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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM - CENTRAL Av. Nossa Senhora do Carmo, 90 – Savassi Belo Horizonte – MG CEP 30.330-000 – Tel: (31) 3328-7700 DATA: 05/06/2008 Página: 1/12 PARECER ÚNICO nº 095/2008 PROTOCOLO Nº 324808/2008 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00040/1979/064/2007 LICENÇA DE OPERAÇÃO DEFERIDA Adendo ao parecer único nº 074/2008 Outorga: Decreto 20.370/80 APEF : Não Aplica Reserva legal Nº 00866/2007 Empreendimento: Gerdau Açominas S/A VALIDADE: 4 anos CNPJ: 17.227.422/0001-05 Município: Ouro Branco/MG Unidade de Conservação: Não há Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe E-02-02-1 Expansão da Usina Termoelétrica 5 Medidas mitigadoras: X SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM X NÃO Condicionantes: SIM Automonitoramento: X SIM NÃO Responsável Técnico pelo empreendimento: Daniel Antonio M. de Mesquita Registro de classe CREA nº 18.217/D Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Francisco Antônio Fróes de Carvalho Registro de classe M-440.272-SSPMG Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM SITUAÇÃO 00040/1979/055/2005 LI Concedida Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 02955/2007 e 04183/2008 DATA: 31/08/2007 e 27/03/2008 Data: 05/06/2008 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Celso Rocha Barbalho MASP 1149001-8 Sergio Cruz OAB 83.170 Laércio Capanema Marques MASP 1148544-8 Visto: José Flávio Mayrink Pereira Data: __/__/____

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PARECER ÚNICO nº 095/2008 PROTOCOLO Nº 324808/2008 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00040/1979/064/2007 LICENÇA DE

OPERAÇÃO DEFERIDA

Adendo ao parecer único nº 074/2008 Outorga: Decreto 20.370/80

APEF : Não Aplica

Reserva legal Nº 00866/2007 Empreendimento: Gerdau Açominas S/A VALIDADE: 4 anos CNPJ: 17.227.422/0001-05 Município: Ouro Branco/MG Unidade de Conservação: Não há Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe

E-02-02-1 Expansão da Usina Termoelétrica 5 Medidas mitigadoras: X SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM X NÃO Condicionantes: SIM Automonitoramento: X SIM NÃO Responsável Técnico pelo empreendimento: Daniel Antonio M. de Mesquita

Registro de classe CREA nº 18.217/D

Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Francisco Antônio Fróes de Carvalho

Registro de classe M-440.272-SSPMG

Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM SITUAÇÃO 00040/1979/055/2005 LI Concedida Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 02955/2007 e 04183/2008

DATA: 31/08/2007 e 27/03/2008

Data: 05/06/2008 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Celso Rocha Barbalho MASP 1149001-8

Sergio Cruz OAB 83.170

Laércio Capanema Marques MASP 1148544-8

Visto:

José Flávio Mayrink Pereira

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1. INTRODUÇÃO

Este parecer tem como objetivo subsidiar a tomada de decisão dos conselheiros quanto à situação da empresa em relação ao licenciamento ambiental, visto que o processo foi baixado em diligência na reunião da Unidade Regional Colegiada do COPAM – Bacia do Rio Paraopeba, em 27/05/2008 para esclarecimentos da área técnica quanto aos estudos acerca dos impactos ambientais possivelmente causados pela expansão da usina termoelétrica dentro da planta industrial da GERDAU Açominas.

2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O local escolhido para implantação da nova termoelétrica localiza-se dentro da planta industrial da GERDAU Açominas S/A, junto à central termoelétrica existente. Quando do deferimento da Licença de instalação – LI nº 150 para expansão da usina termoelétrica – Processo 00040/1979/055/2005 foram solicitadas pelo COPAM as seguintes condicionantes: 1 – Apresentar desenhos contendo fluxogramas balanceados, arranjo geral, cortes e ficha de dados técnicos para a Recirculação de água de uso indireto da Central Termoelétrica. Foi apresentado o documento nº 2F09D06-A-8001-001-A protocolado na FEAM sob nº F016635/2007 datado de 28/02/2007. Foram ainda apresentadas as seguintes informações: Recirculação uso indireto da Central Termoelétrica – O sistema de recirculação de água do turbo gerador soprador será composto de uma torre de resfriamento de tiragem induzida em contra-corrente. Nesta torre a água será resfriada de 42 ºC para 32 ºC e, posteriormente, bombeada para os condensadores da turbina, soprador e refrigeração do gerador e mancais dos motores da central termoelétrica. O sistema de refrigeração atenderá os seguintes equipamentos já existentes:

• Conjunto hidráulico para controle do soprador 2; • Resfriador A/B de óleo lubrificante do turbo soprador 2; • Pedestral do turbo soprador 2 e; • Condensador.

Foram apresentados os seguintes desenhos: 2D08A12-C-1000-001; 2D08A01-C-1000-100 E 2D08A03-Q-1000-001-A. 2 – Apresentar desenhos contendo plantas e detalhes dos seguintes sistemas de drenagem pluvial:

• Área de Central térmica

Foi apresentado o documento nº 2F09F06-A-8000-001-A protocolado na FEAM sob nº F016635/2007 datado de 28/02/2007. Foram ainda apresentados os seguintes desenhos:

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1E10Z02-L-0508001 REV. A - Redes de efluentes industriais e de águas pluviais- Planta Geral ; 1E10Z02-L-5143 REV. D ; 1E10Z02-L-5144 REV.C ; 1E10Z02-L-5145 REV. C ; 1E10Z02-L-5146 REV.C ( Ligações transversais das caixas e boca de lobo a rede principal). Particularmente para a área da Central Termoelétrica 2 foram apresentados os seguintes desenhos: 2D11P02-L-1000-001-H e 2D11P02-L-1001-001-C Foi apresentado ainda Autorização emitida pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, conforme Resolução Autorizativa nº 1.035 de 4 de setembro de 2007, à Gerdau Açominas S.A. relativa a ampliação da UTE.

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Em atendimento a nova capacidade produtiva prevista de 4 Mt/ano de aço líquido, a expansão da central termoelétrica foi constituída da instalação junto à central termoelétrica existente de mais um turbo gerador e um soprador para abastecimento do alto-forno 2, reduzindo a dependência de suprimento energético da concessionária (CEMIG). Para o fornecimento de vapor à turbina foi implantada uma nova caldeira (capacidade de 200 t/h) de vapor. A caldeira utilizará como combustível, além de gás natural, a mistura de gases gerados nos altos-fornos 1 e 2 (GAF I e II), nas coquerias 1 e 2 (GCO I e II) e nos convertedores 1 e 2 da aciaria (GAC I e II). Para garantir o bom funcionamento do turbo gerador soprador, foram instalados equipamentos e instalações auxiliares tais como a expansão da subestação e sala elétrica existente, sistema de refrigeração de água e sistema de distribuição dos gases de aciaria e da coqueria. A água utilizada no resfriamento dos equipamentos da expansão da Central Termoelétrica e de seus auxiliares não será contaminada, pois não terá contato direto com o produto sendo apenas resfriada e recirculada.

4. RESERVA LEGAL

A construção da usina demandou ações de terraplenagem e desmatamento inerentes a implantação de empreendimentos deste porte. Em virtude disso, o que hoje existe, em relação à antiga vegetação existente, são sítios em característico estado de regeneração e em estados sucessionais mais diversos: as capoeiras. Foi apresentada certidão do registro de imóvel constando a averbação da reserva legal de uma porção de terras denominado “Fazenda Bessa”, cuja área total é de 1.421,75 ha, tendo sido averbada uma área de 411,59 ha, correspondendo a 28,95% do total da área , onde se localiza o complexo Siderúrgico da Usina Presidente Arthur Bernardes – Gerdau Açominas. Em 21 de junho de 2006, foi promulgada a Lei N0 2.624 do Município de Congonhas que dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo no Município de Congonhas e que decretou a

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área onde hoje se localiza grande parte da Usina da Gerdau Açominas, como Zona Urbana Especial do Complexo Siderúrgico da Açominas. Conforme informação apresentada pelo empreendedor esta área não apresenta característica de zona rural. 4.1 – Área de Preservação permanente – APP O local escolhido para expansão da termoelétrica não está inserido em área de preservação permanente. 4.2 – Autorização para exploração florestal A área de expansão da termoelétrica ocorre dentro do complexo industrial já implantado na Usina Presidente Arthur Bernardes, portanto não houve necessidade de supressão vegetal. 4.3 - Existência ou não de impacto relevante e não mitigável para fins de compensação ambiental O local escolhido para expansão da termoelétrica localiza-se dentro da planta industrial da GERDAU Açominas S/A, local onde já existe uma termoelétrica. Durante vistoria, foi verificado que os impactos da implantação do empreendimento foram pequenos, uma vez que as intervenções mais agressivas ao meio biótico e físico, como desmatamento e terraplanagem, já foram realizadas (quando da implantação da usina Presidente Arthur Bernardes). Diante disto entendemos não haver impacto relevante e não mitigável para fins de compensação ambiental.

5. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

A implantação deste empreendimento não implicará na necessidade de aumento da capacidade de captação de água pela GERDAU AÇOMINAS. Além disto, a Termoelétrica possuirá como parte integrante das suas operações sistemas de recirculação de água fechado. Este consumo será basicamente relacionado à necessidade de reposição de perdas geradas em decorrência de eventuais purgas e evaporações. No entanto a GERDAU AÇOMINAS dispõe de um Decreto Nº 20.370, publicado no Minas Gerais em 05/01/80, que autoriza por 30 anos a captação pela empresa de uma vazão de 4m³/s no rio Soledade na divisa dos municípios de Congonhas e Ouro Preto, e 6m³/s de vazão máxima no rio Maranhão. Atualmente o consumo na Usina Presidente Arthur Bernardes é de 0,8 m³/s ou 2.793,39 m³/h e não há captação no rio Maranhão, ficando o abastecimento de água proveniente apenas do rio Soledade. Em 25 de outubro de 2004 a Gerdau Açominas enviou uma correspondência ao IGAM, solicitando a emissão de um parecer sobre a necessidade da empresa revalidar a sua outorga

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concedida originalmente através do Decreto 20.379 de 04 de janeiro de 1980, em face das alterações na legislação de recurso hídricos. Em 09 de dezembro de 2004, o IGAM enviou o ofício CE/DIC-DvRC N0 247/2004, informando que o Decreto Estadual 20.379/80 estava vigente e com prazo de validade até 01/01/2010. Atualmente são consumidos 0,8 m³/s e está prevista uma vazão de aproximadamente 1,10 m³/s quando a expansão estiver concluída (Sinter II, Alto Forno II, Coqueria II, Forno Panela II). A Gerdau Açominas informou ainda que em outubro de 2006, a mesma contratou a Fundação Gorceix com o objetivo de realização dos seguintes estudos, que subsidiarão o pedido de renovação de outorga de recursos hídricos, a ser requerida ao IGAM: - Realização do levantamento batimétrico do reservatório Soledade com a definição de uma sistemática a ser padronizada para as medições futuras; - Realização de fotogrametria das áreas de entorno de reservatório Soledade para o monitoramento da acumulação de sedimento e evolução das erosões; - Determinação das curvas: cota x área x volume; - Identificação dos pontos críticos de assoreamento do Lago soledade que deverão ser recuperados por dragagem, estabelecendo a melhor forma e as áreas prioritárias; - Avaliação da capacidade máxima presente de fornecimento de água para a Usina pelo reservatório Soledade, considerando as condições atuais de suas áreas de recarga; - Levantamento das condições de preservação e de uso do solo na área de recarga identificando pontos críticos ou de maior relevância no abastecimento do lago Soledade que demandem ações da parte da Gerdau; - Projeção da capacidade de produção futura do reservatório Soledade, considerando-se os diferentes cenários de alterações do uso do solo e condições pluviométricas extremas; - Cadastramento dos córregos tributários e das nascentes, acompanhado da avaliação quantitativa e qualitativa de suas águas; - Consolidar os fluxos superficiais, sub-superficiais e as perdas num balanço hídrico que facilite o gerenciamento do lago Soledade como um todo; - Cadastramento dos dispositivos existente de controle de aporte de sólidos para o lago Soledade identificando sua operacionalidade, dimensionamento e medidas de melhoria que forem aplicáveis; - Identificação das erosões que contribuem para o assoreamento e estabelecimento das áreas prioritárias para recuperação;

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- Definição de um Plano de Monitoramento Hidrológico, Hidrogeológico e Sedimentológico a ser realizado pela Gerência de Meio Ambiente/Gerdau Açominas. A Gerdau Açominas também nos foi informou através do ofício nº 008/2008 protocolado na SUPRAM em 29/05/2008 sob nº R060880/2008, que está implantando 06 medidores de vazão dos efluentes industriais e pluviais, e que deverão estar em funcionamento em novembro de 2008, além da medição de toda água que entra na Usina através de hidrômetros instalados na Estação de Tratamento de Água - ETA. Conforme informação prestada o índice de recirculação de água na Gerdau Açominas nos últimos 12 meses foi de 95,1%, o que indica que menos de 5% de água nova é adicionando ao processo.

6. IMPACTOS IDENTIFICADOS

Consideram-se como relevantes as emissões de compostos gasosos, em especial o dióxido de enxofre gerado na queima de combustíveis, quando são liberados também os óxidos de nitrogênio, o dióxido e o monóxido de carbono. Emissões atmosféricas da expansão da central termoelétrica As emissões atmosféricas geradas na expansão da Central Termoelétrica consistirão nos gases resultantes da queima das misturas de gases (GCO, GAC, GAF e Gás Natural) na nova caldeira implantada. Efluentes líquidos Os efluentes líquidos gerados na Central Termoelétrica serão os esgotos sanitários gerados nos escritórios e as águas pluviais drenadas na área da unidade. Os esgotos sanitários de todas as unidades que compõem a usina da GERDAU AÇOMINAS estão interligados à rede coletora própria de efluentes sanitários e são tratados na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) existente. As águas pluviais drenadas nas várias unidades da usina vertem para cinco lançamentos distintos (A/B, C, D, E, F). Não haverá geração de efluentes industriais, pois os sistemas de resfriamento dos equipamentos serão em sistemas fechados. Resíduos Sólidos O único resíduo gerado será o pó contido no sistema de despoeiramento do Turbo Gerador Soprador. Ruídos gerados. A GERDAU AÇOMINAS tem um elevado potencial de emissões de ruídos, devido à presença de maquinário e dos equipamentos. Em relação à nova termoelétrica, presença da caldeira, turbina soprador e ventilador, que irá contribuir com o aumento da pressão sonora.

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7. MEDIDAS MITIGADORAS

Emissões Atmosféricas Para o controle das emissões atmosféricas de geração contínua dos gases resultantes da queima da mistura de gases na caldeira foi implantado sistema automático de combustão, bem como a utilização contínua de gás misto visando manter a concentração máxima de NOx/SO2 em 500 mg/Nm³. Para medir a eficiência deste sistema de combustão, foram instalados nas chaminés da caldeira, medidores contínuos para CO2, CO, N2, NOx, SO2 e material particulado que deverão atender aos valores estabelecidos pela Lei. Efluentes Líquidos Os esgotos sanitários das instalações implantadas estão interligados à rede coletora da usina e é tratado na ETE já existente, que foi construída para suportar futuras expansões do empreendimento, isto é vazão de 2880 m3 / dia e carga de DBO de 864 Kg/dia. Após a expansão está previsto uma vazão de 1846 m3 / dia e DBO de 370 Kg/dia. A ETE é composta basicamente de um canal de chegada com gradeamento, para retenção de sólidos grosseiros e dispositivos de medição da vazão (calha Parshall). O tratamento é feito em duas lagoas de estabilização operadas em série, sendo a primeira aerada-aeróbica e a segunda aerada-facultativa. O efluente da ETE é direcionado para o Ribeirão Gurita classificado na classe III. Devido à carga orgânica reduzida dos esgotos da Usina, a instalação está superdimensionada para as condições atuais e futuras devido a sua capacidade volumétrica e a potência de aeração. As principais características da ETE são: LAGOA AERADA-AERÓBICA Área superficial: 2.340 m2 Profundidade: 2,60 m Volume: 6.084 m3 Potência de aeração: 165 CV (11 aeradores de 15 C.V.) LAGOA AERADA FACULTATIVA: Área superficial: 10.500 m2 Profundidade: 4,0 m Volume: 42.000 m3 Potência de Aeração: 25 C.V. (5 aeradores de 5 C.V.). A verificação da eficiência do tratamento é realizada mensalmente através da análise dos parâmetros pH, DBO e óleos e graxas no ponto denominado pH ETE.

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Os resultados dos últimos 12 meses estão mostrados nos gráficos abaixo. Cabe ressaltar que os resultados dos monitoramentos da ETE são encaminhados regularmente para a FEAM.

pH

7,77,58,98,18,18,48,37,8

7,17,39,0

8,0

0,0

3,0

6,0

9,0

12,0

DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

DBO5mg/l

6,6

21,0 21,020,0

2,0

26,022,0

35,0

22,0

36,031,0

2,0

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

O & Gmg/l

1,9 2,81,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,01,0 1,0 1,0

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

Conforme as condições de projeto, a estação de tratamento de esgotos sanitários da GERDAU Açominas é capaz de receber e tratar adicionalmente os esgotos gerados pelo acréscimo dos novos funcionários locados para atender a expansão da termoelétrica. A manutenção da ETE é feita de acordo com os procedimentos e cronogramas da GERDAU AÇOMINAS.

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As águas pluviais da área da expansão da Central Termoelétrica são coletadas e direcionadas para o sistema de drenagem de água pluvial existente, sendo lançadas no lançamento de águas pluviais, denominado ponto E, e posteriormente para o ribeirão Gurita mencionado acima. Recirculação uso indireto da Central Termoelétrica – O sistema de recirculação de água do turbo gerador soprador é composto de uma torre de resfriamento de tiragem induzida em contra-corrente. Nesta torre a água será resfriada de 42 ºC para 32 ºC e, posteriormente, bombeada para os condensadores da turbina, soprador e refrigeração do gerador e mancais dos motores da central termoelétrica. O sistema de refrigeração foi instalado para atender os seguintes equipamentos já existentes:

• Conjunto hidráulico para controle do soprador 2; • Resfriador A/B de óleo lubrificante do turbo soprador 2; • Pedestral do turbo soprador 2 e; • Condensador.

Resíduos Sólidos Os resíduos constituídos de Pó do sistema de despoeiramentos do Turbo Gerador Soprador, resíduo classe II, são reciclados na sinterização. Ruído Em relação ao ruído a Gerdau Açominas apresenta atendimento aos padrões de conforto acústico estabelecido em normas e legislação vigentes para a circunvizinhança da empresa. Entretanto, como medida preventiva será objeto de condicionante.

8. CONTROLE PROCESSUAL

Trata-se de requerimento de Licença de Operação - ampliação, cuja atividade predominante é a expansão de usina termoelétrica pela Gerdau Açominas S.A. no município de Ouro Branco. O processo encontra -se formalizado e instruído com a documentação exigível, estando em concordância com a Deliberação Normativa COPAM nº74/04 e a Resolução CONAMA 237/97. A análise técnica informa tratar-se de um empreendimento classe 5, concluindo pela concessão da licença pleiteada, desde que atendidas as condicionantes propostas, constantes dos Anexos I e II, pelo prazo de validade de quatro anos. Ressalte-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis, devendo tal observação constar do Certificado de Licenciamento Ambiental a ser emitido.

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Insta salientar que em caso de descumprimento das condicionantes e/ou qualquer alteração, modificação, ampliação realizada sem comunicar o órgão licenciador torna o empreendimento passível a autuação.

9. CONCLUSÃO

Pelo exposto, opina-se pela concessão da Licença de Operação à GERDAU AÇOMINAS AS – Usina Presidente Arthur Bernardes, para sua unidade de expansão da usina termoelétrica, condicionado às determinações constantes nos Anexos I e II e ao atendimento dos padrões da Legislação Ambiental do Estado.

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Belo Horizonte – MG CEP 30.330-000 – Tel: (31) 3328-7700

DATA: 05/06/2008 Página: 11/12

ANEXO I

Processo COPAM Nº: 00040/1979/064/2007 Classe/Porte: 5/médio Empreendimento: Gerdau Açominas S/A Atividade: Expansão da Usina Termoelétrica Endereço: Rodovia MG 443 – km 07 Localização: Fazenda do Cadete 07 – Zona Rural Município: Ouro Branco Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 4 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO*

1 Executar o Programa de Automonitoramento conforme definido no Anexo II.

Durante a vigência da LO

(*) Contado a partir da data de concessão da licença.

Page 12: GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - … · Em 21 de junho de 2006, foi promulgada a Lei N0 2.624 do Município de Congonhas que dispõe sobre normas de uso e ocupação do solo no

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

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Belo Horizonte – MG CEP 30.330-000 – Tel: (31) 3328-7700

DATA: 05/06/2008 Página: 12/12

ANEXO II

Processo COPAM Nº: 00040/1979/064/2007 Classe/Porte: 5/médio Empreendimento: Gerdau Açominas S/A Atividade: Expansão da Usina Termoelétrica Endereço: Rodovia MG 443 – km 07 Localização: Fazenda do Cadete 07 – Zona Rural Município: Ouro Branco Referência: AUTOMONITORAMENTO

1. EFLUENTE ATMOSFÉRICOS

Local de amostragem Parâmetros Freqüência

Chaminé da Caldeira CO2, CO, N2, NOx, SO2, material particulado

Mensal

Relatórios: Enviar a SUPRAM CENTRAL semestralmente, até o dia 10 do mês subseqüente ao mês de vencimento, os resultados das analises efetuadas, acompanhados pelas respectivas planilhas de campo e de laboratório, bem como a dos certificados de calibração dos equipamentos de amostragem. Os relatórios deverão conter a identificação, registro profissional, anotação de responsabilidade técnica e a assinatura do responsável pelas amostragens. Deverão também, ser informado os dados operacionais e identificação da caldeira no qual foi realizada a amostragem. Os resultados apresentados nos laudos analíticos deverão ser expressos em mg/Nm3.. O padrão adotado para o parâmetro “Material Particulado” deverá atender ao limite estabelecido na DN COPAM 11/86. Método de amostragem: normas ABNT, CETESB ou Environmental Protection Agency – EPA ou outras aceitas internacionalmente. 2. RUÍDO Enviar semestralmente a SUPRAM CENTRAL os resultados das medições de ruído, em no mínimo 4 pontos, nos limites da empresa, durante período de funcionamento do empreendimento, de acordo com a Lei Estadual nº 10.100 de 17/01/1990, sendo que o primeiro relatório deverá ser enviado à SUPRAM CENTRAL, no máximo em 90 (noventa) dias, contados a partir da data de concessão da Licença de Operação. Os demais resultados das análises efetuadas, até o 10º dia do mês de vencimento do prazo estabelecido. O relatório deverá ser de laboratórios cadastrados conforme DN 89/05 e deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises.