc

o) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúbi

co;

c) -

prod

uto,

igua

l a 2

61 x

103

, ent

re a

conc

entr

ação

de

dióx

ido

de e

nxof

re(S

O2)

e a

conc

entr

ação

de

part

ícul

as to

tais

em su

spen

são

- am

bas e

m m

icro

gram

aspo

r met

ro c

úbic

o, m

édia

de

24 (v

inte

e q

uatr

o) h

oras

;

Page 105: GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA PERNAMBUCANA DE ... · As indœstrias de papel e celulose tŒm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargas

d) -

conc

entr

ação

de

mon

óxid

o de

car

bono

(CO

), m

édia

de

8 (o

ito) h

oras

, de

34.0

00 (t

rinta

e q

uatr

o m

il) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

(30

ppm

);

e) -

con

cent

raçã

o de

ozô

nio,

méd

ia d

e 1

(um

a) h

ora,

de

800

(oito

cent

os)

mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o;

f) - c

once

ntra

ção

de p

artíc

ulas

inal

ávei

s, m

édia

de

24 (v

inte

e q

uatr

o) h

oras

,de

420

(qua

troc

ento

s e v

inte

) mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o.

g) -

con

cent

raçã

o de

fum

aça,

méd

ia d

e 24

(vi

nte

e qu

atro

) ho

ras,

de

420

(qua

troc

ento

s e v

inte

) mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o.

h) -

conc

entr

ação

de

dióx

ido

de n

itrog

ênio

(NO

2), m

édia

de

1(ur

na) h

ora

de2.

260

(doi

s mil,

duz

ento

s e se

ssen

ta) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico.

§ 7º

- O

nív

el d

e Em

ergê

ncia

será

dec

lara

do q

uand

o, p

reve

ndo-

se a

man

uten

-çã

o da

s em

issõe

s, b

em c

omo

cond

içõe

s met

eoro

lógi

cas d

esfa

vorá

veis

à di

s-pe

rsão

dos

pol

uent

es n

as 2

4 (v

inte

e q

uatr

o) h

oras

subs

eqüe

ntes

, for

atin

gida

uma

ou m

ais d

as c

ondi

ções

a se

guir

enum

erad

as:

a) -

conc

entr

ação

de

dióx

ido

de e

nxof

re (S

O2 )

, méd

ia d

e 24

(vin

te e

qua

tro)

hora

s, d

e 2.

100

(doi

s mil

e ce

m) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico;

b) -

con

cent

raçã

o de

par

tícul

as t

otai

s em

sus

pens

ão, m

édia

de

24 (v

inte

equ

atro

) hor

as, d

e 87

5 (o

itoce

ntos

e se

tent

a e

cinc

o) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúbi

co;

c) -

prod

uto,

igua

l a 3

93 x

103

, ent

re a

con

cent

raçã

o de

dió

xido

de

enxo

fre

(SO

2) e

a co

ncen

traç

ão d

e pa

rtíc

ulas

tot

ais

em s

uspe

nsão

- a

mba

s em

mic

rogr

amas

por

met

ro c

úbic

o, m

édia

de

24 (v

inte

e q

uatr

o) h

oras

;

d) -

conc

entr

ação

de

mon

óxid

o de

car

bono

(CO

), m

édia

de

8 (o

ito) h

oras

, de

46.0

00 (q

uare

nta

e se

is m

il) m

icro

gram

as p

or m

etro

cúb

ico

(40

ppm

);

e) -

con

cent

raçã

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§ 8º

- C

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os a

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ncia

par

a in

dica

r as a

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idad

es re

spon

sá-

veis

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ção

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sos n

ívei

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lara

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e co

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icaç

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e m

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§ 9º

- D

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te a

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ênci

a do

s nív

eis a

cim

a re

ferid

os, a

s fon

tes d

e po

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icar

ão, n

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ea a

tingi

da, s

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tas à

s res

triç

ões p

revi

amen

te e

stab

elec

i-da

s pel

o ór

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de c

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l.

Art

. 7º

- Out

ros P

adrõ

es d

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do A

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a po

luen

tes,

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os a

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idos

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AM

A, s

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nec

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rio.

Art

. 8º -

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uant

o ca

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stad

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de

Cla

sse

I, II

e III

men

cio-

nada

s no

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2, s

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m 2

.3, d

a Re

solu

ção

CO

NA

MA

nº 0

05/8

9, se

rão

ado-

tado

s os

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rões

prim

ário

s de

qua

lidad

e do

ar

esta

bele

cido

s ne

sta

Reso

lu-

ção.

Art

. 9º -

Est

a Re

solu

ção

entr

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vig

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e su

a pu

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ação

, rev

ogad

asas

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m c

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ário

.

Tân

ia M

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Ton

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Mun

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/ Jos

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