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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 30 – 25 de agosto de 2015

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CUT BAHIA REALIZA CONGRESSO, PRESTA HOMENAGEM A ZEZÉU E

ESCOLHA NOVA DIREÇÃOPÁGINA 3

PLANO DE SAÚDE DA EMBASAMOBILIZAÇÃO SE AMPLIA, NESTA

QUARTA TEM ASSEMBLEIA E GREVE NÃO ESTÁ DESCARTADA

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MULTIDÃO TOMA AS RUAS DO PAÍS E FAZ DEFESA DA DEMOCRACIA

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OPERADORES (AS) DA CETREL S/A E DAC FAZEM NOVAS PROPOSTAS PARA O ACORDO DO EXTRATURNO

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Com a bravura de quem sustenta uma greve que chegou ao 52º dia, os (as) cerbianos (as) tomaram importante decisão na assembleia da última terça (25): aceitar a proposta feita na véspera pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho, Valtércio de Oliveira, durante a audiência de conci-liação, e manter a greve até a próxima terça (1º), quando haverá nova au-diência no TRT. Empresa e governo simplesmente ignoraram a proposta do presidente do Tribunal, num completo desrespeito. Na próxima quarta (2) haverá nova assembleia em Salvador. PÁGINA 2

Presidente do TRT faz proposta, Presidente do TRT faz proposta, Cerb e governo não respeitam Cerb e governo não respeitam e greve continuae greve continua

MANOEL PORTO

52 DIAS

GREV

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Trabalhadores (as) do Saae de Catu vão aguardar até a manhã desta quarta (26) para saber a decisão tomada pelos vereadores lo-cais durante a sessão da noite de terça (25), a respeito do projeto de lei que estabelece o reajuste salarial da categoria. Na terça da semana passada, o projeto foi aprovado por unanimidade em primeiro turno, faltando ago-ra mais uma votação. O reajuste constante no projeto é de 8,34% (INPC-IBGE), tal como foi negociado e aprovado em fevereiro.

A primeira votação do projeto, na úl-

tima terça (18), foi acompanhada por um bom número de empregados (as) e isso deve se repetir esta semana. Afi nal, eles estão lutando há muito tempo para co-memorar o acordo coletivo tal como foi negociado com a autarquia, sempre esbar-rando na demora para o projeto seguir pa-ra a Câmara. Mesmo assim, quando foi na semana passada, previa reajuste de 8,3%n (e não 8,03% conforme divulgamos ante-riormente). Diante dos protestos, o prefei-to resolveu corrigir o índice.

Reajuste do Saae de Catu passa na primeira votação. Decisão será conhecida nesta quarta

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Durante apresentação da fórmula de cálculo para pagamento do retroativo do adicional do extraturno, realizada na última quarta (19), no Sindae, o advogado repre-sentante das empresas do grupo Odebrecht, Dagoberto Pamponet, anunciou que esse adi-cional deve constar dos futuros acordos co-letivos e que isso contemplará, além da Ce-trel S/A e DAC, a Cetrel Lumina.

O Sindicato deixou claro que o acordo de pagamento a ser feito inicialmente com a Cetrel S/A e DAC deve se refl etir na Cetrel Lumina, mesmo que as negociações, até en-tão, só tenham envolvido os (as) operadores (as) das duas primeiras empresas. O advoga-do concordou. Por sinal, durante a apresen-tação da fórmula de cálculo havia operadores (as) da Lumina presentes.

Após a apresentação, Pamponet ratifi cou a proposta da Cetrel S/A e DAC para o fechamento do acordo: considerar 18 minutos como tempo de passagem de turno e pagamento do retroativo limitado a 1,5 folha, de uma só vez. No próprio cál-culo que ele apresentou, o retroativo equivale 3,3 folhas. Destaca-se, ainda, que a proposta não inclui ainda a repercussão do adicional sobre outras re-munerações (férias, 13º salário, INSS).

Insatisfeitos com essa proposta, os (as) operadores (as) fi zeram duas propostas pa-ra serem levadas às empresas: considerar o tempo de passagem de turno de 20 minutos e pagamento do retroativo referente aos 3 úl-timos anos, ou então pagamento de 2,7 folhas com o tempo de 18 minutos. Diante das pro-postas, uma nova reunião fi cou de ser marca-da com o Sindicato ainda para esta semana.

Vale lembrar que a proposta que o Sin-dicato vinha sustentando era de um tempo de 20 minutos, com pagamento integral do retroativo dos últimos 5 anos, mesmo que parcelado em até 3 vezes.

CÁLCULO – De acordo com Pamponet, o cálculo para o pagamento do retroativo do ex-traturno se deu assim: considerou 18 minutos gastos em cada passagem de turno e multipli-cou por 18, que corresponde à quantidade de turnos trabalhados por cada pessoa durante o mês. Isso resulta em 5h24min no mês. Multipli-cando esse número por 11 meses (o 12º é de férias, não há trabalho), chega-se a um total de 297 horas. Com o adicional de 100% previsto em hora extra, o total chega a 594 horas. Apli-cando o divisor de 180, vai resultar em 3,3 fo-lhas o retroativo que deveria ser pago.

A Cerb se comprometeu a responder, mas não o fez, a proposta feita pelo pre-sidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargador Valtércio de Oliveira, durante a audiência de conciliação do nosso dissídio coletivo realizada na última segunda (24). Ela e o governo do estado ignoraram esse compromisso, causando mais revolta na categoria. Com isso, em assembleia na últi-ma terça (25) os (as) trabalhadores (as) de-cidiram manter a greve até a próxima terça (1º), quando haverá nova audiência, e marcar nova assembleia para o dia seguinte.

Ainda na assembleia da última terça, fi cou decidida a aceitação da proposta do presidente do Tribunal: 8,17% de reajuste parcelados em duas vezes, mas sendo 5% re-troativos a primeiro de maio (e não 4,5%) e o restante em novembro, sem retroativida-de, além de aumento de R$ 7,00 em todas as faixas da diária, auxílio alimentação de R$ 6,50 sem incorporação ao salário ou com um reajuste e incorporação, mais abono de 50% dos dias parados e compensação para os outros 50%, além de deixar a discussão do Planserv para um momento posterior.

Operadores (as) da Cetrel S/A, Lumina e DAC fazem propostas para acordo do extraturno

Presidente do TRT faz proposta para acabar greve. Assembleia nesta terça avaliará resposta da Cerb

APRESENTAÇÃO DE CÁLCULO

GREVE NA CERB

JÚLIA GUEDES

Quanto ao corte dos dias parados, o Sindi-cato fi cou de entrar com recurso na Justiça nesta quarta (26) pedindo agilidade no jul-gamento da liminar que trata dessa questão.

Na audiência da última segunda, o Sin-dicato reforçou a proposta apresentada du-rante as mediações no Ministério Público do Trabalho, mas o presidente do Tribunal, ale-gando a situação de crise econômica vivida pelos estados, fez diversas ponderações na tentativa de buscar uma saída para o impas-se. Reconheceu, ainda, que o Sindicato apre-sentou um leque de opções no sentido de chegar ao acordo e solicitou da Cerb em-penho no mesmo sentido. No fi nal, marcou nova tentativa de conciliação para o próxi-mo dia primeiro, caso a empresa e o governo não aceitem a proposta. Não havendo acor-do até lá, será marcado o julgamento do dis-sídio coletivo.

No processo do dissídio, a empresa ane-xou novas propostas para o acordo, todas ainda mais prejudiciais à categoria: pagamen-to do prêmio aposentadoria só com o desli-gamento do (da) empregado (a) do serviço, ajuda de custo para transferência reduzida de R$ 35,00 para R$ 25,00 e congelamento do anuênio. Até no reajuste pretende mexer no que sempre sustentou nas negociações: em vez de 8,17%, fala em 6,41%, que foi o ín-dice dos servidores públicos cuja data-base é janeiro (a nossa é maio). Como se vê, é uma malvadeza atrás da outra, mas a cate-goria tem dado a resposta devida, resistindo com coragem e bravura.

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“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.Paulo Freire ”

É árdua a luta para proteger nossos direi-tos sobre o plano de saúde e o Sindicato tem atuado em diversas frentes: na semana passada fi zemos várias visitas ao interior e realizamos reunião com a direção da Embasa. Também en-tramos com mandado de segurança para rever-ter a liminar negada pela juíza Ana Lúcia Alvares, da 20ª Vara do Trabalho, dentro da ação que pe-de o cumprimento das regras do acordo coleti-vo de trabalho. A ação prossegue normalmente.

Esta semana não será diferente e a catego-ria deve se mobilizar: nesta quarta (26) temos assembleias na sede da empresa, no CAB, e nas 13 unidades regionais do interior, a partir das 9 horas, para discutir o processo de migração forçada para o Planserv, que traz sérios prejuí-zos aos (às) trabalhadores (as), e não está des-cartada a possibilidade de uma greve (ver edital de convocação da assembleia nesta edição).

LIMINAR NEGADA – Ao julgar o pedido de liminar, a juíza Ana Lúcia deixou de analisar questões prejudiciais à categoria caso ocorra a migração do plano de saúde atual para o Planserv, a exemplo da tabela de custeio, con-dição de permanência de dependentes com a morte do (da) titular e a rede de cobertura. No pedido levado à Justiça, o Sindicato solici-ta abertura de nova licitação para substituir a atual operadora (Promédica), cujo contrato está prestes a se encerrar, ou a contratação de outra operadora de forma emergencial. Por conta da negativa dessa liminar é que en-tramos com o mandado de segurança.

Reunião com a diretoria – Na última quinta (20) o Sindicato voltou a se reunir com a direção da Embasa, quando fi zemos várias soli-citações, sendo a primeira delas a devolução de todos os formulários de adesão ao Planserv já entregues pelos (as) trabalhadores (as). A em-presa não deu resposta e fi ca a orientação: não entreguem mais o formulário e quem já entre-gou peça a devolução junto ao GPS. A própria empresa tem lembrado que a data de adesão vai

A inclusão de novos indicadores nas metas sobre saúde e segurança do trabalho foi a pauta da última reunião da comissão do PPR da Embasa, realizada quarta-feira passada. Esses indicadores são as taxas de frequência de acidentes e de gravidade. A in-clusão deles no programa voltará a ser dis-cutida na próxima reunião, neta quarta (26). Mesmo assim, se aprovadas, só valerão pa-ra 2016, sendo que este ano haveria apenas um acompanhamento dos resultados.

O Sindicato se posicionou que, a prin-cípio, concorda com a inclusão, mas que de-vem ser tratadas como metas globais e não setoriais, formando uma única política de segurança para que todos (as) se respon-sabilizem por elas. Também cobramos que a empresa deva garantir que os gastos nes-sa área nunca sejam inferiores aos do ano anterior, além de que a Embasa deve coibir a subnotifi cação dos acidentes de trabalho, impedindo que acidentes considerados me-nos graves deixem de constar das Comu-nicações de Acidentes de Trabalho (CAT’s). Outra posição é de que, caso a empresa não dê condição para o cumprimento da meta, ela seja considerada atingida.

Luta prossegue na Justiça. Nesta quarta temos assembleia na Embasa

Saúde e segurança do trabalho na discussão

do PPR

A CUT Bahia resolveu prestar homena-gem dando o nome de Zezéu Ribeiro ao seu 14º Congresso Estadual, a ser realizado des-ta quarta a sexta (dias 26 e 28), no Hotel Sol Bahia, em Patamares. No evento será escolhida a nova direção da entidade e defi nidas as re-soluções políticas, organizativas e sindicais da Central e suas entidades fi liadas. O tema do encontro é “Educação, Direito e democracia”.

Zezéu Ribeiro, ex-vereador e ex-depu-tado, faleceu no ano passado e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores na Bahia. A expectativa é de que o 14º Cecut reúna cerca de 400 delegados, lideranças sin-

dicais dos segmentos público e privado, ur-banos e rurais, para discutir o papel e a es-tratégia da CUT, visando atualizar o projeto político-organizativo. A Central baiana tem 402 sindicatos fi liados, que representam mais de um milhão de trabalhadores na sua base.

Etapa para o 12º Congresso Nacional da CUT, previsto para 13 a 16 de outubro, em São Paulo, o congresso estadual vai dis-cutir reforma política, fator previdenciário, lei anticalote, saúde do (da) trabalhador (a), tra-balho, educação, democracia, desenvolvimen-to rural, gênero e raça, além de políticas de promoção da cidadania e para a juventude.

CUT prestará homenagem a Zezéu Ribeiro no seu Congresso Estadual

até 30 de outubro. Temos em nosso site um mo-delo de formulário para pedir essa devolução.

Também solicitamos a formação de um co-mitê, com cinco membros do Sindicato e cinco da empresa, para discutir o Planserv, outros pla-nos de saúde e entregar uma proposta à Em-basa dentro de 45 dias. Voltamos a pedir que a empresa faça um contrato emergencial por mais 90 dias com uma operadora de saúde, que apre-sente o conteúdo do projeto de lei que o gover-no irá encaminhar à Assembleia Legislativa mo-difi cando as regras do Planserv, e também que promova uma nova videoconferência.

A direção da empresa informou apenas o que a categoria já sabe: que vai respeitar as regras do acordo coletivo até 30 de abril de 2016, que está defi nida a migração para o Planserv e que as distorções entre o plano atual e o plano de assistência dos servidores continuam sendo discutidas.

TABELA SALARIAL – Em reunião ocorrida na última quinta (20), a diretoria da Embasa fi -nalmente entregou ao Sindicato cópia da tabela salarial feita a partir do trabalho de consultoria desenvolvido pela Deloitte. A tabela será anali-sada e depois iremos discutir com a categoria. Ela servirá de base para a correção dos desvios de função e será aplicada no plano de cargos e salários entre janeiro e junho do próximo ano.

ALOÍSIO ROCHA

BARREIRAS

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: sindae@sindae-ba.org.brEXPE

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SIGA-NOS:

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TOMENotaALAGOINHASNa próxima sexta (28) o servi-

ço “Jurídico Itinerante” estará aten-dendo associados (as) em Alagoinhas, facilitando a retirada de dúvidas pes-soalmente com nossos (as) advoga-dos (as). Desta vez o atendimento se-rá prestado pelo advogado Eduardo Sampaio, que também fará uma pales-tra sobre assédio moral.

SANDUÍCHE RUIMEm audiência pública no Sena-

do brasileiro, semana passada, lide-ranças sindicais de cinco continentes e trabalhadores (as) denunciaram a McDonald's por práticas abusivas de trabalho, como não pagamento de ho-ras extras, más condições de trabalho, violação das leis de saúde e seguran-ça, emprego de adolescentes e sone-gação de impostos, além de atitudes antisindicais. A empresa negou tudo, mas na Europa já está sendo investi-gada pela sonegação de um bilhão de euros em impostos. No ano passado, as vendas da empresa na América La-tina totalizaram 3,7 bilhões de dólares.

RACISMOA efetiva implementação da Lei

10.639 (que torna obrigatório o ensi-no da história e cultura afro-brasileira nas escolas) é fundamental para a for-mação de uma nova consciência sobre o racismo e o seu combate. Essa foi uma das conclusões da Conferência Continental de Combate ao Racismo do Trabalho, realizada semana passa-da em São Paulo. A discriminação está longe de acabar: hoje, 70% dos postos de trabalho precarizados são ocupa-dos pela população negra. No salário a mesma coisa: o (a) negro (a) recebe 63,89% do salário do não negro (a).

FALECIMENTOO ex-companheiro Eduardo Sil-

va Lobo, que trabalhava na Embasa em Feira de Santana, faleceu no úl-timo dia 29, aos 50 anos de idade (e 30 na empresa). Estava afastado para tratamento médico. Prestou serviço em diversas unidades, a exemplo do São Bento e do CAB.

“Não vai ter golpe”, grita a multidão nas ruas do país

Seja em Salvador ou qualquer outra ci-dade do país onde houve manifestação, a fra-se mais falada na última quinta (20) foi “não vai ter golpe”. O 20 de agosto entra para a história como o Dia Nacional em Defesa da Democracia, após protestos que mobili-zaram milhares de pessoas por todo o país

JÚLIA GUEDES

contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em defesa da democracia e da Pe-trobras, contra o ajuste fi scal e a redução da maioridade penal, entre outros temas.

Em Salvador, cerca de 20 mil pessoas mar-charam do Campo Grande até a Praça Castro Alves, reunindo os movimentos social, sindical e popular, sob o comando de centrais sindi-cais, como a CUT e a CTB. Em outras cidades baianas também ocorreram manifestações. A maior manifestação no país aconteceu em São Paulo, onde foi estimada a presença de quase 100 mil pessoas no protesto.