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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM - CM Av. Senhora do Carmo, 90-Carmo. CEP: 303330-000 Belo Horizonte-MG DATA: 18/05/2011 Página: 1/31 Parecer Único: No 128/2011 Protocolo: 0348967/2011 Licenciamento Ambiental: 00326/1996/012/2011 Lic. de Instalação Corretiva Outorga: processo nº 2774/2008 VALIDADE: 06 anos DAIA Nº: 00551/2011 DNPM: 835.954/1994 Reserva Legal: averbada na Comarca de Betim URC: Paraopeba Empreendimento: Mineração Usibrita Ltda CNPJ: 18.820.688/0001-11 Município: Betim Unidade de conservação: não Bacia hidrográfica: Rio São Francisco Sub-bacia hidrográfica: Paraopeba Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe A-02-09-7 Extração de Rocha para Produção de Britas com/sem Tratamento (gnaisse). A-05-01-0 Unidade de tratamento de minerais - UTM A-05-02-9 Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos, produtos e oficinas) A-05-05-3 Estradas para transporte de minério/estéril 5 Medidas Mitigadoras: SIM Compensações Ambientais: SIM Medidas Compensatórias: SIM Condicionantes: SIM Responsável Técnico pelos Estudos Apresentados: Patrick Luiz de Castro Rocha Ferreira CREA 94240/D Auto de Fiscalização: 044447/2011 DATA: 05/04/2011 Data: 13/04/2011 Equipe Interdisciplinar: CI / MASP / OAB Assinatura Anderson Marques Martinez Lara 1.147.779-1 Cristina Campos de Faria 1.197.306-2 Igor Rodrigues Costa Porto 1206003-4 Raphael Medina Gomes de Andrade 1.227.986-5 Rodrigo Soares Val 1.148.246-0 De Acordo: Isabel Cristina R.C. Meneses Diretora Técnica MASP: 1.043.798-6 Ass: Data: ___/___/___

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Parecer Único: No 128/2011 Protocolo: 0348967/2011 Licenciamento Ambiental: 00326/1996/012/2011 Lic. de Instalação Corretiva Outorga: processo nº 2774/2008 VALIDADE: 06 anos DAIA Nº: 00551/2011 DNPM: 835.954/1994 Reserva Legal: averbada na Comarca de Betim URC: Paraopeba Empreendimento: Mineração Usibrita Ltda CNPJ: 18.820.688/0001-11 Município: Betim Unidade de conservação: não Bacia hidrográfica: Rio São Francisco

Sub-bacia hidrográfica: Paraopeba

Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe

A-02-09-7 Extração de Rocha para Produção de Britas com/sem Tratamento (gnaisse).

A-05-01-0 Unidade de tratamento de minerais - UTM A-05-02-9 Obras de infra-estrutura (pátios de resíduos, produtos e

oficinas) A-05-05-3 Estradas para transporte de minério/estéril

5

Medidas Mitigadoras: SIM Compensações Ambientais: SIM Medidas Compensatórias: SIM Condicionantes: SIM Responsável Técnico pelos Estudos Apresentados: Patrick Luiz de Castro Rocha Ferreira

CREA 94240/D

Auto de Fiscalização: 044447/2011 DATA: 05/04/2011 Data: 13/04/2011 Equipe Interdisciplinar: CI / MASP / OAB Assinatura Anderson Marques Martinez Lara 1.147.779-1

Cristina Campos de Faria 1.197.306-2

Igor Rodrigues Costa Porto 1206003-4

Raphael Medina Gomes de Andrade 1.227.986-5

Rodrigo Soares Val 1.148.246-0

De Acordo: Isabel Cristina R.C. Meneses Diretora Técnica MASP: 1.043.798-6 Ass: Data: ___/___/___

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1. INTRODUÇÃO Esse Parecer Único (PU) foi baseado nos Estudos de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) e Plano de Controle Ambiental (PCA) apresentados pelo empreendedor, nas informações fornecidas em vistoria, nas verificadas pelo Sistema Integrado de Informação Ambiental (SIAM), Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais (ZEE) e site do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A Empresa de Mineração Usibrita Ltda, localizada no município de Betim, Fazenda Santa Cruz, requer junto ao Conselho de Política Ambiental (COPAM) sua Licença de Instalação Corretiva (LIC) de parte da jazida da Mina Santa Cruz. A extração de rocha gnáissica, britagem e classificação a seco visa ao mercado de agregados para a construção civil. A produção anual da mina será de 500.000 m³/ano a 1.000.000 m3/ano O empreendimento minerário está inserido na área de concessão DNPM 835.954/1994, localizada no município de Betim. A poligonal minerária citada pertencia à Mineração Betimbrita. Durante o período de concessão da poligonal, a empresa obteve a Licença Prévia (LP) para extração de gnaisse. Posteriormente, obteve a Licença de Instalação (LI) com validade até abril de 2004, prorrogada até agosto de 2008. No entanto, em 2008 a Betimbrita teve o requerimento da Licença de Operação (LO) indeferido pelo COPAM. Em 2010 a Usibrita, detentora do polígono minerário 831.939/1997 vizinho, adquiriu o direito minerário (DNPM 835.954/1994) da Betimbrita e requereu a LIC para a área, que encontra-se paralisada. Em relação ao DNPM, o polígono possui Regime de Concessão de Lavra ativo.

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Imagem 01. Vista do polígono minerário 835.954/1994 e a região metropolitana de BH. Fonte: Sigmine (DNPM), março de 2011.

Á área adquirida encontra-se impactada por atividade de lavra desde aproximadamente 1975. O maciço gnáissico abrangido pela área a ser licenciada encontra-se com uma cava bastante desenvolvida e contínua à da Usibrita. O minério Run of Mine (ROM), irá alimentar a planta de beneficiamento já licenciada da Usibrita cuja área de servidão é anexa ao DNPM 831.939/1997. Praticamente não haverá necessidade de se fazer o decapeamento da jazida, por já estar exposta desde sua explotação no passado. Todas as estruturas da mina já estão consolidadas e não haverá necessidade de novas instalações para operação do empreendimento. As estruturas atuais serão aproveitadas (unidade de beneficiamento de minério, vias de acesso internas e externa, bacia de contenção de finos a jusante da mina, unidades de apoio com oficina mecânica, tanque de combustível aéreo, escritório, refeitório, sanitários, almoxarifado e paióis de explosivos). Conforme o SIAM, a área em questão está localizada a cerca de 9 km da Área de Proteção Estadual Especial (APEE) Manancial Várzea das Flores; 7 km da Área de Proteção Ambiental Estadual (APAE) Várzea das Flores; 7 km da Floresta Estadual (FLOE) São Judas Tadeu e 6 km da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Fazenda do Sino. Considerando o previsto no artigo 25 da Lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza), “as unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental (APA) e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos”. Por isso, foram dispensadas as solicitações de anuência da APAE Várzea das Flores e da RPPN da Fazenda do Sino. Conforme a Lei No 19.484 de 12 de janeiro de 2011 (que altera a Lei nº 14 .309, de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado), foi revogado o inciso VI do Art. 23 que trata das unidades de proteção integral: O inciso citado considerava unidade de conservação de proteção integral “a área de proteção de mananciais, assim considerada a área de recarga de aqüíferos ou área com mananciais estratégicos para a garantia do abastecimento público de água de populações urbanas e rurais, que pode estar inserida em propriedade particular, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelo proprietário”. Já o parágrafo 2º da Resolução CONAMA 428 de 17/12/2010, o licenciamento de empreendimentos de significativo impacto ambiental, localizados numa faixa de 3 mil metros a partir do limite da Unidade de Conservação (UC), cuja Zona de Amortecimento (ZA) não esteja estabelecida, deverá possuir a anuência do órgão responsável pela sua administração. Portanto, em relação à APEE Manancial Várzea das Flores, não foi solicitada a respectiva anuência por empreendimento estar afastado da sua ZA.

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A FLOE São Judas Tadeu é uma unidade de conservação de uso sustentável. A Resolução CONAMA Nº 428, de 17/12/2010 diz que não há necessidade de se solicitar autorização ao órgão responsável por sua administração para empreendimentos localiza-se a mais de 3.000 m do seu entorno, conforme parágrafo 2º do artigo 1º. Conforme relatório indicativo obtido no SIAM em relação às Áreas Prioritárias para Proteção à Biodversidade, a área da mina não se encontra listada em área Prioritária para Conservação da Flora de Minas Gerais, estando o município de Betim localizado nas proximidades da região do quadrilátero ferrífero, que possui importância biológica especial. As principais ações antrópicas encontradas no quadrilátero são exploração de minério de ferro, especulação imobiliária, fogo, desmatamento e a expansão urbana. A consulta ao ZEE-MG demonstra que a região da Usibrita apresenta Vulnerabilidade Natural variando entre média e baixa. Vulnerabilidade natural é a incapacidade de uma unidade espacial resistir e/ou recuperar-se após sofrer impactos negativos decorrentes de atividades antrópicas consideradas normais, isto é, não-passíveis de licenciamento ambiental pelo órgão competente. 2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL Meio Físico O empreendimento está inserido na bacia hidrográfica do Rio Paraopeba, tendo como o córrego Piabas o curso de água mais próximo da área de influência da mineração. O acesso ao mesmo, a partir da cidade de Belo Horizonte, é feito pela Rodovia Federal BR-381 até a cidade de Betim. A partir dessa cidade, toma-se a Rodovia MG-50 em direção à Juatuba por um trecho aproximado de mais ou menos 8 km onde se acessa a entrada do loteamento Alvorada, localizado à direita da rodovia. Deste ponto em diante, por estrada asfaltada (Rua Serra Negra), percorre-se um trecho de 3 km até as instalações da mineração. O gnaisse é uma rocha de origem metamórfica, resultante da deformação de sedimentos arcósicos (rocha sedimentar detrítica composta por grãos de quartzo, feldspatos, alguns fragmentos líticos e um cimento ou matriz (<15%), na verdade um arenito com um teor elevado de feldspato (>25%)) ou de granitos, que são rochas ígneas de grão fino, médio ou grosseiro, composta essencialmente por quartzo e feldspatos, tendo como minerais característicos frequentes muscovita, biotita e/ou anfíbolio). Essa rocha é amplamente empregada como brita na construção civil e na pavimentação, além do uso ornamental. A jazida situa-se na porção extremo-sul da Província Geotectônica São Francisco, que possui sequências representativas de quase todo o precambriano, do Arqueano ao Proterozóico Superior, com destaque para as grandes extensões de terreno arqueano. Entre as associações de rochas arqueanas ou proterozóicas incluídas no Embasamento Cristalino, distinguem-se: terrenos granito-greenstone; regiões de médio e alto grau metamórfico e coberturas plataformais erigidas até o topo do Proterozóico Inferior. Os terrenos granito-greenstone, de especial interesse no presente caso, caracterizam-se por

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grandes extensões de rochas de composição granito-gnáissica migmatítica, que encerram uma grande variedade de componentes com origem vulcânica, plutônica e sedimentar. A área pode ser enquadrada no domínio geomorfológico designado como “Planaltos Dissecados do Centro-Sul, que abrange parte dos interflúvios dos rios São Francisco e Grande, o qual se caracteriza pela predominância de formas resultantes da atuação de processos de dissecação fluvial, que atuaram sobre os terrenos precambrianos predominantemente granito-gnáissicos, esculpindo um relevo marcado pela presença generalizada de colinas côncavo-convexas, associadas a vales encaixados, localmente condicionados por estruturas tectônicas rúpteis. No interior da poligonal do direito minerário prevalece o padrão anteriormente descrito, exibindo os seus terrenos superfícies colinosas, de topo ovalado, que originalmente apresentavam afloramentos localizados, sob a forma de lajedos, denunciando a presença do maciço gnáissico em sub-superfície. Predominam na região e na área em questão os solos do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo Álico, e o Podzólico Vermelho Amarelo Distrófico originários da decomposição da própria rocha em exploração. Em função da proximidade com a rocha aflorante, a espessura desse solo no entorno do maciço pode variar de menos de 1,0 metro até acima de 1,5 metros. Nos tabuleiros planos do fundo dos talvegues próximos, aparecem solos hidromórficos, com maior teor de matéria orgânica. A jazida localiza-se em um maciço rochoso gnaíssico apresentando portanto baixa permeabilidade, o que afasta a possibilidade da formação de um aqüífero nas partes que serão explotadas. Os terrenos da área a ser lavrada são drenados, em suas porções oeste, sul e norte, pelas cabeceiras do córrego do Paiol, e na porção leste pelas cabeceiras do córrego Piabas. O córrego Paiol, após se juntar ao córrego Pimenta, deságua na margem direita do rio Paraopeba. O córrego Piabas junta-se ao córrego Saraiva, vertendo em seguida para o rio Betim, que é um tributário direto da margem direita do rio Paraopeba, afluente de primeira ordem da margem direita do rio São Francisco. Trata-se de um tipo climático cuja menor freqüência de temperaturas elevadas no verão e predomínio de temperaturas amenas no inverno deve-se à influência da altitude. Caracteriza-se por apresentar pelo menos um mês com temperatura média inferior a 18 ºC, variando de 15 a 18 ºC, sendo o mês mais frio junho ou julho. A temperatura média anual é quase sempre inferior a 22 ºC. Em quase todos os meses o vento se comporta próximo dos 90°, ou seja, é um vento de E, exceto no mês de outubro em que a direção predominante tende a ser SE. Durante as frentes frias o vento tende a ser de SE. Os maiores picos de velocidade do vento ocorrem no período da manhã e início da tarde, o que pode ter como causa as mudanças de temperatura, uma vez que na madrugada devido à ausência de radiação solar a temperatura tende a variar pouco.

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Meio Biótico

Flora

Na área diretamente afetada (ADA) pelo empreendimento se faz necessário a supressão de vegetação nativa com destoca em uma área de 1,0229 hectares em área de preservação permanente, topo de morro, para o avanço da lavra de gnaisse. A cobertura vegetal é constituída por uma transição entre Floresta Estacional Semidecidual (FES) em estágio inicial de regeneração e Cerrado típico, visto que ocorrem espécies características destas 2 fitofisionomias, como pôde ser observado nos trabalhos de campo.

O Cerrado embora apareça na região, não representa fisionomia típica da área de intervenção, possuindo apenas algumas espécies mescladas nas Florestas Estacionais Semideciduais.

Na ADA são encontradas também espécies características de áreas antropizadas como a mamona, os capins meloso e gordura, a embaúba e o assa peixe. Parte da área já foi alvo de intervenções no passado, e apresenta vegetação herbácea/arbustiva, com gramíneas invasoras. Em quase toda a área pode ser observado o capim braquiária no sub-bosque da vegetação arbórea. A altura média do dossel das árvores é de 5 metros, com diâmetro médio entre 10 e 20 cm.

O levantamento florístico das espécies existentes na ADA, realizado através de caminhamento e coleta de material botânico, resultou na identificação de 21 espécies arbóreas/arbustivas, distribuídas em 15 famílias botânicas e 20 gêneros. Consta no quadro 02 do EIA resultado obtido com este levantamento. Não foram identificadas espécies imunes ao corte por leis específicas ou ameaçadas de extinção.

Fauna

O diagnóstico da fauna apresentado no EIA contemplou o grupo dos mamíferos, aves, anfíbios e repteis. Foram realizadas campanhas entre os dias 3 e 7 de janeiro de 2011. A área de estudos apresenta-se como um mosaico de áreas com remanescentes florestais, áreas de campo, e áreas antropizadas.

O levantamento baseou-se na coleta de dados primários (busca ativa, registro zoofônico, captura, vestígios, armadilha fotográfica) e complementação com dados secundários (entrevistas e bibliografia).

Desta forma foram registradas 8 espécies de anfíbios, 12 de répteis, 132 de aves e 21 de mamíferos. Merece destaque a alta riqueza de aves demonstrando que a área é utilizada como passagem para forrageio e conexão entre as áreas mais preservadas no entorno. Além disso, foram diagnosticadas várias espécies utilizadas como xerimbabo (principalmente psitacídeos), o que implica na necessidade de um trabalho de conscientização dos funcionários e população do entorno no âmbito do programa de educação ambiental proposto a fim de evitar aumento da pressão de caça.

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Foram diagnosticadas duas espécies enquadradas nas listas oficiais de espécies ameaçadas: jaguatirica (Lepardus pardalis) e jaguarundi (Puma yaguaroundi), que de acordo com os estudos apresentados utilizam área como rota de passagem e residem nas áreas de influencia indireta. Estas espécies apresentam grande área de vida e realizam grandes deslocamentos.

A operação da lavra já existente e licenciada produz impactos diretos sobre a fauna local em virtude da movimentação de máquinas e equipamentos além das detonações para desmonte de rocha. Com a concepção da nova área de lavra, objeto deste licenciamento, haverá um incremento destes fatores de dispersão da fauna. Associado a isto, destaca-se a redução de habitats em função da supressão de vegetação para avanço da antiga lavra (cerca de 1,02 ha) caracterizada como floresta estacional semidecidual em estágio inicial de regeneração. Estes impactos apresentam pequena magnitude e caráter permanente.

Foi proposto no PCA, o monitoramento da herpetofauna na área do empreendimento. Este monitoramento deverá ser realizado com a mesma metodologia utilizada para o diagnóstico no EIA. Deverá ser apresentado ao final do programa proposto, um relatório consolidado das campanhas com uma discussão acerca da interferência do empreendimento sobre as populações existentes na área, além da indicação de ações de manejo caso o monitoramento indique sua necessidade. Ainda como medida para proteção da fauna local foi proposta a implantação de sinalização das vias próximas indicando a redução de velocidade e presença de animais. Deverá ser comprovada a instalação desta sinalização conforme condicionante em anexo. A supressão da vegetação deverá ser acompanhada por profissional habilitado para eventuais resgates de animais e/ou ninhos presentes na área de intervenção.

Meio Sócio Econômico

Área de Influência Direta (AID) - Betim

A Usibrita está localizada integralmente no município de Betim. De acordo com os primeiros resultados do Censo 2010, Betim possui 377.547 habitantes, sendo 186.104 do sexo masculino e 191.443 mulheres residindo no município. A população urbana continua predominando, com 374.789 habitantes - 99,27% - contra 2.758 - 0,73%- residentes em área rural. Em relação ao PIB, o município de Betim obteve, também em 2006, um PIB total de R$ 18.731.824.275,00 reais, o que conferiu a 2ª posição no ranking da RMBH. Das 884 empresas cadastradas no município, apenas 37 delas pertence ao setor de atividade Agropecuária o que corresponde a 4,19% do total. O Setor de Industrias possui 78 empresas cadastradas o que corresponde a 8,82% do total e o setor de comércio e serviços compreende a grande maioria das empresas cadastradas com um total de 769 (86,99%). No setor educacional. Betim conta com 36 creches comunitárias e filantrópicas, 60 escolas municipais, 30 estaduais, escolas particulares, escolas de idiomas, profissionalizantes e de ensino superior. No setor de saúde há unidades básicas de saúde, além de unidades de atendimento imediato, unidades de referência, Hospital Público Regional e Maternidade Pública Municipal. O município também conta com uma rede particular de saúde. O

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abastecimento de água e o sistema de tratamento de esgoto no município de Betim são realizados pela COPASA. Área Diretamente Afetada (ADA) - Bairro Açude e Fazenda Santa Cruz Para melhor avaliação socioeconômica da região foram gerados dados primários do empreendimento através da percepção ambiental. O presente relatório busca identificar e compreender a percepção e o comportamento socioambiental dos moradores locais, pertencentes à área de influência direta do empreendimento. A pesquisa foi realizada no município de Betim, Bairro Açude e na Fazenda Santa Cruz. Estabeleceu-se um filtro, excluindo-se da pesquisa as pessoas que estavam de passagem e/ou que não moravam nos locais de interesse. A população de interesse foi composta pelos moradores do Bairro Açude e do assentamento da Fazenda Santa Cruz, além de alguns formadores de opinião das localidades. Do conjunto amostral considerado no Açude Bairro de Betim, constatou-se que a maior parte dos moradores pesquisados (39%) está na região há mais de 30 anos. Já 21% residem na localidade de 6 há 10 anos, outros 14% da população moram na região entre 11 e 15 anos, 11% moram no Bairro entre 16 a 20 anos, 4% residem há menos de um ano e 4% de 26 a 30 anos. O restante da população (7%) mora na região no período entre 21 e 25. Diante dessa análise é possível inferir que a maioria dos entrevistados não sentiria dificuldade em responder as questões do Bairro, já que residem há mais de 30 anos na região. As idades dos pesquisados variaram entre menos de 18 e acima de 60 anos. A amostra pesquisada foi composta em sua maior parte, por indivíduos do sexo masculino. As mulheres representaram 36% da amostra pesquisada e os homens 64%. Dos pesquisados, 35% apresenta 1º grau incompleto e também 35% apresentam segundo grau completo, enquanto que 7% nunca foram à escola. 4% dos pesquisados possuem 1º grau completo, 4% possuem superior completo e 4% possuem outros tipos de escolaridade. Já 11% têm 2º grau incompleto. De acordo com a percepção dos pesquisados, 82% apontaram como principal problema da sua localidade a falta de área de lazer para crianças e adolescentes, seguidos por 79% dos pesquisados que citou a falta de rede de esgoto e 68% a falta de segurança. Já para 64% dos pesquisados, o maior problemas da região é a falta de cursos profissionalizantes, assistência médica e odontológica, bem como a coleta de lixo deficiente e 21% apontaram (outros) como falta de abastecimento de água, falta de transporte escolar para as escolas estaduais e uma rotatória atrás da Igreja para os caminhões da empresa Usibrita. Na parte do questionário onde foi focado a ampliação da Usibrita, 89% do entrevistados disseram ter conhecimento das mineradoras locais. No que diz respeito à avaliação da ampliação da Mineração Usibrita, observou-se que 47% dos entrevistados são favoráveis, enquanto que 18% opinaram ser contra a ampliação do empreendimento. Já 35% não

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têm nenhuma restrição. os entrevistados respondem aos itens que mereceriam mais atenção por parte da empresa, no caso da ampliação do empreendimento. Em relação aos itens de melhorias por parte da empresa no caso da instalação de uma atividade mineradora, 64% abordaram investimentos sociais, enquanto que 57% julgam como mais importante as medidas compensatórias por parte da empresa. Os itens reabilitação das áreas degradadas pela comunidade e contenção de sedimentos para evitar o assoreamento dos rios foram os menos apontados, com 53% e 18%, respectivamente. De acordo com a realização da percepção ambiental foi possível analisar que a ampliação da Usibrita não irá interferir na comunidade adjacente ao empreendimento. Na pesquisa realizada com os moradores dos Bairros Açude e Fazenda Santa Cruz, ressalta–se que todas as pessoas entrevistadas residem na região, apesar de ser uma área onde a maioria das casas é de final de semana (sítios e chácaras). Grande parte dos entrevistados preocupa-se com a falta de infraestrutura do local, não oferecendo rede de esgoto, coleta de lixo adequada, áreas de lazer para jovens e adultos e com a falta de segurança na região. Nota-se que, com a ampliação da Usibrita, a comunidade local não passará por alguma dificuldade grave, apesar dos impactos típicos do empreendimento. No entanto, a empresa deverá assumir os devidos cuidados e orientar seus funcionários a realizarem todos os procedimentos de prevenção de acidentes com a comunidade do entorno. É importante que a empresa tenha em vista um programa socioambiental, voltado para as comunidades do entorno, como forma de orientação à população local sobre o funcionamento do empreendimento, bem como as diversas formas de mitigação dos impactos decorrentes da atividade. 3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Setor de Agregados para Construção Civil O termo “agregados para a construção civil” é empregado no Brasil para identificar um segmento do setor mineral que produz matéria-prima mineral bruta ou beneficiada de emprego imediato na indústria da construção civil. São basicamente a areia e a rocha britada. Por serem produtos de baixo valor e constituírem recursos minerais dos mais acessíveis à população, a possibilidade de substituição da brita de gnaisse ou granito por outros produtos naturais ou industrializados é quase nula. A produção brasileira de agregados para a construção civil (areia, saibro, brita e cascalho) supera a de minério de ferro, carro-chefe da mineração brasileira e um dos garantidores do saldo positivo da balança comercial. Enquanto a produção de ferro em 2009 foi de 310 milhões de toneladas, a de agregados totalizou 481 milhões de toneladas em 2010. A participação dos tipos de rocha utilizadas na produção de brita é a seguinte: granito e gnaisse – 85%; calcário e dolomito – 10%; e basalto e diabásio – 5%.

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Processo Produtivo Trata-se de um empreendimento minerário cuja lavra será desenvolvida pelo método tradicional à céu aberto, por taludes em sentido descendente, com desmonte do maciço rochoso através do uso de explosivos e beneficiamento (britagem e classificação granulométrica) a seco. A lavra será conduzida em bancadas com altura máxima de 12 metros, subdivididas em bancos de 4 metros, para amenização no paisagismo da encosta. As bancadas de lavra serão drenadas através de uma queda suave no sentido do dreno geral localizado na porção norte da mina. O dreno geral conduzirá todo o fluxo de água pluvial para as bacias de pequenos diques, onde os sólidos porventura carreados ficarão retidos. A lavra será conduzida a céu aberto, em bancadas sucessivas descendentes, seguindo os seguintes parâmetros médios: altura dos bancos: 10 m; altura das sub-bancadas: 5 m; Inclinação dos taludes em rocha: 85°; Inclinação dos taludes em solos: 1,0 H / 1,5 V; Praça de trabalho (largura): 20 m; berma mínima em bancada de encosto (em rocha): 5 m e berma mínima em bancada de encosto (em solo): 5 m. O plano de fogo da Usibrita seguirá os seguintes parâmetros: o volume desmontado por mina será de aproximadamente 80 m3, massa desmontada por mina de 200 ton e razão de carregamento 117 g/t. As 175 minas necessárias por mês serão distribuídas em 02 detonações (quinzenais) de 44 minas cada. Para se respeitar à carga máxima por espera admitida, serão colocadas espoletas de retardo. Para o desmonte secundário a empresa utilizava a técnica do Drop Ball e atualmente tem adotada a técnica do rompedor hidráulico acoplado em uma escavadeira. Etapas da Lavra: O ciclo de operação da mina será composto de operações unitárias e acessórias. As unitárias serão aquelas ligadas diretamente à atividade produtiva da lavra até o beneficiamento e são: perfuração, desmonte, carregamento e transporte. As acessórias serão aquelas indiretas como: aspersão de água, suprimento de energia e água, comunicação, iluminação e outras. Decapeamento (“stripping”) Essa fase ocorre antes das operações unitárias. A maior parte das operações de limpeza já ocorreu no passado. Estas operações deverão ser por intermédio de um trator de esteiras e posteriormente o material será carregado por pá-carregadeira em caminhões e transportado até local definido para armazenamento para ser vendida como “material de segunda” ou até para utilização na recomposição da área.

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Perfuração A perfuração dos furos da malha do desmonte será feito através de perfuratriz pneumática. Estes serão realizados utilizando-se uma malha de furação adequada às características do minério e com preenchimento dos furos com explosivo obedecendo a relação padrão adequada da carga de fundo, carga de coluna, tamponamento, espaçamento, afastamento e inclinação. Desmonte O desmonte primário do maciço rochoso deverá ser feito através de explosivos, e será realizado pela própria empresa, acompanhada por um responsável técnico. O desmonte secundário será realizado através do uso de técnica alternativa (rompedor hidráulico). Carregamento O carregamento do material desmontado (ROM) até a alimentação da planta de beneficiamento será realizado por escavadeira até os caminhões basculantes.

Transporte Através das vias de acessos internas, os caminhões transportarão o minério até a instalação de beneficiamento já instalada, após a concessão da LO.

Beneficiamento O beneficiamento será de pouca complexidade e seguirá rotina padrão de operação de uma pedreira típica. Compreenderá basicamente a fragmentação e a classificação granulométrica do material, visando à obtenção dos diversos produtos utilizados pela indústria da construção civil, não havendo a geração de rejeitos. Finalizada essa etapa de beneficiamento, os produtos gerados serão depositados em pilhas específicas para posteriormente serem carregados por pá-carregadeira em caminhões rodoviários para serem levados até o consumidor final. Cabe ressaltar que os equipamentos que serão utilizados na expansão são os mesmos que já operam na mina com o acréscimo de algumas unidades: RK-425 RANDON – 06; RK-425 RANDON – 07; RK-425 RANDON -08; RK-425 RANDON -09; carregadeira L180; carregadeira L90; escavadeira 360 VOLVO; carregadeira CASE W20; Mercedes 1513 – Pipa; TOYOTA; compressor XA 420; escavadeira VOLVO- EC210; carregadeira HYUNDAI HL757.7; carregadeira CATERPILLAR - 928H; rompedor acoplado em escavadeira; 02- compressores XA900; perfuratriz PW5.000; 02 RK-425 RANDON; 01 escavadeira de médio porte e 01 conjunto compressor-perfuratriz; carregadeira L90. Para dar suporte às atividades de explotação já se encontram instaladas na área do empreendimento: oficina/almoxarifado/escritório/vestiário/banheiro; refeitório/lavatório; caixa separadora de óleos e graxas; fossa séptica e filtro anaeróbio; paióis de explosivos e de acessórios. As edificações de apoio às atividades de lavra já se encontram instaladas na área do empreendimento, sendo constituídas por escritórios para administração e vendas, oficina, estacionamento, vestiários, refeitório e almoxarifado.

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A mineração contará com 64 funcionários diretos e 06 indiretos. Com a expansão da mina, o quadro de funcionários terá um acréscimo de no mínimo de 12 pessoas.

4. INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Para que o minério possa ser retirado, será necessário o avanço da lavra no entorno da cava atual que está paralisada. Esse avanço causará intervenção em Área de Preservação Permanete (APP) na área diretamente afetada (ADA) pelo empreendimento. Trata-se de parte de topo de morro que será suprimido após a supressão de vegetação de uma área de 1,0229 ha para o avanço da lavra de gnaisse.

5. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

A água necessária ao empreendimento virá de um poço subterrâneo e da bacia de contenção de finos a jusante da mina, que capta toda a drenagem das águas pluviais. O recurso hídrico acumulado na bacia de contenção de finos não está sujeito à outorga, uma vez que se trata de armazenamento de água pluvial oriunda dos sistemas de drenagens da mina. Já para o poço tubular, há uma outorga (Processo: 2774/2008) concedida pela SUPRAM Central no imóvel Fazenda santa Cruz. A vazão concedida foi de 1,3 m3/h e o tempo de bombeamento de 10 horas por dia. A água captada do poço tubular segue para um reservatório com capacidade de 2,0 m3 e deste, segue por gravidade para todo o empreendimento. Ressalta-se que para a outorga citada foi considerada na época a quantia de 25 funcionários trabalhando na mina e com sua expansão, esse número poderá chegar a aproximadamente 65 funcionários. Segundo o representante da empresa, no caso de falta de água para os funcionários contratará abastecimento particular ou fará contrato para abastecimento da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA). Por o empreendimento estar localizado geologicamente no Complexo Belo Horizonte, onde predominam gnaisses, migmatitos e granitóides, estima-se que a água está sendo captada nas fissuras da rocha gnáissica. Para essa licença ambiental, não haverá demanda do recurso hídrico, que deverá ser consumido na aspersão nas frentes de lavra e vias internas e externas na LO.

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6. AUTORIZAÇÃO PARA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO Na área diretamente afetada (ADA) pelo empreendimento se faz necessário a supressão de vegetação nativa com destoca em uma área de 1,0229 hectares para o avanço da lavra de gnaisse. A cobertura vegetal é constituída por uma transição entre Floresta Estacional Semidecidual (FES) em estágio inicial de regeneração e Cerrado típico, visto que ocorrem espécies características destas 2 fitofisionomias, como observado nos trabalhos de campo. Para a supressão, será necessária a emissão da Autorização de Intervenção Ambiental (AIA) conforme Anexo III desse PU.

Imagem 02. Vista da área da expansão da lavra onde haverá supressão de vegetação (em vermelho) e Reserva Legal (em verde). Fonte: empreendedor.

A supressão irá gerar um total de 81,832 m³ de lenha, que será utilizada na própria propriedade e não terá fins comerciais. Na ADA são encontradas também espécies características de áreas antropizadas como a mamona, os capins meloso e gordura, a embaúba e o assa peixe. Parte da área já foi alvo de intervenções no passado e apresenta vegetação herbácea/arbustiva, com gramíneas

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invasoras. Em quase toda a área pode ser observado o capim braquiária no sub-bosque da vegetação arbórea. 7. RESERVA LEGAL A Reserva Legal esta averbada conforma AV-06-1.080, protocolo 229.673 de 22/01/09 liv-1-H de 29 de janeiro de 2009, conforme TERMO DE RESPONSABILIDADE DE PRESERVAÇÃO DE FLORESTAS firmado entre USIBRITA L.T.D.A. e INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS, IEF/MG assinado em 24/10/2008. A estrada delimita a área a ser desmatada (ADA) para o avanço da lavra. Esta estrada delimita também os limites da Reserva Legal da propriedade, a qual possui área de 6,8 hectares, os quais são representados por um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em bom estado de conservação, formando um cinturão verde ao longo de toda a extensão da Mina. 8. IMPACTOS IDENTIFICADOS E MEDIDAS MITIGADORAS Todos os impactos citados nesse tópico referem-se à fase de operação da mina, não havendo impactos significativos a serem gerados na fase de LIC. Emissões Atmosféricas

A poeira pode ser gerada em vários pontos da mineração, constituindo-se o principal impacto incidente sobre a atmosfera e podendo contribuir para a degradação da qualidade do ar na região de entorno do empreendimento. As fontes de emissão de poeiras são múltiplas, destacando-se: na instalação de tratamento, durante as operações de britagem, peneiramento e transporte por correias; nas operações de perfuração e desmonte de rocha, sobretudo aquelas relacionadas ao fogo primário; na movimentação de máquinas, particularmente os caminhões que fazem o transporte interno do minério ROM a usina de beneficiamento, gerando-se poeiras no piso dos acessos; no transporte de estéril constituído por solos e rocha alterada para a formação da pilha estoque, gerando-se poeiras na báscula dos caminhões e no piso dos acesso, nas pilhas de produtos (pó de pedra) que permanecem em estoque nos pátios sofrendo a ação contínua dos ventos; no transporte dos produtos até o destino final. Os gases gerados na mineração originam-se da combustão de óleo diesel em máquinas e caminhões, e também na detonação de explosivos.

As emissões para a atmosfera são constituídas essencialmente por óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material particulado (fuligem/poeira).

Em ambos os casos, vale a atenuante de que as condições geográficas locais (cava quase totalmente fechada na sua maior parte) favorecem a uma razoável dispersão atmosférica.

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Efluentes Líquidos Os principais efluentes líquidos que serão gerados no empreendimento são identificados a seguir: efluentes da mina, que são os efluentes sanitários e de drenagem da mina; efluentes sanitários, oleosos, pluviais e de lavagem de piso. Efluentes Sanitários Os efluentes sanitários e águas servidas são gerados em todas as áreas de permanência de pessoas, principalmente nas áreas administrativas e operacionais, em todas as área do empreendimento, foram construídas malhas para coleta dos efluentes e direcionamento para sistemas de fossa séptica e filtro anaeróbio e/ou utilizados os sistemas já existentes da Mina Santa Cruz. O efluente final tratado é direcionado a sistemas de infiltração em solo, quando possível para a drenagem natural ou recolhida por caminhões especialmente preparados para recolher efluente sanitário. Efluentes Oleosos Os efluentes oleosos serão gerados principalmente nas atividades de lavagem de equipamentos / peças e nas operações das oficinas de manutenção. O efluente oleoso será composto basicamente por água, óleos, graxas, sedimentos e produtos de limpeza diversos. O controle dos efluentes oleosos será realizado através da impermeabilização do piso das áreas onde realizadas as atividades de manutenção e lavagem dos equipamentos e peças. Estes efluentes serão coletados e direcionados para caixas de sedimentação e, posteriormente, para caixas separadoras de óleo e água. Estes dispositivos de controle foram construídos conforme recomendado pelas Normas ABNT e projetos técnicos realizados no âmbito do licenciamento ambiental da unidade em operação da Usibrita.

Efluentes Pluviais As precipitações pluviométricas são responsáveis pela geração dos efluentes pluviais que caracteristicamente contêm partículas sólidas carreados pelo fluxo de água. Este efluente é controlado pelo sistema de drenagem para coletar e direcionar o fluxo de águas de forma adequada. O sistema foi implantado envolvendo toda área da mina, como sump na frente de lavra, bacia de contenção de finos a jusante de toda a área de drenagem da mina, área da usina, acessos e canteiro de obras. Basicamente, o sistema de drenagem foi constituído por dispositivos adequados para coleta e disciplinamento das águas pluviais até o seu descarte final em drenagens naturais. Em geral, foram construídas canaletas que conduzem o fluxo de água para bueiros e descidas d’água de concreto até o seu descarte final no terreno natural e no dique de contenção de sedimentos de forma controlada. Efluentes da Mina A geração do efluente da mina pode ser atribuída a duas principais fontes, a saber: águas pluviais que passam sobre o maciço rochoso e drenagem de águas de serviço. A água natural que passa sobre o maciço e pelas frentes de produção é direcionada ao sistema de drenagem da mina, constituído de um sump na cava e a uma bacia de contenção de finos a jusante de toda a mina.

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A drenagem da mina é constituída pelas águas de serviço, que correspondem às águas que são utilizadas nas operações da mina como, por exemplo, nas perfurações de rocha para o controle das poeiras e resfriamento dos equipamentos de perfuração e na limpeza das frentes. Conforme já descrito, toda a drenagem de mina (aquela água que não fica acumulada no sump) será coletada por canaletas abertas no piso e direcionadas para os níveis inferiores. Resíduos Os principais resíduos a serem gerados na implantação e operação do empreendimento são os seguintes: de obras civis e montagem eletro-mecânica; do refeitório, domésticos e industriais; sanitários; não inertes/perigosos; do ambulatório e estéril de mina. A seguir são identificados os resíduos e as destinações finais previstas, sendo que as formas de acondicionamento, armazenamento temporário e transporte serão conceituadas no Programa de Gestão de Resíduos Sólidos.

Resíduos do Refeitório, Domésticos e Industriais No refeitório serão gerados resíduos orgânicos, plásticos, vidros, madeiras e embalagens em geral. Nas áreas administrativas e operacionais tem-se a geração de outros tipos de resíduos recicláveis, como sucatas ferrosas e não ferrosas, vidros, plásticos, borrachas; e não recicláveis provenientes principalmente das atividades de manutenção dos equipamentos da UTM. Para os resíduos recicláveis existe um sistema de coleta seletiva e reaproveitamento dos resíduos gerados nas diversas áreas. Os resíduos não recicláveis são devidamente acondicionados temporariamente e posteriormente descartados, segundo a legislação vigente. Os resíduos orgânicos constituídos por restos e sobras de alimentos são segregados para reaproveitamento através de compostagem, visando posterior utilização em áreas degradadas ou encaminhamento para o aterro sanitário existente na cidade de Betim. Resíduos do Ambulatório O funcionamento do ambulatório nas instalações da Mina Santa Cruz gera uma pequena quantidade de resíduos classificados como perigosos. Resíduos Sanitários Os resíduos sanitários serão gerados em diversas áreas da empresa e são constituídos por papel sanitário e lodo das fossas sépticas. Esses resíduos serão destinados ao sistema de tratamento de efluentes sanitários. Resíduos Não-Inertes / Perigosos Durante a operação do empreendimento serão gerados resíduos sólidos que são classificados como não-inertes ou perigosos como, por exemplo, baterias ácidas, lâmpadas fluorescentes, pilhas, embalagens e resíduos de reagentes químicos, entre

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outros. Estes resíduos serão armazenados e destinados adequadamente, conforme os procedimentos estabelecidos no Programa de Gestão de Resíduos. Estéril de Mina Devido à baixíssima relação estéril-minério, todo o material estéril da mina Santa Cruz será comercializado como sub-base de asfalto, não havendo a necessidade da construção de uma pilha de estéril. Ruídos As principais fontes geradoras de ruídos são os equipamentos e processos da UBM e as detonações da Mina. Dentre os equipamentos da usina, os britadores e peneiras são os que produzem maiores níveis de ruídos, seguidos pelas bombas e compressores. Todas estas fontes de ruídos são esperadas, pois são inerentes às atividades das usinas de tratamento mineral. Na mina, a maior preocupação será do ponto de vista ocupacional e para tanto serão adotadas em todo o empreendimento, quando possível, medidas preventivas que priorizam o isolamento das fontes (equipamentos de proteção coletiva) e ainda assim será obrigado o uso de EPI´s por parte dos funcionários que estiverem expostos a níveis significativos de ruídos, conforme previsto na legislação trabalhista.

Desmonte de Rochas / Uso de Explosivos Conforme Estudo de Percepção Ambiental do empreendimento, as entrevistas realizadas com os moradores da Área Diretamente Afetada (ADA) – Bairros do Açude e Fazenda Santa Cruz - demonstraram que o que mais os incomoda é o ruído causado pelas explosões quando há desmonte de rochas. Entretanto, tal fato não foi considerado como um problema pelos moradores, pois já estavam acostumados. O aumento da escala de produção da lavra tende a aumentar quantidade de ruídos e vibrações gerados pelo uso de explosivos. Esse tipo de problema ambiental provocado pelas mineradoras tem aumentado à medida que a população urbana se aproxima das áreas de extração, principalmente no caso de agregados para construção civil. A falta de um planejamento urbano pela maior parte das prefeituras municipais contribui para acentuar esse problema. A principal causa de ruído no plano de fogo é o uso de cordel detonante na amarração superficial. Outras fontes de ruído geradoras de pressão acústica são o escape de gases em alta velocidade pelo tampão e pelas fendas na rocha e a movimentação da face do banco que desloca um volume de ar. As detonações primárias (desmonte do maciço rochoso) tendem a gerar mais energia nas freqüências mais baixas. As detonações secundárias (desmonte dos matacões originados no desmonte primário) tendem a gerar energia distribuída em freqüências um pouco mais altas, em virtude de menor grau de confinamento da carga explosiva.

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A instalação de uma biruta em ponto mais alto da cava e de fácil visualização a partir das frentes de lavra irá permitir que antes do desmonte de rocha primário possa se verificar a direção dos ventos. As principais medidas mitigadoras, voltadas mais especificamente para a fase de LO, dos impactos gerados pelo empreendimento podem ser assim resumidas: - Supressão paulatina da vegetação nas áreas a serem utilizadas, tanto para o avanço da frente de lavra, à medida de sua necessidade mais imediata, de modo a evitar a exposição desnecessária de superfícies desnudadas à ação de processos erosivos. (Licença de Instalação); - Promoção do armazenamento adequado do solo orgânico a ser removido no decapeamento da jazida, na área de pátios visando a sua utilização posterior nos processos de recuperação das áreas impactadas. (Licença de Instalação); - Implantação e manutenção de um sistema de drenagem de águas pluviais em toda a área de lavra e na área da unidade de beneficiamento, visando impedir a ação de processos erosivos; - Desenvolvimento da lavra de modo tecnicamente adequado, com bancadas bem definidas, estáveis e eficientemente drenadas, especialmente no seu nível superior de cobertura estéril, para evitar erosão e a queda de materiais. No desenvolvimento da lavra, as bancadas deverão ser direcionadas de maneira que os ataques fiquem voltados para o interior da cava (cava fechada), visando reduzir o risco de ultralançamentos para o lado externo à mina; - Construção de bacias escavadas (sumps) no caminho onde concentrará a maior parte do fluxo das águas pluviais provenientes das áreas de trabalho, visando à decantação de sólidos carreados, de modo a evitar o assoreamento do vale à jusante de toda a mina; - A aspersão de água em pontos estratégicos da UBM, como na alimentação dos britadores e das peneiras vibratórias, nos acessos internos e pátios, visando reduzir a emissão de poeira devido à movimentação de máquinas, caminhões e veículos diversos; - Revegetação com gramíneas nas áreas já disponíveis, incluindo os pequenos taludes dos pátios e canaletas de drenagem, evitando-se a ação de processos erosivos e valorizando a paisagem local; - Recolhimento das sucatas e armazenamento em local apropriado para que sejam destinadas às indústrias de reciclagem; - Recolhimento do lixo, impedindo a sua dispersão na área do empreendimento. O lixo deverá ser recolhido fazendo-se a seleção dos materiais recicláveis como papelão, metais, vidros e plásticos. Os materiais inservíveis serão periodicamente conduzidos até o aterro sanitário municipal;

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- Oficina mecânica com sistema de drenagem para o efluente oleoso com parte da área coberta e com piso impermeabilizado e direcionamento do efluente oleoso para a caixa separadora de óleos e graxas; - Utilização de um sistema separador água-óleo (caixa separadora) para receber os efluentes da oficina mecânica, lavador de veículos e posto de combustível; - Monitoramento da qualidade dos efluentes da caixa separadora de óleos e águas, através de análises rotineiras, para verificar a eficiência da mesma. Os resíduos de óleos e graxas deverão ser coletados rotineiramente das caixas de separação de óleos/graxas/água e acondicionados em recipiente adequado (tambor metálico), com tampa hermeticamente fechada, de onde serão encaminhados até as indústrias que realizam o re-refino, juntamente com o óleo lubrificante (queimado) retirado dos motores e de outros equipamentos; - Todas as instalações sanitárias deverão estar ligadas ao sistema de coleta e tratamento de esgoto através de fossa séptica e filtro anaeróbio. Deverá ser feito o monitoramento periódico dos efluentes desse sistema para comprovar a eficiência do sistema de tratamento de esgoto implantado; - Plano de fogo adequado para a redução do ruído e das vibrações, além de controlar o desmonte, evitando-se a ocorrência de ultralançamentos. Para que o plano de fogo seja realizado adequadamente, deverá ser monitorado periodicamente através de sismógrafos. Os sismógrafos de engenharia são equipamentos utilizados para registrarem o nível de vibração do terreno, medindo a velocidade e a freqüência de vibração de partícula, que são os parâmetros mais aceitos na avaliação de probabilidade de danos em construções civis. A Norma Reguladora de Mineração (NRM) - Operações com Explosivos e Acessórios - pressupõe que em minas a céu aberto próximas a habitações, vilas, redes de energia, construções subterrâneas e obras civis, tais como oleodutos, gasodutos, além de outras obras de interesse público, devem ser definidos perímetros de segurança e métodos de monitoramento e apresentados no Plano de Lavra ou quando exigidos, a critério do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Os perímetros de segurança e respectivos métodos de monitoramento podem ser alterados mediante avaliação técnica, que comprove as possíveis mudanças, sem danos às estruturas passíveis de influência da atividade, submetidos à apreciação do DNPM. No Brasil há duas formas de se avaliar os efeitos dos explosivos em minerações: Norma Brasileira (NBR) 9653/2005 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e NRM do Ministério de Minas e Energia (MME). Já a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - Secretaria do Meio Ambiente do Governo de São Paulo (CETESB) adotou um procedimento (D7. 013 ABR/92) no que

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se refere ao controle da poluição e conservação do meio ambiente. Os limites para vibração e sobrepressão acústica de medições são: Vibração proveniente do desmonte de rocha, não poderá ser superior a 03 mm/s de velocidade de vibração de partícula na componente vertical; Quando a medição for realizada com a utilização de instrumentos cujos resultados sejam a integração das três componentes (eixos X, Y e Z), o valor máximo permitido será de 4,2 mm/s; Os níveis da pressão sonora das operações de desmonte com explosivos não pode ser superior a 128 dBL linear máximo, medido fora dos limites da propriedade da mineração. Dentre as três maneiras de se quantificar as vibrações no Brasil, o valor da VP solicitado pela norma da CETESB é o mais restritivo. Em relação ao desmonte primário será solicitado que sejam feitos monitoramentos sismográficos periódicos nas residências (pontos localizados na ADA) mais próximas da cava. Os desmontes primários deverão ser evitados aos sábados, domingos e feriados e executados dentro do horário de funcionamento permitido pelo município de Betim. Em relação ao desmonte secundário, deverá ser utilizada técnica alternativa que vise eliminar o fogo secundário/fogacho (uso de explosivos no desmonte de matacões), que é um ganho para o meio ambiente. Visando atenuar a emissão de poeira no desmonte primário, antes das detonações deverá ser feita a remoção do pó-de-pedra proveniente da perfuratriz e acumulado no topo da bancada, o umedecimento com água e ser observada a direção preferência dos ventos através de uma biruta a ser colocada no ponto mais alto da cava.

9. COMPENSAÇÕES AMBIENTAIS

O Decreto Nº 45.175 de 17 de Setembro de 2009 estabelece a metodologia de gradação de impactos ambientais e procedimentos para fixação e aplicação da compensação ambiental: “Art. 2º Incide a compensação ambiental nos casos de licenciamento de empreendimentos considerados, pelo órgão ambiental competente, causadores de significativo impacto ambiental...”. “Parágrafo único. O parecer único da SUPRAM-SEMAD deverá conter as justificativas que permitiram a identificação do empreendimento como causador de significativo impacto ambiental, bem como as Tabelas 1, 2 e 3 preenchidas.” “Art. 5º A incidência da compensação ambiental em casos de empreendimentos considerados de significativo impacto ambiental será definida na fase de licença prévia.

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SS 1º. Os empreendimentos considerados de significativo impacto ambiental e que não tiveram a compensação ambiental definida na fase de licença prévia terão esta condicionante estabelecida na fase de licenciamento em que se encontrarem. Em função dos impactos a serem gerados pelo empreendimento (supressão de vegetação nativa no entorno da cava, movimentação de veículos e equipamentos; geração de efluentes e resíduos, geração de ruídos e vibrações pelo uso de explosivos, alteração do uso do solo...), entende-se que tenha ocorrido e ocorrerá significativo impacto ambiental. Diante do exposto acima, entende-se que haja incidência da Compensação Ambiental ao empreendimento, considerando-se que na sua fase de instalação e operação ocorra significativo impacto ambiental. Será solicitado em condicionante desse parecer ao empreendedor que apresente à SUPRAM CM documento de comprovação de protocolo junto à Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas (GECAM) em relação ao cumprimento da Compensação Ambiental prevista no Decreto Nº 45.175. Conforme art. 36 da Lei 14.309 de 19 de junho de 2002, que dispõe sobre a política florestal e de proteção à biodiversidade no Estado de Minas Gerais - “o licenciamento de empreendimentos minerários causadores de significativos impactos ambientais, como supressão de vegetação nativa, deslocamento de populações, utilização de áreas de preservação permanente, cavidades subterrâneas e outros fica condicionado à adoção, pelo empreendedor de estabelecimento de medida compensatória que inclua a criação, implantação ou manutenção de unidades de conservação de proteção integral”. Diante disso, esse PU sugere a incidência também dessa compensação em virtude dos impactos citados. Será solicitado em condicionante desse parecer ao empreendedor que apresente à SUPRAM CM documento de comprovação de protocolo junto à GECAM – IEF em relação ao cumprimento da Compensação Ambiental prevista na Lei Estadual Nº 14.309/2002. Para a implantação e operação do empreendimento será necessária a intervenção em Mata Atlântica, no total de 1,0229 ha. Como a supressão será menor que 3 hectares, não será necessário o pedido de anuência do órgão federal (IBAMA), segundo a LEI Nº 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006. Deste modo, será sugerida a aplicação do estabelecido no Art. 32, da Lei n° 11.428/2006: adoção de medida compensatória que inclua a recuperação de área equivalente à área do empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, independentemente do disposto no art. 36 da Lei n° 9.985, de 18 de jullho de 2000”. Será solicitada, como condicionante, a apresentação à SUPRAM CM, comprovação de ofício com proposta de compensação por Supressão de Mata Atlântica, protocolado junto á Câmara de Proteção à Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas – IEF, antes da realização da supressão vegetal.

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Conforme citado no tópico Intervenção em APP desse PU, será necessária a supressão de vegetação nativa com destoca em uma área de 1,0229 hectares para o avanço da lavra de gnaisse. Para a supressão, será necessária a emissão da Autorização de Intervenção Ambiental (AIA) conforme Anexo III desse PU. Conforme Resolução CONAMA n° 369/2006 define, em seu Art. 5°, empreendimentos que impliquem na intervenção/supressão em APP deverão adotar as medidas ecológicas, de caráter mitigador e compensatório, previstas no § 4 o , do art. 4 o , da Lei n o 4.771, de 1965, que deverão ser adotadas pelo requerente.

§ 1 o Para os empreendimentos e atividades sujeitos ao licenciamento ambiental, as medidas ecológicas, de caráter mitigador e compensatório, previstas neste artigo, serão definidas no âmbito do referido processo de licenciamento, sem prejuízo, quando for o caso, do cumprimento das disposições do art. 36, da Lei n o 9.985, de 18 de julho de 2000.1[4]

§ 2 o As medidas de caráter compensatório de que trata este artigo consistem na efetiva recuperação ou recomposição de APP e deverão ocorrer na mesma sub-bacia hidrográfica, e prioritariamente:

I - na área de influência do empreendimento, ou

II - nas cabeceiras dos rios.

Deste modo, será solicitado através de condicionante, a apresentação à SUPRAM CM, de ofício com proposta de compensação por intervenção em APP, a ser protocolado junto à Câmara de Proteção à Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas (CPB – IEF), antes da realização da supressão vegetal. Considerando-se que empreendimento esteja enquadrado na Classe 5, de acordo com Deliberação Normativa (DN) Nº 74/04 do COPAM/MG, será solicitado como forma de medida compensatória através de condicionante a realização de um Programa de Educação Ambiental (PEA) conforme DN COPAM nº 110, de 18 de julho de 2007 e Lei Federal 9.795 de 27 de abril de 1999. Deverão ser apresentados anualmente à Supram, relatórios técnico-fotográficos que demonstrem a implantação do PEA. 10. CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se devidamente formalizado. Os custos da análise foram devidamente quitados, conforme consulta ao SIAM e pela inexistência de débitos de natureza ambiental foi expedida a CNDA nº 069674/2011.

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Em atendimento ao Princípio da Publicidade a que os atos administrativos se obrigam e em especial ao previsto na Deliberação Normativa COPAM nº 13/95 foi apresentada a cópia da publicação do requerimento da licença em jornal de circulação regional (fls. 774) e pelo órgão ambiental no DOE/MG (fls. 694). A área do empreendimento possui Reserva legal devidamente averbada em Cartório, obedecendo ao limite exigido pela legislação vigente, 20% (vinte por cento) do total da área da propriedade/empreendimento objeto do licenciamento. 11. CONCLUSÃO Entende-se pela viabilidade ambiental do empreendimento desde que sejam adotadas as medidas de melhorias e controle ambientais adequadas e que os programas para mitigar os impactos a serem gerados possam subsidiar a gestão ambiental do empreendimento. Diante do exposto, submete-se esse parecer de Licença de Instalação Corretiva (PA 00326/1996/012/2011) para apreciação pela URC Rio Paraopeba e no caso de deferimento, que sejam consideradas as condicionantes em anexo bem como se façam e/ou incluam eventuais alterações nas mesmas. Ressalta-se que todas as condicionantes relativas à fase de operação do empreendimento serão solicitadas no respectivo Parecer Único da Licença de Operação. Todas as compensações e condicionantes deverão considerar toda a Mina Santa Cruz (Usibrita), cuja jazida abrange dois polígonos minerários (DNPMs 835.954/1994 e 831.939/1997) e mesmas instalações. A Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obrigatoriedade de obtenção pelo empreendedor, de quaisquer outras licenças, permissões ou autorizações legalmente exigíveis. Cabe esclarecer que a SUPRAM CM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de sistemas de controle ambiental e programas de treinamento aprovados, sendo a execução, operação, comprovação de eficiência e/ou gerenciamento dos mesmos, de inteira responsabilidade do próprio empreendedor, seu projetista e/ou prepostos.

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ANEXO I Processo LIC 00326/1996/012/2011- Parecer Único: No 128/2011

ITEM DESCRIÇÃO PRAZO*

1

Atualizar o empreendimento junto ao Cadastro Técnico de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais no SIAM e efetuar o respectivo pagamento da TFAMG (Taxa de Fiscalização Ambiental de Minas Gerais) conforme a Lei Estadual 14.940/03.

A partir da concessão desta licença e durante a vigência da mesma.

2

Cadastrar o empreendimento no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos do Setor Minerário, conforme DN 117/2008.

A partir da concessão dessa licença e durante a vigência da mesma.

3 Apresentar à SUPRAM CM comprovação da solicitação junto à GECAM-IEF o cumprimento da compensação ambiental, de acordo com o Decreto 45.175/2009.

Na formalização da LO.

4 Apresentar à SUPRAM CM manifestação da GECAM - IEF em relação ao cumprimento da compensação prevista na Lei Estadual Nº 14.309/2002.

Na formalização da LO.

5 Apresentar à SUPRAM CM comprovação da solicitação junto à GECAM-IEF o cumprimento da compensação ambiental por intervenção em APP, de acordo com o Art. 5° da Resolução CONAMA n° 369/2006.

Na formalização da LO.

6

Apresentar à SUPRAM CM comprovação da solicitação junto à GECAM-IEF o cumprimento da compensação por supressão de Mata Atlântica, de acordo com a Lei n° 11.428/2006.

Antes da supressão e da na formalização da LO.

7 Fazer o cercamento e colocar placas de advertência entre a área de Reserva Legal e a cava. Na formalização

da LO.

8 Instalar uma biruta em ponto mais alto da cava e de fácil visualização a partir das frentes de lavra. Na formalização

da LO.

10

Implantar um Programa de Educação Ambiental (PEA) conforme DN COPAM nº 110, de 18 de julho de 2007 e Lei Federal 9.795 de 27 de abril de 1999. Obs.: deverão ser apresentados anualmente à Supram, relatórios técnico-fotográficos que demonstrem a implantação do PEA.

A partir da concessão dessa licença e durante

a vigência da mesma.

11

Priorizar a contratação de mão-de-obra dos Bairros do Açude e Fazenda Santa Cruz- ADA. A partir da

concessão dessa licença e durante

a vigência da

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mesma.

12

Apresentar protocolo junto ao órgão responsável pela manutenção da Av. Amazonas de Betim, a fim de serem colocadas placas, sinalizações de advertência e outras medidas de segurança para os usuários dessa via no ponto próximo à confluência com a via de acesso (Rua Nove) à mina. Obs.: Apresentar relatório fotográfico comprovando a implantação da sinalização nas vias próximas ao empreendimento, conforme proposto no PCA e anuência do órgão responsável.

Na formalização da LO.

13 Apresentar relatório técnico consolidado do Programa de Monitoramento da Herpetofauna, proposto no PCA. Ao final do

monitoramento.

14

Dar continuidade ao programa de monitoramento da empresa previsto na Revalidação da Licença de todo empreendimento. O Programa de Automonitoramento definido no Anexo II, obedecendo as diretrizes estabelecidas na Deliberação Normativa do COPAM nº 165/2011 de 11/04/2011.

Durante a vigência da

licença

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ANEXO II Tabela de grau do impacto (GI)

Índices de Relevância Incidência (x)

Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de e reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias

Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) X

ecossistemas especialmente protegidos (Lei 14.309)

X Interferência /supressão de vegetação, acarretando fragmentação

outros biomas

Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos

Interferência em UCs de proteção integral, seu entorno (10 km) ou zona de amortecimento

Importância Biológica Especial

Importância Biológica Extrema

Importância Biológica Muito Alta

Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme Biodiversidade em Minas Gerais – Um Atlas para sua Conservação

Importância Biológica Alta

Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar X

Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais

Transformação ambiente lótico em lêntico

Interferência em paisagens notáveis

Emissão de gases que contribuem para o efeito estufa X

Aumento da erodibilidade do solo X

Emissão de sons e ruídos residuais X

Índice de Temporalidade (vida útil) Duração Imediata - 0 a 5 anos

Duração Curta - 5 a 10 anos

Duração Média - 10 a 20 anos X

Duração Longa - 20 anos

Índice de Abrangência

Área de Interferência Direta do empreendimento

Área de Interferência Indireta do empreendimento X OBS.: AS INFORMAÇÕES CONSTANTES DA COLUNA “INCIDÊNCIA” DESSA TABELA PODERÃO SER ALTERADAS PELO NCA E/OU CPB.

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ANEXO III 1. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO

Tipo de Requerimento de Intervenção Ambiental

Número do Processo Copam (LIC)

Data da Formalização

Unidade do SISEMA

Responsável processo

1.1 Integrado a processo de Licenciamento Ambiental 0326/1996/012/2011 07/02/2011 SUPRAM CM

1.2 Integrado a processo de APEF - - - 1.3 Não integrado a processo de Lic. Ambiental

ou AAF - - -

2. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA INTERVENÇÃO AMBIENTAL 2.1 Nome: USIBRITA LTDA 2.2 CPF/CNPJ: 18.820.688/0001-11

2.3 Endereço: Fazenda Santa Cruz – s/n – Caixa Postal 229 2.4 Bairro: RMV 2.5 Município: Betim 2.6 UF: MG 2.7 CEP: 32.501.970

2.8 Telefone(s): (31) 3511-6555 2.9 e-mail: [email protected] 3. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL

3.1 Nome: USIBRITA LTDA 3.2 CPF/CNPJ: 18.820.688/0001-11 3.3 Endereço: Fazenda Santa Cruz – s/n – Caixa Postal 229 3.4 Bairro: RMV

3.5 Município: Betim 3.6 UF: MG 3.7 CEP: 32.501.970 3.8 Telefone(s): (31)3511-6555 3.9 e-mail: [email protected]

4. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL 4.1 Denominação: Fazenda Santa Cruz 4.2 Área total (ha): 30,00

4.3 Município/Distrito: Betim 4.4 INCRA (CCIR): - 4.5 Matrícula no Cartório Registro de Imóveis:1080 Livro: 1-H Folha: - Comarca: Betim/MG

4.6 Nº. registro da Posse no Cartório de Notas: - Livro: - Folha: - Comarca: - X(6):578802 Datum: SAD 69 4.7 Coordenada Plana

(UTM) Y(7): 7797089 Fuso: 23 5. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO IMÓVEL

5.1 Bacia hidrográfica: Rio das Velhas

5.3 Bioma/ Transição entre biomas onde está inserido o imóvel Área (ha)

5.8.1 Caatinga 5.8.2 Cerrado

5.8.3 Mata Atlântica 5.8.4 Ecótono (especificar): Cerrado/Mata Atlântica LANTICA 30,00

5.8.5 Total 30,00

5.4 Uso do solo do imóvel Área (ha)

5.9.1.1 Sem exploração econômica 5.4.1 Área com cobertura vegetal nativa 5.9.1.2 Com exploração sustentável através de Manejo

5.9.2.1 Agricultura 5.9.2.2 Pecuária

5.9.2.3 Silvicultura Eucalipto 5.9.2.4 Silvicultura Pinus

5.9.2.5 Silvicultura Outros 5.9.2.6 Mineração 30,00

5.9.2.7 Assentamento

5.4.2 Área com uso alternativo

5.9.2.8 Infra-estrutura

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5.9.2.9 Outros 5.4.3. Área já desmatada, porém abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada,

segundo vocação e capacidade de suporte do solo.

5.4.4 Total 30,00

5.5 Regularização da Reserva Legal – RL 5.5.1 Área de Reserva Legal (ha): 6,02 5.5.2 Data da averbação da Reserva Legal: 29/01/2009

5.5.3 Total 6,02 5.5.4. Matrícula no Cartório Registro de Imóveis: 1080 Livro: 1-H Folha:2 Comarca: Betim/MG 5.5.5. Bacia Hidrográfica: Rio das Velhas 5.5.6 Sub-bacia ou Microbacia: n/a

5.5.7 Bioma: Cerrado 5.5.8 Fisionomia: Ecótono

6. INTERVENÇÃO AMBIENTAL REQUERIDA E PASSÍVEL DE APROVAÇÃO Quantidade

6.1 Tipo de Intervenção Requerida

Passível de Aprovação

unid

6.1.1 Supressão da cobertura vegetal nativa com destoca 6.1.2 Supressão da cobertura vegetal nativa sem destoca

6.1.3 Intervenção em APP com supressão de vegetação nativa 1,0229 1,0229 ha 6.1.4 Intervenção em APP sem supressão de vegetação nativa

6.1.5 Destoca em área de vegetação nativa 6.1.6 Limpeza de área, com aproveitamento econômico do material

lenhoso.

6.1.7 Corte árvores isoladas em meio rural 6.1.8 Coleta/Extração de plantas (especificado no item 12)

6.1.9 Coleta/Extração produtos da flora nativa (especificado no item 12)

6.1.10 Manejo Sustentável de Vegetação Nativa 6.1.11 Regularização de Ocupação Antrópica Consolidada em APP

Demarcação e Averbação ou Registro Relocação

Recomposição Compensação

6.1.12 Regularização de

Reserva Legal

Desoneração 7. COBERTURA VEGETAL NATIVA DA ÁREA PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

7.1 Bioma/Transição entre biomas Área (ha) 7.1.1 Caatinga 7.1.2 Cerrado

7.1.3 Mata Atlântica 7,1,4 Outros

7.1.4 Ecótono: Cerrado/Mata Atlântica 1,0229 7.1.5 Total 1,0229

8. PLANO DE UTILIZAÇÃO PRETENDIDA 8.1 Uso proposto Especificação Área (ha) 8.1.1 Agricultura

8.1.2 Pecuária 8.1.3 Silvicultura Eucalipto

8.1.4 Silvicultura Pinus 8.1.5 Silvicultura Outros

8.1.6 Mineração 1,0229

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8.1.7 Assentamento 8.1.8 Infra-estrutura

8.1.9 Manejo Sustentável da Vegetação Nativa

8.1.10 Outro 9. DO PRODUTO OU SUBPRODUTO FLORESTAL/VEGETAL PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

9.1 Produto/Subproduto Especificação Qtde Unidad

e 9.1.1 Lenha Uso na própria propriedade 81,832 m³ 9.1.2 Carvão 9.1.3 Torete

9.1.4 Madeira em tora 9.1.5 Dormentes/

Achas/Mourões/Postes

9.1.6 Flores/ Folhas/ Frutos/ Cascas/Raízes

9.1.7 Outros 10. PARECER TÉCNICO, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS FLORESTAIS.

Consta no Parecer Único Nº. 0128/2011

11. RESPONSÁVEIS PELO PARECER TÉCNICO.

Raphael Medina Gomes de Andrade MASP: 1.227.986-5

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ANEXO IV (FOTOGRÁFICO)

Imagem 03. Vista geral da área do empreendimento e a região metropolitana de BH. Fonte: Google Earth – março de 2011.

Imagem 04. Detalhe da área da mina e da área de expansão da lavra (DNPM 835.954/1994).

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Foto 01. Vista da entrada da jazida desenvolvida em cava fechada em domo.

Foto 02. Vista da frente de lavra ativa do polígono minerário vizinho (mesma jazida).

Foto 03. Vista do flanco oeste da cava que será explotada.

Foto 04. Continuação da foto 03.

Fig 05. Continuação da foto 04 com vista do flanco leste da cava

Fig 06. Detalhe da vegetação da Reserva Legal na margem esquerda da estrada que margeia a cava.